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WEG em Revista éuma publicaçãoda WEG.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89256-900,Jaraguá do Sul [email protected]. Conselho Editorial:Jaime Richter (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing). Edição e produção: EDM LogosComunicação, telefone (47) 433-0666.Tiragem: 12.000.

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Frank Issamu Murai,Diretor Executivo da WEG Japão

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O Brasil podese ombrear atéao Japão naprodução depescados

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mprego, renda e alimento. Não há paísque não esteja sempre preocupado com ageração destes três recursos, básicos para

a prosperidade. No Brasil, além da terra fértil(veja a edição nº 20, de janeiro/fevereiro, deWEG em Revista), a água também é cultivá-vel. Por um lado, nossa costa favorece pouco aproliferação de espécies marinhas, e a exploraçãoda pesca em rios e mares já degradou muito dosestoques existentes. Porém, temos a tecnologia eo conhecimento necessários para a criação em ca-tiveiro de peixes, camarões e outras espécies.

O Brasil tem tudo para ser uma potência naaqüicultura (cultivo de animais aquáticos emcativeiro). Há vários cursos de graduação e pós-graduação na área, território disponível, mão-de-obra farta e tecnologia adequada. O que ain-da falta é mais investimento em pesquisa e li-nhas de crédito.

Um passo certo foi dado com a criação de umórgão federal específico para cuidar de assuntosrelacionados ao setor pesqueiro. Basta agora quea Secretaria Especial da Pesca apóie tanto quemvive da pesca extrativista quanto quem atua nocultivo. Afinal, além de gerar emprego e renda,essa atividade permite o aumento da produçãocom sustentabilidade ambiental. Enfim, estamoscom a faca e o queijo na mão. Basta cuidar paranão cortar o dedo.

O Japão, dono damaior frota pesqueira

do mundo, veminvestindo fortemente

na aqüicultura

sukiji, o mercado de peixesmais famoso de Tóquio, é ameca do atum. O maior lei-lão de atum do mundoacontece lá, todos os dias.

Compradores ultrameticulosos procu-ram quaisquer sinais de pancada oudano (que podem tornar o atum im-próprio para ser servido cru).

A obsessão dos japoneses peloatum - e por peixes de modo geral - étamanha que eles pagam altos preçospela preciosa mercadoria. Os mais de30 mil atuns chegam ao mercado dia-riamente de avião, vindo de lugares tãodistantes quanto Grécia, Tunísia e Cro-ácia. Para quem visita a capital japo-nesa, o mercado Tsukiji é um dos maisinteressantes pontosturísticos. Mas, me-lhor do que ver ne-gócios sendo fecha-dos aos berros e pei-xes sendo cortadoscom peixeiras de ummetro de compri-mento, é poder sa-borear o sushi maisfresco do mundonos restaurantespróximos.

Hoje o sushi é mania no mundotodo, mesmo em países que não têmforte presença de imigrantes japone-ses. O peixe, como alimento, tambémestá se tornando cada vez mais popu-lar, por ser mais saudável e fazer bemao coração. Nesse cenário, a produçãode peixes é um negócio promissor.

A pesca é uma atividade essencialna economia japonesa, tanto pelo quegera de divisas, quanto pelo aspectosimbólico. A pesca é a única atividadeeconômica de grandes proporções, li-gada à alimentação, que continua es-sencialmente extrativista. Mas, apesarde tradicional e da ligação extrema-mente forte com a natureza, o extrati-vismo vai contra outra tradição japo-

nesa: a eficiência. Mesmo com a mai-or frota pesqueira do mundo e comquase 5 milhões de toneladas de pei-xes e crustáceos pescados em 2001, se-gundo dados da FAO (Organizaçãodas Nações Unidas para Alimentaçãoe Agricultura), o Japão tem investidona aqüicultura, uma atividade em quea produção pode ser muito melhorcontrolada.

Em julho estive no Brasil acom-panhando alguns clientes japonesesem visita à WEG. Além de impressio-nados com o tamanho de nossas fá-bricas, a tecnologia envolvida em nos-sos processos e a hospitalidade dosnossos colaboradores, uma imagemvista na TV os marcou: um guindaste

tirando de uma la-goa no Mato Grossouma rede abarrotadade peixes típicos dopantanal, como pa-cu, pirarucu, pinta-do e dourado. Aquantidade, o tama-nho e a variedadedos peixes era tantaque até eu, um bra-sileiro vivendo no

Japão já há quase sete anos, fiquei deolhos arregalados.

Países são como pessoas. Quantomais investem em suas vocações na-turais, mais sucesso têm. O Brasil temuma vocação fantástica para a produ-ção de alimentos. O clima e a exten-são territorial, que já favorecem a agri-cultura e a pecuária, também são óti-mos para a aqüicultura. Investir nessemercado é um ótimo caminho paracriar empregos, gerar divisas e deixaro Brasil ainda mais forte no mercadomundial. Desse jeito, logo veremos oscompradores do mercado de Tsukijidando lances para comprar pintados,dourados e outros peixes criados noBrasil.

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erra, planeta água”, jádizia a música de Gui-lherme Arantes. Hámuito mais água do

que terra nessa esfera que habitamos,e a vida que pulsa nas profundezas doazul é tão rica quanto a que existe aquiem cima. Somente nos rios brasilei-ros, são conhecidas 2,3 mil espéciesde peixes. Nos oceanos, então, tudo égrandioso: já foram descobertas 25 mil

espécies de animais marinhos.Toda essa vida gera emprego, ren-

da e alimento. No Brasil, estima-se queum milhão de pessoas viva da pescaartesanal. O país, cada vez mais, dánova atenção à vida que vem da água,seja com a criação da Secretaria Espe-cial da Pesca, seja com o desenvolvi-mento da aqüicultura (cultivo de pei-xes, camarões, mariscos e outra espé-cies em verdadeiras fazendas aquáti-cas).

A Secretaria Especial da Pesca temprojetos para desenvolver o setor pes-queiro e aumentar em 35% a produ-ção. Os especialistas dizem que não dápara tirar mais peixe do mar do que jáse tira atualmente. Mas se não dá parapescar mais, tudo bem. É só construirfazendas na água e cultivar. O Brasilestá sendo visto por pesquisadores eempresários como um país abençoa-do por Deus para a aqüicultura.

Segundo o professor e pesquisador

Luis Alejandro Vinatea Arana, do cur-so de Engenharia de Aqüicultura daUniversidade Federal de Santa Cata-rina (UFSC), a troca da pesca pelo cul-tivo de peixes será uma nova revolu-ção, como foi a introdução da agri-cultura e da pecuária entre os colhe-dores e caçadores do Neolítico. “É arevolução azul”, afirma.

Na pesca extrativista, os númerosdo Brasil não são muito animadores.O país, com seus nada desprezíveis 8mil quilômetros de litoral, tirou domar 770 mil toneladas de pescados em2001, segundo dados da FAO (Orga-nização das Nações Unidas para Ali-mentação e Agricultura). Para se teruma idéia de quanto isso é pouco, oPeru, com 2,5 mil quilômetros de li-toral, pesca 8 milhões de toneladas.

O brasileiro consome pouco pes-cado: 6,7 quilos de peixe por ano, con-tra 64,1 quilos consumidos pelos ja-poneses, por exemplo.

A vida começouna água, há algunsmilênios; e é daágua que a vidacontinua vindo

DEISE ROZA

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A WEG foi um das empresas par-ticipantes da 15ª Expo Usipa, maiorexposição industrial, comercial e deserviços do Leste de Minas Gerais queaconteceu entre os dias 23 e 27 dejulho, na cidade de Ipatinga (MG).A exposição foi realizada pela Asso-ciação Esportiva Recreativa Usipa,formada por funcionários da Usimi-nas. A siderúrgica é uma das maiorespatrocinadoras do evento, que des-taca as empresas da região e os diver-sos parceiros da Usiminas.

A WEG participou a convite dasiderúrgica e montou um estande emconjunto com seu integrador emMinas Gerais, a LOG Automação,expondo seus produtos. No dia 25de julho, foi promovido o “Seminá-rio WEG para Produtos de Automa-ção” com destaque para a palestra“Inversores de Freqüência com AltoFator de Potência e Retificadores Re-generativos”, apresentada pelo enge-nheiro Joable Alves, do departamen-to de Pesquisa e Desenvolvimento daWEG Automação.

As maiores carcaças fundidas domundo, fabricadas pela WEG emmaio deste ano, já viraram motores.Eles foram entregues à mineradoraCollahuasi, no Chile, em meados de

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volts. As máquinas têmuma eficiência de 97,5% eirão trabalhar a uma alturade 4.700 metros acima donível do mar.

As carcaças têm 1,4metro de diâmetro por 2,1metros de comprimento econsumiram 20 toneladasde areia para fazer o mol-de, exigindo o trabalho de42 colaboradores para oprocesso de fundição.

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A WEG foi classificada pela re-vista Exame como uma das 100melhores empresas para se trabalhar.Além disso, no ranking das maiorese melhores empresas do Brasil, tam-bém da Exame, ela subiu da 143ªposição para a 140ª. O jornal Va-lor Econômico escolheu a empresacomo uma das mil maiores do Bra-sil, e a maior do setor de mecânica.A revista Conjuntura Econômica,veículo de comunicação oficial daFundação Getúlio Vargas, incluiua WEG no ranking anual das 500maiores empresas. A publicaçãotambém vai conceder à WEG o Prê-mio FGV de Excelência Empresa-rial, entregue anualmente, desde1991, a 12 empresas classificadasna pesquisa das 500 maiores, comoreconhecimento pela sua competên-cia e eficiência empresarial.

Já a revista Expressão crioueste ano um prêmio especial para as20 empresas da década do Real, noqual a WEG também está presente.

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laboratório deacionamentos aescola técnicade Jaraguá do Sul

O objetivo do governo é ampliartanto a produção quanto o consumode pescados. Parece inegável o fato deque uma costa de tal proporção podeoferecer mais recursos do que os quevêm sendo explorados. Mas os pesqui-sadores do setor afirmam que não ébem assim. Segundo uma reportagemda revista Veja, estudos de 150 pes-quisadores de quarenta instituições, aolongo de seis anos, chegaram à con-clusão de que, apesar de extensa, a cos-ta não tem peixes suficientes para pro-vocar melhora significativa na econo-mia ou mesmo nas refeições dos bra-sileiros.

Além disso, algumas espécies es-tão com estoques bem menores do queno passado. O volume de sardinhascapturadas na costa brasileira caiu70% nos últimos cinco anos.

“O mar do Brasil não tem fossasmarítimas (abismos no fundo domar), lugares onde se acumulam osnutrientes que alimentam os peixes eoutros animais. Além disso, as corren-tes de água que passam pelo Brasil sãomuito quentes. Assim, acontece o fe-nômeno da estratificação térmica: ficamuito frio lá embaixo e muito quentelá em cima, e o nutriente não circula,por causa da diferença de densidade

das águas com temperaturas diferen-tes”, explica o professor Luis Alejan-dro Vinatea Arana. “O Brasil, em ter-mos de pesca, é pobre; não há dúvidadisso. O limite de captura sustentávelprovavelmente já foi atingido”, acres-centa o especialista.

No exterior, há quem fale em ame-aça de colapso da pesca mundial. Osbiólogos canadenses Ransom Myers eBoris Worm, da Universidade de Da-lhouse, divulgaram um estudo afir-mando que nos últimos 50 anos apesca industrial reduziu em 90% a po-pulação dos grandes peixes oceânicos,como o bacalhau do Porto, o atum eo espadarte. Segundo eles, pelo me-nos um terço das 25 mil espécies ma-rinhas conhecidas está ameaçado deextinção.

Em 2001, somando a pesca indus-trial e a artesanal, foram pescados 92milhões de toneladas, volume 60%maior do que na década de 70. É umataque do qual os oceanos não conse-guem se recuperar. Outro problema éque a pesca industrial é feita com gran-des redes, que “varrem” o fundo domar e trazem junto golfinhos, tarta-rugas marinhas, tubarões e outras es-pécies que não têm valor comercial e

acabam morrendo. Segundo os espe-cialistas, um quarto de tudo que é pre-so nas redes acaba sendo desprezadocomo lixo.

A principal meta da Secretaria Es-pecial da Pesca é elevar a produção depescados de 980 mil toneladas anuaispara 1,45 milhão de toneladas, nospróximos quatro anos. No mesmo pe-ríodo, o governo pretende criar maisde 150 mil empregos diretos e 400 milindiretos para dobrar a renda geradapelo segmento. Atualmente, o Brasilocupa o 27º lugar no ranking dos mai-ores produtores mundiais de pescados.

Em junho, o secretário especial daPesca divulgou um pacote de medi-das para atingir as metas definidas.Uma delas é permitir o acesso do se-tor pesqueiro a financiamentos doBanco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES), novalor de R$ 1,5 bilhão, para a cons-trução de embarcações de pesca oceâ-nica. O objetivo é incentivar a produ-ção de navios no Brasil e a moderni-zação da atividade.

Outra medida é conceder financi-amento do Pronaf-Pesca (ProgramaNacional de Apoio à Agricultura Fa-miliar) aos pescadores artesanais, des-tinando R$ 55 milhões para a com-pra e reforma de barcos de até 10 to-neladas.

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Em 1990 a atividade produziu

20 mil toneladasde pescados,

gerando uma receita de

US$ 100 milhões.Em 2002, foram

210 mil toneladase uma receita de

US$ 830 milhões.É um crescimento de

925%

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m completo Laboratório deAcionamento Eletrônico,com 12 bancadas didáticas,foi doado pela WEG aoCentro Politécnico Geraldo

Werninghaus, em Jaraguá do Sul. Olaboratório, no valor de R$ 292 mil,será utilizado para aulas práticas de ele-trônica industrial e acionamentos docurso técnico em Eletrônica.

Segundo o diretor da escola, Al-feu Hermenegildo, o Centro Politéc-nico é resultado de uma mobilizaçãode empresários de Jaraguá, entre elesum dos fundadores da WEG e ex-pre-feito da cidade, Geraldo Werninghaus.

A escola é mantida com apoio des-tas entidades, da Prefeitura e da Unerj,além das mensalidades. Os recursos

“Desde 1994, essa mobilização dosempresários ante as autoridades deBrasília fundamentou uma nova op-ção de ensino técnico profissionalizan-te para a região”, afirma Hermegildo.

Assim surgiu o Centro Politécni-co, uma escola de caráter comunitá-rio, fundada em dezembro do anopassado, ao lado da Unerj (CentroUniversitário de Jaraguá do Sul). Amantenedora do Centro é a Associa-ção Politécnica de Jaraguá do Sul(Apolitec), que tem como presidentea reitora da Unerj, Carla Schreiner, ecomo vice, o presidente executivo daWEG, Décio da Silva. O conselhocurador da Apolitec é formado porassociações de classe que reúnem em-presas da região.

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para a construção do prédio e comprados laboratórios são fruto de um con-vênio com o MEC, de R$ 1,1 milhão.

A Apolitec oferece três cursos: Ele-trônica com Habilitação em Aciona-mentos, Construção Civil com Habi-litação em Edificações e Informáticacom Habilitação em Sistema de In-formações e Especialização em Design.“Os cursos foram definidos a partirde pesquisas de demanda e do inte-resse das empresas da região”, explicao diretor.

De acordo com Hermenegildo, oprojeto é transformar a escola numcentro de tecnologia aplicada, ligadoà Unerj, oferecendo cursos técnicos depós-médio e cursos de terceiro graupara formação de tecnólogos.

Os laços entre a escola e a univer-sidade já são fortes. A doação do la-boratório foi feita pela WEG à Unerj,que repassou ao Centro.

A empresa mantém parceria coma Unerj em pesquisa e desenvolvimen-to. O projeto de maior destaque é apesquisa para desenvolver geradoreselétricos síncronos com rendimentoem média 2,5 pontos percentuais su-perior aos atuais. Este projeto, orçadoem R$ 865 mil, é dividido entreWEG, Unerj e a Financiadora de Es-tudos e Projetos - Finep.

Outros projetos estão em fase deaprovação. As parcerias da WEG comentidades de ensino locais, além de fa-zerem parte dos compromissos da em-presa com a comunidade e com a edu-cação, contribuem para desenvolver apesquisa acadêmica e aproximar alu-nos e professores do mercado de tra-balho.

Piscicultura - criação de peixes.Carcinicultura - criação de ca-marões.Maricultura - criação de espé-cies marinhas.Aqüicultura - criação de espé-cies aquáticas.Mitilicultura - cultivo de ma-riscos.Ostreicultura - cultivo de os-tras.

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Para o professor Luis Vinatea, ofuturo está no cultivo de peixes, ca-marões e moluscos em fazendas aqu-áticas, promovendo a multiplicaçãosem precisar de milagre. Ele afirmaque o projeto da Secretaria Especialda Pesca - de investir na frota de em-barcações - é meio arriscado. “Puxan-do a brasa para a nossa sardinha, essedinheiro deveria ser investido emaqüicultura”, afirma.

O Brasil produziu, no ano passa-do, 210 mil toneladas de pescados emambiente cultivado. Deste volume,cerca de 70% (aproximadamente 147mil toneladas) são formados por pei-xes de água doce e o restante por ca-marão (60 mil toneladas), sobrandoum pequeno percentual para a cria-ção de mariscos.

Segundo empresas que fornecemequipamentos para os criadores depeixes e camarões, o setor cresce en-tre 25% e 30% ao ano no país. A cri-ação de camarões, em especial, cres-ce 50% ao ano, diante de uma mé-dia mundial de crescimento de 8%,segundo dados da Associação Brasi-leira de Criadores de Camarão(ABCC). O Brasil tem a maior pro-dutividade do mundo na criação decamarão: 5,4 mil kg/ha, ao ano. Oscriadores conseguem isso utilizandoração de boa qualidade, bandejas dealimentação e aeradores, que movi-mentam a água e promovem a oxige-nação.

Os maiores produtores são os es-tados do Nordeste, como Rio Gran-de do Norte, Ceará, Bahia e Pernam-buco. Em Santa Catarina, a ativida-de vem crescendo muito. SegundoVinatea, em 1999 havia no estadotrês fazendas. Hoje são 70!

A criação de peixes marinhos ain-da é apenas objeto de pesquisa nopaís, mas o professor Vinatea afirmaque o futuro é esse. Já a pisciculturade água doce tem um bom desenvol-vimento. Segundo Alex Pires de Oli-veira Nuñer, também professor do

curso de Aqüicultura da UFSC, acaptura comercial de peixes nos riosdo Brasil já degradou o estoque dasespécies, e a criação em cativeiro se-ria a maneira de dar uma folga à ex-ploração dos recursos naturais, ofe-recendo uma alternativa para quemvive da pesca.

Nuñer afirma que os grandes es-tados produtores são os do Sul, e queas espécies mais cultivadas são a car-pa, de origem européia ou chinesa, ea tilápia, originária da África. Segun-do ele, a produção de peixes em cati-veiro no Brasil começou a ser inten-sificada há cerca de 20 anos, e nosúltimos tempos é que tem sido enca-rada como uma atividade comercial

autônoma e lucrativa, em vez de algocomplementar à pecuária ou agricul-tura.

Há grandes empreendimentos emvárias regiões, muitos com diversifi-cação das espécies cultivadas. NaAmazônia, a Amazonas Eco Peixe,empresa que faz parte de um grupochamado Projeto Pacu, está montan-do um empreendimento para produ-zir 2 mil toneladas de pirarucu porano. No Mato Grosso do Sul, o Pro-jeto Pacu produz alevinos e pós-lar-vas de pacu, pintado, dourado e ou-tras espécies nativas para criadores depeixes. Na região Sul daquele estado,onde o setor cresce 25% ao ano, acriação de peixes dobrou nos últimostrês anos. Saem de lá entre 10 e 15toneladas de peixes por mês, a maio-ria espécies nativas do Pantanal.Grande parte da produção é expor-tada.

O Laboratório de Biologia e Cul-tivo de Peixes de Água Doce da UFSCtrabalha na criação de espécies nati-vas em cativeiro, para diversificar ostipos de peixes produzidos e promo-ver, quando necessário, o repovoa-mento dos rios. O trabalho dá ênfaseao dourado, à piava, à piracanjuba,ao suruvi e ao curimbatá.

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A WEG Exportadora está pas-sando por mudanças a fim de serreestruturada para aumentarainda mais a participação nomercado externo. Neste ano aWEG vai exportar mais de 40%de seu faturamento, e até 2005 aproporção deve se inverter. DouglasConrado Stange assume como di-retor superintendente da WEX-Américas/Oriente/África/Australá-sia. Roberto Bauer, ex-diretor daWEG Máquinas, assume como di-retor superintendente da WEX-Eu-ropa e Rússia.

Além disso, há outras mudan-ças. Sinésio Tenfen, que era gerentedo Centro de Negócios de Energia,foi nomeado diretor superintenden-te da WEG Máquinas. E, em janei-ro de 2004, o atual diretor da WEGPortugal, Martin Werninghaus, seráo novo diretor superintendente daWEG Química, em substituição aJaime Richter, que assumiu a dire-toria de Marketing Corporativa. Odiretor da WEG Portugal será LuisGustavo Iensen, atual gerente deVendas da WEG Exportadora.

Em julho começou a operar umafilial comercial da empresa na Co-lômbia e, em agosto, uma no Chile.A WEG Chile será em Santiago (ca-pital) e é resultado de uma associa-ção com a TGC, representanteWEG no país (90% do capital seráda WEG e 10% da TGC). O seudiretor será Fernando Garcia, até en-tão diretor da WEG Venezuela.

A direção desta última passaráàs mãos de Ramiro Schmitz, que eragerente de Vendas da WEG Moto-res na Banweg. Ele acumulará tam-bém a função de diretor da WEG

Colômbia, instalada em Santa Fé deBogotá. Na Colômbia, será criado umcargo de gerência a ser ocupado porMarco Antônio S. de Campos, analis-ta de Vendas Técnicas da WEG Moto-res.

Agora são 16 as filiais no exterior:México, Argentina (3), Venezuela, Por-tugal, Alemanha, França, Itália, Espa-nha, Suécia, Inglaterra, Bélgica, EUA,

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Austrália, Japão e as novas no Chilee na Colômbia. As quatro fábricasda WEG fora do Brasil estão na Ar-gentina (2), México e Portugal.

A WEG também fechou parce-ria comercial com a gigante japone-sa Mitsui, para a comercialização edistribuição na região asiática demotores elétricos e outros equipa-mentos.

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WEG investena construçãode novosparques fabris eabre filiais noexterior, paraser a lídermundial

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WR - Por que o governo Lulacriou a Secretaria Nacional da Pes-ca e Aqüicultura?

José Fritsch - A secretaria foi cri-ada para fomentar o desenvolvimen-to da aqüicultura e da pesca, algo quenão existia no tempo da Sudepe. An-tes da Secretaria, existia apenas a po-lítica do Ibama, mais restritiva, de fis-calização e ordenamento. O Ministé-rio da Agricultura tinha um setor quecuidava deste segmento, e que agorafoi absorvido pela Secretaria Nacio-nal da Pesca. Mas o Ibama continuacom a missão de fiscalizar. A Secreta-ria estabelece as diretrizes, a políticanacional para o setor.

WR - O que falta para que o se-tor pesqueiro se desenvolva no país?

Fritsch - Nós temos problemas aresolver, para dar um grande salto emtermos de produção. O empresárioinveste pouco em aqüicultura, hoje,pela falta de uma continuidade, decomeço, meio e fim de um projeto.Como essas regras não estão bem cla-ra, ficam sujeitas a muitas intercepta-ções do poder público, que acabaminviabilizando a continuidade de umprojeto. Queremos, então, resolverdois problemas: o das licenças ambi-entais na área da piscicultura, da ma-

ricultura e da produção de camarão eo uso da água pública. A criação decamarão, por exemplo, exige uma po-lítica de zoneamento, para definir asáreas em que é possível criar camarão,enquanto as outras duas não precisamdesse zoneamento. Precisam apenas dealguns procedimentos, que desembo-cam na licença ambiental. Um pro-blema é que, no Brasil, cada estadotem sua política de licenciamento. Háestados que proíbem, por exemplo, acriação de peixes exóticos, como a car-pa e a tilápia.

WR - Qual o problema com aágua pública?

Fritsch - O produtor precisa deuma licença, uma cessão para utilizara água pública (açudes, lagos...) naprodução de camarão ou peixe. Nestecaso, compete à Secretaria Nacionalda Pesca licenciar e liberar essas áreas.A cessão de uso vai permitir, de acor-do com a espécie de peixe ou crustá-ceo a ser cultivada, que o produtorexerça sua atividade por um determi-nado tempo, 10, 15 anos...

WR - Quais as metas da Secre-taria?

Fritsch - O Brasil produz cerca de1 milhão de toneladas de peixes e fru-

tos do mar anualmente. Nossa meta échegar a 1,6 milhão de toneladas/anono próximo quadriênio. Para alcan-çar este objetivo, contamos com umincremento da pesca oceânica (emáguas profundas), a produção de ca-marão, a aqüicultura e a maricultura.Na área de aqüicultura, de água doce,neste ano nós teremos um crescimen-to de 30% na produção e 100% naexportação, especialmente de cama-rão, tilápia e alguns peixes típicos daAmazônia e do Pantanal.

WR - Grande parte das baciashidrográficas brasileiras se originaem outros países; há diálogo comoutros governos a respeito do tema?

Fritsch - Estamos negociandoacordos com países vizinhos, do Uru-guai até as Guianas, para incrementara fiscalização. Precisamos estabelecerum sistema de licenciamento da pes-ca que leve em conta aspectos como apiracema, época em que os peixes so-bem os rios para procriar. Tambémprecisamos regularizar a pesca espor-tiva, como está fazendo o governo doMato Grosso do Sul, diminuindo aquantidade de peixes que cada pesca-dor pode levar. Isto trará conseqüên-cias positivas em termos de recupera-ção de espécies.

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Com o fim da Superintendência Nacional da Pesca -Sudepe -, há cerca de 15 anos, o Brasil acabou ficando semum órgão regulamentador e fomentador dodesenvolvimento da pesca. Nos últimos tempos, o Ministérioda Agricultura e o Ibama vinham controlando o setorpesqueiro. Agora, a regulamentação está a cargo da recém-criada Secretaria Nacional da Pesca e Aqüicultura,comandada pelo catarinense José Fritsch, ex-prefeito deChapecó. Nesta entrevista exclusiva concedida à WEG emRevista, Fritsch fala dos projetos da Secretaria e traça umpanorama da pesca, hoje, no Brasil.

WEG não pára de cres-cer, e inicia agora maisum ciclo de expansão dacapacidade produtiva,passo fundamental para

atingir a meta de ser a maior fabri-cante de motores do mundo até 2007.A empresa adquiriu um terreno de438,7 mil metros quadrados em Jara-guá do Sul para abrigar um novo par-que fabril, próximo ao Parque FabrilII, que tem cerca de 430 mil metrosquadrados. Assim, a área total daWEG envolvendo os dois parqueschegará a 868,7 mil metros quadra-dos.

Os investimentos da empresa emampliação e modernização devem che-gar a R$ 132,3 milhões neste ano, dosquais R$ 92,2 milhões serão destina-dos ao Brasil e o restante ao exterior.Até o momento, R$ 57,3 milhões já

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foram investidos no Brasil e R$ 13,8milhões no exterior.

O primeiro passo das ampliaçõesserá dado com o novo prédio da admi-nistração da WEG Motores (WMO).Ele terá área total de 5 mil metros qua-drados, e abrigará também a adminis-tração da WEG Exportadora.

“O crescimento da WEG estavaexigindo um espaço maior. A empre-sa está atendendo o mundo inteiro.As áreas de engenharia, de vendas ede apoio à produção têm que acom-panhar esse crescimento”, afirma odiretor superintendente da WMO,Moacyr Rogério Sens.

A WEG levou 30 anos para ocuparo Parque Fabril II. Hoje, o terreno de430 mil metros quadrados, que eraimenso em 1973, ficou pequeno. Estátomado por prédios administrativos efábricas. Mas a empresa continua cres-

cendo, e precisa de mais espaço.A primeira obra no novo parque

fabril começa em setembro deste ano.Será a da Serralheria da WEG Auto-mação (WAU). A partir de então, asconstruções, ampliações e mudançastomarão conta da paisagem seguindoum cronograma que vai até 2006. Emjaneiro de 2004, será iniciada a cons-trução do prédio da Expedição Merca-do Externo da WEG Exportadora(WEX), um depósito de contêineresduas vezes maior que o atual. No mes-mo mês começam as obras do prédioda Injeção de Peças de Alumínio (tam-pas e carcaças). Seis meses depois, emjaneiro de 2005, é a vez da construçãodo prédio da Fábrica VI, ampliando aprodução de motores. Também haveráobras de expansão da WEG Aciona-mentos (WA) e da WEG Máquinas(WM), no Parque Fabril II.

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WR - Como está a pesquisa, noBrasil, na área de pesca?

Fritsch - Nós estamos há cerca de15 anos sem uma política nacionalpara a área da pesca e da aqüicultura,desde o fim da Sudepe. As universi-dades, por sua vez, investem volunta-riamente, até com recursos próprios,em pesquisa na maricultura, na pisci-cultura... Por tudo isso, eu diria que oBrasil está bem servido em pesquisa edesenvolvimento nesta área.

WR - Qual sua mensagem parao jovem que está entrando na facul-dade de Aqüicultura, Engenharia dePesca ou Oceanografia?

Fritsch - O Brasil vai dar um saltode qualidade em termos de produção,e vai chegar a uma posição de desta-que na produção de peixe em águadoce, na maricultura e na “camarocul-tura”. Nós vamos implantar uns cin-co ou seis centros de excelência em me-lhoramento genético. Ou seja: vamosprecisar que cada vez mais jovens ad-quiram formação na área. Campo paraeles vai ter muito, com certeza.

WR - Qual é a imagem do Bra-sil no mercado mundial?

Fritsch - O Brasil é hoje uma re-ferência mundial em produção de ca-marão, por exemplo. A nossa políticade incentivo determina que todas aslinhas de crédito sejam destinadas àcadeia produtiva - estimular a produ-ção, a industrialização e o mercado.

WR - É verdade que a costa bra-sileira não tem peixe suficiente?

Fritsch - Há uma informaçãoequivocada aí. Nós temos uma redu-ção no volume de pescado no litoralpróximo, nas águas até 100 ou 150metros de profundidade, onde todosos nossos barcos pescam. O que pre-cisamos - e vamos implantar - é umapolítica de modernização da frota pes-queira, para fazer a pesca oceânica. Oproblema não é falta de peixe; é nossafrota pesqueira, quase inexistente. Es-tamos trabalhando em linhas de cré-dito para modernizar nossa frota.

ROBERTO SZABUNIA

No campo social, o governo vaienviar ao Congresso Nacional umprojeto de lei que propõe a reduçãode três para um ano do tempo de re-gistro exigido para que o pescadortenha acesso ao seguro-desemprego. Ogoverno quer ainda reduzir o anal-fabetismo, que hoje atinge 70% dos

O sertão não virou mar, mas já dápeixe e camarão, com o desenvolvi-mento de projetos de aqüicultura noNordeste. Um deles é o da Universi-dade Federal de Campina Grande, naParaíba, realizado na comunidade dePoleiros, em Barra de Santa Rosa. Oprojeto tem como base a tecnologiade dessalinização da água. A água re-tirada dos poços no sertão é salobra, eprecisa passar por um equipamentode retirada do sal. Os resíduos de águasalgada eram jogados no solo, que setornava ainda mais salgado. A univer-sidade criou um projeto para aprovei-tar esse rejeito na criação de camarãoe tilápia e na irrigação de uma plantaaustraliana conhecida como erva-sal,que absorve o sal do solo. Oito famí-lias trabalham no projeto. Além de ali-mento, a aqüicultura está gerandouma renda complementar de R$200,00 para cada família.

A idéia de aproveitar água de so-los profundos no semi-árido nordes-tino para consumo humano, uso agrí-cola e armazenamento em tanques deprodução de peixes também reuniutrês institutos de pesquisa: o Centrode Tecnologia Mineral, o Observató-rio Nacional e o Instituto de Radio-proteção e Dosimetria.

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pescadores. Foi anunciado o Progra-ma Pescando Letras, que, até dezem-bro deste ano, vai beneficiar 65 miltrabalhadores e cuja meta é acabarcom o analfabetismo de 600 mil pes-cadores até 2006. O Ministério daEducação vai disponibilizar, nesteano, R$ 6 milhões para o programa.

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A aqüicultura já abastece 20%da oferta pesqueira mundial enão pára de crescer.A maior produtora mundial depeixes e camarões de cultivo é aregião do Sudeste Asiático, queresponde por 90% da produ-ção.

Rolamentos com Dupla VedaçãoConstrução da blindagem com placa de vedação em borracha nitrílica

reforçada com alma de aço, cuja finalidade é evitar a entrada de água parao interior do rolamento; possui boa retenção da graxa no interior do rola-mento, ótima proteção contra a contaminação e oxidação dos elementosgirantes.

Plano de Pintura para Ambientes MarítimosPara aumentar a resistência à corrosão, a WEG recomenda o uso do

plano de pintura com epoxy. Este sistema proporciona melhor proteção con-tra a corrosão passiva no motor, realizado com três demãos de pintura.

Primeira etapa: uma demão com espessura de 90 a 100 �m com etil desilicato de zinco.

Etapa intermediária: uma demão com espessura entre 120 e 140 �mde epoxy.

Acabamento: duas de mãos com espessura entre 80 a 100 �m comacabamento à base de poliuretano alifático de alta pressão.

Elementos de fixaçãoOs parafusos utilizados podem ser de aço inox, para proporcionar me-

lhor proteção à corrosão e facilitar a desmontagem.

Sistema de vedação especialEncaixe tampa x carcaça

Utilizado na vedação dos encaixes tampacarcaça para proteger a possí-vel entrada de contaminantes para o interior do motor, proporcionandotambém maior facilidade para desmontagem dos componentes.Vedação da tampa e caixa de ligação

Foi desenvolvido novo sistema de junta de vedação para compensar aspossíveis irregularidades, eliminando a entrada de água para o interior domotor.Vedação dos parafusos de fixação

Os parafusos são protegidos com vedante especial, para proteger a entra-da de água para o interior do motor e facilitar a desmontagem para amanutenção.

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Como diferencial técnico, aWEG conta com a linha com-pleta de motores Alto Rendi-mento, que podem promoveruma redução de até 5% no con-sumo de energia.

A WEG também oferece aos cria-dores a possibilidade de automaçãodos aeradores. É possível unir um oxí-metro (que mede a quantidade de oxi-gênio na água) ao Controlador Lógi-co Programável (CLP) - neste caso, oCLIC WEG - e fazer com que o aera-dor ligue quando o oxigênio estiverbaixo. O CLIC faz a análise do nívelde oxigênio na água e, de acordo comuma programação, determina o fun-cionamento dos aeradores. “Isso per-mite economia de energia, pois o equi-pamento só fica ligado quando é ne-cessário, e mais segurança contra o ris-co de perda da produção por falta deoxigênio”, afirma Wilmar Trentini, devendas e aplicação de CLP da WEGAutomação. Com o CLIC também épossível programar os horários em queo aerador deve ser acionado.

Além disso, a WEG Acionamen-tos fornece os equipamentos para ma-nobrar o motor e protegê-lo contracurto-circuito, sobrecarga e falta defase.

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Desde o início de 2002, a WEGvem focando esforços no mercado daaqüicultura. “Um levantamento rea-lizado na época mostrou que 50% dosequipamentos instalados nas fazendasde criação eram oriundos de fabrican-tes asiáticos, na grande maioria de ori-gem chinesa”, conta o engenheiro deAplicação e Vendas Alberto Yoshika-zu Kuba.

A WEG realizou contatos com osprincipais fabricantes brasileiros e vi-sitas técnicas a fazendas. Como resul-tado, foi desenvolvida uma série deopcionais que variam desde o planode pintura, vedação especial, atéparafusos de fixação em aço inox.A WEG fornece para fabrican-tes como a Bernauer Aquacul-tura, de Blumenau (SC), Tre-visan Equipamentos Agroin-dustriais, de Palotina(PR), e Emicol Eletroele-trônica S.A., de Itu (SP).

Klaus Carlos Bernau-er, diretor-presidente daBernauer Aquacultura, afirma que sóusa motores WEG, pela qualidade e oatendimento às especificações. A em-presa produz oito modelos de aerado-res, e já exportou para a África, Por-tugal, Chile e Argentina. A empresaproduz também medidores, roupas es-peciais, caixas de transporte, classifi-cadoras, alimentadores e máquinaspara beneficiamento de pescados.Klaus Bernauer afirma que suas ven-das já cresceram quase 80% neste ano,com relação ao mesmo período de2002. A empresa tem 36 funcionári-os (fixos, temporários e terceirizados)e a previsão de faturamento para esteano, de acordo com Bernauer, é de 12a 14 milhões de reais.

A Trevisan Equipamentos Agroin-dustriais produz implementos agríco-las desde 1987 e começou a produziraeradores em 1991. A empresa, com50 funcionários, faz dois modelos deaeradores, com opções de motores de

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WR - O que ainda hoje te ligaao título Garota de Ipanema?

Helô - É um passado que ficouregistrado, um marco da história mu-sical do Brasil e na minha história pes-soal. É uma honra ter sido a musa ins-piradora de uma canção que corre omundo e até hoje faz sucesso. Nãoposso ser a “coroa de Ipanema”, ou“velhinha de Ipanema”, tem que ser agarota de Ipanema. E isso é bom por-que meu espírito é muito jovem.

WR - Você lembra das circuns-tâncias da criação da música?

Helô - Foi em 1962. Eu passavaem frente ao bar Veloso, em Ipane-ma, onde Tom e Vinícius costumavam

se encontrar. Quando eu passava porali eles fizeram a música. Três anosdepois a música fez sucesso no exteri-or, e o Vinícius resolveu declarar paratodo mundo quem era a garota ver-dadeira. Então fez de próprio punhouma declaração dizendo que eu era amusa inspiradora deles.

WR - Como carioca da gema, omar sempre deve ter tido grande im-portância na tua vida, certo?

Helô - O mar sempre foi impor-tante porque eu morava perto, pega-va “jacaré” nas ondas. Eu nasci emGrajaú e fui criada em Ipanema, ondepassei a juventude. Sempre fui muitomoleca de praia. Gostava de vôlei, dejogar raquete. Sempre tive essa afini-dade com a praia. “Doce balanço acaminho do mar...”.

WR - Você soube administrar oamadurecimento pessoal, físico eprofissional. Qual o segredo?

Helô - É preciso acreditar semprenas pessoas e em você mesmo. Hu-mildade é muito necessária. Aprendidesde criança a respeitar o próximo.Por isso, sempre fui benquista. Tenhopreocupação em não magoar as pes-soas. Eu acho que esse meu feeling éimportante na minha vida. E o corpo

�����������������Quarenta anos depois daprimeira interpretação de“Garota de Ipanema”,Heloísa Eneida MenezesPaes Pinto, ou HelôPinheiro, a musa daquelacanção, continuaencantando. Mãe dequatro filhos, Helô hojemora em São Paulo.Eternizada como a Garotade Ipanema, Helô esbanjaalegria e graça por ondequer que passe. E foi comessa simpatia que a eternaGarota concedeu estaentrevista exclusiva àWEG em Revista.

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Graças aos aeradores - cerca de 80,da marca Trevisan - e ao correto ma-nejo da produção, com monitoramen-to constante das condições da água,ele tem uma produtividade média de5 toneladas por hectare/ano. O agrô-nomo e técnico responsável pelas fa-zendas de Moreira, Fabrício Neves daSilva, afirma que sem a oxigenação daágua promovida pelo aerador, a pro-dução cairia à metade.

Em Santa Catarina, uma região emque está crescendo o número de fa-zendas de camarão é a de Barra de Sule São Francisco do Sul. Tem até fa-zenda com proprietário famoso. Cé-sar Prates, o lateral que jogou no In-ter e no Corinthians e hoje atua naEuropa, está montando uma fazendade criação de camarão em Barra doSul, onde pretende produzir 400 to-neladas por ano. O administrador doempreendimento é o sogro dele, Ira-cildo José Maria Andreatta. A propri-edade tem 65 hectares de lâmina deágua, com 130 aeradores, das marcasBernauer e Trevisan, que vão contri-buir para uma produtividade de 6,1toneladas por hectare. A vantagem deproduzir na região é o clima quente,que permite até três ciclos de produ-ção ao ano, enquanto que em Lagu-na, por exemplo, onde é mais frio, háapenas dois ciclos.

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1/4 a 10 HP. Segundo o proprietá-rio, Adenir Trevisan, seu maior mer-cado é o de criadores de camarão, esua previsão de crescimento das ven-das este ano é de cerca de 65% comrelação ao ano passado. Trevisan dizque vem usando cada vez mais mo-tores WEG em seus aeradores, pelaqualidade do equipamento e a forçadeste nome no mercado.

A Emicol Eletroeletrônica S.A.,além de fabricar componentes eletro-eletrônicos para eletrodomésticos, pro-duz o aerador modelo Cachoeira. Umdos sócios-proprietários da empresa,

Peter Friedrich, afirma que come-çou a se interessar pelo desenvol-vimento e produção de aeradoresem 1994. “Estamos investindo

muito neste mercado, que tempotencial”, diz Friedrich,que afirma ver na WEG umparceiro muito confiável.Segundo ele, o investimen-to em aeradores é irrisóriodiante do ganho de produ-

tividade.Os motores da WEG também são

usados em bombeadores flutuantes,que bombeiam água para os viveirosde camarões. A Inapi, de Maracanaú(CE), é um dos parceiros da WEGnesse ramo. A empresa, que tem 25anos, fabrica o produto desde 2001.Segundo o diretor presidente da Ina-pi, José de Ribamar Pinto Coelho,essa forma de bombeamento eliminaa casa de bombas. “A idéia é evitardespesas elevadas na construção e ma-nutenção da casa de bombas, que se-riam necessárias em virtude de ela serconstruída no mangue, solo que pro-voca rachaduras na estrutura”, expli-ca. Ele afirma ainda que esse tipo deequipamento é recomendado pela Se-cretaria do Meio Ambiente do Cea-rá, para evitar a degradação dosmangues. A capacidade de bombea-mento por hectare varia de 200 a 300m3/h, dependendo do tipo de solo.

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está conservado porque eu sempregostei de fazer dança.Não tenho aobsessão estética, mas procuro fazer acabeça e o corpo trabalharem para ummomento de satisfação pessoal.

WR - Você continua freqüentan-do praia?

Helô - Na praia a gente relaxa. Éum momento de sentir o cheiro domar, poder olhar o céu sem ter nadana tua frente. É um sentimento de li-berdade. Mas hoje moro em São Pau-lo, onde tenho a loja Garota de Ipa-nema, de roupas femininas, e não voucom tanta freqüência à praia. Abri hádois meses também uma loja Garotado Ipanema no Rio, ao lado do bar,na rua Vinícius de Moraes. Então ficonesse bate-bola entre Rio e São Paulo.

WR - Como você vê a questãoda degradação ambiental?

Helô - O mar é o mesmo, a praiaé a mesma. A coisa que mais preocu-pa, na verdade, é a falta de segurança.Antes a gente deixava as coisas emqualquer barraca, ia pro mar, voltavae as coisinhas estavam ali.

WR - Tua filha Kiki chegou a serapontada como a nova Garota deIpanema. Como foi isso?

Helô - A Kiki chegou a concorrerao Garota de Ipanema em 1988. Fezmuito sucesso. Hoje ela tem uma lojainfantil, em São Paulo, parou com ahistória da Garota, tem uma filha de6 anos. Das outras filhas, a Giorjanetrabalha com consultoria de RH e aTiciane é atriz. Ela fez a capa da Play-boy comigo. E tem ainda o Fernando,de 20 anos, o caçulinha.

WR - E as causas sociais?Helô - Costumo fazer apresenta-

ções especiais em eventos, e mantenhouma fundação ambiental, a Reliefe forLive Foundation.

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Já não bastaensinar a pescar;atualmente, maisprodutivo écriar peixes

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criação de peixes em cativei-ro (piscicultura) se desen-volveu no Brasil a partir dadécada de 80, com a intro-dução de novas tecnologi-

as. O modelo de produção foi trazidopor técnicos de uma empresa húngara,contratada pelo governo brasileiro paradesenvolver a piscicultura no país. O ob-jetivo era criar uma fonte de renda al-ternativa e gerar alimento de baixo cus-to para a população, principalmente doNordeste.

Dos peixes, chegou-se aos camarões.E da criação de pequeno porte passou-se ao desenvolvimento da atividade

como negócio. Um negócio que, alémde gerar riquezas, tem uma função am-biental: aumentar a produção de peixes,crustáceos e moluscos sem saturar os re-cursos naturais.

O Brasil tem se destacado na ativi-dade. Nas universidades, já existem qua-tro cursos de pós-graduação e dois degraduação. O país conta com grande ter-ritório, clima propício, mão-de-obra far-ta, certa estabilidade econômica e boainfra-estrutura, fatores determinantespara que o negócio da aqüicultura te-

nha êxito.Um importante

fator para o desen-volvimento da ativi-

dade é o uso de tec-nologias para au-mento de produtivi-

dade, como as raçõesespecialmente desenvolvi-

das para cada espécie, bandejasde alimentação, alimentadores au-

tomáticos e, nos últimos tempos, osaeradores. De acordo com especialistas,a produção de camarões e peixes em ca-tiveiro pode até triplicar com a adoçãode aeradores. Essa tecnologia é baseadaem pás ou hélices que, movidas por ummotor elétrico, fazem a água circular eabsorver oxigênio da atmosfera. Além depromover a incorporação de oxigênio,essencial para o desenvolvimento do pei-xe ou camarão, o equipamento faz comque a água quente desça e a fria subadentro do viveiro, homogeneizando atemperatura.

Graças às tecnologias utilizadas, oBrasil é o país com a maior produtivida-de do mundo na criação de camarão,segundo a Associação Brasileira de Cri-adores de Camarão (ABCC), com umamédia de 5,4 toneladas por hectare/ano.O maior estado produtor de camarão éo Rio Grande do Norte, onde, ainda se-gundo a ABCC, há 280 criadores.

Um deles é a Tecnarão Tecnologia deCamarão, que produz atualmente cercade 1.500 toneladas por ano do crustá-ceo. O proprietário da empresa, LuisCarlos Aldatz, conta que a produção decamarão começou em 1996, com 25hectares de lâmina de água (tanque comcerca de 1,3 metro de profundidade) euma produtividade de 5 toneladas porhectare/ano.

Vendo a receptividade do mercado ea necessidade de aumentar a produção,Aldatz começou a usar aeradores em1999. No começo foram 50. Hoje, aTecnarão tem 300 equipamentos (dasmarcas Trevisan e Emicol), operando em110 hectares de lâmina d´água, com umaprodutividade de 10 toneladas anuaispor hectare. A empresa possui também,desde o ano passado, uma outra fazen-da, com mais cerca de 90 hectares, ondeainda não utiliza aeradores. A produçãode camarão é quase toda exportada(90%). Os países compradores são osEUA, França e Espanha.

Depois dos estados do Nordeste,Santa Catarina é o maior produtor dopaís. Em 1999 havia três fazendas noestado, agora são 70. Um dos primeirosempreendedores da região foi AdílioMoreira, que tem duas fazendas em La-guna - cidade que concentra a maiorparte das fazendas catarinenses. A áreatotal é de cerca de 30 hectares, produ-zindo aproximadamente 150 toneladaspor ano. Moreira passou a investir nacarcinicultura (criação de camarões) apartir de 1999, incentivado pelo Progra-ma Estadual de Produção de CamarãoCultivado, parceria entre o governo doestado, a Universidade Federal de SantaCatarina e a Epagri (Empresa de PesquisaAgropecuária e Extensão Rural de SantaCatarina).

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Dos peixes, chegou-se aos camarões.E da criação de pequeno porte passou-se ao desenvolvimento da atividade

como negócio. Um negócio que, alémde gerar riquezas, tem uma função am-biental: aumentar a produção de peixes,crustáceos e moluscos sem saturar os re-cursos naturais.

O Brasil tem se destacado na ativi-dade. Nas universidades, já existem qua-tro cursos de pós-graduação e dois degraduação. O país conta com grande ter-ritório, clima propício, mão-de-obra far-ta, certa estabilidade econômica e boainfra-estrutura, fatores determinantespara que o negócio da aqüicultura te-

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Graças às tecnologias utilizadas, oBrasil é o país com a maior produtivida-de do mundo na criação de camarão,segundo a Associação Brasileira de Cri-adores de Camarão (ABCC), com umamédia de 5,4 toneladas por hectare/ano.O maior estado produtor de camarão éo Rio Grande do Norte, onde, ainda se-gundo a ABCC, há 280 criadores.

Um deles é a Tecnarão Tecnologia deCamarão, que produz atualmente cercade 1.500 toneladas por ano do crustá-ceo. O proprietário da empresa, LuisCarlos Aldatz, conta que a produção decamarão começou em 1996, com 25hectares de lâmina de água (tanque comcerca de 1,3 metro de profundidade) euma produtividade de 5 toneladas porhectare/ano.

Vendo a receptividade do mercado ea necessidade de aumentar a produção,Aldatz começou a usar aeradores em1999. No começo foram 50. Hoje, aTecnarão tem 300 equipamentos (dasmarcas Trevisan e Emicol), operando em110 hectares de lâmina d´água, com umaprodutividade de 10 toneladas anuaispor hectare. A empresa possui também,desde o ano passado, uma outra fazen-da, com mais cerca de 90 hectares, ondeainda não utiliza aeradores. A produçãode camarão é quase toda exportada(90%). Os países compradores são osEUA, França e Espanha.

Depois dos estados do Nordeste,Santa Catarina é o maior produtor dopaís. Em 1999 havia três fazendas noestado, agora são 70. Um dos primeirosempreendedores da região foi AdílioMoreira, que tem duas fazendas em La-guna - cidade que concentra a maiorparte das fazendas catarinenses. A áreatotal é de cerca de 30 hectares, produ-zindo aproximadamente 150 toneladaspor ano. Moreira passou a investir nacarcinicultura (criação de camarões) apartir de 1999, incentivado pelo Progra-ma Estadual de Produção de CamarãoCultivado, parceria entre o governo doestado, a Universidade Federal de SantaCatarina e a Epagri (Empresa de PesquisaAgropecuária e Extensão Rural de SantaCatarina).

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A WEG realizou contatos com osprincipais fabricantes brasileiros e vi-sitas técnicas a fazendas. Como resul-tado, foi desenvolvida uma série deopcionais que variam desde o planode pintura, vedação especial, atéparafusos de fixação em aço inox.A WEG fornece para fabrican-tes como a Bernauer Aquacul-tura, de Blumenau (SC), Tre-visan Equipamentos Agroin-dustriais, de Palotina(PR), e Emicol Eletroele-trônica S.A., de Itu (SP).

Klaus Carlos Bernau-er, diretor-presidente daBernauer Aquacultura, afirma que sóusa motores WEG, pela qualidade e oatendimento às especificações. A em-presa produz oito modelos de aerado-res, e já exportou para a África, Por-tugal, Chile e Argentina. A empresaproduz também medidores, roupas es-peciais, caixas de transporte, classifi-cadoras, alimentadores e máquinaspara beneficiamento de pescados.Klaus Bernauer afirma que suas ven-das já cresceram quase 80% neste ano,com relação ao mesmo período de2002. A empresa tem 36 funcionári-os (fixos, temporários e terceirizados)e a previsão de faturamento para esteano, de acordo com Bernauer, é de 12a 14 milhões de reais.

A Trevisan Equipamentos Agroin-dustriais produz implementos agríco-las desde 1987 e começou a produziraeradores em 1991. A empresa, com50 funcionários, faz dois modelos deaeradores, com opções de motores de

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WR - Você lembra das circuns-tâncias da criação da música?

Helô - Foi em 1962. Eu passavaem frente ao bar Veloso, em Ipane-ma, onde Tom e Vinícius costumavam

se encontrar. Quando eu passava porali eles fizeram a música. Três anosdepois a música fez sucesso no exteri-or, e o Vinícius resolveu declarar paratodo mundo quem era a garota ver-dadeira. Então fez de próprio punhouma declaração dizendo que eu era amusa inspiradora deles.

WR - Como carioca da gema, omar sempre deve ter tido grande im-portância na tua vida, certo?

Helô - O mar sempre foi impor-tante porque eu morava perto, pega-va “jacaré” nas ondas. Eu nasci emGrajaú e fui criada em Ipanema, ondepassei a juventude. Sempre fui muitomoleca de praia. Gostava de vôlei, dejogar raquete. Sempre tive essa afini-dade com a praia. “Doce balanço acaminho do mar...”.

WR - Você soube administrar oamadurecimento pessoal, físico eprofissional. Qual o segredo?

Helô - É preciso acreditar semprenas pessoas e em você mesmo. Hu-mildade é muito necessária. Aprendidesde criança a respeitar o próximo.Por isso, sempre fui benquista. Tenhopreocupação em não magoar as pes-soas. Eu acho que esse meu feeling éimportante na minha vida. E o corpo

�����������������Quarenta anos depois daprimeira interpretação de“Garota de Ipanema”,Heloísa Eneida MenezesPaes Pinto, ou HelôPinheiro, a musa daquelacanção, continuaencantando. Mãe dequatro filhos, Helô hojemora em São Paulo.Eternizada como a Garotade Ipanema, Helô esbanjaalegria e graça por ondequer que passe. E foi comessa simpatia que a eternaGarota concedeu estaentrevista exclusiva àWEG em Revista.

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Graças aos aeradores - cerca de 80,da marca Trevisan - e ao correto ma-nejo da produção, com monitoramen-to constante das condições da água,ele tem uma produtividade média de5 toneladas por hectare/ano. O agrô-nomo e técnico responsável pelas fa-zendas de Moreira, Fabrício Neves daSilva, afirma que sem a oxigenação daágua promovida pelo aerador, a pro-dução cairia à metade.

Em Santa Catarina, uma região emque está crescendo o número de fa-zendas de camarão é a de Barra de Sule São Francisco do Sul. Tem até fa-zenda com proprietário famoso. Cé-sar Prates, o lateral que jogou no In-ter e no Corinthians e hoje atua naEuropa, está montando uma fazendade criação de camarão em Barra doSul, onde pretende produzir 400 to-neladas por ano. O administrador doempreendimento é o sogro dele, Ira-cildo José Maria Andreatta. A propri-edade tem 65 hectares de lâmina deágua, com 130 aeradores, das marcasBernauer e Trevisan, que vão contri-buir para uma produtividade de 6,1toneladas por hectare. A vantagem deproduzir na região é o clima quente,que permite até três ciclos de produ-ção ao ano, enquanto que em Lagu-na, por exemplo, onde é mais frio, háapenas dois ciclos.

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1/4 a 10 HP. Segundo o proprietá-rio, Adenir Trevisan, seu maior mer-cado é o de criadores de camarão, esua previsão de crescimento das ven-das este ano é de cerca de 65% comrelação ao ano passado. Trevisan dizque vem usando cada vez mais mo-tores WEG em seus aeradores, pelaqualidade do equipamento e a forçadeste nome no mercado.

A Emicol Eletroeletrônica S.A.,além de fabricar componentes eletro-eletrônicos para eletrodomésticos, pro-duz o aerador modelo Cachoeira. Umdos sócios-proprietários da empresa,

Peter Friedrich, afirma que come-çou a se interessar pelo desenvol-vimento e produção de aeradoresem 1994. “Estamos investindo

muito neste mercado, que tempotencial”, diz Friedrich,que afirma ver na WEG umparceiro muito confiável.Segundo ele, o investimen-to em aeradores é irrisóriodiante do ganho de produ-

tividade.Os motores da WEG também são

usados em bombeadores flutuantes,que bombeiam água para os viveirosde camarões. A Inapi, de Maracanaú(CE), é um dos parceiros da WEGnesse ramo. A empresa, que tem 25anos, fabrica o produto desde 2001.Segundo o diretor presidente da Ina-pi, José de Ribamar Pinto Coelho,essa forma de bombeamento eliminaa casa de bombas. “A idéia é evitardespesas elevadas na construção e ma-nutenção da casa de bombas, que se-riam necessárias em virtude de ela serconstruída no mangue, solo que pro-voca rachaduras na estrutura”, expli-ca. Ele afirma ainda que esse tipo deequipamento é recomendado pela Se-cretaria do Meio Ambiente do Cea-rá, para evitar a degradação dosmangues. A capacidade de bombea-mento por hectare varia de 200 a 300m3/h, dependendo do tipo de solo.

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está conservado porque eu sempregostei de fazer dança.Não tenho aobsessão estética, mas procuro fazer acabeça e o corpo trabalharem para ummomento de satisfação pessoal.

WR - Você continua freqüentan-do praia?

Helô - Na praia a gente relaxa. Éum momento de sentir o cheiro domar, poder olhar o céu sem ter nadana tua frente. É um sentimento de li-berdade. Mas hoje moro em São Pau-lo, onde tenho a loja Garota de Ipa-nema, de roupas femininas, e não voucom tanta freqüência à praia. Abri hádois meses também uma loja Garotado Ipanema no Rio, ao lado do bar,na rua Vinícius de Moraes. Então ficonesse bate-bola entre Rio e São Paulo.

WR - Como você vê a questãoda degradação ambiental?

Helô - O mar é o mesmo, a praiaé a mesma. A coisa que mais preocu-pa, na verdade, é a falta de segurança.Antes a gente deixava as coisas emqualquer barraca, ia pro mar, voltavae as coisinhas estavam ali.

WR - Tua filha Kiki chegou a serapontada como a nova Garota deIpanema. Como foi isso?

Helô - A Kiki chegou a concorrerao Garota de Ipanema em 1988. Fezmuito sucesso. Hoje ela tem uma lojainfantil, em São Paulo, parou com ahistória da Garota, tem uma filha de6 anos. Das outras filhas, a Giorjanetrabalha com consultoria de RH e aTiciane é atriz. Ela fez a capa da Play-boy comigo. E tem ainda o Fernando,de 20 anos, o caçulinha.

WR - E as causas sociais?Helô - Costumo fazer apresenta-

ções especiais em eventos, e mantenhouma fundação ambiental, a Reliefe forLive Foundation.

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WR - Como está a pesquisa, noBrasil, na área de pesca?

Fritsch - Nós estamos há cerca de15 anos sem uma política nacionalpara a área da pesca e da aqüicultura,desde o fim da Sudepe. As universi-dades, por sua vez, investem volunta-riamente, até com recursos próprios,em pesquisa na maricultura, na pisci-cultura... Por tudo isso, eu diria que oBrasil está bem servido em pesquisa edesenvolvimento nesta área.

WR - Qual sua mensagem parao jovem que está entrando na facul-dade de Aqüicultura, Engenharia dePesca ou Oceanografia?

Fritsch - O Brasil vai dar um saltode qualidade em termos de produção,e vai chegar a uma posição de desta-que na produção de peixe em águadoce, na maricultura e na “camarocul-tura”. Nós vamos implantar uns cin-co ou seis centros de excelência em me-lhoramento genético. Ou seja: vamosprecisar que cada vez mais jovens ad-quiram formação na área. Campo paraeles vai ter muito, com certeza.

WR - Qual é a imagem do Bra-sil no mercado mundial?

Fritsch - O Brasil é hoje uma re-ferência mundial em produção de ca-marão, por exemplo. A nossa políticade incentivo determina que todas aslinhas de crédito sejam destinadas àcadeia produtiva - estimular a produ-ção, a industrialização e o mercado.

WR - É verdade que a costa bra-sileira não tem peixe suficiente?

Fritsch - Há uma informaçãoequivocada aí. Nós temos uma redu-ção no volume de pescado no litoralpróximo, nas águas até 100 ou 150metros de profundidade, onde todosos nossos barcos pescam. O que pre-cisamos - e vamos implantar - é umapolítica de modernização da frota pes-queira, para fazer a pesca oceânica. Oproblema não é falta de peixe; é nossafrota pesqueira, quase inexistente. Es-tamos trabalhando em linhas de cré-dito para modernizar nossa frota.

ROBERTO SZABUNIA

No campo social, o governo vaienviar ao Congresso Nacional umprojeto de lei que propõe a reduçãode três para um ano do tempo de re-gistro exigido para que o pescadortenha acesso ao seguro-desemprego. Ogoverno quer ainda reduzir o anal-fabetismo, que hoje atinge 70% dos

O sertão não virou mar, mas já dápeixe e camarão, com o desenvolvi-mento de projetos de aqüicultura noNordeste. Um deles é o da Universi-dade Federal de Campina Grande, naParaíba, realizado na comunidade dePoleiros, em Barra de Santa Rosa. Oprojeto tem como base a tecnologiade dessalinização da água. A água re-tirada dos poços no sertão é salobra, eprecisa passar por um equipamentode retirada do sal. Os resíduos de águasalgada eram jogados no solo, que setornava ainda mais salgado. A univer-sidade criou um projeto para aprovei-tar esse rejeito na criação de camarãoe tilápia e na irrigação de uma plantaaustraliana conhecida como erva-sal,que absorve o sal do solo. Oito famí-lias trabalham no projeto. Além de ali-mento, a aqüicultura está gerandouma renda complementar de R$200,00 para cada família.

A idéia de aproveitar água de so-los profundos no semi-árido nordes-tino para consumo humano, uso agrí-cola e armazenamento em tanques deprodução de peixes também reuniutrês institutos de pesquisa: o Centrode Tecnologia Mineral, o Observató-rio Nacional e o Instituto de Radio-proteção e Dosimetria.

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pescadores. Foi anunciado o Progra-ma Pescando Letras, que, até dezem-bro deste ano, vai beneficiar 65 miltrabalhadores e cuja meta é acabarcom o analfabetismo de 600 mil pes-cadores até 2006. O Ministério daEducação vai disponibilizar, nesteano, R$ 6 milhões para o programa.

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A aqüicultura já abastece 20%da oferta pesqueira mundial enão pára de crescer.A maior produtora mundial depeixes e camarões de cultivo é aregião do Sudeste Asiático, queresponde por 90% da produ-ção.

Rolamentos com Dupla VedaçãoConstrução da blindagem com placa de vedação em borracha nitrílica

reforçada com alma de aço, cuja finalidade é evitar a entrada de água parao interior do rolamento; possui boa retenção da graxa no interior do rola-mento, ótima proteção contra a contaminação e oxidação dos elementosgirantes.

Plano de Pintura para Ambientes MarítimosPara aumentar a resistência à corrosão, a WEG recomenda o uso do

plano de pintura com epoxy. Este sistema proporciona melhor proteção con-tra a corrosão passiva no motor, realizado com três demãos de pintura.

Primeira etapa: uma demão com espessura de 90 a 100 �m com etil desilicato de zinco.

Etapa intermediária: uma demão com espessura entre 120 e 140 �mde epoxy.

Acabamento: duas de mãos com espessura entre 80 a 100 �m comacabamento à base de poliuretano alifático de alta pressão.

Elementos de fixaçãoOs parafusos utilizados podem ser de aço inox, para proporcionar me-

lhor proteção à corrosão e facilitar a desmontagem.

Sistema de vedação especialEncaixe tampa x carcaça

Utilizado na vedação dos encaixes tampacarcaça para proteger a possí-vel entrada de contaminantes para o interior do motor, proporcionandotambém maior facilidade para desmontagem dos componentes.Vedação da tampa e caixa de ligação

Foi desenvolvido novo sistema de junta de vedação para compensar aspossíveis irregularidades, eliminando a entrada de água para o interior domotor.Vedação dos parafusos de fixação

Os parafusos são protegidos com vedante especial, para proteger a entra-da de água para o interior do motor e facilitar a desmontagem para amanutenção.

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Como diferencial técnico, aWEG conta com a linha com-pleta de motores Alto Rendi-mento, que podem promoveruma redução de até 5% no con-sumo de energia.

A WEG também oferece aos cria-dores a possibilidade de automaçãodos aeradores. É possível unir um oxí-metro (que mede a quantidade de oxi-gênio na água) ao Controlador Lógi-co Programável (CLP) - neste caso, oCLIC WEG - e fazer com que o aera-dor ligue quando o oxigênio estiverbaixo. O CLIC faz a análise do nívelde oxigênio na água e, de acordo comuma programação, determina o fun-cionamento dos aeradores. “Isso per-mite economia de energia, pois o equi-pamento só fica ligado quando é ne-cessário, e mais segurança contra o ris-co de perda da produção por falta deoxigênio”, afirma Wilmar Trentini, devendas e aplicação de CLP da WEGAutomação. Com o CLIC também épossível programar os horários em queo aerador deve ser acionado.

Além disso, a WEG Acionamen-tos fornece os equipamentos para ma-nobrar o motor e protegê-lo contracurto-circuito, sobrecarga e falta defase.

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WEG investena construçãode novosparques fabris eabre filiais noexterior, paraser a lídermundial

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WR - Por que o governo Lulacriou a Secretaria Nacional da Pes-ca e Aqüicultura?

José Fritsch - A secretaria foi cri-ada para fomentar o desenvolvimen-to da aqüicultura e da pesca, algo quenão existia no tempo da Sudepe. An-tes da Secretaria, existia apenas a po-lítica do Ibama, mais restritiva, de fis-calização e ordenamento. O Ministé-rio da Agricultura tinha um setor quecuidava deste segmento, e que agorafoi absorvido pela Secretaria Nacio-nal da Pesca. Mas o Ibama continuacom a missão de fiscalizar. A Secreta-ria estabelece as diretrizes, a políticanacional para o setor.

WR - O que falta para que o se-tor pesqueiro se desenvolva no país?

Fritsch - Nós temos problemas aresolver, para dar um grande salto emtermos de produção. O empresárioinveste pouco em aqüicultura, hoje,pela falta de uma continuidade, decomeço, meio e fim de um projeto.Como essas regras não estão bem cla-ra, ficam sujeitas a muitas intercepta-ções do poder público, que acabaminviabilizando a continuidade de umprojeto. Queremos, então, resolverdois problemas: o das licenças ambi-entais na área da piscicultura, da ma-

ricultura e da produção de camarão eo uso da água pública. A criação decamarão, por exemplo, exige uma po-lítica de zoneamento, para definir asáreas em que é possível criar camarão,enquanto as outras duas não precisamdesse zoneamento. Precisam apenas dealguns procedimentos, que desembo-cam na licença ambiental. Um pro-blema é que, no Brasil, cada estadotem sua política de licenciamento. Háestados que proíbem, por exemplo, acriação de peixes exóticos, como a car-pa e a tilápia.

WR - Qual o problema com aágua pública?

Fritsch - O produtor precisa deuma licença, uma cessão para utilizara água pública (açudes, lagos...) naprodução de camarão ou peixe. Nestecaso, compete à Secretaria Nacionalda Pesca licenciar e liberar essas áreas.A cessão de uso vai permitir, de acor-do com a espécie de peixe ou crustá-ceo a ser cultivada, que o produtorexerça sua atividade por um determi-nado tempo, 10, 15 anos...

WR - Quais as metas da Secre-taria?

Fritsch - O Brasil produz cerca de1 milhão de toneladas de peixes e fru-

tos do mar anualmente. Nossa meta échegar a 1,6 milhão de toneladas/anono próximo quadriênio. Para alcan-çar este objetivo, contamos com umincremento da pesca oceânica (emáguas profundas), a produção de ca-marão, a aqüicultura e a maricultura.Na área de aqüicultura, de água doce,neste ano nós teremos um crescimen-to de 30% na produção e 100% naexportação, especialmente de cama-rão, tilápia e alguns peixes típicos daAmazônia e do Pantanal.

WR - Grande parte das baciashidrográficas brasileiras se originaem outros países; há diálogo comoutros governos a respeito do tema?

Fritsch - Estamos negociandoacordos com países vizinhos, do Uru-guai até as Guianas, para incrementara fiscalização. Precisamos estabelecerum sistema de licenciamento da pes-ca que leve em conta aspectos como apiracema, época em que os peixes so-bem os rios para procriar. Tambémprecisamos regularizar a pesca espor-tiva, como está fazendo o governo doMato Grosso do Sul, diminuindo aquantidade de peixes que cada pesca-dor pode levar. Isto trará conseqüên-cias positivas em termos de recupera-ção de espécies.

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Com o fim da Superintendência Nacional da Pesca -Sudepe -, há cerca de 15 anos, o Brasil acabou ficando semum órgão regulamentador e fomentador dodesenvolvimento da pesca. Nos últimos tempos, o Ministérioda Agricultura e o Ibama vinham controlando o setorpesqueiro. Agora, a regulamentação está a cargo da recém-criada Secretaria Nacional da Pesca e Aqüicultura,comandada pelo catarinense José Fritsch, ex-prefeito deChapecó. Nesta entrevista exclusiva concedida à WEG emRevista, Fritsch fala dos projetos da Secretaria e traça umpanorama da pesca, hoje, no Brasil.

WEG não pára de cres-cer, e inicia agora maisum ciclo de expansão dacapacidade produtiva,passo fundamental para

atingir a meta de ser a maior fabri-cante de motores do mundo até 2007.A empresa adquiriu um terreno de438,7 mil metros quadrados em Jara-guá do Sul para abrigar um novo par-que fabril, próximo ao Parque FabrilII, que tem cerca de 430 mil metrosquadrados. Assim, a área total daWEG envolvendo os dois parqueschegará a 868,7 mil metros quadra-dos.

Os investimentos da empresa emampliação e modernização devem che-gar a R$ 132,3 milhões neste ano, dosquais R$ 92,2 milhões serão destina-dos ao Brasil e o restante ao exterior.Até o momento, R$ 57,3 milhões já

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foram investidos no Brasil e R$ 13,8milhões no exterior.

O primeiro passo das ampliaçõesserá dado com o novo prédio da admi-nistração da WEG Motores (WMO).Ele terá área total de 5 mil metros qua-drados, e abrigará também a adminis-tração da WEG Exportadora.

“O crescimento da WEG estavaexigindo um espaço maior. A empre-sa está atendendo o mundo inteiro.As áreas de engenharia, de vendas ede apoio à produção têm que acom-panhar esse crescimento”, afirma odiretor superintendente da WMO,Moacyr Rogério Sens.

A WEG levou 30 anos para ocuparo Parque Fabril II. Hoje, o terreno de430 mil metros quadrados, que eraimenso em 1973, ficou pequeno. Estátomado por prédios administrativos efábricas. Mas a empresa continua cres-

cendo, e precisa de mais espaço.A primeira obra no novo parque

fabril começa em setembro deste ano.Será a da Serralheria da WEG Auto-mação (WAU). A partir de então, asconstruções, ampliações e mudançastomarão conta da paisagem seguindoum cronograma que vai até 2006. Emjaneiro de 2004, será iniciada a cons-trução do prédio da Expedição Merca-do Externo da WEG Exportadora(WEX), um depósito de contêineresduas vezes maior que o atual. No mes-mo mês começam as obras do prédioda Injeção de Peças de Alumínio (tam-pas e carcaças). Seis meses depois, emjaneiro de 2005, é a vez da construçãodo prédio da Fábrica VI, ampliando aprodução de motores. Também haveráobras de expansão da WEG Aciona-mentos (WA) e da WEG Máquinas(WM), no Parque Fabril II.

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Para o professor Luis Vinatea, ofuturo está no cultivo de peixes, ca-marões e moluscos em fazendas aqu-áticas, promovendo a multiplicaçãosem precisar de milagre. Ele afirmaque o projeto da Secretaria Especialda Pesca - de investir na frota de em-barcações - é meio arriscado. “Puxan-do a brasa para a nossa sardinha, essedinheiro deveria ser investido emaqüicultura”, afirma.

O Brasil produziu, no ano passa-do, 210 mil toneladas de pescados emambiente cultivado. Deste volume,cerca de 70% (aproximadamente 147mil toneladas) são formados por pei-xes de água doce e o restante por ca-marão (60 mil toneladas), sobrandoum pequeno percentual para a cria-ção de mariscos.

Segundo empresas que fornecemequipamentos para os criadores depeixes e camarões, o setor cresce en-tre 25% e 30% ao ano no país. A cri-ação de camarões, em especial, cres-ce 50% ao ano, diante de uma mé-dia mundial de crescimento de 8%,segundo dados da Associação Brasi-leira de Criadores de Camarão(ABCC). O Brasil tem a maior pro-dutividade do mundo na criação decamarão: 5,4 mil kg/ha, ao ano. Oscriadores conseguem isso utilizandoração de boa qualidade, bandejas dealimentação e aeradores, que movi-mentam a água e promovem a oxige-nação.

Os maiores produtores são os es-tados do Nordeste, como Rio Gran-de do Norte, Ceará, Bahia e Pernam-buco. Em Santa Catarina, a ativida-de vem crescendo muito. SegundoVinatea, em 1999 havia no estadotrês fazendas. Hoje são 70!

A criação de peixes marinhos ain-da é apenas objeto de pesquisa nopaís, mas o professor Vinatea afirmaque o futuro é esse. Já a pisciculturade água doce tem um bom desenvol-vimento. Segundo Alex Pires de Oli-veira Nuñer, também professor do

curso de Aqüicultura da UFSC, acaptura comercial de peixes nos riosdo Brasil já degradou o estoque dasespécies, e a criação em cativeiro se-ria a maneira de dar uma folga à ex-ploração dos recursos naturais, ofe-recendo uma alternativa para quemvive da pesca.

Nuñer afirma que os grandes es-tados produtores são os do Sul, e queas espécies mais cultivadas são a car-pa, de origem européia ou chinesa, ea tilápia, originária da África. Segun-do ele, a produção de peixes em cati-veiro no Brasil começou a ser inten-sificada há cerca de 20 anos, e nosúltimos tempos é que tem sido enca-rada como uma atividade comercial

autônoma e lucrativa, em vez de algocomplementar à pecuária ou agricul-tura.

Há grandes empreendimentos emvárias regiões, muitos com diversifi-cação das espécies cultivadas. NaAmazônia, a Amazonas Eco Peixe,empresa que faz parte de um grupochamado Projeto Pacu, está montan-do um empreendimento para produ-zir 2 mil toneladas de pirarucu porano. No Mato Grosso do Sul, o Pro-jeto Pacu produz alevinos e pós-lar-vas de pacu, pintado, dourado e ou-tras espécies nativas para criadores depeixes. Na região Sul daquele estado,onde o setor cresce 25% ao ano, acriação de peixes dobrou nos últimostrês anos. Saem de lá entre 10 e 15toneladas de peixes por mês, a maio-ria espécies nativas do Pantanal.Grande parte da produção é expor-tada.

O Laboratório de Biologia e Cul-tivo de Peixes de Água Doce da UFSCtrabalha na criação de espécies nati-vas em cativeiro, para diversificar ostipos de peixes produzidos e promo-ver, quando necessário, o repovoa-mento dos rios. O trabalho dá ênfaseao dourado, à piava, à piracanjuba,ao suruvi e ao curimbatá.

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A WEG Exportadora está pas-sando por mudanças a fim de serreestruturada para aumentarainda mais a participação nomercado externo. Neste ano aWEG vai exportar mais de 40%de seu faturamento, e até 2005 aproporção deve se inverter. DouglasConrado Stange assume como di-retor superintendente da WEX-Américas/Oriente/África/Australá-sia. Roberto Bauer, ex-diretor daWEG Máquinas, assume como di-retor superintendente da WEX-Eu-ropa e Rússia.

Além disso, há outras mudan-ças. Sinésio Tenfen, que era gerentedo Centro de Negócios de Energia,foi nomeado diretor superintenden-te da WEG Máquinas. E, em janei-ro de 2004, o atual diretor da WEGPortugal, Martin Werninghaus, seráo novo diretor superintendente daWEG Química, em substituição aJaime Richter, que assumiu a dire-toria de Marketing Corporativa. Odiretor da WEG Portugal será LuisGustavo Iensen, atual gerente deVendas da WEG Exportadora.

Em julho começou a operar umafilial comercial da empresa na Co-lômbia e, em agosto, uma no Chile.A WEG Chile será em Santiago (ca-pital) e é resultado de uma associa-ção com a TGC, representanteWEG no país (90% do capital seráda WEG e 10% da TGC). O seudiretor será Fernando Garcia, até en-tão diretor da WEG Venezuela.

A direção desta última passaráàs mãos de Ramiro Schmitz, que eragerente de Vendas da WEG Moto-res na Banweg. Ele acumulará tam-bém a função de diretor da WEG

Colômbia, instalada em Santa Fé deBogotá. Na Colômbia, será criado umcargo de gerência a ser ocupado porMarco Antônio S. de Campos, analis-ta de Vendas Técnicas da WEG Moto-res.

Agora são 16 as filiais no exterior:México, Argentina (3), Venezuela, Por-tugal, Alemanha, França, Itália, Espa-nha, Suécia, Inglaterra, Bélgica, EUA,

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Austrália, Japão e as novas no Chilee na Colômbia. As quatro fábricasda WEG fora do Brasil estão na Ar-gentina (2), México e Portugal.

A WEG também fechou parce-ria comercial com a gigante japone-sa Mitsui, para a comercialização edistribuição na região asiática demotores elétricos e outros equipa-mentos.

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laboratório deacionamentos aescola técnicade Jaraguá do Sul

O objetivo do governo é ampliartanto a produção quanto o consumode pescados. Parece inegável o fato deque uma costa de tal proporção podeoferecer mais recursos do que os quevêm sendo explorados. Mas os pesqui-sadores do setor afirmam que não ébem assim. Segundo uma reportagemda revista Veja, estudos de 150 pes-quisadores de quarenta instituições, aolongo de seis anos, chegaram à con-clusão de que, apesar de extensa, a cos-ta não tem peixes suficientes para pro-vocar melhora significativa na econo-mia ou mesmo nas refeições dos bra-sileiros.

Além disso, algumas espécies es-tão com estoques bem menores do queno passado. O volume de sardinhascapturadas na costa brasileira caiu70% nos últimos cinco anos.

“O mar do Brasil não tem fossasmarítimas (abismos no fundo domar), lugares onde se acumulam osnutrientes que alimentam os peixes eoutros animais. Além disso, as corren-tes de água que passam pelo Brasil sãomuito quentes. Assim, acontece o fe-nômeno da estratificação térmica: ficamuito frio lá embaixo e muito quentelá em cima, e o nutriente não circula,por causa da diferença de densidade

das águas com temperaturas diferen-tes”, explica o professor Luis Alejan-dro Vinatea Arana. “O Brasil, em ter-mos de pesca, é pobre; não há dúvidadisso. O limite de captura sustentávelprovavelmente já foi atingido”, acres-centa o especialista.

No exterior, há quem fale em ame-aça de colapso da pesca mundial. Osbiólogos canadenses Ransom Myers eBoris Worm, da Universidade de Da-lhouse, divulgaram um estudo afir-mando que nos últimos 50 anos apesca industrial reduziu em 90% a po-pulação dos grandes peixes oceânicos,como o bacalhau do Porto, o atum eo espadarte. Segundo eles, pelo me-nos um terço das 25 mil espécies ma-rinhas conhecidas está ameaçado deextinção.

Em 2001, somando a pesca indus-trial e a artesanal, foram pescados 92milhões de toneladas, volume 60%maior do que na década de 70. É umataque do qual os oceanos não conse-guem se recuperar. Outro problema éque a pesca industrial é feita com gran-des redes, que “varrem” o fundo domar e trazem junto golfinhos, tarta-rugas marinhas, tubarões e outras es-pécies que não têm valor comercial e

acabam morrendo. Segundo os espe-cialistas, um quarto de tudo que é pre-so nas redes acaba sendo desprezadocomo lixo.

A principal meta da Secretaria Es-pecial da Pesca é elevar a produção depescados de 980 mil toneladas anuaispara 1,45 milhão de toneladas, nospróximos quatro anos. No mesmo pe-ríodo, o governo pretende criar maisde 150 mil empregos diretos e 400 milindiretos para dobrar a renda geradapelo segmento. Atualmente, o Brasilocupa o 27º lugar no ranking dos mai-ores produtores mundiais de pescados.

Em junho, o secretário especial daPesca divulgou um pacote de medi-das para atingir as metas definidas.Uma delas é permitir o acesso do se-tor pesqueiro a financiamentos doBanco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES), novalor de R$ 1,5 bilhão, para a cons-trução de embarcações de pesca oceâ-nica. O objetivo é incentivar a produ-ção de navios no Brasil e a moderni-zação da atividade.

Outra medida é conceder financi-amento do Pronaf-Pesca (ProgramaNacional de Apoio à Agricultura Fa-miliar) aos pescadores artesanais, des-tinando R$ 55 milhões para a com-pra e reforma de barcos de até 10 to-neladas.

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Em 1990 a atividade produziu

20 mil toneladasde pescados,

gerando uma receita de

US$ 100 milhões.Em 2002, foram

210 mil toneladase uma receita de

US$ 830 milhões.É um crescimento de

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m completo Laboratório deAcionamento Eletrônico,com 12 bancadas didáticas,foi doado pela WEG aoCentro Politécnico Geraldo

Werninghaus, em Jaraguá do Sul. Olaboratório, no valor de R$ 292 mil,será utilizado para aulas práticas de ele-trônica industrial e acionamentos docurso técnico em Eletrônica.

Segundo o diretor da escola, Al-feu Hermenegildo, o Centro Politéc-nico é resultado de uma mobilizaçãode empresários de Jaraguá, entre elesum dos fundadores da WEG e ex-pre-feito da cidade, Geraldo Werninghaus.

A escola é mantida com apoio des-tas entidades, da Prefeitura e da Unerj,além das mensalidades. Os recursos

“Desde 1994, essa mobilização dosempresários ante as autoridades deBrasília fundamentou uma nova op-ção de ensino técnico profissionalizan-te para a região”, afirma Hermegildo.

Assim surgiu o Centro Politécni-co, uma escola de caráter comunitá-rio, fundada em dezembro do anopassado, ao lado da Unerj (CentroUniversitário de Jaraguá do Sul). Amantenedora do Centro é a Associa-ção Politécnica de Jaraguá do Sul(Apolitec), que tem como presidentea reitora da Unerj, Carla Schreiner, ecomo vice, o presidente executivo daWEG, Décio da Silva. O conselhocurador da Apolitec é formado porassociações de classe que reúnem em-presas da região.

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para a construção do prédio e comprados laboratórios são fruto de um con-vênio com o MEC, de R$ 1,1 milhão.

A Apolitec oferece três cursos: Ele-trônica com Habilitação em Aciona-mentos, Construção Civil com Habi-litação em Edificações e Informáticacom Habilitação em Sistema de In-formações e Especialização em Design.“Os cursos foram definidos a partirde pesquisas de demanda e do inte-resse das empresas da região”, explicao diretor.

De acordo com Hermenegildo, oprojeto é transformar a escola numcentro de tecnologia aplicada, ligadoà Unerj, oferecendo cursos técnicos depós-médio e cursos de terceiro graupara formação de tecnólogos.

Os laços entre a escola e a univer-sidade já são fortes. A doação do la-boratório foi feita pela WEG à Unerj,que repassou ao Centro.

A empresa mantém parceria coma Unerj em pesquisa e desenvolvimen-to. O projeto de maior destaque é apesquisa para desenvolver geradoreselétricos síncronos com rendimentoem média 2,5 pontos percentuais su-perior aos atuais. Este projeto, orçadoem R$ 865 mil, é dividido entreWEG, Unerj e a Financiadora de Es-tudos e Projetos - Finep.

Outros projetos estão em fase deaprovação. As parcerias da WEG comentidades de ensino locais, além de fa-zerem parte dos compromissos da em-presa com a comunidade e com a edu-cação, contribuem para desenvolver apesquisa acadêmica e aproximar alu-nos e professores do mercado de tra-balho.

Piscicultura - criação de peixes.Carcinicultura - criação de ca-marões.Maricultura - criação de espé-cies marinhas.Aqüicultura - criação de espé-cies aquáticas.Mitilicultura - cultivo de ma-riscos.Ostreicultura - cultivo de os-tras.

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erra, planeta água”, jádizia a música de Gui-lherme Arantes. Hámuito mais água do

que terra nessa esfera que habitamos,e a vida que pulsa nas profundezas doazul é tão rica quanto a que existe aquiem cima. Somente nos rios brasilei-ros, são conhecidas 2,3 mil espéciesde peixes. Nos oceanos, então, tudo égrandioso: já foram descobertas 25 mil

espécies de animais marinhos.Toda essa vida gera emprego, ren-

da e alimento. No Brasil, estima-se queum milhão de pessoas viva da pescaartesanal. O país, cada vez mais, dánova atenção à vida que vem da água,seja com a criação da Secretaria Espe-cial da Pesca, seja com o desenvolvi-mento da aqüicultura (cultivo de pei-xes, camarões, mariscos e outra espé-cies em verdadeiras fazendas aquáti-cas).

A Secretaria Especial da Pesca temprojetos para desenvolver o setor pes-queiro e aumentar em 35% a produ-ção. Os especialistas dizem que não dápara tirar mais peixe do mar do que jáse tira atualmente. Mas se não dá parapescar mais, tudo bem. É só construirfazendas na água e cultivar. O Brasilestá sendo visto por pesquisadores eempresários como um país abençoa-do por Deus para a aqüicultura.

Segundo o professor e pesquisador

Luis Alejandro Vinatea Arana, do cur-so de Engenharia de Aqüicultura daUniversidade Federal de Santa Cata-rina (UFSC), a troca da pesca pelo cul-tivo de peixes será uma nova revolu-ção, como foi a introdução da agri-cultura e da pecuária entre os colhe-dores e caçadores do Neolítico. “É arevolução azul”, afirma.

Na pesca extrativista, os númerosdo Brasil não são muito animadores.O país, com seus nada desprezíveis 8mil quilômetros de litoral, tirou domar 770 mil toneladas de pescados em2001, segundo dados da FAO (Orga-nização das Nações Unidas para Ali-mentação e Agricultura). Para se teruma idéia de quanto isso é pouco, oPeru, com 2,5 mil quilômetros de li-toral, pesca 8 milhões de toneladas.

O brasileiro consome pouco pes-cado: 6,7 quilos de peixe por ano, con-tra 64,1 quilos consumidos pelos ja-poneses, por exemplo.

A vida começouna água, há algunsmilênios; e é daágua que a vidacontinua vindo

DEISE ROZA

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A WEG foi um das empresas par-ticipantes da 15ª Expo Usipa, maiorexposição industrial, comercial e deserviços do Leste de Minas Gerais queaconteceu entre os dias 23 e 27 dejulho, na cidade de Ipatinga (MG).A exposição foi realizada pela Asso-ciação Esportiva Recreativa Usipa,formada por funcionários da Usimi-nas. A siderúrgica é uma das maiorespatrocinadoras do evento, que des-taca as empresas da região e os diver-sos parceiros da Usiminas.

A WEG participou a convite dasiderúrgica e montou um estande emconjunto com seu integrador emMinas Gerais, a LOG Automação,expondo seus produtos. No dia 25de julho, foi promovido o “Seminá-rio WEG para Produtos de Automa-ção” com destaque para a palestra“Inversores de Freqüência com AltoFator de Potência e Retificadores Re-generativos”, apresentada pelo enge-nheiro Joable Alves, do departamen-to de Pesquisa e Desenvolvimento daWEG Automação.

As maiores carcaças fundidas domundo, fabricadas pela WEG emmaio deste ano, já viraram motores.Eles foram entregues à mineradoraCollahuasi, no Chile, em meados de

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volts. As máquinas têmuma eficiência de 97,5% eirão trabalhar a uma alturade 4.700 metros acima donível do mar.

As carcaças têm 1,4metro de diâmetro por 2,1metros de comprimento econsumiram 20 toneladasde areia para fazer o mol-de, exigindo o trabalho de42 colaboradores para oprocesso de fundição.

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A WEG foi classificada pela re-vista Exame como uma das 100melhores empresas para se trabalhar.Além disso, no ranking das maiorese melhores empresas do Brasil, tam-bém da Exame, ela subiu da 143ªposição para a 140ª. O jornal Va-lor Econômico escolheu a empresacomo uma das mil maiores do Bra-sil, e a maior do setor de mecânica.A revista Conjuntura Econômica,veículo de comunicação oficial daFundação Getúlio Vargas, incluiua WEG no ranking anual das 500maiores empresas. A publicaçãotambém vai conceder à WEG o Prê-mio FGV de Excelência Empresa-rial, entregue anualmente, desde1991, a 12 empresas classificadasna pesquisa das 500 maiores, comoreconhecimento pela sua competên-cia e eficiência empresarial.

Já a revista Expressão crioueste ano um prêmio especial para as20 empresas da década do Real, noqual a WEG também está presente.

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WEG em Revista éuma publicaçãoda WEG.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89256-900,Jaraguá do Sul [email protected]. Conselho Editorial:Jaime Richter (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing). Edição e produção: EDM LogosComunicação, telefone (47) 433-0666.Tiragem: 12.000.

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Frank Issamu Murai,Diretor Executivo da WEG Japão

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O Brasil podese ombrear atéao Japão naprodução depescados

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mprego, renda e alimento. Não há paísque não esteja sempre preocupado com ageração destes três recursos, básicos para

a prosperidade. No Brasil, além da terra fértil(veja a edição nº 20, de janeiro/fevereiro, deWEG em Revista), a água também é cultivá-vel. Por um lado, nossa costa favorece pouco aproliferação de espécies marinhas, e a exploraçãoda pesca em rios e mares já degradou muito dosestoques existentes. Porém, temos a tecnologia eo conhecimento necessários para a criação em ca-tiveiro de peixes, camarões e outras espécies.

O Brasil tem tudo para ser uma potência naaqüicultura (cultivo de animais aquáticos emcativeiro). Há vários cursos de graduação e pós-graduação na área, território disponível, mão-de-obra farta e tecnologia adequada. O que ain-da falta é mais investimento em pesquisa e li-nhas de crédito.

Um passo certo foi dado com a criação de umórgão federal específico para cuidar de assuntosrelacionados ao setor pesqueiro. Basta agora quea Secretaria Especial da Pesca apóie tanto quemvive da pesca extrativista quanto quem atua nocultivo. Afinal, além de gerar emprego e renda,essa atividade permite o aumento da produçãocom sustentabilidade ambiental. Enfim, estamoscom a faca e o queijo na mão. Basta cuidar paranão cortar o dedo.

O Japão, dono damaior frota pesqueira

do mundo, veminvestindo fortemente

na aqüicultura

sukiji, o mercado de peixesmais famoso de Tóquio, é ameca do atum. O maior lei-lão de atum do mundoacontece lá, todos os dias.

Compradores ultrameticulosos procu-ram quaisquer sinais de pancada oudano (que podem tornar o atum im-próprio para ser servido cru).

A obsessão dos japoneses peloatum - e por peixes de modo geral - étamanha que eles pagam altos preçospela preciosa mercadoria. Os mais de30 mil atuns chegam ao mercado dia-riamente de avião, vindo de lugares tãodistantes quanto Grécia, Tunísia e Cro-ácia. Para quem visita a capital japo-nesa, o mercado Tsukiji é um dos maisinteressantes pontosturísticos. Mas, me-lhor do que ver ne-gócios sendo fecha-dos aos berros e pei-xes sendo cortadoscom peixeiras de ummetro de compri-mento, é poder sa-borear o sushi maisfresco do mundonos restaurantespróximos.

Hoje o sushi é mania no mundotodo, mesmo em países que não têmforte presença de imigrantes japone-ses. O peixe, como alimento, tambémestá se tornando cada vez mais popu-lar, por ser mais saudável e fazer bemao coração. Nesse cenário, a produçãode peixes é um negócio promissor.

A pesca é uma atividade essencialna economia japonesa, tanto pelo quegera de divisas, quanto pelo aspectosimbólico. A pesca é a única atividadeeconômica de grandes proporções, li-gada à alimentação, que continua es-sencialmente extrativista. Mas, apesarde tradicional e da ligação extrema-mente forte com a natureza, o extrati-vismo vai contra outra tradição japo-

nesa: a eficiência. Mesmo com a mai-or frota pesqueira do mundo e comquase 5 milhões de toneladas de pei-xes e crustáceos pescados em 2001, se-gundo dados da FAO (Organizaçãodas Nações Unidas para Alimentaçãoe Agricultura), o Japão tem investidona aqüicultura, uma atividade em quea produção pode ser muito melhorcontrolada.

Em julho estive no Brasil acom-panhando alguns clientes japonesesem visita à WEG. Além de impressio-nados com o tamanho de nossas fá-bricas, a tecnologia envolvida em nos-sos processos e a hospitalidade dosnossos colaboradores, uma imagemvista na TV os marcou: um guindaste

tirando de uma la-goa no Mato Grossouma rede abarrotadade peixes típicos dopantanal, como pa-cu, pirarucu, pinta-do e dourado. Aquantidade, o tama-nho e a variedadedos peixes era tantaque até eu, um bra-sileiro vivendo no

Japão já há quase sete anos, fiquei deolhos arregalados.

Países são como pessoas. Quantomais investem em suas vocações na-turais, mais sucesso têm. O Brasil temuma vocação fantástica para a produ-ção de alimentos. O clima e a exten-são territorial, que já favorecem a agri-cultura e a pecuária, também são óti-mos para a aqüicultura. Investir nessemercado é um ótimo caminho paracriar empregos, gerar divisas e deixaro Brasil ainda mais forte no mercadomundial. Desse jeito, logo veremos oscompradores do mercado de Tsukijidando lances para comprar pintados,dourados e outros peixes criados noBrasil.

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