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Aulas 01 a 24

Língua Portuguesa – INSS: Técnico do Seguro Social – 2014

Professora: Noely Landarin

Aulas 01 a 24

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Aulas 01 a 24

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

1. Leia duas vezes o texto. A primeira para ter noção do assunto, a segunda para prestar atenção às

partes. Lembre-se de que cada parágrafo desenvolve uma ideia.

2. Leia duas vezes cada alternativa para eliminar o que é absurdo. Geralmente um terço das

afirmativas o são.

3. Sublinhe as palavras-chave do enunciado, para evitar de se entender justamente o contrário do

que está escrito. Leia duas vezes o comando da questão, para saber realmente o que se pede.

Tome cuidado com algumas palavras, como: pode, deve, não, sempre, é necessário, correta,

incorreta, exceto, erro etc.

4. Se o comando pede a ideia principal ou tema, normalmente deve situar-se no primeiro ou no último

parágrafo - introdução e conclusão.

5. Se o comando busca argumentação, deve localizar-se nos parágrafos intermediários -

desenvolvimento.

6. Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais significativo e/ou fazer observações à margem

do texto.

7.Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse; escreveu.

8.Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que remetem a outros vocábulos do texto: pronomes

relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.

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QUESTÕES DE CONCURSOS - FCC

(FCC - INSS-Técnico Seguro Social-fevereiro 2012)

Atenção: As questões de números 9 a 14 baseiam-se no texto seguinte.

Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua personalidade artística como por sua obra, foi

alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incompreensão estética e o

preconceito antissemita também o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que,

nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenharam na apresentação de suas obras. Durante

os anos 60, porém, uma virada totalmente inesperada levou a obra de Mahler ao início de uma era de

sucessos sem precedentes, que perdura até hoje. Intérpretes conhecidos e pesquisadores

descobriram o compositor, enquanto gravações discográficas divulgavam uma obra até então

desconhecida do grande público.

Há uma série de fatores envolvidos na transformação de Mahler em figura central da história da

música do século XX. A visão de mundo de uma geração mais jovem certamente teve influência

central aqui: o dilaceramento interior de Mahler, seu interesse pelos problemas fundamentais da

existência humana, seu pacifismo, seu engajamento contra a opressão social e seu posicionamento

em favor do respeito à integridade da natureza – tudo isso se tornou, subitamente, muito atual para a

geração que nasceu no pós-guerra.

O amor incondicional de Mahler pela natureza sempre esteve presente em sua obra. O compositor

dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão, recolhendo-se em pequenas cabanas na

paz dos Alpes austríacos. Em Steinbach, Mahler empreendia longas caminhadas que lhe

proporcionaram inspiração para sinfonias.

Comparar a simplicidade espartana dessas casinhas com a enorme complexidade das obras ali

criadas diz muito sobre a genialidade do compositor – e, sobretudo, sobre a real origem de sua

musicalidade. Totalmente abandonadas e esquecidas na Áustria no pós-guerra, essas casinhas de

Mahler hoje se transformaram em memoriais, graças à ação da Sociedade Internacional Gustav

Mahler.

O mundo onírico dos Alpes do início do século XX certamente voltará à memória de quem, tendo uma

imagem desses despojados retiros musicais de Mahler, voltar a ouvir sua música grandiosa.

(Adaptado: Klaus Billand. Gustav Mahler: a criação de um ícone. Revista 18. Ano IV, n. 15, março/abril/ maio de 2006, p. 52-53. Disponível

em: <http.//www.cebrap.org.br/v1/upload/biblioteca_virtual/GIANNOTTI_Tolerancia%20maxima.pdf> Acesso em: 22 dez. 2011)

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1. Segundo o autor, o reconhecimento da grandeza artística de Mahler ao longo dos anos 60

deve-se, em larga medida,

(A) à beleza única de suas obras, para a qual contribuíram largamente o amor incondicional do

compositor pelos sons e pela musicalidade da natureza.

(B) à harmonia do conjunto de sua obra, que, por sua simplicidade intrínseca, pôde ser amplamente

compreendida pelas gerações seguintes.

(C) ao advento de uma geração cujos valores, apesar da distância temporal, correspondiam aos

defendidos pelo compositor.

(D) ao reconhecimento, ainda que tardio, de sua originalidade por maestros e grandes intérpretes da

música clássica com quem o compositor convivera.

(E) à ação de organizações culturais que se dispuseram a divulgar a obra do compositor, mesmo

correndo o risco de sofrer represálias por parte do público.

2. Considerando-se o contexto, o elemento grifado foi substituído de maneira INADEQUADA

em:

(A) ... o acompanhariam postumamente... = após a morte

(B) ... uma era de sucessos sem precedentes... = inéditos

(C) O amor incondicional de Mahler... = irrestrito

(D) ... despojados retiros musicais... =singelos

(E) O mundo onírico dos Alpes... = nebuloso

3. Na frase O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão, o termo

sublinhado exerce a mesma função sintática que o termo em destaque na frase:

(A) A visão de mundo de uma geração mais jovem teve influência central aqui.

(B) Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor.

(C) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polêmicas.

(D) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração para grandiosas

sinfonias.

(E) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se transformaram em memoriais.

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Aulas 01 a 24

4. Consta que, durante o verão, em meio ...... beleza das montanhas dos Alpes, Mahler buscava ......

inspiração necessária para compor sinfonias que, felizmente, foram legadas ...... gerações futuras.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

(A) à - à - as

(B) a - a - às

(C) à - a - às

(D) a - à - às

(E) à - a - as

5. Está adequado o emprego do elemento sublinhado em:

(A) Mahler, compositor a quem as gerações seguintes fizeram justiça, foi muito incompreendido em

vida.

(B) A obra de Mahler, na qual tantos manifestaram incompreensão, acabou marcando o século XX.

(C) Visitando Steinbach, aonde Mahler tanto se inspirou musicalmente, o turista reconhecerá a paz de

que se beneficiou o compositor.

(D) Mahler amava a paz da natureza, em cuja se valeu para concentrar-se e compor.

(E) O século XX, ao qual sobressaíram grandes compositores, como Mahler, foi marcado por criações

bastante polêmicas.

6. As normas de concordância estão plenamente atendidas em:

(A) Sempre houveram pessoas sensíveis o suficiente para perceberem a enorme riqueza e a

profundidade que poderiam atingir a música de Mahler.

(B) Entre os que reconheceram o talento de Mahler em vida está o escultor francês Auguste Rodin,

que esculpiu, em 1909, vários bustos do compositor.

(C) Prematuramente falecido, Mahler não chegou a usufruir do prestígio que lhe dedicaram, anos

depois de sua morte, a geração seguinte.

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Aulas 01 a 24

TÓPICOS GRAMATICAIS PARA ESTUDOS

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

O acento gráfico existe para evitar confusões e dificuldades na leitura e entendimento de certas

palavras escritas. Veja a confusão que esta frase pode causar se a mãe, ao escrever este bilhete,

não souber acentuar corretamente:

Informo à secretaria que meu filho não pode trazer os documentos.

A quem os documentos devem ser entregues: à secretária ou à secretaria? Ele não pode (no

presente) ou não pôde (no passado) trazer os documentos?

ACENTUAÇÃO TÔNICA

Sílaba tônica: é a sílaba pronunciada com mais intensidade.

Oxítonas : são palavras cuja sílaba tônica é a última .

ali, procurar, urubus, Nobel, refém

Paroxítonas: são palavras cuja sílaba tônica é a penúltima.

preto, álbum, repórter, rubrica, gratuito

Proparoxítonas: são palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima.

trânsito, tóxico, nítido, êxodo, ínterim.

* Monossílabos Tônicos : pronunciados intensamente; têm carga semântica, por isso não se apóiam

nos vocábulos próximos.

Vou pôr os pacotes ali.

Querem que eu dê uma contribuição.

* Monossílabos Átonos : pronunciados fracamente, apóiam-se nos vocábulos próximos.

Vou seguir por ali.

Precisam de colaboração.

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Aulas 01 a 24

REGRAS GERAIS

1. Acentuação das proparoxítonas

São todas acentuadas graficamente: bússola, meteorológico, amáramos, propuséssemos.

2. Acentuação das paroxítonas

São acentuadas graficamente as terminadas em:

a) i, is, u, us: júri, grátis, bônus, Vênus

b) l, n, r, x, ps: amável, fusível, abdômen, caráter, clímax, bíceps

c) om, ons: iândom(espécie de avestruz) , íons, elétrons

d) ã, ãs, ão, ãos: ímã, órfãs, órgão, sótãos

e) um, uns: álbuns, médium, quórum

f) ditongo oral (crescente ou decrescente, seguido ou não de -s): jóquei, pônei, vôlei, vácuo,

história, área, Glória, gênio

Obs.: a) Não se acentua a sílaba tônica dos verbos terminados em qüem: delinqüem.

b) Não se acentuam os prefixos paroxítonos em r e i: super-homem, semi - internato.

3. Acentuação das oxítonas

Acentuam-se as terminadas em:

a) a, as; e, es; o, os: guaraná, atrás, buquê, você, cipó, retrós

b) em, ens : armazém, retém, também, vaivém, vaivéns (duas ou mais sílabas)

4. Acentuação dos Monossílabos

Acentuam-se as terminadas em:

a) a, as: cá, já, gás, Brás

b) e, es: pé, mês, três, vês

c) o, os : pó, só, vós, nós, pôs

5. Acentuação de Hiatos

Acentuam-se o i e o u (2ª vogal tônica) dos hiatos, quando estiverem sozinhos na sílaba ou

seguidos de S: baú, egoísmo, país, saída.

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ATENÇÃO

1. ruim, cair, Raul, raiz caiu

2. tainha, moinho, rainha - hiato seguido de NH

3. xiita, sucuuba (espécie de árvore)- hiatos formados por vogais idênticas- não se acentuam.

* Acentua-se a primeira vogal tônica dos hiatos ôo / êe: crêem, enjôo, abençôo, revêem.

MAS: compreendem, perdoou, semeeis

6. Acentuação dos ditongos (ANTES D0 ACORDO ORTOGRÁFICO)

Acentuam-se os ditongos tônicos abertos éu(s), éi(s), oi(s): assembléia, hotéis, constrói, fogaréu,

chapéus, fiéis.

8. Acentuação dos verbos

* Nos verbos TER e VIR, coloca-se acento circunflexo na 3ª pessoa do plural, do presente do

indicativo: ele tem - eles têm // ele vem - eles vêm

* Nos derivados: ele mantém - eles mantêm // ele provém - eles provêm

ele contém - eles contêm // ele intervém - eles intervêm

9. Acentos diferencias (lei 5765 / dez.1971) (ANTES DO ACORDO ORTOGRÁFICO)

pôde (pret. perf. ind.) pode (presente ind.)

pára (verbo) para (preposição)

pôr (verbo) por (preposição)

côa, côas (verbo coar) coa, coas (contração com + a(as))

pêlo (substantivo) pélo (verbo) pelo (preposição)

pôlo (substantivo; filhote de gavião) pólo (substantivo: extremidades, esporte) polo (contração arcaica – per + o)

pêra (substantivo) péra (substantivo: pedra) pera (prep. arcaica)

Estrangeirismos e Latinismos

As palavras latinas e estrangeiras, quando não incorporadas ao nosso idioma, não são acentuadas

graficamente, como versus, sui generis etc. Entretanto há forma já incorporadas, ou seja,

aportuguesadas, como álibi, quórum, médium, fórum, déficit que seguem as regras de acentuação.

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ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de

1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e,

posteriormente, por

Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995.

Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum

aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que

têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo

em direção à pretendida unificação ortográfica desses países.

Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.

O alfabeto completo passa a ser:

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z

As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa

língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:

a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);

b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros

(e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, etc.

Trema

Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada

nos grupos

gue, gui, que, qui.

Como era Como fica

agüentar aguentar

argüir arguir

bilíngüe bilíngue

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Aulas 01 a 24

Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.

Exemplos: Müller, mülleriano.

Mudanças nas regras de acentuação

1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm

acento tônico na penúltima sílaba).

Como era Como fica

alcalóide alcaloide

alcatéia alcateia

andróide androide

apóia (verbo apoiar) apoia

apóio (verbo apoiar) apoio

asteróide asteroide

bóia boia

celulóide celuloide

clarabóia claraboia

colméia colmeia

Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas

as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu,

troféus.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de

um ditongo.

Como era Como fica

baiúca baiuca

bocaiúva bocaiuva

cauíla cauila

feiúra feiura

Atenção: se a palavra for oxítona e o i

ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece.

Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

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Aulas 01 a 24

3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).

Como era Como fica

abençôo abençoo

crêem (verbo crer) creem

dêem (verbo dar) deem

dôo (verbo doar) doo

enjôo enjoo

lêem (verbo ler) leem

magôo (verbo magoar) magoo

perdôo (verbo perdoar) perdoo

povôo (verbo povoar) povoo

vêem (verbo ver) veem

vôos voos

zôo zoo

4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s),

pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

Como era Como fica

Ele pára o carro. Ele para o carro.

Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao poloNorte.

Ele gosta de jogar pólo Ele gosta de jogar polo

Esse gato tem pêlos Esse gato tem pelos.

Comi uma pêra. Comi uma pera.

Atenção:

• Permanece o acento diferencial em pôde/pode.

Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular.

Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.

Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.

Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de

seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).

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Exemplos:

Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.

Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.

Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.

Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.

Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.

Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.

• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ fôrma.

Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da

fôrma do bolo?

5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do

presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.

6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar,

averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc.

Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente

do subjuntivo e também do imperativo.

Veja:

a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.

Exemplos:

verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.

verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.

b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.

Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):

verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.

verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.

Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.

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EMPREGO DO HÍFEN

1. Nas formações com prefixos como: ante-, anti-, circum-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-,

intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, ... ou falsos prefixos, de origem grega ou

latina, como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-,

mini-, multi-, pan-, neo-, pluri-, pseudo-, retro-, semi-, tele-..., emprega-se o hífen nos seguintes

casos:

a) Quando o segundo elemento começa por h: anti-higiênico, circum-hospitalar, co-herdeiro,

extra-humano, pré-história, sub-hepático, pré-história, geo-história, pan-helenismo, semi-

hospitalar.

Obs.: Não se usa o hífen quando des- e in- são seguidos de elemento que perdeu o h inicial:

desumano, desumidificar, inábil, inumano.

b) Quando o prefixo ou pseudoprefixo termina na

Mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, supra-

auricular, auto-observação, micro-onda, semi-interno.

Obs.: Co- aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando iniciado por o:

coobrigação, coordenar, coocupante, cooperar.

c) Quando circum- e pan- antecedem vogal, m ou n : circum-murado, circum-navegação, pan-

africano, pan-mágico, pan-negritude.

d) Quando hiper-, inter-, e super- antecedem r: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

e) Após sota-, soto-, vice-, vizo-, ex- (com sentido de estado anterior ou cessamento): ex-

almirante, ex-hospedeira, vice-presidente, ex-rei, vice-reitor, sota-piloto.

f) Com os prefixos tônicos pós-, pré-, pró-, quando o segundo elemento tem vida à parte: pós-

graduação, pós-tônico, pré-escolar, pré-natal, pró-europeu. Mas: pospor, prever, promover.

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Aulas 01 a 24

2. Não se emprega o hífen

a) Quando o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s,

devendo estas consoantes duplicarem-se: antissemita, contrarregra, antirreligioso, cosseno,

minissaia, biossatélite, microssistema, microrradiografia.

b) Quando o prefixo ou pseudo prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por

vogal diferente: antiaéreo, coeducação, extraescolar, aeroespacial, autoestrada,

autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual.

Fonte: Pimentel, Ernani. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa/ Vestcon (2008)

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Aulas 01 a 24

ORTOGRAFIA

Na língua portuguesa, diversos fatores dificultam a escrita correta de certas palavras. Um desses

fatores, por exemplo, relaciona-se à possibilidade de alguns fonemas admitirem diferentes grafias.

Há alguns procedimentos que podem diminuir as dificuldades relativas à ortografia

conhecer as orientações ortográficas;

consultar, sempre que necessário, o dicionário;

memorizar a grafia das palavras por meio da leitura e da escrita contínua.

Ortografia é a parte da Gramática que se ocupa da correta representação escrita das

palavras. Grafar corretamente uma palavra significa adequar-se a um padrão estabelecido por lei.

ORIENTAÇÕES ORTOGRÁFICAS

1. A Letra X e o Dígrafo CH

Usa-se a letra X

após um ditongo: caixa , trouxa , paixão. Exceção: recauchutar e seus derivados

após o grupo inicial en: enxada, enxame, enxaqueca, enxurrada, enxugar

Exceção: encher e seus derivados; palavras iniciadas por ch que recebem en-: encharcar (de

charco)

após o grupo inicial me : mexer, mexicano , mexerico. Exceção: mecha

nas palavras de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas: xavante,

xingar, xerife, xampu, xará.

2. As Letras G e J

Usa-se a letra G

nos substantivos terminados em -agem, igem - ugem: barragem, contagem, fuligem, ferrugem,

vertigem . Exceções: pajem, lambujem, lajem

nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: contágio, colégio, prestígio, relógio,

refúgio

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Aulas 01 a 24

Usa-se a letra J

nas formas dos verbos terminados em -jar : arranjar (arranjo, arranjem), enferrujar (enferrujem)

nas palavras oriundas do tupi, africana e árabe ou de origem exótica: jibóia, pajé, jirau, canjica,

Moji.

3. As Letras S ou Z

Usa-se a letra S

nas palavras que derivam de outra em que já existe S : alisar (liso), pesquisar (pesquisa), analisar

(análise)

nos sufixos :

- -ês, -esa ( indicação de nacionalidade, título, origem): chinês, marquesa, duquesa, baronesa

- - ense, -oso, -osa (formadores de adjetivos): paranaense, amoroso, gasoso, nervosa

- -isa (formação de feminino) : poetisa, profetisa, sacerdotisa, diaconisa

após ditongos: lousa, coisa, ausência, Neusa

nas formas dos verbos pôr (e derivados) e querer: pus, puséssemos, repusera, quisesse,

quiséssemos

nas formas dos verbos com radicais terminados em ND, RG, RT, CORR, SENT, PEL: repreender =

repreensão, imergir = imersão , reverter = reversão, recorrer = recurso, consentir = consenso,

impelir = impulso.

Usa-se a letra SS

* verbos cujos radicais terminam em CED, GRED, PRIM, TIR: conceder = concessão, regredir =

regressão, reprimir = repressão, admitir = admissão

Usa-se a letra Z

nas palavras derivadas de outras em que já existe Z : deslize - delizar; razão - razoável

nos sufixos

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Aulas 01 a 24

- -ez , -eza (formadores de substantivos abstratos a partir de adjetivos) : rijo - rijeza; rígido - rigidez ;

nobre - nobreza ; surdo - surdez ; inválido - invalidez ; macio - maciez

- - izar (formador de verbos) e -ização (formador de substantivos): civilizar , civilização ; colonizar,

colonização ; realizar , realização.

4. As Letras E e I

Os verbos com infinitivos terminados em -oar e -uar são grafados com e: abençoe, magoe, atue,

continue, efetue

Os verbos terminados em -air, -oer e -uir são grafados com i: cai, sai, mói, corrói, possui, atribui.

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Aulas 01 a 24

CLASSES GRAMATICAIS

Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, são dez as classes gramaticais, e podem ser

identificadas conforme as características que apresentam.

O quadro a seguir apresenta as dez classes gramaticais.

Tipo Características Exemplo

Substantivo

Denomina os seres em geral. Designa:

pessoa, animal, coisa (concreto),

qualidade, estado, ação (abstrato).

Mesa, Fortaleza, Deus, porta, beleza,

amor, saudade, velocidade, beija-flor,

sol.

Adjetivo Acompanha o substantivo para indicar

a qualidade dos seres, caracteriza o

substantivo.

Violência urbana, sonhos impossíveis,

sonho de criança (pueril).

Artigo definido – determina o substantivo

indefinido – indetermina o substantivo

o, a os, as

um, uma, uns, umas

Numeral

indica noção numérica (quantidade)

a) cardinal

b) ordinal

c) fracionário

d) multiplicativo

três, catorze, cinqüenta

primeiro, quinto, décimo

três-quartos

dobro, triplo, quádruplo

Pronome Substitui (pron. substantivo) ou

acompanha (pron.adjetivo) o

substantivo.

Todos disseram-lhe a verdade.

Nossos assessores entregaram aquele

documento.

Advérbio Modifica o verbo, o adjetivo e o próprio

advérbio, pois exprime circunstância

(tempo, lugar, modo etc)

Extremamente irresponsável.

Estudou muito.

Muito bem!

Preposição Liga palavras, ou orações,

estabelecendo noção de dependência.

Desejo de vingança.

Amor à vida.

Conjunção Liga orações ou palavras da mesma

função.

Estudou bastante, logo deve ser

aprovado. João e Maria são irmãos.

Interjeição Expressa estado emotivo. Oh! Ah! Salve! Ave!

Verbo Palavra que designa processo – ação,

estado, aparência, fenômeno ou

mudança de estado.

Um bêbado solitário atravessou a rua.

A situação parece tranqüila.

Chovia torrencialmente.

Tornou-se empresário..

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Aulas 01 a 24

1. Conceito

Verbo é a palavra que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno natural e outros

processos, flexionando-se em pessoas, número, modo, tempo e voz.

Os três exemplos seguintes foram retirados da obra de Fernando Pessoa:

"Todos os amantes beijaram-se na minh'alma".(ação)

"Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida" (estado)

"Ah, na minha alma sempre chove." (fenômeno da natureza)

2. Flexões

O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de possibilidades de flexão na língua

portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em si diversas informações. A forma

falávamos , por exemplo, indica, por meio de seus morfemas:

a) a ação de falar (fal-);

b) o tempo em que tal ação ocorre: pretérito imperfeito ( - va)

c) a pessoa gramatical que pratica essa ação: 1ª pessoa do plural, nós (- mos)

d) o modo como é encarada essa ação: modo indicativo, pois expressa um fato realmente

ocorrido no passado;

e) que o sujeito - nós - pratica a ação expressa pelo verbo: voz ativa

2.1. Flexão de Número

A flexão de número indica a quantidade de seres envolvidos no processo verbal. São dois os

números: o singular e o plural. O verbo admite singular e plural, concordando com seu sujeito.

A tartaruga desapareceu.

As tartarugas desapareceram.

2.2. Flexão de Pessoa

A flexão de pessoa indica as pessoas do discurso (1ª , 2ª e 3ª). As três pessoas gramaticais servem

de sujeito ao verbo.

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1ª pessoa: aquela que fala, ou seja, o emissor ou falante e corresponde aos pronomes pessoais eu

(singular) e nós (plural).

Eu respondo. Nós respondemos.

2ª pessoa: aquela com quem se fala (receptor ou ouvinte) e corresponde aos pronomes tu (singular)

e nós (plural).

Tu respondes. Vós respondeis.

3ª pessoa: aquela de quem se fala e corresponde aos pronomes pessoais ele, ela (singular) e eles,

elas (plural).

Ele responde. Eles respondem.

2.3. Flexão de Modo

A flexão de modo indica a maneira, o modo como o fato se realiza. São três os modos do verbo: o

indicativo, o subjuntivo e o imperativo. Além dos modos, existem as formas nominais: infinitivo,

gerúndio e particípio.

2.4. Flexão de Tempo

A flexão de tempo indica o momento ou a época em que se realiza o fato. São três os tempos: o

presente, o pretérito e o futuro. Somente o pretérito e o futuro são divisíveis.

Eis o esquema dos tempos simples em Português:

INDICATIVO

Presente: eu falo

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Aulas 01 a 24

Pretérito perfeito: eu falei

Pretérito imperfeito: eu falava

Pretérito mais que perfeito: eu falara

Futuro do presente: eu falarei

Futuro do pretérito: eu falaria

SUBJUNTIVO

Presente: que eu fale

Pretérito imperfeito: se eu falasse

Futuro: quando eu falar

IMPERATIVO

Imperativo Afirmativo: fala tu, fale você

Imperativo Negativo: não fales tu, não fale você

FORMAS NOMINAIS

Infinitivo impessoal: falar

pessoal: falar eu, falares tu

Gerúndio: falando

Particípio: falado

3. Voz

É a maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito. São três as

vozes verbais:

3.1. ativa: nela, o sujeito se diz agente, porque é praticante da ação verbal.

O carroceiro disse um palavrão.

Suj ag.

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3.2. passiva: nela , o sujeito se diz paciente, porque é o recebedor da ação verbal

Um palavrão foi dito pelo carroceiro.

Suj. pac.

A voz passiva pode ser:

* analítica: formada com os verbos ser, estar e ficar, seguidos de particípio.

Uma mensagem foi enviada pelo mensageiro.

* sintética: formada com um verbo transitivo direto acompanhado do pronome SE, que se diz

apassivador.

Enviou-se uma mensagem.

3.3. reflexiva: nela, o sujeito se diz agente e paciente, pois é ao mesmo tempo o praticante e o

recebedor da ação verbal .

O carroceiro machucou-se.

suj ag./ pac.

4. Conjugações

São três as conjugações, caracterizadas pela vogal temática:

1ª conjugação

caracterizada pela vogal temática a - am - a - r

2ª conjugação

caracterizada pela vogal temática e - vend - e - r

3ª conjugação

caracterizada pela vogal temática i - part - i - r

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Aulas 01 a 24

5. Locução Verbal

É o conjunto de verbo auxiliar + verbo principal (no gerúndio ou no infinitivo). Recebe ainda a

denominação de perífrase verbal ou conjugação perifrástica.

Nossa língua não dispõe de flexões próprias suficientes para exprimir com rigor todos os momentos

do processo verbal. Vale-se, então, dos verbos auxiliares, que se usam para exprimir os mais

diferentes aspectos da ação.

OBS.: Não se confunde a noção de locução verbal com a de tempo composto. O tempo composto

sempre traz o verbo principal no particípio, além do que, faz parte da conjugação normal, possui um

nome (pretérito perfeito composto, futuro do presente composto, etc); a locução verbal tem o verbo

principal no gerúndio ou no infinitivo e é empregada para enunciar aspectos ou modos da ação.

6. Formas

* Rizotônicas: são as formas verbais em que o acento tônico cai no radical. Por exemplo: amo,

parto, bebam, etc.

* Arrizotônicas: são as formas verbais em que o acento tônico não cai no radical, e sim na

terminação. Por exemplo: amarei, partirás, beberíamos, etc.

MODOS VERBAIS E FORMAS NOMINAIS: EMPREGO

Modos Verbais

A atitude do falante em relação ao fato expresso pelo verbo pode ser explicitada pelo modo verbal.

O falante emprega o modo indicativo quando afirma, interroga ou nega fatos, considerando que

eles ocorreram, ocorrem ou ocorrerão.

Voltarão logo para casa.

O modo subjuntivo expressa um fato considerado pelo falante como uma possibilidade, um receio,

um desejo:

Talvez voltem logo para casa.

O modo imperativo, o falante dirige-se a um ouvinte para dar uma ordem, um conselho ou fazer um

pedido.

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Aulas 01 a 24

Volte logo para casa.

MODO INDICATIVO

Presente

a) Expressa um fato que ocorre no momento em que se fala.

As águas atingem um metro, afirma o locutor da TV.

b) Expressa uma verdade científica, uma lei, um fato real que data de muito tempo e deve durar por

tempo indefinido. É chamado de presente durativo:

O interior do planeta Terra gira mais depressa.

c) Expressa uma ação habitual ou freqüente. Nesse caso, é chamado de presente habitual ou

freqüentativo.

Todo dia ela faz tudo sempre igual

Me sacode às seis horas da manhã

Me sorri um sorriso pontual

E me beija com a boca de hortelã

(Chico Buarque)

d) Expressas fatos passados. É chamado de presente narrativo ou histórico. É bastante utilizado

em textos jornalísticos, principalmente nas manchetes, para transmitir ao leitor a impressão de que os

fatos são recentes.

Enchente provoca emergência no Paraná.

e) É utilizado em lugar de futuro.

Volto terça-feira que vem.

f) É utilizado para substituir o imperativo, expressando de forma delicada um pedido ou ordem.

Compare as duas frases:

Resolva o problema. (imperativo)

Você me resolve o problema? (presente)

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Aulas 01 a 24

g) Substitui o futuro do subjuntivo

Se você vem, traga-me o material. (presente)

Se você vier, traga-me o material. (futuro do subjuntivo)

Pretérito Imperfeito

a) Expressa um fato não concluído no passado.

Nos primeiros anos do século XX, o restrito círculo das sociedades industrializadas vivia momentos

de euforia.

b) Expressa um fato habitual ou repetido no passado. É chamado de pretérito imperfeito

freqüentativo.

Há sérios indícios de que os membros da realeza se casavam e se acasalavam no seio da mesma

família.

c) Quando se expressam dois fatos concomitantes, o processo que estava ocorrendo e que cessa

quando ocorre outro é expresso pelo pretérito imperfeito:

O ônibus fazia a linha Rio-SP e tombou quando o motorista desviou do engavetamento.

d) É utilizado para iniciar narrativas, lendas, fábulas, em geral com o verbo ser, indicando

tempo vago, impreciso:

Era uma vez um menino maluquinho...

e) Substitui o futuro do pretérito

Se eu pudesse ficar sem escrever, não escrevia . Escrevo porque não tem jeito.

f) Substitui o presente do indicativo para conotar maior polidez

Queria que vocês caprichassem mais nos trabalhos (Quero que vocês caprichem mais...)

g) É utilizado na linguagem infantil, principalmente para definir papéis nas brincadeiras.

Agora eu era o herói.

E o meu cavalo só falava inglês... (Chico Buarque)

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Aulas 01 a 24

Pretérito Perfeito

a) Indica um processo completamente concluído em relação ao momento em que se fala.

O europeu chegou ao Novo Mundo com uma bagagem repleta de superstições e preconceitos e

atirou-se às conquistas, sob a justificativa de estar a serviço de Deus e de Sua Majestade.

b) A forma composta expressa um processo passado que se repetiu ou se repete até o presente.

Não tenho estudado música.

Pretérito mais-que-perfeito

a) Expressa um fato passado, que ocorreu antes de outro, também passado. Portanto, o mais-que-

perfeito exprime um fato duplamente passado.

é passado em relação ao momento em que se fala;

é passado em relação ao momento em que se realizou outro fato.

Mentiu outra vez ao afirmar que falara tudo ao presidente do clube.

b) Na linguagem literária, pode substituir o futuro do pretérito.

Descrever o abalo que sofreu Inocência ao dar, cara a cara, com Manecão fora impossível.

c) É usado em orações optativas

Quisera entender meu som tropical.

d) Na linguagem coloquial prefere-se a forma composta

Quando eu entrei na sala, o professor já entrara.

Quando eu entrei na sala, o professor já tinha entrado.

Futuro do Presente

a) Exprime um fato (realizável ou não) posterior ao momento em que se fala. Portanto, no momento

da fala, o fato é ainda inexistente.

Grêmio terá time completo contra o Penharol.

b) Pode evidenciar incerteza a respeito de um fato presente.

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Aulas 01 a 24

Terá o atual prefeito a mesma ousadia do anterior?

c) Pode substituir o imperativo

com valor categórico

Serás derrotado, meu compadre!

com valor de sugestão

Você fará tudo para ser aprovado no concurso , não é mesmo?

A forma composta pode ser empregada:

a) para indicar que uma ação futura será realizada antes de outra.

Vocês serão vítimas das próprias armadilhas que terão construído.

b) para indicar a certeza de uma ação futura.

Aí sim teremos compensado todos os nossos esforços.

c) para indicar incerteza diante de um fato passado.

Essa última administração terá resolvido os problemas básicos da cidade.

Futuro do Pretérito

a) Expressa um fato futuro em relação a outro já passado.

O proprietário deixou claro que haveria dificuldades.

b) Substitui o presente do indicativo, para atenuar uma ordem ou um pedido.

Pediria que todos se manifestassem a respeito do assunto.

c) Pode ser substituído pelo pretérito imperfeito do indicativo.

Ah! se eu fosse você, eu voltava para mim.

d) Pode expressar incerteza, dúvida, possibilidade.

Seria ele o responsável pelo fracasso da assembléia?

A forma composta é empregada para

a) indicar a possibilidade de um fato passado ter ocorrido.

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Aulas 01 a 24

Presumiu que teria visto o cometa.

b) para indicar incerteza a respeito de um fato passado.

O acidente teria ocorrido na Rodovia dos Bandeirantes?

MODO SUBJUNTIVO

O modo subjuntivo expressa um fato considerado pelo falante como uma possibilidade, um receio, um

desejo.

É possível que tudo se resolva logo.

Em seus diversos tempos, o modo subjuntivo aparece geralmente em orações dependentes, mas

pode ocorrer também em orações independentes.

Não vamos deixar / que a inflação volte.

1ª oração 2ª oração depende da 1ª

Deus te ouça! (oração independente)

TEMPOS DO SUBJUNTIVO

A localização temporal expressa pelos tempos do subjuntivo é menos nítida que a dos tempos do

indicativo. Como geralmente o subjuntivo ocorre numa oração dependente, o tempo empregado vai

depender do tempo verbal da oração principal.

Presente

Nos vários empregos estudados anteriormente, o presente do subjuntivo vai expressar tempo

presente ou futuro, dependendo do tempo do verbo da oração principal.

Usa-se o presente do subjuntivo quando o verbo da oração principal estiver no:

a) presente do indicativo

É inevitável / que cedo ou tarde estas qualidades sejam valorizadas.

b) imperativo

Faça a revisão do carro / para que viaje tranqüilo.

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Aulas 01 a 24

c) futuro do presente

Fará a revisão do carro / para que viaje tranqüilo.

Pretérito Imperfeito

Expressa fatos, presente ou futuro, e ocorre quando o verbo da oração principal estiver no:

a) pretérito imperfeito do indicativo

Desejávamos / que tudo não passasse de um grande engano.

b) pretérito perfeito do indicativo

Desejei / que tudo não passasse de um grande engano.

c) futuro do pretérito

Desejaria / que tudo não passasse de um grande engano.

Pretérito Perfeito

Esse tempo só existe na forma composta. Expressa um fato já ocorrido quando o verbo da oração

principal estiver no presente do indicativo.

Desejo que todo esse sofrimento não tenha sido em vão.

Pretérito Mais - que - perfeito

Esse tempo só existe na forma composta. É empregado para exprimir uma ação que deveria ter

ocorrido no passado, anterior a outro fato, também passado. Ocorre quando o verbo da oração

principal estiver no pretérito imperfeito do indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo.

Queria que ela tivesse saído do colégio.

Ficaria feliz se elas houvessem saído do colégio.

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Aulas 01 a 24

Futuro

A forma simples é empregada em orações que expressem um fato eventual, hipotético. Aparece

apenas em orações dependentes, junto com orações principais que tenham verbo no presente ou no

futuro.

Vou se quiser. (indica condição) Irei se quiser.

Vou como quiser. (indica modo) Irei como quiser.

Vou quando quiser. (indica tempo) Irei quando quiser

A forma composta expressa um fato que será concluído no futuro, em relação a outro fato, também

futuro.

Só ficarei sossegado quando tiverem terminado a reforma da casa.

MODO IMPERATIVO

No imperativo o falante dirige-se a um ouvinte na tentativa de fazer com que este realize o processo

expresso pelo verbo. Portanto, o imperativo exprime:

a) ordem

Saiam já da quadra - ordenou o inspetor de alunos.

b) conselho

Olhe; um conselho: faça-se forte aqui, faça-se forte.

c) solicitação

Por favor, chegue mais perto do microfone.

d) súplica

Ó máquina, orai por nós.

e) sugestão

Não grite com ele, que tudo dará certo.

O imperativo pode ser substituído

a) por interjeição

Silêncio!

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Aulas 01 a 24

b) pelo presente do indicativo

Você aí, me diz a verdade...

c) pelo futuro do presente

Não matarás.

d) pelo imperfeito do subjuntivo

E se todos falassem mais baixo?

e) pelo infinitivo

Não virar à esquerda.

f) pelo gerúndio

Circulando! Circulando! A polícia chegou.

CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS

1. Quanto à função

Quanto à função, o verbo pode ser auxiliar ou principal.

Verbo auxiliar é aquele que, perdendo seu significado próprio, é utilizado para auxiliar a

conjugação de outro, chamado de verbo principal.

- Não parece que ela está rindo?

Os auxiliares mais comuns são: ter, haver, ser e estar.

Alguns verbos podem funcionar, ocasionalmente, como auxiliares: ir, vir, andar.

Compare as duas frases:

Ele anda a pé. (andar - verbo principal)

Ele anda falando mal de todo mundo. (andar - verbo auxiliar)

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Aulas 01 a 24

Compare ainda:

Ela queria mais espaço para dançar.

(queria - verbo principal)

Curiosos queriam ver as tartaruguinhas.

(queria - verbo auxiliar)

2. Quanto à flexão

a) Regulares

São aqueles que seguem um paradigma, isto é, um modelo de conjugação.

O radical desses verbos permanece inalterado em todas as formas. Exemplos de verbos regulares:

amar, falar, comprar, vender, partir.

amo, amas, amássemos, amarei, amado...

venço, vencerei, venceríamos, vencestes...

b) Irregulares

São aqueles que não seguem o paradigma dos verbos de sua conjugação, sofrendo alterações no

radical ou na terminação. São irregulares, por exemplo, os verbos fazer, dar, pedir, ir, poder, etc.

faço, fiz, feito

posso, podes, poderíamos

c) Anômalos

São os que, durante a conjugação, apresentam radicais distintos. Existem apenas dois:

Ser (sou, és, fui)

Ir (vou, ia, fui)

d) Defectivos

São aqueles que não são conjugados em todos os tempos, modos e pessoas. Os principais são

estes:

1) todos os verbos impessoais e unipessoais;

2) adequar e precaver, que só se conjugam nas formas rizotônicas;

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Aulas 01 a 24

3) computar, que não possui a 1ª, a 2ª e a 3ª pessoa do singular do presente do indicativo e,

conseqüentemente, todo o presente do subjuntivo e todo o imperativo negativo; do imperativo

afirmativo só possui esta pessoa: computai;

4) viger, que só se conjuga nas pessoas que mantêm a vogal temática E; é mais usado nas terceiras

pessoas, do singular e do plural;

5) feder e soer, que não possuem a 1ª pessoa do singular do pres. do ind. e, conseqüentemente,

todo o pres. do subj. e todo o imperativo negativo;

6) reaver, derivado de haver, que só se conjuga nas formas em que este conserva a letra V;

7) abolir, falir e uma série de outros da 3ª conjugação .

Classificam-se os verbos da 3ª conjugação em dois grandes grupos:

1º - os que seguem a conjugação de abolir, que não possui a 1ª pessoa do singular do presente do

indicativo e, conseqüentemente, todo o presente do subjuntivo e todo o imperativo negativo

Indicativo, presente (- , aboles, abole, abolimos, abolis, abolem)

Imperativo afirm. (abole, aboli)

Os principais verbos que seguem essa conjugação são: aturdir, banir, bramir, brunir, carpir, colorir,

comedir, delinqüir, delir, demolir, descomedir, desmedir, esculpir, exaurir, explodir, extorquir, fremir,

fundir, jungir, pungir, refulgir, retorquir, ruir, urgir.

2º - os que seguem a conjugação de falir, que só se usa nas formas arrizotônicas, não possuindo

também todo o presente do subjuntivo e todo o imperativo negativo.

Indicativo, presente (falimos, falis)

Imperativo afirmativo. (fali)

Os principais verbos que seguem essa conjugação são: adir, aguerrir, combalir, embair, emolir,

empedernir, esbaforir-se, escandir, espavorir, florir, foragir-se, garrir, rangir, reflorir, remir, renhir,

ressarcir, ressequir, e transir.

e) Abundantes

São aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes. Geralmente essas formas aparecem

no particípio. Ex.: havemos, e hemos, haveis e heis, acendido e aceso, soltado e solto.

Dos particípios, o que termina em -do é regular; o outro é irregular.

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Aulas 01 a 24

Os particípios regulares são usados na voz ativa, ou seja, com ter e haver; os irregulares são

empregados na voz passiva, ou seja, com ser, estar, ficar, etc.; nem sempre, porém, a língua

contemporânea segue tal norma.

O deputado tinha aceitado um acordo; depois arrependeu-se.

O acordo foi aceito pelo deputado.

Já estava aceito o acordo quando ele se arrependeu.

Com os auxiliares:

Ter e Haver - emprega-se o particípio regular.

Ex: Minha mãe já havia fritado os ovos.

Ser e Estar – emprega-se o particípio irregular.

Ex: Os ovos já estão fritos.

Observações:

Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver, vir e seus derivados possuem apenas o

particípio irregular: aberto, coberto, dito, escrito, feito, posto, visto, vindo.

1. Na língua contemporânea, há uma certa tendência pelo uso dos particípios irregulares, o que

justifica o desuso de ganhado, gastado e pagado.

3. Quanto à existência ou não do sujeito.

a) Pessoais

São aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou explícito. A maior parte dos verbos de

nossa língua são pessoais.

O Nino apareceu na porta.

b) Impessoais

São aqueles que não se referem a qualquer sujeito implícito ou explícito. Esses verbos são utilizados

sempre na 3ª pessoa. Consideram-se como impessoais:

1. verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, nevar, ventar, etc.

Garoava na madrugada roxa.

(Alcântara Machado)

2. o verbo haver, no sentido de existir, ocorrer, acontecer.

Houve um espetáculo ontem.

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Aulas 01 a 24

Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos claros. (Bernardo Élis)

Há alunos na sala.

3. o verbo fazer, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico.

Fazia dois anos que eu estava casado.

Faz muito frio nesta região.

OBS.: Alguns desses verbos podem ser empregados em sentido figurado. Nesse caso, são pessoais,

uma vez que podem apresentar sujeito.

O orador trovejava ameaças.

Choveram canivetes.

TEMPOS PRIMITIVOS E DERIVADOS

1. Derivados do presente do indicativo:

a) Presente do subj. (1ª. conj: e-es-e-emos-eis-em, 2ª. e 3ª. conj: a-as-a-amos-ais-am)

b) Imperativo afirmativo (tu e vós = Presente indic. menos o S / você,nós, vocês = Presente subj.)

c) Imperativo negativo - (exatamente igual ao Presente do subjuntivo).

Observe o quadro:

Derivados do Presente do Indicativo

Presente do

Indicativo

Imperativo Afirmativo Presente do

Subjuntivo

Imperativo Negativo

radical da 1ª pessoa do presente do indicativo

Faç o xxxxxxxxxxxxx faça xxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Fazes Faze tu faças Não faças tu

Faz Faça você faça Não faça você

Fazemos Façamos nós façamos Não façamos nós

Fazeis Fazei vós façais Não façais vós

Fazem Façam vocês façam Não façam vocês

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Aulas 01 a 24

Exercite

Verbo:

Presente Indicativo. Imperativo Afirmativo Presente subjuntivo Imperativo negativo

Imperativo Afirmativo Pronomes Correspondente Imperativo Negativo (não)

eu não há ----- eu não há

tu pres. (ind.) -s te, teu (s), tua (s) tu pres. (subj..)

você pres. (subj.) lhe, se, seu, sua você pres. (subj.)

nós pres. (subj.) nos, conosco, nosso nós pres. (subj.)

vós pres. (ind.) -s vos, convosco, vosso vós pres. (subj.)

vocês pres. (subj.) lhes, se, seus, suas vocês pres. (subj.)

Uniformidade de Tratamento

Quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa

do tratamento escolhido inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de você,

não poderemos usar o te ou teu, e os verbos vão para a 3a pessoa.

Frase errada:

Medi vossas forças antes de te entregar à luta.

Frase correta:

Medi vossas forças antes de vos entregardes à luta.

2. Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo

a) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo (tema + ra, ras, ra, ramos, reis, ram)

b) Pretérito imperfeito do subjuntivo (tema + sse, sses, sse, ssemos, sseis, ssem)

c) Futuro do subjuntivo (tema + r, res, r, rmos, rdes, rem)

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Aulas 01 a 24

Observe:

Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo

Pret. Perfeito

do indicativo

Pret. Mais-que-Perf.

do indicativo

Pret. Imperfeito

do subjuntivo

Futuro do subjuntivo

tema do pretérito perfeito (2ª. pessoa do singular) menos -STE

fiz fize ra fize sse fize r

fizeste fize ras fize sses fize res

fez fize ra fize sse fize r

fizemos fizé ramos fizé ssemos fize rmos

fizestes fizé reis fizé sseis fize rdes

fizeram fize ram fize ssem fize rem

EXERCITE

Verbo:

Pret.Perfeito indicativo Pret.Mais-que-perfeito ind Pret.Imperfeito subjuntivo Futuro subjuntivo

3. Derivados do Infinitivo

a) Pretérito Imperfeito Indicativo (radical + ava,avas,ava,ávamos,áveis,avam 1ª.conj.)(radical +

ia,ias,ia,íamos,íeis, iam - 1ª. e 2ª. conj.);

b) Futuro do Presente (tema + rei, rás, rá, remos, reis, rão);

c) Futuro do Pretérito (tema + ria, rias, ria, ríamos, ríeis, riam);

d) Particípio (radical + ado - 1ª. conj. / radical + ido - 2ª. e 3ª. conj.

e) Gerúndio (tema + ndo )

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Aulas 01 a 24

Observe:

Derivados do Infinitivo - 1ª. Conjugação

radical tema

cant -ar canta - r

cant-ado cant ava canta rei canta ria

cant avas canta rás canta rias

cant ava canta rá canta ria

cant ávamos canta remos canta ríamos

cant áveis canta reis canta ríes

cant avam canta rão canta riam

Derivados do Infinitivo - 2ª. e 3ª. conjugações

radical tema

pod er / ped ir pode r / pedi r

pod

ido

pod ia ped ia pode rei pedi rei pode ria pedi ria

pod ias ped ias pode rás pedi rás pode rias pedi rias

pod ia ped ia pode rá pedi rá pode ria pedi ria

pod íamos ped

íamos

pode remos pedi

remos

pode

ríamos

pedi ríamos

ped

ido

pod íeis ped íeis pode reis pedi reis pode ríeis pedi ríeis

pod iam ped iam pode rão pedi rão pode riam pedi riam

Observações:

1. Os verbos fazer, dizer e trazer, bem como seus derivados, perdem a sílaba “zê’’ no futuro do

presente e no futuro do pretérito. farei (fazerei); direi (dizerei), trarei (trazerei) faria (fazeria); diria

(dizeria); traria (trazeria)

2. Os verbos ter, vir e pôr, seus derivados, têm desinências próprias para o pretérito imperfeito do

indicativo: tinha (e não tia); vinha (e não via); punha (e não poía).

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Aulas 01 a 24

EXERCITE

Verbo:

Infinitivo: Pret.Imperfeito indic. Futuro do Presente Futuro do Pretérito

Particípio:

Gerúndio:

CORRELAÇÃO ENTRE TEMPOS:

Usa-se FUTURO DO PRESENTE > FUTURO DO SUBJUNTIVO

Cumpriremos o acordo, se ele mantiver a palavra.

Usa-se o FUTURO DO PRETÉRITO > PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO

Cancelaríamos o passeio, se chovesse.

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Aulas 01 a 24

ADVÉRBIO

Advérbios são palavras modificadoras do verbo. Servem para expressar as várias circunstâncias que

cercam a significação verbal. Alguns advérbios, chamados de intensidade, podem também prender-

se a adjetivos, ou a outros advérbios, para indicar-lhes o grau: muito belo (= belíssimo), vender muito

barato (= baratíssimo).

Alguns há, até, que não acompanham a verbos, mas somente a adjetivos e Advérbios – tais como,

tão, quão, que, em frases assim:

Nunca vi olhos tão lindos.

Quão belas estás!

Porque chegaste tão cedo?

Atente-se especialmente para o advérbio de intensidade QUE, figurante em frases exclamativas

como estas.

Que generoso coração!

Que lua maravilhosa!

Classificação

Distribuem-se os advérbios pelas seguintes espécies:

1. de dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente,eventualmente, etc

2. de intensidade: muito, pouco, assaz, bastante, demais, excessivamente, demasiadamente, etc.

3. de lugar: abaixo, acima, além, aí, ali, aqui, cá, dentro, lá, avante, atrás, fora, longe, perto, etc.

4. de modo: bem, mal, assim, etc.(e muitos adjetivos adverbializados com o sufixo mente ou sem ele)

5. de tempo: ainda, agora, amanhã, ontem, logo, já, tarde, cedo, outrora, então, antes, depois,

imediatamente, anteriormente, diariamente, etc.

Locução adverbial:

Duas ou mais palavras que funcionem como um advérbio constituem uma locução adverbial: às

vezes, às cegas, às claras, às escondidas, às pressas, às tontas,de propósito, de frente, de repente,

de um golpe, de viva voz, em mão (e não em mãos), por atacado, por milagre.

Advérbios-Relativos

São os advérbios onde, quando, como -, empregados com antecedente, em orações adjetivas.

Fica ali a encruzilhada / onde ergueram uma cruz de pedra.

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Aulas 01 a 24

Era no tempo/ quando os bichos falavam...

Merece elogios o modo / como trata os mais velhos.

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Aulas 01 a 24

CLASSES GRAMATICAIS (EMPREGO)

SUBSTANTIVO

O substantivo é uma das classes de palavras essenciais da língua. É responsável pela nomeação

de seres e coisas que estão à nossa volta, bem como de nossos sentimentos e idéias. Além disso, é

essencial para atender à necessidade humana de ordenar, classificar, distinguir, hierarquizar, etc.

Sem os substantivos, como faríamos, por exemplo, para nos referirmos a seres distintos, como o

peixe e o homem, a terra e o mar, o sal e o mel?

Os mais terríveis monstros não estão na África; estão nos países em guerra.

Toda palavra que venha antecedida de artigo é um substantivo: o não, o saber, o CEASA.

ADJETIVO

Assim como os substantivos designam, organizam, distinguem e hierarquizam os seres que estão

à nossa volta, ou nossos sentimentos e desejos, os adjetivos também participam dessa tarefa,

modificando os substantivos, atribuindo-lhe características específicas.

Desse modo, no plano da linguagem, é por meio de adjetivos que distinguimos realidades diversas

como mar limpo de mar poluído; direito preservado de direito ultrajado; criança protegida de

criança abandonada.

A mulher perdoa a fealdade, os cabelos brancos e as doenças repugnantes; mas o que nunca a

mulher perdoa é a estupidez.

A anteposição ou a posposição de alguns adjetivos aos substantivos implica mudança de sentido.

alto funcionário ( funcionário de posição elevada)

Funcionário alto (funcionário de elevada estatura)

comum acordo (acordo relativo a todos)

acordo comum (acordo corriqueiro)

pobre gente (gente infeliz)

gente pobre (gente sem recursos)

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Aulas 01 a 24

Alguns nomes são pronomes adjetivos quando antepostos aos substantivos e adjetivos puros

quando pospostos; nesse caso há mudança de significado.

certo homem (determinado homem)

homem certo (homem adequado)

diversos modelos (alguns modelos)

modelos diversos (modelos diferentes)

todo homem (qualquer homem)

homem todo (homem inteiro)

É comum usar-se o adjetivo com valor de substantivo. Para tanto, basta fazê-lo anteceder de um

artigo.

O brasileiro é um apaixonado do futebol.

ARTIGO

Os artigos não são meros acompanhantes dos substantivos. Quase sempre o uso ou a falta dos

artigos assumem um papel decisivo na precisão do sentido que se pretende dar a um texto. Podem,

por exemplo, particularizar ou generalizar, como em Gostaria de ter um filho novamente / Gostaria de

ter o filho novamente; podem se referir à parte ou ao todo, como em A comissão foi formada por

moradores da rua (alguns) / A comissão foi formada pelos moradores da rua (todos)

Mal começaram a existir a prudência e a perspicácia, nasceu a hipocrisia.

EMPREGO:

1. Não se usa artigo antes de nomes ou expressões de sentido generalizado.

Amor é sacrifício. Avareza não é economia.

2. Outro, em sentido determinado, é precedido de artigo; não, quando indeterminado:

Fiquem dois aqui; os outros podem ir.

Uns estavam atentos; outros conversavam.

3. Emprega-se o artigo definido com o superlativo

Não consegui resolver as questões mais difíceis.

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Aulas 01 a 24

Obs.: Considera-se errada, neste caso, a repetição do artigo.

Não consegui resolver as questões as mais difíceis.

4. Repete-se o artigo:

Nas oposições entre pessoas e coisas: o rico e o pobre, a alegria e a tristeza.

Na qualificação antonímica do mesmo substantivo: O bom e o mau ladrão, o homem antigo e o

moderno, o Novo e o Velho Testamento.

Na distinção de gênero e número: o patrão e os operários, o genro e a nora.

5. Não se repete o artigo:

Quando há sinonímia, indicada pela explicativa ou: a botânica ou fitologia.

Quando adjetivos qualificam o mesmo substantivo: a clara, persuasiva e discreta exposição dos

fatos.

6. Nomes de continentes, países, regiões, montes, rios, mares, constelações, etc., usam-se com o

artigo:

a América, o Brasil, os Andes, o São Francisco, a Via-Láctea

Dizemos: o Sol, a Terra, a Lua. MAS: Saturno, Marte, Netuno, etc

7. Casa, significando lar, não sofre determinação, como se vê nas frases seguintes :

Fique em casa. / Não saio de casa.

8. É obrigatório o emprego do artigo definido entre o numeral ambos e o substantivo a que se refere.

O juiz solicitou a presença de ambos os cônjuges.

9. Não se emprega artigo diante da maioria dos nomes de lugar.

Passaram o carnaval em Salvador. / Brasília é a capital da República.

Obs.: Se o nome de lugar vier qualificado, o uso do artigo será obrigatório.

A bela Florianópolis é capital de Santa Catarina. / Estavam na Roma antiga.

10. É facultativo o emprego do artigo definido diante dos pronomes possessivos.

Deixaram meu livro na sala. = Deixaram o meu livro na sala.

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Aulas 01 a 24

NUMERAL

Numeral é a palavra que expressa quantidade exata de pessoas ou coisas ou o lugar que elas

ocupam numa determinada seqüência.

Em textos, sempre que possível, devem ser empregados os numerais. Entretanto, números de

telefone, datas, dados estatísticos e outros costumam ser escritos em algarismos.

Às vezes, é difícil precisar se a palavra um é artigo ou numeral. Nesses casos, somente o contexto

pode resolver a dúvida. Se a intenção de quem fala ou escreve é informar a quantidade precisa de

alguma coisa, trata-se de um numeral. Se a intenção é generalizar ou dar uma idéia vaga do

substantivo, trata-se de artigo indefinido. Quando o contexto não é claro, não se consegue

depreender a intenção do falante. Conseqüentemente, torna-se impossível precisar a classe

gramatical da palavra um.

Posição dos ordinais

Os ordinais colocam-se antes ou depois do substantivo, preferentemente antes, quando se quer

designar as partes antes do todo.

No quinto mês do ano.

O primeiro século depois de Cristo.

Mas também se diz:

A invasão dos árabes foi no século oitavo.

Na nomenclatura de Papas, reis e na designação dos séculos, capítulos, etc., usam-se os ordinais

até décimo,e, daí por diante, as formas cardinais, quando houver posposição:

Capítulo terceiro. // D.João I (primeiro) // Pio nono.

Mas:

Capítulo XIII (treze) // Luís XV (quinze) // Século XX (vinte)

Anteposto, é de rigor a forma própria ordinal: o trigésimo capítulo, o décimo quinto século.

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Aulas 01 a 24

PRONOME

1.Definição: É a palavra variável em gênero, número e pessoa que representa ou acompanha o

substantivo, indicando-o como pessoa do discurso.

Representa o substantivo Acompanha o substantivo

Ele chegou. Convidei-o Esta casa é antiga. Alguns amigos virão aqui.

2. Classificação dos pronomes:

*PESSOAIS: retos: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas as formas oblíquas me, mim, comigo, etc;

e os de tratamento Você. Senhor (a), Vossa Senhoria, Vossa Excelência, e outros.

*POSSESSIVOS: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexões;

*DEMONSTRATIVOS: este, esse, aquele, e flexões, isto, isso, aquilo, o, a;

*RELATIVOS: o qual, cujo, quanto e flexões, que, quem onde;

*INDEFINIDOS: algum, nenhum, todo, muito, pouco, certo, tanto, quanto, qualquer, vários e

flexões, alguém, ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo;

*INTERROGATIVOS: que, quem, qual, quanto, empregados em frases interrogativas.

3. Emprego dos PRONOMES PESSOAIS

Número Pessoa Pronomes Pronomes Oblíquos

Retos Átonos Tônicos

Singular

1ª.

2ª.

3ª.

eu

tu

ele / ela

me

te

se, lhe,o,a

mim, comigo

ti, contigo

si, consigo

Plural

1ª.

2ª.

3ª.

nós

vós

eles / elas

nos

vos

se, lhes, os, as

conosco

convosco

si, consigo

3.1. O pronomes retos desempenham a função de sujeito e os pronomes oblíquos a função de

complementos.

Eles ainda não nos convocaram para a reunião.

pronome pronome

reto oblíquo

Sujeito Complemento

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Aulas 01 a 24

OBSERVAÇÕES:

a) Considera-se errado o emprego dos pronomes retos como complementos.

ERRADO: Convocaram ele para a reunião.

CORRETO: Convocaram-no para a reunião.

b) Os pronomes retos (exceto eu e tu), quando precedidos de preposição, passam ter função de

complemento.

Informaram a eles o real motivo da viagem.

Disseram a nós que voltariam cedo.

Deixaram para elas sua fortuna.

3.2. Os pronomes oblíquos O, A, OS, AS, colocados depois dos verbos, tomam as formas:

a) LO, LA, LOS, LAS, quando os verbos terminarem em R, S, Z.

Vou buscar meus direitos. Vou buscá-los.

Vimos a cena. Vimo-la.

Faz as contas. Fá-las.

b) NO, NA, NOS, NAS, quando os verbos terminarem em M, ÃO, ÕE.

Fizeram as provas. Fizeram-nas.

Põe o chapéu aqui. Põe-no aqui.

Dão o dinheiro como perdido. Dão-no como perdido.

3.3. Os pronomes O, A, OS, AS são empregados como complementos de verbos transitivos

diretos e LHE e LHES são empregados como complemento de verbos transitivos indiretos.

ERRADO CERTO

Eu lhe vi ontem. Eu o vi ontem.

Nunca o obedeci. Nunca lhe obedeci.

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Aulas 01 a 24

3.4. Os pronomes oblíquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados como reflexivos, isto é, referir-

se ao sujeito da oração a que pertence.

Ela feriu-se. (pronome se > ela)

Cada um faça por si mesmo a redação. (pronome si > cada um)

O professor trouxe as provas consigo. (pronome consigo > professor)

ERRADO: CERTO

Querida, gosto muito de si. Querida gosto muito de você.

Precisamos falar consigo. Precisamos falar com você.

3.5. Os pronomes conosco e convosco usados normalmente nas formas sintéticas, devem ser

usados analiticamente quando vierem seguidos de palavra de reforço: todos, mesmos, próprios, etc.

Eles sairão conosco hoje. Participou com nós três da gincana.

3.6. EU ou MIM / TU ou TI

* Empregam-se as formas eu ou tu:

a) depois das preposições acidentais: afora, fora, exceto, menos, salvo, segundo, etc

Todos saíram de casa, menos eu.

b) como sujeito de verbos no infinitivo, por isso podem ficar ocultos.

Estes documentos são para eu analisar. (Estes documentos são para analisar.)

* Emprega-se as formas mim ou ti:

a) depois de preposições essenciais, como complementos.

Ninguém irá sem mim. Nada havia para mim.

O conhecimento que tenho de ti é supérfluo.

Era difícil para mim aceitar o fato.

b) Com a preposição ENTRE também se usa MIM ou TI.

Nada houve entre mim e ela.

3.7. As formas de tratamento VOSSA EXCELÊNCIA, VOSSA SENHORIA, etc., assim como VOCÊ,

SENHOR (A) exigem pronomes e verbos na 3ª. pessoa

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Aulas 01 a 24

Obs.:

usa-se Vossa – falando com

usa-se Sua – falando de

Ex. Vossa Excelência faz um governo democrático, o que justifica sua popularidade.

Falei com Sua Excelência, o prefeito.

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Aulas 01 a 24

SINTAXE DE COLOCAÇÃO

COLOCAÇÃO DE PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS

Os pronomes oblíquos podem ser colocados em três posições:

Próclise – antes do verbo

Jamais me esquecerei de você.

Ênclise – depois do verbo

O gerente lembrou-lhe o dia do contrato.

Mesóclise – no meio do verbo

Avisar-lhe-ei a hora da partida.

PRINCÍPIOS BÁSICOS

1. Desde que não inicie oração, a colocação do pronome antes do verbo estará, quase sempre,

correta.

As competições se iniciaram na hora marcada.

Observação:

O pronome átono, no entanto, pode iniciar orações interferentes.

As férias de julho, me diziam as crianças, foram as melhores.

2. Depois dos infinitivos invariáveis, a colocação será correta, mas não obrigatória.

Não lhe dizer a verdade, será pior.

Não dizer-lhe a verdade, será pior.

3. É proibida a colocação do pronome depois de verbos no particípio, no futuro de presente ou no

futuro do pretérito.

Tenho dedicado- me ao trabalho.(incorreto)

Tenho – me dedicado ao trabalho. (correto)

Avisarei-te assim que chegarem. (incorreto)

Avisar-te- ei assim que chegarem.(correto)

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Aulas 01 a 24

PRÓCLISE

Casos Obrigatórios

1. Orações negativas, exclamativas, interrogativas e optativas

Ninguém o chamou aqui.

Como te iludes! Meu amigo.

Onde nos informarão a hora certa?

Bons ventos o levem. (!)

2. Orações subordinadas com a conjunção clara ou subentendida.

O resultado será divulgado hoje, segundo me informaram.

Solicitamos nos informem o resultado. (que nos informem)

3. Com pronomes substantivos:

a) Indefinidos – Todos nos elogiavam, mas ninguém nos defendia.

b) Relativos – O “artista” a quem te referes é o Tiririca.

c) Interrogativos – Quando me convencerás desta necessidade.

d) Demonstrativo – Isto me pertence.

4. Com advérbios de qualquer tipo.

Talvez lhe interesse este produto.

Lá nos acusam de fraqueza.

Depois o informaremos do objetivo da reunião.

5. Com o gerúndio preposicionado (prep EM + gerúndio)

O zagueiro adversário, em se defendendo, cortou-lhe a frente.

6. Com verbos no infinitivo flexionado.

Não serás criticado por me dizeres a verdade.

Próclise Facultativa

1. Estando o sujeito expresso

Os alunos se arrependeram / arrependeram-se de não terem estudado.

2. Com infinitivos invariáveis

O meu propósito era não lhe obedecer / obedecer- lhe mais.

3. Com as orações coordenadas sindéticas

Ela chegou e me perguntou / perguntou – me pelo filho.

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Aulas 01 a 24

ÊNCLISE

Casos Obrigatórios

1. Períodos iniciados por verbo

“Vai-se a primeira pomba despertada!”

2. Pronomes o, a, os, as – seguidos de infinitivos com as preposições “a” e “por”.

Sabe ele se tornará a vê- los algum dia?

Encontrei a madrasta a maltrata- las.

Ansiava por encontra- lo.

3. Orações imperativas afirmativas

Procure suas amigas e convide-as.

MESÓCLISE

A mesóclise será obrigatória com verbos no futuro do indicativo, desde que não haja caso de

próclise obrigatória.

Afinal, ter – se – ão obtido os melhores resultados.

Encontrar- nos – íamos ainda uma vez

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS

1. Não havendo caso de próclise: será livre a colocação

O diretor nos deve oferecer o prêmio.

O diretor deve-nos oferecer o prêmio.

O diretor deve oferecer- nos o prêmio.

2. Havendo caso de próclise: o pronome será colocado antes ou depois da locução verbal, isto é,

não poderá ficar entre os verbos.

O rapaz não se deve casar hoje.

O rapaz não deve casar-se hoje.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NOS TEMPOS COMPOSTOS

Os pronomes se juntam ao verbo auxiliar e jamais ao particípio.

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Aulas 01 a 24

Os presos tinham-se revoltado.

Haviam – no declarado vencedor.

OBSERVAÇÃO:

A sintaxe Brasileira, isto é, a colocação do pronome oblíquo “solto” entre os verbos, mesmo

havendo fatores de próclise, vem sendo consagrada por escritores e gramáticos de renome, mas

ainda não foi definitivamente aceita pelos padrões clássicos da língua.

Os alunos ainda não tinham nos informado a data.

Numa prova de concurso, deve-se optar pela colocação tradicional:

Os alunos ainda não nos tinham informado a data.

PRONOME DEMONSTRATIVO

São pronomes que situam o ser no espaço, no tempo e no contexto lingüístico, tomando como

ponto de referência as três pessoas gramaticais.

QUADRO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Variáveis Invariáveis

este, esta, estes, estas isto

esse, essa, esses, essas isso

aquele, aquela, aqueles, aquelas aquilo

EMPREGO

1. Indicar posição espacial do termo a que se referem, em relação às pessoas gramaticais.

a) este, esta, isto indicam que o ser está perto do falante.

Ex.: ...sempre que cruzo este rio

costumo tomar a ponte... (João Cabral de Melo Neto)

1ª pessoa (este aqui)

b) esse, essa, isso indicam que o ser está perto do ouvinte.

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Aulas 01 a 24

Ex.: ...sempre que cruzo esse rio

costumo tomar a ponte...

2ª pessoa (esse aí)

c) aquele, aquela, aquilo indicam que o ser a que se refere o pronome está longe do falante e do

ouvinte.

Ex.: ... sempre que cruzo aquele rio

costumo tomar a ponte...

3ª pessoa (aquele lá)

2. Indicar posição temporal

a) este, esta, isto indicam o tempo presente em relação ao falante.

Ex.: A concorrência também aumentou: no ano passado, eram 12 candidatos por vaga. Este ano são

13.

b) esse, essa, isso indicam o tempo passado ou o futuro pouco distantes em relação à pessoa que

fala.

Ex.: Procurei Frederico Paciência essa noite e contei tudo.

c) aquele, aquela, aquilo indicam tempo muito distante em relação ao falante.

Ex.: Durante todo aquele tempo em que fui aluno de um colégio de padres, aqui no Rio, ia à missa

dominical.

1. Indicar a posição textual do referente, ou seja, se o referente já apareceu no texto ou ainda

aparecerá.. É a função mais importante dos demonstrativos, pois contribui para a articulação do texto.

a) esse, essa, isso, empregados de preferência para situar o que já foi anteriormente expresso no

enunciado.

Ex.: Fazem parte do nosso dicionário palavras como poluente, entulho, resíduo, tóxico, efluente. (...)

Esses termos surgiram junto com a sociedade do bem-estar.

b) este, esta, isto para introduzir uma informação nova no enunciado.

Ex.: O fato é este: nos matadouros e em todo lugar onde se mata um animal para comer (...) essa

eliminação é feita de modo cruel.

É isto: estou cansado de mim, não me agüento mais.

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Aulas 01 a 24

Observação:

Quando se retomam dois dados já enunciados numa frase, utilizamos aquele para o termo

mencionado em primeiro lugar e este para o termo mencionado em último lugar.

Ex.: ... tudo ele podia esperar: a liberdade ou a morte, mais esta do que aquela.

Rio de Janeiro e Salvador são belas cidades; aquela é caracterizada pelas belas praias que possui;

esta pela comida típica.

PRONOMES POSSESSIVOS

São os que dão idéia de posse, em relação às pessoas do discurso.

Elisabete chegou com nossos filhos.

Os pronomes pessoais me, te, nos, vos, lhe (e variação) podem aparecer indicando posse,

embelezando o estilo.

Rasgaram-me a camisa. = Rasgaram a minha camisa.

Roubaram-nos o dinheiro. = Roubaram o nosso dinheiro.

O possessivo seu (e variações) pode causar ambigüidade de sentido.

Manuel foi ao cinema com sua mãe.

Mãe de Manuel ou da mãe da pessoa com quem se está falando? Para evitar a ambigüidade, usam-

se as formas dele (e variações), de você ou do senhor.

Os pronomes possessivos geralmente vêm anteposto ao substantivo; quando se pospõem, podem

mudar de significado a expressão de que fazem parte.

Suas notícias chegaram = notícias transmitidas por você(s)

Tivemos notícias suas = notícias a respeito d e vocês.

Em caso de concordância

Um só possessivo pode determinar vários substantivos, em concordância com o que lhe esteja mais

próximo.

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Aulas 01 a 24

Nossa culpa e arrependimento. // Teus anseios e esperanças.

Em expressões de tratamento

Sua, Vossa: usa-se Vossa Excelência (em tratamento direto), Sua Excelência (em referência):

A Vossa Excelência remeto, nesta data, os dados que recolhi.

Estive com Sua Senhoria em seu escritório.

PRONOMES INDEFINIDOS

São os que se referem a 3ª pessoa de modo vago ou impreciso.

Alguém entrou no recinto.

Em frases negativas, algum (e variações), posposto ao nome, passa a ter valor de nenhum (ou

variações)

Não tenho dinheiro algum.

Todo, no singular e junto de artigo, significa inteiro; sem artigo, significa qualquer.

Todo o edifício será pintado = O edifício inteiro será pintado

Todo edifício será pintado = Qualquer edifício será pintado.

Seguido de numeral , todos somente aceita artigo quando há substantivo expresso: todos os três

relógios, todas as cinco meninas. Não vindo expresso o substantivo, dispensa-se o artigo.

Encontrei casualmente na rua: Paschoal, Ivã e Luísa; todos três são velhos e bons amigos.

PRONOMES RELATIVOS

Pronomes relativos são aqueles que retomam um termo da oração que já apareceu antes

(antecedente) projetando-o em outra oração.

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Aulas 01 a 24

As tradições populares brasileiras falam no curupira.

O curupira tem corpo de menino e pés virados para trás.

As tradições populares brasileiras falam no curupira que tem corpo de menino e pés virados para

trás.

Os pronomes relativos são os seguintes:

Variáveis: o qual, a qual, os quais, as quais

cujo, cuja, cujos, cujas

quanto , quanta, quantos, quantas

Invariáveis: que, quem, onde, como

Emprego dos pronomes relativos

Os pronomes relativos virão antecedidos de preposição se a regência verbal assim determinar.

Este é o autor a cuja obra me refiro.

(referir-se a algo)

Este é o autor de cuja obra gosto.

(gostar de algo)

São opiniões em que penso.

(pensar em algo)

O pronome relativo quem é empregado com referência a pessoas.

Não conheço a menina de quem você falou.

Este é o rapaz a quem você se referiu.

Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá sempre precedido de preposição.

Lúcia era a mulher a quem ele amava.

É comum empregar-se o relativo quem sem antecedente claro. Neste caso, ele é classificado como

relativo indefinido.

"Quem nasce lá na Vila / Nem sequer vacila" (Noel Rosa)

(Aquele que nasce lá na Vila...)

O pronome relativo que pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas.

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Aulas 01 a 24

Não conheço o rapaz que saiu.

Esta é a casa que comprei.

O pronome relativo que é empregado quando precedido de preposição monossilábica. Com as

preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões)

Esta é a pessoa de que lhe falei.

Esta é a pessoa sobre a qual lhe falei.

Com as preposições sem e sob , usa-se de preferência o relativo o qual (e flexões).

O professor nos apresentou uma condição sem a qual o trabalho não terá sentido.

Este é o móvel sob o qual ficou escondido o documento.

O pronome relativo que pode ter por antecedente o pronome demonstrativo o (e flexões)

Sei o que estou dizendo.

O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo, equivalendo a do qual (e flexões).

Deve concordar com a coisa possuída e não admite a posposição de artigo.

Esta é a pessoa em cuja casa me hospedei.

(casa da pessoa)

Feliz é o pai cujos filhos são ajuizados.

(filhos do pai)

O pronome relativo quanto (e flexões) normalmente tem por antecedente os indefinidos tudo,

tanto, etc; daí seu valor indefinido.

Falou tudo quanto queria.

Quanto pode ser empregado sem antecedente. Esse emprego é comum em certos documentos

jurídicos.

Saibam quantos lerem este edital...

O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a em que, no qual.

Esta é a casa onde moro.

Não conheço o lugar aonde você irá.

Onde é empregado com verbos que não dão idéia de movimento.

Sempre morei na cidade onde nasci.

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Aulas 01 a 24

Aonde é empregado com verbos que dão idéia de movimento e equivale a para onde, sendo

resultado da combinação da preposição a + onde.

Aonde eu for, virás comigo.

Onde pode ser usado sem antecedente

Fique onde está.

Oração Subordinada Adjetiva - tem a função do adjetivo.

Conector: Pronome Relativo (que=o qual ; quem, cujo, onde)

Assistimos a cenas que deprimem (cenas deprimentes)

1) Restritivas: restringem o sentido do termo a que se referem.

Os homens que são honestos merecem nosso diálogo.

2) Explicativas: tomam o termo a que se referem no seu sentido amplo (à semelhança de um

aposto). Sempre isoladas por vírgulas.

Os homens, que são seres racionais, merecem nosso diálogo.

__________

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Aulas 01 a 24

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Regras Especiais

1. Adjetivo referente a vários substantivos de gêneros diferentes:

quando posposto, concorda com o mais próximo ou fica no masculino plural:

Dedicava-se todo seu tempo ao comércio e à navegação costeira (ou costeiros)

quando anteposto, concorda com o mais próximo, se funcionar como adjunto adnominal; se

predicativo (do sujeito ou do objeto), pode concordar com o mais próximo ou ficar no plural.

Nunca vi tamanho desrespeito e ingratidão.(adjunto adnominal)

Permaneceu fechada a janela e o portão. (predicativo do sujeito)

Encontrei abandonados a sala e o pátio (predicativo do objeto)

2. Dois ou mais adjetivos referentes a um substantivo determinado por artigo admitem duas

concordâncias:

Estudo as línguas italiana e francesa.

Estudo a língua italiana e a francesa.

3. É proibido, é necessário, é preciso, é bom

Quando se refere a sujeito de sentido genérico, o adjetivo fica sempre no masculino singular:

É proibido entrada de estranhos no recinto.

Fruta é bom para a saúde.

Mas, se o sujeito for determinado por artigos ou pronomes, a concordância é feita normalmente

É proibida a entrada

É necessária sua compreensão.

Os adjetivos e as palavras adjetivas (artigos, pronomes adjetivos, numerais) e particípios - concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem.

Os seus dois recentes livros foram lançados no exterior.

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Aulas 01 a 24

4. As palavras bastante, meio , pouco, muito caro, barato, longe, só :

com valor de adjetivo, concordam normalmente com o substantivo

Estas frutas estão caras.

Já é meio-dia e meia (hora)

com valor de advérbio, são invariáveis

A porta, meio aberta, deixava ver o interior da sala.

As frutas custaram caro?

Obs.: A palavra bastante tem dois valores gramaticais. Para distingui-los, lembre-se de que, como

advérbio, ela equivale a "muito, demais" e é invariável; como adjetivo, equivale a "muito(a), muito(as)

e é variável. Observe os exemplos:

Ele conhece bastantes países.

Ele trabalhou bastante neste inverno.

5. Os adjetivos anexo, obrigado, mesmo, próprio, só, incluso, apenso, leso, quite concordam

com o substantivo a que se referem.

Seguem anexas / inclusas as notas promissórias.

Ela mesma providenciou

ATENÇÃO

1) Os advérbios só (equivalente a somente), menos, pseudo e alerta e a expressão em anexo

são sempre invariáveis.

Ela só espera uma nova oportunidade.

Vou tomar um sorvete com menos calorias.

Os vizinhos estavam alerta para impedir a violência.

Leia a carta e veja as fotografias em anexo.

2) Pseudo e todo – usados em termos compostos ficam invariáveis.

A pseudo-sabedoria dos tolos é bem grande.

A fé todo-poderosa que nos guia é nossa salvação.

6. O adjetivo possível , nas expressões superlativas o mais possível, o melhor possível, o menos

possível, o pior possível , concorda em número com o artigo.

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Aulas 01 a 24

Os alimentos eram o mais baratos possível. (ou os mais baratos possíveis)

7. Tal e qual – tal, como todo determinante, concorda em gênero e número com o determinado:

Tal opinião é absurda. // Tais razões não me movem.

Em correlação, tal qual também procedem à mesma concordância.

Ele não era tal quais seus primos.

Os filhos são tais qual o pai.

Os boatos são tais quais as notícias.

8. A olhos vistos

É tradicional o emprego da expressão a olhos vistos no sentido de claramente, visivelmente, em

referência a nomes femininos ou masculinos:

“... padecia calada e definhava a olhos vistos”.

9. Adjetivo composto

Nos adjetivos compostos de dois ou mais elementos referidos a nacionalidades, a concordância em

gênero e número com o determinado só ocorrerá no último adjetivo do composto.

Acordo luso-brasileiro

Lideranças luso-brasileiras.

10. Concordância do pronome

O pronome, como palavra determinante, concorda em gênero e número com a palavra determinada.

Emprega-se o pronome oblíquo os em referência a nome de diferentes gêneros.

“A generosidade, o esforço e o amor ensinaste- os tu em toda a sua sublimidade.”

11. Particípios que passaram a preposição e advérbios

Alguns particípios passaram a ter emprego equivalente a preposição e advérbio (por exemplo:exceto,

salvo, mediante, não obstante, tirante, etc.) e, como tais, normalmente devem aparecer invariáveis.

Entretanto, não se perdeu de todo a consciência de seu antigo valor, e muitos escritores procedem à

concordância necessária.

“Os tribunais, salvas exceções honrosas, reproduziam... todos os efeitos do sistema.”

A língua moderna dá preferência a dizer “salvo exceções” , “salvo a hipótese”.

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Aulas 01 a 24

CONCORDÂNCIA VERBAL

1. SUJEITO SIMPLES

1.1 O verbo concorda com o núcleo do sujeito.

Nós jamais criticamos sua atitude. Molhava a rua uma chuva fria e fina.

1.2 VERBO SINGULAR ou PLURAL

A maior parte de..... singular

A maioria de .......... + Substantivo ou

Grande número de... plural

A maioria dos jovens votou / votaram nas última eleições.

Grande número de pessoas disputou / disputaram os artigos em liquidação.

1.3 VERBO CONCORDA COM NUMERAL

Mais de ..... Verbo

Menos de ..... + Numeral concorda com

Perto de ...... Numeral ou com o

Porcentagens e fracionários ... Substantivo prepos.

Cerca de dez alunos representaram o colégio no congresso.

Mais de um interessado pediu o formulário de inscrição.

* verbo recíproco = plural (agredir-se)

Mais de um torcedor agrediram-se.

Dois terços dos alunos foram aprovados. 80% da torcida eram(ou era) do Coritiba.

Mas Algum de nós deixará de vir? (3a p. sing.)

Qual de vós partirá amanhã?

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Aulas 01 a 24

1.4 VERBO + “SE”

“SE”

Pronome Apassivador

Verbo transitivo direto

+ SE

concordância com o sujeito

paciente.

“SE”

Indeterminação

do sujeito

Verbo transitivo indireto /

Intransitivo ou de ligação

+ SE

concordância na 3ª. pessoa

singular

(complemento regido de

preposição)

Alugam-se automóveis. Precisa-se de formulários contínuos.

.................. ...... Preposição

VTD + SE Sujeito paciente VTI Suj.

verbo plural plural 3ª p. sing. indeterminado

Plastificam-se documentos. Trabalha-se em lugares insalubres.

Procura-se cachorro de estimação. Confiava-se em todos os sócios.

Era-se feliz na infância /

1.5 SUJEITO NOME PRÓPRIO PLURAL

Antecedido de artigo Verbo concorda com artigo(pl.) Os Andes ficam na América do Sul

Os Estados Unidos enviaram auxílio

para o continente africano.

Não antecedido de artigo Verbo fica no singular Santos é o maior porto do Brasil.

Estados Unidos participa da OEA.

1.6 QUAIS + prep. + nós ou vós (concordância na 3ª pessoa plural

QUANTOS + prep. + nós ou vós ou com o pronome- nós /vós)

MUITOS + prep. + nós ou vós

Alguns de nós precisam / precisamos sair daqui.

Quais de vós são / sois os indicados para o prêmio?

Muitos de nós passaremos / passarão no concurso.

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Aulas 01 a 24

1.7. PRONOMES DE TRATAMENTO – concordância na 3ª pessoa (sing / pl.)

Vossa Senhoria deverá nos indicar o vencedor.

Vossas Excelências se esqueceram de assinar os documentos em questão.

1.8 PRONOME RELATIVO QUE

Que concorda com o pronome antecedente.

Fomos nós que falamos para ele ir.

1.9. PRONOME RELATIVO QUEM

Quem concorda na 3a pessoa do singular ou com o antecedente .

Seremos nós quem comprará / compraremos o carro.

1.10. VERBO PARECER + INFINITIVO

Flexiona-se apenas um verbo Os ventos pareciam anunciar o inverno.

Os ventos parecia anunciarem o inverno.

1.11. HAJA VISTA ou HAJAM VISTA (= veja-se)

Haja vista o resultado do concurso, tudo se esclarecerá.

Hajam vista os movimentos grevistas, tudo se modificará.

2. SUJEITO COMPOSTO

2.1. SUJEITO ANTES DO VERBO concordância no plural

O navio e a lancha voltaram ao porto. A guerra e a fome dizimaram a população.

1.2. SUJEITO DEPOIS DO VERBO concordância com o mais próximo ou no plural.

Voltou a lancha e o navio. Ou Voltaram a lancha e o navio.

(concordância atrativa) (concordância gramatical)

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Aulas 01 a 24

2.3. SUJEITO PESSOAS GRAMATICAIS DIFERENTES

Sujeito eu + tu ou ele = nós Verbo 1ª. Pessoa plural

Sujeito tu + ele ou você = vós ou eles Verbo 2ª. pessoa plural

ou 3ª.pessoa plural

Ela, eu e tu partiremos. Naquele dia você e eu estávamos dispostos a tudo mesmo.

Ela e tu partireis / partirão em breve.

2.4 . SUJEITO RESUMIDO por tudo, nada, alguém, ninguém – concorda com o singular.

Festa, jantares, reuniões, nada lhe interessava.

CASOS ESPECIAIS:

Verbo Situação Exemplo

- na indicação de horas concorda com horas São 10h45. Era meia-noite, quando voltei.

Devem ser 17h. Que hora é? Que horas são?

SER

com quantidades, seguido de muito, pouco,

bastante, suficiente fica no singular

Três dias será suficiente para nos entender.

Cinco metros de fio é suficiente.

Dois anos de espera será uma eternidade.

se houver sujeito e predicativo,

prefere concordar com:

1º. Com pronome pessoal;

2º. Com pessoa;

3º. Com palavra plural

O rei sou eu. Os detetives somos nós.

O dono da fazenda serás tu.

Carlinhos era a preocupação da avó.

Sua comida eram as sobras.

Tudo são sonhos. Aquilo seriam hipóteses.

HAVER

significando existir, acontecer

fica no singular, inclusive os auxiliares.

Não haverá outros interessados?

Não pode haver outros interessados?

Houve reclamações a respeito do resultado.

significando tempo decorrido

fica no singular

Há tempos não passava por aqui.

Há vários anos que nos conhecemos.

FAZER

significando tempo decorrido

ou a transcorrer singular

Ontem fez dois anos que me formei.

Vai fazer dez anos que moramos aqui.

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Aulas 01 a 24

DAR

BATER

SOAR

- concorda sujeito – instrumento,

se houver, ou com horas

O relógio deu duas horas.

Deram duas horas no relógio da igreja.

Soaram três horas na fábrica.

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Aulas 01 a 24

REGÊNCIA VERBAL

É a relação de dependência que se estabelece entre o verbo e seu complemento. Há verbos

que se ligam ao seu complemento através de uma preposição e outros a dispensam.

É importante conhecer a classificação dos verbos quanto à predicação, para que se entenda a

regência verbal:

Observe o quadro:

Classificação Características Exemplo

Verbo de ligação

(V.L)

Não tem significação própria.

Liga o sujeito ao predicativo

Ele era excelente aluno.

As cidades ficaram alagadas.

Verbo intransitivo

(V.I)

Com significação completa, não precisa de

complemento.

Pode estar seguido de adjuntos adverbiais ou

predicativos.

Anoiteceu.

O menino sorriu satisfeito.

O Presidente viajou nesta manhã.

Verbo

Transitivo Direto

(V.T.D)

Com significação incompleta, pede

complemento sem preposição – objeto direto.

Assinei... o quê.... a duplicata.

Vimos... quem... as crianças na praça.

Verbo

Transitivo Indireto

(V.T.I.)

Com significação incompleta, pede

complemento com preposição – objeto

indireto.

Gosto... de que... de filmes policiais.

Obedeçam... a que ... ao regulamento.

Verbo Transitivo

Direto e Indireto

(V T D I)

Com significação incompleta, pede dois

complementos, um sem preposição- objeto

direto; outro com preposição - objeto indireto.

O povo deu-lhe razão.

VTDI OI OD

Avisamos os alunos sobre o exame.

VTD I OD OI

* É interessante recordar o que é preposição e quais são as palavras que pertencem a essa

classe gramatical.

Preposição é a palavra invariável que liga duas outras entre si, estabelecendo uma relação de

regência.

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Aulas 01 a 24

São preposições essenciais:

Verbos que apresentam regência especial ou problemas de regência no uso cotidiano:

VERBO REGÊNCIA SIGNIFICADO PREPOSIÇÃO EXEMPLO

ASPIRAR

VTD

VTI

inalar, cheirar

desejar,

pretender

----------

A

Aspirar ar poluído é prejudicial à saúde.

No momento aspira a uma vaga nesta

escola.

ASSISTIR

VTD

VTI

VTI

VI

dar assistência

presenciar, ver

caber, pertencer

morar

-----------

A

A

EM

O Governo deve assistir a população

flagelada.

Assistiremos à solenidade e ao desfile

escolar.

É um direito que assiste a todos alunos.

Assistimos em Curitiba.

CHEGAR

IR

VIR

VI

VI

VI

verbos que indi-

cam direção

A

A

A

Chegando ao escritório, telefone-me.

Vamos a uma festa amanhã.

Vieram ao encontro do sucesso.

INFORMAR

AVISAR

COMUNICAR

VTDI

VTDI

VTDI

alguém de

alguma coisa /

alguma coisa a

alguém

A

DE

SOBRE

Informei o fato aos diretores.

Informei-os sobre o fato.

Informei-lhes o fato.

Erro: Informei-lhes do fato.(dois

obj.indiretos)

OBEDECER

DESOBEDECER

VTI a quem?

a quê?

A Quem obedece à sinalização evita

acidente.Desobedeceu ao regulamento

do campeonato.

PAGAR

PERDOAR

VTDI

VTDI

o quê? a quem?

o quê? a quem?

A

A

Já perdoei a falha. Pagou as contas.

Já perdoamos ao agressor. Paguei ao

vigia. Pagou a promessa à santa.

PREFERIR VTDI o quê? a quê?

A Preferiu correr o risco a ficar na

expectativa.

Não usar antes, mais, do que, que.

PROCE-DER VTI

dar início

originar-se

A

DE

O instituto procederá à analise do

material.

Os males procedem da hipocrisia.

a - ante - até - após - com - contra - de - desde - em - entre

para - per - perante - por - sem - sobre - sob - trás

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Aulas 01 a 24

VISAR VTD

VTD

VTI

mirar, apontar

dar visto

ter em vista

-----------

-----------

A

O caçador visou a ave e disparou.

O próprio cônsul visou meu passaporte.

Ele agia sem visar a lucros.

QUERER

VTD

VTI

desejar

ter afeto

--------

A

Quero uma casa na praia.

Quero a meus pais.

NAMORAR

VTD quem ? /não

com

--------- Ele namora uma aluna do 2º. grau.

ESQUECER

LEMBRAR

ESQUECER-SE

LEMBRAR-SE

VTD

VTI

o quê ?

quem?

de quê ?

de quem ?

----------

---------

DE

Nós lembramos tudo o que houve.

Eles esqueceram o material de apoio.

Nós nos lembramos de tudo que houve.

Eles se esqueceram do material de

apoio.

SER VTD quantos ? ----------- Somos quarenta e dois nesta turma.

não- Somos em quarenta e dois nesta

turma.

SIMPATIZAR VTI com quem ? com Erro: Não me simpatizei com ela.

REGÊNCIA NOMINAL

Ë a maneira de o nome se relacionar com seus complementos.

Eis alguns nomes interessantes quanto à regência:

Acostumado a/com (estar acostumado a/com assaltos).

Adido a (ser adido a uma embaixada)

Adjunto a (ser adjunto a imprensa em palácio)

Afável a/com/para com (Parecia afável a/ com/ para com todos).

Afeiçoado a / por (afeiçoado aos estudos; afeiçoado pela vizinha)

Aflito com/por (aflito com a notícia; estar aflito por não ter notícia)

Amizade a/por/com (ter amizade à/pela/com a irmã mais velha)

Analogia com/entre (Não há analogia com/entre os fatos históricos)

Apaixonado de/por (Era um apaixonado das/pelas flores).

Apto a/para (Estava apto ao/para o desempenho das funções)

Assíduo em (ser assíduo em bailes; ser assíduo nas aulas. Não convém usar: assíduo a

Atenção a/para (prestar atenção a/para tudo). Não convém usar atenção em.

Ávido de/por (Um homem ávido de/ por novidades)

Chute a (treinar chutes a gol).

Constituído de/por (Um grupo constituído de/por várias turmas).

Consulta a (fazer consulta ao dicionário; fazer consulta a um médico).

Contemporâneo a/de (Um estilo contemporâneo ao/do Modernismo)

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Aulas 01 a 24

Curioso de (estar curioso de saber notícias de lá)

Deputado por (ser deputado por Goiás; tornar-se deputado pela Bahia).

Desacostumado a/com (estar desacostumado a/com eleições)

Devoto a/de (Um aluno devoto às/das artes)

Equivalente a/de (produto equivalente ao/do melhor do mundo)

Falho de/em (Um político falho de/em caráter)

Falta a (sua falta ao trabalho, nossa falta à aula de ontem).

Grudado a (a bala ficou grudada aos dentes)

Imbuído de/em (Ela estava imbuída de/em vaidades)

Incompatível com (A verdade é incompatível com a realidade)

Invasão de (a invasão da Checoslováquia pelos russos; a invasão norte-americana de Granada).

Quando aparece adjunto adnominal, rege em: a invasão dos russos (ou russa) no Afeganistão.

Liderança sobre (exercer liderança sobre a classe trabalhadora.)

Morador em (ser morador em bairro nobre; ser morador na Rua da Saudade).

Ódio a/contra (não ter ódio a/contra ninguém)

Palpite sobre (dar palpite sobre um jogo da loteria esportiva). Não convém usar palpite para.

Passagem por (a passagem de aviões russos por território alemão oriental). Não convém usar

passagem sobre.

Passível de (O projeto é passível de modificações)

Preferência a/por (manifestar preferência a/por um filho).

Preferível a (a democracia é preferível a qualquer outro regime de governo).

Presente a (com nomes abstratos); presente em (com nomes concretos).

Ex.: estar presente a uma recepção; estar presente no estádio.

Pressão sobre (o vento faz pressão sobre a janela). Não convém usar pressão em.

Propenso a/para (Sejam propensos ao / para o bem)

Residente em (ser residente na Praça da Paz, na Rua da Alegria. Não convém usar residente a .

Senador por (ser senador por Goiás; tornar-se senador pela Bahia).

Sito em (o armazém sito na Rua da Paz, fechou). Não convém usar sito a.

Situado em (estar situado em bairro distante; ficar situado na Rua da Alegria). Não convém usar

situado a.

Vizinho a/de (Um prédio vizinho ao / do meu)

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Aulas 01 a 24

REGÊNCIA VERBAL – PARTE 2

Regência de alguns verbos:

1. abraçar: pede objeto direto

Ex.: Eu o abracei pelo seu aniversário.

2. agradar: pede objeto direto, quando significa acariciar, fazer carinhos.

Ex.: O pai a agradava.

No sentido de ser agradável exige objeto indireto.

Ex.: A resposta não lhe agradou.

3. ajudar: pede objeto direto ou indireto.

Ex.: Nós sempre os ajudamos nas dificuldades.

“Tendes vossos pais; ajudai-lhes a levar a sua cruz” (Colóquios Aldeões, 24)

4. aspirar: pede objeto direto, quando significa sorver, chupar, atrair o ar aos pulmões.

Ex.: Aspiramos o perfume das flores.

No sentido de ambicionar, desejar, pede objeto indireto. Em tal caso não admite o seu objeto indireto

representado por pronome átono.

Ex.: Jamais aspirou a ela (e não: lhe aspirou)

Todos aspiram a vós (e não: vos aspiram)

5. assistir: pede objeto indireto iniciado pela preposição a, quando significa estar presente a,

presenciar. Em tal caso não admite o seu objeto indireto representado por pronome átono.

Ex.: Ontem assistimos ao jogo.

Não pude assistir a ele. (e não: lhe assistir)

No sentido de ajudar, prestar socorro ou assistência, servir acompanhar pede indiferentemente objeto

direto e indireto.

Ex.: O médico assistiu o doente. (objeto direto). O médico o assistiu.

O médico assistiu ao doente. (objeto indireto). O médico lhe assistiu.

Obs.: Este último emprego ocorre com mais freqüência.

No sentido de morar, residir – emprego que é clássico e popular – constrói-se com a preposição em:

“Entre os que assistiam em Madri..”

No sentido de assistir o direito, caber pede objeto indireto de pessoa:

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Aulas 01 a 24

Ex.: Não lhe assiste o direito de reclamar.

6. atender: pede objeto direto ou indireto.

Ex.: “Assevera D.Francisco M.de Melo que na criação destes corpos consultivos D.João IV atendera

mais os desejos dos que aspiravam aos lugares do que as próprias opiniões.”

“... e ambos capitães, sem atenderem às promessas de Castela, partiram de Cádis”.

Obs.: Se o complemento é expresso por pronome átono, a tradição da língua dá preferência às

formas o a, os, as em vez de lhe, lhes.

Ex.: “Não querem que el-rei o atenda.”

7. atingir: não se constrói com a preposição a em linguagem do tipo:

A quantia atingiu cinco mil reais (e não: a cinco mil reais)

O progresso atingiu um ponto surpreendente.

8. chamar: no sentido de solicitar a presença de alguém, pede objeto direto.

Ex.: Eu chamei José. Eu o chamei.

No sentido de dar nome, apelidar pede objeto direto ou indireto e predicativo do objeto, com ou sem

preposição.

Ex.: Chamavam-lhe tolo. Chamavam-lhe de tolo.

Nós o chamamos tolo. Nós o chamamos de tolo.

No sentido de invocar pedindo auxílio ou proteção, rege objeto direto com a preposição por como

posvérbio.

9. chegar: pede a preposição a junto à expressão locativa:

Ex.: Cheguei ao Colégio com pequeno atraso.

O emprego da preposição em, neste caso, corre vitorioso na língua coloquial e já foi consagrado

entre escritores modernos.

Obs.: Em cheguei na hora exata, a preposição em está usada corretamente porque indica tempo, e

não lugar.

10. conhecer: pede objeto direto.

Ex.: Todos conheceram logo o José.

Ela a conheceu no baile.

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Aulas 01 a 24

11. convidar: pede objeto direto.

Ex.: Não os convidaram ao passeio.

12. custar: no sentido de ser difícil, ser custoso, tem por sujeito aquilo que é difícil.

Ex.: Custam-me estas respostas.

Se o verbo vem seguido de um infinitivo, este pode ou não vir precedido da preposição a.

Ex.: Custou-me resolver estes problemas.

Custou-me a resolver estes problemas.

Na linguagem coloquial, o sujeito é a pessoa a quem o fato é difícil.

Ex.: Custei resolver estes problemas.

13. esperar: pede objeto direto puro ou precedido da preposição por, como porvérbio(marcando

interesse).

Ex.: Todos esperavam Antônio.

Todos esperavam por Antônio.

14. esquecer: pede objeto direto da coisa esquecida.

Ex.: Não os esquecemos.

A coisa esquecida pode aparecer como sujeito e a pessoa passa a objeto indireto.

Ex.: Esqueceram – nos os livros. / Esqueceu-te o meu aniversário.

Esquecer-se, pronominal, pede objeto indireto encabeçado pela preposição de.

Ex.: Esqueci-me dos livros.

15. implicar: no sentido de produzir como conseqüência, acarretar, pede objeto direto.

Ex.: Tal atitude não implica desprezo.

São esses os benefícios que a recuperação implica.

Obs.: Deve-se evitar o emprego da preposição em neste sentido: Isso implicava em desprezo.

16. ir: pede a preposição a ou para junto à expressão de lugar.

Ex.: Fui à cidade. / Foram para França.

Obs.: “Nem sempre é indiferente o emprego de a ou para depois do verbo ir e outros que denotam

movimento. A preposição a ora denota a simples direção, ora envolve a idéia de retorno. A

preposição para lança a atenção do nosso ouvinte para o ponto terminal do movimento ou não

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Aulas 01 a 24

condiciona a idéia de volta ao local de partida. Nesta última acepção pode trazer para a idéia de

transferência demorada ou definitiva para o lugar.” (Bechara, Evanildo)

Deve-se evitar a construção popular: Fui na academia.

17. morar: pede a preposição em junto à expressão de lugar.

Ex.: Atualmente eu moro em Curitiba.

Com os verbos residir, situar e derivados, emprega-se a preposição em.

Ex.: João reside na Rua das Carmelitas. / Prédio sito na Av. Marechal Deodoro.

18. obstar: pede o objeto indireto.

Ex.: “’E certo que outros entendiam serem úteis os castigos materiais para obstar ao progresso das

heresias...”

Com objeto indireto oracional pode omitir-se a preposição.

19. obedecer: pede objeto indireto.

Os alunos obedeceram ao professor.

Nós lhe obedecemos.

20. pagar: pede objeto direto do que se paga e indireto de pessoa a quem se paga.

Ex.: Pagaram as compras(obj. dir.) ao comerciante. (obj. ind.)

Pagamos-lhe a consulta.

21. perdoar: pede objeto direto de coisa perdoada e indireto de pessoa a quem se perdoa.

Ex.: Eu lhe perdoei os erros.

Não lhe perdoamos.

22. presidir: pede objeto direto ou indireto com a preposição a.

Ex.: Tu presidiste a reunião. (objeto direto)

Tu presidiste à reunião. (objeto indireto)

Pode-se dizer ainda: Tu presidiste na reunião.

Ninguém lhe presidiu.

Ninguém presidiu a ela.

23. preferir: pede a preposição a junto ao seu objeto indireto.

Ex.: Prefiro o cinema ao teatro.

Prefiro estudar a ficar sem fazer nada.

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Aulas 01 a 24

Erra-se empregando-se depois deste verbo alocução do que.

Ex.: Prefiro estudar do que ficar sem fazer nada.

Recomenda-se que não se construa este verbo com os advérbios: mais e antes: prefiro mais, prefiro

antes.

24. proceder: no sentido de iniciar, executar alguma coisa, pede objeto indireto com a preposição a.

Ex.: O juiz vai proceder ao julgamento.

25. querer: no sentido de desejar pede objeto direto.

Ex.: Eu quero uma casa no campo.

Significando querer bem, gostar, pede objeto indireto de pessoa.

Ex.: Despede-se o filho que muito lhe quer.

26. responder: pede, na língua padrão, objeto indireto de pessoa ou coisa a que se responde, e

direto do que se responde.

Ex.: “O marido respondia a tudo com as necessidades políticas.” (M. DE ASSIS, Memórias Póstumas,

210)

“Não respondera Cristina senão termos agradecidos à escolha...” (CAMILO, O bem e o Mal, 99)

O objeto indireto pode ser representado por pronome átono.

Ex.: Vou responder-lhe.

Admite ser construído na voz passiva.

Ex.: “... um violento panfleto contra o Brasil que foi vitoriosamente respondido por De Angelis.”

27. satisfazer: pede objeto direto ou indireto.

Ex.: Satisfaço o seu pedido.

Satisfaço ao seu pedido.

28. servir: no sentido de estar ao serviço de alguém, pôr sobre a mesa uma refeição, pede objeto

direto.

Ex.: Este criado há muito que o serve..

Ela acaba de servir o almoço.

No sentido de prestar serviço, pede objeto indireto com a preposição a.

Ex.: Sempre servia aos amigos.

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Aulas 01 a 24

No sentido de ser de utilidade, pede objeto indireto iniciado por a ou para ou representado por

pronome (átono ou tônico)

Ex.: Isto não lhe serve; só serve para ela.

No sentido de oferecer alguma coisa a alguém:

Ex.: Ela nos (obj.indir.) serviu gostosos docinhos.(obj.dir.)

29. socorrer: no sentido de prestar socorro pede objeto direto de pessoa.

Ex.: Todos correram para socorre-lo.

Pronominal, com sentido de valer-se, pede objeto indireto iniciado pelas preposições a ou de .

Ex.: Socorreu-se ao empréstimo.

Socorremo-nos dos amigos nas dificuldades.

30. suceder: no sentido de substituir, ser o sucessor de, pede objeto indireto.

Ex.: D.Pedro I sucedeu a D.João VI.

Nós lhe sucedemos na presidência do Clube.

31. ver: pede objeto direto.

Ex.: Nós o vimos na cidade.

32. visar: no sentido de mirar, dar o visto em alguma coisa, pede objeto direto.

Ex.: Visavam o chefe da rebelião.

O inspetor visou o diploma.

No sentido de pretender, aspirar, propor-se, pede de preferência objeto indireto iniciado pela

preposição a.

Ex.: Estas lições visam ao estudo da linguagem.

(BECHARA, Evanildo. Lições de Português pela análise sintática, 17ª edição, janeiro/2005)

Observações importantes:

1. Os verbos transitivos indiretos não admitem voz passiva. Não são aceitas pela norma culta as

construções:

O filme foi assistido por nós. Corrija-se: Nós assistimos ao filme.

Altos cargos são aspirados por todos. Corrija-se: Todos aspiram a altos cargos

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Aulas 01 a 24

Obs.: Estas construções passivas tendem as ser usadas com mais freqüência e algumas delas já se

toleram nos meios cultos.

Pagar: Os operários foram pagos.

Responder: As cartas serão respondidas.

Obedecer: O professor deve ser obedecido.

Assistir: A missa foi assistida por todos.

Apelar: A sentença foi apelada.

Perdoar: Os devedores seriam perdoados.

Aludir: Todas essas coisas poderão ser aludidas por ele.

2.A norma culta não aceita o mesmo complemento para verbos de regências diferentes.

São incorretas as frases, tipo: Assisti e gostei do filme.

Deve-se dizer: Assisti ao filme e gostei dele. ou Gostei do filme a que assisti.

3. O pronome relativo pode funcionar com complemento de verbo. Neste caso estará sujeito à

regência do verbo do qual é o complemento.

Este é o curso a que aspiro. ( aspiro a quê? a que = ao curso)

São estas as verdades em que creio. (creio em quê? em que = nas verdades)

4. Os pronomes oblíquos - o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na, nos, nas - são complementos de VTD,

ao passo que os pronomes lhe, lhes são complementos de VTI.

Visitei-o no hospital. Preciso vê-lo. Enviei-lhe um telegrama.

5. Os verbos assistir (ver), aspirar (pretender) e visar (ter por objetivo) apesar de serem transitivos

indiretos não aceitam os pronomes lhe, lhes como complementos. Aceitam apenas as formas

a ele, a ela, a eles, a elas.

Aspira à vaga? - Sim, aspiro a ela. Assistiu ao filme? - Sim, assisti a ele.

1. “A preposição que serve a dois termos coordenados pode vir repetida ou calada junto ao segundo

(e aos mais termos), conforme haja ou não desejo de enfatizar o valor semântico da preposição.

2. ”(BECHARA, Evanildo,Gramática Escolar da Língua Portuguesa)

As alegrias de infância e de juventude. / As alegrias de infância e juventude

Precisava da ajuda dos pais e dos parentes. / Precisava da ajuda dos pais e parentes.

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Aulas 01 a 24

CRASE

Definição: fusão de

* a (preposição) + a (artigo feminino) = à

* a (preposição) + a (pronome demonstrativo feminino) = à (=aquela)

* a (preposição) + aquele, aquela, aquilo (pronomes demonstrativos) = àquele, àquela, àquilo

Ex.: Referia-se à duplicata de 15.08.96...

(ao documento... Verbo referir-se pede preposição a e duplicata está antecedida pelo artigo)

Dedicou-se àquela criança durante muito tempo.

(Dedicou-se a esta criança... Verbo dedicou-se pede preposição a )

Minha caneta é igual à que você ganhou.

(Meu lápis é igual ao que você ganhou)

Regras práticas:

1. Substituir a palavra feminina por outra

masculina,

de sentido equivalente. Se aparecer AO deve-se

usar crase diante da palavra feminina.

se aparecer apenas A ou O não se usa crase. (*)

Refiro-me à questão de Matemática.

(Refiro-me ao problema de Matemática).

Refiro-me a uma questão de Matemática.

(Refiro-me a um problema de Matemática).

2. Caso sejam substituídas as palavras

aquele(s), aquela(s),aquilo por a este(s), a

esta(s), a isto

- deve-se usar crase; se apenas por este(s),

esta(s), isto - não se deve usar crase.

Fez referência àquelas pessoas estranhas.

(Fez referência a estas pessoas estranhas).

Convidou aquelas pessoas estranhas.

(convidou estas pessoas estranhas).

3. Substituir os verbos que indicam direção (ir, vir

a, dirigir-se, ...) por “vir”. Se venho da, crase há.

Se venho de, crase para quê:

Vou a Roma - Volto de Roma.

Dirigiu-se à França. - Voltou da França.

Foi à Roma antiga. - Volto da Roma antiga.

* Se houver dificuldade de encontrar palavra masculina equivalente, substitui-se por local, fato,

indivíduo, conforme o sentido da frase.

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Aulas 01 a 24

Crase Obrigatória

1. Diante de locuções femininas,

à noite, à tarde, às pressas, às vezes, à

direita, à esquerda, às claras, à medida

que, às escondidas, à proporção que, e

outras.

2. Diante de horas

(troca-se as horas por ao meio-dia)

O ônibus sai às dez horas.

À meia-noite haverá uma surpresa.

Crase facultativa

1. Antes pron. adjetivos possessivos

femininos

pronome subst. possessivo = crase obrigatória

Obs.: pron possessivo no plural = crase obrigatória

Enviei o telegrama a sua secretária ou à

sua secretária e não à minha(obrigatória)

Fiz referências às minhas alunas.

2. Com a locução prepositiva até à / até a O ônibus vai até a praça Osório ou

até à praça Osório.

3. Antes de nomes próprios femininos.

Escrevi a Joana ou

à Joana.

Crase proibida

1. Diante de palavras masculinas

Exceto se estiver subentendida a palavra moda.

Fez referência a Caetano Veloso.

Andar a cavalo.

Isso ficou a critério da comissão de

investigações.

Fez um gol à Zico. Chapéu à Napoleão.

2. Diante de pronomes em geral, inclusive os de

tratamento, (exceto senhora, senhorita, dona).

Quanto a essa proposta nada tenho a dizer.

Refiro-me a Sua Excelência, o governador.

Peça a ela e não a mim esse favor.

Entregue isto à Senhora Clarice.

3. Diante de verbos Começou a falar em política

Nada tenho a dizer.

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Aulas 01 a 24

4. Diante de palavra no plural antecedida de

preposição (sempre sing.)

Não obedeço a leis injustas.

Não vou a festas, não assisto a novelas.

5.Diante da palavra terra, quando empregada em

oposição a bordo.

6.Diante de numerais (exceto horas)

O pescador volta a terra depois de um dia

cansativo de trabalho.

Entregou o prêmio a uma aluna, somente.

MAS: Cheguei às 10 horas.

7. Diante da palavra casa, sem qualquer

especificação, (própria casa)

Cheguei a casa cedinho. Cheguei à casa

de

Pedro. (Cheguei em casa. _ não aceita pela

norma culta)

8. No meio de palavras repetidas Cara a cara, frente a frente, lado a lado,

face a face, uma a uma, etc.

Tipos de A

A - preposição = até, para, da - Vou a Manaus. (Vou para...)

A - artigo = uma - Consegui a viagem para o exterior. (Consegui uma viagem...)

A - pronome pessoal = ela ( próximo de verbo, substitui um nome)

Levei-a comigo ao baile. (Levei a menina ao baile...)

A - pronome demonstrativo = aquela

Esta pasta é igual a que ganhei no curso. ( é igual àquela que ...)

A ou HÁ expressões de tempo

A = Tempo futuro. Daqui a quinze dias, faremos uma longa viagem.

HÁ = tempo passado. Há muitos anos moramos aqui.

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Aulas 01 a 24

PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação estão diretamente relacionados com a sintaxe das orações e das frases,

servindo para marcar as pausas e a entonação e também para substituir outros componentes

específicos da língua falada, como os gestos e a expressão facial. Desse modo facilitam a leitura e

tornam o texto mais claro e preciso.

A Entonação

Na fala, a frase é marcada pela entonação, isto é, pelo tom que o falante dá à voz para expressar

sua intenção.

A pontuação marca na escrita as diferenças de entonação, contribuindo para tornar mais preciso o

sentido que se quer dar ao texto.

A VÍRGULA

A vírgula entre os termos da oração

Há um princípio básico que você deve saber em relação ao emprego da vírgula: nunca separe o

sujeito do verbo e o verbo de seus complementos com uma vírgula.

As tardes ensolaradas da primavera traziam doces lembranças ao velhinho.

O emprego da vírgula poderá ocorrer se houver interrupção da seqüência, com palavra, expressão

ou oração intercalada. Veja:

As tardes ensolaradas da primavera traziam, quase sempre, doces lembranças ao velhinho.

Emprega-se a vírgula:

* para separar termos que exercem a mesma função sintática - sujeito composto, complementos,

adjuntos -, quando não vêm unidos por e, ou, nem.

Deu-me presentes, livros de arte, discos antigos e CDs

para isolar o aposto:

Um homem rico, banqueiro nos Estados Unidos, não deixaria um testamento sem pontuação.

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Aulas 01 a 24

para isolar o vocativo:

Meritíssimo Juiz, dê uma solução para esse caso complicado.

para isolar o adjunto adverbial, quando ele é extenso ou quando se quer destacá-lo.

Àquela hora do dia, já estávamos bastante cansados.

para isolar expressões explicativas como isto é, por exemplo, ou melhor, a saber, ou seja, etc.

Chamar o juiz foi, sem dúvida, o que deveria ter sido feito.

para isolar o nome de um lugar anteposto à data.

Curitiba, 24 de agosto de 2000.

A vírgula entre as orações

Emprega-se a vírgula para separar:

as orações coordenadas assindéticas :

Levantava-se cedo, tomava seu café tranqüilamente, colocava uma roupa bem folgada, saía

para caminhar pelo sítio.

as orações coordenadas sindéticas com exceção das introduzidas pela conjunção E

As orações coordenadas sindéticas unidas pela conjunção E podem vir separadas por

vírgulas:

quando têm sujeitos diferentes: As crianças calaram-se, e o menino gritou.

quando a conjunção vem reiterada: Os jovens estão felizes, e jogam, e nadam, e conversam,

e riem, e brincam até de madrugada.

quando a conjunção e tem valor adversativo: Estudou muito, e não passou.

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Aulas 01 a 24

Subordinadas Substantivas

Somente as orações subordinadas substantivas apositivas podem ser separadas por vírgulas

(ou dois pontos) da oração principal; as demais substantivas não.

Só lhe pedimos um favor, que não nos visitasse mais, pois estávamos magoados com ela.

Subordinadas Adjetivas

Somente as orações subordinadas adjetivas explicativas devem ser separadas por vírgula da

oração principal, as restritivas não.

Curitiba, que é a capital do Paraná, apresenta boa solução para o problema do transporte urbano.

Subordinadas Adverbiais

As orações subordinadas adverbiais são separadas por vírgula nos seguintes casos:

se vierem após a oração principal, a vírgula é optativa.

Os torcedores começaram a algazarra, assim que os jogadores entraram em campo.

se vierem anteposta ou intercalada à oração principal, as vírgulas são obrigatórias.

Assim que os jogadores entraram em campo, os torcedores começaram a algazarra.

Os torcedores, assim que os jogadores entraram em campo, começaram a algazarra.

quando forem reduzidas de gerúndio, particípio e infinitivo, a vírgula é obrigatória.

Pensando desse jeito, jamais conseguiria o apoio de seus colegas de equipe.

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Aulas 01 a 24

PONTO-E-VÍRGULA

Emprega-se o ponto-e-vírgula:

nas orações sindéticas adversativas e conclusivas, quando apresentarem a conjunção posposta

ao verbo. Nesse caso, a conjunção vem entre vírgulas.

O garoto queria sair com os amigos; seu pai, entretanto, não autorizou.

Ele reclamava de tudo; é, portanto, um inoportuno.

para separar os itens dos enunciados enumerativos:

Os clientes que optarem por nosso plano de viagem terão direito a:

a) uma passagem aérea com tarifa reduzida;

b) um apartamento em hotéis da classe turística;

c) café da manhã no hotel;

d) visitas a locais turísticos com guias especializados.

para separar orações, desde que a segunda contenha zeugma:

Vocês anseiam pela violência; nós, pela paz.

DOIS - PONTOS

É usado para introduzir palavras, expressões, orações ou citações que servem para enumerar ou

esclarecer o que se afirmou anteriormente:

"Lembrei-me do nome e do tipo: era João Francisco Gregório, caboclo robusto, desconfiado..."

(G.R.)

PONTO

Emprega-se no final de frases declarativas.

Os livros foram danificados pelas traças.

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Aulas 01 a 24

TRAVESSÃO

É utilizado:

para indicar a mudança de interlocutor nos diálogos

- Quer saber de uma coisa? O melhor é nós terminarmos.

- Terminarmos?

Ele sentiu um frio.

- Não combinamos mais mesmo.

para isolar a fala da personagem da fala do narrador:

- Que deseja agora? - gritou-lhe afinal, a voz transtornada. - Já não lhe disse que não tenho nada a

ver com suas histórias?

para destacar ou isolar palavras ou expressões no interior de frase:

Grande futuro? Talvez naturalista, literato, arqueólogo, banqueiro, político, ou até bispo - bispo que

fosse -, uma vez que fosse um cargo...

RETICÊNCIAS

As reticências marcam uma interrupção da seqüência lógica da frase. Pode sem usadas:

* com valor estilístico, isto é, com a intenção de permitir ao leitor completar o pensamento suspenso:

Eu não vou dizer mais nada. Você já deve ter percebido que...

para indicar que parte de uma citação foi omitida (nesse caso, as reticências vêm entre parênteses.

“Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui califa (....)” Machado de Assis.

OS PARÊNTESES

Os parênteses servem para isolar explicações, indicações ou comentários acessórios.

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Aulas 01 a 24

“Fui hoje cedo à casa deste último, apresentar desculpas (deve ter ficado aborrecido com a minha

ausência no local determinado para o encontro) e repetir o convite para a pretendida visita.” (Cyro dos

Anjos)

“Ela (a rainha) é a representação viva da mágoa(...)”

(Lima Barreto)

PONTO DE INTERROGAÇÃO

Usa-se nas interrogações indiretas. Depois de palavras, expressões ou frases, marcadas, na

pronúncia, por entoação ascendente.

Ex.: - Estará surdo?Estará a tentar irritar-me?

Observações:

a) O ponto de interrogação nunca é empregado no fim de uma interrogação indireta, uma vez

que usa entoação ascendente, exigindo, por isso, ponto final.

Exs.: - Quem chegou? (= interrogação direta)

- Diga-me quem chegou. (= interrogação indireta)

b) O ponto de interrogação interno não exige a inicial maiúscula da palavra seguinte.

Ex.: - Pensas que eu e meus avós ganhamos o dinheiro em casas de jogos ou a vadiar pelas ruas?

pelintra!(M.A.)

PONTO DE EXCLAMAÇÃO

1. Usa-se depois de qualquer palavra, expressão ou frase, que indicar espanto, surpresa,

entusiasmo, cólera, súplica.

Ex.: Que gentil que estava a espanhola! (M.A.)

2. Emprega-se, também, depois das interjeições, dos vocativos e do verbo no imperativo.

Ex.: Olé ! exclamei. (M.A.)

Andrada! arranca esse pendão dos ares!

Colombo! fecha a porta dos teus mares!(C.A.)

Não vás! Volta, meu filho! Não vás! (É.V.)

ASPAS

Empregam-se as aspas:

1. para isolar citação textual.

Ex.1: Como afirma Caio Prado Jr., em História econômica do Brasil: “A questão da migração européia

do século XIX está intimamente ligada à escravidão”.

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Aulas 01 a 24

Obs.: as aspas só aparecem depois da pontuação quando abrange todo o período.

Ex.2: “Não tenhas ciúme de tua mulher para que ela não se meta a enganar-te com a malícia que

aprender de ti.” (M.A.)

2. para isolar palavras ou expressões estranhas à língua (gírias, estrangeirismos,etc).

Ex.3: Ele era um “gentleman”. (estrangeirismo)

Ele ficou “encafifado” com o resultado do concurso. (expressão popular)

3. para mostrar que uma palavra está em sentido diverso do usual (sentido irônico).

Ex.4 : Sua idéia foi mesmo “brilhante”. Fizeste um “excelente” serviço.

4. para dar destaque a uma palavra ou expressão.

Ex.5: Já entendi o “porquê” do seu projeto, só não percebo “como” executá-lo.

5. para indicar mudança de interlocutor, nos diálogos (normalmente substitui o travessão).

Ex.6: “Vamos mudar de assunto”, eu disse.

“Você quer falar de amor?”

“É. Quero falar de amor.” (R.Fonseca)

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Aulas 01 a 24

FIGURAS DE LINGUAGEM

Figuras de Palavras

METÁFORA: é o desvio da significação própria de uma palavra, nascido de uma comparação mental

ou característica comum entre dois seres ou fatos.

Exs.: Toda profissão tem seus espinhos.

As derrotas e as desilusões são amargas.

Murcharam-lhe os entusiasmos da mocidade.

METONÍMIA: consiste em usar uma palavra por outra, com a qual se acha relacionada. Há metonímia

quando se emprega:

a) o efeito pela causa

Os aviões semeavam a morte. (= bombas mortíferas)

[as bombas = a causa; a morte = o efeito)

b) o autor pela obra

Nas horas de folga lia Camões. (Camões = a obra)

c) o instrumento pela pessoa que o utiliza

Ele é um bom garfo. (= comedor)

d) o abstrato pelo concreto

A mocidade é entusiasta. (mocidade = moços)

Figuras de construção

ELIPSE: é a omissão de um termo ou que facilmente podemos subentender no contexto.

Exs.: As mãos eram pequenas e os dedos, finos e delicados(elipse verbo eram)

Os corpos se entendem, mas as almas não. (não se entendem)

PLEONASMO: é o emprego de palavras redundantes, com o fim de reforçar ou enfatizar a

expressão.

Exs.: Foi o que vi com meus próprios olhos.

A mim resta-me a independência para chorar.

Os impostos é necessários pagá-los.

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Aulas 01 a 24

SILEPSE: é quando efetuamos a concordância não com os termos expressos, mas com a idéia a

eles associada em nossa mente. A silepse, ou a concordância ideológica, pode ser:

a) de gênero

Exs.: Vossa Majestade está informado acerca de tudo (Vossa Majestade = o rei)

“Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito.”(G.Rosa)

b) de número

Exs.: “Corria gente de todos os lados, e gritavam.”(Mário Barreto)

“Minha amiga, flor tem vida muito curta, logo murcham, secam, viram húmus.” (José. J. Veiga)

c) de pessoa

Exs.: “Aliás todos os sertanejos somos assim.” (Raquel de Queirós)

“Ficamos por aqui, insatisfeitos, os seus amigos.” (C.D. de Andrade)

ANACOLUTO: é a quebra ou interrupção do fio da frase, ficando termos sintaticamente desligados do

resto do período, sem função. O termo sem nexo sintático coloca-se, em geral, no início da frase para

se lhe dar realce.

Exs.: “Essas criadas de hoje não se pode confiar nelas.”(Aníbal Machado)

“Eu não me importa a desonra do mundo.” (C.C.Branco)

Figuras de pensamento

ANTÍTESE: consiste na aproximação de palavras de sentido oposto.

Exs.: A areia, alva, está agora preta, de pés que a pisam.

Como eram possível beleza e horror, vida e morte harmonizarem-se assim no mesmo quadro?

EUFEMISMO: consiste em suavizar a expressão de uma idéia triste, molesta ou desagradável,

substituindo o termo contundente por palavras amenas ou polidas.

Exs.: Fulano foi desta para melhor. (=morreu)

A senhora é moça, é normal, e se estiver em estado interessante, o seu filho pode correr perigo

terrível. (=grávida)

HIPÉRBOLE: é uma afirmação exagerada que visa a um efeito expressivo.

Exs.: Os cavaleiros não corriam, voavam.

Chorou rios de lágrimas.

Estou um século a sua espera.

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Aulas 01 a 24

PROSOPOPÉIA (personificação): é a figura pela qual fazemos os seres inanimados ou irracionais

agirem e sentirem como pessoas humanas. Empresta-se vida e ação a seres inanimados.

Exs.: Lá fora, no jardim que o luar acaricia, um repuxo apunhala a alma da solidão.

O rio tinha entrado em agonia, após anos de devastação em suas margens.

A Morte roubou-lhe o filho mais querido.

PARADOXO (oxímoro): consiste esta figura em usar, intencionalmente, um contra-senso.

Exs.: “Feliz culpa, que nos valeu tão grande Redentor!”(Santo Agostinho)

Valentia covarde assaltar e matar pessoas indefesas!

IRONIA: é a figura pela qual dizemos o contrário do que pensamos, quase sempre com intenção

sarcástica.

Exs.: “Há recessão, há desemprego, há miséria, mas tudo está sob controle de geniais

economistas.”(Evandro L. e Silva)

Vejam os altos feitos destes senhores: dilapidar os bens do país e fomentar a corrupção!

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Aulas 01 a 24

FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

Em nossa língua, há dois processos gerais para a formação de palavras: derivação e composição.

1. DERIVAÇÃO: consiste em formar palavra nova (derivadas) a partir de outra já existente(primitiva).

Realiza-se de quatro maneiras:

por sufixação: acrescentando-se um sufixo ao radical: dentista, jogador, realizar

por prefixação: acrescentando-se um prefixo ao radical: incapaz, desligar, supersônico, pré-

história

por derivação parassintética: anexando-se, ao mesmo tempo, um prefixo e um sufixo ao

radical: envergonhar (em+vergonha+ar), empalidecer (em+pálido+ecer), desalmado

(des+alma+do).

É importante fazer distinção:

Descarregar (des + carregar) – prefixação

Achatamento (achatar + mento) – sufixação

Amaciar (a + macio + ar) – parassíntese

por derivação regressiva: substituindo-se a terminação de um verbo pelas desinências –a, -

o ou –e: mudar – muda; atacar – ataque; pescar – pesca; chorar – choro; abalar – abalo.

Além desses processos de derivação propriamente dita, existe ainda o da derivação imprópria, que

consiste em mudar a classe de uma palavra, estendendo-lhe a significação. Os adjetivos passam a

substantivos: os bons, o verde; os particípios passam a subst. ou adjetivos: um feito heróico, ente

querido, filho amado; os verbos passam a substantivos: o andar, o sorrir, o viver.

2. COMPOSIÇÃO

Pelo processo de composição associam-se duas ou mais palavras ou dois ou mais radicais para

formar palavra nova. Pode ser:

por justaposição: unindo-se duas ou mais palavras (ou radicais) sem lhes alterar a estrutura:

passatempo, girassol, televisão, rodovia, sempre-viva, cor-de-rosa.

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Aulas 01 a 24

Por aglutinação: unindo-se dois ou mais vocábulos ou radicais, com supressão de um ou

mais de um de seus elementos fonéticos: aguardente (água + ardente), planalto (plano + alto),

embora (em + boa + hora)

3. REDUÇÃO

Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida: cinema (por

cinematografia); foto (por fotografia), moto (por motocicleta)

4. HIBRIDISMO

São palavras em cuja formação entram elementos de línguas diferentes: monocultura (mono +

cultura, grego e latim); televisão (tele + visão, grego e latim); alcoômetro (álcool +metro, árabe e

grego)

5.ONOMATOPÉIAS

São palavras que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres.

Ex.: arrulhar (pombo, rola); badalar, repicar, repenicar (sino); bramar, bramir(feras, mar).

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Aulas 01 a 24

SINTAXE DE ORAÇÃO E PERÍODO

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO - SUJEITO E PREDICADO

Termos essenciais - sujeito e predicado

SUJEITOS : tipos

Simples: Aquela noite era a folga de Aparecida. (um núcleo)

Composto:

O pai e o filho eram duas faces da mesma moeda. (dois ou mais núcleos)

Oculto ou desinencial:

Concordamos com suas idéias. (não está expresso, mas é reconhecido pelo verbo)

Indeterminado:

Mandaram os acidentados para o hospital (verbo na 3ª p. pl.)

Vive-se bem no campo. (V.I + SE)

Precisa-se de carpinteiros. (V.T.I. + SE)

Só raramente se assiste a bons filmes. (V.T.I + SE)

É-se feliz. (V. Ligação + SE)

Pegou-se da espada e começou a lutar (T.T.D prepos. + SE)

Inexistente: Houve algum problema com você? (haver = acontecer)

Há muitos sonegadores ainda impunes. (haver = existir)

Faz dias que o carteiro não aparece.

Era cedo quando ele chegou.

Estava um dia chuvoso.

Choveu muito ontem. Basta de reclamar.

PREDICADO: tipos

Verbal: informa a ação. Os operários lutam por melhores salários. (núcleo)

Acenderam-se as luzes. (núcleo)

Nominal: informa um estado do sujeito. Com verbo de ligação. Com predicativo do suj.

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Aulas 01 a 24

Aquelas esculturas eram valiosas. (núcleo)

A população permanecia apreensiva. (núcleo)

*Predicativo do sujeito: atribui característica ao sujeito.

As crianças continuam felizes.

OBS. O pred. do sujeito pode aparecer com outros verbos.

As crianças saíram satisfeitas. (V.I.)

Os bancários terminaram o trabalho aliviados. (V.T.D.)

Verbo-nominal: expressa dupla informação: ação e estado.

Os operários chegaram cansados.

*Predicativo do objeto: atribui característica ao objeto.

Os colegas consideram Daniel inteligente. (objeto direto)

Chama-lhe ingrato. (objeto indireto)

______________________________________________

Distinção entre Predicativo do objeto e Adjunto adnominal

* O Predic. do Objeto não pertence ao mesmo termo do objeto.

Os alunos acharam a prova fácil. (Os alunos acharam-na fácil)

* O Adjunto adnominal pertence ao mesmo termo do objeto.

Os alunos fizeram uma prova fácil. (Os alunos fizeram-na.)

______________________________________________

Estrutura do Predicado Verbal: formado de verbo transitivo e verb. intransitivo.

V. Intransitivo: As árvores florescem na primavera.

V.T.Direto: Os pássaros fazem seus ninhos.(fazem-nos)

V.T.Indireto: O imóvel pertence aos herdeiros. (pertence-lhes)

V.T.D.I. : Certos alunos escrevem poesias à namorada.

Sujeito e Vozes do Verbo

*Sujeito Agente - voz ativa.

O menino quebrou o copo.

*Sujeito Paciente - voz passiva.

O copo foi quebrado pelo menino.

O edifício ficou deteriorado pelo tempo. (analítica)

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Aulas 01 a 24

Reproduziu-se o acidente no depoimento. (sintética)

*Sujeito Agente e Paciente - voz reflexiva.

A garota pintou-se rapidamente.

Termos Integrantes - Complementos Verbais / Complemento Nominal / Agente da Passiva

Complementos verbais

* Objeto Direto: O cheiro de tinta contaminou o ar. (contaminou-o)

* Objeto Indireto: A notícia não agradou ao povo ( não lhe agradou)

* Objeto Direto Preposicionado: Amar a Deus sobre todas as coisas (amá-lo)

Estimava aos parentes. (estimava-os)

Abel matou Caim. (nas inversões)

O capitão arrancou da espada. (colorido semântico)

É o homem a quem amo. (amo-o)

A notícia sensibilizou a todos.

.Complemento Nominal: completa substantivo, adjetivo ou advérbio.(com preposição)

A lembrança do passado martelava-lhe na cabeça.

O porão da casa estava cheio de ratos.

Os bons políticos agiram favoravelmente ao povo.

Agente da Passiva: termo que indica quem pratica a ação sofrida pelo verbo.

A cidade estava rodeada de saqueadores.

Elenira era respeitada pelos companheiros do patrão.

A grama fora cortada por Marilisa.

Termos Acessórios: Adjunto Adnominal / Adjunto Adverbial / Aposto / Vocativo

Adjunto Adnominal: acompanha o nome

As nossas três pipas coloridas contrastavam com o céu azul.

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Aulas 01 a 24

Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal

* Adjunto adnominal - termo preposicionado apresenta ideia de agente.

A redação do aluno foi perfeita. (o aluno redige)

* Complemento Nominal - termo preposicionado apresenta ideia de paciente

A redação da lei não foi bem interpretada. (a lei foi redigida)

Adjunto Adverbial: indica circunstância do verbo, do adjetivo ou do advérbio.

O tempo passou rapidamente. / Flávio é muito bom goleiro. / O pessoal saiu bem depressa.

Aposto: termo que explica, resume, esclarece outro termo da oração.

São Paulo, a maior capital do Brasil, vive hoje problemas sociais.

Aqui está a mercadoria pedida: arroz, feijão e material de limpeza.

O rio Amazonas é o maior do país.

Os convidados não foram à festa, o que deixou o aniversariante frustrado.

Vocativo: desligado da estrutura da oração, usado para chamar/interpelar a pessoa.

Companheiros, a decretação da greve será necessária Tenham cuidado com os copos, meus filhos.

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO

Tipos de Oração:

- Oração Absoluta - forma o período simples.

Hoje as lojas estão movimentadas.

- Oração Coordenada - mantém relação de independência.

Fomos ao cinema, mas ele estava lotado.

- Oração Subordinada - depende sintaticamente de outra oração.

Procurei quem digitasse o trabalho.

- Oração Principal - é aquela da qual a oração subordinada depende.

Procurei quem digitasse o trabalho.

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Aulas 01 a 24

ORAÇÃO COORDENADA

*Assindética - sem conjunção - Chegou, gostou, ficou para sempre.

*Sindética - com conjunção coordenativa

1. aditivas: ideia de adição (e, nem, mas também, mas ainda, como também...).

Os cubanos não só conheciam a música, mas também a literatura brasileira.

2. adversativas: ideia de contraste, de oposição.(mas, porém, todavia, contudo, entretanto,

no entanto...)

Aquela estrada era perigosa, entretanto era muito usada.

3. alternativas: ideia de alternância.(ou, ou...ou, ora...ora, já...já...).

Ora chama pela mãe, ora procura o pai.

4. explicativas: expressam motivo, razão, explicação. (porque, que, pois (antes do verbo).

É bom ser criticado, porque assim crescemos interiormente.

5. conclusivas: ideia de conclusão.(logo, portanto, por conseguinte, pois (depois do verbo).

Falta carne no mercado; conheça, pois, a comida vegetariana.

ORAÇÃO SUBORDINADA

Oração Subordinada Adverbial- tem a função de advérbio e funciona como adjunto adverbial da

O.P. Classificação feita segundo o sentido da circunstância adverbial que expressa.

1) Causais: ideia de causa.(porque, visto que, já que, porquanto, na medida em que, como,

uma vez que...)

Chegou cansado, visto que seu trabalho fora muito pesado.

2) condicionais: ideia de condição. (se, caso, contanto que, desde que...)

Viajaremos ainda hoje, desde que o tempo continue bom.

3) consecutivas: ideia de consequência.( que(tal, tanto, tamanho, tão), de sorte que...)

Estávamos tão cansados na viagem que víamos imagens duplas.

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Aulas 01 a 24

4) conformativas: ideia de conformidade.(como, conforme, segundo, consoante...)

Segundo dizem os cientistas, a sociedade das formigas tem uma perfeita organização.

5) concessivas: ideia contrária.(embora, ainda que, se bem que, por mais que, posto que,

conquanto, não obstante ...).

Por mais que estude, ainda tem muito que aprender.

6) comparativas: apresentam o 2º termo da comparação.(como, mais.. do que, menos...que,

tão...como, tanto...quanto...)

Nós corríamos como lebres assustadas.

7) proporcionais: ideia de proporção. (à medida que, à proporção que...)

À proporção que limpávamos os livros, o cheiro de bolor sumia.

8) finais: ideia da finalidade do fato expresso na O.P.(a fim de que, para que...)

Fiz minha autocrítica a fim de que me sentisse melhor.

9) temporais: ideia do tempo em que ocorre o fato. (quando, logo que, até que, sempre que,

enquanto, assim que, mal...)

10) Eu ficaria lendo até que o sono viesse.

Oração Subordinada Substantiva - tem função sintática.

Conector: Conj. Integrantes: que e se (substituível por ISTO)

1) Subjetiva: sujeito da O. Principal . Cumpre que estudemos a lição.

2) Objetiva Direta: O.D. da O.Princ. Espero que os reprovados aprendam a lição.

3) Objetiva Indireta: O.I. da O.Princ. Precisamos de que acabem as lutas.

4) Completiva Nominal: C.N. da O.P. Estamos desejosos de que a paz seja duradoura.

5) Predicativa: Pred. do Suj. da O.P. (v. ligação) Nossa esperança é que os povos vivam em paz.

6) Apositiva: aposto da O.P. Queremos somente isto: que a distribuição de renda seja mais justa.