intervozes aula telecom 11 set 2015
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INTERVOZES Cole/vo Brasil de Comunicação Social
Telecomunicações no Brasil
11 de setembro de 2015
Flávia Lefèvre Guimarães [email protected]
http://www.wirelessbrasil.org/flavia_lefevre/blog_01.html
BREVE HISTÓRICO DAS TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL h#p://www.mc.gov.br/acoes-‐e-‐programas/redes-‐digitais-‐da-‐cidadania/44-‐historia-‐das-‐comunicacoes/
22463-‐historia-‐da-‐telefonia 1877 - D. Pedro II ordena a a instalação de linhas telefônicas interligando o Palácio do Quinta da Boa Vista às residências dos seus Ministros. Isso aconteceu em 1877, através dos serviços de montagem da “Western and Brazilian Telegraph”, que inaugurava efetivamente a telefonia no Brasil. Naquele mesmo ano, o sucesso do telefone já despertara o interesse do comércio e da indústria. A firma Rodd & Chaves determinara a ligação de sua sede na atual rua do Ouvidor ao quartel do Corpo de Bombeiros. Foram instaladas várias linhas telefônicas, a pedido do Ministro de Estado dos Negócios da Agricultura, para ligar o Ministério às repartições da Corte. 1881 - Concessão à “Telephone Company do Brasil”, através do Decreto nº 8065, de 17 de abril de 1881, a permissão “para fazer negócio de construir e fazer trabalhar linhas telephonicas da cidade do Rio de Janeiro e seus subúrbios e na cidade de Nictheroy”. 1882 - Através do Decreto nº 8.453-A, foram estabelecidas as bases para a concessão e linhas telefônicas no País. 1883 - Instituído um Regulamento para concessão de linhas telefônicas pelo Decreto nº 8.935. 1890 - Outorgada concessão para implantação da primeira linha telefônica interurbana no País, entre Rio de Janeiro e São Paulo, ficando autorizado o concessionário, a empresa alemã Brasilianische Elektricitats Gesellschaft, a instalar centrais telefônicas nas cidades terminais. Em 1912, essa empresa foi incorporada no Canadá à Brazilian Traction Light & Power. 11 de janeiro de 1923 - A subsidiária brasileira da Brazilian Traction Light and Power (canadense) passou a denominar-se Companhia Telephonica Brasileira (CTB).
BREVE HISTÓRICO DAS TELECOMUNICAÇÕES 27 de maio de 1931 - O presidente da República, Getúlio Vargas, assina o Decreto nº. 20.047, único
instrumento legal, ao lado do Decreto no. 21.111, de 1 de março de 1931, que o regulamentou até a criação do Código Brasileiro de Telecomunicações. 1962 - Neste ano, o país contava com pouco mais de 1 milhão de telefones para uma população de mais de 70 milhões de habitantes. Mais de 900 concessionárias de serviços telefônicos operavam no país.
27 de agosto de 1962 - Editada a Lei 4.117, o Código Brasileiro de Telecomunicações, de 27 de
agosto de 1962. Esta lei possibilitou a criação do sistema Nacional de Telecomunicações, ATRIBUIU
À UNIÃO A COMPETÊNCIA PARA EXPLORAR DIRETAMENTE OS SERVIÇOS, REGULAMENTOU O ARTIGO
151 DA CONSTITUIÇÃO DE 1946, QUE TRATAVA DAS TARIFAS, AUTORIZOU O PODER EXECUTIVO A
CRIAR UMA EMPRESA PÚBLICA PARA EXPLORAR OS SERVIÇOS, DEFINIU UMA FONTE DE RECURSOS
(O FUNDO NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES - FNT) PARA IMPLANTAÇÃO DOS MEIOS
NECESSÁRIOS À EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS - a partir de uma sobretarifa de 30% sobre as tarifas dos
serviços públicos de telecomunicações - e “definiu o relacionamento entre o poder concedente e o
concessionário no campo das telecomunicações”. Em seu artigo 42, autorizou o poder executivo a
criar uma empresa para explorar os serviços de telecomunicações, batizada de Empresa Brasileira
de Telecomunicações - Embratel.
BREVE HISTÓRICO DAS TELECOMUNICAÇÕES
16 de setembro de 1965 - Criada a Empresa Brasileira de Teleconunicações (Embratel), iniciando o
processo de modernização das telecomunicações e constituição do Fundo Nacional de
Telecomunicações - FNT, que era formado por uma tarifa cobrada em todos os serviços de
telecomunicações.
20 de fevereiro de 1967 - O Decreto-Lei nº 200 criou o Ministério das Comunicações, exclusivo para
promover o seu desenvolvimento.
11 de agosto de 1972 - A Lei 5.792 foi criou a Telebrás (Telecomunicações Brasileiras S/A)
constituída em 09/11/1972. Holding de um SISTEMA DESTINADO, ENTRE OUTRAS ATIVIDADES, A
COORDENAR TODO O DESENVOLVIMENTO DAS TELECOMUNICAÇÕES NO PAÍS, SOBRETUDO DOS
SERVIÇOS LOCAIS, ENTÃO CAÓTICOS E CARENTES DE INVESTIMENTOS MUITO MAIS PESADOS QUE OS
INVESTIDOS NA INFRA-ESTRUTURA DE LONGA DISTÂNCIA. A TELEBRÁS VEIO, PORTANTO,
PREENCHER ESSA LACUNA COM A FLEXIBILIDADE DE UMA ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL PRIVADA,
QUE IMPLEMENTASSE A POLÍTICA GERAL DE TELECOMUNICAÇÕES ESTABELECIDA PELO MINISTÉRIO
DAS COMUNICAÇÕES. A PRIMEIRA GRANDE TAREFA DA TELEBRÁS FOI A INCORPORAÇÃO DAS
OPERADORAS LOCAIS E DESTA AÇÃO RESULTOU O SISTEMA TELEBRÁS (STB), CONSTITUÍDO DE 22
SUBSIDIÁRIAS E 4 ASSOCIADAS.
BREVE HISTÓRICO DAS TELECOMUNICAÇÕES
Os serviços telefônicos, telegráficos, de transmissão de dados e demais serviços públicos de telecomunicações eram explorados, em regime de monopólio estatal pela Telebrás, sociedade de economia mista, criada pela Lei 5.792, de 11 de julho de 1972. Em 1974 a Telebrás foi levada a condição de "CONCESSIONÁRIA GERAL PARA A EXPLORAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE TELECOMUNICAÇÕES, EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL" PELO DECRETO 74.379/74. O DECRETO AINDA AUTORIZAVA QUE A TELEBRÁS DELEGASSE CONCESSÃO PARA A EXPLORAÇÃO PARCIAL DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE TELECOMUNICAÇÕES ÀS EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS QUE, POR SUA VEZ, TAMBÉM ERAM SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. A aplicação da Lei 5.792 e do decreto 74.379, resultou em um conglomerado estatal, do qual a Telebrás era a "holding", que era composto de 27 subsidiárias que exploravam serviços de telecomunicações (voz e dados) em âmbito estadual e em uma subsidiária, a Embratel, que explorava os serviços públicos de transmissão de dados em âmbito nacional e internacional e também atuava como operadora da rede de troncos de longa distância e dos satélites Brasilsat. Por ocasião da criação da Telebrás, a totalidade dos ativos da Embratel que havia sido financiada por recursos públicos, assim como a quase totalidade dos recursos da nova "holding" das telecomunicações era proveniente do Fundo Nacional de Telecomunicações. E AINDA, TODOS OS ATIVOS ESSENCIAIS PARA A PRESTAÇÃO CONTÍNUA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE TELECOMUNICAÇÕES PELAS RECÉM-CRIADAS SUBSIDIÁRIAS TELEBRÁS, TAIS COMO CENTRAIS TELEFÔNICAS, CABOS, EQUIPAMENTOS DE TRANSMISSÃO, OS IMÓVEIS ONDE ESTAVAM INSTALADOS TAIS EQUIPAMENTOS, DUTOS SUBTERRÂNEOS, POSTES E SATÉLITES TAMBÉM FORAM FINANCIADOS POR RECURSOS PÚBLICOS OU POR CONTRATOS DE PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA (PLANOS DE EXPANSÃO), CONSTITUINDO-SE, PORTANTO, EM BENS PÚBLICOS DE USO ESPECIAL, COMPLETAMENTE AFETADOS À PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE TELECOMUNICAÇÕES.
REFORMA DO ESTADO
A partir dos anos 1990, iniciou-se a construção de um novo marco regulatório
com o objetivo de promover a Reforma do Estado. Foi nesse contexto que surgiu
o Programa Nacional de Desestatização instituído por meio da Lei 8.031, de 12
de abril de 1990, durante o Governo Collor, alterada posteriormente pela Lei
9.491, de 9 de setembro de 1997, a fim de implementar as medidas necessárias
para a retirada do Estado do setor produtivo.
Sendo assim, a Constituição Federal sofreu emendas para respaldar as novas
políticas públicas voltadas para a privatização, assim como as Constituições
Estaduais.
TELECOMUNICAÇÕES – ATRIBUIÇÃO DA UNIÃO FEDERAL Cons@tuição Federal de 1988 – art. 21, inc. XI Redação original: XI -‐ explorar, diretamente ou mediante concessão a empresa sob controle acionário estatal, os serviços telefônicos, telegráficos, de transmissão de dados e demais serviços públicos de telecomunicações, assegurada a prestação de serviços de informações por en@dades de direito privado através de rede pública de telecomunicações explorada pela União; Emenda 8, de 15 de agosto de 1995: XI -‐ explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos ins@tucionais;
BREVE HISTÓRICO DAS TELECOMUNICAÇÕES Decreto 2.546, de 14 de abril de 1998
Aprova o modelo de reestruturação e desestatização das empresas federais de telecomunicações supervisionadas pelo Ministério das Comunicações. Art. 3º A reestruturação societária das empresas federais de telecomunicações dar-se-á mediante cisão parcial da Telecomunicações Brasileiras S. A - TELEBRÁS, que fica autorizada a constituir doze empresas que a sucederão como controladora: I - das seguintes empresas atuantes na Região I do Plano Geral de Outorgas: a) Telecomunicações do Rio de Janeiro S.A.- TELERJ; b) Telecomunicações de Minas Gerais S.A. - TELEMIG; c) Telecomunicações do Espírito Santo S.A - TELEST; d) Telecomunicações da Bahia S.A - TELEBAHIA; e) Telecomunicações de Sergipe S.A - TELERGIPE; f) Telecomunicações de Alagoas S.A. - TELASA; g) Telecomunicações de Pernambuco S.A. - TELPE; h) Telecomunicações da Paraíba S.A. - TELPA; i) Telecomunicações do Rio Grande do Norte S.A.- TELERN; j) Telecomunicações do Ceará S.A. - TELECEARÁ; l) Telecomunicações do Piauí S.A. - TELEPISA; m) Telecomunicações do Maranhão S.A. - TELMA; n) Telecomunicações do Pará S.A. - TELEPARÁ; o) Telecomunicações do Amapá S.A. - TELEAMAPÁ; p) Telecomunicações do Amazonas S.A. - TELAMAZON; e q) Telecomunicações de Roraima S.A. - TELAIMA;
BREVE HISTÓRICO DAS TELECOMUNICAÇÕES
Tendo em vista a decisão de cisão parcial da Telebrás para criar 12 empresas para serem privatizadas e que seriam controladoras das empresas locais de telecomunicações, nos termos do art. 3º, do Decreto 2.546/1998, a Lei Geral de Telecomunicações – 9.472, de 16 de julho de 1997, determinou no art. 207, o seguinte: “Art. 207. No prazo máximo de sessenta dias a contar da publicação desta Lei, as atuais prestadoras do serviço telefônico fixo comutado destinado ao uso do público em geral, inclusive as referidas no art. 187 desta Lei, bem como do serviço dos troncos e suas conexões internacionais, deverão pleitear a celebração de contrato de concessão, que será efetivada em até vinte e quatro meses a contar da publicação desta Lei. § 1º A concessão, cujo objeto será determinado em função do plano geral de outorgas, será feita a título gratuito, com termo final fixado para o dia 31 de dezembro de 2005, assegurado o direito à prorrogação única por vinte anos, a título oneroso, desde que observado o disposto no Título II do Livro III desta Lei”.
BREVE HISTÓRICO DAS TELECOMUNICAÇÕES
Sendo assim, em junho de 1998, foram assinados os contratos de concessão correspondentes ao Serviço de Telefonia Fixa Comutada – STFC, único serviço prestado no regime público, nos termos do art. 64, da LGT, sendo que, em 29 de julho do mesmo ano deu-se o leilão para transferência do controle acionário das concessionárias até então integrantes da administração pública indireta. Vencido o prazo contratual previsto no § 1º, do art. 207 e certificado pela ANATEL o cumprimento das metas de universalização e continuidade, em 22 de dezembro de 2005, os contratos de concessão foram prorrogados por mais vinte anos, com seus termos previstos para dezembro de 2025, sendo que, de acordo com a lei, não haverá prorrogação.
Retrospec/va – Inves/mentos em Telecomunicações 1995 – Programa de Recuperação e Ampliação do Sistema de Telecomunicações e do Sistema Postal Documento editado pelo Ministério das Comunicações que já indicava a necessidade de fortes inves@mentos em infraestrutura de comunicação de dados de alta capacidade, capaz de suportar as novas demandas da “Sociedade da Informação”. Dados a respeito do PASTE: Prof. Márcio Wholers Inves@mento e Priva@zação das Telecomunicações no Brasil: dois vetores da mesma estratégia
Retrospec/va – Inves/mentos em Telecomunicações
Retrospec/va – Inves/mentos em Telecomunicações
Retrospec/va – Inves/mentos em Telecomunicações
O Modelo definido com a Lei Geral de Telecomunicações Serviços prestados em regime público e privado Art. 62. Quanto à abrangência dos interesses a que atendem, os serviços de telecomunicações classificam-‐se em serviços de interesse cole@vo e serviços de interesse restrito. Parágrafo único. Os serviços de interesse restrito estarão sujeitos aos condicionamentos necessários para que sua exploração não prejudique o interesse cole@vo. Art. 63. Quanto ao regime jurídico de sua prestação, os serviços de telecomunicações classificam-‐se em públicos e privados. Parágrafo único. Serviço de telecomunicações em regime publico é prestado mediante concessão ou permissão, com atribuição a sua prestadora de obrigações de universalização e de con@nuidade. Art. 64. Comportarão prestação no regime público as modalidades de serviço de telecomunicações de interesse cole@vo, cuja existência, universalização e con@nuidade a própria União comprometa-‐se a assegurar. Parágrafo único. Incluem-‐se neste caso as diversas modalidades do serviço telefônico fixo comutado, de qualquer âmbito, des@nado ao uso do público em geral.
O Modelo definido com a Lei Geral de Telecomunicações Serviços prestados em regime público Caracterís@cas do serviço prestado em regime público: 1. Obrigações de universalização 2. Cobrança por tarifa – valores regulados 3. Reversibilidade dos bens vinculados à concessão -‐ (art. 102, da LGT) 4. Garan@a de equilíbrio econômico financeiro da concessão 5. Inves@mentos públicos – FUST – Lei 9.998/2000
O Modelo definido com a Lei Geral de Telecomunicações Serviços prestados em regime privado “Art. 126 A exploração de serviço de telecomunicações no regime privado será baseada nos princípios cons@tucionais da a@vidade econômica. Art. 127 A disciplina da exploração dos serviços no regime privado terá por obje@vo viabilizar o cumprimento das leis, em especial das rela@vas às telecomunicações, à ordem econômica e aos direitos dos consumidores, des/nando-‐se a garan/r: I -‐ a diversidade de serviços, o incremento de sua oferta e sua qualidade; II -‐ a compe/ção livre, ampla e justa; III -‐ o respeito aos direitos dos usuários; IV -‐ a convivência entre as modalidades de serviço e entre prestadoras em regime privado e público, observada a prevalência do interesse público; V -‐ o equilíbrio das relações entre prestadoras e usuários dos serviços; VI -‐ a isonomia de tratamento às prestadoras; VII -‐ o uso eficiente do espectro de radiofrequências; VIII -‐ O CUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DO SERVIÇO DE INTERESSE COLETIVO, BEM COMO DOS ENCARGOS DELA DECORRENTES; IX -‐ o desenvolvimento tecnológico e industrial do setor; X -‐ a permanente fiscalização.
O Modelo definido com a Lei Geral de Telecomunicações Serviços prestados em regime privado Art. 145. A implantação e o funcionamento de redes de telecomunicações des@nadas a dar suporte à prestação de serviços de interesse cole@vo, no regime público ou privado, observarão o disposto neste Título. Parágrafo único. As redes de telecomunicações des@nadas à prestação de serviço em regime privado poderão ser dispensadas do disposto no caput, no todo ou em parte, na forma da regulamentação expedida pela Agência. Art. 146. As redes serão organizadas como vias integradas de Livre Circulação, nos termos seguintes: I -‐ é obrigatória a interconexão entre as redes, na forma da regulamentação; II -‐ deverá ser assegurada a operação integrada das redes, em âmbito nacional e internacional; III -‐ o direito de propriedade sobre as redes é condicionado pelo dever de cumprimento de sua função social. Parágrafo único. Interconexão é a ligação entre redes de telecomunicações funcionalmente comparveis, de modo que os usuários de serviços de uma das redes possam comunicar-‐se com usuários de serviços de outra ou acessar serviços nela disponíveis.
O Modelo definido com a Lei Geral de Telecomunicações Serviços prestados em regime público e privado Art. 65. Cada modalidade de serviço será des@nada à prestação: I -‐ exclusivamente no regime público; II -‐ exclusivamente no regime privado; ou III -‐ concomitantemente nos regimes público e privado. § 1º Não serão deixadas à exploração apenas em regime privado as modalidades de serviço de interesse cole@vo que, sendo essenciais, estejam sujeitas a deveres de universalização. § 2º A exclusividade ou concomitância a que se refere o caput poderá ocorrer em âmbito nacional, regional, local ou em áreas determinadas. Art. 66. Quando um serviço for, ao mesmo tempo, explorado nos regimes público e privado, serão adotadas medidas que impeçam a inviabilidade econômica de sua prestação no regime público.
PROCESSO LEGISLATIVO – LEI GERAL DE TELECOMUNICAÇÕES Lei Geral de Telecomunicações Projeto de lei: Lei 9.472/97 -‐ LGT
METAS DE UNIVERSALIZAÇÃO Plano Geral de Metas de Universalização – associado aos contratos de concessão STFC – art. 64, LGT – regime público Decreto 2.592, de 15 de maio de 1998 Obrigação de ofertar acessos individuais instalados até 31 dez 2005, em todas as localidades com mais de 300 habitantes
Obrigação de a par@r de 31 de dezembro de 2005, garan@r que a densidade de Telefones de Uso Público deverá ser igual ou superior a 8,0 TUP/1000 habitantes e a relação percentual de Telefones de Uso Público pelo total de Acessos Instalados, igual ou superior a três por cento;
METAS DE UNIVERSALIZAÇÃO Plano Geral de Metas de Universalização – associado aos contratos de concessão STFC – art. 64, LGT – regime público Decreto 4.769, de 27 de junho de 2003 Obrigação de a par@r de 1º de janeiro de 2006, densidade de 6,0 TUPs por 1000 hab.
METAS DE UNIVERSALIZAÇÃO Plano Geral de Metas de Universalização – associado aos contratos de concessão STFC – art. 64, LGT – regime público Decreto 6.424, de abril de 2008 Metas para implementação de infraestrutura para conexão em banda larga – backhaul Decreto 7.512, de 30 de junho de 2011 -‐ Obrigação de a par@r de julho de 2011, densidade de 4,0 TUPs por 1000 hab. -‐ Oferta de AICE aos inscritos no Bolsa Família (menos de 30 mil contratados até hoje) -‐ Alusão a regulamentação que fixaria metas de acessos individuais em áreas rurais.
DISTORÇÕES DO MODELO Ausência de atuação regulatória do Ministério das Comunicações e ANATEL para es/mular inves/mentos que atendam a demanda crescente por redes de alta capacidade Desrespeito aos termos do Decreto 4.733, de 10 de junho de 2003
-‐ Ausência de modelo de custos; -‐ Ausência de tarifas e preços de atacado e varejo fixadas pelo
custo;
DISTORÇÕES DO MODELO Desrespeito ao Decreto 7.175, de 12 de maio de 2010 -‐ Ausência de inves@mentos na Telebrás;
-‐ Ausência de criação de rede priva@va de comunicação para a administração pública federal;
-‐ Ausência de apoio aos telecentros, e outros programas de inclusão digital, como o Banda Larga nas Escolas, Floresta Digital, Navega Pará, entre outros;
-‐ Ausência de medidas para garan@r a oferta de infraestrutura e serviços de comunicação de dados nas localidades que não despertem o interesse econômico das empresas;
-‐ Implantação de infraestrutura realizada de acordo com o interesse econômico das empresas; áreas rurais atendidas de forma insuficiente, assim como regiões mais pobres e periferias dos grandes centros.
DISTORÇÕES DO MODELO Decreto 6.424, de abril de 2008 (PGMU 2.5) Troca de PSTs por metas para implementação de infraestrutura para conexão em banda larga – backhaul Art. 3º, inc. XIV -‐ Backhaul é a infra-‐estrutura de rede de suporte do STFC para conexão em banda larga, interligando as redes de acesso ao backbone da operadora).
DISTORÇÕES DO MODELO Desequilíbrio Econômico Financeiro dos Contratos do STFC Subsídio Cruzado entre modalidades de Serviços. Segundo Informe da ANATEL, 80% da receita proveniente da exploração do STFC, foi inves@da em infraestrutura de suporte a serviços prestados em regime privado, contra disposição do art. 103, § 2º, da LGT. 5 -‐ Saldo da Troca de Metas. Segundo Informes da ANATEL UNACE/UNAC 330/2010 e 331/2010 – R$ 1.152.567.592,48 em 2010.
DISTORÇÕES DO MODELO Desequilíbrio Econômico Financeiro dos Contratos do STFC 6 – Edição da Lei 12.485/2011 – Alteração do art. 86, da LGT: Art. 38. O art. 86 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 86. A concessão somente poderá ser outorgada a empresa cons@tuída segundo as leis brasileiras, com sede e administração no País, criada para explorar exclusivamente serviços de telecomunicações. Parágrafo único. Os critérios e condições para a prestação de outros serviços de telecomunicações diretamente pela concessionária obedecerão, entre outros, aos seguintes princípios, de acordo com regulamentação da Anatel: I -‐ garan@a dos interesses dos usuários, nos mecanismos de reajuste e revisão das tarifas, mediante o compar@lhamento dos ganhos econômicos advindos da racionalização decorrente da prestação de outros serviços de telecomunicações, ou ainda mediante a transferência integral dos ganhos econômicos que não decorram da eficiência ou inicia@va empresarial, observados os termos dos §§ 2º e 3º do art. 108 desta Lei; II -‐ atuação do poder público para propiciar a livre, ampla e justa compe@ção, reprimidas as infrações da ordem econômica, nos termos do art. 6º desta Lei; III -‐ existência de mecanismos que assegurem o adequado controle público no que tange aos bens reversíveis.” (NR) § 1º A concessionária do STFC poderá solicitar, a qualquer tempo, a adequação do contrato de concessão às disposições deste ar@go. § 2º A Anatel deverá adotar as medidas necessárias para o tratamento da solicitação de que trata o § 1º e pronunciar-‐se sobre ela em até 90 (noventa) dias do seu recebimento, cabendo à Anatel, se for o caso, promover as alterações necessárias ao contrato de concessão, considerando-‐se os critérios e condições previstos no parágrafo único do art. 86 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997.
ANATEL e Ministério das Comunicações têm atuado de modo a deses/mular novos inves/mentos. A) Celebração em 30 de junho de 2011 entre União e as concessionárias definindo parâmetros para ofertas no mercado de atacado e varejo, com velocidade de 1Mbps estars@co para download e 128 Kbps estars@co para upload, ao preço mensal máximo de R$ 35,00 com tributos. Trata-‐se de planos com franquias pífias e sem garan@a de qualidade do provimento. B) Alteração do Regulamento do SCM, permi@ndo que as empresas reduzam sem limites a velocidade do provimento, sempre que o consumidor esgotar a franquia de dados – Resolução 614/2013. De acordo com a UIT só se considera banda larga o provimento com velocidade mínima a par@r de 2 Mbps.
ANATEL e Ministério das Comunicações têm atuado de modo a deses/mular novos inves/mentos. Matéria publicada no Valor Econômico de 8 de outubro de 2013 (estudos Inter B. Consultoria Internacional de Negócios):
ANATEL e Ministério das Comunicações têm atuado de modo a deses/mular novos inves/mentos.
Folha de São Paulo 06 de outubro de 2013
Insuficiência de infraestrutura Com vista grossa do governo, empresas de telefonia boicotam PNBL por Rodrigo Gomes -‐ 04.09.2013 h#p://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2013/09/empresas-‐de-‐telefonia-‐boicotam-‐plano-‐nacional-‐de-‐banda-‐larga-‐6758.html Reportagem com gravações de ligações com os call centers das empresas
Insuficiência de infraestrutura
Insuficiência de infraestrutura Convergência Digital -‐ 14.08.2013 Se as operadoras de telecom deixam claro que o foco é a oferta de banda larga móvel para a con/nuidade do Plano Nacional de Banda larga, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – braço execu/vo do Comitê Gestor da Internet – e a Telebras, que foi reestruturada para atuar na oferta de atacado, ressaltam que o inves/mento na rede fixa é fundamental para o bom desempenho, inclusive das conexões sem fio. “Quando a gente começa a olhar o Brasil, a gente vê vários buracos onde dificilmente vai ter Internet, ou seja, não tem condições de atender a não ser com redes móveis. Mas onde tem concentração, quer dizer, nas cidades, precisa de Internet fixa a ser instalada nas residências”, sustenta o diretor de Projetos Especiais e de Desenvolvimento do NIC.br, Milton Kashiwakura. Como lembra o presidente da Telebras, Caio Bonilha, o acesso móvel depende do suporte da rede fixa. “O uso pessoal da banda larga pode ser encarado com mobilidade, mas tem aplicações que o móvel não comporta. Não adianta ter um sistema móvel instalado sem um backhaul adequado. E em muitas cidades do Brasil o gargalo é que ainda tem backhaul de voz, de cobre. O futuro está é na fibra óp/ca.”
Recursos para novos inves/mentos: FUST – A Lei 9.998/2000, viabiliza o financiamento de obrigações de universalização. BENS REVERSÍVEIS – valor es@mado por estudos da ANATEL: R$ 108 bilhões, incluindo rede de transporte – R$ 7,6 bilhões e rede de acesso – R$ 64,2 bilhões. Proposta apresentada pela Campanha Banda Larga é um Direito Seu www.campanhabandalarga.org.br Par@ndo da premissa que a infraestrutura instalada com recursos públicos estará subme@da a regras efe@vas de compar@lhamento e fixação de preço pela disponibilidade, a fim de garan@r isonomia.
h#p://olhardigital.uol.com.br/no@cia/alemanha-‐promete-‐internet-‐de-‐50-‐mbps-‐a-‐todos-‐os-‐cidadaos/51125 O Ministério de Transportes e Infraestrutura Digital da Alemanha anunciou uma ideia ambiciosa que prevê disponibilizar internet de pelo menos 50 Mbps a todos os cidadãos do país até 2018. Alexander Dobrindt, responsável pela pasta, prometeu inves@r € 2,7 bilhões para viabilizar o projeto. O principal foco é estender o acesso a locais onde as companhias não demonstram interesse de inves@r, mas as comunidades também terão de fazer algum esforço para que isso dê certo. O projeto atuará de três formas. Em uma delas, as comunidades fecharão as lacunas deixadas pelas empresas; noutra, elas ficarão responsáveis por fornecer infraestrutura passiva (como cabos de fibra óp@ca), que depois poderá ser alugada às empresas. O úl@mo modelo prevê uma mistura dos dois primeiros. O governo federal contribuirá com até 50% dos gastos, sendo que os Estados podem financiar outros 40%. Os 10% finais ficam com as comunidades. Caso o plano funcione, dentro de três anos a Alemanha terá conexão mínima d e z v e z e s s u p e r i o r à m é d i a m u n d i a l , q u e , de acordo com o úl@mo relatório State of the Internet, é de apenas 5 Mbps. Atualmente, cerca de 70% das famílias locais já contam com uma conexão dessa velocidade.
OBRIGADA!