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i Nº2 | 25 Março 2011 Assembleia da República revoga Avaliação de Desempenho Neste número É urgente substituir esta Avaliação de Desempenho – Resolução do Secretariado Nacional da FNE 2 3 Folha informativa FNE Departamento de Informação & Imagem intervalo É necessário depositar mais confiança no trabalho desenvolvido pelos professores!

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folha informativa fne março 2011

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i Nº2 | 25 Março 2011

Assembleia da República revoga Avaliação de Desempenho

Neste número

É urgente substituir esta Avaliação de Desempenho – Resolução do Secretariado Nacional da FNE

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Folha informativa FNE

Departamento de Informação & Imagem

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É necessário depositar mais confiança no trabalho desenvolvido pelos professores!

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2 Departamento de Informação & Imagem - FNE

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Texto de substituição Projecto de Lei nº 571/XI/2ª (PCP)

Projecto de Lei nº 575/XI/2ª (PPD/PSD) Suspensão do actual modelo de Avaliação do Desempenho

de Docentes

Os deputados abaixo assinados apresentam o presente texto de substituição após discussão na especialidade dos Projectos de Lei nº 571/XI do PCP e nº 575/XI do

PPD/PSD:

Artigo 1.º (Norma revogatória)

É revogado o Decreto Regulamentar 2/2010, de 23 de Junho. Artigo 2.º

(Novo modelo de avaliação do desempenho docente) Até ao final do presente ano lectivo, o Governo inicia o processo de negociação sindical tendente a aprovação do enquadramento legal e regulamentar que concretize um novo modelo de avaliação do desempenho docente, produzindo efeitos a partir do início do

próximo ano lectivo. Artigo 3.º

(Período Transitório) Para efeitos de avaliação desempenho docente, e até à entrada em vigor do novo

modelo de avaliação, são aplicáveis os procedimentos previstos no Despacho nº 4913-B/2010, de 18 de Março, no âmbito da apreciação intercalar, até ao final de Agosto de

2011. Artigo 4.º

(Entrada em vigor) A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Palácio de S. Bento, de 24 de Março de 2011

A Assembleia da República decidiu hoje, por maioria, acabar com uma Avaliação de Desempenho que perturbava a vida nas escolas.

Assembleia da República revoga Avaliação de Desempenho

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3 Departamento de Informação & Imagem - FNE

É urgente substituir esta avaliação de desempenho de

docentes

Resolução do Secretariado Nacional da FNE

17/03/2011

A operacionalização da avaliação de desempenho continua a decorrer

na mais completa diversidade de exigências, com o Ministério da

Educação a fazer de conta que nada sabe sobre os efeitos nefastos que

este processo está a provocar nas escolas e nas pessoas. Na maior

parte das escolas, o sentimento de revolta está em crescimento, para

além de o clima inter-pessoal se estar a degradar a níveis

inaceitáveis. Continuamos a defender que a avaliação de desempenho

não pode constituir a preocupação primeira de cada docente e aquela

que mais tempo lhe ocupa na sua atividade profissional; o tempo deve

ser o mais possível disponível para o trabalho com os alunos. A FNE

entende que é inaceitável que os docentes tenham de produzir

individualmente evidências relativamente a procedimentos e ações que

constam do plano de atividades das escolas e dos relatórios trimestrais

elaborados pelas direções. O primeiro critério a respeitar em relação ao

relatório de auto-avaliação tem de ser o da confiança e não o da

suspeita; mas os procedimentos que estão disseminados têm mais a

ver com desconfiança em relação a cada um dos avaliados. O resultado

é a acumulação e duplicação de informação que ninguém lê, que a

ninguém serve e que só esgotou aquele ou aquela que teve de a

compilar. Assim, é de exigir a imediata simplificação de procedimentos,

com eliminação, não só de indicadores excessivamente subjectivos,

mas genricamente de tudo quanto é duplicação e inutilidade. Mas

importa garantir que o próximo ano lectivo não se inicia com este

quadro de avaliação, impondo-se a rápida abertura de negociações que

vise a determinação do novo quadro em que deve desenvolver-se a

avaliação de desempenho dos docentes portugueses.

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4 Departamento de Informação & Imagem - FNE

Aos docentes corretores das provas de exame o ME tem vindo a impor um conjunto de condições que se revelam de uma completa desconsideração e que merecem o nosso inteiro repúdio. Primeiro, foi a eliminação da remuneração que lhes estava assegurada pela realização de uma tarefa extraordinária e que excedia as suas obrigações profissionais correntes. Depois, foi a imposição de férias interpoladas, para tentar compatibilizar o calendário de exames com o direito de cada docente a gozar em cada ano, e por inteiro, o período de férias que a lei lhe atribui. Agora, o Ministério da Educação impõe a realização de um conjunto de sessões de formação que se realizam ao Sábado, o que significa que, ao contrário do que o Estatuto da Carreira Docente, ao professor não é respeitado o direito de em cada semana só trabalhar cinco dias. A FNE vai intervir no sentido de que esta situação seja substituída e que a realização de serviço extraordinário, como é este que agora é imposto a cada docente, tenha correspondência na devida valorização remuneratória.

Ministério está a impor condições inaceitáveis aos docentes correctores de exames

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5 Departamento de Informação & Imagem - FNE

Resolução do Secretariado Executivo

24-3-2011

DECLARAÇÃO DA UGT

1. Portugal enfrenta grandes dificuldades – financeiras, económicas e sociais. A crise que enfrentamos exige respostas nacionais e europeias, particularmente a nível de União Europeia e do Banco Central Europeu para diminuir a pressão especulativa, em especial sobre Portugal, de modo a baixar o nível insustentável das taxas de juro.

2. As conclusões do recente Conselho Europeu dos Países do Euro, se globalmente positivas na área financeira, são inaceitáveis em termos de governação económica. A UGT reitera e apoia as posições da Confederação Europeia de Sindicatos – CES contra limitações europeias à liberdade de negociação colectiva, nomeadamente na área dos salários e a tentativa de procurar o reforço da competitividade única e exclusivamente à base de actuações negativas no chamado mercado de trabalho.

3. A UGT tudo fará para se opor a tais orientações, incluindo nas suas implicações na revisão dos Tratados Europeus e manifesta o seu apoio à manifestação europeia de 9 de Abril.

4. A declaração pelo Ministro das Finanças de um PEC 4 na passada 6ª feira, a apresentar em Bruxelas no mês de Abril, manifesta um total desrespeito pelos parceiros sociais, nesse momento reunidos em CPCS com os Ministros da Economia e do Trabalho, sem qualquer comunicação destes sobre esta declaração.

5. A UGT declara a não aceitação deste PEC na forma e no conteúdo, que interessa clarificar. A UGT não aceita hoje, como repetidamente afirmou, os valores propostos pelo Governo para a redução das compensações por despedimento para os novos contratos e o seu alargamento aos actuais contratos.

6. A UGT considera totalmente inaceitável o congelamento das pensões mais baixas, em especial, as mínimas, exigindo uma rápida clarificação desta matéria.

7. A existência em Portugal de um Governo minoritário exige um diálogo político forte, de modo a obter maioria(s) para viabilizar as medidas, e um diálogo social que procure obter consensos tripartidos.

8. O diálogo social tripartido não é conjuntural, ao sabor de interesses governamentais e/ou partidários. É um estrutural, base para uma sociedade preocupada com as questões da

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competitividade, do emprego e da coesão social e para uma democracia política apoiada num elevado grau de participação social.

9. Neste quadro, a UGT reitera o seu empenhamento na procura de um Acordo Tripartido de Competitividade e Emprego, devendo o Governo garantir o seu cumprimento integral e o respeito pela Declaração Tripartida da passada semana.

10. As declarações do Ministro das Finanças na passada 6ª feira exigem clarificações adicionais de que não está em causa o desrespeito por um eventual Acordo tripartido e de que não continuarão a ser exigidos esforços inaceitáveis aos mais desfavorecidos.

11. A UGT regista a ampla mobilização do passado sábado em resposta ao apelo dos jovens. Os apelos, preocupações e propostas devem ser ouvidos e a UGT tudo fará para ser dada uma forte prioridade ao emprego, ao combate à precariedade e à recusa de um mercado de trabalho em que se acentue a dualidade social.

Lisboa, 14 de Março de 2011

30 de Março de 2011 14:30h – 17:30h

Seminário

“AUTONOMIA E DIVERSIDADE DAS PROPOSTAS EDUCATIVAS”

Orador convidado

Ramiro Marques Professor Coordenador com Agregação no

Instituto Politécnico de Santarém

Local Hotel Barcelona - Rua Laura Alves, 10 Lisboa

Inscrições Ficha de Inscrição online em www.fne.pt

(22)5073880 (22)5092906

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7 Departamento de Informação & Imagem - FNE

Sindicatos aplaudem revogação de avaliação inútil e perturbadora das escolas. Os sindicatos de professores aplaudiram hoje a decisão dos partidos da oposição de revogarem a avaliação de desempenho docente, sublinhando que o atual modelo é inútil e tem gerado “grandes perturbações nas escolas”. PSD, CDS-PP, Bloco de Esquerda e PCP vão aprovar na sexta-feira na Assembleia da República a revogação da avaliação de desempenho dos professores em vigor nas escolas”.

(…) Os sindicatos consideram que a avaliação atual tem feito com que os professores percam tempo em que deviam estar a trabalhar com os alunos. Para João Dias da Silva, dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos de Educação (FNE), este modelo “é um corpo estranho no funcionamento da escola” e “está a condicionar o trabalho dos professores, retirando o tempo a que têm direito para o trabalho com os alunos”. “É um fator de enorme perturbação nas escolas. A decisão dos partidos coincide com as nossas reivindicações. Vemos nas escolas que o clima interpessoal se tem vindo a degradar”, frisou. Sobre o cenário de eleições antecipadas, João Dias da Silva admite que possa fazer com que um novo modelo possa não conseguir entrar em vigor logo no início do ano letivo, em setembro de 2011. (…) Todos os partidos da oposição vão aprovar na sexta-feira a revogação da avaliação de desempenho dos professores em vigor.

Há três semanas, a oposição parlamentar também já tinha viabilizado a revogação da reforma curricular do ensino básico determinada pelo Ministério da Educação. O PSD entregou hoje no Parlamento um projeto de lei que determina a revogação dos artigos do Estatuto da Carreira Docente (ECD) relativos à avaliação de desempenho, bem como do decreto-regulamentar que regula o atual sistema de avaliação dos professores. Os sociais-democratas pretendem ainda que até ao final do atual ano letivo o Governo aprove "o enquadramento legal e regulamentar" que concretize um novo modelo de avaliação, que "deverá produzir efeitos a partir do próximo ano letivo". Os deputados Miguel Tiago, do PCP, Ana Drago, do Bloco de Esquerda, e José Manuel Rodrigues, do CDS-PP, confirmaram à Lusa que os seus partidos vão votar "favoravelmente" o diploma dos sociais-democratas, o que garante assim a sua aprovação.

Lisboa, 24 mar (Lusa) – ARP (MLS).

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8 Departamento de Informação & Imagem - FNE

FNE defendeu um novo modelo de avaliação estável e consensual A Federação Nacional de Educação (FNE)

defendeu hoje que um novo modelo de avaliação

dos professores deverá ser “o mais consensual

possível”, e que a decisão da Assembleia da

República de suspender o atual não deixa um vazio. “É fundamental que seja consensual, estável e

duradouro”, declarou o secretário-geral da organização, João Dias da Silva, no termo de um

conselho geral realizado em Coimbra. Na sua perspetiva devem ser chamados a participar na sua

formulação as organizações sindicais, investigadores, comunidade científica e as forças políticas, e

deve ser estável, porque “não é possível cada mês andar a discutir a sua operacionalização”.

“Achamos que o processo de funcionamento de um modelo de avaliação deve estar sujeito a um

escrutínio permanente, à verificação permanente, à introdução dos ajustamentos necessários”,

sublinhou. João Dias da Silva disse que um dos erros que são imputados ao Ministério da Educação

é o de “fazer que não via o que estava a acontecer nas escolas, uma perturbação enorme”. “A

avaliação do desempenho deve ser essencialmente formativa, para melhorar as práticas, podendo

ter-lhe associada uma componente somativa para efeitos de progressão em carreira”, explicou.

Realçou que a suspensão do atual modelo de avaliação pela Assembleia da República não deixa um

vazio, porque “os professores têm procedimentos a cumprir até 31 de agosto”, designadamente a

apresentação do relatório de autoavaliação, para que uma comissão aprecie o trabalho que

desenvolveram. O secretário-geral da FNE criticou ainda o Ministério da Educação por “não estar a

cumprir o compromisso de realizar um concurso extraordinário”, frisando que há professores à

espera há cinco anos para concorrer para escolas mais próximas da sua residência. Reportando-se

ainda ao reordenamento da rede escolar, João Dias da Silva disse que a fusão de agrupamentos

tem como “único critério poupar dinheiro nos órgãos de direção”. Na sua perspetiva, “não se pode

falar em unidade” nessa opção, porque se estão a agrupar escolas diversas e que estão distantes

dezenas de quilómetros.

“Este programa tem uma agenda secreta. Ninguém sabe que agrupamentos estão envolvidos no

processo”, nem se aponta uma estratégia, com os ganhos e o seu calendário, concluiu.

Coimbra, 26 mar (Lusa)

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