índice - static.weg.net · e o advento da internet, os limites de ve-locidade nesta estrada foram...

20

Upload: truongtuyen

Post on 09-Feb-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

e ditorial

WEG em Revista Julho - Agosto 2000 WEG em Revista Julho - Agosto 2000

expediente

índice

Weg em Revista é uma publicação da Weg. Av. Pref. Waldemar Grubba, 3300, caixa postal 420,telefone (47) 372-4000, CEP 89256-900, Jaraguá do Sul - SC. Home page: www.weg.com.br. Linhadireta: [email protected]. Conselho Editorial: Walter Janssen Neto (diretor), Paulo Donizeti (edi-tor), Caio Mandolesi (jornalista responsável), Edson Ewald. Edição e produção: EDM Logos Comuni-cação, telefone (47) 433-0666. Tiragem: 10.000.

O mundo semove em blocos 4

7

8

11

18 3

ON

Navegando comos Schürmann

Weg ampliapresença no mundo

Assistência compadrão mundial

Em busca doentendimento

12Uma �casa�para a qualidade

15Vídeo revisitahistória de Jaraguá

A Weg entendeu, logo no início

de sua história, que a busca do

mercado externo era uma parte

do processo de crescimento, e não

uma conseqüência.

Naturalmenteglobalizados

a rtigo

Douglas Conrado Stangeé diretor superintendenteda Weg Exportadora

As empresasbrasileiras começam atrilhar o caminho da

globalização, setornando

multinacionais17

Uma empresapara o século 21

18Globalizaçãoé antiga na Weg

FOTO

AN

DRÉ

KOPS

CH

FLÁ

VIO

UET

A

o princípio era um só grande continente, cha-mado “Pangéia”. O movimento da superfície daTerra fez com que a crosta se fendesse, separan-do-se em imensos blocos, que hoje formam os

diversos continentes. Milhões de anos depois, ao construira torre de Babel, os homens passaram a não se entender, eDeus, como punição à falta de entendimento, fez com quesurgissem muitos idiomas, o que aumentou ainda mais odesacordo.

Hoje, com o processo denominado globalização, o ho-mem tenta uma volta ao passado remoto, pré-Babel, quan-do todos falavam a mesma língua. Como atualmente a imen-sa profusão de idiomas impede que se padronize o falar,busca-se o entendimento via comercial, eliminando barrei-ras tarifárias, técnicas e monetárias.

A principal característica deste processo é a integraçãodas nações em blocos econômicos - uma nova Pan-géia -,homogeneizando procedimentos e tentando preservar aidentidade nacional de cada país integrante desses conglo-merados. O Cone Sul da América, por exemplo, hoje é Mer-cosul; a Europa é Comunidade Européia; a América doNorte é Nafta, e assim por diante. Tal e qual as placas tec-tônicas que formam a superfície terrestre, esses blocos semovimentam em direção uns dos outros, buscando afinida-des e vantagens comerciais.

Brasil já nasceu globaliza-do. Primeiro vieram os eu-ropeus, portugueses à fren-te, e se misturaram aos ín-

dios da terra. Mais tarde os negros seincorporaram à receita. Com o fim daescravidão, mais europeus tomaram orumo do Brasil - alemães , italianos, po-loneses, húngaros etc. -, até que japo-neses, árabes e outros povos do orientese aventurassem a emigrar para um paísjovem e em formação.

Hoje o país não só abriga colôniasde imigrantes de quase todas as partesdo mundo, como segue incorporando oscostumes e a cultura desses povos. Esta“herança genética” tem sido importan-te para diminuir asdesvantagens que te-mos ao competir compaíses mais desenvol-vidos, que se lança-ram ao mercado in-ternacional muito an-tes. Nossas maioresempresas são peque-nas frente aos gran-des grupos mundiaise ainda temos que enfrentar problemasinternos. Mas ainda há tempo de encur-tar essa distância.

O caso da Weg é exemplar. As trêsfábricas no exterior adquiridas neste anonos colocam oficialmente na posição demultinacional brasileira. Este caminhocomeçou a ser trilhado cedo, o que ex-plica em parte o sucesso que aparecehoje. A Weg entendeu logo que não pre-cisava crescer e se fortalecer para de-pois começar a exportar, e sim que ex-portar era parte essencial do processode crescimento. Assim a empresa foi for-mando massa crítica para poder ter en-tre seus objetivos ser o maior fabricantede motores de baixa tensão do mundo.

O processo foi longo. Primeiro veio

a fase de encontrar distribuidores dis-postos a apostar em uma marca desco-nhecida e a crescer junto com uma em-presa nova. Com uma rede de distribui-dores formada, partiu-se para a abertu-ra de filiais comerciais em pontos estra-tégicos do planeta. Agora, com o inícioda produção no exterior, iniciamos a ter-ceira - e mais ambiciosa - fase do pro-cesso de internacionalização.

Expor os produtos a mercados maisexigentes traz benefícios incontestáveisa qualquer empresa. Além dos ganhosem qualidade, produtividade, os colabo-radores - como bons brasileiros - logoenxergam as oportunidades que podemaparecer com o processo de internacio-

nalização e se tiveremo apoio da empresa,como no caso da Weg,tratam de buscar as qua-lificações que precisampara aproveitar estasoportunidades.

Dizer que esta situa-ção está ocorrendo dealguns anos para cá noBrasil não é exagero

nem otimismo cego. Os brasileiros, in-dividualmente ou em parceria com suasempresas, estão tratando de equilibrarseus pontos fracos e fortes em relaçãoao mercado internacional com um sen-so de oportunidade digno de centroavan-te goleador, para usar uma metáfora tí-pica do país. A Weg talvez se diferencieapenas por ter iniciado esse processo umpouco mais cedo e com mais visão delongo prazo, diferencial que sempremarcou a empresa. Mas temos hoje bonsexemplos de empresas seguindo o mes-mo caminho. E o que é melhor: com odesenvolvimento das telecomunicaçõese o advento da internet, os limites de ve-locidade nesta estrada foram simples-mente abolidos. n

Imagem

WEG em Revista Julho - Agosto 200017

n otícias

WEG em Revista Julho - Agosto 20004

e special

O homem tem tentado, nosúltimos anos, recosturar omapa da Terra, buscandouma integração de modo a

transformar o planeta numa hipotéticaPangéia em termos econômicos. Histo-ricamente, Pangéia seria o “superconti-nente”, que compreendia os paleoconti-nentes Gondwana (que hoje seriam aAmérica do Sul, a África, parte da Ásia,Austrália e Antártida) e Laurásia (Amé-rica do Norte e Eurásia), constituindo a

crosta terrestre continental antes do Ju-rássico. Há cerca de 200 milhões de anoseste imenso continente uno começou ase dividir, como resultado da deriva con-tinental, formando posteriormente a atu-al distribuição dos continentes.

Se, geologicamente, é impossível re-tomar a forma original, o ser humanotenta, pelo menos, reunificar os conti-nentes pela via econômica. Uma condi-ção indispensável para essa recostura éa padronização idiomática, perdida emeras remotas em razão da falta de enten-dimento da raça humana. Nos relatos bí-blicos encontram-se referências, do tem-po em que a terra tinha um só idioma, auma certa torre, que os habitantes deentão pretendiam que chegasse o maispróximo possível de Deus. Deram a elao nome de Babel. Mas não se entendi-am, e Deus, condenando sua intençãode elevar-se até o céu, puniu-os confun-dindo a linguagem, que era única. Diz otexto da Bíblia, em Gênesis, capítulo 11:“‘Desçamos, e confundamos ali a sualinguagem, para que não entenda um alíngua do outro’. Assim o Senhor os es-palhou dali sobre a face de toda a terra;e cessaram de edificar a cidade.

A globalização derruba

fronteiras comerciais, em busca

do �supercontinente� e da

comunicação padrão, como era

antes da torre de Babel

De voltaa Pangéia

A ilustração mostra aconstrução da torre deBabel, com a qual os

homens pretendiam chegarmais perto de Deus

Duas dezenas de empresas catari-nenses, dos mais variados setores, rece-beram o prêmio Empresa do Século,concedido pela revista Empreendedor,a partir de pesquisa realizada em todo oestado. Entre as 20 agraciadas com o tí-tulo, a Weg foi escolhida como o desta-que para o século 21.

A pesquisa envolveu 21 entidades re-presentativas da indústria, comércio, ser-viços e outros setores da economia, le-vando em conta critérios como inova-ção, preocupação com o meio ambien-te, marketing e estratégias mercadoló-gicas.

Um trabalho da Weg Acionamentosfoi apresentado na 20ª Conferência In-ternacional sobre Contatos Elétricos, emEstocolmo, Suécia, em parceria com ci-entistas da Universidade de Dresden,Alemanha.

“Diferenciação pelo Serviço”.Este foi o tema da 15ª Conatec -Convenção Nacional dos Assisten-tes Técnicos Weg, realizada de 20 a22 de agosto, em Jaraguá do Sul(SC). O evento, que reuniu os pro-fissionais de assistência técnica daWeg em todo o Brasil, também abor-dou marketing de relacionamento,perspectivas de negócios via inter-

Pela terceira vez consecutiva,a Weg ganhou o prêmio ImagemEmpresarial, uma promoção dojornal Gazeta Mercantil que ho-menageia empresas brasileirasque se destacam em seus ramosde atuação. A escolha leva emconta critérios como inovaçãotecnológica, modernização dasrelações capital/trabalho, preser-vação do meio ambiente e inte-gração com a comunidade.

Moacyr Sens, diretor Técnico da Weg (dir.),recebe o troféu, na sede da Federação dasIndústrias de Santa Catarina

Empresado século

Contato mundial

Treinamento e integração

.................................................................................

net, economia de energia, novas li-nhas e modificações de produto.

Bienal, a Conatec visa o treina-mento dos proprietários de oficinasautorizadas de assistência técnica.Além deste intercâmbio específico,o encontro procura passar para osATs as perspectivas futuras do com-portamento do mercado mundial enacional.

Plenária da convenção, na Recreativa Weg

..................................

INTE

RNET

FLÁVIO UETA

A Weg é uma das parceiras daUniversidade do Vale dos Sinos -Unisinos -, de São Leopoldo (RS),na construção da nova bibliotecadaquela instituição, uma das maio-res da América Latina. O acervo atu-al, de 400 mil livros, chegará futu-ramente a 700 mil volumes. A pin-tura do prédio, de sete andares, uti-lizou 5 toneladas de tinta em pó for-necida pela Weg Química.

Na Unisinos

......................................

....

....

....

....

....

....

....

....

....

....

....

....

....

....

..

15ª Conatec

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

RONALDO DINIZ

Por isso se chamou o seu nome Ba-bel, porquanto ali confundiu o Senhor alinguagem de toda a terra, e dali o Se-nhor os espalhou sobre a face de toda aterra”.

Falar a mesma língua é só um dosatributos exigidos pela globalização.Este fenômeno é associado, pelas Ciên-cias Econômicas, à idéia de que todasas pessoas vivem em um só mundo in-terligado, onde devem ser derrubadastodas as barreiras comerciais, transfor-mando o planeta num grande mercado.Comercialmente, a re-união é factível,até mesmo com a homogeneização doidioma - não um único, como na era pré-Babel, mas um que adquira supremacia,que seja uma linguagem comercial,como o é, praticamente, o inglês hoje.

A queda do muro de Berlim, em1989, pode ser considerada o marco zerodeste processo de internacionalização.Foi a partir dali, com a Alemanha reu-nificada e o sistema comunista mostran-

WEG em Revista Julho - Agosto 20005

especial

Esta é a Zaldivar

WEG em Revista Julho - Agosto 200016

n egócios

AEste transformador é giganteTransformador de

120 toneladas e 230 mil

volts vai equipar mina de

cobre no Chile

Como em qualquer assunto queenvolva a soberania das nações, tam-bém a globalização é tema polêmico,acendendo acalorados debates entredefensores e críticos de um sistemaque pretende homogeneizar as políti-cas econômicas internacionais.

A globalização implica em forma-ção de mercados cada vez mais dinâ-micos e exigentes. Esse dinamismo,por outro lado, provoca crises igual-mente globais, colocam governos eempresas diante de uma nova reali-dade. Compreendê-la é fundamentalpara ser competitivo.

Essa compreensão depreende deuma realidade: a tendência da eco-nomia mundial, hoje, é que as deci-sões de produção e investimento se-jam tomadas de modo integrado emdiversos países e regiões. A necessi-dade de adaptação é resumida pelodeputado Moreira Ferreira, presiden-

Homogêneo ou diversificado?

te da Confederação Nacional da In-dústria (CNI): “Como não podemospensar no Brasil isolado do mundo, éinevitável adaptarmos nossas estru-turas e instituições, inclusive a polí-tica econômica, para essa situação deglobalização cada vez maior. A eco-nomia brasileira precisa ter condi-ções para enfrentar o mercado mun-dial de forma mais competitiva. E issoexige reformas, como a tributária e atrabalhista”.

O sistema tributário brasileiro,por exemplo, na visão do líder em-presarial, “é inadequado em temposde globalização porque discriminadesfavoravelmente nossos produtosem relação aos produtos estrangei-ros”. A legislação trabalhista, por suavez, para Moreira Ferreira, desesti-mula o uso da mão-de-obra, exata-mente num momento em que a tecno-logia disponível internacionalmente

Weg acaba de entrar no rol daspoucas empresas que fabri-cam transformadores de gran-de potência no mundo. Um

transformador 40/53/67 MVA de 230kW foi desenvolvido para atender às ne-cessidades da Compañia Minera Zaldi-var, localizada no norte do Chile. A Wegestá capacitada a produzir até oito equi-pamentos deste porte por mês.

Especializada na extração de cobre,a companhia é uma das maiores e maismodernas do mundo. A parceria entre aWeg e a Zaldivar existe há anos. Cercade 99% dos motores utilizados na mi-neradora - aproximadamente 700 mo-tores em serviço - são produtos Weg.

A criação do gigante

O primeiro passo para a criação dotransformador foi dado em novembrode 1999, com o desenvolvimento doprojeto. Participaram dessa fase repre-sentantes da Zaldivar. Em seguida veioo processo de fabricação e sua inspe-ção. Em junho visitaram a fábrica os ele-tricistas Jorge Arancibia Marque e Ni-baldo Humberto Fabrega Berenguela,

da mineradora, para checar se tudo quefoi estabelecido no projeto havia sidorealizado.

Jorge Marque garante: “Necessitá-vamos de um transformador de alta po-tência para baixar ou aumentar a tensãoque utilizamos na mineradora. Comoconsumimos muita energia, esse trans-formador precisava de uma caracterís-tica muito especial: ter um alto nível dealimentação. Conseguimos o que querí-amos através da nossa parceria com aWeg”. A Zaldivar analisou produtos deoutras empresas, mas preferiu a Wegpela confiança mútua. “Já conhecemosbem a empresa, o que nos dá mais segu-rança. No futuro pretendemos adquirirmais equipamentos da Weg”, asseguraNibaldo Berengela.

Novos negócios

Luiz Alberto Oppermann, diretor Su-perintendente da Weg Transformadores,diz que este transformador simboliza umgrande desafio. “Com ele - complementaOppermann - entramos nessa importan-te classe de tensão, num mercado for-mado por grande empresas multinacio-nais. Nossa expectativa é de que a de-manda corresponda ao nosso empenho”.A privatização de geradoras de energia,como a Eletronorte e Furnas, deve abrirpossibilidades de novos negócios, naavaliação do diretor da Weg.

DADOS TÉCNICOSPotência:

40/53/67 MVA, classe230 mil volts

Tamanho:altura de 9 metros, comprimentode 11 metros e largura de4,6 metros

Peso:120 mil quilos

l A Compañia Minera Zaldivarestá localizada a 175 quilôme-tros do sudeste de Antofagas-ta, no norte do Chile.

l A empresa tem o direito de ex-plorar a área até o ano de2015 (concessão de 20 anos).

l A previsão é extrair 2 milhõesde toneladas de cobre, nesteperíodo.

l A mineradora emprega 730pessoas.

l A produção atual é de 125 miltoneladas por ano.

DANIEL ERN

do evidentes sinais de fraqueza, que osgovernos dos países mais avançados per-ceberam a necessidade de se criar me-gamercados, rompendo, reatando e ex-pandindo laços comerciais - neste pon-to, muitas organizações já tinham pre-sença marcante no mercado internacio-nal, e estas entraram ainda mais fortesno processo que se iniciava.

Começaram a tomar forma os blo-cos de países, mais voltados ao entendi-mento econômico que a outros interes-ses. O Euro, moeda comum aos paísessignatários da União Européia, assumeo papel de ícone desta nova realidade,submetendo-se, como cobaia, à prova defogo que é conciliar interesses contras-tantes, representativos de culturas dife-rentes.

BenefíciosSe, por um lado, a globalização traz

evidentes vantagens para companhias

que pretendem se tornar empresas inter-nacionais, ou multinacionais, há outraface da moeda, que traz benefícios parao mercado interno. À medida em que selança à conquista de novos mercadosmundiais, uma organização precisa deelementos que lhe dêem a necessáriacompetitividade, como inovações tecno-lógicas, aperfeiçoamento dos recursoshumanos, equipamentos e instrumentalde última geração e novos métodos eprocessos.

De posse destes diferenciais, a em-presa aumenta sua competitividade, tam-bém, em nível doméstico. Pensando glo-balmente e agindo localmente, e respei-tando as peculiaridades de cada regiãoe mercado, as organizações beneficiamseu cliente interno, que terá produtos eserviços de nível mundial, na porta decasa. A internacionalização, assim, dá gi-ros completos, com a vantagem de, re-tornando ao ponto inicial, trazer agre-gados novos valores aos negócios.

MoreiraFerreira,

presidenteda CNI

torna mais fácil a substituição do tra-balho humano, principalmente o demenor qualificação. Portanto, con-clui o presidente da CNI, “diante daglobalização, é imprescindível au-mentar a competitividade dos produ-tos brasileiros, para que possamos in-centivar os investimentos e a gera-ção de empregos. E isso só vamosconseguir com essas duas reformas,principalmente a reforma tributária”.

n

A história

WEG em Revista Julho - Agosto 2000 WEG em Revista Julho - Agosto 20006 15

especial

A

Lançada a segunda edição

de vídeo que resgata a

história de Jaraguá do Sul,

com patrocínio da Weg, em

mais uma ação comunitáriaMercosulA oficialização do Mercosul - Mer-

cado Comum dos Países do Cone Sul -se deu a 26 de março de 1991, com oTratado de Assunção. Os presidentes doParaguai, Uruguai, Argentina e Brasil,e seus respectivos ministros das Rela-ções Exteriores, assinaram um acordoque estabelece a integração econômicados quatro países para seu desenvolvi-mento tecnológico e científico.

União Européia (UE)É o resultado de um processo de co-

operação iniciado em 1951 entre seis pa-íses (Bélgica, Alemanha, França, Itália,Luxemburgo e Holanda). Após quase 50anos e outras adesões (1973: Dinamar-ca, Irlanda e Reino Unido; 1981: Gré-cia; 1986: Espanha e Portugal; 1995:Áustria, Finlândia e Suécia), a UE reú-ne atualmente quinze Estados.

Acordo deLivre-ComércioNorte-Americano(Nafta)

Este bloco estimula o comércio en-tre Canadá, Estados Unidos e México.Em vigor desde 1º de janeiro de 1994.

AseanOs chamados “tigres asiáticos” se re-

únem na Associação das Nações do Su-deste Asiático (Asean), com sede emJacarta, Indonésia. Surgiu em 1967 ereúne Indonésia, Malásia, Filipinas, Cin-gapura, Tailândia, Brunei e Vietnã.

Edifício-sede doMercosul, em

Montevidéu

n n

Cenas dasgravações dofilme, feitocom atoreslocais

internacio-nalização éum proces-so mais an-

tigo do que se imagina. Em 1864 umnobre francês casou-se com uma prin-

cesa brasileira, neta de um português. Destecasamento resultou um dote que incluía terras

em Santa Catarina, num assentamento ocupado porcolonos emigrados da Europa central. E assim come-

çou a história de Jaraguá do Sul, hoje um dos principaispólos econômicos de Santa Catarina.O filme “Jaraguá do Sul - Ontem e Hoje”, produzido pela

Sociedade Cultura Artística de Jaraguá do Sul, resgata a histó-ria desde a colonização. Patrocinado pela Weg, o ví-deo teve uma primeira edição lançada em 1999, abran-gendo o período de 1876 a 1920. A segunda foi lan-çada durante as comemorações do 124º aniversárioda cidade, em julho. É dividida em três partes -Política, Econômica e Urbana - e resgata o perío-do de 1920 a 1976, abordando fatos como a re-volução de 30, integralismo, 2ª Guerra, períodomilitar, prefeitos da cidade, comércio, indús-tria, evolução da comunicação, aspectos dacultura, lazer, saúde, educação e urbanismo.Cópias da fita são distribuídas entre todasas escolas do município.

A Weg tem, entre seus compromissos,contribuir para o crescimento de Jaraguádo Sul e para a melhoria da qualidade devida da comunidade. “A Weg - diz ogerente de Marketing, Paulo Donizeti- é ciente de que, ao lado das demais

empresas da cidade, tem papel funda-mental na economia e na projeção do municí-

pio dentro e fora do Brasil”. Esse comprometi-mento também inclui a meta de voltar-se para o res-

gate e preservação da história local, como forma demanter a memória e participar na educação e no reforço do

orgulho dos jaraguaenses.

Em 1864 o conde d’Eu casoucom a princesa Isabel, filha doimperador Pedro II e herdeira dotrono. O dote de casamento in-cluía as terras que viriam a abri-gar Jaraguá do Sul. A demarca-ção das terras coube ao enge-nheiro e coronel honorário Emí-lio Carlos Jourdan, amigo doConde d’Eu. Ele chegou à regiãono início de 1876, acompanhadode 60 trabalhadores. Jourdan re-quereu a posse das terras, encan-tado com sua beleza e riqueza, fezuma grande plantação de cana econstruiu um engenho de açúcar.

A imigração européia influiuno destino econômico da regiãoe foi decisiva para a formação doperfil atual do município. Os imi-grantes vieram em busca de no-vas oportunidades e superaramas dificuldades com esperança emuito trabalho. Suas tradições,hábitos e costumes foram incor-porados ao dia-a-dia da região.

Com uma população, hoje,superior a 100 mil habitantes, Ja-raguá também é conhecida pelodesenvolvimento social e qualida-de de vida. Tudo resultado do es-forço, dedicação e visão de futu-ro da população que, de geraçãoem geração, constrói os caminhospara o desenvolvimento.

c omunidade

Resgate da históriaA terra sofre constantes trans-

formações em sua superfície. ATeoria das Placas Tectônicas ex-plica o motivo dessas transforma-ções. Ao se movimentarem, asplacas tectônicas, que formam aparte inferior da “casca” da su-perfície terrestre, se chocam en-tre si provocando alterações norelevo. O leito dos oceanos seamplia, a superfície enruga e for-ma cadeias de montanhas, racha-duras, deslocamentos, vulcões,terremotos.

Há cerca de 400 milhões deanos as terras do planeta esta-vam reunidas em um único con-tinente, Pangéia. Quando ele ra-chou, formou outros continentes,que continuam em constantestransformações.

Entre as transformações atu-ais, fora do âmbito geológico,está a globalização, que movi-menta blocos, não tectônicos,mas econômicos. Países com in-teresses comuns se organizam emassociações, padronizando pro-cedimentos e buscando o cresci-mento juntos.

Tal qual um quebra-cabeças,a globalização busca, pelo

aspecto econômico,reunificar os continentes

ApecA Cooperação Econômica da Ásia e

do Pacífico (Apec) foi criada em 1989,na Austrália. Com sede em Cingapura,a Apec engloba: Austrália, Brunei, Ca-nadá, Indonésia, Japão, Malásia, NovaZelândia, Filipinas, Cingapura, Coréiado Sul, Tailândia, Estados Unidos, Chi-na, Hong Kong, Formosa, México, Pa-pua-Nova Guiné e Chile.

CaricomA Comunidade do Caribe e Merca-

do Comum (Caricom) foi criado em 4de julho de 1973. Com sede em Geor-getown, na Guiana, associa Antígua eBarbuda, Barbados, Belize, Dominica,Granada, Guiana, Jamaica, Santa Lúcia,São Cristóvão e Névis, São Vicente eGranadinas, Trinidad-Tobago, Ilhas Vir-gens Britânicas, Ilhas Turks e Caicos,Montserrat e Suriname.

CEIA Comunidade dos Estados Indepen-

dentes (CEI) nasceu com o fim daURSS, em dezembro de 1991. Sediadaem Minsk, Belarus, reúne Rússia, Ca-zaquistão, Ucrânia, Belarus, Tadjiquis-tão, Turcomênia, Geórgia, Quirguízia,Armênia, Uzbequistão, Azerbaijão eMoldávia.

Pacto AndinoAssociação estabelecida em 1969

pelo Acordo de Cartagena - seu nomeoficial -, também é conhecido por Gru-po Andino. Congrega Bolívia, Colôm-bia, Equador, Peru e Venezuela.

O movimento dos blocos

REN

ATO

R. M

ART

INS

ANDRÉ KOPSCH

WEG em Revista Julho - Agosto 200014

matériatécnica

WEG em Revista Julho - Agosto 20007

Nas águas do globoe ntrevista

Aos 35 anos, no auge da

carreira de economista, Vilfredo

Schürmann largou terno e

gravata e foi navegar com a

família. Depois de passar 10

anos no mar, descobriu que

poderia conciliar a sua profissão

com a de navegador. Em abril, a

família Schürmann completou a

circunavegação do globo, e

ninguém melhor que o �capitão�

Vilfredo para falar sobre

globalização.

A internet possibilita umincremento cada vez maiornas relações comerciais ebilaterais entre os países.

Que efeitos a globalização produzem localidades isoladas do mundo,como ilhas ou países minúsculos?

Vilfredo - Navegando pelo mundo,vi que ainda existem algumas ilhas doOceano Pacífico, Malásia, Filipinas,Madagascar e Comores ainda isoladase não conectadas ao mundo. Os paísesque entram em contato com a globali-zação sofrem influência desse fenôme-no e alguns países e ilhaspequenas começam a per-der sua tradição e culturanesse processo. SamoaOcidental, como exem-plo, vive suas tradiçõessem perda de identidade,mesmo tendo acesso àmais moderna tecnologiade comunicação. A maioria das ilhasconsome produtos importados há mui-tos anos e a exploração econômica é ba-seada, principalmente, no turismo.

Podem surgir outros blocos, aexemplo de União Européia e Merco-sul, em outras regiões do planeta?

Vilfredo - Sim, um exemplo é o mer-cado chamado Australasia, com integra-ção de países asiáticos, incluindo a Aus-

trália e Nova Zelândia.

Um local onde sesente a verdadeira globa-lização, desde temposimemoriais, é o portomarítimo. Passando porcentenas de portos emtodo o mundo, como vo-cês sentiram a globaliza-ção nestes locais?

Vilfredo - Começan-do no Sul da Argentina eno Chile, presenciamos amovimentação intensa de

enormes navios de pesca, principalmen-te da Coréia e do Japão, em escala in-dustrial. Outro lugar de grande movi-mentação internacional de produtos éDacar, no Senegal. Também na Áfricado Sul percebemos um comércio muitointenso de importação e exportação deprodutos - incluindo motores Weg.

Como devem agir um governo euma empresa, para seadaptar a um novomundo, sem frontei-ras?

Vilfredo - Devem in-vestir, principalmente,na educação, para acom-panhar a evolução tec-nológica e ter condições

de competir com qualidade. Os países eempresas que tiverem esses objetivostraçando um rumo para o futuro, evolu-indo sempre, e investindo em pesquisas,terão maiores facilidades para concor-rer.

Como aplicar os princípios da glo-balização na vida cotidiana?

Vilfredo - Deve estar sempre comuma visão aberta, analisando e acom-panhando a evolução internacional ebuscando alternativas e não ficar espe-rando as coisas acontecerem. O domí-nio de outros idiomas e o conhecimentoda cultura de países que poderão ser par-ceiros comerciais são atitudes funda-mentais para a evolução dos negócios.

O Sr. acredita que um dia o pla-neta tenha um único sistema de co-mércio, moeda e regime político? Ouseja: a globalização total?

Vilfredo - A evolução está indo paraeste caminho. Quem imaginava, 30 anosatrás, a Europa unida com uma moedaúnica? Era uma utopia! E um Merco-sul? Haverá sempre diferenças culturaise religiosas que limitarão uma união glo-bal nas atividades políticas. Eu acreditoque poderá haver, no futuro, dois gran-des blocos econômicos.

Vilfredo Schürmann (na foto, abordo do veleiro Aysso, com afamília) é responsável pelaadministração e pelas finanças doMagalhães Global Adventure n

CABOS DE LIGAÇÃOOs motores passaram a usar ca-

bos coloridos e numerados, melho-rando consideravelmente o proces-so de conexão.

Também houveram melhorias dequalidade relativas ao sistema de iso-lação tais como:

l Aumento de 40% na espessurado isolante de fechamento de ra-nhura.

l Alteração de tubo isolante porfita Nomex, objetivando reduçãodo curto entre espiras ou fases.

l Isolamento entre fases em formade tiras.

l O fio de cobre apresenta uma ca-mada adicional de verniz “Over-coat”, melhorando a resistênciamecânica durante a inserção nabobina.

Todas essas alterações culminaramem um motor moderno, robusto e com-petitivo, que poderá abrir definitivamen-te as portas do mercado americano paraa Weg e consolidar definitivamente amarca no mercado nacional.

4 - Conclusão

Graças ao uso do QFD foi possívelatualizar o projeto desta linha de moto-res, eliminar as disparidades em relaçãoaos competidores americanos e trazer,conseqüentemente, melhorias para o

4 - Referências[1] MW Consultoria, “Quality Func-tion Deployment”, Apostila do cur-so de QFD, Março, 1999.

[2] VIRTHU Consultoria, “Ferra-mentas da Qualidade”, Apostila doWorkshop sobre ferramentas da qua-lidade, Março, 2000.

produto nacional.Este trabalho mostrou como esta é

uma ferramenta simples e eficiente nodesenvolvimento de produtos, pois é ca-paz de traduzir através de um processológico, os desejos do cliente, transfor-mando-os em características mensurá-veis de projeto.

Num mercado globalizado, em queas necessidades do cliente variam radi-calmente, toda empresa que almeja ocu-par uma posição de destaque em nívelinternacional precisa estar atenta às mu-danças e se preparar adequadamente aosdesafios.

A Weg, com filiais, representantes eagora fábricas no exterior, usufrui dasvantagens de estar próxima de todos osmercados. E transforma essas vantagensem benefícios para seus clientes, ofere-cendo produtos e serviços de qualidadeinternacional e adaptados a todas as ca-racterísticas do local onde o cliente está.Em qualquer canto do planeta. n

I

DIVULGAÇÃO

Vantagensdo processo

por Autoforese

O processo de revestimentopor Autoforese(, localizado noDepartamento de Estamparia eInjeção, entrou em funcionamen-to em março de 2000, substituin-do o processo de pintura primer,e teve um investimento deR$ 1.000.000,00. Esta pintura éaplicada em todos os componen-tes de chapas dos motores Weg,totalizando uma produção diáriade mais de 15.000 peças, entrecarcaças, capas de capacitores etampas defletoras.

A Autoforese( consiste na de-posição de um revestimento àbase de PVDC sobre metais fer-rosos, a partir de uma dispersãoaquosa, sem o uso de correnteelétrica. A espessura de camadaé extremamente uniforme, comcaracterísticas de qualidade in-comparáveis. A maior aplicaçãodeste processo tem sido em pe-ças de veículos automotores,como componentes de suspensãoe amortecedores, que necessitemde alta resistência à corrosão eimpacto.

Vantagensdo processo

l Ecologicamente correto, pornão utilizar solventes orgâni-cos voláteis nem metais pe-sados tóxicos.

l Alta resistência à corrosão.

l Espessura da camada unifor-me e controlada entre 15 e 20mm, podendo ser aplicadasobre superfícies usinadas eroscas.

Nova etiqueta adesiva

m atériatécnica

Dianteira

Traseira

2.1 - Que características oproduto deveria terpara ser maiscompetitivo?

l Design avançado com tampas maisrasas e de cantos arredondados.

l Pintura de melhor qualidade e depreferência sem pintura após a mon-tagem.

l Peso e aparência de motor leve.

l Embalagem com mais segurança eidentidade com cores e maior logo-tipo da Weg.

l Etiqueta de identificação mais legí-vel e com mais identidade.

l Cabos coloridos.

l Cor mais escura: cinza escuro oupreto para motores de aplicação ge-ral. A cor deve variar com o tipo deaplicação.

l Pés removíveis.

l Catálogos específicos para motoresfracionários.

3 - Resultados obtidos

A partir das informações obtidas doQFD pode-se verificar quais eram ascaracterísticas do produto que causavammaior impacto com relação as expecta-tivas do cliente. Conseqüentemente, es-tas deveriam ser priorizadas durante oreprojeto da linha.

A seguir, listamos as melhorias dedesign que foram agregadas ao novomotor.

TAMPASAs tampas foram redesenhadas

com cantos arredondados e serão fa-bricadas em alumínio injetado. Estaalteração proporcionou uma reduçãode peso no motor Nema 56 de apro-ximadamente 1,7 kg tornando-o umdos mais leves do mercado. Esta re-dução foi de 12% no motor atual,deixando-o 2% mais leve que a mé-dia de peso da concorrência.

Também foram agregadas as tam-pas características de projeto que tor-naram o componente mais flexível,

permitindo seu uso em aplicaçõestais como: motores com base elásti-ca, protetor térmico manual, mini-capacitor e chave eletrônica. Alémdisso houve padronização dos rola-mentos na linha diminuindo o núme-ro de tampas.

No mercado nacional as tampassofreram as mesmas alterações dedesign, entretanto foram mantidasem ferro fundido, já que o uso destematerial é consagrado no Brasil pelasua abundância e robustez.

EMBALAGEMA embalagem de papelão foi rede-senhada proporcionando uma me-lhor estética e identificação do pro-duto através do uso de ícones uni-versais.

PINTURA E CORFoi adotado o processo de pintu-

ra por Autoforese na cor preta, pro-porcionando uma pintura de melhorqualidade, sem escorrimento e commaior resistência riscos e a corrosão.Esta última passou de 240 hs para500 hs de “Salt Spray”.

O novo processo permitiu a eli-minação da pintura após a montagemjá que as tampas de alumínio dispen-sam pintura.

ETIQUETA DEIDENTIFICAÇÃO DO MOTOR

A nova etiqueta garante maior cla-reza de informações, pois teve suasdimensões aumentadas, e passará ausar as cores vermelho, preto e bran-co. O logotipo Weg foi aumentadoe a cor vermelha ajudará a destacá-lo, criando uma melhor divulgaçãoda marca.

e xpansão

WEG em Revista Julho - Agosto 2000 WEG em Revista Julho - Agosto 20008 13

Cada vez mais inCom a compra da ABB México, deixa de ser uma empresa que apenas exporta para a América do Norte

SedeJaraguá do Sul - Brasil

FábricasBlumenau - Brasil

Guaramirim - BrasilGuarulhos - Brasil

Jaraguá do Sul - BrasilCidade do México - MéxicoBuenos Aires - Argentina

Córdoba - Argentina

FiliaisMelbourne - Austrália

Atlanta - EUAKansas City - EUALos Angeles - EUARochester - EUA

Buenos Aires - ArgentinaSan Francisco - Argentina

Frechen - AlemanhaKungsbacka - Suécia

Madrid - EspanhaNivelles - Bélgica

St. Quentin Fallavier - FrançaWorcestershire - Inglaterra

Tóquio - JapãoCidade do México - México

Representantes

América do SulBolíviaChile

ColômbiaEquadorParaguai

PeruUruguaiVenezuela

América Central e CaribeCosta RicaEl SalvadorGuatemala

HondurasNicarágua

PanamáPorto Rico

Rep. DominicanaTrinidad Tobago

América do NorteCanadá

México

EuropaÁustria

DinamarcaEscócia

EslovêniaFinlândiaHolandaHungriaIrlandaItália

LuxemburgoMacedônia

NoruegaPaís de Gales

PortugalR. Tcheca

Suíça

Novas tampas do motor Nema 56

Novo motorNema 56 IP21

ternacionale passa a ser um fabricante naquele continente, consolidando-se como uma empresa internacional.

ÁfricaÁfrica do Sul

BotsuanaEgito

Ilhas CanáriasIlhas Maurício

MarrocosNamíbia

R. D. do CongoSuazilândia

TunísiaZâmbia

Zimbabwe

ÁsiaArábia Saudita

CingapuraCoréia do SulEmirados Árabes

FilipinasHong Kong

IndonésiaLíbano

OmãSíria

TailândiaTaiwanTurquia

OceaniaNova Zelândia

Papua-Nova Guiné

WEG em Revista Julho - Agosto 200012

WEG em Revista Julho - Agosto 20009

e xpansãomatériatécnica

Linha Nema reprojetadaQFD é utilizado para reprojetar

a linha de motores Nema 48/56

IP21, o que vai permitir ampliar

as vendas de motores fracionários

no mercado americano

Alexandre Silva Rizzatti � EngenhariaMecânica WMO � [email protected]

Resumo

O QFD (Quality Function Deploy-ment) também conhecido como “Casada Qualidade” é uma ferramenta de de-senvolvimento de produtos que relacio-na, através de uma matriz, os desejos dosclientes e os transformam em requisitosde projeto.

Esta poderosa ferramenta foi empre-gada pela Engenharia da Weg Motorespara reprojetar a linha de motores Nema48/56 IP21 visando ampliar as vendasde motores fracionários no mercadoamericano.

Diante desse desafio, em setembrode 1998, a empresa enviou uma equipeaos EUA, que tinha como objetivo de-tectar os desejos dos clientes através deentrevistas com os nossos representan-tes e vendedores.

A partir das informações colhidasjunto aos clientes pôde-se montar a ma-triz do QFD que identificou quais eramos principais requisitos de projeto quedeveriam ter prioridade no reprojeto dalinha.

Identificados estes requisitos, par-tiu-se para o redesign dos componentesdo motor e seguindo uma tendência de

padronização de componentes e proces-sos a empresa decidiu adotar as mudan-ças não apenas para o mercado ameri-cano mas também para o mercado na-cional.

Neste trabalho serão apresentados osresultados da pesquisa com os clientes,a aplicação da ferramenta em si, alémdas características finais do produto apóso reprojeto.

1 - Introdução

Na sociedade moderna, altamentecompetitiva, a sobrevivência das empre-sas depende diretamente da habilidadede descobrir a melhor maneira de reteros clientes atuais e conquistar novas fa-tias de mercado. Para que se obtenhaêxito neste propósito é necessário ter asensibilidade em relação aos desejos dosclientes, identificando-se os fatores quepromovem a sua satisfação.

O QFD é um método específico deouvir o que dizem os clientes, descobrirexatamente o que eles querem e, em se-guida, utilizar um sistema lógico paradeterminar a melhor forma de satisfa-zer essas necessidades. Este métododerruba as barreiras funcionais e substi-tui a emoção pela lógica,permitindo que os represen-tantes dos diversos departa-mentos desenvolvam solu-ções que geram um produ-to ou serviço mais compe-titivo. De fato, o sistemaQFD é um poderoso instru-mento, capaz de ajudar a or-ganização a oferecer, commaior eficiência, produtos eserviços de melhor qualida-de a um menor custo.

O QFD responde as se-guintes questões:

l Quais são as caracterís-ticas de qualidade exigi-

das pelo cliente?

l Que funções o produto deve ter parasatisfazê-las?

l Qual a melhor maneira de oferecê-las aos clientes?

2 - A pesquisacom os clientes

Esta é uma etapa muito importantepara a realização do QFD. Para se sabero que o cliente espera do produto é es-sencial que se saiba o que perguntar aele. Para isso foi formulado um ques-tionário que abrange desde aspectos es-pecíficos do produto até questões rela-tivas ao mercado.

Basicamente, o questionário aborda-va as seguintes indagações:

l Como se divide o mercado de moto-res fracionários nos Estados Unidos?

l Quais são os principais concorren-tes?

l Porque o produto atual não tinhauma boa aceitação no mercado?

l Que características o produto deve-ria ter para ser mais competitivo?

Antigomotor

Nema 56

Sede

Fábricas

Filiais

Representantes

e xpansão

Produçãoampliada

O Grupo ABB tem uma posição deliderança na América Latina e está com-prometido com o crescimento e diversi-ficação do portfólio da Weg no México.A ABB México tem 1.200 empregadose cinco unidades de fabricação, onde sãoproduzidas soluções de automação e detecnologia de informação, robótica, ser-viços de manutenção, instrumentação euma completa linha de produtos inova-dores e sistemas para transmissão e dis-tribuição de energia. A unidade adquiri-da pela Weg, localizada na Cidade doMéxico, conta com cerca de 200 fun-cionários.

A Intermatic, que fica próxima aBuenos Aires, há mais de quatro déca-das desenvolve e produz disjuntores emcaixa moldada. Possui importante par-ticipação no mercado argentino e expor-ta para outros países do Mercosul. A em-presa tem 50 funcionários.

Força global

As exportações representam 30% dofaturamento anual da Weg. Em 1999foram US$ 120 milhões e, neste ano, ameta é atingir 160 milhões.

A aquisição de empresas no exteriorapresenta como vantagens a abertura denovos mercados e o aumento das pers-pectivas de faturamento. O objetivo para2000 é de 1 bilhão de reais.

WEG em Revista Julho - Agosto 2000

10WEG em Revista Julho - Agosto 2000

11

a ssistência técnica

N

Assistência técnicacom padrão global

Bom é que o cliente nunca

precise; mas a assistência

técnica tem que estar

preparada para atender bem

em qualquer circunstância

ão basta apenas vender, temque participar. E participarsignifica estar próximo do cli-ente para o que der e vier e,

acima de tudo, bem preparado para nãosó resolver possíveis problemas, masoferecer-lhe soluções. Para isso, além deprodutos com tecnologia avançada, asempresas precisam agregar serviços dequalidade.

É aí que a assistência técnica faz adiferença. Por mais que o cliente esperenunca precisar dele, a existência do ser-viço é garantia de tranqüilidade e prote-ção. Na Weg, o termo começou a sercolocado em prática quando nasceu aempresa. Os anos passaram, a empresacresceu, e a assistência técnica também.Hoje, além do Brasil, a rede está conso-lidada no exterior, e o nível do serviço éum dos suportes para a contínua inter-nacionalização da empresa.

O treinamento é a base da qualida-de. Todos os ATs da América Latina,mercado onde a Weg mantém a lideran-ça em motores elétricos, passam por umprograma especial de treinamento. Acapacitação é feita na fábrica em Jara-guá do Sul e inclui parte técnica e focona qualidade. O contato dos profissio-nais com o parque fabril objetiva, alémde apresentar a empresa e sua capacida-de tecnológica, fazer com que assimi-lem a cultura da Weg e desenvolvam umatendimento personalizado. Fora domercado latino-americano, a Weg man-tém parceria com oficinas credenciadasà Easa, altamente qualificadas na pres-tação de assistência técnica.

Hoje, dos 1.150 ATs que formam arede, 850 atuam no exterior, sendo quemais de 300 estão distribuídos nos Es-tados Unidos, mercado alvo para a ex-pansão da empresa. “Toda a preparaçãodos ATs no exterior é feito com a mes-ma preocupação e enfoque dos que atu-am no mercado nacional. A meta é uni-ficar a cultura de prestação de serviços,personalizando o atendimento a cadapaís de acordo com o padrão Weg. Issosignifica dar todo o suporte técnico queo cliente precisa”, destaca Charles deAquino Amorim, chefe da AssistênciaTécnica.

A abertura de postos no exterior éestudada constantemente e feita de acor-do com as perspectivas de mercado e decrescimento da empresa, sempre bus-cando a ampliação para outros países.“A posição da Weg em relação à ofertade assistência técnica é privilegiada.Atualmente, ter uma rede forte e atuan-te em nível mundial é uma vantagemcompetitiva, funciona como alavanca-dor de negócios e tem relação direta coma qualidade do produto”, afirma MiguelAngelo S. Camillo, analista de Assistên-cia Técnica. n

Profissionais da rede deAssistência Técnica da Wegna América Latinaparticipam de treinamentona própria empresa

lobalização tornou-se umapalavra da moda. É empre-gada por diferentes pessoaspara explicar fatos de natu-

rezas diversas. Mas, ao contrário de ou-tros modismos, o termo veio para ficar.

E para quem quer se tornar lídermundial na fabricação de motores elé-tricos, num mercado altamente compe-titivo, o crescimento globalizado dosnegócios precisa estar fundamentadonuma visão clara, nítida e estratégica.Para ser a primeira, a Weg vem inves-tindo fortemente na internacionalizaçãoda imagem, produtos e serviços.

O processo de internacionalização,iniciado em 1970 com a abertura das pri-meiras filiais no exterior - registrando,hoje, a presença da Weg nos cinco con-tinentes, com 11 filiais de negócios e ocomércio de motores em mais de 60 pai-ses -, deu um passo estratégico: a aqui-sição de mais duas fábricas fora do país,uma no México e outra na Argentina.Os negócios foram fechados no dia 25de julho.

No México, a empresa adquiriu aunidade de motores de baixa tensão dogrupo suíço ABB, que mantém 20% domercado mexicano, e na Agentina, ocontrole acionário da Intermatic, tradi-cional fabricante de disjuntores.

Somadas à compra da Morbe, fabri-cante de motores para eletrodomésticos- primeira unidade fabril adquirida pelaempresa no exterior, em março -, as duascolocam a Weg em mercados-alvos. “AAmérica do Norte é o maior mercadodo mundo e o foco principal da Weg. Afábrica no México é estratégica e vai ser

o suporte para a expansão no mercadonorte-americano. A meta é atingir um fa-turamento de 65 milhões de dólares nes-te ano nos Estados Unidos”, afirma opresidente executivo, Décio da Silva.Na América Latina, onde a Weg já de-tém a liderança, o objetivo, segundoDécio, é continuar aproveitando todasas oportunidades: “Nossa estratégia éoferecer soluções cada vez mais com-pletas, ampliando a linha de produtos eagregando tecnologia e serviços”. Acompra da fábrica na Argentina vai for-talecer a posição em componentes paracomando e proteção de motores e insta-lações elétricas industriais no Brasil eincrementar as vendas naquele país.Além do mercado argentino detido pelaIntermatic, algumas linhas de produtosserão fabricados pela unidade Aciona-mentos em Jaraguá do Sul, visando a

conquista de 15% domercado brasileiro dedisjuntores.A expansão interna-

cional continuarácomo uma seqüêncianatural da globaliza-ção prevista pela em-presa. “Vamos ter,cada vez mais, um so-taque e um perfil inter-nacional. Não quere-mos perder a identida-de regional, mas tem-perá-la com uma cul-tura e uma visão demundo”, diz Décio.

G

Unidade da Morbe, na Argentina

Fábrica comprada pela Weg no México n

WEG

WEG

FLÁVIO UETA

e xpansão

Produçãoampliada

O Grupo ABB tem uma posição deliderança na América Latina e está com-prometido com o crescimento e diversi-ficação do portfólio da Weg no México.A ABB México tem 1.200 empregadose cinco unidades de fabricação, onde sãoproduzidas soluções de automação e detecnologia de informação, robótica, ser-viços de manutenção, instrumentação euma completa linha de produtos inova-dores e sistemas para transmissão e dis-tribuição de energia. A unidade adquiri-da pela Weg, localizada na Cidade doMéxico, conta com cerca de 200 fun-cionários.

A Intermatic, que fica próxima aBuenos Aires, há mais de quatro déca-das desenvolve e produz disjuntores emcaixa moldada. Possui importante par-ticipação no mercado argentino e expor-ta para outros países do Mercosul. A em-presa tem 50 funcionários.

Força global

As exportações representam 30% dofaturamento anual da Weg. Em 1999foram US$ 120 milhões e, neste ano, ameta é atingir 160 milhões.

A aquisição de empresas no exteriorapresenta como vantagens a abertura denovos mercados e o aumento das pers-pectivas de faturamento. O objetivo para2000 é de 1 bilhão de reais.

WEG em Revista Julho - Agosto 2000

10WEG em Revista Julho - Agosto 2000

11

a ssistência técnica

N

Assistência técnicacom padrão global

Bom é que o cliente nunca

precise; mas a assistência

técnica tem que estar

preparada para atender bem

em qualquer circunstância

ão basta apenas vender, temque participar. E participarsignifica estar próximo do cli-ente para o que der e vier e,

acima de tudo, bem preparado para nãosó resolver possíveis problemas, masoferecer-lhe soluções. Para isso, além deprodutos com tecnologia avançada, asempresas precisam agregar serviços dequalidade.

É aí que a assistência técnica faz adiferença. Por mais que o cliente esperenunca precisar dele, a existência do ser-viço é garantia de tranqüilidade e prote-ção. Na Weg, o termo começou a sercolocado em prática quando nasceu aempresa. Os anos passaram, a empresacresceu, e a assistência técnica também.Hoje, além do Brasil, a rede está conso-lidada no exterior, e o nível do serviço éum dos suportes para a contínua inter-nacionalização da empresa.

O treinamento é a base da qualida-de. Todos os ATs da América Latina,mercado onde a Weg mantém a lideran-ça em motores elétricos, passam por umprograma especial de treinamento. Acapacitação é feita na fábrica em Jara-guá do Sul e inclui parte técnica e focona qualidade. O contato dos profissio-nais com o parque fabril objetiva, alémde apresentar a empresa e sua capacida-de tecnológica, fazer com que assimi-lem a cultura da Weg e desenvolvam umatendimento personalizado. Fora domercado latino-americano, a Weg man-tém parceria com oficinas credenciadasà Easa, altamente qualificadas na pres-tação de assistência técnica.

Hoje, dos 1.150 ATs que formam arede, 850 atuam no exterior, sendo quemais de 300 estão distribuídos nos Es-tados Unidos, mercado alvo para a ex-pansão da empresa. “Toda a preparaçãodos ATs no exterior é feito com a mes-ma preocupação e enfoque dos que atu-am no mercado nacional. A meta é uni-ficar a cultura de prestação de serviços,personalizando o atendimento a cadapaís de acordo com o padrão Weg. Issosignifica dar todo o suporte técnico queo cliente precisa”, destaca Charles deAquino Amorim, chefe da AssistênciaTécnica.

A abertura de postos no exterior éestudada constantemente e feita de acor-do com as perspectivas de mercado e decrescimento da empresa, sempre bus-cando a ampliação para outros países.“A posição da Weg em relação à ofertade assistência técnica é privilegiada.Atualmente, ter uma rede forte e atuan-te em nível mundial é uma vantagemcompetitiva, funciona como alavanca-dor de negócios e tem relação direta coma qualidade do produto”, afirma MiguelAngelo S. Camillo, analista de Assistên-cia Técnica. n

Profissionais da rede deAssistência Técnica da Wegna América Latinaparticipam de treinamentona própria empresa

lobalização tornou-se umapalavra da moda. É empre-gada por diferentes pessoaspara explicar fatos de natu-

rezas diversas. Mas, ao contrário de ou-tros modismos, o termo veio para ficar.

E para quem quer se tornar lídermundial na fabricação de motores elé-tricos, num mercado altamente compe-titivo, o crescimento globalizado dosnegócios precisa estar fundamentadonuma visão clara, nítida e estratégica.Para ser a primeira, a Weg vem inves-tindo fortemente na internacionalizaçãoda imagem, produtos e serviços.

O processo de internacionalização,iniciado em 1970 com a abertura das pri-meiras filiais no exterior - registrando,hoje, a presença da Weg nos cinco con-tinentes, com 11 filiais de negócios e ocomércio de motores em mais de 60 pai-ses -, deu um passo estratégico: a aqui-sição de mais duas fábricas fora do país,uma no México e outra na Argentina.Os negócios foram fechados no dia 25de julho.

No México, a empresa adquiriu aunidade de motores de baixa tensão dogrupo suíço ABB, que mantém 20% domercado mexicano, e na Agentina, ocontrole acionário da Intermatic, tradi-cional fabricante de disjuntores.

Somadas à compra da Morbe, fabri-cante de motores para eletrodomésticos- primeira unidade fabril adquirida pelaempresa no exterior, em março -, as duascolocam a Weg em mercados-alvos. “AAmérica do Norte é o maior mercadodo mundo e o foco principal da Weg. Afábrica no México é estratégica e vai ser

o suporte para a expansão no mercadonorte-americano. A meta é atingir um fa-turamento de 65 milhões de dólares nes-te ano nos Estados Unidos”, afirma opresidente executivo, Décio da Silva.Na América Latina, onde a Weg já de-tém a liderança, o objetivo, segundoDécio, é continuar aproveitando todasas oportunidades: “Nossa estratégia éoferecer soluções cada vez mais com-pletas, ampliando a linha de produtos eagregando tecnologia e serviços”. Acompra da fábrica na Argentina vai for-talecer a posição em componentes paracomando e proteção de motores e insta-lações elétricas industriais no Brasil eincrementar as vendas naquele país.Além do mercado argentino detido pelaIntermatic, algumas linhas de produtosserão fabricados pela unidade Aciona-mentos em Jaraguá do Sul, visando a

conquista de 15% domercado brasileiro dedisjuntores.A expansão interna-

cional continuarácomo uma seqüêncianatural da globaliza-ção prevista pela em-presa. “Vamos ter,cada vez mais, um so-taque e um perfil inter-nacional. Não quere-mos perder a identida-de regional, mas tem-perá-la com uma cul-tura e uma visão demundo”, diz Décio.

G

Unidade da Morbe, na Argentina

Fábrica comprada pela Weg no México n

WEG

WEG

FLÁVIO UETA

ternacionale passa a ser um fabricante naquele continente, consolidando-se como uma empresa internacional.

ÁfricaÁfrica do Sul

BotsuanaEgito

Ilhas CanáriasIlhas Maurício

MarrocosNamíbia

R. D. do CongoSuazilândia

TunísiaZâmbia

Zimbabwe

ÁsiaArábia Saudita

CingapuraCoréia do SulEmirados Árabes

FilipinasHong Kong

IndonésiaLíbano

OmãSíria

TailândiaTaiwanTurquia

OceaniaNova Zelândia

Papua-Nova Guiné

WEG em Revista Julho - Agosto 200012

WEG em Revista Julho - Agosto 20009

e xpansãomatériatécnica

Linha Nema reprojetadaQFD é utilizado para reprojetar

a linha de motores Nema 48/56

IP21, o que vai permitir ampliar

as vendas de motores fracionários

no mercado americano

Alexandre Silva Rizzatti � EngenhariaMecânica WMO � [email protected]

Resumo

O QFD (Quality Function Deploy-ment) também conhecido como “Casada Qualidade” é uma ferramenta de de-senvolvimento de produtos que relacio-na, através de uma matriz, os desejos dosclientes e os transformam em requisitosde projeto.

Esta poderosa ferramenta foi empre-gada pela Engenharia da Weg Motorespara reprojetar a linha de motores Nema48/56 IP21 visando ampliar as vendasde motores fracionários no mercadoamericano.

Diante desse desafio, em setembrode 1998, a empresa enviou uma equipeaos EUA, que tinha como objetivo de-tectar os desejos dos clientes através deentrevistas com os nossos representan-tes e vendedores.

A partir das informações colhidasjunto aos clientes pôde-se montar a ma-triz do QFD que identificou quais eramos principais requisitos de projeto quedeveriam ter prioridade no reprojeto dalinha.

Identificados estes requisitos, par-tiu-se para o redesign dos componentesdo motor e seguindo uma tendência de

padronização de componentes e proces-sos a empresa decidiu adotar as mudan-ças não apenas para o mercado ameri-cano mas também para o mercado na-cional.

Neste trabalho serão apresentados osresultados da pesquisa com os clientes,a aplicação da ferramenta em si, alémdas características finais do produto apóso reprojeto.

1 - Introdução

Na sociedade moderna, altamentecompetitiva, a sobrevivência das empre-sas depende diretamente da habilidadede descobrir a melhor maneira de reteros clientes atuais e conquistar novas fa-tias de mercado. Para que se obtenhaêxito neste propósito é necessário ter asensibilidade em relação aos desejos dosclientes, identificando-se os fatores quepromovem a sua satisfação.

O QFD é um método específico deouvir o que dizem os clientes, descobrirexatamente o que eles querem e, em se-guida, utilizar um sistema lógico paradeterminar a melhor forma de satisfa-zer essas necessidades. Este métododerruba as barreiras funcionais e substi-tui a emoção pela lógica,permitindo que os represen-tantes dos diversos departa-mentos desenvolvam solu-ções que geram um produ-to ou serviço mais compe-titivo. De fato, o sistemaQFD é um poderoso instru-mento, capaz de ajudar a or-ganização a oferecer, commaior eficiência, produtos eserviços de melhor qualida-de a um menor custo.

O QFD responde as se-guintes questões:

l Quais são as caracterís-ticas de qualidade exigi-

das pelo cliente?

l Que funções o produto deve ter parasatisfazê-las?

l Qual a melhor maneira de oferecê-las aos clientes?

2 - A pesquisacom os clientes

Esta é uma etapa muito importantepara a realização do QFD. Para se sabero que o cliente espera do produto é es-sencial que se saiba o que perguntar aele. Para isso foi formulado um ques-tionário que abrange desde aspectos es-pecíficos do produto até questões rela-tivas ao mercado.

Basicamente, o questionário aborda-va as seguintes indagações:

l Como se divide o mercado de moto-res fracionários nos Estados Unidos?

l Quais são os principais concorren-tes?

l Porque o produto atual não tinhauma boa aceitação no mercado?

l Que características o produto deve-ria ter para ser mais competitivo?

Antigomotor

Nema 56

Sede

Fábricas

Filiais

Representantes

m atériatécnica

Dianteira

Traseira

2.1 - Que características oproduto deveria terpara ser maiscompetitivo?

l Design avançado com tampas maisrasas e de cantos arredondados.

l Pintura de melhor qualidade e depreferência sem pintura após a mon-tagem.

l Peso e aparência de motor leve.

l Embalagem com mais segurança eidentidade com cores e maior logo-tipo da Weg.

l Etiqueta de identificação mais legí-vel e com mais identidade.

l Cabos coloridos.

l Cor mais escura: cinza escuro oupreto para motores de aplicação ge-ral. A cor deve variar com o tipo deaplicação.

l Pés removíveis.

l Catálogos específicos para motoresfracionários.

3 - Resultados obtidos

A partir das informações obtidas doQFD pode-se verificar quais eram ascaracterísticas do produto que causavammaior impacto com relação as expecta-tivas do cliente. Conseqüentemente, es-tas deveriam ser priorizadas durante oreprojeto da linha.

A seguir, listamos as melhorias dedesign que foram agregadas ao novomotor.

TAMPASAs tampas foram redesenhadas

com cantos arredondados e serão fa-bricadas em alumínio injetado. Estaalteração proporcionou uma reduçãode peso no motor Nema 56 de apro-ximadamente 1,7 kg tornando-o umdos mais leves do mercado. Esta re-dução foi de 12% no motor atual,deixando-o 2% mais leve que a mé-dia de peso da concorrência.

Também foram agregadas as tam-pas características de projeto que tor-naram o componente mais flexível,

permitindo seu uso em aplicaçõestais como: motores com base elásti-ca, protetor térmico manual, mini-capacitor e chave eletrônica. Alémdisso houve padronização dos rola-mentos na linha diminuindo o núme-ro de tampas.

No mercado nacional as tampassofreram as mesmas alterações dedesign, entretanto foram mantidasem ferro fundido, já que o uso destematerial é consagrado no Brasil pelasua abundância e robustez.

EMBALAGEMA embalagem de papelão foi rede-senhada proporcionando uma me-lhor estética e identificação do pro-duto através do uso de ícones uni-versais.

PINTURA E CORFoi adotado o processo de pintu-

ra por Autoforese na cor preta, pro-porcionando uma pintura de melhorqualidade, sem escorrimento e commaior resistência riscos e a corrosão.Esta última passou de 240 hs para500 hs de “Salt Spray”.

O novo processo permitiu a eli-minação da pintura após a montagemjá que as tampas de alumínio dispen-sam pintura.

ETIQUETA DEIDENTIFICAÇÃO DO MOTOR

A nova etiqueta garante maior cla-reza de informações, pois teve suasdimensões aumentadas, e passará ausar as cores vermelho, preto e bran-co. O logotipo Weg foi aumentadoe a cor vermelha ajudará a destacá-lo, criando uma melhor divulgaçãoda marca.

e xpansão

WEG em Revista Julho - Agosto 2000 WEG em Revista Julho - Agosto 20008 13

Cada vez mais inCom a compra da ABB México, deixa de ser uma empresa que apenas exporta para a América do Norte

SedeJaraguá do Sul - Brasil

FábricasBlumenau - Brasil

Guaramirim - BrasilGuarulhos - Brasil

Jaraguá do Sul - BrasilCidade do México - MéxicoBuenos Aires - Argentina

Córdoba - Argentina

FiliaisMelbourne - Austrália

Atlanta - EUAKansas City - EUALos Angeles - EUARochester - EUA

Buenos Aires - ArgentinaSan Francisco - Argentina

Frechen - AlemanhaKungsbacka - Suécia

Madrid - EspanhaNivelles - Bélgica

St. Quentin Fallavier - FrançaWorcestershire - Inglaterra

Tóquio - JapãoCidade do México - México

Representantes

América do SulBolíviaChile

ColômbiaEquadorParaguai

PeruUruguaiVenezuela

América Central e CaribeCosta RicaEl SalvadorGuatemala

HondurasNicarágua

PanamáPorto Rico

Rep. DominicanaTrinidad Tobago

América do NorteCanadá

México

EuropaÁustria

DinamarcaEscócia

EslovêniaFinlândiaHolandaHungriaIrlandaItália

LuxemburgoMacedônia

NoruegaPaís de Gales

PortugalR. Tcheca

Suíça

Novas tampas do motor Nema 56

Novo motorNema 56 IP21

WEG em Revista Julho - Agosto 200014

matériatécnica

WEG em Revista Julho - Agosto 20007

Nas águas do globoe ntrevista

Aos 35 anos, no auge da

carreira de economista, Vilfredo

Schürmann largou terno e

gravata e foi navegar com a

família. Depois de passar 10

anos no mar, descobriu que

poderia conciliar a sua profissão

com a de navegador. Em abril, a

família Schürmann completou a

circunavegação do globo, e

ninguém melhor que o �capitão�

Vilfredo para falar sobre

globalização.

A internet possibilita umincremento cada vez maiornas relações comerciais ebilaterais entre os países.

Que efeitos a globalização produzem localidades isoladas do mundo,como ilhas ou países minúsculos?

Vilfredo - Navegando pelo mundo,vi que ainda existem algumas ilhas doOceano Pacífico, Malásia, Filipinas,Madagascar e Comores ainda isoladase não conectadas ao mundo. Os paísesque entram em contato com a globali-zação sofrem influência desse fenôme-no e alguns países e ilhaspequenas começam a per-der sua tradição e culturanesse processo. SamoaOcidental, como exem-plo, vive suas tradiçõessem perda de identidade,mesmo tendo acesso àmais moderna tecnologiade comunicação. A maioria das ilhasconsome produtos importados há mui-tos anos e a exploração econômica é ba-seada, principalmente, no turismo.

Podem surgir outros blocos, aexemplo de União Européia e Merco-sul, em outras regiões do planeta?

Vilfredo - Sim, um exemplo é o mer-cado chamado Australasia, com integra-ção de países asiáticos, incluindo a Aus-

trália e Nova Zelândia.

Um local onde sesente a verdadeira globa-lização, desde temposimemoriais, é o portomarítimo. Passando porcentenas de portos emtodo o mundo, como vo-cês sentiram a globaliza-ção nestes locais?

Vilfredo - Começan-do no Sul da Argentina eno Chile, presenciamos amovimentação intensa de

enormes navios de pesca, principalmen-te da Coréia e do Japão, em escala in-dustrial. Outro lugar de grande movi-mentação internacional de produtos éDacar, no Senegal. Também na Áfricado Sul percebemos um comércio muitointenso de importação e exportação deprodutos - incluindo motores Weg.

Como devem agir um governo euma empresa, para seadaptar a um novomundo, sem frontei-ras?

Vilfredo - Devem in-vestir, principalmente,na educação, para acom-panhar a evolução tec-nológica e ter condições

de competir com qualidade. Os países eempresas que tiverem esses objetivostraçando um rumo para o futuro, evolu-indo sempre, e investindo em pesquisas,terão maiores facilidades para concor-rer.

Como aplicar os princípios da glo-balização na vida cotidiana?

Vilfredo - Deve estar sempre comuma visão aberta, analisando e acom-panhando a evolução internacional ebuscando alternativas e não ficar espe-rando as coisas acontecerem. O domí-nio de outros idiomas e o conhecimentoda cultura de países que poderão ser par-ceiros comerciais são atitudes funda-mentais para a evolução dos negócios.

O Sr. acredita que um dia o pla-neta tenha um único sistema de co-mércio, moeda e regime político? Ouseja: a globalização total?

Vilfredo - A evolução está indo paraeste caminho. Quem imaginava, 30 anosatrás, a Europa unida com uma moedaúnica? Era uma utopia! E um Merco-sul? Haverá sempre diferenças culturaise religiosas que limitarão uma união glo-bal nas atividades políticas. Eu acreditoque poderá haver, no futuro, dois gran-des blocos econômicos.

Vilfredo Schürmann (na foto, abordo do veleiro Aysso, com afamília) é responsável pelaadministração e pelas finanças doMagalhães Global Adventure n

CABOS DE LIGAÇÃOOs motores passaram a usar ca-

bos coloridos e numerados, melho-rando consideravelmente o proces-so de conexão.

Também houveram melhorias dequalidade relativas ao sistema de iso-lação tais como:

l Aumento de 40% na espessurado isolante de fechamento de ra-nhura.

l Alteração de tubo isolante porfita Nomex, objetivando reduçãodo curto entre espiras ou fases.

l Isolamento entre fases em formade tiras.

l O fio de cobre apresenta uma ca-mada adicional de verniz “Over-coat”, melhorando a resistênciamecânica durante a inserção nabobina.

Todas essas alterações culminaramem um motor moderno, robusto e com-petitivo, que poderá abrir definitivamen-te as portas do mercado americano paraa Weg e consolidar definitivamente amarca no mercado nacional.

4 - Conclusão

Graças ao uso do QFD foi possívelatualizar o projeto desta linha de moto-res, eliminar as disparidades em relaçãoaos competidores americanos e trazer,conseqüentemente, melhorias para o

4 - Referências[1] MW Consultoria, “Quality Func-tion Deployment”, Apostila do cur-so de QFD, Março, 1999.

[2] VIRTHU Consultoria, “Ferra-mentas da Qualidade”, Apostila doWorkshop sobre ferramentas da qua-lidade, Março, 2000.

produto nacional.Este trabalho mostrou como esta é

uma ferramenta simples e eficiente nodesenvolvimento de produtos, pois é ca-paz de traduzir através de um processológico, os desejos do cliente, transfor-mando-os em características mensurá-veis de projeto.

Num mercado globalizado, em queas necessidades do cliente variam radi-calmente, toda empresa que almeja ocu-par uma posição de destaque em nívelinternacional precisa estar atenta às mu-danças e se preparar adequadamente aosdesafios.

A Weg, com filiais, representantes eagora fábricas no exterior, usufrui dasvantagens de estar próxima de todos osmercados. E transforma essas vantagensem benefícios para seus clientes, ofere-cendo produtos e serviços de qualidadeinternacional e adaptados a todas as ca-racterísticas do local onde o cliente está.Em qualquer canto do planeta. n

I

DIVULGAÇÃO

Vantagensdo processo

por Autoforese

O processo de revestimentopor Autoforese(, localizado noDepartamento de Estamparia eInjeção, entrou em funcionamen-to em março de 2000, substituin-do o processo de pintura primer,e teve um investimento deR$ 1.000.000,00. Esta pintura éaplicada em todos os componen-tes de chapas dos motores Weg,totalizando uma produção diáriade mais de 15.000 peças, entrecarcaças, capas de capacitores etampas defletoras.

A Autoforese( consiste na de-posição de um revestimento àbase de PVDC sobre metais fer-rosos, a partir de uma dispersãoaquosa, sem o uso de correnteelétrica. A espessura de camadaé extremamente uniforme, comcaracterísticas de qualidade in-comparáveis. A maior aplicaçãodeste processo tem sido em pe-ças de veículos automotores,como componentes de suspensãoe amortecedores, que necessitemde alta resistência à corrosão eimpacto.

Vantagensdo processo

l Ecologicamente correto, pornão utilizar solventes orgâni-cos voláteis nem metais pe-sados tóxicos.

l Alta resistência à corrosão.

l Espessura da camada unifor-me e controlada entre 15 e 20mm, podendo ser aplicadasobre superfícies usinadas eroscas.

Nova etiqueta adesiva

A história

WEG em Revista Julho - Agosto 2000 WEG em Revista Julho - Agosto 20006 15

especial

A

Lançada a segunda edição

de vídeo que resgata a

história de Jaraguá do Sul,

com patrocínio da Weg, em

mais uma ação comunitáriaMercosulA oficialização do Mercosul - Mer-

cado Comum dos Países do Cone Sul -se deu a 26 de março de 1991, com oTratado de Assunção. Os presidentes doParaguai, Uruguai, Argentina e Brasil,e seus respectivos ministros das Rela-ções Exteriores, assinaram um acordoque estabelece a integração econômicados quatro países para seu desenvolvi-mento tecnológico e científico.

União Européia (UE)É o resultado de um processo de co-

operação iniciado em 1951 entre seis pa-íses (Bélgica, Alemanha, França, Itália,Luxemburgo e Holanda). Após quase 50anos e outras adesões (1973: Dinamar-ca, Irlanda e Reino Unido; 1981: Gré-cia; 1986: Espanha e Portugal; 1995:Áustria, Finlândia e Suécia), a UE reú-ne atualmente quinze Estados.

Acordo deLivre-ComércioNorte-Americano(Nafta)

Este bloco estimula o comércio en-tre Canadá, Estados Unidos e México.Em vigor desde 1º de janeiro de 1994.

AseanOs chamados “tigres asiáticos” se re-

únem na Associação das Nações do Su-deste Asiático (Asean), com sede emJacarta, Indonésia. Surgiu em 1967 ereúne Indonésia, Malásia, Filipinas, Cin-gapura, Tailândia, Brunei e Vietnã.

Edifício-sede doMercosul, em

Montevidéu

n n

Cenas dasgravações dofilme, feitocom atoreslocais

internacio-nalização éum proces-so mais an-

tigo do que se imagina. Em 1864 umnobre francês casou-se com uma prin-

cesa brasileira, neta de um português. Destecasamento resultou um dote que incluía terras

em Santa Catarina, num assentamento ocupado porcolonos emigrados da Europa central. E assim come-

çou a história de Jaraguá do Sul, hoje um dos principaispólos econômicos de Santa Catarina.O filme “Jaraguá do Sul - Ontem e Hoje”, produzido pela

Sociedade Cultura Artística de Jaraguá do Sul, resgata a histó-ria desde a colonização. Patrocinado pela Weg, o ví-deo teve uma primeira edição lançada em 1999, abran-gendo o período de 1876 a 1920. A segunda foi lan-çada durante as comemorações do 124º aniversárioda cidade, em julho. É dividida em três partes -Política, Econômica e Urbana - e resgata o perío-do de 1920 a 1976, abordando fatos como a re-volução de 30, integralismo, 2ª Guerra, períodomilitar, prefeitos da cidade, comércio, indús-tria, evolução da comunicação, aspectos dacultura, lazer, saúde, educação e urbanismo.Cópias da fita são distribuídas entre todasas escolas do município.

A Weg tem, entre seus compromissos,contribuir para o crescimento de Jaraguádo Sul e para a melhoria da qualidade devida da comunidade. “A Weg - diz ogerente de Marketing, Paulo Donizeti- é ciente de que, ao lado das demais

empresas da cidade, tem papel funda-mental na economia e na projeção do municí-

pio dentro e fora do Brasil”. Esse comprometi-mento também inclui a meta de voltar-se para o res-

gate e preservação da história local, como forma demanter a memória e participar na educação e no reforço do

orgulho dos jaraguaenses.

Em 1864 o conde d’Eu casoucom a princesa Isabel, filha doimperador Pedro II e herdeira dotrono. O dote de casamento in-cluía as terras que viriam a abri-gar Jaraguá do Sul. A demarca-ção das terras coube ao enge-nheiro e coronel honorário Emí-lio Carlos Jourdan, amigo doConde d’Eu. Ele chegou à regiãono início de 1876, acompanhadode 60 trabalhadores. Jourdan re-quereu a posse das terras, encan-tado com sua beleza e riqueza, fezuma grande plantação de cana econstruiu um engenho de açúcar.

A imigração européia influiuno destino econômico da regiãoe foi decisiva para a formação doperfil atual do município. Os imi-grantes vieram em busca de no-vas oportunidades e superaramas dificuldades com esperança emuito trabalho. Suas tradições,hábitos e costumes foram incor-porados ao dia-a-dia da região.

Com uma população, hoje,superior a 100 mil habitantes, Ja-raguá também é conhecida pelodesenvolvimento social e qualida-de de vida. Tudo resultado do es-forço, dedicação e visão de futu-ro da população que, de geraçãoem geração, constrói os caminhospara o desenvolvimento.

c omunidade

Resgate da históriaA terra sofre constantes trans-

formações em sua superfície. ATeoria das Placas Tectônicas ex-plica o motivo dessas transforma-ções. Ao se movimentarem, asplacas tectônicas, que formam aparte inferior da “casca” da su-perfície terrestre, se chocam en-tre si provocando alterações norelevo. O leito dos oceanos seamplia, a superfície enruga e for-ma cadeias de montanhas, racha-duras, deslocamentos, vulcões,terremotos.

Há cerca de 400 milhões deanos as terras do planeta esta-vam reunidas em um único con-tinente, Pangéia. Quando ele ra-chou, formou outros continentes,que continuam em constantestransformações.

Entre as transformações atu-ais, fora do âmbito geológico,está a globalização, que movi-menta blocos, não tectônicos,mas econômicos. Países com in-teresses comuns se organizam emassociações, padronizando pro-cedimentos e buscando o cresci-mento juntos.

Tal qual um quebra-cabeças,a globalização busca, pelo

aspecto econômico,reunificar os continentes

ApecA Cooperação Econômica da Ásia e

do Pacífico (Apec) foi criada em 1989,na Austrália. Com sede em Cingapura,a Apec engloba: Austrália, Brunei, Ca-nadá, Indonésia, Japão, Malásia, NovaZelândia, Filipinas, Cingapura, Coréiado Sul, Tailândia, Estados Unidos, Chi-na, Hong Kong, Formosa, México, Pa-pua-Nova Guiné e Chile.

CaricomA Comunidade do Caribe e Merca-

do Comum (Caricom) foi criado em 4de julho de 1973. Com sede em Geor-getown, na Guiana, associa Antígua eBarbuda, Barbados, Belize, Dominica,Granada, Guiana, Jamaica, Santa Lúcia,São Cristóvão e Névis, São Vicente eGranadinas, Trinidad-Tobago, Ilhas Vir-gens Britânicas, Ilhas Turks e Caicos,Montserrat e Suriname.

CEIA Comunidade dos Estados Indepen-

dentes (CEI) nasceu com o fim daURSS, em dezembro de 1991. Sediadaem Minsk, Belarus, reúne Rússia, Ca-zaquistão, Ucrânia, Belarus, Tadjiquis-tão, Turcomênia, Geórgia, Quirguízia,Armênia, Uzbequistão, Azerbaijão eMoldávia.

Pacto AndinoAssociação estabelecida em 1969

pelo Acordo de Cartagena - seu nomeoficial -, também é conhecido por Gru-po Andino. Congrega Bolívia, Colôm-bia, Equador, Peru e Venezuela.

O movimento dos blocos

REN

ATO

R. M

ART

INS

ANDRÉ KOPSCH

Por isso se chamou o seu nome Ba-bel, porquanto ali confundiu o Senhor alinguagem de toda a terra, e dali o Se-nhor os espalhou sobre a face de toda aterra”.

Falar a mesma língua é só um dosatributos exigidos pela globalização.Este fenômeno é associado, pelas Ciên-cias Econômicas, à idéia de que todasas pessoas vivem em um só mundo in-terligado, onde devem ser derrubadastodas as barreiras comerciais, transfor-mando o planeta num grande mercado.Comercialmente, a re-união é factível,até mesmo com a homogeneização doidioma - não um único, como na era pré-Babel, mas um que adquira supremacia,que seja uma linguagem comercial,como o é, praticamente, o inglês hoje.

A queda do muro de Berlim, em1989, pode ser considerada o marco zerodeste processo de internacionalização.Foi a partir dali, com a Alemanha reu-nificada e o sistema comunista mostran-

WEG em Revista Julho - Agosto 20005

especial

Esta é a Zaldivar

WEG em Revista Julho - Agosto 200016

n egócios

AEste transformador é giganteTransformador de

120 toneladas e 230 mil

volts vai equipar mina de

cobre no Chile

Como em qualquer assunto queenvolva a soberania das nações, tam-bém a globalização é tema polêmico,acendendo acalorados debates entredefensores e críticos de um sistemaque pretende homogeneizar as políti-cas econômicas internacionais.

A globalização implica em forma-ção de mercados cada vez mais dinâ-micos e exigentes. Esse dinamismo,por outro lado, provoca crises igual-mente globais, colocam governos eempresas diante de uma nova reali-dade. Compreendê-la é fundamentalpara ser competitivo.

Essa compreensão depreende deuma realidade: a tendência da eco-nomia mundial, hoje, é que as deci-sões de produção e investimento se-jam tomadas de modo integrado emdiversos países e regiões. A necessi-dade de adaptação é resumida pelodeputado Moreira Ferreira, presiden-

Homogêneo ou diversificado?

te da Confederação Nacional da In-dústria (CNI): “Como não podemospensar no Brasil isolado do mundo, éinevitável adaptarmos nossas estru-turas e instituições, inclusive a polí-tica econômica, para essa situação deglobalização cada vez maior. A eco-nomia brasileira precisa ter condi-ções para enfrentar o mercado mun-dial de forma mais competitiva. E issoexige reformas, como a tributária e atrabalhista”.

O sistema tributário brasileiro,por exemplo, na visão do líder em-presarial, “é inadequado em temposde globalização porque discriminadesfavoravelmente nossos produtosem relação aos produtos estrangei-ros”. A legislação trabalhista, por suavez, para Moreira Ferreira, desesti-mula o uso da mão-de-obra, exata-mente num momento em que a tecno-logia disponível internacionalmente

Weg acaba de entrar no rol daspoucas empresas que fabri-cam transformadores de gran-de potência no mundo. Um

transformador 40/53/67 MVA de 230kW foi desenvolvido para atender às ne-cessidades da Compañia Minera Zaldi-var, localizada no norte do Chile. A Wegestá capacitada a produzir até oito equi-pamentos deste porte por mês.

Especializada na extração de cobre,a companhia é uma das maiores e maismodernas do mundo. A parceria entre aWeg e a Zaldivar existe há anos. Cercade 99% dos motores utilizados na mi-neradora - aproximadamente 700 mo-tores em serviço - são produtos Weg.

A criação do gigante

O primeiro passo para a criação dotransformador foi dado em novembrode 1999, com o desenvolvimento doprojeto. Participaram dessa fase repre-sentantes da Zaldivar. Em seguida veioo processo de fabricação e sua inspe-ção. Em junho visitaram a fábrica os ele-tricistas Jorge Arancibia Marque e Ni-baldo Humberto Fabrega Berenguela,

da mineradora, para checar se tudo quefoi estabelecido no projeto havia sidorealizado.

Jorge Marque garante: “Necessitá-vamos de um transformador de alta po-tência para baixar ou aumentar a tensãoque utilizamos na mineradora. Comoconsumimos muita energia, esse trans-formador precisava de uma caracterís-tica muito especial: ter um alto nível dealimentação. Conseguimos o que querí-amos através da nossa parceria com aWeg”. A Zaldivar analisou produtos deoutras empresas, mas preferiu a Wegpela confiança mútua. “Já conhecemosbem a empresa, o que nos dá mais segu-rança. No futuro pretendemos adquirirmais equipamentos da Weg”, asseguraNibaldo Berengela.

Novos negócios

Luiz Alberto Oppermann, diretor Su-perintendente da Weg Transformadores,diz que este transformador simboliza umgrande desafio. “Com ele - complementaOppermann - entramos nessa importan-te classe de tensão, num mercado for-mado por grande empresas multinacio-nais. Nossa expectativa é de que a de-manda corresponda ao nosso empenho”.A privatização de geradoras de energia,como a Eletronorte e Furnas, deve abrirpossibilidades de novos negócios, naavaliação do diretor da Weg.

DADOS TÉCNICOSPotência:

40/53/67 MVA, classe230 mil volts

Tamanho:altura de 9 metros, comprimentode 11 metros e largura de4,6 metros

Peso:120 mil quilos

l A Compañia Minera Zaldivarestá localizada a 175 quilôme-tros do sudeste de Antofagas-ta, no norte do Chile.

l A empresa tem o direito de ex-plorar a área até o ano de2015 (concessão de 20 anos).

l A previsão é extrair 2 milhõesde toneladas de cobre, nesteperíodo.

l A mineradora emprega 730pessoas.

l A produção atual é de 125 miltoneladas por ano.

DANIEL ERN

do evidentes sinais de fraqueza, que osgovernos dos países mais avançados per-ceberam a necessidade de se criar me-gamercados, rompendo, reatando e ex-pandindo laços comerciais - neste pon-to, muitas organizações já tinham pre-sença marcante no mercado internacio-nal, e estas entraram ainda mais fortesno processo que se iniciava.

Começaram a tomar forma os blo-cos de países, mais voltados ao entendi-mento econômico que a outros interes-ses. O Euro, moeda comum aos paísessignatários da União Européia, assumeo papel de ícone desta nova realidade,submetendo-se, como cobaia, à prova defogo que é conciliar interesses contras-tantes, representativos de culturas dife-rentes.

BenefíciosSe, por um lado, a globalização traz

evidentes vantagens para companhias

que pretendem se tornar empresas inter-nacionais, ou multinacionais, há outraface da moeda, que traz benefícios parao mercado interno. À medida em que selança à conquista de novos mercadosmundiais, uma organização precisa deelementos que lhe dêem a necessáriacompetitividade, como inovações tecno-lógicas, aperfeiçoamento dos recursoshumanos, equipamentos e instrumentalde última geração e novos métodos eprocessos.

De posse destes diferenciais, a em-presa aumenta sua competitividade, tam-bém, em nível doméstico. Pensando glo-balmente e agindo localmente, e respei-tando as peculiaridades de cada regiãoe mercado, as organizações beneficiamseu cliente interno, que terá produtos eserviços de nível mundial, na porta decasa. A internacionalização, assim, dá gi-ros completos, com a vantagem de, re-tornando ao ponto inicial, trazer agre-gados novos valores aos negócios.

MoreiraFerreira,

presidenteda CNI

torna mais fácil a substituição do tra-balho humano, principalmente o demenor qualificação. Portanto, con-clui o presidente da CNI, “diante daglobalização, é imprescindível au-mentar a competitividade dos produ-tos brasileiros, para que possamos in-centivar os investimentos e a gera-ção de empregos. E isso só vamosconseguir com essas duas reformas,principalmente a reforma tributária”.

n

Imagem

WEG em Revista Julho - Agosto 200017

n otícias

WEG em Revista Julho - Agosto 20004

e special

O homem tem tentado, nosúltimos anos, recosturar omapa da Terra, buscandouma integração de modo a

transformar o planeta numa hipotéticaPangéia em termos econômicos. Histo-ricamente, Pangéia seria o “superconti-nente”, que compreendia os paleoconti-nentes Gondwana (que hoje seriam aAmérica do Sul, a África, parte da Ásia,Austrália e Antártida) e Laurásia (Amé-rica do Norte e Eurásia), constituindo a

crosta terrestre continental antes do Ju-rássico. Há cerca de 200 milhões de anoseste imenso continente uno começou ase dividir, como resultado da deriva con-tinental, formando posteriormente a atu-al distribuição dos continentes.

Se, geologicamente, é impossível re-tomar a forma original, o ser humanotenta, pelo menos, reunificar os conti-nentes pela via econômica. Uma condi-ção indispensável para essa recostura éa padronização idiomática, perdida emeras remotas em razão da falta de enten-dimento da raça humana. Nos relatos bí-blicos encontram-se referências, do tem-po em que a terra tinha um só idioma, auma certa torre, que os habitantes deentão pretendiam que chegasse o maispróximo possível de Deus. Deram a elao nome de Babel. Mas não se entendi-am, e Deus, condenando sua intençãode elevar-se até o céu, puniu-os confun-dindo a linguagem, que era única. Diz otexto da Bíblia, em Gênesis, capítulo 11:“‘Desçamos, e confundamos ali a sualinguagem, para que não entenda um alíngua do outro’. Assim o Senhor os es-palhou dali sobre a face de toda a terra;e cessaram de edificar a cidade.

A globalização derruba

fronteiras comerciais, em busca

do �supercontinente� e da

comunicação padrão, como era

antes da torre de Babel

De voltaa Pangéia

A ilustração mostra aconstrução da torre deBabel, com a qual os

homens pretendiam chegarmais perto de Deus

Duas dezenas de empresas catari-nenses, dos mais variados setores, rece-beram o prêmio Empresa do Século,concedido pela revista Empreendedor,a partir de pesquisa realizada em todo oestado. Entre as 20 agraciadas com o tí-tulo, a Weg foi escolhida como o desta-que para o século 21.

A pesquisa envolveu 21 entidades re-presentativas da indústria, comércio, ser-viços e outros setores da economia, le-vando em conta critérios como inova-ção, preocupação com o meio ambien-te, marketing e estratégias mercadoló-gicas.

Um trabalho da Weg Acionamentosfoi apresentado na 20ª Conferência In-ternacional sobre Contatos Elétricos, emEstocolmo, Suécia, em parceria com ci-entistas da Universidade de Dresden,Alemanha.

“Diferenciação pelo Serviço”.Este foi o tema da 15ª Conatec -Convenção Nacional dos Assisten-tes Técnicos Weg, realizada de 20 a22 de agosto, em Jaraguá do Sul(SC). O evento, que reuniu os pro-fissionais de assistência técnica daWeg em todo o Brasil, também abor-dou marketing de relacionamento,perspectivas de negócios via inter-

Pela terceira vez consecutiva,a Weg ganhou o prêmio ImagemEmpresarial, uma promoção dojornal Gazeta Mercantil que ho-menageia empresas brasileirasque se destacam em seus ramosde atuação. A escolha leva emconta critérios como inovaçãotecnológica, modernização dasrelações capital/trabalho, preser-vação do meio ambiente e inte-gração com a comunidade.

Moacyr Sens, diretor Técnico da Weg (dir.),recebe o troféu, na sede da Federação dasIndústrias de Santa Catarina

Empresado século

Contato mundial

Treinamento e integração

.................................................................................

net, economia de energia, novas li-nhas e modificações de produto.

Bienal, a Conatec visa o treina-mento dos proprietários de oficinasautorizadas de assistência técnica.Além deste intercâmbio específico,o encontro procura passar para osATs as perspectivas futuras do com-portamento do mercado mundial enacional.

Plenária da convenção, na Recreativa Weg

..................................

INTE

RNET

FLÁVIO UETA

A Weg é uma das parceiras daUniversidade do Vale dos Sinos -Unisinos -, de São Leopoldo (RS),na construção da nova bibliotecadaquela instituição, uma das maio-res da América Latina. O acervo atu-al, de 400 mil livros, chegará futu-ramente a 700 mil volumes. A pin-tura do prédio, de sete andares, uti-lizou 5 toneladas de tinta em pó for-necida pela Weg Química.

Na Unisinos

......................................

....

....

....

....

....

....

....

....

....

....

....

....

....

....

..

15ª Conatec

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

RONALDO DINIZ

e ditorial

WEG em Revista Julho - Agosto 2000 WEG em Revista Julho - Agosto 2000

expediente

índice

Weg em Revista é uma publicação da Weg. Av. Pref. Waldemar Grubba, 3300, caixa postal 420,telefone (47) 372-4000, CEP 89256-900, Jaraguá do Sul - SC. Home page: www.weg.com.br. Linhadireta: [email protected]. Conselho Editorial: Walter Janssen Neto (diretor), Paulo Donizeti (edi-tor), Caio Mandolesi (jornalista responsável), Edson Ewald. Edição e produção: EDM Logos Comuni-cação, telefone (47) 433-0666. Tiragem: 10.000.

O mundo semove em blocos 4

7

8

11

18 3

ON

Navegando comos Schürmann

Weg ampliapresença no mundo

Assistência compadrão mundial

Em busca doentendimento

12Uma �casa�para a qualidade

15Vídeo revisitahistória de Jaraguá

A Weg entendeu, logo no início

de sua história, que a busca do

mercado externo era uma parte

do processo de crescimento, e não

uma conseqüência.

Naturalmenteglobalizados

a rtigo

Douglas Conrado Stangeé diretor superintendenteda Weg Exportadora

As empresasbrasileiras começam atrilhar o caminho da

globalização, setornando

multinacionais17

Uma empresapara o século 21

18Globalizaçãoé antiga na Weg

FOTO

AN

DRÉ

KOPS

CH

FLÁ

VIO

UET

A

o princípio era um só grande continente, cha-mado “Pangéia”. O movimento da superfície daTerra fez com que a crosta se fendesse, separan-do-se em imensos blocos, que hoje formam os

diversos continentes. Milhões de anos depois, ao construira torre de Babel, os homens passaram a não se entender, eDeus, como punição à falta de entendimento, fez com quesurgissem muitos idiomas, o que aumentou ainda mais odesacordo.

Hoje, com o processo denominado globalização, o ho-mem tenta uma volta ao passado remoto, pré-Babel, quan-do todos falavam a mesma língua. Como atualmente a imen-sa profusão de idiomas impede que se padronize o falar,busca-se o entendimento via comercial, eliminando barrei-ras tarifárias, técnicas e monetárias.

A principal característica deste processo é a integraçãodas nações em blocos econômicos - uma nova Pan-géia -,homogeneizando procedimentos e tentando preservar aidentidade nacional de cada país integrante desses conglo-merados. O Cone Sul da América, por exemplo, hoje é Mer-cosul; a Europa é Comunidade Européia; a América doNorte é Nafta, e assim por diante. Tal e qual as placas tec-tônicas que formam a superfície terrestre, esses blocos semovimentam em direção uns dos outros, buscando afinida-des e vantagens comerciais.

Brasil já nasceu globaliza-do. Primeiro vieram os eu-ropeus, portugueses à fren-te, e se misturaram aos ín-

dios da terra. Mais tarde os negros seincorporaram à receita. Com o fim daescravidão, mais europeus tomaram orumo do Brasil - alemães , italianos, po-loneses, húngaros etc. -, até que japo-neses, árabes e outros povos do orientese aventurassem a emigrar para um paísjovem e em formação.

Hoje o país não só abriga colôniasde imigrantes de quase todas as partesdo mundo, como segue incorporando oscostumes e a cultura desses povos. Esta“herança genética” tem sido importan-te para diminuir asdesvantagens que te-mos ao competir compaíses mais desenvol-vidos, que se lança-ram ao mercado in-ternacional muito an-tes. Nossas maioresempresas são peque-nas frente aos gran-des grupos mundiaise ainda temos que enfrentar problemasinternos. Mas ainda há tempo de encur-tar essa distância.

O caso da Weg é exemplar. As trêsfábricas no exterior adquiridas neste anonos colocam oficialmente na posição demultinacional brasileira. Este caminhocomeçou a ser trilhado cedo, o que ex-plica em parte o sucesso que aparecehoje. A Weg entendeu logo que não pre-cisava crescer e se fortalecer para de-pois começar a exportar, e sim que ex-portar era parte essencial do processode crescimento. Assim a empresa foi for-mando massa crítica para poder ter en-tre seus objetivos ser o maior fabricantede motores de baixa tensão do mundo.

O processo foi longo. Primeiro veio

a fase de encontrar distribuidores dis-postos a apostar em uma marca desco-nhecida e a crescer junto com uma em-presa nova. Com uma rede de distribui-dores formada, partiu-se para a abertu-ra de filiais comerciais em pontos estra-tégicos do planeta. Agora, com o inícioda produção no exterior, iniciamos a ter-ceira - e mais ambiciosa - fase do pro-cesso de internacionalização.

Expor os produtos a mercados maisexigentes traz benefícios incontestáveisa qualquer empresa. Além dos ganhosem qualidade, produtividade, os colabo-radores - como bons brasileiros - logoenxergam as oportunidades que podemaparecer com o processo de internacio-

nalização e se tiveremo apoio da empresa,como no caso da Weg,tratam de buscar as qua-lificações que precisampara aproveitar estasoportunidades.

Dizer que esta situa-ção está ocorrendo dealguns anos para cá noBrasil não é exagero

nem otimismo cego. Os brasileiros, in-dividualmente ou em parceria com suasempresas, estão tratando de equilibrarseus pontos fracos e fortes em relaçãoao mercado internacional com um sen-so de oportunidade digno de centroavan-te goleador, para usar uma metáfora tí-pica do país. A Weg talvez se diferencieapenas por ter iniciado esse processo umpouco mais cedo e com mais visão delongo prazo, diferencial que sempremarcou a empresa. Mas temos hoje bonsexemplos de empresas seguindo o mes-mo caminho. E o que é melhor: com odesenvolvimento das telecomunicaçõese o advento da internet, os limites de ve-locidade nesta estrada foram simples-mente abolidos. n