informativo conjuntural 1441 de 16 de março de · pdf file3 natural de ano a ano, a...

13
LEIA NO PANORAMA GERAL Emater/RS-Ascar na Expoagro, a energia que vem do campo. LEIA NESTA EDIÇÃO Milho: Produtividade segue surpreendendo. N.º 1.441 16 de março de 2017 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. PANORAMA GERAL Emater/RS-Ascar na Expoagro, a energia que vem do campo A energia do campo: agricultura familiar e sustentabilidade. Com este tema, a Emater/RS-Ascar participa de mais uma Expoagro Afubra, realizada na próxima semana, de 21 a 23 de março, no Rincão Del Rey, em Rio Pardo. Neste ano, em 17 espaços temáticos, vamos difundir ideias e práticas que aliam diversidade, conservação do solo, produção, renda, preservação e consciência ambiental com satisfação e qualidade de vida no campo. Em todas as temáticas, destaque para o uso de tecnologias alternativas, como a fotovoltaica, em diversos espaços de produção, como no sistema agroflorestal, na irrigação de olerícolas, no cultivo do morango em substrato e nas cercas elétricas para ovinos e bovinos. A implantação e o manejo de Sistemas Agroflorestais em fruticultura serão demonstrados em um pomar, apresentando a fruticultura integrada com ovinocultura. Uma colmeia de vidro possibilitará ao público ver o trabalho das abelhas, cujas espécies regulamentadas no RS serão apresentadas. Na avicultura colonial, será instalado um modelo de aviário que comprova essa excelente alternativa para produção de carne e ovos. A bovinocultura de leite vai apresentar técnicas de Planejamento forrageiro, Silagem, Qualidade do leite e Criação de terneira, inclusive com manejo coletivo dos animais. Já na piscicultura, será possível conhecer as etapas de produção, qualidade da água, introdução de alevinos e despesca racional, com demonstração diária às 15h30. Haverá ainda processamento e receitas à base de pescado, inclusive defumado, com degustações diárias na Casa da Emater, incluindo de carne bovina, suína e ovina, nas oficinas de processamento, e nas oficinas culinárias, realizadas na Cozinha Didática, de pratos elaborados com hortaliças, frutas e grãos. A secagem e a armazenagem de grãos são incentivadas a partir da construção, nas propriedades, de um silo secador com ar natural. Numa propriedade também incentivamos o saneamento ambiental, que envolve embelezamento e a utilização de materiais recicláveis. Aliás, vamos apresentar nosso programa de Gestão Sustentável, com os números que comprovam a melhoria da gestão e o comprometimento de toda a família com os muito bons resultados alcançados. Durante a feira, haverá mostra de produtos das cooperativas regionais e de produtos classificados pelas nossas Unidades de Cooperativismo, além de comercialização de artesanato rural e apresentação da Rota Turística Caminho dos Tropeiros, de Candelária, uma alternativa de geração de renda e diversificação nas propriedades rurais. E no tradicional Pavilhão da Agroindústria Familiar, com a Secretaria de Desenvolvimento Rural Pesca e Cooperativismo (SDR), vamos disponibilizar informações sobre a legalização de agroindústrias. Assim será nossa participação na Expoagro Afubra, incentivando a diversificação na propriedade rural, orientando nossos agricultores para que tenham renda e qualidade de vida, e mostrando aos jovens que é possível produzir sem degradar o ambiente em que vivemos. Isso não apenas melhora a vida no campo, mas promove a permanência do jovem e a sucessão familiar rural. A todos, uma ótima Expoagro Afubra! Clair Kuhn Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

Upload: trinhhanh

Post on 07-Mar-2018

217 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: Informativo Conjuntural 1441 de 16 de março de · PDF file3 natural de ano a ano, a tendência é de redução global, e o recorde de derretimento de 2012 pode ser batido a qualquer

LEIA NO PANORAM A GERAL

Emater/RS-Ascar na Expoagro, a energia que vem do campo.

LEIA NESTA EDIÇÃO Milho: Produtividade segue surpreendendo.

N.º 1.441 16 de março de 2017

Aqui você encontra:

� Panorama Geral

� Condições Meteorológicas

� Grãos

� Hortigranjeiros

� Criações

� Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões.

PANORAM A GERAL

Emater/RS-Ascar na Expoagro, a energia que vem do c ampo

A energia do campo: agricultura familiar e sustentabilidade. Com este tema, a Emater/RS-Ascar participa de mais uma Expoagro Afubra, realizada na próxima semana, de 21 a 23 de março, no Rincão Del Rey, em Rio Pardo. Neste ano, em 17 espaços temáticos, vamos difundir ideias e práticas que aliam diversidade, conservação do solo, produção, renda, preservação e consciência ambiental com satisfação e qualidade de vida no campo. Em todas as temáticas, destaque para o uso de tecnologias alternativas, como a fotovoltaica, em diversos espaços de produção, como no sistema agroflorestal, na irrigação de olerícolas, no cultivo do morango em substrato e nas cercas elétricas para ovinos e bovinos. A implantação e o manejo de Sistemas Agroflorestais em fruticultura serão demonstrados em um pomar, apresentando a fruticultura integrada com ovinocultura. Uma colmeia de vidro possibilitará ao público ver o trabalho das abelhas, cujas espécies regulamentadas no RS serão apresentadas. Na avicultura colonial, será instalado um modelo de aviário que comprova essa excelente alternativa para produção de carne e ovos. A bovinocultura de leite vai apresentar técnicas de Planejamento forrageiro, Silagem, Qualidade do leite e Criação de terneira, inclusive com manejo coletivo dos animais. Já na piscicultura, será possível conhecer as etapas de produção, qualidade da água, introdução de alevinos e despesca racional, com demonstração diária às 15h30. Haverá ainda processamento e receitas à base de pescado, inclusive defumado, com degustações diárias na Casa da Emater, incluindo de carne bovina, suína e ovina, nas oficinas de processamento, e nas oficinas culinárias, realizadas na Cozinha Didática, de pratos elaborados com hortaliças, frutas e grãos. A secagem e a armazenagem de grãos são incentivadas a partir da construção, nas propriedades, de um silo secador com ar natural. Numa propriedade também incentivamos o saneamento ambiental, que envolve embelezamento e a utilização de materiais recicláveis. Aliás, vamos apresentar nosso programa de Gestão Sustentável, com os números que comprovam a melhoria da gestão e o comprometimento de toda a família com os muito bons resultados alcançados. Durante a feira, haverá mostra de produtos das cooperativas regionais e de produtos classificados pelas nossas Unidades de Cooperativismo, além de comercialização de artesanato rural e apresentação da Rota Turística Caminho dos Tropeiros, de Candelária, uma alternativa de geração de renda e diversificação nas propriedades rurais. E no tradicional Pavilhão da Agroindústria Familiar, com a Secretaria de Desenvolvimento Rural Pesca e Cooperativismo (SDR), vamos disponibilizar informações sobre a legalização de agroindústrias. Assim será nossa participação na Expoagro Afubra, incentivando a diversificação na propriedade rural, orientando nossos agricultores para que tenham renda e qualidade de vida, e mostrando aos jovens que é possível produzir sem degradar o ambiente em que vivemos. Isso não apenas melhora a vida no campo, mas promove a permanência do jovem e a sucessão familiar rural. A todos, uma ótima Expoagro Afubra!

Clair Kuhn Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

Page 2: Informativo Conjuntural 1441 de 16 de março de · PDF file3 natural de ano a ano, a tendência é de redução global, e o recorde de derretimento de 2012 pode ser batido a qualquer

2

BRASILEIRO NÃO RECONHECE CIÊNCIA NA AGRICULTURA Pesquisa conduzida pelo IBOPE CONECTA revelou que o brasileiro não relaciona a produção de alimentos com a aplicação de conhecimento científico. Segundo dados do levantamento, apesar de 79% dos entrevistados declararem ter interesse por ciência, apenas 23% dos respondentes acreditam que o conhecimento científico auxilia na produção de alimentos. O dado surpreende uma vez que a agricultura é um dos setores no qual o Brasil mais se destaca. A pesquisa, ao mostrar que o brasileiro se interessa por ciência, mas não a relaciona com a produção de alimentos, mostra que é necessário aproximar esse tema do cotidiano das pessoas para que elas reconheçam que nem só de eletrônicos e medicamentos vive a pesquisa e que, principalmente no caso do Brasil, a inovação está no essencial, na alimentação. Outros dados da pesquisa revelam que o entendimento das tecnologias é proporcional ao interesse do respondente pelo conhecimento científico. É o caso dos organismos geneticamente modificados (OGM) ou transgênicos. O IBOPE CONECTA apurou que 80% das pessoas responderam corretamente ao serem questionadas sobre o que é um transgênico e esse número cresce entre os interessados por ciência. Ao analisarmos especificamente a percepção pública da transgenia, nota-se uma oportunidade. A grande maioria de respondentes (73%) afirma já ter consumido transgênicos, e entre os 27% que não sabem ou afirmam que não ingeriram, 59% se mostram abertos a experimentar. Em linha com os estudos científicos, testes e análises de biossegurança, que garantem que os transgênicos são seguros para alimentação humana, animal e para o meio ambiente, 33% acreditam que eles fazem mal ou causam reações alérgicas (29%). Apesar disso, nenhum dos entrevistados enumerou com exatidão as culturas geneticamente modificadas (GM) plantadas no Brasil. O País cultiva hoje sementes transgênicas de soja, milho e algodão. Na pesquisa, os dois primeiros são citados por, respectivamente, 60% e 51%. A resposta correta é mencionada por apenas 11% dos participantes. Além disso, a resistência a pragas foi adequadamente mencionada por 77% da amostra, mas 61% também atribuiu a essas plantas uma maior durabilidade que elas não têm. Um último dado da pesquisa IBOPE CONECTA confirma o distanciamento entre o cotidiano das pessoas e o conhecimento sobre as tecnologias

empregadas na produção de alimentos. Ao serem questionados sobre que tipo de substância eles acreditam que consomem ao ingerir alimentos, apenas 17% demonstrou saber que também ingere DNA ao se alimentar de carnes, frutas, verduras e legumes. Mais do que isso, 73% dos entrevistados demonstram preocupação em ingerir essa molécula. A pesquisa sugere, portanto, que há um hiato no conhecimento básico. A constatação de que as pessoas não sabem que há DNA no que ingerem mostra a falta de conexão entre as informações técnicas e a realidade. Fonte: Agrolink QUER SABER QUANTO SE MUDA O CLIMA? Um estudo faz correlação direta entre emissões pessoais de carbono e degelo do Oceano Ártico e conclui que cada vez que alguém viaja de avião de ida e volta para a Europa, são derretidos três metros quadrados de gelo no polo Norte. A cada quatro mil quilômetros que se roda com um carro a gasolina, são derretidos três metros quadrados de gelo no Ártico. A cada dois meses comendo bife uma vez por dia, são derretidos três metros quadrados de gelo no Ártico. Como há muita gente que viaja de avião, anda de carro e come bife, nesse ritmo o gelo do Ártico não tem mais muito tempo de vida. Neste estudo cientistas da Alemanha e dos Estados Unidos acabam de calcular quanto. São eles: Dirk Notz, do Instituto Max-Planck de Meteorologia, em Hamburgo, e Julienne Stroeve, do NSIDC (Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve), em Boulder (EUA). Eles estabeleceram a primeira correlação direta entre emissões de gases de efeito estufa por hábitos pessoais e derretimento da camada de gelo marinho que cobre o Oceano Ártico – que abriga o polo Norte. O trabalho publicado no site do periódico científico Science mostra que cada tonelada de CO2 emitida pela humanidade – cada atividade listada acima emite uma tonelada de gás carbônico – causa o derretimento de três metros quadrados de gelo no Ártico. Com essa correlação em mãos, conseguiram produzir uma resposta plausível para a questão - quando o polo Norte estará livre de gelo no verão? A resposta é que o Ártico está numa trajetória de derretimento muito mais acelerada do que o previsto pelos modelos climáticos. Em 2012, a extensão mínima do mar congelado no verão, medida em setembro, foi o equivalente à metade da média verificada entre 1979 e 2000. Embora haja enorme variação

Page 3: Informativo Conjuntural 1441 de 16 de março de · PDF file3 natural de ano a ano, a tendência é de redução global, e o recorde de derretimento de 2012 pode ser batido a qualquer

3

natural de ano a ano, a tendência é de redução global, e o recorde de derretimento de 2012 pode ser batido a qualquer momento (em 2016 o degelo foi o segundo maior da história, estatisticamente empatado com 2007). Esse movimento é chamado de “espiral da morte”: quanto mais gelo se perde, mais área de oceano fica exposta, o que aumenta a absorção de radiação solar, causando ainda mais degelo. Neste estudo, quantifica-se o CO2 em algo em torno de um trilhão de toneladas – o mesmo que a humanidade ainda pode emitir neste século para evitar que o aquecimento global ultrapasse 2°C. Para os níveis de emissão atuais, de 35 a 40 bilhões de toneladas de CO2 por ano, o estudo sugere que o gelo marinho desapareça por todo o mês de setembro em menos de 30 anos. A conta é simples: uma tonelada de CO2 por três metros quadrados igual a 100 mil quilômetros quadrados por 35 bilhões de toneladas de CO2 – é mais ou menos a perda verificada anualmente no Oceano Ártico. Trata-se de um número conservador, já que ele se refere às médias mensais para todo o mês de setembro. O estudo também mostra que o polo Norte pode ser mantido congelado: basta reduzir para emissões cumulativas totais compatíveis com alcançar a meta de aquecimento de 1,5°C [do Acordo de Paris], ou seja, para emissões significativamente menores do que um trilhão de toneladas, o gelo marinho no Ártico tem uma chance de sobrevivência no longo prazo, ao menos em algumas partes do Oceano Ártico. Fonte: Notícias de Sustentabilidade

GRÃOS Arroz – Os produtores seguem com os trabalhos de colheita, que alcançam no período 20% do total plantado nesta safra. Os rendimentos neste primeiro momento superam as estimativas divulgadas recentemente, com casos que superam os oito mil quilos por hectare, com bom rendimento de engenho. O percentual colhido poderia estar bem mais adiantado não fossem as intensas chuvas ocorridas no período entre 08 e 14 do corrente mês, que em muitos casos ultrapassaram os 100 mm no acumulado (na faixa central do Estado). Todavia, caso as condições meteorológicas permitam, esse percentual deverá aumentar significativamente tendo em vista que 40% da área se encontra madura e com condições de ser ceifada. Segundo a meteorologia, nos próximos

cinco dias a precipitação pluviométrica deverá ficar ao redor dos 5 mm, atingindo no máximo 15 mm na Fronteira Oeste. Em temos de sanidade, não são reportados casos significativos de pragas ou moléstias que possam interferir na produtividade das lavouras.

Arroz: fases da

cultura no RS

Safra atual Safra anterior Média

Em 16/03

Em 09/03

Em 16/03

Em 16/03

Plantio 100% 100% 100% 100% Ger./Des. vegetativo 0% 4% 6% 0%

Floração 10% 15% 18% 08% Enchimento de grãos 30% 38% 23% 30%

Maduro por colher 40% 30% 35% 40%

Colhido 20% 13% 18% 22% Na comercialização o produto segue mantendo estabilidade, com os preços da saca de 50 quilos entre R$ 41 e R$ 49.

Page 4: Informativo Conjuntural 1441 de 16 de março de · PDF file3 natural de ano a ano, a tendência é de redução global, e o recorde de derretimento de 2012 pode ser batido a qualquer

4

Feijão 2ª Safra – A cultura de feijão da safrinha no Estado se encontra com cerca de 85% plantada (sobre estimativa de área total de 19.926 ha), apresentando desenvolvimento vegetativo normal, favorecido pelas condições climáticas dos últimos períodos. Lavouras semeadas no cedo já estão em floração, e em algumas poucas inicia a fase de enchimento de grãos. A produtividade esperada inicialmente é de 1.369 kg/ha, mas o potencial produtivo do momento é bem maior, podendo chegar próximo ao rendimento da primeira safra, que foi de 1.753 kg/ha. Pela estimativa de preços baixos no pós-colheita da primeira safra, não houve estímulo do produtor para plantar. Muitas lavouras plantadas destinam-se ao consumo das propriedades (autoconsumo e sementes) e para vendas em feiras. Algumas áreas do Alto Jacuí e Noroeste Colonial apresentam ocorrência de mosca branca, sendo necessário controle. Produtores aplicam fungicida e adubação nitrogenada.

Milho – O panorama da cultura não sofreu alterações em relação aos períodos anteriores. A colheita, em que pesem algumas interrupções devido às chuvas, transcorre dentro da normalidade, não sendo mais ágil por causa da soja que tem a preferência dos produtores neste momento.

O milho de segunda safra (safrinha) vem apresentando ótimo desenvolvimento vegetativo, sendo que em algumas lavouras se observa o início do período reprodutivo, com boas perspectivas de produtividade. Muitos silos e armazéns buscam o escoamento do milho colhido a fim de dar lugar para a soja. No município de Garruchos, a unidade da Coopatrigo tem 70 mil sacas de milho estocadas; grande parte desse volume é deslocado para os silos da Cesa em São Luiz Gonzaga, dando espaço para o recebimento da oleaginosa, considerando a expectativa de um aumento significativo da produção. Estão em andamento as reuniões das Comissões Municipais de Estatística Agropecuária (COMEA) onde têm sido constatados rendimentos superiores aos anos anteriores para a cultura, inclusive em relação às produtividades publicadas recentemente.

Milho: fases da

cultura no RS

Safra atual

Safra anterior Média

Em 16/03

Em 09/03

Em 16/03

Em 16/03

Plantio 100% 100% 100% 100% Germ./Des. vegetativo

1% 02% 0% 04%

Floração 2% 03% 0% 07% Enchimento de grãos 20% 26% 20% 21%

Maduro e por colher 20% 26% 20% 21%

Colhido 57% 50% 60% 46% Preço da saca de 60 quilos, pago ao produtor: R$ 23,99.

Page 5: Informativo Conjuntural 1441 de 16 de março de · PDF file3 natural de ano a ano, a tendência é de redução global, e o recorde de derretimento de 2012 pode ser batido a qualquer

5

Soja – Cultura beneficiada pelo clima favorável, passando rapidamente para a maturação. As fortes chuvas acompanhadas de ventos provocaram o acamamento da cultura, principalmente das variedades mais altas e tardias. Pelo estádio da cultura, há baixa probabilidade de danos. A produtividade apresentada está acima da média dos últimos anos. O número de vagens por planta é superior a 50, atingindo facilmente 70 vagens; enchimento total dos grãos, não apresentando grãos chochos; índice baixo de vagens danificadas por lagartas ou percevejos; doenças fúngicas muito bem controladas. No início da semana, com temperatura elevada, houve aumento da incidência de ácaro, mas com o retorno das chuvas diminuiu de intensidade. Produtores aplicam fungicidas com as lavouras em maturação. Primeiras lavouras colhidas apresentam produtividade acima de 3.600 kg/ha. Preços praticados entre R$ 60 e R$ 69/sc. com média em R$ 63,83/sc. Preço médio da saca de 60 quilos, pago ao produtor: R$ 63,83.

Soja Fases da

cultura no RS

Semana atual

Semana anterior

Safra anterior Média*

Em 16/03

Em 09/03

Em 16/03

Em 16/03

Plantio 100% 100% 100% 100% Germ./Des. veget. 0% 0% 5% 0%

Floração 5% 10% 20% 3% Enchimento de grãos 53% 60% 50% 55%

Maduro e por colher 27% 20% 15% 29%

Colhido 15% 8% 10% 13%

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais Na região Sul , a produção de hortaliças está concentrada nos municípios de Pelotas, Rio Grande, Arroio do Padre e Turuçu. Essa produção continua com boa oferta na Ceasinha de Pelotas. A comercialização do tomate, pimentão, cebola e abóboras permanece com valores muito baixos, bem abaixo dos custos de produção. Aumento significativo da oferta das folhosas, melão, melancia e pepino salada no mercado, depreciando preços. Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial , já está concluída a colheita das frutíferas como melão e melancia, com poucos frutos a serem comercializados. Citros em início da comercialização, com a tangerina Satsuma Okitsu; uva e pêssego com colheita concluída; morangueiros de dias neutros manejados com poda. Semana com alta umidade provocando aumento da incidência de doenças nas culturas olerícolas. Folhosas como alface e rúcula cultivadas em estufa apresentam estiolamento. Algumas cultivares de repolho apresentam rachadura da

Page 6: Informativo Conjuntural 1441 de 16 de março de · PDF file3 natural de ano a ano, a tendência é de redução global, e o recorde de derretimento de 2012 pode ser batido a qualquer

6

cabeça; repolho e couve-flor com problemas de apodrecimento. Produtores intensificam o preparo do solo para a implantação das cultivares de verão. Incidência de mosca branca. No Litoral Norte , a última semana foi marcada pelo sol intenso e pelas altas temperaturas que vêm ocorrendo na região. Apesar de algumas chuvas esporádicas, o período é bastante seco. Perdeu-se um pouco das folhosas que são mais sensíveis; os produtores não podem descuidar da irrigação. A previsão para o decorrer da semana é de diminuição na temperatura e ocorrência de chuva, podendo ajudar no cultivo das olerícolas. Aumentou o número de produtores na produção orgânica e cultivo protegido, sendo que a comercialização da produção é realizada através da organização do grupo. Possivelmente, tal interesse se dá pela reação de mercado que busca produção certificada como orgânica. Em Osório alguns produtores têm acessado ao mercado pela entrega direta, e as feiras estão demandando mais produtos e exigindo dos produtores a solução de dificuldades na produção e logística de entrega. No caso da alimentação escolar, a comercialização no município está centrada na cooperativa de produtores e consumidores do Litoral Norte, sendo que atualmente, a Coopviva está fornecendo alimentos para escolas de alguns municípios do litoral. Na região Metropolitana o clima na semana foi muito quente, com chuvas e ventos moderados. As culturas na região tiveram problemas em decorrência dessas condições climáticas, que foram críticas em razão das temperaturas altas, o que resultou em perdas na lavoura. O mercado está sendo suprido pela região serrana do Estado , mantendo o preço considerado baixo, o que tem dificultado a manutenção das despesas dos produtores da região Metropolitana. O clima da semana nos Altos da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo , que teve o predomínio de calor, chuvas, umidade relativa do ar elevada e orvalho pela manhã, além da limitação de incidência de radiação solar, é muito desfavorável às olerícolas em geral. Os cultivos a campo são mais prejudicados, mas os em estufa também são afetados. Esta condição climática favorece o desenvolvimento de doenças fúngicas e bacterioses.

Culturas folhosas (alfaces) com bom desenvolvimento, quando manejadas sob estruturas de proteção (sombrites e aluminetes). Repolho, couve-flor e brócolis com presença de pulgões e lagartas, e dependendo do nível de ataque/dano é necessário o manejo; houve elevação do preço em função da oferta reduzida de repolho. O tomate está em colheita, e em algumas lavouras é finalizada a colheita da primeira safra. Implantação de tomate em estufa visando a safra de outono. Abóboras e morangas em fase de colheita e desenvolvimento dos frutos. O clima úmido provoca o desenvolvimento de doenças fúngicas foliares como o oídio. Melancia e melão com a colheita finalizada. O pepino para conserva, cultivado em ambiente protegido, não está com produção satisfatória por conta da reduzida radiação solar e umidade. As plantas apresentam-se com aspecto de estiolamento e pouco frutos. Aipim e batata-doce em fase de desenvolvimento; as lavouras apresentam bom aspecto fitossanitário e bom potencial produtivo. Inicia a colheita de batata-doce. Produtores preparam as áreas para plantio de alho, sendo que os plantios não são expressivos. Apesar do clima desfavorável, principalmente para as foliosas, a oferta de produtos nos mercados e feiras segue regular. Na região Norte (Alto Uruguai) , houve melhora do desenvolvimento das verduras pela elevação da temperatura e pelo aumento dos dias de sol. Tomate colhido com bom rendimento, preços em torno de R$ 3,00/kg nas feiras municipais. Alface comercializada de R$ 2,00 a R$ 2,50, conforme o local. Os citros estão com bom desenvolvimento. Variedades como a bergamota Satsuma (chamada de 15 de março) começam a ser colhidas e estão sendo vendidas a R$ 2,00/kg. Caqui começa a ser colhido, comercializado com valores em torno de R$ 3,00/kg. Uva a ser colhida em Erechim com boa produtividade, em torno de 18 t/ha. Olerícolas Pimenta - Cultura com bom desenvolvimento e em diversos estágios: o de floração em 25% e 75% em frutificação. Produtores seguem realizando os tratos culturais principalmente com aplicações preventivas de fungicidas para controle da doença antracnose. A área plantada no município de

Page 7: Informativo Conjuntural 1441 de 16 de março de · PDF file3 natural de ano a ano, a tendência é de redução global, e o recorde de derretimento de 2012 pode ser batido a qualquer

7

Turuçu, na região Sul do Estado, é de seis hectares. As cultivares mais plantadas são Dedo de Moça, Bico Doce, Caiana e Cecoia. Segue a comercialização da pimenta seca das safras anteriores, com valores de R$ 20,00/kg. A pimenta fresca é negociada a R$ 3,00/kg. Abóbora híbrida japonesa - Fase predominante é de colheita na zona Sul . A colheita foi intensificada com o excessivo calor que causou prejuízos nas lavouras maduras, sendo que as perdas ficaram entre 10/% e 20% da produção prevista. As produtividades são elevadas, estando ao redor de 15 t/ha; no entanto o preço do produto se encontra em baixa devido à grande oferta em todas as regiões produtoras não só do Estado, mas também no Paraná e Santa Catarina, o que provocou uma redução significativa nos preços praticados na Ceagesp, principal centro de distribuição de hortigranjeiros do País e definidor do preço em nível nacional. O preço praticado está entre R$ 0,25 a R$ 0,35/kg na lavoura. A colheita acontece desde final de dezembro, e as produtividades são muito boas em média. Frutícolas Figo - Cultura na fase de frutificação e colheita. Estão colhidos 68% da safra da zona Sul . Preços pagos aos produtores variam de R$ 2,00 a R$ 3,00/kg. Valores maiores para os figos de melhor qualidade, principalmente em razão do tamanho. Boa produtividade dos pomares. Na região, há 120 hectares plantados em 432 propriedades rurais; a expectativa é colher 401 toneladas. Na Campanha e Fronteira Oeste , os pomares de figo estão em frutificação. Produtores realizam adubações nitrogenadas na expectativa de elevar e garantir produção da segunda colheita, uma vez que a primeira foi afetada pelas condições climáticas desfavoráveis. Banana – No Litoral Norte , municípios de Morrinhos do Sul, Três Cachoeiras, Mampituba, Dom Pedro de Alcântara e Torres, o clima quente e úmido no solo está propício para o desenvolvimento da cultura. Produto com excelente procura/demanda no mercado, especialmente pela banana da variedade Prata. Houve manutenção de preços altos na semana devido à produção e à oferta de frutos de qualidade, em razão da época propícia.

• Banana Caturra (caixa de 20 quilos): de primeira R$ 20,00; de segunda a R$ 10,00

• Banana Prata (caixa de 20 quilos): de primeira R$ 36,00; de segunda a R$ 18,00

• Banana Ecológica - R$ 3,50/kg da banana Prata e R$ 2,50/kg da Caturra (comercializada em feiras)

A disponibilidade de frutos para a colheita na região está abaixo das quantidades normais para a época. Na região Central do Estado , em São João do Polêsine, onde há 14 produtores de banana com uma área total de 22,50 hectares, o bananal está em fase de frutificação e emitindo cachos. A procura pela fruta é maior que a disponível no momento, faltando fruta para comercialização pelo PNAE. Melancia - Em Cacequi , a área plantada nesta safra foi de 700 hectares. As áreas implantadas no cedo tiveram prejuízos em decorrência das condições meteorológicas de tempo muito chuvoso, dias com alta umidade, o que exigiu maior investimento no controle fitossanitário. As lavouras do cedo são plantadas até outubro e já estão colhidos cerca de 360 hectares, com frutas comercializadas a um preço médio de R$ 0,30/kg. Já as lavouras do tarde também caminham para o final da colheita; estas áreas são cultivadas focando na exportação interestadual para São Paulo. Em decorrência de granizo, foi contabilizada perda de 48 hectares de melancia no município de Cacequi. Outras Culturas Tabaco - Produtores da região Sul seguem realizando a atividade de colheita e secagem do tabaco. Estão colhidos 92% do fumo total da região. A ocorrência de dias de muito calor e abafamento intensos apressou a maturação das folhas do tabaco. Em Canguçu, são realizadas colheita e comercialização. Lavouras com bom desenvolvimento. Devido à quantidade de fumo maduro, os produtores estão com pouco espaço nas estufas para a cura do fumo. Há algumas perdas em função deste aperto na secagem do tabaco. Algumas áreas tiveram prejuízos devido à ocorrência de granizo localizado. Inicia a comercialização; 4% do tabaco produzido foi comercializado. O tabaco nessa região segue

Page 8: Informativo Conjuntural 1441 de 16 de março de · PDF file3 natural de ano a ano, a tendência é de redução global, e o recorde de derretimento de 2012 pode ser batido a qualquer

8

com incrementos crescentes de áreas com os camaleões preparados para o plantio direto na palha. Aproximadamente 40% de um total estimado de 28 mil hectares de plantio são cultivados neste sistema. Na região do Baixo Vale do Rio Pardo, a colheita está finalizada e no Alto da Serra do Botucaraí e Centro-Serra está também chegando ao fim. Seguem os trabalhos de secagem nas estufas. Agricultores com dificuldade de comercialização de algumas classes de fumo (fumo do baixeiro). Nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste, a colheita está concluída. As atividades concentram-se agora na classificação, enfardamento e comercialização. O produto foi de boa qualidade em decorrência das condições climáticas favoráveis ao longo do ciclo. Nas restevas, foi implantado milho. O preço médio pago é de R$ 90,00 a R$ 95,00/@, um pouco inferior ao do ano passado. Segundo informações obtidas com produtores e freteiros, ainda é considerada lenta a entrega do produto para essa safra. Erva-mate – Nos vales do Caí e Taquari , a cultura está em período de plena brotação com grande intensidade. Preços praticados para a erva-mate convencional ficam entre R$ 10,00 e R$ 14,00/@. A erva-mate nativa tem valores entre R$ 12,00 e R$ 14,00/@. O da Nativa sombreada chega a R$ 15,00/@ e o da Orgânica, entre R$ 16,00 e R$ 18,00/@. A tendência nos preços é pela estabilidade. A comercialização da produção está ocorrendo normalmente, havendo um equilíbrio entre oferta e procura, o que justifica a estabilidade dos preços; época de retomada no consumo com a aproximação do período de menos calor. Não está ocorrendo ataque significativo de pragas no momento. Os produtores estão realizando operações de limpeza e colheita; clima muito favorável para o desenvolvimento vegetativo. Cana-de-açúcar - As áreas do produto na região das Missões estão em fase de desenvolvimento vegetativo. A cultura apresenta desenvolvimento normal e satisfatório, em função de umidade e temperatura favoráveis ao crescimento. Há perspectiva de uma ótima safra nos 4.715 hectares implantados na região.

CRIAÇÕES Pastagens – Com as condições de umidade, insolação e temperatura das últimas semanas, as pastagens estão com excelente rebrote e taxa de crescimento. Nas pastagens de verão, áreas cultivadas com milheto, sorgo forrageiro e capim sudão apresentam ótima condição de utilização. Este quadro também se repete nas perenes de verão (braquiárias, panicuns e tiftons). Produtores que realizaram fenação nas pastagens de trevo e cornichão estão manejando as áreas de melhor potencial produtivo para produção de sementes. O campo nativo apresenta alta capacidade de suporte, fornecendo alimentação em quantidade e qualidade. Os produtores realizam roçadas nas áreas de campo nativo, para controle de plantas invasoras. Várias áreas de pastagens foram alagadas devido às fortes chuvas, na região Central do Estado; as águas baixaram rapidamente na maioria dos casos, não trazendo maiores prejuízos às pastagens e aos animais. Os produtores estão ajustando a carga animal de acordo com a oferta de forragem das pastagens e campo nativo; troca de potreiros e manejo das áreas com uso de cercas elétricas. Com o ajuste da carga, há melhores resultados no ganho de peso dos animais. Início do preparo do solo para implantação de pastagens de inverno: azevém, aveia, cornichão e trevos. Bovinocultura de Corte – Com as condições satisfatórias para a época, os rebanhos estão mantendo boa condição corporal. Terneiros ganham peso rapidamente, apresentando bom desenvolvimento nesta temporada. Período reprodutivo se encaminha para o final; algumas propriedades ainda mantêm os touros para repasse. No decorrer do mês iniciam-se os diagnósticos de gestação nas fêmeas, atividade que auxilia na seleção de matrizes e define os animais a serem descartados. Devido às condições favoráveis e ao estado corporal dos animais, acredita-se em altos índices de repetição de cria nos rebanhos. O calor e a umidade têm favorecido a incidência de carrapatos, bernes e mosca-do-chifre nos rebanhos, com proliferação e incidência elevadas. Manejo sanitário contra parasitas internos e

Page 9: Informativo Conjuntural 1441 de 16 de março de · PDF file3 natural de ano a ano, a tendência é de redução global, e o recorde de derretimento de 2012 pode ser batido a qualquer

9

externos em todas as categorias, com atenção especial à verminose em terneiros. Em alguns casos, os produtos utilizados em banho e pour on têm apresentado pouca eficiência no controle, principalmente do carrapato, que pode ser atribuída a dois fatores: a ocorrência de chuva após a aplicação e a resistência dos parasitas ao princípio ativo utilizado. Esta situação tem levado os produtores a utilizar novas moléculas ou associar produtos para controle das infestações. O procedimento eleva os custos e em alguns casos pode haver intoxicação dos animais. É recomendado que os produtores busquem orientação – preferencialmente de um médico veterinário, sigam as recomendações de utilização de cada produto e que tomem os devidos cuidados na manipulação e aplicação destes produtos, evitando risco para as pessoas e os animais. Comercialização Com a proximidade do inverno, começa a aumentar a oferta de boi para abate. Porém a comercialização de animais para abate continua fraca, com poucos negócios concretizados; os abatedouros exigem melhores rendimentos de carcaça. Cresce a demanda por custeio pecuário para cobrir as despesas de melhoramento do campo nativo no inverno e para aquisição de animais de recria. Na região de Pelotas, foi iniciada mais uma etapa de comercialização de terneiros, com peso superior a 140 kg vivo e preços de referência entre R$ 5,30 e R$ 5,50/kg vivo, a serem exportados para o Oriente Médio, através do Porto de Rio Grande. Preços do terneiro nas regiões de Bagé R$ 5,50/kg vivo; Passo Fundo R$ 5,50/kg vivo e Pelotas R$ 5,65/kg vivo. Preços do boi gordo nas principais praças de comercialização do Estado (R$/kg vivo) Município Boi gordo Vaca gorda Alegrete 4,90 4,40 Bagé 5,15 4,70 Cachoeira do Sul 5,03 4,43 Canguçu 4,80 4,30 Dom Pedrito 5,00 4,60 Encruzilhada do Sul 5,00 4,40 Frederico Westphalen

5,00 4,50

Jaguarão 5,00 4,30 Lagoa Vermelha 5,40 4,50 Palmeira das Missões

5,00 4,20

Pelotas 5,00 4,50

Santa Maria 5,00 4,47 Santa Vitória do Palmar

4,80 4,30

Santana do Livramento

4,85 4,30

Santo Antônio da Patrulha

5,60 4,80

Santo Antônio das Missões

5,25 4,35

São Borja 5,15 4,40 São Gabriel 4,80 4,20 Teutônia 4,90 4,65 Uruguaiana 4,80 4,30 Média 5,02 4,43 Mínimo 4,80 4,20 Máximo 5,60 4,80 Fonte: Relatório de preços semanais recebidos pelos produtores nº 1961 – Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater-RS/Ascar

Preços do boi para abate mês a mês e preço médio (R$/kg vivo) durante o período2012 a 2016

4,394,44

4,47

4,37 4,39

4,52

4,60

4,51

4,28

4,17

4,31

4,50

4,41

3,90

4,00

4,10

4,20

4,30

4,40

4,50

4,60

4,70

JAN MAR MAI JUL SET NOV MÉDIA

Boi para abate

Fonte: Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater-RS/Ascar

O gráfico acima mostra o comportamento do preço médio e mês a mês do boi para abate, corrigido pela série histórica 2012-1016 da Emater-RS/Ascar, onde tivemos um preço médio R$ 4,41/kg vivo, configurando claramente os períodos de safra e entressafra do boi gordo no RS; ou seja, além das questões de conjuntura econômica brasileira, o nosso inverno corresponde ao período de entressafra; já o período de plantio das lavouras equivale ao pico da nossa safra, quando é obrigatória a retirada do gado invernado nas restevas de inverno.

Page 10: Informativo Conjuntural 1441 de 16 de março de · PDF file3 natural de ano a ano, a tendência é de redução global, e o recorde de derretimento de 2012 pode ser batido a qualquer

10

Comparação entre os preços da semana e preços anteriores do boi para abate em R$/kg vivo

4,60

4,80

5,00

5,20

5,40

5,60

5,80

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Médiageral

Médiamarço

5,02 5,045,11

5,80

5,005,06

Boi para abate

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV)

Nota - Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2012-2016 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2012-2016.

A situação de mercado nesta semana mostra pequena baixa de -0,40% em relação à semana anterior, -1,76% menor em relação ao mês anterior e uma baixa significativa de -13,45 em relação à média de 2016.

Ovinocultura Da mesma maneira que os demais animais de produção, os ovinos encontram-se com bom estado nutricional devido às condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento do campo nativo e de pastagens cultivadas. Fim da época de classificação e seleção das fêmeas, com eliminação das que não se enquadram no padrão zootécnico almejado pelos produtores, descarte das mais velhas ou das que têm defeitos de aprumos, qualidade da lã, baixo desenvolvimento, etc. Encarneiramento dos rebanhos em andamento, com previsão da manutenção do manejo reprodutivo durante o mês de março, com a retirada dos carneiros prevista para o início de abril. Alguns produtores esquilam os carneiros para melhor desempenho. A tendência é que se tenha um bom índice de prenhez devido ao bom escore corporal do rebanho.

Como a umidade e as altas temperaturas vêm se mantendo, está havendo muita incidência de mangueira, frieiras e miíases nos rebanhos. Nos ovinos acometidos com problemas de foot rot (manqueira), o tratamento curativo está sendo eficiente, mas alguns produtores estão utilizando a vacina evitando a disseminação da doença no rebanho. As condições estão favoráveis a uma maior incidência de parasitas; os produtores realizam manejos estratégicos para o controle da verminose ovina com dosificações de acordo com a necessidade ou conforme a condição corporal do rebanho. São realizados banhos de imersão para o controle de ectoparasitas, como a sarna e o piolho. Comercialização A comercialização de cordeiros e capões continua, e os preços continuam atrativos, chegando em alguns locais a mais de R$ 6,00/kg vivo. Os cordeiros bem manejados poderão apresentar até 35 kg vivo aos cinco meses de idade. O preço da carne ovina, a nível de propriedade, comercializada com nota de produtor, está entre R$ 15,00 e R$ 18,00/kg. Preços regionais do capão: Bagé entre R$ 4,80 e R$ 5,50/kg vivo; Pelotas entre R$ 4,00 e R$ 5,50/kg vivo e Santa Rosa a R$ 5,50/kg vivo. Preços da ovelha entre R$ 4,50 e R$ 5,00/kg vivo na regional de Bagé e de R$ 5,00/kg vivo na regional de Santa Rosa. A produção de lã já foi comercializada, a maioria para barracas regionais, que compram para revender para indústrias uruguaias. Os preços estão levemente inferiores aos do ano anterior, mas os ovinocultores ficaram satisfeitos com os valores obtidos na comercialização da produção de lã. Preços praticados nesta semana para a comercialização de cordeiros (R$/kg) Município Preços Alegrete 5,00 Bagé 5,25 Dom Pedrito 4,90 Encruzilhada do Sul 6,00 Jaguarão 6,00 Júlio de Castilhos 5,50 Santana do Livramento 5,60 Santo Antônio das Missões 6,00 São Borja 5,50

Page 11: Informativo Conjuntural 1441 de 16 de março de · PDF file3 natural de ano a ano, a tendência é de redução global, e o recorde de derretimento de 2012 pode ser batido a qualquer

11

São Gabriel 5,80 Uruguaiana 5,20 Preço médio 5,52 Fonte: Relatório de preços semanais recebidos pelos produtores nº 1961 – Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater-RS/Ascar

Preços do cordeiro para abate mês a mês e preço médio (R$/kg vivo) durante o período2012 a 2016

4,854,83

4,694,66

4,724,76

5,03

4,93 4,92

4,85

4,99

4,884,84

4,40

4,50

4,60

4,70

4,80

4,90

5,00

5,10

Cordeiro para abate

Fonte: Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater-RS/Ascar

O gráfico acima mostra o comportamento do preço médio e mês a mês do cordeiro para abate, corrigido pela série histórica 2012-1016 da Emater-RS/Ascar, onde tivemos um preço médio de R$ 4,84/kg vivo; evidencia também que o segundo semestre é o período de maior procura de carne de cordeiro, especialmente nas festas de fim de ano, época em o cordeiro disputa as ceias natalinas com os já tradicionais peru e leitão assado, ou seja, já em novembro os abatedouros procuram elevar seus estoques para atender esta demanda. Nas estações de outono e inverno, o mercado é abastecido com carne congelada. O mês de julho mostra o pico do preço, provavelmente sinalizando a existência de estoques muito abaixo da demanda. Evento No município de Herval, continuam os preparativos para a realização de mais um Concurso Regional de Artesanato e Borregas, com programação prevista para 28 de abril de 2017. Piscicultura Na região de Erechim, o calor da semana acelerou a alimentação dos peixes, e a umidade relativa do ar favoreceu a manutenção dos níveis dos açudes. Produtores têm na atividade uma

alternativa para aumentar a renda na propriedade, comercializando carpas Cabeça Grande, Húngara e Prateada entre R$ 3,30 e R$ 3,40/kg e Carpa Capim a R$ 6,30/kg. Na região de Santa Rosa, seguem em andamento o manejo dos açudes e a alimentação complementar. Muitos produtores ainda estão repovoando os açudes com alevinos. Os níveis dos açudes são bons. Em Caibaté ocorreu reunião técnica em 15 de março sobre Piscicultura com mais de 20 produtores que encomendaram alevinos para povoamento dos açudes. Na região de Porto Alegre, embora tenha estabilizado a área de criação de peixes, há expectativa de que este ano ocorra um aumento na produção. A fase é de crescimento dos peixes, e espera-se produção média de 2.300 kg/ha. Para estimular a produção, a Emater/RS-Ascar e os grupos de piscicultores da região estão se mobilizando junto às secretarias municipais de agricultura a fim de organizarem feiras quinzenais ou mensais para a comercialização de peixe vivo. Preços praticados na região de Porto Alegre Produto/espécie Preços (R$/kg) Carpa Cabeça Grande (feiras)

13,00 a 14,00

Carpa Cabeça Grande (viveiros)

5,50 a 7,00

Carpa Capim (feiras) 13,00 a 14,00 Carpa Capim (viveiros) 5,00 a 7,00 Carpa Húngara (feiras) 13,00 a 14,00 Carpa Húngara (viveiros)

5,50 a 7,00

Carpa Prateada (feiras) 13,00 a 14,00 Carpa Prateada (viveiros)

5,50 a 7,00

Carpas em geral (eviscerada)

14,00 a 15,00

Carpas em geral (postas)

18,00 a 22,00

Tilápia (filé) 27,00 a 32,00 Tilápia (viveiros) 5,00 a 6,00

Fonte: Escritório Regional Emater/RS-Ascar de Porto Alegre

Pesca artesanal Na região de Pelotas, vem acontecendo a pesca da Corvina, Tainha e Camarão na Lagoa dos Patos. Em Tavares, boa produção de Tainha; camarão capturado na Lagoa do Peixe está muito pequeno. Em São Lourenço do Sul, pelo fato de

Page 12: Informativo Conjuntural 1441 de 16 de março de · PDF file3 natural de ano a ano, a tendência é de redução global, e o recorde de derretimento de 2012 pode ser batido a qualquer

12

a Lagoa dos Patos não ter salgado, temos forte crise na pesca, em razão da pouca captura de peixes e ausência do camarão. Em São José do Nort e, há relatos de boas capturas de camarão. Eventos Em Pelotas, foi realizada a 4ª Semana do Peixe, entre 08 e 10 de março. No ponto de comercialização “Do Calçadão”, no centro da cidade, foram comercializadas mais de cinco toneladas de pescado Preços praticados em Torres Produto Preço (R$/kg) Abrótea (filé) 12,00 Anchova 12,50 Bagre (filé) 10,00 Corvina 10,00 Linguado (filé) 26,00 Pampo 9,00 Papa-terra 11,00 Peixe-anjo (filé) 14,90 Peixe-rei 10,00 Pescada (filé) 12,80 Tainha 10,50 Tilápia 6,00 Tilápia (eviscerada) 12,00 Tilápia (filé) 20,00

Fonte: Escritório regional Emater/RS-Ascar de Porto Alegre Na região de Santa Rosa, o nível do Rio Uruguai teve rápida elevação após a chuva, chegando na marca de quatro metros e com perspectiva de aumentar. A turbidez da água é alta por conta da intensidade pluviosidade ocorrida a montante. Pescadores aguardam a estabilização do nível para a captura de peixes de couro, principalmente Pintados e Cascudos. As oscilações repentinas no nível do rio continuam causando prejuízos aos pescadores, seja dificultando a atividade pesqueira, seja destruindo material disposto no leito e pego pelo aumento da velocidade da água. A procura por peixes de rio é grande.

Page 13: Informativo Conjuntural 1441 de 16 de março de · PDF file3 natural de ano a ano, a tendência é de redução global, e o recorde de derretimento de 2012 pode ser batido a qualquer

ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTO RES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTER IORES

Produtos Unidade Semana Atual Semana

Anterior Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série Histórica – 2012/2016

16/03/2017 09/03/2017 16/02/2017 17/03/2016 GERAL MARÇO

Arroz em Casca 50 kg 44,10 46,24 48,43 44,64 43,48 41,70

Feijão 60 kg 179,14 182,75 188,85 163,18 172,96 170,35

Milho 60 kg 23,99 25,05 27,36 39,72 32,70 33,75

Soja 60 kg 63,89 64,24 65,63 73,34 76,08 73,51

Sorgo Granífero 60 kg 24,84 26,04 27,78 34,16 27,79 28,25

Trigo 60 kg 28,13 28,44 28,18 36,60 37,09 36,12

Boi para Abate kg vivo 5,02 5,04 5,11 5,80 5,00 5,08

Vaca para Abate kg vivo 4,43 4,47 4,54 5,15 4,49 4,55

Cordeiro para Abate kg vivo 5,51 5,52 5,57 5,77 5,34 5,24

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,51 3,53 3,44 3,51 3,72 3,70

Leite (valor liquido recebido) litro 1,14 1,11 1,10 0,98 1,03 0,98

13/03-17/03 06/03-10/03 13/02-17/02 14/03-18/03 - -

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2012-2016 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2012-2016.