informativo alô comunidade - ed. 008 / ago 2012

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Publicação mensal – Circulação nas comunidades da Reta João XXIII e pontos focais de Santa Cruz • Ano 1 • Agosto de 2012 • Edição 08 Moradores percebem desenvolvimento da região Mais de 60% dos moradores de Santa Cruz e Itaguaí reconhecem o progresso do local. Pessoas que vivem no bairro há anos contam histórias sobre as plantações e as transformações no comércio e acesso a serviços como transporte e saúde. Participação de voluntários em atividades educacionais faz a diferença no desempenho da criançada. Mães e avós contam histórias, brincam e dizem aprender mais que ensinam com as crianças e professores. Leia mais. Mestres do voluntariado Pág 3 Distribuição nota mil Parceiros de distribuição fazem Alô Comunidade! chegar ao segundo lugar entre os jornais mais lidos na Reta João XXIII e Santa Cruz. Saiba como jornaleiros, comerciantes, associações e amigos fazem a gente só perder para o Extra. Pág 2 Pág 4

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Edição nº 008 / Agosto de 2012 do informativo Alô Comunidade

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Publicação mensal – Circulação nas comunidades da Reta João XXIII e pontos focais de Santa Cruz • Ano 1 • Agosto de 2012 • Edição 08

Moradores percebem

desenvolvimento da região

Mais de 60% dos moradores de Santa Cruz e Itaguaí

reconhecem o progresso do local. Pessoas que vivem no bairro há anos contam

histórias sobre as plantações e as transformações no

comércio e acesso a serviços como transporte e saúde.

Participação de voluntários em atividades educacionais faz a diferença no desempenho da criançada. Mães e avós contam histórias, brincam e dizem

aprender mais que ensinam com as crianças e professores. Leia mais.

Mestres do voluntariado

Pág 3

Distribuição nota milParceiros de distribuição fazem Alô Comunidade! chegar ao segundo lugar entre os jornais mais lidos na Reta João XXIII e Santa Cruz. Saiba como jornaleiros,

comerciantes, associações e amigos fazem a gente só perder para o Extra.

Pág 2 Pág 4

2• Alô Comunidade!

Progresso em Santa Cruz é percebido por 61% da população, segundo Ibope

Antigos moradores notam as mudanças

Malvina Geralda, 65, mo-radora de Santa Cruz há mais de 50 anos percebe com clareza esta mudança. “Aqui era tudo roça, nos-so trabalho era catar milho, batata doce e aipim. Meu irmão trabalhava na lavoura da Base”, diz. Ela se re-corda da dificuldade do marido em pegar condução para o trabalho. “Nada comparado com os dias de hoje. Agora já tem muito mais con-dução”.

Malvina comenta ainda que antigamente tinha que aguardar até duas horas por uma consulta médica e, agora, espera que o atendimento seja mais rápido na nova Clínica da Família da João XXIII, onde já mar-cou exames. “Aos poucos as coisas vão melhorando. Melhor para o meu neto”, diz a coruja avó de Gabriel, 9.

A pesquisa Ibope também aponta que para 48% dos moradores de Santa Cruz, a qualidade de vida na região está ótima ou boa. Na reta João XXIII essa percep-ção é ainda maior, 52%. Criada no Abrigo Cristo Redentor, Aparecida Maria da Silva Gomes, 58, a dona Tita atesta a melho-ria de vida pela qual o bairro passa. Dona Tita conta que viveu duas fases em sua vida: a ruim, com os filhos adolescentes no conjunto da Cehab, e depois, o período que denomina de “progresso”.

“Mudou quase tudo em Santa Cruz nos últimos anos, mas nós, que somos mais antigos, sentimos que a comunida-de está mais segura. A partir do início dos projetos da CSA, nós começamos a notar uma redução na violência. Infelizmente, perdemos muitos jovens para o tráfico. De-pois vieram a educação e o crescimento do comércio”, afirma.

Arnaldo Dias de Oliveira, 58, assim como dona Tita, é outro morador antigo de Santa Cruz. Nasceu e foi cria-do no bairro. Aliás, 69% dos habitantes de Santa Cruz moram no local há mais de 20 anos, de acordo com o Ibope. “Todos se conhecem”, diz ele. Para Arnaldo, as coi-sas melhoraram, pois nunca tinha visto um crescimento tão grande como o que está acontecendo agora. “Antes, tinha só a es-cola Japão e o Abrigo Rafael Levy Miran-da, que era um colégio interno”, afirma.

Arnaldo costuma pescar na Baía de Sepetiba e se diz otimista em relação ao futuro, principalmente com a melhoria da saúde no bairro. Seu maior desejo atual-mente é ver os seus filhos completando os estudos. “Hoje em dia, só entra no mer-cado de trabalho quem tem qualificação. Quero que eles estudem e façam um bom curso para que possam crescer”, diz.

Conhecida ainda por seu ar bucólico, de cidade do interior, Santa Cruz vive hoje uma época de transformação. Nos últimos cinco anos, pode-se dizer que o desenvolvimento chegou à região. Em praticamente todos os segmentos,

os moradores notam mudanças. No transporte, a mais recente conquista foi o BRT (Transporte Rá-

pido por Ônibus), na educação, o colégio estadual Erich Heine, o EDI (Espaço de Desenvolvimento Infantil) na Reta João XXIII e o Senai Itaguaí, que embora esteja no município vizinho, oferece oportunidade de ensino profissionalizante para a população de Santa Cruz. A Clínica da Família inaugurada há pouco na Reta e a UPA Itaguaí contribuem para a melhoria do atendimento à população.

Mas o crescimento não está apenas na melhoria dos equi-pamentos municipais e estaduais na região. O morador de Santa Cruz está consumindo mais. Prova disso é a chegada do Shop-ping Pátio Mix e diversos grandes magazines para a região. Além do visível crescimento do número de pequenos estabelecimen-tos comerciais recém-abertos.

Toda esta movimentação é constatada pela população local. Entre os dias 4 e 20 de junho, o Ibope entrevistou moradores de Santa Cruz e da reta João XXIII. 61% das pessoas que moram em Santa Cruz avaliam que o bairro está em fase de grande progresso ou progresso. Na Reta João XXIII, a sensação é ainda maior, 75%.

3 Alô Comunidade! •

Parceiros da educaçãoVoluntários dão show de participação nas escolas e fazem a diferença na educação da garotada

Não basta ser mãe, tem que participar. Em Santa Cruz e região, muitas mães se-guem à risca esta máxima

da cultura popular e se envolvem diretamente no que há de mais pre-cioso na educação de seus filhos: a escola. São as voluntárias da edu-cação. Elas se envolvem nas mais diversas atividades com o objetivo de dar apoio à escola ou ao curso em que seus filhos estudam. O en-volvimento de mães e familiares nas escolas só traz benefícios. É o que atesta a pedagoga Dora Apelbaum. “O envolvimento de voluntários nas ações das escolas é muito impor-tante para a formação dos alunos, melhorando noções de saúde e até o desenvolvimento da cultura”, diz Dora. E ela ainda completa: “não im-porta o nível de conhecimento dos pais, o importante é apoiar”.

Com o intuito de apoiar estas supermães que decidiram usar um pouco do seu tempo em prol da edu-cação, o PAIS (Programa de Apoio a Iniciativas Socioeducativas) criou a ação de voluntariado Mulheres Ami-gas da Educação. Segundo Raquel Xavier de Jesus, coordenadora do CIEDS, ONG que desenvolveu a

ação, alguns voluntários já desen-volviam atividades nos núcleos de reforço escolar. Daí surgiu a ideia de realizar um trabalho integrando essas ações. “Nós nos reunimos com representantes de cada inicia-tiva do PAIS e desenvolvemos esse novo programa que ganhou o nome de Mulheres Amigas da Educação.”

Cada unidade do programa PAIS conta com o apoio de quatro voluntárias, que atuam duas ve-zes na semana. As pessoas foram escolhidas de acordo com as suas habilidades e com a disponibilidade de tempo. Dentre as atividades de-senvolvidas pelas voluntárias estão leituras, brincadeiras, preparação de lanches, crochê e costura.

Carla Miranda, 34, participa da iniciativa Reforço Escolar São Fer-nando. Mãe de Maria Clara, 6, e tia de Yasmin, 11, Carla auxilia a pro-fessora Márcia em atividades como leitura, pintura e exibição de filmes. Ela conta que as mães ajudam tam-bém a coordenar a saída das crian-ças para beber água e ir ao banhei-ro. “Somos quatro mães. Nós agora vamos fazer o mural da primavera”, anima-se a voluntária.

No Centro de Estudos Alterna-

Atividades para mães e avós voluntárias

As escolas municipais que fazem parte do programa Escolas do Amanhã, da Prefeitura do Rio, oferecem atividades de reforço esco-lar, artes e esportes com a participação de mães e avós voluntárias. Se você quer ser uma “mãe educadora”, vá até a 10ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), na Av. Padre Guilherme Decaminada, 71 - Santa Cruz, em qualquer época do ano, com carteira de identi-dade, CPF e comprovante de residência.

tivo, Nádia Maria Fernandes Ayres, 54, é voluntária da comunidade e está desenvolvendo uma “oficina de cidadania” com as crianças. Ela aproveita a sua experiência como professora e como ex-integrante do conselho tutelar. Nádia diz que em uma de suas aulas usou o exemplo de um aluno que era tratado por um

Exemplo de voluntariado

A Escola Municipal Zulmira Telles, do conjunto Miécimo, é também um bom exemplo de participação da comunidade no reforço escolar dos alunos, com a participação de professores, estagiários e voluntários. “O foco da escola é ampliado quando envolve a família e a comunidade local”, afirma a diretora Marivone Bezerra de Farias.

Renata Luiza Silva integra o conselho escolar comunitário da escola Zul-mira Telles e é voluntária nas aulas de reforço. Ela conta que sua mãe também participava do mesmo conselho e, por isso, decidiu seguir seus passos. “Acho muito prazeroso poder ajudar as crianças a aprender melhor. Nem todas podem contar com o apoio dos pais em casa. Essa é a maior razão do voluntariado.”

As gêmeas Vanessa e Viviane, 11, vieram para a Zulmira Telles transferidas de outra escola pública. De acordo com seu pai, Vitor Pires do Nas-cimento, morador do Guandu, elas começaram a frequentar as aulas de reforço escolar há poucos meses porque tinham dificuldade em ler e interpretar tex-tos. “Na outra esco-la, elas não iam bem nos estudos. Agora, as duas já melho-raram na leitura e também nas notas”, comemora o pai.

apelido do qual não gostava e, por conta disso, explorou a questão dos nomes próprios e da identidade de cada um. “As situações que surgem são as mais variadas” – comenta. “Alguns alunos dizem que já pos-suem até CPF, mas outros, ao con-trário, nunca viram nem a sua certi-dão de nascimento”.

Da esq. para dir.: Marivone, Renata e a filha Gabrielly

4• Alô Comunidade!

O proprietário do Bazar Rio Sul, que fica na rua Bominal, 180, no Beco do Ivan, Oséas Boier, distribui o jornal junto com a sua esposa, Delcia, e sua mãe, Nery, aos seus fregue-ses. Segundo ele, as pessoas elogiam as fotos e fazem muitos comentários sobre a qualidade da impressão do jornal. “Muitos dos meus clientes são alunos e pais do Colégio São Lucas, que fica ao lado do meu comércio”, diz.

Os moradores do Horto Florestal já se acos-tumaram a receber o Alô Comunidade! bem cedi-nho. Isso é possível graças aos irmãos Manoel e Márcio, da padaria Pão da Vida, que fica na Rua Ayrton Senna, nº 2 – Parque Florestal. “As pes-soas vêm comprar pão para o café da manhã e levam junto o jornal”, comenta Manoel. Passam por lá muitos militares da Vila de Sargentos da Ae-ronáutica, além de pais e alunos que vão para as escolas públicas da região. “As pessoas gostam de saber o que acontece em outras comunidades”, afirma Márcio. “Um amigo nosso que é policial, o Braga, saiu outro dia no jornal e todo mundo co-mentou”, completa.

Para que os 25 mil exemplares cheguem aos estabelecimentos parceiros e às casas dos moradores da Reta João XXIII, duas equipes do Claudinho do Som, compostas por motorista e quatro pessoas, distribuem o jornal.

Com apenas meio ano de existência, o Alô Comunidade! já é o segundo jornal mais lido na Reta João XXIII e em Santa Cruz,

segundo pesquisa Ibope realizada com os mo-radores da região em junho. Para alcançar tanto sucesso em tão pouco tempo, a equipe do jornal conta com uma rede de parceiros que ajudam a distribuir gratuitamente a publicação.

é uma publicação mensal de circulação externa da ThyssenKrupp CSA . Av. João XXIII, s/nº. – Santa Cruz – Rio de Janeiro – CEP: 23.560-352.

n Conselho Editorial • Bianca Wien Prado • Cristina Valente • Elizabeth Andrade • Fernanda Candeias Guimarães • Luciana Finazzi • Janaína Torres • Péricles Monteiro • Ruy Portilho • William Nogueira n Reportagem • Aline Rodrigues n Design • F.Tavares n Fotos • Reinaldo Azevedo • Arquivo TKCSA.

Atendimento: 0800 021 5123 – e-mail: [email protected] Tiragem: 25 mil exemplares.

Ponte dos Jesuítas - 260 anos de maravilha

preservada

Alô Comunidade! é o 2º mais lido da região graças a apoio de parceiros na distribuição

Est. do Guandu

Est. do Frutuoso

Est. do Guandu

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ortu

me

Av. Brasil

Av. Brasil

Praça Jesuítas

Uma das maravilhas de Santa Cruz, re-conhecida tanto por moradores quan-to pelo Iphan - Instituto do Patrimônio

Histórico Nacional, a Ponte do Guandu ou Ponte dos Jesuítas, como é conhecida hoje, chega aos seus 260 anos preservada e com muita história para contar.

Segundo Odalice Miranda Priosti, profes-sora, museóloga, doutora em Memória So-cial e coordenadora de Estudos e Projetos do NOPH e do Ecomuseu de Santa Cruz, a ponte é um marco da engenharia hidráulica e foi construída pelos padres jesuítas para diminuir o impacto dos períodos de seca e enchentes nas plantações da antiga fazenda de Santa Cruz. Funcionava assim: os quatro arcos chamados “óculos” por onde passavam as águas do rio Guandu eram fechados ou abertos conforme o momento exigia. Quando o fluxo de água no rio Guandu, que na época passava por baixo da ponte, aumentava mui-to, a ponte servia para represar o excesso de água. Durante o período de seca se esten-dia, as comportas eram abertas e assim as plantações podiam ser irrigadas.

A Ponte dos Jesuítas, que teve sua cons-trução concluída em 1752, foi tombada pelo antigo Sphan, atual Iphan em 1938 e segun-do Odalice “foi um dos monumentos incluí-dos na primeira lista de patrimônios nacio-nais brasileiros”. O monumento passou por reformas nos anos 80 e em 2010, e tem sido preservada por guardiões do patrimônio his-tórico do bairro, além de ser visitada por estu-dantes e turistas. E você, já viu de perto essa

maravilha de Santa Cruz? A visita vale a pena!

Quer ganhar um voo panorâmico pelo Rio de Janeiro num avião da Base Aérea de Santa Cruz? É simples: basta participar do con-

curso que escolherá o logo das Sete Maravilhas de Santa Cruz.

Para quem ainda não sabe, Santa Cruz teve suas sete maravilhas escolhidas em 2007 atra-vés de voto popular e reconhecidas por lei no ano passado. São elas: Cidade das Crianças, Bata-lhão-Escola de Engenharia – “Batalhão Villagran Cabrita”, Hangar do Zeppelin, Matriz de Nossa

Senhora da Conceição, Ponte dos Jesuítas, Ca-tedral das Assembleias de Deus em Santa Cruz e o Antigo Matadouro Industrial.

Inspire-se nos símbolos do bairro e mande o seu arquivo digital de até 2 megabytes e extensão jpg sobre o tema pelo site www.fotosrei.com.br

As inscrições vão até 24 de outubro e os cria-dores das dez melhores logos ganharão o passeio pelos céus da Cidade Maravilhosa. Mais informa-ções sobre o regulamento do concurso, ligue para Reinaldo Azevedo no telefone 7704-4852.

Crie o logo das sete maravilhas e ganhe um voo pelo Rio

ConCuRso CulTuRAl

O dono da banca de jornal do centro de Santa Cruz, Vittório Guadagno, 70, é um dos parceiros do Alô Comunidade! Ele conta que assim que o jornal chega em sua banca, é pendurado junto com os outros jornais. “As pessoas perguntam: E esse aqui quanto custa? E eu digo que é corte-sia”. Ele conta que o jornal acaba rápido e que os fregueses costumam levá-lo junto com os demais produtos da banca.

A experiência de seu Vittório é confirmada pelos números da pesquisa Ibope. 70% dos mo-radores da Reta João XXIII e 20% de toda a re-gião de Santa Cruz afirmaram que costumam ler o Alô Comunidade! O primeiro jornal mais lido da região apontado pela pesquisa foi o Extra, com 28% de leitura na Reta João XXIII e 55% em San-ta Cruz.