pan-africanismo, de 1441 ao século 21

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Pan-africanismo, de 1441 ao século 21 Com base na visão de nossos antepassados Tony Martin Professor de Estudos Africana Wellesley College, EUA IN: http://www.panafricanperspective.com/au_intellectuals.html Visão Histórica A grande tragédia de 1441 pode ser tomada como um ponto de partida conveniente no caminho que levou eventualmente ao moderno pan-africanismo. Naquele ano, saqueadores portugueses marítimos sequestraram alguns africanos na costa Oeste Africana e partiu para Portugal. Em 1502 alguns dos africanos recém-escravizados foram transportados através do Atlântico a partir da Península Ibérica para a ilha caribenha de Hispaniola, hoje compartilhada pela República Dominicana e Haiti. Mais tarde, chegaram diretamente da África para as Américas. Estas foram as fases de abertura de nossa "maafa", nosso holocausto da escravidão, o tráfico transatlântico de escravos. Apesar do fato de que a escravidão já existia desde tempos imemoriais na maioria das sociedades, o comércio transatlântico de escravos foi qualitativamente diferente do que tinha sido antes. Foi a escravidão, em que foi feito um esforço conjunto para desumanizar suas infelizes vítimas. Foi também o comércio transatlântico de escravos, ao contrário de comércio similar à Ásia ou em

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Visão ampla do movimento pan-africanista no século XX

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Pan-africanismo, de 1441 ao sculo 21Com base na viso de nossos antepassadosTony MartinProfessor de Estudos AfricanaWellesley College, EUA

IN: http://www.panafricanperspective.com/au_intellectuals.html

Viso Histrica

A grande tragdia de 1441 pode ser tomada como um ponto de partida conveniente no caminho que levou eventualmente ao moderno pan-africanismo. Naquele ano, saqueadores portugueses martimos sequestraram alguns africanos na costa Oeste Africana e partiu para Portugal. Em 1502 alguns dos africanos recm-escravizados foram transportados atravs do Atlntico a partir da Pennsula Ibrica para a ilha caribenha de Hispaniola, hoje compartilhada pela Repblica Dominicana e Haiti. Mais tarde, chegaram diretamente da frica para as Amricas.

Estas foram as fases de abertura de nossa "maafa", nosso holocausto da escravido, o trfico transatlntico de escravos. Apesar do fato de que a escravido j existia desde tempos imemoriais na maioria das sociedades, o comrcio transatlntico de escravos foi qualitativamente diferente do que tinha sido antes. Foi a escravido, em que foi feito um esforo conjunto para desumanizar suas infelizes vtimas. Foi tambm o comrcio transatlntico de escravos, ao contrrio de comrcio similar sia ou em outros lugares, que produziu os primrdios do movimento Pan-Africano moderna.

O novo comrcio de escravos fez estragos em sociedades africanas. Milhes de jovens nos seus anos mais produtivos foram arrancados de suas terras nativas e enviados para longe, para enriquecer a Europa. Comunidades inteiras se mudaram em um esforo para evitar a captura. Os lderes africanos colaboracionistas foram alistados na busca e captura de sua prpria parentela. Uma nova classe de especialistas comerciantes de escravos "mulatos", foi desenvolvida ao longo da costa Oeste Africano. A jurisprudncia das sociedades africanas foi subvertida com a venda escravido Europeia, sendo substituda por mais punies humanas tradicionais para o comportamento criminoso. Onde formas mais leves de servido foram, uma vez, os resultados da guerra, agora a captura de prisioneiros para a venda aos europeus tornou-se muitas vezes uma causa para a guerra. [1]Os africanos capturados foram transportados em condies terrveis em todo o Oceano Atlntico. Durante a travessia do Atlntico, cerca de um tero dos recm-escravizados, acredita-se, terem morrido antes de chegar nas Amricas. Aqueles que sobreviveram viagem, foram submetidos a quatrocentos anos da maior selvageria sustentada que o mundo j conheceu.Enquanto a maioria dos africanos escravizados foram retiradas da rea entre Senegal e Angola, a rede foi lanada longe. Alguns africanos chegaram s Amricas a partir de centenas de quilmetros para o interior e to distantes como Madagascar.Quatrocentos anos deste ataque deixou a frica fraco e incapaz de suportar a corrida para o continente desencadeada pelo imperialismo europeu, no sculo 19. Europa no mesmo perodo cresceu forte. Sua revoluo industrial, a primeira na histria, deu-lhe um domnio do mundo, que mantm at hoje. Esta revoluo industrial foi construda sobre os super lucros sem precedentes do comrcio de escravos e da escravido. [2]E como um insulto final para a leso causada pelo trfico de escravos, os europeus viraram a histria de cabea para baixo, propagando as alegaes do racismo pseudo-cientfico. Eles argumentaram que os africanos foram escravizados justificadamente, pois eram menos que humanos. Africanos, primeiros povos altamente civilizados do mundo, nunca desenvolveram sociedades avanadas, disseram.Comerciantes de escravos, tanto cristos quanto judeus igualmente, remontaram ao milenar mito talmdico da maldio de Cam, ao afirmarem que Deus havia decretado que os africanos deveriam ser escravos para toda a eternidade. Filsofos e estadistas europeus e americanos aceitaram como ortodoxia a alegao de que os africanos eram incapazes de desenvolvimento intelectual. [3]Os africanos recm espalhados comearam, entretanto, a longa e rdua luta para recuperar a sua liberdade e sua humanidade. As reaes iniciais ao sequestros europeus eram to hostis que os saqueadores europeus foram obrigados a evitar reas de desembarques anteriores. Eles tambm moveram-se cada vez mais para encontrar lderes locais colaboracionistas. s vezes, como nas ilhas Bijags, a resistncia foi feroz o suficiente para forar os europeus a deixar essas pessoas em paz. s vezes, lderes iluminados como Rainha Nzingha de Angola foram capazes de resistir as incurses europeias por um tempo. [4]Nas Amricas, a histria foi um dos que, em sua msica "Buffalo Soldier", Bob Marley descreveu como:

Lutando na chegada,Lutando pela sobrevivncia.

O primeiro carregamento de africanos Hispaniola, em 1502, foi levado para as colinas e comeou a resistncia de guerrilha marrom, que se tornou uma caracterstica permanente das sociedades escravistas, onde quer que existissem. [5] Os poucos que se alfabetizaram, apesar de leis que proibiam a educao aos escravos, mais tarde usaram a sua aprendizagem para promover a causa da liberdade. Phillis Wheatley, nascida no Senegal, arrebatada escravido em torno da idade de sete anos, e vendida para servido em Boston, exemplificou o compromisso dos africanos letrados na dispora. Ela foi o primeiro americano Africano para autor de um livro de corpo inteiro, seus Poems on Various Subjects, Religious and Moral (Poemas Sobre Vrios Assuntos, Religiosos e Morais) (1773). Ela lamentou o horror da escravido nas seguintes linhas memorveis:

I, young in life, by seeming cruel fate Was snatched from Afric's fancy'd happy seat: What pangs excruciating must molest, What sorrows labor in my parent's breast![6]

Talvez, o exemplo mais marcante no incio da luta literria veio em 1829, o polmico recurso de David Walker, tambm escrito em Boston. Walker, um homem livre, mostrou com a histria grega e romana, bblica e antiga, que no houve forma anterior de servido que se aproximasse daquela desenvolvida pelo hemisfrio ocidental em sua brutalidade. Ele confrontou os racistas pseudo-cientficas, mostrando que as civilizaes pioneiras do mundo no vale do Nilo foram construdas pelos africanos. Ele disse que os brancos eram os inimigos naturais de africanos e convocou o escravo a se levantar. [7]

Mas o desenvolvimento mais profundo na longa luta de volta foi a descoberta do pan-africanismo. Seria em 1900, antes mesmo do movimento Pan-Africano nomear-se, mas o que existia em essncia, desde o incio da disperso forada de crianas de frica.O Pan-africanismo trouxe a percepo de que a frica tornou-se uma comunidade global. Milhes de africanos foram agora dispersos por uma vasta poro do globo. Africanos de digamos, Gana e Angola, que puderam previamente terem ignorado a existncia um do outro, puderam agora encontrar-se lado a lado, trabalhando em plantaes de algum. Todos foram obrigados a fazer ajustes comuns para a nova realidade. As lnguas crioulas, prticas religiosas e manifestaes culturais que emergiram desta nova realidade eram verdadeiramente Pan-Africanas. A nova lngua franca em um nico lugar pode conter palavras originrias de diversas partes da terra natal africana. Quando uma nica religio africana parecia prevalecer, com um exame atento pde ser visto influncias de outras religies africanas e das religies europeias.Apesar de existirem comunidades etnicamente identificveis em alguns lugares na frica (por exemplo, aldeias Yoruba, Hausa, Mandingo e Congo na ps-emancipao Trinidad), Na dispora, a realidade foi outra, eles sabiam que eram africanos e, portanto, identificados com a frica, mas que no conseguiam identificar qualquer etnia africana como sua ascendncia exclusiva. Esta conscincia Africano difusa foi acompanhada de um grande anseio de estabelecer contato com a ptria, a partir do qual seus filhos tinham sido violentamente arrancados.Este sentimento precoce de frica como um nico lugar para onde as pessoas desejavam retornar, encontrou vrias manifestaes. Alguns tentaram pular no mar de navios negreiros e nadar de volta quando ainda avistavam o continente. Alguns cometeram suicdio na expectativa de que seus espritos retornariam para casa dos antepassados. Alguns camuflavam o desejo de voltar para casa nas letras de suas canes de plantio. Alguns, como o Pawpaw Daaga, em Trinidad em 1837, e o Mandingo Cinque em Cuba, em 1839, lideraram levantes armados com o objetivo expresso de conquistarem o seu caminho de volta para a frica. [8]

Aqueles que permaneceram na dispora, consciente ou inconscientemente recriaram o ambiente africano de muitas maneiras. Quilombolas trouxeram arquitetura africana, lngua, religio e msica para suas comunidades autnomas. Retenes africanas foram generalizadas na comunidade em geral - em tambores, nas calypsoes yorubs de influncia de Trinidad, no combate a vara e no figurino carnavalesco, nas danas tradicionais e prticas religiosas, em contos folclricos e diversas prticas culturais [9]. No tempo devido, claro, os africanos da dispora iriam criar, sobre essas retenes africanas, novas formas de inspirao africana da cultura popular (entre eles de jazz e blues, samba, merengue, tango, msica afro-cubana e reggae). Dessas retenes, criativamente aplicadas em novos ambientes, vieram a steelband Trinidad, o tambor Africano e a percusso metlico em uma nova roupagem.Todas essas tendncias foram aumentadas com a emancipao, que nas Amricas veio em vrios momentos, principalmente no sculo 19. O simples desejo de retornar para a frica assumiu novas dimenses. Mohammedu Sisei de Trinidad conseguiu voltar para a Gmbia logo aps sua emancipao. [10] Milhares de brasileiros retornaram para vrias partes da frica Ocidental. [11] Dezoito mil congoleses e seus descendentes em Cuba formram em uma organizao. Entre 1000 e 1500, na verdade nascidos no Congo, estavam tentando voltar para casa, por volta de 1901. [12] Movimentos de repatriamento proliferaram no sculo 19 nos Estados Unidos. O afro-americano Martin Delany e seu colega jamaicano americano Robert Campbell viajaram para Abeokuta em 1859, para solicitarem permisso para o retorno ptria de um grupo de africanos da dispora. Seus planos foram interrompidos pela oposio britnica e as esperanas despertadas pela Guerra Civil dos Estados Unidos de 1861-1865. Campbell, no entanto, se estabeleceu definitivamente em Lagos. Mais de trezentos barbadianos emigraram para a Libria, em 1865. [13] Aps a Guerra Civil, um movimento macio de afro-americanos da Liberia Exodus Association, teve repatriao como seu principal objetivo.Alguns brancos at entraram em ao, aproveitando-se de sentimentos Negro Pan-Africano, para livrar-se das indesejveis comunidades de africanos que existiam no meio deles. Assim, filantropos ingleses estavam dispostos repatriao dos africanos recm-libertados da Inglaterra para a Serra Leoa, em 1787. [14] Assim tambm, brancos escravistas dos Estados Unidos organizaram a Sociedade Americana de Colonizao, em 1816, para repatriar os afro-americanos para a Libria. Maroons jamaicanos foram deportados pelos britnicos para Nova Scotia, no Canad, em 1796, e, posteriormente, foram enviados para a Serra Leoa, a seu pedido. [15]A emancipao tambm possibilitou vrias dimenses mais sofisticados para o proto-Pan-africanismo de pocas anteriores. Para o desejo de lembrar a frica ou simplesmente voltar para casa, foi adicionado, antes de tudo, um desejo de defender-se em nome de frica.Os recm-libertados, ansiosamente abraaram quaisquer oportunidades de educao e de acumulao de capital vinham ao seu caminho, apesar dos inmeros obstculos colocados pelas autoridades coloniais. Havia um sentimento de que grande parte da frica ainda estava no auge do comrcio de escravos, ou que sofria a devastao provocada pelo comrcio, ou estava prestes a ser devorada pelo imperialismo europeu. Africanos na dispora sentiam a obrigao de fazer tudo o que podiam para aliviar este estado de coisas. Jornais africanos ps-emancipao, como o Creole, na Guiana e o Jamaica Advocate, assumiram uma posio pr-frica e seus leitores eram informados sobre a evoluo de todo o mundo Pan-Africano. Toussaint L'Ouverture pensou em tomar um exrcito haitiano para a frica Ocidental, a fim de erradicar o trfico de escravos na sua fonte. Edward Wilmot Blyden de St. Thomas, Ilhas Virgens, emigrou para a Libria e Serra Leoa e encorajou outros a fazerem o mesmo. [16]Este desejo de ajudar de alguma forma concreta, foi expressa de vrias maneiras. s vezes, as ajudas foram fornecidas ptria por meio de uma educao para estudantes africanos em instituies afro-americanas de ensino superior. No final do sculo XIX e incio do sculo XX, estudantes africanos da frica do Sul, Malawi e em outros lugares poderiam ser encontrado em instituies como Livingstone College, na Carolina do Norte e da Universidade de Wilberforce em Ohio. A permanncia de africanos na Amrica pode muitas vezes, ser uma influncia radical. Malau John Chilembwe, por exemplo, voltou para casa a partir de Livingstone para liderar uma revolta contra o colonialismo britnico em 1916. James Thaele da frica do Sul voltou para casa pela Universidade Wilberforce para se tornar um lder influente no Congresso Nacional Africano.Muitos dos africanos da dispora, desejosos de contribuir, fizeram via atividade missionria crist. Eram cristos devotos, que acreditavam que o Evangelho, juntamente com a criao de escolas e da prestao de servios sociais, seriam os meios ideais para a realizao de seu desejo de ajudar. A West Indian Church Association, enviou missionrios a partir de Barbados para o Rio Pongo na frica Ocidental, a partir de 1850. Denominaes afro-americanos, como a Igreja Metodista Episcopal Africano enviou missionrios para a frica Ocidental, frica do Sul e do Caribe. Outros missionrios afro-americanos e do Caribe foram para a frica sob os auspcios das denominaes brancas. [18]Apesar de sua orientao religiosa, vrios desses missionrios tiveram um papel na radicalizao da luta contra o colonialismo na frica. Muitas denominaes afro-americanas que l estavam representados, haviam rompido com as igrejas brancas. Nesse sentido, eles eram nacionalistas e no toleravam o racismo branco missionrio na frica, ainda que tinham sido encorajados nos Estados Unidos. Enquanto que missionrios brancos, por vezes, tornaram-se agentes de expanso imperialista, missionrios africanos da dispora, por vezes, estimularam a resistncia e auto-determinao, tanto dentro da igreja africana, quanto na sociedade em geral. Na frica do Sul, igrejas nacionalistas "Ethiopianist" convidou a Igreja Metodista Episcopal Africano dos Estados Unidos [19].At o incio do sculo 20, denominaes brancas, alarmadas com a relao Pan-Africana entre missionrios africanos da dispora e os africanos continentais, que se mudaram para evitar oficialmente que missionrios negros entrassem na frica. A conferncia conjunta dos missionrios brancos e funcionrios polticos das naes imperialistas aconteceu em Le Zoute, Blgica em 1926. Os conferencistas recomendaram a proibio de missionrios negros, a menos que eles fossem aprovados sob os auspcios das denominaes brancos. [20] medida que o sculo XIX avanava, o empreendimento Pan-Africano tornou-se, cada vez mais, uma troca de duas vias, de pessoas e ideias. "Africanos livres" resgatados de navios negreiros, foram trazidos como trabalhadores livres, contratados para lugares como a Guiana, Trinidad e Jamaica. O britnico comando mercenrio West India Regiment, s vezes era formado com uma maioria de soldados nascido na frica. [21] Soldados senegaleses comandados por franceses atuaram em colnias do Novo Mundo da Frana. Os lderes africanos, como Behanzin, o rei do Daom e o Rei Jaja da Nigria foram exilados pelos europeus para o Caribe. Prncipe Kofi Nti, filho do Asantehene de Gana, foi enviado para Trinidad para ser educado perto do fim do sculo 19. A Libria, originalmente criada em 1820 como um refgio para o regresso da dispora africanos, continou a solicitar novos imigrantes. Edward Wilmot Blyden voltou para os Estados Unidos vrias vezes de seu lar adotivo do Oeste Africano. Ele pediu que os afro-americanos e caribenhos africanos a repatriar para a Libria. [22]Nem todos esses jogadores eram necessariamente as foras positivas de todos os tempos. O West India Regiment, por exemplo, foi usado para derrubar revoltas de escravos e a Rebelio Jamaicana em 1865, bem como para ajudar a conquistar a frica Ocidental Britnica. No entanto, essas variadas pessoas ajudaram a manter a conscincia da frica e da cultura africana viva. Afro-caribenhos, por exemplo, demonstraram apoio do rei Jaja, quando ele foi exilado para a ilha de So Vicente. [23] E mesmo os veteranos da West India Regiment, por vezes, viveram o suficiente para se arrependerem de seus papis anteriores e tornaram-se Pan-africanistas. Blyden desempenhou um papel importante no sentido de incentivar os 346 barbadianos para repatriar para a Libria em 1865. (Um deles, Arthur Barclay, mais tarde tornou-se presidente da Libria).Quando imperador o etope Menelik II derrotou os invasores italianos em 1896, em meio disputa europeia para o continente, ele consolidou apoio Pan-Africano em todos os lugares. O haitiano Pan-africanista, Benito Sylvain, viajou de Paris para a Etipia para oferecer suas felicitaes. [24]Um pequeno nmero de estudantes do Caribe africano encontrou seu caminho para Paris, Londres e Edimburgo, entre outros lugares. A exposio ao racismo metropolitana radicalizou-os; a exposio a outros estudantes de outras partes da dispora africana estimulou sua conscincia Pan-Africana. A Universidade de Edimburgo teve uma Afro-West Indian Literary Society, em 1900. [25] O estudante de direito, Henry Sylvester Williams, de Trinidad, e outros fundaram a African Association em Londres, em 1897. Benito Sylvain criou a Black Youth Association em Paris, por volta dessa poca. [26] J. Eldred Taylor, de Serra Leoa, dirigiu a Society for People of African Origin, em Londres, em torno da primeira Guerra Mundial. [27] Em 1924, tambm em Londres, Amy Ashwood Garvey, primeira esposa divorciada do grande lder Pan-Africano Marcus Garvey, ajudou a fundar uma Nigerian Progress Union (NPU) [28], seus membros eram, em sua maioria, estudantes do Oeste Africano. O NPU evoluiu em 1925 para WASU, a famosa West African Students Union, baseada em Londres e liderada por dcadas por Ladipo Solanke da Nigria. Africanos da Dispora de fora do continente participaram WASU.Grande parte dessa efervescncia Pan-Africanista do sculo 19 e incio do sculo 20, teve seu ponto culminante com a Conferncia Pan-Africana de 1900, realizada em Londres. Esta conferncia deu o nome de "Pan-Africano" a um movimento que existia, sem nome, h mais de cem anos. Ela estabeleceu um precedente para muitas conferncias pan-africanas que viriam a acontecer no sculo 20. Ela, conscientemente, reuniu os principais homens e mulheres do Caribe, Amrica do Norte, Europa e frica Ocidental. Estabeleceu-se uma Associao Pan-Africana, a qual esperava tornar-se um parlamento provisrio da corrida; estabeleceu-se um jornal, The Pan-African, que esperava tornar-se o rgo do movimento. O jornal inaugurou uma nova nfase no Pan-africanismo como um esforo de lobby para o avano africano em todos os lugares. Para este fim, os delegados reunidos convidaram a rainha Vitria da Inglaterra para salvaguardar os direitos dos africanos na frica do Sul, no final da Guerra dos Beres, [...]. A conferncia Pan-Africana tambm procurou consagrar a ideia de independncia poltica, nomeando os lderes de naes independentes do Pan-frica - Etipia, Libria e Haiti - como grandes protetores da raa africana.A Conferncia Pan-Africana foi organizada pela recm-formada African Association, em Londres, liderada pelo estudante de Direito Henry Sylvester Williams de Trinidad. Apesar da nova nfase no lobby pan-africanista, os velhos impulsos repatriacionistas eram ainda muito vivos. Pelo menos dois dos delegados do Caribe, ambos advogados, mais tarde emigraram para Gana. Williams emigrou por um tempo para a frica do Sul, onde foi o primeiro Africano admitido para estudar Direito. [29]

A expresso intelectual do Pan-africanismo tambm acompanhou os movimentos de repatriao, conferncias, organizaes e outras expresses da crescente atividade Pan-Africano. Em 1852, o afro-americano Martin Delany, com seu livro The Condition, Elevation, Emigration and Destiny of the Colored People of the United States, aconselhou a emigrao diasprica frica como um meio de prevenir o imperialismo europeu.O afro-americano Alexander Crummell, vinte anos residente na Libria, publicou Africa and America; Addresses and Discourses em 1861, apresentando o ensaio "The Relations and Duties of free Colored Men in America to Africa." Naturalizado liberiano, Edward Wilmot Blyden publicou Christianity, Islam and the Negro Race (1887) e muitas outras obras. J. Africanus Horton, de Serra Leoa, publicou West African Countries and People e Vindication of the African Race (1868). J.E. Casely Hayford, de Gana, publicou Ethiopia Unbound em 1911. O estudioso afro-americano, W.E.B. DuBois publicou The Negro, em 1915. O haitiano Antenor Firmin publicou On the Equality of Human Races, em 1885. J.J. Thomas, de Trinidad, publicou Froudacity em 1888, em resposta a um livro racista do historiador Ingls, James Anthony Froude [...]. Eles forneceram uma viso afrocntrica da histria, insistindo que a frica tinha sido grande, ao contrrio do alegado pelos europeus. Eles viram toda a comunidade africana global como ligados na mesma luta pela liberdade, dignidade e regenerao. [30]Em nenhum lugar o envolvimento africano continental foi mais interessante nesta fase da luta do que o demonstrado na saga de Chief Alfred Sam de Gana, que liderou um movimento de massa espetacular na Amrica Africana, alguns anos antes de Marcus Garvey.Chefe Sam operou um negcio de importao e exportao nos Estados Unidos. Uma grande aglutinao de afro-americanos formou-se em torno dele, atrados por sua perspiccia nos negcios, seus sentimentos pan-africanos e seu nascimento africano. Ele comprou um navio, o bom navio da Libria, e transportou um carregamento de sessenta afro-americanos para Gana, via Barbados e na Serra Leoa, em 1915, quatro anos antes do Black Star Line de Marcus Garvey. Os colonialistas britnicos apreenderam o navio de Sam em Serra Leoa, aplicou-lhe multas injustas e, em geral, os repatriados foram forados a esgotar os fundos que tinha acumulado para estabelecer-se no Gana. Muitos foram forados a voltar para os Estados Unidos [31].

Em 1914, como diretor Sam estava negociando para seu navio, Marcus Mosiah Garvey estava lanando seu Universal Negro Improvement Association (UNIA) em Kingston, Jamaica. A UNIA representou o coroamento da expresso Pan-Africana no governamental. Com cerca de 1200 agncias em mais de quarenta pases por meados de 1920, Garvey havia construdo uma organizao Pan-Africana como nenhum outro e estava muito consciente dos precursores Pan-africanos, que o haviam precedido. Ele tinha ligaes diretas ou indiretas a bispo Henry McNeal Turner, Booker T. Washington e Edward Wilmot Blyden. Ele havia trabalhado, agitado e organizado na Jamaica, Costa Rica, Panam e outros pases; tinha viajado atravs de grande parte da Europa; havia trabalhado em Londres na revista Pan-African e no principal jornal do dia Pan-Oriental e no o African Times and Orient Review. Ele havia sido transferido para fundar sua grande organizao depois de refletir sobre os seus quatro anos de trabalho e as viagens em muitas terras. Garvey perguntou a si mesmo, ele recordou mais tarde em seu famoso livro The Philosophy and Opinions of Marcus Garvey, ou, Africa for the Africans: "Onde est o governo do homem negro? Onde est o seu rei e o seu reino? Onde est o seu presidente, o seu pas, e seu embaixador, seu exrcito, sua marinha, os seus homens das grandes coisas?" "Eu no poderia encontr-los", Garvey lamentou, "e ento eu declaro: Eu vou ajudar a torn-los". [32] Garvey percebeu, no poder de organizao, a chave para a leiga regenerao Pan-Africana.Garvey viajou de Kingston para Harlem, em 1916, para uma turn de angariao de fundos, que se transformou em uma estada de onze anos. Dentro de poucos anos, ele construiu uma organizao Pan-African, com filiais nas Amricas, frica, Europa e Austrlia. Seu jornal Negro World foi a publicao africana de maior circulao no mundo. Suas Negro Factories Corporation empregaram mais de mil pessoas em Nova York. Sua Black Star Line Steamship Corporatio, navegaram os mares. Ele esperava facilitar o comrcio e as viagens dentro da dispora africana. "Os produtores negros, distribuidores negros, consumidores negros!" Garvey exultou: "O mundo dos negros pode ser auto-suficiente. Ns desejamos sinceramente lidar com o resto do mundo, mas se o resto do mundo no nos desejarem, ns no o procuramos." [33]

A UNIA atraiu nacionalistas africanos de todo o mundo. Um jovem Nnamdi Azikiwe, da Nigria, escreveu um artigo para o Negro World. Kobina Sekyi de Gana, publicou um poema no jornal. Os pais de Malcolm X foram presidente e secretrio, respectivamente, dos ramos locais UNIA. Jomo Kenyatta, disse que, em sua juventude, considerava-se um Garveyite. A Unio dos Estudantes do Oeste Africano (WASU), em Londres, manteve uma estreita relao com Garvey. O Congresso Nacional Africano da frica do Sul teve um componente Garveyite forte. Kwame Nkrumah disse que de todos os livros que ele leu, o Garvey's Philosophy and Opinions foi a que mais o influenciou. Trinidad e Tobago, em sua maior formao poltica, Trinidad Workingmen's Association, foi dominada por Garveyites.Ideologia do nacionalismo Africano de Garvey foi o denominador comum que unificou sua organizao. Ele girava em torno de trs conceitos simples, sejam eles:

1. Primeira corrida. Os africanos devem, assumidamente, colocar seus prprios interesses raciais em primeiro lugar, seja na expresso literria e cultural, seja na escrita da histria, na disseminao de sua prpria propaganda ou qualquer outra coisa.2. Autossuficincia. Os povos africanos devem se esforar para "fazer por si", especialmente no mundo dos negcios e da indstria.3. Nationhood. [Ou a condio de ser uma nao]. A construo do poder poltico era uma necessidade. A frica deve ser recuperada dos exploradores estrangeiros, assumindo seu legtimo papel como ncora para todo o universo Pan-Africano. A dispora africana deve ser reconhecida como parte integrante da comunidade africana, como expresso no slogan de Garvey de "frica para os africanos, os que esto em casa e aqueles no exterior."

Garvey foi perseguido pelas naes imperialistas e assediados pelos comunistas. Ele foi deportado dos Estados Unidos para a Jamaica em 1927 e morreu em Londres em 1940.

Mesmo no meio da dominncia de Garvey, outros movimentos apareceram. O estudioso afro-americano W.E.B. DuBois, realizou Congressos Pan-africanos na Europa em 1919, 1921 e 1923 e em Nova York em 1927. [...]. DuBois tinha assistido a Conferncia Pan-Africana de 1900 e padronizou seus congressos sobre reunio de Henry Sylvester Williams. Em 1919, em Paris, ele foi assistido por Blaise Diagne, vice-senegals ao parlamento francs. Seu congresso de 1923 realizou alguns de suas sesses, em Lisboa, onde foi hospedado pela Liga Africana de Portugal. DuBois e Garvey manteve uma relao muito antagnicas. O integracionismo interracial de DuBois se ops a primeira corrida do nacionalismo africano de Garvey. [34]Este perodo da dcada de 1920 tambm viu a formao da Conferncia Nacional da frica Ocidental Britnica, uma importante tentativa inicial de colaborao regional, que apontou o caminho para uma eventual Unio Africana.O comunismo com inspirao Pan-africanismo tambm foi importante nos anos 1920 e 1930. George Padmore de Trinidad chefiou o Negro Bureau of the Communist International's Profintern (Red International of Labor Unions) da Internacional Comunista. Editou o Negro Worker, o principal jornal comunista Pan-Africano, de Hamburgo e em outros lugares. Ele deixou a Internacional Comunista em 1934 e mudou-se para Londres, onde se tornou uma figura importante no Pan-africanismo de 1930 at1950. [35] C.L.R. James, de Trinidad, desempenhou um papel semelhante de terico Pan-Africano para a menos importante Quarta Internacional de Leon Trotsky. [36]A invaso fascista italiana na Etipia em 1935, trouxe uma resposta Pan-Africano que uniu todos os elementos da atividade Pan-Africana. Marcus Garvey, C.L.R. James e George Padmore estavam entre os muitos que condenaram a Itlia e tentaram ajudar a Etipia. Massas de povos africanos na frica, na afro-amrica, no Caribe e na Europa manifestaram solidariedade com a Etipia. [37]Estas iniciativas polticas pan-africanas da dcada de 1920 e 1930 tiveram os seus homlogos nos movimentos literrios e culturais. O Harlem Renaissance, da dcada de 1920, foi muito facilitada pelos poetas e artistas de UNIA de Garvey. Escritor do Harlem, Langston Hughes teve um grande impacto em todo Pan-frica. A famosa poetisa afro-americana Countee Cullen pediu,What is Africa to me:Copper sun or scarlet sea,Jungle star or jungle track,Strong bronzed men, or regal blackWomen from whose loins I sprangWhen the birds of Eden sang?Onethree centuries removedFrom the scenes his fathers loved,Spicy grove, cinnamon tree,What is Africa to me?O movimento da Negritude da dcada de 1930, foi liderado por poetas instalados em Paris, Lopold Sdar Senghor do Senegal, Lon Damas da Guiana Francesa e Aim Csaire da Martinica. Das pginas de sua revista L'Etudiant Noir, que estava instalada em Paris e em outros lugares, expressaram um amor para a escurido em oposio ao imperialismo cultural europeu. A haitiana Lorimer Denis e Franois Duvalier promoveram ideias semelhantes atravs de seu movimento Griot.O Pan-africanismo francfono emanava da Frana por um longo tempo. Benito Sylvain havia colaborado com Henry Sylvester Williams na Conferncia Pan-Africano de Londres, em 1900. Conforme Williams tinha feito para o mundo anglfono, Sylvain estabeleceu precedentes, seguido por posteriores geraes de Pan-africanistas baseados em Paris. Francfona Pan-africanismo emanava da Frana por um longo tempo. Benito Sylvain havia colaborado com Henry Sylvester Williams na Conferncia Pan-Africano de Londres, em 1900. Conforme Williams tinha feito para o mundo anglfono, Sylvain estabelecer precedentes, seguido por geraes posteriores de baseados em Paris Pan-africanistas. Sylvain fundou um jornal, La Fraternit (Fraternidade), em 1890, "para defender os interesses da raa negra na Europa." Em 1898, ele fundou a Associao da Juventude Negra de Paris. Ele era um membro do Comit Oriental e Africano da Sociedade Etnogrfico de Paris e representou Haiti em congressos anti-escravido em Paris e Bruxelas. Ele tambm colaborou estreitamente com anglfonos pan-africanistas. Ele se encontrou com Booker T. Washington, em 1897, aps seu retorno do Haiti e sua famosa viagem para a Etipia para atender imperador Menelik II. Ele tambm foi um dos primeiros membros da Associao Africano baseado em Ingls Williams. Este foi o corpo que organizou a Conferncia Pan-Africano de 1900. [38]

[...]

Dentre os sucessores de Sylvains inclua Ren Maran, nascido na Martinica e vencedor do prestigiado Prmio Goncourt de literatura francesa em 1921. Seu romance premiado foi Batouala, situado na Repblica Centro Africano e considerado anti-colonial por muitos. [...]Maran foi associado com o Pan-africanista Kojo Tovalou Hounou, do Daom, na Ligue Universelle pour la Dfense de la Raa Noire (Liga Universal para a Defesa da Raa Negra), fundada em Paris em 1924. Eles publicaram na revista Les Continentes. Tovalou Hounou participaram 1.924 conveno de Garvey, em Nova York, e sugeriu uma aliana formal entre a Universal Negro Improvement Association e sua Liga Universal. [40] O nome da organizao de Hounou aparentemente foi inspirado na UNIA. Garvey tambm estava intimamente associado com o sucessor da Liga Universal, o Comit de Dfense de la Raa Ngre (CDRN), liderada pelo senegals Lamine Senghor, Garan Kouyaut do Mali e outros africanos e antilhanos baseados em Paris. Garvey realmente se juntou ao CDRN. [41]O CDRN tornou-se o Ligue de Dfense de la Raa Ngre (LDRN) em 1927. Lamine Senghor morreu no final daquele ano eo LDRN prosseguiu a sua estreita interao com os anglfonos pan-africanistas em 1930. Essa interao foi facilitada pelo seu jornal, La Raa Ngre. O contato foi mantido com Marcus Garvey, George Padmore ea Unio dos Estudantes do Oeste Africano (WASU), em Londres. [42]Grande parte da atividade Pan-Africano rico em 1930 Paris tambm centrada em torno da Martinica Paulette NarRandal. Ela presidiu um salo literrio e publicou o La Revue du Monde Noir bilnge (francs e Ingls) (A Reviso do Mundo Preto), que passou por seis questes em 1931-1932. Contriburam para a revista incluiu Ren Maran, Claude McKay da Jamaica, Harlem e Marselha, Alain Locke de Howard University, em os EUA e Langston Hughes, o mais influente dos escritores Harlem Renaissance. A lista inclui haitiano Jean Price-Mars, provavelmente o mais influente da Francofonia Pan-africanista do perodo. Price-Mars foi autor do seminal Ainsi Parla L'Oncle (1918), exaltando o patrimnio Africano do Haiti. Sua formao Pan-Africano nico includo descendncia de imigrantes afro-americanos para o Haiti. Lopold Senghor era um membro do crculo literrio agrupados em torno de La Revue du Monde Noir. A primeira edio realizada uma pintura de Aaron Douglas, o mais famoso artista da Renascena do Harlem.A Revue estava completamente bilnge com praticamente tudo, de capa a capa aparece em ambas as lnguas. Isto incluiu obras-primas poticas Harlem Renaissance como de Claude McKay "Primavera em New Hampshire" e Langston Hughes "Eu tambm":

Moi aussi, je chante L'Amrique.Je suis le frre noir.On m'envoie manger a la cuisineQuand il vient du monde,Mais j'en ris,Et mange bien,Et deviens fort..I too, sing America.I am the darker brother,They send me to eat in the kitchenWhen company comes,But I laugh,An' eat well,And grow strong..[43]

La Revue du Monde Noir superou, sem dvida, todas as publicaes na sua integrao perfeita do mundo Pan-africano francfono e anglfono. Esta, a sua inteno Pan-Africano, ficou claro em objetivos da revista como expresso na primeira edio: O objetivo triplo que LA REVUE DU MONDE NOIR ir prosseguir, ser: para criar entre os negros de todo o mundo, independentemente da nacionalidade, um lao intelectual e moral, que lhes permita conhecer melhor uns aos outros, amar uns aos outros , para defender de forma mais eficaz os seus interesses colectivos e para glorificar a sua raa ..

Assim, os duzentos milhes de indivduos que constituem a raa negra, embora dispersos entre as vrias naes, ir formar para alm do ltimo grande Irmandade, o precursor da democracia universal.A intensa atividade Pan-Africano de Paris em1930, incluiu o jornal La Dfense Lgitime, publicado em 1932 pelo poeta da Martinica Etienne Lero e outros. A WASU de Londres tambm teve o seu homlogo parisiense L'Association des Etudiants Ouest-Africains (Associao de Estudantes do Oeste Africano), fundado em 1934 e presidido por Lopold Senghor. Senghor e da revista de Csaire, L'Etudiant Noir, foi, portanto, capaz de lanar o movimento da Negritude como herdeiros de uma rica herana Pan-Africana.Esta tradio francfona teve continuidade em Alioune Diop da Prsence Africaine, publicada em Paris a partir de 1947. Este jornal (novamente bilingue) reuniu escritores, polticos e pensadores atravs da barreira da lngua. Ao contrrio de seus antecessores de curta durao, Prsence Africaine perdurou por dcadas. Seus patrocinadores organizaram os importantes congressos de escritores africanos e artistas em Paris e Roma, respectivamente, em 1956 e 1959. A conferncia de 1959 foi, na vspera da independncia de um grande nmero de pases africanos e caribenhos. Frantz Fanon, Eric Williams, Skou Tur, Lopold Senghor, J. Price-Mars, Cheikh Anta Diop, Frantz Fanon, Jacques Rabemananjara de Madagascar, Aim Csaire e St. Clair Drake da Amrica Africano estavam entre os apresentadores. Ao longo dos anos, eles se juntaram a John Henrik Clarke, Eduardo Mondlane de Moambique, Kofi Busia de Gana, Nnamdi Azikiwe (escrevendo sobre o futuro do Pan-africanismo), George Padmore, Kwame Nkrumah, Julius Nyerere, DeGraft Johnson de Gana, George Lamming e Carlos Moore de Cuba, entre outros. Notvel entre os apresentadores 1956 foi o jovem advogado senegals, Abdoulaye Wade, agora presidente do Senegal e um dos patronos da conferncia atual, que claramente herdeiro das conferncias de 1956 e 1959. Procuradoria Wade questionou a imparcialidade do direito francs em um Africano contexto em que foi culturalmente inapropriada. Ele abordou esta questo no contexto do tema da conferncia "as perspectivas da cultura negra." Ele argumentou que a cultura no poderia florescer na ausncia de liberdade, e que a m aplicao da legislao francesa em algumas circunstncias, tende a diminuir a liberdade das pessoas que respeitam a lei, mas culturalmente diferentes. Ele observou o papel ativista positivo da lei na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos e viu o advogado Africano como tendo uma responsabilidade especial para corrigir a injustia legal na frica. Pois, segundo ele, "se o papel de um advogado Africano no tem nada a distingui-lo de seu colega europeu, que contribuio real que ele est fazendo para a frica?" [nfase no original]. [44]A revista tambm publicou artigos constante de progressistas brancos ao longo dos anos. Contribuintes e participantes nos congressos foram capazes de discutir e debater Negritude, o socialismo africano, o papel da cultura e concepes afrocntricas de histria, entre outras coisas. A Prsence Africaine na dcada de 1950 e 60 nunca foi superada como um frum de dilogo Pan-Africano entre os acadmicos, lderes polticos e escritores criativos.Anglfonos pan-africanistas encenaram um marco, o Quinto Congresso Pan-Africano em Manchester, Inglaterra, em 1945. L, George Padmore e Kwame Nkrumah reuniram os mais velhos pan-africanistas como WEB DuBois e Amy Ashwood Garvey (primeira esposa de Marcus Garvey) com jovens ativistas da frica e sua dispora. [45] A independncia africana foi agora claramente posta na agenda de dois dos conferencistas, Nkrumah e Jomo Kenyatta do Qunia, os quais acabariam por levar seus pases independncia.Uma vez que ele tinha conseguido a independncia de Gana, em 1957, Nkrumah tentou usa-la como um trampolim para a unificao poltica rpida de frica. Sua formao foi adaptada exclusivamente para esta tarefa. Muitos de seus anos de formao foram gastos na imerso do ativismo Pan-Africano na Dispora. Nos Estados Unidos, ele havia interagido com essas diversas organizaes como UNIA de Garvey e do Conselho de esquerda em assuntos africanos de Paul Robeson. Ele havia sido influenciado pela trotskista Pan-africanista, CLR James e ele tinha sido presidente da Unio dos Estudantes Africanos. Na Inglaterra, na dcada de 1940, ele trabalhou em estreita colaborao com George Padmore e em 1946 ajudou a criar uma Secretaria Nacional do Oeste Africano. Como secretrio deste rgo, ele viajou para Paris para se reunir com Lopold Senghor, Houphouet-Boigny e outros. Senghor, em seguida, participou de uma conferncia organizada pelo Nkrumah e seus colegas Pan-africanos, em Londres. [46]Na independente Gana, Nkrumah contratou Padmore como seu assessor em assuntos africanos, desde o treinamento militar para os combatentes da libertao de todo o continente e lanou uma srie de conferncias pan-africanas. Estas foram as Conferncias dos Estados Africano Independente e Conferncias Populares All-africanos. Depois de ser afastado do cargo por um golpe de Estado em 1966, Nkrumah props um Governo Popular All-africanos e um Exrcito Revolucionrio Popular All-Africano. [47]Nkrumah parecia estar se movendo mais rpido do que alguns de seus colegas, lderes polticos e quando os pases independentes formaram a Organizao de Unidade Africano em 1963, foi um compromisso entre aqueles que defendiam uma via rpida para a unio poltica e aqueles que desejavam bem mais lenta.A OUA, no entanto, representou um marco. Um conglomerado de estados africanos independentes puderam agora funcionar como uma entidade continental auto-consciente. Subsidiria Pan-Africana de cooperao no esportivo, cultural e outras reas inevitavelmente seguidos. Os Estados-Membros foram capazes de ignorar as diferenas na luta comum para libertar a frica do Sul do regime racista.Em Gana, por sua vez, Nkrumah tambm estimulou a antiquada diasprica Pan-africanismo. Muitos dos descendentes da frica, incluindo o venervel W.E.B. DuBois, repatriou-se a Gana. Nkrumah saudou os precursores Pan-africanos, nomeando marinha mercante de Gana a Linha Black Star. Accra de impor Preto Praa Estrela e da prpria bandeira Gana, com sua estrela preto, tudo conscientemente apropriou do simbolismo do movimento de Garvey. A primeira esposa de Garvey, Amy Ashwood Garvey, mudou-se para Gana logo aps a independncia e peregrinava ali intermitentemente depois. Segunda esposa e viva de Garvey, Amy Jacques Garvey, era um convidado oficial orgulhosos em comemoraes da independncia da Nigria. Na dispora, entretanto, os direitos civis e os movimentos Black Power dos anos 1950 da dcada de 1970 nos EUA, trouxeram sentimento Pan-Africano tona mais uma vez. O cultural pan-africanismo proliferou atravs da assuno de nomes africanos, uso de roupas africanas, estudando a histria Africano, etc. O surgimento de Estudos Negros nos departamentos de universidades dos Estados Unidos facilitou o ressurgimento da abordagem afrocntrica. [48] A traduo das obras do estudioso senegals Cheikh Anta Diop e sua popularidade instantnea na Amrica Africana desde uma dimenso Pan-Africana nica para o movimento afrocntrico. Diop tinha sido um colaborador regular de Prsence Africaine, cujo brao editorial tambm tinha o publicado. Seu trabalho foi traduzido atravs dos bons ofcios de contrapartes da Prsence Africaine dos EUA, na Sociedade Americana da Cultura Africana.Os direitos civis e movimentos Black Power na dispora foram co-terminous com a luta pela independncia na frica e muitas sinergias desenvolvidas entre os dois. Os lderes africanos, como Nkrumah, Danquah, Kenyatta, Olympio, Senghor e Azikiwe eram veteranos da luta Pan-Africano na Dispora. Alguns de seus colegas da dispora, como Eric Williams de Trinidad e Forbes Burnham da Guiana, estavam se movendo ao poder em seus prprios pases. Ativistas veteranos da dispora, como George Padmore e CLR James, estavam se movendo em posies de influncia poltica - Padmore como consultor em assuntos africanos para Kwame Nkrumah e James como editor do The Nation, rgo do Movimento Nacional do Povo Eric Williams.Vrios lderes do movimento de libertao na frica se tornaram, em grande parte atravs de seus escritos, cones da comunidade ativista diasprica. Estes incluram Frantz Fanon da Martinica, Frana ea revoluo argelina, Amilcar Cabral da Guin-Bissau, Skou Tur, Kwame Nkrumah, Nelson Mandela, da frica do Sul, Julius Nyerere da Tanznia, Robert Mugabe, do Zimbabwe e outros. Afro-americanos demonstraram nas Naes Unidas, em nome de Patrice Lumumba do Congo. O Imperador Haile Selassie da Etipia, sede da sede da OUA, ocupou a posio nica de ser deificados pela comunidade Rastafari de Jamaica e em outros lugares. Fidel Castro, de Cuba contou com a participao de seus soldados na derrota dos invasores sul-Africano racistas em Angola como um evento exclusivamente Pan-Africano. Muitos afro-cubanos tinham vindo originalmente de que parte de frica.A OUA teve uma importante oportunidade para endossar esta nova onda de cooperao Pan-Africano em sua segunda cpula no Cairo, em 1964. L foi hospedado o grande lder revolucionrio da Amrica africana, Malcolm X. Malcolm foi reconhecido como um representante da nao Africano-americanos e foi dado um status semelhante ao de lderes de movimentos de libertao dos pases ainda no livres. Malcolm lembrou da OUA de milhes de descendentes que agora necessitavam de apoio da frica nas Naes Unidas e em outros pases da frica. Voltou para casa, inspirada na OUA, para continuar a construir a sua nova Organizao da Unidade Afro-americana (OAAU).As lutas da frica e da dispora estavam agora se cruzando em muitos pontos. Stokely Carmichael, que introduziu o slogan "Black Power" no Mississipi, EUA, em 1966, simbolicamente mudou seu nome para Kwame Tur, depois de Kwame Nkrumah e Skou Tur. O prprio Black Power teve incio nos anos 1970 e se espalhou para o Canad, Gr-Bretanha, no Caribe e em outros lugares. Sua influncia foi sentida entre os aborgines que lutam pelos direitos humanos, na Austrlia. A Black Power inspirou Congresso dos Povos Africanos, em Atlanta, EUA, em 1970, atraiu participantes da Austrlia, Pacfico e muitos outros lugares.Quando o corpo de Marcus Garvey foi trazido de Londres, de volta para casa, para a Jamaica, em 1964, muitos lderes africanos e caribenhos participaram de uma conferncia da Commonwealth, foram fortuitamente para testemunhar as cerimnias. Dois anos depois, o Imperador Haile Selassie visitou a Jamaica em meio a cenas dramticas de jbilo da comunidade rastafari.Este intenso intercmbio Pan-Africano ao nvel poltico teve sua contrapartida no nvel cultural. cone de entretenimento de Trinidad Lord Kitchener foi contratado para compor uma calypso pela independncia de Gana. Bob Marley e outros mais tarde popularizado msica reggae na frica e em toda a dispora. Rastafaris trouxeram sua religio e as suas externalidades culturais, especialmente dreadlocks, de volta para o continente que inspirou-lo em primeiro lugar. Vodu haitiano, com suas razes na frica Ocidental, voltou a suas razes na sua forma haitiana. Ballets guineenses e senegaleses turn dispora injetada uma nova onda de autenticidade na tcnicas, equipamentos, figurinos e coreografia de bateristas dispora e danarinos. Msica afro-cubana, com suas razes no Congo, tomou o Congo pela tempestade em sua nova dispensao.Foi neste contexto inebriante que as organizaes no-governamentais convocaram um Sexto Congresso Pan-Africano, em Dar-es-Salaam em 1975. Desta vez, o movimento sofreu alguns contratempos menores, conforme ele se esforava para conciliar com base na raa diasprica no-governamental, o Pan-africanismo com as sensibilidades de alguns governos independentes, que procuraram redefinir Pan-africanismo como uma manifestao baseada num continente multirracial. Outra tentativa de uma conferncia Pan-Africana tradicional aconteceu em Uganda em abril de 1994. medida que o sculo 21 se aproximava, o movimento Pan-Africano apresentou dois novos desenvolvimentos com as oportunidades histricas. A Unio Africano (UA) substituiu a OUA trazendo consigo a promessa de uma maior cooperao inter-governamental e uma nova vontade de incorporar a dispora. Ao mesmo tempo, a Conferncia Mundial de 2001 contra o Racismo, em Durban, frica do Sul, energizado no governamentais pan-africanistas na dispora. A conferncia de acompanhamento foi realizado em Barbados. Esta nova rodada de entusiasmo Pan-Africano produziu um Congresso Africano Global no-governamental (e um Comit Organizador cismtico Pan-Africano).Possivelmente, a questo mais dramtica em unir o movimento Pan-Africano nos ltimos anos, tem sido a de reparaes de quem iniciou o comrcio de escravos e se beneficiou dela. Nos Estados Unidos a NCOBRA (Coalizo Nacional de Negros para reparaes na Amrica) liderou um movimento que agora se tornou generalizada. O continente africano deu sano ao incio ao movimento atravs do Grupo de OAU de Pessoas Eminentes pelas Reparaes, reunidos pelo Chefe Moshood KO Abiola da Nigria. O grupo de Abiola convocou a Primeira Conferncia Pan-Africano de Reparaes em Abuja, em 1993. A conferncia emitida a Declarao de Abuja, comprometendo oficialmente da OUA para a busca de reparaes.

The Essential Vision and its Applicability to the 21st CenturyA Viso Essencial e sua aplicabilidade para o sculo 21

A partir desta rica histria dos ltimos cinco sculos e meio, possvel destilar pelo menos seis ideias dominantes que formaram a base para o ativismo Pan-Africano de nossos antepassados. Todas essas ideias podem ser aplicadas, e refinadas, sempre que necessrio, para as necessidades do novo sculo. Eles podem ser demonstrados como segue:

1. Uma Comunidade Global Africano

"frica para os africanos, os que esto em casa e aqueles no exterior", disse Marcus Garvey em seu famoso slogan. Os males da escravido colocou descendentes da frica em locais estratgicos ao redor do mundo. O sentimento de pertena a uma comunidade global ligada pela histria eo sentimento pode fornecer a base para grande vantagem mtua. Repatriados primeiros para a frica ansiavam por um lugar onde pudessem desenvolver seus "direitos de masculinidade", como Africano americanos bispo Henry McNeal Turner colocou, livre dos grilhes do racismo. Garvey desejava atrair aqueles de esprito pioneiro e disposio para o sacrifcio, pelo menos para a primeira gerao.Unio Africana foi o indcio de uma vontade de abraar a dispora (incluindo os seus aspectos no-governamentais) e do entusiasmo que este se reuniu na dispora, sugere que esta noo em breve poder ser reforado com a criao de estruturas de concreto. Encontrar um papel formal para os grupos no-governamentais pode ser crucial, uma vez que estes grupos tm sido, os mais entusisticos, entre os impulsionadores tradicionalmente do Pan-Africanismo. Pelo menos um governo, o de Barbados, incorporou oficialmente seu prprio elemento no-governamental em um governo, apoiando a estrutura da Secretaria Pan-Africana. Seja dentro ou fora de uma estrutura do governo, o mais eficiente dos grupos no-governamentais (por exemplo, o Comit de Apoio Emancipao em Trinidad e Tobago) pode, mesmo inconscientemente, funcionar como influentes lobbies Pan-africanos, impactando governos estrangeiros e seus governos, bem como a poltica interna.Em 1920, a Conveno Internacional dos Povos Negros do Mundo, de Marcus Garvey, pediu para facilitar o acesso dos afro-descendentes que desejam viajar para a frica. Talvez uma forma pode ser encontrada para facilitar tais desejos e ainda garantir a segurana individual das naes.Mesmo na ausncia de repatriao, a presena de uma dispora estrategicamente colocada e devidamente doutrinada, pode ser de grande benefcio. Ela pode facilitar o comrcio e o intercmbio de competncias crticas e fornecer apoio poltico em tempo de necessidade. Algumas dessas j acontecem ao longo dos anos, mais ou menos espontaneamente. No sculo 21, esses movimentos espontneos podem ser focados, incentivados e dirigidos para o mximo benefcio.O desafio ea oportunidade aqui apresentados no so exclusivos para o movimento Pan-Africano. Chineses, indianos, europeus, libaneses, judeus e outras disporas tm em graus variados tentado tirar partido da sua disperso. A ndia recentemente ofereceu incentivos, incluindo a cidadania, sua dispora como um meio de mobilizar seus recursos econmicos para o benefcio da ndia.O turismo afro-americano, nos ltimos anos para pases como Egito e Gana pode fornecer um vislumbre, um aspecto do potencial que existe para o benefcio econmico.

2. frica como base.

Garvey argumentou que, se a dispora ajudou a resgatar a frica da dominao estrangeira, a dispora teria em si, ent, a possibilidade de se beneficiar de uma nova fora de frica. "Um homem forte forte em todos os lugares", disse Garvey. Se a frica tornou-se forte, ento os descendentes de frica (e, por extenso, os "novos" da dispora de emigrantes voluntrios recentes) tambm seriam beneficiados com o novo prestgio que uma frica forte iria comandar. Malcolm X apontou que, quando a China se tornou forte os chineses nos Estados Unidos foram transformados a partir de objetos do ridculo em uma "minoria-modelo". A expresso "a sorte do chins" (m sorte) desapareceu do lxico americano. "Agora os chineses tm toda a sorte", Malcolm brincou.

3. Estados Unidos de frica

Um continente politicamente unificado tem sido um sonho des pan-africanistas. As conferncias de Henry Sylvester Williams, W.E.B. DuBois, George Padmore e Kwame Nkrumah eram proto-Parlamentos do futuro esperado para o estado. Marcus Garvey expressamente chamou a Universal Negro Improvement Association de governo provisrio, aguardando o momento da independncia de frica. Suas convenes enormes, com os seus delegados de todo o mundo, foram os parlamentos provisrios. A Unio Africana inaugurou o sculo 21 com uma estrutura continental real e um parlamento real. E a viso de 1927, o poema de Garvey, "Hail! Estados Unidos de frica!" ainda aponta o caminho:

Hail! Estados Unidos de frica - Livre!Hail! Ptria mais brilhante, divinamente justa!Estado em perfeita unio de irmandade,Nascido da verdade; poderoso tu devers sempre ser.

Os Nigerias esto todos unidos agora,Serra Leoa e Costa do Ouro, tambm.Gmbia, Senegal, no dividido,Mas, em uma unio feliz.

Hail! Estados Unidos de frica - Livre!Pas de liberdade do homem negro valente;Estado de maior nacionalidade tu ganhaste,Uma nova vida para a corrida est apenas comeando. [49]

Hail! United States of Africa - free!Hail! Motherland most bright, divinely fair!State in perfect sisterhood united,Born of truth; mighty thou shalt ever be..

The Nigerias are all united now,Sierra Leone and the Gold Coast, too.Gambia, Senegal, not divided,But in one union happily bow.

Hail! United States of Africa - free!Country of the brave black man's liberty;State of greater nationhood thou hast won,A new life for the race is just begun.[49]

4. Primeira corrida.

Antes da dcada de 1960, a ideia da independncia Pan-africanista quase sempre conotava a reunio de uma raa espalhada. Garvey falou pela posio dominante quando ele popularizou o slogan "corrida em primeiro lugar." Ele no viu a necessidade de pedir desculpas a algum para colocar o auto-interesse racial em primeiro lugar, algo que outros grupos fizeram sem um pedido. "Devemos inspirar uma literatura e promulgar a nossa prpria doutrina, sem quaisquer desculpas para os poderes constitudos", disse Garvey em seu ensaio sobre o Fundamentalismo Africano. "O direito nosso e de Deus. Que os sentimento contrrio e as opinies cruzadas vo para os ventos." O pioneirismo pan-africanista combinado noo de raa num movimento mundial baseado na corrida continental dos Estados Unidos da frica, no resolveiar a situao de outras raas que vivem dentro de um continente Africano unificado. La Raa Ngre, no entanto, parcialmente abordaou esta questo em 1935. Ele sugeriu um estado Africano mundial limitado no continente, a "frica Negra", mas incluindo o Caribe, em que as minorias seriam bem tratados:

Nous voulous un Etat Ngre unique englobant toute l'Afrique noire et les Antilles, et, au sein de cet Etat, nous ferons la question des races ce qu'elle tait avant: un lment de diversit, d'agrments et de comptition joyeuse et non un prtexte des antipathies bilieuses..

Ns formamos um nico estado Negro abrangendo toda a frica negra e o Caribe, e neste estado, ns faremos a pergunta racial que era feita antes: um elemento de diversidade, conforto e competio amigvel e no um pretexto para desgostos bilioso...

O multirracial do continente politicamente unificado uma meta inescapvel no sculo 21 e que Nnamdi Azikiwe endossou. Em um discurso de 1961, reimpresso pela Prsence Africaine, Azikiwe perguntou: "Quando falamos de pan-africanismo, o que queremos dizer exatamente?" Ele respondeu: "Eu gostaria de falar dos povos da frica, em termos gerais, para incluir todas as raas que habitam aquele continente e abrangendo todos os grupos lingusticos e culturais que nela esto domiciliados." Ele continuou: " verdade que as razes do pan-africanismo so, em grande medida, racial, mas a evoluo da prpria idia tomou formas diferentes nos ltimos quatro sculos." [50]Mas o continente multirracial de Azikiwe - grande entidade poltica no necessariamente incompatvel com a corrida global baseada na rede Pan-Africana. O pan-arabismo, que coexiste continentalmente ao Pan-africanismo na frica do Norte e do Congresso Mundial Judaico, que refora o estado de Israel, so exemplos da combinao de estruturas "raciais" e no raciais abordando simultaneamente as diferentes necessidades nas mesmas circunscries.

5. Economias de Escala

A viso de Garvey, de uma vasta rede de comrcio Pan-Africano j foi citada. A realidade de uma Unio Africana traz esse sonho mais perto. Os governos da Nigria e Trinidad e Tobago anunciaram recentemente um acordo, de princpio para as ligaes areas comerciais diretos. Este passo, esperamos, ser construdo em cima. A revivida Linha Black Star complementada por outros amplos meios modernos de transporte indispensvel para o projeto Pan-Africano.

6. Impacto poltico Pan-Africano

A unificada e poderosa Pan-frica pode ter um impacto sobre o mundo muito maior do que o impacto agregado de suas unidades individuais. Os pioneiros sempre souberam a importncia da interveno na cena poltica mundial. A conferncia de 1900 pressionou a rainha Vitria, em nome da frica do Sul. W.E.B. DuBois, Marcus Garvey e outros pressionaram a Conferncia de Paz de Paris, no final da Primeira Guerra Mundial. Marcus Garvey e a UNIA pressionaram a Liga das Naes vrias vezes. Entre outras coisas, eles queriam as ex-colnias alems entregues norma/estado/poder africano. A Conferncia de Bandung, em 1956, na Indonsia, tentou mobilizar o emergente poder afro-asitica nas Naes Unidas e em outros lugares.Mais uma vez, a bem sucedida Unio Africana vai trazer esse objetivo mais perto da realizao.Henry Sylvester Williams e seus colegas previram em seu endereo de 1900 "para as naes do mundo", que "O problema do sculo XX o problema da linha de cor, a questo de como as diferenas de raa agora... ser daqui em diante feita a base de negar, a mais da metade do mundo, o direito de compartilhar a sua extrema habilidade, as oportunidades e os privilgios da civilizao moderna ". [51]No sculo 21, o Africano no deve mais ser problema de ningum. Chegou a hora, a conscincia se desenvolveu e os recursos esto disponveis para restaurar a frica e seus descendentes a uma posio de poder e de igualdade com o resto da humanidade. Marcus Garvey, sempre o profeta, enunciou em 1929 o que deve tornar-se a palavra de ordem para o empreendimento Pan-Africano do sculo 21:".we are determined to solve our own problem, by redeeming our Motherland Africa from the hands of alien exploiters and found there a Government, a nation of our own, strong enough to lend protection to the members of our race scattered all over the world, and to compel the respect of the nations and races of the earth."

"estamos determinados a resolver o nosso prprio problema, resgatando a nossa Ptria frica das mos de exploradores estrangeiros e achar ali um Governo, uma nao prpria, forte o suficiente para dar proteo aos membros de nossa raa espalhados por todo o mundo e para obrigar o respeito das naes e raas da terra "

Referncias

[1] See Walter Rodney, A History of the Upper Guinea Coast (Oxford: The Clarendon Press, 1970).[2] This is definitively documented in Eric Williams, Capitalism and Slavery (Chapel Hill: University of North Carolina Press, 1944).[3] On these pseudo-scientific ideas see, among many others, Eric Williams, British Historians and the West Indies (Port of Spain: PNM Publishing Company, 1964). For a forthright articulation of these ideas by a U.S. founding father see Thomas Jefferson, Notes on the State of Virginia (New York: Norton, 1972, first published ca 1781). On the Talmudic origin of the Hamitic Myth see Harold D. Brackman, The Ebb and Flow of Conflict: A History of Black-Jewish Relations through 1900 (Ph.D. dissertation, UCLA, 1977); Tony Martin, The Jewish Onslaught (Dover, MA: The Majority Press, 1993).[4] For a brief biography of Nzingha see Ibrahima Baba Kak, Anne Zingha (Dakar: NEA, 1975).[5]For the first enslaved Africans in the Caribbean see Eric Williams, Documents of West Indian History: Vol. I, 1492-1655 (Port of Spain: PNM Publishing Company, 1963) and Eric Williams, From Columbus to Castro (New York: Harper and Row, 1971).[6] Phillis Wheatley, Poems on Various Subjects, Religious and Moral (London: 1773).[7]David Walker's Appeal (Baltimore: Black Classic Press, 1993, first pub. 1829).[8] Tony Martin, The Pan-African Connection (Dover, MA: The Majority Press, 1984, first pub. 1983).[9] See, e.g., Maureen Warner Lewis, Guinea's Other Suns: The African Dynamic in Trinidad Culture (Dover, MA: The Majority Press, 1991); S. Allen Counter and David L. Evans, I Sought My Brother (Cambridge, MA: MIT Press, 1981).[10] Carl Campbell, "Mohammedu Sisei of Gambia and Trinidad, ca 1788-1838," African Studies Association of the West Indies Bulletin, No. 7, December 1974.[11] S.Y. Boadi-Siaw, "Brazilian Returnees of West Africa," in Joseph E. Harris, Ed., Global Dimensions of the African Diaspora (Washington, DC: Howard University Press, 1993). [12] Martin, The Pan-African Connection, pp. 211-215.[13] Hollis R. Lynch, "Pan-Negro Nationalism in the New World before 1862," in Okon E. Uya, Ed., Black Brotherhood: Afro-Americans and Africa (Lexington, MA: D.C. Heath and Co., 1971).[14] Edward Scobie, Black Britannia (Chicago: Johnson Pub. Co., 1972).[15] Lynch, "Pan-Negro Nationalism," op. cit.[16] Paloma Mohamed's study of The Creole is forthcoming in Tony Martin, Ed., Afro-Caribbean Progress in the 19th Century (Dover, MA: The Majority Press, forthcoming). Joy Lumsden, "Joseph Robert Love," Afro-Americans in New York Life and History, VII, 1 and "Robert Love and Jamaican Politics, 1889-1914," unpublished Ph.D. thesis, University of the West Indies, Mona, 1988. Rupert Lewis, "Robert Love," Jamaica Journal, XI, 1 and 2, August 1977.[17] See, e.g., George Shepperson and Thomas Price, Independent African (Edinburgh: University Press, 1958) and Kenneth J. King, "African Students in Negro American Colleges: Notes on the Good African," Phylon, XXXI, 1, Spring 1970.[18] A. Barrow, Fifty Years in Western Africa: being a record of the West Indian Church on the Banks of Rio Pongo (London: 1900); Tony Martin, "Some Reflections on Evangelical Pan-Africanism," in Martin, Pan-African Connection, op. cit.[19] Carol Page, "Colonial Reaction to AME Missionaries in South Africa, 1898-1910," in Sylvia M. Jacobs, Ed., Black Americans and the Missionary Movement in Africa (Westport, CT: Greenwood Press, 1982).[20] Martin, "Evangelical Pan-Africanism," op. cit.[21] Roger N. Buckley, Slaves in Redcoats: The British West India Regiments, 1795-1815 (New Haven: Yale University Press, 1979); Alfred B. Ellis, The History of the First West India Regiment (London: Chapman and Hall, 1885).[22] Martin, Pan-African Connection, op. cit.; Lynch, "Pan-Negro Nationalism," op. cit.[23] Edward L. Cox "Rekindling the Ancestral Memory: King Ja Ja of Opobo in St. Vincent and Barbados,1888-1891", Elsa Goveia Lecture delivered at the University of the West Indies, Barbados, Oct. 8, 1996; Sylvanus Cookey, King Jaja of the Niger Delta (New York: Nok, 1974). [24] Martin, Pan-African Connection, p. 206.[25] Ibid, p. 207.[26] Ibid, p. 206.[27] W.F. Elkins, "Hercules and The Society of Peoples of African Origin," Caribbean Studies, XI, 4, January 1972.[28] Ladipo Solanke, "The Why of the Nigerian Progress Union," The Spokesman, I, 5-6, April-May 1925. This will be discussed further in my forthcoming book, Amy Ashwood Garvey: Feminist, Pan-Africanist and Wife No. 1 (Dover, MA: The Majority Press, expected 2005).[29] Owen Mathurin, Henry Sylvester Williams and the Origins of the Pan-African Movement (Westport, CT: Greenwood Press, 1976); James R. Hooker, Henry Sylvester Williams: Imperial Pan-Africanist (London: Rex Collings, 1975).

[30] Portions of several of these books and others of similar theme are anthologized in J. Ayo Langley, Ideologies of Liberation in Black Africa, 1856-1970 (London: Rex Collings, 1979).[31] J. Ayo Langley, Pan-Africanism and Nationalism in West Africa (Oxford: The Clarendon Press, 1973).[32] Amy Jacques Garvey, Ed., The Philosophy and Opinions of Marcus Garvey, or, Africa for the Africans (Dover, MA: The Majority Press, 1986, first pub. in two volumes in 1923 ad 1925), Vol. II, p. 126.[33] Tony Martin, Race First: The Ideological and Organizational Struggles of Marcus Garvey and the Universal Negro Improvement Association (Dover, MA: The Majority Press, 1986, first pub. 1976), p. 35, quoting Blackman (Jamaica), April 10, 1929.

[34] See Martin, Race First, pp. 273-343.[35] James R. Hooker, Black Revolutionary: George Padmore's Path from Communism to Pan-Africanism (London: Pall Mall, 1967).[36] C.L.R. James, A History of Negro Revolt (Chicago: Research Associates School Times Publications, 1994, first pub. 1938. See James' work and the introduction to this edition - Tony Martin, "C.L.R. James, Race and Pan-African Revolt."[37] See, e.g., William R. Scott, The Sons of Sheba's Race : African-Americans and the Italo-Ethiopian War, 1935-1941 (Bloomington: Indiana University Press, 1993); Joseph E. Harris, African-American Reactions to War in Ethiopia, 1936-1941 (Baton Rouge: Louisiana State University Press, 1994).[38] Benito Sylvain, Du Sort des Indignes dans les Colonies d'Exploitation (Paris: L. Boyer, 1901). This is partly translated into English in Martin, Pan-African Connection, op. cit.[39] These reviews are reproduced in Tony Martin, Compiler, African Fundamentalism: A Literary and Cultural Anthology of Garvey's Harlem Renaissance (Dover, MA: The Majority Press, 1991).[40] Martin, Race First, p. 115.[41] Ibid, p. 116.[42] This and some of the other material on Francophone Pan-Africanism is taken from Immanuel Geiss, The Pan-African Movement (New York: Africana Publishing Company, 1974).[43] La Revue du Monde Noir, No. 3 (precise date not given on reprint copy), p. 166.[44] A. Wade, "Should Africa Develop its Own Positive Law?" Prsence Africaine, Nos. 8-9-10, June-November 1956, pp. 307-323. The quotation is at p. 322.[45] George Padmore, Ed., History of the Pan-African Congress (London: Hammersmith Bookshop, ca. 1945).[46] Kwame Nkrumah, Ghana: the Autobiography of Kwame Nkrumah (New York: International Publishers, 1972, first pub. 1957), pp. 55-57.[47] Kwame Nkrumah, A Handbook of Revolutionary Warfare (New York: International Publishers, 1972, first pub. ca 1968.)[48] Molefi Asante was a principal figure in the resurgence of the Afrocentric movement. See his Afrocentricity (Trenton, NJ: Africa World Press, 1988).[49] Tony Martin, Ed., The Poetical Works of Marcus Garvey (Dover, MA: The Majority Press, 1983), pp. 23-24.[50] Nnamdi Azikiwe, "The Future of Pan-Africanism," Prsence Africaine, English Edition, Vol. 12, No. 40, First Quarterly 1962, pp. 10-11.[51] Martin, The Pan-African Connection, p. 208.