derretimento das geleiras

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO FACULDADE DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA IMPACTOS NEGATIVOS DA GLOBALIZAÇÃO NA RAREFAÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO DERRETIMENTO DAS GELEIRAS CAMPINAS 2015

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Page 1: Derretimento das Geleiras

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

FACULDADE DE ENGENHARIA

AMBIENTAL E SANITÁRIA

IMPACTOS NEGATIVOS DA GLOBALIZAÇÃO NA

RAREFAÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO

DERRETIMENTO DAS GELEIRAS

CAMPINAS

2015

Page 2: Derretimento das Geleiras

IMPACTOS NEGATIVOS DA GLOBALIZAÇÃO NA

RAREFAÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO

DERRETIMENTO DAS GELEIRAS

Page 3: Derretimento das Geleiras

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Cutter Morais, Carlos Eduardo de.

Impactos negativos da globalização na rarefação da camada de ozônio/Derretimento das geleiras/Carlos Eduardo de Morais, Fabrício Luiz Gaspar, Juliana Henrique Andrade, Ricardo Benjamin Pinheiro Roversi. – Campinas, 2015. – 29 f. Seminário (Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária) - Universidade São Francisco – Globalização e Desenvolvimento Sustentável. Orientação: Docente, Oliveira, Laíra Lúcia Damasceno de. 1. Globalização. 2. Rarefação. 3. Camada de Ozônio. I. Gaspar,Luiz Fabrício. II Andrade, Juliana Henrique. III Roversi, Ricardo Benjamin Pinheiro.

CDD:

Page 4: Derretimento das Geleiras

3

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

FACULDADE DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

GLOBALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

CARLOS EDUARDO DE MORAIS

RA 004201401140

FABRÍCIO LUIZ GASPAR

RA 004201400672

JULIANA HENRIQUE DE ANDRADE

RA004201502166

RICARDO BENJAMIN PINHEIRO ROVERSI

RA 004201400502

CAMPINAS

2015

Page 5: Derretimento das Geleiras

4

“Vejo pelo buraco da fechadura violada na camada de ozônio, a humanidade se despir de bom senso; arrancar as vestes naturais do planeta e violentá-lo, com

graves danos para si própria”.

(Marques Magno Salustiano - Magé-RJ).

Page 6: Derretimento das Geleiras

5

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................................... 6

LISTA DE QUADROS ............................................................................................................................. 7

LISTA DE GRÁFICOS ............................................................................................................................. 8

LISTA DE SIGLAS .................................................................................................................................. 9

RESUMO ............................................................................................................................................... 10

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 11

2 IMPACTOS NEGATIVOS DA GLOBALIZAÇÃO ................................................................................ 12

3 CAMADA DE OZÔNIO ....................................................................................................................... 14

4 RAREFAÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO ......................................................................................... 16

4.1 O “buraco” se concentra principalmente nos polos..................................................................... 18

5 O DERRETIMENTO DAS GELEIRAS ............................................................................................... 19

5.1 O que são geleiras ...................................................................................................................... 19

5.2 Ciclo natural de ablação das geleiras ......................................................................................... 20

5.3 O derretimento das geleiras ........................................................................................................ 21

6 CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 24

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 25

8 ANEXOS ............................................................................................................................................. 27

Page 7: Derretimento das Geleiras

6

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - A globalização é irrevogável .................................................................................................. 13

Figura 2 - OMI / AURA total Ozone Column (DU) - 2006/09/24 ............................................................ 14

Figura 3 - Índice Ultravioleta São Paulo/SP ........................................................................................... 18

Figura 4 - Geleira Perito Moreno ........................................................................................................... 20

Figura 5 - Geleira da Groenlândia .......................................................................................................... 21

Figura 6 - Geleira Glaciar Twaites.......................................................................................................... 22

Figura 7 - Geleira Quelccaya no Peru .................................................................................................... 23

Page 8: Derretimento das Geleiras

7

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Geleiras das Américas ........................................................................................................ 23

Page 9: Derretimento das Geleiras

8

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Aumento médio da temperatura da Terra ........................................................................... 22

Page 10: Derretimento das Geleiras

9

LISTA DE SIGLAS

IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas

ODM – Objetivos Desenvolvimento do Milênio

OMM – Organização Meteorológica Mundial

ONG – Organização Não Governamental

ONU – Organizações das Nações Unidas

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

UNEP - United Nations Environment Programm

Page 11: Derretimento das Geleiras

10

RESUMO

Neste artigo propomos os impactos negativos da globalização na rarefação da

camada de ozônio e derretimento das geleiras, na qual nos mostra a atual

realidade/gravidade que o sistema da globalização tem transformado diretamente as

condições do clima da terra, uma vez que os interesses capitalistas não dão à

devida importância aos efeitos prejudiciais a vida na Terra. Mesmo havendo uma

redução de 98% do uso de componentes que degradam à camada de ozônio,

segundo o PNUD, as ações do homem ainda apresentam riscos, inclusive a das

nações não cumprirem um trato e/ou colocarem em prática. Como consequência

disso, veremos que estudos mostram um aumento da temperatura terrestre, o

desaparecimento de algumas geleiras e espécies.

Page 12: Derretimento das Geleiras

11

1 INTRODUÇÃO

Esse trabalho tem como principal objetivo, abordar as consequências da

globalização em relação à diminuição da camada de ozônio, e como essa

diminuição causa um impacto negativo muito nítido nos dias atuais, que é o

derretimento das geleiras.

As relações entre Globalização, Rarefação da camada de ozônio e o

derretimento das geleiras, é sem dúvida, a mais séria consequência pelo contínuo

desrespeito ao meio ambiente causado pelas atividades econômicas do ser humano.

A emissão de gases do efeito estufa decorrente, sobretudo, do uso de

veículos, das atividades industriais, do desenvolvimento, consumo excessivo,

queimada de florestas, são os principais causadores deste fenômeno climático de

dimensões incalculáveis para a permanência da vida humana no planeta.

As propostas para mudarmos essa situação são descritas nos acordos da

ONU, mas nem sempre são aceitas e assinadas pelos países que são os principais

responsáveis pela destruição da camada de ozônio e um novo acordo para mudar

essa situação será realizado na conferência do clima da ONU em Paris, que ocorre

no final de 2015.

Page 13: Derretimento das Geleiras

12

2 IMPACTOS NEGATIVOS DA GLOBALIZAÇÃO

Os impactos negativos da globalização são extremamente prejudiciais para a

camada de ozônio. Uma vez que o principal conceito de globalização esta

relacionado à industrialização e ao capitalismo, onde os países subdesenvolvidos

querem um desenvolvimento a qualquer custo e os grandes países, destacando

China e Estados Unidos querem se manter, como sendo, as principais potencias

mundiais.

Para produzir produtos que atendam aos consumidores os processos de

industrialização produzem grande quantidade de gases destruidores da camada de

ozônio e as empresas não utilizam esses processos com responsabilidade, sem

medir esforços para faturar cada vez mais e ganhar espaço no mercado de trabalho.

Todo esse desenvolvimento industrial dentro do conceito de globalização ganha

grande força a cada dia que se passa, ainda mais por hoje vivermos em tempo

acelerado onde toda informação chega com facilidade através da internet e outros

meios de comunicação, o mercado se tornou mais fácil para os grandes países.

A grande população adotou a prática de consumo desenfreado, por isso a alta

produção é justificada, por consequência muitos produtos que são consumidos

diariamente, entretanto viram lixo, afinal para algum lugar esse lixo tem que ir. O que

é destacado em questão do lixo é o modo de como ele é descartado, pois na maioria

das vezes são levados ao aterro sanitário e são incinerados o que causa a liberação

de gases que poluem o ar.

Uma certeza já tem a respeito da globalização, sabemos de todos seus

benefícios, porém quanta degradação ao meio ambiente a mesma tem causado,

seus impactos negativos ficam nítidos cada vez mais, e reverter esses impactos será

muito difícil, também é certeza que a destruição da camada de ozônio continuará,

pois a empresas não fecharão as portas.

Falar a respeito dos aspectos negativos da globalização se tornou uma

situação de muito desconforto para as grandes potências, visto que elas jamais

imaginam em diminuir a alta produção, pois essa diminuição traria a queda de outros

aspectos negativos da globalização, por exemplo, a diminuição da desigualdade

social, o crescimento acelerado de um país subdesenvolvido e por consequência o

aumento de competitividade.

Page 14: Derretimento das Geleiras

13

Podemos mensurar como reflexo da globalização as alterações climáticas, a

redução dos recursos naturais, catástrofes ambientais e muitos outros sinais que

vem destruindo a camada de ozônio, tornando a rarefeita, bem como o planeta,

prejudicando a vida dos seres humanos na Terra.

Figura 1 - A globalização é irrevogável

Fonte: http://thedailyjournalist.com/thethinker/globalization-is-irrevocable/

Page 15: Derretimento das Geleiras

14

3 CAMADA DE OZÔNIO

A camada de Ozônio é uma camada gasosa que envolve a Terra, ela esta

localizada na estratosfera em sua parte inferior 20-30 km, tendo como principal

função absorver os raios ultravioletas do tipo B que por sua vez são nocivos aos

seres humanos, ou seja, a camada funciona como um grande “filtro” solar que

possibilita toda existência de vida na Terra.

Os estudos da camada de ozônio têm sido intensificados a cada ano que se

passa, e lógico tem buscado soluções para o problema que a camada tem sofrido

desde o inicio da industrialização, que nada mais é do que sua diminuição, muitos

vão culpar a GLOBALIZAÇÃO e todas as atividades que o ser humano tem exercido

de maneira errada e descontrolada, porém muitos acordos entre as nações vêm

sendo realizados, mas ficam somente no papel e poucos são praticados. Claro

alguns são colocados em prática e acabam dando certo, entretanto fica a seguinte

questão, no dia em que vivemos hoje é possível reverter os impactos negativos que

tem causado a escassez da camada de ozônio?

Figura 2 - OMI / AURA total Ozone Column (DU) - 2006/09/24

Fonte: http://www.esa-ozone-cci.org/?q=node/195

Page 16: Derretimento das Geleiras

15

Segundo o relatório ODM de 2013 emitido pelo PNUD, no que se refere às

metas de desenvolvimento do milênio, para ao atendimento ao Objetivo 7 Garantir o

Desenvolvimento Sustentável, houve uma redução de 98% do consumo de

substâncias que destroem a camada de ozônio. E ainda, essa redução é reforçada

em matéria publicada pelo PNUMA e a Organização Meteorológica Mundial:

Nova avaliação sobre o estado da camada de ozônio que protege a Terra dos efeitos danosos dos raios ultravioletas do Sol, produzido por 300 cientistas, aponta a sua recuperação nas próximas décadas. Publicado pelo Pnuma e Organização Meteorológica Mundial, o Scientific Assessment of Ozone Depletion 2014 avalia que o Protocolo de Montreal e acordos associados estão sendo bem-sucedidos em seu objetivo de recuperar a camada de ozônio – e deverão evitar, por volta de 2030, a ocorrência de 2 milhões de casos anuais de câncer de pele e danos para os sistemas imunológicos e oculares, além de proteger a agricultura e a vida selvagem.

Mas cientistas voltaram a alertar sobre desafios urgentes no que concerne ao combate às emissões de gases-estufa. Do ponto de vista climático, foi positiva a retirada do mercado de antigas substâncias que destruíam a camada de ozônio, pois muitas eram também potentes gases-estufa. No entanto, algumas substâncias alternativas – como os gases hidrofluorcarbonos (HFCs) – utilizadas em equipamentos, como motores de refrigeração, não prejudicam a camada de ozônio, mas são gases-estufa. Os países precisam então empregar outras substâncias alternativas não danosas ao clima.

É fato que muitos aspectos e impactos das alterações climáticas continuarão

por séculos, mas se as influências negativas da globalização e das ações humanas

continuarem a emitir grandes quantidades de gases do efeito estufa, isso causará

mais aquecimento, aumentando ainda mais a probabilidade de impactos

irreversíveis para as seres humanos e os ecossistemas. Com as apresentações dos

relatórios acima citados é demonstrado que devemos exigir reduções substânciais

das emissões de gases de efeito estufa em conjunto com a mitigação e adaptação

do homem a essa nova mudança climática, assim podemos diminuir os riscos

causados pelas atuais mudanças climáticas e possíveis catástrofes globais.

Page 17: Derretimento das Geleiras

16

4 RAREFAÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO

A rarefação da camada de ozônio é um dos maiores problemas ambientais

dos dias atuais e para entendermos melhor o que é a rarefação da camada de

ozônio é importante sabermos, o que de fato é a camada de ozônio, o que ela

contribui para nós seres humanos e todos os seres vivos da Terra, buscar conhecer

e entender o que tem afetado a camada de ozônio e como a falta da mesma pode

afetar seriamente nossa vida.

Seus estudos tiveram início no ano de 1977 realizados por cientistas

britânicos após a industrialização acelerada, onde diversas substâncias químicas

foram avaliadas e foi possível ver que ao reagirem com o ozônio causam sua

destruição, entre as diversas substâncias podemos citar 7 como sendo as principais:

Clorofluorcarbonos (CFCs): representando mais de 80% do total de depleção

do ozônio estratosférico. Usado como refrigerantes em geladeiras, freezers e

aparelhos de ar condicionado em edifícios e carros fabricados antes de 1995.

Encontrado em solventes industriais, agentes de limpeza a seco e esterilizantes

hospitalares. Também são usados em produtos de espuma, como-espuma

macia estofamento (por exemplo, almofadas e colchões) e espuma rígida (por

exemplo, isolamento em casa);

Hidroclorofluorcarbonos (HCFCs): tornaram-se grandes substitutos de

"transição" para os CFCs. Eles são muito menos prejudiciais ao ozônio

estratosférico que os CFCs, porém os HCFCs ainda causam destruição do

ozônio e são potentes gases de efeito estufa;

Halons: Usado em alguns extintores de incêndio que são divididos em 3 classes

sendo classe A (combustíveis comuns) classe B (líquidos inflamáveis) e classe

C (incêndios elétricos), o mesmo é usado por não prejudicar materiais e

equipamentos que a água ou outro produto químico poderia causar;

Brometo de metila: foi usado principalmente como inseticida e esterilizante na

área da agricultura e de esportes, por exemplo, nos campos de golfe;

Tetracloreto de carbono (CTC): Usado em alguns solventes e extintores;

Metil clorofórmio: Usado principalmente na indústria para limpar gordura a

vapor, alguns aerossóis, limpeza a frio, adesiva e processamento químico;

Page 18: Derretimento das Geleiras

17

Hidrobromofluorcarbonos (HBFCs): Utilizado para expandir espumas,

refrigerante e solvente.

As substâncias acima tiveram grande quantia reduzida, mas não significa que

não causam a depleção da camada de ozônio, apesar das substâncias terem sido

usadas há muitos anos atrás elas são de longa vida e pior ainda foram usadas em

grandes quantias por longos períodos.

A depleção sempre existiu, pois processos naturais contribuem para que

ocorra esse fenômeno, na estratosfera o oxigênio (O2) é quebrado pelos raios

ultravioletas do sol, após a quebra eles se unem na forma do ozônio, uma vez

formado o ozônio ele irá reagir com os óxidos nitrogenados (NO e NO2) e voltará à

forma de oxigênio, então o ciclo é formado.

Agora que sabemos do processo natural, podemos analisar que a rarefação

na verdade tem sido acelerada, e com certeza tem sido prejudicada a cada dia, é só

pararmos e vermos a quantia de automóveis e outros veículos que existem, a

quantia de indústrias e particularmente a falta de educação ambiental e

conscientização da população nessa questão. Por mais que existam soluções e

acordos como as conferências Rio+10, Rio+20, Protocolo de Kyoto entre tantas

outras soluções a rarefação pode ser adiada, porém não evitada.

Com a diminuição da camada de ozônio, é claro, sofreremos graves

consequências, o número de pessoas com câncer de pele e catarata ira aumentar

absurdamente, muitas plantas e animais irão morrer e os mares e oceanos serão

afetados gravemente com a morte dos fitoplâncton que é marcante para a

alimentação de várias espécies marinhas.

O aumento dos raios ultravioletas que é outro impacto negativo, tem

aumentado à temperatura do globo terrestre fato que é percebido nas grandes

metrópoles, mas esse ainda não é o maior problema ambiental em relação a

camada de ozônio e a globalização, mas sim o derretimento desenfreado das

geleiras nos polos norte e sul que futuramente irão trazer grandes problemas a

população litorânea e todas as espécies que vivem nessas regiões.

Page 19: Derretimento das Geleiras

18

Figura 3 - Índice Ultravioleta São Paulo/SP

Fonte: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/acervo.formulario.logic

4.1 O “buraco” se concentra principalmente nos polos

O motivo da concentração nos polos é muito bem justificado por toda

movimentação atmosférica, toda poluição que é emitida por empresas químicas,

petrolíferas, automóveis e outros meios de emissão, fica concentrada em grande

escala na atmosfera e por possuir vida longa e ser resistente a diversas reações

químicas são carregadas para os polos pelos ventos. Nos polos a pressão é muito

alta e as temperaturas muito baixas o que dificulta a circulação do ar e por isso

retém a maior parte dos gases estufa que causam o enorme “buraco”, concentrado

exclusivamente no polo sul.

Page 20: Derretimento das Geleiras

19

5 O DERRETIMENTO DAS GELEIRAS

5.1 O que são geleiras

As geleiras são grandes massas de neve ou rochas que se acumula durante

vários anos seguidos variando de 10 a 20 anos, sua formação varia conforme o

local, atendendo dois requisitos que é de grande importância, que são a baixa

temperatura e a quantidade de neve adequada. A formação como todo é bastante

dinâmico dividido em dois tipos sendo, a geleira de vales que são aquelas formadas

nas cadeias montanhosas e a geleira continental que como o próprio nome já diz, é

formada na extensão dos continentes.

Ambos os tipos de geleiras necessitam de um elemento climático

indispensável que é a temperatura, somente se formam geleiras em baixas

temperaturas. No caso das geleiras de vales, além da temperatura entra outro fator

climático que é a altitude, pois, quanto maior a altitude menor é a incidência de raios

solares que são refletidos pela superfície terrestre, ou seja, as montanhas em suas

grandes altitudes pouco sofrem com o calor refletido pelo solo, que também é

conhecido no ramo da climatologia por continentalidade. Na geleira continental, a

situação é diferente, pois o clima frio esta relacionado diretamente as grandes

latitudes que os continentes gelados se encontram, onde a incidência direta dos

raios solares é muito baixa, não significando que elas não descongelem, mas pelo

contrário, o descongelamento faz parte do seu ciclo natural.

Climas frios a parte, uma curiosidade que devemos citar é que existem

geleiras em climas quentes, por exemplo, no clima equatorial, montanhas com

5.500m de altitude tem formação de geleiras, mantendo o ciclo natural. Abrangendo

todos esses conceitos de climatologia podemos dizer que a formação das geleiras

está diretamente ligada à dinâmica atmosférica.

As geleiras e/ou glaciares, são muito importantes para o desenvolvimento da

vida na Terra e guardam quase 70% de toda água doce do mundo. As principais

geleiras são: Antártica, Groenlândia, Ártico, Patagônia, entre outras. Abaixo temos

uma imagem da geleira do Perito Moreno na Argentina.

Page 21: Derretimento das Geleiras

20

Figura 4 – Geleira Perito Moreno

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/derretimento-geleiras-responsavel-terco-aumento-nivel-mar-741799.shtml

5.2 Ciclo natural de ablação das geleiras

Como já citado a geleira é um grande acúmulo de neve, porém do mesmo

jeito que ela se forma, ocorre o oposto, conhecido por ablação que significa a

quantidade de gelo que uma geleira perde a cada ano.

O ciclo se inicia quando a camada de gelo fica saturada, após a saturação o

primeiro fenômeno que ocorre é a sua movimentação, principalmente nas bordas da

mesma, seu dinamismo ocorre encosta abaixo devido à atração gravitacional ou a

partir de um centro de um manto de gelo continental, por se movimentar o gelo é

afastado das baixas temperaturas chegando até locais com temperaturas mais

elevadas e por consequência seu derretimento, claro que toda perca de gelo

(ablação) possui mecanismos naturais que são derretimento que nesse caso a

geleira perde material; desprendimento de iceberg conhecido por ser grandes

pedaços de gelo que se locomovem pelos oceanos; sublimação onde no clima frio o

gelo passa ao estado gasoso e a erosão eólica onde ventos fortes causam erosão

no gelo. Entre os 4 mecanismos citados, os dois que mais agridem as geleiras são:

o derretimento e o desprendimento de icebergs.

Page 22: Derretimento das Geleiras

21

5.3 O derretimento das geleiras

O fenômeno de derretimento das geleiras é um ciclo normal, mas a queda de

neve deve ser superior ao derretimento, para que a geleira seja mantida. Mas o que

vem ocorrendo há séculos é o derretimento das geleiras, mais do que o normal,

devido ao aquecimento global produzido pelo homem na Terra, tendo seu tamanho

reduzido com o passar dos anos, chegando a sua total extinção, pois a neve que cai

não é suficiente para repor o gelo derretido.

Figura 5 – Geleira da Groenlândia

Fonte: http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2014/12/15/estudo-alerta-para-degelo-maior-que-o-previsto-na-groenlandia.htm#fotoNav=2

A comunidade científica, ong’s, governos e até mesmo a sociedade em geral,

acreditam que esse fenômeno tem direta relação com a Globalização que acelerou o

processo de industrialização a “Revolução Industrial” dos países vindo a elevar a

temperatura média da Terra, aumentando assim o aquecimento global devido à

queima de combustíveis fósseis, carvão, desmatamentos florestais, entre outras

ações que contribuem para o aumento da temperatura, ou seja, por esses motivos

as geleiras estão derretendo mais rápido do que o normal e ainda, a exposição das

camadas de terras que antes eram cobertas pelas camadas de neve hoje ajudam no

aquecimento global, absorvendo o calor que antes era refletido de volta pela neve.

Como consequência deste derretimento mais rápido do que o normal,

podemos enumerar várias catástrofes, tais como: O aumento do nível de rios e

mares que podem causar inundações e consequente desaparecimento de cidades

litorâneas, povos, espécies de animais, peixes, aves, vegetais, etc. Importante

Page 23: Derretimento das Geleiras

22

lembrarmos que nosso ecossistema é muito frágil e que mesmo pequenas

alterações climáticas podem ter consequências desastrosas para a vida na Terra.

Segundo relatório do IPCC demonstrado no gráfico abaixo, a elevação da

temperatura média da Terra (13,5º C) desde que ela começou a ser registrada

oficialmente. Nos últimos 100 anos, o planeta ficou 1º C mais quente. De 1960 para

cá, a elevação se acentuou com o efeito do aquecimento global. Sendo registrada

em 2005 a maior alta de todo o período.

Gráfico 1 – Aumento médio da temperatura da Terra

Fonte: Adaptado Relatório Intergovernamental de Mudanças Climática - IPCC

Diversos estudos realizados por cientistas já alertam que o derretimento da

camada de gelo na Antártida é inevitável e que essa perda irá causar grandes

impactos na Terra, com o aumento do nível do mar em aproximadamente 4

metros. Os principais estudos estão sendo focamos na Geleira Glaciar Thwaites,

que é a geleira mais exposta as mudanças climáticas causada pelo aquecimento

global e ao aumento gradual da temperatura do mar na Antártida, sendo esse

fenômeno o principal motivo que faz com que a geleira perca vários metros de gelo

por ano e esse derretimento já é considerado irreversível.

Figura 6 – Geleira Glaciar Thwaites

Fonte: http://marsemfim.com.br/derretimento-de-geleiras-na-antartica-ocidental/#.VerXfiVViko

1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 2005

ANO 13,01 13,25 13,25 13,18 13,6 13,4 13,6 14 14,5

13

14

15

Page 24: Derretimento das Geleiras

23

O derretimento das geleiras das Américas e até mesmo o seu

desaparecimento, vem ocorrendo devido à quantidade e redução do acúmulo de

neve nessas áreas, algo que garante a sua manutenção “A sua Existência”, que se

dá ao aumento da temperatura média nos últimos anos associadas às ações

humanas. Esse fenômeno vem ocorrendo nas geleiras da Bolívia e dos Andes e

podemos dizer sem dúvida nenhuma, com as demais geleiras da Terra. Sinalizando

o que pode vir ocorrer com o gelo tropical nas próximas décadas, sua “Extinção”.

No quadro abaixo é demonstrado as principais geleiras das Américas.

Quadro 1 - Geleiras das Américas GELEIRA LOCALIZAÇÃO DIMENSÕES

GLACIAR PERITO MORENO Argentina 5 km de largura, 25 km de comprimento e 60 metros de altura.

GLACIAR GREY Chile 19 km de extensão, 6 km de largura e 30 metros de altura.

GLACIAR VIEDMA Argentina 70 km de comprimento, 2,5 km de largura e a altura de 50 metros.

GLACIAR MENDENHALL Alasca 19 km de comprimento.

GLACIER NATIONAL PARK EUA Não informado.

Fonte: http://www.janeladohorizonte.com.br/2014/11/5-geleiras-incriveis-nas-americas.html

Na região dos Andes é onde se concentram cerca de 600 geleiras, totalizando

99% do gelo tropical. O derretimento dessas geleiras de região de montanhas

demonstram facilmente os efeitos das mudanças climáticas, devido à temperatura

em que se encontra o gelo, próximo de 0ºC.

Figura 7 – Geleira Quelccaya no Peru

Fonte: https://www.epochtimes.com.br/geleiras-andinas-se-derretem-e-peru-comeca-perder-suas-fontes-de-agua/#.Vey7eH9Vikp

Page 25: Derretimento das Geleiras

24

6 CONCLUSÃO

Com esse breve estudo metodológico de revisão bibliográfica, conseguimos

entender a importância da substituição dos gases de efeito estufa, bem como a

mudança de cultura dos povos, alterando processos produtivos e realizando

investimento tecnológico para a substituição dos combustíveis fósseis por energias

renováveis.

Os processos de transformações dos últimos anos devido à globalização e

consequente competitividade internacional são irreversíveis, mas dentro deste

cenário temos o lado positivo que a globalização nos permite que seja possível

realizarmos ações conjuntas entre as nações para revertermos o processo de

mudança climática que vem destruindo as geleiras que foram formadas a milhões de

anos.

Devemos salientar outros pontos tais como os ganhos tecnológico, ambiental,

econômico, social e político da redução de emissão de gases do efeito estufa e a

produção de energias renováveis. Deve-se destacar ainda, que apesar de ser

ecologicamente correta a redução de emissão dos gases do efeito estufa é

necessário que se invista em educação ambiental de base, para garantirmos a

existente humana no planeta.

A Globalização, o aquecimento global, a destruição da camada de ozônio e o

derretimento das geleiras, estão interligados e tem consequências graves, é

necessário rever a cultura popular e os processos produtivos de produtos que

aceleram esses problemas, pois os efeitos dessa destruição serão catastróficos,

gerando perda de seres vivos da biota marinha e terrestre, inundação de cidades,

sem falar no aumento de temperatura e raios nocivos aos seres humanos. Existe

muita boa vontade dos países ao realizar reuniões para rever e tentar consertar esse

problema, porém infelizmente vemos que nem todo o combinado sai do papel, a

educação ambiental presente como disciplina obrigatória nas escolas seria um

começo de rever o aspecto cultural e engajar as pessoas a cobrar as medidas

prometidas nas reuniões da ONU.

Page 26: Derretimento das Geleiras

25

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BBC Brasil. Geleiras dos Andes derretem a ritmo mais rápido em 300 anos.

Disponível em:

<http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/01/130123_geleira_andes_bg.shtml>

. Acesso em: 05 de setembro de 2015.

BC Air Quality. Substâncias que destroem o ozônio. Disponível em:

<http://www.bcairquality.ca/101/ozone-depletion-causes.html>. Acesso em: 06 de

setembro de 2015.

Brasil PNUMA. O Degelo Ártico. Disponível em:

<http://www.brasilpnuma.org.br/saibamais/A_Degelo_Artico_UNEP_Yearbook_2008

_0408.pdf>. Acesso em: 30 de agosto de 2015.

Environment Protection Agency. Camada de ozônio. Disponível em:

<http://www.epa.gov/ozone/strathome.html>. Acesso em: 16 de Agosto de 2015.

Eschool Today. What is the layer of ozone. Disponível em:

<http://eschooltoday.com/ozone-depletion/where-is-the-ozone-layer.html>. Acesso

em: 29 de agosto de 2015.

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8 ANEXOS

8.1 Apresentação ppt – Globalização

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8.2 Apresentação ppt – Camada de Ozônio

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8.3 Apresentação ppt – Derretimento das Geleiras