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WEG em Revistawww.weg.com.br18

expediente

índiceWEG em Revistaé uma publicaçãoda WEG.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89 256-900,Jaraguá do Sul, [email protected]. Conselho Editorial:Jaime Richter (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing) e Cristina Teresa Santos (analistade Marketing). Edição e produção: EDMLogos Comunicação, tel. (47) 433-0666.Textos: Roberto Szabunia. Tiragem: 23.000.

Pra que complicar... 4

Q

WEG em Revistawww.weg.com.br 3

editorial

Simples e bem-feitouantas vezes você já não se pegou perguntando: “Porque ninguém pensou nisso antes? É tão simples”. Poisé. Muitas grandes descobertas e avanços da huma-

nidade - talvez a maior parte - nasceram de constatações sim-ples, até óbvias às vezes. Aí mesmo, em cima da sua mesa, deveter um clipe. Veja só: é apenas um pedaço de metal dobradooito vezes, em ângulos diferentes. Mas serve perfeitamente parao fim a que se destina, prender folhas de papel - ou para algumgaiato fazer aquele colarzinho que te faz puxar todos os clipesde uma vez só.

De um simples clipe até uma nave espacial, quanto maissimples forem a idéia e a execução, melhor. Isso vale para qual-quer atividade humana, no trabalho, na família, na comuni-dade... Fazer da simplicidade um estilo de vida é uma garan-tia de que a realização profissional e pessoal pode ser alcança-da com mais facilidade. Nesta edição mesmo, você tem umexemplo, na entrevista com Werner Voigt, um dos fundadoresda WEG, que está deixando seu posto no Conselho de Admi-nistração. Ele fez da simplicidade seu roteiro de vida. E estárealizado.

Décio da SilvaPresidente executivo

QSimplicidade de WernerVoigt faz o contrapontopara a modernidade dagestão praticada pelaWEG em 44 anos

Qualquer um sesente à vontadepara falar com o

seu Werner

nossa opinião

Mande sua mensagem [email protected]

Quero parabenizar a WEG pela publicação,realmente um primor de trabalho, uma verdadei-ra aula de competência. A Secretaria de Educa-ção do Município de Joinville pretende disponibi-lizar a revista nas unidades de ensino da redeescolar.Sylvio SniecikovskiSecretário de EducaçãoJoinville - SC

Gosto muito da revista. Os assuntos trata-dos são diversificados e interessantes.Norma Suely EstevesBelgo SiderurgiaJoão Monlevade - MG

É muito prazerosa a leitura da revista. Pou-cas publicações desse tipo são vistas no merca-do e a maioria não consegue transmitir as idéiasda empresa de uma forma tão clara, objetiva eao mesmo tempo interessante e criativa.Patrícia Gonzales DuarteZiemann Liess Maq. Equip.Canoas - RS

A edição nº 35 (Desejo ou necessidade) estáótima. Porém, discordo do ponto em que diz queAdão e Eva comeram maçã. Isso não existe emlugar algum da Bíblia.Silvoney C. SilvaDelupo FerragensCriciúma – SC

N.R. Na verdade, Silvoney, a maçã é uma liberdade ar-tístico-literária, resultado da criatividade dos artistas re-nascentistas. A Bíblia fala, em Gênesis, de um “fruto daárvore da ciência do bem e do mal...”, sem especificarque fruto era aquele. A maçã é utilizada tão somentecomo um símbolo, e foi desta forma que a utilizamospara ilustrar a capa e a reportagem da revista.

Meu pai não era o McGyver 7Werner Voigt, um exemplo de simplicidade 8

10Eletrificação é solução para usinas de cana 12

do leitorW

EG

WEG

Ponto de equilíbriouem encontrar Werner Ri-cardo Voigt andando poruma de nossas fábricaspode não reconhecê-locomo um dos fundadores

da WEG. Com seu jeito simples de sevestir e de falar, dando atenção igual acolaboradores, chefes, gerentes, direto-res ou clientes, na fábrica ele é sim-plesmente o seu Werner.

Esse jeito mais casual de ser é refle-xo da cultura de simplicidade que aWEG tem desde sua fundação. E issonão é tarefa fácil. À medida que umaorganização cresce, vai naturalmentesofisticando seus processos e ficandomais complexa: passa a ter muitos pro-dutos, muitas pessoas, muitos sistemase políticas. Um dos grandes desafios ése tornar grande, mas com o jeito sim-ples de quem acabou de começar.

Basicamente, há a necessidade decultivar a simplicidade em dois aspec-tos: estilo pessoal e de gestão.

A palavra gestão,em si, já é uma com-plicação do ato de“tocar uma empresa”ou “cuidar do negó-cio”. Antigamente,cada um cuidava deseu próprio negóciosozinho. Hoje, como aumento da com-petição global, temos a ajuda de con-sultores, professores, palestrantes,MBA’s, revistas especializadas, cursos,além de uma infinidade de sistemas eferramentas.

Não discuto a utilidade desses pro-cessos de aprendizado. A WEG esti-mula o aprendizado constante. Mas arealidade é que a competição tambémos atinge e isso causa um verdadeiromilagre da multiplicação dos termostécnicos. Cada consultor ou revistaprecisa se diferenciar no mercado, eacaba optando por inventar modas e

tendências, como um profissional daalta costura.

Na maioria das vezes as invençõesnão passam de um toque de maquia-gem em técnicas mais antigas que ain-da funcionam. Grande parte das ne-cessidades de uma empresa se resolveatravés das ferramentas mais básicas.Uma curva ABC, por exemplo, umadas formas mais simples de avaliar pri-oridades, dá um show em muito siste-ma elaborado. Estudar, ir atrás de no-vos conceitos, é sempre saudável, massem perder de vista a simplicidade.

Na WEG, temos um exemplo vivodisso. Como você pôde constatar naentrevista desta edição, o seu Werneré de uma simplicidade desconcertan-te. Esse estilo tem como vantagemprincipal a facilidade de acesso. Qual-quer um se sente à vontade para falarcom o seu Werner, assim como qual-quer um se sente à vontade para falarcomigo ou com outro diretor da

WEG. E esse estilose reflete em todosos níveis da empre-sa. A comunicaçãoclara e direta, olhono olho, é um dospilares da nossa cul-tura, uma das liçõesque aprendemoscom os fundadores e

que fazemos questão absoluta de man-ter preservada.

Mesmo assim, a WEG é reconhe-cida como uma empresa moderna tan-to na gestão quanto nos produtos. En-contrar esse ponto de equilíbrio não éfácil e nem existe receita pronta, masum conselho eu posso dar: mantenha-se no foco de seus públicos de interes-se. Só corra atrás do que realmenteagregar valor (outra expressão compli-cada, desculpe a falha) de seus públi-cos de interesse, sejam eles quais fo-rem. E sempre com simplicidade.

WEG no prédio mais moderno do Rio

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Resumo das principais notícias publicadas no site www.weg.com.br.Clique no link Sala de Imprensa.

especial

WEG em Revistawww.weg.com.br4 WEG em Revista

www.weg.com.br 17

navegue na WEG

Para incrementar ainda mais a gama de forne-cimentos WEG para plataformas de extração de pe-tróleo, agora é a vez dos motores dealta tensão. No total, 24 motores es-tão em fase de testes nos fabricantesde compressores, no exterior. Apóseste “string test” necessário para ins-talação nas plataformas, o conjunto éembarcado de volta para o Brasil.(29/07/05)

Orgulho nacional

Gigantesna estrada

➔ Um dos motores fornecidos para a Petrobras

Uma explosão defornecimentos

➔ A carreta, com 128 pneus, levou quase umasemana para chegar em Campos Novos

Quatro dos maiores transformado-res já fabricados pela WEG foram en-tregues em agosto para a Usina Hi-drelétrica Campos Novos. Localizadano rio Canoas, na região central deSanta Catarina, a usina tem potênciatotal instalada de 880 megawatts. Otransporte de um transformador des-se porte exige cuidados e o auxílio daPolícia Rodoviária. (04/08/05)

A WEG está entre as 150 melhores empresas para trabalhardo Brasil na pesquisa realizada pelo guia Exame/Você S.A. É aquarta vez que a empresa é selecionada e premiada como referên-cia na gestão de pessoas. Esta é uma das maiores pesquisas declima do país, realizada com os próprios funcionários das empre-sas. Participaram da pesquisa 486 empresas.

VALOR ECONÔMICO - Pela quarta vez consecutiva, aWEG recebe o prêmio Valor 1000 como destaque nacional emMecânica. (23/08/05)

simplesocê, com certeza, já ouviuvárias vezes a frase “pra quecomplicar, se dá pra sim-plificar?”. Sua origem e au-toria se perdem no tempo,

mas sua atualidade é eterna. O viver ésimples, o ser humano é que costumacomplicar. Como ao tentar encontraratalhos. Em vez de utilizar o caminhomais simples, busca-se uma forma deencurtá-lo. Às vezes esse encurtamen-to passa por uma floresta desconheci-da, cheia de mistérios escondidos. E ocaminho encurtado acaba se tornan-do complicado.

O filósofo francês André Comte-Sponville, autor do livro “PequenoTratado das Grandes Virtudes”, defi-ne a simplicidade como “a mais levedas virtudes, a mais transparente e amais rara. É o contrário da literatura:é a vida sem frases e sem mentiras, semexagero, sem grandiloqüência”. Hácoisa mais simples do que E=mc2? –pergunta o filósofo.

Já o sociólogo Edgar Morin, tam-bém francês, afirma que hoje se vivenuma época em que o aumento dacomplexidade é constante em todosos sistemas da sociedade. “Os produ-tos estão ficando cada vez mais com-plexos, mais cheios de funcionalida-de”, diz Morin, e dá a receita: “Tor-

ná-los simples não é acabar com acomplexidade, mas sim domá-la paraque o usuário final possa ter uma boaexperiência. Isso significa que pode-mos ter produtos complexos e simples,ao mesmo tempo”.

No seu trabalho, na sua vida fa-miliar, no lazer, na comunidade... Emtudo é possível simplificar procedi-mentos e alcançar bons resultados.

Na fábrica, há um gargalo na li-nha de produção, prejudicando osprazos de entrega das encomendas. Éum pesadelo para uma empresa atra-sar a remessa para o cliente. Uma em-presa moderna, que pratique a sim-plicidade, resolve o problema rapida-mente. Como? Certamente esta em-presa já implantou algum programatipo CCQ (Círculo de Controle da

Qualidade) ou CEP (Controle Esta-tístico do Processo), em que os pró-prios funcionários detectam os proble-mas do cotidiano e apontam as possí-veis soluções.

É aí que as receitas de simplicida-de aparecem: no viver o dia-a-dia, nobuscar as formas mais simples de rea-lizar tarefas – e que nem sempre exi-gem atalhos.

A revista Vida Simples, da EditoraAbril, procura, a cada edição, mostrarque não é necessário buscar atalhos.No nº 30, de julho deste ano, a maté-ria de capa da revista diz: “Informa-ção demais, escolhas demais por fa-zer. É, o mundo está complicado. Evai continuar. Melhor então aprendera viver nele”. A reportagem, assinadapor Marcia Bindo, fala das encruzi-lhadas a que somos submetidos diari-amente, na escolha das melhores op-ções entre o que nos é oferecido: a rou-pa, a comida, o transporte... E con-clui: “No final do dia, tente se lem-brar de coisas pelas quais você se sentegrato. (...) Você vai pensar menos nasoportunidades que perdeu e se sentirmais confiante ao fazer a próxima”.

Jogo simples

À nossa volta, os exemplos de bus-ca da simplicidade proliferam. Bastaprestar atenção. No futebol, algo tãoíntimo dos brasileiros, quanto mais

O melhor caminho é o mais

Pra que complicar, se dá pra simplificar?➔

ROBERTO SZABUNIA

V

RONALDO DINIZ

Algumas linhas de produtos daWEG Acionamentos e da WEG Au-tomação estão chegando ao mercadocom aperfeiçoamentos. (05/09/05)

Temporizadores

A WEG reformulou a linha detemporizadores. Os novos Relés Tem-porizadores WEG (RTW) são dispo-nibilizados em 5 funções e tempori-zação até 30 minutos.

Inversores

Novos modelos das linhas CFW-10 e CFW-08 superam em potência ecompetitividade e garantem excelentecusto-benefício, mantendo o dinamis-mo e a qualidade.

Comando e Sinalização

A WEG amplia sua linha de Co-mando e Sinalização, lançando doisnovos botões e um bloco de ilumina-ção direta com um novo conceito emiluminação (LED de alto brilho incor-porado ao bloco) e sistema de monta-gem rápida e fácil “Quick Fix System”.

Linhas aperfeiçoadas

FOTO

S W

EG

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te, além de diversos tipos de sistemashíbridos com combustíveis fósseis. OPlano Decenal de Expansão 2.000/2.009 estima o potencial técnico de co-

WEG em Revistawww.weg.com.br16 WEG em Revista

www.weg.com.br 5

Biomassa e eletricidade

Hoje, assim como a necessidade daenergia disponível, necessário é repen-sar a matriz energética como forma deassegurar este item, já incorporado aopadrão cosmopolita para as próximasdécadas. Assim, como cresce a consci-ência ambiental, crescem os aproveita-mentos energéticos alternativos. A ge-ração de energia é um destes aprovei-tamentos, e os tradicionais modelosprodutivos de produtos de cana incor-poram a geração de energia como ou-tro filão de negócios.

Neste novo contexto incorporam-se novos sistemas elétricos, equipamen-tos, sistemas de automação e controlenecessários à operação segura desdenovo negócio do setor sucroalcooleiro.

Os dados da ANEEL demonstrama situação de empreendimentos terme-létricos no Brasil, classificando por fon-te e situação. O bagaço de cana e o li-cor negro estão entre as fontes maisimportantes nos setores sucroalcoolei-ro e de papel e celulose, respectivamen-

naWEG + Este texto é um resumo do artigo completo, que você encontra em www.weg.com.br

Eng. Jair Geraldo Del VecchioCentro de Negócios de Subestações

Experiência WEGCombustível

Bagaço de cana

Biomassa

Biomassa e bagaço de cana

Biomassa e óleo combustível

Lenha picada

Licor negro

Licor negro e biomassa

Lixo urbano

Lixo urbano e gás natural

Óleo e biomassa

Óleo diesel e biomassa

TOTAL

Potência

391,15

82,75

4

8,8

5,31

310,18

142,9

26,3

600

nd

70,2

1633,59Fonte: Aneel

simples o esquema, melhores os resul-tados. O velho chavão “é só jogar pe-las pontas” parece batido, mas é omelhor sistema.

Um dos extremos era a teoria dofalecido treinador Cláudio Coutinho,com seus “pontos futuros”, “overla-ping”, “polivalência”... Tudo isso ter-minou com o título de “campeãomoral” para o Brasil na Copa de 78.

O contrário pôde ser constatadorecentemente. Veja a manchete de al-guns jornais de dois meses atrás:“Simplicidade é arma, afirma técni-co Leão”. O técnico pregava o jogosimples, para que o Palmeiras se re-cuperasse na tabela. Até o fechamen-to desta edição, pelo menos, vinhadando certo.

Assim como deu certo a simplici-dade aliada ao talento, demonstradapela Seleção do Brasil no jogo contrao Chile. No segundo gol, a bola roloude pé em pé, em um ou dois toques,no máximo, até o gol de Robinho.Simplesmente um golaço!

Bom senso

Até gigantes do mundo empresa-rial apostam na simplicidade comoreceita para o sucesso. A Philips, porexemplo, reposicionou sua marca como objetivo de associá-la à facilidade deuso. O novo lema da empresa com-prova essa orientação: “Bom senso esimplicidade”. A Philips tem até umaequipe de consultores para garantir asimplicidade de seus produtos. Nestaequipe está até mesmo o conceituado

professor John Maeda, do MIT (Ins-tituto de Tecnologia de Massachus-sets).

E como a multinacional holande-sa chegou à conclusão de que deveriabuscar a simplicidade? Pesquisando.Em 2003 a empresa entrevistou maisde 3 mil pessoas em oito países (in-clusive o Brasil). O resultado mostrouque as pessoas querem os benefícios,mas não os atropelos da tecnologia.“Eu não quero construir um carro...Quero dirigi-lo”, foi uma das respos-tas. Ou seja: o mundo já está bastantecomplicado; agora queremos simpli-cidade.

A partir daí, a Philips passou a in-vestir na simplificação de seus produ-tos. Eles continuam avançados, mas omanejo fica mais fácil.

Simples assim...

A busca da simplicidade já gerouaté mesmo um movimento mundial,chamado “Simplicidade Voluntária”,baseado em livro de Duane Elgin. Ini-ciado nos Estados Unidos, é um mo-vimento em que as pessoas reduzemvoluntariamente o consumo de rou-pas, móveis de madeira, sapatos, ga-solina etc.

A idéia, como o nome diz, é mui-to simples. As pessoas deixam gran-des cargos em empresas para levar umavida com menos ostentação, mas commuito mais qualidade de vida e commais tempo para curtir as melhorescoisas da vida, como a família, a saú-de, as viagens etc. Parece meio radi-

cal, mas essa filosofia ganhou váriosadeptos porque muita gente está can-sada dos meios tradicionais para alcan-çar a felicidade.

O Dalai Lama, grande propagadordo budismo, dizia que a simplicidadeé a chave da felicidade. Assim, os se-guidores desta religião insistem paraque se preste mais atenção nas peque-nas alegrias: flores, um refrescante chá,uma música bonita, crianças brincan-do, o pôr-do-sol, um churrasquinhocom os amigos...

A grande estilista francesa CocoChanel criou um estilo de vestir querevolucionou o século XX: ao libertara mulher das faixas e corpetes aperta-dos em saias com muitos babados,Chanel permitiu que a mulher se sen-tisse livre, vestida de maneira simplese prática. “Não há mulheres feias, hámulheres mal cuidadas”, dizia a esti-lista. O segredo do sucesso de Chanelera simples: apenas desenhava roupasque gostava de vestir.

Na beleza da flor

Um floral de capuchinha tambémpode ajudar a manter a serenidade.Capuchinha é uma singela flor, tam-bém conhecida como chagas-de-Cris-to. Quem ensina a receita é LuciaHelena dos Santos, proprietária deuma pousada situada na Chapada dosVeadeiros, no interior de Goiás.

Receita para a simplicidade: an-tes de o sol nascer, colha 12 flores decapuchinha. Cheire e contemple asflores, meditando em que a simplici-

Há coisa mais

simples que a

simplicidade? Há

coisa mais leve? É a

virtude dos sábios e a

sabedoria dos santos.

André Comte-Sponville

DICA

Roupas brancas que

vão ficar muito

tempo sem uso

devem ser guardadas

com papel azul, pra

não amarelar.RONALDO DINIZ

Informações compiladas do texto dos autores: Andreas Grauer e Mauricy Kawano.Fonte: Boletim Informativo da Bolsa de Reciclagem, Ano I, No 5 - NOV/DEZ-2001Site: www.bolsafiep.com.br

A WEG hoje tem sob contrato oprojeto para o sistema elétrico da Usi-na Santa Terezinha, em Tapejara(PR), que compreenderá o forneci-mento dos geradores, automação dageração, subestação elevadora para in-terligação ao sistema Copel e a inte-gração plena destes sistemas.

Este projeto colocará a Usina San-ta Terezinha como a primeira produ-tora de energia a partir do bagaço de

geração nestes dois setores em 5.750MW, com um potencial de mercadode pouco mais de 2.800 MW, em2.009.

cana no estado do Paraná.Além deste projeto no estado do

Paraná, a WEG já forneceu soluçõessemelhantes para o mesmo segmentono interior de São Paulo, como Vi-ralcool, Usina São José da Estiva,Usina Santa Adélia, Equipav, Co-inbra-Cresciumal, Usina São Josée, em Minas Gerais, Usina Coru-ripe, Usina Caeté – Volta Gran-de e Usina Caeté – Delta.

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WEG em Revistawww.weg.com.br6 WEG em Revista

www.weg.com.br 15

Inversores de médiatensão em moendasVanderlei Rosa ApolinárioCoordenador de AplicaçõesWEG Automação

Há mais de uma década écomum a utilização de varia-ção de velocidade para contro-le de processos com a utiliza-ção de inversores de freqüên-cia nas usinas. Esta prática visaa melhoria dos processos in-dustrias, aumentando a pro-dutividade, possibilitando ge-renciamento (troca de dadoscom um supervisório) e a con-servação de energia, além dosbenefícios da eliminação doimpacto da partida direta dosmotores de indução, quer seja para arede elétrica ou para o conjunto me-cânico, reduzindo gastos com manu-tenção.

A utilização de acionamentos demoendas em média tensão (motor einversor de frequência de M.T.), além

de trazer todos os benefícios já anteri-ormente citados, traz também as van-tagens da instalação em média tensão,como distribuição de potências eleva-das em bitolas de cabos reduzidas, osaltos rendimentos do motor em mé-dia tensão e do inversor MVW01

A aplicação de Inversores Regenerativos CFW-09RB WEG em centrifugasde açúcar assegura a qualidade da energia da rede. O dimensionamento doCFW-09RB segue o do inversor de saída. O CFW-09RB tem a capacidade deregenerar a mesma quantidade de energia que drena..

Uma aplicação típica do CFW-09RB são as centrífugas de açúcar. Grandeparte da energia neste tipo de acionamento é dispendido na aceleração dacarga dentro de um período determinado de tempo, devido à necessidade de seobter um determinado número de ciclos e assim assegurar a produtividade.

Durante o tempo em que a centrífuga gira na velocidade máxima, só énecessário suprir energia suficiente para alimentar as perdas do sistema. Comoa carga tem uma inércia muito grande, na hora da desaceleração toda aenergia acumulada tem que ser dissipada em algum lugar ou devolvida àrede. Como ainda há a restrição de tempo, é necessário um torque defrenagem elevado.

Energia com qualidade paracentrífugas de açúcar

>>> Inovações

Os inversores de média ten-são WEG, modelo MVW01, tra-zem inovações únicas, aliando ro-bustez, simplicidade, confiabili-dade e segurança, numa soluçãocompacta, com tecnologia de úl-tima geração.

Buscando desmistificar a apli-cação de inversores de média ten-são, o MVW01 segue a mesmafilosofia de programação da linhaWEG de baixa tensão.➔ Inversor MVW01: robustez e simplicidade

WEG (acima de 97%), além da pró-pria limitação da potência dos inver-sores de baixa tensão (acima de1500cv).

➔ Inversores em usina de açúcar

naWEG + Veja mais detalhes no sitewww.weg.com.br

Pequeno Tratado das Grandes Virtudes - AndréComte-Sponville, Ed. Martins Fontes, São Paulo, 1999

Simplicidade - Bill Jensen, Editora Campus, Bra-sil, 2000

Simplicidade Voluntária - Duane Elgin, CultrixO Papalagui - Comentários de Tuiávii, chefe da

tribo Tiavéa, nos mares do Sul, Ed. Marco Zero. Tuiáviié um índio polinésio que se espanta com o modo de vidabranco (papalagui é o homem branco), como dinheiro,

Inseticida natural

Problemas com pragas no jar-dim? Simples. Há um inseticidanatural infalível. Use 100 g de sa-bão de coco, 200 g. de fumo derolo e 1 litro de água. Derreta osingredientes em banho-maria edissolva em 2 litros de água. Aí, ésó borrifar nas plantas durante trêsdias.

Escrever no espaço

Entre as várias histórias quecorrem na internet, uma envolveuma suposta pesquisa da Nasa.Não há comprovação de veracida-de do caso, mas, mesmo sendoapenas uma piada, funciona comoexemplo.

Dizem que a Nasa verificouque canetas esferográficas não fun-cionavam em condições de gravi-dade zero. Era difícil, para os as-tronautas, fazer anotações a bor-do das naves e no espaço. Para re-solver o problema, os cientistasrealizaram estudos orçados em cer-ca de 12 milhões de dólares, du-rante 10 anos. Enfim, desenvol-veram uma caneta capaz de escre-ver em gravidade zero, de pernaspro ar, debaixo d’água, em prati-camente todas as superfícies inclu-indo vidro e a temperaturas de 20°abaixo de zero até 180° acima.

Pois bem, os russos utilizam lá-pis.

dade emana através delas. Encha umavasilha transparente com água pura emergulhe as flores nessa água, deixan-do ao sol durante todo o dia. Ao en-tardecer, o floral estará pronto para serbebido.

A capuchinha, uma flor comestí-vel, tem virtudes medicinais: nas fo-lhas há grande concentração de vita-mina C; folhas e flores abertas, comi-das em saladas, têm gosto fresco e pi-cante, semelhante ao agrião (comer

casas, mania de andar vestido etc.

www.simplicidadevoluntaria.com

Pousada Jardim do Éden - Chapada dos Veadeiroswww.pousadajardimdoeden.com.br

Revista Vida Simples – publicação mensal da Edito-ra Abril. Site www.revistavidasimples.com.br

essa salada à noite favorece o sono);os botões fechados, conservados emvinagre, também apresentam excelentesabor.

E mais: para ter cabelos fortes ebrilhantes, ferva 50 g de folha fresca,triturada, em 1 litro de água por 5minutos. Coe e use para enxaguar oscabelos.

Viu só? Receitas para viver comsimplicidade existem muitas. E todas- que incrível - são simples!

Para saber mais

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MARIO

PE

RSO

NA

WEG em Revistawww.weg.com.br14 WEG em Revista

www.weg.com.br 7

Meu pai sempre me surpreendeu.Dono de uma habilidade ímpar paracontar histórias, era também mestre naarte de encontrar soluções simples paraproblemas do dia-a-dia. Aliás, habili-dades gêmeas, pois para contar casosou criar coisas é preciso conhecimen-to, imaginação e um grande poder desíntese.

Seu hobby era inventar. Nada quelevasse o homem à Lua ou curasse ocâncer, mas soluções simples, feitascom coisas simples, para atender ne-cessidades às vezes complexas. Comouma cadeira de rodas dobrável, feitacom cantoneiras de ferro, rodas de bi-cicleta, madeira e lona. Fabricou umasvinte delas na garagem, só para dar asasà imaginação e rodas a paraplégicoscarentes.

Máquinas de cortar grama foramtrês ou quatro, todas com peças en-contradas no ferro-velho. Lembro-mede uma, pequena, muito leve, comuma rodinha só, feita com um cabode alfanje, motor de enceradeira e li-nha de pescar à guisa de lâmina, paracortar os cantos do jardim. Se eu ain-da fosse criança quando o seriado pas-sou na TV, teria acreditado que a pro-fissão de bancário de meu pai era sófachada de sua identidade secreta:McGyver.

Isso mesmo, aquele capaz das maisincríveis façanhas usando as soluçõesmais simples. Por exemplo, vedar umvazamento de ácido sulfúrico comuma barra de chocolate, fabricar umalupa minúscula com uma argolinhafeita de fio de cabelo e vinho branco,ou um detector de mentiras usandoum medidor de pressão arterial e umdespertador. O homem era um cani-vete suíço em pessoa e devia dormirem travesseiro de bombril.

Mas foi bom eu ter idade suficien-

te para não acreditar que meu pai fos-se McGyver, ou teria ficado decepcio-nado quando foi passado para trás pelainventividade da dona Teresa. Nossacozinheira de muitos anos, já estavaidosa quando seu marido faleceu e ocorpo foi velado na sala de sua casa.O velório teria sido um sucesso, nãofosse pelo defunto usar peruca e osadesivos da época não serem à provade sudorese post mortem.

Você adivinhou - a peruca escor-regou. Mas não escorregou uma vez.Foram tantas, madrugada adentro,que ninguém mais chorava, conversa-va ou contava piada. Todo mundo fi-cava de olho na peruca, tentando adi-

crônica

vinhar quando seria a próxima escor-regada. E ela escorregava. Dona Tere-sa pacientemente se levantava, ia atéo caixão e colocava a peruca de voltano lugar, mas não adiantava. Nemmeu pai, sentado ao lado da viúva, en-controu uma solução.

Por fim, a viúva pediu a todos quedeixassem a sala por alguns minutos,para deixá-la a sós com o finado. Navolta a peruca estava lá, firme e per-manente, para alívio de todos. Meupai cochichou para dona Teresa a per-gunta que todos queriam fazer:

- Como foi que a senhora fez?- Simples. Uma tachinha. Deu dó,

mas morto não sente.

Meu pai nãoera o McGyverMeu pai nãoera o McGyver

3 ConclusãoNo caso de riscos para as instala-

ções e, principalmente, para a vida,tem-se que levar em consideração anecessidade de operar os equipamen-tos com o máximo de acuidade comrelação a segurança e saúde. Cabe sali-entar que a normativa determinada

pela nova NR-10 prevê que os equipa-mentos a serem instalados e/ou manu-seados em áreas de risco respeitem cri-térios e padrões com conteúdo devida-mente detalhado.

As manutenções devem ser feitasdentro de critérios pré-estabelecidos nasnormativas que regem equipamentospara áreas de risco, visando que os equi-pamentos ofereçam os mínimos riscospara a vida humana e as instalações,bem como tenham sua vida útil au-mentada.

Atualmente, independente da áreade negócios, as aplicações demandaminformações, reduzidos custos de inte-gração, tecnologias mais avançadas emaior produtividade. Para atingir es-ses objetivos, a corporação precisa ras-trear, observar, entender, analisar e ajus-tar todas as etapas do processo produ-tivo.

O risco de se ter materiais explosi-vos e a presença dos outros elementosdo triângulo (figura 1), está intimamen-te associado à possibilidade de ocorreruma explosão. Somente uma cuidado-sa avaliação do processo industrial e autilização de materiais adequados po-dem diminuir ou, até mesmo, reduzira zero o risco de um sinistro.

Wesley NascimentoGerente de Certificações

Cláudio José MartinsEngenheiro de Vendas e Aplicações

1 IntroduçãoO setor sucro-alcooleira tem com-

provada responsabilidade na reduçãode CO2 lançado na atmosfera.

O etanol hidratado brasileiro, res-ponsável por movimentar frota supe-rior a 2,5 milhões de veículos (sejameles “flex-fuel” ou somente a álcool)incorporou-se à matriz energética bra-sileira desde que foi lançado em 1975,através do programa governamentalProálcool, ratificado pela Rio - 92,onde se manteve como premissa bási-ca diminuir o uso de combustíveisfósseis.

naWEG +Matéria completa no site www.weg.com.br

2 Atmosferas explosivasPreocupada com a segurança das

instalações e com a vida humana, aWEG desenvolveu, há 25 anos, mo-tores para área Ex, em total confor-midade com os requisitos descritospela norma ABNT-NBR5363, emconjunto com a IEC600079-10 (Elec-trical Apparatus for Gas Atmospheres- Part 10: Classification of HazardousArea)

Uma atmosfera é considerada po-tencialmente explosiva quando os trêselementos do triângulo abaixo estãopresentes:

Aplicação de motores trifásicosde indução em destilarias de álcool

➔ WEG ofecere produtos confiáveis para áreas de risco

Em destilarias de álcool, podemoster a presença de todos os elementos eas ações preventivas e/ou corretivas ca-

bíveis devem ser tomadas como pre-missas para minimizar os riscos aosequipamentos e, principalmente, aque-les que oferecem prováveis danos à vidahumana.

Os equipamentos em destilarias deálcool podem estar classificados comoZona 1 ou Zona 2, dependendo dapresença permanente ou esporádica dosmateriais contidos no triângulo acima.

A NR-10 (que entrará em vigor nospróximos meses) estabelece requisitosmínimos com relação à responsabili-dade técnica do instalador/usuário emempresas que possuam cargas conecta-das no sistema elétrico acima de 75 kWe, genericamente, tensões superiores a50 Vca.

A WEG oferece motores de 0,37kW a 370 kW, certificados pelo Inme-tro/Cepel, para ambientes que exijamos mesmos para operação em Zona 1(à prova de explosão) ou Zona 2 (nãoacendíveis).

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WR – Como despertou sua paixãopela elétrica e eletrônica?

Werner – Esta vocação me fascinoudesde os 8 anos de idade. Meu avô veioda Alemanha, ele também se interessavapelo assunto, mas nunca trabalhou comisso. Em Schroeder, onde nasci, o únicoque tinha biblioteca era meu avô. E foilendo os livros sobre eletricidade que co-mecei a me aperfeiçoar.

WR – E o início da profissão?Werner – Com 15 anos de idade eu

fui para Joinville, estudar e trabalhar. Meusonho, como de qualquer pessoa, era terum negócio próprio, o que acabei come-çando com 23 anos. Porém, naquela épo-ca, todos que trabalhavam na área de ele-troeletrônica agiam como se os concor-rentes fossem inimigos. Resolvi vir paraJaraguá do Sul, onde ninguém me conhe-cia. Nesta cidade eu estaria livre para agirdo meu modo.

WR – Os negócios foram bem?Werner – Aluguei um imóvel bem no

Centro da cidade, montei minha oficinaeletroeletrônica e comecei a trabalhar, ar-ranjando um cliente aqui, outro ali... Logoestava com uma boa clientela. Contratei

um empregado, os negócios continuarambem, precisei mudar para um espaço mai-or. Em 1961 já estava com cinco funcio-nários.

WR – E como surgiu a WEG?Werner – Foi numa conversa com o

Eggon na minha oficina. E acabamos con-cluindo que daria para fabricar motoreselétricos em grande escala. Constatei queme faltava um ferramenteiro. Eggon lem-brou que na Metalúrgica Wiest, onde eletrabalhou antes, o ferramenteiro era de Jo-inville. E aí o Geraldo Werninghaus sejuntou a nós

WR – E começou uma trajetória desucesso.

Werner – É, alugamos um espaço nocentro, onde hoje é o Museu WEG, e ini-ciamos a produção. Em pouco tempo ogalpão já era pequeno, e precisamos ad-quirir outro imóvel, onde agora é a Ferra-mentaria do Parque Fabril I. Na época,achávamos que aquele terreno, de aproxi-madamente 30 x 40 metros, daria paranós e para nossos filhos!

WR – Iniciava-se a expansão da

O gosto pela eletricidade surgiu cedo, ainda na infância. Aí já ficavadelineado qual seria o futuro de Werner Ricardo Voigt, sempre lidando

com eletricidade e buscando deixar um legado de seu trabalho, feitocom dedicação, muita energia e, sobretudo, uma simplicidade

cativante, tanto no trabalho quanto na vida. E a simplicidade é amarca que Werner imprimiu na WEG, empresa que ele ajudou a

fundar e consolidar como uma grande potência. Ao completar 75 anos,em setembro, de acordo com os estatutos da empresa, Werner deixa deocupar uma vaga no Conselho de Administração. Nesta entrevista àWEG em Revista, Werner Voigt fala de sua vida, sua carreira e, é

claro, da WEG, sua paixão.

empresa?Werner – É claro que aquele espaço

era pequeno para o crescimento que aWEG já experimentava. Compramosmais um terreno, e outro e mais outro,até ocupar todo o espaço disponível.Atravessamos a rua e continuamos cons-truindo, até que a rua acabou ficandono meio do parque fabril. Como nos doislados da rua era só WEG, a Prefeituraacabou consentindo em fechar aqueletrecho, que acabou se tornando o pátiodo Parque Fabril I.

WR – E o PF I também ficou pe-queno.

Werner – Pois é, ocupamos todo oespaço disponível, e aí o jeito foi ir para

o outro lado da cidade, onde havia maisterrenos disponíveis. E começamos aconstruir o Parque Fabril II. Que, porsinal, também já está pequeno.

WR – Como a WEG era vista nosgrandes centros?

Werner – Quando a gente ia vendermotor elétrico em São Paulo, tiravam sar-ro do gerente da filial, o Samir Mattar.“Será que bobinam motor com cipó?”,perguntou uma vez um vendedor de ou-tra marca. Algum tempo mais tarde, estemesmo vendedor estava no nosso escri-tório em São Paulo, pedindo para traba-lhar na WEG.

WR – A WEG também foi buscartecnologia fora, especialmente na Ale-manha. Valeu a pena?

Sim, sem dúvida. Lá também nós vi-mos a importância da normalização.Aqui no Brasil, na época, cada um faziao motor do jeito que queria. Mas lá naEuropa, tudo era padronizado. Aqui, ain-da por cima, a maioria dos fabricantespreferia as normas Nema, norte-ameri-canas, em detrimento do sistema métri-co, IEC, melhor para nossas condições.

WEG em Revistawww.weg.com.br8 WEG em Revista

www.weg.com.br 13WEG em Revistawww.weg.com.br

outra visão

Soluções WEGA WEG oferece soluções comple-

tas, tanto para a eletrificação de usi-nas já existentes, quanto para a cons-trução de novos empreendimentos.Além de fornecer usinas completaspara co-geração de energia, com ge-radores, transformadores, sistemas desupervisão e controle, componentespara comando e proteção, a WEGoferece uma linha completa de mo-tores de alto rendimento, aciona-mentos com soft starters, inversoresde freqüência para variação de velo-cidade, tintas para manutenção in-dustrial e serviços de recuperação erepotenciação de transformadores egeradores.

>>> Tintas especiais

A WEG Tintas desenvolveu sis-temas de pintura que visam aumen-tar a proteção anticorrosiva, dimi-nuir a periodicidade de manutençãoe reduzir custos para o segmento deaçúcar e álcool.

Dentre eles pode-se citar:Lackpoxi ER + Lackthane An-

tifungo Cores - Sistema composto deum fundo epoxi de alto sólidos e se-cagem rápida, de ótima resistência an-ticorrosiva e convertedor de sistemaà base de esmaltes sintéticos envelhe-cidos (alquídicos) e acabamento po-liuretano antifungo, que visa evitar oescurecimento e a proliferação de fun-gos na parte externa dos tanques deálcool, visando com isto a redução dataxa de evaporação do álcool, melho-rando a questão estética do tanque pormuito mais tempo.

Lackpoxi AE Alimentício - Pri-mer/acabamento epoxi de alta resis-tência química e altos sólidos, apli-cados na parte interna dos equipa-mentos em contato com alimentos.Possui certificação do Instituto Adol-fo Lutz e proporciona aos equipa-mentos uma elevada vida útil.

Produtos WEG equipam a usina VoltaGrande, do grupo Caeté

DIVULGAÇÃO

Onde já deu certo>>> Petribu

Um dos negócios recentes feitospela WEG foi a eletrificação da UsinaPetribu Paulista, em Sebastianópolisdo Sul, Noroeste paulista. É a únicausina de São Paulo projetada para tertodas as máquinas acionadas eletrica-mente, com o objetivo de aumentar aeficiência do uso de energia elétrica.Construída no tempo recorde de 15meses e com uma área de 580 mil m²,sua capacidade diária de moagem é de6 mil toneladas de cana, produzindo12 mil sacos de açúcar e 400 mil li-tros/dia de álcool.

>>> CaetéOutra parceria de sucesso da WEG

foi feita com a Usina Caeté, do Gru-po Carlos Lyra. O pacote de produ-tos e serviços foi para a eletrificaçãoda unidade Volta Grande da usina, si-tuada em Minas Gerais. Neste ano, aWEG já havia fornecido produtospara a filial de Alagoas da Caeté.

A parceria entre Caeté e WEG játem 15 anos. O Grupo Carlos Lyratem cinco usinas: três em Alagoas(Caeté, Marituba e Cachoeira) e duasem Minas Gerais (Volta Grande eDelta).

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Eu avaliei a situação, quantos votosprecisava, e levei dois empresários aquida região para uma reunião da Abinee(Associação Brasileira da Indústria Elé-trica e Eletrônica). Acabamos convencen-do mais fabricantes e vencemos, implan-tando as normas IEC no Brasil. Hoje omundo todo utiliza o sistema métrico,com exceção dos Estados Unidos.

WR – Como funcionava a contra-tação de mão-de-obra?

Werner – Tudo sempre era feito emconjunto. Cada um colocava suas ne-cessidades, e os três decidiam em con-senso. Nosso relacionamento sempre foimuito bom, sem desentendimentos, re-solvido na conversa. E, como éramos

três, não tinha jeito de empatar, era 3 a0 ou 2 a 1.

WR – Como era o seu relaciona-mento com as pessoas, dentro da fá-brica?

Werner – Sempre valorizei o conta-to com as pessoas. Pode passar aí pelafábrica, quase todo mundo me conhece.Só que hoje eu prefiro ir onde se fabri-cam motores especiais. Na Fábrica 5, porexemplo, onde se fazem motores para ele-trodomésticos, sai um motor a cada 12segundos. É tudo bem automatizado.Prefiro passar pelos locais onde há pro-dutos engenheirados. Hoje, temos orgu-lho de afirmar que não existe produtoque nós não façamos, que seja feito emalgum lugar do mundo.

WR – Dizem que o sr. sabe se ummotor tem um problema, só de ouvi-lo funcionando.

Werner – Sim, a experiência contamuito. Mas hoje nós temos vários pro-gramas de computador, especialmente osadquiridos na Alemanha, onde está amelhor tecnologia, para avaliar o funci-onamento das máquinas. Na Alemanha,

esta tecnologia é desenvolvida nas univer-sidades. Aqui no Brasil é o contrário: asuniversidades é que vêm às fábricas. E le-vam para a sala de aula ensinamentos ad-quiridos nas fábricas.

WR – O sr. costumava ter contatopessoal com os colaboradores?

Werner – Até o ponto em que a em-presa tinha 500 pessoas, eu conhecia to-das, direitinho. Sabia o nome e os proble-mas de cada um. Com mais de 500, aí jácomeçou a embaralhar. Hoje, com maisde 10 mil, pirou de uma vez.

WR – Em que o sr. baseou seus mé-todos de trabalho e de vida?

Werner – Na simplicidade e na ho-

nestidade. Sempretrabalhei na simpli-ficação. Quanto me-nos peças tiver umamáquina, melhor. Aí en-tram os operadores. Eles, quevivem o dia-a-dia, sabem ondese pode simplificar mais. E são umimportante apoio ao trabalho dos en-genheiros. Por isso, os engenheiros pre-cisam estar sempre na fábrica, conversan-do com os operadores e buscando suges-tões de simplificação.

WR – E agora, com sua saída doConselho, como ficará sua rotina?

Werner – Vou manter meu escritórioaqui, para dar uma olhada nas coisas daWEG Participações. Mas a maior partedo tempo vou passar pelas fábricas, ondeposso cooperar.

WR – Como o sr. quer cooperar?Werner – Pela experiência. Um dia,

por exemplo, foi comprada uma grandemáquina de usinagem na WEG Máqui-nas. Mas eu percebi que a máquina, pelotamanho e capacidade, estava tirando pou-co cavaco na usinagem. Eu fiquei insis-

tindo quase meio ano, até que modifica-ram a máquina. Um dia, um engenheirome parou e falou: “Graças à sua insistên-cia, seu Werner, nós agora fazemos trêsvezes mais do que antes”.

WR – Hoje, olhando o resultado dasua obra, o sr. pode dizer que esta mis-são foi cumprida?

Werner – Acho que sim. Nós estamosbem embalados, cuidamos muito ao es-colher as pessoas, em qualquer ramo, pri-vilegiando o profissionalismo. E o processosucessório na WEG foi bem encaminha-do. Ainda dá para fazer muita coisa, poisnesse ramo a gente não vê o fim. A eletri-cidade vai ter cada vez mais utilidade. Nósvamos ficar. E vamos crescer.

9WEG em Revistawww.weg.com.br12 WEG em Revista

www.weg.com.br

ma atividade industrial queaproveita 100% da matéria-prima e ainda gera energia apartir dos resíduos, contri-buindo para o balanço ener-

gético do país. O que parece ser umsonho, ou uma missão complicada, ésimples. É isto que acontece nas mo-endas de açúcar e álcool eletrificadas.As turbinas que geram a eletricidadesão movidas pelo vapor resultante daqueima do bagaço de cana. E a energiaelétrica move todos os equipamentosda usina, com ganhos em produtivida-de e confiabilidade.

Pelo processo tradicional, é a quei-ma do bagaço que fornece a energiadiretamente ao maquinário, com per-das consideráveis no processo. Alémdisso, sempre que houver necessidadede aumento de produção, é precisotambém investir em novas caldeiras.

“A eletrificação das moendas decana-de-açúcar está sendo difundida noBrasil há cerca de dois anos, mas já estáconsolidada em outros pólos produto-res de cana, como o México e países daAmérica Central, especialmente Gua-temala, Honduras e El Salvador”, ex-plica o gerente do Centro de Negócios

Uma usina de cana eletrificada tem uma série de vantagensem relação aos processos tradicionais.

Torque constante em qualquer velocidade Rotação em ambos os sentidos Variação de velocidade de cada rolo separadamente Proteção contra sobrecarga com parada imediata Simplificação da automação do processo de moagem Facilidade de medição de potência, torque e rotação Facilidade de manutenção Tamanho, peso e custo reduzidos Aumento da eficiência no processo Aumento da capacidade de extração Reproveitamento do vapor para geração de energia

de Energia da WEG, Sérgio Esteves.Mesmo tendo uma das melhores

engenharias caneiras do mundo, aolado de Cuba e da África do Sul, o Bra-sil ainda não tem 5% de suas usinaseletrificadas. “Mas há uma expectativade mais de mil moendas funcionandocom energia elétrica nos próximos cin-co anos”, acrescenta o diretor superin-tendente da WEG Máquinas, SinésioTenfen.

A eletrificação das usinas tem ou-tra vantagem bem interessante: o exce-dente de energia pode ser comercializa-do. “É possível chegar a 1 gigawatt deenergia excedente, disponibilizada aomercado, somente com o resultado damelhor eficiência das usinas”, acrescen-ta Sérgio Esteves.

A WEG disponibiliza soluçõescompletas para a eletrificação de usi-nas, por mais antigas que sejam. E asnovas usinas que estão sendo construí-

Udas já são eletrificadas, confirmando aexpectativa de o país contar com milmoendas elétricas no próximo quin-qüênio.

>>>

AS

VA

NTA

GE

NS

Deu na Veja: o potencialenergético do bagaço

de cana será de 70milhões de megawatts

hora em 2012, oequivalente a 20% doconsumo nacional.

Eficiêncianas moendasEficiêncianas moendas

Eletrificar usinasde cana não écomplicado, eainda proporcionabons resultados

1

2

gigawatt é energiasuficiente parailuminar uma cidadede

milhões de

habitantes

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WEG em Revistawww.weg.com.br 11WEG em Revista

www.weg.com.br10

aplicações

verão, você está com calor,muito calor. A solução óbvia:ligar o condicionador de ar.Nem tão óbvio assim. Namesma sala em que você tra-

balha, dois colegas não suportam o arcondicionado: um é alérgico, outro estágripado. Assim, nada de ligar o ar, emrespeito aos dois incomodados. E to-dos ficam no calor.

Isto é apenas um exemplo de comoaté mesmo o conforto pode ser polê-mico. Mas, no caso do ar condiciona-do, logo os conflitos vão terminar. Umaamostra do avanço está no Edifício Tor-re Almirante, em fase final de constru-ção. situado no centro do Rio de Janei-ro. Com 120 metros de altura e 36 an-dares, a Torre Almirante tem um avan-çado sistema de condicionamento de ar,com insuflamento pelo piso e controlesindividualizados. Isto significa que cadapessoa vai ter o “seu” ar condicionado,no nível que achar melhor, sem inco-modar os demais habitantes da sala.

Esta, entre outras inovações, confe-re à Torre o título de edifício mais mo-derno da cidade. A WEG desenvolveuum software especial para o seu inver-sor de freqüência, para adequá-lo às se-veras exigências do sistema de ar condi-cionado do edifício.

“Pouco utilizado no Brasil, o insu-flamento é feito através de difusores cir-culantes no piso elevado, em volume dear variável, com retorno pelo plenumdo forro”, explica Thiago Ekert Alpis-te, coordenador de vendas de drives dafilial WEG em São Paulo. A solução éempregada em todo o prédio, com al-terações somente nas áreas de vidro. Jáas fachadas têm sistemas separados, comcontrole independente.

>>> Alto padrão

Miguel Sono, gerente de Projetos da Johnson Controls, afirma que este projeto foi umdesafio para a empresa. “A Torre Almirante foi concebida como um prédio de alto padrão,onde a inovação, a tecnologia e a qualidade dos materiais aplicados nortearam o desenvol-vimento do projeto”, diz. O controle de pressão e temperatura desempenha um papel fun-damental, segundo Miguel Sono: “A obra toda, desde o projeto executivo até a instalaçãodos equipamentos, passando pela escolha adequada dos sensores e pela programação com-pleta do sistema, foi extremamente desafiante; afinal, não se pode cometer erros em umprédio onde cada solução adotada se repete por 34 andares”.

O sistema de ar condicionado foi concebido pela Hines e o projeto foi desenvolvidopela Datum, que ajustou a concepção do cliente final à realidade do Brasil. A JohnsonControls forneceu o sistema de automação predial que possibilitou a materialização doprojeto. “Em parte – acrescenta Sono -, a tecnologia aplicada foi criada pela JohnsonControls em parceria com a WEG, uma vez que os inversores de freqüência CFW-09 sãoos grandes responsáveis pelo controle dos principais processos de ar condicionado do edifí-cio.”

A escolha da WEG, segundo o gerente de Projetos da Johnson Controls, “foi baseadanos quesitos qualidade, facilidade de utilização, custo e, principalmente, característicasespecíficas do produto”.

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FORTO

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DO

SEU

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➔ Sistema de arcondicionado daTorre Almiranteé um dos maisavançados Os inversores

Por ser um método diferenciado, o sistema de insuflamento pelo piso exigesoluções confiáveis em equipamentos. Aí entram os inversores CFW09, para osquais foi desenvolvido um software especial, em parceria entre o departamentode Desenvolvimento da WEG Auto-mação e a Johnson Controls (empresaresponsável pela instalação do sistemade ar condicionado).

São 138 inversores CFW09 insta-lados (além de vários motores de di-versos tipos). Todos estão interligadosem rede, o que possibilita a supervisãoe comando pela sala de controle doprédio.

Dois dos inversores estão na salade pressurização das escadas, para man-ter uma pressão constante na escada-ria de emergência. Com isso, em casode incêndio, evita-se que o fogo che-gue à escada.

“Neste tipo de solução, com in-versores CFW09 interligados emrede com o protocolo Metasys – N2da Johson Controls, o custo final di-minui consideravelmente”, garante ochefe de vendas de drives da filial Banweg, Marcelo Pala-vani da Silva. “O sistema – acrescenta Marcelo – man-tém a qualidade, a precisão e a eficiência no controle esupervisão do processo, reduzindo, conseqüentemente,o consumo de energia elétrica no sistema de refrigeração do prédio.”

E garantindo o conforto de todos os habitantes, dos encalorados àqueles quetêm alergia a ar condicionado ou estão com uma gripezinha.

➔ Tela dosupervisório(acima) e salade controle

➔ Inversoresestãointerligadosem rede

>>> No maior prédio do mundo

O Burj Tower Dubai, maior prédio atualmente emconstrução no mundo, terá motores WEG nas instala-ções de ar condicionado. A WEG forneceu 10 motorespara serem instalados no primeiro estágio da central dear condicionado do edifício.

FOTO

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aplicações

verão, você está com calor,muito calor. A solução óbvia:ligar o condicionador de ar.Nem tão óbvio assim. Namesma sala em que você tra-

balha, dois colegas não suportam o arcondicionado: um é alérgico, outro estágripado. Assim, nada de ligar o ar, emrespeito aos dois incomodados. E to-dos ficam no calor.

Isto é apenas um exemplo de comoaté mesmo o conforto pode ser polê-mico. Mas, no caso do ar condiciona-do, logo os conflitos vão terminar. Umaamostra do avanço está no Edifício Tor-re Almirante, em fase final de constru-ção. situado no centro do Rio de Janei-ro. Com 120 metros de altura e 36 an-dares, a Torre Almirante tem um avan-çado sistema de condicionamento de ar,com insuflamento pelo piso e controlesindividualizados. Isto significa que cadapessoa vai ter o “seu” ar condicionado,no nível que achar melhor, sem inco-modar os demais habitantes da sala.

Esta, entre outras inovações, confe-re à Torre o título de edifício mais mo-derno da cidade. A WEG desenvolveuum software especial para o seu inver-sor de freqüência, para adequá-lo às se-veras exigências do sistema de ar condi-cionado do edifício.

“Pouco utilizado no Brasil, o insu-flamento é feito através de difusores cir-culantes no piso elevado, em volume dear variável, com retorno pelo plenumdo forro”, explica Thiago Ekert Alpis-te, coordenador de vendas de drives dafilial WEG em São Paulo. A solução éempregada em todo o prédio, com al-terações somente nas áreas de vidro. Jáas fachadas têm sistemas separados, comcontrole independente.

>>> Alto padrão

Miguel Sono, gerente de Projetos da Johnson Controls, afirma que este projeto foi umdesafio para a empresa. “A Torre Almirante foi concebida como um prédio de alto padrão,onde a inovação, a tecnologia e a qualidade dos materiais aplicados nortearam o desenvol-vimento do projeto”, diz. O controle de pressão e temperatura desempenha um papel fun-damental, segundo Miguel Sono: “A obra toda, desde o projeto executivo até a instalaçãodos equipamentos, passando pela escolha adequada dos sensores e pela programação com-pleta do sistema, foi extremamente desafiante; afinal, não se pode cometer erros em umprédio onde cada solução adotada se repete por 34 andares”.

O sistema de ar condicionado foi concebido pela Hines e o projeto foi desenvolvidopela Datum, que ajustou a concepção do cliente final à realidade do Brasil. A JohnsonControls forneceu o sistema de automação predial que possibilitou a materialização doprojeto. “Em parte – acrescenta Sono -, a tecnologia aplicada foi criada pela JohnsonControls em parceria com a WEG, uma vez que os inversores de freqüência CFW-09 sãoos grandes responsáveis pelo controle dos principais processos de ar condicionado do edifí-cio.”

A escolha da WEG, segundo o gerente de Projetos da Johnson Controls, “foi baseadanos quesitos qualidade, facilidade de utilização, custo e, principalmente, característicasespecíficas do produto”.

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➔ Sistema de arcondicionado daTorre Almiranteé um dos maisavançados Os inversores

Por ser um método diferenciado, o sistema de insuflamento pelo piso exigesoluções confiáveis em equipamentos. Aí entram os inversores CFW09, para osquais foi desenvolvido um software especial, em parceria entre o departamentode Desenvolvimento da WEG Auto-mação e a Johnson Controls (empresaresponsável pela instalação do sistemade ar condicionado).

São 138 inversores CFW09 insta-lados (além de vários motores de di-versos tipos). Todos estão interligadosem rede, o que possibilita a supervisãoe comando pela sala de controle doprédio.

Dois dos inversores estão na salade pressurização das escadas, para man-ter uma pressão constante na escada-ria de emergência. Com isso, em casode incêndio, evita-se que o fogo che-gue à escada.

“Neste tipo de solução, com in-versores CFW09 interligados emrede com o protocolo Metasys – N2da Johson Controls, o custo final di-minui consideravelmente”, garante ochefe de vendas de drives da filial Banweg, Marcelo Pala-vani da Silva. “O sistema – acrescenta Marcelo – man-tém a qualidade, a precisão e a eficiência no controle esupervisão do processo, reduzindo, conseqüentemente,o consumo de energia elétrica no sistema de refrigeração do prédio.”

E garantindo o conforto de todos os habitantes, dos encalorados àqueles quetêm alergia a ar condicionado ou estão com uma gripezinha.

➔ Tela dosupervisório(acima) e salade controle

➔ Inversoresestãointerligadosem rede

>>> No maior prédio do mundo

O Burj Tower Dubai, maior prédio atualmente emconstrução no mundo, terá motores WEG nas instala-ções de ar condicionado. A WEG forneceu 10 motorespara serem instalados no primeiro estágio da central dear condicionado do edifício.

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Eu avaliei a situação, quantos votosprecisava, e levei dois empresários aquida região para uma reunião da Abinee(Associação Brasileira da Indústria Elé-trica e Eletrônica). Acabamos convencen-do mais fabricantes e vencemos, implan-tando as normas IEC no Brasil. Hoje omundo todo utiliza o sistema métrico,com exceção dos Estados Unidos.

WR – Como funcionava a contra-tação de mão-de-obra?

Werner – Tudo sempre era feito emconjunto. Cada um colocava suas ne-cessidades, e os três decidiam em con-senso. Nosso relacionamento sempre foimuito bom, sem desentendimentos, re-solvido na conversa. E, como éramos

três, não tinha jeito de empatar, era 3 a0 ou 2 a 1.

WR – Como era o seu relaciona-mento com as pessoas, dentro da fá-brica?

Werner – Sempre valorizei o conta-to com as pessoas. Pode passar aí pelafábrica, quase todo mundo me conhece.Só que hoje eu prefiro ir onde se fabri-cam motores especiais. Na Fábrica 5, porexemplo, onde se fazem motores para ele-trodomésticos, sai um motor a cada 12segundos. É tudo bem automatizado.Prefiro passar pelos locais onde há pro-dutos engenheirados. Hoje, temos orgu-lho de afirmar que não existe produtoque nós não façamos, que seja feito emalgum lugar do mundo.

WR – Dizem que o sr. sabe se ummotor tem um problema, só de ouvi-lo funcionando.

Werner – Sim, a experiência contamuito. Mas hoje nós temos vários pro-gramas de computador, especialmente osadquiridos na Alemanha, onde está amelhor tecnologia, para avaliar o funci-onamento das máquinas. Na Alemanha,

esta tecnologia é desenvolvida nas univer-sidades. Aqui no Brasil é o contrário: asuniversidades é que vêm às fábricas. E le-vam para a sala de aula ensinamentos ad-quiridos nas fábricas.

WR – O sr. costumava ter contatopessoal com os colaboradores?

Werner – Até o ponto em que a em-presa tinha 500 pessoas, eu conhecia to-das, direitinho. Sabia o nome e os proble-mas de cada um. Com mais de 500, aí jácomeçou a embaralhar. Hoje, com maisde 10 mil, pirou de uma vez.

WR – Em que o sr. baseou seus mé-todos de trabalho e de vida?

Werner – Na simplicidade e na ho-

nestidade. Sempretrabalhei na simpli-ficação. Quanto me-nos peças tiver umamáquina, melhor. Aí en-tram os operadores. Eles, quevivem o dia-a-dia, sabem ondese pode simplificar mais. E são umimportante apoio ao trabalho dos en-genheiros. Por isso, os engenheiros pre-cisam estar sempre na fábrica, conversan-do com os operadores e buscando suges-tões de simplificação.

WR – E agora, com sua saída doConselho, como ficará sua rotina?

Werner – Vou manter meu escritórioaqui, para dar uma olhada nas coisas daWEG Participações. Mas a maior partedo tempo vou passar pelas fábricas, ondeposso cooperar.

WR – Como o sr. quer cooperar?Werner – Pela experiência. Um dia,

por exemplo, foi comprada uma grandemáquina de usinagem na WEG Máqui-nas. Mas eu percebi que a máquina, pelotamanho e capacidade, estava tirando pou-co cavaco na usinagem. Eu fiquei insis-

tindo quase meio ano, até que modifica-ram a máquina. Um dia, um engenheirome parou e falou: “Graças à sua insistên-cia, seu Werner, nós agora fazemos trêsvezes mais do que antes”.

WR – Hoje, olhando o resultado dasua obra, o sr. pode dizer que esta mis-são foi cumprida?

Werner – Acho que sim. Nós estamosbem embalados, cuidamos muito ao es-colher as pessoas, em qualquer ramo, pri-vilegiando o profissionalismo. E o processosucessório na WEG foi bem encaminha-do. Ainda dá para fazer muita coisa, poisnesse ramo a gente não vê o fim. A eletri-cidade vai ter cada vez mais utilidade. Nósvamos ficar. E vamos crescer.

9WEG em Revistawww.weg.com.br12 WEG em Revista

www.weg.com.br

ma atividade industrial queaproveita 100% da matéria-prima e ainda gera energia apartir dos resíduos, contri-buindo para o balanço ener-

gético do país. O que parece ser umsonho, ou uma missão complicada, ésimples. É isto que acontece nas mo-endas de açúcar e álcool eletrificadas.As turbinas que geram a eletricidadesão movidas pelo vapor resultante daqueima do bagaço de cana. E a energiaelétrica move todos os equipamentosda usina, com ganhos em produtivida-de e confiabilidade.

Pelo processo tradicional, é a quei-ma do bagaço que fornece a energiadiretamente ao maquinário, com per-das consideráveis no processo. Alémdisso, sempre que houver necessidadede aumento de produção, é precisotambém investir em novas caldeiras.

“A eletrificação das moendas decana-de-açúcar está sendo difundida noBrasil há cerca de dois anos, mas já estáconsolidada em outros pólos produto-res de cana, como o México e países daAmérica Central, especialmente Gua-temala, Honduras e El Salvador”, ex-plica o gerente do Centro de Negócios

Uma usina de cana eletrificada tem uma série de vantagensem relação aos processos tradicionais.

Torque constante em qualquer velocidade Rotação em ambos os sentidos Variação de velocidade de cada rolo separadamente Proteção contra sobrecarga com parada imediata Simplificação da automação do processo de moagem Facilidade de medição de potência, torque e rotação Facilidade de manutenção Tamanho, peso e custo reduzidos Aumento da eficiência no processo Aumento da capacidade de extração Reproveitamento do vapor para geração de energia

de Energia da WEG, Sérgio Esteves.Mesmo tendo uma das melhores

engenharias caneiras do mundo, aolado de Cuba e da África do Sul, o Bra-sil ainda não tem 5% de suas usinaseletrificadas. “Mas há uma expectativade mais de mil moendas funcionandocom energia elétrica nos próximos cin-co anos”, acrescenta o diretor superin-tendente da WEG Máquinas, SinésioTenfen.

A eletrificação das usinas tem ou-tra vantagem bem interessante: o exce-dente de energia pode ser comercializa-do. “É possível chegar a 1 gigawatt deenergia excedente, disponibilizada aomercado, somente com o resultado damelhor eficiência das usinas”, acrescen-ta Sérgio Esteves.

A WEG disponibiliza soluçõescompletas para a eletrificação de usi-nas, por mais antigas que sejam. E asnovas usinas que estão sendo construí-

Udas já são eletrificadas, confirmando aexpectativa de o país contar com milmoendas elétricas no próximo quin-qüênio.

>>>

AS

VA

NTA

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NS

Deu na Veja: o potencialenergético do bagaço

de cana será de 70milhões de megawatts

hora em 2012, oequivalente a 20% doconsumo nacional.

Eficiêncianas moendasEficiêncianas moendas

Eletrificar usinasde cana não écomplicado, eainda proporcionabons resultados

1

2

gigawatt é energiasuficiente parailuminar uma cidadede

milhões de

habitantes

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WR – Como despertou sua paixãopela elétrica e eletrônica?

Werner – Esta vocação me fascinoudesde os 8 anos de idade. Meu avô veioda Alemanha, ele também se interessavapelo assunto, mas nunca trabalhou comisso. Em Schroeder, onde nasci, o únicoque tinha biblioteca era meu avô. E foilendo os livros sobre eletricidade que co-mecei a me aperfeiçoar.

WR – E o início da profissão?Werner – Com 15 anos de idade eu

fui para Joinville, estudar e trabalhar. Meusonho, como de qualquer pessoa, era terum negócio próprio, o que acabei come-çando com 23 anos. Porém, naquela épo-ca, todos que trabalhavam na área de ele-troeletrônica agiam como se os concor-rentes fossem inimigos. Resolvi vir paraJaraguá do Sul, onde ninguém me conhe-cia. Nesta cidade eu estaria livre para agirdo meu modo.

WR – Os negócios foram bem?Werner – Aluguei um imóvel bem no

Centro da cidade, montei minha oficinaeletroeletrônica e comecei a trabalhar, ar-ranjando um cliente aqui, outro ali... Logoestava com uma boa clientela. Contratei

um empregado, os negócios continuarambem, precisei mudar para um espaço mai-or. Em 1961 já estava com cinco funcio-nários.

WR – E como surgiu a WEG?Werner – Foi numa conversa com o

Eggon na minha oficina. E acabamos con-cluindo que daria para fabricar motoreselétricos em grande escala. Constatei queme faltava um ferramenteiro. Eggon lem-brou que na Metalúrgica Wiest, onde eletrabalhou antes, o ferramenteiro era de Jo-inville. E aí o Geraldo Werninghaus sejuntou a nós

WR – E começou uma trajetória desucesso.

Werner – É, alugamos um espaço nocentro, onde hoje é o Museu WEG, e ini-ciamos a produção. Em pouco tempo ogalpão já era pequeno, e precisamos ad-quirir outro imóvel, onde agora é a Ferra-mentaria do Parque Fabril I. Na época,achávamos que aquele terreno, de aproxi-madamente 30 x 40 metros, daria paranós e para nossos filhos!

WR – Iniciava-se a expansão da

O gosto pela eletricidade surgiu cedo, ainda na infância. Aí já ficavadelineado qual seria o futuro de Werner Ricardo Voigt, sempre lidando

com eletricidade e buscando deixar um legado de seu trabalho, feitocom dedicação, muita energia e, sobretudo, uma simplicidade

cativante, tanto no trabalho quanto na vida. E a simplicidade é amarca que Werner imprimiu na WEG, empresa que ele ajudou a

fundar e consolidar como uma grande potência. Ao completar 75 anos,em setembro, de acordo com os estatutos da empresa, Werner deixa deocupar uma vaga no Conselho de Administração. Nesta entrevista àWEG em Revista, Werner Voigt fala de sua vida, sua carreira e, é

claro, da WEG, sua paixão.

empresa?Werner – É claro que aquele espaço

era pequeno para o crescimento que aWEG já experimentava. Compramosmais um terreno, e outro e mais outro,até ocupar todo o espaço disponível.Atravessamos a rua e continuamos cons-truindo, até que a rua acabou ficandono meio do parque fabril. Como nos doislados da rua era só WEG, a Prefeituraacabou consentindo em fechar aqueletrecho, que acabou se tornando o pátiodo Parque Fabril I.

WR – E o PF I também ficou pe-queno.

Werner – Pois é, ocupamos todo oespaço disponível, e aí o jeito foi ir para

o outro lado da cidade, onde havia maisterrenos disponíveis. E começamos aconstruir o Parque Fabril II. Que, porsinal, também já está pequeno.

WR – Como a WEG era vista nosgrandes centros?

Werner – Quando a gente ia vendermotor elétrico em São Paulo, tiravam sar-ro do gerente da filial, o Samir Mattar.“Será que bobinam motor com cipó?”,perguntou uma vez um vendedor de ou-tra marca. Algum tempo mais tarde, estemesmo vendedor estava no nosso escri-tório em São Paulo, pedindo para traba-lhar na WEG.

WR – A WEG também foi buscartecnologia fora, especialmente na Ale-manha. Valeu a pena?

Sim, sem dúvida. Lá também nós vi-mos a importância da normalização.Aqui no Brasil, na época, cada um faziao motor do jeito que queria. Mas lá naEuropa, tudo era padronizado. Aqui, ain-da por cima, a maioria dos fabricantespreferia as normas Nema, norte-ameri-canas, em detrimento do sistema métri-co, IEC, melhor para nossas condições.

WEG em Revistawww.weg.com.br8 WEG em Revista

www.weg.com.br 13WEG em Revistawww.weg.com.br

outra visão

Soluções WEGA WEG oferece soluções comple-

tas, tanto para a eletrificação de usi-nas já existentes, quanto para a cons-trução de novos empreendimentos.Além de fornecer usinas completaspara co-geração de energia, com ge-radores, transformadores, sistemas desupervisão e controle, componentespara comando e proteção, a WEGoferece uma linha completa de mo-tores de alto rendimento, aciona-mentos com soft starters, inversoresde freqüência para variação de velo-cidade, tintas para manutenção in-dustrial e serviços de recuperação erepotenciação de transformadores egeradores.

>>> Tintas especiais

A WEG Tintas desenvolveu sis-temas de pintura que visam aumen-tar a proteção anticorrosiva, dimi-nuir a periodicidade de manutençãoe reduzir custos para o segmento deaçúcar e álcool.

Dentre eles pode-se citar:Lackpoxi ER + Lackthane An-

tifungo Cores - Sistema composto deum fundo epoxi de alto sólidos e se-cagem rápida, de ótima resistência an-ticorrosiva e convertedor de sistemaà base de esmaltes sintéticos envelhe-cidos (alquídicos) e acabamento po-liuretano antifungo, que visa evitar oescurecimento e a proliferação de fun-gos na parte externa dos tanques deálcool, visando com isto a redução dataxa de evaporação do álcool, melho-rando a questão estética do tanque pormuito mais tempo.

Lackpoxi AE Alimentício - Pri-mer/acabamento epoxi de alta resis-tência química e altos sólidos, apli-cados na parte interna dos equipa-mentos em contato com alimentos.Possui certificação do Instituto Adol-fo Lutz e proporciona aos equipa-mentos uma elevada vida útil.

Produtos WEG equipam a usina VoltaGrande, do grupo Caeté

DIVULGAÇÃO

Onde já deu certo>>> Petribu

Um dos negócios recentes feitospela WEG foi a eletrificação da UsinaPetribu Paulista, em Sebastianópolisdo Sul, Noroeste paulista. É a únicausina de São Paulo projetada para tertodas as máquinas acionadas eletrica-mente, com o objetivo de aumentar aeficiência do uso de energia elétrica.Construída no tempo recorde de 15meses e com uma área de 580 mil m²,sua capacidade diária de moagem é de6 mil toneladas de cana, produzindo12 mil sacos de açúcar e 400 mil li-tros/dia de álcool.

>>> CaetéOutra parceria de sucesso da WEG

foi feita com a Usina Caeté, do Gru-po Carlos Lyra. O pacote de produ-tos e serviços foi para a eletrificaçãoda unidade Volta Grande da usina, si-tuada em Minas Gerais. Neste ano, aWEG já havia fornecido produtospara a filial de Alagoas da Caeté.

A parceria entre Caeté e WEG játem 15 anos. O Grupo Carlos Lyratem cinco usinas: três em Alagoas(Caeté, Marituba e Cachoeira) e duasem Minas Gerais (Volta Grande eDelta).

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MARIO

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Meu pai sempre me surpreendeu.Dono de uma habilidade ímpar paracontar histórias, era também mestre naarte de encontrar soluções simples paraproblemas do dia-a-dia. Aliás, habili-dades gêmeas, pois para contar casosou criar coisas é preciso conhecimen-to, imaginação e um grande poder desíntese.

Seu hobby era inventar. Nada quelevasse o homem à Lua ou curasse ocâncer, mas soluções simples, feitascom coisas simples, para atender ne-cessidades às vezes complexas. Comouma cadeira de rodas dobrável, feitacom cantoneiras de ferro, rodas de bi-cicleta, madeira e lona. Fabricou umasvinte delas na garagem, só para dar asasà imaginação e rodas a paraplégicoscarentes.

Máquinas de cortar grama foramtrês ou quatro, todas com peças en-contradas no ferro-velho. Lembro-mede uma, pequena, muito leve, comuma rodinha só, feita com um cabode alfanje, motor de enceradeira e li-nha de pescar à guisa de lâmina, paracortar os cantos do jardim. Se eu ain-da fosse criança quando o seriado pas-sou na TV, teria acreditado que a pro-fissão de bancário de meu pai era sófachada de sua identidade secreta:McGyver.

Isso mesmo, aquele capaz das maisincríveis façanhas usando as soluçõesmais simples. Por exemplo, vedar umvazamento de ácido sulfúrico comuma barra de chocolate, fabricar umalupa minúscula com uma argolinhafeita de fio de cabelo e vinho branco,ou um detector de mentiras usandoum medidor de pressão arterial e umdespertador. O homem era um cani-vete suíço em pessoa e devia dormirem travesseiro de bombril.

Mas foi bom eu ter idade suficien-

te para não acreditar que meu pai fos-se McGyver, ou teria ficado decepcio-nado quando foi passado para trás pelainventividade da dona Teresa. Nossacozinheira de muitos anos, já estavaidosa quando seu marido faleceu e ocorpo foi velado na sala de sua casa.O velório teria sido um sucesso, nãofosse pelo defunto usar peruca e osadesivos da época não serem à provade sudorese post mortem.

Você adivinhou - a peruca escor-regou. Mas não escorregou uma vez.Foram tantas, madrugada adentro,que ninguém mais chorava, conversa-va ou contava piada. Todo mundo fi-cava de olho na peruca, tentando adi-

crônica

vinhar quando seria a próxima escor-regada. E ela escorregava. Dona Tere-sa pacientemente se levantava, ia atéo caixão e colocava a peruca de voltano lugar, mas não adiantava. Nemmeu pai, sentado ao lado da viúva, en-controu uma solução.

Por fim, a viúva pediu a todos quedeixassem a sala por alguns minutos,para deixá-la a sós com o finado. Navolta a peruca estava lá, firme e per-manente, para alívio de todos. Meupai cochichou para dona Teresa a per-gunta que todos queriam fazer:

- Como foi que a senhora fez?- Simples. Uma tachinha. Deu dó,

mas morto não sente.

Meu pai nãoera o McGyverMeu pai nãoera o McGyver

3 ConclusãoNo caso de riscos para as instala-

ções e, principalmente, para a vida,tem-se que levar em consideração anecessidade de operar os equipamen-tos com o máximo de acuidade comrelação a segurança e saúde. Cabe sali-entar que a normativa determinada

pela nova NR-10 prevê que os equipa-mentos a serem instalados e/ou manu-seados em áreas de risco respeitem cri-térios e padrões com conteúdo devida-mente detalhado.

As manutenções devem ser feitasdentro de critérios pré-estabelecidos nasnormativas que regem equipamentospara áreas de risco, visando que os equi-pamentos ofereçam os mínimos riscospara a vida humana e as instalações,bem como tenham sua vida útil au-mentada.

Atualmente, independente da áreade negócios, as aplicações demandaminformações, reduzidos custos de inte-gração, tecnologias mais avançadas emaior produtividade. Para atingir es-ses objetivos, a corporação precisa ras-trear, observar, entender, analisar e ajus-tar todas as etapas do processo produ-tivo.

O risco de se ter materiais explosi-vos e a presença dos outros elementosdo triângulo (figura 1), está intimamen-te associado à possibilidade de ocorreruma explosão. Somente uma cuidado-sa avaliação do processo industrial e autilização de materiais adequados po-dem diminuir ou, até mesmo, reduzira zero o risco de um sinistro.

Wesley NascimentoGerente de Certificações

Cláudio José MartinsEngenheiro de Vendas e Aplicações

1 IntroduçãoO setor sucro-alcooleira tem com-

provada responsabilidade na reduçãode CO2 lançado na atmosfera.

O etanol hidratado brasileiro, res-ponsável por movimentar frota supe-rior a 2,5 milhões de veículos (sejameles “flex-fuel” ou somente a álcool)incorporou-se à matriz energética bra-sileira desde que foi lançado em 1975,através do programa governamentalProálcool, ratificado pela Rio - 92,onde se manteve como premissa bási-ca diminuir o uso de combustíveisfósseis.

naWEG +Matéria completa no site www.weg.com.br

2 Atmosferas explosivasPreocupada com a segurança das

instalações e com a vida humana, aWEG desenvolveu, há 25 anos, mo-tores para área Ex, em total confor-midade com os requisitos descritospela norma ABNT-NBR5363, emconjunto com a IEC600079-10 (Elec-trical Apparatus for Gas Atmospheres- Part 10: Classification of HazardousArea)

Uma atmosfera é considerada po-tencialmente explosiva quando os trêselementos do triângulo abaixo estãopresentes:

Aplicação de motores trifásicosde indução em destilarias de álcool

➔ WEG ofecere produtos confiáveis para áreas de risco

Em destilarias de álcool, podemoster a presença de todos os elementos eas ações preventivas e/ou corretivas ca-

bíveis devem ser tomadas como pre-missas para minimizar os riscos aosequipamentos e, principalmente, aque-les que oferecem prováveis danos à vidahumana.

Os equipamentos em destilarias deálcool podem estar classificados comoZona 1 ou Zona 2, dependendo dapresença permanente ou esporádica dosmateriais contidos no triângulo acima.

A NR-10 (que entrará em vigor nospróximos meses) estabelece requisitosmínimos com relação à responsabili-dade técnica do instalador/usuário emempresas que possuam cargas conecta-das no sistema elétrico acima de 75 kWe, genericamente, tensões superiores a50 Vca.

A WEG oferece motores de 0,37kW a 370 kW, certificados pelo Inme-tro/Cepel, para ambientes que exijamos mesmos para operação em Zona 1(à prova de explosão) ou Zona 2 (nãoacendíveis).

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WEG em Revistawww.weg.com.br6 WEG em Revista

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Inversores de médiatensão em moendasVanderlei Rosa ApolinárioCoordenador de AplicaçõesWEG Automação

Há mais de uma década écomum a utilização de varia-ção de velocidade para contro-le de processos com a utiliza-ção de inversores de freqüên-cia nas usinas. Esta prática visaa melhoria dos processos in-dustrias, aumentando a pro-dutividade, possibilitando ge-renciamento (troca de dadoscom um supervisório) e a con-servação de energia, além dosbenefícios da eliminação doimpacto da partida direta dosmotores de indução, quer seja para arede elétrica ou para o conjunto me-cânico, reduzindo gastos com manu-tenção.

A utilização de acionamentos demoendas em média tensão (motor einversor de frequência de M.T.), além

de trazer todos os benefícios já anteri-ormente citados, traz também as van-tagens da instalação em média tensão,como distribuição de potências eleva-das em bitolas de cabos reduzidas, osaltos rendimentos do motor em mé-dia tensão e do inversor MVW01

A aplicação de Inversores Regenerativos CFW-09RB WEG em centrifugasde açúcar assegura a qualidade da energia da rede. O dimensionamento doCFW-09RB segue o do inversor de saída. O CFW-09RB tem a capacidade deregenerar a mesma quantidade de energia que drena..

Uma aplicação típica do CFW-09RB são as centrífugas de açúcar. Grandeparte da energia neste tipo de acionamento é dispendido na aceleração dacarga dentro de um período determinado de tempo, devido à necessidade de seobter um determinado número de ciclos e assim assegurar a produtividade.

Durante o tempo em que a centrífuga gira na velocidade máxima, só énecessário suprir energia suficiente para alimentar as perdas do sistema. Comoa carga tem uma inércia muito grande, na hora da desaceleração toda aenergia acumulada tem que ser dissipada em algum lugar ou devolvida àrede. Como ainda há a restrição de tempo, é necessário um torque defrenagem elevado.

Energia com qualidade paracentrífugas de açúcar

>>> Inovações

Os inversores de média ten-são WEG, modelo MVW01, tra-zem inovações únicas, aliando ro-bustez, simplicidade, confiabili-dade e segurança, numa soluçãocompacta, com tecnologia de úl-tima geração.

Buscando desmistificar a apli-cação de inversores de média ten-são, o MVW01 segue a mesmafilosofia de programação da linhaWEG de baixa tensão.➔ Inversor MVW01: robustez e simplicidade

WEG (acima de 97%), além da pró-pria limitação da potência dos inver-sores de baixa tensão (acima de1500cv).

➔ Inversores em usina de açúcar

naWEG + Veja mais detalhes no sitewww.weg.com.br

Pequeno Tratado das Grandes Virtudes - AndréComte-Sponville, Ed. Martins Fontes, São Paulo, 1999

Simplicidade - Bill Jensen, Editora Campus, Bra-sil, 2000

Simplicidade Voluntária - Duane Elgin, CultrixO Papalagui - Comentários de Tuiávii, chefe da

tribo Tiavéa, nos mares do Sul, Ed. Marco Zero. Tuiáviié um índio polinésio que se espanta com o modo de vidabranco (papalagui é o homem branco), como dinheiro,

Inseticida natural

Problemas com pragas no jar-dim? Simples. Há um inseticidanatural infalível. Use 100 g de sa-bão de coco, 200 g. de fumo derolo e 1 litro de água. Derreta osingredientes em banho-maria edissolva em 2 litros de água. Aí, ésó borrifar nas plantas durante trêsdias.

Escrever no espaço

Entre as várias histórias quecorrem na internet, uma envolveuma suposta pesquisa da Nasa.Não há comprovação de veracida-de do caso, mas, mesmo sendoapenas uma piada, funciona comoexemplo.

Dizem que a Nasa verificouque canetas esferográficas não fun-cionavam em condições de gravi-dade zero. Era difícil, para os as-tronautas, fazer anotações a bor-do das naves e no espaço. Para re-solver o problema, os cientistasrealizaram estudos orçados em cer-ca de 12 milhões de dólares, du-rante 10 anos. Enfim, desenvol-veram uma caneta capaz de escre-ver em gravidade zero, de pernaspro ar, debaixo d’água, em prati-camente todas as superfícies inclu-indo vidro e a temperaturas de 20°abaixo de zero até 180° acima.

Pois bem, os russos utilizam lá-pis.

dade emana através delas. Encha umavasilha transparente com água pura emergulhe as flores nessa água, deixan-do ao sol durante todo o dia. Ao en-tardecer, o floral estará pronto para serbebido.

A capuchinha, uma flor comestí-vel, tem virtudes medicinais: nas fo-lhas há grande concentração de vita-mina C; folhas e flores abertas, comi-das em saladas, têm gosto fresco e pi-cante, semelhante ao agrião (comer

casas, mania de andar vestido etc.

www.simplicidadevoluntaria.com

Pousada Jardim do Éden - Chapada dos Veadeiroswww.pousadajardimdoeden.com.br

Revista Vida Simples – publicação mensal da Edito-ra Abril. Site www.revistavidasimples.com.br

essa salada à noite favorece o sono);os botões fechados, conservados emvinagre, também apresentam excelentesabor.

E mais: para ter cabelos fortes ebrilhantes, ferva 50 g de folha fresca,triturada, em 1 litro de água por 5minutos. Coe e use para enxaguar oscabelos.

Viu só? Receitas para viver comsimplicidade existem muitas. E todas- que incrível - são simples!

Para saber mais

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te, além de diversos tipos de sistemashíbridos com combustíveis fósseis. OPlano Decenal de Expansão 2.000/2.009 estima o potencial técnico de co-

WEG em Revistawww.weg.com.br16 WEG em Revista

www.weg.com.br 5

Biomassa e eletricidade

Hoje, assim como a necessidade daenergia disponível, necessário é repen-sar a matriz energética como forma deassegurar este item, já incorporado aopadrão cosmopolita para as próximasdécadas. Assim, como cresce a consci-ência ambiental, crescem os aproveita-mentos energéticos alternativos. A ge-ração de energia é um destes aprovei-tamentos, e os tradicionais modelosprodutivos de produtos de cana incor-poram a geração de energia como ou-tro filão de negócios.

Neste novo contexto incorporam-se novos sistemas elétricos, equipamen-tos, sistemas de automação e controlenecessários à operação segura desdenovo negócio do setor sucroalcooleiro.

Os dados da ANEEL demonstrama situação de empreendimentos terme-létricos no Brasil, classificando por fon-te e situação. O bagaço de cana e o li-cor negro estão entre as fontes maisimportantes nos setores sucroalcoolei-ro e de papel e celulose, respectivamen-

naWEG + Este texto é um resumo do artigo completo, que você encontra em www.weg.com.br

Eng. Jair Geraldo Del VecchioCentro de Negócios de Subestações

Experiência WEGCombustível

Bagaço de cana

Biomassa

Biomassa e bagaço de cana

Biomassa e óleo combustível

Lenha picada

Licor negro

Licor negro e biomassa

Lixo urbano

Lixo urbano e gás natural

Óleo e biomassa

Óleo diesel e biomassa

TOTAL

Potência

391,15

82,75

4

8,8

5,31

310,18

142,9

26,3

600

nd

70,2

1633,59Fonte: Aneel

simples o esquema, melhores os resul-tados. O velho chavão “é só jogar pe-las pontas” parece batido, mas é omelhor sistema.

Um dos extremos era a teoria dofalecido treinador Cláudio Coutinho,com seus “pontos futuros”, “overla-ping”, “polivalência”... Tudo isso ter-minou com o título de “campeãomoral” para o Brasil na Copa de 78.

O contrário pôde ser constatadorecentemente. Veja a manchete de al-guns jornais de dois meses atrás:“Simplicidade é arma, afirma técni-co Leão”. O técnico pregava o jogosimples, para que o Palmeiras se re-cuperasse na tabela. Até o fechamen-to desta edição, pelo menos, vinhadando certo.

Assim como deu certo a simplici-dade aliada ao talento, demonstradapela Seleção do Brasil no jogo contrao Chile. No segundo gol, a bola roloude pé em pé, em um ou dois toques,no máximo, até o gol de Robinho.Simplesmente um golaço!

Bom senso

Até gigantes do mundo empresa-rial apostam na simplicidade comoreceita para o sucesso. A Philips, porexemplo, reposicionou sua marca como objetivo de associá-la à facilidade deuso. O novo lema da empresa com-prova essa orientação: “Bom senso esimplicidade”. A Philips tem até umaequipe de consultores para garantir asimplicidade de seus produtos. Nestaequipe está até mesmo o conceituado

professor John Maeda, do MIT (Ins-tituto de Tecnologia de Massachus-sets).

E como a multinacional holande-sa chegou à conclusão de que deveriabuscar a simplicidade? Pesquisando.Em 2003 a empresa entrevistou maisde 3 mil pessoas em oito países (in-clusive o Brasil). O resultado mostrouque as pessoas querem os benefícios,mas não os atropelos da tecnologia.“Eu não quero construir um carro...Quero dirigi-lo”, foi uma das respos-tas. Ou seja: o mundo já está bastantecomplicado; agora queremos simpli-cidade.

A partir daí, a Philips passou a in-vestir na simplificação de seus produ-tos. Eles continuam avançados, mas omanejo fica mais fácil.

Simples assim...

A busca da simplicidade já gerouaté mesmo um movimento mundial,chamado “Simplicidade Voluntária”,baseado em livro de Duane Elgin. Ini-ciado nos Estados Unidos, é um mo-vimento em que as pessoas reduzemvoluntariamente o consumo de rou-pas, móveis de madeira, sapatos, ga-solina etc.

A idéia, como o nome diz, é mui-to simples. As pessoas deixam gran-des cargos em empresas para levar umavida com menos ostentação, mas commuito mais qualidade de vida e commais tempo para curtir as melhorescoisas da vida, como a família, a saú-de, as viagens etc. Parece meio radi-

cal, mas essa filosofia ganhou váriosadeptos porque muita gente está can-sada dos meios tradicionais para alcan-çar a felicidade.

O Dalai Lama, grande propagadordo budismo, dizia que a simplicidadeé a chave da felicidade. Assim, os se-guidores desta religião insistem paraque se preste mais atenção nas peque-nas alegrias: flores, um refrescante chá,uma música bonita, crianças brincan-do, o pôr-do-sol, um churrasquinhocom os amigos...

A grande estilista francesa CocoChanel criou um estilo de vestir querevolucionou o século XX: ao libertara mulher das faixas e corpetes aperta-dos em saias com muitos babados,Chanel permitiu que a mulher se sen-tisse livre, vestida de maneira simplese prática. “Não há mulheres feias, hámulheres mal cuidadas”, dizia a esti-lista. O segredo do sucesso de Chanelera simples: apenas desenhava roupasque gostava de vestir.

Na beleza da flor

Um floral de capuchinha tambémpode ajudar a manter a serenidade.Capuchinha é uma singela flor, tam-bém conhecida como chagas-de-Cris-to. Quem ensina a receita é LuciaHelena dos Santos, proprietária deuma pousada situada na Chapada dosVeadeiros, no interior de Goiás.

Receita para a simplicidade: an-tes de o sol nascer, colha 12 flores decapuchinha. Cheire e contemple asflores, meditando em que a simplici-

Há coisa mais

simples que a

simplicidade? Há

coisa mais leve? É a

virtude dos sábios e a

sabedoria dos santos.

André Comte-Sponville

DICA

Roupas brancas que

vão ficar muito

tempo sem uso

devem ser guardadas

com papel azul, pra

não amarelar.RONALDO DINIZ

Informações compiladas do texto dos autores: Andreas Grauer e Mauricy Kawano.Fonte: Boletim Informativo da Bolsa de Reciclagem, Ano I, No 5 - NOV/DEZ-2001Site: www.bolsafiep.com.br

A WEG hoje tem sob contrato oprojeto para o sistema elétrico da Usi-na Santa Terezinha, em Tapejara(PR), que compreenderá o forneci-mento dos geradores, automação dageração, subestação elevadora para in-terligação ao sistema Copel e a inte-gração plena destes sistemas.

Este projeto colocará a Usina San-ta Terezinha como a primeira produ-tora de energia a partir do bagaço de

geração nestes dois setores em 5.750MW, com um potencial de mercadode pouco mais de 2.800 MW, em2.009.

cana no estado do Paraná.Além deste projeto no estado do

Paraná, a WEG já forneceu soluçõessemelhantes para o mesmo segmentono interior de São Paulo, como Vi-ralcool, Usina São José da Estiva,Usina Santa Adélia, Equipav, Co-inbra-Cresciumal, Usina São Josée, em Minas Gerais, Usina Coru-ripe, Usina Caeté – Volta Gran-de e Usina Caeté – Delta.

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Resumo das principais notícias publicadas no site www.weg.com.br.Clique no link Sala de Imprensa.

especial

WEG em Revistawww.weg.com.br4 WEG em Revista

www.weg.com.br 17

navegue na WEG

Para incrementar ainda mais a gama de forne-cimentos WEG para plataformas de extração de pe-tróleo, agora é a vez dos motores dealta tensão. No total, 24 motores es-tão em fase de testes nos fabricantesde compressores, no exterior. Apóseste “string test” necessário para ins-talação nas plataformas, o conjunto éembarcado de volta para o Brasil.(29/07/05)

Orgulho nacional

Gigantesna estrada

➔ Um dos motores fornecidos para a Petrobras

Uma explosão defornecimentos

➔ A carreta, com 128 pneus, levou quase umasemana para chegar em Campos Novos

Quatro dos maiores transformado-res já fabricados pela WEG foram en-tregues em agosto para a Usina Hi-drelétrica Campos Novos. Localizadano rio Canoas, na região central deSanta Catarina, a usina tem potênciatotal instalada de 880 megawatts. Otransporte de um transformador des-se porte exige cuidados e o auxílio daPolícia Rodoviária. (04/08/05)

A WEG está entre as 150 melhores empresas para trabalhardo Brasil na pesquisa realizada pelo guia Exame/Você S.A. É aquarta vez que a empresa é selecionada e premiada como referên-cia na gestão de pessoas. Esta é uma das maiores pesquisas declima do país, realizada com os próprios funcionários das empre-sas. Participaram da pesquisa 486 empresas.

VALOR ECONÔMICO - Pela quarta vez consecutiva, aWEG recebe o prêmio Valor 1000 como destaque nacional emMecânica. (23/08/05)

simplesocê, com certeza, já ouviuvárias vezes a frase “pra quecomplicar, se dá pra sim-plificar?”. Sua origem e au-toria se perdem no tempo,

mas sua atualidade é eterna. O viver ésimples, o ser humano é que costumacomplicar. Como ao tentar encontraratalhos. Em vez de utilizar o caminhomais simples, busca-se uma forma deencurtá-lo. Às vezes esse encurtamen-to passa por uma floresta desconheci-da, cheia de mistérios escondidos. E ocaminho encurtado acaba se tornan-do complicado.

O filósofo francês André Comte-Sponville, autor do livro “PequenoTratado das Grandes Virtudes”, defi-ne a simplicidade como “a mais levedas virtudes, a mais transparente e amais rara. É o contrário da literatura:é a vida sem frases e sem mentiras, semexagero, sem grandiloqüência”. Hácoisa mais simples do que E=mc2? –pergunta o filósofo.

Já o sociólogo Edgar Morin, tam-bém francês, afirma que hoje se vivenuma época em que o aumento dacomplexidade é constante em todosos sistemas da sociedade. “Os produ-tos estão ficando cada vez mais com-plexos, mais cheios de funcionalida-de”, diz Morin, e dá a receita: “Tor-

ná-los simples não é acabar com acomplexidade, mas sim domá-la paraque o usuário final possa ter uma boaexperiência. Isso significa que pode-mos ter produtos complexos e simples,ao mesmo tempo”.

No seu trabalho, na sua vida fa-miliar, no lazer, na comunidade... Emtudo é possível simplificar procedi-mentos e alcançar bons resultados.

Na fábrica, há um gargalo na li-nha de produção, prejudicando osprazos de entrega das encomendas. Éum pesadelo para uma empresa atra-sar a remessa para o cliente. Uma em-presa moderna, que pratique a sim-plicidade, resolve o problema rapida-mente. Como? Certamente esta em-presa já implantou algum programatipo CCQ (Círculo de Controle da

Qualidade) ou CEP (Controle Esta-tístico do Processo), em que os pró-prios funcionários detectam os proble-mas do cotidiano e apontam as possí-veis soluções.

É aí que as receitas de simplicida-de aparecem: no viver o dia-a-dia, nobuscar as formas mais simples de rea-lizar tarefas – e que nem sempre exi-gem atalhos.

A revista Vida Simples, da EditoraAbril, procura, a cada edição, mostrarque não é necessário buscar atalhos.No nº 30, de julho deste ano, a maté-ria de capa da revista diz: “Informa-ção demais, escolhas demais por fa-zer. É, o mundo está complicado. Evai continuar. Melhor então aprendera viver nele”. A reportagem, assinadapor Marcia Bindo, fala das encruzi-lhadas a que somos submetidos diari-amente, na escolha das melhores op-ções entre o que nos é oferecido: a rou-pa, a comida, o transporte... E con-clui: “No final do dia, tente se lem-brar de coisas pelas quais você se sentegrato. (...) Você vai pensar menos nasoportunidades que perdeu e se sentirmais confiante ao fazer a próxima”.

Jogo simples

À nossa volta, os exemplos de bus-ca da simplicidade proliferam. Bastaprestar atenção. No futebol, algo tãoíntimo dos brasileiros, quanto mais

O melhor caminho é o mais

Pra que complicar, se dá pra simplificar?➔

ROBERTO SZABUNIA

V

RONALDO DINIZ

Algumas linhas de produtos daWEG Acionamentos e da WEG Au-tomação estão chegando ao mercadocom aperfeiçoamentos. (05/09/05)

Temporizadores

A WEG reformulou a linha detemporizadores. Os novos Relés Tem-porizadores WEG (RTW) são dispo-nibilizados em 5 funções e tempori-zação até 30 minutos.

Inversores

Novos modelos das linhas CFW-10 e CFW-08 superam em potência ecompetitividade e garantem excelentecusto-benefício, mantendo o dinamis-mo e a qualidade.

Comando e Sinalização

A WEG amplia sua linha de Co-mando e Sinalização, lançando doisnovos botões e um bloco de ilumina-ção direta com um novo conceito emiluminação (LED de alto brilho incor-porado ao bloco) e sistema de monta-gem rápida e fácil “Quick Fix System”.

Linhas aperfeiçoadas

FOTO

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WEG em Revistawww.weg.com.br18

expediente

índiceWEG em Revistaé uma publicaçãoda WEG.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89 256-900,Jaraguá do Sul, [email protected]. Conselho Editorial:Jaime Richter (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing) e Cristina Teresa Santos (analistade Marketing). Edição e produção: EDMLogos Comunicação, tel. (47) 433-0666.Textos: Roberto Szabunia. Tiragem: 23.000.

Pra que complicar... 4

Q

WEG em Revistawww.weg.com.br 3

editorial

Simples e bem-feitouantas vezes você já não se pegou perguntando: “Porque ninguém pensou nisso antes? É tão simples”. Poisé. Muitas grandes descobertas e avanços da huma-

nidade - talvez a maior parte - nasceram de constatações sim-ples, até óbvias às vezes. Aí mesmo, em cima da sua mesa, deveter um clipe. Veja só: é apenas um pedaço de metal dobradooito vezes, em ângulos diferentes. Mas serve perfeitamente parao fim a que se destina, prender folhas de papel - ou para algumgaiato fazer aquele colarzinho que te faz puxar todos os clipesde uma vez só.

De um simples clipe até uma nave espacial, quanto maissimples forem a idéia e a execução, melhor. Isso vale para qual-quer atividade humana, no trabalho, na família, na comuni-dade... Fazer da simplicidade um estilo de vida é uma garan-tia de que a realização profissional e pessoal pode ser alcança-da com mais facilidade. Nesta edição mesmo, você tem umexemplo, na entrevista com Werner Voigt, um dos fundadoresda WEG, que está deixando seu posto no Conselho de Admi-nistração. Ele fez da simplicidade seu roteiro de vida. E estárealizado.

Décio da SilvaPresidente executivo

QSimplicidade de WernerVoigt faz o contrapontopara a modernidade dagestão praticada pelaWEG em 44 anos

Qualquer um sesente à vontadepara falar com o

seu Werner

nossa opinião

Mande sua mensagem [email protected]

Quero parabenizar a WEG pela publicação,realmente um primor de trabalho, uma verdadei-ra aula de competência. A Secretaria de Educa-ção do Município de Joinville pretende disponibi-lizar a revista nas unidades de ensino da redeescolar.Sylvio SniecikovskiSecretário de EducaçãoJoinville - SC

Gosto muito da revista. Os assuntos trata-dos são diversificados e interessantes.Norma Suely EstevesBelgo SiderurgiaJoão Monlevade - MG

É muito prazerosa a leitura da revista. Pou-cas publicações desse tipo são vistas no merca-do e a maioria não consegue transmitir as idéiasda empresa de uma forma tão clara, objetiva eao mesmo tempo interessante e criativa.Patrícia Gonzales DuarteZiemann Liess Maq. Equip.Canoas - RS

A edição nº 35 (Desejo ou necessidade) estáótima. Porém, discordo do ponto em que diz queAdão e Eva comeram maçã. Isso não existe emlugar algum da Bíblia.Silvoney C. SilvaDelupo FerragensCriciúma – SC

N.R. Na verdade, Silvoney, a maçã é uma liberdade ar-tístico-literária, resultado da criatividade dos artistas re-nascentistas. A Bíblia fala, em Gênesis, de um “fruto daárvore da ciência do bem e do mal...”, sem especificarque fruto era aquele. A maçã é utilizada tão somentecomo um símbolo, e foi desta forma que a utilizamospara ilustrar a capa e a reportagem da revista.

Meu pai não era o McGyver 7Werner Voigt, um exemplo de simplicidade 8

10Eletrificação é solução para usinas de cana 12

do leitor

WEG

WEG

Ponto de equilíbriouem encontrar Werner Ri-cardo Voigt andando poruma de nossas fábricaspode não reconhecê-locomo um dos fundadores

da WEG. Com seu jeito simples de sevestir e de falar, dando atenção igual acolaboradores, chefes, gerentes, direto-res ou clientes, na fábrica ele é sim-plesmente o seu Werner.

Esse jeito mais casual de ser é refle-xo da cultura de simplicidade que aWEG tem desde sua fundação. E issonão é tarefa fácil. À medida que umaorganização cresce, vai naturalmentesofisticando seus processos e ficandomais complexa: passa a ter muitos pro-dutos, muitas pessoas, muitos sistemase políticas. Um dos grandes desafios ése tornar grande, mas com o jeito sim-ples de quem acabou de começar.

Basicamente, há a necessidade decultivar a simplicidade em dois aspec-tos: estilo pessoal e de gestão.

A palavra gestão,em si, já é uma com-plicação do ato de“tocar uma empresa”ou “cuidar do negó-cio”. Antigamente,cada um cuidava deseu próprio negóciosozinho. Hoje, como aumento da com-petição global, temos a ajuda de con-sultores, professores, palestrantes,MBA’s, revistas especializadas, cursos,além de uma infinidade de sistemas eferramentas.

Não discuto a utilidade desses pro-cessos de aprendizado. A WEG esti-mula o aprendizado constante. Mas arealidade é que a competição tambémos atinge e isso causa um verdadeiromilagre da multiplicação dos termostécnicos. Cada consultor ou revistaprecisa se diferenciar no mercado, eacaba optando por inventar modas e

tendências, como um profissional daalta costura.

Na maioria das vezes as invençõesnão passam de um toque de maquia-gem em técnicas mais antigas que ain-da funcionam. Grande parte das ne-cessidades de uma empresa se resolveatravés das ferramentas mais básicas.Uma curva ABC, por exemplo, umadas formas mais simples de avaliar pri-oridades, dá um show em muito siste-ma elaborado. Estudar, ir atrás de no-vos conceitos, é sempre saudável, massem perder de vista a simplicidade.

Na WEG, temos um exemplo vivodisso. Como você pôde constatar naentrevista desta edição, o seu Werneré de uma simplicidade desconcertan-te. Esse estilo tem como vantagemprincipal a facilidade de acesso. Qual-quer um se sente à vontade para falarcom o seu Werner, assim como qual-quer um se sente à vontade para falarcomigo ou com outro diretor da

WEG. E esse estilose reflete em todosos níveis da empre-sa. A comunicaçãoclara e direta, olhono olho, é um dospilares da nossa cul-tura, uma das liçõesque aprendemoscom os fundadores e

que fazemos questão absoluta de man-ter preservada.

Mesmo assim, a WEG é reconhe-cida como uma empresa moderna tan-to na gestão quanto nos produtos. En-contrar esse ponto de equilíbrio não éfácil e nem existe receita pronta, masum conselho eu posso dar: mantenha-se no foco de seus públicos de interes-se. Só corra atrás do que realmenteagregar valor (outra expressão compli-cada, desculpe a falha) de seus públi-cos de interesse, sejam eles quais fo-rem. E sempre com simplicidade.

WEG no prédio mais moderno do Rio

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