jornal das associações de moradores da região de paraty - rj … do litoral pdf/fl... · 2016....

8
Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ Ano VI nº 16 Julho/2001 SUPERMERCADO SUPERMERCADO (24) 3371-1212 (24) 3371-1212 PREÇO BOM PREÇO BOM Av. Roberto da Silveira, 60 - Fátima - Paraty - RJ FARTURÃO FARTURÃO CARNE CERTIFICADA O MELHOR AÇOUGUE DA REGIÃO O MELHOR AÇOUGUE DA REGIÃO * Melhor preço * Entrega em domicílio grátis em toda a região Aceitamos cheque pré - 30 dias Cartões Credicard, Mastercard, Visa, Tíquetes Alimentação/Refeição TEL.: 3362-3625 e 3362-3244 Rua Getúlio Vargas, s/n - Perequê - Angra dos Reis - RJ g o a t a r e d s á e g d u o a P EDITORIAL G ota. Gota da gota. Gotas corruptas, negligentes e incompetentes. Gotas egoístas, maldosas, miseráveis e assasinas. Gotas poluídas, prostituídas e preconceituosas. Gotas de sede, fome e tristeza. Entre tantas, a qualquer momento, pode ser a gota d'água. Isto nos induz a um sentimento profundo, de que nosso pote "...está até aqui de mágoa...". E a próxima gota, pode ser a tempestade num copo d'água por um copo d'água. E, para não chegarmos a esse extremo, é bom que provemos com mais critério e paciência (paz e ciência). As gotas de lágrimas que caem da face da mãe, que chora pelo sacrifício dos seus filhos e, mesmo assim, lava com determinação as suas almas destes insalubres do mundo com: Gotas de consideração, solidariedade e honestidade; Gotas de amor ao próximo e à natureza de Deus; Gotas de suor e sangue, pelo pão nosso de cada dia; Gotas de esperança que afoga nosso pote de mágoas; Gota-mãe, verdade absoluta deste oceano de relativas certezas. G Homenagem a Maria Tomaz de Moura 1930 - 2001 quilíbrio ecológico e o desenvolvimento sustentável uestão fundiária do Taquari ecretários Municipais de Cultura discutempolítica cultural lano diretor órum DLIS discute água e esgoto ualidade da água do Rio Perequeaçu E Q Pág. 2 S Pág. 3 P Págs. 3 a 6 F Pág. 7 Q Pág. 8 E Q S P F Q Rua Visconde de Inhaúma 134 sala 529Centro - Rio de Janeiro - RJ telefax: (21)5168552 2334535 2337727 site: www.idaco.org.br. A luta por justiça social e desenvolvimento sustentável A luta por justiça social e desenvolvimento sustentável Iidaco Iidaco

Upload: others

Post on 25-Feb-2021

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ … do litoral pdf/fl... · 2016. 2. 13. · Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ Ano VI

Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ Ano VI nº 16 Julho/2001

SUPERMERCADOSUPERMERCADO

(24) 3371-1212(24) 3371-1212PREÇO BOMPREÇO BOM

Av. Roberto da Silveira, 60 - Fátima - Paraty - RJ

FARTURÃOFARTURÃO

CARNE

CERTIFICADA

O MELHOR

AÇOUGUE

DA REGIÃO

O MELHOR

AÇOUGUE

DA REGIÃO

* Melhor preço* Entrega em domicílio grátis em toda a região

Aceitamos cheque pré - 30 diasCartões Credicard, Mastercard,Visa, Tíquetes Alimentação/Refeição

TEL.: 3362-3625 e 3362-3244Rua Getúlio Vargas, s/n - Perequê - Angra dos Reis - RJ

go a t ar e ds ’ áe gd uo aPEDITORIAL

G ota.Gota da gota.Gotas corruptas, negligentes e incompetentes.Gotas egoístas, maldosas, miseráveis e assasinas.Gotas poluídas, prostituídas e preconceituosas.Gotas de sede, fome e tristeza.Entre tantas, a qualquer momento, pode ser a gota d'água.Isto nos induz a um sentimento profundo, de que nosso pote "...está até aqui de mágoa...". E a próxima gota, pode ser a tempestade num copo d'água por um copo d'água.E, para não chegarmos a esse extremo, é bom que provemos com mais critério e paciência (paz e ciência). As gotas de lágrimas que caem da face da mãe, que chora pelo sacrifício dos seus filhos e, mesmo assim, lava com determinação as suas almas destes insalubres do mundo com:Gotas de consideração, solidariedade e honestidade;Gotas de amor ao próximo e à natureza de Deus;Gotas de suor e sangue, pelo pão nosso de cada dia;Gotas de esperança que afoga nosso pote de mágoas;Gota-mãe, verdade absoluta deste oceano de relativas certezas.

G

Homenagem a Maria Tomaz de Moura

1930 - 2001

quilíbrio ecológicoe o desenvolvimento sustentável

uestão fundiáriado Taquari

ecretários Municipais de Cultura discutempolítica cultural

lano diretor

órum DLIS discute água e esgoto

ualidade da águado Rio Perequeaçu

E

Q

Pág. 2S

Pág. 3PPágs. 3 a 6F

Pág. 7Q

Pág. 8

E

Q

S

P

F

Q

Rua Visconde de Inhaúma 134 sala 529Centro - Rio de Janeiro - RJ

telefax: (21)5168552 2334535 2337727 site: www.idaco.org.br.

A luta porjustiça social e

desenvolvimentosustentável

A luta porjustiça social e

desenvolvimentosustentável

IidacoIidaco

Page 2: Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ … do litoral pdf/fl... · 2016. 2. 13. · Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ Ano VI

2 Folha do Litoral JULHO/2001

COMAMP - CONSELHO MUNICIPAL DAS ASSOCIAÇÕES DE MORADORES DE PARATY - CNPJ04.299.686/0001-14; PRODUZIDO E EDITADO POR PCE LTDA - ESTRADA DA GÁVEA, 847/LJ. 110 - SÃOCONRADO - RIO DE JANEIRO - RJ - CEP 22610-000 - TEL.: (24) 3371-1972 FAX (21) 3322-6664E-MAIL: [email protected]; COORDENADOR: E. MOURA; EDITOR: CARLOS DEI - REG. MTB/RJ15.173 SEDE - RUA PRESIDENTE PEDREIRA, Nº 10/SALA 17 - CENTRO - CX. POSTAL 74.902 - CEP23970-000 - PARATY - RJ; TIRAGEM: 3000 EXEMPLARES; IMPRESSÃO: EDITORA E PUBLICAÇÕESSEGMENTADAS LTDA.

Folha do Litoral

O CEMBRA concretizou ainfra-estrutura dos ambientespara implantação de um Núcleode Tecnologia Educacional(NTE), conforme as especifica-ções recebidas da Secretaria deEstado de Educação (SEE). Osambientes são: (1) uma salapara o Laboratório de Informá-tica com capacidade parareceber 21 estações, impres-soras e escaneres; (2) umaparte da biblioteca foi ampliadapara conter a Midioteca comcapacidade para receber 5estações, impressora e esca-ner; (3) uma sala de pesquisapara uso exclusivo de profes-sores e pessoal técnico, comcapacidade para receber 5 es-tações, impressora e escaner eum servidor para a rede lógica.E, também, todo sistema elé-trico foi ampliado para com-portar a carga elétrica na quan-tidade do equipamento plane-jado para cada ambiente; a redelógica está pronta para conec-tar os computadores à Internet;e, o provedor local de Internet,Paraty Brasil, se prontificou aceder ao CEMBRA uma linhaexclusiva.

Neste ponto, os ambientesjá estão em condições de rece-berem os equipamentos doNTE. Estes equipamentos sãooriginários do Programa deUniversalização dos Serviçosde Telecomunicações, um pro-jeto do Governo Federal (Lei

Cembra: para a educação do 3ºmilênio alcançar Paraty aindaeste ano: Só depende de você

9998, de 17/08/00 e Decreto 3624de 05/10/00) em parceria com oGoverno Estadual.

O NTE (Núcleo de TecnologiaEducacional) é uma estrutura quepoderá ser utilizada para estudose aperfeiçoamento de professorese alunos de escolas das RedesPublicas. Assim como o Telepos-to, outra estrutura educacionalque solicitamos, instalamos e jáestá funcionando no CEMBRAcom a participação de professoresmunicipais.

Após recebermos a informaçãode que mudanças nos critérios eprazos estão fazendo com que oCEMBRA possivelmente não maisreceba estes equipamentos aindaestes ano, segundo a Coordena-ção de Tecnologia Educacional(da SEE - Secretaria de Estado deEducação / RJ), oficiamos adiversos setores da SEE solici-tando a manutenção deste Colégiono grupo das escolas que rece-berão o NET no 1º momento dasentregas porque (1º) temos maisde 600 alunos no Ensino Médio,(2º) já estamos com os ambientesprontos e (3º) o outro NTE maispróximo se localiza em Itaguaí (acerca de 190 Km).

Nossa conclusão é de que,apresar de cumprido os critériotécnicos, necessitamos de todoapoio comunitário para que possa-mos ser ouvidos e trazer mais estebenefício para a Educação emParaty.

WALNEY RODRIGUES DA SILVA É DIRETOR

ADJUNTO DO CEMBRA

A ecologia é uma alternativa paramodificar atitudes e comportamentosdo homem em relação à natureza, levá-lo à origem da vida ao Sol, à Terra, àÁgua e ao Ar, através da observaçãodos problemas ambientais. Pode-setomar atitudes em relação à natureza.

O “habitat” natural da vida nesteplaneta existe num estado de equilíbriodinâmico, uma vez que nada nanatureza é estático e imutável. A lutapela sobrevivência, o domínio mutávelde uma espécie de animal ou vegetalsobre uma outra, as tentativas de-sesperadas de adaptação às condiçõescriadas por mudanças climáticas re-pentinas tais como inundações, in-cêndios e tempestades refletem clara-mente às mudanças dinâmicas danatureza.

Nesta luta pela vida, para adaptar-se e sobreviver é que a dependência, arelação se mostram tão gloriosas. Cadaum com seu próprio espaço e papelúnico a desempenhar, vive num ciclodinâmico de nascimento, vida e morte,desde a bactéria unicelular até os maiscomplexos animais, tudo num mutávelestado de equilíbrio.

Atualmente, o "habitat" dos sereshumanos e de todas as outras espéciesanimais e vegetais está em perigo. Umtotal de 15% dos organismos mundiaispoderão ser extintos nos próximostrinta anos, como resultados dadestruição feitas a seu "habitat" pelohomem. Há atualmente 40 mil animaisvertebrados, 250 mil espécies devegetais e milhões de espécies deinsetos e microorganismos habitando

nosso planeta. As vidas de todosestes seres estão interligadas e, destaforma, a eliminação de apenas umaespécie será a causa da extinção deaté dez outras, isto porque o poten-cial do planeta, em sustentar a vida,já se acha ameaçado, inclusive os sereshumanos.

A habilidade do planeta emajudar a vida ameaçada

O governo criou o Instituto Na-cional de Ecologia, que realizaprojetos em áreas preservadas, de-senvolve tecnologias alternativas,paralelo ao governo. Também há apresença forte das Organizações não-governamentais (ONG), que impul-sionam projetos de ecoturismo. Umanova tentativa mundial de aliarecologia com turismo consciente, querespeita a natureza.

O Ecoturismo é uma viagemresponsável às áreas naturais, visan-do a preservar o meio ambiente epromovendo o bem-estar das popula-ções locais. O chamado turismo danatureza é, na verdade, pautado portoda uma preocupação de ordemambiental, econômica e social.

Quando o Turismo de naturezagera esses benefícios reais para apopulação, consequentemente écapaz de promover a melhoria naSaúde e na Educação, contribuindo,de forma efetiva, para a melhoria daqualidade de vida. Os governos, asempresas privadas, as comunidadeslocais e as organizações não-governamentais têm um importante

papel a desempenhar, que é o deexplorar o potencial turístico dasregiões, visando à conservação e aodesenvolvimento sustentável, criandoparcerias entre governo e sociedade,tais como ações e procedimentosprevendo o uso sustentável de pro-dutos e serviços para benefícios daspopulações tradicionais e comuni-dades locais, proteção de espécies,habitats e ecossistemas, formação depessoal visando à conservação dabiodiversidade, além de ações edu-cativas permanentes, visando a de-senvolver a preocupação entre todosos segmentos sociais.

São tantas as metas a ser atingidas.A sociedade precisa ser transformadanuma família humana global; deveráser baseada em valores humanos cardi-nais, isto é, que todos os seres huma-nos pertençam a uma família única eque o mundo é o nosso lar comum.Devemos ao mesmo tempo protegertambém os animais e os vegetais, viverresponsavelmente em todas as esferasde nossa vida individual, bem comoservir coletivamente a toda a famíliae ao universo como o nosso lar.

“Cabe ao ser humano, enquantomorador do planeta, criar uma maiorconscientização em relação à naturezae estar envolvido no comprometimen-to e providências quanto à preservaçãodo meio ambiente. Só assim podere-mos contribuir para a continuidadedas espécies.

LUIZ ARMANDO FRANÇA CARVALHO É

MEMBRO DO SINDEGTUR PARATY

Equilíbrio ecológico e odesenvolvimento sustentável

FURNAS colocou em operação,ontem, dia 2 de julho, a 4ª ampliação daSubestação de Angra dos Reis (RJ). Aobra garantirá maior confiabilidade aoabastecimento de energia para osmunicípios de Angra dos Reis e Parati,com acréscimo de aproximadamente120MW para essas regiões, além demelhorar o atendimento da energiaelétrica utilizada pelas usinas nuclearesde Angra I e II. A ampliação, que teveinício em janeiro de 2000, demandouinvestimentos da ordem de R$ 80milhões.

A obra é fundamental para a

Furnas conclui ampliação da subestação de Angra dos Reismelhoria do fluxo de potência notronco das linhas de transmissão de138kV entre Angra dos Reis e SantaCruz, além de possibilitar o aumentoda confiabilidade do sistema de 500kVda área Rio interligada à São Paulo eatender o constante aumento dademanda de energia da CERJ para aregião de Angra e Parati.

Um dos destaques da ampliaçãoé a instalação na subestação de Angrados Reis de um transformadordefasador de 400MVA de alta tec-nologia, único do tipo no país.FURNAS também construiu uma

nova Casa de Controle, com equi-pamentos digitais que permitirãocontrolar a subestação remotamente.

As obras civis e de montagemeletro-mecânica foram realizadas peloconsórcio SE Angra, constituído pelaABB e Tenenge, que também forne-ceu todos os materiais e sistemaselétricos e mecânicos. FURNAS eEletronuclear (responsável pelaoperação de Angra I e II) desenvol-veram em parceria um planejamentodetalhado para viabilizar a obra, quegerou cerca de 500 empregos diretos.

Questão fundiária de TaquariEm 12 de junho, a comuni-

dade do Taquari reuniu-se como representantes do Incra,Ibama (Mário Augusto Ron-don), o Secretário de Obras,Valcimar Cunha Bastos, opresidente do Comamp, Domin-gos Oliveira, o vice-presidentedo Comamp, Francino Pires deSouza , o presidente da Am-prut, Manoel Pinto Filho,quando definiram que, num

prazo de 30 dias, o INCRA fariaas medidas e recadastramento dasfamílias e lotes, para dar início aoprocesso de municipalização dolocal e manejo do Parque da Serrada Bocaina.

Foi acertado também com oSecretário de Obras que todas asconstruções em andamento fica-riam paralizadas até a solução daquestão, no prazo estipuladoacima.

Walney Rodrigues da Silva

Armando França

E N C O N T RE N C O N T RE N C O N T RE N C O N T RE N C O N T R O DO DO DO DO DA S C O M U N I DA S C O M U N I DA S C O M U N I DA S C O M U N I DA S C O M U N I DA D E S C R I S T Ã S E M A D E S C R I S T Ã S E M A D E S C R I S T Ã S E M A D E S C R I S T Ã S E M A D E S C R I S T Ã S E M TTTTTAAAAA QQQQQ UUUUU A R IA R IA R IA R IA R ID I A 2 2 D I A 2 2 D I A 2 2 D I A 2 2 D I A 2 2 DDDDD EEEEE J J J J J U L H OU L H OU L H OU L H OU L H O AAAAA PPPPP A RA RA RA RA R T I RT I RT I RT I RT I R DDDDD A SA SA SA SA S 1 0 H 1 0 H 1 0 H 1 0 H 1 0 H O R A SO R A SO R A SO R A SO R A ST E M A :T E M A :T E M A :T E M A :T E M A : M U N I C I P M U N I C I P M U N I C I P M U N I C I P M U N I C I PA L I Z A Ç Ã O A L I Z A Ç Ã O A L I Z A Ç Ã O A L I Z A Ç Ã O A L I Z A Ç Ã O D OD OD OD OD O TTTTTAAAAA QQQQQ UUUUU A R IA R IA R IA R IA R I

C O M A L M O Ç O B E N E F I C E N T E C O M A L M O Ç O B E N E F I C E N T E C O M A L M O Ç O B E N E F I C E N T E C O M A L M O Ç O B E N E F I C E N T E C O M A L M O Ç O B E N E F I C E N T E

Page 3: Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ … do litoral pdf/fl... · 2016. 2. 13. · Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ Ano VI

3Folha do LitoralJULHO/2001

Foram 3 dias de palestras comtemas ligados à política cultural,incentivos, captação de recursos emetodologia na elaboração de pro-jetos. O encontro também contou comuma rica programação cultural abertaaos participantes. Na abertura, a Se-cretária Estadual de Cultura, HelenaSevero, falou sobre sua principal metaque é a de descentralizar da capital eirradiar por todo o interior os recursosdestinados à cultura, através daimplantação de projetos como o Pró-Cine, Pró-Livro, Pró-Cena e Pró-Dan-ça.

Há dois meses no comando da Se-cretaria, Helena também tem divul-gado à grande imprensa a intenção dogoverno Garotinho em apoiar a can-didatura de Paraty a Patrimônio daHumanidade, título concedido pelaUNESCO somente à cidades de desta-cado valor universal. No Brasil sãodoze as cidades que já receberam estetítulo, mas nenhuma delas pertenceao estado do Rio de Janeiro. Na déca-da de 70, Paraty encaminhou docu-mentação para se candidatar ao título,mas um erro no processo burocráticoinviabilizou o reconhecimento. Coma recente inscrição de Diamantina -MG na lista de sítios tombados pelaUNESCO como Patrimônio daHumanidade, as chances de Paraty serreconhecida aumentaram, por ter feitoparte da rota do ouro entre Minas ePortugal.

Através de contribuições volun-tárias dos países-membros, o Fundodo Patrimônio Mundial tem um orça-mento anual superior a 4 milhões dedólares. Ele é gerido pelo Comitê doPatrimônio Mundial, que fornecefinanciamentos e cooperação técnicapara a recuperação dos sítios ins-critos. A contrapartida do governo e

Texto e fotos: Lia Capovillawww.paraty.com

O ENCONTRO FOI PROMOVIDO PELA NOVA GESTÃO DA SECRETARIA ESTADUAL DE CULTURA,ABERTO PELA SECRETÁRIA HELENA SEVERO, COM O APOIO DA PREFEITURA DE PARATY.

Helena Severo, Secretária deCultura do Estado, abreencontro em e destacaimportância da candidatura deParaty a Patrimônio daHumanidade

da população é de estarem en-volvidos intrinsecamente na ad-ministração e na gerência doPatrimônio. Medidas legislativasreguladoras, como o Plano Diretordo Município, devem ser adotadase seguidas para proteger seus bensinscritos. E assim como a UNESCOconcede, ela retira o título, casoconstate que aquele bem não estásendo devidamente administrado.

Em Paraty, o Fórum de Desen-volvimento Local, Integrado eSustentável pretende incluir na pautada reunião do dia 19 de julho umdebate que possa medir o envol-vimento e o interesse da populaçãoem conquistar este título.

Entrevista com Helena Severo -Secretária de Cultura do Estado

do Rio de Janeiro

LIA CAPOVILLA: Por que Paratyfoi escolhida para sediar oencontro?

HELENA SEVERO: Em primeirolugar, a idéia de sediar esse encontroem Paraty é especialmente felizporque aqui se concentra um dosmaiores patrimônios históricos eculturais desse estado e desse país,pois o patrimônio edificado de Paratyé absolutamente relevante não sópara o estado do Rio de Janeiro co-mo também para o Brasil. Paraty éuma cidade histórica, uma cidadecolonial, é uma cidade que tem umaimportância fundamental no pro-

cesso civilizatório brasileiro, entãoeu acho muito importante que esseencontro aconteça em Paraty. E houveuma grande abertura, uma grandereceptividade por parte do prefeitode sediar esse encontro em Paraty.Eu tenho a impressão de que foramcoincidências felizes. Em primeirolugar, de a Paraty ser esse grande mo-numento histórico do Brasil e, emsegundo lugar, a receptividade doprefeito em realizar o encontro aqui.

LIA CAPOVILLA: Por ter todasessas características, de que for-ma Paraty poderia participar maisdos programas e projetos daSecretaria?

HELENA SEVERO: Eu acho que nãosó Paraty, mas o estado inteiro.Durante a abertura desse encontroeu falei que o grande desafio de umSecretário de Cultura do Estado doRio de Janeiro é exatamente integraro estado e fazer com que as cidades eas regiões participem mais efetiva-mente, para serem representativasjunto às políticas da Secretaria,porque como a cidade do Rio deJaneiro foi capital da república e foicidade-estado há uma grande tendên-cia de se concentrar o olhar, de seconcentrar o investimento na cidadedo Rio de Janeiro, o que não é correto,quando se está à frente da gestão doestado.

LIA CAPOVILLA: Que tipo demobilização já existe na esferaestadual e federal em relação aoseu comprometimento, e o deoutras pessoas, quanto à inscriçãode Paraty na lista de cidades quepertencem ao Patrimônio da Hu-manidade?

HELENA SEVERO: Bom, esse

comprometimento tem que nascer deuma grande mobilização aqui nacidade. Eu acho que é fundamentalque Paraty se mobilize e que a socie-dade se conscientize da importânciadesse título. Há um comprometi-mento por parte do GovernadorGarotinho em apoiar essa demanda.Já conversamos com o Ministério daCultura e com a UNESCO e tantoum quanto o outro estão prontostambém a nos apoiar nessa demanda,então eu acho que existem etapas aserem seguidas e a primeira delas é amobilização da cidade. O prefeito jáconversou comigo e também secomprometeu a iniciar essa mobili-zação. Nós, por nossa vez, estamosprontos a apoiarmos do ponto devista técnico, porque isso exige todoum procedimento burocrático deelaboração do dossiê.

LIA CAPOVILLA: Já existe umaagenda?

HELENA SEVERO: Já existe, noINEPAC, um grupo designado paracomeçar a elaborar esse dossiê. Maseu tenho a impressão de que emprimeiro lugar e fundamental é que acidade, a população e as autoridadesse mobilizem.

LIA CAPOVILLA: Existe um grupona cidade que já está se mobili-zando. De que forma esse grupoteria um acesso à senhora paraviabilizar ações?

HELENA SEVERO: O acessoatravés da Secretaria de Cultura, dasautoridades constituídas, da minhaSecretaria, enfim, volto a repetir: Acomunidade tem que estar mobili-zada, isso é fundamental.

LIA CAPOVILLA: No que a Secre-taria poderia ajudar no sentido de

Organizada pelo conselho Municipaldos Direitos da Criança e do Adolescente deParaty, a I Conferência municipal dosDireitos da Criança e do Adolescente, rea-lizada em 30 de junho, teve o objetivo deelaborar as diretrizes e as estratégias daimplementação das políticas públicasrelacionadas ao tema desta conferência,além de eleger os delegados para representaro município na Conferência Estadual dosDireitos da Criança e do Adolescente.

Das conclusões desta conferência,foram elaboradas as propostas seguintes:

Conselho Tutelar: Melhoria da infra-estrutura, construção da Casa Abrigo comalternativa de família acolhedora e reali-zação de uma campanha sobre a impor-tância das denúncias de maus tratos e demaisinfrações do Estatuto da Criança e doAdolescente;

Profissionalização e Proteção aoTrabalho – Criar cursos profissionalizantes,notificar as situações de exploração dotrabalho infantil;

Direito à Vida, à Saúde, Educação,Esporte e Lazer – Sistematização dos dadosjá existentes no município sobre o

I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DACRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE PARATY

Dando continuidade aoprojeto do Agroecoturismo, foirealizada no dia 21 de junho umavisita ao Assentamento Vitória daUnião, em Paracambi e à Fazendi-nha Agroecológica da Embrapa,em Seropédica.

No Assentamento, visitamosuma agroindústria e conversamoscom os integrantes do grupo quetrabalha na agroindústria. Vimosque o gerenciamento da unidadeé o principal entrave para o seu

bom funcionamento.Na Fazendinha, conhecemos

as experiências de pesquisa comhorticultura orgânica, vermicom-postagem, produção de galinha

caipira em sistema “voisin”,agrofloresta e adubação verde.Constatamos que existem váriastécnicas alternativas cientifica-mente comprovadas e que podemser utilizadas pelos pequenosagricultores.

O próximo passo do projetoserá o levantamento das proprie-dades e estabelecimentos que po-derão fazer parte do mapa agro-ecoturístico do município,trabalho que será realizado pelosintegrantes do Grupo de Agricul-tura Ecológica (Ufrrj).

A Secretária Municipal deEducação de Paraty, Eliane Thoméapóia o projeto de Agroecoturismo

Grupo de agro-floresta de Paraty visita unidadesexperimentais em Paracambi e Seropédica

Rodrigo Bacelar

instituir, no município, umprograma de Educação Patri-monial para a comunidade?

Helena Severo: Bom isso nósteríamos que conversar com oprefeito, conversar com o Secretáriode Cultura da cidade. Eu acho que éfundamental para uma cidadehistórica como Paraty que a popu-lação tome conhecimento, que apopulação tenha plena consciênciada riqueza da sua cidade. Em tomandoconsciência disso, com certeza,cuidará melhor, zelará melhor peloseu patrimônio.

LIA CAPOVILLA: A senhora a-poiaria, por exemplo, a realizaçãode um seminário onde seriam a-presentados trabalhos que inte-grariam o dossiê?

HELENA SEVERO: Com certeza,acho que isso é fundamental.

LIA CAPOVILLA: A Secretaria deCultura teve atuação no processode indicação da cidade do Rio deJaneiro para Patrimônio da Hu-manidade pelo seu conjunto paisa-gístico?

HELENA SEVERO: Eu estou naSecretaria há dois meses, eu não seise houve, mas com certeza houveuma gestão da Secretaria.

LIA CAPOVILLA: Este tipo denomeação - o de cidade perten-cente ao Patrimônio da Huma-nidade pelo seu conjunto paisagís-tico - não seria interessante paraParaty?

HELENA SEVERO: Paraty alia doisfatores muito importantes. Daí aschances de Paraty serem muito gran-des. Além de patrimônio edificado,tem um patrimônio natural, tem umpatrimônio fantástico natural o quala cidade está encravada, digamosassim. Ela está edificada dentro daMata Atlântica. Isso é fundamentalporque alia duas condições: o pa-trimônio edificado e o patrimônio na-tural.

LIA CAPOVILLA: Gostaria deacrescentar mais alguma coisa àessa entrevista?

HELENA SEVERO: Eu gostaria quepedir, mais uma vez, para que acomunidade iniciasse uma mobili-zação, iniciasse uma gestão, iniciasseaté uma pressão para que as auto-ridades começassem a trabalhar nosentido de viabilizar essa proposta,da conquista do título de Patrimônioda Humanidade para Paraty.

atendimento aos adolescentes e criançaspara estabelecer prioridades e políticaspúblicas a serem discutidas com ascomunidades, os conselhos municipais eas secretarias afins.

Por fim, estabelecer as seguintesdiretrizes:

- Integrar os conselhos e entidadesafinadas com atividades regionais quepossibilitem a assistência, prevenção,diagnóstico e avaliação;

-Desenvolver os mecanismos dearrecadação e administração dos recursos.

Estiveram presentes no evento: JoséCláudio (Prefeito), João Carlos ( vice-Prefeito), Marli Cardoso (Secretaria dePromoção Social), Eliane Tomé (Secre-tária de Educação), representantes doConselho Estadual dos Direitos da Criançae do Adolescente, Fundação da Infância eda Adolescência, Conselho Tutelar e CasaAbrigo de Angra dos Reis, Centro deReferência da Infância e Adolescência,Secretaria de Habitação e Desenvolvi-mento Social de Angra dos Reis, ConselhoMunicipal das Associações de Moradoresde Paraty, entre outros.

Secretários Municipais de Cultura discutempolítica cultural em Paraty

Page 4: Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ … do litoral pdf/fl... · 2016. 2. 13. · Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ Ano VI

4 Folha do Litoral JULHO/2001

Qual a importância do PlanoDiretor para o Município?

Joaquim AlonsoFilho - Ele é muitoimportante porque vaidizer quais são asdiretrizes no nossomunicípio e, com cer-teza, esse plano, ela-

borado e votado pela Câmara com oauxílio da população paratiense, vaidesenvolver Paraty. Desenvolvercomo? Vamos gerar arrecadação evamos gerar emprego para apopulação que morre sem emprego,em Paraty, hoje.

Antonio PortoFilho - Portinho - Aimportância do PlanoDiretor é total. É elequem vai determinar asdiretrizes do muni-cípio pro futuro.

Carlos José Ga-ma Miranda - Nomeu ver o PlanoDiretor é o que vai di-rigir essa cidade profuturo, vai planejá-la

para os nossos filhos.

Lauro CantídioBelchior - Eu achoque o Plano Diretor éfundamental, só quetem uns itens ali quetem que estudar commuito carinho, por-que eu vejo que tem coisa ali que éfavorável ao município, tem coisaque não é. Como por exemplo, queeu vejo nesse momento, é o artigosobre a extensão das ruas. Porquequando esse plano foi feito, real-mente, a realidade de Paraty era uma.Hoje é outra. Principalmente na ZonaRural. E eu acho que vai ser o ladomais prejudicado, como tem casa nabeira da estrada... ...tem que ter umasolução pra isso.

José Roberto deJesus - Todomunicípio, para seestruturar, para seorganizar, ele nece-ssita de leis que vãotrazer as diretrizesdessa organização. Paraty é especial.Ele é abrangido por várias legislaçõesespecíficas, como as APAS, e dentrodo município nós temos ainterferência de diversos órgãos queoutras cidades não têm. Isso dificultao nosso crescimento, dificulta a nossa

PLano Diretor - Plenária finalorganização... Paraty, além disso, étombada pelo Patrimônio Artísticoe Histórico. E isso nos traz outrasresponsabilidades... Nós não con-seguimos sequer fazer nossa rede deesgoto, daí a importância desse PlanoDiretor para trazer, para delinear essecaminho, para que o prefeito, paraque os vereadores, para que acomunidade paratiense possarealmente usufruir desse belíssimopatrimônio que é a nossa pérola doAtlântico, Paraty.

Delmo Afonso -É importante paratodos, para a reali-zação de um grandetrabalho voltado aodesenvolvimento deParaty.

Adilson José deOliveira - Tem tantaimportância o PlanoDiretor...

Wagner de Oli-veira dos Santos - Éfundamental para odesenvolvimento.

Marco Antonio dePaula da Silva - É aespinha dorsal de nossomunicípio porque nósdependemos dele paratudo. Para direcionar odesenvolvimento dacidade. Agora, ele tem que ser feitobaseado na necessidade do município.A única coisa que tem me preocupadoé que muita gente de fora temparticipado, tem trazido soluções,mas a sociedade em si, o paratienseem si, não conhece praticamente oPlano Diretor.

José Carlos Ri-beiro - É a molamestra do município.Sem o Plano Diretor acidade cresce desorde-nadamente, como a-contece hoje. Nós te-

mos hoje o bairro da Mangueira queé um caos. Não só ele. Por aí à foranós temos, hoje, um loteamentodentro do município com três metrosnas ruas, isso é horrível, não? Semum Plano Diretor a cidade ficadesgovernada.

Fuad José Mi-nair (Deco) - O PlanoDiretor existe pararesolver várias ques-tões. Haja vista a ques-tão de São Gonçalo,onde eles queriamconstruir um grandeempreendimento, e esse Plano Di-retor inviabilizava a construção dessegrande empreendimento que, elesdizem, daria muito emprego para onosso município. Essa é uma dasquestões e outras, por isso aimportância desse Plano Diretor.

O SENHOR TEM PARTICIPADO DOSTRABALHOS DO FÓRUM SOBRE OPLANO DIRETOR?

Joaquim Alonso: Não, eu tenhome afastado um pouco. Lá vai muitagente inteligente entrando com umas

emendas que eu vou votar contraporque não vai beneficiar o povo, vaibeneficiar somente os empresários deParaty.

Portinho: Não. O que eu tenhovisto é muita gente de fora envolvidana discussão do Plano Diretor emuito pouca gente de Paraty. Narealidade quem vai votar esse PlanoDiretor é a Câmara e nós vamosanalisar esse plano com muita calmae vamos discutir região por regiãocom a população do local. A partirdaí vamos estar votando o PlanoDiretor.

Casé: Fui em três ocasiões.Lauro: Eu já li umas partes, não

tudo, pra dizer que li tudo, tomentindo, até porque uma letra muitomiudinha. Tinham alguns itens queeu queria ver sobre loteamento, sobrea nossa área que o INCRA querpassar para a prefeitura. Eu acho queo INCRA teve até que se defenderde uma coisa que deixou tumultuar,que já vem desde 83, hoje quer sedefender do pepino e jogar para cimada prefeitura. Eu acho que é uma coisaque tem que se estudar com muitaseriedade. Eu participei da primeirareunião, mas a última eu estavaviajando, não participei.

José Roberto - Bom, eu entreivereador essa semana. Eu fui suplentepelo PDT e com a ida do vereadorZé Pital, que é do meu partido, elerecebeu o convite para assumir aSecretaria de Turismo de Paraty, eufui convocado para a sua vaga.Quando eu cheguei, logo no primeirodia, eu tomei conhecimento, nem fuiconvidado, que haveria uma reuniãopara tratar sobre o Plano Diretor.Peguei o Plano rapidamente, nãoconsegui ler devido às letras serempequenas, em curto espaço, o PlanoDiretor é bem extensivo, é bemabrangente, eu não tive acesso à eletodo. Mas eu participei do Fórum ede certa forma fiquei muitodecepcionado. Eu não vi a comuni-dade ali representada. Bom, sedissermos que quem representa acomunidade são os vereadores, láestava o presidente da Câmara, querepresenta todos os vereadores, e euestava lá também. Não me lembro deter visto outro vereador lá. ...Mas euachei que não foi representativa, nãofoi proveitosa, porque tinha meiadúzia de pessoas. Tinha 3 ou 4Associações representativas e tinhapessoas influentes da nossa cidadeque estavam lá, obviamente,buscando defender seus interesses.Quando começou o início de umdebate, nós só vimos determinadosinteresses serem colocados emdiscussão, em pauta. E nessemomento eu até me afastei. Eu vi quenão estava sendo proveitosa areunião para o município. ...

(“Então por que você tambémnão entrou nesse debate?”)

...Porque não me interessa. Euainda hoje estava falando com umvereador aqui presente, não meinteressa ficar discutindo, brigandopor coisas que você ta vendo que sóvai prejudicar o andamento daqueleassunto. Se foi direcionado daquelaforma, o que eu acho que estava deuma forma muito equivocada, se foi,então eu assisto. Eu assisto e vouembora. Evidentemente que eu quero

Em 14 de agosto de 2000 o FórumDLIS encaminhou um Termo deCompromisso aos três candidatos àPrefeitura de Paraty, que o assinaram,comprometendo-se a revisarem eprotocolarem o Projeto de Lei do Pla-no Diretor elaborado em 1996.

Em 27/12/2000 a Assessoria dePlanejamento da Prefeitura de Paratyreuniu-se com os membros inte-grantes da Equipe Técnica deExecução e Coordenadores Técnicosdo Plano Diretor e funcionários daextinta Secplan – RJ, servidoresHaidine da Silva Barros Duarte – Sub-Secretária de Estado, José AugustoGuedes Falcão - Arquiteto e LúciaHelena do Nascimento – Arquiteta.

Nesta oportunidade foi estabe-lecido que estes técnicos apresen-tariam o Plano Diretor na segundaquinzena de março de 2001, com oobjetivo de trazer à tona a temáticado Plano Diretor (elaborado há 4anos) para atualização e aprovação.

A Assessoria de Planejamento eo Fórum DLIS realizaram no dia 23de março de 2001 o Seminário deApresentação do Plano Diretor noParque Hotel Perequê com aparticipação dos técnicos acima, alémde representantes das instituições:Conselho Municipal das Associa-ções de Moradores de Paraty –Comamp, SEPDET-RJ, Paraty.com,Proder/Sebrae, Capitania dos Portos,Marina 188, Marina da Boa Vista,Porto Paraty, Incra, Cooparaty, Revi-talização Borda D’água, Iphan, IEF,Ibama, Associação dos Engenheirose Arquitetos de Paraty, SOS MataAtlântica, Instituto Náutico deParaty, Base Ecológica de Paraty-Mirim, Simpar, Unimep, SecretariaMunicipal De Promoção Social,Secretaria Municipal de Agricultura,Pesca e Meio Ambiente, SecretariaMunicipal de Turismo e Cultura, ovice-Prefeito Representando o PoderExecutivo e várias Associações deMoradores que respaldaram oComamp.

Definiu-se também (por força deLei - criada pelo Decreto nº 041/2001)a Comissão de Estudos e Auxílio Téc-nico e fixou-se prazo para o PoderExecutivo enviar à Câmara o PlanoDiretor.

A primeira reunião de trabalhofoi realizada no dia 03 de abril de2001 no Parque Hotel Perequê, como objetivo de definir a metodologiapara apresentação das emendas econdução do processo democrático.As instituições que participaramdesta reunião foram: Sebrae,Cooparaty, Comamp, Assessoria de

Planejamento e Controle-Prefeitura,Acip, Crea e a Associação dos Enge-nheiros e Arquitetos de Paraty.

A metodologia aprovada emreunião, ficou assim definida: a partirda apresentação realizada no dia 23/03 a Comissão de Estudos e AuxílioTécnico ao Plano Diretor enviaria àAssessoria de Planejamento eControle as emendas cabíveis e estasseriam apresentadas, analisadas,aprovadas ou não em Plenária Finalrealizada nos dias 9 e 10 de junho de2001 no Ciep D. Pedro I.

É importante ressaltar que, alémdos convites protocolados a váriasentidades, à Câmara dos Vereadorese divulgação na rádio RPC, dias antesda realização da Plenária Final, oanteprojeto do Plano Diretor foi pu-blicado na íntegra pelo Jornal Folhado Litoral, (num total de 3.000exemplares), distribuídos ampla-mente em todas as comunidades einstituições públicas e privadas,

Nos dias 09 e 10 de junho de2001 no CIEP D. Pedro I, a Asses-soria de Planejamento e Controle,Comamp, Fórum DLIS, Acip eSebrae realizaram a Plenária Final doPlano Diretor com a participação dasseguintes instituições: Base Ecoló-gica do Paraty-Mirim, Sindegtur,Revitalização da Borda D’água,Cooparaty, Unicamp/Feagri, Incra,Senac, Porto Paraty, Ufrrj, Iphan,Câmara de Vereadores, IEF, Fauusp,Iacv, Pastoral da Criança, Paraty.com,Simpar, Sindicato dos TrabalhadoresRurais, Associação dos Engenheirose Arquitetos de Paraty, CREA, SOSMata Atlântica, Secretaria Municipalde Educação, Secretaria Municipal dePromoção Social, Secretaria Muni-cipal de Arquitetura, Obras e Urba-nismo, Secretaria Municipal de Saúde,ONG Caxadaço, ONG Bocaina Mar,Várias Associações de Moradores oExecutivo Municipal representadopelo Chefe de Gabinete e o LegislativoMunicipal representado pelo Presi-dente da Câmara de Vereadores.

Neste seminário prevaleceu oprocesso democrático na aprovaçãoou não das emendas, as quaispassaram a fazer parte do anteprojetode Lei, dando nova redação ao PlanoDiretor.

Após compilamento das infor-mações que está sendo realizado naAssessoria de Planejamento, oFórum DLIS encaminhará à Câmarade Vereadores o novo Projeto de Leido Plano Diretor com a anuência doExecutivo Municipal.

ENTREVISTA COM OS VEREADORES

Page 5: Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ … do litoral pdf/fl... · 2016. 2. 13. · Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ Ano VI

5Folha do LitoralJULHO/2001ele chegar às nossas mãos e talvezaté promova, isso depende dopresidente da época, discussões juntoà comunidade. Mas eu não acho quetem que ser feito dessa forma quefoi. Designar um local para apopulação ir. Distribuir convites daforma que teve, eu não recebi. Eu,como advogado, como morador domeu município, residente aqui comoeleitor, eu deveria ter recebido oPlano Diretor através da minhaassociação de moradores. Eu deveriater recebido pela rádio, eu deveria terrecebido por uma faixa na avenidaprincipal ou por um panfletoembaixo da minha porta. Mas eu nãorecebi. Mas também não quer dizerque se eu recebesse, se a comunidaderecebesse, estaria lá. Mas aí é outracoisa, aí é omissão, se não fosse. Maseu acho que deveríamos fazer, o queseria básico, um debate itinerante. ...

Delmo Afonso - Eu achoimportantíssimo. Em todos ossegmentos da sociedade eu tenhoouvido falar muito bem dessasdiscussões, eu aprovo essas discus-sões. Na hora em que o Plano chegarà Câmara ele também vai ser dis-cutido, vai ter que passar pelascomissões devidas, da qual faço parteda Comissão de Justiça, que é acomissão que primeiro dá o parecer,após o jurídico da Câmara deVereadores. Nós vamos discutir evamos ter quinze dias para aguardaro relato final. Eu fui vereador nomandato passado e o prefeito anteriornunca mandou esse Plano Diretor. Eufico feliz com o prefeito Zé Cláudiopor ter tomado essa iniciativa que éde grande anseio de toda acomunidade de Paraty.

Adilson Coxado - Sem dúvida,tudo o que nós fizermos aqui para acomunidade é importante elaparticipar.

Wagner - Muito importante, ainiciativa foi de grande valia. Mas euacho que não teve representatividade.Quem esteve indo lá foi o pessoal daelite, pelo menos nos dias que eu fui,a grande parte que tava lá era a parteda elite e a comunidade mesmo,carente, que vive na zona ruralprincipalmente, não tava presente.A Câmara pretende promover essasdiscussões e eu ia mais além, levavaa discussão desse Fórum para dentrodas comunidades e não centralizavaele dentro do CIEP. No meu pontode vista, eu acho que tem que ir paraas associações. Fica difícil o pessoalda zona rural sair da zona rural parase centralizar no CIEP. Agora, se levaresse Fórum para as comunidades eassociações, seria fundamental. ACâmara está se organizando parachamar as pessoas responsáveis peloFórum, que é o Domingos, para quea gente proponha, junto com aCâmara, a gente faz isso dentro dasassociações.

Marco Antonio - Eu acho

discutir muito esse Plano Diretor, euquero fazer emendas nele, errosgrosseiros de português, mas que issonão interessa a mim, mas a partejurídica me interessa e eu vejopalavras, artigos repetidos, tem quehaver uma correção jurídica, deveriater uma assessoria, ou deve ter nofuturo, vai cair em uma das nossascomissões, e eu, independente departicipar ou não da comissão, maseu vou enviar sugestões para essePlano Diretor, que eu acho muitoimportante... Mas o que ocorre emParaty são os loteamentos desor-ganizados. Você vê: o nosso lotea-mento mais organizado, mais antigoé o Jabaquara. Mas devido à faltadesse Plano Diretor, à falta de trazeressa discussão antes, doze anos atrás,dez anos atrás, até vinte anos atrás,as pessoas foram construindo. Afinalde contas, existe a defasagem, adeficiência de habitação, isso é emtodo o país. E Paraty não foge à essaregra. Então eles tiveram queconstruir. E vão construir onde? Vouconstruir onde eu tenho o meuterreno. Eu comprei esse terrenoonde? Eu comprei esse terreno noJabaquara. Eu comprei esse terrenono Pantanal, eu comprei esse terrenono Parque da Mangueira, Ilha dasCobras, então você passa na Ilha dasCobras e Mangueira, tem ruasestreitas que mal passam um carro,tem becos para tudo quanto é lado.Pantanal, cresceu de uma formadesorganizada e até hoje nãoimplantaram porque não tinha umPlano Diretor. Não dá para imporrespeito hoje. Hoje, o que você temque fazer? Hoje você tem que atendera necessidade da comunidade...

Delmo - Não, me ausentei pormotivo de viagem em caráter deurgência à cidade do Rio de Janeiro.

Adilson Coxado - O que fez comque eu não fosse lá no Plano Diretoré porque eu vi a quantidade depessoas que ...não sei, não meagradou e ai eu preferi não ir. Comoesse Plano Diretor vai ter que vimpra Câmara, e aí nós vamos discutir,inclusive com a comunidade, e porisso que eu, na realidade, não queronem falar sobre o Plano Diretor. Daía importância de nós discutirmosjunto com a comunidade para nósavaliarmos durante seis meses quevai ficar aqui, mas discutir junto coma comunidade, não é fazer o trabalhoparalelo aí junto com o prefeito. Não,é a gente fazer nossa parte também.

Wagner - O que eu acho que temque acontecer com o Plano Diretor éque as comunidades participem e nareunião que eu fui no CIEP eu não via comunidade participando. Eu vi aalta sociedade e, realmente, acomunidade não estava presente.

Marco Antonio - Eu fui apenasa uma. E lá é que eu justamenteconstatei isso que eu estou falando.Eu tenho estudado o plano, tenhoele no meu computador, tenho feitouma análise independente porque elevirá para cá também para ser votado,então nós teremos mais tempo paraanalisá-lo.

Carlinhos - Não, não cheguei air nessa última reunião porque euestava de viagem e não pude estarpresente.

Deco Minair - Esse ano eu nãoparticipei de nenhuma. Mas na épocaem que foi feito o Plano Diretor, nagestão anterior em que o prefeito erao Edson Lacerda, nós participamos

junto com o Júlio Cezar e comalgumas pessoas que elaboraram essePlano Diretor.

O senhor acha que tem sidoimportante o trabalho do Fórumem promover essa leitura sobre oPlano Diretor?

Joaquim Alonso - Sem dúvidanenhuma. O que deixa a gente triste éque Paraty tem que crescer, tem queter progresso. Já tem grupos falando,principalmente que não são doParaty-Mirim e que moram lá, quenão quer o asfalto no Paraty-Mirim.E eu quero um município com asfalto,pavimentado, para que nós possamostrazer o turismo em massa à Paraty.Nós, vereadores, vamos ter que ouvira comunidade, as associações, e vero que é bom pro povo. Só vou votarno que é bom pro povo.

Portinho - Acho isso da maiorimportância. Agora: nós temosrecebido, aqui na Câmara, muitareclamação dentro dessas discussões.Porque a maioria das pessoas nãoestá concordando, está achando quenão está sendo discutido, por partede algumas pessoas, de maneira leal.

Casé - Eu acho que deveria sermais localizado. Se a gente estádiscutindo hoje sobre Ilha das Cobrase Mangueira, tem que ser discutidocom o povo da Ilha das Cobras eMangueira. Se tá discutindo hoje obairro Jabaquara, tem que ter lá oPresidente da Associação deMoradores junto, de repente atéfazer mesmo lá, levar até essalocalidade as propostas pelo menospara aquele bairro. A Zona Costeira,Cajaíba, o Mamanguá, a Juatinga,tudo isso faz parte do Plano e elesnem sabem o que está acontecendo.Então eu acho que o Plano tambémtinha que ir até eles. Não eles só virao Plano. Foi muito remota apresença deles. O Plano deveria sermais discutido pela Câmara juntocom a sociedade porque a Câmara équem vai votar esse plano...

Lauro - Sim, eu não vejo só otrabalho do Fórum mas que apopulação em si deve saber o que vaino Plano Diretor para depois não vira acarretar, que isso vai passar pelaCâmara para ser aprovado, e dizerque a Câmara foi a culpada. Achoque eles têm que participar junto,sim. Então ontem eu estive lá naminha comunidade e eu falei: -“Vocêsdevem ler bem o Plano Diretor e vero que é melhor para todo mundo pradepois não vir jogar a responsa-bilidade em cima daqueles vereadoresou só em cima do prefeito”. O planotem que ser aprovado, sim. O artigo189 que fala sobre as praias, abertura,de acesso de ida e volta. Hoje vemospraias que são fechadas e os prefeitosmunicipais até hoje não mexeram, atéo por que, eu não sei. O que não foiaprovado no plano diretor é àrespeito dos empresários que sedizem donos de praias.

José Roberto - Evidentementeque tem sido, né? Se faz uma reuniãopara três pessoas, tem que se tirarproveito daquilo que foi lá. Claro, eubati na parte negativa, mas só o fatode ter sido lida toda a proposta doPlano Diretor lá, isso já foi um belotrabalho. Mas a falta da comunidadetira um pouco desse nome. Eentristece a gente. A Câmara vaicomeçar a discutir esse Plano quando

essencial. O que me preocupa é quemuitas vezes pessoas de fora vemcom a solução, não vem com idéias,sugestões, como se tivessemquerendo nos impor esse Plano. Eele não pode ser uma imposição, eletem que ser uma coisa participativae que a sociedade paratiense venha ase beneficiar como um todo. Eusimplesmente acho que todosdeveriam participar, principalmenteo cidadão comum, mas muita coisa écomplicada, deve ser bemesclarecidos alguns detalhes do Plano.Existe aqui um acordo que cada itemvai ser discutido com a sociedade, ouseja, com a localidade que estiverenvolvida com o problema. Nósvamos levar essa discussão com acomunidade. Foi um acordo queestabelecemos aqui entre nós.

Carlinhos - Com certeza, éfundamental, principalmente com acomunidade. Eu não participei masfiquei sabendo que houve umaparticipação maior dos donos delatifúndios de Paraty, vamos dizerassim. E isso tem que ser discutidocom as comunidades e as associa-ções, não é? O Plano tem que serbem estudado, analisado, temos quefazer emendas. Ele está sendoencaminhado agora para a Câmara,nós vamos analisar, vamos estudar,porque o município precisa ter oPlano, não é?

Deco Minair - Com certeza émuito importante porque a comu-nidade tem que saber o que está sendofeito, ela tem que dar a sua opinião,para que a Câmara aprove esse PlanoDiretor. O Plano Diretor vai ser estu-dado pela Câmara e os vereadorespretendem discutir artigo por artigojunto com a comunidade para sabero que ela acha de cada artigo que agente vai botar nesse Plano Diretor.O Plano Diretor é uma coisa bemdifícil de ser estudada porque a gentenão tem aquele conhecimento total.Então o que nós tínhamos de fazer?Convocar essas pessoas queelaboraram esse Plano Diretor, quetêm um conhecimento mais à fundo,para esclarecer para a gente artigo porartigo, o que significa cada artigo,para a gente ter o conhecimento, parasaber, realmente o que a gente estávotando.

DAX GOULART - ASSESSOR DE

PLANEJAMENTO E CONTROLE/PREFEITURA

A maior contribuição à demo-cracia tem sua expressão maisdestacada no conceito de hegemonia.Ora, uma das principais caracterís-ticas deste conceito de hegemonia é aafirmação de que, numa relaçãohegemônica, expressa-se sempre umaprioridade da vontade geral sobre avontade singular ou particular, ou dointeresse comum ou público sobre ointeresse individual ou privado; issose torna evidente quando a hegemoniaimplica uma passagem do momento“econômico-corporativo” (ou“egoístico- passional”) para o mo-mento ético-político (ou universal).Essa prioridade do público sobre oprivado, ou o predomínio da “vonta-de geral”, é - para além da definiçãodas necessárias “regras do jogo” - aessência da democracia. Tal prio-ridade se torna não apenas umaquestão central e uma tarefa dirigidapara o presente, mas aparece tambémcomo o critério decisivo para avaliara legitimidade de qualquer ordena-mento político-social futuro, comopor exemplo a constituição doFórum do Plano Diretor. Não écasual, assim, que surja nos debatesdo Plano Diretor o conceitofundamental da democracia, oconceito de “volonté générale”, quenão existe no pensamento de algunsvereadores – não de todos, é claro;nesse pensamento meramente polí-tico, temos apenas, quando muito, oconceito de “vontade de todos”,entendido como soma dos muitosinteresses privados ou particulares.Na filosofia política do Fórum doPlano Diretor, o conceito de vontadegeral ou universal ocupa um postocentral, tornando-se o fundamento dadefesa da prioridade do universalsobre o singular, do público sobre oprivado.

O Fórum do Plano Diretor,portanto, vê que existem contradi-ções entre o privado e o público, entreo particular e o universal, mas pensaque o modo de resolver tais contra-dições não é a “repressão” freudiana,mas sim uma superação dialética dasvontades particulares, ou “social-civis”, na vontade universal, ou“municipal”...

Page 6: Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ … do litoral pdf/fl... · 2016. 2. 13. · Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ Ano VI

6 Folha do Litoral JULHO/2001

1. Qual a importância do PlanoDiretor para a s comunidades?

2. Você acha que o Comamp ho-je é uma instituição que realmenterepresenta as comunidades?

Manoel Pinto Filho -(Presidente da Asso-ciação de Moradores doTaquari)

1. O Plano Diretor éo Plano que vai gerir o

crescimento da comunidade. É umPlano que já deveria estar pronto,aprovado, que está há seis anosengavetado, e a Câmara diz que oExecutivo não colocou para votação,o Executivo diz que a Câmara nãoquer votar... e, através do Conselho,da mobilização das Associações agente já deu o primeiro passo, quefoi o Seminário feito lá no Ciep... e agente vai esperar para ver o dia quevai ser votado, porque é denecessidade para que as comuni-dades cresçam com base, e é im-portante o Plano Diretor no muni-cípio.

2. – Com certeza, representa emuito. Porque através do Comampestá havendo essa mobilização todano município... Sem o Conselho achoque a gente não teria caminhado otanto que já caminhou. Com oConselho, a gente vai conseguir maishistória ainda, porque a gente vaitrabalhar e procurar unir ascomunidades e partir para cima doPoder Público... vamos fazer osnossos deveres como cidadãos, eexigir nossos direitos.

Aleci de Jesus Nunes –Presidente da Associa-ção de Moradores doM a m a n g u á ( C o n -selheiro Comamap)

1. Sempre é legal...Tudo que a gente vai discutir, aintenção é que seja positivo. Achoque pra tudo tem que haver dis-cussão...

2. Quanto ao Comamp ter orga-nizado esse debate, acho que foimuito bom... Agora... ainda estáfaltando um pouco para que ele possadesempenhar o papel de... cola-borador perante todas as comu-nidades, ou perante às maiorias... masacho que está no caminho certo.

Francino Pires deSouza (vice-presidentedo Comamp e ex-presidente da Associa-ção de Moradores daBarra Grande

1. É de extrema importância paraas comunidades. Lembro que estacidade não tem nenhuma diretriz, ascoisas acontecem a vendaval eninguém descobre de fato o que temque ser feito... quais os critérios deescolha do que está sendo feito... Como Fórum DLIS..., que é de extremaimportância pois, a partir deste,começa-se a ter diretrizes para as

ações no município... Terá menoserros e as obras e os benefícios virãode acordo com as necessidades dapopulação do município e não comas necessidades de interessespolíticos...

2. É claro que representa... noúltimo Fórum DLIS ficou bemdefinido... porque esse Fórum jáaconteceu por conta do Comamp e asAssociações de Moradores foram ládefendidas pelo Comamp, pois nemtodos estavam, deveriam estar, masnão estavam, o Comamp se fezpresente para defender os interessesdas Associações de Moradores. Euacho que ainda não é o ideal, mas é orepresentante legal das Associações.

Adilson Marcelino –Presidente da Associ-ação de Moradores doCorumbê

1. Não acho que sópara a comunidade, mas

para o Poder Público em geral, tantopara o Executivo quanto para oLegislativo, nos quais as leis queforem criadas, terão que ser criadasem cima do Plano Diretor. Ocrescimento da cidade, quanto dascomunidades, tem que ser analisadocom o Plano. Vai-se ter uma metaaonde se dirigir para o crescimentodestas comunidades e do municípioem geral.

2. Desde que eu vejo o movimentopopular dentro do município deParaty, com a criação do Comamp,hoje já é um órgão legítimo e confir-mado dentro do município, que temassento de quase todas as Associa-ções...e que vai buscar, não só amelhoria para Paraty, mas para suapopulação, buscando a melhoria dolado social... das comunidades,trazendo confraternização, integran-do... visto que em vários fóruns reali-zados pelo Conselho teve um públicogrande, associações se destacandocom várias pessoas, outras commenos... O movimento popularacredito que é a forma correta de omunicípio avançar.

Antônio Alves –Associação dos Mora-dores do Patrimônio

1.Falando basica-mente do Patrimônio,

acho que o Plano Diretor vem só bene-ficiar a comunidade. Por ser uma co-munidade pequena, precisamos saberpara que lado vamos nos expandir.Porque não podemos nos expandir dequalquer maneira. Temos que ter umcontrole, de que forma vamos fazer...

2. Sim, acredito que o Comampvem só favorecer, porque foi atravésdele que conseguimos estes núcleos,essas grandes vantagens que temoshoje, como o Plano Diretor e outrascoisas importantes que o Comampestá realizando aqui no município.

Almir dos Remédios– Representante daComunidade do Araújo

1. ...vai trazer milcoisas pra gente resolver,debatendo esse Plano, a

gente vai mostrar para a própriapopulação que é fundamental acidade, o município ter um PlanoDiretor, porque sem um Plano Diretornada funciona, a gente acabou de sairde uma reunião com a Cedae, e nãoadianta trazer Cedae sem ter um PlanoDiretor... vai ser a peça fundamental.Tanto é que esse Fórum, queacabamos de criar durante o ano de2000, fizemos com que o próprioExecutivo e o Legislativo assumissemo compromisso de fazer uma revisãodo Plano Diretor, dando uma previsãoaté junho de 2001, agora estendeu umpouco... nós, membros do Fórumestamos aguardando, para ver o prazoque eles vão determinar, para ver oquanto se verifica esse PlanoDiretor...

E a importância do Fórumnesses trabalhos... O Fórumrealmente promove um debate emfunção das comunidades?

... Para quem começou a parti-cipar... para quem foi membro doFórum e para aquelas pessoas decomunidades, as lideranças comu-nitárias que vieram participar doFórum, ele é fundamental e traz àtona qualquer problema, levantou olixo, levantou esgoto, mil e um itensde Paraty. O Fórum vem trabalhandoo desenvolvimento sustentável deParaty, não só a cidade, mas toda asociedade em si, a região urbana,rural, costeira... Agora, uma coisa quedeixou a gente chateado, nós mesmosdo Fórum, foi que em uma dasreuniões... disseram que foramconvidadas pessoas que têm direitode participar e nunca sequerparticiparam de uma assembléia.

Divan do Nasci-mento – Associação deMoradores de SãoRoque e Sindicato dosTrabalhadores Rurais

1. É de muitasimportância... só que ficou faltandouma participação da população e daagricultura... os agricultores nãoestavam lá para reivindicar os seuspropósitos... É muito importante,para que não saia das metas. Se játem um Plano, vamos seguir estePlano e fazer com que ele sejarealizado para o bem da população.

2. Representa. Está sendo muitobem representado...

...E a respeito do Fórum sobrePlano Diretor...? – ...Foi impor-tante. Tudo que o Fórum andafazendo é para o bem estar do muni-cípio. Se a gente está fazendo isso, épara que as pessoas fiquem sabendoe dêem sua opinião... quanto maisopiniões a gente tiver para chegar aum denominador comum, isto éimportante...

Sebastião Nogueira –Diretor Financeiro doComamp, presidente daAssociação de Mora-dores de São Gonçalo).

1. O Plano Diretor éde fundamental impor-

tância porque, através dele, se traçaas diretrizes do município. Paraty

tem várias coisas que estão jogadas,o exemplo das praias... o PlanoDiretor já traça regras para isso...

... Sim, sombra de dúvida. Eu souum dos lutadores pelo Comamp e oComamp foi importantíssimo paraacidade de Paraty... reuniu as demaisassociações; fica mais fácil dacomunidade estar organizada. A gentesabe que há problemas, como todasas associações, o Comamp não éexceção, mas a sua existência é muitoimportante para a gente se organizar,por exemplo, no caso do Fórum, doPlano Diretor, desse trabalho que temsido feito, sobre vários aspectos émuito importante a existência doComamp... Aproveito para convidara todas as pessoas que não conhecem,e até as que criticam, para quevenham somar, conhecer o Comampe somar, porque o Comamp nãobeneficia a quem quer que seja, mas atodo o município.

Maria do EspíritoSanto Nascimento -"Realmente vai trazerum desenvolvimentoorganizado para ascomunidades e o Co-mamp repesenta ascomunidades de Para-

ty, tem feito um grande trabalho deintegração...

R i s o n e i d eMaria (Associaçãode Moradores deSão Roque e Se-cretária Executivado Comamp - OPlano Diretor... temque se dar uma aten-

Lideranças comunitárias e a importância do Plano Diretor

av Otávio Gama, 100 Beira-rio23970-000 Paraty RJreservas: (24) 3371-22480800-2826263

ção especial, fazer estudo, o que oComamp promoveu para que todospudessem estudar com profundidadee acrescentar sugestões. É muitoimportantes para o município...

O Comamap é uma instituiçãoque representa de fato e de direito asassociações de moradores, comeficiência, visto que até instituiçõescomo o Fundo Novib, estão aprovan-do os projetos do nosso Conselho...

Domingos Oliveira- Presidente doComamp - O PlanoDiretor é fundamentalpara que se possa terum futuro organizadoe com qualidade parao cidadão de Paraty.

Ele é representativo de fato e dedireito, porque na sua fundação tevea participação de 253 representantese lideranças comunitárias e 120adolescentes, que definiram a missão(integrar social e economicamente asassociações) as políticas (integrar-seàs outras entidades para desenvol-vimento sustentável e integrado) e,como principais metas, o médico defamília, orçamento participativo,agroecoturismo...

O FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO LOCAL INTEGRADO ESUSTENTÁVEL DE PARATY VEM AGRADECER À RÁDIO RPC, E

AO RADIALISTA J.ABUD PELO ESPAÇO QUE ABRIRAM PARADICULGAÇÃO DO EVENTO DO PLANO DIRETOR; AO MERCADODO CARLÃO E AO SUPERMERCADO FARTURÃO PELO APOIO NO

FORNECIMENTO DE ALMOÇO PARA OS PARTICIPANTES DOFÓRUM.

Paraty recebe representantesda Unesco

FINALIDADE DA VISITA FOI A ELABORAÇÃO DE DOSSIÊ PARA RECONHECIMENTO

DA CIDADE COMO PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE

PARTICIPE DA ASSOCIAÇÃO

DE MORADORES DA SUA

COMUNIDADE E FORTALEÇA-A

NA LUTA PELOS SEUS

DIREITOS DE CIDADÃO (Ã)

Uma equipe técnica da Organiza-ção das Nações Unidas para Educaçãoa ciência e a Cultura (Unesco) visitouParaty no final de semana (14 e 15/07)com o objetivo de colher dados paraelaboração do dossiê que relacionaráos itens fundamentais para suacandidatura ao título de Patrimônio daHumanidade. Dentre as 12 cidadesbrasileiras já contempladas, Paratypoderá ser o primeiro municípiofluminense a conquistá-lo.

É a segunda vez que Paraty pleiteiasua candidatura ao título. Em 1984houve um erro no encaminhamento dopedido, o que interrompeu o processo.Desta vez, não só a Prefeitura, comotambém a Secretaria Estadual deCultura estão dando total apoio, bemcomo formando um comitê de acom-panhamento do processo para garantira candidatura.

A equipe da técnica formada pelorepresentante da Unesco no Brasil,Jorge Werthein e as coordenadoras de

cultura, Jurema Machado e MartaPorto, visitou a cidade acompanhadospelo secretário de governo, Luiz Ro-gério Magalhães, percorrendo o CentroHistórico, o Caminho do Ouro, a aldeiaindígena de Paraty-Mirim, além dopasseio de saveiro pela Baía de Paraty.

Outras visitas técnicas serão rea-lizadas e o dossiê com pareceres daUnesco do Brasil, do Bureau de Patri-mônio e da Icomos ( organização queavalia tecnicamente as candidatas) seráavaliado em alguns meses, para ser en-caminhado à reunião anual do Comitêde Patrimônio da Unesco.

Paraty já possui os títulos de Patri-mônio Histórico Nacional, Reserva daBiosfera, APA de Cairuçu, Reserva daJuatinga e Estação Ecológica Tamoios.A expectativa do prefeito José Cláudioé de que a Unesco reconheça a cidadecomo Patrimônio Cultural da Humani-dade o que, para ele, incrementará oturismo e atrairá mais recursos federale estadual.

Page 7: Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ … do litoral pdf/fl... · 2016. 2. 13. · Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ Ano VI

7Folha do LitoralJULHO/2001

A Mata Atlântica chegou um dia acobrir 97% da superfície do estado doRio de Janeiro. Hoje restam menos de20%. Re-vegetar áreas desmatadas,recuperar regiões degradas, recompormatas ciliares e desenvolver sistemasde produção que compatibilizem odesenvolvimento econômico e socialcom a conservação dos recursos naturaissão preocupações crescentes no mundoatual. Ainda mais no Brasil, um país demegabiodiversidade.

Atento a estas questões, o IDACO- Instituto de Desenvolvimento e AçãoComunitária, há alguns anos vemdesenvolvendo experiências na colhei-ta de sementes florestais, utilizandomão-de-obra local de agricultores dascomunidades localizadas próximas aosremanescentes de florestas. Assementes florestais são um subprodutode uma floresta com potencialrentável desde que apresente aqualidade exigida pelo mercado.

O trabalho tem sido feito através

de uma parceria com o Instituto deFlorestas da UFRRJ e já possibilitou arealização de dois cursos de capacitaçãocom técnicas de colheita e manejo desementes florestais. Seu objetivo éaumentar a oferta, no momento muitoinsuficiente, de sementes florestaiscom qualidade e procedência conhe-cida e ao mesmo tempo, gerar rendapara colhedores locais.

Este trabalho pioneiro no Estado,desenvolvido em Paraty, ganhará maisforça quando iniciarem as ações doProjeto Rede de Sementes FlorestaisRio–São Paulo, aprovado no final demarço pelo Fundo Nacional de MeioAmbiente. Trata-se de um novo e maisamplo programa que envolve dezinstituições do Rio de Janeiro e SãoPaulo, além do IBAMA–Brasília.

No Rio de Janeiro, participam daRede o Idaco e a UFRRJ. Em São Paulo,a Fundação Florestal de SP (propo-nente do projeto), o Centro de Refe-rência em Informação Ambiental, oInstituto Florestal de SP, o Institutode Botânica-SP e mais três ONGs.

Coube ao Idaco a missão de gerarmetodologias de trabalho com comuni-dades do entorno de Unidades deConservação. As ações que serãorealizadas em Paraty por um períodode dois anos, deverão começar em2002. Já estão previstos a realizaçãode um curso de técnicas de colheita desementes, marcação de matrizes e aformação de equipes de colhedores desementes. As sementes produzidasdeverão ser utilizadas em projetosambientais na região Sudeste.

O Fórum DELIS promoveu nodia 03 de julho de 2001, uma reuniãode esclarecimento sobre o saneamentobásico (água e esgoto) no municípiode Paraty.

O tema, que fora discutido - deforma conturbada - em recenteaudiência pública na CâmaraMunicipal, foi abordado de formaprofunda e serena durante o Fórum,com manifestação de opinião dosrepresentantes das diversas correntese entidades presentes.

O representante da Cedae reco-nheceu o descaso da empresa emépoca passada, mas reiterou que, hoje,a realidade é outra, que a mesma estáreestruturada, capacitada tecnicamen-te e com outra filosofia administrativa,buscando parcerias com o PoderPúblico local, visando mudar a imagemnegativa que se tem da mesma, a partirda qualidade do serviço que oferecem,“assumindo um compromissoverdadeiro com a universalização doabastecimento de água e doesgotamento sanitário.”

O Fórum considerou superficialo documento apresentado pela Cedaeà Prefeitura, com as propostas deexecução do abastecimento de água esaneamento, no qual só constam oslocais e valores das obras a seremexecutadas; e sem clareza a formacomo foram definidas as tarifasdomiciliar e comercial.

Desta forma, conclui-se que se faznecessária uma análise criteriosa queresponda, de antemão, as seguintesproposições: o que deve ser feito;como deve ser feito; quando deve serfeito; para, então, definir quem iráfazer.

O evento foi coordenado pelopresidente do Comtur, João Gerôni-mo, e assessorado por Wilson Rocha.Participaram do encontro as seguintesentidades: Sindegtur, Cembra, Asso-ciação dos Engenheiros e Arquitetosde Paraty, Nova Cidadania pelasÁguas, Cedae, Senac/RJ, Cooparaty,IAP, Crea, Revitalização da BordaD’Água, Instituto Náutico de Paraty,Acip, Sebrae, Conselho Municipaldas Associações de Moradores deParaty - Comamp, Secretaria de Pescae Meio Ambiente, Secretaria de Edu-cação, Secretaria de Obras, Câmarados Vereadores, o Prefeito José Cláu-dio além de representantes da Comu-nidade de Patitiba e Ilha das Cobras,Ilha do Araújo, Associação de Mora-dores da Mangueira e o presidentedo PSB, Lauriano da Silva.

Considerações do consultorespontâneo do Fórum DLIS, WilsonRocha sobre a questão:

Inicialmente deve-se observar aConstituição Federal, Art. 30, no qualo Município é o Concedente de servi-ços de Interesse Local (Água eEsgoto) e o Art. 175, no qual osServiços Públicos podem ser realiza-dos de duas formas:

1.Direto pelo ConcedenteA-Departamento Administra-

tivo (Sem autonomia; Caixa único;Compras serão efetuadas através decontrato com a administração central;Regime trabalhista do funciona-lismo);

B – Autarquia (Com autonomia;Caixa próprio; Compras, contrataçãodireta; Regime trabalhista do funcio-nalismo; Orçamento vinculado aomunicípio);

C – Empresa Pública ou deEconomia Mista ( Com autonomia;Caixa próprio; Compras, contrataçãodireta; Regime trabalhista, CLT;Orçamento Independente.

Regras – Legislação Municipalcriação

Limites – número de funcio-nários por número de ligações (deágua) atendidas (400 ligações = 1funcionário)

- Custo pessoal: 15% dofaturamento;

Estrutura – Administração fixa(1 diretor, 1 assistente administrativofinanceiro; Pessoal Operacional –terceirizado).

Metas – Qualidade, Presteza,Planejamento, Investimento.

Controle Social- Regulamento do Serviços;

Sanções/Pesquisa de Opinião.Conselho Regulador –

Participativo.2. Por concessão – Art. 175 Lei

8987/95REGRAS

Estabelecidas pelo Concedente:Prévia Licitação – Art. 14 (Lei

Autorizativa; Edital; AvaliaçãoEconômica);

METAS:Quantitativa (Porcentagem da

população a atendcer; Volume deágua – fixo/flutuante; Áreas a esgotar;Cronograma anual de investimentos)

Qualitativas (Potabilidade daágua/filtração; qualidade do esgototratado; regularidade da água/pressão)

De presteza (Prazos paraatendimento dos serviços)

TARIFA- Menor valor da licitada ou

fixado pelo concedente;OUTORGA

- Maior valor por arrendamento(ou por participação no faturamen-to);

FISCALIZAÇÃO (Órgão técnico;Conselho Regulador – Participativo,artigos 3,29 e 30);

AFERIÇÃO (Tempos, Parâmetrosnuméricos; Pesquisa de opinião)

REGULAÇÃO (Regulamento dosserviços; Multas, sanções; Direitos/Deveres).

Fórum DLIS discute abastecimentode água e esgotamento sanitário

Sementes preservam ecossistema

Foto esquerda: João Carlos(vice-Prefeito) - LauroCantídio (Vereador), JoãoGerônimo (Comtur), GláuberPinheiro (Crea), ValcimarCunha Bastos (Secretário deObras), Wilson Rocha(consultor voluntário doFórum DLIS)

Page 8: Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ … do litoral pdf/fl... · 2016. 2. 13. · Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ Ano VI

Julho/2001Folha do Litoral8

CM ARRUDA - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃOTUDO PARA SUA CONSTRUÇÃO

Tel.: (24) 3362-3397Consulte nossos preços

Rua Carlos Drumond de Andrade, 253Perequê - Angra. Dos Reis - RJ

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

TRADIÇÃO SE CONQUISTACOM QUALIDADETel.: (24) 3371-1179

Fax: 3371-2177Av. Roberto da Silveira, 41 - CentroParaty - RJ

1979 - 20011979 - 2001

Construindo ParatyConstruindo ParatyANOSANOS2222

MARUPIARA LTDA

Em março deste ano, o presidente do COMAMP, Domingos de Oliveira, procurou o Secretário de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente do município para solicitar uma análise sobre a qualidade da água do Rio Perequeaçú. O pedido chegou ao COMAMP através de uma reunião com moradores de bairros vizinhos ao rio e com pessoas preocupadas com a qualidade da água no município. O Secretário atendeu prontamente e programou a coleta de amostras para o

odia 14 de abril, durante o 1 Torneio de Canoagem promovido pelo Instituto Náutico de Paraty, que também reivindicou, junto à secretaria, providências quanto à questão da qualidade da água. A recente construção de um grande condomínio trouxe para a beira do rio o despejo do esgoto de cerca de 300 famílias. Quest iona-se a ef iciência no funcionamento das duas estações de tratamento que fazem parte do projeto, pois provocam mal cheiro e alteração no aspecto físico da água. Outros dois bairros ribeirinhos que reúnem grande concentração populacional como Centro Histórico e Chácara também são responsáveis pelo despejo de esgotos no rio, às vezes in natura. Apoiados pela equipe da Defesa Civil, Stainer Peixoto Braga, acompanhado pelo biólogo João Victal, percorreu toda a extensão do Perequeaçú dentro do perímetro urbano. Ali eles coletaram 8 amostras da água em oito pontos diferentes do rio. Em seguida, o Secre tár io encaminhou-as ao Labora tó r io de Mon i to ração Ambiental da ELETRONUCLEAR para analisar a quantidade de coliformes totais e coliformes fecais. O Laboratório considerou as amostras da água do Rio Perequeaçú impróprias para o uso humano, isto é, para banho e pesca. O Presidente do Conselho Municipal de Turismo de Paraty, João Jerônimo M o n t i c e l l i , é c o n s u l t o r e m

G e r e n c i a m e n t o d e B a c i a s Hidrográficas do Ministério do Meio Ambiente e proprietário de uma das pousadas à beira do Rio Perequeaçú. A avaliação que fez do resultado da análise é de que, por esta amostragem, apenas é possível detectar poluição na margem esquerda do rio. O meio do leito e a margem di re i ta não foram monitorados na totalidade, segundo ele. A análise, para João, ainda não é suficiente para caracterizar o rio como poluído e sugere coleta de amostras em outros pontos. O Perequeaçú se caracteriza pela forte tendência para a diluição dos coliformes provocada pela maré que penetra pela foz e pelo rio Jabaquara, na altura da Ponte Nova. Segundo João, para se checar o índice de poluição da água é preciso também uma análise sobre a quantidade de oxigênio dissolvido. Ele explica que a medição do índice de poluição da água é feita através da quantidade de coliformes porque, a partir de uma certa concentração, o coliforme torna o meio propenso a apresentar elementos patogênicos (bactérias que causam giardia, hepatite e cólera, por exemplo). João Jerônimo argumenta que é muito difícil um município conseguir recursos para investir em saneamento básico, mas que seria menos difícil, se a Prefeitura de Paraty tivesse, em mãos, um projeto pago e encomendado a especialistas

para resolver esse problema. Ele acredita que a solução (barata e a curto prazo) para a diluição dos coliformes do Rio Perequeaçú é p o s s í v e l e q u e d e p e n d e exclusivamente da vontade da comunidade em alterar hábitos - e c o m p o r t a m e n t o s - e d a administração pública em integrar ações. Júnior Rameck, um dos fundadores do Instituto Náutico de Paraty, disse que este resultado j á p o d e s e r c o n s i d e r a d o preocupante e que o Instituto pretende cobrar da prefeitura multa para quem está sujando, proibição da utilização do rio para banho e pesca e uma campanha para conscientizar os moradores sobre os perigos causados pela concentração de coliformes na água. Júnior disse que é à favor de um fórum de discussão para tentar encontrar soluções para as várias questões do Rio Perequeaçú e já programa uma campanha de plantio das margens para conter o desbarrancamento em alguns trechos. De acordo com José Cláudio Araújo, Prefeito de Paraty, as providências imediatas em relação ao Perequeaçú serão no sentido de alertar a população sobre o perigo de utilização da água do rio através da colocação de placas nos pontos mais afetados e através da criação de u m a c a m p a n h a d e conscientização de como cuidar da água do rio. Desde março deste ano, ele estuda, junto à Caixa E c o n ô m i c a F e d e r a l , a

possibilidade de crédito aos proprietários de residências do Centro Histórico para a construção d e f o s s a s a s c é t i c a s . O financiamento, segundo ele, seria para valores entre 1 e 10 mil reais num prazo de 1 a 10 anos. Para isso pretende iniciar um levantamento sanitário do local. "Num primeiro momento a linha de crédito seria para o Centro Histórico, depois para os demais bairros" diz José Cláudio, enquanto analisa uma minuta de convênio sobre a volta da CEDAE ao município. Segundo o prefeito, a estatal sofreu mudanças na diretoria e pretende se destacar como empresa modelo daqui para a frente. "A volta da CEDAE é uma decisão que o prefeito não pode tomar sozinho, por isso terei de ouvir o poder legislativo e a comunidade, através de uma audiência pública que será marcada. A empresa oferece garantias de investimento no sistema de captação e de tratamento da água não só da cidade mas de todo o município, principalmente nas regiões onde o abastecimento é precário. Apenas 3.500 pessoas estão cadastradas na prefeitura para receber a água. Destas, apenas 50 por cento pagam as contas. É pouco dinheiro para um i n v e s t i m e n t o t ã o g r a n d e " , argumenta. O caminhão de limpa - fossa da CEDAE está em Paraty já há alguns dias, a pedido do prefeito, onde realiza a limpeza de sistemas ligados aos prédios públicos. Em relação à balneabilidade das praias em torno da cidade, pretende convocar a FEEMA para uma análise mais atualizada da questão. José Cláudio diz que o principal problema da Prefeitura de Paraty não é a falta de dinheiro e sim o grande número de contribuintes que não paga seus impostos.

Ação integrada entre comunidade e prefeitura pode melhorar a qualidade da água do Rio Perequeaçú.

Veja o resultado:Volume coletado por amostra: 200 ml; Diluição: 1:100; Contagem de bactérias - Método: membrana filtrante; Data da análise: 30/04/2001Coleta: Foz do Rio Perequeaçú em frente à Praça da Matriz (margem esquerda) - Análise: Coliforme total: >5000/100 ml de amostra; Coliforme

fecal: 2100/100 ml de amostra; Resultado: Imprópria para fins de balneabilidade, de acordo com a Resolução CONAMA 20/86. Coleta: Ponte do Pontal - margem do Centro Histórico (margem esquerda) - Análise: Coliforme total: >5000/100 ml de amostra; Coliforme fecal: >5000/100 ml de amostra; Resultado: Imprópria para fins de balneabilidade, de acordo com a Resolução CONAMA 20/86. Coleta: Travessa Craguatá - Beco da Generosa (margem esquerda) - Análise: Coliforme total: >5000/100 ml de amostra; Coliforme fecal: >5000/100 ml de amostra; Resultado: Imprópria para fins de balneabilidade, de acordo com a Resolução CONAMA 20/86. Coleta: Travessa do Tropeiro - Chácara (margem esquerda) - Análise: Coliforme total: >5000/100 ml de amostra; Coliforme fecal: 2500/100 ml de amostra; Resultado: Imprópria para fins de balneabilidade, de acordo com a Resolução CONAMA 20/86. Coleta: Ponte Nova - saída do córrego Jabaquara (margem direita) - Análise: Coliforme total: >5000/100 ml de amostra; Coliforme fecal: 400/100 ml de amostra; Resultado: Imprópria para fins de balneabilidade, de acordo com a Resolução CONAMA 20/86. Coleta: Condomínio Morada das Flores - saída do cano da Estação de Tratamento de Esgoto (margem esquerda) - Análise: Coliforme total: >5000/100 ml de amostra; Coliforme fecal: >5000/100 ml de amostra; Resultado: Imprópria para fins de balneabilidade, de acordo com a Resolução CONAMA 20/86. Coleta: Marina Perequeaçú (margem direita) - Análise: Coliforme total: >5000/100 ml de amostra; Coliforme fecal: <100/100 ml de amostra; Resultado: Imprópria para fins de balneabilidade, de acordo com a Resolução CONAMA 20/86. Coleta: Ponte BR-101 (margem direita) Análise: Coliforme total: >5000/100 ml de amostra; Coliforme fecal: <100/100 ml de amostra; Resultado: Imprópria para fins de balneabilidade, de acordo com a Resolução CONAMA 20/86.

GANHE DINHEIRO TRABALHANDOCOM AGROECOTURISMO

HOTÉIS, RESTAURANTES, MARINHARIA, SERVIÇOS OPERACIONAIS,PASSEIOS ECOLÓGICOS, TRANSLADOS, EXCURSÕES

24) 3371-1972 - Cooparaty; (24) 9814-0767 - Armandoe-mail: [email protected]

CURSO BRASIL EMPREENDEDORDIAS 23 A 26 DE JULHO/2001

Hora: das 18h às 22hInscrições Gratuitas na ACIP (Rua Pres.Pedreira, 10)

Tel.: 3371-2150

REDE DE OPORTUNIDADES E NEGÓCIOS

Lia CapovillaLia Capovilla

ANUNCIE AQUI(24) 3371-1972