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PiiSr I n I n A i Pi rn Pi jjui ini i u uiiii i uu vxi JORNAL POLÍTICO, SCIENTIFICO, LITTERÂRfO E NOTICIOSO MBLÍCA-SE TREZ VEZES POR SEMANA. a ASSIGNATURA SEM SELLO. Por um annoHmcu, Por seis mezesu&OOO Por numero avulso 200 riíís. iiili REDACTOR E PROPRIETÁRIO üliip # *«ÍP CS í w* ASSIGNATURA COM SELLO. Por uai anno14SO00 Por seis mezes7&000 llntia 100 rs.. ao assicixantf. 80 rs. AIN IVO V. VICTORIA, Í2T DE ABRIL DE 1875 ACTOS 0FFIC1AES. GOVERNO GERAL. ministério dos negócios da guerra. Circular. Ministério dos Negócios da Guerra. -Rio de Janeiro 3 do Abril dc 1875.;-IIIm.«e Fxm ° Sr. O Art. 8.» do Regulamento nue bai- xou com o Decreto íí.» 5881 do 27 dc Fevereiro pro- ximo passado determina que no dia 1." de Agosto de cada anno se proceda em Ioda» as parochia» do Império ao alistamento dos cidadãos para o serviço uo Exercito c da Armada. B! portanto urgente que V Ex «recommende ao Juiz de Paz mais votado década parochia dessa província a fiel observância do Art. 13 do mesmo IlígHlamonto, de forma que no "lia i de Julho próximo futuro, imprcterivel- incute, seiào ailixados em todas as parochias edi- taes nós termos do dito Art. 13, con vindo igual- Inònle que V.Ek.» offlcio às demais aulhoridades, ( o Subdelegado c o Parocho) que compõem as Júri- tas dc alistamento em todas as parochias ( Art. 10,) cao Juiz dc Direito, Delegado de Policia c Presi- dente da Camara Municipal, que formão as Juntas «lc revisão em todas as cabeças de comarca (Art. 2C. 1 declarando a cada uma dessas aulhoridades que o Governo espera c confia dc sua dedicac.no e zelo pelo serviço publico, que as referidas Juntas estarão funecionando nas épochas marcadas no ci- lado Art. 8.- e nos Arts. 27 c 32 do Regulamento V Fx.* providenciara para que os Inspectores dc Quarteirão remettàonodevido tempos ao Juizw.de Paz Presidentes das Juntas de alis tamonlo,as 1 islãs de, nue trata o paragraplio único do Art. 14, e bem assim ordenara as diversas aulhoridades Iocaes que prestem áquelles Presidentes as informaçoesqucpor elles ferem exigidas na conformidade desse mesmo Os livros mencionados nos Arts. 18 c -9.ccts formulários a que se rafere o § 1.; do art. 141^serao rcmcllidos opportunamente desta Corte, segundo os modelos que se estão organisando. ou será V.Ex.'aulliorisado a mandar fazel-os abi nessa província,conforme os mesmos modelos,que então lhe scráõ enviados.,.f _ A ausência, por emquanto, de tae» livros c lor- mularios nào embaraça de modo algum que desde so vão fazendo nossa província os trabalhos pre* liminares indispensáveis para a exectiçae. do Ari. 8.* do Regulamento na devida épocha ; e que V Ex expeça suas ordens aos Juizes dc Paz mais votados, como, acima ficou rccommendado, para que cumpiào o disposto no Art. 13.Umon,A Vão agora 90 exemnlares da Lei c Regulamento para o serviço do recrutamento, os quaes V. l.x.« fará distribuir pelos membros das Juntas de alista- mento e rovisão._ Finalmente, sendo o objecto do presente Aviso, que V. Ex.« nào se poupará a esforços e empregara toda a sua solicitude para que nessa província a execução da nova Lei do recrutamento tenha lugar sem o'emprcgo dos meios repressivos que a Lei es- tabelece. Deus Guarde a V. Ex.» João Jose de Oliveira Junqueira. Sr. Presidente de pro- vincia do Espirito Santo. ministério dos negócios da agricultura commercio e odr-vs pudlicas. Circular. N.1 10.— 1.' Secção. - Directoria Central. - Rio dc Janeiro, Ministério dos Negocio* da Agricultura. Commercio e Obras Publicas, em C de Abril de 1875. Ilim. e Exm.** Sr. Tendo so- licitado do Ministério dos Negócios da Fazenda a distribuiçãodo fundo de emancipação pelas diver- sas províncias na proporção da respectiva popula- ção escrava, cumpre que V. Ex.» faça observar as disposições dos Arts. 37 a 41 do Regulamento approvado pelo Decreto, n.* 5135 de 13 dc Novem- bro dc 1872, afim de que, verificando até 31 dc De- zembro do corrente anuo o valor de tantos escravos classificados quantos poísào ser libertados pela quota destinada a essa província, fiquem habilita- dos os Juizes dc Orphãos a desempenhar a obiiga- ção que lhes e cominetlidà no Art. 42 do citado Regulamento, declarando livres similhantesescra- vose entregando-llies as cartas de liberdade.— Deus Guarde a V. Ex.' —José Fernandes da Cos- ta Pereira Júnior. Sr. Presidente da província do Espirito Santo. C0YF.R30 PROVINCIAL. EXPEDIENTE DO MEZ DE MARÇO DE 1875. Dia 20. í.* Secção.— Ao Dr. Chefe de Policia. —Ha- vendo o Dr. Juiz de Direito da comarca de Santa Cruz me representado sobre a necessidade depreen- cherem-se os lugares de Supplentcsdo Delegado de Policia d'aquclle termo, bem como «os de subdele- gado, porquanto o actual Delegado tendo soflrido em sua saude tem-se conservado no exercicio, por nâo ter aquempassarajurisdicçào : sirva-se V. S." de providenciar a respeito. ²AoDr. Juiz do Direito da comarca de Santa Cruz. Em resposta ao oílicio que Vmc ine diri- gio em dala de J.2 do fluente mez, lhe declaro que llcào dadas as necessárias providencias no sentido do mesmo oílicio. ²Ao 1.* Juiz de Paz da parochia da Serra. •- Com o oílicio dos membros da Junta de Qualifica- çào de votantes dessa parochia, datado dc 23 do mez ultimo, recebi as copias das actas dos traba- lhos da segunda reunião da mesma Junta, concer- nentes ao corrente anno, nâo havendo durante a mesma reunião apparecido reclamação oudenun- cia alguma. Por esta oceasião declaro a Vmc. que nota-se nas referidas actas a falta assigna- tura dos membros da mencionada Junta, como exigem os Arts. 21 e 24 da Lei Regulamentar das eleições, por cujo motivo lh'as devolvo, para sanar- sca mesma falta. ²Ao 2.- Juizdc Paz da parochia do Espirito Sanlo. Accuzando a recepção do oílicio dos membros da Junta de Qualificação dc Votantes dessa parochia, datado de 20 do mez passado, a que acompanharão as copias das actas dos trabalhos da segunda reunião da referida Junta, relativos ao cor- rente anno : cumpre que Vmc. informe a esta Pre- sidencia qual o escrivão que servio nos mesmos trabalhos, visto nào constar o nome delle das refe- ridas actas. ²Ao 1.* Juiz de Paz da 'parochia dc Cariacica. Inteirado pelo seu officio, dalado de 15 deste mez dos motivos que obslárào a installação da Junta de Qualificação de Votantes dessa parochia : lenho a declarar-lhe, que nesta data designei o dia 2 de Maio próximo vindouro para ter lugar a mesma installação, c reconimcndo-lhcque providencie de modo a que no dia aprasadose efíectue a dita reu- nião, ohser*.ando-se os prazos previstos na legis- lação existente. Ao 2.» da Parochia de Carapina. De posse do officio que em dala de 23 de Fevereiro ultimo, me dirigirão os membros da Juiila de Qualificação de Votantes dessa parochia. acompanhado das co- pias das actas dos trabalhos da segunda reunião da mesma Junta relativos ao corrente anno, re- commendo a Vmc, que haja de informar a esla Presidência qual foi o escrivão, que servio nos mesmos trabalhos*, porquanto nota*se das referidas actas que forào ellas escriplas pelo mesario Joao Komào Salermo Brandão, quando devia ser pelo es- crivào desse juízo na forma da lei. 2.« Secção. —Ao Inspector da Thesouraria de Fazenda. —Mande V. S.« pagar, cm lermos, aos negociantes Tagarro & Irmão a quantia de nov-mta e oito mil e seiscentos réis (DSÍfoOO,) importância do fornecimento que lizerào nos mezes de Janeiro c Fevereiro últimos, de kerosene, torcidas, azeite, (io de algodão c maisobjcclos para escripluraçáo da enfermaria do Quartel da Companhia de Infanteria, como consta das inclusas contas, por 1." e2.-" vias, as quaes me forào apresentadas pelo Alferes encarregado do Armazém dc Deposito de Artigos bellicoscom otileio sobn.* 5, do 1C do corrente. Communicou-se ao Alferes encarregado do Ar- mazem de Deposito de Artigos bellicos. ²Ao mesmo. Declarando-mc o Ministério dos Negócios da Agncullura> Commercio e Obras Publicas cm Aviso sob n.- 5. de 6 do corrente, que Francisco Leite de Freitas Guimarães, Ajudante do Direetor da Colônia de Santa Leopoldina, deve ser pago na rasâo de'duzentos e cin coenta mil réis (250,1000) mensaes-, levando-se a despeza do cre- dito destribuido a esta província para a verba do g 15 Art. 8.- da vigente lei do Orçamento i assim o communico a V. S.1 para os Uns convenientes. Communicoü-so ;.o Direetor da Colônia dc Santa Leopoldina. ²Aomesmo.—Remetto a V. S.» as inclusas copias dos Avisos do Ministério dos Negócios da Agricultura, Commercio e Obras Publicas datados de G e 9 do corrente sob n .0Í 26 a 28, mandando que aos cx-voluntarios da Pátria Alexandre José da Silva, Salviano Francisco Vieira Braga e Manoel Rodrigues Xavier scjàú distribuídos na Colônia de Santa Leopoldina os lotes dc terras, aquélôém direito na conformidade do Decreto ti.* 3,371 de" de Janeiro dc 18G5. Coninninicou-sc ao Direetor da Colônia dc Santa Leopoldina. ²Ao mesmo. - - Para a devida execução, romotlo a V. 8." a inclusa copiado Aviso do Ministério dos Negócios da Agricultura, Commercio c Obras Pu- blieas datado de 13 do corrente, sob n.» 29, decla- rando que expedirão-se as necessárias ordens pnra que seja posta, á disposição d'esla Presidência além dos créditos conhecidos, a quantia de quatorze contos de réis (I4:000íi000,) r.tim ác ser especial- mente applicada á acquisiçào do terreno situado no Porlo do Cachoeiro, nos lermos do accordo a que a mesma Presidência chegou com o Tenenle Coronel José Cláudio de Freitas. -Ao Agente Official do Colonisarão dc ílapemi** rim. Accusandõ o recebimento do seu clllcio da- tado de 16 do corrente mez. cm quo me communiea haver feito seguir para a Colônia tio Rio Nova o Indivíduo AndréasNicdmayerdc 51 annosde nade. o qual sd acha desde o dia 5, n'aquelle eslabe c- cimento, como lhe participara o respectivo Direetor em oílicio da mesma dala. agradeço a Vmc. o ira- FOLHETIM. ii li ¦ ¦ o •" MEMÓRIAS ffilÉfi m ^KINCEZA PELA \lgk de Canina. NÜM. SO. balho que acaba de prestar com a prompla con- duccàc do mesmo indivíduo á referida colônia. ²Ao Engenheiro DeollndotJosô Vieira Maciel. Declaratulo-nie o Ministério dos Negócios da Agricultura, Commercio e Obras Publicas em Aviso do 8do corrente, sol. n.° 27, A, que sendo cenve- nienle fazer cessar a venda do terras devoluUs entre os rios Novo e Jiicü, ètíiqüànlo nào forem inteiramenle descriminadas as linhas quo devem limitar a colônia do Kio Novo - assim o communi- coaVtnc rccommcndándo-lhc o liei cumprimento do determinado no cilado Aviso. ²Ao Capitão do Porto. Communico a Vmc. quo o Direetor Geral da Secretaria d'EsUdo dos Ne- -rocios da Marinha deu-me seiencia cm officio de 12 do corrrnle sob n."ü">3, qucá respectiva Inlcn- dencia participou haver, pelo paquete Paraná. enviado com destino a essa Repartição os cento e vinlc lilrus de azeite doce requisitados para con- sumo do pharol da barra d'esta Capital Div-22. 1.* Secção. Ao Inspector da Thesouraria Pro- vincial. Eili solução ao sen oílicio dc 28 de Ja- neiro ultimo, sob a'.- 45. solicitando providencias no sentido de cessara despeza dos pensionistas o meios pensionistas do Atheneu Provincial c Colle- gio Nossa Senhora da Penha nesta Capital em tem- po de férias e bem assim do servente do referido Alhencu : declaro a Vmc, que. tendo ouvido ac lnspector Geral da Instrucção Publica e este aos direclorcs dos mesmos estabelecimentos, prestarão as informações que junto por copias, das quaes se verifica que taes despezas nào sào pagas por essa Repartição no mesmo lempo, à excepção do sala- no do d'ilo servente pelas razões prestadas pelo Direetor do referido Alheneu, Coronel Manoel Fer- reira de Paiva, com as quaes concordo. Por esta oceasião reconimendo a Vmc. que lenha o maicr escrúpulo nas rrpròschlaçdôs que dirigir à Presiden cia contra funcionários públicos rie modo a nào- olícndcr a dignidade dos mesmos empregados. Ao Bacharel Anaclelo José dos Santos. A*.'- cuso recebido osenollicio com data de I) deste mez- parlicipanilo-ire havei' Vmc. nesse mesmo dia en- Irado no gozo da licença, que lhe concedi para Ira- tarde sua saude. ²Ao Alferes iMigiiél Pereira do Nascimeno Ne- ves.— Ficointeirado, pêlo seu oílicio do i.' corrente, dc haver Vine. no mesmo dia assumido o exercicio pleno do cargo de Juiz Municipal c de Orphãos tio lertno da Serra, na qualidade dc sup- pipiíle do 1/ districtri; visto lh'o ler passado o res- pèctivò proprietário Bacharel João Francisco 1'oggi de Figueiredo nor iiicuinniodos desande. ²Ao Major João Antônio dc Oliveira. —Pelo seu níftelÒ datado de 9 .lo andanle mez, fico sciente haver Vmc no mosmo dia assumido o exercicio pleno (io cárgí) (ie ,!uiz Municipal o de Orphãos termo deBenevenle, na qualidade de supplenle do 4.-I districto, \ isio.liàver o Juiz, proprietário Ba- cliarel Anaclelo José dos Santos, entrado no gozo da licença que lho foi concedida pur esla Presiden- cia. Communicou-sc ã Thesouraria dc Fazenda. Ao Tenente José Martins da Silva. Peio seu oflicio de io deste mez (ico inteirado de haver Vmc. nessa mesma data assumido o cargt.de Delegado do Policia do termo de Santa Cruz. por haverem ces- sado os seus encommodos dc saude. 5." Secção Ac Inspector da Thesouraria dc Fa- zenda. Tendo, em dala de ;?¦ do corrente, se me •gaataaa 'weammamBÊsm (Continuação.) Quando elle estava bem cançado, eu saltava do sellim, e nadava ao seu lado, puxando-o pela rédea, e animando-o cora carinhos. Gaohava-mos a margem e eu voltava a ; entoando uma canção cosaca con- versava eom o cavallo que acompanha- va-me, e recitava-lhe poesias Eu nunca scisraava. Sorria á terra risonha, ao ar brando, aos aromas dos canamos e das urzes. Na Ukrania, as magias do deserto não enfraquecem a alma, nem a alquebrflo. A paixão torna-se pelo contrario mais profunda. No campo romano o amor conduzia- me ao paiz dos sonhos. Sempre cançada, ia ao passo, parando.a cada instante para ouvir o canto das cigarras, ou a nota me- lancolica e monótona das ras. LV. X... partio de Roma no começo de Abril. Acompanhei-o. Desejando tornar a ver a pátria da minha felicidade, fui, na véspera da nossa partida, à. fonte de Trévi, e depois do assegurar-me que ninguém podia ser testemunha d'este acto supersticioso, lancei um punhado de ouro no tanque. Segundo os romanos, taes dons, feitos á agua de Trévi, tem a propriedade de fa- zer voltar a Roma quem parte d'esta cidade. X... ia aWeimar. A pequena cidade de Weimar é uma d'essas capitães onde as meias do Sobe- rano seccao soltos as estacas das frontei- ras dos seus Estados,, e onde estes mes- mos Soberanos comem patriarchalmente gansos assados com doce dc maçã á meza dos seus subditos. Porém alguns poetas vivera^ ahi. Quatro grandes espíritos ahi se tinhao encontrado sob o reinado de Carlos Au- gusto, o Médicis da Aliemanha. Hoje Weimar nao se oecupa senão de musica, graças a X.*.. que ahi residira dez annos. Quando ordenou-se, promet- teu ao Grao-Dnquo passar trez mezes por anno n'essa cidade. Weimar mais parece-se com um cara- po do que com uma capital. Pouco mo- vimonto em suas ruas socegadas, pouco barulho nas casas de telhados pontudos. As arvores e a verdura a invadem por to- dos os lados. O jardim peiitstra na cidade, e é cortado pelo llm que serpôa por en- tre a relva e as sombras. Foi no llm qne Goetho aprendera a nadar, consternando os habitantes de Weimar, seus contemporâneos, que Ja- vavSo-se nUim copo d'agua, e respi- •ravaoâ vontade na densa atmosphera produzida pela fumaça do tabaco e pelo cheiro desagradável da lareira de ferro. Lewes, ó hiographo inglez de Goe- the,- diz que as geadas de Dezembro interrompião os banhos quotidianos do author de Werther. Nas horas rnatinaes elle mergulhava cora dflicias no llm cuja agua fascina- vu-o ; ella convidava-o com tanto sedtic- ção que mesmo á noite se banhava á luz da lua. Der Fischérmann o Poscador, uma das mais lindas bailadas allemaes, exprimo admirávelmeríte' este attractivo mystoriosó da agua e a vertigem do sor- yèdôuro. E' medonho e sombrio ; porém os mais doces encantos ahi se mostrão. Um pescador, sentado a beira d'agua, scisina acompanhando com olhar incerto os movimentos da linha. De súbito a agua agita-se, espuma, e uma bella mu- lher, abrilhantada por gottas sointillan- tes, surge do fundo do abysmo Ella canta, falia, as revelações que faz sobre os mysterios voluptuosas do seu império nquatieo, que o pescador treme, seu peito enche-se de amor, e abandonando-se com embria- guez â -,-vaga quo lambe-lhe os pós, acompanha a ondina e nunca mais parece. o tão singulares sfio ap- (Continua.)

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PiiSr I n I n A i Pi rn Pijjui ini i u uiiii i uu vxiJORNAL POLÍTICO, SCIENTIFICO, LITTERÂRfO E NOTICIOSO

MBLÍCA-SE TREZ VEZES POR SEMANA.a

ASSIGNATURA SEM SELLO.

Por um anno Hmcu,Por seis mezes • u&OOO

Por numero avulso 200 riíís. iiiliREDACTOR E PROPRIETÁRIO

üliip #*«ÍPCS í w*

ASSIGNATURA COM SELLO.Por uai anno 14SO00Por seis mezes 7&000

llntia 100 rs.. ao assicixantf. 80 rs.

AIN IVO V. VICTORIA, Í2T DE ABRIL DE 1875

ACTOS 0FFIC1AES.GOVERNO GERAL.

ministério dos negócios da guerra.Circular. — Ministério dos Negócios da Guerra.

-Rio de Janeiro 3 do Abril dc 1875.;-IIIm.«eFxm ° Sr. — O Art. 8.» do Regulamento nue bai-xou com o Decreto íí.» 5881 do 27 dc Fevereiro pro-ximo passado determina que no dia 1." de Agostode cada anno se proceda em Ioda» as parochia» doImpério ao alistamento dos cidadãos para o serviçouo Exercito c da Armada. B! portanto urgente queV Ex «recommende ao Juiz de Paz mais votadodécada parochia dessa província a fiel observânciado Art. 13 do mesmo IlígHlamonto, de forma que no"lia

i • de Julho próximo futuro, imprcterivel-incute, seiào ailixados em todas as parochias edi-taes nós termos do dito Art. 13, con vindo igual-Inònle que V.Ek.» offlcio às demais aulhoridades,( o Subdelegado c o Parocho) que compõem as Júri-tas dc alistamento em todas as parochias ( Art. 10,)cao Juiz dc Direito, Delegado de Policia c Presi-dente da Camara Municipal, que formão as Juntas«lc revisão em todas as cabeças de comarca (Art.2C. 1 declarando a cada uma dessas aulhoridadesque o Governo espera c confia dc sua dedicac.no ezelo pelo serviço publico, que as referidas Juntasestarão funecionando nas épochas marcadas no ci-lado Art. 8.- e nos Arts. 27 c 32 do Regulamento

V Fx.* providenciara para que os Inspectores dcQuarteirão remettàonodevido tempos ao Juizw.dePaz Presidentes das Juntas de alis tamonlo,as 1 islãsde, nue trata o paragraplio único do Art. 14, e bemassim ordenara as diversas aulhoridades Iocaes queprestem áquelles Presidentes as informaçoesqucporelles ferem exigidas na conformidade desse mesmo

Os livros mencionados nos Arts. 18 c -9.cctsformulários a que se rafere o § 1.; do art. 141^seraorcmcllidos opportunamente desta Corte, segundoos modelos que se estão organisando. ou seráV.Ex.'aulliorisado a mandar fazel-os abi nessaprovíncia,conforme os mesmos modelos,que entãolhe scráõ enviados. ,. f _

A ausência, por emquanto, de tae» livros c lor-mularios nào embaraça de modo algum que desdejà so vão fazendo nossa província os trabalhos pre*liminares indispensáveis para a exectiçae. do Ari.8.* do Regulamento na devida épocha ; e queV Ex • expeça suas ordens aos Juizes dc Paz maisvotados, como, acima ficou rccommendado, paraque cumpiào o disposto no Art. 13. Umon,A

Vão agora 90 exemnlares da Lei c Regulamentopara o serviço do recrutamento, os quaes V. l.x.«fará distribuir pelos membros das Juntas de alista-mento e rovisão. _

Finalmente, sendo o objecto do presente Aviso,que V. Ex.« nào se poupará a esforços e empregaratoda a sua solicitude para que nessa província aexecução da nova Lei do recrutamento tenha lugarsem o'emprcgo dos meios repressivos que a Lei es-tabelece. — Deus Guarde a V. Ex.» — João Josede Oliveira Junqueira. — Sr. Presidente de pro-vincia do Espirito Santo.

ministério dos negócios da agriculturacommercio e odr-vs pudlicas.

Circular. — N.1 10.— 1.' Secção. - DirectoriaCentral. - Rio dc Janeiro, Ministério dos Negocio*

da Agricultura. Commercio e Obras Publicas, em Cde Abril de 1875. — Ilim. e Exm.** Sr. — Tendo so-licitado do Ministério dos Negócios da Fazenda adistribuiçãodo fundo de emancipação pelas diver-sas províncias na proporção da respectiva popula-ção escrava, cumpre que V. Ex.» faça observar asdisposições dos Arts. 37 a 41 do Regulamentoapprovado pelo Decreto, n.* 5135 de 13 dc Novem-bro dc 1872, afim de que, verificando até 31 dc De-zembro do corrente anuo o valor de tantos escravosclassificados quantos poísào ser libertados pelaquota destinada a essa província, fiquem habilita-dos os Juizes dc Orphãos a desempenhar a obiiga-ção que lhes e cominetlidà no Art. 42 do citadoRegulamento, declarando livres similhantesescra-vose entregando-llies as cartas de liberdade.—Deus Guarde a V. Ex.' —José Fernandes da Cos-ta Pereira Júnior. — Sr. Presidente da provínciado Espirito Santo.

C0YF.R30 PROVINCIAL.EXPEDIENTE DO MEZ DE MARÇO DE 1875.

Dia 20.

í.* Secção.— Ao Dr. Chefe de Policia. —Ha-vendo o Dr. Juiz de Direito da comarca de SantaCruz me representado sobre a necessidade depreen-cherem-se os lugares de Supplentcsdo Delegado dePolicia d'aquclle termo, bem como «os de subdele-gado, porquanto o actual Delegado tendo soflridoem sua saude tem-se conservado no exercicio, pornâo ter aquempassarajurisdicçào : sirva-se V. S."de providenciar a respeito.

AoDr. Juiz do Direito da comarca de SantaCruz. — Em resposta ao oílicio que Vmc ine diri-gio em dala de J.2 do fluente mez, lhe declaro quellcào dadas as necessárias providencias no sentidodo mesmo oílicio.

Ao 1.* Juiz de Paz da parochia da Serra. •-Com o oílicio dos membros da Junta de Qualifica-çào de votantes dessa parochia, datado dc 23 domez ultimo, recebi as copias das actas dos traba-lhos da segunda reunião da mesma Junta, concer-nentes ao corrente anno, nâo havendo durante amesma reunião apparecido reclamação oudenun-cia alguma. Por esta oceasião declaro a Vmc.que nota-se nas referidas actas a falta dô assigna-tura dos membros da mencionada Junta, comoexigem os Arts. 21 e 24 da Lei Regulamentar daseleições, por cujo motivo lh'as devolvo, para sanar-sca mesma falta.

Ao 2.- Juizdc Paz da parochia do EspiritoSanlo. — Accuzando a recepção do oílicio dosmembros da Junta de Qualificação dc Votantesdessa parochia, datado de 20 do mez passado, a queacompanharão as copias das actas dos trabalhos dasegunda reunião da referida Junta, relativos ao cor-rente anno : cumpre que Vmc. informe a esta Pre-sidencia qual o escrivão que servio nos mesmostrabalhos, visto nào constar o nome delle das refe-ridas actas.

Ao 1.* Juiz de Paz da 'parochia dc Cariacica.— Inteirado pelo seu officio, dalado de 15 deste mezdos motivos que obslárào a installação da Junta deQualificação de Votantes dessa parochia : lenho adeclarar-lhe, que nesta data designei o dia 2 deMaio próximo vindouro para ter lugar a mesmainstallação, c reconimcndo-lhcque providencie demodo a que no dia aprasadose efíectue a dita reu-

nião, ohser*.ando-se os prazos previstos na legis-lação existente.

— Ao 2.» da Parochia de Carapina. — De possedo officio que em dala de 23 de Fevereiro ultimo,me dirigirão os membros da Juiila de Qualificaçãode Votantes dessa parochia. acompanhado das co-pias das actas dos trabalhos da segunda reuniãoda mesma Junta relativos ao corrente anno, re-commendo a Vmc, que haja de informar a eslaPresidência qual foi o escrivão, que servio nosmesmos trabalhos*, porquanto nota*se das referidasactas que forào ellas escriplas pelo mesario JoaoKomào Salermo Brandão, quando devia ser pelo es-crivào desse juízo na forma da lei.

2.« Secção. —Ao Inspector da Thesouraria deFazenda. —Mande V. S.« pagar, cm lermos, aosnegociantes Tagarro & Irmão a quantia de nov-mtae oito mil e seiscentos réis (DSÍfoOO,) importânciado fornecimento que lizerào nos mezes de Janeiroc Fevereiro últimos, de kerosene, torcidas, azeite,(io de algodão c maisobjcclos para escripluraçáo daenfermaria do Quartel da Companhia de Infanteria,como consta das inclusas contas, por 1." e2.-"vias, as quaes me forào apresentadas pelo Alferesencarregado do Armazém dc Deposito de Artigosbellicoscom otileio sobn.* 5, do 1C do corrente.

Communicou-se ao Alferes encarregado do Ar-mazem de Deposito de Artigos bellicos.

Ao mesmo. — Declarando-mc o Ministériodos Negócios da Agncullura> Commercio e ObrasPublicas cm Aviso sob n.- 5. de 6 do corrente, queFrancisco Leite de Freitas Guimarães, Ajudante doDireetor da Colônia de Santa Leopoldina, deve serpago na rasâo de'duzentos e cin coenta mil réis(250,1000) mensaes-, levando-se a despeza do cre-dito destribuido a esta província para a verba dog 15 Art. 8.- da vigente lei do Orçamento i assimo communico a V. S.1 para os Uns convenientes.

Communicoü-so ;.o Direetor da Colônia dc SantaLeopoldina.

Aomesmo.—Remetto a V. S.» as inclusascopias dos Avisos do Ministério dos Negócios daAgricultura, Commercio e Obras Publicas datadosde G e 9 do corrente sob n .0Í 26 a 28, mandando queaos cx-voluntarios da Pátria Alexandre José daSilva, Salviano Francisco Vieira Braga e ManoelRodrigues Xavier scjàú distribuídos na Colônia deSanta Leopoldina os lotes dc terras, aquélôémdireito na conformidade do Decreto ti.* 3,371 de"de Janeiro dc 18G5.

Coninninicou-sc ao Direetor da Colônia dc SantaLeopoldina.

Ao mesmo. - - Para a devida execução, romotloa V. 8." a inclusa copiado Aviso do Ministério dosNegócios da Agricultura, Commercio c Obras Pu-blieas datado de 13 do corrente, sob n.» 29, decla-rando que expedirão-se as necessárias ordens pnraque seja posta, á disposição d'esla Presidência alémdos créditos jà conhecidos, a quantia de quatorzecontos de réis (I4:000íi000,) r.tim ác ser especial-mente applicada á acquisiçào do terreno situado noPorlo do Cachoeiro, nos lermos do accordo a que amesma Presidência chegou com o Tenenle CoronelJosé Cláudio de Freitas.

-Ao Agente Official do Colonisarão dc ílapemi**rim. — Accusandõ o recebimento do seu clllcio da-tado de 16 do corrente mez. cm quo me communieahaver feito seguir para a Colônia tio Rio Nova oIndivíduo AndréasNicdmayerdc 51 annosde nade.o qual jà sd acha desde o dia 5, n'aquelle eslabe c-cimento, como lhe participara o respectivo Direetorem oílicio da mesma dala. agradeço a Vmc. o ira-

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NÜM. SO.

balho que acaba de prestar com a prompla con-duccàc do mesmo indivíduo á referida colônia.

Ao Engenheiro DeollndotJosô Vieira Maciel.— Declaratulo-nie o Ministério dos Negócios daAgricultura, Commercio e Obras Publicas em Avisodo 8do corrente, sol. n.° 27, A, que sendo cenve-nienle fazer cessar a venda do terras devoluUsentre os rios Novo e Jiicü, ètíiqüànlo nào foreminteiramenle descriminadas as linhas quo devemlimitar a colônia do Kio Novo - assim o communi-coaVtnc rccommcndándo-lhc o liei cumprimentodo determinado no cilado Aviso.

Ao Capitão do Porto. — Communico a Vmc.quo o Direetor Geral da Secretaria d'EsUdo dos Ne--rocios da Marinha deu-me seiencia cm officio de12 do corrrnle sob n."ü">3, qucá respectiva Inlcn-dencia participou haver, pelo paquete Paraná.enviado com destino a essa Repartição os cento evinlc lilrus de azeite doce requisitados para con-sumo do pharol da barra d'esta Capital

Div-22.1.* Secção. — Ao Inspector da Thesouraria Pro-

vincial. — Eili solução ao sen oílicio dc 28 de Ja-neiro ultimo, sob a'.- 45. solicitando providenciasno sentido de cessara despeza dos pensionistas omeios pensionistas do Atheneu Provincial c Colle-gio Nossa Senhora da Penha nesta Capital em tem-po de férias e bem assim do servente do referidoAlhencu : declaro a Vmc, que. tendo ouvido aclnspector Geral da Instrucção Publica e este aosdireclorcs dos mesmos estabelecimentos, prestarãoas informações que junto por copias, das quaes severifica que taes despezas nào sào pagas por essaRepartição no mesmo lempo, à excepção do sala-no do d'ilo servente pelas razões prestadas peloDireetor do referido Alheneu, Coronel Manoel Fer-reira de Paiva, com as quaes concordo. Por estaoceasião reconimendo a Vmc. que lenha o maicrescrúpulo nas rrpròschlaçdôs que dirigir à Presidencia contra funcionários públicos rie modo a nào-olícndcr a dignidade dos mesmos empregados.

Ao Bacharel Anaclelo José dos Santos. — A*.'-cuso recebido osenollicio com data de I) deste mez-parlicipanilo-ire havei' Vmc. nesse mesmo dia en-Irado no gozo da licença, que lhe concedi para Ira-tarde sua saude.

Ao Alferes iMigiiél Pereira do Nascimeno Ne-ves.— Ficointeirado, pêlo seu oílicio do i.' dòcorrente, dc haver Vine. no mesmo dia assumidoo exercicio pleno do cargo de Juiz Municipal c deOrphãos tio lertno da Serra, na qualidade dc sup-pipiíle do 1/ districtri; visto lh'o ler passado o res-pèctivò proprietário Bacharel João Francisco 1'oggide Figueiredo nor iiicuinniodos desande.

Ao Major João Antônio dc Oliveira. —Pelo seuníftelÒ datado de 9 .lo andanle mez, fico sciente déhaver Vmc no mosmo dia assumido o exerciciopleno (io cárgí) (ie ,!uiz Municipal o de Orphãos dòtermo deBenevenle, na qualidade de supplenle do4.-I districto, \ isio.liàver o Juiz, proprietário Ba-cliarel Anaclelo José dos Santos, entrado no gozoda licença que lho foi concedida pur esla Presiden-cia.

Communicou-sc ã Thesouraria dc Fazenda.Ao Tenente José Martins da Silva. — Peio seu

oflicio de io deste mez (ico inteirado de haver Vmc.nessa mesma data assumido o cargt.de Delegado doPolicia do termo de Santa Cruz. por haverem ces-sado os seus encommodos dc saude.

5." Secção — Ac Inspector da Thesouraria dc Fa-zenda. — Tendo, em dala de ;?¦ do corrente, se me

•gaataaa 'weammamBÊsm

(Continuação.)

Quando elle estava bem cançado, eusaltava do sellim, e nadava ao seu lado,puxando-o pela rédea, e animando-o coracarinhos.

Gaohava-mos a margem e eu voltavaa pé ; entoando uma canção cosaca con-versava eom o cavallo que acompanha-va-me, e recitava-lhe poesias Eu nuncascisraava.

Sorria á terra risonha, ao ar brando,aos aromas dos canamos e das urzes.

Na Ukrania, as magias do deserto nãoenfraquecem a alma, nem a alquebrflo.A paixão torna-se pelo contrario maisprofunda.

No campo romano o amor conduzia-me ao paiz dos sonhos. Sempre cançada,ia ao passo, parando.a cada instante paraouvir o canto das cigarras, ou a nota me-lancolica e monótona das ras.

LV.

X... partio de Roma no começo deAbril. Acompanhei-o.

Desejando tornar a ver a pátria daminha felicidade, fui, na véspera danossa partida, à. fonte de Trévi, e depoisdo assegurar-me que ninguém podia sertestemunha d'este acto supersticioso,lancei um punhado de ouro no tanque.Segundo os romanos, taes dons, feitos áagua de Trévi, tem a propriedade de fa-zer voltar a Roma quem parte d'estacidade.

X... ia aWeimar.A pequena cidade de Weimar é uma

d'essas capitães onde as meias do Sobe-rano seccao soltos as estacas das frontei-ras dos seus Estados,, e onde estes mes-mos Soberanos comem patriarchalmente

gansos assados com doce dc maçã á mezados seus subditos.

Porém alguns poetas vivera^ ahi.Quatro grandes espíritos ahi se tinhaoencontrado sob o reinado de Carlos Au-

gusto, o Médicis da Aliemanha.Hoje Weimar nao se oecupa senão de

musica, graças a X.*.. que ahi residiradez annos. Quando ordenou-se, promet-teu ao Grao-Dnquo passar trez mezes

por anno n'essa cidade.Weimar mais parece-se com um cara-

po do que com uma capital. Pouco mo-vimonto em suas ruas socegadas, poucobarulho nas casas de telhados pontudos.As arvores e a verdura a invadem por to-dos os lados. O jardim peiitstra na cidade,e é cortado pelo llm que serpôa por en-tre a relva e as sombras.

Foi no llm qne Goetho aprendera anadar, consternando os habitantes deWeimar, seus contemporâneos, que Ja-vavSo-se nUim copo d'agua, e só respi-

•ravaoâ vontade na densa atmosphera

produzida pela fumaça do tabaco e pelocheiro desagradável da lareira de ferro.

Lewes, ó hiographo inglez de Goe-the,- diz que só as geadas de Dezembrointerrompião os banhos quotidianos doauthor de Werther.

Nas horas rnatinaes elle mergulhavacora dflicias no llm cuja agua fascina-vu-o ; ella convidava-o com tanto sedtic-ção que mesmo á noite se banhava á luzda lua.

Der Fischérmann — o Poscador, —uma das mais lindas bailadas allemaes,exprimo admirávelmeríte' este attractivomystoriosó da agua e a vertigem do sor-yèdôuro.

E' medonho e sombrio ; porém os maisdoces encantos ahi se mostrão.

Um pescador, sentado a beira d'agua,scisina acompanhando com olhar incertoos movimentos da linha. De súbito aagua agita-se, espuma, e uma bella mu-lher, abrilhantada por gottas sointillan-tes, surge do fundo do abysmo

Ella canta, falia,as revelações que faz sobre os mysteriosvoluptuosas do seu império nquatieo,que o pescador treme, seu peito enche-sede amor, e abandonando-se com embria-guez â -,-vaga quo lambe-lhe os pós,acompanha a ondina e nunca maisparece.

o tão singulares sfio

ap-

(Continua.)

BãHBBKSSíaBfflKBranie^ ctmnym: WHM!»yjll^U«»i<IW,|l llllllilí || _|| |(|| || iTssT!:jg^r*^T;r3.T^i'2aE^'r-"--i^^'-*

apresentado o Hn gen beiro Agostinho dii Silva Oli- jveira e o seu Ajudante Engenheiro João Pinto da i mSilva, nomeados peloGoVerno Imperial em data de"ii> do mez passado, parajso encarrega rem dos me-llioraineutosdas estradas de que trata o Avlzo doMinistério dos Negócios d'Agriçultura, Commereio

Da de Santa Catharina, o Dr. Joãoíoinè da Silva.Declarou-se som effeito a Carta Impe-

rial de & ile Fevereiro ultimo, pela quale Obras Publicas daquolla data, sob n.- 18. assim-foi nomeado rresidente da província doo comtiuinico a V. S.J para seu conhecimento o. amazonas o Bacharel Adolpho Lamenhalins convenientes. | t •

Ao Juiz Municipal c dc Orphàos do termo j ,'desta Capital.— Enviando a Vmc. a inclusa copia | Forão nomeados Presidentes :rio Aviso Circular do Ministério rio-; Negócios da . r, ,.,ciierradatado do I3ri'este mez, em que traia da Da província do Pernambuco, o üa-falia de remessa do menores pam assentar praça no charol Joào Pedro Carvalho d d Moraes.deposito de Aprendizes Artilheiros, eomo a prin- ,-, , . ,. r, i,„„.,i \„in,-cipio acontecia: recommcndo-ihe a fiel obs.ervan- Da do Amazonas, o Bacharel Antomoria do determinado rio citado a riso, lendo-so;| des Passos Miranda,i: uiío em vista a robustez o idade dos mesmos mc- i r\n Anir2,,n,,u;nn n'R-irm-w-nl I?poí1onores, e.que sejao orpuãosldesvalidosòu quo forem ! Da ao ^ai-aniiao, O U.içli.i ei lVie.de-entreguei por seus páis:;Pu pretectoros.

i rico JòsóiüiiTdózÒ de Araújo Abrauches.Idêntico aosdemaioJuizes Ülunlcipásse dc Or-

pliãos dos termos da provincia,Ao Director ria Colônia de Santa Leopoldina.— Inteirado pelo seu oflicio datado dc l-i do cor-

rente, sol) n.' li?, de ter-se desenvolvido a variolaino lugar.dOnòmihado Santo Antonio nas immc-cliaçôçs dessa Colônia: lie declaro, que approvoas providencias, que por Vmc. forão tomadaspara obslar o seu contagio o maior desenvolvi-mento na mesma Coionia. >>"esta clala passo a dareohtãao Governo Imperial do Decorrido, solicitau-

O Bacharel Augusto Gurgel, do termola Laguna, na provincia de Santa Ca-

Seguio no vapor

Da do Rio-Grande do Norte, o Bacha-rei João Bernardo Galvão Alcanforad»Junior.

Da dc Alagoas, o Dr. João Thomé daSilva.

Da do Paraná, o Bacharel AdolphoLamenha Lins.

Da de Santa Catharina, o Dr João,lo-se rio mesmo que se marque a gratificação do I Capistrahò Bandeira de Mello Filho.medico Dr. Ernesto Mondo de Andradec Oliveira j lpelos trabalhos, dc queso acha encarregado. Ohdkm da RoSÁ. — Commendador : O

— Ao Revd. vigário da freguezia do Veado. - Em \ Vigário João Baptista Soares,resposta ao ollicio, quo V. Révdml mc dirigio cm I

Officiaes. — Oà cidadãos Antonio dnRocha Hollanda Cavalcanti, Manoel deBarros Wándcrley e Francisco Alexan

data de 30 ile-laneiro ultimo .-tenho a declarar-lheque ao conhecimento do Governo Gêráí submelto aconsulta conslantede seu citado oiíicio.

Pia 23'.irestarão, concorrendo para a construc-:ão do uma casa na villa de Barreiros,

Ire Dutra pelos relevantes serviços que1," Secção, Ao Pr. .lul;: de Direito da Comarca

de .Santa Cru/.. -- Havendo íi Câmara Municipal ciavilIadoNova-Almeida no ollicio por copia, repre-1 ni,nv;M(.;,, .],, p,.,.n...ni)n(V, ,...„ «frei-^asenladba esta Presidência sobre a conveniência de ln0N MU,i U0. f) flWUCCt> 4'c oli. eccser designado para sede dessa comarca aquelle ter-1 rão paira escola publica ; e o Conselheiromp. e nao o do Santa Cru.;, como so acha pela Ho-1 £)P- Theodoro Seheerer, subdito allemão,solução Presidencial rio 2a de. Fevereiro do anno . , , ,. , . . „ 'próximo passado: haja Vmc. de infórmar-mc com | p«?l.Q_s qne tem prestado a labnea de torrourgência a respeito, cm vista nào só do disposto noArt. 85 do Ucgulamenlo iv.* í,824 de 22 de Novem-bro dc 1871 como lambem du Decreto Geral juntopur copia.

— Ao Promotor Publico da comarca dc Itapemi-rim. — Pelo seu ollicio ile 8 dc Fevereiro ultimo,tico intcíráclo de haver Vmc. no mesmo dia proce-«lido á visita na cadeia dessa villa, Conformo a cor-tidào que por copia acompanhou o citado ollicio.

1)0 SECRETARIO UO GOVERNO.li* Secção. — Ao Inspector da Tliesouraria Pro-

vincial. — O Exm.• Sr. Vice-Presidente da proVincia manda cemmunicar a V' S.-> para sua Ih tel-ligcnciàç fins convenientes! que atendendo ao quelhe requereu o Dr., Manoel Goulart do Souza, Pro-fessor do Inglez do Atheneu Provincial, por des-i acho de iu do corrente mea cencedeu-líie licença;rjr trez mezes com ordenado para levar sua uni

ode S. João do Ipanema

Cavalkirq. — Cândido Caetano de Al-mrida lieis, pelos trabalhos artísticosque apresentou na actual exposição diiAcademia de Bellas-Artes.

Foi aposentado o Çòhego Joaquim Pi-res de Campos no emprego de Biblio-lhecario da Faculdade de Direito do lie-cife.

3VJ0ijiisteí*io da Justiça;Por Decreto de 10 do corrente mez forãoremovidos :

O Juiz de Direito Gcrvasio Campellolher ft.Cúrte aíl indo tratar de suasaudo; deixan- Pires Ferreira, da comarca de Ca xas,üo elle substituto na fôrma do Ari. làí do Regu- -1, q a - - , „ 'lamento da instrucoâo Publica dc 20 do Fevereiro 't!t: -'• en.tran.cia, na província do Mara-

dtharinaPartida.

Presidente, com deslino ú Curte o cVahi aS. Paulo o Sr. Dr. Rnyinuudo daMottadeAzevedo Corrêa, Chefe do Policia destaprovincia, que obtendo do governo trezmezes de licença, para tratar de sua saudeseguio com sua familia.

S. S.° foi acompanhado até a bardopor muito de seus amigos e as prineipaes

! natabilidades da Capital, que reconhe-I cem em tão distineto cavalheiro um ca-'.. raetor nobre, independente, o moderado! em todos os seus actos, ou sejfio públicosjou particulares.

Durante sua estada nesta provincia( 13 mezes, ) S. S." soube captar a ami-zade o sympaíliia de gregos e troyanos.

Deixa, pois, não poucos amigos, que osouberão apreciar por suas quali-dades.

IPolicia; — Parto das prizões ofactos dos dias lü, 20, 21; 22, 23 e 24de Abril de 1875.

Pela Delegacia : soltos Afranio Fer-reira de Paiva.

Francisco Alves Baptista, porembria-guez, Solto.

João, escravo do Joaquim José do Nas-cimento, por andar na rua depois das dezhoras. Solto.

Pela Subdelegacin : João, escravo deJoaquim Antonio de Sant'Anna, íi rc-quisição do mesmo.

Pela Delegacia : Manoel Francisco doNascimento, por embriaguez.

Ignacio Rodrigues dos Passos, por des-obedecerá patrulha.

Benedicto, escravo de Manoel AntonioVillas-Bòas, por andar na rua depois dasdez horas da noite.

Heliodoro, escravo de Daniel da CostaSarmento, ár requisição do mesmo.

Tela Delegacia : Soltos Manuel Fran-cisco do Nascimento, e Ignacio Rodri-gues dos Passos, o Benedicto, escravo deManoel Antonio Villàs-Bòas.

Pela Subdelegacia : Jusó Joaquim dosReis, por embriaguez. Solto.

de 1873.Communicou-se ao Inspector Geral da InstrucçãoPublica.

REQUERIMENTOS DESPACHADOS XO MEZDE ABRIL DE 1875.

Dia 21.1. 'Secção.— Ànléro Vieira dc Faria. (Já in-formado pela Tliesouraria de Fazenda. ) - InformeSi". Inspector da Tliesouraria Provincial.

Josó Joaquim do Almeida Ribeiro, Inspector daTliesouraria Provincial pedindo Ircz mezes de li-cenca. com vencimentos para tratar do sua saudefora da Capital. — Como requer.9t» Secção. _ Maria dos Prazeres da Ponha Ri-beiro. } —Já informado pela Tliesouraria Provin-eial. ) — Daferido, á vista da informação.João Henrique dc Carvalho c Mello, 1."Tenente Phnhvla Armada Nacional è Imperiai. commàndántò da! i ,x.4

nhão, para a de Aracaju, de 3.", na provincia de Sergipe.

O Juiz dc Direito Jcsé Manoel d¦¦ Frei-tas, da comnrea do Rosário, de l,a en-tran cia, para a de Caxias, de 2.", ambasna provincia tio Maranhão.

O.Juiz de Direito Antônio TeixeiraBelfort Roxo, fi pedido, da comarca deAmavaute, de 1.* ontrancíà, na provin-cia do Piauhy. para a do Rosário, dcigual èntrancia, na provincia do Mara-nhão.

O Juiz de Direito Raymundo Mendesdo Carvalho, a pedido, da comarca deSanta Philomena para a de Amarante,ambas de 1.' èntrancia, na provincia do

Z_B3H«KMEK33>fS3»3Z£3iC .-;•—•.¦• 3IS0K«1 -«B3U35Rm samBBmataanxi

T | rip rn p n A rn vt f) fiLil 1 UUA 1 üíiÂ.

Paris, 19 de Marco de 1875.

Í($LPt<§ %

Compánliià de.Aprcndizes Márihncirfincia, pedindo trez mezes de

rl-ocln oro- (3 Juiz de Direito José Mariano Ribei»..ncia, p.eainqo.irez.mezes de licença para remo- ro a oedido da comarca do Pn-citn«, Rnnqvor-secom sua família para esta Capital.-Como i ' "il1 moinai ca ue 1 a.,ios Donsn-quer, á vista da informação prestada pelo Gani- i Pai'a a da Barra da Corda, ambas de 1."tão dó Porto.

Felippe da Silva Pinto, Porteiro da Secretaria riaInstrucçào publica pedindo por Certidão o llieor dotermo de inspecção do saude, a que foi siibraêlücldi•—.Dô-sc a certidão requerida.José do Patrocínio GrijO, Professor Publico daescola do tina dc Santa Maria, dii freguezia dc Man-

Karaby pedindo sua aposentadoria, com os ven-iimentps quelüecompetir, — A.'Thosouraria Pro-incial paraos fins convenientes.Josó Marcellino Gaiato 00 Eftgènbeirp Alfredo

Q.uent pedindo que sa dò deslino a petição, quo di-vigem ao Governo imperial. — J)è-so"o conveni- iente destino.Manoel Ferreira dos Pasiós Cosia, pedindo rjue :.

se do o conveniente destino a pélicão (|iie dirige ao I•'..¦-•verno Imperial. — Dè-se o conveniente deslino. iXKiSüKí-rsrj-s

NOTICIÁRIO.]\íEinistor*io do

x*io. —Por despacho de .') e 10 dei corrente forào concedidas as exoneraçõesque pedirão dos cargos de Presidentes :

èntrancia, na provincia do Maranhão.O Juiz Municipal e de Orpliãos Anto-

nio Francisco de Souza Braga, a pedido,do termo de Maracás para o da Tapera,ambos na provincia da Bahia.

Fotüo iio.uondos Juizes de Direito :O Bacharel Elpidio José de Carvalho

e Souza, da comarca do Santa Philome-na, na provincia do Pinuhy.

O Bacharel Firmino de Souza Martins,da comarca de Paranag-uá, na mesma

I provincia.Ü Bacharel Cândido Emyg-dio Pereira

| Lobo, da comarca de Pastos Bons, naprovincia do Maranhão.

,t. Foi declarado sem effeito o Decreto delimpo- >J do Janeiro do corrente anno, que no-

meou o Bacharel Antônio de Souza Gou-vôa Filho para o lugar de Juiz Muniei-)al e de Orphãos do termo de Cabrobó¦ Da provincia de Pernambuco, Dosem- j na provincia de Pernambuco, por não

bargador Henrique Pereira de Lucena. j ter aceitado a nomeação.Da do Maranhão, o Bacharel Augusto I Forão nomeados Juizes Municipaes e¦ llympio Comes de Castro. dc Orphãos:Da do Rio-Grande do Norte, o Dr. I O Bacharel José Lucas dc Souza Ran-

João Gopistránb Bandeira d" Ar'-n- r?:lho.

Da de Alagoas, o Dr. João

e Mello Fi-1 gel, do termo de Pastos Bons, na provin-' cia do Maranhão.rieira de'aulo.Da de Sergipe, o Bacharel Antônio

uos Passos Miranda.Da do Paraná, o Bacharel Frederico

José Cardozo de Araújo Abrauches.

O Bacharel Miguel dos Anjos Barros,do termo do Cabrobó, na provincia doPernambuco.

O Bacharel Nicol/io Rodrigues da Cu-ilha Lima, úo termo de Santo Antão, namesma nrovincia.

ATRA VEZ m PAttIS.

StiMMAiuo. — As Farpas da Carochinha. — Omais velhüsco da volliuscaLulccia. — Cada rocatem seu fuso. — A mure fogo. — Um revvolverfalai.— Us òstatiiaiiòs nào coneliilào. — Umafillia sem entranhas. — 0 quocusla o frueto pro-hibido aos desdentados. — Engoiladoporculpasua. — Anlliropophago dc nova espécie. — Fi-norto financeiro. — Fólios do boulevard.As leituras que nãopassão todo o tem-

po a namorar, devem lembrar-se que,na minha ultima chronica, ocçupava-mo dos devaneios da Revd."?? Sr.a 1).Anua Cândida do Prado Alvim, que ti-vera o insigne privilegio dc deparar comvirgens 11 dedilharem harpas nas mar-gçtís do Sena.

Ora, ao lêr os jornaes do Brasil, cahicom os óculos sobre üm fragmento dasFarpas, transcripto pelo Rio Grandciise,c rclranscriplo pela Revista GabrieUríseque pareceu-me nssaz interesssnte....não pela graça das observações quoapresenta, mas sim pelos vôos phantas-ticos da imaginação dos authores. •—dois gemeòsinliòs, unidos provavelmentepola membrana umbelical, — que des-creverão a vida de Paris e de Londres,sem saturem d'um quarto de Lisboa-.

listes respeitáveis, direi mesmo vene-raveis moralistas, que tanto clamãocontra as toilellcs parisienses, acharãoengraçado dizer que — « os lugares dadosaos encontros matinaes das grandes se-uhoras, donas das casas mais ricas earistocráticas de Londres são os açou-gues. »

Admittamos a hypothese, visto serinadmissível a those

Um Lordinglez loucamente enamora-do d'uma Lady, depois de procural-a debalde por toda parte.... nos passeios pu-blicos, 110,3 salões dos embaixadores eministros, nos sarau?;, nos theatros.ele, etc, tem a felicidade do lançar os

olhos sobro as Farpas—- traducção iu-gleza,bem entendido — vai depressa per-correr todos os açougues londrino;;. E'11'um d'clles que encontra a bella ( oondo poderia vèl-a, sem ser ahi ? ) oceu-pada a debater o preço do seis costelle-tas de carneiro, e cPuma penca dc íiüva-dos de vitella.

Passou bem, Lord Marioiay ? —pergunta a senhora enxugando o sangue:que gottejava-llio da manga do vestido.

Não... responde elle.--O amôíque consagro-lhe nã) me deixa pre-gar olhos.

Então 11 senhora, não quer hoje 03miollos de que tanto gosta ? — pergun-tou o magarefe.

—» Não senhor... apanhei nltimamen-te uma indègéstãÓ endiabrada quo fez-movomitar as tripas.

A propósito de tripas, so desejarfazer bom mocotó^ tenho aqui frescas oboas.

Então não sento o coração palpitarquando me v.ê \ —¦ retorque Lord Mario-lay. — O incêndio que me abrazi asveias não lhe comniove '1?

Ha muito que minha alma sympa-ttiisa com a sua.... mostre-me astripasse são gordas, farei um bom potisco...esfregai-as-hei com limão... não temmão de vaca?

E' sua mão que desejo possuir...quando seu marido ftill.GCèu, eu disse :que fellicidade ! Poderei agora oeclararmeu amor, -sem offender o amigo quetanto prezei !

Espere que o luto se passe — res-ponde Lddy Peloliqueiraij, lanç.ando-lhc-um olhar de fogo e removendo o molhode tripas que o magarefe apresenta. —Tem cheiro de sovaco. e estão cheias deremolla.... que trabalho para limpal-as !Não... não.... já tenho bastante quecomer. Vamos embora Lord Marioiay.

—Espere minha senhora., compre-meeste vergalho de boi — volve o magarefe— é o ultimo que me resta de 14 que re-cebi ; vendi os outros á Princeza de Gal-los quo cedtu 6 á Rainha Victoria, suasogra.

Ora deixe-me com o seu vergalho,os que ino vendeu, não valião um figopodre... nüo me conte historias...

E dando o braço ao futuro esposo, saido açougue com um cesto cheio de carnea emporcalhar a sobrecasaca do infelizMarioiay.

Que bonito painel ! não é verdade ? Ecomo são deliciosos os costumes inven-tados pelos authores das Farpas I

Quando fallão de Paris, não deixão deser admiráveis....

cc A' porta dos palácios do bairro SaintGermain — dizem elies — sahião dctrens que valião .3,000 libras, senhorascom simples vestidos de 15 francos. »

As leitoras behev.olas mastigarão pro-valvemente esta salada, pois a ellas sedirigião os taes observadores phantasti-cos. Mas cu que só digo o que vejo,confessarei francamente que não á carrosdo valor do 75,000 francos, nem umaúnica senhora desse nobre bairro, cujocorpinhõ seintroduza cm vestidos de 15.francos.

Dizem mais adiante :« O estoiradinho ( petit crevó em

francez) é pequeno, magro, rachitice,anêmico. »

(( Tem os hombros estreitos, o peitoconcavo, os joelhos tortos.

te O pai d'elle sangrava-se duas vezespor anuo ; elle toma ferro duas vezespor dia.

« E' estúpido, é ignorante, é covarde,é feio. »

Não tendo a i uco 111 para vel felicidadede conhecer os authores das Farpas,ignoro se são robustos o sanguineos, sopossuem hombros de legna e meia, pei-tos de Hercubs e joelhos bem feitos, soos senhores seus papais tinhão heitiòr-roidas,cso elles expectorão ferro, emvez de tomal-o.

Não creio que sejão covardes, feios,ou estúpidos ; porém certíssimo estoude que são ignorantes, pois que fallãodo que nunca virão nem estudarão

O petit crevó parisiense, chamado hojegómmeux, é varias vezes ridículo notrajo ; não é forte c robusto como osveudelhões portuguezes, o tal exube-rancia de snúdo não agradaria ás fran-cezas, não se sangra, porém toma la-xantes ; c deixando o ferro para as mu-

é&

úmamam sss-rara^sarCTta^-ro^

lhéres, fortalece-se com bons vinhos deJhrdeaux, Dourgogne o Champagne.

Quantoá estupidez, ignorância, co-v.ardia o fealdado, suo moléstias de quoso achão carregados na mesma propor-ção os outros horiiens,

Acho inútil continuara mostrar osabsurdos d'e.-_sü livrinho qne tão iutores-santo parece aos Diroctores dos jornaes,quo, ignorando os costumes europeus,tem a ingenuidade de crer no que dizemos plUofeiros collaboradores das Farpas.

Como prova do contrario, citarei alongevidade do celebre pintor Waldeek,um dos mais soberbos mervjilleux quesempre viveu em Paris, fazendo poucomais ou menos o que fazei; hoje os seusdescendentes.

Esteirado ou não, o que lia de certo équeabrio os olhos em 1700, oito annosantes dn morto de Luiz XV, o fechou-osem 1875.

Outro tanto desejo aos portuguezes,quo só virão tortos e rachiticos em Paris.

Muitos operários abençoarão os gom-meux pelos serviços que ultimamenteprestarão, orgnninando uma festa debeneficência, cujo produeto serviu paradesempenhai- os instrumentos de traba-lho que jazião nos depósitos do Monte-Pio.

Machinas de costura, tornilhos, ein-zoio,.bigoruas, etc, etc, forão réslituí-dos gratuitamente aos pobres diabos ediabas que, com as — lagrimas nos olhos

a dôr no coração — os havião abando-nado para comprarem a subsistência deum dia, ou paraembebodarem-se duran-le unia noite.

Era extraordinária a concúrrenciaque se notava nos diversos escriptoriosdo Prego, e bem curiosa pareceu-meessa turba depennada o esfrangalhada avergar sob o peso dos mais singularesobjectos enferrujados que a vetusta in-dustria parisiense tem produzido.

Entretanto, d't.sse monttto pardacentoqunl céo nebuloso, destacavão-so algunsvultos impregnados de patchouli e pósde avvoz,

Um empregado dirigindo-se a umadas perfumarias ambulantes, pergunta :

Quaes são os instrumentos da se-nhora V

Um colchão e dois travesseiros.Taes objectos, replica elle, não se

achfio ine-lusos na lista.No entanto... — balbucia a Cocot-

le, c com elles que ganho a vida.Também ganhará a morte, mur-

mura uma velha bruxa de óculos verdes.Emquanto esta mísera creatura reela-

mava o que havia de mais indispensa-vel á sua industria, o fogo devorava a.sumptuosa mobília de Lasseny, uma dasmais interessantes sacerdotizasdo Amorvenal. .

A saber a noticia do incêndio da praçaVondòmo, fui ter com aliada peccadòraafim do obter noticias exatas d'essa per-dá iminousa.

Isto não vai a pena, disse-me èllà,ha muito tempo que estava enfastia-da d'esses moveis... bem satisfeita estoupor terem adivinhado o que pensava.

Sabem as leituras quanto custarão asinuurnerosas superíluidades reduzidas acinzas ? Quinhentos mil francos ! Umpau por um olho... Como vêem.

Foi ao meio-dia, que a fumaça, azulou negra, despertara desagradavelmen-te a dona da casa, inlroduziudo-se pelassuas roscas ventas, emquanto ella sp-nhava com myriadas de brilhantes o es-meraldas á resvalarem sobre seu collo' ala bas t ri n o.

Em simples camisa de cambraia, saltoua bella da cama, o desceu as escadasmais veloz que um veado, abandonandotrez caesinhos de regaço que mais ado-ravadoque se fossem seus próprios filhos-

Quando chegarão as bombas, as laba-redas já tinhão perpetrado crimes de lesabelleza no soberbo aposento, e á muitoque os innocentes quadrúpedes tinhãodeixado de pensar na papa de leite que acriada servia-lhes pela manhã.

Durante duas horas cahira a ."gua nofoco do incêndio, conseguindo apenasimpedir que os outros andares fossem vi*ctimas do mesmo desastre. Quanto aosobjectos que pertencião à Lasseny, forãotodos calcinados.

Como amostra, direi quo havia n'essoninho um peutcadòr bordado com ren-das do Malims do valor de viuto mil

francos, por dozo a.quinze mil fran-cos de'pelles felpudas, o trinta vesti-dos dos quaes o mais inferior valia 2,000francos pele menos.

Não fallo das camisas do renda, doslonçoes tão finos quo passarião pela cir-ciunfercncia d'um annel, nom dos mo-veis, cujo preço pareceria phantastico eincrível ás honradas consortes dos hon-rados negociantes do Bra5.il.

Quem passava uma noite n'éssa alcô-va deslumbrante, podia dizer que tinhavisto o que havia dé mais primoroso nojardim da prostituição parisiense.

Tudo m-a perftimuso, macio, avelluda-do e delicado ; a atinosphera d'esse am-biente excitava as paixõessonsuaes, ine-briando o olfacto, e a vista so espraia-va com delicioso prazer sobre o luxo re-qüíntaclo que realçava os encantos dacaridosa rapariga.

Em poucas horas, o fogo destruiu osfrutos do amor, sem conseguir purificai-os, visto obrigar a victima a trabalharcom mais afincado ardor para ganharoutros, ou a suicidar-se.

Julgo porém, não estar resolvida aservir-se do segundo remédio, posto queseja o mais efficaz para obter-se o necjilus ultra da felicidade que pôde alme-jar um peito humano.

Se tal fosse o seu intento, far-lhe-hiapresente d'um mimoso e innocente re-wplver que ultimamente comprei nasala Drouot, por causa da curiosissimabiographia do objecto.

Trinta e cinco francos custou-mo otrasiesiuho, que já teve a honra de mau-dar cinco pessoas chuparem cyprestespelas raizes. Talvez complete eu a meiadúzia, quem sabe ?... Se não fosse tãophilosopho ....

A primeira victima do meu compa-nheiro de quarto foi a Sra. JeanneMarsy, que suicidara-se, por ter-lhe sidoinfiel o amante.

Qu ¦ idéa! Exterminar-se por tãopouco ! Ií parece quo era linda, qualburra do millionario.

Quem vio gatas, gallinhas, peruasou cadellas engolirem balas para des-truirem o amor '¦

_ Prova isto.., — vou dizer uma here-sia...qno os irracionaes são mais ra-cionaes do que os suppostos racionács.

Porém vamos á historia... Seis mezesdepois, tendo esbanjado toda sua fortu-na, Mareei Dulas, o author da morte(Téssa infeliz, servia-se da arma parao mesmo fim.

O iwolver fora entregue ao sobri-nho (Peste ultimo, que descartara-se d'cl-le immediatamente, vendendo-o a umadelo, chamado Julien Eauvel, que ma-tou-se, em 1807, no campo de Marte.

Um soldado, recheado de idéas ne-gras, passa por ahi o descobre o cada-ver ainda quente — que pepineira ! —diz elle, o admiuistrando-se no peitoum tiro dc primeira qualidade, vai ser-vir de parceiro a Eauvel [tara a famosapartida das belas pretas.Eoi esta arma a única herança da mu-lher do adelo que a cedeu a um artistade talento que suicidou-se, ha dois mo-zes apenas.

D'ello obtive a lista dos serviços pres-tados pelo instrumento que devia ser-lhe fatal um dia.

Uma paixão desenfreada causara amorte medonha (Peste estatuario cujasobras tinhão sido expostas com as detrinta c seis artistas que gozão de gran-de fama em toda a Europa.

Notei que algumas d'estas estatuasrepresentavão brilhantemente a gloriada França artística.

As mais encantadoras erão : A Pri-mavera da Sra. Bertax ; la Margueritede Boisseau ; o Eslio de Carpeaux ; oAmor desarmado de Carricr-Belleuse ;jíatkmoiselle Lili do Falguiòrü ; Os bonsAmigos de Gaulherin, a Agar de Gau-thier ; a Mènade dc Valette ; o Pastor,a Fonte, o Amor castigado de Truphine ;a Estudiosa de Moreau, o uma serie dedeliciosas crianças dc. Sanzel.

A esta exposição suecedera um leilão,de maneira quo os artistas venderão suasobras directaménte, sem intervenção dosparasitas, quo as compravão por preçosinsignificantes ou encarrega vão-se davenda, mediantecummissues exorbitamtes.

rewolver erão intituladas Amor e Üeoe-peão,

_ Um inglez ,nmimaíou-ns, no primeirodia do leilão, por 20,000 francos, co-brindo todos os lances que fazião 0:;amigos do finado.

Esta somma poderá assegurar os moi-os de existência d'uina pobre velha, suaama de leite, quo o suicida prezavacomo se fosse sua mãi.

Infelizmente, tão excellentes seijtuhen-tos não residem ern todos os coraçõeshumanos.

O processo que teve lugar ultimamen-te, uo Tribunal Civel, provou que o luxoo a opuleucia nem sempre são o a paria*-gio das almas nobres.

A viuva Briant, velha e enferma re-clamava a sua íilha Izabelle, celebre ra-malheteira do Jockey-Clnb, a módica jsomma de 730 francos por anuo, isto é2 míseros francos por dia.

Ora, é precizo notar-se quo Izabellojpossue dois prédios ; a mobília do seuaposento é rica e sumptuosa ; ella ga-nha 10,000 francos annuaes no Jockey-Club, e Pothschikl compra-lhe, todos os Iannos, por 00,000 francos de flores.

Apezar de tudo isto, a indigna crea-tura recusava soecorrer a mulher quelhe dera o sêr ; mas o tribunal condem-nou-a a pagar uma mczada de 50 fran- jcos, e os sócios do Jockey-Club despe-dirão-na immediatamente, de sorte quea fera foi castigada como merecia.

Dizendo o advogado de Iz-jboíle queofferecèra easa e comida a sua mãi. querecusara a òffertâ, o advogado d'estaultima respondera:—Recusou, o comrazão, porque a Sra. Briant é mu-lher honesta que prefere a pobreza, por |mais terrível que seja, ao luxo mal ad-querido. .

Toma isto pelas bitaculas, ramalhetei-'ra de minha alma !

Quem poderá crer que a desengon-çaaa vendia por 20 francos um rama-lhôte de violetas, que custava 2 soldosjem toda parte ! Até onde irá a imbecil- jlidade dos homens !-....

Um outro processo que tem causadogrande escândalo é o do Marquez e daMarqueza de Laportc-aux-Loups, rela-tivo ao desquite dos dois personaghs.

E- um casal adorável! O marido quersop.var-sc porque o calida Marquezacanivetou o contracto conjugai, serviu-do-sé de tudo o que pôde empolgar : —um Visconde, um Darão, o Professor deseu filho, e dizem mesmo que um criadodo hotel lambem se introduziu na brin-cadeira.

E' inútil ecerescentar que ella negatudo isso, allirmando que sempre foivictima do marido, iucOrrigivel jogadore debochado coruscante ; também elleabsorvia todos os bocados que vinhão em-polcirar-se á ponta do garfo : — Lorcllesde primo carlello e criadas da casa.

Eis uma carta original que . Mar-queza encontrou nos papeis do marido cque foi lida em plena audiência :

— « Crè o senhor que cu teria a te-licede receber um homem por causa dosseus bellos olhos? São illusOos que naose conserva na sua idade ; quanto amim, asseguro-lhe que as despezas daminha casa não perinittem entradas degraça.

«" Smulo velho, feio e desdentado, nãovejo de que maneira exagero os meusdireitos, reclamando-lhe 50 luizes. —Penso ser, pelo contrario, muito bôa ra-pariga, todavia, minha bondade não vaiaté a tolice, é pois justiça que reclame oquo nào roubei, aílirmando-lhe desde jáque não tornarei a começar pelo mesmopreço.

«'Quanto ao mais, caro senhor,quandoal<niom se apresenta em casa d'uma mu-lher que paga aluguel de 100 francospor dia, não se deve admirar quo no fimde oito dias, ella peça 50 luizes ; porconseguinte dou-lhe o conselho de me-cher na algibeira.

« Não quero concluir, sem dizer-lheque a carta que escreveu-me é uma pro-va de sandice e mau gosto. »

« Berthò de Roqueman. »A seguinte foi endereçada por elle á

mulher que o suprehendòraem ilugrautodelicto com uma criada :

« Cara Emilia. »«c hY favor não despedires, immedia-

taiucnte esta mulher... E' verdade queAs estatuas do derradeiro possessor do (commetti uma falta; porém, tú deves

sat».ww«-_TO_^^ |J>! .u. iiiffi-ffl

perdoar a pobro creatura que eUvei alúmim. Querida Emilia, teu coração táonobro dovo saber olvidar! O próprioDeus disso no Padre nosso:—perdoai-nos as nossas oífensas. »

Declarando o tribunal que ambos erãoculpados; pronunciou a separação, or-denando que % guarda do filhofé de tãomimosos o interessantes pombinhos fos-se conf.ada a um membro da familia doMarquez.

Na cidade de Tom- começarão os de-bales (piiin processo de espécie diversa,cujos elementos poderião constituir omais phantastico rontáhcè; mesmo depoisdo Rocarnbolç o outras historias dos--cabelladas.

Eis o facto principal. -O Sr. Vis-condo de Finse pedio ao tribunal, quêprnnúciasse um interdicto contra .sua,mãi que devorava toda a fortuna comuma caterva de per.ütas que introduziano castello.

Victima da nymphomoivia, a nobroViscondessa hão podia v.ôr hoíifétri oumacaco sem namòral-o, offerecondojah-tares, dando bailes, o mesmo fornecendoo orçamento ria vários b.oiiifrates quea b u s a v ã o d a s f e r v u r as d a y ei ha.

Todos approvarão o denunciante, que,com razão, pretendia pôr um termo á.iloucuras maternaes.

Porém elle o sons amigos não pensa-vão no desenlance da historia,que, comotive a honra de anaunciurj é um verda-deiro romance.

A Viscondessa de Finse respondeuune não deria contas a pèssòri algumalvisto ser viuva é não ter filhos; quantoao rapaz que lho havia instaurado umprocesso, não era filho do seu finadomarido, nem seu.

Vehdp-sò sem prog-euitura alguns nn-nos depois do casamento, e julgandoque o nascimento de um íilho teria o domdo reconciliai-o com a sua familia,que re-provara tão discordante união, (a Vis-còndessa linha sido parteira,) o fallo-cido Visconde, entendera-se com uma mu-lher do Paris, que rometteü-lliè umacriança que foi educada e sempre viveuno castello como filho legitimo da fa-milia Finse.

« Tudo isso não prova, como diz oadvogado da denunciada, que o süppos-to Visconde de Finse tenha o direito deimpor leis á Viscondessa. >.

O tribunal ainda nada decidio, bemquo hajão provas evidentes das asser-çdésnymphoinániacas.

E' natural que os juizes deseja o obteros mais minuciosos esclarecimentos emquestão de tamanha [gravidade. Certo éque o rapaz perderá o nome e a fortunaque tom,'se houverem provas irrefuta-veis da sua illegitimidade. Será poisreduzido na idade de 30 annos a passarde legitimo para engoitado. — Transi-ção que não pode deixar de scr-lhe sum-mamehte desagradável.

Visto estar embrenhado na horrívelo-rüta dos processos, vou narrar um quevem de longe, do norte da África fera oeslranlia.

Eltladj ben Zerouki, ancião cobertade cãs, iii phyâionomia venerável, eBem At tia Bel Hadj, sou filho, compa-recerão perante o Conselho de guerrad'Üran.

Estes dois a.rabés tinhão d ''golado Kad-dour boi Jamina, porque elle era amantede Koira, mulher dp primeiro o mãi dosegundo réo.

Havia muito tempo que Hadj benZerouki notara que sua mulher era ama-sia de Ivacldour; ao entrar uma noitena sua tenda encontrando um lilho ador-mecido, exprobrou--o, por não ter vigia-do a casa habitada por sua mãi, e orde-nou-lhe que o' acompanhasse a ditacasa.

Alli acharão Kaddour deitado ao ladode Koira.

A mulher levantou-se e fugio. _Os doisárabes, armados de facas, arrojarão-secontra' kaddour. O filho esfaqueou-lhea parte superior do corpo, e o pai arras-taudo-o para fura do quarto, deu-lheuma facada no ventre. Ao chegarem aopatéo, notando que Kaddour tentava le-vautar-se, Ben Attia degolou-o.

Na audiência, a mulher culpado pa-rece acabrunhada sob peso da vergo-nha, ao passo qne os reos se mostrãoaltivos o sòbranceiros.

Ben Attia exclama ; « Dizem quo per-

4V-IA.VK

petrei um crime, degolando Kaddnur,que importa ! Tinha séde de vingança,porque a honra do meu pai tinha sidoultrajada; desejava cortar a carne d'essehomem, cosinhal-a e comel-a depois. »

Que tal o mngano ! Bonitas idéas ti-nha no casco;! O petisco porém não te-ria sido famoso.

Apezar d'essa falta demasiadamenteenérgica, os réos forão absolvidos.

Passo a assumpto mais prazenteiro :Ha algum tempo um riquíssimo finan-

ceiro, bem conhecido por sua avareza,o pelo desejo desmerecido de fazer fallardos seus saraus e fjstas artísticas, foiter comum cantur de nomeada, para per-guntar-lhe, porque preço cantaria n'umconcerto musical que ofierecia á flor .daaristhoc rocia

Mil francos, respondo o artista.E' erro, rotorque o financeiro.E' o preço que dão-me o Príncipe dc

Ti...., o Conde I...., e nunca recebi umceitii ao menos.

Depois de regatear debalde, o finan-ceiro promettc a somma reclamada, e

•o artista vai cantar, e é applaudido comfrenético euthusiasmo pelos circuns-tantes.

Finda a festa, ha'cêa lauta, e logoque os convidados começão a partir, odono da casa, remette algumas cédulasao cantor, diaendc-lhe :

Conte para vêr se são bem os 980francos.

Ah ! exclama o artista com sorprezapensava que erão mil francos....

Sem duvida, responde o financeiro,porém deduzi o preço da sua cêa.

Pialogo entre um pintor e um com-prador econômico.

Dou-lhe 4,000 francos pelo, qua-dro ; isto é magnífico para um pintorque ainda vive.

Dará 500 francos de mais, pois tussoha alguns dias.

Umn actriz das Variedades zan-gou-se recentemente com o Directordeste theatro, que queria obrigai a arepresentar uma das estatuas que todosadmirão na Revista a vapor.

Fazer uma estatua I' exclamavaella com indignação. Eu não me dis-po por tão pouco !

Rogo ás leitoras prestem attenção aosseguintes versos:S'amour? Valse adeux Icnips qu'on a tortdcpresserPremier lemps: S'cnlacer; second.lcmps: S'e»lasscr

A. d'Oliveira Cosia.

A PEDIDOS.

IMPOSSÍVEIS RA VICTORIA.Sr.'Rédacior. —- Nao fui tão infe-

liz como muitos, que, ao darem aoprelo as suas inspirações ficão per-didas no lapso de tempo quo inter-medeia entro a leitura do artigo e osomno da noite, que faz esquecer asidéas enunciadas no antecedente dia.Não fui, como disse, dos mais caipo-ras: alguma cousa servirão os meusimpossíveis, e se em tudo não fuiatten dido, ao menos resta-me a con-solação do ter obtido alguma cousa.Contudo, irei por diante.

Eis ainda alguns impossíveis :Terem os vapores escalores para

trazer em terra e levarem a bordo ospassageiros, como é de obrigaçãoem todos os portos de embarque odesembarque, c para o que temverba.

Concluir-se as obras da ermidado Nossa Senhora da Penha.

Fazer-se o restante da obra docemitério publico da Capital.

A casa da Instrucção Publicaconcluir-se para nào se perder o quejá so acha feito.

A Capitania do Porto, ( espéciede arsenal,) não estar assim a modode perdieiro, pois está a cahir o asparedes osboroadas.

A navegação da bahia da. Capitalser uma realidade, assim como anavegação directa para a Europa.

Ooncertarem-so aimmensidade decasas da cidade que se aclião dete-íiíoradas, e nos terrenos devolut.os

se construírem casas, pois que, cia-ma-se por falta do local para cons-trucções.

Calçar-se muitos lugares que es-tão até hojo sem esse melhora-mento.

Tratar de empregar-so ns mullie-res vadias, que vagão pela cidadecom taboleirinhos de doce.

Não se vêr nas ruas os transeuntesacossados pelos cães que nellas va-gão, a ponto de muitos serem mor-dido s.

O Fiscal, velar pelas posturas; aPolicia, para que não se dêem crimes ;os Padres, que sejão mais religiosoe caridosos ; as Repartições fiscaes,mais activas; a Hygiene publica,mais zelosa ; e o publico, mais sen-sato cm coadjuvar os interessescom muns.

J....

ii sumo.Não é por falta do dinheiro que

não se faz a festa de S. Benedicto,nem tambem pouca vontade dos ir-mãos c sim devido somente a Fr.Dolphino.

A malagueta.

ii X immNo Espirito Santenser)." 49 de 24

deste mez appareceu um escriptor,bom nogento, intitulado Um boálo, eque o seu author com a bocea suja,sem se lembrar do passado, procuracom a mão oceulta offcnder a quemnão o offende. Se o indivíduo de na-riz disforme, pansudo, e de boquilhaafim da tiver oceasião de encontrar oescriptor de tal artigo,incommodandoo socego publico, sem se lembrar quese deve respeitar a lei, c as authori-dades, sem a menor duvida irá tomarfresco na sombra, por que é lugarpróprio para se agasalhar os insul-tantes e provocadores da ordem pu-blica.

Delírio tremem insipientes.

COMMUNICAÇÕES.

Pela Secretaria do governo daprovincia do Espirito-Santo se fazpublico, que, achando-se vagos osofficios do Partidores, Contador cDestribuidor do termo de SantaCruz, croados pela Lei Provincialn.° 24 de 14 de Novembro do annopassado, forão postos a concursopelo Dr- Juiz Municipal e de Or-phãos do mesmo termo, conforme oedital do theor seguinte:

Copia. — «O Dr. Josó Gonçalvesda Rocha, Juiz Municipal e de Or-phãos dos termos reunidos de NovaAlmeida e Santa Cruz, por S. M.Imperial, queDeus Guarde, etc, etc.Faço saber a todos a quem interes-sar possa, quo em conformidade daLei Provincial n.° 24 de 14 de No-vembro de 1874, que creou aestetorrao do Santa Cruz os officios dePartidores, Contador e Distribuidor,do Juizo Municipal e de Orphãos domesmo termo, pelo que e de confor-midade cora o Decreto n.° 817 de30 de Agosto de 1851, mandei pas-sar o presente edital com o prasode 60 dias, pelo qual, convida-soaos pretendentes aos referidos offi-cios a apresentarem seus requeri-mentos no referido prazo ; devendoas petições serem devidamente ins-truidas de documentos na forma doArt. 1-4 do citado Decreto. E paraquo chegue a noticia a todos mandeinão só passar o presente, oomo outrode igual theor que seráõ affixados

nos lugares mais públicos o do cos-turno : ura nesta villa, outro na deNova Almeida. Dado e passado nes-ta villa do Santa Cruz, aos 13 dcAbril do 1875. — Eu Francisco dasChagas Vieira Pinto, Escrivão o su-bscrivi. —José Gonçalves da Bocha.Conforme, o Escrivão Francisco dasChagas Vieira Pinto. »,

Os pretendentes devoras apresen-tar suas petições ao referido JuizMunicipal dentro do prazo de 60 diasmarcado no edital supra, ou ao Ex.00Sr. Vice-Presidente desta provincia,na conformidade do Art. 13 do De-creto n.° 817 de 30 do Agosto de1851.

Secretariado Governo do Espirito-Santo, em 24 dc Abril do 1875.

Servindo de Secretario. O Offi-cial-Maior:

Manoel Corrêa de Lirio.

(3-1)

Pela Secretaria do governo daprovincia do Espirito-Santo se fazpublico, que, achando-se vagos osofficios de Tabcllião do publico judi-ciai o notas e Escrivão de orphãos oausentes do termo dc Santa Cmz,creados pela Lei Provincial n.° 15 de14 de Novembro do anno passado,forão postos a concurso pelo Dr.Juiz Municipal o de Orphãos domesmo termo, conforme o edital dotheor seguinte :

Copia. — « O Dr. José Gonçalvesda Rocha, Juiz Municipal c do Or-phãos dos termos reunidos de NovaAlmeida e Santa Cruz, por S. M.Imperial, que Deus Guarde, etc, etcFaço saber a todos a quem interes-sar'possa, que em conformidade daLei Provincial n.' 15 de U de No-vembro dc 1874, que creou nestavilla mais um officio do Tabelliãopublico judicial o notas, compre-hendendo o de Orphãos e ausentes emais annexos civeis e crimes, peloque, nos termos do Decreto n.° 817de 30 do Agosto de 1851, mandeipassar o presente edital com o prazode GO dias.pcloqual, convida-so aospretendentes aos referidos officios aapresentarem seus requerimentos noreferido prazo ; devendo as petiçõesserem devidamente instruídas dedocumentos na forma do Art. 14 docitado Decreto. E para que chegueao conhecimento do todos mandeipassar o presente edital c outro deigual theor, que seráõ affixados noslugares mais públicos, o do costu-me, um nesta villa, c outro na deNova Almeida. Dado e passado nes-ta villa de Santa Cruz, aos 13 deAbril de 1875. — Eu Francisco dasChagas Vieira Pinto, Escrivão que osubscrivi. —José Gonçalves da Bocha.Está conforme, o Escrivão Franciscodas Chagas Vieira Pinto.

Os pretendentes deveráõ apresen-tar suas petições ao referido JuizMunicipal dentro do prazo de 60 diasmarcado no edital supra, ou ao Ex.ra0Sr. Vice-Presidente desta provincia,ua conformidade do Art. 13 do De-creto n.° 817 de 30 de Agosto de1851.

Secretaria do Governo do Espirito-Santo, em 24 do Abril de 1875.

Servindo do Secretario. O Offi-cial-Maior:

Manoel Corrêa de Lirio»

(3-1)

ANNUNCIOS.

217' Loteria das Casas do Caridadeda provincia do Rio do Janeiro, oqual fica cm poder do annuncianto.

LOTERIA N.» «m.O resto destes bilhetes vonde-so

na loja de fazendas á rua Duque dcCaxias n.° 46.

Miguel Batalha Bibeiro.

naVende-se um piano por cbmüiodò preçorua do Conde d'Eu 11.11.

(2-1)

MELPOMSHE,ínla—feira 29 do corrente, haverá

espectaculo, indo «1 scena o drama emdois actos intitulado,

saaaaaou

VINTE ANNOS DEPOISTerminara o espectaculo com a co-

media cm um acto intitulada.UM MARIDO «UE Ê VICTIMA DAS MODAS

Secretaria da Melpomcne, em 26 deil dc 1875.

0 Secretario.Joaquim Corrêa dc Lirio.

Miguel Batalha Ribeiro comproupor conta das filhas da Exm." Sra.D. Laura Josephina Nogueira daGama o bilhete inteiro n.° 1736 da

MOVIMENTO DO PORTO.DIA 21 DE ABRIL DE 1875.

ENTRADAS.

Caravòllas o Mucury. — Paquete a vapor Piiesí-dente ;228 tons; comm. Francisco Casavec-chi ; equip. 28; carga vários gêneros. Eni tran-sito 8 passageiro e 5 escravos a entregar.

dia 25.

Pesca. — Lancha S. Pedro ; m. Daniel da SilvaLino; equip. 12.

T)lA 26.Idem. — Lancha Nossa Senhora da Penha ; m.

Manoel Subtil da Encarnação ; equip. 11.SAHIDAS.

dia 21.

Pesca. — Lancha S. Benedicto ; m. FranciscoCorroa Teixeira; equip. 8.

Idem. — Lancha Nova Amisade ; ra. BonifácioGomes Pereira ; equip. 9.

Idem. — Lancha Cathauina ; m. Antônio AlvesCoelho ; equip. 10.

dia 22.Idem. — Lancha Viu Maria ; tn. Alexandre Pe-

reira Martins; equip. 9.Rio de Janeiro com escala por Itapemirim.—

Vapor Presidente. — Passageiros para o Rio :Dr. Manoel Goulart de Souza, sua mulher D.Porcina Rodrigues Pereira Goulart, um íilhomenor, uma criada de nome Maria e uma es-crava de nome Rosa, pertencente a João Fran-cisco Pinto Ribeiro ; João Antônio Pessoa Ju-nior, José Ferraz, Alexandre Noberlo da Costa,sua mulher D. Quiteria Aleixo da Costa e duascriadas do nomes Josepha e Maria ; FranciscoAntônio Josó Pereira, I). Julia Francisca PiresGuimarães, Dr. Raymundo da Motta do Aze-vedo Corrêa, sua mulher D. Antônio Cândidada Motta, trez filhos menores o duas escravasde nomes Mariana e Pureza ; Eugênio de Oli-veira, Manoel Pinto Aleixo, João da MattaPinto Aleixo e José Francisco Gonçalves, bra-sileiros; Otto Ewald, allemão; Roberto Au-gusto d'Almeida e Joaquim dc Novaes Campos,porluguezes. — Passageiros para o Itapemirim :Francisco Martins d'Azambuja Meirelles, Cus-todio Teixeira Maia c sous escravos Honorio cJorge; Antônio d-AIméida Coelho e seu íilhoAntouio d'Almeida Coelho Junior e AntônioBorges de Alhayde, brasileiros. Em transitoos mesmos passageiros que trouxe do noite.

dia 23.

S. Matheus. — Lancha Deus é Grande ; m. Joãodos Santos Virgens; equip. 6 ; carga lastro.

Pesca. — Lancha Pensanentò Feliz ; m. Fran-cisco dc llarros Pereira ; equip. 10. — Passa-gciros: Joào dc Leal Jesus, Antônio José daSilva c Belarmino da Silva Pereira, brasileiros.

dia 25.

Rio de Janeiro. — Patacho Oliveira ; 112 tons;m. José Pilta Ferreira ; equip. 8 ; carga va-rios gêneros. ________________________________,

TvrocRAPiiiA do « Esrmno Santense»