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Jornal das Associações de Moradores de Paraty - RJ Ano VII nº 32 Novembro 2002 [email protected] A luta por justiça social e desenvolvimento sustentável A luta por justiça social e desenvolvimento sustentável A luta por justiça social e desenvolvimento sustentável Rua Visconde de Inhaúma 134 sala 529, Centro - Rio de Janeiro - RJ telefax: (21)2516-8552 2233-4535 2233-7727 site: www.idaco.org.br. SUPERMERCADO SUPERMERCADO PREÇO BOM PREÇO BOM Av. Roberto da Silveira, 60 - Fátima - Paraty - RJ FARTURÃO FARTURÃO (24) 3371-1212 (24) 3371-1212 Av. Roberto da Silveira, 60 - Fátima - Paraty - RJ Precisa-se E. Moura Cidadão Qualidade Paraty 2002 Cidadão Qualidade Paraty 2002 Se queres enriquecer, venda essa idéia! DLIS DLIS PARATY 2 ANOS 10 h - Lançamento da Pedra Fundamental do Alambique Escola (Terr. do Condado); Das 15h às 17 Apresentação do Projeto Caminho do Ouro (Teatro Espaço); A partir das18h Apresentação do Plano Estratégico de Turismo; Entrega dos Certificados Cidadão Qualidade Paraty 2002 (Silo Cultural); Encerramento - Ciranda de Paraty Integração Paraty 2002 Integração Paraty 2002 Data: 19/12/2002 Precisa-se de jovens ou velhos, homens ou mulheres, brancos ou pretos, deficientes ou normais, poliglotas ou analfabetos, qualificados ou sem qualificação para trabalharem o tempo que tiverem disponível, ganhando o que acharem justo, nas áreas de recursos hídricos, minerais, energéticos, humanos, biodiversidade e Agroecoturismo, na maior de todas as empresas do mundo, Natureza S.A Serão naturalmente contratados aqueles que ainda acreditam na possibilidade de salvarmos o mundo, através da cooperação de um Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável. Se você não acredita nesta possibilidade, dê mais uma chance a você mesmo, participe do Fórum DLIS. 'Há homens cujos sonhos mudam com a sua fome e homens que os sonhos não mudam nem morrendo de fome!’ As máscaras que usamos Pág. 2 Atividade Pesqueira de Paraty - 5ª etapa Pág. 3 A questão da cana em Paraty Pág. 4 Artesãos de Paraty realizam assembléia e se organizam Pág. 5 Prefeito avalia Fórum DLIS Maricultores visitam associação de Jurujuba Planejamento Estratégico de Turismo Pág. 6 Orçamento Participativo 2003 Pág. 7 Mais associações de moradores recebem subvenção Pág. 8 I l s t r aç o : C di oMr o u ã u o e n Dia 19/12/2002, às 18h, no Silo Cultural Dia 19/12/2002, às 18h, no Silo Cultural Dia 19/12/2002, às 18h, no Silo Cultural Dia 19/12/2002, às 18h, no Silo Cultural

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Jornal das Associações de Moradores de Paraty - RJ Ano VII nº 32 Novembro 2002 [email protected]

A luta porjustiça social e

desenvolvimentosustentável

A luta porjustiça social e

desenvolvimentosustentável

A luta porjustiça social e

desenvolvimentosustentável

Rua Visconde de Inhaúma 134 sala 529, Centro - Rio de Janeiro - RJ

telefax: (21)2516-8552 2233-4535 2233-7727 site: www.idaco.org.br.

SUPERMERCADOSUPERMERCADO

PREÇO BOMPREÇO BOM

Av. Roberto da Silveira, 60 - Fátima - Paraty - RJ

FARTURÃOFARTURÃO(24) 3371-1212(24) 3371-1212Av. Roberto da Silveira, 60 - Fátima - Paraty - RJ

Precisa-se

E. Moura

Cidadão Qualidade Paraty 2002Cidadão Qualidade Paraty 2002Se queres enriquecer, venda essa idéia!

DLISDLIS

PARATY2 ANOS

10 h - Lançamento da Pedra Fundamental do Alambique Escola (Terr. do Condado);

Das 15h às 17 Apresentação do Projeto Caminho do Ouro (Teatro Espaço);

A partir das18h Apresentação do Plano Estratégico de Turismo; Entrega dos Certificados Cidadão Qualidade Paraty 2002 (Silo Cultural);

Encerramento - Ciranda de Paraty

Integração Paraty 2002Integração Paraty 2002Data: 19/12/2002

Precisa-se de jovens ou velhos, homens ou mulheres,brancos ou pretos, deficientes ou normais, poliglotas ou analfabetos, qualificados ou sem qualificaçãopara trabalharem o tempo quetiverem disponível,ganhando o que acharem justo,nas áreas de recursos hídricos,minerais, energéticos, humanos,biodiversidade e Agroecoturismo, na maior de todas as empresas do mundo, Natureza S.ASerão naturalmente contratados aqueles que ainda acreditamna possibilidade de salvarmos o mundo, através da cooperação de um Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável.Se você não acredita nestapossibilidade, dê mais umachance a você mesmo, participe do Fórum DLIS.

'Há homens cujos sonhos mudamcom a sua fome e homens que os sonhos não mudam nem morrendo de fome!’

As máscaras que usamosPág. 2Atividade Pesqueira de Paraty - 5ª etapaPág. 3A questão da cana em ParatyPág. 4Artesãos de Paraty realizam assembléia e se organizamPág. 5Prefeito avaliaFórum DLISMaricultores visitamassociação de JurujubaPlanejamento Estratégico de TurismoPág. 6Orçamento Participativo 2003Pág. 7Mais associaçõesde moradoresrecebem subvençãoPág. 8

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Dia 19/12/2002,

às 18h, no Silo Cultural

Dia 19/12/2002,

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Dia 19/12/2002,

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Dia 19/12/2002,

às 18h, no Silo Cultural

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COMAMP - CONSELHO MUNICIPAL DAS ASSOCIAÇÕES DE MORADORES DEPARATY - CNPJ 04.299.686/0001-14; PRODUZIDO E EDITADO PORPCE LTDA - ESTRADA DA GÁVEA, 847/LJ. 110 - SÃO CONRADO - RIO DEJANEIRO - RJ - CEP 22610-000 - TEL.: (24) 3371-6399 (RECADO C/SECRETÁRIA CONSUELO) 9845-3835 (DOMINGOS)FAX (21) 3322-6664 (CARLOS DEI)E-MAIL: [email protected];COORDENADOR: E. MOURA; EDITOR: CARLOS DEI - REG. MTB RJ 15.173;COLABORADORES: ARMANDO FRANÇA, MARGARIDA FRAGASEDE-(SUB-PREFEITURA) RUA ANGRA DOS REIS, S/N - ILHA DAS COBRAS- CEP 23970-000 - PARATY - RJ; TIRAGEM: 3.000 EXEMPLARES;IMPRESSÃO: FOLHA DIRIGIDA LTDA.

Folha do Litoral

2 Folha do Litoral NOVEMBRO 2002

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SAJUDE A COMBATERA DENGUE,

COMEÇANDO PELASUA CASA

9h às 10h – Apedema – AssembléiaPermanente em Defesa do MeioAmbiente. Palestrante – Ivan –“Gerenciamento costeiro, uso daságuas salgadas”;10h às 11h – João Jerônimo –“Microbacias hidrográficas e a nossaBaía de Ilha Grande”;11h às 12h – Wilson Rocha – “Usodas águas doces. Atuação do PoderPúblico, entidades civis e iniciativaprivada, situação atual e perspectivas”;

GERENCIAMENTO DAS ÁGUAS DA BAÍA DE ILHA GRANDE

I Encontro regional dos Centros de Referência:

As máscaras que usamos

Margarida Fraga

“OS SERES HUMANOS, AO MUDAR AS ATITUDES

INTERNAS DE SUAS MENTES, PODEM MUDAR OS

ASPECTOS EXTERNOS DE SUAS VIDAS”

William James

14h às 15h – Serla;15h às 16h – Conselho Gestor da Baíade Guanabara (Secretaria Estadual doMeio Ambiente/Feema)16h às 17h – José Chacon de Assis -Crea/RJ - “Presença do M.C.P.A nasdiscussões sobre a problemática daságuas. Programação da coordenaçãonacional para o ano de 2003.Preparação para o V EncontroNacional dos Centros de Referência doMovimento de cidadania pelas Águas.

Costumamos usar muitasmáscaras no nosso dia-a-dia.Quantas vezes nos surpreen-demos concordando com algoque na verdade adoraríamosdiscordar?

Na verdade os nossos de-feitos de caráter nos leva atomar várias atitudes que vãode encontro com a nossa von-tade.

Há dois caminhos para se-guirmos. Primeiro, ser honestocom as pessoas e automatica-mente conosco; segundo, agra-dar as pessoas, agindo de acor-do com suas expectativas.

Seria necessário conheceras pessoas para ser honestocom elas ou deveríamos serhonesto com todos? E paraagradar as pessoas, teríamosque ser desonestos? Ou po-deríamos ser honesto e agra-dáveis ao mesmo tempo?

Pessoalmente acredito quedevo ser honesta o tempo todoe agradável sempre que possí-vel.

Quantas vezes sorrimos,quando estamos chorando oufalamos sim para alguém,quando gostaríamos dizer não?Costumamos usar as palavraserradas em um lugar errado e,muitas vezes, para pessoas er-radas. Muitas vezes não esta-mos afim de mudanças em nos-sas vidas e, principalmente,quando mascarados, obtemoso que queremos e imaginamos,que as outras pessoas gostamde nós exatamente como so-mos.

Devemos lembrar quemudar de comportamento, vaiexigir muito de nós, vai nos dartrabalho, porém vai contribuirpara nos tornarmos pessoasverdadeiras. Uma mudançaem nosso comportamento vainos modificar e, consequen-

temente, seremos mais felizes.Quando somos crianças, já

começamos aprendendo a seruma outra pessoa.

Temos que ser parecidocom alguém, bonito, inteligentee quase sempre feliz. E é aindacomo criança que passamos otempo sonhando com algo quedeveríamos ter o tempo todo,Liberdade.

Crescemos e finalmente aliberdade chegou! O que fa-zer com ela se não temos inti-midade com ela?

Muitas vezes pensamosque liberdade combina comsom muito alto. Como violência,drogas, sexo etc...É claro queliberdade é tudo isso e muitomais, porém com responsabili-dade e respeito, porque se fôs-semos livres e sempre verda-deiros, teríamos equilíbrio paradesfrutarmos de tudo que avida nos oferece.

DIA 30 DE NOVEMBRO DE 2002 NO HOTEL VILLAS DEPARATY - AV. OTÁVIO GAMA, S/N - PARATY - RJ

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3Folha do LitoralNOVEMBRO 2002

FFFFFÓRÓRÓRÓRÓRUMUMUMUMUM DLIS - DLIS - DLIS - DLIS - DLIS - AAAAATIVIDTIVIDTIVIDTIVIDTIVIDADEADEADEADEADE P P P P PESQESQESQESQESQUEIRAUEIRAUEIRAUEIRAUEIRA EMEMEMEMEM P P P P PARAARAARAARAARATYTYTYTYTY - - - - - V V V V V ETETETETETAPAPAPAPAPAAAAA

O fórum DLIS, realizadoem 23 de novembro na sededa ACIP, cujo tema foi a“Atividade Pesqueira de Pa-raty - 5ª etapa”, que contoucom participaçãode lideran-ças dos pescadores locais,além de representantes doBalcão Sebrae-Paraty eItaguaí, Comamp, Capitaniados Portos, SecretariaMunicipal de Meio Ambien-

peixe registrou de 04 a 31 de outubroum total de vendas de 3.299 kg depescados, equivalente a um fatura-mento de R$ 19.222,00. Deste valor,5% foram repassados para a Colôniade Pesca Z-18, R$ 9 mil divididos entreos pescadores e o restante, diluídoentre os demais profissionais envolvi-dos no processo.

Analisando esta realidade, a ple-nária concluiu que, embora seja umdado positivo o acesso a essas informa-ções, considerou precária a situação,uma vez que os número mostraram umcrescimento de 2000 para 2001, eacentuada queda de 2001 para 2002.

EQUIPE DE COORDENAÇÃO ELEITA

A equipe de coordenação do Con-selho Consultivo de Pesca ficou for-mada por: Coordenador - Almir Tã;Membros - Sílvio Pacheco dos Santos(pescador), Alonso da Conceição - Be-bé (pescador), Edílio Caetano Soares(pescador) Rita de Cássia Pádua (es-posa de pescador), Manoel Simões daSilva (pescador).

PLANO DE AÇÃO

Levantamento socioeconô-mico:

- Número de pescadores por mo-dalidade;

- Quantidade de pescado porpescador;

- Fazer cruzamento de informaçãodos bancos de dados do IBGE, Colôniade Pescadores, Capitania dos Portos,Fundacentro, ESF, Associação de Mo-radores, SAPMA.

AÇÕES

Mobilização da classe atravésda:

- Identificação das associações depescadores e das lideranças por região;

- Rever o papel da Colônia de Pes-ca Z-18, através da participação de

te, Secretaria de Promoção Social eAmapar (Associação de Mariculto-res de Paraty), compilou as discus-sões dos quatro fóruns anteriores eelegeu a equipe de coordenação doConselho Consultivo da Pesca (for-mado no fórum DLIS do mês deoutubro) coordenador e porta-vozescolhido por aclamação foi AlmirTã.

O evento foi aberto pelo agenteDLIS, Luís Armando França, que fezum breve histórico dos fórunspassados sobre o assunto, comentan-do a realidade anterior e a situaçãoatual dos pescadores que se encon-tram desmotivados, uma vez que aprodução pesqueira está em declínio,a fiscalização é deficiente, há a pescapredatória de arrasto e os cercos aorobalo e à tainha acabam com os esto-ques nas áreas de produção. Soma-se a isto o êxodo rural, a desvaloriza-ção da cultura caiçara, a degradaçãodos ambientes costeiros - mangue-zais, restingas - com a especulaçãoimobiliária, que vem ocupando a orlamarítima (aterrando os manguezais)e formando grandes condomínios, quedespejam toda sua carga orgânica,poluindo o mar adjacente, compro-metendo-o mais até que a pesca pre-datória, de acordo com diagnósticoelaborado na 4ª etapa do Fórum DLISsobre a Atividade Pesqueira em Para-ty e apresentada e discutida na 5ª e-tapa, quando também foi sugerido edebatido um plano de ação comalternativas para superar a crise atual.

SITUAÇÃO ATUAL

Conforme planilhas mostradas ecomentadas por Luís Armando Fran-ça, no ano de 2000, após a implanta-ção de uma fiscalização no desembar-que, a quantidade de camarão pescadafoi de 109 toneladas, a de peixe, 143t;em 2001, a de camarão, 141,940t, ade peixe 228,.293t; em 2002, atéoutubro, a de camarão 83,948t, e ade peixe, 186,757t. O mercado de

Conselho Consultivo da Pesca

Almir Tã, eleito coordenador do Conselho Consultivo da Pesca:“não adiante nos oferecerem condições, se não houve umcomprometimento dos pescadores com essa luta”

Mulheres de pescadores assumindo o papel de liderança. Àesquerda Rita de Cássia, que também compõe a equipe decoordenação do Conselho Consultivo da Pesca, questionou aentrada de barcos de fora para pesca de arrasto na Baía de Paraty.

Os agentes DLIS Luís Armando França (Paraty), Luciana deAlnuquerque (Itaguaí) Domingos Oliveira (Comamp observam osecretário de Agricultura Pesca e Meio Ambiente, Lineu Coelhocriticando as falhas da Legislação Ambiental.

representantes de lideranças de cadaregião, associado a esta.

- Participação dos pescadores noConselho Municipal de Desenvolvi-mento Rural - CMDR

-Realização de palestras e ativida-des que possibilitem uma culturaprática de cooperação, com base nodesenvolvimento local integrado esustentável. Exemplo: Noções básicasde cidadania, segurança, saúde e meio-ambiente, maricultura, beneficiamen-to e industrialização do pescado.

Ações para garantir direitosconquistado pelos pescadores:

1. Estender o salário defeso a todacategoria;

2. Garantir subsídio óleo diesel;3. Criação de Fundo de Aval/

Crédito (Município e Estado);4. Implantação da fábrica de gelo;5 Estudar a criação de uma reserva

extrativista;6. Projeto Entreposto de Pesca

(Colônia de Pescadores);7. Buscar intercâmbio e tecnolo-

gias do setor junto às instituições (Fa-pesca, Feperj, Fiperj, etc)

Fiscalização e Defeso

- Levantamento criterioso dalegislação;

- Mapa do zoneamento pesqueiroda baía de Paraty;

- Relação de instituições respon-sáveis pela finalização, sua área deatuação, pessoal e infraestrutura;

- Desenvolver um plano que in-tegre as ações conjuntas dos órgãospara uma maior fiscalização;

Ações:

1) Fiscalização no desembarque;2) Controle ambiental através de

análise de poluentes (óleo, esgoto,etc);

3) Implantar em Paraty uma guar-nição de polícia ambiental/florestal;

4) Proibir atividades das redes

com malhas menores de 2,5cm;5) Propor uma articulação regio-

nal;6) Alvará ou licença para pescar

no município;7) Polícia Florestal atuando na fis-

calização na medição do tamanho dopescado;

8) Aumentar o número de fiscaise a freqüência de fiscalização nomínimo de 04 fiscais (24 horas), 01embarcação para 24 horas;

9) Coletar informações do planode gerenciamento costeiro - Feema;avaliar impacto nos berçários ma-rinhos.

10) Fiscalizar o despejo de óleo elixo no mar, padronizando o sistemade coleta dos resíduos em embarca-ções e marinas.

Maricultura

- Levantamento das atividades demaricultura do município:

- Número de fazendas e projetospilotos;

Qualidade e quantidade de produ-

ção;- Número de maricultores;- Definição das áreas adequadas

para implantação da atividade;- Identificar as lideranças do setor;- Análise de mercado e custo de

produção.

Ações:

- Implantação de um laboratórioespecializado que, através de pes-quisa, possa desenvolver tecnologiasque possibilitem identificar o localadequado, para um manejo correto,para espécies corretas, tambémproduzindo as sementes no municí-pio;

- Difundir a produção artesanalde sementes de ostras nativas e mexi-lhões e técnicas de criação de mexi-lhões e ostras;

- Criar um informativo sobre aatividade.

NÃO FIQUE FORA DESTA REDE.

ANUNCIE AQUI (21) 3371-6399

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4 Folha do Litoral NOVEMBRO 2002

A questão da cana em Paraty

O Município de Paraty vem,hoje em dia, atravessando um mo-mento crítico no que se refere àdisponibilidade de matéria-primalocal para a produção de Cachaça.A gradual diminuição destadisponibilidade é um reflexo daprecária condição atual da maioriados canaviais de Paraty e a outrosfatores, entre eles podemos citar :

1. O empobrecimento dos so-los que abrigam os canaviais, de-vido à falta de aplicação tempo-rária de substâncias corretoras depH (por exemplo, a Cal Virgem), oque pode acarretar na acidificaçãoexcessiva do solo e, conseqüen-temente, do Caldo da Cana planta-da neste, bem como de Nutrientesde primeira necessidade, como osdo grupo N-P-K. Tais fatores têmcontribuído para a queda de pro-dutividade dos canaviais, bemcomo à produção de uma parcelade matéria-prima de qualidadediscutível;

2. A falta de inserção de novasvariedades de Cana em lugar dasvariedades existentes. Atualmen-te, encontram-se disponíveis emCampos dos Goytacazes (UFFRJ)e em outras cidades do país(Piracicaba, Campinas, etc ...), mu-das de variedades mais adequa-das ao solo de Paraty, desenvol-vidas especificamente para a pro-dução de derivados sucro-alcoo-leiros, tais como a Cachaça, comrendimentos agrícola/industrialexcelentes;

3. A falta de incentivos e de o-rientação técnica adequada aosagricultores da região, os quaissão de importância estratégica nocontexto regional, por serem for-necedores potenciais desta ma-téria-prima aos Engenhos deCachaça, fato este que levou umaparcela destes produtores, princi-palmente os pequenos, a substi-tuírem suas lavouras de Cana poroutras mais lucrativas;

4. A inexistência de um sistemaprático e funcional para pagamen-to da Cana adquirida de terceirospela sua real quantidade de Saca-rose. As formas atuais de paga-mento da matéria-prima são ba-seadas : (a) na compra da canaagrupada em feixes, os quais nãosão previamente pesados; (b) pelacontabilização do volume de Ca-chaça produzida a partir de deter-minada quantidade de canaentregue ao Engenho pelo forne-cedor; ou, (c) pelo pagamento deuma determinada carga de Canainteira contida em um caminhão,normalmente vindo de outra

região. Em qualquer dos casosacima, pode-se concluir que a Ca-na é adquirida pelo produtor deAguardente sem nenhum tipo deanálise prévia do seu teor de Saca-rose, principal açúcar a fornecero álcool durante a fermentação docaldo de Cana, ficando este pro-dutor sem ter uma noção exata,bem como nenhuma garantia, daqualidade da matéria-prima queestá adquirindo.

Estima-se que Paraty terá pro-duzido, ao final da atual safra, con-siderando-se os 8 Engenhos ematividade no município, cerca de250.000 litros de Cachaça. Tendo-se como base a produção de24.000 litros de Cachaça/alqueiregeométrico (1 alqueire geométrico= 48.000 metros quadrados), es-tima-se que a área total de canautilizada atualmente para a pro-dução deste destilado, é de cercade 10,4 alqueires geométricos,sendo esta área total dividadaentre fornecedores pertencentesao município de Paraty e adjacên-cias, e externos, inclusive decidades do Estado de São Paulo.

Em adição, a partir de 2003,espera-se a entrada em operaçãode, no mínimo, dois novos Enge-nhos de Aguardente, o que ampli-ará a produção total do destiladopara cerca de 350.000 litros ao finaldesta safra. A partir de 2004, tam-bém é esperado a entrada em ope-ração de mais duas outras unida-des, o que totalizará uma produçãode Aguardente estimada de450.000 litros ao final deste ano.

Se considerarmos ainda umacréscimo da demanda de Aguar-dente pelo consumidor de 30% aoano, devido inclusive à realpossibilidade de exportação daPinga de Paraty para algunspaíses Europeus e Asiáticos, anecessidade de área de plantio deCana-de-Açúcar, para atender aestas demandas anuais de produ-ção anteriores é estimada confor-

me a projeção do Quadro 1,abaixo:

pode ser considerado como eleva-do, quando comparado com o pre-ço da tonelada de Cana fixado pe-lo governo federal para as desti-larias de álcool carburante, que sesitua ao redor de R$ 35,00), pode-se esperar, a partir disso, reflexosnegativos futuros no custo deprodução do destilado, conse-qüentemente, menor lucro líquidoao produtor de Cachaça. Em adi-ção, quando anexamos o aumentodo custo de produção ao cálculodo preço de venda do destilado(FOB Engenho), o qual atual-mente já se encontra mais elevadodevido ao alto valor do IPI, con-clui-se que maiores dificuldadesna comercialização da Cachaçapoderão ocorrer, fato este que nãosomente prejudicará o produtor de

atividade, através da criação deum sistema de pagamento da Canapelo seu teor de Sacarose, expres-so através da sua inter-relaçãocom as medidas de Brix do Caldoextraído no ato da compra damatéria-prima, bem como garan-tindo participações financeiras(bônus) a aqueles que estiveremfornecendo matéria-prima de boaqualidade, contribuindo, também,para a manutenção da qualidadeda Cachaça produzida;

3. Em conseqüência dos itensanteriores, fornecer as orienta-ções técnicas necessárias aosagricultores de Cana, de forma ge-ral, para a manutenção dos Cana-viais sempre na melhor condiçãopossível;

4. Promover o levantamen-

A partir das projeções doQuadro 1, anterior, e desconside-rando-se a demanda de mercadopela Cachaça de Paraty, verifica-se que a necessidade de acrésci-mo de área de plantio de cana quevirá a atender às necessidades deprodução do destilado na regiãoem questão é de, aproximada-mente, 40% para a safra de 2003 e81% para a safra de 2004, em re-lação à área total de 10,4 alqueiresgeométricos necessárias para asafra atual. Se considerarmos o a-créscimo de demanda do consu-midor, as porcentagens acimasofrerão um aumento proporcio-nal de 30%.

Considerando-se que a maio-ria dos Engenhos de Paraty jávêm, atualmente, adquirindo umaparcela de cana de outras regiõesmais distantes, e, devido tambémà inexistência de uma contabili-zação da área total de cana planta-da no município de Paraty, pode-se esperar um agravamento destanecessidade de matéria-primaregional para a produção daCachaça, ao longo das safras quese seguem, caso medidas correti-vas não venham a ser tomadas emcurto e médio prazos.

Por outro lado, quando se ve-rifica que o preço da tonelada deCana adquirida das regiões ex-ternas atinge valores próximos deR$ 80,00, em contraste com opreço regional de R$ 60,00 (o qual

Aguardente, mas, também o con-sumidor final e o município emquestão, o qual deve parte do seureconhecimento mundial à famosaPinga de Paraty.

Em vista disso, e de forma agarantir melhores resultados fi-nanceiros aos setores envolvidosna produção, divulgação e comer-cialização da Aguardente de Para-ty, pode-se sugerir algumas provi-dências, passíveis de viabilizar aQuestão da Cana de Paraty, no quese refere ao total atendimento dademanda futura desta matéria-prima, em função das projeçõesdo Quadro 1, acima.

São elas :

1. O plantio imediato de novasáreas de Cana Própria pelos pro-dutores de Cachaça de Paraty,desta forma reduzindo a depen-dência dos fornecedores externose diminuindo consideravelmenteo custo de produção do destiladoproduzido;

2. A criação de incentivos aospequenos agricultores de Cana daregião, garantindo a este um retor-no financeiro compatível com esta

to global das áreas de Cana exis-tentes atualmente em Paraty, coma identificação daquelas áreascujos solos encontram-se exau-ridos e impróprios para a reno-vação desta lavoura, as quais se-riam substituídas por áreas maispropícias e mais produtivas,desde que isentas de restriçõesde caráter ambiental. Tais áreas“improdutivas” seriam gradual-mente recuperadas, a partir dasubstituição da lavoura de Canapor outras lavouras de interesseregional;

5. Em conseqüência do itemanterior, promover, também, o le-vantamento de novas áreas domunicípio passíveis de serem uti-lizadas para o plantio de Cana, i-sentas de restrições de cunhoambiental, na qual seriam introdu-zidas novas variedades destaplanta, as quais viriam a garantirganhos efetivos de rendimentoindustrial, qualidade do destilado,produtividade agrícola, bem comofinanceiros ao município, de formageral.(*) RICARDO ZARATTINI – DARAZCONSULT – É CONSULTOR DOSEBRAE

Ricardo Zarattini *

Ricardo Zarattini explicando as alternativasimplementadas para melhoria da qualidade da cachaçade Paraty

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5Folha do LitoralNOVEMBRO 2002

Associação de Artesãos de Paratyrealizam Assembléia e organizam-se

A Associação de Artesãos deParaty - ARPA, realizou assem-bléia em 12 de novembro de 2002,na sala de Treinamento Acip –Balcão Sebrae Paraty, com a fina-lidade de organizar e fortalecer aclasse de Artesãos do município.A assembléia foi coordenada pelopresidente da Arpa, AugustoCândido do Nascimento (Pica-Pau) juntamente com a diretoria eassociados.

Augusto Cândido relatou umbreve histórico sobre a reativaçãoda entidade. Informou que em de22 de maio de 2002 no salão daCasa da Cultura de Paraty os arte-sãos reuniram-se para tratar dadocumentação e da reconstituiçãoda diretoria e do Conselho Fiscal,com participação da técnica doBalcão Sebrae-Paraty, MariaAuxiliadora Dabela da Silva, Isaacdo Senac, Valéria Mozzer Louren-ço (diretora do Departamento eCultura de Paraty).

Em 03 de Junho de 2002 emreunião na loja da Associação, naCasa da Cultura de Paraty, decidi-

ram por organizar a Feira da Festade Santa Rita de Cássia; Em 03 deJulho de 2002, a diretoria e o Con-selho Fiscal decidiram ir ao pre-feito de Paraty, José Cláudio deAraújo para apresentar a nova di-retoria. Em seguida o Prefeito ne-gociou a padronização, o local eo espaço no estacionamento aolado da Igreja da Matriz de Paraty;Em 24 de agosto de 2002, noperíodo da Festa do Folclore deParaty a Associação de Artesãosde Paraty inaugurou a I FeiraOrganizada com todos oscadastrados no Balcão Sebrae-

Paraty.A Associação foi convidada

para que os sócios artesãoscriassem peças de seus trabalhospara concorrer o Troféu e Urnado PARACINE (I Festival deCinema de Paraty). As obras, osartesãos e os artistas plásticosforam conduzidos ao Rio de Ja-neiro, onde aconteceu o julga-mento dos trabalhos. Nos dias 18,19 de outubro a Arpa foi convi-dada para organizar uma mostrados trabalhos dos sócios em An-gra dos Reis, no Hotel Blue TreePark.

O presidenteda Arpa,AugustoCândido, a 1ªsecretáriaLuciana Curi,a 2ª secretáriaAdriana daSilva.

Acima, àesquerda,plenária;Ao lado, osartesãos em feirade exposição doseu trabalho

1) O Artesão tem que serassociado a ARPA e seus trabalhosprecisam ser confeccionados por suaspróprias mãos;

2) O Artesão tem que cumprir oque foi deliberado pela AssembléiaGeral de acordo com a maioria simplesde associados;

3) O Artesão que faltar por trêsfinais de semana consecutivos, seránotificado e obrigado a entregar abarraca para o Artesão que estáesperando espaço;

4) Quando a Feira for diária, asbarracas não poderão ficar sem exporo artesanato;

5) O Artesão que não comparecerao local da feira dentro dos 60 minutosseguintes ao horário estipulado emAssembléia, perderá o direito deexpor;

6) A Feira de Artesanato de Paratyfunciona de segunda a quinta-feira nohorário das 18h às 23h; sextas e

Regulamento da Feira de Artesanato (Praça da Matriz ) da Associaçãodos Artesãos de Paraty (ARPA )

sábados das 14h às 2h; e domingo,das 9h às 16h; No verão começa em 1de Dezembro 2002, das 16h 23h;

7) O Artesão visitante terá atétrês vagas por três dias e pagará umtaxa de R$ 5,00 ao dia, ou mercadoriapara o Bingo Beneficente e outros;

8) O Artesão que faltar com orespeito ao companheiro de trabalhoou cliente, será automaticamente afas-tado no final de semana e esperará apróxima Assembléia Geral;

09) O Artesão que tiver algumproblema na feira deverá resolvê-lojunto à diretoria e ao Conselho Fiscalda ARPA;

10) O Artesão que copiar o traba-lho de um companheiro da Feira e forabordado pelo Conselho de Ética, seráafastado do quadro de sócios. Omesmo acontecerá com quem estivercomercializando produtos industriali-zados;

12) Não será permitido o uso de

bebidas alcoólicas e nem drogas nasbarracas, nem ficar sem camisa;

13) Pagar as mensalidades em diapara sua permanência na Feira e nasociedade, de modo a garantir a parti-cipação em Feiras Nacionais e Inter-nacionais que por ventura venham asurgir;

14) Cada Associado tomará contade sua própria barraca e devera zelarpelo patrimônio da ARPA e de seuespaço de trabalho;

15) O Artesão não poderácomercializar produtos de terceiros,nem passar o ponto de trabalho a dian-te, para outro artesão, sem antes co-municar a sua retirada por escrito;

16) O Artesão que depende dehorário para ir embora da Feira pormotivo de condução deve solicitar sualiberação por escrito;

17) O Pagamento da mensalidadeserá efetuado a cada dia 10 de cadamês com 05 dias úteis de carência.

TERMO ADITIVO Nº 022/2002

Termo aditivo ao Convênio que entre sifazem o Município de Paraty, Secretaria deSaúde/FMS e o Conselho Municipal dasAssociações de Moradores de Paraty paraprestação de serviços na área de promoçãoda saúde.

Aos quatorze dias do mês de Outubro do ano de dois mil edois, o Município de Paraty, representado pelo Perfeito MunicipalJosé Cláudio Araújo, a Secretaria Municipal de Saúde/FundoMunicipal de Saúde, neste ato representada por seu Secretário.Rubem Pereira Filho e o Conselho Municipal das Associações deMoradores de Paraty, aqui representado por seu Presidente,Euristácio Moura de Oliveira, resolvem de comum acordo firmar opresente Termo Aditivo, conforme cláusulas e condições abaixo:

CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO

Constitui objeto do presente Termo Aditivo a manutenção eexecução dos programas de promoção de saúde no âmbito doHospital Municipal São Paulo de Alcântara.

CLÁUSULA SEGUNDA - DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Para execução dos serviços acima citados, o Fundo Municipalde Saúde – FMS repassará ao Conselho Municipal dasAssociações de Moradores de Paraty – COMAMP, a importânciaestimada de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) mediante oPlano de Trabalho nº 10.302.0005.2.001 – Código de Despesa nº3.3.90.39.

E por estarem justas e acordadas, assinam o presente em 02(duas) vias de igual teor e forma para um só efeito, juntamentecom as testemunhas que também assinam.

Paraty, 14 de outubro de 2002.

Anuncie Aqui(24) 3371-6399 e 9845-3835

“Um dia a, Terra vai adoecer. Os pássaroscairão do céu, os mares vão escurecer e os

peixes aparecerão mortos na correntezados rios. Quando esse dia chegar, os índiosperderão o seu espírito. Mas vão recuperá-

lo para ensinar ao homem branco areverência pela sagrada tera. Aí, então,todas as raças vão se unir sob o símbolo

do arco-íris para terminar com adestruição. Será o tempo dos Guerreiros

do Arco-Íris”(PROFECIA FEITA HÁ MAIS DE 200 ANOS POR

“OLHOS DE FOGO”, UMA VELKHA ÍNDIA CREE

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6 Folha do Litoral NOVEMBRO 2002

O Fórum DLIS e a Amapar (As-sociações de Maricultores de Paraty),em ações conjuntas deram mais umpasso na busca de parcerias e alter-nativas de trabalho e renda para a me-lhoria da qualidade de vida dos pes-cadores. No dia 09 de novembro de2002 uma equipe do Fórum DLIS e

Integrantes do Fórum DLIS eAssociação de Maricultores

de Paraty visitam a AssociaçãoLivre de Maricultores de Jurujuba - Almarj

salmente com cestas básicas .Para André do Espírito Santo (vice

presidente da Fapesca - Federação dasAssociações de Pescadores Artesa-nais do Estado do Rio de Janeiro) elachega com o intuito de alavancar aquestão da pesca, trazendo benefíciose parcerias e para incentivar o pes-cador em busca de alternativas de tra-balho e renda, bem como para o e res-gate de tudo aquilo que ele viveu comsua família.

Amapar, visitaram a Almarj (Associa-ção Livre de Maricultores de Jurujuba(Niterói –RJ), na qual é feito o proces-samento de mexilhões - tratados e em-balados em embalagem especial semnecessidade de industrialização, con-trolado pelo Sistema de VigilânciaSanitária do Estado do Rio de Janeiropara não perderem a qualidade e que,por esta razão, podem entrar em su-permercados e em qualquer outroestabelecimento comercial.

São produzidas 30 toneladas decarnes de mexilhão por mês, com aentrada em funcionamento de umamáquina comprada pela Associaçãoe com a qual se dobrará o número defamílias beneficiadas.

Essa máquina não vai tirar em-pregos, vai gerar mais emprego . Essasfamílias trabalham na extração de ma-riscos e também são beneficiadas men-

Acima, máquina de descascarmexilhões

Planejamento Estratégico de Turismo de Paraty

Em entrevista ao Folha do Litoral,o prefeito José Cláudio faz umaavaliação do processo de Desenvolvi-mento Local Integrado e Sustentável,através dos fóruns DLIUS.

Folha do Litoral - Qual a contri-buição do Fórum DLIS nesse proces-so

José Cláudio – Você sabe queessa discussão é sempre positiva. Nãoé que este tenha contribuído comalguma coisa, o Fórum DLIS contribuipara o crescimento da sociedade e parao exercício da cidadania. É evidenteque a sociedade estava muito malacostumada. As pessoas estavam pa-radas, de braços cruzados, esperandoque caísse do céu. O que acontecia?Na véspera da eleição se ia lá faziauma rede de água com canos que cus-tam R$ 0,60 o metro, para a outra e-leição fazia uma rede nova. Atravésdas discussões desses fóruns coloca-se as pessoas para raciocinar, parapensar, se politizar verdadeiramente.

O maior resultado do Fórum DLISé ver que as pessoas falam, questio-nam e também estão sentindo que têmresponsabilidade na sua própriacomunidade. Pois não há governo quedê conta de a tender a demanda dacomunidade, são muitos anos de atra-so, então toda a sociedade, atravésdesses fóruns, sente que tem a suaparte e a parte do poder político. Agrande herança que vamos deixar dessegoverno é as associações de moradoresorganizadas, estes fóruns continuandopara uma atuação política mais efetiva,porque se sabe muito bem que a nossatradição política não é de ouvir nin-guém, é de ir lá e atender aos com-padres, os parceiros políticos e ficarpor isso mesmo.

...Isso aí é um erro muito grave e

não pode mais continuar assim. Namedida em que você tem o FórumDLIS, que debate os assuntos, aminha preocupação (...) é que deve seeleger alguns assuntos para se debateraté resolver. Para que o fórum tenhamais força, porque as pessoas estãocansadas de ir debater, debater,debater e objetivamente não sair nada.

De quem é a responsabilidadeestar invadindo...? Três andares, nãopode pela lei. Qual é a organização dobairro? Deixaram tudo à vontade. Co-mo é que vamos arrumar tudo agoraem um ano e dez meses e quinze diasde governo hoje, é uma luta diária...

FL – Esta iniciativa do FórumDLIS começou no governo passado,mas pelo balanço que fizemos, o go-verno atual tem prestigiado o fórum,temos feita parcerias importantes,como na discussão do Plano Diretor,em que exaustivamente mobilizamosas comunidades, a participação doExecutivo, presente em todas asreuniões, a questão do lixo quecomeçou no governo anterior e, agora,está sendo implantada a usina...Queremos saber se vale a pena con-tinuar essa estrutura de fórum?

José Cláudio – É fundamental acontinuidade destas discussões queembora às vezes não são objetivas,mas é necessário que continuam. Épreciso que as pessoas tenham ohábito de se reunir, que era difícil, con-seguiu-se aqui um ‘milagre’, mo-bilizar as pessoas para reuniões. Épor isso que priorizamos a subvenção,para fortalecer as associações. Quandoalguém vai falar comigo, reivindicaralgo, pergunto onde mora e se parti-cipa da associação. Caso não participe,recomendo que o faça, mesmo que nãogoste da entidade, pois não tratar dos

Prefeito faz avaliação doFórum DLIS

problemas isoladamente. O FórumDLIS é muito bom, auxilia muito, podenão resolver, mas só o fato de discu-tir... é importante que a comunidadediscuta, para depois dar a sua contra-partida.

Na hora que instalar a coleta sele-tiva obrigatória é que queremos ver aparticipação... Por exemplo, na comu-nidade de Taquari, em que teve umareunião há uma semana, todo mundoestá afastando a cerca. Todo mundoque é da terra não tem nenhuma difi-culdade, cada um afastando um me-tro, as coisas melhoram muito. É me-nos um bairro favelado, desorganiza-do. Isso é o resultado da reunião, épor isso que já fui em mais de mil reu-niões... quando o prefeito vai, todosvão, para cobrar e aí posso falar doque já foi feito, etc.

FL – Qual mensagem o senhordeixaria para estes agentes DLIS?

José Cláudio – Um grande natal,um próspero ano novo batantevitalidade, fé... continuar, nese senti-do, reunindo em fóruns, trabalhando,exigindo, cotribuindo, se associando,se fotalecendo, exercendo o seu direitode cidadão e cumprindo as suas obri-gações, com bastante fé, sintonia,religiosidade. Espero que a grande mo-vimentação do Fórum DLIS seja mu-dar a cabeça das pessoas para eleger-mos pessoas comprometidas comesses objetivos... Espero que o FórumDLIS, com esse novo natal venha tra-zer uma nova mentalidade, para fazeruma limpeza geral e colocar gentecomprometida, como vocês.

Participe do FórumDLIS Paraty

Pólos de Turismo é um projetoque visa à promoção do desenvol-vimento econômico e social do in-terior do Estado, através da gera-ção de novos negócios e de maisemprego.

Participam deste projeto muni-cípios integrantes das regiões doRio de Janeiro, dando prioridadepara aqueles que têm no turismosua principal potencialidade eco-nômica. Assim, com o objetivo debuscar o desenvolvimento turísti-co no município de Paraty, o Se-brae-RJ e o Balcão Sebrae-Paratyestão realizando desde 21 de ju-lhode 2002 o “Planejamento Es-tratégico de Turismo de Paraty”,que se iniciou com a sensibiliza-ção das lideranças locais, públi-cas e privadas, culminando com acriação de um grupo represen-tativo da sociedade, entre eles vá-rios representates do mercado

turístico, que estão atuandoefetivamente no desenvolvimentodos trabalhos.

Os encontros de trabalhoacontecem em reuniões semanais(terças-feiras, às14h no ParqueHotel Perequê ), com o objetivode implementar as ações identi-ficadas como prioritárias e desen-volvendo critérios básicos de co-mo envolver a comunidade paraos benefícios que o plano trará,como estimular a criação de novosnegócios oriundos dos produtosturísticos, bem como a percepçãode oportunidades na geração detrabalho e renda, preservação domeio ambiente e o fortalecimentoda atividade econômica do tu-rismo, fonte mais expressiva domunicípio, proporcionando amelhoria da qualidade de vida depopulação.

Desta forma, convidamosvocê a participar desses encon-tros, assim auxiliará na definiçãoda qualidade do turismo para omunicípio.

PLANO DE AÇÃO PARATY

O Plano de Ação foi divididoem seis grupos com diversas a-ções a ser implementadas. Dentreelas, algumas foram priorizadaspelos grupos de trabalho, a saber:A. Marketing (A2 - Criar um site

– sítio - oficial de qualidade domunicípio); B. Políticas Públicas(B2 - Ativar o Conselho Munici-pal de Turismo; B3 - Aprovar oPlano Diretor); C. Educação (C1- Introduzir programas educacio-nais em todas as comunidades domunicípio, com o objetivo de re-ceber bem o turista; C2 - Estimularo envolvimento da população nasatividades turísticas; C4 – Cons-cientizar a comunidade para im-plantação do programa de recicla-gem de lixo; C5 – Conscientizar a

população sobre a importância doturismo no município e região); D.Infraestrutura Básica; E. Infra-estrutura Turística (E2 - Promo-ver o planejamento dos eventosculturais e religiosos a nívelinternacional; E7 - Implantar o A-groecoturismo); F. Capacitação(F3 – Capacitar equipe para o no-vo Centro de Informação Turís-tica; F4 – Envolver todos ossegmentos de turismo no portalde Paraty;

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7Folha do LitoralNOVEMBRO 2002

OOOOORÇAMENTRÇAMENTRÇAMENTRÇAMENTRÇAMENTOOOOO P P P P PARARARARARTICIPTICIPTICIPTICIPTICIPAAAAATIVTIVTIVTIVTIVOOOOO

A Prefeitura de Paraty,através da Secretaria de Plane-jamento realizou o I Curso sobreo Orçamento Público nos dias 23e 24 de outubro, na Pousada Con-dessa. O objetivo principal dessecurso foi o de propiciar instru-mentos técnicos para a comuni-dade organizada participar na ela-boração e execução do Orça-mento Programa da Prefeitura.

Como elemento central degestão do setor Público, o orça-mento é lei municipal aprovadapela Câmara, que autoriza osgastos da Prefeitura. É o orça-mento que norteia todos os pro-gramas de trabalho do Governo.Nele estão expressos quais sãoas prioridades e quais segmentosda população que serão maiscontemplados pelas açõesPúblicas.

Para participar, a comunidadetem que entender e por isso foirealizado este treinamento.Ocurso foi ministrado pelo ser-vidor André Magarão, técnico deem contabilidade e diretor dodepartamento de Controle Inter-no.

“Queremos que a populaçãoesteja tecnicamente apta a parti-cipar e decidir sobre o futuro deParaty”, afirmou Ariel Seleme -Secretário Municipal de

Na forma do Estatuto, ficamos moradores do bairroJabaquara convocados para aAssembléia Geral Ordinária daAssociação de Moradores eAmigos de Jabaquara a realizar-se em

DATA: 29 de novembro de2002 (sexta-feira);

LOCAL: CampingJabaquara (Av. Jabaquara, s/n– Praia de Jabaquara);

HORA: 19h em primeira eúnica convocação, comqualquer número de moradores.

ORDEM DO DIA

1. Eleição daDiretoria, ConselhoFiscal e suplentes;

2. Posse einvestidura daDiretoria eleita,Conselho Fiscal esuplentes.

OUTRAS INFORMAÇÕES

A Prefeitura de Paraty treinacomunidade e servidores para

participarem do orçamento

Planejamento. “Esse é mais umpasso na construção do orçamen-to participativo, o próximo passoserá dado com a criação da Comis-são Permanente de Acompanha-mento Orçamentário, que contarácom representantes das associaç-ões de moradores. Essa comissãofuncionará plenamente a partir dejaneiro de2003, quando entrará opróximo orçamento”, concluiu.

O Edital de Convocação foiafixado no dia 01/11/02 emlocais de grande fluxo demoradores do bairro, como aMercearia Jabaquara,quiosques de praia, etc.

Foi concedido o período de7 (sete) dias para inscrição daschapas concorrentes (do dia03/11/02 até às 18h do dia 09/11/02).

Como houve apenas umachapa inscrita, a eleição serápor aclamação.

IMPORTÂNCIA DOCOMPARECIMENTO

Um bom comparecimento àeleição dará m,ais legitimidadepara a AMAJ representar anossa comunidade junto aoPoder Público e pleitearmelhores condições de vidapara os moradores do bairro.

A Comissão EleitoralConselho Fiscal Provisório

A finalidade da reunião foiesclarecer as Associações deMoradores como procederemna especificação das priorida-des de cada comunidade paraque sejam incluídas no Orça-mento Participativo 2003 e noPlano Plurianual Municipal.

Desta vez, André Magarãosolicitou que as prioridades se-jam detalhadas ao máximo,para que ele, juntamente coma Comissão do Orçamento te-nham condições de traduzi-lasem propostas de obras e ser-viços com os respectivos cus-tos. A Comissão tem se reuni-do periodicamente, com a pre-sença do representante doCOMAMP, José Joaquim, queé conselheiro do Orçamento etem intermediado os trabalhoscom a Secretaria Municipal dePlanejamento.

Modelo de Ofício para as Associações de Moradores Prestarem contas dosgastos da Subvenção

Paraty 30 de novembro de 2002

Ofício nº / 2002

DE: Associação de Moradores da Ilha do Araújo PARA: Prefeitura Municipal de Paraty

Venho, por meio desta, apresentar a prestação de contas do exercício de 2002 destaAssociação de Moradores. Segue abaixo a discriminação das despesas:

NOME DOCUMENTO DATA VALOR Marupiara NF nº 28272 07/11/2002 3.238,28

TOTAL 3.238,28

Sem mais para o momento,

Presidente

Tesoureiro

José Joaquim e André Ma-garão comentaram que é fun-damental que sejam es-pecificadas as prioridades deforma padronizada, contendodados, como: o número de fa-mílias, residências e morado-res que serão beneficiados porcada obra ou serviço; No casode rede elétrica, que conste aextensão desta em quilômetrosou metros; No caso de constru-ção civil, deve-se definir a áreada obra em metros quadrados.

Ficou estabelecido porAndré Magarão, o prazo de 21de novembro para entrega dasprioridades.

Domingos Oliveira questio-nou a respeito do ofício enca-minhado à Secretaria de pla-nejamento, em setembro desteano, no qual foi solicitada a uti-

lização dos 10% dos recursosconstantes nas Dotações deObras e Instalações integran-tes do Orçamento da Secreta-ria Municipal de Obras para acontratação de uma equipetécnica que pudesse traduzirem projeto, com detalhamentotécnico e financeiro as deman-das levantadas pelas comuni-dades, somente no que serefere ao saneamento básico.Isto, de acordo com os mem-bros das Associações de Mo-radores, seria de grande valia,uma vez que encontram muitasdificuldades para especifica-rem tecnicamente tais priorida-des. Lamentou que nenhumaresposta a este ofício foi dadapela Secretaria de planejamen-to.

Orçamento Participativo 2003ATA DE REUNIÃO DO COMAMP EM 18/11/2002 PARA DISCUTIR O TEMA.PARTICIPARAM A DIRETORIA EXECUTIVA DO CONSELHO, PRESIDENTES DE

ASSOCIAÇÕES DE MORADORES E ANDRÉ MAGARÃO (PRESIDENTE DACOMISSÃO DO ORÇAMENTO)

AAAAASSEMBLÉIASSEMBLÉIASSEMBLÉIASSEMBLÉIASSEMBLÉIA G G G G GERALERALERALERALERAL O O O O ORDINÁRIARDINÁRIARDINÁRIARDINÁRIARDINÁRIAAssociação de Moradores e Amigos de Jabaquara –

AMAJ

EDITAL DE CONVOCAÇÃOAnuncie Aqui(24) 3371-6399

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Comamp inaugura nova sede e entrega mais cheques- subvençãoComamp inaugura nova sede e entrega mais cheques- subvençãoDomingos Oliveira: O sucesso e as conquistas do Comamp é o resultado do trabalho das Associações de Moradores

André Góes (secret. Geral do Comamp), Sebastião Nogueira (Tesoureiro-Comamp), Roberto Alves (secret.. mun. de Promoção Social), Ariel Seleme(secret. mun. de Planejamento), José Cláudio(prefeito), Roberto Reis (secret. Mun. de Finanças)

O secretário Renato Reis entrega o cheque aos representantes das associações da Serraria (Maura), Patrimônio (Jadir Chueng), Cabral (Domingos de Ramos)

O prefeito José Cláudio entrega o cheque-subvenção ao representante da Associação de Moradores da Chácara

Amarildo Roberto entrega o cheque-subvenção ao presidente da Associação de Moradores da Vila Oratório (Dida)

Rangel (contador do Comamp) entrega o cheque-subvenção ao presidente da Associação da Graúna, Odair do Leste

O presidente da Associação de Moradores do Taquari, Nilton Belchior recebe o cheque-subvenção do prefeito

Agradecimentos especiais a Lídia Furtado (1ª secretária do Comamp), pelo seu empenho na elaboração dos documentos exigidos para a aprovação da subvenção às associações de Moradores

A reunião do Comamp, de 4 de novembro de 2002, realizada no prédio da sub-Prefeitura de Paraty, na Ilha das Cobras, teve como pauta a entrega dos cheques, referentes à subvenção às Associações de Moradores de Paraty e à inauguração da nova sede do Conselho, que funcionará numa sala ao lado da Emater. O primeiro secretário, André Góes, iniciou a abertura do evento informando que a entrega dos primeiros cheques referente à Subvenção aconteceu em 12 de julho de 2002, quando foram contempladas as associações do Pantanal, Trindade, Mangueira, Jabaquara, Ilha das Cobras e São Roque. Informou ainda que a paralisação desses recursos se deu em virtude de problemas burocráticos, divergências de documentações e que algumas associações ainda não conseguiram alguns documentos exigidos. Disse que agora estão sendo contempladas doze associações: Praia Grande, Ilha do Araújo, Cabral, Patrimônio, São Gonçalo, Chapéu do Sol, Vila Oratório, Graúna e Taquari, Pedras Azuis e Serraria. Em seguida, convidou os representantes das instituições presentes para a composição da mesa: Domingos de Oliveira ( Diretor Executivo do Comamp), Sebastião Ferreira Nogueira (Tesoureiro do Comamp), Lídia Furtado (secret. Executiva do Comamp), José Cláudio de Araújo (prefeito ), Ariel Seleme (secret. Municipal de Planejamento), Renato Reis (secret. Municipal de Finanças), Roberto Alves Rocha (secret. Municipal de Promoção Social). Integração

Domingos Oliveira disse que a integração desse grupo ao longo destes três anos proporcionou uma participação efetiva das comunidades, tanto na gestão pública, quanto na questão do voto de cidadania, que a cada dia estamos representando. Disse que todos nós temos que pagar a taxa de cidadania e, se no outro dia você não fizer nada, perde tudo o que conseguiu. “A Subvenção não é nenhuma dádiva, pelo contrário, o importante é o Poder Executivo estar cumprindo com a sua proposta de governo de apoiar as associações. Se fizermos um balanço desses últimos três anos, veremos que o município de Paraty vem sendo reconhecido, interna e externamente, devido à sua

mobilização social, tendo como exemplo o Comamp e o Fórum DLIS que é reconhecido como o fórum de referência no estado do Rio de Janeiro, fruto do movimento popular apartidário.Com essa pequena batalha conseguimos conquistar a subvenção que foi criada para reestruturar as associações. Por fim, o prefeito José Cláudio de Araújo disse que o Poder Executivo está honrando com o compromisso e espera que os presidentes das associações também honrem-no.. Disse ainda que a inovação do Governo Municipal em conceder a subvenção é uma forma de fortalecer as associações, fazer com que mais associações possam surgir, não para ficarem peregrinando (...) mas ajudarem naquilo que é do compromisso da sociedade, que é o exercício da cidadania. Disse ainda que a cidadania é exercida quando se ajuda a limpar a própria porta, quando se limpa a própria casa e o quintal, quando não se joga o lixo, o esgoto no mar, no rio, e nem na cachoeira, “é quando você cuida do dente e da sua boca, quando procura o mercado mais barato para comprar, quando procura aproveitar os remédios, quando procura no seu quintal fazer uma horta para lhe atender... É muito fácil quando todo mundo se une e pode fazer. Com o mutirão do lixo do Campinho foram tirados oito caminhões ”, salientou. Acrescentou que tem doença porque tem lixo; leshimaniose, porque tem cachorro cheio de mosquito; tem dengue, porque tem água parada; tem muita dor de barriga porque ninguém põe água no filtro. Em seguida, iniciou a entrega dos Cheques de Subvenção aos presidentes das associações do Patrimônio, Praia Grande, Ilha do Araújo, Cabral,

Chapéu do Sol, Vila Oratório, Graúna, Taquari e São Gonçalo, Pedras Azuis, Chácara e Serraria.

REUNIÃO DO COMAMP

Endereçodo Comamp:Tel.:

(SUB-PREFEITURA) Rua Angra dos Reis, s/n - Ilha das CobrasParaty - RJ 3371-6399 (recado c/Consuelo) e 9845-3835 (Domingos)

DIA: 02/12/02 - (segunda) às 17hLOCAL: CIS (Posto Saúde Patitiba)

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(24) 3371-6399 e 9845-3835

OBS.: A diretoria do Comamp agradece àCâmara dos Vereadores por ter votado a favor da Subvenção para as Associações de Moradores.Participou desta reunião o vereador José Roberto.

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Informativo da Secretaria Municipal de Saúde - ANO I - Nº 3 - Novembro de 2002

Graças às parcerias com a Asso-ciação Cairuçu, Associação de Mora-dores do Patrimônio, etc, após o tra-balho de reforma e ampliação, final-mente as comunidades do Patrimônioe adjacências receberam de volta o seuMódulo de Saúde - ESF. O SecretárioRubem Pereira, enalteceu a impor-tância destas parcerias:

Folha da Saúde Paraty – Quala importância da Associação Cairu-çu, para ampliação do posto e manu-tenção desse vínculo e da parceriacom a associação de moradores, deum modo amplo, efetivamente ela es-tá apoiando a ESF?

Rubem Pereira - Acho que aparceria com a Associação Cairuçusó foi possível, por conta da parti-cipação efetiva da associação demoradores. Essa região é uma das maisvalorizadas, ao mesmo tempo é umadas mais integradas, dentro do queseja um trabalho comunitário, umcontrole social, enfim, se não fosse aparticipação da associação de mo-radores, não teríamos chegado a fazera parceria com a Associação Cairuçu.

Quanto à importância dessa par-ceria, acho que deve servir como exe-mplo para que a gente possa im-plementar outras parcerias. Tudoque vier em termos de parceria parasomar com a promoção de Saúde, agente deve aceitar, mesmo porque asinstituições, os condomínios estãoem débito com a nossa sociedade hámuitos anos.

FSP – Com relação aos debatesque fizemos sobre a ESF, qual a suaavaliação, destacando objetivamenteum ponto positivo e o ponto negativoque hoje está dificultando essa Es-tratégia?

Rubem Pereira – O ponto ne-gativo principal é a cultura. Quandoa gente fala da cultura do nosso povo,está falando também da cultura dosnossos profissionais de saúde.Durante ‘centenas de anos’ essa gentefoi acostumada a um tipo de assis-

tência de saúde,assistencialista,paternalista, umatentativa de recu-peração de saúde.Nunca trabalha-ram com a ques-tão da promoção,da prevenção e dapromoção de saú-de. Foram enga-nados, ludibriadosdurante muitotempo, então têm

uma descrença muito grande emrelação ao trabalho de saúde. Essacultura atrapalha muito o nosso tra-balho. Isso se reflete nos nossos pro-fissionais. Não temos ainda profis-sionais capacitados. Esses profissio-nais – desde médicos até os agentescomunitários de Saúde – ainda nãoconseguiram entender, não por in-capacidade, não por falta de vontade,mas por dificuldades cultural mes-mo. Só com o tempo. Temos apenasum ano. Então acho que estamos mui-to aquém de oferecer um serviço dequalidade. Nos falta ainda muito tem-po, muitos ajustes dentro do nossosistema, conseqüentemente traba-lhando junto ao público.

Em relação ao ponto positivo,diria um só, acredito até que você vaiachar que estou fazendo médiacontigo, mas é exatamente a parceriacom as comunidades organizadas. Édespertando na comunidade essaidéia de que se ela participa, as coisasacontecem. Se eles participam docontrole social, dos recursos públi-cos, as coisas acabam acontecendocom muito mais efetividade, commuito mais rapidez e com muito maisdemocracia, é claro.

FSP – Às vezes nos parece queficam meio subjetivos os indicadoresde uma política de saúde... A dor quealguém sente é subjetiva para o outroque está do lado, é refresco. Nosseminários sempre discutimos anecessidade de termos indicadoresobjetivos, que nos dêem uma referên-cia direta do trabalho da equipe daESF, que sejam distribuídos mensal-mente para as associações demoradores, com quantidade de visitasàs famílias, número de atendidos, comum diagnóstico social do que sedetectou, etc...

Rubem Pereira – “A dor dagente não sai no jornal”, como já diziao velho Chico (Buarque). É verdade,existe essa dificuldade sim, de a genteestar aferindo, porque não são só asações de saúde que promovem umamelhoria da qualidade de vida do cida-dão. Não adianta se ter só o Módulode Saúde da Família, as pessoas tra-balhando, isso não vai melhorar ime-diatamente o salário desse cidadão, aqualidade de vida, de segurança, decapacidade de ter lazer.

Enfim, todo o somatório de indi-cadores de saúde, que é deliberadopela Organização Mundial de Saúde

(OMS), não depende diretamenteagora dos módulos da Saúde da Famí-lia. Mas, é claro que vamos tentardespertar nessas pessoas o espíritode cidadania, porque em um deter-minado momento eles começarão aexigir isso das associações demoradores numa ação conjunta, vãoreivindicar e acabarão fazendo comque essas coisas aconteçam.

Com relação a indicadores que sãomais frios, hoje já os temos. Por e-xemplo, posso dizer que a região doPatrimônio hoje tem uma habitaçãono Hospital Municipal muito menorque as outras regiões; menos pa-cientes do Patrimônio, Campinhointernados e atendidos no Pronto So-corro; muito menos número de aborto;de crianças sendo internadas com do-enças diarréicas, doenças de des-nutrição; são indicadores que de-monstram para a gente que o serviçoestá funcionando... Acho uma exce-lente idéia, seria uma obrigação, oSistema de Saúde passar essa informa-ções.

Parcerias proporcionam reforma e ampliação do Módulo deSaúde ESF Patrimônio, que atenderá diversas comunidades

Na entrega do Módulo da ESFampliado da região do Patrimônio,o prefeito José Cláudio falou so-bre o empenho de todos nas rei-vindicações e na construção demelhorias para as comunidadescircunvizinhas de Patrimônio,Laranjeiras, etc.

O prefeito disse que todas aspessoas presentes no eventoestão envolvidas com suas co-munidades, reafirmando o quequerem. Salientou que ajudarame ajudam a fazer escola nova,posto de Saúde, Centro de Infor-mações, parte da estrada do Ca-minho dos Caiçaras, DPO, termi-nal de passageiros do campo deaviação, entre outros. Lembrouque as escolas de toda a regiãoforam arrumadas através de apoiodo Instituo Laranjeiras, “um tipode parceria de ação que é umanovidade no município deParaty”. Agradeceu a confiançadepositada no seu governo,afirmando que é grande a em-preitada e não vai fugir dela, masressaltou que quanto mais gentecom um trabalho objetivo eprático, melhor.

Criticou ainda o fato da eternaelaboração de “planos e maisplanos que não saem do papel”enfatizando que qualquer novoplano tem que ser pautado em

PREFEITO FALA DO EMPENHO DASCOMUNIDADES E DA CONSTRUÇÃO

DE ESCOLA AMPLA

cima de ações objetivas, uma vezque Paraty, um município comvisibilidade internacional, nãotem um hospital ‘de verdade’,prefeitura (prédio próprio, e ade-quado para uma adminis-traçãocentralizada – o que custa emtorno de R$ 200 mil de aluguelmensal ao município). “Só temostombamento, leis maravilhosasutópicas, virtuais e o embargo deautoridades federais e estadu-ais”. Observou que “queremosestas legislações, queremos res-peitar o meio ambiente, queremostudo que for de bom para Paraty,mas queremos também coisaspráticas e objetivas”.

José Cláudio informou que se-rá construída uma escola maiorque atenderá toda a comunidade,com abrangência até à 8a série,regionalizada, para atender àscomunidades do Algodão, ParatyMirim, Saco de Mamanguá, Trin-dade, Ponta Negra, Sono, Ora-tório, Patrimônio e Indepen-dência. De acordo com o prefeito,será uma escola de um mil metrosquadrados para cima, com audi-tório, com previsão de ter doisalojamentos, um masculino e umfeminino, para que o povo daCosteira possa “passar a semanaestudando e, depois, voltar paracasa”. Salientou que pode serconstruída em qualquer lugarnessas imediações para regiona-lizar a educação - no Campinhoou no Patrimônio...

Afirmou que “à medida queforem construídas as escolaspólo, as antigas instalaçõespassam para as associações demoradores e centros comunitá-rios. É melhor do que fazer umasede espremida... A questãoagora é acelerar para construí-las, acredito que em seis meses,um ano. Só está faltando oterreno...”, finalizou.

BOM DIA, COMO VAI A SAÚDE DA SUA FAMÍLIA?Responda ao questionário de avaliação da ESF, na página 4.

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2 NOVEMBRO 2002

Folha da Saúde Paraty – Qual asua avaliação sobre a ESF?

Fernando Pedro Louro – Temoso trabalho de um ano, que é poucotempo (...). O que temos observadoé que apesar das muitas dificul-dades, o problema é a falta de me-dicamentos, de coisas básicas, co-mo um aparelho de pressão, um apa-relhinho de fazer açúcar para con-trolar os diabéticos...

Mas o que temos hoje é um ce-nário diferente de um ano atrás, umbom controle sobre os hipertensos.Há uma prevalência muito alta deanemia, por deficiência de ferro epelas más condições de saneamen-to (casa sem banheiro, esgoto a céuaberto, muita verminose).

Apesar de todos os problemasjá temos um bom controle destes,praticamente todas as gestantesem segmento, a população infantilde zero a dois anos em segmentode puericultura. A população já en-tendeu isso, está envolvida e maisconsciente...

Está sendo feito um trabalho deeducação e saúde, na organizaçãodo lixo... O número de internaçõescaiu. Há indicadores de que o tra-balho já está produzindo frutos. Te-mos projetos em andamento (horta,galinheiro, ervas medicinais). Naoutra vertente, esses projetos pre-vêem a construção de banheiros,fossas, para fazer frente ao quechamamos de micro-áreas de risco.

Enfim, hoje nós temos um norte.Estabelecemos esse norte (...)estabelecido no entendimento dascomunidades. Nesse processo as

Módulo de Saúde ESF Patrimônio: MÉDICO E LÍDER COMUNITÁRIO AVALIAM ESF

Folha da Saúde Paraty - AESF está atendendo às comuni-dades ou existe só no plano dasidéias?

Jadir Chueng – É uma rea-lidade que está começando aacontecer. No início desse traba-lho, com a construção desse po-sto, que agora foi ampliado, hou-ve grande participação das asso-ciações de moradores, tiramos uminvasor desta área e construímos,inicialmente, uma casinha, paracomeçar o então PSF, que hoje éESF...

Hoje a gente vê as coisasacontecerem com mais facilidade,a equipe que trabalha nesse pos-to está fazendo um bom trabalho.Já vemos o resultado, como o depessoas idosas atendidas em ca-sa, o controle, especialmente emrelação às crianças, noção desaúde, limpeza, etc. Então vemoso quanto está sendo bom paraesta região o posto da ESF.

Observamos o ganho que aassociação de moradores tevecom isso, participando desde oinício e hoje fazendo a reinaugu-ração, com a ajuda do pessoal daAssociação Cairuçu, a ampliaçãoacrescentou uma sala odonto-lógica... Uma das dificuldadesque vemos nestas parcerias como condomínio, prefeitura e co-munidade é que a comunidade fi-ca um pouco de lado nas apre-sentações. Só não ficamos triste,pois o que está valendo é que ascoisas estão acontecendo, o pes-soal está confiando na comuni-dade... De passo em passo,vamos alcançando nossos obje-

O médico da ESF, Fernando Pedro Louro e o presidente da Associação de Moradores do Patrimônio, Jadir Chuengfalam da Estratégia de Saúde da Família em Paraty

lideranças comunitárias estão sefortalecendo... A parceria se dá nafigura dessas lideranças. Agora te-mos a Associação Cairuçu, que éuma outra associação que estácompondo conosco, ajudando amobilizar a comunidade e, às vezes,com algum recurso disponível...Estão trabalhando com a gente,porque entenderam que não temoutro caminho, não agimos pater-nalisticamente e acabou. Aí nãohaveria continuidade...

Queremos (...) que os projetosdesenvolvidos em parceria com aESF sejam um trabalho que tenhamsempre como norte a promoção dasaúde, e baseiem-se na idéia da au-to-sustentabilidade...

FSP – Será que não falta umgestor local? Alguém que respondadiretamente pelo módulo?

Fernando Louro – ... A questãode coordenação, da própria lide-rança, a equipe tem que ter um porta-voz, que chame a responsabilidadepara si. No nosso caso eu estou fa-zendo isso...

FSP – Precisa do protocolo, dis-ciplinar a comunicação...

Fernando Louro - ... Aqui agente discutiu com os parceiros eeu acabei sendo eleito, informal-mente, naturalmente...

FSP– Sobre indicadores dasaúde... A unidade tem condiçõesde fornecer essas informações men-salmente para as comunidades?

Fernando Louro – Tem. Semproblema algum, porque já estãosendo feitos relatórios para a Secre-taria Municipal de Saúde...

FSP – Publicamos um ques-tionário solicitando a opinião dousuário sobre a ESF; tivemos res-posta maciça do Taquari, Barra Gran-de, Mangueira e Ilha das Cobras...ainda não tivemos retorno destaregião.Você acha importante esteinstrumento de pesquisa?

Fernando Louro - ...É uma me-dida concreta, que são os indica-dores; e uma medida que não é con-creta, é abstrata, subjetiva, que é aopinião (do tipo: você acha que estámelhorando, ou não?) isso não épossível medir, mas é uma coisa queàs vezes é muito mais importantedo que o próprio indicador concre-to, porque certos indicadores são

tivos que é fazer daqui uma co-munidade que possa representarbem o município...

A associação também estáenvolvida com a parte de esporte,com a Escolinha de Futebol,construindo uma quadra polies-portiva, com o material doadopelo pessoal do condomínio e acomunidade entrando com a mão-de-obra... Estamos batalhandopara que a comunidade estejamais perto da a associação.

FSP – A Associação doPatrimônio é tida como referên-cia... Para você qual a importân-cia do Comamp na concretizaçãodesta realidade do médico defamília?

Jadir Chueng – A criação doComamp foi a melhor coisa queaconteceu no município. A gentesabe das dificuldades iniciais,mas a gente vê que é o único con-selho que continua atuando real-mente... A participação do Co-mamp nesse processo foi funda-mental, porque precisava-se dealguém ou uma instituição quepudesse dar crédito a esse Pro-grama, então o Conselho deu to-do o apoio para que o PSF, hojeESF, viesse a acontecer, bemcomo administrando os recur-sos... Hoje a gente pode dizer commuita clareza que sem o Comampseria muito difícil a equipe desaúde da ESF ter chegado a essepatamar, desenvolver esse traba-lho...

FSP – No seminário sobreSaúde, ficou muito clara a nossaintenção de que precisa de umConselho local dos Módulos daESF formados pelas associaçõesde moradores para analisar odesempenho através dos indica-dores, que ficaram faltando. Vocêacha importante que as associa-ções tenham um retorno dessesindicadores, sobre quantidade deusuários atendidos, visitas feitaspor cada agente comunitário?

Jadir Chueng – Seria interes-sante que isso acontecesse. Seriafundamental porque estaríamoscom esses relatórios na mão epoderíamos ajudar os agentes, aequipe, bem como passaríamosessas informações para que osbeneficiados possam valorizarmais esse trabalho.

difíceis de ser melhorados, poisexistem situações que você não vaireverter em um tempo tão curto.Mas em outras situações, por e-xemplo, na questão da prevalênciade anemia, você pode corrigir issode uma maneira relativamente fácil,melhorando muito a saúde dapopulação. Na questão do sanea-mento, tem coisas que você podemelhorar rápido e tem coisas quenão...

FSP – Como está a participa-ção da comunidade? Qual foi aimportância do Comamp nesse pro-cesso?

Foi mais fácil do que pen-sávamos nos envolver com a co-munidade e vice-versa. Hoje a lide-rança comunitária faz, discute coma comunidade e há um retorno destadiscussão para a gente. Mantemostambém o contato direto, em con-versas informais e sabemos que háuma grande satisfação da comu-nidade. Eles não querem nem ouvirfalar da possibilidade de inter-romper esse trabalho.

Em relação ao Comamp, achoque este se tornou parceiro. É umconselho representativo legítimodas comunidades, que agrega aslideranças comunitárias e que temsido muito útil (...) para que o tra-balho possa ser desenvolvido, por-que assumiu a questão do repasse,do pagamento do pessoal, fisca-lizando, no bom sentido, o anda-mento dos trabalhos nas comu-nidades.

...O Comamp teve um papelfundamental e deve continuar,porque ajudou na gestação da ESF,está participando, interessado emcomo o trabalho está sendodesenvolvido e sugerindo para quehaja melhoras. Acho que deve con-tinuar nesta linha..

FSP - Qual a mensagem quevocê deixaria para as comuni-dades?

... Estamos muito interessadosem quem está lá na ponta. Hojepensamos que estas pessoas sãoo alvo do nosso trabalho e preci-sam ser respeitadas como cida-dãos; que entendam isso e, porconta desse entendimento, partici-pem. É a mensagem que deixo...

Fernando Pedro Louro -Médico da ESF

Jadir Chueng – Presidente daAssociação de Moradores doPatrimônio –

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3NOVEMBRO 2002

Inaugurada a FarmáciaFitoterápica Hugo Miranda

O prefeito José Cláudio: dívida com os que usam remédioscaseiros; Ao centro, o secretário Municipal de Saúde, dr. RubemPereira - importância da realização dos sonhos; à direita Maria deLourdes, filha do dr. Hugo Miranda, lê o discurso deagradecimentos da família

O farmacêutico André Gonçalves faz uma demonstração daprodução de medicamento com ervas medicinais, observado porJosé do Hugo, Antônio Conti, o prefeito e Vanda Miranda

Dona Vanda Miranda corta acorda de inauguração daFarmácia Fitoterápica

Ao inaugurar a FarmáciaFitoterápica de Paraty, em 25de outubro, o secretário mu-nicipal de Saúde, Rubem Pe-reira festejou o pioneirismo domunicípio em fazer remédiosde manipulação com o uso deervas medicinais, como a reali-zação dos sonhos. A experiên-cia, financiada pela PrefeituraMunicipal, já produz 20 tiposde medicamentos - tinturas,pomadas, gel, expectorantes,remédios para gastrite, cólicas,tosse, catarro, dermatites, etc.

O prefeito José Cláudio dis-se que era uma dívida com to-dos aqueles que utilizam remé-dios caseiros, observando quecom a utilização de técnicassimples – fitoterapia, a iniciati-va pode ajudar a reduzir as fi-las nos hospitais. Falou tam-bém do projeto de criação deherbários nas comunidades ru-rais.

O farmacêutico responsá-vel, André Gonçalves Duarte,advertiu que é dever do muni-cípio patentear o extrato e darciência a Fiocruz (FundaçãoOsvaldo Cruz). Enfatizou van-tagens, como a geração deempregos nos canteiros.

Antônio Conti relembrououtros tempos em que não ha-via médicos em Paraty e quemprestava atendimento para asaúde, utilizando-se de medici-na caseira era o farmacêutico,dr. Hugo, que de muitas consul-tas recebia apenas um “Deus

lhe pague”.Por fim, Maria de Lourdes,

filha de Hugo Miranda Silva(dr. Hugo), leu o discurso deagradecimentos da família.

“Venho representar minhafamília e agradecer, em nomede todos, a esta homenagemem honra de meu pai Hugo Mi-randa. Cumpro esta missãocom a maior satisfação. Soutestemunha e participante desua vida.

Orgulhando-se sempre deser paratiense, meu pai procu-rou cumprir seu voto de cida-dania, não apenas como far-macêutico, mas numa épocaem que Paraty tinha poucosrecursos de saúde e sobrevi-vência, ele atendia sempre

EDITORIAL

com muito carinho àqueles queo procuravam de dia ou de noi-te, pessoas da cidade, das ro-ças e de fora. Salvou vidas, ali-viou dores.

Atendia igualmente a todos,mesmo sabendo que de muitose muitos só recebia um sincero“Deus lhe pague, seu Hugo!”

Agradecimentos que hojese concretiza através desteLaboratório Fitoterápico doque meu pai Hugo Miranda setorna Patrono.

Como exemplo a ser segui-do e como memória a ser eter-nizada.

A todos que participaramdeste empreendimento e lem-brança, os nossos mais since-ros agradecimentos”.

Nunca é demais lembrar que para se chegar ao estadode saúde plena são necessários vários fatores, porexemplo: emprego/salário digno e justo (de qualidade),saneamento básico (de qualidade), lazer de qualidade,segurança de qualidade, educação de qualidade, moradiade qualidade, liberdade de qualidade (cultural, religiosa,política), etc... (e que o etc também seja de qualidade...).Portanto é unicamente a qualidade de vida do cidadãoque determina o estado de saúde do ser humano.Quando insistimos em lembrar este conceito, daOrganização Mundial de Saúde, é porque sabemos quedurante centenas de anos o ser humano vem sendoenganado. O povo em geral, foi erroneamente convencidode que os hospitais, os aparelhos, os remédios e osprofissionais de Saúde (o Sistema de Saúde ou as açõesassistenciais) seriam os únicos instrumentos capazes degerar saúde. E muitas vezes, apelam para a covardeafirmação de que a pessoa é a única responsável pela suadoença. Claro está que estas manobras visaram, durantetodos estes anos, desviar a atenção do cidadão dos seusdireitos civis e humanos que, na verdade, seriam os únicoscapazes de garantir o direito à vida.Graças às energias da natureza, hoje contamos com umaparcela (ainda pequena) de profissionais de saúde, degovernantes (menor ainda) e de cidadãos que começam arepensar estas questões e iniciaram um processo dereorientação do Sistema de Saúde. Os resultados, aindaque incipientes, começam a aparecer. Desta forma,iniciamos os programas que visam à chamada “promoçãode saúde” que, em última análise, é a busca pelaqualidade de vida do cidadão e portando da sua “saúdeplena”.Por isso, este é o momento - é chegada a hora – de,“todos juntos”, buscarmos a qualidade, a começar pelasnossas qualidades humanas, individuais e coletivas,porque só através das qualidades humanas é queatingiremos a qualidade do cidadão, do profissional , dopolítico, do religioso etc... pois só através do resgate dasnossas qualidades e dos nossos valores naturais, é quepoderemos tornar nossas relações com o mundo, com anatureza e com os nossos semelhantes em algo que possa,realmente, ser classificado como vida.Para que possamos ser profissionais de qualidade (agente de saúde, enfermeiro, médico, escriturário,político, pedreiro, garçom, empresário etc), é fundamentalque sejamos seres humanos e cidadãos de qualidade.Para que possamos ir além de nossas meras “obrigaçõesou atribuições” profissionais, é necessário que estejamoscomprometidos com as questões coletivas, sociais,ecológicas e universais. É sempre bom lembrar que,somos uma pequena partícula deste universo e queestamos todos sob as ações das mesmas leis naturais queregem o todo do universo. Urge portanto, queprocuremos encurtar a distância entre o nosso discurso ea nossa prática. Orar com ações, fazer poesia através deatos, sonhar com as mãos e pensar, filosofar e estabelecerregras com o coração.

Rubem Pereira FilhoSecretário Municipal de Saúde

QUALIDADE DE VIDA

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4 NOVEMBRO 2002

FAÇA AQUI SUA AVALIAÇÃODA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIANOME...........................................................................................................................................COMUNIDADE...........................................................................................................................ENDEREÇO.................................................................................................................................

Sua família utiliza a Unidade de Saúde da Família?( ) SIM ( ) NÃO Por quê?___________________________________________________________Sempre que precisou, foi atendido pela Estratégia de Saúde da Família?( ) SIM ( ) NÃO Por quê?___________________________________________________________A consulta é marcada com antecedência?( ) SIM ( ) NÃO Por quem?___________________________________________________________Ja foi consultado por quais profissionais?( ) Médico ( ) Enfermeiros ( ) OutrosSuas expectativas foram atendidas?_____________________________________________________________Já foi visitado por quais membros da ESF?( ) Médico ( ) Enfermeiro ( ) Auxiliar de Enfermagem ( ) ACS ( ) Nenhum delesVocê conhece o Agente Comunitário de Saúde - (ACS)da sua região? ( ) SIM ( ) NÃODe quanto em quanto tempo o Agente visita a sua casa?____________________________________________O trabalho do Agente Comunitário de Saúde é importante para a sua família?( ) SIM ( ) NÃO ( ) Por quê?______________________________________________________Preencha o formulário acima e o encaminhe à Secretaria Municipal de Saúde, através da Assoc iaçãode Moradores da sua comunidade.

Participe, mande suas sugestões, críticase opiniões sobre a Saúde de Paraty

NOME_____________________________________________COMUNIDADE__________________________________ENDEREÇO OU TELEFONE PARA CONTATO__________________________________________________________SUGESTÃO/CRÍTICA,_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Preencha esta ficha e envie-a para o gabinete do Secretário deSaúde, à Av. São Pedro de Alcântara, nº 1 - Pontal - CEP 23970-000 -Paraty - RJ ou deposite-a nas URNAS disponíveis no Hospital Municipalou no CIS.

Sua família utiliza a Unidade de Saúde da Família?( X ) SIM ( ) NÃO Por que? _ Pelo fácil acesso;Sempre que precisou, foi atendido pela Estratégia de Saúdeda Família?( X ) SIM ( ) NÃO Porque?_______________________________________________A consulta é marcada com antecedência?( X ) SIM ( ) NÃO Porquem?______________________________________________Ja foi consultado por quais profissionais?( X ) Médico ( ) Enfermeiros ( ) OutrosSuas expectativas foramatendidas?__________________________________________________Já foi visitado por quais membros da ESF?( X ) Médico ( ) Enfermeiro ( ) Auxiliar deEnfermagem ( ) ACS ( ) Nenhum delesVocê conhece o Agente Comunitário de Saúde - (ACS)da suaregião? ( ) SIM ( ) NÃODe quanto em quanto tempo o Agente visita a suacasa?_Uma vez por mêsO trabalho do Agente Comunitário de Saúde é importantepara a sua família?(X ) SIM ( ) NÃO ( ) Por quê?_É o elo deligação da família

SUGESTÃO/CRÍTICA:“Aparência melhor do Hospital, como: plantas, pintura, melhordecoração, se possível com a participação comunitária”.

Opinião sobre a ESF

O morador Magno Martins da Cruz, de São Gonçalopreencheu os questionários sobre avaliação da ESF,

divulgados na Folha da Saúde Paraty, dando sua opiniãosobre a Saúde e fazendo uma rápida avaliação da ESF.

“O agente de Saúde não estácumprindo o objetivo do Programa,pois falta qualidade no atendimento eo próprio agente não estácomprometido, pois só fica atédezembro. A equipe deveria participarmais diretamente nas visitas: o

enfermeiro, o auxiliar médico. Orelatório mensal deveria serencaminhado à Associação deMoradores para avaliação.

Mesmo com estas deficiências,acho que o programa da ESF temsido importante para a comunidade”

AJUDE A COMBATER A DENGUE,COMEÇANDO PELA SUA PRÓPRIA

CASA. NÃO CRIE MOSQUITOS!