inépcia da denúncia e trancamento da ação penal - jus navigandi

Upload: delso-de-jesus-cardoso

Post on 14-Jan-2016

225 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Inépcia Da Denúncia e Trancamento Da Ação Penal - Jus Navigandi

TRANSCRIPT

  • 19/06/2015 InpciadadennciaetrancamentodaaopenalJusNavigandi

    http://jus.com.br/imprimir/26260/inepciadadenunciaetrancamentodaacaopenal 1/6

    Este texto foi publicado no site Jus Navigandi no endereohttp://jus.com.br/artigos/26260Paraveroutraspublicaescomoesta,acessehttp://jus.com.br

    Inpciadadennciaetrancamentodaaopenal

    Inpciadadennciaetrancamentodaaopenal

    DijonilsonPauloAmaralVerssimo

    Publicadoem01/2014.Elaboradoem12/2013.

    Anlise doutrinria e jurisprudencial do habeas corpus como o instrumentodisponibilizadoparaotrancamentodaaopenaliniciadapordennciaquenocontmoselementosdoartigo41doCPP.

    Sabidoqueadennciastemcapacidadejurdicadeinstalaraopenalvlidaecompotencialidadedeproduzir eficcia e efetividade quando contm os elementos determinados pelo artigo 41 do Cdigo deProcessoPenal,asaber:

    a)Descriodofato,comtodasascircunstncias

    b)Qualificaodoacusadooufornecimentodedadosquepossibilitemasuaidentificao

    c)Classificaodocrime

    d)Roldetestemunhas

    e)Pedidodecondenao

    f)Endereamento

    g)Nomeeassinatura.

    Ademais,adennciadeveespecificarfatosconcretos,demodoapossibilitaraoacusadoasuadefesa,nopodendoselimitaraafirmaesdecunhovago.

    OPoderJudiciriotemconsagradooentendimento,emhomenagemaodevidoprocessolegal,queorusedefende de fatos concretos que lhe so imputados e no da tipificao jurdica que lhes dada. EssaposturaobrigaqueoMinistrioPblicofaanarrativadefatosnadennciaquerealmenteaconteceram,afim de ser identificada a essncia da tipificao do delito. No particular, deve o Ministrio Pblicodescrever,combaseemrealidadesacontecidas,osfatos,podendoatfazlodemodoresumido.Oqueseexige,contudo,queadennciasejaclara,direta,bemestruturadaeprecisa,isto,contendodescriocomedidadosacontecimentos,afimdenocriardificuldadesparaadefesadoacusado.

    A pea acusatria no pode ser genrica.Os fatos devem ser individualizados e com caractersticas deconcretude.NodevemnascerdaimaginaodoMinistrioPblico.Nopodeadennciaserumapeadefico.Havendoconcursodeinfratores,hdeadennciadestacaraquotadeparticipaodecadaumnainfrao penal apontada como tendo sido consumada. A definio do grau dessa participao

  • 19/06/2015 InpciadadennciaetrancamentodaaopenalJusNavigandi

    http://jus.com.br/imprimir/26260/inepciadadenunciaetrancamentodaacaopenal 2/6

    indispensvel. A denncia h de relatar, com base em fatos apurados e existentes, o que est sendoimputadoaoru,emquecircunstncias,osefeitosproduzidosnomundoconcreto,paraqueoexercciodaampladefesasejaexercido.

    OSupremoTribunalFederal,noHCn.822246/RJ,relatadopelaMin.EllenGracie,DJde14.11.2002,p.33,decidiu:Emtemadecrimessocietrios,indispensvelqueapeaacusatriaindividualizeacondutadecadadenunciado,sobpenadeserconsideradainepta.

    Omesmo posicionamento adotou o Superior Tribunal de Justia no julgamento do REsp 135264/GO,relatado pelo Ministro Edson Vidigal, DJ de 17.08.1998, p. 79: Nos chamados crimes societrios imprescindvelqueadennciadescreva,aomenossucintamente,aparticipaodecadapessoanoeventocriminoso. A invocao da condio de scio ou diretor, sem a individualizao das condutas, no suficienteparaviabilizaraaopenal,porimpediroexercciodocontraditrioedaampladefesa.

    Denncia que no apresenta os requisitos acima elencados inepta. A inpcia da denncia deve serreconhecida, especialmente, quando no h na inicial a descrio pormenorizada dos fatos, tendo emvistaquedelesqueoacusadosedefendeequepermiteao juizaferirsobreaefetivaocorrnciadofatotpico,estabelecendooslimitesdocampotemticoaserdiscutidonoprocessoduranteasuatramitao.Nosepodeignorarotranstornodeumaacusaopenalcontraocidado.Portalrazo,aeledeveserasseguradoodireitofundamentaldaampladefesa,abrindoseespaoparaque,desdelogo,lhesejadadoconhecimento,omaiscompletopossvel,detodaaextensodapretensopunitivacontraeleinstaurada.

    Nesse sentido, Tourinho Filho consigna que, na denncia, o rgo do Ministrio Pblico pede acondenaodo ru.E,parapedila, obviamentedeve imputar aprticadeumcrime.O fato criminoso,pois, a razo do pedido da condenao, a causa petendi. No se concebe, por absurdo, uma peaacusatriasemquehajacausapetendi

    Dessa feita, o nosso ordenamento jurdico, em homenagem aos princpios da dignidade humana e davalorizaodacidadania,nopermitedennciavaga,combaseemfatosfictcios,irreal,genricaesemummnimodeprovaqueasustente.Aqueassimseapresentahde, inexoravelmente,serconsideradainepta.

    Emrespeitoaoprincpiofundamentaldodevidoprocessolegal,todaacusaopostaemdennciapenalsofre limites jurdicos. Estes so os de que a pea acusatria deve apresentarse vinculada contextualizaodosfatosdenaturezaconcreta.Nopodehaverdennciacombaseemfatosabstratos.Adenncianoserreconhecidacomocapazdeinstauraraopenalcontraqualquercidadoquandofordeficientenanarrativadosfatosounodemonstrar,inicialmente,asuaexistnciamnima,limitandoseaindicar,apenas,odispositivolegalsupostamenteinfringido.Nomesmoplanoimpositivoderejeiodadenncia encontrase a situao em que a denncia descreve fatos intricados, ininteligveis,contraditrios,conformeensinaNestorTvoraeRosmarRodriguesAlencar .

    AreformaimpostaaoCdigodeProcessoPenalpelaLein11.719/2008,consagrandooentendimentoconstrudopeloSupremoTribunalFederalepeloSuperiorTribunaldeJustia,comrefernciaaoscasosderejeiodadenncia,revogouoart.43doCdigodeProcessoPenal,passandoaconsiderarmaculadaadennciaquandonoseapresentarcompostaportodososelementosdefinidosnoart.41enashiptesesdescritasnoart.395,tudodonormativoprocessualmencionado.

    Temos, na quadra atual construda pelo nosso ordenamento jurdico processual penal, a rejeioobrigatriadadennciapelojuiz,nassituaesseguintes:

    a)Quandoformanifestamenteinepta

    b)Quandolhefaltarpressupostoprocessualoucondioparaoexercciodaaopenal

    c)Quandolhefaltarjustacausa.

    [1]

    [2]

  • 19/06/2015 InpciadadennciaetrancamentodaaopenalJusNavigandi

    http://jus.com.br/imprimir/26260/inepciadadenunciaetrancamentodaacaopenal 3/6

    Astrshiptesesacimaconfiguradasdevemsersomadascomasdeterminadaspeloart.397doCdigodeProcessoPenal:

    Iexistnciamanifestadecausaexcludentedeilicitude

    IIexistnciamanifestadecausadeexcludentedeculpabilidade

    IIIfatonarradoevidentementenoconstituircrime

    IVestiverextintaapunibilidade.

    Arejeiodadenncia,comprovadasashiptesesacimaelencadas,constituiumdireitofundamentaldocidadoacusado,peloqueimperiosaasuadecretaoporviadepronunciamentojudicialadequado:nafasedeseurecebimentoou,posteriormente,naapreciaodacausaemjulgamentoantecipado.

    OSuperiorTribunaldeJustiatemproclamadoqueAdificuldadenaapuraodeumdelitonojustificaooferecimentoprecocededennciaenemisentaorgodeacusaodeapresentarprovasindiciriasdoque foi imputado. (Denncia na APn n 549, de So Paulo, relatada pelo Min. Feliz Fischer, CorteEspecial,julgadaem21/10/2009).

    NomesmojulgamentodaAPn549/SP,ficouassentado:

    Adennciadeveviracompanhadacomomnimoembasamentoprobatrio,ouseja,comlastroprobatriomnimo(HC88.601/CE,SegundaTurma,Rel.Min.GilmarMendes,DJUde22/06/2007),aptoademonstrar,aindaquedemodoincidirio,aefetivarealizaodoilcitopenalporpartedodenunciado.Emoutros termos, imperiosaaexistnciadeumsuporte legitimadorquereveledemodosatisfatrioeconsistente,amaterialidadedofatodelituosoea existncia de indcios suficientes de autoria do crime, a respaldar aacusao, de modo a tornar esta plausvel. No se revela admissvel aimputao penal destituda de base emprica idnea (INQ 1.978/PR,TribunalPleno,Rel.Min.CelsodeMello,DJUde17/08/2007)oqueimplicaaausnciadejustacausaaautorizarainstauraodapersecutiocriminisiniudicio.

    Certo , conforme a doutrina e a jurisprudncia, que o exerccio do direito de ao penal exige que oinquritoouaspeasde informaodevemconterelementos sriose idneosdemonstrandoquehouveuma infraopenal, e indcios,maisoumenos razoveis,dequeo seuautor foi apessoaapontadanoprocessoinformativoounoselementosdeconvico,porqueaproposituradeumaaoacarretavexamespessoacontraquemfoiproposta.

    Emsntese,adennciaconsideradaineptaquando:

    a)Noindividualizaacondutadoacusado

    b)Noexpeconcretamenteofatoimputadoaoacusado

    c)Nopermiteaoacusadooexercciodaampladefesaedocontraditriopornoter fatoconcretoasedefender

    d)Noapresentaindciosdematerialidadeedeautoriaenvolvendooacusado

  • 19/06/2015 InpciadadennciaetrancamentodaaopenalJusNavigandi

    http://jus.com.br/imprimir/26260/inepciadadenunciaetrancamentodaacaopenal 4/6

    e)Omitesenadescriodecomportamentotpicopenalsupostamentecometidopeloacusado.

    OSupremoTribunalFederal,noHabeasCorpusn84.580,relatadopeloMinistroCelsodeMelo,julgadoem25/08/2009,atualizouasuajurisprudnciaparadeixarassentadoemnossoordenamentojurdico,noreferentedenncia,osprincpiossintetizadosnaementaaseguir:

    HABEAS CORPUS CRIME CONTRA O SISTEMA FINANCEIRONACIONAL RESPONSABILIDADE PENAL DOS CONTROLADORES EADMINISTRADORESDE INSTITUIOFINANCEIRA LEIN7.492/86(ART. 17) DENNCIA QUE NO ATRIBUI COMPORTAMENTOESPECFICO E INDIVIDUALIZADO AOS DIRETORES DA INSTITUIOFINANCEIRAINEXISTNCIA,OUTROSSIM,DEDADOSPROBATRIOSMNIMOSQUEVINCULEMOS PACIENTESAOEVENTODELITUOSO INPCIA DA DENNCIA PEDIDO DEFERIDO. PROCESSO PENALACUSATRIO OBRIGAODEOMINISTRIO PBLICO FORMULARDENNCIAJURIDICAMENTEAPTA.OsistemajurdicovigentenoBrasil tendo presente a natureza dialgica do processo penal acusatrio, hojeimpregnado, em sua estrutura formal, de carter essencialmentedemocrtico impe, aoMinistrio Pblico, notadamente no denominado"reato societario", a obrigao de expor, na denncia, demaneira precisa,objetivaeindividualizada,aparticipaodecadaacusadonasupostaprticadelituosa. O ordenamento positivo brasileiro cujos fundamentosrepousam,dentreoutrosexpressivosvetorescondicionantesdaatividadedepersecuo estatal, no postulado essencial do direito penal da culpa e noprincpioconstitucionaldo"dueprocessof law"(comtodososconsectriosquedeleresultam)repudiaasimputaescriminaisgenricasenotolera,porque ineptas, as acusaes que no individualizam nem especificam, demaneiraconcreta,acondutapenalatribudaaodenunciado.Precedentes.

    A PESSOA SOB INVESTIGAO PENAL TEMODIREITODENO SERACUSADACOMBASEEMDENNCIAINEPTA.Adennciadeveconteraexposiodo fatodelituoso,descritoemtodaasuaessnciaenarradocomtodasassuascircunstnciasfundamentais.Essanarrao,aindaquesucinta,impeseaoacusador comoexignciaderivadadopostuladoconstitucionalque assegura, ao ru, o exerccio, em plenitude, do direito de defesa.Denncia que deixa de estabelecer a necessria vinculao da condutaindividualdecadaagenteaoseventosdelituososqualificasecomodennciainepta.Precedentes.

    DELITOS CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL PEAACUSATRIA QUE NO DESCREVE, QUANTO AOS DIRETORES DEINSTITUIO FINANCEIRA, QUALQUER CONDUTA ESPECFICA QUEOS VINCULE, CONCRETAMENTE, AOS EVENTOS DELITUOSOS INPCIADADENNCIA.Amerainvocaodacondiodediretoroude

  • 19/06/2015 InpciadadennciaetrancamentodaaopenalJusNavigandi

    http://jus.com.br/imprimir/26260/inepciadadenunciaetrancamentodaacaopenal 5/6

    administrador de instituio financeira, sem a correspondente e objetivadescrio de determinado comportamento tpico que o vincule,concretamente, prtica criminosa, no constitui fator suficiente apto alegitimar a formulao de acusao estatal ou a autorizar a prolao dedecreto judicial condenatrio. A circunstncia objetiva de algummeramente exercer cargo de direo ou de administrao em instituiofinanceira no se revela suficiente, s por si, para autorizar qualquerpresunode culpa (inexistenteemnosso sistema jurdicopenal) e,menosainda, para justificar, como efeito derivado dessa particular qualificaoformal,acorrespondentepersecuocriminal.Noexiste,noordenamentopositivo brasileiro, ainda que se trate de prticas configuradoras demacrodelinquncia ou caracterizadoras de delinquncia econmica, apossibilidade constitucional de incidncia da responsabilidade penalobjetiva.Prevalece,sempre,emsedecriminal,comoprincpiodominantedosistemanormativo,odogmadaresponsabilidadecomculpa("nullumcrimensine culpa"), absolutamente incompatvel com a velha concepomedievaldo "versari in re illicita", banida do domnio do direito penal da culpa.Precedentes.

    ASACUSAESPENAISNOSEPRESUMEMPROVADAS:ONUSDAPROVA INCUMBE, EXCLUSIVAMENTE, A QUEM ACUSA. Nenhumaacusaopenalsepresumeprovada.Nocompete,aoru,demonstrarasuainocncia. Cabe, ao contrrio, aoMinistrio Pblico, comprovar, de formainequvoca, para alm de qualquer dvida razovel, a culpabilidade doacusado.Jnomaisprevalece,emnossosistemadedireitopositivo,aregra,que, em dado momento histrico do processo poltico brasileiro (EstadoNovo), criou, para o ru, com a falta de pudor que caracteriza os regimesautoritrios, a obrigao de o acusado provar a sua prpria inocncia(Decretolein88,de20/12/37,art.20,n.5).Precedentes.Paraoacusadoexercer, em plenitude, a garantia do contraditrio, tornase indispensvelqueorgodaacusaodescreva,demodopreciso,oselementosestruturais("essentialia delicti") que compem o tipo penal, sob pena de se devolver,ilegitimamente, ao ru, o nus (que sobre ele no incide) de provar que inocente.Emmatriaderesponsabilidadepenal,noseregistra,nomodeloconstitucionalbrasileiro,qualquerpossibilidadedeoJudicirio,porsimplespresuno ou com fundamento emmeras suspeitas, reconhecer a culpa doru. Os princpios democrticos que informam o sistema jurdico nacionalrepelem qualquer ato estatal que transgrida o dogma de que no haverculpa penal por presuno nem responsabilidade criminal por merasuspeita.(HC84580,Relator(a):Min.CELSODEMELLO,SegundaTurma,julgadoem25/08/2009,DJe176DIVULG17092009PUBLIC18092009EMENTVOL0237402PP00222RTv.98,n.890,2009,p.500513)

  • 19/06/2015 InpciadadennciaetrancamentodaaopenalJusNavigandi

    http://jus.com.br/imprimir/26260/inepciadadenunciaetrancamentodaacaopenal 6/6

    CONCLUSO

    Diante do exposto, podemos concluir, em apertada sntese, que a instaurao de ao penal comdebilidadeprobanteconstituiilegalidademanifestada,atentandoaodireitofundamentaldepazquedevegozarocidado,oquedeveserreconhecido,emqualquertempo,pelomagistradodirigentedoprocesso.Este, no caso de ter recebido a denncia, deve, aps ser surpreendido com as alegaes de defesademonstrandoaimpossibilidadedeaaopenalprosseguir,porapeaacusatriaserinepta,subordinarseaosditamesdoart.395doCdigodeProcessoPenale, julgandoantecipadamentea lide,extinguiroprocessosemresoluodemrito.

    REFERNCIAS

    TVORA, Nestor ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual, 4. ed., Salvador:JusPodivm.

    TOURINHOFILHO,FernandodaCosta.ManualdeProcessoPenal.10Ed.SoPaulo:Saraiva,2008.

    NOTAS

    InManualdeProcessoPenal.10Ed.SoPaulo,Saraiva,2008,p.154.

    InCursodeDireitoProcessual,4.ed.,Salvador:JusPodivm,p.184.

    Autor

    DijonilsonPauloAmaralVerssimo

    Bacharel em Direito pela UFRN. Especialista em Direito Pblico pela UFRN.Especialista em Direito Triburio pela AnhangueraUniderp. Especialista emDireito Previdencirio pela AnhangueraUniderp. Advogado. Procurador

    Federal/AGU.ChefedaSubprocuradoriaRegionaldaPFEINSSemBraslia.

    Informaessobreotexto

    Comocitarestetexto(NBR6023:2002ABNT)

    VERSSIMO,DijonilsonPauloAmaral.Inpciadadennciaetrancamentodaaopenal.RevistaJusNavigandi,Teresina,ano19,n.3839,4jan.2014.Disponvelem:.Acessoem:19jun.2015.

    [1]

    [2]