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WEG em Revistawww.weg.com.br18

expediente

índiceWEG em Revistaé uma publicaçãoda WEG.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89 256-900,Jaraguá do Sul, [email protected]. Conselho Editorial:Jaime Richter (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing). Edição e produção: EDM LogosComunicação, tel. (47) 433-0666.Textos: Roberto Szabunia. Tiragem: 15.000.

Em torno do mercado, gira o mundo 4

P

WEG em Revistawww.weg.com.br 3

editorial

Balcão globalrimeiro, foi o império romano, tentando estender seudomínio para todo o mundo conhecido. Depois, por-tugueses e espanhóis, com suas explorações navais.

Carlos Magno, Napoleão, o III Reich... Em cada momento daHistória, havia algum movimento de globalização (para o bemou para o mal). Mas, até agora, só um grande conquistadoralcançou o objetivo de transformar o mundo em uma grandeunidade: o mercado de capitais.

O movimento global da economia é capaz de provocar con-seqüências em mais de uma centena de países, com uma criselocalizada em um só endereço. Assim, se algum fato (ou boato)derruba as cotações da Bolsa de Valores de Hong Kong, imedi-atamente os reflexos se fazem sentir em todas as Bolsas do mun-do. É o bater de asas da borboleta do Oriente produzindo umfuracão no Ocidente - ou vice-versa.

O mercado de capitais é o verdadeiro ponto de apoio daalavanca com que Arquimedes moveria o mundo. Hoje, é im-pensável visualizar o planeta sem este imenso balcão, onde to-dos os países compram e vendem. Neste balcão, a mercadoria éa própria estabilidade mundial.

Alidor LuedersDiretor administrativo e de relaçõescom o mercado

UA Bolsa de Valoresé um dos melhoresinstrumentos paraimpulsionar ocrescimento do país

O mercado de capitaisé uma forma de

profissionalizar asempresas, perpetuando

seu futuro.

nossa opinião

FLÁ

VIO

UET

A

Mande sua mensagem [email protected]

Nós, da minha geração, nem precisa-mos dizer da satisfação de conhecermosuma empresa como a WEG. A WEG em Re-vista, como não poderia deixar de ser, es-tabelece o padrão de qualidade deste gru-po, com um jornalismo moderno e gostosode ler. Além de informar, descontrai o leitor.Parabéns. Em particular gostaria de citar ascrônicas do Mario Prata, fantásticas sem-pre e agora permanentes na revista.

Álvaro Joaquim PereiraTeaçu Armazéns Gerais, Santos - SP

A equipe WEG está de parabéns porabordar assuntos relacionados com a vidade seus colaboradores e de todos. Estan-do conectados e com todas as peças funci-onando bem, alcançaremos o objetivo davida, a felicidade. Tenho certeza que estasreportagens ajudam as pessoas e fico felizem saber que a empresa põe a vida felizcomo uma das prioridades. É a única revis-ta que recebo, do gênero, que não jogo fora.Parabéns!

Vitor Egito de CastroQuiron Engenharia, Serra - ES

Mario Prata tenta entender a Bolsa 7Presidente da Bovespa analisa o mercado 8Mais ações WEG oferecidas na Bolsa 10As vantagens de ser multinacional 13

do leitorm carro precisa de combus-tível para seguir viagem.Pode-se questionar qual omelhor - gasolina, álcool,diesel, energia elétrica, água,

quem sabe - mas não que é necessárioalgum tipo de combustível.

Nesse momento em que o Brasilensaia uma viagem em direção à reto-mada do crescimento, a questão vemà tona. Que a exportação é um elemen-to fundamental na equação do desen-volvimento de um país, também nãohá dúvida. Mas é preciso deixar claroque exportação, para as empresas, nãoé combustível, é destino de viagem.

Só agora o Brasil está se dando con-ta que um dos melhores combustíveispara impulsionar seu crescimento estáno próprio país, ao alcance de qual-quer empresa: o Mercado de Capitais.Que tal ter milharesde pessoas apoiandoo crescimento de suaempresa, contribu-indo com dinheirodo próprio bolsopara você investirem seu negócio, bus-car novos mercadose fazer seu fatura-mento crescer? Pare-ce sonho, mas é essaexatamente a funçãoda Bolsa de Valores.

A Bolsa é um meio pelo qual asempresas podem tomar dinheiro em-prestado, a custos bem baixos, para fi-nanciar seus projetos de expansão. Paraisso, elas emitem ações, que são com-pradas por vários tipos de investido-res, desde os grandes, como fundos depensão e bancos, até pessoas físicas.

Esse dinheiro exerce papel funda-mental na economia do país, proven-do parte dos recursos necessários para

sustentar o crescimento e aumentan-do o tamanho da poupança interna.Mas, além de uma alternativa de fi-nanciamento, o mercado de capitais éimportante por ser uma forma de pro-fissionalizar cada vez mais as empre-sas, de mantê-las em níveis elevados dequalidade e perpetuar seu futuro.

Para ter acesso ao tão sonhado di-nheiro dos investidores, a empresadeve, além de ter uma boa posição nomercado em que atua, ser transparen-te e ética.

A WEG abriu seu capital quandoainda era uma empresa de porte mé-dio, em 1971, apenas 10 anos após suafundação. Na mesma época, começoua exportar. O aprendizado dessas duasexperiências teve grande influência nomodelo de gestão que a empresa segueaté hoje e nos resultados que atinge

atualmente. Esseexemplo pode, devee felizmente está sen-do seguido por maise mais empresas noBrasil. Exemplos re-centes de aberturade capital têm feitoa alegria dos investi-dores e mostramcomo o mercado decapitais pode ser be-néfico para as em-

presas, e conseqüentemente para opaís.

Exportar, como navegar, é preciso.Crescer também é preciso. Mas se qui-sermos crescer, conquistar mercados noexterior e ter uma economia tão oumais forte que os Estados Unidos e osprincipais países da Europa, precisa-mos ter, além de uma série de pré-re-quisitos de infra-estrutura e legislação,um mercado de capitais tão ou maisforte que esses países.

Combustível do

crescimentoJO

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Visita da Wharton School

Os campeões da energiaFoi divulgado o resultado final do

V Concurso WEG de Conservação de

Energia. Participaram 160 estabelecimentos

de ensino, com 314 turmas e 4.854 alunos.

Assoc. Benef. da Ind. Carbonífera Catarinense -SATCCriciúma - SCProfessor Orientador: Rodrigo Pereira LacombeTurma: Escola Técnica SATC

Senai - BahiaSalvador - BAProfessor Orientador: Jivago Bezerra Ximenesde VasconcelosTurma: CAI-TEC01

Escola Técnica de AmericanaAmericana - SPProfessor Orientador: Ariovaldo GhirardelloTurma: Politec

VENCEDORESCURSO TÉCNICO

especial

WEG em Revistawww.weg.com.br4 WEG em Revista

www.weg.com.br 17

ROBERTO SZABUNIA

Ao investir no “mercado de capi-tais”, é claro que você não vai com-prar 2 kg de Maceiós, meia dúzia deWashingtons ou 1 metro e meio deTóquios. Esse tipo de capital não sevende - ou, pelo menos, não é paraser vendido.

No mercado de capitais você com-pra... Dinheiro.

Não há mercadorias à venda numaBolsa de Valores. Você compra o re-torno do seu investimento. Em di-nheiro, na maioria das vezes. Utilizadinheiro, para receber... Dinheiro.

Desde que a primeira pessoa pe-diu dinheiro emprestado a alguém, emalgum lugar incerto da História, omercado de capitais passou a fazerparte do cotidiano da humanidade.Hoje, há muitos que vivem disso. Masa maioria dos cidadãos aplica suas eco-

nomias pensando em ter uma reserva,uma poupança, uma garantia de umfuturo mais tranqüilo. O mercado decapitais é amplo, não se resume à Bol-sa de Valores. Uma trivial cadernetade poupança tem a mesma importân-cia de um grande investimento, de-pendendo do perfil de quem aplica.Enquanto o sr. José da Silva reservauma parte do seu salário para a cader-neta de poupança, o sr. George Sorosinveste alguns milhões de dólares emações de alguma supermultinacional.

Guardadas as devidas proporções- imensas, neste caso -, cada um apli-ca dinheiro em troca de... Mais di-

VENCEDORESCURSO SUPERIOR

No mercado decapitais, o girodo dinheiro fazcom que o mundose globalize mais

➔A agitação dos operadores na Bolsa de Valores de São Paulo

nheiro.Atualmente, neste mundo globa-

lizado, o mercado de capitais assumemais importância. E oferece mais ris-cos. Não há quem não lembre dosacontecimentos de junho de 1989,quando uma alegada manipulação dogrande investidor Naji Nahas provo-cou uma crise sem precedentes naBolsa de Valores. Na época, muita gen-te perdeu dinheiro, o mercado entrouem ebulição e Nahas acabou conde-nado à prisão. Agora, em 2004, omegainvestidor acabou inocentado.

Mas os ecos de crises podem virde outros lugares. Em 1997, por exem-

MERCADORMERCADORO DINHEIRO É AO DINHEIRO É A

Universidade Federal do Espírito SantoVitória - ESProfessor Orientador: Gilberto Costa DrumondSouzaTurma: Vitória

Universidade Federal de Minas GeraisBelo Horizonte - MGProfessor Orientador: Braz de Jesus Cardoso FilhoTurma: LAI

Universidade Federal do Rio Grande do SulPorto Alegre - RSProfessor Orientador: Ály Ferreira Flores FilhoTurma: Engenharia Elétrica UFRGS

Um grupo de nove alunos da Wharton School, dosEstados Unidos, uma das mais conceituadas institui-ções de MBA do mundo, visitou a WEG em julho. Avisita fez parte do Summer Immersion Program, umaoportunidade de perceber a influência da cultura dopaís em seus negócios. Além do Brasil, os estudantesvisitam Alemanha, França, Japão, China, Rússia, Mar-rocos, Dubai, México e Argentina.

A visita contou com a parceria da FAE BusinessSchool, de Curitiba. Os alunos de MBA assistiram aovídeo institucional da WEG, conversaram sobre ges-tão participativa, investimentos, benefícios e outros as-suntos e conheceram o PF II.

➔ Alunos da Wharton visitam o Museu WEG

WEG

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WEG em Revistawww.weg.com.br16 WEG em Revista

www.weg.com.br 5

giro

A WEG avançou três posições noranking geral dos maiores grupos doBrasil, passando para o 76º lugar nalista da edição Melhores e Maiores2004, da revista Exame. Entre as 500maiores, a empresa passou para o 125ºlugar. E é a maior empresa no segmen-to de Mecânica.

No ranking específico do Sul, aWEG é um dos destaques, alcançan-do o 5º lugar entre as Melhores In-dústrias da região e o 17º lugar entreas Maiores.

Para chegar a essa posição de des-taque, a WEG diversificou a linha deprodutos e passou a disputar clientescom empresas com as quais não con-corria antes. Além dos grandes inves-

Como pode um acontecimentodoméstico da Tailândia fazer com queo Brasil perca 15 bilhões de dólares? Éa Teoria do Caos aplicada ao mercadode capitais. É o tal “efeito borboleta”:uma borboleta bate as asas na China ecausa um furacão na América.

O “bater de asas da borboleta”, quefoi a revisão cambial na Tailândia, pro-vocou “furacões” em quase todo omundo, afetando o mercado de capi-tais mundial. A imprevisibilidade podeservir para o bem ou para o mal. “Pre-ver” é um verbo muito utilizado, porisso mesmo, no mercado de capitais.

E foi ao exercitar seus dotes de pi-tonisa que os economistas norte-ame-ricanos Robert Merton e Myron Scho-les ganharam o Prêmio Nobel de Eco-nomia, em 1997. Com seu “novo mé-

plo, a Tailândia, um dos Tigres Asiá-ticos, mudou o câmbio e desvalorizousua moeda em 18%. Imediatamente,os reflexos atingiram os vizinhos pró-ximos (Filipinas, Malásia, Cingapura,Indonésia). Em seguida, a Bolsa deValores de Hong Kong desabou, pro-vocando pânico em todo o mundo.No Brasil, a Bolsa de São Paulo caiuquase 15%, causando uma fuga de U$15 bilhões de investimentos estrangei-ros no país. A saída foi aumentar ataxa de juros. O então presidente Fer-nando Henrique Cardoso afirmouque “só Deus sabe quando os juros vãocair”. Ainda não caíram...

IAIAO vôo da borboleta

A revista Expressão acaba de divulgar, em seu Anuário Ex-pressão de Gestão Social, o resultado da 1ª Pesquisa de Respon-sabilidade Social Empresarial da Região Sul. A WEG está en-tre as cinco empresas da região Sul que se destacaram por sua

atuação na área de Meio Ambiente.Além deste, a pesquisa abordou ou-tros seis temas: Público Interno, Co-munidade, Fornecedores, Valores eTransparência, Governo e Socieda-de, além de Consumidores e Clien-tes. Foram pesquisadas 64 grandese médias empresas do Sul, que em-pregam 241 mil pessoas e têm fatu-ramento de R$ 86 bilhões.

A excelência da WEG em meioambiente se deve aos vários progra-mas ambientais, como o tratamen-to de efluentes, a coleta seletiva, oaterro industrial Classe II para resí-duos de fundição, a criação de áreasde floresta nativa e reflorestamento,a recuperação da mata ciliar dos rios

Quati e Itapocu, o apoio e execução de projetos relacionados àeducação ambiental - como o Projeto Guará e cartilhas sobrepreservação ambiental para escolas - e o controle de emissõesatmosféricas, além do Sistema de Gestão Ambiental.

A WEG foi a empresa campeã dosetor de Mecânica, pela terceira vezconsecutiva, da pesquisa realizadapelo anuário Valor 1000, publicaçãodo jornal Valor Econômico. Em suaquarta edição, o anuário é um dosmais criteriosos rankings das maiorescompanhias no país.

A WEG su-biu da 144ª paraa 119ª posição, efoi a única do Suldo país a ficarentre os 27 desta-ques nacionais. Apesquisa analisou27 setores econô-micos apresenta-dos em rankingsque destacam: re-ceita líquida das1.000 maioresempresas do país, as 50 maiores em-presas de cada região, os 50 maioresbancos, as 100 maiores seguradoras,além das 250 maiores holdings.

A escolha das campeãs setoriais foifeita a partir do ranking das 1.000maiores por receita líquida em ativi-dade no Brasil. Divididas em segui-da por setores, as companhias recebe-ram pontuação de acordo com indi-cadores obtidos de dados extraídos dosbalanços referentes a 2003.

timentos na áreade energia, passoua oferecer soluçõescompletas a setoresaquecidos da eco-nomia, como o side-rúrgico e o agronegó-cio.

A empresa ainda foi des-taque nesta edição das Melho-res e Maiores pela duplicação da área daunidade de Jaraguá do Sul. O presiden-te executivo Décio Silva, em entrevistaconcedida à Exame, afirmou: “Nós te-mos fábricas no México, na Argentinae em Portugal, mas mesmo assim nos-sa idéia é fazer do Brasil uma platafor-ma para exportação”.

WEG sobe noranking da Exame

A melhor dosetor de

Mecânica

Destaque emmeio ambiente

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➔Halfeld: dinheironão é fim, é meio

Nem só de aplicação na Bolsa deValores vive o mercado de capitais.Como dissemos no início deste texto,o sr. José da Silva também é um inves-tidor. Ao depositar seus reais na cader-neta de poupança, também ele estámovendo a engrenagem da economia.

O economista Mauro Halfeld,professor na Universidade Federal doParaná e colunista da Rádio CBN edo jornal O Globo, enfatiza que todasas pessoas, independentemente de suarenda, devem destinar uma parcela deseus rendimentos à construção de umareserva. “Creio que nós, seres huma-nos, temos uma grande dificuldade empoupar”, observa Mauro Halfeld, emseu livro Investimentos - Como Admi-nistrar Melhor Seu Dinheiro (ed. Fun-damento, 2004).

O mercado de ações é uma das al-ternativas apontadas pelo economistacomo uma boa opção de investimen-to. “Muitos brasileiros pensam que aBolsa é um cassino. Estão ignorandoum dos melhores instrumentos para fa-

todo para determinar o valor dos de-rivativos”, os economistas permitiramum acesso facilitado ao mercado de de-rivativos, campo de altíssimo risco. In-vestir nesse mercado pode significarganhos estratosféricos ou prejuízos ter-ríveis.

Mas o risco é sempre tentador nomundo do mercado de capitais. Tantoque o próprio Myron Scholes apostou,achou que havia ganho e acabou per-dendo muito. Um ano depois de abo-canhar o Nobel, sua empresa protago-nizou um dos maiores escândalos finan-ceiros dos Estados Unidos, quebrandoo fundo Long Term Capital Manage-ment. É a cobra mordendo a própriacauda. Scholes se deu mal no própriomercado que ele ajudou a desvendar.Nuances do mercado de capitais...

zer crescer seu di-nheiro poupado.”

Na obra In-ves t imentos . . . ,Halfeld dá inú-meros exemplosde aplicação, de-pendendo daquantia disponí-vel. No caso daBolsa, ele separa assim:

Menos de R$ 30 mil - invista sóem fundos de ações

Entre R$ 30 mil e R$ 100 mil -invista a metade em fundos e façasua carteira própria com o restante

Mais de R$ 100 mil - você podefazer sua própria carteira, se desejar

É claro que o auxílio de uma cor-retora é indispensável, especialmentepara quem está começando. Não é fá-cil se aventurar sozinho neste merca-do de risco. E, acima de tudo, é preci-so ter paciência. “Mantenha-se firmenas crises. Você não é um corredor de100 metros, mas um fundista”, ensi-na o economista.

Dicas de quemconhece

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O seu perfil

WEG em Revistawww.weg.com.br6 WEG em Revista

www.weg.com.br 15

O Tour está dividido por linhasde produtos, para facilitar a intera-ção. Há fotos simples, vídeo e fotosem 360º. Ou seja: utilizando o mouseem vez dos próprios pés, o visitantepercorre as instalações da empresa.

A WEG costuma receber muitassolicitações de visitas, especialmentede clientes e de estudantes. Como onúmero de pedidos é muito grande, éimpossível atender todos, e muitasvezes o pretendente a uma visita pre-cisa esperar muito tempo para concre-tizá-la. O Tour Virtual permite ante-cipar algumas expectativas, oferecen-do um “aperitivo”. E o melhor: só omouse é que precisa se mexer.

Para produzir o Tour Virtual, foramutilizados

15 diasde filmagens e fotos nas fábricas

3 mesesde trabalho total.

Cerca de

200 fotose

50 vídeosna versão final

Doug Fabian, editor do FabianPremium Investiment Resource,publicação dirigida ao mercado decapitais, criou um pequeno testepara avaliar o perfil do investidor.Para ver onde você se encaixa naescala risco-retorno, responda asquestões abaixo.

Um dos meus objetivos deinvestimento mais impor-tantes é compor um portfó-

lio com um risco maior do que opróprio mercado.

a) Concordo plenamenteb) Concordoc) Neutrod) Discordoe) Discordo plenamente

Estou disposto a ter perdasde curto prazo maiores doque 10% para usufruir de

lucros maiores em ciclos futuros.a) Concordo plenamenteb) Concordo

c) Neutrod)Discordoe) Discordo plenamente

Estou disposto a abrir mãode 15% de retorno no picode um ciclo de alta para

conseguir um crescimento acima damédia.

a) Concordo plenamenteb) Concordoc) Neutrod)Discordoe) Discordo plenamente

Estou apto a alocar umagrande parcela do portfólioem investimentos de risco.

a) Concordo plenamenteb) Concordob) Neutrod)Discordoe) Discordo plenamente

Com certeza, você já ouviu falarem Naji Nahas, Warren Buffett e Ge-orge Soros. São três nomes de pesoentre os grandes investidores (há quemprefira o termo “especuladores”) domercado de capitais mundial.

Naji Nahas, nascido no Líbano enaturalizado brasileiro, fez história nomercado com jogadas de altíssimo ris-co. Em 1969, quando desembarcouno Brasil, trouxe US$ 50 milhões parainvestir. Nos fim dos anos 70, já tinhamais de US$ 1 bilhão. Ele chegou aser o maior investidor individual doBrasil. Mas em 1989 explodiu umagrave crise no mercado brasileiro.Nahas teve de liquidar sua posição eperdeu tudo. Acusado de manipularo mercado para inflar artificialmente

Eu não necessito de um re-torno de curto prazo nosmeus investimentos.

a) Concordo plenamenteb) Concordoc) Neutrod)Discordoe) Discordo plenamente

o preço das ações,Nahas chegou aser condenado àprisão. Há pou-cos meses, po-rém, o investidorfoi inocentado.

George Sorosdeixou a Hungriano fim da guerra,em 1947, comdestino à Suíça e

depois à Inglaterra. Trabalhou comogarçom, pintor de parede e outros bi-cos. Em 1956 chegou a Nova York,com U$ 5 mil. No fim dos anos 60Soros já era um participante ativo domundo das finanças internacionais.Em 1973 fundou o Soros Fund Ma-

nagement (SFM), trabalhando empraticamente todos os mercados. Emmeados dos anos 90 nasceu a SorosFoundation, dedicada a doar dinhei-ro para as mais variadas causas, emtodo o mundo. E Soros, de investi-dor, se torna o maior filantropo domundo.

Warren Buffett é outro gigante domercado de capitais. Enquanto Sorosacumulou sua fortuna especulando emtodos os mercados, Buffett é um in-vestidor em ações, notadamente açõesnorte-americanas e com visão de lon-go prazo. Buffett chegou a abandonara Wharton School, por achar que lánão aprenderia nada (a Wharton temhoje um dos melhores cursos de MBAdo mundo).

(Extraído de artigo de Daniel Gewehr, da Solidus Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários)

1

2

3

4

5

MIC

HA

EL W

AC

HO

N

Os nomes de peso do mercado

➔Soros: deinvestidor agrande filantropo

Some 5 pontos para cada res-posta A, 4 pontos para B, 3 pon-tos para C, 2 pontos para D e 1ponto para E. O total vai deter-minar o seu nível de tolerância aorisco.

– Mais de 22 pontos: agres-sivo, procura grandes retornos eestá disposto a correr riscos.

– 18-21 pontos: você tem umperfil moderado.

– 17 pontos ou menos: vocêé conservador.

Clique aqui

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WEG em Revistawww.weg.com.br14 WEG em Revista

www.weg.com.br 7

crônicaM

AR

IO

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A

SUBSTANTIVO FEMININO1 Pequeno saco, de couro, pano,

seda etc., para guardar o dinheiro emmoedas.

2 Derivação: por metoní-mia. O dinheiro nele contido.

3 Derivação: por exten-são de sentido. Qualquersaco similar à bolsa. Ex.:bolsa para cartuchos.

4 Derivação: por exten-são de sentido. Recipientefeito de couro, pano, plás-tico ou metal, com ou semalça, no formato de saco,sacola ou maleta etc., usa-do para guardar, portar outransportar objetos diver-sos. Ex.: bolsa de senhora;bolsa de curativos; bolsa de vi-agem; bolsa de feira.

5 Derivação: por exten-são de sentido. Cada umdos sacos de um alforje (maisusado no plural).

6 Saquitel de guardar tabaco.7 Diacronismo: antigo. Saquitel

longo de seda, onde os homens guar-davam as tranças postiças de cabelo.

8 Soma reunida pelos participan-tes de uma associação etc., para subsi-diar as despesas da organização ou paraoutro fim qualquer; vaquinha.

9 Prêmio em dinheiro recebido pe-los lutadores profissionais por cadaapresentação.

10 Dinheiro ou pecúlio para gas-tos correntes; bolso. Ex.: Sua bolsa nãosustenta todos os filhos.

11 Diacronismo: antigo. Compa-nheiro a quem, nas jornadas, se con-fiava o dinheiro do grupo para as des-pesas. Ex.: Fizeram a Diogo bolsa.

12 Rubrica: anatomia geral. De-

Afinal, o que é a

signação de diversos envoltórios oumembranas saciformes; cavidade emforma de fundo de saco.

13 (sXX) Rubrica: anatomia ge-ral. Saco escrotal.

14 Rubrica: anatomia zoológica.Invaginação em forma de saco, pre-sente nos ofiuróides, que permite astrocas gasosas com o meio aquáticocircundante.

15 Rubrica: bibliologia. Mesmoque bolso (‘envelope’).

16 Rubrica: termo eclesiástico.Mesmo que bursa.

17 Rubrica: enologia. Regionalis-mo: Beira. Pequena dorna de fundo

côncavo que capta o vinho saído dolagar, antes de ser tirado para as vasi-lhas.

18 Rubrica: fitopatologia. Doen-ça do melão, causada pela mosca-das-frutas (Ceratitis capitata).

19 Rubrica: geologia. Cavidadeem rocha contendo minerais.

20 (1900) Rubrica: indústria. Re-gionalismo: Brasil. Alargamento da ex-tremidade de um tubo, uma manilhaetc., na qual se encaixa a extremidadelisa e oposta de outra peça similar;boca, bocim, campânula.

21 Rubrica: ludologia. Regiona-lismo: Portugal. Caçapa (no jogo desinuca).

22 Rubrica: Termo militar. Reen-trância que se forma na linha de fren-te em um combate, ao ser ela rompi-da pela forças inimigas.

23 Rubrica: morfologia botânica.Qualquer cavidade saciforme.

24 Rubrica: patologia. Sacoformado pelo deslocamento demembranas, onde se acumula opus de abscessos ou tumores.

25 Rubrica: patologia. Di-vertículo da cavidade abdomi-nal.

26 Rubrica: pesca. Regiona-lismo: Beira Litoral (Aveiro).Rede saciforme de malha miú-

da, usada para apanhar caranguejos,que se prendem a esta malha, na ten-tativa de alcançar a isca que está emseu interior.

27 Rubrica: arte venatória. Redesaciforme com que se pegam lebres oucoelhos à saída de suas tocas.

28 Local onde se reúnem comer-ciantes para negociar; praça de comér-cio.

29 Instituição pública ou priva-da, conforme o país, onde, através decorretores, são negociados fundos pú-blicos, ações e obrigações de compa-nhias, títulos de crédito, mercadoriasetc.

30 Sessão em que ocorre a transa-ção de títulos de crédito.

NOTA: obrigado, Antônio Houaiss!

BOLSA?

“Tour Virtual” permiteuma visita completaà WEG, sem quevocê precise selevantar da cadeira

➔ isitar uma empresa é sem-pre uma experiência inte-ressante, principalmentese você é parceiro destaempresa, ou um estudan-

te que sonha trabalhar lá um dia. Masuma visita ao vivo nem sempre é fá-cil de se executar, tanto pela distân-cia, quando pelo pouco tempo dis-ponível. Imagine, então, visitar umcomplexo como o da WEG, que temo maior parque fabril do mundo vol-tado à fabricação de motores elétri-cos! Haja resistência...

Por isso, para facilitar sua vida, aWEG colocou no ar mais uma novi-dade: o Tour Virtual. Trata-se de um

programa instalado na home page,que permite ao navegante conheceras instalações da empresa. Nem sem-pre é possível, para um parceiro daWEG, visitar pessoalmente a fábricae conhecer os seus modernos proces-sos de fabricação, além das pessoasque tornam tudo isso possível. Como Tour no site, parte da curiosidadepode ser satisfeita.

Para acessar o Tour Virtual é fá-cil, basta entrar no sitewww.weg.com.br. Não é necessáriofazer download, nem instalar qual-quer programa ou dispor de periféri-cos. É só clicar e passear à vontade -sem gastar sola de sapato.

interatividade

MOUSEO VEÍCULO É O

V

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WR - Qual a importância domercado de capitais para a econo-mia mundial?

Magliano - O financiamento dasempresas através do mercado de capi-tais sempre foi muito importante naseconomias dos Estados Unidos e daGrã-Bretanha. As reformas dos siste-mas previdenciários nos países desen-volvidos criou condições para que cadavez mais os grandes investidores insti-

tucionais financiassem diretamente asempresas, e novos mecanismos foramcriados para ampliar a participação domercado para um segmento mais am-plo de companhias. Fundos de inves-timento especializados em pequenase médias empresas, por exemplo,ocuparam um papel de destaque nofinanciamento das novas tecnologiasque surgiram nos anos 80 e 90. Poroutro lado, o acesso ao mercado se

O MERCADONO SANGUE

outra visão

Raymundo MaglianoFilho, presidente - há

quatro gestões - da Bolsade Valores de São Paulo,

conhece bem o mercado decapitais, pois desde jovem

trabalhava na corretorade seu pai. Formado em

Administração deEmpresas pela Fundação

Getúlio Vargas, é umestudioso de temas

humanísticos relacionadosa Filosofia, Antropologia e

Ciência Política.Admirador da obra deNorberto Bobbio, tem

pautado seu trabalho combase num conceitodesenvolvido pelo

pensador italiano,segundo o qual uma

sociedade democrática seapóia nos pilares da

visibilidade,transparência e acesso.

Sua grande meta é apopularização da Bolsa de

Valores, assunto sobre oqual Magliano Filho falanesta entrevista exclusiva

concedida à WEG emRevista.

WEG em Revistawww.weg.com.br8 WEG em Revista

www.weg.com.br 13

Com a globalização,o antigo slogandos anos 70 semostra mais atualdo que nunca

Por mais que uma empre-

sa esteja consolidada no mer-cado interno, é com a expor-tação que ela expande fron-teiras e abre perspectivas de

crescimento. E não só em tempos decrise. O mercado externo deve estarsob constante atenção. Não são ape-nas as grandes corporações que devemse voltar ao comércio exterior. Peque-nas e médias empresas podem formarpools, agindo em conjunto.

O mercado mundial mostra-se re-ceptivo desde 1970, mas foi só nosanos 90 que o Brasil efetivamenteacordou para essa realidade. Antes,foram necessárias algumas lições,como a quebradeira no setor têxtil,abalado pela invasão de produtos doOriente. Hoje, quem fez a lição de casa

está bem, e além de recuperar o queperdeu, ainda conquistou mais mer-cado lá fora. E o país bate sucessivosrecordes na balança comercial.

Sob estas premissas, a WEG pro-moveu no final de junho o seminárioNovas Fronteiras. Dirigido a clientesWEG, o seminário contou com a par-ticipação de 39 fabricantes de bens decapital das regiões Sul e Sudeste.

O presidente executivo da WEG,Décio da Silva, fez uma retrospectivado processo de internacionalização daempresa. Hoje, a grande meta é tor-nar a marca WEG a número 1 emmotores elétricos no mundo, destinan-do metade das vendas ao mercado in-terno, e a outra metade ao exterior.

O primeiro palestrante do semi-nário, Carlos Buch Pastoriza, diretorda Associação Brasileira da Indústriade Máquinas e Equipamentos (Abi-maq), afirmou que as empresas brasi-leiras precisam “quebrar os paradigmasque impedem o investimento no mer-cado externo”. Para ser uma empresaexportadora, lembrou Pastoriza, nãoé preciso ser grande. O melhor exem-plo vem de Taiwan, onde 80% dovolume de vendas internacionais vemde pequenas e médias empresas.

EXPORTARé o que importa

globalização

O primeiro fator a ser levado emconta para ter sucesso nas exportaçõesé contar com recursos humanos dequalidade. O caminho foi mostrado,durante o seminário, por Pedro Gui-lherme Kraus, pró-reitor de Pós-Gra-duação e Pesquisa da Universidade daRegião de Jaraguá (Unerj) e diretorgeral da Câmara de Negócios Inter-nacionais (Cambra), organização cri-ada em Jaraguá do Sul, para assesso-rar as empresas que buscam o merca-do externo.

Martin Desmaras, diretor de ne-gócios internacionais da Cambra, des-tacou as estratégias a serem utilizadaspara alcançar competitividade no mer-cado globalizado. “É muito importan-te atentar para os valores culturais,quando se negocia com empresas deoutros países”, advertiu Desmaras.

No encerramento do seminárioNovas Fronteiras, Aloísio TupinambáGomes Neto, assessor especial da Câ-mara de Comércio Exterior (Camex)do Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior, mos-trou os programas e as ações de con-sultoria que o governo federal dispo-nibiliza aos exportadores.

Kraus: mão-de-obra de

qualidade éa base do

sucesso

Pastoriza: asempresasprecisamevoluir comoum todo, paraganharmercados

Desmaras: oaspecto cultural é

importante nanegociação com

outros países

➔Pregão daBovespa

FOTOS:

LUCAS DE ARAÚJO

Page 9: Balcão global - static.weg.net · rimeiro, foi o império romano, tentando estender seu domínio para todo o mundo conhecido. Depois, por-tugueses e espanhóis, com suas explorações

WEG em Revistawww.weg.com.br12 WEG em Revista

www.weg.com.br 9

democratizou também do lado do in-vestidor, com o surgimento de “pro-dutos” especializados ao pequeno in-vestidor, como os fundos de índice,por exemplo, e o acesso pela internet.Hoje, nenhum país pode abrir mãode um mercado de capitais domésticodesenvolvido, com risco de não encon-trar recursos para o financiamento desuas empresas.

WR - O mercado de capitais bra-sileiro está em que patamar, em ní-vel mundial?

Magliano - Em termos relativos,o mercado de capitais brasileiro é pe-queno, levando-se em conta o tama-nho da economia brasileira. O volu-me negociado, o valor de mercado dascompanhias e o próprio número deinvestidores estão muito aquém do po-tencial da economia brasileira. O vo-lume negociado, por exemplo, situa-se por volta da 15ª posição no rankingda Federação Mundial de Bolsas. Nãocabe aqui enumerar as razões distohistoricamente. Porém, a estrutura domercado brasileiro, não só da Bolsa,mas a das corretoras, dos bancos deinvestimento, dos administradores defundos, das companhias abertas e dosoutros participantes, é muito seme-lhante à dos principais países. Ou seja,todo o mercado investiu muito emtecnologia, principalmente para ofe-recer no Brasil serviços similares aosdos mercados mais desenvolvidos. Porproblemas econômicos diversos, estaestrutura está em parte ociosa, one-rando os custos dos participantes.

WR - Nos EUA, investir na Bol-sa de Valores é algo comum, acessí-vel a qualquer cidadão. Por que oBrasil não chega a esse ponto?

Magliano - Em primeiro lugar, háhistoricamente, nos EUA, uma tradi-ção no investimento em ações, o quetorna impossível comparar o merca-do doméstico à realidade americana.Na nossa opinião, faz mais sentidocomparar o Brasil a países da Europacontinental, como França, Alemanhae Espanha, que como nós não têm essacultura, mas que cresceram muito nosanos 90.

WR - Quais as razões do suces-so destes mercados?

Magliano - Além das reformasprevidenciárias, os governos destespaíses criaram vários mecanismos parafacilitar o acesso dos investidores in-dividuais aos processos de privatiza-ção. Sem acesso facilitado, não se de-mocratiza o mercado.

WR - O investidor brasileirosempre se mostrou conservador,preferindo a caderneta de poupan-ça. Como mudar esse perfil?

Magliano - Tenho dúvidas sobreeste perfil “conservador” e a preferên-cia pela caderneta de poupança. Osucesso da caderneta de poupança sedeve, principalmente, ao fato de ser oproduto financeiro com maior facili-dade de acesso e, com nosso históricoinflacionário, o produto que ofereciauma boa proteção à poupança popu-lar. Mas não podemos desconsiderarque centenas de milhares de pessoasinvestiram parte do seu FGTS emações da Petrobras e da Vale, e que de-vem estar muito satisfeitas. O proble-ma não é um perfil “conservador” in-trínseco, na nossa opinião, mas a taxade juros muito alta, que ainda atrai amaior parte das aplicações.

WR - Quais os planos da Boves-pa para popularizar o investimentoem ações?

Magliano - Criamos o programa“Bovespa vai até você,” que promovepalestras e outras atividades com oobjetivo de disseminar a cultura doinvestimento em ações junto aos di-

versos segmentos da sociedade, sobre-tudo aqueles que não figuram entreos tradicionais investidores na Bolsa.Já fomos a fábricas, metrôs, aeropor-tos, universidades e empresas em di-versos estados brasileiros com progra-mas como o “Bovespa vai à Vale” e o“Mulheres em Ação”. Nossa intençãoé acabar com o mito, o equivocadosenso comum, segundo o qual Bolsaé lugar de rico. Felizmente, essa ima-gem já está mudando. Estamos con-seguindo mostrar que Bolsa de Balo-res é o mais eficiente instrumento definanciamento às empresas e uma atra-tiva opção de poupança popular, e osnúmeros comprovam isso. De setem-bro de 2002, mês de lançamento doprograma de popularização, a junhode 2004, o “Bovespa vai até Você” jáatingiu mais de 140 mil pessoas. Osresultados também computam a cria-ção de 412 clubes de investimento atéjulho, o que mostra a receptividade dacampanha junto a novos investidores,e o crescimento da participação daspessoas físicas no volume financeiroda Bovespa, que subiu de 20,5%, emsetembro de 2002, para mais de 30%atualmente.

WR - Qual a importância da Bo-vespa para a sociedade brasileira?

Magliano - As Bolsas de Valorescumprem um importante papel naeconomia, que é o de financiar o se-tor produtivo e oferecer uma atrativaforma de poupança de longo prazo àpopulação. É através da Bolsa de Va-lores que as empresas podem tomarcaptar recursos de longo prazo para fi-nanciar seus projetos de expansão. Paraisso, elas emitem ações, que são com-pradas por vários tipos de investido-res, como os fundos de pensão, ban-cos e pessoas físicas. No Brasil, essetipo de investimento em ações e essaforma de financiamento das empre-sas através da Bolsa de Valores é me-nor do que em outros países mais de-senvolvidos - como os Estados Uni-dos e os principais países europeus.Vários fatores limitam o avanço daBolsa no Brasil, entre eles as altas ta-xas de juros e o baixo nível de cresci-mento da economia.

termo engagement, maisum de tantos jargões quese utilizam no meio em-presarial internacional,significa engajamento e

designa o compromisso. Para uma em-presa, é o compromisso com seus aci-onistas, com os clientes, com os for-necedores, com a comunidade e, aci-ma de tudo, com seus recursos huma-nos. Quanto mais uma empresa valo-riza estes compromissos, mais engaja-da ela é. E até ganha prêmio por isso.

A WEG está entre os 25 melhoresempregadores da América Latina, deacordo com o ranking da Hewitt As-sociates, consultoria global especializa-da em recursos humanos. Inédito emnível latino-americano, o ranking aca-ba de ser divulgado pela revista Amé-ricaEconomia. Sete empresas brasilei-ras fazem parte da lista.

O diretor editorial da AméricaE-conomia, Raúl Ferro, diz que “o enga-gement engloba tanto a disposição aoesforço extra e a adaptação às necessi-dades da empresa por parte do em-pregado, como seu sentido de par-ticipação na organização e de satisfa-ção com seu trabalho, entre outros fa-tores”.

O processo de escolha das empre-sas começou com o preenchimento de

um questionário. Processadas as infor-mações, surgiu um ranking prelimi-nar. Este, por sua vez, foi avaliado porum júri de especialistas independen-tes, que determinaram a lista final.

A revista informa que o estudo,denominado Best Employers in LatinAmerica (Besla), levou mais de um anopara ser finalizado, e contou com aparticipação das maiores empresas la-tino-americanas.

Em visita à WEG, o gerente geralda Hewitt, Carlo Hauschild, disse queas 25 empresas selecionadas têm emcomum três pontos: motivação doscolaboradores, foco nos resultados ecomunicação ampla e freqüente entrelíderes, gerentes e colaboradores. “NaWEG - disse Hauschild - a gente vêcomo isso é forte, como faz parte dacultura da empresa e a leva a ter resul-tados tão impressionantes.”

administração

• Ritz Carlton México• Fedex Express México• 3M de Chile S.A.• Kimberly-Clark Perú S.A.• American Express Co. México• Bristol-Myers Squibb de México• Cargill Agrícola S.A. Brasil• Unión de Cervecerías Peruanas• Verizon Dominicana• Microsoft Informática Brasil• Femsa (Fomento EconómicoMexicano S.A. de C.V.)

• Atlantica Hotels Brasil• S.C. Johnson Et Son Chile Ltda.• WEG Indústrias S.A. Brasil• AstraZeneca Argentina• Dix Amico Brasil• Laboratorios Suizos El Salvador• Cargill Honduras (Alcon)• Casa Cuervo México• Eli Lilly y Cia. de Venezuela,S.A.• Diageo Venezuela• Kraft Foods México• ALL - América LatinaLogística do Brasil S.A.

• Amil Assistência Médica Brasil• Copa Airlines Panamá

AméricaEconomiadestaca asorganizações quemais valorizamo engagement

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➔O presidente executivo, Décio da Silva, recebe o prêmio da AméricaEconomia

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administração

om o capital aberto desde1971, a WEG tem hoje suasações concentradas em umpequeno número de investi-dores, gerando uma quantida-

de pequena de negócios. Agora, buscan-do uma maior liquidez de seus papéis, aempresa decidiu, juntamente com outrosacionistas, fazer uma Oferta Pública deAções Preferenciais (sem direito a voto),na Bolsa de Valores de São Paulo.

“Queremos pulverizar mais as ações,aumentando os negócios e chegando aospequenos investidores e aos fundos deinvestimento”, diz o presidente executi-vo da WEG, Décio da Silva. O “blocktrade” formado para oferecer essas açõesinclui os fundos de investimentos Bra-

desco Templeton, Previ - Caixa de Previ-dência dos Funcionários do Banco doBrasil - e Banco Nacional de Desenvol-vimento Econômico e Social (BNDES).

A Oferta Pública possibilita a distri-buição de 40 milhões de ações preferen-ciais da WEG - cerca de 7% do total. Aoferta pode ser elevada em até 4,3 mi-lhões de ações.

“Com essa pulverização - continuaDécio da Silva - temos o objetivo de au-mentar o número de negócios com nos-sos papéis, tornando a WEG mais conhe-cida no mercado de capitais.”

Desde junho de 2001 a WEG faz par-te das empresas de Nível 1 de Boa Go-vernança Corporativa, dentro da Bolsade Valores de São Paulo. A governançacorporativa é um sistema de gestão quebusca o equilíbrio na relação entre os aci-onistas, o Conselho de Administraçãoeleito pelos acionistas e os executivos, es-colhidos pelo Conselho.

“A estrutura da governança corpora-tiva assegura igualdade de tratamento a

A WEG divulgou no final de julhoseu balanço referente ao primeiro semes-tre de 2004. Os resultados foram muitobons, e se deveram, em grande parte, aocrescimento de 42% nas vendas do mer-cado externo e pela venda de soluçõesindustriais, que contêm maior valor agre-gado.

A WEG rompeu a barreira de R$ 1bilhão de faturamento neste primeiro se-mestre. A Receita Operacional Bruta dejaneiro a junho foi de R$ 1,18 bilhão,um crescimento de 25% em relação aomesmo período de 2003 (R$ 944,5 mi-lhões). As vendas no mercado externotiveram um crescimento de 42%, atin-gindo US$ 161,1 milhões. No mercadointerno, o crescimento foi de 21%, comfaturamento de R$ 701,7 milhões. A ge-ração de empregos também é um desta-que deste primeiro semestre, quandomais de mil colaboradores foram contra-tados.

As companhias Nível 1 se compro-metem, principalmente, com melhoriasna prestação de informações ao mercadoe com a dispersão acionária. Assim, asprincipais práticas agrupadas no Nível1 são:

Manutenção em circulação de umaparcela mínima de ações, represen-tando 25% do capital.Realização de ofertas públicas de co-locação de ações por meio de meca-nismos que favoreçam a dispersão docapital.Melhoria nas informações prestadastrimestralmente, entre as quais a exi-gência de consolidação e de revisãoespecial.Cumprimento de regras de disclosureem operações envolvendo ativos deemissão da companhia por parte deacionistas controladores ou adminis-tradores da empresa.Divulgação de acordos de acionistase programas de stock options.Disponibilização de um calendárioanual de eventos corporativos.

C

Em busca deliquidez no mercado,40 milhões deações preferenciaissão colocadas à venda

➔ >>> Nível 1

>>> GovernançaCorporativa

todos os acionistas, inclusive os minori-tários. E exige, acima de tudo, transpa-rência por parte da empresa, asseguran-do que os acionistas saibam onde estãoinvestindo seu dinheiro”, explica o pre-sidente executivo da WEG.

Há três anos, durante a entrega doselo de Nível 1 à WEG e mais 14 empre-sas, o presidente da Bovespa, RaymundoMagliano Filho, dizia que “as 15 empre-sas pioneiras que aderiram ao Nível 1 in-cluem-se entre as mais representativas donosso mercado acionário, e temos certe-za de que, a partir de agora, comprome-tendo-se a adotar regras de maior trans-parência aos acionistas, vão atrair aindamais a atenção dos investidores”.

A WEG tem hoje

1.200acionistas

BALANÇO

Semestre positivo>>> Expansão física

A WEG iniciou a duplicação de seuprincipal parque fabril, em Jaraguá doSul. Maior parque fabril de motores domundo já antes da duplicação, o PF IItem agora uma área total de 868 mil m².O primeiro prédio, já concluído, tem8.666 m² e abriga a Serralheria e a Assis-tência Técnica da WEG Automação. Aotodo, 133 colaboradores trabalham noprédio.

Mais duas fábricas novas, já em cons-trução, devem começar a operar aindaem 2004: a Injeção de Alumínio e a Ex-pedição da WEG Exportadora. Um quar-to prédio também já se encontra em an-damento, com previsão de término noinício de 2005: a ampliação da FábricaIII, que produz motores de 50 a 400 cve tem 60% da produção voltados para omercado externo.

➔Prédio da WEG Automação é o primeiro do novo parque fabril

➔ Décio: a WEG quer sermais conhecida nomercado de capitais

FLÁVIO UETA

WEG

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administração

om o capital aberto desde1971, a WEG tem hoje suasações concentradas em umpequeno número de investi-dores, gerando uma quantida-

de pequena de negócios. Agora, buscan-do uma maior liquidez de seus papéis, aempresa decidiu, juntamente com outrosacionistas, fazer uma Oferta Pública deAções Preferenciais (sem direito a voto),na Bolsa de Valores de São Paulo.

“Queremos pulverizar mais as ações,aumentando os negócios e chegando aospequenos investidores e aos fundos deinvestimento”, diz o presidente executi-vo da WEG, Décio da Silva. O “blocktrade” formado para oferecer essas açõesinclui os fundos de investimentos Bra-

desco Templeton, Previ - Caixa de Previ-dência dos Funcionários do Banco doBrasil - e Banco Nacional de Desenvol-vimento Econômico e Social (BNDES).

A Oferta Pública possibilita a distri-buição de 40 milhões de ações preferen-ciais da WEG - cerca de 7% do total. Aoferta pode ser elevada em até 4,3 mi-lhões de ações.

“Com essa pulverização - continuaDécio da Silva - temos o objetivo de au-mentar o número de negócios com nos-sos papéis, tornando a WEG mais conhe-cida no mercado de capitais.”

Desde junho de 2001 a WEG faz par-te das empresas de Nível 1 de Boa Go-vernança Corporativa, dentro da Bolsade Valores de São Paulo. A governançacorporativa é um sistema de gestão quebusca o equilíbrio na relação entre os aci-onistas, o Conselho de Administraçãoeleito pelos acionistas e os executivos, es-colhidos pelo Conselho.

“A estrutura da governança corpora-tiva assegura igualdade de tratamento a

A WEG divulgou no final de julhoseu balanço referente ao primeiro semes-tre de 2004. Os resultados foram muitobons, e se deveram, em grande parte, aocrescimento de 42% nas vendas do mer-cado externo e pela venda de soluçõesindustriais, que contêm maior valor agre-gado.

A WEG rompeu a barreira de R$ 1bilhão de faturamento neste primeiro se-mestre. A Receita Operacional Bruta dejaneiro a junho foi de R$ 1,18 bilhão,um crescimento de 25% em relação aomesmo período de 2003 (R$ 944,5 mi-lhões). As vendas no mercado externotiveram um crescimento de 42%, atin-gindo US$ 161,1 milhões. No mercadointerno, o crescimento foi de 21%, comfaturamento de R$ 701,7 milhões. A ge-ração de empregos também é um desta-que deste primeiro semestre, quandomais de mil colaboradores foram contra-tados.

As companhias Nível 1 se compro-metem, principalmente, com melhoriasna prestação de informações ao mercadoe com a dispersão acionária. Assim, asprincipais práticas agrupadas no Nível1 são:

Manutenção em circulação de umaparcela mínima de ações, represen-tando 25% do capital.Realização de ofertas públicas de co-locação de ações por meio de meca-nismos que favoreçam a dispersão docapital.Melhoria nas informações prestadastrimestralmente, entre as quais a exi-gência de consolidação e de revisãoespecial.Cumprimento de regras de disclosureem operações envolvendo ativos deemissão da companhia por parte deacionistas controladores ou adminis-tradores da empresa.Divulgação de acordos de acionistase programas de stock options.Disponibilização de um calendárioanual de eventos corporativos.

C

Em busca deliquidez no mercado,40 milhões deações preferenciaissão colocadas à venda

➔ >>> Nível 1

>>> GovernançaCorporativa

todos os acionistas, inclusive os minori-tários. E exige, acima de tudo, transpa-rência por parte da empresa, asseguran-do que os acionistas saibam onde estãoinvestindo seu dinheiro”, explica o pre-sidente executivo da WEG.

Há três anos, durante a entrega doselo de Nível 1 à WEG e mais 14 empre-sas, o presidente da Bovespa, RaymundoMagliano Filho, dizia que “as 15 empre-sas pioneiras que aderiram ao Nível 1 in-cluem-se entre as mais representativas donosso mercado acionário, e temos certe-za de que, a partir de agora, comprome-tendo-se a adotar regras de maior trans-parência aos acionistas, vão atrair aindamais a atenção dos investidores”.

A WEG tem hoje

1.200acionistas

BALANÇO

Semestre positivo>>> Expansão física

A WEG iniciou a duplicação de seuprincipal parque fabril, em Jaraguá doSul. Maior parque fabril de motores domundo já antes da duplicação, o PF IItem agora uma área total de 868 mil m².O primeiro prédio, já concluído, tem8.666 m² e abriga a Serralheria e a Assis-tência Técnica da WEG Automação. Aotodo, 133 colaboradores trabalham noprédio.

Mais duas fábricas novas, já em cons-trução, devem começar a operar aindaem 2004: a Injeção de Alumínio e a Ex-pedição da WEG Exportadora. Um quar-to prédio também já se encontra em an-damento, com previsão de término noinício de 2005: a ampliação da FábricaIII, que produz motores de 50 a 400 cve tem 60% da produção voltados para omercado externo.

➔Prédio da WEG Automação é o primeiro do novo parque fabril

➔ Décio: a WEG quer sermais conhecida nomercado de capitais

FLÁVIO UETA

WEG

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WEG em Revistawww.weg.com.br12 WEG em Revista

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democratizou também do lado do in-vestidor, com o surgimento de “pro-dutos” especializados ao pequeno in-vestidor, como os fundos de índice,por exemplo, e o acesso pela internet.Hoje, nenhum país pode abrir mãode um mercado de capitais domésticodesenvolvido, com risco de não encon-trar recursos para o financiamento desuas empresas.

WR - O mercado de capitais bra-sileiro está em que patamar, em ní-vel mundial?

Magliano - Em termos relativos,o mercado de capitais brasileiro é pe-queno, levando-se em conta o tama-nho da economia brasileira. O volu-me negociado, o valor de mercado dascompanhias e o próprio número deinvestidores estão muito aquém do po-tencial da economia brasileira. O vo-lume negociado, por exemplo, situa-se por volta da 15ª posição no rankingda Federação Mundial de Bolsas. Nãocabe aqui enumerar as razões distohistoricamente. Porém, a estrutura domercado brasileiro, não só da Bolsa,mas a das corretoras, dos bancos deinvestimento, dos administradores defundos, das companhias abertas e dosoutros participantes, é muito seme-lhante à dos principais países. Ou seja,todo o mercado investiu muito emtecnologia, principalmente para ofe-recer no Brasil serviços similares aosdos mercados mais desenvolvidos. Porproblemas econômicos diversos, estaestrutura está em parte ociosa, one-rando os custos dos participantes.

WR - Nos EUA, investir na Bol-sa de Valores é algo comum, acessí-vel a qualquer cidadão. Por que oBrasil não chega a esse ponto?

Magliano - Em primeiro lugar, háhistoricamente, nos EUA, uma tradi-ção no investimento em ações, o quetorna impossível comparar o merca-do doméstico à realidade americana.Na nossa opinião, faz mais sentidocomparar o Brasil a países da Europacontinental, como França, Alemanhae Espanha, que como nós não têm essacultura, mas que cresceram muito nosanos 90.

WR - Quais as razões do suces-so destes mercados?

Magliano - Além das reformasprevidenciárias, os governos destespaíses criaram vários mecanismos parafacilitar o acesso dos investidores in-dividuais aos processos de privatiza-ção. Sem acesso facilitado, não se de-mocratiza o mercado.

WR - O investidor brasileirosempre se mostrou conservador,preferindo a caderneta de poupan-ça. Como mudar esse perfil?

Magliano - Tenho dúvidas sobreeste perfil “conservador” e a preferên-cia pela caderneta de poupança. Osucesso da caderneta de poupança sedeve, principalmente, ao fato de ser oproduto financeiro com maior facili-dade de acesso e, com nosso históricoinflacionário, o produto que ofereciauma boa proteção à poupança popu-lar. Mas não podemos desconsiderarque centenas de milhares de pessoasinvestiram parte do seu FGTS emações da Petrobras e da Vale, e que de-vem estar muito satisfeitas. O proble-ma não é um perfil “conservador” in-trínseco, na nossa opinião, mas a taxade juros muito alta, que ainda atrai amaior parte das aplicações.

WR - Quais os planos da Boves-pa para popularizar o investimentoem ações?

Magliano - Criamos o programa“Bovespa vai até você,” que promovepalestras e outras atividades com oobjetivo de disseminar a cultura doinvestimento em ações junto aos di-

versos segmentos da sociedade, sobre-tudo aqueles que não figuram entreos tradicionais investidores na Bolsa.Já fomos a fábricas, metrôs, aeropor-tos, universidades e empresas em di-versos estados brasileiros com progra-mas como o “Bovespa vai à Vale” e o“Mulheres em Ação”. Nossa intençãoé acabar com o mito, o equivocadosenso comum, segundo o qual Bolsaé lugar de rico. Felizmente, essa ima-gem já está mudando. Estamos con-seguindo mostrar que Bolsa de Balo-res é o mais eficiente instrumento definanciamento às empresas e uma atra-tiva opção de poupança popular, e osnúmeros comprovam isso. De setem-bro de 2002, mês de lançamento doprograma de popularização, a junhode 2004, o “Bovespa vai até Você” jáatingiu mais de 140 mil pessoas. Osresultados também computam a cria-ção de 412 clubes de investimento atéjulho, o que mostra a receptividade dacampanha junto a novos investidores,e o crescimento da participação daspessoas físicas no volume financeiroda Bovespa, que subiu de 20,5%, emsetembro de 2002, para mais de 30%atualmente.

WR - Qual a importância da Bo-vespa para a sociedade brasileira?

Magliano - As Bolsas de Valorescumprem um importante papel naeconomia, que é o de financiar o se-tor produtivo e oferecer uma atrativaforma de poupança de longo prazo àpopulação. É através da Bolsa de Va-lores que as empresas podem tomarcaptar recursos de longo prazo para fi-nanciar seus projetos de expansão. Paraisso, elas emitem ações, que são com-pradas por vários tipos de investido-res, como os fundos de pensão, ban-cos e pessoas físicas. No Brasil, essetipo de investimento em ações e essaforma de financiamento das empre-sas através da Bolsa de Valores é me-nor do que em outros países mais de-senvolvidos - como os Estados Uni-dos e os principais países europeus.Vários fatores limitam o avanço daBolsa no Brasil, entre eles as altas ta-xas de juros e o baixo nível de cresci-mento da economia.

termo engagement, maisum de tantos jargões quese utilizam no meio em-presarial internacional,significa engajamento e

designa o compromisso. Para uma em-presa, é o compromisso com seus aci-onistas, com os clientes, com os for-necedores, com a comunidade e, aci-ma de tudo, com seus recursos huma-nos. Quanto mais uma empresa valo-riza estes compromissos, mais engaja-da ela é. E até ganha prêmio por isso.

A WEG está entre os 25 melhoresempregadores da América Latina, deacordo com o ranking da Hewitt As-sociates, consultoria global especializa-da em recursos humanos. Inédito emnível latino-americano, o ranking aca-ba de ser divulgado pela revista Amé-ricaEconomia. Sete empresas brasilei-ras fazem parte da lista.

O diretor editorial da AméricaE-conomia, Raúl Ferro, diz que “o enga-gement engloba tanto a disposição aoesforço extra e a adaptação às necessi-dades da empresa por parte do em-pregado, como seu sentido de par-ticipação na organização e de satisfa-ção com seu trabalho, entre outros fa-tores”.

O processo de escolha das empre-sas começou com o preenchimento de

um questionário. Processadas as infor-mações, surgiu um ranking prelimi-nar. Este, por sua vez, foi avaliado porum júri de especialistas independen-tes, que determinaram a lista final.

A revista informa que o estudo,denominado Best Employers in LatinAmerica (Besla), levou mais de um anopara ser finalizado, e contou com aparticipação das maiores empresas la-tino-americanas.

Em visita à WEG, o gerente geralda Hewitt, Carlo Hauschild, disse queas 25 empresas selecionadas têm emcomum três pontos: motivação doscolaboradores, foco nos resultados ecomunicação ampla e freqüente entrelíderes, gerentes e colaboradores. “NaWEG - disse Hauschild - a gente vêcomo isso é forte, como faz parte dacultura da empresa e a leva a ter resul-tados tão impressionantes.”

administração

• Ritz Carlton México• Fedex Express México• 3M de Chile S.A.• Kimberly-Clark Perú S.A.• American Express Co. México• Bristol-Myers Squibb de México• Cargill Agrícola S.A. Brasil• Unión de Cervecerías Peruanas• Verizon Dominicana• Microsoft Informática Brasil• Femsa (Fomento EconómicoMexicano S.A. de C.V.)

• Atlantica Hotels Brasil• S.C. Johnson Et Son Chile Ltda.• WEG Indústrias S.A. Brasil• AstraZeneca Argentina• Dix Amico Brasil• Laboratorios Suizos El Salvador• Cargill Honduras (Alcon)• Casa Cuervo México• Eli Lilly y Cia. de Venezuela,S.A.• Diageo Venezuela• Kraft Foods México• ALL - América LatinaLogística do Brasil S.A.

• Amil Assistência Médica Brasil• Copa Airlines Panamá

AméricaEconomiadestaca asorganizações quemais valorizamo engagement

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WR - Qual a importância domercado de capitais para a econo-mia mundial?

Magliano - O financiamento dasempresas através do mercado de capi-tais sempre foi muito importante naseconomias dos Estados Unidos e daGrã-Bretanha. As reformas dos siste-mas previdenciários nos países desen-volvidos criou condições para que cadavez mais os grandes investidores insti-

tucionais financiassem diretamente asempresas, e novos mecanismos foramcriados para ampliar a participação domercado para um segmento mais am-plo de companhias. Fundos de inves-timento especializados em pequenase médias empresas, por exemplo,ocuparam um papel de destaque nofinanciamento das novas tecnologiasque surgiram nos anos 80 e 90. Poroutro lado, o acesso ao mercado se

O MERCADONO SANGUE

outra visão

Raymundo MaglianoFilho, presidente - há

quatro gestões - da Bolsade Valores de São Paulo,

conhece bem o mercado decapitais, pois desde jovem

trabalhava na corretorade seu pai. Formado em

Administração deEmpresas pela Fundação

Getúlio Vargas, é umestudioso de temas

humanísticos relacionadosa Filosofia, Antropologia e

Ciência Política.Admirador da obra deNorberto Bobbio, tem

pautado seu trabalho combase num conceitodesenvolvido pelo

pensador italiano,segundo o qual uma

sociedade democrática seapóia nos pilares da

visibilidade,transparência e acesso.

Sua grande meta é apopularização da Bolsa de

Valores, assunto sobre oqual Magliano Filho falanesta entrevista exclusiva

concedida à WEG emRevista.

WEG em Revistawww.weg.com.br8 WEG em Revista

www.weg.com.br 13

Com a globalização,o antigo slogandos anos 70 semostra mais atualdo que nunca

Por mais que uma empre-

sa esteja consolidada no mer-cado interno, é com a expor-tação que ela expande fron-teiras e abre perspectivas de

crescimento. E não só em tempos decrise. O mercado externo deve estarsob constante atenção. Não são ape-nas as grandes corporações que devemse voltar ao comércio exterior. Peque-nas e médias empresas podem formarpools, agindo em conjunto.

O mercado mundial mostra-se re-ceptivo desde 1970, mas foi só nosanos 90 que o Brasil efetivamenteacordou para essa realidade. Antes,foram necessárias algumas lições,como a quebradeira no setor têxtil,abalado pela invasão de produtos doOriente. Hoje, quem fez a lição de casa

está bem, e além de recuperar o queperdeu, ainda conquistou mais mer-cado lá fora. E o país bate sucessivosrecordes na balança comercial.

Sob estas premissas, a WEG pro-moveu no final de junho o seminárioNovas Fronteiras. Dirigido a clientesWEG, o seminário contou com a par-ticipação de 39 fabricantes de bens decapital das regiões Sul e Sudeste.

O presidente executivo da WEG,Décio da Silva, fez uma retrospectivado processo de internacionalização daempresa. Hoje, a grande meta é tor-nar a marca WEG a número 1 emmotores elétricos no mundo, destinan-do metade das vendas ao mercado in-terno, e a outra metade ao exterior.

O primeiro palestrante do semi-nário, Carlos Buch Pastoriza, diretorda Associação Brasileira da Indústriade Máquinas e Equipamentos (Abi-maq), afirmou que as empresas brasi-leiras precisam “quebrar os paradigmasque impedem o investimento no mer-cado externo”. Para ser uma empresaexportadora, lembrou Pastoriza, nãoé preciso ser grande. O melhor exem-plo vem de Taiwan, onde 80% dovolume de vendas internacionais vemde pequenas e médias empresas.

EXPORTARé o que importa

globalização

O primeiro fator a ser levado emconta para ter sucesso nas exportaçõesé contar com recursos humanos dequalidade. O caminho foi mostrado,durante o seminário, por Pedro Gui-lherme Kraus, pró-reitor de Pós-Gra-duação e Pesquisa da Universidade daRegião de Jaraguá (Unerj) e diretorgeral da Câmara de Negócios Inter-nacionais (Cambra), organização cri-ada em Jaraguá do Sul, para assesso-rar as empresas que buscam o merca-do externo.

Martin Desmaras, diretor de ne-gócios internacionais da Cambra, des-tacou as estratégias a serem utilizadaspara alcançar competitividade no mer-cado globalizado. “É muito importan-te atentar para os valores culturais,quando se negocia com empresas deoutros países”, advertiu Desmaras.

No encerramento do seminárioNovas Fronteiras, Aloísio TupinambáGomes Neto, assessor especial da Câ-mara de Comércio Exterior (Camex)do Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior, mos-trou os programas e as ações de con-sultoria que o governo federal dispo-nibiliza aos exportadores.

Kraus: mão-de-obra de

qualidade éa base do

sucesso

Pastoriza: asempresasprecisamevoluir comoum todo, paraganharmercados

Desmaras: oaspecto cultural é

importante nanegociação com

outros países

➔Pregão daBovespa

FOTOS:

LUCAS DE ARAÚJO

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WEG em Revistawww.weg.com.br14 WEG em Revista

www.weg.com.br 7

crônica

MA

RIO

PR

AT

A

SUBSTANTIVO FEMININO1 Pequeno saco, de couro, pano,

seda etc., para guardar o dinheiro emmoedas.

2 Derivação: por metoní-mia. O dinheiro nele contido.

3 Derivação: por exten-são de sentido. Qualquersaco similar à bolsa. Ex.:bolsa para cartuchos.

4 Derivação: por exten-são de sentido. Recipientefeito de couro, pano, plás-tico ou metal, com ou semalça, no formato de saco,sacola ou maleta etc., usa-do para guardar, portar outransportar objetos diver-sos. Ex.: bolsa de senhora;bolsa de curativos; bolsa de vi-agem; bolsa de feira.

5 Derivação: por exten-são de sentido. Cada umdos sacos de um alforje (maisusado no plural).

6 Saquitel de guardar tabaco.7 Diacronismo: antigo. Saquitel

longo de seda, onde os homens guar-davam as tranças postiças de cabelo.

8 Soma reunida pelos participan-tes de uma associação etc., para subsi-diar as despesas da organização ou paraoutro fim qualquer; vaquinha.

9 Prêmio em dinheiro recebido pe-los lutadores profissionais por cadaapresentação.

10 Dinheiro ou pecúlio para gas-tos correntes; bolso. Ex.: Sua bolsa nãosustenta todos os filhos.

11 Diacronismo: antigo. Compa-nheiro a quem, nas jornadas, se con-fiava o dinheiro do grupo para as des-pesas. Ex.: Fizeram a Diogo bolsa.

12 Rubrica: anatomia geral. De-

Afinal, o que é a

signação de diversos envoltórios oumembranas saciformes; cavidade emforma de fundo de saco.

13 (sXX) Rubrica: anatomia ge-ral. Saco escrotal.

14 Rubrica: anatomia zoológica.Invaginação em forma de saco, pre-sente nos ofiuróides, que permite astrocas gasosas com o meio aquáticocircundante.

15 Rubrica: bibliologia. Mesmoque bolso (‘envelope’).

16 Rubrica: termo eclesiástico.Mesmo que bursa.

17 Rubrica: enologia. Regionalis-mo: Beira. Pequena dorna de fundo

côncavo que capta o vinho saído dolagar, antes de ser tirado para as vasi-lhas.

18 Rubrica: fitopatologia. Doen-ça do melão, causada pela mosca-das-frutas (Ceratitis capitata).

19 Rubrica: geologia. Cavidadeem rocha contendo minerais.

20 (1900) Rubrica: indústria. Re-gionalismo: Brasil. Alargamento da ex-tremidade de um tubo, uma manilhaetc., na qual se encaixa a extremidadelisa e oposta de outra peça similar;boca, bocim, campânula.

21 Rubrica: ludologia. Regiona-lismo: Portugal. Caçapa (no jogo desinuca).

22 Rubrica: Termo militar. Reen-trância que se forma na linha de fren-te em um combate, ao ser ela rompi-da pela forças inimigas.

23 Rubrica: morfologia botânica.Qualquer cavidade saciforme.

24 Rubrica: patologia. Sacoformado pelo deslocamento demembranas, onde se acumula opus de abscessos ou tumores.

25 Rubrica: patologia. Di-vertículo da cavidade abdomi-nal.

26 Rubrica: pesca. Regiona-lismo: Beira Litoral (Aveiro).Rede saciforme de malha miú-

da, usada para apanhar caranguejos,que se prendem a esta malha, na ten-tativa de alcançar a isca que está emseu interior.

27 Rubrica: arte venatória. Redesaciforme com que se pegam lebres oucoelhos à saída de suas tocas.

28 Local onde se reúnem comer-ciantes para negociar; praça de comér-cio.

29 Instituição pública ou priva-da, conforme o país, onde, através decorretores, são negociados fundos pú-blicos, ações e obrigações de compa-nhias, títulos de crédito, mercadoriasetc.

30 Sessão em que ocorre a transa-ção de títulos de crédito.

NOTA: obrigado, Antônio Houaiss!

BOLSA?

“Tour Virtual” permiteuma visita completaà WEG, sem quevocê precise selevantar da cadeira

➔ isitar uma empresa é sem-pre uma experiência inte-ressante, principalmentese você é parceiro destaempresa, ou um estudan-

te que sonha trabalhar lá um dia. Masuma visita ao vivo nem sempre é fá-cil de se executar, tanto pela distân-cia, quando pelo pouco tempo dis-ponível. Imagine, então, visitar umcomplexo como o da WEG, que temo maior parque fabril do mundo vol-tado à fabricação de motores elétri-cos! Haja resistência...

Por isso, para facilitar sua vida, aWEG colocou no ar mais uma novi-dade: o Tour Virtual. Trata-se de um

programa instalado na home page,que permite ao navegante conheceras instalações da empresa. Nem sem-pre é possível, para um parceiro daWEG, visitar pessoalmente a fábricae conhecer os seus modernos proces-sos de fabricação, além das pessoasque tornam tudo isso possível. Como Tour no site, parte da curiosidadepode ser satisfeita.

Para acessar o Tour Virtual é fá-cil, basta entrar no sitewww.weg.com.br. Não é necessáriofazer download, nem instalar qual-quer programa ou dispor de periféri-cos. É só clicar e passear à vontade -sem gastar sola de sapato.

interatividade

MOUSEO VEÍCULO É O

V

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O seu perfil

WEG em Revistawww.weg.com.br6 WEG em Revista

www.weg.com.br 15

O Tour está dividido por linhasde produtos, para facilitar a intera-ção. Há fotos simples, vídeo e fotosem 360º. Ou seja: utilizando o mouseem vez dos próprios pés, o visitantepercorre as instalações da empresa.

A WEG costuma receber muitassolicitações de visitas, especialmentede clientes e de estudantes. Como onúmero de pedidos é muito grande, éimpossível atender todos, e muitasvezes o pretendente a uma visita pre-cisa esperar muito tempo para concre-tizá-la. O Tour Virtual permite ante-cipar algumas expectativas, oferecen-do um “aperitivo”. E o melhor: só omouse é que precisa se mexer.

Para produzir o Tour Virtual, foramutilizados

15 diasde filmagens e fotos nas fábricas

3 mesesde trabalho total.

Cerca de

200 fotose

50 vídeosna versão final

Doug Fabian, editor do FabianPremium Investiment Resource,publicação dirigida ao mercado decapitais, criou um pequeno testepara avaliar o perfil do investidor.Para ver onde você se encaixa naescala risco-retorno, responda asquestões abaixo.

Um dos meus objetivos deinvestimento mais impor-tantes é compor um portfó-

lio com um risco maior do que opróprio mercado.

a) Concordo plenamenteb) Concordoc) Neutrod) Discordoe) Discordo plenamente

Estou disposto a ter perdasde curto prazo maiores doque 10% para usufruir de

lucros maiores em ciclos futuros.a) Concordo plenamenteb) Concordo

c) Neutrod)Discordoe) Discordo plenamente

Estou disposto a abrir mãode 15% de retorno no picode um ciclo de alta para

conseguir um crescimento acima damédia.

a) Concordo plenamenteb) Concordoc) Neutrod)Discordoe) Discordo plenamente

Estou apto a alocar umagrande parcela do portfólioem investimentos de risco.

a) Concordo plenamenteb) Concordob) Neutrod)Discordoe) Discordo plenamente

Com certeza, você já ouviu falarem Naji Nahas, Warren Buffett e Ge-orge Soros. São três nomes de pesoentre os grandes investidores (há quemprefira o termo “especuladores”) domercado de capitais mundial.

Naji Nahas, nascido no Líbano enaturalizado brasileiro, fez história nomercado com jogadas de altíssimo ris-co. Em 1969, quando desembarcouno Brasil, trouxe US$ 50 milhões parainvestir. Nos fim dos anos 70, já tinhamais de US$ 1 bilhão. Ele chegou aser o maior investidor individual doBrasil. Mas em 1989 explodiu umagrave crise no mercado brasileiro.Nahas teve de liquidar sua posição eperdeu tudo. Acusado de manipularo mercado para inflar artificialmente

Eu não necessito de um re-torno de curto prazo nosmeus investimentos.

a) Concordo plenamenteb) Concordoc) Neutrod)Discordoe) Discordo plenamente

o preço das ações,Nahas chegou aser condenado àprisão. Há pou-cos meses, po-rém, o investidorfoi inocentado.

George Sorosdeixou a Hungriano fim da guerra,em 1947, comdestino à Suíça e

depois à Inglaterra. Trabalhou comogarçom, pintor de parede e outros bi-cos. Em 1956 chegou a Nova York,com U$ 5 mil. No fim dos anos 60Soros já era um participante ativo domundo das finanças internacionais.Em 1973 fundou o Soros Fund Ma-

nagement (SFM), trabalhando empraticamente todos os mercados. Emmeados dos anos 90 nasceu a SorosFoundation, dedicada a doar dinhei-ro para as mais variadas causas, emtodo o mundo. E Soros, de investi-dor, se torna o maior filantropo domundo.

Warren Buffett é outro gigante domercado de capitais. Enquanto Sorosacumulou sua fortuna especulando emtodos os mercados, Buffett é um in-vestidor em ações, notadamente açõesnorte-americanas e com visão de lon-go prazo. Buffett chegou a abandonara Wharton School, por achar que lánão aprenderia nada (a Wharton temhoje um dos melhores cursos de MBAdo mundo).

(Extraído de artigo de Daniel Gewehr, da Solidus Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários)

1

2

3

4

5

MIC

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Os nomes de peso do mercado

➔Soros: deinvestidor agrande filantropo

Some 5 pontos para cada res-posta A, 4 pontos para B, 3 pon-tos para C, 2 pontos para D e 1ponto para E. O total vai deter-minar o seu nível de tolerância aorisco.

– Mais de 22 pontos: agres-sivo, procura grandes retornos eestá disposto a correr riscos.

– 18-21 pontos: você tem umperfil moderado.

– 17 pontos ou menos: vocêé conservador.

Clique aqui

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WEG em Revistawww.weg.com.br16 WEG em Revista

www.weg.com.br 5

giro

A WEG avançou três posições noranking geral dos maiores grupos doBrasil, passando para o 76º lugar nalista da edição Melhores e Maiores2004, da revista Exame. Entre as 500maiores, a empresa passou para o 125ºlugar. E é a maior empresa no segmen-to de Mecânica.

No ranking específico do Sul, aWEG é um dos destaques, alcançan-do o 5º lugar entre as Melhores In-dústrias da região e o 17º lugar entreas Maiores.

Para chegar a essa posição de des-taque, a WEG diversificou a linha deprodutos e passou a disputar clientescom empresas com as quais não con-corria antes. Além dos grandes inves-

Como pode um acontecimentodoméstico da Tailândia fazer com queo Brasil perca 15 bilhões de dólares? Éa Teoria do Caos aplicada ao mercadode capitais. É o tal “efeito borboleta”:uma borboleta bate as asas na China ecausa um furacão na América.

O “bater de asas da borboleta”, quefoi a revisão cambial na Tailândia, pro-vocou “furacões” em quase todo omundo, afetando o mercado de capi-tais mundial. A imprevisibilidade podeservir para o bem ou para o mal. “Pre-ver” é um verbo muito utilizado, porisso mesmo, no mercado de capitais.

E foi ao exercitar seus dotes de pi-tonisa que os economistas norte-ame-ricanos Robert Merton e Myron Scho-les ganharam o Prêmio Nobel de Eco-nomia, em 1997. Com seu “novo mé-

plo, a Tailândia, um dos Tigres Asiá-ticos, mudou o câmbio e desvalorizousua moeda em 18%. Imediatamente,os reflexos atingiram os vizinhos pró-ximos (Filipinas, Malásia, Cingapura,Indonésia). Em seguida, a Bolsa deValores de Hong Kong desabou, pro-vocando pânico em todo o mundo.No Brasil, a Bolsa de São Paulo caiuquase 15%, causando uma fuga de U$15 bilhões de investimentos estrangei-ros no país. A saída foi aumentar ataxa de juros. O então presidente Fer-nando Henrique Cardoso afirmouque “só Deus sabe quando os juros vãocair”. Ainda não caíram...

IAIAO vôo da borboleta

A revista Expressão acaba de divulgar, em seu Anuário Ex-pressão de Gestão Social, o resultado da 1ª Pesquisa de Respon-sabilidade Social Empresarial da Região Sul. A WEG está en-tre as cinco empresas da região Sul que se destacaram por sua

atuação na área de Meio Ambiente.Além deste, a pesquisa abordou ou-tros seis temas: Público Interno, Co-munidade, Fornecedores, Valores eTransparência, Governo e Socieda-de, além de Consumidores e Clien-tes. Foram pesquisadas 64 grandese médias empresas do Sul, que em-pregam 241 mil pessoas e têm fatu-ramento de R$ 86 bilhões.

A excelência da WEG em meioambiente se deve aos vários progra-mas ambientais, como o tratamen-to de efluentes, a coleta seletiva, oaterro industrial Classe II para resí-duos de fundição, a criação de áreasde floresta nativa e reflorestamento,a recuperação da mata ciliar dos rios

Quati e Itapocu, o apoio e execução de projetos relacionados àeducação ambiental - como o Projeto Guará e cartilhas sobrepreservação ambiental para escolas - e o controle de emissõesatmosféricas, além do Sistema de Gestão Ambiental.

A WEG foi a empresa campeã dosetor de Mecânica, pela terceira vezconsecutiva, da pesquisa realizadapelo anuário Valor 1000, publicaçãodo jornal Valor Econômico. Em suaquarta edição, o anuário é um dosmais criteriosos rankings das maiorescompanhias no país.

A WEG su-biu da 144ª paraa 119ª posição, efoi a única do Suldo país a ficarentre os 27 desta-ques nacionais. Apesquisa analisou27 setores econô-micos apresenta-dos em rankingsque destacam: re-ceita líquida das1.000 maioresempresas do país, as 50 maiores em-presas de cada região, os 50 maioresbancos, as 100 maiores seguradoras,além das 250 maiores holdings.

A escolha das campeãs setoriais foifeita a partir do ranking das 1.000maiores por receita líquida em ativi-dade no Brasil. Divididas em segui-da por setores, as companhias recebe-ram pontuação de acordo com indi-cadores obtidos de dados extraídos dosbalanços referentes a 2003.

timentos na áreade energia, passoua oferecer soluçõescompletas a setoresaquecidos da eco-nomia, como o side-rúrgico e o agronegó-cio.

A empresa ainda foi des-taque nesta edição das Melho-res e Maiores pela duplicação da área daunidade de Jaraguá do Sul. O presiden-te executivo Décio Silva, em entrevistaconcedida à Exame, afirmou: “Nós te-mos fábricas no México, na Argentinae em Portugal, mas mesmo assim nos-sa idéia é fazer do Brasil uma platafor-ma para exportação”.

WEG sobe noranking da Exame

A melhor dosetor de

Mecânica

Destaque emmeio ambiente

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➔Halfeld: dinheironão é fim, é meio

Nem só de aplicação na Bolsa deValores vive o mercado de capitais.Como dissemos no início deste texto,o sr. José da Silva também é um inves-tidor. Ao depositar seus reais na cader-neta de poupança, também ele estámovendo a engrenagem da economia.

O economista Mauro Halfeld,professor na Universidade Federal doParaná e colunista da Rádio CBN edo jornal O Globo, enfatiza que todasas pessoas, independentemente de suarenda, devem destinar uma parcela deseus rendimentos à construção de umareserva. “Creio que nós, seres huma-nos, temos uma grande dificuldade empoupar”, observa Mauro Halfeld, emseu livro Investimentos - Como Admi-nistrar Melhor Seu Dinheiro (ed. Fun-damento, 2004).

O mercado de ações é uma das al-ternativas apontadas pelo economistacomo uma boa opção de investimen-to. “Muitos brasileiros pensam que aBolsa é um cassino. Estão ignorandoum dos melhores instrumentos para fa-

todo para determinar o valor dos de-rivativos”, os economistas permitiramum acesso facilitado ao mercado de de-rivativos, campo de altíssimo risco. In-vestir nesse mercado pode significarganhos estratosféricos ou prejuízos ter-ríveis.

Mas o risco é sempre tentador nomundo do mercado de capitais. Tantoque o próprio Myron Scholes apostou,achou que havia ganho e acabou per-dendo muito. Um ano depois de abo-canhar o Nobel, sua empresa protago-nizou um dos maiores escândalos finan-ceiros dos Estados Unidos, quebrandoo fundo Long Term Capital Manage-ment. É a cobra mordendo a própriacauda. Scholes se deu mal no própriomercado que ele ajudou a desvendar.Nuances do mercado de capitais...

zer crescer seu di-nheiro poupado.”

Na obra In-ves t imentos . . . ,Halfeld dá inú-meros exemplosde aplicação, de-pendendo daquantia disponí-vel. No caso daBolsa, ele separa assim:

Menos de R$ 30 mil - invista sóem fundos de ações

Entre R$ 30 mil e R$ 100 mil -invista a metade em fundos e façasua carteira própria com o restante

Mais de R$ 100 mil - você podefazer sua própria carteira, se desejar

É claro que o auxílio de uma cor-retora é indispensável, especialmentepara quem está começando. Não é fá-cil se aventurar sozinho neste merca-do de risco. E, acima de tudo, é preci-so ter paciência. “Mantenha-se firmenas crises. Você não é um corredor de100 metros, mas um fundista”, ensi-na o economista.

Dicas de quemconhece

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Visita da Wharton School

Os campeões da energiaFoi divulgado o resultado final do

V Concurso WEG de Conservação de

Energia. Participaram 160 estabelecimentos

de ensino, com 314 turmas e 4.854 alunos.

Assoc. Benef. da Ind. Carbonífera Catarinense -SATCCriciúma - SCProfessor Orientador: Rodrigo Pereira LacombeTurma: Escola Técnica SATC

Senai - BahiaSalvador - BAProfessor Orientador: Jivago Bezerra Ximenesde VasconcelosTurma: CAI-TEC01

Escola Técnica de AmericanaAmericana - SPProfessor Orientador: Ariovaldo GhirardelloTurma: Politec

VENCEDORESCURSO TÉCNICO

especial

WEG em Revistawww.weg.com.br4 WEG em Revista

www.weg.com.br 17

ROBERTO SZABUNIA

Ao investir no “mercado de capi-tais”, é claro que você não vai com-prar 2 kg de Maceiós, meia dúzia deWashingtons ou 1 metro e meio deTóquios. Esse tipo de capital não sevende - ou, pelo menos, não é paraser vendido.

No mercado de capitais você com-pra... Dinheiro.

Não há mercadorias à venda numaBolsa de Valores. Você compra o re-torno do seu investimento. Em di-nheiro, na maioria das vezes. Utilizadinheiro, para receber... Dinheiro.

Desde que a primeira pessoa pe-diu dinheiro emprestado a alguém, emalgum lugar incerto da História, omercado de capitais passou a fazerparte do cotidiano da humanidade.Hoje, há muitos que vivem disso. Masa maioria dos cidadãos aplica suas eco-

nomias pensando em ter uma reserva,uma poupança, uma garantia de umfuturo mais tranqüilo. O mercado decapitais é amplo, não se resume à Bol-sa de Valores. Uma trivial cadernetade poupança tem a mesma importân-cia de um grande investimento, de-pendendo do perfil de quem aplica.Enquanto o sr. José da Silva reservauma parte do seu salário para a cader-neta de poupança, o sr. George Sorosinveste alguns milhões de dólares emações de alguma supermultinacional.

Guardadas as devidas proporções- imensas, neste caso -, cada um apli-ca dinheiro em troca de... Mais di-

VENCEDORESCURSO SUPERIOR

No mercado decapitais, o girodo dinheiro fazcom que o mundose globalize mais

➔A agitação dos operadores na Bolsa de Valores de São Paulo

nheiro.Atualmente, neste mundo globa-

lizado, o mercado de capitais assumemais importância. E oferece mais ris-cos. Não há quem não lembre dosacontecimentos de junho de 1989,quando uma alegada manipulação dogrande investidor Naji Nahas provo-cou uma crise sem precedentes naBolsa de Valores. Na época, muita gen-te perdeu dinheiro, o mercado entrouem ebulição e Nahas acabou conde-nado à prisão. Agora, em 2004, omegainvestidor acabou inocentado.

Mas os ecos de crises podem virde outros lugares. Em 1997, por exem-

MERCADORMERCADORO DINHEIRO É AO DINHEIRO É A

Universidade Federal do Espírito SantoVitória - ESProfessor Orientador: Gilberto Costa DrumondSouzaTurma: Vitória

Universidade Federal de Minas GeraisBelo Horizonte - MGProfessor Orientador: Braz de Jesus Cardoso FilhoTurma: LAI

Universidade Federal do Rio Grande do SulPorto Alegre - RSProfessor Orientador: Ály Ferreira Flores FilhoTurma: Engenharia Elétrica UFRGS

Um grupo de nove alunos da Wharton School, dosEstados Unidos, uma das mais conceituadas institui-ções de MBA do mundo, visitou a WEG em julho. Avisita fez parte do Summer Immersion Program, umaoportunidade de perceber a influência da cultura dopaís em seus negócios. Além do Brasil, os estudantesvisitam Alemanha, França, Japão, China, Rússia, Mar-rocos, Dubai, México e Argentina.

A visita contou com a parceria da FAE BusinessSchool, de Curitiba. Os alunos de MBA assistiram aovídeo institucional da WEG, conversaram sobre ges-tão participativa, investimentos, benefícios e outros as-suntos e conheceram o PF II.

➔ Alunos da Wharton visitam o Museu WEG

WEG

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WEG em Revistawww.weg.com.br18

expediente

índiceWEG em Revistaé uma publicaçãoda WEG.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89 256-900,Jaraguá do Sul, [email protected]. Conselho Editorial:Jaime Richter (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing). Edição e produção: EDM LogosComunicação, tel. (47) 433-0666.Textos: Roberto Szabunia. Tiragem: 15.000.

Em torno do mercado, gira o mundo 4

P

WEG em Revistawww.weg.com.br 3

editorial

Balcão globalrimeiro, foi o império romano, tentando estender seudomínio para todo o mundo conhecido. Depois, por-tugueses e espanhóis, com suas explorações navais.

Carlos Magno, Napoleão, o III Reich... Em cada momento daHistória, havia algum movimento de globalização (para o bemou para o mal). Mas, até agora, só um grande conquistadoralcançou o objetivo de transformar o mundo em uma grandeunidade: o mercado de capitais.

O movimento global da economia é capaz de provocar con-seqüências em mais de uma centena de países, com uma criselocalizada em um só endereço. Assim, se algum fato (ou boato)derruba as cotações da Bolsa de Valores de Hong Kong, imedi-atamente os reflexos se fazem sentir em todas as Bolsas do mun-do. É o bater de asas da borboleta do Oriente produzindo umfuracão no Ocidente - ou vice-versa.

O mercado de capitais é o verdadeiro ponto de apoio daalavanca com que Arquimedes moveria o mundo. Hoje, é im-pensável visualizar o planeta sem este imenso balcão, onde to-dos os países compram e vendem. Neste balcão, a mercadoria éa própria estabilidade mundial.

Alidor LuedersDiretor administrativo e de relaçõescom o mercado

UA Bolsa de Valoresé um dos melhoresinstrumentos paraimpulsionar ocrescimento do país

O mercado de capitaisé uma forma de

profissionalizar asempresas, perpetuando

seu futuro.

nossa opinião

FLÁ

VIO

UET

A

Mande sua mensagem [email protected]

Nós, da minha geração, nem precisa-mos dizer da satisfação de conhecermosuma empresa como a WEG. A WEG em Re-vista, como não poderia deixar de ser, es-tabelece o padrão de qualidade deste gru-po, com um jornalismo moderno e gostosode ler. Além de informar, descontrai o leitor.Parabéns. Em particular gostaria de citar ascrônicas do Mario Prata, fantásticas sem-pre e agora permanentes na revista.

Álvaro Joaquim PereiraTeaçu Armazéns Gerais, Santos - SP

A equipe WEG está de parabéns porabordar assuntos relacionados com a vidade seus colaboradores e de todos. Estan-do conectados e com todas as peças funci-onando bem, alcançaremos o objetivo davida, a felicidade. Tenho certeza que estasreportagens ajudam as pessoas e fico felizem saber que a empresa põe a vida felizcomo uma das prioridades. É a única revis-ta que recebo, do gênero, que não jogo fora.Parabéns!

Vitor Egito de CastroQuiron Engenharia, Serra - ES

Mario Prata tenta entender a Bolsa 7Presidente da Bovespa analisa o mercado 8Mais ações WEG oferecidas na Bolsa 10As vantagens de ser multinacional 13

do leitorm carro precisa de combus-tível para seguir viagem.Pode-se questionar qual omelhor - gasolina, álcool,diesel, energia elétrica, água,

quem sabe - mas não que é necessárioalgum tipo de combustível.

Nesse momento em que o Brasilensaia uma viagem em direção à reto-mada do crescimento, a questão vemà tona. Que a exportação é um elemen-to fundamental na equação do desen-volvimento de um país, também nãohá dúvida. Mas é preciso deixar claroque exportação, para as empresas, nãoé combustível, é destino de viagem.

Só agora o Brasil está se dando con-ta que um dos melhores combustíveispara impulsionar seu crescimento estáno próprio país, ao alcance de qual-quer empresa: o Mercado de Capitais.Que tal ter milharesde pessoas apoiandoo crescimento de suaempresa, contribu-indo com dinheirodo próprio bolsopara você investirem seu negócio, bus-car novos mercadose fazer seu fatura-mento crescer? Pare-ce sonho, mas é essaexatamente a funçãoda Bolsa de Valores.

A Bolsa é um meio pelo qual asempresas podem tomar dinheiro em-prestado, a custos bem baixos, para fi-nanciar seus projetos de expansão. Paraisso, elas emitem ações, que são com-pradas por vários tipos de investido-res, desde os grandes, como fundos depensão e bancos, até pessoas físicas.

Esse dinheiro exerce papel funda-mental na economia do país, proven-do parte dos recursos necessários para

sustentar o crescimento e aumentan-do o tamanho da poupança interna.Mas, além de uma alternativa de fi-nanciamento, o mercado de capitais éimportante por ser uma forma de pro-fissionalizar cada vez mais as empre-sas, de mantê-las em níveis elevados dequalidade e perpetuar seu futuro.

Para ter acesso ao tão sonhado di-nheiro dos investidores, a empresadeve, além de ter uma boa posição nomercado em que atua, ser transparen-te e ética.

A WEG abriu seu capital quandoainda era uma empresa de porte mé-dio, em 1971, apenas 10 anos após suafundação. Na mesma época, começoua exportar. O aprendizado dessas duasexperiências teve grande influência nomodelo de gestão que a empresa segueaté hoje e nos resultados que atinge

atualmente. Esseexemplo pode, devee felizmente está sen-do seguido por maise mais empresas noBrasil. Exemplos re-centes de aberturade capital têm feitoa alegria dos investi-dores e mostramcomo o mercado decapitais pode ser be-néfico para as em-

presas, e conseqüentemente para opaís.

Exportar, como navegar, é preciso.Crescer também é preciso. Mas se qui-sermos crescer, conquistar mercados noexterior e ter uma economia tão oumais forte que os Estados Unidos e osprincipais países da Europa, precisa-mos ter, além de uma série de pré-re-quisitos de infra-estrutura e legislação,um mercado de capitais tão ou maisforte que esses países.

Combustível do

crescimento

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Page 19: Balcão global - static.weg.net · rimeiro, foi o império romano, tentando estender seu domínio para todo o mundo conhecido. Depois, por-tugueses e espanhóis, com suas explorações
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