oração de jó

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A Oração de Jó é um livro de Sandi Querin, que ilustra como Deus usa as situações difíceis da vida para revelar seu amor. O autor consegue isso, por acompanhar a vida de um seguidor de Deus em uma jornada autocrítica. Aqueles que procuram viver uma vida plena e frutífera, encontrarão neste livro verdades que os conduzirão a uma relacionamento de intimidade com Deus, paz, vitória. Este livro o ajudará a trocar o seu medo por fé e a caminha na mesma liberdade que Jó caminhou. Durante a leitura você será levado para além da revelação, mas para a revolução. A Oração de Jó não diz respeito a como ser abençoado, mas a como nos tornar pessoas que perdoam e abençoam os outros! Quando você se tornar uma pessoa justa diante de Deus descobrirá, então, o segredo da restauração de Jó e de sua própria restauração

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Todos os direitos em língua portuguesa reservados por

© 2009, BV Films Editora Ltdae-mail: [email protected] Visconde de Itaboraí, 311 – Centro – Niterói – RJCEP: 24.030-090 – Tel.: 21-2127-2600www.bvfilms.com.br / www.bvmusic.com.br

É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios, sem o devido consentimento por escrito.

Originalmente publicado em inglês com o título:The Prayer of Job – Sandra QuerinOriginal English Copyright © 2008 by Evergreen PressThis Translation Edition is published by arrangement with Evergreen Press, Mobile, Alabama.All Rights Reserved

Editor Responsável: Claudio RodriguesCapa e editoração: GuilTradução: Daiane Rosa Ribeiro de OliveiraRevisão de Texto: Marco Antonio Coelho

ISBN : 978-85-61411-19-01ª edição - Dezembro/2009Impressão: Imprensa da FéClassificação: Moral Cristã e Teologia Devocional

Impresso no Brasil

Page 3: Oração de Jó

III

Índice

1 Esperança em meio a Provações...................................................1

2 A Grandeza do Homem.................................................................9

3 Conhecer a Deus e Confiar Nele...............................................17

4 Considere-me.................................................................................23

5 Jó, o Adorador................................................................................31

6 Perdendo o Poder..........................................................................37

7 Quando o Medo Destrói a Fé.....................................................49

8 Quando o Sofrimento é Maior que a Graça.............................55

9 A Sua Justiça é Maior que a Justiça de Deus?...........................61

10 Preservando o Seu Caminho......................................................69

11 Julgando a nós Mesmos ..............................................................75

12 Da Busca ao Entendimento.........................................................81

13 A Oração de Jó...............................................................................87

14 Encontre um Espelho e Não um Telescópio!..........................93

15 Eles colocaram você em um Cativeiro quando ....................101 Não Esperava?

16 Oração do Inimigo.....................................................................107

17 A Nossa Sorte irá Mudar............................................................113

18 Novos Destinos...........................................................................119

19 Testemunhos...............................................................................125

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IV

Dedicatória

Gostaria de dedicar A Oração de Jó aos meus pais, Donald e Betty Hardister.

Eu aprendi com o meu pai a esperar pelo milagre e a alcançar a visão; com minha mãe, eu aprendi a

perseverar enquanto esperava pela bênção.

Meus pais me fizeram ver Cristo em todas as coisas e saber que estava sendo

conduzida em Seus braços.

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V

Prefácio

Situações difíceis ocorrem sim com pessoas boas. Questões que envolvem dor e sofrimento estão entre os assuntos mais com-plicados da vida. Os discípulos de Jesus sempre perguntam: “Por que servir a Deus se Ele não me mantém afastado de situações pe-rigosas? Por que confiar em Deus se Ele não impede que coisas ruins aconteçam comigo?”

Em seu livro, A Oração de Jó, Sandra Querin conduz o seguidor de Jesus a uma jornada autocrítica. Suas poderosas ideias ilustram como Deus usa as situações difíceis da vida para revelar Seu amor. Para todos os que desejam uma vida plena e frutífera: a verdade contida neste livro o conduzirá ao lugar além do relacionamento com Cristo, para o lugar de comunhão. A paz está à espera de to-dos os que entrarão neste lugar.

Mike Bruton, Pastor Senior,Northeast Assembly of God, Fresno, CalifórniaJunho de 2002.

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VII

IntroduçãoMuitos de nós aprendemos a ser honestos quando crianças.

Com o passar do tempo, ou nos esquecemos deste pensamento ou abrimos mão dele. Se decidirmos caminhar com compromisso e princípios, nosso nível de honestidade diminui. A nossa hones-tidade conosco e com os outros pode falhar várias vezes sem mes-mo termos consciência disso. Como regra geral, a nossa hones-tidade diante de Deus é algo a que damos pouca importância. A honestidade verdadeira com Deus parece ter se transformado em um padrão de arte perdido. Na maioria das vezes, temos muitas verdades enterradas tão profundamente em nós que não é possível desenterrá-las sem a ajuda do Espírito Santo. Gritamos dor; Ele grita vitória!

Nosso Deus é um Deus de perdão, então buscamos o perdão dEle. Ele é um Deus misericordioso, então aproveitamos a Sua mi-sericórdia. Ele é um Deus tardio em irar-se, então pedimos para Ele ser paciente conosco. Ele é o Deus da verdade, mas somos verdadeiros com Ele? Nós costumamos buscar Suas bênçãos, mas confiar é mais perigoso. Sempre arrumamos um jeito de fugir do cemitério da nossa alma e das verdades que estão enterradas lá. Precisamos entender que é através dessas verdades enterradas que Deus pode se revelar a nós como nunca antes. A honestidade pro-duz revelação.

Frequentemente, a verdade pode ser escondida por causa de fe-rimentos. Eu não estou falando de feridas que foram saradas, estou falando de feridas que não podem ser curadas – aquelas nas quais plantamos flores e chamamos de jardim. A verdade clama para ser liberta, ainda que a ferida, que a mantém refém, declare guerra a qualquer um que se aproxime com uma pá em mãos. Quando

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VIII

aprendemos a enterrar a verdade na dor, praticamos a desonesti-dade diante de Deus. Nossos equívocos transformam-se em de-cepções, e então, deixados de lado, elevam a nossa raiva.

Quando somos honestos com Deus, descobrimos que não so-mos tão maus quanto pensamos ser, e Deus não é tão crítico quan-to pensamos que Ele é. O inimigo permanece provendo sementes para o jardim da desonestidade, esperando que nunca desenter-remos a verdade. A verdade escondida é o tesouro escondido que comprará a nossa liberdade nEle. Sem a honestidade para encon-trar aquela verdade, nunca cumpriremos o nosso chamado. Sem a honestidade, nunca conheceremos verdadeiramente a liberdade, sempre teremos um pé na sepultura, para que o que está enterrado lá não saia quando não estivermos olhando.

Há razões que explicam o porquê de os Elias da atualidade en-frentarem problemas em sair da sepultura, e daqueles de nós cha-mados – como Lázaro foi – não saírem da cova. Temos nos tor-nado como Ló porque é mais fácil comercializar nossos destinos por uma cidade de acomodação. A parte de nós que lembra Esaú ousa trocar a nossa herança por um prato de lentilha, e estamos deixando isso acontecer.

Daniel disse: “O povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e fará proezas” (Daniel 11:32). Por que as proezas parecem estar tão distantes e acontecer com tão pouca frequência em nossos dias? Seria porque a cova, a dor, a desgraça e as cidades que nos acomodam são suficientes para nós?

Quando me achei com medo da verdade, a religião e a tradição tomaram o lugar da honestidade. Eu rapidamente achei confor-to nessas coisas e me convenci de que estava “tudo bem”. Eu de-senvolvi um sistema para sobreviver e foi exatamente aí que meus problemas começaram. Era algo semelhante ao seguinte:

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“Enquanto eu não estiver tão perto da verdade, eu não posso ser ferida por ela. Ah, eu buscarei a verdade, certo, porque foi as-sim que eu aprendi a fazer desde criança. Mas, eu fugirei dela no momento certo. Eu darei meia volta e sairei correndo; mesmo que isso signifique ignorar Jesus, antes que o versículo: ‘Meu Deus é fogo consumidor (Hb 12:29),’ possa me afetar. Eu não quero sentir o calor. Eu buscarei relacionamento; comunhão, custa muito caro. Jesus disse que muitos são chamados mas poucos são escolhidos. Ser ‘chamado’ está bom. Por que me preocupar em ser ‘escolhi-do‘? Afinal de contas, Isaías 48:10 diz: ‘Eis que já te purifiquei, mas não como a prata; escolhi-te na fornalha da aflição.’ Por que ir em direção ao fogo deliberadamente? Eu tenho muitas companhias exatamente onde estou.

Se eu mantiver o meu caminhar com Cristo apenas na superfí-cie, eu não serei ferido nele. Eu não tenho ouvido o que é exigido de mim, então a minha ausência nos cultos e nas atividades não é mais uma questão de desonestidade, rebelião ou desobediência diante de Deus. Eu não posso ser cobrado pelo que eu não sei.”

Este só não é um sistema perfeito por um motivo - é falso e nos tornará falso. É o material pelo qual os hipócritas são feitos, e pior, é uma abordagem desonesta do cristianismo. O rei Saul e o rei Davi eram ambos servos do Senhor. A grande diferença entre esses dois homens é que um era honesto diante de Deus (que deu a ele “um coração segundo o coração de Deus”), e o outro não era.

Honestidade diante de Deus é uma luz que reflete o nosso es-pírito. A Palavra diz que “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor.” Estamos mantendo a nossa lâmpada acesa? Somos cora-josos o suficiente ou honestos o suficiente para iluminá-la? Paulo disse a Timóteo que há vasos de honra e desonra na casa de Deus. Precisamos escolher qual prateleira iremos ocupar.

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Provérbios 21:16 diz que se recusarmos o entendimento, cami-nharemos na congregação dos mortos! Onde iremos caminhar – entre os vivos ou entre os mortos? A Bíblia diz que “sinais seguirão aos que crerem.” O meu desejo é que as páginas de A Oração de Jó ajudem você a encontrar a resposta para esta pergunta ardente: “O que está lhe seguindo?” É necessário uma honestidade individual para olhar em volta e descobrir.

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Capítulo 1

Esperança em Meio a Provações

A partir do momento em que me comprometi a escrever este livro, como diz a expressão: “meu mundo desabou.” Alguém

que vive onde o sol não brilha ficou muito nervoso! Eu sofri per-seguição e abuso vindos de várias partes. Promessas de contratos foram canceladas e amigos de toda uma vida me abandonaram. Aqueles para quem eu trabalhei e investi minhas forças, de repente pensaram mal a meu respeito, doenças já curadas vieram visitar- -me novamente e o desastre financeiro veio como a gota d’água. Ah, como eu poderia continuar? Quando fizemos tudo o que es-tava ao nosso alcance para permanecermos de pé, então devemos simplesmente continuar firmes, como diz a Palavra, principalmen-te em ventos contrários. Na semana em que o contrato chegou até mim com uma oferta de publicar este livro, como um milagre, a minha situação mudou completamente. O diabo fora derrotado; o compromisso foi selado a despeito dele. As pessoas vieram pedir desculpas e disseram que elas não sabiam o que acontecera, a mi-nha saúde voltou e o favor de Deus alcançou as minhas finanças. Eu estava vivendo A Oração de Jó, e a palavra de Deus veio para “me testar”.

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A Oração de Jó

Você já viveu uma experiência comparada a um deserto que parecia ser o fim? Você já sentiu-se como se estivesse sempre sen-do transportado de uma provação para outra? Você está ficando esgotado?

Com o passar dos anos, todas as vezes que eu tentava viver uma vida abundante, ela escapulia de mim. Encontrá-la foi bas-tante difícil, mas vivê-la parecia impossível. Provérbios 21:16 diz: “O homem que anda desviado do caminho do entendimento na congregação dos mortos repousará.” Eu não queria ser uma pessoa morta, então eu fiz o meu melhor para entender o que estava acon-tecendo em minha vida, mas continuei falhando miseravelmente.

Todas as vezes que Deus dizia que coisas maravilhosas iriam acontecer, mais coisas ruins apareciam. Esperar era difícil. A mi-nha realidade não parecia permitir espaço para a fé, e a minha dor não me deixava confiar. Quanto mais eu entregava o dízimo ou oferta, quanto mais ajudava e orava pelos outros, mais doente e mais pobre eu me tornava. A minha vida se tornara numa contra-dição da minha fé.

Desde que eu tinha seis anos de idade, uma dor constante gri-tava em mim como consequência de uma doença, mas ao mesmo tempo, eu ouvia a voz de Deus dizendo: “Se você confiar em mim, Eu irei curá-la. Eu farei o que eu digo.” Às vezes, o que Ele diz leva um certo tempo para acontecer – comigo levou 35 anos. Eu me lembro de estar no jardim de infância contraindo o meu tórax de dor. Diziam-me: “É porque ela está crescendo,” “Certo, então eu acredito que serei muito grande quando eu crescer”, eu pensei.

Eu continuei ensinando que Jesus liberta mesmo tossindo san-gue. Levada às pressas para a sala de emergência por não conseguir respirar, eu ainda pregava cura. Dada como morta, eu me apegava à crença de que havia uma obra para eu realizar sobre a Terra.

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Esperança em Meio à Provações

Durante anos, eu proclamei como Esdras: “A mão do Senhor está sobre mim” (Esdras 7:6), mas as minhas palavras pareciam me humilhar e preocupar a Deus. A Sua mão parecia áspera e lon-ge de ser gentil. Eu queria ser uma pessoa capaz de crer mesmo em tempos desafiadores de descrença, mas a dor da minha realidade física crescia mais forte que a promessa da minha realidade espiri-tual. Eu tentei permanecer em Suas mãos, consciente de que Ele é fiel a mim. Eu aprendi a lutar contra a dor e a confiar em Deus en-quanto lutava. Eu aprendi a obedecer mesmo quando parecia não ter razão e mesmo quando o mundo vinha contra a minha obedi-ência. Eu precisava colocar a minha confiança, não em promessas, mas naquele que fez a promessa. No final das contas, eu tive que renunciar à promessa. Talvez, você não possa abrir mão da sua promessa porque você se apega à ela como um exercício para a sua fé. Quando as promessas feitas a nós não importam mais, passa-mos a ver Deus em lugar de apenas ouvi-lO, e é aqui que sabemos a diferença entre a fé e a insensatez, é aqui que tocamos na orla do Seu manto.

Eu precisei entender que Ele restaura e renova à Sua maneira e ao Seu tempo. Está tudo bem. Se aprendemos a confiar verdadei-ramente nEle, está tudo bem.

Somente um remanescente provado e testado do povo de Deus confiará nEle e irá abandonar o cativeiro e abraçar a liberdade. Que morramos para nós mesmos para sermos esse remanescente. Oh, para vê-lO claramente e não apenas ouvi-lO vagamente.

A vida abundante tem início no interior e se manifesta no exte-rior. Esta luta entre o espírito e a carne criou o “ferido ambulante” dos dias atuais. Os feridos ambulantes são aqueles que tentaram ter fé, tentaram crer e tentaram prosseguir, mas deixam a ferida apodrecer por muito tempo e o corte é muito profundo. A super-

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A Oração de Jó

fície da pele foi curada, mas a camada interior está infectada. O ferido ambulante se alimenta dessas feridas, mas o Senhor deseja que nos alimentemos da Sua cura para essas feridas.

Na minha opinião, a fé ferida é a causa principal da falta de expectativa sobre a terra hoje. Quando a decepção é muito gran-de, evitamos o processo pelo qual ela chegou até nós. Declaramos: “Eu orei para que fosse dessa maneira ou daquela, e não aconteceu conforme eu esperava. Então, eu permanecerei conhecendo o Se-nhor e amando-O, mas não vou caminhar pela estrada da expecta-tiva novamente. Toda essa coisa de fé não funciona para mim.”

Não foi para isso que Cristo morreu e ressuscitou. Ele veio para que tivéssemos vida e fôssemos livres. Ele veio para liberar sobre nós as Suas riquezas em todas as áreas da nossa vida, incluindo nosso coração, à Sua maneira e em Seu tempo.

O Medo Destrói a FéQuando a fé ferida abre a porta para o medo em nossa vida, ela

faz com que paremos de esperar que Deus cumpra as Suas promes-sas, e mina a nossa confiança nEle. O verdadeiro amor lança fora os nossos temores, mas o medo aperfeiçoado destrói a nossa fé.

Em Lucas 17, quando Deus curou os dez leprosos, nos é dito que: “indo eles, ficaram limpos.” Então, um dos leprosos voltou, e em alta voz glorificou a Deus, se ajoelhou e agradeceu a Jesus. Então, o Senhor lhe disse: “Levanta-te e vai; a tua fé te salvou.” A confiança acampa na fé deste homem.

A diferença entre estar limpo e ser limpo é bem grande. Se você está limpo, você pode caminhar sem lepra e parecer muito bem. Mas ser limpo é uma história completamente diferente. Ser limpo significa que você está perdendo não apenas a sua lepra física, mas também qualquer tipo de lepra do seu coração e das suas motiva-ções. Ser limpo também o levará a expulsar a lepra de outros, uma

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vez que você crê na cura deles também. Ser limpo significa que você confia em Deus a ponto de varrer a escuridão da sua alma. Devemos abandonar uma simples limpeza e dar lugar a uma puri-ficação completa.

Pare de plantar flores em seu cativeiro e fingir que é um jardim. Essa é a coisa mais fácil a ser feita, e fomos treinados para fazê-la. O maligno está contando com o seu amor pelas plantações na sua alma. Eu já tive um jardim como este antes – com bastante espaço e bastante ervas daninhas. Certo dia, eu me cansei de olhar para essas ervas inúteis, mas estava com muita preguiça de tomar uma atitude a respeito delas e sem dinheiro para contratar outra pessoa para fazer isso. Então, eu reguei e aparei as minhas ervas e chamei-as de gramado. Enquanto eu as mantive bem aparadas e generosamente regadas, este espaço realmente se pareceu com um gramado. Quantos elogios você está recebendo pelo seu “falso gramado” - a falsa recuperação, a falsa confiança em Deus, ou a falsa libertação do cativeiro? A nossa vida pode ser tão cheia de mentiras.

Quando as nossas ervas daninhas começam a se expor, temos uma decisão a tomar – uma decisão crítica. Continuamos regando e aparando (eu até mesmo adubava as minhas de tempos em tem-pos), ou seguimos adiante, arcamos com os custos e alimentamos o esforço de remover as ervas daninhas e transformar nosso jar-dim? Regar e aparar é o que geralmente fazemos. Cativeiro? Que cativeiro? Aparar, aparar e aparar. Estas não são ervas daninhas; é grama! Água, água, água. Confortamo-nos com o pensamento de que ninguém pode notar a diferença. Mas Deus conhece a diferen-ça quando ele caminha descalço pelo nosso gramado. O problema é, Ele sempre está descalço! Lembre-se, as ervas daninhas têm es-pinhos e machucam. Então, também, nossos temores e nossa des-confiança ferem o Senhor. Elas O ferem profundamente.

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Quando decidimos que é o momento de refazermos o nosso gramado, certamente, encontraremos uma bagunça, e isto é algo caro e inconveniente. Mas, se escolhermos a Cristo, devemos pa-rar, uma vez ou outra, regar e cortar as nossas ervas daninhas e per-mitir que Ele as arranque pela raiz. Ele sabe como livrar-se dessas coisas que enterramos profundamente, e Ele faz isso causando o menor estrago possível, porque Ele nos ama.

Deus é o Grande Jardineiro, e Ele deseja a nossa terra para refle-tir quem Ele é em nós. Quando Ele arranca as ervas daninhas que levaram tanto tempo e trabalho para preservarmos durante anos, Ele planta grama que exige pouco trabalho, permitindo-nos estar despreocupados em Sua liberdade e misericórdia. Já não é hora de parar de fingir que as nossas ervas daninhas são bonitas? O Senhor irá plantar e o Espírito Santo irá cuidar, mas eles estão esperando por um convite da nossa parte.

Podemos ter fé, mas sem confiança, nunca viveremos a abun-dância que Deus tem para nós. Às vezes, ficamos tão cansados de ousar acreditar que as coisas poderão ser diferentes, que desisti-mos de ter esperança. Talvez, você tenha desistido. O inimigo da vossa alma irá lhe dizer que não vale à pena esperar, mas o coração de Cristo e, como veremos, a história de Jó, lhe dirão que você pode chegar do outro lado.

Cristo não olha para as nossas inquietações do passado; Ele olha para frente, para o nosso triunfo. Ele não nos vê como víti-mas, mas como vencedores. Devemos decidir olhar adiante com Cristo e deixá-lo desenterrar aquilo que nos mantém no cativei-ro. Certamente, replantar o nosso jardim, por um momento, é um pouco desordenado, mas quando permitimos que Ele comece a reconstrução da nossa alma, seremos para sempre transformados. Ele está ansioso para nos abençoar, mas Ele precisa que afastemos

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as coisas que estão ocupando espaço em nosso espírito. Quando pudermos fazer a Oração de Jó, ela irá tirar estas coisas do cami-nho e abrir espaço para o Rei da Glória entrar.

O que é a Oração de Jó? É a oração que surgiu do coração de Jó após todas as suas provações e tribulações, quando ele finalmente viu o seu jardim como Deus via. Foi a oração que ele fez para julgar a sua própria impureza e chegar à uma conclusão da sua própria carência. Quando as experiências de Jó o ensinaram a orar verda-deiramente, ele não se encontrava mais preocupado com ele mes-mo, mas ao invés disto, ele abraçou a aflição dos seus amigos assim como dos seus inimigos.

Quando Deus o ordenou a orar pelos seus amigos para que ele fosse liberto, acredito que a oração dele fosse algo parecido com o seguinte:

A Oração de JóSenhor, não há nada e nem ninguém que se compare

a Ti. Eu me humilho diante do Senhor. Sonda o meu coração e exponha todas as razões e temores que atrapalham

profundamente a comunhão com o Senhor. Ajuda-me a confiar em Ti em meio às provações, pois elas abrem os meus olhos e meu coração para ver o Senhor como realmente és! Senhor, quanto aqueles que se levantaram contra mim, eu

oro para que afaste deles a Sua ira, perdoa-os e os abençoe abundantemente!