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WEG em Revistawww.weg.com.br18

expediente

índiceWEG em Revistaé uma publicaçãoda WEG.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89 256-900,Jaraguá do Sul, [email protected]. Conselho Editorial:Jaime Richter (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing) e Cristina Teresa Santos (analistade Marketing). Edição e produção: EDMLogos Comunicação, tel. (47) 433-0666.Textos: Roberto Szabunia. Tiragem: 23.000.

Os limites entre desejar e precisar 4

O

WEG em Revistawww.weg.com.br 3

editorial

Querer é poderantigo lema utilizado por dez em cada dez otimis-tas demonstra o poder da vontade para realizarqualquer desejo ou necessidade. Ou seja: se você tem

um desejo, utilize sua capacidade e busque ferramentas pararealizá-lo. Claro que às vezes há desejos impossíveis, que sómesmo um gênio da lâmpada poderia concretizar.

O ser humano passa a vida toda buscando realizar seusdesejos e necessidades. E isto é salutar, na medida em que levaà criação de novas formas de viver o dia-a-dia. Quantos arte-fatos curiosos já foram criados por crianças pobres, em peque-nas cidades, quando seus pais não podiam lhes dar brinquedoscaros? Quantos avanços a Ciência contabiliza, a partir danecessidade de entender o mundo e torná-lo um lugar melhorpara viver?

Sua empresa, certamente, desenvolveu vários novos produ-tos nos últimos anos. E como suas equipes de desenvolvimentode produtos chegaram a essas novidades? A resposta é: pesqui-sando os desejos de seus clientes, as necessidades do mercado.

É desta forma criativa que desejo e necessidade atuamcomo elementos propulsores do desenvolvimento pessoal e dasociedade.

Antonio César da SilvaDiretor de Vendas

AEu tenho um desejo.Você tem umanecessidade.Negócio fechado.

Diferenciarnecessidade de desejonos ajuda a definir

melhor a realprioridade

nossa opinião

Mande sua mensagem [email protected]

Gostaria de parabenizar pelo nível darevista. Milito na área de Energia há 20anos, e os artigos vêm ao encontro de mi-nhas necessidades de informação.Fernando Cesar CalsoniUsina São Martinho - Pradópolis - SP

Sou professor e diretor-fundador doscolégios Decisivo, Stella Maris e Unificado,de Curitiba, e quero parabenizá-los pelaWEG em Revista, a qual estamos disponi-bilizando aos alunos em nossa biblioteca.Qualidade gráfica e bom conteúdo são ca-racterísticas marcantes da revista.Jacir Venturi - Curitiba - PR

Gosto muito da revista, em especial acrônica de Mario Persona. A propósito, es-tou enviando uma crônica sobre a dificul-dade de fazer uma boa comunicação. Comos inúmeros recursos disponíveis, uma boacomunicação ainda não é tarefa das maisfáceis. Escrever, apagar, corrigir é fácil, maso computador não é inteligente, se não con-seguir controlar a velocidade do dedo quetecla “enviar”.Cleuza MatosTokio Marine Seguradora - São Paulo - SP

Paula: a magia do basquete 9Uma solução WEG para a Usiminas 10Um semestre de realizações 14Presença da marca em vários países 16

do leitorA

NDR

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LUC

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ANDANDO JUNTOSs três frases da aberturadeste artigo são o resumode qualquer relacionamen-to comercial bem sucedi-do. Muitas vezes optamos

em complicar as coisas, usando abor-dagens mais sofisticadas como relaçãoganha-ganha, marketing de relaciona-mento, foco do cliente ou qualqueroutro nome. Independente do rótulo,para fechar um negócio entre empre-sas ou pessoas, tudo se resume à exis-tência de necessidades e desejos.

Óbvio? Sim, mas parece que mui-ta gente está se esquecendo disso, euma das razões é que nossa vida hojeprovavelmente muda mais em uma se-mana do que a vida de nossos pais emuma década. O ambiente de negóciosse altera com tantas possibilidadesabertas pelas novas tecnologias de in-formação e de co-municação.

Diferenciar ne-cessidade de desejo écada vez mais difícil,porque vivemosnuma sociedade al-tamente competitivae veloz, bombardea-da diariamente pormilhares de estímu-los consumistas. Às vezes temos difi-culdade em saber se o que está sendosatisfeito é uma necessidade ou umdesejo. Desde que o mundo é mundoos desejos e necessidades são o grandeestímulo que movem o desenvolvi-mento e a evolução.

Para uma empresa que tem o dese-jo de prosperar, o caminho é simples:ter produtos e/ou serviços que se en-caixem às necessidades do cliente. Nes-ta edição damos um exemplo recente:o motor Roller Table é uma necessida-de da indústria siderúrgica que vem aoencontro de um desejo da WEG defornecer produtos que contenham umdiferencial tecnológico e de valor agre-

gado. Acompanhar esse projeto de per-to foi interessante, para ver na práticaconceitos fundamentais como ouvir ocliente e se ajustar às suas necessida-des. As empresas (pessoas) precisamsempre lembrar dessas coisas básicaspara não correr o risco de forçar a si-tuação com seus clientes.

Parece complicado, e é. Mas a gentetambém pode tornar as coisas maissimples. E isso não se limita ao uni-verso de negócios. A vida não se tra-duz somente em desejos ou somenteem necessidades, pois as duas coisasandam juntas. Ter esse conceito sim-ples na cabeça facilita e ajuda a evitarproblemas.

Vamos ver um desejo que tem una-nimidade: obter, graças ao trabalho,bem-estar, desenvolvimento e prospe-ridade para si e para os seus.

No início desteano, vivenciei umasituação delicada:meu coração resol-veu me dar um avi-so (não ouvido pormim, mas em tem-po por pessoas pró-ximas e competentesa quem eu agradeçotodos os dias). Antes

que eu tivesse um infarto fui para umamesa de cirurgia. Esta situação me fezrefletir aquilo que todos já sabemos: aimportância da saúde e de ter longevi-dade para poder desfrutar o convíviocom familiares e amigos. E as pessoasque você ama também não querem serprivadas da sua companhia. Todos sa-bemos disso, mas às vezes esquecemos.De que vale obter prosperidade, se nãoexistir saúde e longevidade? Existemalgumas necessidades tão importantesa serem satisfeitas neste trajeto quantosatisfazer os desejos. É necessário quetrabalho, família, lazer e atividade fí-sica também andem juntos.

naWEG +Leia a crônica da Cleuza em www.weg.com.br

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DESEJOEntre o

NECESSIDADEe a

Assim que a necessidade é satisfeita, vem o desejo de querer mais➔

Resumo das principais notícias publicadas no site www.weg.com.br.Clique no link Sala de Imprensa.

especial

WEG em Revistawww.weg.com.br4 WEG em Revista

www.weg.com.br 17

navegue na WEG

Inovações tecnológicas para a indústriade petróleo e gás foram mostradas pelaWEG na Brasil Offshore, feira queaconteceu de 15 a 17 de junho emMacaé (RJ). As soluções, total-mente nacionais, incluemgeradores, motores sín-cronos e motores parabombas centrífugas emrefinaria, transformadores a seco,reatores a óleo e motores para propulsãode navio, entre outros produtos. A foto ao ladomostra um diagrama interativo, inserido no CatálogoEletrônico, onde as soluções WEG estão indicadas. (15/06/05)

MC4 Motion ControlA WEG Itália participou da primeira edi-ção da MC4 Motion Control, feira italia-na inteiramente voltada ao controle eautomação industrial, realizada em Bo-lonha. (29/06/05)

ChinaUma missão empresarial chinesa incluiua WEG no roteiro para troca de inter-câmbio comercial e tecnológico com ospaíses da América do Sul.(16/06/05)

A WEG desenvolveu um motor de anéis comdispositivo eletromecânico que permite o levan-tamento das escovas logo após a partida do mo-tor, através do curto-circuito dos anéis coletores.Esse procedimento evita o desgaste constante eprematuro das escovas e anéis coletores, reduz asparadas para manutenção dos anéis e troca deescovas, impede o acúmulo de pó de escovas,mantendo alto o nível de isolação do rotor, e au-menta a vida útil das escovas, anéis coletores e,conseqüentemente, do motor. (28/06/05)

Na terra ou no mar, a WEG é Brasil

Motor de anéis quenão gasta escovas

ET colorido

Únicodisjuntor-motor fa-bricado noBrasil, oM P W 2 5a u m e n t asua faixa de proteção para 32 A e con-ta com novos acessórios na linha,como a nova placa frontal para mon-tagem em porta ou lateral de painéis.A nova faixa de ajuste permite a maiscompleta e compacta proteção paramotores com potências de até 20 cv(15 kw), 380V / 440 V. (15/07/05)

➔ Novo motor tem vida útil mais longa

CLIC 02A nova versão do produto ganha mais re-cursos de software e hardware: maior ca-pacidade de entradas e saídas digitais,comparadores e contadores, comunica-ção serial e expansão digital. (01/06/05)

Comando e SinalizaçãoA alta tecnologia WEG em desenvol-

vimento, projeto e fabricação da linha CSW- Comando e Sinalização WEG - garanteaos produtos design moderno e ergonô-mico de toda a linha de botões, sinaleiros,comutadores e acessórios. (09/06/05)

RONALDO DINIZ

Uma estatue-ta do ET de Var-ginha, situada napraça daquela ci-dade mineira, foipintada com tin-ta LackthaneWEG, especialpara estruturas

expostas continuamente ao sol e àchuva. (08/07/05)

MPW25agora até 32 A

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WEG em Revistawww.weg.com.br16 WEG em Revista

www.weg.com.br 5

mercado

Um transformador elevador foiproduzido e colocado em operaçãopela WEG no tempo recorde de 110dias. O produto foi negociado com aempresa Duke Energy da Argentina,que opera a Hidrelétrica Cerros Co-lorados, na província de Neuquén.

O transformador elevador temcomo característica fundamental a in-tercambiabilidade com a máquinaexistente, de tal maneira que foramrespeitados todos os dados construti-vos da máquina que já operava na usi-na.

A produção do transformador foiexecutada com a supervisão do clien-te e da Universidade Nacional de SanJuan, que acompanharam os testes defabricação e de campo junto com ainstalação (start-up).

Em maio a WEG México forne-ceu, para a Flowserve, dois motoresverticais para serem aplicados em tor-res de resfriamento na refinaria Ing.Antonio Dovalí Jaime, em SalinaCruz, Oaxaca. A particularidade des-tes motores foi a instalação de umapassarela superior e escada para repa-ro e manutenção dos rolamentos su-periores.

Com este fornecimento, a WEGbusca se consolidar na fabricação demotores especiais de média e alta ten-sões no mercado mexicano, em par-ceria com diversos fabricantes de equi-pamentos originais, como a Flowser-ve, e de seus grandes usuários.

O que o mundo querProdutos WEG movem máquinas em empresas ao redor de todo o globo➔

Um fornecimento de motores (demédia tensão) da Linha M com a novacertificação SAA foi feito para a Aus-trália. A certificação, homologada pelaTest Safe Australia para o fornecimen-to de motores baixa e média da LinhaM, completa a certificação de toda agama de produtos certificados para aAustrália. A certificação da Linha Mcompleta as certificações já existentespara os motores W21, motores de BT,linha H e MT. Isto expande a linhade motores WEG certificados ofere-cidos até a carcaça 1000 IEC.

Os motores foram enviados paraas refinarias Caltex Lytton e Kurnell,como parte importante de um proje-to chamado “clean fuel project” (pro-jeto de combustível limpo). O pacotefoi negociado pela Thomassen Com-presion System, da Holanda, fabrican-

te de compressores recíprocos, que es-colheu a WEG como fornecedor demotores para este projeto.

>>> Motores especiais para refinaria mexicana

>>> Transformadorfabricado emtempo recorde

>>> Motores de Média Tensãoagora com certificação SAA

O FORNECIMENTO

Dois motores de 1.500 HP,

6 pólos, 4.160 V, carcaça

8810

O FORNECIMENTO

Um transformador de 28

MVA em 11/147 kV

O FORNECIMENTO

Um lote de motores, de

330 kW, 16 pólos,

3,3 kV até 1.600 kW,

14 pólos, 11 kV

FOTO

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VU

LGA

ÇÃ

O

final, o que levou Eva aaceitar aquela polêmicamaçã? Se ela tinha necessi-dade de se alimentar, o Pa-raíso era pródigo em fru-

tas de todas as espécies. Bastava co-lher e comer. Por quê, então, aquelamaçã?

Na verdade, o casal primordial nãotinha necessidade de comer aquelamaçã em especial. Mas a insidiosa ser-pente, transfiguração do demônio, reidas tentações, convenceu Eva de queela desejava a maçã. Daí a convencero companheiro Adão foi um pulo. Eo resultado todos conhecemos bem.

Isso leva a questionar sobre as di-ferenças entre desejo e necessidade. Atéque ponto um se associa ou se disso-cia do outro. Quais os limites entre asduas emoções (ou seriam elementosfísicos?).

O psicanalista francês Jacques La-can (1901-1981), criador de uma cor-rente derivada dos ensinamentos deSigmund Freud, definiu o desejocomo “o preenchimento de um vazio

ROBERTO SZABUNIA estrutural”. E isto seria, na visão deLacan, motivo para a permanente cri-se do ser humano, pois os vazios sãosuscetíveis a infinitos preenchimentos,à medida que os desejos vão sendo re-alizados. “O desejo se manifesta a par-tir da demanda”, reforça Lacan.

Isso significa que o ser humano éum poço sem fundo de desejos. Opoço, por sinal, é um símbolo inte-ressante para situar os limites entre de-sejo e necessidade. Um poço artesia-no comum supre a necessidade que oser humano tem de uma substânciavital: a água. Por outro lado, há umcerto tipo de poço que oferece a con-cretização de sonhos que vão além danecessidade física: é o poço dos dese-jos das lendas orientais. Em troca deuma moedinha, ele concede a realiza-ção de desejos materiais bem mais so-fisticados que um balde de água.

Uma versão mais moderna e ro-mântica da fonte dos desejos existe emRoma. É a famosa Fontana di Trevi,imortalizada no filme “A Fonte dosDesejos” (Jean Negulesco, 1954). Ashistórias das mil e uma noites eterni-zaram a lâmpada de Aladim, com seugênio. Essa lenda acabou glamurizada

A pata

No conto A Pata do Macaco, um velhosoldado inglês ganha uma mão demacaco empalhada, que carregavaconsigo a lenda de ter sido enfeitiçadapor um faquir indiano. A pata teria odom de conceder três desejos a trêshomens distintos. O primeiro pedido dovelho soldado é ter 200 libras. E elasvêm, na forma de uma indenização pelamorte do filho, trucidado por umamáquina em seu local de trabalho. Osegundo pedido é a volta do filho. Mas aincerteza pelo que vai ver quando aporta se abrir leva o velho a fazer oterceiro pedido, cancelando o segundo.

pela televisão, com a sensual Jeanniedo seriado dos anos 60.

Mas há também exemplos nadaidílicos ou sensuais. O mais sinistro,sem dúvida, é a Pata do Macaco, con-to do escritor inglês William Wy-mark Jacobs (1863-1933). O amule-to, uma pata de macaco empalhada,também concede desejos ao seu pos-suidor. Mas nem sempre os resulta-dos são aqueles esperados.

A

A questão do desejo e da necessidade também seaplica às relações políticas, religiosas, esportivas, co-merciais...

Uma nação, por exemplo, necessita de uma orga-nização sócio-política que lhe permita oferecer infra-estrutura e serviços básicos à população. Esta organi-zação é preenchida por pessoas que desejam ocuparcargos executivos ou legislativos, e que se candidatamao direito de escolha da sociedade – o voto.

O consumidor deseja um telefone celular mais com-pacto, com alternativas de cores e 1.200 toques dife-rentes de campainha? Este desejo – primeiro estágio -é uma necessidade de aprimoramento para os fabri-cantes de celulares – segundo estágio.

O desejo do torcedor é ver seu time campeão? Poisa diretoria do clube tem a necessidade de contratarum bom técnico e montar um elenco forte. Por seuturno, o clube repassa parte desta necessidade de voltaao torcedor, conclamando-o a prestigiar o time em

todos os jogos, se associando, comprando camisa, boné,chaveiro... O clube ou o poder público precisam dis-ponibilizar um estádio adequado, com boa estruturade transportes para o torcedor em dia de jogo. Aindahá os jogadores, os pipoqueiros, os guardadores de car-ro, a segurança policial... Neste caso, um desejo – sercampeão – se transforma numa sucessão de necessida-des, num movimento em espiral.

A ciência tem tido avanços, também por conta dasatisfação de desejos e necessidades. Nos últimos 100anos o homem foi pródigo em inventar e descobrir mei-os de tornar a vida na Terra mais cômoda. Do lança-mento da aspirina, em 1905, ao impacto de uma son-da da Nasa com um cometa, em 2005, o desenvolvi-mento científico foi rápido.

Por aí se vê que o desejo não é nocivo ou abomi-nável. Afinal, ele move um conjunto de necessidades,que, por sua vez, movem as atividades produtivas hu-manas.

Tudo se move

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WEG em Revistawww.weg.com.br6 WEG em Revista

www.weg.com.br 15

crescimento

Quando se fala em desejo, um as-pecto que logo vem à mente é o su-perlativo. O de ter sempre um poucomais do que realmente se necessita. Éaí que entra o luxo. Não necessaria-mente a ostentação, que seria uma va-riável nada edificante do luxo. Mas odesejar – e poder adquirir – o melhorque o dinheiro possa pagar.

E o luxo não enxerga crise. Segun-do a revista Veja (29/06/2005), o mer-cado brasileiro do alto luxo faz circu-lar 10 bilhões de reais anualmente. Em2004, foi um crescimento de 38% so-bre o ano anterior – oito vezes maisdo que o PIB e 70% acima da médiamundial do segmento. Novamentesurge a espiral, com um desejo no cen-tro e uma série de necessidades a girar.

O desejo de desfrutar do luxo exi-ge até mesmo aperfeiçoamento profis-sional. No Brasil, por exemplo, existeum curso em nível de MBA em Ges-tão do Luxo. Criado pela FundaçãoArmando Alvares Penteado (FAAP),de São Paulo, o curso é dirigido a pro-fissionais com experiência no ramo, evisa capacitar os participantes nas prin-

Desejode luxo

Entre as mais de 3 mil empresasanalisadas pela revista Exame namontagem do ranking das 500 mai-ores do Brasil, a WEG chegou à 120ªposição, subindo cinco posições emrelação ao ranking de 2004. A em-presa também está entre os 100 mai-ores grupos empresariais do país,ocupando a 62ª posição.

No ranking setorial, em Mecâ-nica, classificou-se em primeiro lu-gar entre as maiores indústrias doBrasil e em segundo no ranking dasmelhores. Já na listagem regional, foiconsiderada a 17ª maior empresa ea 10ª que mais exporta na região Sul.

A 32ª edição do anuário analisaos dados contábeis de mais de 3.000empreendimentos, que se enqua-dram nos seguintes critérios: ser umadas 1.000 maiores empresas priva-das ou estatais do país, o que impli-

A WEG está concluindo as obras de expansão da uni-dade da WEG Máquinas destinada à produção de mo-tores e geradores de grande porte, atendendo à crescentedemanda de pedidos.

O novo prédio, com 8.000 m2 de área construída epé-direito de 20 metros, será utilizado para a fabricaçãode máquinas de grande porte até 200 MVA. No espaçotambém será instalado um novo laboratório de ensaiosde máquinas elétricas até 20 MVA.

Atualmente, a produção mensal é de 600 mil cv; como aumento da fábrica, a previsão é de que essa capacida-de produtiva cerca de 30%, chegando a 750 mil cv.

Segundo Sinésio Tenfen, diretor superintendente daWEG Máquinas, esta ampliação visa atender a uma cres-cente demanda do mercado. “O mercado externo, prin-cipalmente, oferece boas perspectivas neste segmento demáquinas de grande porte”, diz o diretor.

ca ter um faturamento anual supe-rior a 207,1 milhões de dólares; seruma das 50 maiores empresas pri-vadas, uma das 50 maiores empre-sas estatais, uma das 50 maiores domundo digital, um dos 50 maioresbancos ou uma das 50 maiores se-guradoras; ser um dos 100 maioresconglomerados ou grupos empresa-riais; e ser uma das 100 maiores em-presas das regiões Centro-Oeste,Norte-Nordeste e Sul.

Nova área para grandesmotores e geradores

➔ Novo prédio vai aumentar capacidade de produção em 25%

WEG SOBENO RANKING

Na edição Melhorese Maiores da Exame,WEG sobe cincoposições em relaçãoao ano passado

>>> O crescimentoNesta déca-

da, a WEG vemmelhorando deposição a cadaano no rankingda Exame.

Confira.

Posição120º125º140º143º146º

Ano20052004200320022001

DOUGLAS R. STANGE

cipais técnicas de gestão dos chama-dos “bens e serviços de luxo”.

Outro bom exemplo de sofistica-ção e realização de desejos intelectu-ais é a Casa do Saber, um centro dedebates e disseminação do conheci-mento criado em São Paulo. Num am-biente extra-acadêmico, a Casa do Sa-ber oferece cursos li-vres, palestras e ofi-cinas de estudo nasáreas de filosofia,história e arte, reu-nindo renoma-dos professo-res e confe-rencistas.

A Casado Saber –

conhecida como “Daslusp”, ou seja, aDaslu das universidades - conta comuma livraria especializada em filoso-fia, literatura, história, psicologia, ar-tes cênicas e música, além de best sel-lers e livros de arte em geral. Um caféfunciona junto à livraria. A procurapor vagas na Casa é grande, e os pre-ços não são dos mais doces – mas ainstituição também disponibiliza bol-sas de estudos.

A própria Daslu, famosa butiquevoltada à classe A, é um exemplo darealização de desejos de um segmentoda sociedade que quer – e pode ter –mais do que o necessário. O recenteimbroglio em que a Daslu se envol-veu demonstra os riscos de extrapolaralguma necessidade ou desejo.

➔ Casa do Saber:a sofisticação doconhecimento

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ULG

ÃO

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balanço

WEG em Revistawww.weg.com.br14 WEG em Revista

www.weg.com.br 7

TransformadoresInvestida no mercado externo, fo-

cando no mercado norte-americano,América Latina e África, para linha detransformadores de força. Em subes-tações, presença consolidada em for-necimento para o mercado de conces-sionárias e classe 230 kV.

AutomaçãoDestaque em tecnologia: lança-

mento do inversor de freqüência demédia tensão. Destaque de forneci-mento: pacote elétrico para projetosda Vale do Rio Doce, no valor de R$15 milhões.

QuímicaDestaque para os fornecimentos

para as plataformas P-52 e P-54 daPetrobras. Criado o Comitê Cientí-fico Tecnológico para a divisão detintas.

WEG cresce 23% no semestrem semestre marcado pela consolidação do cres-cimento da WEG, tanto no mercado internoquanto no internacional. Assim foram os primei-ros seis meses de 2005, de acordo com o balançodivulgado em julho.

Veja no quadro os números referentes ao aumento dofaturamento (valores em milhões).

1º sem. 2005 1º sem. 2004 Percentualde crescimento

Faturamento R$ 1.459 R$ 1.181 23%

Mercado int. R$ 910,8 R$ 701,7 30%

Mercado ext. US$ 213,8 US$ 161,1 33%

U>>> Os destaques das empresas no semestre

As ações da WEG acabam deentrar para o mais recente indi-cador do mercado acionário bra-sileiro, o ITAG - Índice de Açõescom Tag Along Diferenciado -, quemede o desempenho de uma cartei-ra teórica composta por ações de em-presas que oferecem uma proteçãomaior ao acionista minoritário, nocaso de alienação do controle. A car-teira do Índice Tag Along estreou nofinal de junho com 46 ações de 40empresas listadas na Bovespa.

Além do ITAG, as ações daWEG também estão listadas nos in-dicadores IbrX (Índice Brasil),IGC (Índice de Ações com Gover-nança Corporativa Diferencia-da), MSCI (Morgan Stanley Ca-pital International), FGV100(Fundação Getúlio Vargas) eIVBX-2 (Índice Valor Boves-pa - 2ª linha).

>>> Novoindicador

AcionamentosInvestimentos em tecnologia:

inauguração do novo laboratório deensaios, o mais moderno do país. Cer-tificação de Tipo BV para componen-tes elétricos de baixa tensão.

MotoresLinha W Wash, projetada para os

segmentos que tenham a necessidadede higienização e limpeza com águado ambiente em que estão instalados.WEG Extra Long Life: nova linha demotores atende a exigente indústria deprocessamento contínuo, apresentabaixos níveis de ruído e vibração, altaprecisão mecânica e maior tempo devida útil.

MáquinasAquecimento do mercado externo.

Somente para a Índia, negócios demais de 10 milhões de dólares. For-necimento de 11 geradores para pla-taformas da Petrobras. Ampliação dafábrica em 8.000 m².

FLÁVIO UETA

DIVULGAÇÃO

CINEMAEste Obscuro Objeto do Desejo (Cet Obscur Objet du Désir) Luis

Buñuel, França/Espanha 1977. Homem de 50 anos se apaixona poruma mulher bem mais jovem, que se recusa a ter relações sexuaiscom ele, mantendo-o completamente obcecado por ela.

Banha com geléiaSão 3 horas de uma madrugada chuvosa. A mulher,

grávida, acorda o marido com um pedido: “Estou comdesejo de comer pão sírio com banha de porco e geléiade caqui”.

Esse é um dos tais “desejos de grávida”, que se mani-festam pela vontade de comer mais que o normal e in-cluem um menu nada convencional. O ginecologista eobstetra Arnaldo Shizzi Cambiaghi, autor do livro Ma-nual da Gestante – Orientações Especiais para a MulherGrávida (Editora Madras), diz que um dos motivos des-ta alteração é o aumento dos níveis dos hormônios HCGe progesterona,responsáveis poralterações depaladar e tam-bém de com-portamento.

“Outro as-pecto – diz omédico - é o psi-cológico. Comoa atenção da famí-lia está dirigidaao bebê, a grá-vida, inconsci-e n t e m e n t e ,pode quererchamar a aten-ção.” Se a mu-lher grávida sen-te fome, o idealé equilibrar adieta com fru-tas, verduras elegumes, alémde proteínas ecarboidratos.Pão sírio com ge-léia de caqui atédá, mas sem ba-nha de porco.

>>> Para saber mais

Os limitesAfinal de contas, então, quais são os limites demar-

catórios de desejo e necessidade?Os grandes desejos do ser humano normal seriam

coisas como mansão na praia, TV a plasma de 50 pole-gadas, um Porsche na garagem etc. etc. E as necessida-des? Casa própria, um televisor de 14 polegadas, um fus-ca... É tudo uma questão de administrar essas diferen-ças, de buscar a utilidade de cada emoção. De fazer comque o desejo e a necessidade caminhem juntos. Um mili-onário que conseguiu tudo que queria, mansões, carrõese títulos de clubes influentes realizou seus desejos – e

também aten-deu suas neces-sidades. Umoperário queconstruiu suacasinha, tem seufusca, seu televi-sor e é sócio doAmigos do Bardo Adolfo tam-bém supriuaquilo que era

necessário em suavida.

Se quiser maisque isso, vai ter anecessidade detrabalhar mais,se aperfeiçoar,crescer na carrei-ra... E ganharmais, sonhandoem realizar desejosmaiores.

Essa é a formamais real. O jeitomais fácil é ser bafe-jado pela sorte.Quer tentar com apata do macaco?

LITERATURAManual da Gestante – Orientações Especiais para a Mulher Grávi-

da, Arnaldo Shizzi Cambiaghi, Editora MadrasO Comportamento do Consumidor - Comprando, Possuindo e Sen-

do, Michael R. Solomon, Ed. Brockman

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MARIO

PE

RSO

NA RAZÕES QUE

A RAZÃO DESCONHECESou fascinado pelo comportamen-

to humano. Observar pessoas, analisaras digitais de cada personalidade, tentarprever seu modo de agir, tudo é maté-ria-prima para quem escreve e praticamarketing. Será que as pessoas agemmotivadas apenas por necessidades? Nãoé tão simples assim.

É claro que as necessidades básicasajudaram a traçar a rota do comporta-mento humano ao longo da história.Maslow estudou isso e até criou umaespécie de hierarquia que ia além dasnecessidades fisiológicas ou de seguran-ça, chamando a atenção para aquelas queenvolvem o convívio social, a estima eauto-realização. Coisas tão complexasquanto o coração, cujas razões a própriarazão desconhece.

Eu tentava explicar isso em uma aulade marketing quando uma aluna con-tou o que tinha visto no sábado na bala-da. Atrás dela, um casal que acabara dese conhecer conversava animadamente.Ele falava de suas realizações, querendomostrar-se capaz de suprir todas as ne-cessidades, desejos e expectativas da jo-vem. Ela ria risos de pérolas e destilavacharme por todos os poros, enquantotentava descobrir o pedigree real daque-le príncipe em potencial.

O jogo da corte, que garante a au-diência em romances e novelas, é tam-bém um jogo de atração e repulsa. Écomplexo demais para explicar, apren-der ou ensinar. Faz parte da essência einstinto de todo ser vivo de despertarnecessidades, desejos e expectativas emostrar capacidade para supri-las. Nes-se jogo de sedução macho e fêmea dan-çam um para o outro, como fazem ospássaros; exalam aromas cheios de men-sagens cifradas, como fazem os leões; ese bicam, como fazem as pombas, an-tes de alçar vôo.

E era hora de alçar vôo, porque anoite chegava ao fim. Foi quando a

garota revelou sua necessidade: alguémpara levá-la para casa de carro. O ra-paz tirou a chave do bolso e se ofere-ceu. Ela animou-se com a idéia quan-do viu a chave da necessidade supridabalançando no ar. A história acabariaaqui se as coisas fossem simples assim.Mas não são.

— Que carro você tem? — pergun-tou com voz de dengo, interessada naraça do alazão cuja garupa iria cavalgar.

— Fusca.O “a” de Fusca ainda soava no ar

quando o príncipe percebeu que tinhavirado sapo na concepção da garota. Nãodeu tempo de explicar. Ela agarrou obraço de um providencial amigo quepassava, pediu carona e despediu-se demodo econômico:

— Fui!

O rapaz achou melhor ir também.Olhando para a chave de seu Volkswa-gen, sorriu um sorriso maroto e foi.

Na saída os casais esperavam os car-ros que chegavam pela mão dos mano-bristas para ver quem ia com quem. Opríncipe que virou sapo estava lá, a ga-rota também, retribuindo os olhares dorapaz com nariz empinado de desprezo.Antes de entrar no carro do amigo, umCorsa azul-brega com camuflagem cin-za-chumbo-funilaria, ela ainda olhoupara trás sorrindo com desdém para ogalanteador fracassado. Amarelou.

Bem atrás do Corsa, o sapo retoma-va a forma de príncipe enquanto entra-va em um novo, reluzente e conversívelNew Beetle — o novo Fusca. Amarelocomo o último sorriso que a garota lhedirigiu.

WEG em Revistawww.weg.com.br8 WEG em Revista

www.weg.com.br 13WEG em Revistawww.weg.com.br

MOTOR ROLLER TABLE

Motores para laminadorese mesas de rolos

WEG tem uma ampla linha demotores elétricos especialmenteprojetados para atender os requi-sitos de cada aplicação.

Atendendo às necessidadesdas siderúrgicas, a WEG desenvolveu o maisavançado sistema de acionamento paramesa de rolos.

O motor Roller Table tem baixa manu-tenção e é confeccionado em carcaça de fer-ro fundido cinzento FC200, especialmen-te desenvolvido para atender à severidadedo ambiente siderúrgico.

• Motor Alto Rendimento Plus, para um maior de-sempenho e redução no consumo de energia.

• Sistema de vedação dos mancais tipo W 3 Seal, al-tamente eficaz contra a entrada ou acúmulo de águae impurezas. Vedação dupla dos encaixes das tam-pas e caixa de ligação.

• Exclusivo sistema de isolação WISE (WEG Insula-tion System Evolution), com fio esmaltado WEGGIII 200º C eficaz para aplicações em ambientesagressivos com presença constante de umidade. Aptopara operação com inversor de freqüência.

• Dupla impregnação com verniz hidrossolúvel, ten-do uma constante preocupação ecológica.

• Pintura interna especial para ambientes com pre-sença excessiva de vapor e pintura externa com aca-bamento em poliuretano (Plano de pintura 212P),evitando a corrosão e aumentando a vida útil domotor.

• Eixo, parafusos de fixação e placa de identificaçãoem aço inoxidável AISI 316 para ambientes com pre-sença excessiva de água/vapor, resistente à corrosão.

• Aletas radiais/circulares, que evitam o acúmulo demateriais/água sobre o motor.

técnica

• Carcaças: 132M, 160L, 180M, 200L e 225S/M**

• Isolamento: Classe “H”

• Dupla vedação com prensa cabos na passagem dos cabos

• Placa de bornes

• Sensores de temperatura PT-100 / Termostato (opcional)

* * Demais carcaças sob consulta

A

>>> Atributos

>>> Características

crônica

Page 9: editorial - static.weg.net · tor, através do curto-circuito dos anéis coletores. Esse procedimento evita o desgaste constante e prematuro das escovas e anéis coletores, reduz

9WEG em Revistawww.weg.com.br12 WEG em Revista

www.weg.com.br

Linha de produção da Usiminas➔

WEG e Usiminas vêm es-treitando o relacionamento hámuito tempo. Em 2001, porexemplo, entrou em operação naUsiminas a segunda maior ponte-rolante do mundo, com o sistemade automação fornecido pela WEG.A ponte-rolante tem capacidade deelevação de 260 toneladas no gan-cho principal e 40 toneladas nogancho auxiliar (acesse, no site daWEG, a revista nº 14).

No início deste ano, a WEG tra-balhou na modernização de um an-tigo laboratório da siderúrgica mi-neira. Para encontrar a solução ade-quada, a WEG atuou junto comprofissionais de duas de suas uni-dades, com sua Assistência Técni-ca na região e com a própria Usi-minas. Com a nova estrutura, aUsiminas ganha várias vanta-gens: as operações tornaram-sesimples e automáticas e as par-tidas suaves evitam proble-mas durante os ensaios.

A linha Roller Table foi desenvolvida exclusivamente para laminadorese mesa de rolos. Estão disponíveis em Alto Rendimento e são aptos paraoperar com inversor de freqüência. As aletas radiais são concebidas paraevitar o acúmulo de água e resíduos sólidos na superfície da carcaça. Comum sistema de vedação exclusivo WEG e proteção contra corrosão, são amelhor opção para atender a severidade da aplicação.

Veja, na página 13, uma matéria especial sobre o Roller Table.

>>> O Roller Table >>> Parceriaproveitosa

Ponte rolante entrou em operação em 2001➔

WR - A partir de que momento você sentiu que obasquete passou a ser uma necessidade em sua vida?

Paula - Desde pequena. O basquete começou comouma brincadeira, aos 10 anos, jogando na rua. A profissio-nalização acabou sendo uma conseqüência de tudo, ummarco. Quando você passa a ser remunerado por fazer umacoisa que gosta, fica mais fácil.

WR - Você teve a oportunidade de ir jogar nos Esta-dos Unidos, mas não foi. Era um sonho seu jogar lá?

Paula - Eu tinha um sonho de jogar um dia a Ligaamericana. Mas, infelizmente, quando eu recebi o convitejá tinha 35 anos. Além disso, a proposta que me fizeramera de ganhar três vezes menos que aqui. Então, nada memotivava a ir. Aquela era uma fase da minha vida em queeu tinha de colher o que havia plantado. Não era hora dechegar à WNBA (Women National Basketball Associati-on, a liga feminina norte-americana de basquete) e ter querecomeçar a construir toda a carreira.

WR - E como foi a experiência na Europa? (Paulajogou no clube espanhol Tintoretto, em 1989)

Paula - Não foi uma experiência profissional muitoagradável (Paula torceu o joelho logo no início da tempo-rada e ficou seis meses em tratamento), mas pessoalmentefoi interessante. Eu vi que no Brasil fazíamos basquete deuma forma muito mais profissional que eles. Lá treinava-se uma vez por dia, uma hora e meia em média. Aqui trei-namos duas vezes por dia, seis horas. Hoje a situação édiferente. Após a Olimpíada de Barcelona, o basquete fe-minino espanhol teve um crescimento, está profissionali-zado.

WR - E quanto ao basquete brasileiro, você temacompanhado, depois que parou de jogar?

Paula - Não, estou bem afastada de tudo. A Confede-ração nunca me procurou para falar de projetos, nuncaprocurou a Hortência, nunca procurou o Oscar. Eles li-dam com a gente como se nunca tivéssemos sido nada.

WR - Que rumo você tomou?Paula - Fui fazer gestão esportiva, trabalho com jovens

num centro de treinamento em São Paulo. Afastei-me dobasquete.

WR - E a Fundação Passe de Mágica?Paula - Na verdade, ainda não é uma fundação, é um

projeto social, que minha irmã Branca ajuda a coordenar.Atendemos 300 crianças, num projeto-piloto.

WR - Qual é hoje a grande necessidade do basquetebrasileiro?

Paula - É preciso uma reformulação total, arejar a ca-beça dos dirigentes, profissionalizar a gestão, tratar o bas-quete como um negócio, utilizar o marketing, massificar oesporte.

WR - Qual é o teu grande desejo atualmente?Paula - Eu vivo do meu momento. Então, meu desejo

é fazer bem feito o que eu faço hoje, sem pensar muito noamanhã.

Campeã pan-americana em 1991, campeã

mundial em 94, medalha de prata em Atlanta

96. Estas são algumas das conquistas mais

importantes da carreira de Maria Paula

Gonçalves da Silva, a Magic Paula, uma das

melhores jogadoras da história do basquete

brasileiro. Hoje dedicada às palestras, a um

projeto social e à diretoria do Centro Olímpico

em São Paulo, Paula só bate bola de vez em

quando, para não perder a forma. E foi no dia

seguinte a um jogo amistoso que Paula deu esta

entrevista exclusiva à WEG em Revista.

PaulaA magia de

MA

GIC

PAU

LA.C

OM

.BR outra visão

Page 10: editorial - static.weg.net · tor, através do curto-circuito dos anéis coletores. Esse procedimento evita o desgaste constante e prematuro das escovas e anéis coletores, reduz

WEG em Revistawww.weg.com.br 11WEG em Revista

www.weg.com.br10

Bras e Fioravante, na WEG, com um motor Roller Table➔

Havia uma real necessidade de resolver oproblema do cliente.

Durante o desenvolvimento, as infor-mações adquiridas junto aos usuários eequipes de manutenção foram de funda-mental importância. O procedimento deanálise de causa-raiz da falha permitiuidentificar que o principal problema decampo encontrado nesta aplicação era aqueda de isolamento do enrolamento(bobinado), com posterior queima domotor num curto intervalo de tempo.

Desejos e necessidades impulsi-onaram o estudo da aplica-

ção e o benchmarking comos produtos importados.

O know-how daWEG como fabrican-te de motores permitiu

fixar as diretrizes para odesenvolvimento. A so-

lução encontrada com-preende a utilização de um

sistema de vedação exclusivo,que elimina a entrada de con-taminantes nocivos aos mate-riais isolantes, que causam a

indesejada queda de isolamen-to e queima do motor. Da fase

inicial até a implementação do lança-mento foram testados exaustivamenteinúmeros protótipos em várias usinassiderúrgicas parceiras da WEG.

Deste processo de desenvolvimen-to nasceu uma alternativa nacional pi-oneira, que traz importantes benefíci-os para os clientes:

• Ter um motor com característicasespecíficas superior às soluções exis-tentes anteriormente.

• Proporcionar melhor logística, de-vido ao menor prazo de entrega (fá-brica no Brasil).

• Motores excedem os níveis de ren-dimento mínimos estabelecidos peloInmetro para Motores Alto Rendi-mento.

• Produto disponível para exportação.

O sucesso alcançado se deve emmuito à participação dos profissionaisdas usinas siderúrgicas, que forneceramà WEG informações valiosas sobre aaplicação e suas dificuldades. É a com-provação de que ouvir os clientes é defundamental importância para atendersuas necessidades e desejos.

>>> Histórico

Foi então que a WEG, um dos maisimportantes fabricantes de motoreselétricos mundiais, aceitou o desafiolançado pela indústria siderúrgica dedesenvolver uma solução nacional paraos motores Roller Table. Uma vez iden-tificado o desejo, a WEG disponibili-za a equipe de engenharia para desen-volver esta linha, interagindo bastantecom as principais siderúrgicas do país.

“A

DA NECESSIDADE,A EVOLUÇÃO

➔ Atendendo umanecessidade dosegmento siderúrgico,WEG cria uma soluçãonacional para o mercado

gora temos um motor re-almente apto a suportar ascondições do laminador.”A constatação é de PedroFioravante, engenheiro de

Manutenção da Usiminas. “A WEG, alémde resolver nosso problema, atendeu tam-bém a uma necessidade do mercado side-

rúrgico como um todo”, acrescenta o en-genheiro de Manutenção Elétrica Bras Au-gusto de Oliveira.

Se você leu a reportagem de capa des-ta edição, nas páginas 4, 5 e 6, sabe quemuitos desejos se tornam necessidades,tanto para quem tem o desejo, quantopara quem ajuda a realizá-lo. Na buscapara atender uma necessidade ou desejosurgem as inovações e as descobertas, enão somente as melhorias nas soluçõesjá conhecidas e aplicadas.

Um importante segmento da indús-tria brasileira de destaque no cenário mun-dial - o siderúrgico - necessitava ou dese-java obter motores elétricos aptos a supor-tar o máximo tempo possível sem a ne-cessidade de intervenções para manuten-ção, para operar nas severas condições en-

contradas nas linhas de laminação a quen-te. Os motores que mais se adequavam aesta aplicação eram importados, e não es-tavam suportando as condições da linhaadequadamente. Nesta etapa do processode produção das usinas siderúrgicas, umaplaca de aço de aproximadamente 250 mi-límetros de espessura é reduzida para emtorno de 2 milímetros. São processadas3,52 milhões de toneladas de chapas porano. Nesta linha funcionam inúmeros mo-tores elétricos. Sempre que um motor párade funcionar, prejudica seriamente o pro-cesso.

No final da linha as bobinadeiras dãoao produto a forma de bobinas, que se-rão processadas na etapa de laminação afrio até atingir a espessura exigida pelosconsumidores.

negócios

As condições a que os motoreselétricos são submetidos numamesa de laminação a quente são dasmais severas encontradas na indús-tria, incluindo a exposição ao pó,vapor, água e uma carga de traba-lho ininterrupta. Já se sabe que operfeito funcionamento destes mo-tores (sem paradas inesperadas) éuma exigência da aplicação. Por-tanto, garantir a disponibilidade doequipamento é o grande desafionuma aplicação severa por natureza.

Os motores de corrente contínua, atéentão largamente utilizados para alcan-çar o controle de velocidade necessárionos rolos de laminação, foram substituí-dos por motores elétricos de corrente al-

>>>Seu desejo é uma ordem

ternada com o advento dos inversores defreqüência com tecnologia PWM. Estaevolução já foi um passo importante paraa melhoria do processo, pois eliminou anecessidade de manutenção constante dasescovas, com conseqüente redução do nú-

mero de intervenções para manutençãoe custos associados.

Porém, o segmento siderúrgico naci-onal continuou com o ônus dos proble-mas de logística, pois os motores especí-ficos para esta aplicação - conhecidosmundialmente como motores Roller Ta-ble - até então eram importados. “Nãohavia um fornecedor no mercado nacio-nal deste tipo de motor elétrico”, lembrao analista de vendas Cláudio Martins, daWEG. Alternativamente, alguns passa-ram a utilizar motores trifásicos indus-triais nacionais de aplicação geral comalgumas melhorias para prolongar a vidaútil, com melhores resultados, porémaquém das expectativas. Além de seremimportados, os motores disponíveis es-pecíficos para esta aplicação necessitavamainda de muitas interferências de manu-tenção.

FLÁ

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Motor Roller Table➔

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WEG em Revistawww.weg.com.br 11WEG em Revista

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Bras e Fioravante, na WEG, com um motor Roller Table➔

Havia uma real necessidade de resolver oproblema do cliente.

Durante o desenvolvimento, as infor-mações adquiridas junto aos usuários eequipes de manutenção foram de funda-mental importância. O procedimento deanálise de causa-raiz da falha permitiuidentificar que o principal problema decampo encontrado nesta aplicação era aqueda de isolamento do enrolamento(bobinado), com posterior queima domotor num curto intervalo de tempo.

Desejos e necessidades impulsi-onaram o estudo da aplica-

ção e o benchmarking comos produtos importados.

O know-how daWEG como fabrican-te de motores permitiu

fixar as diretrizes para odesenvolvimento. A so-

lução encontrada com-preende a utilização de um

sistema de vedação exclusivo,que elimina a entrada de con-taminantes nocivos aos mate-riais isolantes, que causam a

indesejada queda de isolamen-to e queima do motor. Da fase

inicial até a implementação do lança-mento foram testados exaustivamenteinúmeros protótipos em várias usinassiderúrgicas parceiras da WEG.

Deste processo de desenvolvimen-to nasceu uma alternativa nacional pi-oneira, que traz importantes benefíci-os para os clientes:

• Ter um motor com característicasespecíficas superior às soluções exis-tentes anteriormente.

• Proporcionar melhor logística, de-vido ao menor prazo de entrega (fá-brica no Brasil).

• Motores excedem os níveis de ren-dimento mínimos estabelecidos peloInmetro para Motores Alto Rendi-mento.

• Produto disponível para exportação.

O sucesso alcançado se deve emmuito à participação dos profissionaisdas usinas siderúrgicas, que forneceramà WEG informações valiosas sobre aaplicação e suas dificuldades. É a com-provação de que ouvir os clientes é defundamental importância para atendersuas necessidades e desejos.

>>> Histórico

Foi então que a WEG, um dos maisimportantes fabricantes de motoreselétricos mundiais, aceitou o desafiolançado pela indústria siderúrgica dedesenvolver uma solução nacional paraos motores Roller Table. Uma vez iden-tificado o desejo, a WEG disponibili-za a equipe de engenharia para desen-volver esta linha, interagindo bastantecom as principais siderúrgicas do país.

“A

DA NECESSIDADE,A EVOLUÇÃO

➔ Atendendo umanecessidade dosegmento siderúrgico,WEG cria uma soluçãonacional para o mercado

gora temos um motor re-almente apto a suportar ascondições do laminador.”A constatação é de PedroFioravante, engenheiro de

Manutenção da Usiminas. “A WEG, alémde resolver nosso problema, atendeu tam-bém a uma necessidade do mercado side-

rúrgico como um todo”, acrescenta o en-genheiro de Manutenção Elétrica Bras Au-gusto de Oliveira.

Se você leu a reportagem de capa des-ta edição, nas páginas 4, 5 e 6, sabe quemuitos desejos se tornam necessidades,tanto para quem tem o desejo, quantopara quem ajuda a realizá-lo. Na buscapara atender uma necessidade ou desejosurgem as inovações e as descobertas, enão somente as melhorias nas soluçõesjá conhecidas e aplicadas.

Um importante segmento da indús-tria brasileira de destaque no cenário mun-dial - o siderúrgico - necessitava ou dese-java obter motores elétricos aptos a supor-tar o máximo tempo possível sem a ne-cessidade de intervenções para manuten-ção, para operar nas severas condições en-

contradas nas linhas de laminação a quen-te. Os motores que mais se adequavam aesta aplicação eram importados, e não es-tavam suportando as condições da linhaadequadamente. Nesta etapa do processode produção das usinas siderúrgicas, umaplaca de aço de aproximadamente 250 mi-límetros de espessura é reduzida para emtorno de 2 milímetros. São processadas3,52 milhões de toneladas de chapas porano. Nesta linha funcionam inúmeros mo-tores elétricos. Sempre que um motor párade funcionar, prejudica seriamente o pro-cesso.

No final da linha as bobinadeiras dãoao produto a forma de bobinas, que se-rão processadas na etapa de laminação afrio até atingir a espessura exigida pelosconsumidores.

negócios

As condições a que os motoreselétricos são submetidos numamesa de laminação a quente são dasmais severas encontradas na indús-tria, incluindo a exposição ao pó,vapor, água e uma carga de traba-lho ininterrupta. Já se sabe que operfeito funcionamento destes mo-tores (sem paradas inesperadas) éuma exigência da aplicação. Por-tanto, garantir a disponibilidade doequipamento é o grande desafionuma aplicação severa por natureza.

Os motores de corrente contínua, atéentão largamente utilizados para alcan-çar o controle de velocidade necessárionos rolos de laminação, foram substituí-dos por motores elétricos de corrente al-

>>>Seu desejo é uma ordem

ternada com o advento dos inversores defreqüência com tecnologia PWM. Estaevolução já foi um passo importante paraa melhoria do processo, pois eliminou anecessidade de manutenção constante dasescovas, com conseqüente redução do nú-

mero de intervenções para manutençãoe custos associados.

Porém, o segmento siderúrgico naci-onal continuou com o ônus dos proble-mas de logística, pois os motores especí-ficos para esta aplicação - conhecidosmundialmente como motores Roller Ta-ble - até então eram importados. “Nãohavia um fornecedor no mercado nacio-nal deste tipo de motor elétrico”, lembrao analista de vendas Cláudio Martins, daWEG. Alternativamente, alguns passa-ram a utilizar motores trifásicos indus-triais nacionais de aplicação geral comalgumas melhorias para prolongar a vidaútil, com melhores resultados, porémaquém das expectativas. Além de seremimportados, os motores disponíveis es-pecíficos para esta aplicação necessitavamainda de muitas interferências de manu-tenção.

FLÁ

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www.weg.com.br

Linha de produção da Usiminas➔

WEG e Usiminas vêm es-treitando o relacionamento hámuito tempo. Em 2001, porexemplo, entrou em operação naUsiminas a segunda maior ponte-rolante do mundo, com o sistemade automação fornecido pela WEG.A ponte-rolante tem capacidade deelevação de 260 toneladas no gan-cho principal e 40 toneladas nogancho auxiliar (acesse, no site daWEG, a revista nº 14).

No início deste ano, a WEG tra-balhou na modernização de um an-tigo laboratório da siderúrgica mi-neira. Para encontrar a solução ade-quada, a WEG atuou junto comprofissionais de duas de suas uni-dades, com sua Assistência Técni-ca na região e com a própria Usi-minas. Com a nova estrutura, aUsiminas ganha várias vanta-gens: as operações tornaram-sesimples e automáticas e as par-tidas suaves evitam proble-mas durante os ensaios.

A linha Roller Table foi desenvolvida exclusivamente para laminadorese mesa de rolos. Estão disponíveis em Alto Rendimento e são aptos paraoperar com inversor de freqüência. As aletas radiais são concebidas paraevitar o acúmulo de água e resíduos sólidos na superfície da carcaça. Comum sistema de vedação exclusivo WEG e proteção contra corrosão, são amelhor opção para atender a severidade da aplicação.

Veja, na página 13, uma matéria especial sobre o Roller Table.

>>> O Roller Table >>> Parceriaproveitosa

Ponte rolante entrou em operação em 2001➔

WR - A partir de que momento você sentiu que obasquete passou a ser uma necessidade em sua vida?

Paula - Desde pequena. O basquete começou comouma brincadeira, aos 10 anos, jogando na rua. A profissio-nalização acabou sendo uma conseqüência de tudo, ummarco. Quando você passa a ser remunerado por fazer umacoisa que gosta, fica mais fácil.

WR - Você teve a oportunidade de ir jogar nos Esta-dos Unidos, mas não foi. Era um sonho seu jogar lá?

Paula - Eu tinha um sonho de jogar um dia a Ligaamericana. Mas, infelizmente, quando eu recebi o convitejá tinha 35 anos. Além disso, a proposta que me fizeramera de ganhar três vezes menos que aqui. Então, nada memotivava a ir. Aquela era uma fase da minha vida em queeu tinha de colher o que havia plantado. Não era hora dechegar à WNBA (Women National Basketball Associati-on, a liga feminina norte-americana de basquete) e ter querecomeçar a construir toda a carreira.

WR - E como foi a experiência na Europa? (Paulajogou no clube espanhol Tintoretto, em 1989)

Paula - Não foi uma experiência profissional muitoagradável (Paula torceu o joelho logo no início da tempo-rada e ficou seis meses em tratamento), mas pessoalmentefoi interessante. Eu vi que no Brasil fazíamos basquete deuma forma muito mais profissional que eles. Lá treinava-se uma vez por dia, uma hora e meia em média. Aqui trei-namos duas vezes por dia, seis horas. Hoje a situação édiferente. Após a Olimpíada de Barcelona, o basquete fe-minino espanhol teve um crescimento, está profissionali-zado.

WR - E quanto ao basquete brasileiro, você temacompanhado, depois que parou de jogar?

Paula - Não, estou bem afastada de tudo. A Confede-ração nunca me procurou para falar de projetos, nuncaprocurou a Hortência, nunca procurou o Oscar. Eles li-dam com a gente como se nunca tivéssemos sido nada.

WR - Que rumo você tomou?Paula - Fui fazer gestão esportiva, trabalho com jovens

num centro de treinamento em São Paulo. Afastei-me dobasquete.

WR - E a Fundação Passe de Mágica?Paula - Na verdade, ainda não é uma fundação, é um

projeto social, que minha irmã Branca ajuda a coordenar.Atendemos 300 crianças, num projeto-piloto.

WR - Qual é hoje a grande necessidade do basquetebrasileiro?

Paula - É preciso uma reformulação total, arejar a ca-beça dos dirigentes, profissionalizar a gestão, tratar o bas-quete como um negócio, utilizar o marketing, massificar oesporte.

WR - Qual é o teu grande desejo atualmente?Paula - Eu vivo do meu momento. Então, meu desejo

é fazer bem feito o que eu faço hoje, sem pensar muito noamanhã.

Campeã pan-americana em 1991, campeã

mundial em 94, medalha de prata em Atlanta

96. Estas são algumas das conquistas mais

importantes da carreira de Maria Paula

Gonçalves da Silva, a Magic Paula, uma das

melhores jogadoras da história do basquete

brasileiro. Hoje dedicada às palestras, a um

projeto social e à diretoria do Centro Olímpico

em São Paulo, Paula só bate bola de vez em

quando, para não perder a forma. E foi no dia

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entrevista exclusiva à WEG em Revista.

PaulaA magia de

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A RAZÃO DESCONHECESou fascinado pelo comportamen-

to humano. Observar pessoas, analisaras digitais de cada personalidade, tentarprever seu modo de agir, tudo é maté-ria-prima para quem escreve e praticamarketing. Será que as pessoas agemmotivadas apenas por necessidades? Nãoé tão simples assim.

É claro que as necessidades básicasajudaram a traçar a rota do comporta-mento humano ao longo da história.Maslow estudou isso e até criou umaespécie de hierarquia que ia além dasnecessidades fisiológicas ou de seguran-ça, chamando a atenção para aquelas queenvolvem o convívio social, a estima eauto-realização. Coisas tão complexasquanto o coração, cujas razões a própriarazão desconhece.

Eu tentava explicar isso em uma aulade marketing quando uma aluna con-tou o que tinha visto no sábado na bala-da. Atrás dela, um casal que acabara dese conhecer conversava animadamente.Ele falava de suas realizações, querendomostrar-se capaz de suprir todas as ne-cessidades, desejos e expectativas da jo-vem. Ela ria risos de pérolas e destilavacharme por todos os poros, enquantotentava descobrir o pedigree real daque-le príncipe em potencial.

O jogo da corte, que garante a au-diência em romances e novelas, é tam-bém um jogo de atração e repulsa. Écomplexo demais para explicar, apren-der ou ensinar. Faz parte da essência einstinto de todo ser vivo de despertarnecessidades, desejos e expectativas emostrar capacidade para supri-las. Nes-se jogo de sedução macho e fêmea dan-çam um para o outro, como fazem ospássaros; exalam aromas cheios de men-sagens cifradas, como fazem os leões; ese bicam, como fazem as pombas, an-tes de alçar vôo.

E era hora de alçar vôo, porque anoite chegava ao fim. Foi quando a

garota revelou sua necessidade: alguémpara levá-la para casa de carro. O ra-paz tirou a chave do bolso e se ofere-ceu. Ela animou-se com a idéia quan-do viu a chave da necessidade supridabalançando no ar. A história acabariaaqui se as coisas fossem simples assim.Mas não são.

— Que carro você tem? — pergun-tou com voz de dengo, interessada naraça do alazão cuja garupa iria cavalgar.

— Fusca.O “a” de Fusca ainda soava no ar

quando o príncipe percebeu que tinhavirado sapo na concepção da garota. Nãodeu tempo de explicar. Ela agarrou obraço de um providencial amigo quepassava, pediu carona e despediu-se demodo econômico:

— Fui!

O rapaz achou melhor ir também.Olhando para a chave de seu Volkswa-gen, sorriu um sorriso maroto e foi.

Na saída os casais esperavam os car-ros que chegavam pela mão dos mano-bristas para ver quem ia com quem. Opríncipe que virou sapo estava lá, a ga-rota também, retribuindo os olhares dorapaz com nariz empinado de desprezo.Antes de entrar no carro do amigo, umCorsa azul-brega com camuflagem cin-za-chumbo-funilaria, ela ainda olhoupara trás sorrindo com desdém para ogalanteador fracassado. Amarelou.

Bem atrás do Corsa, o sapo retoma-va a forma de príncipe enquanto entra-va em um novo, reluzente e conversívelNew Beetle — o novo Fusca. Amarelocomo o último sorriso que a garota lhedirigiu.

WEG em Revistawww.weg.com.br8 WEG em Revista

www.weg.com.br 13WEG em Revistawww.weg.com.br

MOTOR ROLLER TABLE

Motores para laminadorese mesas de rolos

WEG tem uma ampla linha demotores elétricos especialmenteprojetados para atender os requi-sitos de cada aplicação.

Atendendo às necessidadesdas siderúrgicas, a WEG desenvolveu o maisavançado sistema de acionamento paramesa de rolos.

O motor Roller Table tem baixa manu-tenção e é confeccionado em carcaça de fer-ro fundido cinzento FC200, especialmen-te desenvolvido para atender à severidadedo ambiente siderúrgico.

• Motor Alto Rendimento Plus, para um maior de-sempenho e redução no consumo de energia.

• Sistema de vedação dos mancais tipo W 3 Seal, al-tamente eficaz contra a entrada ou acúmulo de águae impurezas. Vedação dupla dos encaixes das tam-pas e caixa de ligação.

• Exclusivo sistema de isolação WISE (WEG Insula-tion System Evolution), com fio esmaltado WEGGIII 200º C eficaz para aplicações em ambientesagressivos com presença constante de umidade. Aptopara operação com inversor de freqüência.

• Dupla impregnação com verniz hidrossolúvel, ten-do uma constante preocupação ecológica.

• Pintura interna especial para ambientes com pre-sença excessiva de vapor e pintura externa com aca-bamento em poliuretano (Plano de pintura 212P),evitando a corrosão e aumentando a vida útil domotor.

• Eixo, parafusos de fixação e placa de identificaçãoem aço inoxidável AISI 316 para ambientes com pre-sença excessiva de água/vapor, resistente à corrosão.

• Aletas radiais/circulares, que evitam o acúmulo demateriais/água sobre o motor.

técnica

• Carcaças: 132M, 160L, 180M, 200L e 225S/M**

• Isolamento: Classe “H”

• Dupla vedação com prensa cabos na passagem dos cabos

• Placa de bornes

• Sensores de temperatura PT-100 / Termostato (opcional)

* * Demais carcaças sob consulta

A

>>> Atributos

>>> Características

crônica

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balanço

WEG em Revistawww.weg.com.br14 WEG em Revista

www.weg.com.br 7

TransformadoresInvestida no mercado externo, fo-

cando no mercado norte-americano,América Latina e África, para linha detransformadores de força. Em subes-tações, presença consolidada em for-necimento para o mercado de conces-sionárias e classe 230 kV.

AutomaçãoDestaque em tecnologia: lança-

mento do inversor de freqüência demédia tensão. Destaque de forneci-mento: pacote elétrico para projetosda Vale do Rio Doce, no valor de R$15 milhões.

QuímicaDestaque para os fornecimentos

para as plataformas P-52 e P-54 daPetrobras. Criado o Comitê Cientí-fico Tecnológico para a divisão detintas.

WEG cresce 23% no semestrem semestre marcado pela consolidação do cres-cimento da WEG, tanto no mercado internoquanto no internacional. Assim foram os primei-ros seis meses de 2005, de acordo com o balançodivulgado em julho.

Veja no quadro os números referentes ao aumento dofaturamento (valores em milhões).

1º sem. 2005 1º sem. 2004 Percentualde crescimento

Faturamento R$ 1.459 R$ 1.181 23%

Mercado int. R$ 910,8 R$ 701,7 30%

Mercado ext. US$ 213,8 US$ 161,1 33%

U>>> Os destaques das empresas no semestre

As ações da WEG acabam deentrar para o mais recente indi-cador do mercado acionário bra-sileiro, o ITAG - Índice de Açõescom Tag Along Diferenciado -, quemede o desempenho de uma cartei-ra teórica composta por ações de em-presas que oferecem uma proteçãomaior ao acionista minoritário, nocaso de alienação do controle. A car-teira do Índice Tag Along estreou nofinal de junho com 46 ações de 40empresas listadas na Bovespa.

Além do ITAG, as ações daWEG também estão listadas nos in-dicadores IbrX (Índice Brasil),IGC (Índice de Ações com Gover-nança Corporativa Diferencia-da), MSCI (Morgan Stanley Ca-pital International), FGV100(Fundação Getúlio Vargas) eIVBX-2 (Índice Valor Boves-pa - 2ª linha).

>>> Novoindicador

AcionamentosInvestimentos em tecnologia:

inauguração do novo laboratório deensaios, o mais moderno do país. Cer-tificação de Tipo BV para componen-tes elétricos de baixa tensão.

MotoresLinha W Wash, projetada para os

segmentos que tenham a necessidadede higienização e limpeza com águado ambiente em que estão instalados.WEG Extra Long Life: nova linha demotores atende a exigente indústria deprocessamento contínuo, apresentabaixos níveis de ruído e vibração, altaprecisão mecânica e maior tempo devida útil.

MáquinasAquecimento do mercado externo.

Somente para a Índia, negócios demais de 10 milhões de dólares. For-necimento de 11 geradores para pla-taformas da Petrobras. Ampliação dafábrica em 8.000 m².

FLÁVIO UETA

DIVULGAÇÃO

CINEMAEste Obscuro Objeto do Desejo (Cet Obscur Objet du Désir) Luis

Buñuel, França/Espanha 1977. Homem de 50 anos se apaixona poruma mulher bem mais jovem, que se recusa a ter relações sexuaiscom ele, mantendo-o completamente obcecado por ela.

Banha com geléiaSão 3 horas de uma madrugada chuvosa. A mulher,

grávida, acorda o marido com um pedido: “Estou comdesejo de comer pão sírio com banha de porco e geléiade caqui”.

Esse é um dos tais “desejos de grávida”, que se mani-festam pela vontade de comer mais que o normal e in-cluem um menu nada convencional. O ginecologista eobstetra Arnaldo Shizzi Cambiaghi, autor do livro Ma-nual da Gestante – Orientações Especiais para a MulherGrávida (Editora Madras), diz que um dos motivos des-ta alteração é o aumento dos níveis dos hormônios HCGe progesterona,responsáveis poralterações depaladar e tam-bém de com-portamento.

“Outro as-pecto – diz omédico - é o psi-cológico. Comoa atenção da famí-lia está dirigidaao bebê, a grá-vida, inconsci-e n t e m e n t e ,pode quererchamar a aten-ção.” Se a mu-lher grávida sen-te fome, o idealé equilibrar adieta com fru-tas, verduras elegumes, alémde proteínas ecarboidratos.Pão sírio com ge-léia de caqui atédá, mas sem ba-nha de porco.

>>> Para saber mais

Os limitesAfinal de contas, então, quais são os limites demar-

catórios de desejo e necessidade?Os grandes desejos do ser humano normal seriam

coisas como mansão na praia, TV a plasma de 50 pole-gadas, um Porsche na garagem etc. etc. E as necessida-des? Casa própria, um televisor de 14 polegadas, um fus-ca... É tudo uma questão de administrar essas diferen-ças, de buscar a utilidade de cada emoção. De fazer comque o desejo e a necessidade caminhem juntos. Um mili-onário que conseguiu tudo que queria, mansões, carrõese títulos de clubes influentes realizou seus desejos – e

também aten-deu suas neces-sidades. Umoperário queconstruiu suacasinha, tem seufusca, seu televi-sor e é sócio doAmigos do Bardo Adolfo tam-bém supriuaquilo que era

necessário em suavida.

Se quiser maisque isso, vai ter anecessidade detrabalhar mais,se aperfeiçoar,crescer na carrei-ra... E ganharmais, sonhandoem realizar desejosmaiores.

Essa é a formamais real. O jeitomais fácil é ser bafe-jado pela sorte.Quer tentar com apata do macaco?

LITERATURAManual da Gestante – Orientações Especiais para a Mulher Grávi-

da, Arnaldo Shizzi Cambiaghi, Editora MadrasO Comportamento do Consumidor - Comprando, Possuindo e Sen-

do, Michael R. Solomon, Ed. Brockman

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WEG em Revistawww.weg.com.br6 WEG em Revista

www.weg.com.br 15

crescimento

Quando se fala em desejo, um as-pecto que logo vem à mente é o su-perlativo. O de ter sempre um poucomais do que realmente se necessita. Éaí que entra o luxo. Não necessaria-mente a ostentação, que seria uma va-riável nada edificante do luxo. Mas odesejar – e poder adquirir – o melhorque o dinheiro possa pagar.

E o luxo não enxerga crise. Segun-do a revista Veja (29/06/2005), o mer-cado brasileiro do alto luxo faz circu-lar 10 bilhões de reais anualmente. Em2004, foi um crescimento de 38% so-bre o ano anterior – oito vezes maisdo que o PIB e 70% acima da médiamundial do segmento. Novamentesurge a espiral, com um desejo no cen-tro e uma série de necessidades a girar.

O desejo de desfrutar do luxo exi-ge até mesmo aperfeiçoamento profis-sional. No Brasil, por exemplo, existeum curso em nível de MBA em Ges-tão do Luxo. Criado pela FundaçãoArmando Alvares Penteado (FAAP),de São Paulo, o curso é dirigido a pro-fissionais com experiência no ramo, evisa capacitar os participantes nas prin-

Desejode luxo

Entre as mais de 3 mil empresasanalisadas pela revista Exame namontagem do ranking das 500 mai-ores do Brasil, a WEG chegou à 120ªposição, subindo cinco posições emrelação ao ranking de 2004. A em-presa também está entre os 100 mai-ores grupos empresariais do país,ocupando a 62ª posição.

No ranking setorial, em Mecâ-nica, classificou-se em primeiro lu-gar entre as maiores indústrias doBrasil e em segundo no ranking dasmelhores. Já na listagem regional, foiconsiderada a 17ª maior empresa ea 10ª que mais exporta na região Sul.

A 32ª edição do anuário analisaos dados contábeis de mais de 3.000empreendimentos, que se enqua-dram nos seguintes critérios: ser umadas 1.000 maiores empresas priva-das ou estatais do país, o que impli-

A WEG está concluindo as obras de expansão da uni-dade da WEG Máquinas destinada à produção de mo-tores e geradores de grande porte, atendendo à crescentedemanda de pedidos.

O novo prédio, com 8.000 m2 de área construída epé-direito de 20 metros, será utilizado para a fabricaçãode máquinas de grande porte até 200 MVA. No espaçotambém será instalado um novo laboratório de ensaiosde máquinas elétricas até 20 MVA.

Atualmente, a produção mensal é de 600 mil cv; como aumento da fábrica, a previsão é de que essa capacida-de produtiva cerca de 30%, chegando a 750 mil cv.

Segundo Sinésio Tenfen, diretor superintendente daWEG Máquinas, esta ampliação visa atender a uma cres-cente demanda do mercado. “O mercado externo, prin-cipalmente, oferece boas perspectivas neste segmento demáquinas de grande porte”, diz o diretor.

ca ter um faturamento anual supe-rior a 207,1 milhões de dólares; seruma das 50 maiores empresas pri-vadas, uma das 50 maiores empre-sas estatais, uma das 50 maiores domundo digital, um dos 50 maioresbancos ou uma das 50 maiores se-guradoras; ser um dos 100 maioresconglomerados ou grupos empresa-riais; e ser uma das 100 maiores em-presas das regiões Centro-Oeste,Norte-Nordeste e Sul.

Nova área para grandesmotores e geradores

➔ Novo prédio vai aumentar capacidade de produção em 25%

WEG SOBENO RANKING

Na edição Melhorese Maiores da Exame,WEG sobe cincoposições em relaçãoao ano passado

>>> O crescimentoNesta déca-

da, a WEG vemmelhorando deposição a cadaano no rankingda Exame.

Confira.

Posição120º125º140º143º146º

Ano20052004200320022001

DOUGLAS R. STANGE

cipais técnicas de gestão dos chama-dos “bens e serviços de luxo”.

Outro bom exemplo de sofistica-ção e realização de desejos intelectu-ais é a Casa do Saber, um centro dedebates e disseminação do conheci-mento criado em São Paulo. Num am-biente extra-acadêmico, a Casa do Sa-ber oferece cursos li-vres, palestras e ofi-cinas de estudo nasáreas de filosofia,história e arte, reu-nindo renoma-dos professo-res e confe-rencistas.

A Casado Saber –

conhecida como “Daslusp”, ou seja, aDaslu das universidades - conta comuma livraria especializada em filoso-fia, literatura, história, psicologia, ar-tes cênicas e música, além de best sel-lers e livros de arte em geral. Um caféfunciona junto à livraria. A procurapor vagas na Casa é grande, e os pre-ços não são dos mais doces – mas ainstituição também disponibiliza bol-sas de estudos.

A própria Daslu, famosa butiquevoltada à classe A, é um exemplo darealização de desejos de um segmentoda sociedade que quer – e pode ter –mais do que o necessário. O recenteimbroglio em que a Daslu se envol-veu demonstra os riscos de extrapolaralguma necessidade ou desejo.

➔ Casa do Saber:a sofisticação doconhecimento

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WEG em Revistawww.weg.com.br16 WEG em Revista

www.weg.com.br 5

mercado

Um transformador elevador foiproduzido e colocado em operaçãopela WEG no tempo recorde de 110dias. O produto foi negociado com aempresa Duke Energy da Argentina,que opera a Hidrelétrica Cerros Co-lorados, na província de Neuquén.

O transformador elevador temcomo característica fundamental a in-tercambiabilidade com a máquinaexistente, de tal maneira que foramrespeitados todos os dados construti-vos da máquina que já operava na usi-na.

A produção do transformador foiexecutada com a supervisão do clien-te e da Universidade Nacional de SanJuan, que acompanharam os testes defabricação e de campo junto com ainstalação (start-up).

Em maio a WEG México forne-ceu, para a Flowserve, dois motoresverticais para serem aplicados em tor-res de resfriamento na refinaria Ing.Antonio Dovalí Jaime, em SalinaCruz, Oaxaca. A particularidade des-tes motores foi a instalação de umapassarela superior e escada para repa-ro e manutenção dos rolamentos su-periores.

Com este fornecimento, a WEGbusca se consolidar na fabricação demotores especiais de média e alta ten-sões no mercado mexicano, em par-ceria com diversos fabricantes de equi-pamentos originais, como a Flowser-ve, e de seus grandes usuários.

O que o mundo querProdutos WEG movem máquinas em empresas ao redor de todo o globo➔

Um fornecimento de motores (demédia tensão) da Linha M com a novacertificação SAA foi feito para a Aus-trália. A certificação, homologada pelaTest Safe Australia para o fornecimen-to de motores baixa e média da LinhaM, completa a certificação de toda agama de produtos certificados para aAustrália. A certificação da Linha Mcompleta as certificações já existentespara os motores W21, motores de BT,linha H e MT. Isto expande a linhade motores WEG certificados ofere-cidos até a carcaça 1000 IEC.

Os motores foram enviados paraas refinarias Caltex Lytton e Kurnell,como parte importante de um proje-to chamado “clean fuel project” (pro-jeto de combustível limpo). O pacotefoi negociado pela Thomassen Com-presion System, da Holanda, fabrican-

te de compressores recíprocos, que es-colheu a WEG como fornecedor demotores para este projeto.

>>> Motores especiais para refinaria mexicana

>>> Transformadorfabricado emtempo recorde

>>> Motores de Média Tensãoagora com certificação SAA

O FORNECIMENTO

Dois motores de 1.500 HP,

6 pólos, 4.160 V, carcaça

8810

O FORNECIMENTO

Um transformador de 28

MVA em 11/147 kV

O FORNECIMENTO

Um lote de motores, de

330 kW, 16 pólos,

3,3 kV até 1.600 kW,

14 pólos, 11 kV

FOTO

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final, o que levou Eva aaceitar aquela polêmicamaçã? Se ela tinha necessi-dade de se alimentar, o Pa-raíso era pródigo em fru-

tas de todas as espécies. Bastava co-lher e comer. Por quê, então, aquelamaçã?

Na verdade, o casal primordial nãotinha necessidade de comer aquelamaçã em especial. Mas a insidiosa ser-pente, transfiguração do demônio, reidas tentações, convenceu Eva de queela desejava a maçã. Daí a convencero companheiro Adão foi um pulo. Eo resultado todos conhecemos bem.

Isso leva a questionar sobre as di-ferenças entre desejo e necessidade. Atéque ponto um se associa ou se disso-cia do outro. Quais os limites entre asduas emoções (ou seriam elementosfísicos?).

O psicanalista francês Jacques La-can (1901-1981), criador de uma cor-rente derivada dos ensinamentos deSigmund Freud, definiu o desejocomo “o preenchimento de um vazio

ROBERTO SZABUNIA estrutural”. E isto seria, na visão deLacan, motivo para a permanente cri-se do ser humano, pois os vazios sãosuscetíveis a infinitos preenchimentos,à medida que os desejos vão sendo re-alizados. “O desejo se manifesta a par-tir da demanda”, reforça Lacan.

Isso significa que o ser humano éum poço sem fundo de desejos. Opoço, por sinal, é um símbolo inte-ressante para situar os limites entre de-sejo e necessidade. Um poço artesia-no comum supre a necessidade que oser humano tem de uma substânciavital: a água. Por outro lado, há umcerto tipo de poço que oferece a con-cretização de sonhos que vão além danecessidade física: é o poço dos dese-jos das lendas orientais. Em troca deuma moedinha, ele concede a realiza-ção de desejos materiais bem mais so-fisticados que um balde de água.

Uma versão mais moderna e ro-mântica da fonte dos desejos existe emRoma. É a famosa Fontana di Trevi,imortalizada no filme “A Fonte dosDesejos” (Jean Negulesco, 1954). Ashistórias das mil e uma noites eterni-zaram a lâmpada de Aladim, com seugênio. Essa lenda acabou glamurizada

A pata

No conto A Pata do Macaco, um velhosoldado inglês ganha uma mão demacaco empalhada, que carregavaconsigo a lenda de ter sido enfeitiçadapor um faquir indiano. A pata teria odom de conceder três desejos a trêshomens distintos. O primeiro pedido dovelho soldado é ter 200 libras. E elasvêm, na forma de uma indenização pelamorte do filho, trucidado por umamáquina em seu local de trabalho. Osegundo pedido é a volta do filho. Mas aincerteza pelo que vai ver quando aporta se abrir leva o velho a fazer oterceiro pedido, cancelando o segundo.

pela televisão, com a sensual Jeanniedo seriado dos anos 60.

Mas há também exemplos nadaidílicos ou sensuais. O mais sinistro,sem dúvida, é a Pata do Macaco, con-to do escritor inglês William Wy-mark Jacobs (1863-1933). O amule-to, uma pata de macaco empalhada,também concede desejos ao seu pos-suidor. Mas nem sempre os resulta-dos são aqueles esperados.

A

A questão do desejo e da necessidade também seaplica às relações políticas, religiosas, esportivas, co-merciais...

Uma nação, por exemplo, necessita de uma orga-nização sócio-política que lhe permita oferecer infra-estrutura e serviços básicos à população. Esta organi-zação é preenchida por pessoas que desejam ocuparcargos executivos ou legislativos, e que se candidatamao direito de escolha da sociedade – o voto.

O consumidor deseja um telefone celular mais com-pacto, com alternativas de cores e 1.200 toques dife-rentes de campainha? Este desejo – primeiro estágio -é uma necessidade de aprimoramento para os fabri-cantes de celulares – segundo estágio.

O desejo do torcedor é ver seu time campeão? Poisa diretoria do clube tem a necessidade de contratarum bom técnico e montar um elenco forte. Por seuturno, o clube repassa parte desta necessidade de voltaao torcedor, conclamando-o a prestigiar o time em

todos os jogos, se associando, comprando camisa, boné,chaveiro... O clube ou o poder público precisam dis-ponibilizar um estádio adequado, com boa estruturade transportes para o torcedor em dia de jogo. Aindahá os jogadores, os pipoqueiros, os guardadores de car-ro, a segurança policial... Neste caso, um desejo – sercampeão – se transforma numa sucessão de necessida-des, num movimento em espiral.

A ciência tem tido avanços, também por conta dasatisfação de desejos e necessidades. Nos últimos 100anos o homem foi pródigo em inventar e descobrir mei-os de tornar a vida na Terra mais cômoda. Do lança-mento da aspirina, em 1905, ao impacto de uma son-da da Nasa com um cometa, em 2005, o desenvolvi-mento científico foi rápido.

Por aí se vê que o desejo não é nocivo ou abomi-nável. Afinal, ele move um conjunto de necessidades,que, por sua vez, movem as atividades produtivas hu-manas.

Tudo se move

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DESEJOEntre o

NECESSIDADEe a

Assim que a necessidade é satisfeita, vem o desejo de querer mais➔

Resumo das principais notícias publicadas no site www.weg.com.br.Clique no link Sala de Imprensa.

especial

WEG em Revistawww.weg.com.br4 WEG em Revista

www.weg.com.br 17

navegue na WEG

Inovações tecnológicas para a indústriade petróleo e gás foram mostradas pelaWEG na Brasil Offshore, feira queaconteceu de 15 a 17 de junho emMacaé (RJ). As soluções, total-mente nacionais, incluemgeradores, motores sín-cronos e motores parabombas centrífugas emrefinaria, transformadores a seco,reatores a óleo e motores para propulsãode navio, entre outros produtos. A foto ao ladomostra um diagrama interativo, inserido no CatálogoEletrônico, onde as soluções WEG estão indicadas. (15/06/05)

MC4 Motion ControlA WEG Itália participou da primeira edi-ção da MC4 Motion Control, feira italia-na inteiramente voltada ao controle eautomação industrial, realizada em Bo-lonha. (29/06/05)

ChinaUma missão empresarial chinesa incluiua WEG no roteiro para troca de inter-câmbio comercial e tecnológico com ospaíses da América do Sul.(16/06/05)

A WEG desenvolveu um motor de anéis comdispositivo eletromecânico que permite o levan-tamento das escovas logo após a partida do mo-tor, através do curto-circuito dos anéis coletores.Esse procedimento evita o desgaste constante eprematuro das escovas e anéis coletores, reduz asparadas para manutenção dos anéis e troca deescovas, impede o acúmulo de pó de escovas,mantendo alto o nível de isolação do rotor, e au-menta a vida útil das escovas, anéis coletores e,conseqüentemente, do motor. (28/06/05)

Na terra ou no mar, a WEG é Brasil

Motor de anéis quenão gasta escovas

ET colorido

Únicodisjuntor-motor fa-bricado noBrasil, oM P W 2 5a u m e n t asua faixa de proteção para 32 A e con-ta com novos acessórios na linha,como a nova placa frontal para mon-tagem em porta ou lateral de painéis.A nova faixa de ajuste permite a maiscompleta e compacta proteção paramotores com potências de até 20 cv(15 kw), 380V / 440 V. (15/07/05)

➔ Novo motor tem vida útil mais longa

CLIC 02A nova versão do produto ganha mais re-cursos de software e hardware: maior ca-pacidade de entradas e saídas digitais,comparadores e contadores, comunica-ção serial e expansão digital. (01/06/05)

Comando e SinalizaçãoA alta tecnologia WEG em desenvol-

vimento, projeto e fabricação da linha CSW- Comando e Sinalização WEG - garanteaos produtos design moderno e ergonô-mico de toda a linha de botões, sinaleiros,comutadores e acessórios. (09/06/05)

RONALDO DINIZ

Uma estatue-ta do ET de Var-ginha, situada napraça daquela ci-dade mineira, foipintada com tin-ta LackthaneWEG, especialpara estruturas

expostas continuamente ao sol e àchuva. (08/07/05)

MPW25agora até 32 A

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WEG em Revistawww.weg.com.br18

expediente

índiceWEG em Revistaé uma publicaçãoda WEG.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89 256-900,Jaraguá do Sul, [email protected]. Conselho Editorial:Jaime Richter (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing) e Cristina Teresa Santos (analistade Marketing). Edição e produção: EDMLogos Comunicação, tel. (47) 433-0666.Textos: Roberto Szabunia. Tiragem: 23.000.

Os limites entre desejar e precisar 4

O

WEG em Revistawww.weg.com.br 3

editorial

Querer é poderantigo lema utilizado por dez em cada dez otimis-tas demonstra o poder da vontade para realizarqualquer desejo ou necessidade. Ou seja: se você tem

um desejo, utilize sua capacidade e busque ferramentas pararealizá-lo. Claro que às vezes há desejos impossíveis, que sómesmo um gênio da lâmpada poderia concretizar.

O ser humano passa a vida toda buscando realizar seusdesejos e necessidades. E isto é salutar, na medida em que levaà criação de novas formas de viver o dia-a-dia. Quantos arte-fatos curiosos já foram criados por crianças pobres, em peque-nas cidades, quando seus pais não podiam lhes dar brinquedoscaros? Quantos avanços a Ciência contabiliza, a partir danecessidade de entender o mundo e torná-lo um lugar melhorpara viver?

Sua empresa, certamente, desenvolveu vários novos produ-tos nos últimos anos. E como suas equipes de desenvolvimentode produtos chegaram a essas novidades? A resposta é: pesqui-sando os desejos de seus clientes, as necessidades do mercado.

É desta forma criativa que desejo e necessidade atuamcomo elementos propulsores do desenvolvimento pessoal e dasociedade.

Antonio César da SilvaDiretor de Vendas

AEu tenho um desejo.Você tem umanecessidade.Negócio fechado.

Diferenciarnecessidade de desejonos ajuda a definir

melhor a realprioridade

nossa opinião

Mande sua mensagem [email protected]

Gostaria de parabenizar pelo nível darevista. Milito na área de Energia há 20anos, e os artigos vêm ao encontro de mi-nhas necessidades de informação.Fernando Cesar CalsoniUsina São Martinho - Pradópolis - SP

Sou professor e diretor-fundador doscolégios Decisivo, Stella Maris e Unificado,de Curitiba, e quero parabenizá-los pelaWEG em Revista, a qual estamos disponi-bilizando aos alunos em nossa biblioteca.Qualidade gráfica e bom conteúdo são ca-racterísticas marcantes da revista.Jacir Venturi - Curitiba - PR

Gosto muito da revista, em especial acrônica de Mario Persona. A propósito, es-tou enviando uma crônica sobre a dificul-dade de fazer uma boa comunicação. Comos inúmeros recursos disponíveis, uma boacomunicação ainda não é tarefa das maisfáceis. Escrever, apagar, corrigir é fácil, maso computador não é inteligente, se não con-seguir controlar a velocidade do dedo quetecla “enviar”.Cleuza MatosTokio Marine Seguradora - São Paulo - SP

Paula: a magia do basquete 9Uma solução WEG para a Usiminas 10Um semestre de realizações 14Presença da marca em vários países 16

do leitor

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DRÉ

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ANDANDO JUNTOSs três frases da aberturadeste artigo são o resumode qualquer relacionamen-to comercial bem sucedi-do. Muitas vezes optamos

em complicar as coisas, usando abor-dagens mais sofisticadas como relaçãoganha-ganha, marketing de relaciona-mento, foco do cliente ou qualqueroutro nome. Independente do rótulo,para fechar um negócio entre empre-sas ou pessoas, tudo se resume à exis-tência de necessidades e desejos.

Óbvio? Sim, mas parece que mui-ta gente está se esquecendo disso, euma das razões é que nossa vida hojeprovavelmente muda mais em uma se-mana do que a vida de nossos pais emuma década. O ambiente de negóciosse altera com tantas possibilidadesabertas pelas novas tecnologias de in-formação e de co-municação.

Diferenciar ne-cessidade de desejo écada vez mais difícil,porque vivemosnuma sociedade al-tamente competitivae veloz, bombardea-da diariamente pormilhares de estímu-los consumistas. Às vezes temos difi-culdade em saber se o que está sendosatisfeito é uma necessidade ou umdesejo. Desde que o mundo é mundoos desejos e necessidades são o grandeestímulo que movem o desenvolvi-mento e a evolução.

Para uma empresa que tem o dese-jo de prosperar, o caminho é simples:ter produtos e/ou serviços que se en-caixem às necessidades do cliente. Nes-ta edição damos um exemplo recente:o motor Roller Table é uma necessida-de da indústria siderúrgica que vem aoencontro de um desejo da WEG defornecer produtos que contenham umdiferencial tecnológico e de valor agre-

gado. Acompanhar esse projeto de per-to foi interessante, para ver na práticaconceitos fundamentais como ouvir ocliente e se ajustar às suas necessida-des. As empresas (pessoas) precisamsempre lembrar dessas coisas básicaspara não correr o risco de forçar a si-tuação com seus clientes.

Parece complicado, e é. Mas a gentetambém pode tornar as coisas maissimples. E isso não se limita ao uni-verso de negócios. A vida não se tra-duz somente em desejos ou somenteem necessidades, pois as duas coisasandam juntas. Ter esse conceito sim-ples na cabeça facilita e ajuda a evitarproblemas.

Vamos ver um desejo que tem una-nimidade: obter, graças ao trabalho,bem-estar, desenvolvimento e prospe-ridade para si e para os seus.

No início desteano, vivenciei umasituação delicada:meu coração resol-veu me dar um avi-so (não ouvido pormim, mas em tem-po por pessoas pró-ximas e competentesa quem eu agradeçotodos os dias). Antes

que eu tivesse um infarto fui para umamesa de cirurgia. Esta situação me fezrefletir aquilo que todos já sabemos: aimportância da saúde e de ter longevi-dade para poder desfrutar o convíviocom familiares e amigos. E as pessoasque você ama também não querem serprivadas da sua companhia. Todos sa-bemos disso, mas às vezes esquecemos.De que vale obter prosperidade, se nãoexistir saúde e longevidade? Existemalgumas necessidades tão importantesa serem satisfeitas neste trajeto quantosatisfazer os desejos. É necessário quetrabalho, família, lazer e atividade fí-sica também andem juntos.

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