jó e a cosmovisão bíblica - síntese

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Jó e a cosmovisão bíblica Além das possibilidades científicas explicitadas no blog http://novavidaemamor.com/ , há que se considerar também que a dialética de Jó com seus amigos e com Deus nos apresenta diversas cosmovisões, ou seja, visões de mundo, tais como 1 - o platonismo, cujos planos físico e metafísico claramente se distinguem (CAPS. 1 e 2), porém refuta o dualismo, já que limita a ação satânica ao poder permissivo do único Deus soberano, perante o qual os demais poderes se apresentam regularmente para prestação de contas 2 - o hedonismo dos filhos e da mulher de Jó, manifesto em seus estilos de vida inconsequentes 3 - o maniqueísmo satânico na manipulação dos elementos e na sofismática associação de causa e efeito para explicar a presença do sofrimento no mundo como consequência do pecado, necessariamente, o que é incessantemente refutado pelo exemplo do próprio Jó, homem reto, íntegro, temente a Deus, que se desvia do mal e ainda intercede em favor dos filhos, bem como na parábola do cego de nascença proferida por Jesus nos Evangelhos 4 - o teísmo clássico dos amigos de Jó, os quais remetem Deus à irrelevância por sua indiferença distante diante da miséria humana, abandonando suas criaturas à própria sorte, transitando desde o naturalismo, pelo panteísmo, o ceticismo ateísta (mulher de Jó), o existencialismo niilista, etc. Contudo, a afirmação de Jó de que antes conhecia Deus de ouvir falar, mas após sua provação e aprovação passou a conhecê-lo face a face remete o sofrimento a uma categoria utilitarista e pedagógica e coloca satanás em seu lugar de mero agente sob a soberania permissiva de Deus, cujo propósito benigno prevalece sempre. Todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus (Romanos 8). Ademais, após interceder em favor de seus amigos, cuja retórica fora condenada por Deus, Jó se acha liberto de suas tribulações e é plena e abundantemente restaurado por Deus, pois padeceu injustamente e sem pecar, tipificando assim o Senhor Jesus Cristo, a quem claramente anuncia ao afirmar - "Sei que o meu redentor vive e que por fim se levantará sobre a terra."

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J e a cosmoviso bblica

Alm das possibilidades cientficas explicitadas no blog http://novavidaemamor.com/, h que se considerar tambm que a dialtica de J com seus amigos e com Deus nos apresenta diversas cosmovises, ou seja, vises de mundo, tais como1 - o platonismo, cujos planos fsico e metafsico claramente se distinguem (CAPS. 1 e 2), porm refuta o dualismo, j que limita a ao satnica ao poder permissivo do nico Deus soberano, perante o qual os demais poderes se apresentam regularmente para prestao de contas2 - o hedonismo dos filhos e da mulher de J, manifesto em seus estilos de vida inconsequentes3 - o maniquesmo satnico na manipulao dos elementos e na sofismtica associao de causa e efeito para explicar a presena do sofrimento no mundo como consequncia do pecado, necessariamente, o que incessantemente refutado pelo exemplo do prprio J, homem reto, ntegro, temente a Deus, que se desvia do mal e ainda intercede em favor dos filhos, bem como na parbola do cego de nascena proferida por Jesus nos Evangelhos4 - o tesmo clssico dos amigos de J, os quais remetem Deus irrelevncia por sua indiferena distante diante da misria humana, abandonando suas criaturas prpria sorte, transitando desde o naturalismo, pelo pantesmo, o ceticismo atesta (mulher de J), o existencialismo niilista, etc.Contudo, a afirmao de J de que antes conhecia Deus de ouvir falar, mas aps sua provao e aprovao passou a conhec-lo face a face remete o sofrimento a uma categoria utilitarista e pedaggica e coloca satans em seu lugar de mero agente sob a soberania permissiva de Deus, cujo propsito benigno prevalece sempre. Todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus (Romanos 8).Ademais, aps interceder em favor de seus amigos, cuja retrica fora condenada por Deus, J se acha liberto de suas tribulaes e plena e abundantemente restaurado por Deus, pois padeceu injustamente e sem pecar, tipificando assim o Senhor Jesus Cristo, a quem claramente anuncia ao afirmar - "Sei que o meu redentor vive e que por fim se levantar sobre a terra."