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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 1 BRASIL TELECOM S.A. Relatório da Administração 2004

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 1

BRASIL TELECOM S.A.

Relatório da Administração

2004

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 2

Conjuntura Econômica.................................................................................................. 5 O Setor de Telecomunicações ....................................................................................... 5 O Ambiente Regulatório ............................................................................................... 6 O Grupo ........................................................................................................................ 7 Brasil Telecom S.A........................................................................................................ 7 BrT Serviços de Internet S.A. ....................................................................................... 8 Grupo BrT Cabos Submarinos ....................................................................................... 8 MetroRED ..................................................................................................................... 9 Vant.............................................................................................................................. 9 iBest ............................................................................................................................. 9 iG................................................................................................................................ 10 Brasil Telecom GSM .................................................................................................... 10

Produtos e Serviços ................................................................................................. 10 Promoção de Lançamento........................................................................................ 11 Lojas Próprias – One Stop Shop............................................................................... 11 Pontos de Venda...................................................................................................... 11 Roaming .................................................................................................................. 11

Fatores de Risco ......................................................................................................... 11 Risco Regulatório..................................................................................................... 11 Risco de Mercado..................................................................................................... 12 Risco da Competição................................................................................................ 12 Risco Financeiro ...................................................................................................... 12 Risco Operacional .................................................................................................... 13

Competição................................................................................................................. 13 Serviço Fixo Local .................................................................................................... 13 Serviço Fixo Longa Distância Nacional..................................................................... 13 Comunicação de Dados ............................................................................................ 14 Serviços de Telefonia Móvel..................................................................................... 14

Prioridades Estratégicas............................................................................................. 14 Rede ........................................................................................................................... 15

Metas de Universalização......................................................................................... 16 Metas de Qualidade ................................................................................................. 16

Tecnologia da Informação (TI)................................................................................... 20 O Lançamento da Brasil Telecom GSM ..................................................................... 20 Faturamento Convergente ....................................................................................... 21 CRM - Customer Relationship Management (Gestão de Relacionamento com o Cliente).................................................................................................................... 21 Aprovisionamento (Provision) ................................................................................. 21 BI - Business Intelligence (Inteligência do Negócio)............................................... 22 Garantia da Qualidade de Serviços .......................................................................... 22 Garantia da Receita ................................................................................................. 22 Conciliação e Batimento de Arquivo......................................................................... 23 SOC (Security Operation Center) – Segurança de TI e Rede .................................... 23

Marketing ................................................................................................................... 23 Mercado Residencial e Empreendedor ..................................................................... 23 Mercado Empresarial ............................................................................................... 24 Mercado Telefonia Pública ....................................................................................... 24 Mercado Corporativo e Governo............................................................................... 24 CyDC (Cyber Data Center) ....................................................................................... 25 Banda Larga ............................................................................................................ 25

Novos Produtos e Serviços ......................................................................................... 25 Reajuste de Tarifas..................................................................................................... 26 Relacionamento com Clientes..................................................................................... 27

Atendimento Presencial........................................................................................... 27 Centrais de Atendimento (Call Center) .................................................................... 28 Centrais de Vendas Receptivas ................................................................................ 28

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Centrais de Vendas Ativas ....................................................................................... 28 Centrais de Tele-cobrança Ativa e Receptiva ........................................................... 28 Centrais de Retenção............................................................................................... 29 Auxílio à Lista (102) ................................................................................................ 29 Cross Selling (“Venda Cruzada”) ............................................................................. 29 E-mail ...................................................................................................................... 29 Web ......................................................................................................................... 29

Desempenho operacional ........................................................................................... 30 Telefonia Fixa .......................................................................................................... 30 Telefonia Móvel ....................................................................................................... 30 Transmissão de Dados............................................................................................. 31

Desempenho financeiro consolidado .......................................................................... 32 Receita .................................................................................................................... 32 Custos e despesas operacionais............................................................................... 33 EBITDA .................................................................................................................... 34 Resultado financeiro................................................................................................ 34 Resultado não-operacional ...................................................................................... 34 Lucro líquido............................................................................................................ 34 Investimentos ......................................................................................................... 34 Endividamento......................................................................................................... 35

Governança Corporativa ............................................................................................. 36 Fortalecimento dos Processos e do Ambiente de Controles Internos....................... 36 Recompra de ações.................................................................................................. 37 Auditores independentes ......................................................................................... 37 Assembléia geral ..................................................................................................... 37 Conselho de Administração...................................................................................... 37 Conselho Fiscal ........................................................................................................ 38

Política de Remuneração aos Acionistas..................................................................... 38 Mercado Acionário...................................................................................................... 38 Projetos Sociais.......................................................................................................... 40 Projetos Culturais....................................................................................................... 40 Projetos Esportivos .................................................................................................... 40 Programa de Qualidade de Vida – Viva Mais ............................................................... 41

Viva Mais Esporte .................................................................................................... 41 Viva Mais Saúde....................................................................................................... 41 Viva Mais Lazer........................................................................................................ 41

Programa de Voluntariado.......................................................................................... 42 Qualidade em RH........................................................................................................ 42

Sistema Integrado de Gestão de Pessoas ................................................................ 42 Gente em Destaque ................................................................................................. 42 TOR – Times de Otimização de Resultados .............................................................. 43 Programa “Arrancada de Vendas – O Melhor de Você” ............................................ 43 Programa Jovem Vendedor...................................................................................... 43 Empresa Jr............................................................................................................... 43

Estratégia de Seleção ................................................................................................. 43 Assessment de Jovens Profissionais ........................................................................ 43 Programa de Estágio................................................................................................ 44 Programa Trainee .................................................................................................... 44 Summer Internship Program ................................................................................... 44

Estratégia de Remuneração aos Colaboradores .......................................................... 44 Programa de Participação nos Resultados ............................................................... 44 Remuneração Variável – Força de Vendas ............................................................... 45 Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) .......................................................................... 45

Benefícios................................................................................................................... 45 Plano de Saúde ........................................................................................................ 45 Alimentação............................................................................................................. 45

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 4

Seguro de Vida em Grupo ........................................................................................ 45 Previdência Complementar ...................................................................................... 45

Treinamento............................................................................................................... 46 Saúde, Segurança e Meio Ambiente............................................................................ 46 Quadro de Pessoal...................................................................................................... 47 Perfil dos Empregados................................................................................................ 48

Distribuição por Faixa Etária.................................................................................... 48 Distribuição por Tempo de Serviço .......................................................................... 48 Distribuição por Sexo .............................................................................................. 48 Distribuição por Grau de Instrução.......................................................................... 49 Portadores de Deficiência Física e Reabilitados ....................................................... 49 Terceiros ................................................................................................................. 49

DVA ............................................................................................................................ 49

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhoras e Senhores Acionistas: Atendendo às disposições legais e estatutárias, a Administração da Brasil Telecom S.A. submete à apreciação dos senhores acionistas, o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras da Companhia e Consolidado e o Parecer dos Auditores Independentes, referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2004.

Conjuntura Econômica

O ano de 2004 foi marcado pela retomada do crescimento da economia brasileira, impulsionada pelo aumento das exportações e pela política econômica conduzida pelo Governo Federal. Esse quadro, combinado à deterioração dos indicadores monetários e fiscais nos EUA, levou à valorização do real frente ao dólar, que encerrou o ano cotado a R$ 2,65, uma queda de aproximadamente 8,1% em relação a 2003. O índice de inflação permaneceu sendo uma preocupação no Brasil, pressionado pela recuperação econômica e pelo aumento nos preços das commodities, como o petróleo. Nos últimos anos, o Banco Central tem utilizado a taxa de juros como instrumento de política monetária, demonstrando a importância do controle da inflação e sugerindo uma queda gradual desta taxa para os próximos anos. Em 2004, o IGP-DI acumulado foi de 12,14%, contra 7,67% em 2003, pressionado pelo IPA - Índice de Preços no Atacado. A taxa Selic fechou o ano em 17,75% a.a., contra 16,50% em 2003. A Brasil Telecom está trabalhando com o cenário de manutenção do crescimento e a queda continuada da inflação para os próximos anos. O contexto internacional observado em 2004 sugere a retomada do crescimento mundial, mesmo com incertezas associadas ao Oriente Médio e à revisão das taxas de juros dos EUA. Para o Brasil, projeta-se uma trajetória de recuperação econômica, com crescimento médio do PIB acima de 3% a.a. no biênio 2005/2006.

O Setor de Telecomunicações

Em 2004, a procura por novos telefones fixos foi limitada, principalmente em função da insuficiência de renda nas classes C e D. Em que pese a recuperação econômica e das taxas de emprego, embora sem reflexo nos níveis de renda, e a busca de novas soluções de mercado, o estoque de terminais sem utilização na planta das concessionárias manteve-se elevado. A Brasil Telecom intensificou as ações voltadas para o incremento do tráfego e para a melhoria do ARPU – Average Revenue per User (Receita Média por Usuário), mediante a oferta de novos produtos e serviços, a ampliação da base de assinantes banda larga, a fidelização de clientes e as aquisições do controle da MetroRED, da Vant e do maior provedor de serviços de Internet discada do País, o iG. Por sua vez, o mercado de telefonia móvel continuou a experimentar significativas taxas de crescimento, decorrente do interesse da população pelo celular pré-pago que permite o controle dos gastos. A planta móvel alcançou a expressiva marca de 65,6 milhões de acessos, superando em 41,5% a de 2003. Um dos grandes acontecimentos do ano no setor de telefonia móvel foi o lançamento da Brasil Telecom GSM, que aconteceu ao final de setembro. Uma campanha apresentou a Empresa aos clientes, demonstrando os benefícios da estratégia adotada: ofertas convergentes de produtos e serviços. Dessa forma, a Brasil Telecom GSM introduziu um diferencial no mercado, explorando

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ao máximo as sinergias existentes entre as operações fixa e móvel. Ao final dos três meses de operação, a Brasil Telecom GSM cobria 81,2% da população da Região II e já alcançava 622,3 mil acessos celulares em serviço.

O Ambiente Regulatório

A expectativa de aprovação do projeto de lei que atribuiria um novo papel para as agências reguladoras em 2004 não se confirmou. O Poder Executivo retirou sua solicitação inicial de tramitação do referido projeto em regime de urgência, que permanece sendo analisado pela Câmara dos Deputados. De qualquer maneira, os debates a respeito das novas atribuições das agências e ministérios prosseguiram em vários setores da sociedade, sem que seja possível antecipar como será a repercussão dessa questão nos setores regulados. No dia 1º de julho de 2004, o STJ - Superior Tribunal de Justiça, manifestou-se em relação à questão da contestação, na Justiça Federal, do reajuste tarifário concedido pela Anatel com base no IGP-DI, conforme estabelecem os contratos de concessão. Prevaleceu o respeito pelos termos dos contratos. No curso do processo, as operadoras entenderam por bem requerer ao STJ que o IGP-DI fosse aplicado somente após a data de publicação do acórdão, o que foi deferido, gerando benefícios aos usuários. Várias ações judiciais questionaram a cobrança da assinatura básica do STFC – Serviço Telefônico Fixo Comutado. Fundamental para o equilíbrio econômico-financeiro do serviço, a assinatura básica não é apenas legal, mas também um direito assegurado pelos Contratos de Concessão, firmados com o Poder Concedente. A assinatura básica possibilita o funcionamento adequado do sistema de telecomunicações, em especial, o cumprimento das metas de universalização dos serviços, e a conservação de uma complexa infra-estrutura de rede que permite a conexão do usuário com as centrais telefônicas e com os demais usuários domiciliados em todo o território nacional. Além disso, a tarifa de assinatura é devida para que o STFC seja prestado de forma contínua. Em 27 de janeiro de 2005, o Presidente do STJ, Ministro Edson Vidigal, concedeu liminar no conflito de competência ajuizado pela Anatel, determinando a suspensão dos processos coletivos, nos quais se discute a validade da assinatura básica cobrada pelas operadoras do STFC, e determinando que, em caráter provisório, o Juízo da 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, resolva as medidas urgentes, até o julgamento do conflito de competência, uma vez que a discussão interessa a todos os consumidores do Brasil e ainda pelo fato da Anatel integrar o pólo passivo das ações. Após ter sido submetido à consulta pública em meados de 2003, foi emitido um novo regulamento que reduziu o número de áreas locais em todo o País, alterou a extensão da área local aos limites dos municípios, acabou com as áreas conurbadas em regiões metropolitanas e passou a tratar como área local várias localidades vizinhas situadas em municípios distintos. Ao longo de 2004, foram publicadas e discutidas consultas públicas referentes aos regulamentos sobre bens reversíveis, separação e alocação de contas e interconexão. Esses novos regulamentos deverão estar alinhados com os requisitos dos Contratos de Concessão a serem prorrogados a partir de 1º de janeiro de 2006. Prosseguiram também os entendimentos das concessionárias com a Anatel para a definição de um processo de transição das metas do PGMU - Plano Geral de Metas de Universalização vigente para aquelas estabelecidas pelo novo PGMU, que estará efetivo a partir de 1º de janeiro de 2006. Esses entendimentos envolvem a quantidade e a distribuição de telefones de uso público, as condições de prestação e oferta do AICE – Acesso Individual de Classe Especial, e a implantação dos PST – Postos de Serviço de Telecomunicações.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 7

O Grupo

O Grupo Brasil Telecom é composto por empresas que atuam no setor de telecomunicações, especificamente nos segmentos de telefonia fixa local, telefonia fixa longa distância nacional e internacional, telefonia móvel, transmissão de dados, data center e Internet. Abaixo, segue estrutura societária simplificada do grupo:

Estrutura Societária em 31/12/2004

Nova Tarrafa Inc. e Nova Tarrafa

Participações Ltda.

Brasil Telecom S.A.

Vant Telecomunicações

S.A.

BrT Serviços de Internet S.A.

MTH Ventures do Brasil Ltda.

14 Brasil Telecom Celular S.A.

MetroRedTelecomunicações Ltda.

iBest Holding Corp.

BrT Subsea Cable Systems(Bermuda) Ltd.

Total: 61,54%

Total: 38,46%

Total: 25,84%

Total: 100,00% Total: 99,99%

Internet Group(Cayman) Ltd.

ON: 9,94%Total: 9,41%

Total: 100,00% Total: 99,99%

Total: 99,99%

ON: 62,99%PN: 66,95%Total: 63,20%

Total: 74,16%

Nova Tarrafa Inc. e Nova Tarrafa

Participações Ltda.

Brasil Telecom S.A.

Vant Telecomunicações

S.A.

BrT Serviços de Internet S.A.

MTH Ventures do Brasil Ltda.

14 Brasil Telecom Celular S.A.

MetroRedTelecomunicações Ltda.

iBest Holding Corp.

BrT Subsea Cable Systems(Bermuda) Ltd.

Total: 61,54%

Total: 38,46%

Total: 25,84%

Total: 100,00% Total: 99,99%

Internet Group(Cayman) Ltd.

ON: 9,94%Total: 9,41%

Total: 100,00% Total: 99,99%

Total: 99,99%

ON: 62,99%PN: 66,95%Total: 63,20%

Total: 74,16%

Brasil Telecom S.A.

A empresa responsável pela prestação dos serviços de telefonia fixa, tanto local quanto longa distância é a Brasil Telecom S.A., concessionária pública que tem sua área de atuação composta pelos estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal. Essa área, que corresponde à Região II do PGO – Plano Geral de Outorgas, possui quatro áreas metropolitanas com população acima de um milhão de habitantes e faz fronteira com Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai, podendo ser considerada um corredor para o Mercosul. No decorrer dos últimos três anos, a Brasil Telecom S.A. promoveu aquisições importantes no setor de telecomunicações, aproveitando oportunidades únicas. O objetivo principal foi fazer da Empresa uma multiprovedora completa de serviços de telecomunicações, onde a convergência é premissa básica. Não se trata somente de produtos e serviços integrados, mas de toda a sua infra-estrutura de rede e de tecnologia da informação. Atualmente, nenhuma outra empresa brasileira está presente como a Brasil Telecom em toda a cadeia do setor de telecomunicações. A Brasil Telecom já está atuando fora da sua área de concessão, especialmente nas três principais metrópoles brasileiras, o que lhe permite atender o mercado corporativo e, conseqüentemente, aumentar sua participação no mercado de transmissão de dados, que apresenta as maiores taxas de crescimento do setor. A Brasil Telecom também adquiriu um sistema de cabos de fibra óptica submarinos que interliga o Brasil, Venezuela, Caribe e Estados Unidos, o que lhe garante autonomia para carregar seu tráfego internacional de voz e dados. Os cinco milhões de clientes atendidos pelos provedores iG, iBest e BrTurbo fazem do Grupo Brasil Telecom o maior provedor de acesso à Internet da América Latina e um dos 15 maiores provedores do mundo em número de clientes.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 8

Por fim, a Brasil Telecom complementou sua estratégia ao lançar sua operação móvel em setembro de 2004, desenvolvendo um conjunto de ofertas inovadoras voltadas inicialmente para os 10 milhões de usuários da telefonia fixa, que também assinam 535,5 mil acessos banda larga.

BrT Serviços de Internet S.A.

Ao longo de 2004, o BrTurbo, portal dedicado exclusivamente a conteúdo banda larga, foi reformulado e ganhou novas funcionalidades e layout. A alteração da plataforma trouxe melhorias técnicas e visuais, possibilitando melhor navegabilidade e maior interatividade. A BrTSI, controladora do BrTurbo, estabeleceu durante o ano novas parcerias para reformulação e gestão do conteúdo, agregando valor ao portal. Com o lançamento comercial do BrTurbo Empresas, em março, nossos esforços também foram direcionados ao mercado de pequenas e médias empresas. A fim de atender às demandas deste crescente mercado, lançamos diversos produtos: Presença Web, Webmail Empresarial e Comprova, Vídeo Conferência e BrTurbo VIP. Os serviços de valores adicionados possibilitaram a elevação de 12% no ARPU de 2004, quando comparado ao de 2003, a despeito do acirramento da concorrência e da penetração do serviço em classes de menor poder aquisitivo. Em outubro, largamos na frente com o lançamento do Turbo Vídeo, serviço que trouxe um novo conceito de vídeo sob demanda, tornando realidade alugar um filme com apenas um clique do mouse sem sair de casa. A oferta do BrTurbo Asas, que utiliza a tecnologia Wi-Fi para prover acesso à Internet em alta velocidade a usuários móveis, foi estendida a novas localidades com a ampliação da rede de hotspots. Atualmente, o BrTurbo Asas tem cobertura nacional, sendo que a BrTSI possui uma rede própria de 37 hotspots. Com o intuito de alavancar as vendas, foram estabelecidas parcerias com revendas de computadores e de placas Wi-Fi que, comissionadas por acesso comercializado, conferiram uma maior capilaridade aos pontos de venda da BrT. Como resultado dessas ações, o BrTurbo consolidou sua liderança de mercado na Região II, atingindo 266 mil clientes em 2004, 146% superior ao do exercício anterior. Esse desempenho representa uma participação de mercado de 50% dos clientes Turbo da Brasil Telecom.

Grupo BrT Cabos Submarinos

O sistema de cabos submarinos da BrT (ex-GlobeNet) é formado pelas seguintes empresas: Brasil Telecom Cabos Submarinos (Holding) Ltda., Brasil Telecom Cabos Submarinos Ltda., Brasil Telecom of America Inc., Brasil Telecom Subsea Cable Systems (Bermuda) Ltd. e Brasil Telecom Venezuela S.A., 100% controladas direta ou indiretamente pela Brasil Telecom S.A. O grupo BrT Cabos Submarinos compreende uma rede de fibra óptica de 22 mil Km, com capacidade instalada de 80 Gbps, que pode ser ampliada até 1.360 Gbps, conectando Estados Unidos, Bermuda, Venezuela e Brasil. Durante 2004, o grupo Brt Cabos Submarinos reduziu custos operacionais, renegociou contratos e desenvolveu novos negócios na Venezuela, Caribe, Estados Unidos, Brasil e em países do Mercosul. Adicionalmente, os cabos submarinos garantiram à Brasil Telecom a autonomia necessária para carregar o seu tráfego internacional de voz e dados (incluindo tráfego IP), diminuindo custos de interconexão e de transporte. Somente em 2004, a Brasil Telecom economizou US$ 8 milhões em despesas de aluguel de capacidade internacional. Para 2005, a expectativa é de que a economia seja de US$ 16 milhões.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 9

MetroRED

Em maio, foi celebrado o contrato de compra e venda de quotas dos 80,1% restantes do capital da MTH Ventures do Brasil Ltda. (“MTH”) por US$ 51 milhões, o que tornou a Brasil Telecom detentora de 100% da empresa. A MTH controla, por sua vez, 99,9% do capital social da MetroRED Telecomunicações Ltda. (“MetroRED”). A MetroRED presta serviços nas áreas de data center, Internet e transmissão de dados, sendo a primeira empresa no Brasil a levar alta qualidade, performance e segurança da fibra óptica para dentro dos escritórios. Atualmente a MetroRED possui 1.600 Km de rede longa distância conectando São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e 343 Km de rede local nessas cidades, que alcançam 636 prédios, tendo potencial para abordar outros cinco mil. O processo de integração da MetroRED à Brasil Telecom, ocorrido ao longo de 2004, possibilitou a captura de sinergias que resultou na oportunidade de venda de serviços conjuntos, e também a redução de custos com o aluguel de meios fora da Região II e de despesas gerais, administrativas e de tecnologia da informação. O processo de integração viabilizou também a prestação de serviços em condições mais competitivas nas demais regiões do País, se encaixando perfeitamente na estratégia de expansão da Brasil Telecom fora da Região II. Esse processo será continuado em 2005, tendo como foco principal a integração das marcas sob a bandeira Brasil Telecom. Com uma rede de transporte tecnologicamente avançada e complementar à da Brasil Telecom, a MetroRED possibilitou o acesso direto aos principais clientes corporativos do País, possibilitando um atendimento diferenciado de abrangência nacional e também internacional, com a participação do grupo BrT Cabos Submarinos.

Vant

Em maio, foi celebrado o contrato de compra e venda de ações dos 80,1% restantes do capital social da Vant Telecomunicações S.A.. por R$ 15,6 milhões, tornando a Brasil Telecom detentora de 100% de seu capital. A Vant foi a primeira operadora do Brasil a oferecer serviços com uma rede totalmente baseada na tecnologia IP – Internet Protocol. Presente nas principais capitais brasileiras, a Vant atua em todo o território nacional, oferecendo um amplo portfolio de produtos de voz e dados. Assim como a MetroRED, a Vant teve seus processos integrados aos da Brasil Telecom ao longo de 2004, permitindo a exploração de sinergias.

iBest

O iBest, 100% controlado direta ou indiretamente pela BrT, vem registrando um crescimento expressivo, principalmente na Região II, onde é líder de mercado com uma participação estimada de 43% ao final de 2004. Com uma base de 1,6 milhão de usuários ativos, o iBest ocupa o posto de segundo maior provedor de acesso discado do Brasil. No decorrer de 2004, o provedor gerou 16,6 bilhões de minutos e organizou a maior premiação da Internet brasileira, que contou com mais de 25 mil sites inscritos. O iBest tem um papel fundamental para a Brasil Telecom, em função de reduzir o risco representado pelo regime de interconexão vigente no País, incentivar o tráfego devido ao uso da Internet discada, além de representar um canal para a Brasil Telecom comercializar serviços de dados e voz. Vale ressaltar a importância da Internet discada na formação de futuros usuários de banda larga.

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iG

Em novembro, a Brasil Telecom concluiu a aquisição de 24.467.923 ações do iG, que representam cerca de 63% de seu capital total, por US$ 104,9 milhões. Como a Brasil Telecom Participações S.A. já detinha, indiretamente, cerca de 10% do capital total do iG, a Brasil Telecom passou a controlar aproximadamente 73% do iG. Essa aquisição consolidou a Brasil Telecom como a Empresa líder de Internet na América Latina. O iG foi o primeiro portal brasileiro a oferecer acesso gratuito à Internet. Nos últimos anos, o modelo de negócios do iG evoluiu de forma significativa, e o portal passou a gerar receitas de publicidade, e-commerce, provimento de acesso banda larga, comercialização de conteúdo, fomento de tráfego e prestação de serviços pagos: acelerador de conexão, suporte telefônico, e-mail premium, serviços de hospedagem, entre outros. O iG é o maior provedor de acesso à Internet discada do Brasil e possui uma participação de mercado superior a 30%. Além disso, também é o maior portal de conteúdo wireless do País. Possui mais de três milhões de usuários do serviço de acesso à Internet ativos e 7,7 milhões de contas de e-mail ativas. A base de clientes do iG, em conjunto com a base do iBest e do BrTurbo, fortaleceu o posicionamento da Brasil Telecom tanto na Região II quanto nas Regiões I e III. Os cinco milhões de clientes atendidos fazem da Brasil Telecom o maior provedor de acesso à Internet da América Latina e um dos 15 maiores provedores do mundo em número de clientes. Adicionalmente, essa base representa uma oportunidade para o crescimento fora da área de concessão com a venda de produtos e serviços de maior valor agregado. Assim como o iBest, o iG exerce papel fundamental na criação de futuros clientes de banda larga.

Brasil Telecom GSM

Em 2004, todos os processos necessários para o início da operação da Brasil Telecom GSM foram concluídos, compreendendo principalmente a instalação dos equipamentos de rede e a integração da telefonia móvel com os demais produtos do Grupo Brasil Telecom. A Brasil Telecom tornou-se, assim, a maior rede integrada de telecomunicações do Brasil, o que possibilitou a ampla oferta de soluções em telecomunicações, incluindo telefonia fixa, banda larga ou estreita, Internet grátis, transmissão de dados e telefonia móvel em sua área de atuação. O lançamento pleno da operação móvel ao público ocorreu no dia 26 de setembro, quando foram divulgados os benefícios oriundos da convergência – “Único”, “Bônus Todo Mês”, “Amigos Toda Hora”, “Fale por Menos” e “Bumerangue 14” - e uma arrasadora promoção de lançamento: o “Pula-Pula”. No seu lançamento comercial, a Brasil Telecom GSM já contava com 18 mil clientes pós-pagos, oriundos do plano “Nosso Celular”, criado em janeiro de 2004 para Colaboradores do Grupo e seus indicados, que puderam adquirir aparelhos celulares em condições especiais.

Produtos e Serviços

A Brasil Telecom GSM oferece três modalidades de planos: pós-pago, pré-pago e controle. Neste último plano, o cliente paga um valor mensal pré-determinado, e compra créditos pré-pagos quando tem necessidade de ultrapassar este consumo. Além dos serviços de voz, os clientes da Brasil Telecom GSM também contam com serviços de valor adicionado, como transmissão de dados via GPRS – General Packet Radio Service, e serviços inéditos no mercado, como Mobile Banking, onde uma parceria entre a Brasil Telecom

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GSM e diversos bancos, como por exemplo, o Banco do Brasil, permite o acesso a saldos, extratos e transferências entre contas correntes. Entre os principais serviços e produtos de voz e dados oferecidos pela Brasil Telecom GSM, podemos citar: 102 on line, identificador de chamadas, caixa postal, secretária virtual integrada, portal de voz, M-encontra, torpedo, chat, messenger, notícias, diversão, jogos, cartão multimídia, álbum virtual, WAP, ringtones (tons de chamada), wallpapers (“papel de parede”) e screensavers (“protetor de tela”).

Promoção de Lançamento

Único e revolucionário, o “Pula-Pula” representou a oferta de lançamento da Brasil Telecom GSM. Em sua versão pós-pago, o valor da conta de um mês é revertido em desconto na conta do mês seguinte, enquanto na versão pré-pago, os minutos recebidos num mês são convertidos em créditos para serem utilizados no mês seguinte, bastando para isso efetuar ao menos um crédito por mês. O “Pula-Pula” é garantido até 2010 para os clientes que aderiram à oferta até o final de dezembro. Com as ofertas de convergência e o “Pula-Pula”, a Brasil Telecom GSM passou a ser a primeira empresa no Brasil a oferecer um programa de fidelização em tempo real. Nossos clientes não precisam se inscrever em um programa, acumular pontos, consultar catálogos e solicitar os prêmios. É só adquirir um celular da Brasil Telecom GSM e imediatamente passar a usufruir os benefícios das ofertas de convergência e do “Pula-Pula”. Definitivamente a Brasil Telecom GSM chegou para mudar os conceitos de telecomunicação vigentes no País.

Lojas Próprias – One Stop Shop

As 16 lojas próprias da Brasil Telecom GSM, localizadas em sua maioria nos principais shopping centers da Região II, adotaram um conceito inovador no mercado de telefonia brasileiro: one stop shop, isto é, todos os produtos são encontrados em uma única loja. Isso significa que a população tem acesso a todo o portfolio de produtos e serviços do Grupo nessas lojas: telefonia fixa, ADSL, conta telefônica, CDs para instalação de Internet gratuita, serviços inteligentes, pacotes alternativos com tarifas de DDD e DDI, acessórios, modem e até mesmo computadores. Essa iniciativa vai de encontro aos anseios dos clientes e explora os diferenciais competitivos de uma operação de telefonia integrada.

Pontos de Venda

Ao final do ano, a Brasil Telecom GSM contava com 2.109 pontos de venda, incluindo as 16 lojas próprias, 48 quiosques, 800 agentes autorizados exclusivos, não exclusivos e corporativos, e 1.300 revendas nas principais cadeias de varejo.

Roaming

A mobilidade dos clientes da Brasil Telecom GSM não se restringe à Região II, mas estende-se também a todo o País, sendo que nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Amazonas, Amapá, Pará, Roraima, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão, nossos clientes não pagam adicional de chamada e têm tarifas mais vantajosas devido ao acordo operacional firmado pela Brasil Telecom GSM com uma das operadoras móveis daquela área de concessão.

Fatores de Risco

Risco Regulatório

A Brasil Telecom atua segundo os contratos de concessão e termos de autorização firmados com a Anatel, entidade integrante da União Federal, e, ainda, sob os dispositivos legais e regulamentares, gerais e específicos para o setor, entre estes os que exigem o cumprimento de

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metas de universalização e de qualidade, além dos que estabelecem as condições dos reajustes tarifários e o relacionamento entre as prestadoras de telecomunicações. Qualquer alteração nas regras inicialmente estabelecidas pode afetar desfavoravelmente o negócio. Por conta disso, a Brasil Telecom acompanha a evolução da regulamentação, atuando pró-ativamente com o intuito de minimizar o risco regulatório.

Risco de Mercado

A Brasil Telecom possui 36,9% da sua receita bruta total proveniente do serviço local. A tendência da substituição parcial do tráfego da rede fixa para a móvel é uma realidade que está sendo devidamente tratada pela Brasil Telecom. Nesse sentido, diversas ações são desenvolvidas como, por exemplo, a criação de novos produtos e serviços visando a manutenção do tráfego local. Além disso, a Brasil Telecom lançou sua operação móvel, de forma a garantir que parte do tráfego da rede fixa, que venha a ser substituída pelo tráfego da rede móvel, seja cursada na sua rede.

Risco da Competição

A cada ano, o setor de telecomunicações torna-se mais competitivo, principalmente nos segmentos de telefonia de longa distância, telefonia móvel e de comunicação de dados. A Brasil Telecom possui uma participação expressiva nos mercados local e de longa distância de telefonia fixa. Quanto à telefonia móvel, a Empresa lançou sua operação ao final de setembro e, apenas após três meses de atividade, conseguiu alcançar 3,2% de participação de mercado na Região II, fruto da estratégia baseada na convergência e do lançamento de produtos revolucionários. A evolução tecnológica, notadamente a introdução de serviços de voz baseados em protocolo IP (Voz sobre IP ou VoIP), também proporciona o incremento da competição com a entrada de novos agentes. No entanto, a Brasil Telecom detém a tecnologia de serviços IP e oferece soluções como o PABX Virtual Net e Vetor para o mercado corporativo. Adicionalmente, o investimento em infra-estrutura realizado pela Empresa nos últimos anos posicionou a Brasil Telecom em condições de prover os mais sofisticados serviços para todos os segmentos de clientes. Em complemento, foram tomadas ações de caráter técnico-operacional, comercial e administrativa junto a Anatel, que visam coibir práticas ilegais adotadas por empresas que muitas vezes operam sem licenças nesse setor. A Empresa busca, permanentemente, a eficiência operacional e a excelência no relacionamento com o cliente, o que representa fatores fundamentais para garantir sua posição predominante na Região II.

Risco Financeiro

A Brasil Telecom possuía um endividamento consolidado de R$ 5.281,5 milhões ao final de dezembro, dos quais 79,1% estavam alocados no longo prazo. Independentemente da geração de caixa crescente, a Empresa adota uma política conservadora na utilização de recursos onerosos, principalmente em moeda estrangeira. Da dívida total, R$ 1.722,6 milhões foram contratados em dólar, iene e cesta de moedas, sendo que a Brasil Telecom possuía proteção cambial para 48,1% desse montante. No que se refere à taxa de juros dos empréstimos, a Brasil Telecom encontra-se em uma posição privilegiada, considerando que o custo médio anual da sua dívida era equivalente a 70,7% do CDI.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 13

Risco Operacional

Com o intuito de proteger seu patrimônio, a Brasil Telecom contrata seguros específicos, como o Seguro de Riscos Operacionais e Lucros Cessantes. O Seguro de Riscos Operacionais cobre todos os bens contra danos materiais ocasionados por incêndio, raio, explosão, vendaval, roubo, alagamento, inundação etc. Para garantir a total reposição dos seus ativos, a Empresa atualiza, mensalmente, as quantidades de linhas instaladas por filial e seus respectivos valores. Os prejuízos resultantes da interrupção ou da perturbação do giro do negócio, causados por eventual sinistro de danos materiais, estão cobertos na apólice de Lucros Cessantes. A responsabilidade civil de administradores, conselheiros e diretores do Grupo Brasil Telecom está segurada na apólice de D & O – Directors and Officers (Diretores e Executivos), contratada pela Brasil Telecom Participações S.A., que indeniza terceiros até o limite máximo da importância segurada, caso seja comprovada alguma falha na gestão.

Apólice Bens Segurados Valor segurado (milhões)

Riscos operacionais Edifícios, máquinas, equipamentos, instalações, centrais de atendimento, torres, infra-estrutura, equipamentos de tecnologia da informação

R$ 11.745

Lucros cessantes Despesas fixas e lucro líquido

R$ 7.371

Garantia de obrigações contratuais Cumprimento dos contratos de concessão

R$ 121

Responsabilidade Civil Geral Danos materiais e pessoais a terceiros

R$ 10

Responsabilidade Civil Geral Danos morais a terceiros R$ 2

Competição

Seis anos após a privatização do setor de telecomunicações brasileiro, as linhas em serviço dobraram e a disputa pelos clientes mais atrativos tornou-se acirrada. Nesse cenário, em que as empresas atuam de forma similar, o diferencial competitivo está baseado na capacidade de prover soluções completas aos clientes. Em função disso, a Brasil Telecom se posicionou como uma multi-provedora de serviços de telecomunicações, com o objetivo de ser percebida como uma Empresa que se antecipa às oportunidades do mercado e atende integralmente às necessidades do seu cliente.

Serviço Fixo Local

A posição dominante da Brasil Telecom no mercado de telefonia fixa local é atribuída à capilaridade da rede, à qualidade dos produtos e serviços prestados e à prática de preços competitivos. Embora a expansão da planta móvel esteja provocando uma disputa pelo tráfego local, a hegemonia da Brasil Telecom foi mantida ao longo do ano, quando a participação de mercado atingiu 95%.

Serviço Fixo Longa Distância Nacional

Atualmente, somos líderes em serviços de telecomunicações intra-regional de longa distância. Atingimos, no último trimestre de 2004, uma participação média de mercado no segmento intra-setor estimada em 91,2% e no segmento intra-região estimada em 82,3%.

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Após a entrada no mercado de longa distância inter-regional e internacional, em 19 de janeiro de 2004, a Brasil Telecom vem aumentando continuamente sua participação nesses mercados devido à ampla divulgação do seu código de seleção de prestadora, à força da marca Brasil Telecom e aos preços competitivos. Com isso, atingimos, no último trimestre de 2004, 48,9% de participação média no segmento inter-regional e aproximadamente 26,6% no internacional. A competição na longa distância, tanto nacional quanto internacional, é bastante acirrada, principalmente em função de diversas autorizações e licenças concedidas pela Anatel para novos entrantes.

Comunicação de Dados

O mercado de transmissão de dados tem se mostrado promissor, despertando cada vez mais o interesse das empresas. A participação da Brasil Telecom neste mercado aumentou principalmente devido à comercialização do acesso ADSL e ao crescimento das vendas dos acessos para serviços de formação de rede. Vale destacar o cumprimento da meta estabelecida para o período, totalizando 535,5 mil acessos ADSL em serviço ao final de dezembro, o que nos permitiu manter a liderança enquanto provedora de acessos ADSL em nossa área de concessão.

Serviços de Telefonia Móvel

Apesar de ser a última entrante na Região II, a Brasil Telecom GSM aposta no seu sucesso em função das sinergias existentes com a operação fixa. A Brasil Telecom é a única Empresa da Região com capacidade de desenvolver uma estratégia baseada na convergência, movimento que vem prevalecendo no mundo. Além disso, temos uma marca reconhecida, trabalhamos com uma equipe experiente no mercado de telefonia móvel e oferecemos produtos revolucionários.

Prioridades Estratégicas

Com a aquisição de ativos, investimentos em evolução tecnológica e lançamento de produtos inovadores, a Brasil Telecom consolida a base necessária à convergência, prioridade estratégica da Empresa. Assim, para fortalecer tal posicionamento, como provedora de soluções integradas de telecomunicações, a Empresa investe na diferenciação do relacionamento com o cliente e na excelência operacional. Consolidamos nossa liderança nacional em Internet discada com a recente aquisição do iG, maior provedor da América Latina em número de usuários que detém a maior audiência da Internet brasileira. Com isso, a Brasil Telecom agregou conteúdo e adquiriu expertise em e-commerce e hospedagem de sites. Na Região II, a Brasil Telecom tornou a inclusão digital uma realidade: 98% das linhas em serviço têm a sua disposição a Internet discada e a adição de cerca de mil novos usuários de ADSL por dia permitiu à Empresa praticamente duplicar a base de assinantes banda larga. Em comunicação de dados, a integração das operações da MetroRED garantiu a continuidade do crescimento de nossa participação de mercado. Os Cyber Data Centers e a infra-estrutura internacional do grupo BrT Cabos Submarinos fortaleceram o posicionamento da Brasil Telecom como multi-provedora de serviços. Atualmente, a Empresa é uma referência quanto à oferta de soluções integradas de telecomunicações. Mais uma vez, a Brasil Telecom revolucionou o mercado, sendo pioneira ao lançar uma operação móvel totalmente integrada à operação fixa, surpreendendo o mercado ao conquistar 622,3 mil clientes em apenas três meses de operação. Internamente, permanecem os esforços voltados para a excelência no relacionamento com o cliente, tendo na reestruturação dos canais de atendimento uma das principais armas para aumentar a satisfação dos usuários. Ações como aprimoramento dos processos operacionais,

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redução de custos e evolução gradual da rede, visando otimizar a infra-estrutura existente, complementam as prioridades da Brasil Telecom. Para manter-se à frente da competição e continuar trazendo ao mercado brasileiro o que existe de mais avançado em telecomunicações, a Brasil Telecom seguirá inovando no desenvolvimento de produtos baseados em novas tecnologias - como o VoIP - e na integração das redes. Com essa estratégia, a Empresa pretende alcançar um aumento da receita média por cliente, além de blindar o mercado contra a concorrência.

Rede

A Brasil Telecom conta com uma infra-estrutura de rede modelo em eficiência operacional que, utilizando recursos tecnológicos de última geração, garante flexibilidade e qualidade na oferta de serviços. O direcionamento evolutivo da infra-estrutura de rede foi baseado no modelo convergente de serviços e aplicações e atende ao conceito de rede única, com flexibilidade necessária para prover diferentes serviços, sejam de telefonia fixa ou móvel, de voz, dados ou imagem, a qualquer cliente, em qualquer lugar e a qualquer momento. Nesse sentido, a Brasil Telecom contratou em 2004 uma revolucionária estrutura de desenvolvimento de serviços e aplicações, que marcará a entrada da Empresa em uma nova era da prestação de serviços de telecomunicações. Trata-se do Ambiente de Criação de Serviços, que é o elemento final que complementa definitivamente a Rede de Nova Geração (NGN – Next Generation Network) da BrT. Nesta nova estrutura, que tem sua operacionalização prevista para 2005, os novos serviços serão implementados de forma centralizada e serão disponibilizados de forma homogênea e rápida a qualquer usuário da rede de telecomunicações. Além disso, como essa estrutura trabalha com padrões abertos de mercado, os serviços poderão ser desenvolvidos e implementados por uma gama muito maior de fornecedores. Vale destacar que não há necessidade de diferentes redes para diferentes serviços neste tipo de arquitetura, o que permite o uso compartilhado e, conseqüentemente, otimizado dos recursos de rede. A camada de transporte e acesso da rede da Brasil Telecom continua evoluindo tanto em termos de capilaridade de acessos banda larga, quanto em capacidade de tráfego. Em 2004, foram implantados equipamentos com maior capacidade de processamento no core da rede, que irão permitir o lançamento de serviços que demandam maior banda. Concomitantemente, a rede de acesso passará a contar com uma plataforma de satélite própria, que possibilitará a oferta de serviços de voz e dados em localidades remotas ou não acessíveis pelas redes próprias convencionais dentro e fora da Região II. Em 2004, iniciou-se a implantação dos primeiros DSLAM IP/Ethernet, equipamento que concentra os acessos ADSL. A rede está preparada para prover suporte a tecnologias como ADSL 2+, que permitirá a oferta de serviços com velocidades maiores. Para atender às novas demandas, com serviços de altas taxas, iniciou-se a implementação da rede de acesso Metro-Ethernet. Ao longo de 2004, a Brasil Telecom adicionou em sua rede IP sistemas de segurança com a função de evitar e anular o efeito de ataques e aumentar a confiabilidade da rede. Um dos grandes desafios para a Brasil Telecom em 2004 foi implantar, em um curto espaço de tempo, sua rede móvel composta pelo que há de mais avançado em termos de tecnologia celular, integrada com a rede fixa. Tal projeto considerou as seguintes premissas:

• tecnologia GSM 1.800/900MHz para voz; • tecnologia GPRS/EDGE - General Packet Radio Service/Enhanced Data Rates for GSM

Evolution para dados;

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• garantia de evolução tecnológica; • core de voz único distribuído em uma topologia inicial de três MSCs - Mobile

Switching Center regionalizadas pelo interesse de tráfego de cada região; • HLRs - Home Location Register geograficamente separados, garantindo segurança e

flexibilidade; • core de dados único; • rede de acesso distribuída em 626 localidades atendidas por 1.632 Estações Rádio

Base; • cobertura GPRS em 100% das localidades atendidas; • compartilhamento de infra-estrutura existente; • integração com as plataformas da rede fixa.

Como resultado de um planejamento criterioso de convergência da rede fixa e móvel, a Brasil Telecom está lançando serviços convergentes exclusivos, de alto valor agregado e com diferencial competitivo.

Metas de Universalização

Ao longo de 2004, todas as obrigações de universalização definidas no Plano Geral de Metas de Universalização foram atendidas pela Brasil Telecom, incluindo o atendimento às solicitações de acesso individual no prazo de uma semana.

Metas de Qualidade

A Brasil Telecom atingiu ou superou a meta nas 420 medições dos indicadores de qualidade estabelecidos pela Anatel no Plano Geral de Metas de Qualidade para o STFC, à exceção da taxa de chamadas locais originadas completadas – período noturno e da taxa de chamadas locais originadas não completadas por congestionamento – período noturno no mês de janeiro, em função de problemas nas rotas de entroncamento das redes de operadoras celulares, conforme apresentado na tabela abaixo:

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Metas de Qualidade

QUALIDADE DO SERVIÇO

Indicadores JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Taxa de obtenção do sinal de discar com tempo máximo de espera de 3 segundos (meta de 98%) – Matutino

99,96 99,96 99,97 99,97 99,96 99,98 99,98 99,95 99,92 99,96 99,95 99,96

Taxa de obtenção do sinal de discar com tempo máximo de espera de 3 segundos (meta de 98%) – Vespertino

99,97 99,96 99,97 99,97 99,97 99,97 99,98 99,96 99,95 99,96 99,96 99,95

Taxa de obtenção do sinal de discar com tempo máximo de espera de 3 segundos (meta de 98%) – Noturno

99,97 99,96 99,97 99,98 99,97 99,98 99,99 99,95 99,98 99,96 99,97 99,97

Taxa de chamadas locais originadas completadas (meta de 70%) – Matutino

73,24 73,58 72,38 72,03 72,22 73,25 72,88 71,91 72,19 71,41 71,55 71,10

Taxa de chamadas locais originadas completadas (meta de 70%) – Vespertino

73,73 73,74 72,36 72,47 72,63 73,37 72,66 72,33 72,61 71,89 71,60 71,02

Taxa de chamadas locais originadas completadas (meta de 70%) – Noturno

68,84 71,99 71,22 71,17 71,23 72,36 71,83 71,73 71,36 70,80 71,22 70,45

Taxa de chamadas locais originadas não completadas por congestionamento (meta de 4%) – Matutino

1,23 0,89 0,90 1,07 1,38 0,67 0,77 0,99 0,81 1,04 0,99 0,90

Taxa de chamadas locais originadas não completadas por congestionamento (meta de 4%) – Vespertino

1,48 1,05 1,39 0,97 1,08 0,76 0,66 0,97 0,85 1,03 1,05 1,26

Taxa de chamadas locais originadas não completadas por congestionamento (meta de 4%) – Noturno

5,82 3,09 2,51 2,31 2,74 1,19 1,37 1,88 1,24 2,43 1,73 1,75

Taxa de chamadas de LDN originadas completadas - valor consolidado (meta de 70%) – Matutino

71,79 71,98 70,93 71,04 72,26 72,05 72,21 72,28 72,49 71,61 71,46 72,02

Taxa de chamadas de LDN originadas completadas - valor consolidado (meta de 70%) – Vespertino

71,97 72,09 71,82 71,65 72,53 72,98 72,71 72,34 72,56 72,84 71,22 72,14

Taxa de chamadas de LDN originadas completadas - valor consolidado (meta de 70%) – Noturno

70,06 71,20 71,15 71,15 71,74 72,14 70,87 71,68 71,41 71,41 71,83 71,11

Taxa de chamadas de LDN originadas não completadas por congestionamento – valor consolidado (meta de 4%) – Matutino

2,04 1,64 2,71 2,18 1,88 1,94 1,51 1,47 1,39 1,76 2,23 1,66

Taxa de chamadas de LDN originadas não completadas por congestionamento - valor consolidado (meta de 4%) – Vespertino

1,61 1,90 1,63 1,45 1,64 1,21 1,27 1,92 1,87 1,33 2,47 1,79

Taxa de chamadas de LDN originadas não completadas por congestionamento - valor consolidado (meta de 4%) – Noturno

3,33 2,27 2,77 2,15 1,68 1,34 3,03 1,85 1,41 2,57 1,43 1,79

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ATENDIMENTO ÀS SOLICITAÇÕES DE REPARO

Taxa de solicitações de reparo por 100 acessos do STFC (meta de 2%) – Integral

1,40 1,31 1,45 1,44 1,46 1,35 1,38 1,42 1,51 1,55 1,47 1,42

Taxa de atendimento de solicitações de reparo de usuários residenciais em até 24 horas (meta de 97%)

99,62 99,61 98,60 97,85 99,50 99,54 99,56 99,59 99,62 99,30 99,39 99,37

Taxa de atendimento de solicitações de reparo de usuários não residenciais em até 8 horas (meta de 97%)

99,34 99,27 98,31 98,04 99,20 99,38 99,22 99,03 98,99 98,65 98,73 98,43

Taxa de atendimento de solicitações de reparo de usuários que são prestadores de serviço de utilidade pública em até 2 horas (meta de 98%)

100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

ATENDIMENTO ÀS SOLICITAÇÕES DE MUDANÇA DE ENDEREÇO

Taxa de atendimento às solicitações de mudança de endereço de usuários residenciais em até 3 dias úteis (meta de 97%) 99,88 99,88 99,82 99,88 99,90 99,90 99,75 99,87 99,89 99,89 99,63 99,76

Taxa de atendimento às solicitações de mudança de endereço de usuários não residenciais em até 24 horas (meta de 97%) 99,31 99,43 99,52 99,09 99,34 99,40 99,18 99,39 99,35 99,30 98,97 98,96

Taxa de atendimento às solicitações de mudança de endereço de usuários que são prestadores de serviço de utilidade pública em até 6 horas (meta de 98%)

100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

ATENDIMENTO POR TELEFONE AO USUÁRIO

Taxa de atendimento por telefone ao usuário do STFC em até 10 segundos (meta de 94%) – Matutino 99,56 99,53 98,48 97,35 99,70 99,71 99,70 99,57 99,24 99,09 97,99 99,69

Taxa de atendimento por telefone ao usuário do STFC em até 10 segundos (meta de 94%) – Vespertino 99,70 99,59 99,27 99,29 99,54 99,64 99,68 99,60 99,77 99,49 99,23 99,47

Taxa de atendimento por telefone ao usuário do STFC em até 10 segundos (meta de 94%) – Noturno 99,21 98,99 99,07 98,83 99,85 99,67 96,77 99,53 99,79 99,91 99,88 99,70

QUALIDADE PARA TELEFONE DE USO PÚBLICO

Número de solicitações de reparo de telefones de uso público (TUP) por 100 TUP em serviço (meta de 10%)

8,06 7,06 7,19 6,86 7,62 6,69 6,93 6,49 6,34 5,32 4,31 7,45

Taxa de atendimento de solicitações de reparos de telefones de uso público (TUP) em até 8 horas (meta de 97%)

99,45 99,58 99,28 98,87 99,26 99,47 99,57 99,49 99,30 99,25 99,01 98,70

INFORMAÇÃO DO CÓDIGO DE ACESSO DO USUÁRIO

Taxa de informação do código de acesso do usuário respondida em até 30 segundos (meta de 97%)

98,03 98,02 98,03 98,19 98,31 98,74 98,94 99,08 99,22 99,17 98,59 98,78

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ATENDIMENTO À CORRESPONDÊNCIA DO USUÁRIO

Taxa de atendimento à correspondência do usuário respondida em até 5 dias úteis (meta de 100%)

100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

ATENDIMENTO PESSOAL AO USUÁRIO

Taxa de atendimento pessoal ao usuário em até 10 minutos (meta de 95%)

NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA

EMISSÃO DE CONTAS

Número de contas com reclamação de erro, na modalidade local, em cada 1.000 contas emitidas (meta de 2%)

1,74 1,61 1,90 1,81 1,92 1,78 1,91 1,93 1,91 1,93 1,94 1,96

Número de contas com reclamação de erro, na modalidade Longa Distância Nacional, em cada 1.000 contas emitidas (meta de 2%)

0,29 0,26 0,44 0,47 1,37 1,59 1,65 1,57 1,56 1,55 1,54 1,55

Taxa do número de contas contestadas com crédito devolvido ao usuário, referente à modalidade local (meta de 97%)

100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Taxa do número de contas contestadas com crédito devolvido ao usuário, referente à modalidade Longa Distância Nacional (meta de 97%)

100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

MODERNIZAÇÃO DE REDE

Taxa de digitalização da rede local (meta de 95%) 99,19 99,27 99,29 99,30 99,31 99,52 99,60 99,60 99,60 99,72 99,72 99,72

Número total de metas cumpridas (meta de 35) 33 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35

NA = Não aplicável

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Brasil Telecom Participações S.A. – Relatório de Administração 2003 Página 20

Tecnologia da Informação (TI)

Agilidade, flexibilidade e disponibilidade são diretrizes tecnológicas estratégicas, que norteiam as ações de TI na busca de soluções convergentes que atendam às necessidades do negócio. A implantação de novos sistemas ao longo de 2004 foi direcionada pelas seguintes metas corporativas:

relacionamento, aquisição, retenção de cliente; comercialização de novos produtos e planos alternativos; oferta integrada; soluções de valor adicionado; redução da perda; otimização da operação.

Além de suportar as operações da telefonia fixa e das demais linhas de negócios da Brasil Telecom, como Internet e Cyber Data Center, os sistemas de TI passaram a suportar a operação de telefonia móvel, concretizando a convergência tecnológica. Outro item da agenda corporativa no último exercício foi promover a integração das empresas adquiridas pela Brasil Telecom. Assim, parte das ações de TI consistiu na implantação dos sistemas que atendem a Brasil Telecom, como ERP - SAP, aprovisionamento, faturamento e CRM, para MetroRED e demais empresas. A seguir, encontram-se resumidos os principais projetos de tecnologia da informação desenvolvidos em 2004:

O Lançamento da Brasil Telecom GSM

O lançamento da Brasil Telecom GSM foi o maior projeto executado por TI em 2004. Único no Brasil, seu desafio foi preparar a operação de telefonia móvel a partir das plataformas que já atendiam a telefonia fixa, considerando a integração e a convergência dos sistemas, serviços e produtos. Todas as atividades do projeto foram direcionadas por um Plano de Releases, focado inicialmente no lançamento das operações e, em seguida, na inclusão incremental de funcionalidades. Com base neste Plano, foram adaptados os sistemas de gestão empresarial (comissionamento, subsídios, portal de negócios, ERP, logística), relacionamento com o cliente (atendimento, vendas, contratos), processamento de receita (faturamento, arrecadação e cobrança) e gerência de rede (aprovisionamento, gerência de falhas e gerência de desempenho). Em função das peculiaridades do mercado de telefonia móvel, foram implantados sistemas que não existiam na operação de telefonia fixa, como é o caso da logística, distribuição e venda de aparelhos celulares. Neste processo, merece destaque a implantação do sistema de lojas, construído para suportar 16 lojas próprias e 48 quiosques nas atividades de venda rápida, movimento diário e operação de caixa, além de cerca de 500 revendas e canais de varejo e corporativo. Também fez parte desse projeto, a estruturação da nova central de atendimento da BrT GSM, em Campo Grande, com 400 posições de atendimento para atender a operação de telefonia móvel. Foi disponibilizada infra-estrutura integrada com as demais centrais de atendimento, utilizando tecnologia de voz sobre IP, com o objetivo de garantir atendimento único e diferenciado. A complexidade desse projeto está refletida em alguns números: 223 processos mapeados, mais de 5.000 requisitos funcionais e 62 contratos gerenciados. No total, 57 sistemas foram desenvolvidos ou modificados para atender às necessidades da nova operação, incluindo as

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 21

plataformas de serviços convergentes, como caixa postal de voz, serviço de mensagem multimídia (MMS), serviço de mensagens curtas (SMS) e pré-pago. Esse projeto foi coroado com sucesso absoluto no lançamento dos produtos integrados e planos arrojados da BrT GSM. A estabilização da plataforma que suporta a BrT GSM foi realizada em um curtíssimo espaço de tempo entre o lançamento e o grande volume de vendas de final de ano, o que possibilitou a superação das metas. Para garantir essa estabilização e os ajustes necessários e, ainda, reduzir o tempo inerente à curva de aprendizado de toda uma equipe na utilização de novos processos e sistemas, duas ações mostraram-se fundamentais: a capacitação dos atendentes da central de atendimento e do pessoal das lojas e revendas e a monitoração em tempo real do desempenho de todas as aplicações implantadas.

Faturamento Convergente

A Brasil Telecom está comprometida com a implantação de uma nova solução de faturamento, na medida em que a maior velocidade e a flexibilidade na configuração de produtos, serviços e planos de tarifação permitirão à Empresa operar com agilidade e eficácia nos diferentes segmentos de negócio e mercado. A estratégia adotada não prescinde dos sistemas legados, mas combina o melhor dos dois mundos. Enquanto a nova solução atende aos processos de valoração e faturamento, parte do sistema legado continuará existindo para atender às necessidades específicas da legislação brasileira. Ao longo de 2004, a nova solução foi implantada para clientes dos mercados corporativo, empresarial e governo, o que tornou o processo de tarifação mais flexível. Em 2005, a solução também passará a atender clientes dos mercados empreendedor e residencial. As funcionalidades da nova solução de faturamento mostraram-se fundamentais para permitir o lançamento de planos diferenciados e a convergência, itens estratégicos no lançamento da Brasil Telecom GSM.

CRM - Customer Relationship Management (Gestão de Relacionamento com o Cliente)

Considerado um projeto essencial para uma empresa de serviços, o CRM tem como objetivo melhorar o relacionamento com o cliente, a partir da excelência no atendimento. Na BrT, a implantação do CRM inclui o módulo de atendimento, o de vendas e todo o catálogo de produtos. Durante 2004, os investimentos no CRM foram direcionados para a implantação de novos produtos e funcionalidades. O CRM também já suporta todo o atendimento ao cliente da operação de telefonia móvel de forma convergente com os produtos da telefonia fixa que tais clientes possuem, bem como os clientes dos segmentos corporativo, empresarial e governo. O CRM possibilita uma visão única das necessidades dos clientes atendidos. Assim, a Brasil Telecom garante, além da satisfação do cliente e conseqüente redução do cancelamento voluntário de linhas, uma maior eficácia nas vendas.

Aprovisionamento (Provision)

O Provision é voltado à otimização dos processos de aprovisionamento e garantia de entrega de serviços (Service Delivery). Em 2004, os esforços foram direcionados à implantação da nova versão do sistema, o que permitiu um ganho de desempenho de até seis vezes. Adicionalmente, foi concluída a automação da família de produtos IP, Frame Relay, ATM, SLDD e Frame Relay Interlan. Comparado ao momento imediatamente anterior à implantação do sistema, o prazo de

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 22

instalação do Frame Relay foi reduzido em 17,8 horas (47,1%), do ATM em 6 horas (22,5%) e do SLDD em 7,5 horas (30%). Todas as plataformas da rede GSM foram acopladas a este sistema, as quais passaram a utilizar o mesmo processo automático de entrega, ativação e controle de serviços.

BI - Business Intelligence (Inteligência do Negócio)

Visando suportar as ações da Empresa na retenção de clientes, foram reforçadas, em 2004, as campanhas e ações de marketing, a partir do aperfeiçoamento das funcionalidades do BI – Business Intelligence. Neste período, a utilização de técnicas do BI focou a:

geração de público alvo para as campanhas de oferta de ADSL, de serviços de valor agregado (identificador de chamada, secretária eletrônica, etc) e de produtos de telefonia móvel;

geração de público alvo para ações de retenção e fidelização, como na divulgação do lançamento do Ligue-Ligue 14 e da oferta de serviços de longa distância;

análise do comportamento dos clientes para apoiar o desenvolvimento de novos produtos, como o PABX Virtual Net e o TvFone;

identificação de clientes-alvo da concorrência para a oferta de produtos e serviços.

Garantia da Qualidade de Serviços

A Brasil Telecom vem investindo continuamente em sistemas que visam a melhoria no nível de monitoramento e no tratamento de falhas na rede, os quais garantem a qualidade dos serviços prestados. Atualmente, a Empresa conta com as seguintes facilidades:

gerenciamento de falhas (SGF), cobrindo 100% da planta de dados; gerenciamento de todo o ciclo de vida da falha na rede e/ou reclamação do cliente (FIX),

já atendendo aos produtos Frame Relay, ATM, SLDD e EILD; solução para garantir o cumprimento dos níveis de serviço acordados com o cliente

(SLA/SLM), do qual faz parte um portal na web, onde os clientes têm acesso a informações detalhadas sobre o nível de qualidade do serviço contratado;

monitoração da degradação e falhas da rede óptica (SGRO), cobrindo toda a operação da Brasil Telecom em sua área de concessão, que trouxe benefícios como redução do tempo de localização do rompimento da fibra de 3 horas para 3 minutos e do tempo de reparo de 24 horas para 5h40min.

Central de AtendimentoEm 2004, a Brasil Telecom elegeu como prioridade o Relacionamento com o Cliente, concentrando-se na modernização e na ampliação das centrais de atendimento. O grande desafio foi a implementação do conceito de “call center convergente”, capaz de atender, de forma transparente, o cliente de qualquer empresa ou serviço (fixa, móvel, ADSL), independentemente do local e do tipo da chamada (telefone público, celular ou telefone fixo). Os investimentos realizados possibilitaram os seguintes resultados:

implantação de um novo call center para atender a Brasil Telecom GSM; ampliação das plataformas para atender a unificação do 0800 e o atendimento

multitarefa; modernização das centrais; revisão do atendimento pela URA – Unidade de Resposta Audível, melhorando a interface

com o cliente e tornando disponíveis novas funcionalidades de auto-atendimento, o que resultou no aumento do número de chamadas atendidas automaticamente pela URA. Hoje, em média, 40% do total de chamadas geradas pelos clientes dos serviços de telefonia fixa e/ou móvel tem atendimento integral feito pela URA.

Garantia da Receita

Em 2004, a aquisição da ferramenta de gerenciamento de fraude (FMS - Fraud Management System) permitiu a evolução nas atividades de prevenção e de monitoramento de fraudes, que possibilitaram incluir mais duas novas frentes de atuação. A primeira esteve baseada na

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 23

identificação de eventos fraudulentos por meio de regras e limites configuráveis para reconhecimento de mudanças de comportamento no tráfego. A segunda considerou uma ferramenta de monitoramento em tempo real de chamadas e telefones públicos com perfil de fraude. A utilização dessas ferramentas permitiu a intensificação das ações de combate a fraudes em telefones públicos, e a redução significativa nas despesas de remuneração de rede decorrentes de uso fraudulento.

Conciliação e Batimento de Arquivo

As melhorias implementadas no processo de conciliação dos tráfegos garante à Brasil Telecom a redução de perdas. A capacidade de processamento foi aumentada de 200 para 800 milhões de CDRs – Call Detailed Records (Registros Detalhados de Chamada) e o tempo de extração de amostras de CDRs também foi reduzido de 15 dias para 24 horas, em função da contratação de novos ambientes. Esta ação suportou e agilizou as negociações de passivos de interconexão com outras operadoras.

SOC (Security Operation Center) – Segurança de TI e Rede

Vários benefícios foram alcançados a partir da execução de ações focadas em segurança de TI e Rede, especialmente com a implantação de um centro de operações de segurança:

monitoramento permanente do BrTurbo e iBest. Nenhuma tentativa de invasão nesses provedores obteve sucesso em 2004;

minimização de worms, programa que se propaga automaticamente nas redes, enviando cópias de si mesmo de computador para computador, e vírus nas redes de dados, BrTNet e MultiServiço, por meio de anti-vírus, controle de tráfego e ações preventivas e de conscientização dos usuários;

identificação e redução de prejuízos advindos de práticas de SPAM; combate a golpes e fraudes bancárias dirigidas aos nossos usuários, tanto da BrT

quanto de controladas; verificação e monitoramento de vulnerabilidades em servidores e elementos de rede; e resposta rápida e efetiva à má utilização dos recursos, marca e imagem da Brt na

Internet.

Melhorias Operacionais Prover serviços com qualidade e eficiência, um dos objetivos estratégicos da Brasil Telecom, motivou um conjunto de ações realizadas em 2004:

implantação das melhores práticas de procedimentos operacionais de TI baseadas no modelo ITIL - IT Infrastructure Library. que permite o gerenciamento do ambiente de infraestrutura de TI Essa ação resultou em melhorias na qualidade interna dos serviços de data center, reconhecidas pelos seus clientes;

implantação do sistema de VoIP, conectando mais de mil terminais na sede da BrT em Brasília, nos escritórios do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e no call center do Mato Grosso do Sul.

Marketing

Mercado Residencial e Empreendedor

Criar o conceito de cliente empreendedor, para profissionais liberais e micro-empresários, colocou a Brasil Telecom em uma posição única no setor de telecomunicações, com soluções adequadas a cada perfil de clientes. As ações da Brasil Telecom junto aos segmentos residencial e empreendedor tiveram como meta o aumento do ticket médio e a retenção de clientes, via atendimento diferenciado, incentivo ao tráfego e oferta de novos serviços.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 24

Em 2004, foram lançados os planos de franquia adicional (50, 100 e 150 pulsos), onde o cliente amplia o valor de sua franquia, adquirindo pacotes de pulsos. Dessa forma, a Brasil Telecom garante e incentiva o consumo de tráfego local e garante uma receita adicional. O tráfego também foi incentivado com a ampliação das parcerias com provedores de conteúdo, via chat de voz, Ligue Serviços, e com rádios e redes de televisão locais. A oferta de serviços inteligentes resultou em um incremento de 18,1% em relação à receita de 2003. Destaque para o identificador de chamadas, que apresentou um crescimento de 47,7% em relação a 2003, atingindo uma base de 1,4 milhão de serviços ativos. Para atuar junto aos clientes de baixa renda, foi consolidada a oferta do Lig Mix, que permite ao cliente controlar seus gastos com telefonia fixa. Ao final de 2004, eram 408,3 mil terminais Lig Mix em serviço na planta da Brasil Telecom. Para fidelizar clientes do mercado empreendedor e residencial alto consumo, foi implantado atendimento diferenciado nas centrais de atendimento, com equipes, ofertas e scripts adequados a esse perfil de cliente.

Mercado Empresarial

No decorrer de 2004, a Brasil Telecom aprimorou ações que trouxeram resultados significativos junto ao mercado empresarial. A participação no mercado de longa distância cresceu, com destaque para o segmento inter-regional, cuja meta definida para o exercício foi superada em setembro. Os produtos de comunicação de dados comercializados atingiram penetração de 30%, com crescimento no número de acessos em serviço InterLAN e IP Turbo. Ações promocionais resultaram na venda de mais de mil unidades do PABX 14 em 2004. Os resultados positivos demonstram o acerto da Brasil Telecom em manter e aprimorar as parcerias com seus Agentes Autorizados. Ao longo do ano, foram desenvolvidos sistemas de capacitação e qualificação desses agentes para garantir rapidez, precisão e qualidade no atendimento ao mercado empresarial. Os Agentes Autorizados cresceram em 33% o volume de vendas em 2004, sendo responsáveis por cerca de 70% do total das vendas ao mercado empresarial, contra 60% no ano anterior.

Mercado Telefonia Pública

Mercado fundamental para o atendimento à população de baixa renda, em que a Brasil Telecom obteve um crescimento de 21,4% na receita bruta de telefonia pública. O melhor desempenho foi resultado da conquista de mercado no tráfego LDN para fora da Região II, da consolidação e do aprimoramento do sistema de distribuição de cartões e da adequação dos canais de distribuição.

Mercado Corporativo e Governo

A Brasil Telecom manteve sua política agressiva junto ao mercado corporativo e governo, obtendo crescimento de 15% na receita bruta em 2004, com destaque para os serviços de comunicação de dados, voz e data center. A manutenção da liderança de mercado se deve principalmente ao desenvolvimento e oferta de novos produtos. A Empresa procurou enfatizar o relacionamento de forma a desenvolver soluções customizadas que culminem com a fidelização do cliente. Ainda dentro do espírito de consolidação da liderança, a Brasil Telecom participou de 1.140 certames licitatórios, saindo vencedora em 83%. A integração da MetroRED proporcionou uma melhoria no atendimento dos clientes de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Preocupada em aumentar sua presença no território nacional, a BrT implantou novos pontos de presença na Região Nordeste, mais especificamente em Fortaleza, Recife e Salvador. Ressalta-se também a disponibilidade de conectividade internacional proporcionada pelos cabos submarinos da BrT.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 25

CyDC (Cyber Data Center)

Dentro do conceito de provedora de soluções corporativas completas, o Grupo Brasil Telecom manteve sua política de oferecer serviços de data center em toda a sua área de atuação, por meio de seus seis CyDCs, localizados em Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Diferentemente do passado recente em que se apostou de forma equivocada no crescimento de data center, a partir de aplicações voltadas predominantemente para a Internet, a BrT planejou sua expansão nesse mercado, de forma consciente, visando atender à demanda do mercado corporativo e governo por soluções que reduzam seus custos em TI, com ofertas de serviços como terceirização, site backup, hospedagem e colocation, explorando capilaridade, conectividade e convergência. Buscando ofertar serviços e produtos de data center na Capital Federal, a Brasil Telecom implantou o mais moderno data center da América Latina, com capacidade final de 10 mil m2, atendendo todos os requisitos de segurança e disponibilidades aderentes aos mais rígidos padrões internacionais. O novo CyDC proporciona conexões de altíssima velocidade para a Internet, fontes de energia redundantes, sistemas contra-incêndio e estrutura de vigilância.

Banda Larga

Seguindo a tendência do mercado mundial, a Brasil Telecom mantém atenção especial ao mercado banda larga, desenvolvendo ofertas que possibilitem a rápida ampliação da base de acessos. Para isso, a Brasil Telecom tem investido constantemente na melhoria da qualidade do serviço, na rede de suporte, na ampliação da cobertura e, principalmente, a ampliação da base de clientes banda estreita, que serão futuros clientes banda larga. Como resultado dessa estratégia, a Brasil Telecom atingiu 535,5 mil acessos banda larga em serviço, distribuídos em 1.117 localidades, o que representou um crescimento de 89,9% no número de acessos em serviço de 2003.

Novos Produtos e Serviços

Número Único Nacional: permite o recebimento de chamadas em um mesmo número de acesso, no formato 4002-MDCU, em até 23 localidades do Brasil. Lançado em abril, o Número Único Nacional é voltado para clientes que têm a necessidade de atendimento telefônico distribuído ou centralizado como, por exemplo: televendas, tele-banco, validação de cartões, entre outros. O serviço também atende clientes que disponibilizam acesso remoto discado em suas bases de dados para consulta ou para atualização de informações.

PABX Virtual Net: A Brasil Telecom desenvolveu novas facilidades no PABX Virtual Net, utilizando a NGN, rede que permite a integração de telefones de diferentes tecnologias independentemente de sua localização geográfica, em uma extensa e única rede virtual, com todas as facilidades de um PABX. Este serviço, voltado a empresas de qualquer porte e segmento de atuação, permite o outsourcing completo dos serviços de telefonia de seus usuários, garantindo acesso a tecnologias de última geração, flexibilidade no atendimento e redução de investimentos e despesas com telecomunicações.

Ligue Ligue Brasil: é um serviço HCD - Home Country Direct, que permite a qualquer pessoa, em viagem no exterior, realizar ligações a cobrar para o Brasil. O acesso é feito por intermédio de números toll free disponibilizados nos países onde o serviço foi lançado. O objetivo é prover o mesmo nível de serviço prestado nacionalmente pela Brasil Telecom e ao mesmo tempo reforçar a presença da Empresa como provedora de chamadas LDI.

IPL - International Private Line: serviço de linha dedicada com abrangência internacional, que garante máxima segurança e eficiência na transmissão de dados, voz e multimídia, em qualquer velocidade e para qualquer volume de informação. Lançada em novembro, esta

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 26

solução é direcionada ao mercado corporativo, governo e empresarial, tendo como foco pontos de conexão entre o Brasil e os Estados Unidos.

Turbo Vip: produto desenvolvido para atender pequenas empresas que tem aplicações críticas de Internet e que, normalmente, utilizam acessos residenciais. A partir da constatação de que não havia ofertas voltadas para pequenas empresas, a Brasil Telecom desenvolveu um produto de menor custo, com banda e SLA – Service Level Agreement (Nível de Qualidade de Serviço) compatíveis com as necessidades pesquisadas, aumentando a participação deste mercado nas vendas mensais em cerca de 40%.

TVFone: serviço da Brasil Telecom que permite a integração entre telefones e aparelhos de TV por meio da tecnologia ADSL. O TVFone foi lançado em outubro com o objetivo de atender clientes com menor necessidade de conexões e tempo de conversação. Isso garante uma assinatura mensal reduzida em comparação ao TVFone Flat. Bônus Todo Mês: lançado pela Brasil Telecom GSM, permite ao cliente escolher um telefone fixo da Brasil Telecom para ganhar até 200 minutos mensais de ligações grátis para qualquer telefone fixo local. Bumerangue 14: possibilita ao cliente da Brasil Telecom GSM receber, todo o mês, os minutos utilizados em ligações de longa distância com o CSP “14”, para utilizar em ligações locais do celular para telefones fixos ou celulares da Brasil Telecom. Amigos Toda Hora: permite ao cliente da Brasil Telecom GSM indicar até 14 números, na versão pós-pago, para ligar de seu celular, a qualquer hora do dia ou da noite, por apenas R$ 0,10/minuto sem impostos. Os números indicados podem ser de telefones fixos de qualquer operadora ou celulares da Brasil Telecom GSM. Na versão pré-pago, é permitido o cadastro de sete números, sendo um fixo. Único: pré-pago que integra celular, linha fixa e telefone público. O cliente carrega os créditos no seu celular pré-pago, mas também pode usá-los para realizar chamadas a partir de telefones fixos, inclusive públicos, ligando para um 0800 e informando o número de destino. O valor da ligação é debitado contra os créditos armazenados e a tarifa cobrada é mais barata que a do pré-pago. Também é o único a oferecer créditos grátis em SMS a cada recarga, em todos os valores de cartões. Fale Por Menos: essa promoção, válida por até 14 meses, possibilita ao cliente da Brasil Telecom GSM pagar menos ligando de um telefone fixo Brasil Telecom para um celular da Brasil Telecom GSM. Ligar para celulares de outras operadoras é no mínimo 60% mais caro em qualquer horário.

Reajuste de Tarifas

Em 30 de junho de 2004, a Anatel homologou o reajuste tarifário do STFC, conforme critérios e condições estabelecidas nos Contratos de Concessão Local e LDN, com vigência a partir de 2/7/04. O Plano Básico Local teve reajuste médio de 6,89%, enquanto as tarifas do Plano Básico LDN tiveram um aumento médio de 3,20%. Adicionalmente, no segundo semestre de 2004 foi autorizada a recuperação da diferença do reajuste não aplicado integralmente em 2003, função de decisão judicial liminar interposta pelo Ministério Público Federal. Após julgamento final, ficou decidida a aplicação de mais dois reajustes em 2004, a título de recuperação, conforme apresentado no quadro abaixo.

Reajustes Médios – Plano Básico

Plano 02/07/04 01/09/04 01/11/04 2004 Local 6,89% 4,35% 4,17% 16,19% LDN 3,20% 4,78% 4,56% 13,06%

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 27

Relacionamento com Clientes

A Brasil Telecom, dando continuidade ao projeto de melhoria e expansão dos seus canais de relacionamento, elegeu 2004 como sendo o ano do relacionamento com o cliente. Para isso, reuniu cada um de seus colaboradores na campanha “Conte Comigo”, com o intuito de sensibilizá-los para as principais premissas que nortearam o plano estratégico da Empresa: “Cada contato é encarado como uma oportunidade de gerar valor para o cliente e para a BrT” e “O relacionamento com o cliente é um diferencial competitivo”. Inúmeras ações foram desenvolvidas ao longo de 2004, tais como:

• unificação dos diferentes números de acesso às centrais de atendimento; • revisão geral dos processos e procedimentos de relacionamento com o cliente,

com foco na solução dos problemas apresentados já no primeiro contato; • implantação de painel de pesquisa de satisfação semanal das centrais de

atendimento, avaliando a qualidade do atendimento de forma sistemática e contínua;

• revisão do processo de monitoria dos atendentes das centrais de atendimento, permitindo uma melhor avaliação da qualidade do atendimento;

• ampliação e melhoria dos canais de auto-atendimento: URA, website e terminais de auto-atendimento;

• lançamento da revista Canal Brasil Telecom com a finalidade de levar aos clientes informações de qualidade que abrangem tendências do mercado de telecomunicações e o portfolio de produtos e serviços do Grupo;

• promoção de encontros com clientes de diversos segmentos do mercado corporativo e governo, com o objetivo de entender a cadeia de valor de cada um;

• criação de atendimento diferenciado nas centrais de atendimento para o mercado empreendedor e micro-empresa;

• qualificação dos Agentes Autorizados, por meio do programa de Certificação de Agentes, que inclui a validação de suas estruturas físicas, bem como a capacitação de seus funcionários.

No decorrer do ano, foram realizados 499 milhões de contatos por meio dos vários canais de relacionamento.

Atendimento Presencial

A Brasil Telecom oferece 2,4 mil pontos de atendimento presencial em sua área de concessão, distribuídos entre lojas próprias, agentes autorizados, agências dos Correios e lotéricas. Com o lançamento da operação móvel, a Brasil Telecom tornou-se pioneira ao adotar o conceito de atendimento convergente em suas lojas, ou seja, atender o cliente de telefonia fixa, de telefonia móvel ou de acesso banda larga em um único local, garantindo maior comodidade e facilidade para todos os clientes. Foram realizados investimentos, tanto na abertura de novos pontos, como na melhoria dos pontos existentes, através das reformas das lojas, adequação da infra-estrutura de sistemas, capacitação dos atendentes e padronização dos processos de atendimento. Ao longo do ano, mais de 12,5 milhões de consultas on-line e 9 milhões de pagamentos foram realizados nas 1.787 casas lotéricas que operam em parceria com a Brasil Telecom. Nas lojas, agentes autorizados e agências dos Correios, foram realizados 2,1 milhões de atendimentos. No decorrer de 2005, serão implantados 1,6 mil novos pontos, o que garantirá à Brasil Telecom encerrar o ano com, aproximadamente, 4,0 mil pontos de atendimento presencial.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 28

Centrais de Atendimento (Call Center)

Nas centrais de atendimento, localizadas em cinco estados e no Distrito Federal, trabalham cerca de 6,2 mil profissionais, que foram responsáveis por 26,5 milhões de contatos mensais em 2004, dos quais 24,3 milhões corresponderam a chamadas recebidas e o restante a chamadas discadas. A revisão da arquitetura das plataformas de atendimento contribuiu para o aumento de 6,3% na produtividade dos call centers.

Centrais de Vendas Receptivas

No decorrer do ano, as centrais de vendas receptivas passaram por uma profunda mudança, que teve como finalidade tornar cada contato uma oportunidade de gerar valor para o cliente e para a Brasil Telecom. Como parte desse processo, a Empresa implementou uma série de ações:

• revisão dos scripts de atendimento, tornando-os mais flexíveis e voltados para a negociação e para a oferta de produtos e serviços adequados às necessidades de cada cliente;

• revisão dos critérios de monitoria de qualidade, dando ênfase à atitude e à precisão de vendas;

• revisão dos critérios de recrutamento, seleção, remuneração e treinamento dos atendentes;

• intensificação de campanhas de incentivo; • aprimoramento das ferramentas de controle e dos sistemas de gestão.

Como resultado, as vendas mensais de terminais e de serviços inteligentes por atendente aumentaram em 40,5%, bem como a relação de vendas por ligações atendidas aumentou em 86,9%.

Centrais de Vendas Ativas

As centrais de vendas ativas comercializaram mais de 1,2 milhão de produtos e serviços em 2004, o que representa 35% das vendas realizadas pelo call center, refletindo as melhorias no processo de geração dos mailings, a flexibilização dos scripts de atendimento, a implantação de remuneração variável, os treinamentos dos atendentes e a intensificação de campanhas motivacionais. Merece destaque o aumento de 56,4% nas vendas mensais do acesso ADSL por atendente.

Centrais de Tele-cobrança Ativa e Receptiva

A partir de julho foi iniciado um trabalho que visou transformar as centrais de tele-cobrança em unidades de recuperação de crédito. Para isso, a Brasil Telecom:

• criou uma estrutura vertical integralmente orientada ao negócio; • centralizou as ações ativas em Curitiba; • revisou e flexibilizou os scripts de atendimento, com foco em argumentação e

negociação; • implantou o sistema de cobrança “CCA_Wedo” na Brasil Telecom GSM; • implementou nova ação de cobrança para os clientes com contas de 75 a 105 dias de

atraso; • redesenhou a missão da célula de cobrança; • revisou os critérios de monitoria de qualidade; • treinou os supervisores para uma gestão mais pró-ativa e participativa; • implantou o Blended (Central Mista), transferindo chamadas da célula ativa para a

receptiva, ou vice-versa, em casos de ociosidade, com respectivo aumento da produtividade.

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Centrais de Retenção

As centrais especializadas em retenção foram responsáveis pela fidelização de 1,4 milhão de produtos e serviços, resultado obtido em função da intensificação de campanhas de incentivo aos atendentes (“Cliente Fiel”), segmentação da retenção para os clientes SOHO – Small Office, Home Office, aprimoramento das ferramentas de controle e dos sistemas de gestão e implantação de plano de remuneração variável para os atendentes. Como resultado, vale destacar o aumento de 52% e 415% na retenção mensal por atendente de ADSL e de serviços inteligentes, respectivamente.

Auxílio à Lista (102)

Uma nova filosofia de trabalho adotada no call center mudou em muitos aspectos a imagem do serviço, trazendo maior satisfação para o cliente. Mais de 94 milhões de informações foram fornecidas, demonstrando uma melhoria na eficácia do serviço e ampliando a satisfação do cliente. Seguindo a orientação de melhor qualidade e satisfação dos clientes, a Brasil Telecom firmou parcerias com outras empresas que resultaram na criação do 102 PLUS, serviço de valor agregado que permite ao cliente consultas diferenciadas, patrocinado gratuitamente pela empresa consultada.

Cross Selling (“Venda Cruzada”)

Em 2004, foi implantado o sistema de controle automático de cross selling das centrais receptivas, permitindo que os atendentes não especialistas em vendas do call center - agentes de faturas, serviços e reparos - aproveitassem as chamadas recebidas para comercializar produtos e serviços, sem comprometer os níveis de serviço de atendimento. Como exemplo, podemos citar a venda do identificador de chamadas nas células de faturas.

E-mail

Em 2004, 110 mil e-mails foram recebidos e respondidos por especialistas, dedicados exclusivamente ao atendimento via Internet. Esse número representa um aumento de 13% com relação ao ano anterior, ocasionado pela boa aceitação do canal pelos clientes da Brasil Telecom e pelo lançamento da operação móvel.

Web

A Internet mostrou mais uma vez sua relevância na estratégia de relacionamento com o cliente da Brasil Telecom:

• 560 mil clientes se cadastraram no website, um crescimento de 42% em relação a 2003; • 175 milhões de consultas ao 102 on-line, representando 54% do total de consultas ao

serviço de auxílio à lista; • 1 milhão de acessos de usuários para utilização dos serviços on-line.

A base de clientes permitiu a realização de diversas ações de e-mail marketing, tais como o envio de aproximadamente 120 mil correspondências eletrônicas mensais, reduzindo custos de comunicação dirigida ao cliente. A seção Sua Conta (e-billing) foi responsável pela maior parte dos cadastramentos realizados e tornou-se a mais importante ferramenta de relacionamento do website:

• 1,5 milhão de serviços solicitados; • 32 mil contas telefônicas enviadas por e-mail em dezembro. O cliente recebe a conta

digital com segurança, podendo pagá-la via Internet banking ou imprimi-la;

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 30

• 15 mil adesões ao serviço Conta sem papel, reduzindo os custos de impressão e postagem.

A Brasil Telecom lançou nova homepage em agosto, alinhando o canal web a sua estratégia de negócios, baseada na oferta de soluções completas e convergentes em telecomunicações.

Desempenho operacional

Telefonia Fixa

Indicadores da Planta – Telefonia Fixa

PLANTA 2002 2003 2004

Linhas Instaladas (Mil) 10.548 10.687 10.737Linhas Instaladas Adicionadas (Mil) 533 139 50Linhas em Serviço - LES (Mil) 9.465 9.851 9.503LES Adicionadas (Mil) 827 386 (348)Linhas Médias em Serviço - LMES (Mil) 9.052 9.658 9.677LES/100 Habitantes 23,1 23,4 22,4TUP/1.000 Habitantes 7,2 7,0 7,0TUP/100 Linhas Instaladas 2,8 2,8 2,8Taxa de Utilização 89,7% 92,2% 88,5%Taxa de Digitalização 99,0% 99,0% 99,7%

A planta instalada da Brasil Telecom S.A. atingiu 10,7 milhões de terminais, refletindo a adição de aproximadamente 50 mil linhas. Esse desempenho é explicado pelo fato de que a demanda por telefones fixos encontra-se atendida, considerando os níveis de renda da população brasileira. Quanto à planta em serviço, que totalizou 9,5 milhões de terminais ao final de dezembro, a Brasil Telecom realizou um processo de depuração da sua base de clientes, o que significou o cancelamento de 348 mil linhas em 2004. Como parte desse processo, a Empresa concentrou esforços na análise do perfil de uso de alguns clientes, principalmente os assinantes de planos alternativos. Isso significou a migração de terminais alternativos para terminais híbridos, conhecidos na Brasil Telecom como Lig Mix. O Lig Mix proporciona ao cliente a possibilidade de controlar seus gastos com telefonia fixa, uma vez que as chamadas de longa distância ou fixo-móvel somente são realizadas mediante a aquisição de cartão. Para a Brasil Telecom, o Lig Mix, além de ser mais rentável do que muitos planos alternativos, evita a inadimplência. Ao final de 2004, a Empresa possuía 408,3 mil terminais híbridos em sua planta em serviço. A estabilidade da planta instalada, combinada à redução da planta em serviço, resultou na queda da taxa de utilização da rede, que atingiu 88,5% em 2004.

Telefonia Móvel

Ao final de 2004, aproximadamente 622,3 mil clientes possuíam celulares da Brasil Telecom GSM, representando uma participação de mercado de 3,2% obtido em apenas três meses de operação. Desse total, destaca-se a participação dos clientes pós-pagos, que atingiu 33%, acima da média de mercado. Esse resultado reflete o conhecimento do mercado que o Grupo Brasil Telecom adquiriu, a presença da marca no segmento corporativo e a percepção por parte dos clientes dos benefícios da convergência.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 31

Base de Clientes – Telefonia Móvel – 31/12/04

205.7

416.6

622.3

100%

67%

33%

-

100

200

300

400

500

600

700

Pós Pré Total

Mil

Ace

sso

s

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

Transmissão de Dados

A Brasil Telecom permaneceu ampliando sua participação no mercado de transmissão de dados em 2004, apesar da competição acirrada. Um dos grandes destaques do ano ficou por conta do desempenho da Empresa na comercialização dos acessos ADSL. Comparados a 2003, os acessos ADSL em serviço cresceram 90%, atingindo 535,5 mil ao final de 2004. Nos últimos dois anos, o crescimento observado foi de 281%. O acesso ADSL é fundamental na estratégia da Brasil Telecom, pois além de proporcionar uma maior receita média por usuário, a Empresa protege sua base de clientes de alto poder aquisitivo contra a concorrência.

Acessos ADSL em Serviço

34

141

535

282

2001 2002 2003 2004

ADSL em Serviço (Mil Acessos)

Com relação aos demais serviços de comunicação de dados - ATM, Frame Relay, IP - houve um acréscimo de portas instaladas de 5,7% em relação a 2003. O serviço Dial Net cresceu de 150,2 mil portas instaladas em dezembro de 2003 para 192,2 mil ao final de 2004, representando um aumento de 28,0%.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 32

Desempenho financeiro consolidado

Receita

2004 2003

SERVIÇO LOCAL36,4%

CHAMADAS FIXO-MÓVEL24,0%

SERVIÇO DE LONGA DISTÂNCIA

13,3%

INTERCONEXÃO5,7%

COMUNICAÇÃO DE DADOS9,6%

OUTRAS10,4%

TELEFONIA MÓVEL0,7%

OUTRAS9,5%

COMUNICAÇÃO DE DADOS7,4%

INTERCONEXÃO7,5%

SERVIÇO DE LONGA DISTÂNCIA

13,0%

CHAMADAS FIXO-MÓVEL22,8%

SERVIÇO LOCAL39,8%

Em 2004, a receita bruta consolidada atingiu R$ 12.763,4 milhões, 15,2% superior à receita observada no ano de 2003. O crescimento de R$ 1.686,1 milhões da receita deve-se, basicamente, aos seguintes fatores:

• A entrada da BrT nos segmentos de longa distância inter-regional e internacional; • A expansão da planta de acessos ADSL em serviço; • Ao início das operações da Brasil Telecom GSM; • Ao crescimento de 7,9% no tráfego fixo-móvel; e • Ao reajuste tarifário autorizado pela Anatel, tanto para as chamadas fixo-móvel, como

para os planos básicos local e de longa distância. A receita líquida consolidada totalizou R$ 9.064,9 milhões, superando em 14,5% a obtida em 2003. A receita consolidada do serviço local alcançou R$ 4.710,8 milhões em 2004, um aumento de 6,3% em relação a 2003. O aumento da receita do serviço local é reflexo da queda do tráfego aliada ao reajuste tarifário da cesta de serviço local. É importante mencionar que, no decorrer do ano, a BrT promoveu uma depuração das linhas inadimplentes, desconectando as linhas que se encontravam sem perspectivas de retorno à base ativa no médio prazo, gerando uma redução da planta em serviço. A receita consolidada de chamadas de longa distância atingiu R$ 1.726,1 milhões em 2004, um aumento de R$ 275,6 milhões, ou 19,0% em relação a 2003. Esse desempenho reflete o sucesso da Brasil Telecom ao iniciar a prestação dos serviços de longa distância inter-regional e internacional, após a certificação de cumprimento das metas de 2003 obtida junto à Anatel, que adicionou R$ 248,9 milhões à receita de longa distância da Empresa. As campanhas de marketing desenvolvidas para o lançamento do CSP 14 para fora da Região II, aliada à posição dominante da BrT em sua área de concessão, foram fundamentais para que a Empresa alcançasse, no último trimestre de 2004, uma participação média de mercado de 48,9% e 26,6% nos segmentos de longa distância inter-regional e internacional, respectivamente. Nas chamadas inter-redes, a receita consolidada atingiu R$ 3.097,7 milhões em 2004, um aumento de 22,2% em relação ao ano anterior. O aumento do tráfego fixo-móvel e o reajuste de 7,0% nas tarifas VC-1, VC-2 e VC-3, autorizado pela Anatel em 9 de fevereiro de 2004, foram os principais responsáveis pelo incremento na receita. No que diz respeito à interconexão, a receita consolidada totalizou R$ 731,3 milhões em 2004, uma redução de 12,5% em relação a 2003, refletindo o aumento da participação de mercado nos segmentos de longa distância e à queda de 10,5% da tarifa de uso da rede local, conforme previsto nos contratos de concessão.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 33

A receita consolidada de telefonia pública atingiu R$ 478,8 milhões, representando 3,8% da receita bruta em 2004, indicando uma estabilidade em comparação à participação observada em 2003. No ano, a receita de telefonia pública cresceu 21,4%, em função do número de créditos vendidos, combinados com o reajuste tarifário. A receita consolidada de serviços suplementares e de valor adicionado atingiu R$ 421,0 milhões, um aumento de 18,1% em relação a 2003, refletindo, principalmente, o aumento de 23,4% nos serviços inteligentes ativados, – Secretária Eletrônica Virtual, Siga-me, Chamada em Espera e Identificador de Chamadas – que totalizavam 7,1 milhões ao final de 2004. O segmento de comunicação de dados gerou receita bruta consolidada de R$ 1.237,4 milhões, representando um aumento de 49,1% em comparação à registrada em 2003. O melhor desempenho reflete o crescimento de 89,9% no número de acessos ADSL em serviço no ano e demonstra o acerto da estratégia adotada pela BrT em direcionar esforços para um mercado até 2001 inexplorado pela indústria de telecomunicações. Em 2004, precisamente em apenas três meses de operação, a BrT GSM, ao conquistar 622,3 mil acessos celulares, contribuiu com uma receita bruta equivalente a R$ 87,9 milhões, superando as projeções do Grupo. O ARPU total acumulado no ano foi de R$ 35, sendo o ARPU do pós-pago de R$ 64 e o do pré-pago de R$ 16.

Custos e despesas operacionais

Os custos e despesas operacionais, excluindo depreciação e amortização, atingiram R$ 5.479,7 milhões em 2004, o equivalente a 42,9% da receita bruta, contra 41,5% em 2003. Esse aumento é explicado, principalmente, pelo lançamento da BrT GSM. Os custos e despesas com pessoal atingiram R$ 414,9 milhões, uma queda de 1,9% em relação a 2003, devido à mudança no registro contábil da participação dos empregados que foi reclassificada em custos e despesas com pessoal no resultado de 2003. Desconsiderando o efeito da reclassificação contábil, os custos e despesas com pessoal superaram em 9,0% os registrados em 2003. Os maiores custos e despesas com pessoal foram ocasionados pelo aumento no quadro de pessoal decorrente da consolidação, em 2004, da MetroRED, Vant, iG e Brasil Telecom GSM e pelo dissídio coletivo. Os custos com interconexão totalizaram R$ 2.297,5 milhões, representando 41,9% do custo total de 2004 (38,5% em 2003), refletindo o crescimento do tráfego fixo-móvel resultante da expansão da planta móvel na Região II, combinado com o reajuste de 9,17% na tarifa de uso da rede móvel, autorizado pela Anatel, que passou a vigorar em 9 de fevereiro de 2004. No ano de 2004, os custos e despesas com serviços de terceiros, excluindo propaganda e marketing, atingiram R$ 1.570,5 milhões, o equivalente a 28,7% do custo total, contra 28,0% em 2003. As despesas com propaganda e marketing totalizaram R$ 133,6 milhões ao final de 2004, um aumento de 56,2% em relação a 2003. As campanhas de marketing voltadas para as campanhas de Natal da BrT GSM e para a saída do CSP 14 para fora da Região II explicam aquela variação. As perdas com contas a receber atingiram R$ 410,3 milhões em 2004, 37,7% superior aos R$ 298,0 milhões registrados no ano anterior. Esse aumento foi ocasionado pelo aumento da inadimplência, pela implantação do faturamento conjunto com as operadoras celulares e pela consolidação das empresas adquiridas ao longo de 2004. Dessa forma, as perdas com contas a receber representaram 3,2% da receita bruta em 2004, 0,5 p.p. acima da relação observada em 2003. As provisões para contingências totalizaram R$ 252,2 milhões em 2004, contra R$ 359,7 milhões no ano anterior. Em 2003, a Empresa registrou provisões para contingências, no

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 34

montante de R$ 246 milhões, vinculadas às operações da filial Rio Grande do Sul, antiga Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT), oriundas de fatos ocorridos anteriormente à aquisição desta empresa, tais como passivos trabalhistas, cíveis, tributários e custos processuais. A Brasil Telecom concluiu negociações com a Embratel, relacionadas a disputas comerciais existentes, resultando na celebração de um acordo que resultou no registro de R$ 124,5 milhões em outras receitas operacionais. O encerramento dessas disputas permitirá melhoria substancial no relacionamento comercial entre Brasil Telecom e Embratel, eliminando de imediato o custo de administração dessas disputas. Ainda em 2004, diferentes negociações possibilitaram um ganho de R$ 114,9 milhões, registrados em outras receitas operacionais: recuperação de despesas.

EBITDA

Em 2004, o lucro operacional antes do resultado financeiro, impostos, depreciação e amortização (EBITDA), também conhecido como LAJIDA, totalizou R$ 3.585,2 milhões, 8,2% acima dos R$ 3.314,0 milhões registrados em 2003. A margem EBITDA foi de 39,6% em 2004, contra 41,9% em 2003. A queda na margem EBITDA reflete, principalmente, o impacto proveniente do início da operação da BrT GSM.

Resultado financeiro

O resultado financeiro líquido consolidado em 2004 foi negativo em R$ 1.024,0 milhões, sendo composto por R$ 493,3 milhões de receitas, R$ 1.072,8 milhões de despesas e R$ 444,5 milhões de juros sobre capital próprio (JSCP). Em 2003, o resultado financeiro foi negativo em R$ 1.091,0 milhões, sendo composto por R$ 302,6 milhões de receitas, R$ 1.147,4 milhões de despesas e R$ 246,2 milhões em JSCP.

Resultado não-operacional

O resultado não operacional foi negativo em R$ 160,1 milhões, composto basicamente por:

• R$ 124,0 milhões de amortização do ágio reconstituído em função da aquisição da CRT; • R$ 40,0 milhões de resultados na baixa de ativo imobilizado.

Lucro líquido

Em 2004, a Brasil Telecom apresentou um lucro líquido de R$ 277,0 milhões, revertendo o prejuízo líquido de 2003, decorrente das provisões para contingências e das baixas de ativos.

Investimentos

O Grupo investiu R$ 2.866,9 milhões em 2004, contra R$ 1.794,0 milhões em 2003. O aumento foi ocasionado, principalmente, pela implantação da rede móvel e pelas aquisições da MetroRed, da Vant e do iG. Na telefonia fixa, os investimentos apresentaram uma queda de 8,7% em relação a 2003, atingindo R$ 1.212,4 milhões em 2004. Destaca-se a maior participação dos investimentos na rede de dados em 2004, que representou 24,7% dos investimentos voltados para a telefonia fixa, contra 19,9% no ano anterior. Os investimentos na telefonia móvel totalizaram R$ 1.175,7 milhões em 2004, concentrados principalmente na implantação da rede, na aquisição dos equipamentos e das plataformas de TI, na reforma e instalação das 16 lojas próprias, nos gastos pré-operacionais e na aquisição da licença adicional de 900 Mhz, obtida com o intuito de melhorar a qualidade dos serviços prestados. Parte dos investimentos prevista para ser desembolsada em 2005 foi antecipada

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 35

para 2004, pois a Empresa decidiu por uma cobertura GSM similar à da concorrência, que atingiu 626 localidades e 81,2% da população da Região II. Complementando o total do ano, foram investidos R$ 159,0 milhões na aquisição dos 80,1% restantes do capital social da MetroRed, R$ 15,6 milhões na aquisição dos 80,1% restantes do capital social da Vant e R$ 301,5 milhões na aquisição de 63% do capital social do iG.

2004

Expansão da Rede19,9%

Telefonia Móvel41,0%

Outros19,3%

Operação da R9,4%

Pessoal de Expansão2,8%

Tecnologia da Informação

7,5%

2003

Tecnologia da Informação

11,7%Pessoal de Expansão

4,6%

Operação da Rede14,0%

Outros26,0%

Telefonia Móvel6,1%

Expansão da Rede37,6%

Endividamento

R$ Milhões 2004 2003 Variação

2004/2003 Curto Prazo 1.103 1.990 -44,6%

Em R$ 962 1.865 -48,4% Em US$ 63 46 34,9% Em Cesta de Moedas 50 55 -8,3% Em Ienes 4 - N.A. Ajuste de Hedge 24 24 1,1%

Longo Prazo 4.178 2.646 57,9% Em R$ 2.597 2.271 14,3% Em US$ 693 189 265,7% Em Cesta de Moedas 248 154 46,2% Em Ienes 561 - N.A. Ajuste de Hedge 102 31 228,8%

Dívida Total 5.281 4.636 13,9% (-) Caixa 2.398 1.466 63,6%

Dívida Líquida 2.884 3.170 -7,4% (-) Mútuo BRP 1.047 1.498 -30,1%

Dívida Líquida (Ex Mútuo BRP) 1.837 1.672 9,9% Ao final de 2004, a dívida líquida totalizava R$ 2.883,7 milhões, uma queda de R$ 286,4 milhões em relação à observada em 2003. É importante mencionar que, da dívida líquida, R$ 1.047 milhões foram obtidos junto à Brasil Telecom Participações S.A. Da dívida total, R$ 755,4 milhões eram denominados em dólares, R$ 275,6 milhões em cesta de moedas e R$ 565,5 milhões em ienes, sendo que 48,1% estavam protegidos contra variação cambial. Ao final do ano, a dívida total era de R$ 5.281,5 milhões, cujo custo médio acumulado no ano foi de 11,4%, ou 70,7% do CDI no mesmo período. O prazo médio da dívida era de 54 meses em 31 de dezembro de 2004, comparado a 36 meses ao final do ano anterior. O maior prazo médio da dívida foi resultado do foco da administração da Empresa na busca de alternativas de financiamento que melhorassem o perfil da dívida, aliando prazos dilatados e custos atrativos. Em 2004, a Brasil Telecom captou R$ 2,4 bilhões, montante equivalente à previsão de pagamento do serviço da dívida que havia no começo de 2004, sendo R$ 1,8 bilhão de principal e R$ 600 milhões de juros.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 36

Bond: a primeira emissão no mercado internacional da Brasil Telecom totalizou US$ 200 milhões. Com vencimento em 18 de fevereiro de 2014, a emissão paga juros semestrais de 9,375% a.a. e conta com um seguro de risco político (PRI – Political Risk Insurance) emitido pela OPIC - Overseas Private Investment Corporation, instituição que tem a garantia de pagamento do governo dos EUA.

Empréstimo com garantia do JBIC - Japan Bank for International Cooperation: linha de financiamento cedida por um sindicato de bancos, liderado pelo SMBC - Sumitomo Mitsui Banking Corporation, que conta com garantia do JBIC, uma instituição do Ministério das Finanças do Japão, no montante de ¥ 21,6 bilhões, o equivalente a R$ 577,2 milhões. O prazo do financiamento é de sete anos, com dois de carência para pagamento do principal. Após a carência, o principal deverá ser amortizado em 10 parcelas semestrais. O custo da dívida é de Iene Libor + 1,92% a.a.

Debênture Simples: operação de R$ 500 milhões, com prazo de cinco anos e pagamento de principal em uma única parcela no vencimento. Os juros são de CDI + 1,0% a.a. e devem ser pagos semestralmente. Essa foi a primeira operação de cinco anos em CDI no mercado brasileiro que não contou com a combinação de uma série em índice de preços. A demanda atingiu R$ 800 milhões, demonstrando a credibilidade da Empresa junto aos investidores.

BNDES: em 13 de agosto de 2004, a Empresa firmou novo contrato de financiamento com o BNDES, no montante de R$ 1,27 bilhão. O financiamento é direto com o BNDES e tem custo equivalente a TJLP + 5,5% a.a., com prazo total de 6 anos e 8 meses, sendo 1 ano e 8 meses de carência, para 80% do total do financiamento. Para os 20% restantes, o custo é equivalente a Cesta de Moedas + 5,5% a.a. e possui prazo total de 6 anos e 6 meses, sendo 1 ano e 6 meses de carência. O montante liberado pelo BNDES em 2004 atingiu R$ 742,4 milhões.

A relação dívida líquida/patrimônio líquido era de 44,5% ao final de 2004, contra 47,6% ao final de 2003. Excluindo a dívida com a Controladora, a relação dívida líquida/patrimônio líquido era de 28,3% ao final de 2004.

Governança Corporativa

Orientadas pelo Estatuto Social e pelo Manual de Divulgação e Uso de Informações e de Negociação de Valores Mobiliários, as práticas de Governança Corporativa da Brasil Telecom visam garantir a qualidade e a transparência das informações ao mercado, protegendo os interesses dos investidores. Para tanto, acionistas controladores, conselheiros, executivos e demais colaboradores com acesso a informações relevantes assinam um termo de adesão ao Manual. Em 9 de maio de 2002, a Brasil Telecom aderiu ao Nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa. Desta forma, passou a representar o setor de telecomunicações no Índice de Governança Corporativa (IGC) que é composto por um grupo de companhias de capital aberto que adotam políticas que primam pela qualidade e pela precisão das informações prestadas ao mercado.

Fortalecimento dos Processos e do Ambiente de Controles Internos

O fortalecimento dos processos e do ambiente de controles internos da Brasil Telecom é compromisso comum a todas as áreas da Empresa. Os processos são avaliados permanentemente pela Administração de acordo com a rotina do negócio, os relatórios financeiros e os aspectos de cumprimento e conformidade. Paralelamente, a auditoria interna direciona suas atividades para as áreas de maior relevância e impacto nas operações, revisando os modelos e controles à luz das melhores práticas de gestão de riscos. Nesse sentido, e de forma antecipada às atuais exigências regulamentares, a Brasil Telecom aproximou a Governança Corporativa das atividades de controle, implementando mecanismos para garantir a integridade dos principais processos operacionais e constituindo a Diretoria

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 37

Adjunta de Gestão de Riscos para, entre outras atividades, difundir metodologias e conceitos e, assim, sedimentar uma linguagem uniforme de gerenciamento de riscos na Empresa. Durante 2004, todos os executivos da Brasil Telecom, auxiliados por consultoria especializada, dedicaram especial atenção à avaliação do ambiente de riscos e controles da Empresa. A partir de 2005, a Brasil Telecom implementará um processo estruturado de monitoramento e de auto-avaliação dos mecanismos utilizados, em que trabalhará com metodologia e ferramentas de suporte mundialmente reconhecidas, objetivando também a aderência às exigências da Lei Sarbanes-Oxley.

Recompra de ações

Em reunião realizada no dia 13 de setembro de 2004, o Conselho de Administração da Brasil Telecom S.A. aprovou o Programa de Recompra de Ações Preferenciais de emissão da Companhia, para permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento. Pelo Programa, a Companhia poderá adquirir até 18.760.149.302 ações preferenciais, que representam 10% do total das ações preferenciais em circulação no mercado, pelo prazo de 365 dias. No dia 31 de dezembro de 2004, a Brasil Telecom S.A. possuía 8.106.882.000 ações preferenciais em tesouraria.

Auditores independentes

Nos termos da Instrução CVM nº 381/03, a Brasil Telecom S.A. tem como procedimento submeter os honorários e tipos de serviços a serem prestados por seus auditores independentes à aprovação do Conselho de Administração da Companhia. A política de contratação adotada atende aos princípios que preservam a independência do auditor, de acordo com critérios internacionalmente aceitos, quais sejam: o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho nem exercer funções gerenciais para o seu cliente ou promover os interesses deste. Em 29 de outubro de 2004, a KPMG Auditores Independentes foi contratada para a prestação de serviços pré-acordados referentes aos procedimentos efetuados pela Empresa para a avaliação dos controles internos referentes à preparação de relatórios financeiros dos processos de arrecadação de telefonia fixa e pública, cujos honorários montaram R$ 98,5 mil, sendo que o prazo para prestação destes serviços não excede ao período de um ano.

Assembléia geral

De acordo com o Estatuto Social, a Assembléia Geral é o órgão superior da Companhia, com poderes para deliberar sobre todos os negócios relativos ao objeto social e tomar as providências que julgar convenientes à defesa e ao desenvolvimento das mesmas. As Assembléias Gerais da Brasil Telecom S.A. são convocadas pelo Presidente do Conselho de Administração com, no mínimo, 15 dias de antecedência em primeira convocação e dez dias em segunda convocação. A Assembléia Geral se reúne ordinariamente nos quatro primeiros meses subseqüentes ao término de cada exercício social, para (i) examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras; (ii) deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; e (iii) eleger os membros do Conselho Fiscal e, quando for o caso, os membros do Conselho de Administração. A Assembléia Geral se reúne, extraordinariamente, sempre que os interesses da Companhia o exigirem.

Conselho de Administração

O Conselho de Administração da Companhia é composto por sete membros efetivos e igual número de suplentes, sendo um membro indicado pelos acionistas preferencialistas. O Conselho se reúne ordinariamente a cada bimestre e extraordinariamente mediante convocação feita por seu Presidente ou por dois Conselheiros, com antecedência mínima de dez dias, e delibera por maioria de votos, desde que a maioria de seus membros esteja presente. Em 2004, o Conselho de Administração da Companhia se reuniu 12 vezes.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 38

Conselho Fiscal

De acordo com o Estatuto Social, o Conselho Fiscal, órgão responsável por fiscalizar a administração da Companhia, deve ser composto de três a cinco membros efetivos e igual número de suplentes. O Conselho Fiscal se reúne ordinariamente a cada trimestre e se manifesta por maioria absoluta de votos, presente a maioria de seus membros. O Conselho Fiscal se reuniu dez vezes ao longo de 2004.

Política de Remuneração aos Acionistas

Os acionistas da Brasil Telecom são remunerados com dividendos ou juros sobre capital próprio de 25% do lucro líquido ajustado, de acordo com o estabelecido na Lei 6.404/76 e no Estatuto Social. O Estatuto assegura às ações preferenciais prioridade no recebimento do dividendo mínimo e não cumulativo equivalente a 3% do valor do patrimônio líquido de cada ação, sempre que o dividendo calculado de acordo com esse critério superar o valor do dividendo de 6% do valor do capital social por ação. A Companhia tem adotado o procedimento de remunerar de forma eqüitativa os acionistas detentores de ações ordinárias e preferenciais, atribuindo-lhes a remuneração mínima equivalente a 3% do valor do patrimônio líquido de cada ação.

Dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JSCP)

Exercício Tipo Crédito nos registros contábeis

Base da posição

acionária

Pagamento Valor bruto (R$/lote de

1.000 ações)

Valor líquido (R$/lote de

1.000 ações) 2004 JSCP 30/01/2004 11/02/2004 14/01/2005 0,441267654 0,375077506 2004 JSCP 31/12/2004 03/01/2005 14/01/2005 0,381087103 0,323924038

Mercado Acionário

A Bovespa voltou a apresentar desempenho positivo em 2004, representado por uma valorização de 17,8% em relação a 2003. O Ibovespa fechou com 26.196 pontos, novo recorde histórico, refletindo o crescimento econômico, a tranqüilidade política, a melhora da percepção de investidores estrangeiros sobre o Brasil e a credibilidade do mercado na política econômica do Banco Central. O volume total negociado cresceu 48,6% em 2004, perfazendo R$ 304,1 bilhões, o maior registrado na história da Bolsa. As ações ordinárias (BRTO3) e preferenciais (BRTO4) da Brasil Telecom S.A. encerraram 2004 cotadas a R$ 14,37 e R$ 13,70 por lote de mil ações, respectivamente. O volume financeiro negociado no ano das ações ordinárias foi de R$ 4,5 milhões, enquanto o das preferenciais totalizou R$ 4,1 bilhões. O Dow Jones fechou em alta de 3,1%, com 10.783 pontos. O ADR da Brasil Telecom S.A. terminou o ano cotado a US$ 15,30. O volume financeiro negociado no ano pelos ADRs da Brasil Telecom foi equivalente a US$ 95 milhões.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 39

Evolução das Cotações das Ações

Fechamento em

31/Dez/04

Em Dezembro

Em 2004 Em 24 meses

Em 36 meses

Ações Ordinárias (BRTO3) (em R$/1.000 ações) 14,37 0,1% -9,9% 27,2% 36,9%

Ações Preferenciais (BRTO4) (em R$/1.000 ações) 13,70 3,5% -9,9% 16,8% 3,9%

ADR (BTM) (em US$) 15,30 5,0% -2,9% 46,8% -13,8%

Ibovespa (pontos) 26.196 4,2% 17,8% 132,5% 92,9%

Itel (pontos) 919 14,9% 14,9% 72,7% 37,6%

IGC (pontos) 2.545 11,2% 37,9% 147,8% 151,7%

Dow Jones (pontos) 10.783 3,4% 3,1% 29,3% 7,6%

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 40

RELATÓRIO SOCIAL Para a Brasil Telecom, nos dias de hoje, uma empresa moderna e competitiva deve participar ativamente do desenvolvimento social do País. Isso não significa somente fazer doações generosas para “boas causas”. Apoiar projetos sociais, culturais e esportivos representa um sinal de responsabilidade. Mais ainda, é uma maneira de retribuir ao País e seus cidadãos pelos resultados alcançados. Por ser a responsabilidade social uma prioridade na Brasil Telecom, a Empresa permaneceu apoiando projetos sociais, culturais e esportivos em 2004. Ao todo, foram R$ 17,3 milhões destinados a 29 projetos sociais que beneficiaram mais de 70 mil pessoas, 77 projetos culturais e cerca de 100 atletas.

Projetos Sociais

Para estimular o desenvolvimento da sociedade, a Empresa criou o Programa Brasil Telecom de Apoio a Projetos Sociais, que promove iniciativas que incentivem o equilíbrio social e a cidadania, potencializando e tornando mais eficientes entidades já existentes. Desde sua origem, a Brasil Telecom apoiou mais de 90 projetos sociais no Brasil. O Programa Brasil Telecom de Apoio a Projetos Sociais financia projetos voltados para o desenvolvimento do sistema de saúde e a educação de crianças, jovens e até professores, de forma a combater a pobreza e a exclusão social, reduzir a taxa de analfabetismo no País, promover a inclusão digital, resgatar a cidadania, proporcionar condições necessárias para o crescimento pessoal e profissional e contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira.

Projetos Culturais

Nenhuma outra empresa brasileira investe tanto em cultura quanto a Brasil Telecom. Desde a sua constituição, a Empresa assumiu o compromisso com a preservação e o desenvolvimento da cultura, patrimônio maior da humanidade, tendo patrocinado mais de 500 projetos culturais em todo o País. Sua política de patrocínio cultural tem por princípio encorajar diferentes formas de expressão cultural e valorizar a diversidade sócio-cultural do Brasil, consolidando novos centros de produção e favorecendo a formação de platéia. O Programa Brasil Telecom de Estímulo à Cultura tem como objetivo a descoberta de novos talentos, a valorização do potencial artístico de personalidades consagradas e a democratização do acesso a bens culturais. Tal Programa vem permitindo não só a expansão das manifestações artísticas, mas, sobretudo, o estreitamento dos laços com a população artística e com a comunidade.

Projetos Esportivos

A Brasil Telecom é uma das maiores patrocinadoras privadas do esporte olímpico brasileiro. São mais de 100 atletas de modalidades olímpicas (triathlon, atletismo, vôlei, ginástica artística, natação) e radicais (corrida de aventura, pára-quedismo e ultra-maratonas) que levam a marca de uma das principais operadoras de telefonia do País. Entre eles estão novos talentos e atletas premiados, como a ginasta Daiane dos Santos, quinta do mundo em solo nas Olimpíadas e Campeã da Copa do Mundo no solo disputada em novembro na Inglaterra. No atletismo, nossa equipe de revezamento 4x100m, foi finalista olímpica em Atenas. Outra aposta da Brasil Telecom no revezamento é o apoio à equipe Brasil Telecom de atletismo, sediada em Presidente Prudente, que forma atletas olímpicos.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 41

A Brasil Telecom é patrocinadora oficial do Triathlon Brasileiro desde dezembro de 2001. O patrocínio da Empresa foi fundamental para que o Brasil ficasse entre os seis países que classificaram uma equipe completa de triathlon para participar das Olimpíadas de Atenas. As Olimpíadas de Atenas comprovam o interesse da Brasil Telecom em contribuir para a evolução do esporte nacional, esforço que vem se repetindo ao longo dos últimos três anos. Da Delegação Brasileira, formada por 245 atletas, a Brasil Telecom patrocinava 25, representando mais de 10% dos participantes. Quanto à Para-Olimpíadas de Atenas, a Brasil Telecom patrocinou dois participantes. André Ramos, atleta com deficiência visual que conquistou duas medalhas no atletismo, uma de ouro, outra de prata e Rivaldo Martins, atleta que, competindo na categoria amputados com prótese, garantiu a 6ª colocação no ciclismo. Patrocinamos, pelo terceiro ano, o Ironman Brasil Telecom, em Florianópolis, única etapa da América Latina. A cada ano aumenta o número de atletas que participam da prova: em 2004, eram 1.002 atletas representando 36 países. A Brasil Telecom foi classificada em 3º lugar no 1º Ranking de Conceito e Imagem, promovido pela Running Brasil, como a empresa que mais incentiva e patrocina atletismo, triathlon e corrida de aventura. A Brasil Telecom iniciou também o patrocínio da Equipe Brasil Telecom de Vôlei Feminino – equipe comandada por dois medalhistas olímpicos: Willian de Carvalho como técnico e Renan Dal Zotto como consultor do projeto. A equipe, com apenas dois meses de treino, foi Campeã Brasiliense em 2004.

Programa de Qualidade de Vida – Viva Mais

O Programa de Qualidade de Vida Viva Mais está baseado em quatro pilares – esporte, saúde, lazer e cidadania – e foi aperfeiçoado ao longo de 2004, a partir das sugestões de nossos colaboradores. O principal objetivo da Empresa com o Viva Mais é incentivar seu quadro de pessoal a ter um estilo de vida mais saudável, com a prática de esportes e a melhor administração do tempo livre.

Viva Mais Esporte

A Brasil Telecom promoveu o Breakfast Run para nove mil participantes, entre funcionários e familiares, em quatro edições ao longo do ano. Apoiamos seis colaboradores na Maratona de Nova York, como parte do Programa Maratonistas Daqui. O Programa de Corrida e Caminhada teve como novidade o projeto Minha Primeira Medalha, que contou com 245 inscrições de funcionários em corridas do calendário oficial na área de atuação da Brasil Telecom. Realizamos o 3º Jogos Internos Brasil Telecom com a participação de mais de 300 funcionários e duração de duas semanas, e organizamos passeios de aventura.

Viva Mais Saúde

O Viva Mais Saúde oferece o convênio de medicina preventiva e alternativa Viver Plus e o plano odontológico Viver Odonto. Os funcionários participam de campanhas de vacinação, check-ups médicos, alongamentos e massagens no local de trabalho. Lançamos o espaço Viva Mais Saúde, onde especialistas oferecem sessões de acupuntura, RPG, fisioterapia, drenagem linfática, ortopedia, psicologia, iridologia e terapia floral.

Viva Mais Lazer

O Viva Mais Lazer sorteou ingressos para shows, peças teatrais e outros espetáculos patrocinados pela Brasil Telecom, promoveu cursos diversos de artesanato e de vinho e apoiou

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 42

o coral Viva Mais Cantando, que contou com a participação de 150 colaboradores no III Festival de Corais realizado na sede da Brasil Telecom ao final do ano. Além disso, o Viva Mais Lazer estabeleceu convênios com salas de cinemas, pousadas, hotéis-fazenda, parque aquático e casas de dança.

Programa de Voluntariado

O programa de voluntariado da Brasil Telecom, Viva Mais Cidadania, fomenta projetos, campanhas e ações voluntárias com o envolvimento dos colaboradores e familiares. Desta forma, a Brasil Telecom contribui para ampliar a responsabilidade social dos colaboradores, transformando-os em cidadãos mais conscientes. Foi realizado um amplo trabalho junto ao Orfanato Cristo Vivo no decorrer de 2004, instituição que atende 100 crianças de 0 a 18 anos. As ações voluntárias incluíram gincanas, plantio de horta, orientação quanto à higiene pessoal. Cerca de 550 colaboradores dedicaram-se às ações voluntárias ao longo do ano.

Qualidade em RH

Consciente de que as pessoas são as responsáveis pelo sucesso e superação de desafios, principalmente em um setor que atravessa constantes mudanças e num mercado onde a qualidade do serviço é primordial, a Brasil Telecom desenvolveu programas com foco em reconhecimento pelo sucesso, e apoio no alcance de resultados.

Sistema Integrado de Gestão de Pessoas

A Brasil Telecom iniciou a construção do Sistema Integrado de Gestão de Pessoas por Competências. Os critérios do Sistema serão definidos por um grupo de gestores, alinhados com as expectativas da organização, decorrentes de sua orientação estratégica. Os principais resultados a serem proporcionados pelo sistema são: direcionamento dos colaboradores para os objetivos da organização e gestão de pessoas, com base em um modelo flexível, com o intuito de possibilitar adaptações constantes às mudanças de estrutura, processos internos e tecnologias. Para os colaboradores, o sistema implica, principalmente, a consolidação de uma cultura de autodesenvolvimento, ampliação do espaço de atuação e de avaliação, desenvolvimento das competências individuais e definição de critérios objetivos e transparentes nas decisões referentes à gestão de pessoas.

Gente em Destaque

O Programa Gente em Destaque tem como objetivo reconhecer os colaboradores que, individualmente ou em equipe, implantaram projetos que se destacaram, tanto pelas características de inovação e criatividade, como pelos resultados alcançados. A cada edição, as categorias e prêmios são revisados para que estejam sempre alinhados às estratégias da Empresa. O ciclo 2004 representou a sexta edição do Programa e foi composto por sete categorias e 32 prêmios. A cada ano, o Programa ganha mais força pela participação expressiva dos colaboradores e pela qualidade dos projetos inscritos. Em 2004, tivemos mais de 900 inscrições, superando em mais de 50% o número de projetos inscritos no ano anterior. Para consolidar o Programa Gente em Destaque, a Brasil Telecom tem adotado critérios de avaliação baseados no PNQ - Prêmio Nacional da Qualidade.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 43

TOR – Times de Otimização de Resultados

O Programa TOR - Times de Otimização de Resultados cria condições para o desenvolvimento e para a plena utilização do potencial da força de trabalho como forma de atingir metas e superar desafios. Criado em 2000, o Programa consiste na formação de equipes multifuncionais voltadas para trabalhar desafios associados às estratégias da Empresa, proporcionando a interação, o aprendizado, a integração e a troca de experiências, envolvendo todos os níveis da organização. Ao longo de 2004, cerca de 60 times foram constituídos, envolvendo diretamente mais de 400 colaboradores, além da participação de parceiros e fornecedores.

Programa “Arrancada de Vendas – O Melhor de Você”

Em sua terceira edição, o Programa Arrancada de Vendas escolheu o mote “O Melhor de Você” para mexer com a garra dos colaboradores alcançados pelo Programa. Além de incentivar as vendas, o Programa tem como objetivo provocar, nos vendedores, o sentimento de sonhar com coisas e momentos que os fizeram sentir-se motivados a superar desafios. Baseada na sabedoria dos samurais, a terceira edição do Programa mostrou aos vendedores que somente com talento e trabalho são alcançados resultados e sucesso. Em 2004, mais de 800 colaboradores foram incentivados e motivados a buscar e superar os resultados, contra 515 em 2003. O Programa entrega mensalmente prêmios aos três melhores vendedores de cada mercado em cada filial, além dos prêmios pela melhor equipe nos mercados residencial e de telefonia pública.

Programa Jovem Vendedor

O Programa foi lançado em janeiro de 2003 e tem como objetivo a identificação e desenvolvimento de jovens com formação em telecomunicações e feeling para negócios – uma combinação perfeita para beneficiar Empresa e clientes. No Programa Jovem Vendedor, aprende-se na prática, pois a qualquer momento eles estão prontos e preparados para assumir ou substituir posições na área comercial da Brasil Telecom. Essa iniciativa garante a renovação do quadro comercial da Empresa e a manutenção do nível de atendimento ao cliente. Em 2004, participaram do processo seletivo 2.060 candidatos, sendo que 44 foram contratados.

Empresa Jr

O Programa consiste em parcerias com Empresas Juniores, inseridas nas universidades ou faculdades das principais cidades em que a Brasil Telecom atua. O objetivo é desenvolver novos canais de venda de produtos e serviços da Brasil Telecom, com foco nos mercados empresarial, empreendedor e residencial, e valorizar os currículos de jovens talentos que possam vir a assumir posições na Brasil Telecom.

Estratégia de Seleção

O quadro funcional da Brasil Telecom é formado por profissionais de diversas culturas organizacionais e sociais. Os processos de seleção e recrutamento são conduzidos localmente ou em âmbito nacional, dependendo da vaga a ser preenchida. A Brasil Telecom gerencia seu capital intelectual, valorizando os talentos internos e proporcionando opções de carreira e desenvolvimento profissional.

Assessment de Jovens Profissionais

Assessment consiste em um conjunto de ferramentas de avaliação de profissionais que identifica seu estágio atual de entrega frente às necessidades da organização. Na Brasil Telecom, o Assessment foi implementado para estagiários e colaboradores entre 20 e 30 anos, com potencial e desempenho diferenciados com o objetivo de identificar aqueles que tenham capacidade para contribuir ou desenvolver atividades com maior grau de complexidade e

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 44

responsabilidade. Em 2004, participaram 113 estagiários e 158 colaboradores, dentre os quais 20 e 44 se destacaram pelo desempenho diferenciado, respectivamente. Os resultados esperados são:

• obtenção de informações para ações específicas de desenvolvimento, mobilidade de carreira, planos de retenção e de sucessão;

• alinhamento das expectativas de carreira, objetivos individuais e organizacionais dos colaboradores e estagiários.

Programa de Estágio

Com o Programa de Estágio, jovens estudantes são selecionados para que, em contato com a cultura da Empresa, possam atuar como agentes de renovação na organização e fontes de novas idéias. Simultaneamente, a BrT cria oportunidades de aprendizagem e contribui para o desenvolvimento das competências técnicas e comportamentais dos jovens profissionais. Ao final de 2004, a Empresa contava com 378 estagiários, tendo contratado, ao longo do ano, 117.

Programa Trainee

O Programa Trainee é bienal e tem como objetivo recrutar jovens com até dois anos de graduação, que tenham potencial diferenciado e almejem desenvolver carreira em telecomunicações. O sucesso do Programa pode ser comprovado pelos primeiros resultados obtidos pelo Assessment, em que 30% dos jovens identificados com desempenho diferenciado foram ex-trainees. Os resultados alcançados pela BrT desde a privatização, a favorável situação econômico-financeira, as oportunidades de crescimento e a valorização do capital intelectual são fatores que atraem, a cada ano, mais interessados em concorrer a uma vaga no Programa Trainee da Empresa.

Summer Internship Program

O Summer Internship Program tem como objetivo identificar potenciais executivos entre os estudantes brasileiros, que estejam cursando MBA em conceituadas instituições nos Estados Unidos, tais como Harvard, Wharton, Stanford, Darden, Berkeley, Michigan, Kellogg, Chicago, Columbia, entre outras, e na Europa, como a London Business School. O programa atrai profissionais com visão multi-cultural e integradora do cenário globalizado, gosto pelo aprendizado e habilidade de analisar os processos sob múltiplas perspectivas. Os profissionais que trabalharam em 2004 alcançaram ótimos resultados em seus projetos, despertando o interesse da Brasil Telecom na contratação futura de alguns desses profissionais quando os mesmos concluírem seus respectivos cursos em junho de 2005. Em dezembro de 2004, iniciaram-se as inscrições para a quarta edição do Summer Internship Program, que deverá selecionar até cinco novos estudantes.

Estratégia de Remuneração aos Colaboradores

A política de remuneração da Brasil Telecom tem como propósito incentivar a consecução dos objetivos estratégicos da Empresa, atrair e reter profissionais qualificados, comprometidos com a excelência do negócio. Além do salário, a remuneração anual é composta pela participação nos resultados, decorrente do cumprimento de metas pré-acordadas.

Programa de Participação nos Resultados

Em março de 2004, a Brasil Telecom pagou aproximadamente R$ 13 milhões aos seus colaboradores, a título de participação nos resultados relativa ao exercício de 2003. Os valores relativos aos resultados obtidos em 2004 têm seu pagamento previsto para o final do primeiro trimestre de 2005.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 45

A partir do nível gerencial, a Brasil Telecom paga bônus anual, que varia de duas a oito vezes a remuneração mensal, condicionado à avaliação de desempenho e ao cumprimento de metas previamente definidas.

Remuneração Variável – Força de Vendas

Para os profissionais da força de vendas, a Brasil Telecom adota remuneração variável vinculada ao cumprimento de metas, visando incentivar os colaboradores que atendem os mercados governo, corporativo e empresarial a melhorar continuamente seus resultados, bem como fidelizar os clientes. Em 2004, o Programa foi desenhado para a célula da central de atendimento do mercado empresarial, que abrange 40 tele-consultores com atividades diretamente ligadas às vendas ativas.

Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)

O ACT 2003/04 definiu um reajuste salarial com índices de correção que variam de 7,0% a 11,0%, de acordo com a faixa salarial, permanecendo inalterados os benefícios concedidos pela Brasil Telecom.

Benefícios

Plano de Saúde

A abrangência e a qualidade do plano de saúde é fundamental na Brasil Telecom. A Empresa mantém seguro de saúde que oferece atendimentos médico, hospitalar e tratamento odontológico a todos os colaboradores no território nacional. Os executivos contam, ainda, com atendimento no exterior. O colaborador é responsável pelo pagamento de 20% do total das despesas médicas faturadas, sendo o desconto em folha limitado ao teto estabelecido pelo plano de opção do titular. Nas despesas odontológicas, o colaborador contribui com 30% do total, e o desconto em folha é limitado a 20% do salário. A BrT também oferece plano de saúde alternativo, incluindo especialidades como nutrição, fisioterapia, acupuntura, psicoterapia, massagem, entre outras.

Alimentação

A Brasil Telecom distribui mensalmente auxílio-alimentação nas opções de cartão eletrônico para a compra de gêneros alimentícios e/ ou tíquete-restaurante para ser utilizado em estabelecimentos credenciados pelo fornecedor, de acordo com as condições estabelecidas pelo PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador.

Seguro de Vida em Grupo

A BrT possui apólice de seguro de vida em grupo que garante a indenização pela vida do colaborador e de seus dependentes, com cobertura por morte natural, acidental, invalidez total por doença e invalidez total ou parcial causada por acidente. O valor da indenização por morte natural é igual a 30 vezes o salário nominal do colaborador. No caso de morte do cônjuge segurado, a indenização é igual a 15 vezes o salário nominal. Se o motivo for morte por acidente, o montante da indenização é duplicado. No caso de invalidez, o valor pode ser proporcional ou 100% da indenização coberta por morte natural. O limite do prêmio para todos os casos é de R$ 900 mil.

Previdência Complementar

Em 2004, a Empresa deu continuidade ao processo de reorganização previdenciária. Neste contexto, destacamos, os seguintes resultados: a aprovação pela SPC - Secretaria de Previdência Complementar da constituição da Fundação 14 de Previdência Privada e dos

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 46

convênios de adesão para duas novas empresas patrocinadoras vinculadas ao grupo econômico, e a adesão de cerca de 1.750 novos participantes ativos ao BrTPrev. Ao final do ano, o patrimônio dos quatro planos de previdência complementar patrocinados pela Empresa totalizava cerca de R$ 1,2 bilhão, e contava com aproximadamente 6.400 participantes ativos e 5.450 aposentados e pensionistas. As contribuições da BrT alcançaram uma média mensal de R$ 1,7 milhão e os benefícios aos aposentados e pensionistas representaram um pagamento mensal de aproximadamente R$ 9,7 milhões.

Treinamento

O programa de treinamento priorizou a capacitação da força de vendas voltada para o lançamento da Brasil Telecom GSM, bem como das áreas de atendimento ao cliente, visando garantir excelência no relacionamento e satisfação do cliente.

Treinamento

Brasil Telecom Treinandos Horas de Treinamento Custo (R$ mil) Operação Fixa 786 31.895 3.518 Operação Móvel 553 131.847 3.014 Total 1.339 163.742 6.532

Com a ferramenta e-learning, que permite o treinamento à distância, foi possível disponibilizar 55 novos cursos, proporcionando a preparação dos colaboradores e parceiros em cursos de informática, produtos e serviços, tecnologias (GSM, IP e ATM), inglês, e sistemas Clarify e PeopleSoft.

A Brasil Telecom foi reconhecida pelo segundo ano consecutivo como referência nacional em aplicação de treinamentos à distância. O prêmio é promovido pela Micropower, empresa fornecedora da solução e-learning e pela ABRH/SP - Associação Brasileira de Recursos Humanos de São Paulo.

Saúde, Segurança e Meio Ambiente

Em 2004, a Brasil Telecom iniciou a implantação de diversos processos com o objetivo de consolidar a Política de SSMA – Saúde, Segurança e Meio Ambiente, que é adotada por todos os seus colaboradores e empresas contratadas. Dentre os principais avanços, podemos citar os seguintes exemplos:

• o Sistema de Gestão Integrada de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SIG) consiste na formação de times táticos e operacionais constituídos por colaboradores da BrT e das empresas contratadas, que integram a gestão de SSMA;

• a Brasil Telecom coordenou a criação do Grupo de SSMA Telecom que conta com a participação das empresas prestadoras de serviços de telecomunicações, tanto fixas quanto móveis;

• a Brasil Telecom desenvolveu um programa de parceria com as contratadas, objetivando melhorias na fiscalização e na padronização dos treinamentos e procedimentos de SSMA;

• a Brasil Telecom recebeu o reconhecimento da UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas para Prevenção de DST/AIDS no Brasil) pela implantação de projeto voltado para a prevenção de DST/AIDS no local de trabalho;

• a BrT implementou o PST - Programa de Segurança no Trânsito e o Programa de Ergonomia. Os resultados dos diversos processos já podem ser constatados em 2004. O número de dias perdidos em função de acidentes de trabalho atingiu 821 e 2.909, com colaboradores da BrT e das contratadas, respectivamente, representando redução de 34% e 44% na comparação com o exercício anterior, o que demonstra ganhos de produtividade e melhoria na saúde dos colaboradores.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 47

Quadro de Pessoal

A Brasil Telecom encerrou o ano com 6.476 colaboradores próprios, um aumento de 23,1% em relação ao ano anterior, principalmente em função do início da operação plena da BrT GSM. Ao longo do ano foram 1.696 admissões e 618 desligamentos. Além disso, a BrT incorporou 17 colaboradores da Vant e 121 colaboradores da MetroRed. Ao final de dezembro, 881 pessoas integravam o quadro de pessoal da Brasil Telecom GSM, alocados na área comercial, novos negócios, gestão e planejamento de vendas. Nas demais áreas, a sinergia foi plenamente adotada, e a equipe da operação fixa está atendendo às necessidades da operação móvel, sem prejudicar a qualidade dos serviços prestados.

Quantidade de Colaboradores por Empresa

Empresa 2004 2003 Variação

Brasil Telecom S.A. (BrT) 5.313 5.064 4,9%

BrT Serviços de Internet S.A. (BrTSI) 50 22 127,3%

Brasil Telecom GSM (BrT GSM) 881 71 1.140,8%

Grupo BrT Cabos Submarinos 23 23 0,0%

Ibest 71 80 -11,3%

MetroRed 121 0 -

Vant 17 0 -

Total 6.476 5.260 23,1% Com relação à distribuição por função, a principal alteração no quadro de pessoal próprio em relação a 2003 esteve relacionada às áreas de marketing e vendas que teve seu quadro ampliado em 69,3%. Também as áreas de tecnologia da informação, geral e administrativa contrataram pessoal para suportar o lançamento da BrT GSM. Do total de 6.476 colaboradores, 107 estavam licenciados ao final de 2004, não fazendo parte da força de trabalho efetiva da Brasil Telecom. Deve-se destacar o esforço desenvolvido para reduzir o número de licenciados, obtendo-se com isso uma diminuição na ordem de 26% no efetivo específico em relação a 2003.

Quantidade de Colaboradores por Função

Função 2004 2003 Variação

Marketing e Vendas 2.045 1.208 69,3%

Centrais de Atendimento 425 404 5,2%

Rede 2.186 2.084 4,9%

Expansão 543 546 -0,5%

Operação 1.643 1.538 6,8%

Tecnologia da Informação 514 424 21,2%

Geral e Administrativa 1.199 996 20,4%

Gestão Corporativa 263 237 11,0%

Materiais e Serviços 250 229 9,2%

Recursos Humanos 113 100 13,0%

Financeiro 573 430 33,3%

Licenciados 107 144 -25,7%

Total 6.476 5.260 23,1%

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 48

Perfil dos Empregados

Distribuição por Faixa Etária

A idade média da força de trabalho da Brasil Telecom reduziu de 37 para 36 anos em 2004, conforme pode ser observado no quadro abaixo:

Distribuição por Faixa Etária

Faixa Etária 2004 % 2003 % Variação Relativa

Até 22 anos 215 3,3% 122 2,3% 1,0 p.p.

De 23 a 27 anos 1.256 19,4% 814 15,5% 3,9 p.p.

De 28 a 32 anos 1.318 20,3% 947 18,0% 2,3 p.p.

De 33 a 37 anos 1.038 16,0% 834 15,9% 0,1 p.p.

De 38 a 42 anos 856 13,2% 836 15,9% -2,7 p.p.

De 43 a 47 anos 882 13,6% 916 17,4% -3,8 p.p.

De 48 a 52 anos 699 10,8% 622 11,8% -1,0 p.p.

De 53 a 57 anos 183 2,8% 150 2,9% -0,1 p.p.

Acima de 58 anos 29 0,4% 19 0,4% 0,0 p.p.

Total 6.476 100% 5.260 100% -

Idade Média 36 anos 37 anos

Distribuição por Tempo de Serviço

A ampliação de quadro, decorrente de novas contratações ou em função da aquisição de novas empresas, esteve concentrada em três faixas específicas: colaboradores com até dois anos de serviço, colaboradores com tempo de serviço entre 3 a 5 anos e colaboradores com tempo de serviço entre 6 a 10 anos no Grupo. Dessa forma, o tempo médio de serviço na Brasil Telecom foi reduzido de 11 anos em 2003 para 9 anos em 2004.

Distribuição por Tempo de Serviço

Tempo de Serviço 2004 % 2003 % Variação Relativa

Até 2 anos 2.408 37,2% 1.438 27,3% 9,9 p.p.

De 3 a 5 anos 1.280 19,8% 919 17,5% 2,3 p.p.

De 6 a 10 anos 742 11,5% 781 14,8% -3,3 p.p.

De 11 a 15 anos 361 5,6% 365 6,9% -1,3 p.p.

De 16 a 20 anos 505 7,8% 536 10,2% -2,4 p.p.

De 21 a 25 anos 578 8,9% 741 14,1% -5,2 p.p.

De 26 a 30 anos 529 8,2% 437 8,3% -0,1 p.p.

Acima de 31 anos 73 1,1% 43 0,8% 0,3 p.p.

Total 6.476 100% 5.260 100% -

Tempo Médio 9 anos 11 anos

Distribuição por Sexo

A Brasil Telecom possuía 2.136 mulheres trabalhando na Empresa, o que representava 33,0% da força de trabalho ao final de 2004. Daquele total, 98 mulheres ocupavam cargos de chefia, significando 16,8% do total de líderes da organização, permanecendo estável em relação a 2003.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 49

Distribuição por Sexo

Sexo 2004 % 2003 % Variação Relativa

Masculino 4.340 67,0% 3.643 69,3% -2,3 p.p.

Feminino 2.136 33,0% 1.617 30,7% 2,3 p.p.

Total 6.476 100% 5.260 100% -

Distribuição por Grau de Instrução

O quadro seguinte demonstra que 58,6% do quadro de pessoal da Brasil Telecom possuíam nível superior em 2004, contra 55,8% no ano anterior.

Distribuição por Grau de Instrução

Grau de Instrução 2004 % 2003 % Variação Relativa

1º Grau Incompleto 27 0,4% 31 0,6% -0,2 p.p.

1º Grau Completo 31 0,5% 39 0,7% -0,2 p.p.

2º Grau Incompleto 42 0,6% 42 0,8% -0,2 p.p.

2º Grau Completo 1.425 22,0% 1.391 26,4% -4,4 p.p.

Superior Incompleto 1.160 17,9% 823 15,6% 2,3 p.p.

Superior Completo 2.967 45,8% 2.266 43,1% 2,7 p.p.

Especialização 742 11,5% 596 11,3% 0,2 p.p.

Mestrado/Doutorado/Pós-doutorado 82 1,3% 72 1,4% -0,1 p.p.

Total 6.476 100% 5.260 100% -

Portadores de Deficiência Física e Reabilitados

Considerando os empregados próprios, a Brasil Telecom encerrou o ano de 2004 com 107 portadores de deficiência e reabilitados, contra 118 no ano anterior.

Terceiros

As empresas que prestam serviços para a Brasil Telecom, nas áreas de centrais de atendimento, manutenção e operação das plantas interna e externa, limpeza, vigilância, segurança empresarial e manutenção de sistemas de informações, empregavam aproximadamente 26.650 pessoas ao final de 2004.

DVA

O valor adicionado a distribuir pela Brasil Telecom em 2004 totalizou R$ 8.856,4 milhões, superando em 11,9% o registrado no ano anterior. As principais alterações em relação à distribuição do valor adicionado podem ser resumidas em:

• aumento de 80,5% nos dividendos/JSCP distribuídos, refletindo o compromisso da Brasil Telecom com os seus acionistas;

• aumento de 22,8% na parcela referente ao governo; • aumento de 9,4% na parcela referente a salários, decorrente do maior número de

funcionários trabalhando no Grupo decorrente das aquisições de empresas realizadas ao longo de 2004.

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Brasil Telecom S.A. – Relatório da Administração 2004 Página 50

Demonstração do Valor Adicionado Consolidado – DVA

R$ Milhões 2004 2003 (+) Receitas 12.624,9 142,6% 10.897,8 137,7%

Receitas de serviços 12.693,8 143,3% 11.077,4 139,9%

Outras Receitas 461,5 5,2% 238,2 3,0%Descontos, Provisões e Perdas com Contas a Receber

(530,3) -6,0% (417,7) -5,3%

(-) Insumos adquiridos de terceiros (4.265,1 -48,2% (3.285,7) -41,5%

Materiais (208,7) -2,4% (89,7) -1,1%

Serviços (4.004,4) -45,2% (3.146,5) -39,8%

Outras Destinações a Terceiros (52,1) -0,6% (49,5) -0,6%

(=) Valor adicionado 8.359,8 94,4% 7.612,1 96,2%

Valor adicionado de terceiros (receitas financeiras, equivalência patrimonial e dividendos recebidos) 496,6 5,6% 303,5 3,8%

(=) Valor adicionado a distribuir 8.856,4 100,0% 7.915,6 100,0%

(=) Distribuição do Valor Adicionado (8.856,4) -100,0% (7.915,6) -100,0%(+) Remuneração pelo trabalho (salários, adicionais e benefícios)

(411,9) -4,7% (376,4) -4,8%

(+) Governo (impostos, contribuições, taxas e previdência social)

(3.879,8) -43,8% (3.158,6) -39,9%

(+) Rentistas (juros, aluguéis, arrendamento) (1.396,9) -15,8% (1.490,4) -18,8%

(+) Acionistas (dividendos/lucro remanescente) (444,5) -5,0% (246,2) -3,1%

(+) Participação Minoritária (6,3) -0,1% 0,0 0,0%(+) Valor retido (depreciação, amortização e lucros retidos)

(2.717,1) -30,7% (2.644,1) -33,4%

Brasília, 29 de março de 2005. A Administração

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Notas 31/12/04 31/12/03 31/12/04 31/12/03 Notas 31/12/04 31/12/03 31/12/04 31/12/03ATIVO PASSIVOATIVO CIRCULANTE 4.834.911 3.918.130 5.802.014 3.985.525 PASSIVO CIRCULANTE 3.839.933 3.902.759 4.808.710 3.957.807 Caixa e Equivalentes a Caixa 18 1.963.524 1.413.334 2.397.810 1.465.765 Pessoal, Encargos e Benefícios Sociais 28 57.316 59.417 73.238 61.550 Contas a Receber de Clientes 19 1.976.376 1.850.940 2.111.579 1.859.713 Contas a Pagar e Despesas Provisionadas 29 1.134.097 945.798 1.883.699 987.403 Estoques 20 6.097 8.042 174.033 8.042 Tributos Indiretos 30 647.644 435.782 750.759 439.215 Empréstimos e Financiamentos 21 1.065 1.963 2.540 2.446 Tributos Sobre a Renda 31 40.898 21.357 47.964 22.663 Tributos Diferidos e a Compensar 22 560.558 492.745 735.700 501.281 Dividendos/JSCP e Participação no Resultado 32 464.197 293.484 472.071 296.248 Depósitos Judiciais 23 144.260 40.363 144.770 40.367 Empréstimos e Financiamentos 33 1.103.131 1.990.276 1.103.133 1.990.276 Outros Ativos 24 183.031 110.743 235.582 107.911 Autorizações para Exploração de Serviços 34 - - 44.056 -

Provisões para Contingências 7 290.727 48.509 327.643 48.509 Provisões para Fundos de Pensão 35 29.497 28.022 29.497 28.022 Outras Obrigações 37 72.426 80.114 76.650 83.921

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.253.526 1.304.969 1.299.476 1.363.061 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 5.718.678 4.423.451 6.074.179 4.697.372 Estoques 20 - 19.053 - 19.053 Empréstimos e Financiamentos 21 96.823 7.513 8.204 7.513 Pessoal, Encargos e Benefícios Sociais 28 4.834 7.850 4.834 7.871 Tributos Diferidos e a Compensar 22 602.803 732.010 729.695 736.367 Contas a Pagar e Despesas Provisionadas 29 3.504 860 3.504 860 Depósitos Judiciais 23 473.980 417.610 476.228 417.610 Tributos Indiretos 30 601.572 582.495 604.942 583.194 Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital - 6.965 - 6.965 Tributos Sobre a Renda 31 34.630 26.491 35.206 27.005 Outros Ativos 24 79.920 121.818 85.349 175.553 Empréstimos e Financiamentos 33 4.151.535 2.645.563 4.178.365 2.645.563

Autorizações para Exploração de Serviços 34 - - 261.548 211.847 Provisões para Contingências 7 400.717 647.826 411.202 650.236 Provisões para Fundos de Pensão 35 471.949 478.068 471.949 478.068 Adiantamentos de Clientes 36 7.150 9.044 73.978 11.431 Outras Obrigações 37 42.787 25.254 28.651 81.297

PARTICIPAÇÕES MINORITÁRIAS - - 30.276 7

PERMANENTE 9.959.513 9.773.929 10.301.014 9.977.418 PATRIMÔNIO LÍQUIDO E RECURSOS CAPITALIZÁVEIS 6.489.339 6.670.818 6.489.339 6.670.818 Investimentos 25 2.028.522 540.975 477.607 286.418 Imobilizado 26 7.358.314 8.632.200 8.897.226 9.045.955 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 8 6.481.365 6.662.844 6.481.365 6.662.844 Diferido 27 572.677 600.754 926.181 645.045 Capital Social 3.401.245 3.373.097 3.401.245 3.373.097

Reservas de Capital 1.552.125 1.579.823 1.552.125 1.579.823 Reserva de Lucros 1.620.445 1.785.572 1.620.445 1.785.572 Reserva Legal 287.672 273.244 287.672 273.244 Lucros Acumulados 1.332.773 1.512.328 1.332.773 1.512.328 Ações em Tesouraria (92.450) (75.648) (92.450) (75.648)

RECURSOS CAPITALIZÁVEIS 38 7.974 7.974 7.974 7.974

TOTAL 16.047.950 14.997.028 17.402.504 15.326.004 TOTAL 16.047.950 14.997.028 17.402.504 15.326.004

BRASIL TELECOM S.ABALANÇOS PATRIMONIAIS

Em 31 de dezembro de 2004 e 2003(Em milhares de Reais)

As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras

Controladora ControladoraConsolidado Consolidado

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Notas 2004 2003 2004 2003

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 9 12.519.508 11.063.096 12.763.442 11.077.381 Deduções da Receita Bruta 9 (3.609.723) (3.140.943) (3.698.586) (3.162.187) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 9 8.909.785 7.922.153 9.064.856 7.915.194 Custos dos Serviços Prestados e Mercadorias Vendidas 10 (5.557.599) (4.752.516) (5.828.012) (4.853.373) LUCRO BRUTO 3.352.186 3.169.637 3.236.844 3.061.821

RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS (2.028.630) (1.935.216) (2.116.558) (1.830.226) Comercialização dos Serviços 11 (1.097.478) (947.010) (1.085.777) (819.937) Despesas Gerais e Administrativas 12 (902.015) (770.883) (961.586) (788.242) Remuneração dos Administradores (7.103) (6.748) (7.998) (7.094) Outras Despesas Operacionais, Líquidas 13 (22.034) (210.575) (61.197) (214.953)

LUCRO OPERACIONAL ANTES DAS DESPESAS FINANCEIRASE RESULTADO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 1.323.556 1.234.421 1.120.286 1.231.595 Despesas Financeiras, Líquidas 14 (1.003.417) (1.091.538) (1.024.014) (1.091.002) Resultado de Equivalência Patrimonial 25 (137.402) (8.625) - -

LUCRO OPERACIONAL 182.737 134.258 96.272 140.593

Despesas Não Operacionais, Líquidas 15 (182.892) (471.721) (160.078) (469.045)

PREJUÍZO ANTES DOS IMPOSTOS E DAS PARTICIPAÇÕES (155) (337.463) (63.806) (328.452) Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro 16 (103.393) 65.946 (43.671) 58.017

PREJUÍZO APÓS IMPOSTOS E ANTES DAS PARTICIPAÇÕES (103.548) (271.517) (107.477) (270.435) Participação de Empregados e Administradores 17 (52.400) - (53.783) (1.076) Participação Minoritária - - (6.276) 14

PREJUÍZO ANTES DA REVERSÃO DE JSCP (155.948) (271.517) (167.536) (271.497) Reversão de Juros sobre o Capital Próprio 8 444.500 246.200 444.500 246.200

LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 288.552 (25.317) 276.964 (25.297)

Ações em Circulação na data do balanço (milhões) 541.608 539.447 541.608 539.447 Lucro Líquido (Prejuízo) por lote de mil ações (em R$) 0,53 (0,05) 0,51 (0,05)

As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras

Controladora Consolidado

BRASIL TELECOM S.A.DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS

Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2004 e 2003(Em milhares de Reais)

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Capital Social

Ações em Tesouraria

Total

Ágio na Subscrição de Ações

Reserva Especial de

Ágio na Incorporação

Doações e Subvenções

para Investimentos

Juros sobre Obras em

Andamento

Correção Monetária

Especial Lei - 8200/91

Outras Reserva Legal

Lucros Acumulados

Saldos em 31 de Dezembro de 2002 3.335.770 341.551 252.121 123.274 745.756 31.287 119.317 273.244 1.802.044 (60.829) 6.963.535

Aumento do Capital Social Benefício Fiscal sobre Amortização de Ágio na Incorporação 37.327 27.045 (64.372) Acréscimos às Reservas de Capital Incentivos Fiscais - FINAM 3.844 3.844 Movimentações de Lucros Acumulados Prejuízo do Exercício (25.317) (25.317) Destinação Proposta à A.G.O. Dividendos/JSCP Propostos (246.200) (246.200)

Outras Movimentações do Patrimônio Líquido Redução de Ações em Tesouraria (origem CRT) (18.199) 18.199 Recompra de Ações (33.018) (33.018)

Saldos em 31 de Dezembro de 2003 3.373.097 368.596 187.749 123.274 745.756 31.287 123.161 273.244 1.512.328 (75.648) 6.662.844

Aumento do Capital Social Benefício Fiscal sobre Amortização de Ágio na Incorporação 28.148 36.223 (64.371) Acréscimos às Reservas de Capital Doações e Subvenções para Investimentos 277 277 Incentivos Fiscais - FINAM 173 173 Movimentações de Lucros Acumulados Lucro Líquido do Exercício 288.552 288.552 Dividendos Prescritos 11.569 11.569 Destinação Proposta à A.G.O. Transferências para Reservas 14.428 (14.428) Dividendos/JSCP Propostos (444.500) (444.500)

Outras Movimentações do Patrimônio Líquido Redução de Ações em Tesouraria (origem CRT) (20.748) 20.748 Recompra de Ações (37.550) (37.550)

Saldos em 31 de Dezembro de 2004 3.401.245 404.819 123.378 123.551 745.756 31.287 123.334 287.672 1.332.773 (92.450) 6.481.365

Reservas de Capital

As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras

BRASIL TELECOM S.A.DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2004 e 2003(Em milhares de Reais)

Reservas de Lucros

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2004 2003 2004 2003

DEMONSTRAÇÃO DOS RECURSOS GERADOS PELA ATIVIDADE OPERACIONAL

Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício 288.552 (25.317) 276.964 (25.297) Participação Minoritária - - 6.276 (14) Despesas (Receitas) que Não Envolvem Movimentações de Capital de Giro 2.976.057 3.132.985 2.973.566 3.137.927 Depreciação e Amortização 2.457.592 2.195.376 2.589.649 2.206.422 Tributos Diretos Diferidos 146.909 23.720 146.909 23.720 Tributos Indiretos Diferidos 8.094 154.019 8.094 154.019 Resultado da Equivalência Patrimonial 137.402 8.625 - - Perda com Investimentos 866 - 23.772 5.168 Provisão para Contingências 110.901 299.196 97.400 299.141 Variação Monetária e Juros de Longo Prazo 58.304 105.086 54.863 105.146 Resultado na Baixa de Ativo Permanente 59.005 350.552 54.389 347.885 Outras Despesas (Receitas) (3.016) (3.589) (1.510) (3.574)

Total dos Recursos Gerados pela Atividade Operacional 3.264.609 3.107.668 3.256.806 3.112.616

ORIGENS DOS RECURSOS DE TERCEIROS

Empréstimos e Financiamentos 2.426.589 23.731 2.427.008 23.731 Autorizações para Exploração de Serviços - - 28.624 - Adiantamentos de Clientes - - 22.900 - Transferência do Realizável a Longo Prazo para o Ativo Circulante 194.690 45.167 195.358 48.413 Transferência do Ativo Permanente para o Ativo Circulante - 14.430 - 14.430 Venda de Bens do Ativo Permanente 7.330 19.063 7.367 19.063 Outras Origens 22.793 90 32.988 5.043 Total dos Recursos Gerados por Terceiros 2.651.402 102.481 2.714.245 110.680

TOTAL DAS ORIGENS 5.916.011 3.210.149 5.971.051 3.223.296

APLICAÇÕES DE RECURSOS

Aumento do Realizável a Longo Prazo 299.286 151.986 327.189 155.666 Depósitos Judiciais 76.718 91.021 76.863 91.021 Tributos a Compensar 87.908 56.359 207.195 59.416 Despesas Pagas Antecipadamente 23.614 - 24.401 7 Aplicações Capitalizáveis 8.827 4.000 - 4.000 Aplicações Financeiras - Empréstimos 88.619 606 1.180 606 Outras Aplicações 13.600 - 17.550 616

Aumento do Ativo Permanente 2.814.515 1.670.705 2.818.820 1.757.201 Investimentos 1.635.454 357.589 478.015 349.410 Imobilizado 977.312 1.155.533 1.841.247 1.211.751 Diferido 201.749 157.583 499.558 196.040

Dividendos/JSCP Provisionados 444.500 246.200 444.500 246.200 Aquisição de Ações Próprias 37.550 33.018 37.550 33.018 Transferência do Exigível a Longo Prazo para o Passivo Circulante 1.340.553 1.832.082 1.374.418 1.832.877 Transferência do Ativo Circulante para o Realizável a Longo Prazo - 53.674 - 53.674 Outras - 1.097 - 2.059

TOTAL DAS APLICAÇÕES 4.936.404 3.988.762 5.002.477 4.080.695

Aumento (Redução) do Capital Circulante Líquido 979.607 (778.613) 968.574 (857.399)

DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE

Capital circulante finalAtivo Circulante 4.834.911 3.918.130 5.802.014 3.985.525 Passivo Circulante 3.839.933 3.902.759 4.808.710 3.957.807

994.978 15.371 993.304 27.718

Menos - Capital circulante inicialCapital Circulante em 31 de dezembro do ano anterior 15.371 793.984 27.718 845.817 Capital Circulante Incorporado - - (2.988) 39.300

AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 979.607 (778.613) 968.574 (857.399)

As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras

Controladora Consolidado

BRASIL TELECOM S.A. DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2004 e 2003(Em milhares de Reais)

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2004 2003 2004 2003ATIVIDADES OPERACIONAISLucro (Prejuízo) Líquido do Exercício 288.552 (25.317) 276.964 (25.297) Participação Minoritária - - 6.276 (14) Itens de Resultado que não Afetam o Caixa 4.187.131 4.196.089 4.231.583 4.205.398 Depreciação e Amortização 2.457.592 2.195.376 2.589.649 2.206.422 Perdas sobre Contas a Receber de Serviços 350.505 267.835 353.750 268.787 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 54.024 28.821 56.594 29.256 Provisão para Contingências 247.523 361.453 252.200 361.399 Tributos Diferidos 213.634 124.174 270.013 126.655 Resultado na Baixa do Ativo Permanente 59.005 350.552 54.389 347.885 Encargos Financeiros 668.025 869.797 648.966 869.857 Equivalência Patrimonial 137.402 8.625 - - Outras (Receitas) Despesas (579) (10.544) 6.022 (4.863) Mutações Patrimoniais (939.960) (939.531) (1.369.460) (935.693) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 3.535.723 3.231.241 3.145.363 3.244.394

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS Dividendos/JSCP Pagos no Exercício (208.089) (268.537) (208.089) (269.051) Empréstimos e Financiamentos (11.228) (1.268.452) (1.502) (1.268.452) Empréstimos Obtidos 2.426.589 84.565 2.427.008 84.565 Empréstimos Liquidados (1.826.308) (574.021) (1.826.308) (574.021) Juros Liquidados (611.509) (778.996) (602.202) (778.996) Acréscimos (Redução) do Patrimônio Líquido - - 11.589 (20) Aquisição de Ações Próprias (37.550) (33.018) (37.550) (33.018) Outros Fluxos das Atividades de Financiamentos - (186) (231) (967) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS (256.867) (1.570.193) (235.783) (1.571.508)

ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS Aplicações Financeiras (87.575) (1.043) 3.389 3.743 Fornecedores de Investimentos 159.136 (29.790) 765.779 13.583 Recursos Obtidos na Venda de Ativo Permanente 7.330 19.063 7.367 19.063 Aplicações no Ativo Permanente (2.805.553) (1.609.376) (2.754.070) (1.662.409) Aplicações (2.339.839) (1.609.376) (2.344.146) (1.400.678) Aplicações por Aquisição de Novas Empresas (465.714) - (409.924) (261.731) Valor de Aquisição (465.714) - (465.714) (295.194) Caixa e Equivalentes de Caixa Agregados - - 55.790 33.463 Outros Fluxos das Atividades de Investimentos (2.004) (4.000) - (4.000) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS (2.728.666) (1.625.146) (1.977.535) (1.630.020)

FLUXO DE CAIXA DO PERÍODO 550.190 35.902 932.045 42.866

CAIXA E EQUIVALENTES A CAIXA Saldo Final 1.963.524 1.413.334 2.397.810 1.465.765 Saldo Inicial 1.413.334 1.377.432 1.465.765 1.422.899 VARIAÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES A CAIXA 550.190 35.902 932.045 42.866

Controladora Consolidado

As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras

BRASIL TELECOM S.A. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2004 e 2003(Em milhares de Reais)

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Parecer dos auditores independentes

Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Brasil Telecom S.A. Brasília - DF Examinamos os balanços patrimoniais da Brasil Telecom S.A. e os balanços patrimoniais consolidados dessa Companhia e suas controladas, levantados em 31 de dezembro de 2004 e 2003, e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábeis e de controles internos da Companhia e suas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações financeiras divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia e suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Brasil Telecom S.A. e a posição patrimonial e financeira consolidada dessa Companhia e suas controladas em 31 de dezembro de 2004 e 2003, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Nossos exames foram efetuados com o objetivo de formarmos uma opinião sobre as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto. As demonstrações dos fluxos de caixa representam informações complementares àquelas demonstrações e são apresentadas para possibilitar uma análise adicional. Essas informações complementares foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria, aplicados às demonstrações financeiras e, em nossa opinião, estão apresentadas, em todos os aspectos relevantes, adequadamente em relação às demonstrações financeiras, tomadas em conjunto.

29 de março de 2005

KPMG Auditores Independentes CRC-SP-014.428-“S”-DF

Manuel Fernandes Rodrigues de Sousa Contador CRC-RJ-052.428/O-“S”-DF

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BRASIL TELECOM S.A.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2004 e 2003 (Em milhares de Reais)

1. CONTEXTO OPERACIONAL A BRASIL TELECOM S.A. (“Companhia”) é uma concessionária do Serviço Telefônico Fixo Comutado (“STFC”) e atua na Região II do Plano Geral de Outorgas, que abrange os estados brasileiros do Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal. Nessa área de 2.859.375 quilômetros quadrados, que corresponde a 34% do Território Nacional, a Companhia presta desde julho de 1998 o STFC nas modalidades local e de longa distância intra-regional. Os negócios da Companhia, bem como os serviços que oferece e as tarifas que cobra são regulamentados pela Agência Nacional de Telecomunicações (“ANATEL”). Com o reconhecimento da ANATEL quanto ao cumprimento antecipado, pela Brasil Telecom S.A., das obrigações de universalização constantes do Plano Geral de Metas de Universalização (“PGMU”), exigidas para 31 de dezembro de 2003, formalizado por meio dos Atos publicados no Diário Oficial da União do dia 19 de janeiro de 2004, a Companhia, suas controladoras, controladas e coligadas, ficaram liberadas para obter autorizações de exploração de novos serviços de telecomunicações. No próprio dia 19 de janeiro de 2004, a ANATEL expediu Autorizações à Companhia para a exploração do STFC nas seguintes modalidades de serviços: (i) Local e Longa Distância Nacional nas Regiões I e III e Setores 20, 22 e 25 da Região II do Plano Geral de Outorgas (“PGO”); e (ii) Longa Distância Internacional, nas Regiões I, II e III do PGO. Em decorrência dessas autorizações, a Companhia passou a explorar os serviços de Longa Distância Nacional e Longa Distância Internacional em todas as Regiões I, II e III, a partir de 22 de janeiro de 2004. No caso do Serviço Local, nas novas regiões e setores do PGO, conforme estabelece a regulamentação, o prazo para a Companhia iniciar as operações era de 12 meses, contados a partir da data da referida autorização. Em 2004 não houve atuação de tal modalidade nessas regiões, sendo que este serviço passou a ser ofertado a partir de 19 de janeiro de 2005. As informações referentes às metas de qualidade e universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado estão disponíveis para acompanhamento dos interessados na página eletrônica da ANATEL, no site www.anatel.gov.br. A Companhia é uma sociedade controlada pela Brasil Telecom Participações S.A. (“BTP”), sociedade constituída em 22 de maio de 1998 em decorrência do processo de privatização do Sistema Telebrás. A Companhia é registrada na Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) e na Securities and Exchange Commission (“SEC”) dos EUA, tendo suas ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (“BOVESPA”), onde também integra o Nível 1 de Governança Corporativa, e seus ADR`s na Bolsa de Valores de Nova Iorque (“NYSE”). . Controladas da Companhia a) 14 Brasil Telecom Celular S.A. (“BrT Celular”): subsidiária integral constituída em dezembro de 2002, para atuar na prestação do Serviço Móvel Pessoal (“SMP”), tendo autorização para atender a mesma área de cobertura em que a Companhia opera o STFC. No decorrer do quarto trimestre de 2004 a BrT Celular concluiu seu processo de implantação, passando da fase pré-operacional ao início de suas operações comerciais.

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b) BrT Serviços de Internet S.A. (“BrTI”): subsidiária integral constituída em outubro de 2001, principiou suas operações no início de 2002 e atua na prestação de serviços de internet e atividades correlatas. No decorrer do segundo trimestre de 2003, a BrTI realizou investimentos em participações de capital, como sócia ou quotista, passando a ter o controle das seguintes sociedades: (i) Grupo BrT Cabos Submarinos (ex-GlobeNet)

Este grupo de empresas opera através de um sistema de cabos submarinos de fibra ótica, com pontos de conexão nos Estados Unidos, Ilhas Bermudas, Venezuela e Brasil, permitindo o tráfego de dados através de pacotes de serviços integrados, oferecidos a clientes corporativos nacionais e internacionais. É composto das seguintes sociedades: • Brasil Telecom Cabos Submarinos do Brasil (Holding) Ltda. (“BrT CSH”): sociedade adquirida em 11 de

junho de 2003, como parte do programa de compra do Grupo GlobeNet. • Brasil Telecom Cabos Submarinos do Brasil Ltda. (“BrT CS Ltda.”): sociedade adquirida em 11 de junho de

2003, na qual a BrTI exerce o controle direto e o controle total em conjunto com a BrT CSH, sendo mais uma parte do programa de compra do Grupo GlobeNet.

• Brasil Telecom Subsea Cable Systems (Bermuda) Ltd. (“BrT SCS Bermuda”): sociedade constituída em

Bermudas, cuja transferência de recursos pela BrTI para integralização de capital ocorreu em 30 de maio de 2003, sendo também parte integrante do programa de compra do Grupo Globenet. A BrT SCS Bermuda, por sua vez, detém o total das ações da Brasil Telecom of America Inc. e da Brasil Telecom de Venezuela, S.A.

Em novembro de 2004 a Brasil Telecom S.A. integralizou aportes de capital na BrT SCS Bermuda, passando a ter o controle direto dessa sociedade, com a participação de 74,16% no capital ordinário e total.

Grupo IG

A BrT SCS Bermuda adquiriu em 24 de novembro de 2004 participações societárias que lhe conferem o controle da sociedade Internet Group (Cayman) Limited (“IG Cayman”), sociedade constituída nas Ilhas Caimãs, sendo que na data de encerramento do balanço a participação total era de 63,2%. A IG Cayman é uma holding que detém, por sua vez, o controle das sociedades Internet Group do Brasil Ltda. (“IG Brasil”) e Central de Serviços Internet Ltda., ambas estabelecidas no Brasil. O Grupo IG iniciou suas atividades em janeiro de 2000 e sua operação baseia-se no provimento de acesso discado à Internet tendo, inclusive, destaque para seu portal de internet móvel relacionado à telefonia celular no Brasil. Também provê serviços de valor agregado de acesso em banda larga ao seu portal e hospedagem de páginas na Internet e outros serviços no mercado de Internet.

(ii) Grupo iBest O Grupo iBest concentra suas operações no provimento de acesso discado à Internet, venda de espaço publicitário para divulgação em seu portal e serviço de valor agregado com a disponibilização de seu acelerador de acesso à Internet. A BrTI mantinha desde fevereiro de 2002 uma participação minoritária na iBest Holding Corporation (“IHC”), sociedade constituída nas Ilhas Caimãs. No mês de junho de 2003 a BrTI adquiriu o controle do Grupo iBest, formado pelas principais sociedades: (i) iBest Holding Corporation; (ii) iBest S.A.; (iii) Febraio S.A.; e (iv) Freelance S.A. No mês de maio de 2004, através de um processo de reorganização societária a Freelance S.A. incorporou integralmente a Febraio S.A., a iBest S.A. e uma sociedade controlada desta, denominada Mail BR Comunicação Ltda. A Freelance S.A. passou a deter a marca iBest, sendo a principal sociedade do Grupo.

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c) MTH Ventures do Brasil Ltda. (“MTH”): Em 13 de maio de 2004 a Companhia adquiriu 80,1% do capital votante da MTH, em adição aos 19,9% anteriormente detidos. A MTH, por sua vez, possui 100% do capital da MetroRED Telecomunicações Ltda. (“MetroRED”). A MetroRED é provedora de serviços de rede privada de telecomunicações através de redes digitais de fibra ótica, de âmbito local em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e rede de longa distância conectando esses maiores centros comerciais metropolitanos. Também possui um centro de soluções de Internet em São Paulo, que oferece serviços de co-location, hosting e demais serviços de valor agregado. d) Vant Telecomunicações S.A. (“VANT”): Também em 13 de maio de 2004 a Companhia obteve através dos competentes instrumentos societários a aquisição dos 80,1% restantes do capital social da VANT. A VANT é uma empresa provedora de serviços de rede corporativos, fundada em outubro de 1999. Inicialmente com foco em rede TCP/IP, iniciou no Brasil com uma rede 100% baseada nesta tecnologia. A VANT atua em todo o território nacional, com presença nas principais capitais brasileiras, oferecendo produtos de voz e dados. e) Outras Sociedades Prestadoras de Serviços A Companhia adquiriu ao final de 2004 as sociedades Santa Bárbara dos Pampas S.A., Santa Bárbara dos Pinhais S.A., Santa Bárbara do Cerrado S.A. e Santa Bárbara do Pantanal S.A. Tais sociedades, que na data de encerramento do exercício não estavam em operação, têm como objeto a prestação de serviços em geral abrangendo, dentre outras, as atividades de administração de imóveis ou ativos. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Critérios de Elaboração As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com os padrões adotados no Brasil, de conformidade com a legislação societária, normas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM e normas aplicáveis às concessionárias de serviços de telefonia. A Companhia, por estar registrada na SEC, está sujeita às suas normas, devendo elaborar demonstrações financeiras e outras informações utilizando critérios que atendam aos requisitos daquela entidade. No enquadramento a tais requisitos e visando atender às necessidades informativas do mercado, a Companhia adota como princípio a divulgação simultânea das informações nos dois mercados e nos respectivos idiomas. As notas explicativas às demonstrações financeiras estão apresentadas em milhares de reais, exceto quando estiver evidenciado de outra forma. Apresentam, de acordo com a situação, informações relativas à Companhia e às demonstrações consolidadas, estando identificadas como “CONTROLADORA” e “CONSOLIDADO”, respectivamente. Quando as informações são comuns às duas situações, estão indicadas como “CONTROLADORA E CONSOLIDADO”.

As estimativas contábeis foram baseadas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos a estas estimativas e premissas incluem o valor residual do ativo imobilizado, provisão para créditos de liquidação duvidosa, estoques, imposto de renda e contribuição social diferidos, provisão para contingências, valorização de instrumentos financeiros, e ativos e passivos relacionados a benefícios a empregados. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores significativamente divergentes devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A administração da Companhia revisa as estimativas e premissas pelo menos trimestralmente.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas A consolidação foi elaborada de acordo com a Instrução CVM n° 247/96 e inclui a Companhia e as sociedades citadas na nota nº 1. Entre os principais procedimentos de consolidação estão: • Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas consolidadas, assim como as

receitas e despesas das transações entre elas. • Eliminação dos saldos das contas de investimento e correspondentes participações no capital, reservas e

resultados acumulados entre as sociedades consolidadas. • Segregação das parcelas do patrimônio líquido e do resultado pertencentes aos acionistas minoritários,

indicadas em itens específicos. A conciliação do lucro (prejuízo) líquido pertencente à Controladora e ao Consolidado está apresentada a seguir:

2004 2003 CONTROLADORA 288.552 (25.317) Registros efetuados diretamente no Patrimônio Líquido de Controladas Regularização de Ajustes de Exercícios Anteriores - 20 Doações e Subvenções para Investimentos e Outros (11.588) - CONSOLIDADO 276.964 (25.297)

Demonstrações dos Fluxos de Caixa A Companhia está apresentando como informações suplementares, a demonstração dos fluxos de caixa preparados de acordo com a Norma e Procedimento de Contabilidade - NPC nº 20, do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (“IBRACON”). Relatório por Segmento A Companhia está apresentando, complementarmente na nota nº 41, o relatório por segmento de negócio. Um segmento é um componente identificável da sociedade, destinado à prestação de serviços (segmento de negócio), ou fornecimento de produtos e serviços o qual esteja sujeito a riscos e remunerações que são diferentes daqueles outros segmentos. 3. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS Os critérios mencionados abaixo referem-se a práticas adotadas pela Companhia e por suas controladas que estão refletidas no balanço consolidado. a. Caixa e Equivalentes a Caixa: Os equivalentes a caixa são investimentos temporários de alta liquidez, com vencimento imediato. Estão registrados ao custo, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço e não superam o valor de mercado. As quotas de fundos de investimentos estão valorizadas pelo valor da quota em 31 de dezembro de 2004.

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b. Contas a Receber de Clientes: As contas de créditos com usuários dos serviços de telecomunicações estão registradas pelo valor da tarifa ou do serviço na data da sua prestação. As contas a receber de serviços incluem créditos por serviços prestados e não faturados até a data do balanço. As contas a receber decorrentes da comercialização de aparelhos celulares e acessórios estão registradas pelos valores das vendas realizadas. O critério adotado para constituição da provisão de créditos de liquidação duvidosa considera a apuração dos percentuais de perdas reais ocorridas em cada faixa de vencimento de contas a receber. Os percentuais históricos são aplicados às faixas atuais de contas a receber, incluindo também as contas a vencer, bem como a parcela de serviços prestados a faturar, constituindo assim o montante que poderá se transformar em perda futura, sendo registrado contabilmente a título de provisão. c. Estoques de Materiais: Estão demonstrados pelo custo médio de aquisição, os quais não excedem ao custo de reposição. Os estoques são segregados em expansão da planta, manutenção da planta e também, com relação às demonstrações consolidadas, estoques de mercadorias para revenda representados principalmente por aparelhos celulares, acessórios e cartões eletrônicos – chips. Os estoques destinados à expansão estão classificados no imobilizado (obras em andamento), os estoques destinados à manutenção são classificados no ativo circulante e realizável a longo prazo, de acordo com o prazo em que serão utilizados, e os estoques destinados para revenda estão classificados no ativo circulante, cuja composição está demonstrada na nota nº 20. Para os estoques considerados obsoletos são registradas provisões para perdas e para os aparelhos celulares e acessórios a controlada BrT Celular registra ajustes aos preços de comercialização praticados na data de encerramento do balanço, nos casos em que as aquisições foram realizadas por valores superiores. d. Investimentos: Os investimentos em sociedades controladas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os ágios registrados foram apurados com base na expectativa de resultados futuros e sua amortização está relacionada ao volume de realização e tempo projetados, não excedendo ao período de dez anos. Os outros investimentos estão registrados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas, quando aplicável. Os investimentos resultantes de aplicações em incentivos fiscais de imposto de renda são reconhecidos quando efetivadas as aplicações e resultam em ações de empresas incentivadas ou quotas dos fundos de investimentos. No período compreendido entre a aplicação e o recebimento de ações ou quotas dos fundos, permanecem registrados no ativo realizável a longo prazo. A Companhia tem por critério utilizar o percentual máximo de destinação do tributo. Periodicamente esses investimentos são avaliados e o resultado da comparação entre o seu custo original e o de mercado, quando este for menor, resulta na formação de provisões para perdas prováveis. e. Imobilizado: Está demonstrado pelo custo de aquisição e/ou construção, deduzido da depreciação acumulada. Os encargos financeiros decorrentes de obrigações que financiam bens e obras enquanto em construção são capitalizados. Os gastos incorridos que representam melhorias (aumento da capacidade instalada ou da vida útil) são capitalizados. Os gastos com manutenção e reparo são debitados ao resultado, respeitando-se o regime de competência. A depreciação é calculada pelo método linear. As taxas de depreciação utilizadas estão de acordo com a expectativa de vida útil dos bens e de conformidade com as normas do Serviço Público de Telecomunicações. As principais taxas aplicadas estão demonstradas na nota nº 26. f. Diferido: Está segregado entre diferido em amortização e em formação e sua composição está demonstrada na nota nº 27. A amortização é calculada pelo método linear, pelo prazo de cinco anos, de acordo com as normas em vigor. Quando identificado que o ativo não produz mais benefícios, ocorre a baixa contra o resultado não operacional.

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g. Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro: O imposto de renda da pessoa jurídica e a contribuição social sobre o lucro são contabilizados pelo regime de competência. Os tributos mencionados atribuíveis a diferenças temporárias, prejuízos fiscais e base negativa da contribuição social são registrados no ativo ou passivo, conforme o caso, somente no pressuposto de realização ou exigibilidade futura, dentro dos parâmetros estabelecidos na Instrução CVM nº 371/02. h. Empréstimos e Financiamentos: Estão atualizados pelas variações monetárias e/ou cambiais e juros incorridos até a data do balanço. Idêntica atualização é aplicada aos contratos de garantia para cobertura da dívida (hedge). i. Provisões para Contingências: As provisões para contingências são constituídas mediante avaliações de seus riscos e quantificadas com fundamentos econômicos e pareceres jurídicos sobre os processos e outros fatos contingenciais conhecidos na data do balanço. Os fundamentos e as naturezas das provisões estão descritos na nota nº 7. j. Reconhecimento das Receitas: As receitas de serviços são reconhecidas quando estes são prestados. As ligações locais e de longa distância são tarifadas pelo processo de medição por tempo conforme legislação em vigor. As receitas provenientes da venda de cartões indutivos (Telefonia de Uso Público – TUP), aparelhos celulares e seus acessórios são registradas no ato da venda. Para os serviços pré-pagos vinculados à telefonia celular a receita é reconhecida de acordo com a utilização dos serviços. Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa na sua realização. k. Reconhecimento das Despesas: As despesas são contabilizadas pelo regime de competência, obedecendo a sua vinculação com as realizações das receitas. As despesas que competem a outros exercícios são diferidas. l. Receitas (Despesas) Financeiras líquidas: As receitas financeiras representam os juros auferidos sobre contas a receber liquidadas após o vencimento, os ganhos com aplicações financeiras e os ganhos com hedge. As despesas financeiras representam os juros incorridos e os demais encargos com empréstimos, financiamentos e outras transações financeiras. Os juros sobre capital próprio creditados compõem o saldo das despesas financeiras, sendo que para fins de apresentação os valores registrados são revertidos contra o resultado do exercício e reclassificados como dedução de lucros acumulados, no patrimônio líquido. m. Pesquisa e Desenvolvimento: Os gastos com pesquisa e desenvolvimento são registrados em despesas quando incorridos, exceto os gastos com projetos vinculados à geração de receitas futuras, os quais são registrados no ativo diferido e amortizados no período de cinco anos a partir do início das operações. n. Benefícios a Empregados: Os planos de previdência privada e outros benefícios de aposentadoria patrocinados pela Companhia e suas Controladas a seus empregados são administrados pelas Fundações SISTEL e FBrTPREV. As contribuições são determinadas atuarialmente, quando aplicável, e contabilizadas pelo regime de competência. Em 31 de dezembro de 2001, conforme a Deliberação da CVM nº 371/00, a Companhia efetuou a contabilização do déficit atuarial existente naquela data, contra o patrimônio líquido, excluído dos efeitos tributários correspondentes. A partir de 2002, na medida em que novas reavaliações atuariais determinem a necessidade de ajustes à provisão, os mesmos são reconhecidos contra o resultado do exercício, de acordo com a citada Deliberação da CVM. Informações complementares aos planos de previdência privada estão descritas na nota nº 6.

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o. Participações no Resultado: A provisão para participação de empregados nos resultados é constituída de acordo com a competência. A determinação do montante, que é pago no ano seguinte ao do registro da provisão, considera o programa de metas estabelecido junto ao sindicato da categoria, através de acordo coletivo de trabalho, em consonância com a Lei nº 10.101/00 e com o estatuto social. p. Lucro por mil ações: O lucro por mil ações é calculado com base na quantidade de ações em circulação na data de encerramento do balanço patrimonial, a qual é representada pela totalidade das ações emitidas, subtraída das ações em tesouraria. 4. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS As transações com partes relacionadas referem-se às operações existentes com a Brasil Telecom Participações S.A., controladora da Companhia, e com as sociedades controladas descritas na nota nº 1. As operações entre a Companhia e as partes relacionadas são realizadas a preços e condições usuais de mercado. As principais transações realizadas são as seguintes: Brasil Telecom Participações S.A. Dividendos/Juros Sobre o Capital Próprio: dos JSCP creditados em 2004 foram destinados à Controladora a importância de R$ 294.395 (R$ 162.425 em 2003). O saldo do passivo dessa natureza, descontado do imposto de renda retida na fonte, é de R$ 250.236 (R$ 138.062 em 3l/12/03). Mútuos com a Controladora: O saldo passivo é originário da cisão da Telebrás e está indexado à variação cambial, à qual são acrescidos juros de 1,75% ao ano, somando o montante de R$ 74.523 (R$ 89.653 em 31/12/03). O ganho financeiro reconhecido contra o resultado em 2004, devido à queda da cotação do dólar norte-americano, foi de R$ 4.820 (R$ 18.965 de ganho financeiro em 2003). Debêntures: Em 27 de Janeiro de 2001, a Companhia emitiu 1.300 debêntures privadas não conversíveis ou permutáveis em ações de qualquer espécie ao preço unitário de R$ 1.000, no valor total de R$ 1.300.000, com o objetivo de financiar parte do seu programa de investimentos. O total dessas debêntures foi adquirido pela controladora Brasil Telecom Participações S.A. O saldo do valor nominal das debêntures será amortizado em duas parcelas restantes, equivalentes a 30% e 40% da emissão, com vencimentos em 27/07/05 e 27/07/06, respectivamente. A remuneração das debêntures equivale a 100% do CDI, pagos semestralmente. O saldo deste passivo é de R$ 972.006 (R$ 1.408.190 em 31/12/03) e os encargos reconhecidos contra o resultado em 2004 representaram R$ 175.956 (R$ 286.911 em 2003). Valores a Pagar e Receitas: resultantes de transações relacionadas a utilização de instalações e apoio logístico. O saldo a pagar é de R$ 184 (R$ 157 em 31/12/03) e os valores contabilizados contra o resultado em 2004 estão representados por receitas operacionais de R$ 2.933 (R$ 2.301 em 2003). BrT Serviços de Internet S.A. Valores a Receber e a Pagar, Receitas e Despesas: resultantes de transações relacionadas a utilização de instalações, apoio logístico e serviços de telecomunicações. O saldo a receber é de R$ 3.757 (R$ 7.359 a pagar, em 31/12/03). Os valores contabilizados contra o resultado em 2004 representaram R$ 55.008 de receitas operacionais (R$ 38.201 em 2003) e R$ 152.680 de despesas operacionais (R$ 136.250 em 2003).

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14 Brasil Telecom Celular S.A. Receitas, Despesas e Valores a Receber: resultantes de transações relacionadas a utilização de instalações, apoio logístico e serviços de telecomunicações. O saldo a receber é de R$ 5.858. Os valores contabilizados contra o resultado em 2004 representaram R$ 15.250 de receitas operacionais e R$ 14.148 de despesas operacionais. Vant Telecomunicações S.A. Valores a Pagar, Receitas e Despesas: resultantes de transações relacionadas a utilização de instalações e apoio logístico. O saldo a pagar é de R$ 1.208 e os valores contabilizados contra o resultado representaram R$ 1.154 de receitas operacionais e R$ 2.157 de despesas operacionais. BrT CS Ltda. Receitas: Receita financeira de R$ 79 (R$ 49 em 2003) relativa a contrato de mútuo já liquidado. BrT SCS Bermuda Mútuos: contrato de mútuo concedido em dólar norte-americano, incidindo taxa de juros de 3% a.a., com vencimento a curto prazo. O saldo deste ativo é de R$ 88.619 e a despesa financeira, motivada pela queda do dólar norte-americano em 2004, foi de R$ 2.313. Freelance S.A. Valores a Receber e Receitas: resultantes de transações relacionadas à prestação de apoio logístico e serviços de telecomunicações. O saldo a receber é de R$ 54 e a receita reconhecida contra o resultado foi de R$ 233. IG Brasil Valores a Receber e Receitas: resultantes de transações relacionadas à prestação de serviços de telecomunicações. O saldo a receber é de R$ 1.720 e a receita reconhecida contra o resultado foi de R$ 860. MetroRED Receitas, Despesas e Valores a Pagar: resultantes de transações relacionadas a utilização de instalações, apoio logístico e serviços de telecomunicações. O saldo a pagar é de R$ 15.918. Os valores contabilizados contra o resultado em 2004 representaram R$ 15 de receitas operacionais e R$ 47.130 de despesas operacionais. 5. VALOR DE MERCADO DOS ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS (INSTRUMENTOS

FINANCEIROS) E ANÁLISE DE RISCOS. A Companhia e suas controladas procederam a uma avaliação de seus ativos e passivos contábeis em relação aos valores de mercado ou de efetiva realização (valor justo), utilizando informações disponíveis e metodologias de

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avaliação apropriadas para cada situação. A interpretação dos dados de mercado quanto à escolha de metodologias exige considerável julgamento e estabelecimento de estimativas para se chegar a um valor considerado adequado para cada situação. Conseqüentemente, as estimativas apresentadas podem não indicar, necessariamente, os montantes que poderão ser obtidos no mercado corrente. A utilização de diferentes hipóteses para apuração do valor de mercado ou o valor justo pode ter efeito material nos valores obtidos. A seleção dos ativos e passivos apresentados nesta nota ocorreu em razão de sua materialidade. Aqueles instrumentos cujos valores se aproximam do valor justo e cuja avaliação de risco é irrelevante não estão mencionados. De acordo com as suas naturezas, os instrumentos financeiros podem envolver riscos conhecidos ou não, sendo importante, no melhor julgamento, o potencial desses riscos. Assim, podem existir riscos com garantias ou sem garantias, dependendo de aspectos circunstanciais ou legais. Dentre os principais fatores de risco de mercado que podem afetar o negócio da Companhia, destacam-se: a. Risco de Crédito A maioria dos serviços prestados pela Companhia está vinculada ao Contrato de Concessão e grande parte desses serviços subordina-se ao estabelecimento de tarifas por parte do órgão regulador. A política de crédito por sua vez, no caso de serviços públicos de telecomunicações, fica subordinada às normas legais estabelecidas pelo poder concedente. O risco existe em razão da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados a seus clientes. No ano de 2004 a inadimplência da Sociedade foi de 3,22% da receita bruta (2,68% em 2003). Através de controles internos, a Companhia monitora permanentemente o nível de suas contas a receber, o que limita o risco de contas inadimplentes, procedendo ao corte do acesso ao serviço (tráfego sainte) se a fatura estiver vencida há mais de trinta dias. São feitas exceções para o caso de serviços de telefonia que devem ser mantidos por razões de segurança ou defesa nacional. Com relação à telefonia móvel, o risco de crédito na venda de aparelhos e na prestação de serviços na modalidade pós-pago é minimizado com a adoção de uma pré-análise de crédito dos elegíveis clientes. Ainda no que diz respeito ao serviço pós-pago, cuja base de clientes era de 33,1% em 31/12/04, as contas a receber também são monitoradas a fim de limitar a inadimplência e efetua-se o corte de acesso ao serviço (tráfego sainte) quando a fatura estiver vencida há mais de quinze dias. b. Risco de Taxa de Câmbio Ativos A Companhia possui contratos de empréstimos ativos em moeda estrangeira e, portanto, sujeitos à flutuação da taxa de câmbio. O montante do ativo exposto a esse tipo de risco é o seguinte: CONTROLADORA

2004 Valor Contábil e

de Mercado Ativos Mútuo com Controlada 88.619Total 88.619Longo Prazo 88.619

Mútuos em dólar norte-americano concedidos à BrT SCS Bermuda em 22/11/04 e 24/11/04, remunerados com juros pré-fixados de 3% ao ano.

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Passivos A Companhia possui empréstimos e financiamentos contratados em moeda estrangeira. O risco vinculado a esses passivos surge em razão da possibilidade de existirem flutuações nas taxas de câmbio que possam aumentar os saldos dos mesmos. Os empréstimos consolidados sujeitos a esse risco representam cerca de 25,6% (5,1% em 31/12/03) do total dos passivos de empréstimos e financiamentos consolidados, desconsiderados os saldos de hedges contratados. Para minimizar esse tipo de risco, a Companhia celebra contratos de hedge na modalidade de swap cambial junto a instituições financeiras. Da parcela da dívida consolidada em moeda estrangeira 50,2% está coberta por contratos de hedge (30% em 31/12/03). Os efeitos positivos ou negativos não realizados dessas operações são registrados no resultado como ganho ou perda. Em 2004, os ajustes negativos dessas operações totalizaram R$ 92.735 (R$ 83.188 em 2003). A exposição líquida, pelo valor contábil e de mercado, ao risco da taxa de câmbio na data do encerramento do balanço é a seguinte: CONTROLADORA 2004 2003 Valor

Contábil Valor de Mercado

Valor Contábil

Valor de Mercado

Passivos Empréstimos e Financiamentos 1.294.422 1.317.561 235.784 229.596Contratos de Hedge 87.190 74.985 9.809 (8.158)Total 1.381.612 1.392.546 245.593 221.438Circulante 74.199 79.395 52.412 35.521Longo Prazo 1.307.413 1.313.151 193.181 185.917

CONSOLIDADO 2004 2003 Valor

Contábil Valor de Mercado

Valor Contábil

Valor de Mercado

Passivos Empréstimos e Financiamentos 1.320.833 1.343.973 235.784 229.596Contratos de Hedge 87.190 74.985 9.809 (8.158)Total 1.408.023 1.418.958 245.593 221.438Circulante 74.199 79.395 52.412 35.521Longo Prazo 1.333.824 1.339.563 193.181 185.917

O método utilizado para o cálculo do valor de mercado (valor justo) dos empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira e instrumentos de hedge foi o dos fluxos de caixa futuros associados a cada instrumento contratado, descontados às taxas de mercado vigentes na data de fechamento do balanço. c. Risco de Taxa de Juros Ativos A Companhia possui empréstimo concedido para a empresa produtora de listas telefônicas, remunerado pelo IGP-DI, empréstimo decorrente da venda de bens do ativo imobilizado para outras empresas de telefonia, remunerado pela Coluna 27 (FGV). Nas demonstrações consolidadas está incluído um empréstimo concedido pela Freelance S.A., indexado pelo IGP-M. Esses ativos estão assim representados no balanço:

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CONTROLADORA CONSOLIDADO

Valor Contábil e de Mercado Valor Contábil e de Mercado 2004 2003 2004 2003 Ativos Empréstimos vinculados ao IGP-DI 7.678 6.832 7.678 6.832Empréstimos vinculados ao CDI 799 - -Empréstimos vinculados IPA-OG Coluna 27 (FGV) 1.591 1.845 1.591 1.845Empréstimos vinculados ao IGP-M - - 1.475 1.282Total 9.269 9.476 10.744 9.959Circulante 1.065 1.963 2.540 2.446Longo Prazo 8.204 7.513 8.204 7.513

Passivos

A Companhia tem empréstimos e financiamentos contratados em moeda nacional subordinados a taxas de juros vinculadas aos indexadores: TJLP, UMBNDES, CDI (Taxa DI – CETIP) e IGP-M. O risco inerente a esses passivos surge em razão da possibilidade de existirem flutuações nessas taxas. A Companhia tem pactuado contratos de derivativos de hedge para 38% (79% em 31/12/03) das obrigações sujeitas à taxa UMBNDES, na modalidade de swap cambial. Contudo, há um monitoramento contínuo das demais taxas de mercado com o propósito de avaliar a eventual contratação de derivativos, para proteção contra o risco de volatilidade dessas taxas. Além dos empréstimos e financiamentos a Companhia emitiu debêntures, privadas e públicas, não conversíveis ou permutáveis em ações. Este passivo foi contratado a taxa de juros vinculada ao CDI e o risco vinculado a esse passivo surge em razão da possível elevação dessa taxa. A situação dos passivos mencionados na data de encerramento do balanço é a seguinte: CONTROLADORA 2004 2003 Valor

Contábil Valor de Mercado

Valor Contábil

Valor de Mercado

Passivos Debêntures – CDI 1.513.713 1.513.755 2.328.137 2.328.137Empréstimos vinculados à TJLP 2.012.487 1.882.960 1.766.025 1.766.025Empréstimos vinculados a UMBNDES 275.565 229.177 209.011 209.011Hedge s/ Empréstimos vinculados a UMBNDES 38.979 13.920 44.895 44.895Empréstimos vinculados ao IGPM 16.724 16.724 21.739 21.739Outros Empréstimos 15.586 15.586 20.439 20.439Total 3.873.054 3.672.122 4.390.246 4.390.246Circulante 1.028.932 985.639 1.937.864 1.937.864Longo Prazo 2.844.122 2.686.483 2.452.382 2.452.382

CONSOLIDADO 2004 2003 Valor

Contábil Valor de Mercado

Valor Contábil

Valor de Mercado

Passivos Debêntures – CDI 1.513.713 1.513.755 2.328.137 2.328.137Empréstimos vinculados à TJLP 2.012.487 1.882.960 1.766.025 1.766.025Empréstimos vinculados a UMBNDES 275.565 229.177 209.011 209.011Hedge s/ Empréstimos vinculados a UMBNDES 38.979 13.920 44.895 44.895Empréstimos vinculados ao IGPM 16.724 16.724 21.739 21.739Outros Empréstimos 16.007 16.007 20.439 20.439Total 3.873.475 3.672.543 4.390.246 4.390.246Circulante 1.028.934 975.559 1.937.864 1.937.864Longo Prazo 2.844.541 2.696.984 2.452.382 2.452.382

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Alguns dos contratos citados têm os valores de mercado iguais aos valores contábeis, devido às condições de contratação atuais para estes tipos de instrumentos financeiros serem semelhantes àquelas em que os mesmos se originaram ou não apresentarem parâmetros para cotação ou contratação. d. Risco de Não Vinculação de Índices de Atualização Monetária de Empréstimos e Financiamentos

com o Contas a Receber Os índices de empréstimos e financiamentos contratados pela Companhia não estão correlacionados com os valores das contas a receber. Desta maneira surge um risco, pois os reajustes de tarifas telefônicas não necessariamente acompanham os aumentos nas taxas de juros locais que afetam as dívidas da Companhia. e. Riscos Contingenciais Os riscos contingenciais são avaliados segundo hipóteses de exigibilidade entre provável, possível ou remota. As contingências consideradas como de risco provável são registradas no passivo. Os detalhes desses riscos estão apresentados na nota nº 7. f. Riscos Relacionados a Investimentos A Companhia possui investimentos avaliados pelos métodos de equivalência patrimonial e custo de aquisição. Os investimentos avaliados pela equivalência patrimonial estão citados na nota nº 25, para os quais inexiste valor de mercado, pois são representados por sociedades de capital fechado ou limitada. São constituídas provisões para perdas quando os fluxos de caixa futuros esperados de um investimento induzirem a expectativas de perdas. Na data de encerramento do balanço estava constituída uma provisão de perdas no valor de R$ 16.946 referente ao passivo a descoberto da VANT. Os investimentos avaliados pelo custo de aquisição são irrelevantes em relação aos ativos totais. Os riscos a eles relacionados não produziriam impactos representativos para a Companhia caso ocorressem perdas com parte desses investimentos. g. Riscos de Aplicações Financeiras São mantidas aplicações financeiras de liquidez imediata em fundos de investimento financeiro (FIF’s) exclusivos, cujos ativos são constituídos por títulos públicos federais pós-fixados, pré-fixados e cambiais, todos vinculados ao CDI, através do próprio lastro destes títulos ou através de contratos futuros junto à Bolsa de Mercadoria e Futuros – BM&F, títulos públicos federais (NBC-E) referenciados à variação do dólar comercial acrescida de cupom cambial e em fundo de investimento em moeda estrangeira. A Companhia mantém aplicações financeiras no valor de R$ 1.906.781 em 31/12/04 (R$ 1.269.449 em 31/12/03). Os rendimentos auferidos até o fechamento do balanço estão reconhecidos contabilmente como receita financeira e representam R$ 194.533 em 2004 (R$ 143.179 em 2003). Os valores relativos às demonstrações consolidadas são de R$ 2.326.497 em 31/12/04 (R$ 1.315.096 em 31/12/03) para as aplicações e R$ 213.453 em 2004 (R$ 151.076 em 2003) de rendimentos. h. Risco de Vencimentos Antecipados de Empréstimos e Financiamentos Alguns contratos de empréstimos e financiamentos da Companhia com seus credores contêm cláusulas que prevêem antecipação de vencimentos de obrigações (covenants), nos casos em que não sejam atingidos

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determinados valores mínimos para certos indicadores, como índices de endividamento, liquidez, geração de caixa e outros. Visando ajustar os parâmetros de avaliação à nova realidade do setor de telecomunicações e da própria Companhia, esta iniciou em dezembro de 2004 o processo de adequação de covenants juntos às instituições financeiras vinculadas aos financiamentos do BNDES. As instituições financeiras aprovaram as modificações solicitadas pela Companhia em 20/12/04, com validade abrangente ao próprio exercício de 2004, e encaminharam o processo ao BNDES, cuja aceitação por parte da diretoria daquela instituição foi deliberada em 01/02/05. Com a aprovação obtida, os indicadores exigidos nas cláusulas contratuais, comuns às operações de empréstimos e financiamentos, foram totalmente atendidos pela Companhia. i. Risco de Aspecto Regulatório Em 20 de junho de 2003, a ANATEL homologou a Resolução 341, que prevê novos tipos de contratos de concessão, vigentes a partir de 1º de janeiro de 2006 até 2025. A forma do novo contrato de concessão prevê mudanças na forma em que as tarifas são ajustadas, como por exemplo, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) deixaria de ser utilizado para determinar os reajustes nas tarifas baseados na inflação anual. Conseqüentemente, as operações e a posição competitiva da Companhia poderão ser afetadas por estas mudanças. 6. BENEFÍCIOS A EMPREGADOS Os benefícios descritos nesta nota são oferecidos aos empregados da Companhia e de suas controladas diretas ou indiretas. Tais sociedades, para melhor citá-las quando em conjunto, podem ser referenciadas como “Grupo Brasil Telecom” e, para efeitos de previdência complementar citada nesta nota, também poderão estar denominadas como “Patrocinadora” ou “Patrocinadoras”. a. Previdência Complementar

São patrocinados planos de benefícios de previdência complementar, relacionados à aposentadoria para os empregados e participantes assistidos e, para estes últimos, assistência médica em alguns casos. Esses planos têm como administradoras duas fundações, sendo a Fundação SISTEL de Seguridade Social (“SISTEL”) originária de empresas do antigo Sistema Telebrás e a Fundação BrTPREV (“FBrTPREV”), anteriormente denominada como Fundação dos Empregados da Companhia Riograndense de Telecomunicações – FCRT, originária da antiga CRT, sociedade incorporada pela Companhia em 28/12/00. O estatuto social da Companhia prevê a aprovação da política de previdência complementar, sendo que a solidariedade atribuída aos planos de benefícios definidos vincula-se aos atos firmados junto às fundações, com a anuência da Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC, anteriormente representada pela Secretaria de Previdência Complementar – SPC, no que cabe aos planos específicos.

Os planos patrocinados estão avaliados por atuários independentes na data de encerramento do balanço. Para os planos de benefício definido identificados nesta nota explicativa, a Companhia adota o reconhecimento imediato dos ganhos e perdas atuariais, estando constituído o passivo integral para os planos que apresentam situação deficitária. Esta medida foi aplicada desde o exercício social de 2001, ano em que foram adotadas as normas da Deliberação CVM nº 371/00. Para os planos que apresentam situação atuarial positiva não são constituídos ativos em virtude da impossibilidade legal de reembolsos desses superávits.

A seguir estão reportadas as características dos planos de previdência complementar patrocinados.

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FUNDAÇÃO SISTEL DE SEGURIDADE SOCIAL No início de 2000, a Fundação SISTEL passou pela segregação do plano único em diversos planos, com autonomia patrimonial e financeira próprias, administrados, controlados e contabilizados em separado, conforme legislação específica. A partir daí, os planos segregados (de benefício definido) foram objeto de migração para planos de contribuição definida e benefícios saldados, moldados diferentemente entre si, de acordo com as políticas de recursos humanos de cada patrocinadora. Desde então, já se previa a natural evolução do modelo implementado para a criação de entidades próprias objetivando a gestão individualizada de cada plano da patrocinadora, uma vez que as principais empresas de telecomunicações do país são concorrentes entre si. Neste contexto, a Companhia protocolou pedido junto à Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC, anteriormente denominada como Secretaria de Previdência Complementar – SPC, para a criação de Entidade própria de previdência complementar – a Fundação 14 de Previdência Privada (“Fundação 14”) –, tendo sido aprovado através da Portaria SPC nº 124 de 07/10/04. Em 03/11/04 foi também protocolado junto à PREVIC o pedido de transferência do plano TCSPREV, da SISTEL para a Fundação 14, cuja aprovação por parte daquele órgão foi manifestada em 12/01/05, através do Ofício nº 51/DPAT/SPC. Em decorrência destes fatos, a transferência da administração do plano TCSPREV para a Fundação 14 está prevista para ser efetivada no decorrer do primeiro semestre de 2005. Planos TCSPREV (Contribuição Definida, Benefício Saldado e Benefício Definido) Plano de contribuição definida e benefícios saldados lançado em 28/02/00. Em 31/12/01 ocorreu a fusão de todos os planos previdenciários patrocinados junto à SISTEL, com aprovação em caráter excepcional e precário pela então Secretaria de Previdência Complementar – SPC, do documento encaminhado àquele Órgão, face à necessidade de ajustes no regulamento. Desta forma, o TCSPREV é constituído por grupos de contribuição definida, de benefício saldado e de benefício definido. Os planos que se agregaram ao TCSPREV foram o PBS-TCS, PBT-BrT, Convênio de Administração BrT e Termo de Relação Contratual Atípica, sendo mantidas as condições estabelecidas nos planos de origem. A partir de março de 2003, este plano foi suspenso ao ingresso de novas adesões. O TCSPREV atende atualmente a cerca de 55,4% do quadro de empregados. PBS-A (Benefício Definido) Mantido solidariamente em conjunto com outras patrocinadoras vinculadas à prestação de serviços de telecomunicações, destinado aos participantes que se encontravam na condição de assistidos em 31/01/00. PAMA - Plano de Assistência Médica ao Aposentado / PCE – Plano de Coberturas Especiais (Contribuição Definida) Mantido solidariamente em conjunto com outras patrocinadoras vinculadas à prestação de serviços de telecomunicações, destinado aos participantes que se encontravam na condição de assistidos em 31/01/00, aos assistidos do Grupo PBS-TCS, incorporado ao TCSPREV em 31/12/01 e aos assistidos dos planos de benefícios definidos PBS’s de outras patrocinadoras da SISTEL. Conforme avaliação jurídico/atuarial, a responsabilidade da Companhia está exclusivamente limitada a contribuições futuras. Durante 2004 ocorreu a migração opcional dos aposentados e pensionistas usuários do PAMA, para novas condições de cobertura (PCE). Os participantes que optaram pela migração, passaram a contribuir para o PCE. PAMEC-BrT – Plano de Assistência Médica ao Complementado (Benefício Definido) Destinado à assistência médica dos aposentados e pensionistas vinculados ao Grupo PBT-BrT, o qual foi incorporado ao TCSPREV em 31/12/01.

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Contribuições Estabelecidas para os Planos TCSPREV As contribuições para este plano mantiveram as mesmas bases dos planos originais incorporados em 2001, por grupo de participantes, sendo determinadas com base em estudos atuariais preparados por atuários independentes, de acordo com as normas em vigor no Brasil, obedecendo ao regime de capitalização para a determinação do custeio. Atualmente, apenas para os grupos internos PBS-TCS (benefício definido) e TCSPREV (contribuição definida) existem contribuições dos participantes e da patrocinadora. No grupo TCSPREV, os valores contribuídos são creditados em contas individuais de cada participante, de forma paritária entre o empregado e a patrocinadora, cujos percentuais de contribuição básica variam de 3% a 8% do salário de participação, conforme a idade do participante. Opcionalmente o participante pode contribuir voluntariamente ou esporadicamente para o plano, acima da contribuição básica, porém, sem a paridade da patrocinadora. No grupo PBS-TCS, a contribuição da patrocinadora corresponde a 12% sobre a folha de salários dos participantes do grupo, enquanto que a do empregado varia de acordo com a idade, tempo de serviço e salário, podendo também pagar uma “jóia” dependendo da idade de ingresso no plano. As patrocinadoras são responsáveis pelo custeio de todas as despesas administrativas e benefícios de risco. Em 2004 as contribuições das patrocinadoras ao TCSPREV, em média, representaram 6,75% da folha de proventos dos participantes do plano. Para os empregados vinculados ao plano esta média foi de 6,08%. PBS-A As contribuições podem ocorrer em caso de apuração de déficit acumulado. Em 31/12/04 o plano apresentava-se superavitário. PAMA/PCE Este plano é mantido com contribuições da Patrocinadora, correspondendo a 1,5% sobre a folha salarial dos participantes ativos vinculados aos planos PBS, segregados e patrocinados pelas diversas patrocinadoras da SISTEL. No caso da Brasil Telecom, o PBS-TCS foi incorporado ao plano TCSPREV em 31/12/01, passando a constituir um grupo interno do mesmo. Também são realizadas contribuições pelos aposentados e pensionistas usuários que migraram para o PCE. PAMEC-BrT As contribuições para este plano foram pagas integralmente em julho de 1998, através de dotação única. Novas contribuições estarão limitadas à necessidade futura de cobrir gastos, caso isto ocorra. FUNDAÇÃO BrTPREV O patrocínio junto à FBrTPREV tem por finalidade principal a manutenção de planos de suplementação de aposentadorias, pensões e demais prestações asseguradas pela previdência oficial aos participantes. O regime atuarial de determinação do custo e contribuições ao plano é o de capitalização coletiva, avaliado anualmente por atuário independente.

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Planos BrTPREV Plano de contribuição definida e benefícios saldados, lançado em outubro de 2002, destinado à concessão de benefícios previdenciais suplementares aos da previdência oficial e que atendia inicialmente apenas aos empregados vinculados à Filial Rio Grande do Sul. Em março de 2003, este plano foi aberto também aos novos empregados da Companhia e de suas controladas, que desejam ingressar nos planos de previdência complementar patrocinados. O BrTPREV atende atualmente a cerca de 39,5% do quadro de empregados. Fundador – Brasil Telecom e Alternativo – Brasil Telecom Planos de benefício definido, destinados à concessão de benefícios previdenciais suplementares aos da previdência oficial, fechados ao ingresso de novos participantes. Atualmente, esses planos atendem a cerca de 0,9% do quadro de empregados. Contribuições Estabelecidas para os Planos BrTPREV As contribuições para este plano são determinadas com base em estudos atuariais preparados por atuários independentes, de acordo com as normas em vigor no Brasil, obedecendo ao regime de capitalização para a determinação do custeio. Os valores contribuídos são creditados em contas individuais de cada participante, de forma paritária entre o empregado e a patrocinadora, cujos percentuais de contribuição básica variam de 3% a 8% do salário de participação, conforme a idade do participante. Opcionalmente o participante pode contribuir também voluntariamente ou esporadicamente para o plano, acima da contribuição básica, porém, sem a paridade da patrocinadora. Esta é responsável pelo custeio de todas as despesas administrativas e benefícios de risco. As contribuições da empresa em 2004 equivaleram, em média, a 5,86% da folha de proventos dos participantes vinculados a este plano, enquanto que para as contribuições dos empregados a média foi de 5,11%. Fundador – Brasil Telecom e Alternativo – Brasil Telecom A contribuição normal da patrocinadora em 2004 foi, em média, de 2,48% sobre a folha de salários dos participantes dos planos, sendo que estes contribuem com taxas variáveis conforme a idade, tempo de serviço e salário, cuja taxa média em 2004 foi de 2,39%. No Plano Alternativo – Brasil Telecom, os participantes também pagam uma jóia, dependendo da idade de ingresso no plano. A reserva matemática a amortizar, referente ao valor atual da contribuição suplementar da Companhia, face à insuficiência atuarial dos planos administrados pela FBrTPREV, tem o prazo máximo de liquidação estabelecido em vinte anos, contados a partir de janeiro de 2002, conforme o Ofício nº 66/SPC/GAB/COA, de 25/01/02, da Secretaria de Previdência Complementar. Desse prazo máximo determinado restam 17 anos para a quitação total. Situações dos Planos Mencionados (SISTEL E FBrTPREV), com base da Deliberação CVM n° 371/00 A seguir estão apresentados os dados dos planos de previdência privada patrocinados que mantém, mesmo que de forma diminuta, obrigações de benefício definido:

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FBrTPREV – BrTPREV SISTEL - TCSPREV 2004 2003 2004 2003

CONCILIAÇÃO DOS ATIVOS E PASSIVOS Obrigações Atuariais com Benefícios Concedidos 973.323 891.269 171.212 145.934 Obrigações Atuariais com Benefícios a Conceder 83.379 99.483 147.861 273.001 (-) Parcelas de Contribuições Definidas - - - (137.132) (=) Total do Valor Presente das Obrigações Atuariais 1.056.702 990.752 319.073 281.803 Valor Justo dos Ativos do Plano (555.256) (486.348) (475.911) (573.834) (-) Parcelas de Contribuições Definidas - - - 137.132 Valor Justo dos Ativos do Plano (555.256) (486.348) (475.911) (436.702) (=) Passivo/(Ativo) Atuarial Líquido 501.446 504.404 (156.838) (154.899)

MOVIMENTAÇÃO DO PASSIVO/(ATIVO) ATUARIAL LÍQUIDO Vlr. Presente da Obrigação Atuarial no início do exercício

990.752 922.150 281.803 503.729

Custo dos Juros 160.304 163.035 31.013 84.790 Custo do Serviço Corrente 377 6.502 3.700 33.827 Benefícios Pagos Líquidos (92.657) (125.634) (13.171) (38.629) (Ganho) ou Perda Atuarial sobre a Obrigação Atuarial (2.074) 24.699 15.728 (164.782) Valor das Obrigações no final do exercício (parcela CD) - - - (137.132) Vlr. Presente da Obrigação Atuarial no final do exercício 1.056.702 990.752 319.073 281.803 Valor Justo dos Ativos do Plano no início do exercício 486.348 420.310 436.702 503.729 Rendimentos dos Ativos do Plano 62.798 98.832 50.932 80.457 Contribuições Normais Recebidas pelo Plano 291 2.380 1.448 28.277 Patrocinadora 18 149 889 13.935 Participantes 273 2.231 559 14.342 Contribuições Amortizantes Recebidas da Patrocinadora 98.476 90.460 - - Pagamento de Benefícios (92.657) (125.634) (13.171) (38.629) Valor Justo dos Ativos no final do exercício (parcela CD) - - - (137.132) Valor Justo dos Ativos do Plano no final do exercício 555.256 486.348 475.911 436.702

(=) Valor do Passivo/(Ativo) Atuarial Líquido(1) 501.446 504.404 (156.838) (154.899) (1) Em caso de ativo atuarial líquido, não há reconhecimento contábil na Patrocinadora.

DESPESA RECONHECIDA NA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DA BRASIL TELECOM Custo do Serviço Corrente 359 6.353 3.700 33.827 Contribuições dos Participantes (273) (2.231) (559) (14.342) Custo dos Juros 160.304 163.035 - - Rendimento dos Ativos do Plano (62.798) (98.832) - - Perdas (Ganhos) Atuariais Reconhecidos (2.074) 24.699 - - Total da Despesa Reconhecida 95.518 93.024 3.141 19.485

PRINCIPAIS PREMISSAS ATUARIAIS UTILIZADAS Taxa de Desconto da Obrigação Atuarial (6% + Inflação) 15,54% 16,18% 11,30% 11,30% Taxa de Rendimento Total Esperada sobre os Ativos do Plano 15,54% 16,18% 18,10% 11,83% Índice de Aumento Salarial Real Estimado 2% 2% 2% 2% Taxa Estimada de Inflação 9,00% 9,60% 5,00% 5,00% Tábua de Mortalidade Geral UP84 UP84 + 1 Tábua de Entrada em Invalidez Álvaro Vindas Mercer Disability Tábua de Mortalidade de Inválidos IAPB-57 IAPB-57 Taxa de Rotatividade nula 0,15/(tempo de serviço + 1); nula a

partir dos 50 anos Idade de Aposentadoria 60 anos 60 anos INFORMAÇÕES ADICIONAIS – 2004 a) Os ativos dos planos citados acima estão posicionados em 30/11/04. Com referência ao BrTPREV o ativo foi projetado para

31/12/04. b) Os dados cadastrais utilizados são de 30/09/04 e 31/10/04 para o TCSPREV e BrTPREV, respectivamente. Tais dados foram

projetados para 31/12/04, para ambos os planos.

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SISTEL - PBS-A SISTEL - PAMEC 2004 2003 2004 2003

CONCILIAÇÃO DOS ATIVOS E PASSIVOS Obrigações Atuariais com Benefícios Concedidos 529.690 514.254 852 2.651 Obrigações Atuariais com Benefícios a Conceder - - 34 27 (=) Total do Valor Presente das Obrigações Atuariais 529.690 514.254 886 2.678 Valor Justo dos Ativos do Plano (688.827) (614.450) (1.009) (992) (=) Passivo/(Ativo) Atuarial Líquido (159.137) (100.196) (123) 1.686

MOVIMENTAÇÃO DO PASSIVO/(ATIVO) ATUARIAL LÍQUIDO Vlr. Presente da Obrigação Atuarial no início do exercício

514.254 430.459 2.678 844

Custo dos Juros 55.706 46.683 302 147 Custo do Serviço Corrente - - 1 1 Benefícios Pagos Líquidos (44.940) (40.283) (43) (5) (Ganho) ou Perda Atuarial sobre a Obrigação Atuarial 4.670 77.395 (2.052) 1.691 Vlr. Presente da Obrigação Atuarial no final do exercício 529.690 514.254 886 2.678 Valor Justo dos Ativos do Plano no início do exercício 614.450 542.744 992 844 Rendimentos dos Ativos do Plano 119.317 111.989 60 153 Pagamento de Benefícios (44.940) (40.283) (43) (5) Valor Justo dos Ativos do Plano no final do exercício 688.827 614.450 1.009 992

(=) Valor do Passivo/(Ativo) Atuarial Líquido(1) (159.137) (100.196) (123) 1.686(1) Em caso de ativo atuarial líquido, não há reconhecimento contábil na Patrocinadora.

DESPESA RECONHECIDA NA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DA BRASIL TELECOM Constituição (Reversão) do Passivo Atuarial - - (1.686) 1.686 Total da Despesa (Receita) Reconhecida - - (1.686) 1.686 PRINCIPAIS PREMISSAS ATUARIAIS UTILIZADAS Taxa de Desconto da Obrigação Atuarial (6% + Inflação) 11,30% 11,30% 11,30% 11,30% Taxa de Rendimento Total Esperada sobre os Ativos do Plano 12,20% 11,30% 16,51% 11,30% Índice Estimado de Aumento Nominal dos Benefícios 5,00% 5,00% 5,00% 5,00% Tábua de Mortalidade Geral UP84 + 1 UP84 + 1 Tábua de Entrada em Invalidez N/A Mercer Disability Idade de Início dos Benefícios N/A 100% na elegibilidade à aposentadoria

Taxa Estimada de Inflação 5,00% 5,00% 5,00% 5,00% N/A = Não Aplicável.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS – 2004 a) Os ativos dos planos estão posicionados em 30/11/04. b) Os dados cadastrais utilizados são de 30/09/04, projetados para 31/12/04. b. Plano de Opção de Compra de Ações para Administradores e Empregados A Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 28 de abril de 2000, aprovou o plano geral para a outorga de opções de compra de ações para administradores e empregados da Companhia e suas controladas. O Plano autoriza a outorga de um limite máximo de 10% das ações de cada espécie de ações da Companhia. As ações oriundas do exercício de opções garantem aos beneficiários os mesmos direitos concedidos aos demais acionistas da Companhia. A administração desse plano foi atribuída a um comitê gestor designado pelo Conselho de Administração, o qual deliberou somente pela outorga de opções de ações preferenciais. O plano divide-se em dois programas distintos: Programa A

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Este programa é outorgado na extensão dos objetivos de performance atingidos pela Companhia determinados pelo Conselho de Administração por um período de cinco anos. Até 31 de dezembro de 2004 nenhuma ação foi outorgada. Programa B O preço de exercício é fixado pelo comitê gestor, com base no preço de mercado do lote de mil ações na data de outorga da opção e será corrigido monetariamente pelo IGP-M entre a data de assinatura dos contratos e a data de pagamento. A aquisição do direito ao exercício da opção dar-se-á da seguinte forma e nos seguintes prazos: Primeira Outorga Segunda Outorga Terceira Outorga A partir de Prazo Limite A partir de Prazo Limite A partir de Prazo Limite

33% 01/01/04 31/12/08 19/12/05 31/12/10 21/12/05 31/12/11 33% 01/01/05 31/12/08 19/12/06 31/12/10 21/12/06 31/12/11 34% 01/01/06 31/12/08 19/12/07 31/12/10 21/12/07 31/12/11

Esses prazos de aquisição poderão ser antecipados em razão da ocorrência de eventos ou condições especiais estabelecidos no contrato de outorga. As informações relativas ao plano geral para a outorga de opções de compra de ações estão resumidas a seguir: 2004 2003 Opções de

Ações Preferenciais

(Mil)

Preço Médio de Exercício

R$

Opções de Ações

Preferenciais (Mil)

Preço Médio de Exercício

R$

Saldo no início do exercício 907.469 11,73 622.364 11,34 Outorgadas 507.650 15,28 308.033 12,48 Opções Extintas - - (22.928) 11,34 Saldo no final do exercício 1.415.119 13,00 907.469 11,73

Não houve outorga de opções de compra de ações exercidas até a data de encerramento do balanço e a representatividade do saldo de opções perante o total de ações em circulação é de 0,26% (0,17% em 2003).

Considerando a hipótese de que as opções serão exercidas integralmente, o custo de oportunidade dos prêmios das respectivas opções, calculado pelo método Black&Scholes, para a Companhia seria de R$ 1.254 (R$ 829 em 2003). c. Outros Benefícios a Empregados São concedidos ainda outros benefícios aos empregados, tais como: auxílio médico/odontológico, auxílio alimentação, seguro de vida em grupo, auxílio acidente de trabalho, auxílio doença, auxílio transporte e outros. 7. PROVISÕES PARA CONTINGÊNCIAS A Companhia e suas controladas efetuam periodicamente a avaliação de seus riscos contingenciais, inclusive revisões de processos judiciais com base em fundamentos jurídicos, econômicos, tributários e contábeis. A avaliação desses riscos objetiva classificá-los segundo as chances de ocorrência de sua exigibilidade entre as alternativas de prováveis, possíveis ou remotos, levando em consideração as análises de seus assessores jurídicos. As contingências cujos riscos são classificados como prováveis são provisionadas. As classificadas como possíveis ou remotas estão evidenciadas nesta nota. Em algumas situações, por exigência legal ou por uma opção de cautela, são efetuados depósitos judiciais para garantir a continuidade dos processos em discussão. Esses

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processos judiciais encontram-se em discussão em várias instâncias, desde administrativas e até em instâncias inferiores e superiores. Trabalhistas As provisões trabalhistas compreendem uma estimativa da administração, suportada por opinião de seus assessores jurídicos, das perdas relativas a processos movidos por ex-empregados próprios e de empresas prestadoras de serviços. Tributárias As provisões para contingências de natureza tributária referem-se, principalmente, a questões ligadas à cobrança de tributos decorrentes de divergências quanto à interpretação da legislação por parte dos assessores legais da Companhia e do fisco. Cíveis As provisões de natureza cível compreendem uma estimativa de causas alusivas a reajustes de valores contratuais decorrentes de planos econômicos editados pelo Governo Federal e outras causas relacionadas a planos comunitários de telefonia. Classificação por Grau de Risco Contingências de Risco Provável As contingências classificadas como risco de perda provável, para as quais estão registradas provisões no passivo, apresentam os seguintes saldos: CONTROLADORA CONSOLIDADO Natureza 2004 2003 2004 2003 Trabalhista 412.730 424.097 414.221 424.097Tributária 64.703 64.391 109.936 65.970Cível 214.011 207.847 214.688 208.678Total 691.444 696.335 738.845 698.745Circulante 290.727 48.509 327.643 48.509Longo Prazo 400.717 647.826 411.202 650.236

Trabalhista Em 2004 ocorreu uma redução líquida da provisão para contingências trabalhistas no valor de R$ 11.367 (R$ 9.876 para o Consolidado). Esta variação é motivada pelo reconhecimento de atualizações monetárias e efeitos de reavaliações dos riscos contingentes que determinaram o reconhecimento adicional à provisão no valor de R$ 168.316 (R$ 170.052 para o Consolidado), novos ingressos no valor de R$ 26.895 (R$ 26.925 para o Consolidado) e diminuição devida a pagamentos que totalizaram R$ 206.578 (R$ 207.070 para o Consolidado). Foi adicionado à provisão consolidada o valor de R$ 217 referentes a contingências trabalhistas da VANT e MetroRED, posicionadas na data em que passaram a ser sociedades controladas. Os principais objetos que afetam as contingências trabalhistas provisionadas são os seguintes: (i) Adicional de Periculosidade – refere-se ao pleito de percepção de adicional de periculosidade, com base na

Lei nº 7369/85, regulamentada pelo Decreto nº 93.412/86, em razão de suposto risco por contato do empregado com sistema elétrico de potência;

(ii) Diferenças Salariais e Reflexos – referem-se, principalmente, a pedidos de incidência de aumentos salariais

decorrentes de negociações sindicais supostamente descumpridas. Já os reflexos dizem respeito à

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repercussão do aumento salarial supostamente devido nas demais verbas calculadas com base no salário do empregado;

(iii) Plano de Cargos – refere-se a pedido de aplicação de plano de cargos e salários para empregados da Filial

Santa Catarina (antiga Telesc), com a incidência de promoções por antiguidade e merecimento, supostamente não concedidos pela antiga Telesc;

(iv) Responsabilidade Solidária/Subsidiária – refere-se a pedido de responsabilização da Companhia, feito por

empregados de terceiros, em razão de suposta inobservância de seus direitos trabalhistas por seus empregadores reais;

(v) Horas extras – refere-se ao pleito de pagamento salarial e de adicional em razão de labor supostamente

desempenhado além da jornada ordinariamente contratada; (vi) Reintegração – pleito decorrente de suposta inobservância de condição especial do empregado, garantidora

da impossibilidade de rescisão de contrato de trabalho sem justa causa; e

(vii) Pedido de aplicação de regulamento que previa o pagamento de percentual incidente sobre os lucros da Companhia, atribuídos à Filial Santa Catarina.

Tributária Em 2004 ocorreu um aumento líquido de R$ 312 (R$ 43.966 para o Consolidado), representado por R$ 18.200 (R$ 14.665 para o Consolidado) de redução motivada por reavaliações dos riscos contingentes atenuadas por atualizações monetárias, R$ 19.698 (R$ 22.236 para o Consolidado, sendo R$ 2.526 referentes à migração de passivo de tributos) de aumento por ingressos de novas ações, e diminuição por pagamentos no total de R$ 1.186. Ainda com relação ao aumento do Consolidado houve um acréscimo de R$ 37.581 relativo ao saldo do balanço inicial da MetroRED e VANT, sociedades cujo controle foi adquirido em maio do corrente ano. As principais causas provisionadas são referentes às seguintes controvérsias: (i) Previdenciário – relativo ao não recolhimento de contribuição previdenciária incidente no pagamento feito

a cooperativas, bem como composição do salário de contribuição; (ii) Receita Federal – compensação indevida de prejuízos fiscais; e (iii) CPMF – não recolhimento de tributo sobre movimentação financeira no ano de 1999. Cível Em 2004 ocorreu um aumento líquido de R$ 6.164 (R$ 6.010 para o Consolidado), decorrente de reavaliações de riscos contingentes e atualizações monetárias no montante de R$ 19.876 (R$ 19.717 para o Consolidado), bem como ingresso de novas ações no total de R$ 30.938 (R$ 30.943 para o Consolidado) e pagamentos no montante de R$ 44.650. As causas provisionadas são as seguintes: (i) Revisão de condições contratuais – ação judicial em que empresa fornecedora de equipamentos propôs

contra a Companhia, pedindo revisão de condições contratuais por superveniência de plano de estabilização econômica;

(ii) Contratos de Participação Financeira - tem se firmado no TJ/RS a posição quanto à incorreção do

procedimento anteriormente adotado pela antiga CRT nos processos relativos à aplicação de norma emitida pelo Ministério das Comunicações; e

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(iii) Demais demandas - referem-se a diversas ações em curso abrangendo indenizações por danos morais e materiais a consumidores, indenizações por rescisão contratual, indenizações por acidentes, bem como ações que tramitam junto aos Juizados Especiais Cíveis cujos pedidos, isoladamente, não ultrapassam quarenta salários mínimos.

Contingências de Risco Possível A composição das contingências cujo grau de risco foi considerado possível e, portanto, não registradas contabilmente, é a seguinte: CONTROLADORA CONSOLIDADO Natureza 2004 2003 2004 2003 Trabalhista 645.824 625.181 649.328 625.266Tributária 1.233.534 863.967 1.249.108 863.967Cível 1.004.102 740.461 1.006.266 740.535Total 2.883.460 2.229.609 2.904.702 2.229.768

Trabalhista Os principais objetos que compõem as perdas possíveis de natureza trabalhista referem-se a adicional de periculosidade, promoções e responsabilidade solidária/subsidiária, cuja avaliação dos processos por parte dos assessores jurídicos da Companhia resultou num grau de risco de perda avaliado apenas como possível. Além dos objetos citados, ainda contribuem para o montante descrito o pedido de contra-prestação remuneratória pelo desempenho de horas de trabalho supostamente excedentes da carga horária normal de trabalho acordada. Tributária O aumento ocorrido em 2004, de R$ 369.567 (R$ 385.141 para o Consolidado) refere-se, principalmente, ao ingresso de novas contingências assim representadas: R$ 167.348 decorrentes de autuações emitidas por fiscos estaduais exigindo ICMS sobre ligações DDI ocorridas até 1999, habilitação e serviços auxiliares, glosa de créditos e outros. Também foram reavaliados os valores de algumas contingências, com ênfase para discussão administrativa de débito de ICMS incidente nas ligações DDI. Ocorreu ainda, o ingresso de débito decorrente de autuação por falta de retenção e recolhimento de ISS, bem como o reconhecimento de controvérsia judicial versando sobre o PIS. Cumpre notar que uma parcela desses novos valores, representada por R$ 47.402, refere-se à reclassificação do grau de risco de contingências e, ainda, que o montante de R$ 148.627 advém da atualização monetária e reavaliação de valores de causas anteriormente classificadas neste grau de risco. As principais causas estão representadas pelos seguintes objetos: (i) Autuações do INSS, com defesas em sede administrativa ou judicial, versando sobre a composição de

valores no salário-de-contribuição devido pela empresa e que os assessores jurídicos da Companhia entendem não haver incidência de contribuição previdenciária;

(ii) Defesas administrativas em processos movidos pela Secretaria da Receita Federal, decorrentes de

divergências de valores entre DCTF e DIPJ; (iii) Ações civis públicas questionando o suposto repasse de PIS e COFINS aos consumidores finais; (iv) ICMS incidente sobre ligações internacionais; (v) ICMS – diferencial de alíquota nas aquisições interestaduais; (vi) ICMS – aproveitamento de créditos referente aquisição de bens do ativo fixo ou para uso e consumo; (vii) ISS – não recolhido e/ou recolhido a menor; e

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(viii) IR-Fonte – sobre operações relacionadas à proteção para cobertura de dívidas. Cível O aumento ocorrido em 2004 foi de R$ 263.641 (R$ 265.731 relativos ao Consolidado) e está representado, principalmente, pelo incremento de R$ 231.042 referentes a ações decorrentes de processo de capitalização, para as quais é reivindicado um maior número de ações do capital social em relação ao que foi emitido, bem como dividendos correspondentes reclamados. Demais variações compõem-se, basicamente, de atualizações monetárias e reavaliações de valores de causas existentes. As principais causas existentes estão representadas pelos seguintes objetos: (i) Retribuições em ações decorrentes de PCT – os autores pretendem a retribuição em ações relacionadas aos

contratos decorrentes do Programa Comunitário de Telefonia; (ii) Ações de natureza consumerista; (iii) Contratuais – ações relativas a reclamação de percentual decorrente do Plano Real, a ser aplicado em

contrato de prestação de serviços, revisão de conversão de parcelas em URV e posteriormente em Reais, relativa a fornecimento de equipamentos e prestação de serviços; e

(iv) Pontos de atendimento a clientes – ações civis públicas por decorrência do fechamento de postos de

atendimento a clientes. Contingências de Risco Remoto Além das demandas citadas ainda existem contingências cujo grau de risco foi avaliado como remoto, no valor de R$ 1.437.338 (R$ 1.265.967 em 2003) para a Companhia e de R$ 1.440.384 (R$ 1.265.978 em 2003) para o Consolidado. Cartas de Fiança A Companhia mantém contratos de cartas de fiança firmados com instituições financeiras, a título de garantia complementar de processos judiciais em execução provisória, no montante de R$ 311.976 (R$ 124.947 em 31/12/03). Desses contratos, 10%, tem prazo a findar durante os próximos doze meses e o restante é por prazo indeterminado. A remuneração para esses contratos varia de 0,65% aa. a 4,00% a.a., representando uma taxa média de 0,98% a.a. Os depósitos judiciais relacionados a contingências e tributos contestados (exigibilidade suspensa) estão demonstrados na nota nº 23. 8. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a. Capital Social A Companhia está autorizada a aumentar o capital social, mediante deliberação do Conselho de Administração, até o limite total de 560.000.000.000 (quinhentos e sessenta bilhões) de ações ordinárias ou preferenciais, observado o limite legal de 2/3 (dois terços) no caso de emissão de novas ações preferenciais sem direito a voto. Por deliberação da Assembléia Geral ou do Conselho de Administração, o capital da Companhia poderá ser aumentado pela capitalização de lucros acumulados ou de reservas anteriores a isto destinados pela Assembléia Geral. Nestas condições, a capitalização poderá ser feita sem modificação do número de ações.

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O capital social é representado por ações ordinárias e preferenciais, sem valor nominal, não havendo obrigatoriedade, nos aumentos de capital, de se guardar proporção entre elas. Por deliberação da Assembléia Geral ou do Conselho de Administração, pode ser excluído o direito de preferência para emissão de ações, bônus de subscrição ou debêntures conversíveis em ações, nas hipóteses previstas no artigo 172 da Lei das Sociedades por Ações. As ações preferenciais não têm direito a voto, exceto nas hipóteses dos parágrafos 1º a 3º do art. 12 do estatuto social, sendo a elas assegurada prioridade no recebimento de dividendo mínimo e não cumulativo de 6% ao ano, calculado sobre o valor resultante da divisão do capital social pelo número total de ações da Companhia ou de 3% ao ano, calculado sobre o valor resultante da divisão do patrimônio líquido contábil pelo número total de ações da Companhia, o que for maior. O capital social subscrito e integralizado na data do balanço é R$ 3.401.245 (R$ 3.373.097 em 31/12/03), composto pelas seguintes ações sem valor nominal:

Em milhares de ações Espécies de Ações Total de Ações Ações em Tesouraria Ações em Circulação 2004 2003 2004 2003 2004 2003 Ordinárias 249.597.050 249.597.050 - - 249.597.050 249.597.050Preferenciais 300.118.295 295.569.090 8.106.882 5.718.771 292.011.413 289.850.319Total 549.715.345 545.166.140 8.106.882 5.718.771 541.608.463 539.447.369

2004 2003

Valor Patrimonial por mil Ações em Circulação (R$) 11,97 12,35 b. Ações em Tesouraria Na apuração do cálculo do valor patrimonial estão deduzidas as ações mantidas em tesouraria, as quais são oriundas dos seguintes eventos: Incorporação de Companhia A Companhia mantém em tesouraria ações preferenciais adquiridas no primeiro semestre de 1998, pela então Companhia Riograndense de Telecomunicações - CRT, sociedade que foi incorporada pela Brasil Telecom S.A. em 28 de dezembro de 2000. Desde a incorporação somente foram colocadas em circulação ações para atender determinações judiciais, decorrentes de demandas de titularidade de promitentes assinantes originários da companhia incorporada. É considerado como custo de recolocação, nesse caso, o valor originalmente pago, de acordo com o controle efetuado pela Companhia, considerando a saída das aquisições mais antigas para as mais recentes. O custo médio de aquisição originalmente representava, na CRT, o valor de R$ 1,24 por ação. Com a relação de troca das ações, decorrente do processo de incorporação, cada ação da CRT foi permutada por 48,56495196 ações da Brasil Telecom S.A., resultando num custo médio de R$ 0,026 para cada ação em tesouraria. A movimentação das ações em tesouraria advindas de companhia incorporada foi a seguinte:

2004 2003 Ações

Preferenciais (em milhares)

Valor Ações Preferenciais (em milhares)

Valor

Saldo no início do exercício 871.571 20.778 1.567.960 38.977Quantidade de ações recolocadas em circulação (870.289) (20.748) (696.389) (18.199)Saldo no final do exercício 1.282 30 871.571 20.778

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A conta de lucros acumulados representou a origem dos recursos aplicados na aquisição dessas ações em tesouraria. Programas de Recompra de Ações – Exercícios de 2002 a 2004 São mantidas ações em tesouraria decorrentes de programas de recompra, sendo que na data de 13/09/04 foi divulgado fato relevante da vigente proposta aprovada pelo Conselho de Administração da Companhia, para recompra de ações preferenciais de própria emissão, para permanência em tesouraria ou cancelamento, ou posterior alienação, nos termos e condições seguintes: (i) a conta de ágio na subscrição de ações representou a origem dos recursos aplicados na aquisição das ações; (ii) a quantidade autorizada para aquisição de ações preferenciais próprias para permanência em tesouraria foi limitada a 10% das ações preferenciais em circulação no mercado; e (iii) o prazo determinado para vigorar a aquisição foi de 365 dias, estando de acordo com a Instrução CVM nº 390/03. A movimentação das ações em tesouraria originadas dos programas de recompra de ações foi a seguinte:

31/12/04 31/12/03 Ações

Preferenciais (em milhares)

Valor Ações Preferenciais (em milhares)

Valor

Saldo no início do exercício 4.847.200 54.870 1.980.800 21.852Quantidade de ações adquiridas 3.258.400 37.550 2.866.400 33.018Saldo no final do exercício 8.105.600 92.420 4.847.200 54.870

Custo histórico unitário na aquisição das ações em tesouraria (R$) 31/12/04 31/12/03 Médio Ponderado 11,40 11,32 Mínimo 10,31 10,31 Máximo 13,80 13,80

O custo unitário na aquisição considera a totalidade dos programas de recompra de ações. Até a data do encerramento do balanço não ocorreu qualquer alienação de ações preferenciais adquiridas com base nos programas de recompra. Valor de Mercado das Ações em Tesouraria A cotação das ações em tesouraria, decorrentes da incorporação da CRT e dos programas de recompra, pela cotação do mercado na data de encerramento do balanço é a seguinte: 31/12/04 31/12/03 Quantidade de ações preferenciais em tesouraria (milhares de ações) 8.106.882 5.718.771Cotação por lote de mil ações na BOVESPA (R$) 13,70 15,20Valor de Mercado 111.064 86.925

A Companhia mantém o saldo das ações em tesouraria em conta própria na sua contabilidade, estando desta forma apresentado na demonstração das mutações do patrimônio líquido (“DMPL”). Caso deduzisse esse saldo das contas de reservas que deram origem às ações em tesouraria, ficaria assim apresentado: Ágio na

Subscrição de Ações

Outras Reservas de Capital

Lucros Acumulados

31/12/04 31/12/04 31/12/03 31/12/04 31/12/03 Saldo apresentado na DMPL 404.819 123.334 123.161 1.332.773 1.512.328Ações em Tesouraria (37.550) (54.870) (54.870) (30) (20.778)Saldo das Reservas, líquidas das Ações em Tesouraria

367.269 68.464 68.291 1.332.743 1.491.550

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c. Reservas de Capital As reservas de capital são constituídas de conformidade com as seguintes práticas:

Reserva de Ágio na Subscrição de Ações: resultado da diferença entre o valor pago na subscrição e o valor destinado ao capital. Reserva Especial de Ágio na Incorporação: representa o valor líquido da contrapartida do valor do ágio registrado no ativo diferido, conforme disposições das Instruções CVM nº 319/99, 320/99 e 349/01. Quando ocorre o aproveitamento do crédito fiscal, a parte correspondente à reserva é capitalizada, anualmente, em nome do acionista controlador e dos acionistas minoritários existentes na data de sua formação, observado o direito de preferência dos demais acionistas. Reserva de Doações e Subvenções para Investimentos: constituída em razão de doações e subvenções recebidas e cuja contrapartida representa um ativo recebido pela Companhia. Reserva de Correção Monetária Especial da Lei 8.200/91: constituída em razão dos ajustes de correção monetária especial do ativo permanente e cuja finalidade foi a compensação de distorções nos índices de correção monetária anteriores a 1991. Outras Reservas de Capital: formadas pela contrapartida de juros sobre obras em andamento incorridos até 31/12/98 e pelos recursos aplicados em incentivos fiscais de imposto de renda. d. Reserva de Lucros A reserva de lucros é constituída de acordo com as seguintes práticas: Reserva Legal: apropriação de cinco por cento do lucro anual até o limite de vinte por cento do capital social realizado ou trinta por cento do capital quando somada às reservas de capital. A reserva somente é utilizada para aumento do capital social ou para absorção de prejuízos. Lucros Acumulados: constituídos ao final de cada exercício social, compostos pelos saldos remanescentes do lucro ou prejuízo líquido do exercício, ajustados nos termos do art. 202 da Lei 6404/76, ou pelo registro de ajustes de anos anteriores, quando for o caso. e. Dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio Os dividendos são calculados de acordo com o estatuto da companhia e em consonância com a Lei das Sociedades por Ações. Os dividendos mínimos obrigatórios são calculados de acordo com o art. 202 da Lei nº 6.404/76 e os preferenciais ou prioritários de conformidade com o estabelecido no estatuto da companhia. Por deliberação do Conselho de Administração a Companhia pode pagar ou creditar, a título de dividendos, juros sobre o capital próprio (JSCP) nos termos do artigo 9º, parágrafo 7º, da Lei nº 9.249, de 26/12/95. Os juros pagos ou creditados serão compensados com o valor do dividendo anual mínimo obrigatório, de acordo com o art. 43 do estatuto social.

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Dividendos Mínimos Obrigatórios calculados de acordo com o art. 202 da Lei 6.404/76 2004 2003 Lucro/(Prejuízo) Líquido do Exercício 288.552 (25.317)Mais Amortização do Ágio Incorporado, líquido de Tributos 124.014 124.014Menos Apropriação à Reserva Legal (14.428) -Lucro Líquido Ajustado 398.138 98.697

25% Do Lucro Líquido Ajustado 99.535 24.674 Juros Sobre o Capital Próprio – JSCP Creditados A Companhia creditou Juros sobre o Capital Próprio a seus acionistas durante o exercício, de acordo com a posição acionária na data de cada crédito efetuado. Os JSCP creditados foram imputados aos dividendos na data de encerramento do exercício, líquidos do imposto de renda de fonte, como proposta para destinação de resultados a ser apresentada para aprovação da assembléia geral ordinária de acionistas. 2004 2003 Juros Sobre o Capital Próprio – JSCP – Creditados 444.500 246.200 Ações Ordinárias 205.257 112.957 Ações Preferenciais 239.243 133.243Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) (66.675) (36.930)JSCP Líquidos 377.825 209.270 Ações Ordinárias 174.469 96.013 Ações Preferenciais 203.356 113.257

Remuneração Total por Lote de Mil Ações (Em Reais) (1) 2004 2003 Ordinárias 0,699001 0,384672 Preferenciais 0,696398 0,390743 Totalidade das Ações 0,697598 0,387934

(1) O cálculo dos dividendos/JSCP por lote de mil ações considera as ações existentes em circulação na data do encerramento do balanço. A variação apresentada, individualmente, é devida à composição das ações em circulação existentes na data dos créditos de JSCP ser diferente da composição acionária apresentada em 31/12/04. No entanto, a remuneração por espécie de ação é eqüitativa na data dos respectivos créditos. A remuneração total dos acionistas em 2004 e 2003 equivale à distribuição de JSCP, cujo valor líquido de imposto de renda na fonte superou o montante dos dividendos obrigatórios, sendo também superior ao montante dos dividendos prioritários e dividendos para as ações ordinárias, calculados em igualdade de condições.

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9. RECEITA OPERACIONAL DOS SERVIÇOS PRESTADOS E MERCADORIAS VENDIDAS CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Serviço Telefônico Fixo Serviço Local 6.891.760 6.495.446 6.891.760 6.495.446 Habilitação 33.493 35.540 33.493 35.540 Assinatura Básica 3.110.050 2.858.002 3.110.050 2.858.002 Serviço Medido 1.474.503 1.427.182 1.474.503 1.427.182 Fixa Móvel – VC1 2.180.947 2.062.828 2.180.947 2.062.828 Aluguel 1.644 1.713 1.644 1.713 Outras 91.123 110.181 91.123 110.181 Serviço de Longa Distância 2.642.906 1.923.656 2.642.906 1.923.656 Fixa Intra Setorial 1.073.434 1.088.311 1.073.434 1.088.311 Fixa Intra Regional (Inter Setorial) 403.805 361.658 403.805 361.658 Fixa Inter Regional 214.835 - 214.835 - Fixa Móvel - VC2 e VC3 916.758 473.125 916.758 473.125 Internacional 34.074 562 34.074 562 Interconexão 734.799 835.311 731.279 835.311 Fixa x Fixa 467.995 607.116 467.995 607.116 Móvel x Fixa 266.804 228.195 263.284 228.195 Cessão de Meios 247.463 215.510 239.143 215.510 Telefonia Pública 478.805 394.525 478.805 394.525 Serviços Suplementares, Rede Inteligente e Telefonia Avançada

422.360 356.515 421.035 356.384

Outras 33.194 26.684 33.194 26.683 Total do Serviço Telefônico Fixo 11.451.287 10.247.647 11.438.122 10.247.515 Serviço Telefônico Móvel Telefonia - - 18.219 - Assinatura - - 10.201 - Utilização - - 5.540 - Roaming - - 208 - Interconexão - - 2.107 - Outros Serviços - - 163 - Venda de Mercadorias - - 69.685 - Aparelhos Celulares - - 64.687 - Cartões Eletrônicos - Brasil Chip, Acessórios e Outras Mercadorias - - 4.998 - Total do Serviço Telefônico Móvel - - 87.904 -

Continua ...

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... continuação. Serviços de Comunicação de Dados e Outros Comunicação de Dados 1.051.424 794.610 1.068.779 766.196 Outros Serviços de Atividades Principais 16.797 20.839 168.637 63.670 Total de Serviços de Comunicação de Dados e Outros 1.068.221 815.449 1.237.416 829.866 Receita Operacional Bruta 12.519.508 11.063.096 12.763.442 11.077.381 Deduções da Receita Bruta (3.609.723) (3.140.943) (3.698.586) (3.162.187) Tributos Sobre a Receita Bruta (3.494.077) (3.023.463) (3.579.541) (3.042.487) Outras Deduções Sobre a Receita Bruta (115.646) (117.480) (119.045) (119.700) Receita Operacional Líquida 8.909.785 7.922.153 9.064.856 7.915.194

10. CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS E MERCADORIAS VENDIDAS Os custos incorridos na prestação dos serviços e na venda de mercadorias são os seguintes: CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Interconexão (2.308.520) (1.772.110) (2.297.450) (1.772.110) Depreciação e Amortização (2.115.365) (1.913.280) (2.185.277) (1.916.231) Serviços de Terceiros (623.131) (586.882) (660.744) (598.344) Aluguel, Arrendamento e Seguro (255.359) (238.945) (342.070) (322.846) Pessoal (108.799) (126.997) (118.996) (129.404) Material (86.043) (84.195) (86.224) (84.262) Meios de Conexão (41.187) (12.175) (22.563) (12.244) FISTEL (14.496) (13.951) (14.539) (13.951) Mercadorias Vendidas - - (94.031) -Outros (4.699) (3.981) (6.118) (3.981)Total (5.557.599) (4.752.516) (5.828.012) (4.853.373)

11. COMERCIALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS As despesas relacionadas às atividades de comercialização estão detalhadas nas seguintes naturezas: CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Serviços de Terceiros (410.776) (367.146) (493.909) (369.868)Perdas com Contas a Receber(1) (404.529) (296.656) (411.278) (298.042)Aluguel, Arrendamento e Seguro (145.815) (137.932) (8.681) (4.414)Pessoal (129.206) (137.805) (146.274) (140.010)Depreciação e Amortização (5.393) (5.320) (7.182) (5.322)Material (1.384) (1.830) (18.076) (1.959)Outros (375) (321) (377) (322)Total (1.097.478) (947.010) (1.085.777) (819.937)

(1) Inclui Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 12. GERAIS E ADMINISTRATIVAS As despesas relacionadas às atividades administrativas, as quais incluem as despesas com tecnologia de informação, estão detalhadas nas seguintes naturezas:

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CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Serviços de Terceiros (531.836) (401.732) (555.076) (406.159)Depreciação e Amortização (198.105) (152.762) (211.413) (160.225)Pessoal (132.803) (148.186) (149.618) (153.327)Aluguel, Arrendamento e Seguro (34.706) (64.297) (39.995) (64.365)Material (3.957) (3.408) (4.660) (3.485)Outros (608) (498) (824) (681)Total (902.015) (770.883) (961.586) (788.242)

13. OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS, LÍQUIDAS A seguir estão apresentadas as demais receitas e despesas atribuídas às atividades operacionais: CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Acordo de Litígio com a Embratel 124.501 - 124.501 - Recuperação de Tributos e Despesas Recuperadas 97.315 36.493 114.875 36.849 Multas 68.153 77.836 67.286 77.738 Serviços Técnicos e Administrativos 62.414 42.764 60.192 41.998 Aluguel de Infra-estrutura Operacional e Outros 49.085 44.103 48.384 44.033 Provisão/Reversão de Outras Provisões 19.769 (3.043) 23.226 (2.989) Dividendos de Investimentos Avaliados pelo Custo de Aquisição 360 144 360 144 Baixa de Arrecadação em Processo de Classificação - 17.936 - 17.936 Dividendos Prescritos - 10.544 - 10.544 Contingências – Provisão(1) (247.523) (359.767) (252.200) (359.713) Tributos (Exceto Sobre Receita Bruta, IRPJ e CSLL) (121.671) (31.283) (126.809) (31.869) Provisão de Passivo Atuarial de Fundos de Pensão (31.132) (8.434) (31.132) (8.434)Amortização de Ágio na Aquisição de Investimentos (14.715) - (61.039) (631)Doações e Patrocínios (10.230) (21.132) (10.991) (21.140) Custas Processuais (4.899) (1.888) (4.963) (1.891) Perda na Baixa de Estoques de Manutenção/Revenda (3.785) (1.167) (3.459) (1.167) Indenizações Trabalhistas (130) (400) (337) (400) Baixa de Adiantamentos e Outros Créditos - - - (3.293) Outras Despesas (9.546) (13.281) (9.091) (12.668) Total (22.034) (210.575) (61.197) (214.953)

(1) As contingências provisionadas estão informadas na nota nº 7. 14. DESPESAS FINANCEIRAS, LÍQUIDAS CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Receitas Financeiras 468.221 293.351 493.298 302.563 Moeda Nacional 364.853 223.090 387.156 231.782 Sobre Direitos em Moeda Estrangeira 103.368 70.261 106.142 70.781 Despesas Financeiras (1.471.638) (1.384.889) (1.517.312) (1.393.565) Moeda Nacional (840.073) (1.048.036) (860.746) (1.050.918) Sobre Obrigações em Moeda Estrangeira (187.065) (90.653) (212.066) (96.447) Juros Sobre o Capital Próprio (444.500) (246.200) (444.500) (246.200) Total (1.003.417) (1.091.538) (1.024.014) (1.091.002)

O valor dos juros sobre o capital próprio foi revertido na apuração do lucro líquido e deduzido de lucros acumulados, no patrimônio líquido, de acordo com a Deliberação nº 207/96 da CVM.

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15. DESPESAS NÃO OPERACIONAIS, LÍQUIDAS CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Amortização de Ágio Especial na Incorporação (Instr. CVM 319/99) (189.327) (189.327) (189.327) (189.327) Reversão da Provisão para Manutenção da Integridade do Patrimônio Líquido (Instrução CVM 349/01)

189.327

189.327

189.327

189.327

Amortização de Ágio na Incorporação (124.015) (124.015) (124.738) (124.015) Perda com Investimentos (52.714) - (51.471) - Resultado na Baixa de Imobilizado e Diferido (39.775) (294.765) (40.012) (294.758) Provisão/Reversão para Perdas com Investimentos (17.443) (895) 399 (895) Provisão/Reversão para Valor de Realização e Perdas do Imobilizado

56.828

(50.515)

62.163

(47.848)

Outras Despesas não Operacionais (5.773) (1.531) (6.419) (1.529) Total (182.892) (471.721) (160.078) (469.045)

16. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro são provisionados de acordo com o regime de competência, sendo que as diferenças temporárias são diferidas. Os registros relativos à provisão de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro reconhecidos no resultado são os seguintes: CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Resultado Antes dos Tributos e Após Participação de Empregados e Administradores (52.555)

(337.463)

(117.589) (329.528)

Resultado das Empresas Não-sujeitas ao Cálculo de IR/CSLL - - 29.399 11.340Total do Resultado Tributado (52.555) (337.463) (88.190) (318.188)Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ Despesa referente Imposto de Renda (10%+15%=25%) 13.139 84.366 22.048 79.547Adições Permanentes (94.928) (40.700) (70.227) (45.119) Amortização de Ágio (31.004) (31.004) (37.475) (31.239) Equivalência Patrimonial (39.660) (2.156) - - Equivalência Patrimonial Não-operacional (217) - - (1.540) Variação Cambial sobre Investimentos - - (7.180) - Perdas com investimentos (12.899) - (12.899) - Outras Adições (11.148) (7.540) (12.673) (12.340)Exclusões Permanentes 10.396 2.199 7.191 4.303 Equivalência Patrimonial 5.309 - - - Variação Cambial sobre Investimentos - - 1.143 248 Dividendos de Investimentos Avaliados pelo Custo de

Aquisição/Dividendos Prescritos 90 1.991 90 1.991 Recuperação de Tributos Federais 4.567 - 4.567 - Outras Exclusões 430 208 1.391 2.064Compensação de Prejuízos Fiscais - - 3.123 -Constituição de IR Diferido sobre Prejuízos Fiscais Acumulados - - 10.100 1.654Outros (7.540) 1.100 (7.241) 777Efeito de IRPJ na Demonstração de Resultado (78.933) 46.965 (35.006) 41.162

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CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL Despesa de Contribuição Social Sobre o Lucro (9%) 4.730 30.372 7.937 28.637Adições Permanentes (32.721) (12.182) (23.733) (13.793) Amortização de Ágio (11.161) (11.161) (13.491) (11.246) Equivalência Patrimonial (14.277) (776) - - Equivalência Patrimonial Não-operacional (78) - - (555) Variação Cambial sobre Investimentos - - (2.585) - Perda com Investimentos (4.643) - (4.643) - Outras Adições (2.562) (245) (3.014) (1.992)Exclusões Permanentes 3.706 791 2.559 1.465 Equivalência Patrimonial 1.911 - - - Variação Cambial sobre Investimentos - - 411 90 Dividendos de Investimentos Avaliados pelo Custo de

Aquisição/Dividendos Prescritos 32

716

32 716 Recuperação de Tributos Federais 1.644 - 1.644 - Outras Exclusões 119 75 472 659Compensação de Base de Cálculo Negativa - - 1.122 -Constituição de CSLL Diferida sobre Base de Cálculos Negativa Acumulada - - 3.636 616Outros (175) (3) (186) (70)Efeito de CSLL na Demonstração do Resultado (24.460) 18.981 (8.665) 16.855Efeito de IRPJ e CSLL na Demonstração do Resultado (103.393) 65.946 (43.671) 58.017

17. PARTICIPAÇÃO DE EMPREGADOS E ADMINISTRADORES CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Participação de Empregados (46.112) (39.515) (51.443) (41.097) Participação de Administradores (6.288) (6.267) (6.891) (6.267) Total (52.400) (45.782) (58.334) (47.364) Participações (52.400) - (53.783) (1.076) Custos e Despesas Operacionais - (45.782) (4.551) (46.288)

A participação de empregados e administradores é registrada em custos ou despesas operacionais nos exercícios em que for apurado prejuízo antes das participações. Para determinação da existência de lucro ou prejuízo antes das participações é considerada a reversão de JSCP. 18. CAIXA E EQUIVALENTES A CAIXA CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Caixa 364 - 2.053 5 Contas Bancárias 56.379 143.885 69.260 150.664 Aplicações de Liquidez Imediata 1.906.781 1.269.449 2.326.497 1.315.096 Total 1.963.524 1.413.334 2.397.810 1.465.765

As aplicações de liquidez imediata representam valores aplicados em fundos exclusivos, representados por carteiras administradas por instituições financeiras, lastreadas em títulos públicos federais com rentabilidade média equivalente ao DI CETIP (CDI), em título público federal (NBC-E), referenciado à variação do dólar comercial acrescida de cupom de 3,99% a.a. e em fundo de investimento em moeda estrangeira, que rende variação cambial mais juros de 1% a.a. a 4,25% a.a.

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As obrigações dos fundos exclusivos estão restritas ao pagamento de serviços prestados pela administração dos ativos, atribuídas à operação dos investimentos, como taxas de custódia, auditoria e outras despesas afins, inexistindo obrigações financeiras relevantes, bem como ativos da Companhia para garantir essas obrigações. Os credores dos fundos não possuem recursos contra o crédito geral da Companhia. 19. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES Os valores relativos às contas a receber estão assim compostos: CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Serviços Faturados 1.314.433 1.325.531 1.363.406 1.335.606 Serviços a Faturar 893.804 707.923 911.655 707.130 Vendas de Mercadorias 4.677 - 79.699 - Subtotal 2.212.914 2.033.454 2.354.760 2.042.736 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (236.538) (182.514) (243.181) (183.023) Serviços Prestados (236.538) (182.514) (241.022) (183.023) Vendas de Mercadorias - - (2.159) - Total 1.976.376 1.850.940 2.111.579 1.859.713 A vencer 1.416.212 1.295.463 1.518.169 1.300.313 Vencidas - 01 a 30 Dias 368.967 310.382 386.039 311.753 Vencidas - 31 a 60 Dias 124.032 98.855 134.899 100.480 Vencidas - 61 a 90 Dias 82.676 82.902 86.120 83.694 Vencidas - 91 a 120 Dias 62.077 54.723 64.723 55.001 Vencidas - Mais de 120 Dias 158.950 191.129 164.810 191.495

20. ESTOQUES Os estoques de manutenção e estoques para revenda, para os quais são constituídas provisões para perdas ou para ajustes à previsão em que os mesmos deverão ser realizados, estão assim compostos: CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Estoque de Manutenção 8.606 37.704 15.679 37.704 Estoque para Revenda (Aparelhos Celulares e Acessórios) - - 209.024 - Provisão para Ajuste ao Valor de Realização - - (43.814) - Provisão para Perdas Prováveis (2.509) (10.609) (6.856) (10.609) Total 6.097 27.095 174.033 27.095 Circulante 6.097 8.042 174.033 8.042 Longo Prazo - 19.053 - 19.053

21. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS ATIVOS CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Empréstimos e Financiamentos 97.888 9.476 10.744 9.959 Total 97.888 9.476 10.744 9.959 Circulante 1.065 1.963 2.540 2.446 Longo Prazo 96.823 7.513 8.204 7.513

Os empréstimos e financiamentos ativos referem-se, principalmente, ao repasse de recursos financeiros para controladas. Os rendimentos estão vinculados à variação cambial acrescida de juros de 3% a.a. para controladas. Para os demais empréstimos incidem variação do IGP-DI e IPA-OG/Produtos Industriais da Coluna 27 da

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Fundação Getúlio Vargas – FGV. Nas demonstrações consolidadas está incluído um empréstimo concedido pela Freelance S.A., cujos rendimentos estão vinculados ao IGP-M, acrescido de 12% a.a. 22. TRIBUTOS DIFERIDOS E A COMPENSAR Tributos diferidos relativos ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Imposto de Renda Pessoa Jurídica Imposto de Renda Diferido, sobre: Prejuízos Fiscais - - 52.652 1.022 Provisões para Contingências 172.861 174.084 172.887 174.084 Provisão p/Cobertura de Insuficiência Atuarial de Fundos de

Pensão 125.362

126.523

125.362 126.523 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 59.135 45.629 60.448 45.754 ICMS – Convênio 69/98 50.761 38.938 50.761 38.938 Ágio na Aquisição da CRT 43.387 90.719 43.387 90.719 Provisão para Exigibilidade Suspensa – Cofins/CPMF/INSS 16.110 14.573 16.110 14.573 Provisão para Participação nos Resultados 10.222 8.909 11.643 9.016 Outras Provisões 14.192 24.987 14.648 24.987 Subtotal 492.030 524.362 547.898 525.616Contribuição Social sobre o Lucro Contribuição Social Diferida, sobre: Base de Cálculo Negativa - - 18.996 368 Provisões para Contingências 62.230 62.670 62.239 62.670 Provisão p/Cobertura de Insuficiência Atuarial de Fundos de

Pensão 45.130

45.548

45.130 45.548 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 21.288 16.426 21.761 16.470 Ágio na Aquisição da CRT 15.619 32.659 15.619 32.659 Provisão para Participação nos Resultados 4.229 3.771 4.752 3.810 Outras Provisões 6.086 9.266 6.251 9.266 Subtotal 154.582 170.340 174.748 170.791Total 646.612 694.702 722.646 696.407Circulante 275.453 197.295 283.220 197.757Longo Prazo 371.159 497.407 439.426 498.650

A seguir estão apresentados os prazos de expectativa de realização dos ativos de tributos diferidos relativos ao imposto de renda e à contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), cujas origens estão fundamentadas nas diferenças temporárias entre o resultado contábil pelo regime de competência e o resultado fiscal. Os prazos de realização estão baseados em estudo técnico calcado nos lucros fiscais futuros previstos, gerados a partir dos exercícios sociais em que as diferenças temporárias tornarem-se despesas fiscalmente dedutíveis. A manutenção desse ativo está de acordo com os requisitos da Instrução da CVM nº 371/02, tendo ocorrido a aprovação do estudo técnico pela diretoria e pelo conselho de administração, bem como seu exame por parte do conselho fiscal. CONTROLADORA CONSOLIDADO 2005 275.453 283.220 2006 60.299 63.751 2007 57.317 101.059 2008 49.378 70.451 2009 54.209 54.209 2010 a 2012 55.566 55.566 2013 a 2014 18.426 18.426 Acima de 2014 75.964 75.964 Total 646.612 722.646Circulante 275.453 283.220Longo Prazo 371.159 439.426

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O valor da recuperação prevista além do ano de 2014 decorre da provisão para cobertura da insuficiência atuarial de fundos de pensão, cuja obrigação está sendo liquidada financeiramente de acordo com o prazo máximo remanescente de 17 anos, em linha com o prazo delimitado pela Secretaria de Previdência Complementar (“SPC”). Não obstante ao limite de tempo estabelecido pela SPC e de acordo com os lucros fiscais futuros estimados, a Companhia apresenta condições de plena compensação fiscal em prazo inferior a dez anos, caso opte por antecipar integralmente a quitação da dívida. Não foram constituídos ativos de tributos no montante de R$ 161.388, atribuídos ao Consolidado, em função da inexistência dos requisitos necessários de histórico e/ou previsibilidade futura de lucros fiscais na VANT, MetroRED, BrT CSH, BrT CS Ltda e IG Brasil, sociedades das quais a Companhia mantém o controle direto ou indireto. Outros Tributos a Compensar São compostos de tributos federais retidos na fonte e de pagamentos realizados, calculados com base em estimativas legais, que serão compensados com obrigações fiscais futuras. O ICMS a compensar é decorrente, em sua maior parte, dos créditos constituídos na aquisição de bens para o ativo imobilizado, cuja compensação com as obrigações fiscais desse imposto pode ocorrer em até 48 meses, de acordo com a Lei Complementar nº 102/00. CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 ICMS 324.237 369.057 493.001 373.281Imposto de Renda Pessoa Jurídica 72.471 77.311 88.812 80.445PIS e COFINS 71.375 62.093 107.755 62.102FUST 26.745 - 26.745 -Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido 20.006 20.608 21.660 20.998Outros 1.915 984 4.776 4.415Total 516.749 530.053 742.749 541.241Circulante 285.105 295.450 452.480 303.524Longo Prazo 231.644 234.603 290.269 237.717

23. DEPÓSITOS JUDICIAIS Saldos de depósitos judiciais relacionados a contingências e tributos contestados (exigibilidade suspensa): CONTROLADORA CONSOLIDADO Vinculação por Natureza das Exigibilidades 2004 2003 2004 2003 Trabalhistas 318.110 219.233 318.724 219.237Tributárias 272.656 210.850 274.625 210.850 Tributos Contestados – Convênio ICMS nº 69/98 202.979 155.059 202.987 155.059 Outras 69.677 55.791 71.638 55.791Cíveis 27.474 27.890 27.649 27.890Total 618.240 457.973 620.998 457.977Circulante 144.260 40.363 144.770 40.367Longo Prazo 473.980 417.610 476.228 417.610

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24. OUTROS ATIVOS CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Valores a Cobrar de Empresas de Telecomunicações 100.330 103.338 100.330 103.338Adiantamentos a Fornecedores 31.356 11.871 40.720 12.613Adiantamentos a Empregados 22.508 19.753 25.818 20.591Despesas Pagas Antecipadamente 82.462 36.626 89.865 36.954Incentivos Fiscais 14.473 18.315 14.473 18.315Depósitos Compulsórios 1.750 1.750 1.750 1.750Cauções e Retenções Contratuais 1.460 15.792 34.181 69.251Contas a Receber pela Venda de Ativos 336 5.527 336 5.527Ativos a Serem Vendidos 276 522 276 9.269Outros 8.000 19.067 13.182 5.856Total 262.951 232.561 320.931 283.464Circulante 183.031 110.743 235.582 107.911Longo Prazo 79.920 121.818 85.349 175.553

25. INVESTIMENTOS CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Participações Avaliadas pela Equivalência Patrimonial 1.808.246 377.449 - - 14 Brasil Telecom Celular S.A. 1.110.720 63.409 - - BrT Serviços de Internet S.A. 309.350 314.040 - - BrT Subsea Cable Systems (Bermudas) Ltd. 276.555 - - - MTH Ventures do Brasil Ltda. 111.617 - - - Santa Bárbara dos Pampas S.A 1 - - - Santa Bárbara dos Pinhais S.A 1 - - - Santa Bárbara do Cerrado S.A 1 - - - Santa Bárbara do Pantanal S.A 1 - - - Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital 57.649 - - - BrT Serviços de Internet S.A 48.304 - - - Vant Telecomunicações S.A. 9.345 - - - Ágios Pagos na Aquisição de Investimentos, Líquidos 95.651 - 410.614 122.892 MTH Ventures do Brasil 95.651 - 95.651 - IG Cayman - - 234.303 - Grupo IBEST - - 74.076 117.216 Grupo BRT Cabos Submarinos - - 6.584 5.676 Participações Avaliadas pelo Custo de Aquisição 39.147 136.614 39.148 136.614 Incentivos Fiscais, Líquidos das Provisões para Perdas 27.456 26.562 27.456 26.562 Outros Investimentos 373 350 389 350 Total 2.028.522 540.975 477.607 286.418

Consta ainda a participação de 100% no capital social na Vant Telecomunicações S.A., cuja negociação para aquisição da totalidade das ações foi proposta ao final do exercício social de 2001, quando foi adquirida a participação de 19,9% do capital social dessa sociedade. Na mesma ocasião foi depositada em uma conta de caução a quantia equivalente ao capital restante, a título de garantia do contrato de opção de compra formalizado. A conclusão da aquisição restante somente foi efetivada no mês de maio do corrente exercício e o valor investido totalizou R$ 51.594. No momento da conclusão da compra a VANT apresentou patrimônio líquido negativo no valor de R$ 14.208. A Companhia registrou no resultado não-operacional uma provisão no valor desse passivo a

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descoberto da Controlada, assim como os R$ 51.594 referentes ao montante investido. Na data de encerramento do balanço, o patrimônio líquido negativo da VANT era de R$ 16.946, estando a provisão passiva representada por este valor. Os adiantamentos para futuro aumento de capital em favor das controladas foram considerados na avaliação dos investimentos, pois os aportes destinados somente aguardam pela formalização dos atos societários nessas sociedades, para que sejam efetivados os respectivos aumentos de capital em favor da Companhia. Investimentos Avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial: os principais dados relativos às sociedades diretamente controladas são os seguintes: BrTI BrT Celular MTH VANT BrT SCS 2004 2003 2004 2003 2004 2004 2004 Patrimônio Líquido 309.350 314.040 1.110.720 63.409 111.617 (16.946) 372.926Capital Social 339.767 324.166 1.218.000 63.409 327.000 105.959 404.622Valor Patrimonial por Ação/Quota (R$) 910,48 968,76 911,92 1.000,00 341,34 (159,93) 1,90Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício 20.291 (8.625) (119.100) - 1.553 (2.738) (15.108)Quantidade de Ações/Quotas possuídas pela Companhia Ações Ordinárias 339.767 324.166 1.218.000 63.409 - 105.959 196.110.176 Quotas - - - - 327.000 - -% de Participação no Capital da Controlada No Capital Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 74,1584% No Capital Votante 100% 100% 100% 100% 100% 100% 74,1584%

O resultado da equivalência patrimonial é composto dos seguintes valores: Operacional Não-Operacional

2004 2003 2004 BrT Serviços de Internet S.A. (20.291) (8.625) -14 Brasil Telecom Celular S.A. (107.280) - -MTH Ventures do Brasil Ltda. 1.553 - -Vant Telecomunicações S.A. (2.738) - -BrT Subsea Cable Systems (Bermudas) Ltd. (8.646) - (866)Total (137.402) (8.625) (866)

As controladas Santa Bárbara dos Pampas S.A., Santa Bárbara dos Pinhais S.A., Santa Bárbara do Cerrado S.A. e Santa Bárbara do Pantanal S.A. não estão em atividade operacional, sendo que o valor do capital social é R$ 1, para cada sociedade, e a participação da Companhia no capital social das mesmas é de 100%. Investimentos Avaliados pelo Custo de Aquisição: representados pelas participações societárias obtidas através da conversão em ações ou quotas de capital das aplicações incentivadas nos fundos regionais FINOR/FINAM, Lei de Incentivo às Empresas de Informática e Lei do Audiovisual. Predominam ações de outras empresas de telecomunicações localizadas nas regiões abrangidas por esses incentivos regionais. Em 2003, os investimentos registrados em nome da MTH e VANT, nos valores de R$ 61.463 e R$ 36.018, respectivamente, integravam os investimentos avaliados pelo custo de aquisição. Incentivos Fiscais: oriundos de investimentos nos fundos do FINOR/FINAM e Audiovisual e tem como origens parcelas de destinação do imposto de renda devido. Outros investimentos: estão relacionados a bens para acervo cultural.

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26. IMOBILIZADO

CONTROLADORA 2004 2003

Natureza do Imobilizado Taxas Anuais de

Depreciação

Custo DepreciaçãoAcumulada

Valor Líquido

Valor Líquido

Obras em Andamento - 364.632 - 364.632 439.694Equipamentos de Comutação Pública 20% 4.913.747 (4.308.394) 605.353 938.204Equipamentos e Meios de Transmissão 17,8%(1) 10.136.241 (7.089.626) 3.046.615 3.757.065Terminação 20% 476.584 (419.958) 56.626 78.461Equipamentos de Comunicação de Dados 20% 1.248.241 (539.315) 708.926 669.471Prédios 4% 873.106 (466.955) 406.151 440.460Infra-estrutura 9,1%(1) 3.369.994 (1.781.823) 1.588.171 1.745.544Bens de Uso Geral 18,3%(1) 719.044 (461.282) 257.762 259.519Terrenos - 80.997 - 80.997 85.164Outros Ativos 20%(1) 583.093 (340.012) 243.081 218.618Total 22.765.679 (15.407.365) 7.358.314 8.632.200

(1) Taxa anual média ponderada. De acordo com os contratos de concessão do STFC, os bens da Companhia que estiverem na condição de indispensáveis à prestação do serviço e qualificados como “bens reversíveis”, quando da extinção da concessão reverterão automaticamente a ANATEL, sendo à Companhia resguardado o direito às indenizações previstas na legislação e nos respectivos contratos.

CONSOLIDADO 2004 2003

Natureza do Imobilizado Taxas Anuais de

Depreciação

Custo DepreciaçãoAcumulada

Valor Líquido

Valor Líquido

Obras em Andamento - 656.703 - 656.703 493.997Equipamentos de Comutação Pública 20% 4.954.193 (4.309.699) 644.494 938.204Equipamentos e Meios de Transmissão 17,8%(1) 10.853.395 (7.207.883) 3.645.512 3.886.188Terminação 20% 476.641 (419.967) 56.674 78.468Equipamentos de Comunicação de Dados 20% 1.310.787 (577.736) 733.051 669.471Prédios 4% 900.402 (474.148) 426.254 440.460Infra-estrutura 9,1%(1) 3.514.389 (1.809.403) 1.704.986 1.746.195Bens de Uso Geral 18,3%(1) 865.359 (503.596) 361.763 262.056Terrenos - 86.089 - 86.089 87.195Outros Ativos 20%(1) 944.491 (362.791) 581.700 443.721Total 24.562.449 (15.665.223) 8.897.226 9.045.955

(1) Taxa anual média ponderada. Em 2004, considerando o atual estágio tecnológico dos equipamentos de telecomunicações, a Companhia, com base em relatório técnico emitido pelo Instituto Nacional de Tecnologia em 12 de janeiro de 2004, alterou as taxas de depreciação de alguns equipamentos, abrangendo canalização subterrânea, cabos do tipo metálico, coaxial e ótico, assim como de equipamentos de supervisão e gerência. Tal mudança gerou uma redução no resultado, líquida de tributos, no valor de R$ 288.604. Aluguéis A Companhia e suas Controladas alugam imóveis, postes, passagem de faixa de domínio (estradas) e equipamentos e meios de conexão, formalizados através de diversos contratos, os quais vencem em datas diferentes. Alguns desses contratos estão relacionados intrinsecamente à prestação de serviços e são de longo prazo. As despesas totais de aluguéis relativos a esses contratos foram de R$ 210.253 (R$ 189.094 em 2003) e R$ 250.052 (R$ 189.997 em 2003) relacionados ao Consolidado.

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Arrendamento Mercantil A Companhia possui leasing financeiro para equipamentos de informática, modalidade que também é aplicada para aeronaves a serem utilizadas em consórcio com outras empresas, participando com 54,4%. As despesas registradas com leasing foram de R$ 13.868 (R$ 40.871 em 2003) e de R$ 16.678 (R$ 40.890 em 2003) para o Consolidado. No encerramento do exercício, a posição dos valores a pagar decorrentes de contratos de arrendamento mercantil, por ano de desembolso, é a seguinte: CONTROLADORA E CONSOLIDADO 2004 2003 2004 - 20.2682005 8.468 4.3002006 8.465 3.9162007 8.512 3.7852008 6.968 3.6552009 3.828 3.5242010 1.394 3.3942011 em diante 3.451 2.964Total dos Pagamentos Mínimos a Serem Efetuados 41.086 45.806

O prazo médio da contratação de equipamentos de informática é de 43 meses e sua remuneração está vinculada à variação da taxa DI-Over. Para os contratos de aeronaves arrendadas em consórcio o prazo médio é de 7 anos e estão vinculados à variação do dólar norte-americano, acrescida da taxa LIBOR mais 2,95% juros a.a. Seguros (não auditado) A Companhia mantém programa de apólices de seguros para cobertura dos ativos reversíveis, lucros cessantes e garantias contratuais, conforme estabelecido no Contrato de Concessão firmado junto ao poder público. Os gastos realizados com seguros foram de R$ 9.765 (R$ 9.169 em 2003) e R$ 10.624 (R$ 9.308 em 2003) relacionados ao Consolidado. Os ativos, responsabilidades e interesses cobertos por seguros são os seguintes:

Modalidade Abrangência Valor Segurado 2004 2003 Riscos Operacionais Edifícios, máquinas e equipamentos, instalações, centrais

de atendimento, torres, infra-estrutura e equipamentos de tecnologia de informação

11.745.459 9.910.135Lucros Cessantes Despesas fixas e lucro líquido 7.370.615 6.789.697Garantias Contratuais Cumprimento de obrigações contratuais 120.870 165.490Responsabilidade Civil Operações de serviços de telefonia 12.000 -

Também existe a cobertura de seguros relacionados à responsabilidade civil de administradores, amparada em apólice da Brasil Telecom Participações S.A., cujo valor segurado equivale a US$ 15.000.000,00 (quinze milhões de dólares norte-americanos). Não há cobertura de seguros para responsabilidade civil facultativa, relacionada a sinistros com veículos da Companhia envolvendo terceiros.

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27. DIFERIDO CONTROLADORA 2004 2003 Custo Amortiz.

Acumulada Valor

Líquido Valor

Líquido Sistemas de Processamento de Dados 581.005 (168.796) 412.209 303.705Ágio pela Incorporação da CRT 620.073 (506.393) 113.680 237.695Gastos com Instalação e Reorganização 56.966 (17.407) 39.559 50.948Outros 14.249 (7.020) 7.229 8.406Total 1.272.293 (699.616) 572.677 600.754

O ágio foi originado com a incorporação da CRT e sua amortização vem sendo efetuada em cinco anos, com base na expectativa de rentabilidade futura. Conforme estabelecido na Instrução CVM 319/99 a amortização do ágio não afeta a base de cálculo dos dividendos a serem distribuídos pela Companhia. CONSOLIDADO 2004 2003 Custo Amortiz.

Acumulada Valor

Líquido Valor

Líquido Sistemas de Processamento de Dados 724.336 (185.866) 538.470 304.440Ágio decorrente de Incorporação 644.820 (524.474) 120.346 237.695Gastos com Instalação e Reorganização 352.320 (93.454) 258.866 94.504Outros 15.563 (7.064) 8.499 8.406Total 1.737.039 (810.858) 926.181 645.045

28. PESSOAL, ENCARGOS E BENEFÍCIOS SOCIAIS CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Salários e Honorários - 193 4.553 243Encargos Sociais 50.437 49.975 60.420 51.889Benefícios Sociais 4.964 4.690 5.588 4.811Outros 6.749 12.409 7.511 12.478Total 62.150 67.267 78.072 69.421Circulante 57.316 59.417 73.238 61.550Longo Prazo 4.834 7.850 4.834 7.871

29. CONTAS A PAGAR E DESPESAS PROVISIONADAS CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Fornecedores 1.063.628 897.649 1.772.984 936.516Consignações a Favor de Terceiros 73.973 49.009 114.219 51.747Total 1.137.601 946.658 1.887.203 988.263Circulante 1.134.097 945.798 1.883.699 987.403Longo Prazo 3.504 860 3.504 860

Os valores registrados no longo prazo decorrem de obrigações com a remuneração da rede de terceiros, cuja liquidação depende da evolução dos trabalhos de aferição entre as operadoras, tais como batimento de tráfego.

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30. TRIBUTOS INDIRETOS CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 ICMS 1.106.376 857.476 1.192.853 859.023Tributos Sobre Receitas Operacionais (COFINS e PIS) 129.282 146.051 139.773 147.509Outros 13.558 14.750 23.075 15.877Total 1.249.216 1.018.277 1.355.701 1.022.409Circulante 647.644 435.782 750.759 439.215Longo Prazo 601.572 582.495 604.942 583.194

Em 2003 a Companhia parcelou tributos referentes ao PIS e COFINS, anteriormente quitados através da compensação de créditos fiscais, cuja homologação foi indeferida pela Secretaria da Receita Federal, na esfera administrativa. O parcelamento abrangeu o Programa de Recuperação Fiscal (“REFIS”) e o Parcelamento Especial (“PAES”). Do valor parcelado pelo REFIS consta o saldo atualizado de R$ 2.871 (R$ 13.489 em 2003) a ser liquidado pelo prazo restante de 3 meses. Com relação ao PAES, o saldo atualizado é de R$ 42.596 (R$ 43.529 em 2003) a ser pago parceladamente pelo prazo restante de 102 meses. Aos saldos a pagar de ambos os programas são aplicados juros mensais calculados pela TJLP. Com relação aos créditos fiscais indeferidos, a Companhia mantém recursos na esfera judicial objetivando a restituição ou compensação futura. A principal parcela registrada no longo prazo refere-se ao ICMS - Convênio 69/98, que vem sendo questionada judicialmente e depositada em juízo. Inclui, também, o diferimento incentivado pelo Governo do Estado do Paraná, relativo ao ICMS. Ainda com relação ao ICMS, no quarto trimestre de 2004 a Companhia reviu os critérios de tributação de utilização de equipamentos, inerentes ao serviço de comunicação e de redes intrinsecamente relacionados à prestação de serviços, tais como portas de acesso, portas IP e outros, migrando da tributação do ISS para o ICMS, em razão da publicação do Convênio ICMS nº 140, de 10/12/04. Tal decisão ensejou o registro de um passivo de ICMS no valor de R$ 118.957, sendo que do montante provisionado foram efetuados pagamentos até 31/12/04 no montante de R$ 53.214. O saldo restante deste passivo será pago em 2005, de conformidade com as legislações complementares expedidas pelos governos estaduais da Região II do PGO. 31. TRIBUTOS SOBRE A RENDA CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Imposto de Renda Pessoa Jurídica Valores a Pagar 36.561 17.237 42.293 18.646Exigibilidade Suspensa 18.577 16.620 18.577 16.620Lei 8.200/91 – Correção Monetária Especial 8.264 9.998 8.264 9.998Subtotal 63.402 43.855 69.134 45.264Contribuição Social Sobre o Lucro Valores a Pagar 9.151 393 11.061 804Lei 8.200/91 – Correção Monetária Especial 2.975 3.600 2.975 3.600Subtotal 12.126 3.993 14.036 4.404Total 75.528 47.848 83.170 49.668Circulante 40.898 21.357 47.964 22.663Longo Prazo 34.630 26.491 35.206 27.005

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32. DIVIDENDOS/JSCP E PARTICIPAÇÃO NO RESULTADO CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Acionistas Controladores 250.236 138.062 250.236 138.062Dividendos/JSCP 294.395 162.425 294.395 162.425IRRF sobre Juros Sobre o Capital Próprio (44.159) (24.363) (44.159) (24.363)

Acionistas Minoritários 160.996 109.180 160.996 109.180Dividendos/JSCP 150.105 83.775 150.105 83.775IRRF sobre Juros Sobre o Capital Próprio (22.516) (12.567) (22.516) (12.567)Dividendos de Anos Anteriores Não Reclamados 33.407 37.972 33.407 37.972

Participação de Empregados e Administradores nos Resultados 52.965 46.242 60.839 49.006TOTAL 464.197 293.484 472.071 296.248

33. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Empréstimos 73.990 89.013 100.820 89.013Financiamentos 4.744.080 4.145.884 4.744.080 4.145.884Juros Provisionados e Outros sobre Empréstimos 533 640 535 640Juros Provisionados e Outros sobre Financiamentos 436.063 400.302 436.063 400.302Total 5.254.666 4.635.839 5.281.498 4.635.839Circulante 1.103.131 1.990.276 1.103.133 1.990.276Longo Prazo 4.151.535 2.645.563 4.178.365 2.645.563

Financiamentos CONTROLADORA E CONSOLIDADO 2004 2003 BNDES 2.327.031 1.975.036Instituições Financeiras 1.333.577 238.057Debêntures Privadas 972.006 1.408.190Debêntures Públicas 541.707 919.947Fornecedores 5.822 4.956Total 5.180.143 4.546.186Circulante 1.094.810 1.981.158Longo Prazo 4.085.333 2.565.028

Financiamentos em moeda nacional: incidem juros fixos de 2,4% a.a. a 14% a.a. e juros variáveis com base na TJLP acrescidos de 3,85% a 6,5% a.a., UMBNDES acrescidos de 3,85% a 6,5% a.a., 100% do CDI, CDI + 1,0%, IGP-M acrescidos de 12% a.a., resultando, esses juros variáveis, numa taxa média ponderada de 15,6% a.a. Financiamentos em moeda estrangeira: incidem juros fixos de 0% a 9,38%, resultando numa taxa média ponderada de 8,1% a.a. e juros variáveis de 0,5% a 4,0% a.a. acima da LIBOR, 1,92% a 3,35% a.a acima da YEN LIBOR, resultando numa taxa média ponderada de 2,31% a.a. As taxas LIBOR e YEN LIBOR em 31/12/04, para pagamentos semestrais, eram de 2,83% a.a. e 0,0625% a.a., respectivamente. Debêntures Privadas: incidem taxas de juros de 100% do CDI. A emissão de 1.300 debêntures privadas não conversíveis ou permutáveis em ações de qualquer espécie, ao preço unitário de R$ 1.000, ocorreu em 27 de janeiro de 2001 e foram subscritas integralmente pela controladora Brasil Telecom Participações S.A. O vencimento do saldo dessas debêntures está previsto para as datas de 27/07/05 e 27/07/06, correspondendo a 30% e 40% do valor emitido, respectivamente.

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Debêntures Públicas: Terceira emissão pública: 50.000 debêntures não conversíveis em ações e sem cláusula de repactuação, com valor nominal unitário de R$ 10, perfazendo o total de R$ 500.000, ocorrida em 5 de julho de 2004. O prazo de pagamento é de cinco anos, vencendo em 5 de julho de 2009. A remuneração corresponde à taxa de juros de 100% do CDI, capitalizada de uma sobretaxa de 1% (um por cento) ao ano e sua periodicidade de pagamento é semestral. Em 31 de dezembro de 2004 não existiam debêntures de própria emissão adquiridas. Empréstimos CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Mútuos com a Controladora 74.523 89.653 74.523 89.653Empréstimos – Outros - - 26.832 -Total 74.523 89.653 101.355 89.653Circulante 8.321 9.118 8.323 9.118Longo Prazo 66.202 80.535 93.032 80.535

O saldo de mútuos com a Controladora é atualizado pela variação do dólar norte-americano, mais juros de 1,75% ao ano. A maior parcela registrada como empréstimos – outros, no valor de R$ 26.411, refere-se à divida da VANT com o antigo controlador. Tal passivo vencerá em 31/12/15, sendo atualizado somente pela variação cambial do dólar norte-americano. Cronograma de pagamento A dívida de longo prazo está programada para ser paga nos seguintes anos: CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 2005 - 957.871 - 957.8712006 1.238.379 1.063.129 1.238.379 1.063.1292007 788.959 528.597 788.959 528.5972008 385.837 21.585 385.837 21.5852009 793.960 20.742 793.960 20.7422010 290.973 18.661 290.973 18.6612011 em diante 653.427 34.978 680.257 34.978Total 4.151.535 2.645.563 4.178.365 2.645.563

Composição da dívida por moeda / indexador CONTROLADORA CONSOLIDADO

Atualizada pela(o) 2004 2003 2004 2003 TJLP 2.012.487 1.766.025 2.012.487 1.766.025CDI 1.513.713 2.328.137 1.513.713 2.328.137Dólares Norte-Americanos 728.924 235.784 755.335 235.784Ienes 565.498 - 565.498 -UMBNDES – Cesta de Moedas do BNDES 275.565 209.011 275.565 209.011Hedge da Dívida em Ienes 76.659 - 76.659 -Hedge em UMBNDES 38.979 44.895 38.979 44.895IGP-M 16.724 21.739 16.724 21.739Hedge da Dívida em Dólares 10.531 9.809 10.531 9.809Outras 15.586 20.439 16.007 20.439

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Total 5.254.666 4.635.839 5.281.498 4.635.839 Garantias Os empréstimos e financiamentos contraídos estão garantidos por cauções de direitos creditórios provenientes da prestação de serviços de telefonia e aval da Controladora. A Companhia mantém operações de hedge sobre 51,1% (50,2% para o Consolidado) dos empréstimos e financiamentos contratados em dólar norte-americano e iene firmados com terceiros e sobre 38% da dívida em UMBNDES (cesta de moedas) firmada com o BNDES, com intuito de proteger-se de oscilações significativas nas cotações desses fatores de atualização da dívida. Os ganhos e perdas com estes contratos são reconhecidos pelo regime de competência. 34. AUTORIZAÇÕES PARA EXPLORAÇÃO DE SERVIÇOS CONSOLIDADO 2004 2003 Serviço Móvel Pessoal 294.404 211.847Outras Autorizações 11.200 -Total 305.604 211.847Circulante 44.056 -Longo Prazo 261.548 211.847

As autorizações do Serviço Móvel Pessoal estão representadas pelos termos assinados em 2002 pela controlada 14 Brasil Telecom Celular S.A. junto a ANATEL, para exploração do SMP pelo período de quinze anos na mesma área de atuação em que a Companhia possui concessão para a telefonia fixa. Do valor contratado 10% foram pagos no ato da assinatura contratual, sendo que o saldo restante foi integralmente reconhecido no passivo da Controlada e deverá ser pago em seis parcelas anuais, iguais e sucessivas, com vencimentos previstos para os anos de 2005 a 2010. Sobre o saldo devedor incide a variação do IGP-DI, acrescida de 1% ao mês. Durante o segundo trimestre de 2004 foram contratadas novas autorizações do SMP, para determinadas faixas de freqüências, pelo valor total de R$ 28.624. O direito à exploração coincide com o período das autorizações anteriores, bem como a remuneração e o prazo para pagamento, sendo que os vencimentos das parcelas destas novas autorizações estão previstos para os anos de 2007 a 2012. O valor de outras autorizações pertence a VANT, referente a outorga de autorização de uso de blocos de radiofreqüência associada à exploração do serviço de comunicação multimídia, obtidas junto à ANATEL. O saldo devedor, sobre o qual incide variação do IGP-DI acrescida de 1% ao mês, será pago em seis parcelas anuais, iguais e sucessivas, contadas a partir de abril de 2006. 35. PROVISÕES PARA FUNDO DE PENSÃO

Referem-se ao reconhecimento do déficit atuarial dos planos previdenciais e assistenciais administrados pelas Fundações FBrTPREV e SISTEL, avaliados por atuários independentes e de acordo com a Deliberação CVM nº 371/00. Os fundos de previdência complementar patrocinados estão detalhados na nota nº 6. CONTROLADORA E CONSOLIDADO 2004 2003 FBrTPREV – Plano BrTPREV 501.446 504.404SISTEL – Plano PAMEC - 1.686Total 501.446 506.090Circulante 29.497 28.022Longo Prazo 471.949 478.068

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36. ADIANTAMENTOS DE CLIENTES Existem contratos firmados relativos à cessão de meios de telecomunicações, para os quais os clientes efetuaram adiantamentos visando a obtenção dos benefícios no futuro, previstos para realização nos seguintes períodos: CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 2004 - 1.895 - 1.9762005 691 1.794 7.547 1.8752006 691 691 5.523 7722007 691 691 5.523 7722008 691 691 5.523 7722009 691 691 5.523 7722010 691 691 5.523 7712011 em diante 3.004 1.900 38.816 3.721TOTAL 7.150 9.044 73.978 11.431

O acréscimo consolidado de 2004 está representado pelo saldo inicial de R$ 47.108, advindo da MetroRED, sociedade que passou a ser controlada a partir do mês de maio de 2004, e R$ 22.970 relativos a novos recebimentos decorrentes da contratação de serviços firmados pela BrT SCS Bermuda com seus clientes. Em 31/12/04, o saldo consolidado era composto, além da parcela pertencente à Companhia, pelos valores de R$ 44.260 e R$ 22.568 atribuídos a MetroRED e BrT SCS Bermuda, respectivamente. 37. OUTRAS OBRIGAÇÕES CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 CPMF – Exigibilidade Suspensa 24.806 22.913 24.806 22.913Recursos de Autofinanciamento – Filial Rio Grande do Sul 24.143 24.087 24.143 24.087Obrigações por Aquisição de Créditos Tributários 20.897 20.898 20.897 20.898Provisão para Perdas com Controladas 16.946 - - -Obrigações com Outras Empresas de Telecomunicações 7.980 11.033 7.980 11.033Recebimentos Antecipados 7.750 5.167 7.869 8.764Créditos Bancários e Recebimentos Reincidentes em Processamento 7.532 9.538 7.671 9.538Devolução de Parcelas de Autofinanciamento – PCT 2.655 7.818 2.655 7.818Outros Tributos a Pagar 2 111 434 185Obrigações por Aquisição de Ativos - - - 56.044Outras 2.502 3.803 8.846 3.938Total 115.213 105.368 105.301 165.218Circulante 72.426 80.114 76.650 83.921Longo Prazo 42.787 25.254 28.651 81.297

Recursos de autofinanciamento – Filial Rio Grande do Sul

Correspondem aos créditos de participação financeira, pagos por promitentes assinantes, para aquisição do direito de uso de serviço telefônico fixo comutado, ainda sob a modalidade do extinto autofinanciamento. Ocorreu que, tendo os acionistas da Companhia subscrito integralmente o aumento de capital efetuado para retribuir em ações os créditos de participação financeira, inexistiram sobras de ações para entrega aos promitentes assinantes. Parte desses promitentes que não aceitaram a Oferta Pública da Companhia para devolução dos referidos créditos em dinheiro, conforme estabelece o art. 171, parágrafo 2º, da Lei 6.404/76, aguardam solução do processo judicial em tramitação, interposto pelo Ministério Público e Outros, pretendendo a retribuição em ações. Devolução de Parcelas de Autofinanciamento - PCT

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Refere-se ao pagamento em dinheiro ou sob a forma de compensação parcelada na fatura de serviços dos promitentes assinantes originários da Planta Comunitária de Telefonia – PCT, em contrapartida à obrigação de retribuição em ações. Para esses casos existe acordo ou determinação judicial. 38. RECURSOS CAPITALIZÁVEIS Os planos de expansão (autofinanciamento) eram o meio através do qual as empresas de telecomunicações financiavam parte dos investimentos na rede. Com a edição da Portaria 261/97, do Ministério das Comunicações, o mecanismo de captação de recursos por essa modalidade deixou de existir, sendo que o montante existente de R$ 7.974 (R$ 7.974 em 31/12/03) é oriundo de planos negociados anteriormente à edição da citada Portaria, cujos acervos correspondentes já estão incorporados ao imobilizado da Companhia através das Plantas Comunitárias de Telefonia – PCT. Para a retribuição em ações é necessário aguardar o desembargo judicial decorrente de processos promovidos pelos interessados. 39. LUCRO ANTES DOS JUROS, IMPOSTO DE RENDA, DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO –

LAJIDA Está apresentado a seguir o LAJIDA (EBITDA), reconciliado com o lucro operacional: CONTROLADORA CONSOLIDADO 2004 2003 2004 2003 Lucro (Prejuízo) Operacional 182.737 134.258 96.272 140.593Despesas Financeiras, Líquidas 1.003.417 1.091.538 1.024.014 1.091.002Depreciação 2.318.862 2.071.361 2.403.872 2.081.777Amortização de Ágio/Deságio na Aquisição de Investimentos(1) 14.716 - 61.039 631LAJIDA (EBITDA) 3.519.732 3.297.157 3.585.197 3.314.003 Receita Operacional Líquida 8.909.785 7.922.153 9.064.856 7.915.194 Margem LAJIDA (EBITDA) 39,5% 41,6% 39,6% 41,9%

(1) Não inclui a amortização de ágios especiais de incorporação registrados em conta do diferido, no ativo permanente, cuja despesa de amortização compõe o resultado não operacional. 40. ASSUNÇÃO DE COMPROMISSO Prestação de Serviços Decorrente de Aquisição de Ativos A BrT SCS Bermuda adquiriu bens do ativo imobilizado de empresa já existente. Junto com os ativos de cabos submarinos adquiridos foi assumida a obrigação de prestação dos serviços de tráfego de dados, inicialmente contratados com a empresa vendedora dos bens, que foi beneficiária dos recursos financeiros dos respectivos adiantamentos. O tempo restante para a prestação de tais serviços assumidos gira em torno de dezenove anos. Contratação de Financiamento No dia 19 de julho de 2004 o BNDES aprovou o financiamento de R$ 1.267.593 para a Companhia, a serem destinados para investimentos na planta de telefonia fixa e melhorias operacionais para cumprir as metas estabelecidas no Plano Geral de Metas de Universalização – PGMU e no Plano Geral de Metas de Qualidade – PGMQ. O financiamento será direto com o BNDES e terá o prazo total de 6 anos e meio, com carência de um ano e meio. A remuneração equivalerá à TJLP acrescida de 5,5% a.a. para 80% do total do financiamento, e Cesta de Moedas acrescida de 5,5% a.a. para os 20% restantes. Do montante aprovado já foi realizada até a data de encerramento do exercício a captação de R$ 741.640. O saldo dos recursos aprovados está previsto para ser captado até o ano de 2006.

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41. INFORMAÇÕES POR SEGMENTO DE NEGÓCIO - CONSOLIDADO As informações por segmentos são apresentadas em relação aos negócios da Companhia e de suas controladas, que foram identificados com base na sua estrutura de atuação e gerenciamento, assim como nas informações gerenciais internas. As operações realizadas entre os segmentos de negócios apresentados foram baseadas em condições equivalentes ao mercado. Os resultados por segmento, assim como os itens patrimoniais apresentados, consideram os itens diretamente atribuíveis ao segmento, levando em conta também aqueles que possam ser alocados em bases razoáveis. 2004 Telefonia Fixa

e Comunicação

de Dados

Telefonia Móvel Internet Empresas

Holding

Eliminações entre

Segmentos Consolidado

Receita Operacional Bruta 12.699.485 102.299 310.519 - (348.861) 12.763.442Deduções da Receita Bruta (3.634.095) (23.317) (41.174) - - (3.698.586)Receita Operacional Líquida 9.065.390 78.982 269.345 - (348.861) 9.064.856Custos dos Serviços Prestados e Mercadorias Vendidas

(5.689.884)

(147.409)

(199.278)

-

208.559

(5.828.012)

Lucro Bruto 3.375.506 (68.427) 70.067 - (140.302) 3.236.844 Despesas Operacionais, Líquidas (2.066.205) (104.876) (85.776) (3) 140.302 (2.116.558) Comercialização dos Serviços (1.102.190) (90.137) (48.054) - 154.604 (1.085.777) Despesas Gerais e Administrativas (932.441) (14.296) (18.671) (3) 3.825 (961.586) Remuneração dos Administradores (7.214) - (784) - - (7.998) Outras Despesas Operacionais, Líquidas (24.360) (443) (18.267) - (18.127) (61.197) Lucro (Prejuízo) Operacional Antes das Receitas (Despesas) Financeiras e Resultado de Equivalência Patrimonial 1.309.301 (173.303) (15.709)

(3) - 1.120.286 Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício 292.814 (119.100) 60.042 1.553 41.655 276.964 Contas a Receber de Clientes 2.070.499 91.233 54.414 - (104.567) 2.111.579Estoques 7.804 166.229 - - - 174.033Imobilizado, Líquido 7.679.081 1.149.084 69.061 - - 8.897.226

2003 Telefonia Fixa

e Comunicação

de Dados

Internet Eliminações

entre Segmentos

Consolidado

Receita Operacional Bruta 11.075.731 190.563 (188.913) 11.077.381Deduções da Receita Bruta (3.141.509) (20.678) - (3.162.187)Receita Operacional Líquida 7.934.222 169.885 (188.913) 7.915.194Custos dos Serviços Prestados e Mercadorias Vendidas (4.765.058) (141.918) 53.603 (4.853.373)Lucro Bruto 3.169.164 27.967 (135.310) 3.061.821 Despesas Operacionais, Líquidas (1.949.132) (16.404) 135.310 (1.830.226) Comercialização dos Serviços (947.393) (9.534) 136.990 (819.937) Despesas Gerais e Administrativas (780.966) (8.682) 1.406 (788.242) Remuneração dos Administradores (6.748) (346) - (7.094) Outras Receitas (Despesas) Operacionais (214.025) 2.158 (3.086) (214.953) Lucro Operacional Antes das Receitas (Despesas) Financeiras e Resultado de Equivalência Patrimonial 1.220.032

11.563

- 1.231.595

Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício (42.339) 6.352 10.690 (25.297)

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2003 Telefonia Fixa

e Comunicação

de Dados

Telefonia Móvel Internet

Eliminações entre

Segmentos Consolidado

Contas a Receber de Clientes 1.859.325 - 33.023 (32.635) 1.859.713Estoques 8.042 - - - 8.042Imobilizado, Líquido 8.760.392 280.999 4.564 - 9.045.955

42. EVENTOS SUBSEQÜENTES

Fatos Relevantes

A Companhia e sua controladora Brasil Telecom Participações S.A. divulgaram fatos relevantes em conjunto, cujas datas e textos estão a seguir apresentados:

(i) 10 de março de 2005: o International Equity Investments Inc., na qualidade de único quotista do CVC/Opportunity Equity Partners LP (“CVC LP”), na noite de 09 de março de 2005, enviou comunicado informando a destituição do CVC/Opportunity Equity Partners Ltd. (“CVC Ltd.”) da função de administrador do CVC LP, tendo indicado para substituí-lo uma nova sociedade constituída no exterior, em data não informada, denominada Citigroup Venture Capital International Brazil LLC (“CVC International Brazil”). Foi igualmente comunicado que o CVC International Brazil celebrou, em data e termos ainda não conhecidos, “acordos de acionistas com o Investidores Institucionais Fundo de Investimento em Ações, a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – Previ, a Fundação dos Economiários Federais – Funcef e a Petros - Fundação Petrobras de Seguridade Social” os quais, segundo informado, possuem eficácia condicionada ao implemento de determinadas condições não reveladas, dentre as quais a formalização da indicação do CVC International Brazil como novo administrador do CVC LP. O CVC LP participa direta e indiretamente das companhias ora comunicantes.

(ii) 17 de março de 2005: tomaram conhecimento, em 17 de março de 2005, que o Juiz Federal da Vara Federal Regional do Distrito Sul de Nova Iorque (“United States District Court – Southern District of New York”) concedeu medida liminar determinando que CVC/Opportunity Equity Partners, Ltd. protocole, junto às autoridades competentes das Ilhas Cayman, a sua substituição como “general partner” do CVC/Opportunity Equity Partners, L.P.

CVC/Opportunity Equity Partners, L.P. é uma “limited partnership”, constituída nas Ilhas Cayman, que detém participação na Brasil Telecom Participações S.A. e na Opportunity Zain S.A., companhia integrante da cadeia societária de controle da Brasil Telecom Participações S.A. e da Brasil Telecom S.A.

(iii) 19 de março de 2005: tomaram conhecimento que, em 18 de março de 2005, CVC/Opportunity Equity Partners, Ltd. efetuou o registro de declaração perante às autoridades competentes das Ilhas Cayman na qual informa a sua substituição como general partner do CVC/Opportunity Equity Partners, L.P., tendo o Citigroup Venture Capital International Brazil, LLC sido indicado como o novo administrador do CVC/Opportunity Equity Partners, L.P.

Os fatos relevantes acima mencionados não produzem efeitos que possam alterar estas demonstrações financeiras.

Brasília (DF), 29 de março de 2005.

Paulo Pedrão Rio Branco Célio José Godinho Diretor Financeiro Contador CRC SC-0007293/T-8 DF