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Governança corporativa eresponsabilidade social na prática

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“ ”Pensando nas novas gerações, devemos ter consciênciaque sustentabilidade e desenvolvimento econômicoestão profundamente relacionados.

Ana Teresa MeirellesMembro do Conselho de Administração da WEGSócia da Focus Consultores Associados

Todas as noites repito um mesmoritual de ervas e sangue da terra. Não énada macabro ou vampiresco. Apenascomo um prato de salada e tomo umcálice de vinho, que Plínio chamava de“sangue da terra” e Eurípedes dizia ser-vir “para acalmar as fadigas”. É minharecarga de bateria no fim do dia.

Mas não culpe o álcool se achar queescrevo por mal traçadas linhas. Nãopassa de um cálice, e sempre vinho,jamais bebida destilada, pois o vinho évivo, envelhece. É como um gênio dagarrafa, que atende os desejos do meupaladar quando o deixo sair.

Galileu Galilei dizia que o vinho éfeito de “humor líquido e luz”. Não hánada melhor para acompanhar umasalada fresca, leve e contente.

Não entendo de vinho, por issoposso beber o tinto sem ficar verme-lho, para desespero de alguns enten-didos que mandam branco para acom-panhar saladas. O que fazer? O jeito énão convidar entendidos para o jantar.Alguns são chatos demais. Quer ver?

Uns amigos fizeram um jantar econvidaram um “connoisseur”, que écomo os entendidos gostam de serchamados. Começou torcendo o nariz

quando viu o rótulo da garrafa.— Nacional... — pensou alto, pe-

gando o cálice pela base e enfiando onariz torcido nele. Todos pensaram queele queria beber de canudinho, mas erasó para cheirar.

Depois deixou o vinho tonto, detanto rodopiar o cálice erguido contraa luz. Não fez cara boa. Tomou um golee... parou. Não engoliu enquanto o vi-nho não cumprimentou cada uma dasdez mil papilas gustativas de sua lín-gua, como faz político em velório.

Após um discreto bochecho, engo-liu e começou a produzir uns estalidosestranhos, enquanto o laboratório deanálises de seu cérebro destrinchava osabor. Aí veio a melhor parte.

Se você convidar um connoisseurpara jantar, aproveite esta parte, quan-do começa o rosário de adjetivos. Es-queça a uva. Ele vai dizer que o vinhotem um bouquet misto de pimentão eameixa. Vai falar do corpo, insinuar queé adamado, aveludado ou untuoso. Sedisser que é chato, sápido ou foxado,não se preocupe. Não é contagioso.

Enquanto a comida esfriava, o con-noisseur viajava na maionese, isto é, novinho. De repente saiu de seu transe e

Ao comemorar 45 anos de fundação, a WEG, num gestosignificativo, abre espaço para a opinião de um membroindependente do Conselho de Administração, representan-do os acionistas preferencialistas, mais um avanço da em-presa em termos de Governança Corporativa.

O mercado reconhece o desempenho favorável da em-presa nas últimas décadas, com crescimento médio anualde receitas acima de 20% e manutenção dos níveis de renta-bilidade. A força da marca WEG no Brasil migra tambémpara o mercado externo, como resultado de uma persisten-te e coerente estratégia de internacionalização. A evoluçãodo preço das ações da WEG vem refletindo a percepção po-sitiva dos analistas, de uma empresa que gera valor paraseus acionistas.

O que chama a atenção daquele que se aproxima daempresa, conhecendo-a mais de perto, são as iniciativasvoltadas a dois temas muito comentados atualmente: Res-ponsabilidade Social e Governança Corporativa. Conceitoshoje em moda, usados por alguns como instrumentos depromoção e marketing, já estavam enraizados na WEG comoprincípios há algumas décadas, com ações postas em práti-ca e mantidas com consistência e perseverança. Lição decasa feita sem alarde.

Além dos investimentos de peso em controle do impac-to ambiental, ações culturais e outras tantas atividades ori-entadas ao bem-estar da população, dos colaboradores ede seus familiares, destaca-se, a meu ver, o Centroweg. De-dicado à formação profissional de adolescentes entre 15 e18 anos, concede aos jovens todos os direitos e deveres doscolaboradores, investindo nas próximas gerações, com for-te visão de longo prazo. Um programa que teve início há

quase 40 anos, hoje deixa marcas visíveis não só na qualida-de da mão-de-obra, mas na cultura disseminada pela em-presa, no orgulho e entusiasmo dos colaboradores. É umexemplo concreto e marcante de Responsabilidade Social.Projetado em termos nacionais, seguido pelas maiores em-presas brasileiras, e pelo poder público, seria capaz de mu-dar a cara do país. Programas desta natureza não brotamde manuais; estão alicerçados na ética daqueles que cons-truíram a empresa, e assim se perenizam. Uma empresa pre-ocupada com as novas gerações está investindo na sua ca-pacidade de permanecer e continuar crescendo.

Seguindo o exemplo da WEG e olhando para o futuro,os avanços em Governança devem continuar sendo bus-cados. Muito foi feito, mas ainda há um longo caminho apercorrer, num processo que é contínuo e que vai sendoconstruído pela proposição de desafios e metas sucessi-vas. Pensando nas novas gerações, devemos ter consciên-cia que sustentabilidade e desenvolvimento econômicoestão profundamente relacionados. São atividades base-adas em recursos humanos e naturais. Devemos refletirsobre que empresa estamos projetando para o futuro, nummundo onde transformações drásticas ainda estão por vir,como conseqüência da revolução tecnológica, da globali-zação econômica e da necessidade de lidar com a escas-sez de recursos naturais. Neste sentido, vale citar a famo-sa frase da ex- primeira-ministra da Noruega, Gro HarlemBrundtland: “Desenvolvimento sustentável é o desenvol-vimento que satisfaz as necessidades do presente, semcomprometer a capacidade das futuras gerações de su-prir suas necessidades”.

deu o veredicto. Curto e grosso. Maisgrosso do que curto, em se tratandode um convidado que devia ser maisdelicado.

— Deixa a desejar. Os importadossão melhores — sentenciou com olharde desdém.

O anfitrião não se fez de rogado.Correu para a cozinha e logo apareceucom uma garrafa de vinho francês, doscaros. Só o rótulo já iluminou os olhosdo connoisseur.

Enquanto os outros metiam o gar-fo na comida fria antes que ficasse ge-lada, o connoisseur recomeçou seu ri-tual de degustação.

Teve o nariz no cálice, a rodopiada,o bochecho, os estalidos e os adjeti-vos, tudo igual. Então veio um sorrisodo mais puro êxtase:

— Grand vin! Magnifique! — arris-cou em francês, para combinar com orótulo.

O anfitrião ficou tinto de tanto rir.— Que magnífico, cara? Peguei

uma garrafa vazia e enchi de vinhobarato.

— Então deu sorte. É uma boa sa-fra — concluiu o connoisseur sem per-der a fleuma.

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Referência em gestãoPela quinta vez a

WEG está entre as 150melhores empresaspara trabalhar do Bra-sil, na pesquisa do GuiaExame/Você S.A. Esta éuma das maiores pes-quisas de clima do país,realizada com os pró-prios funcionários das

empresas. Participaram da pesquisacerca de 500 empresas. (15/08/06)

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4 Produtos WEG equipam usinas

9 Alta tecnologia em tinta em pó

10 Energia que se renova

13 Fontes que não se esgotam

15 As qualidades do Modular Drive

19 Um vinho pra recarregar

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A íntegra das matérias desta página você lê na Sala de Imprensa em www.weg.net

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Muito interessante a reportagem sobre o Planeta Minério(WR 41). É impressionante como não nos damos conta deque estamos cercados de minério em quase tudo que utliza-mos em nosso dia-a-dia. Parabéns pelo tema escolhido.Antônio C. Dracena - Prudentópolis/PR

Fiquei impressionado com o desempenho da WEG nosegmento de tintas marítimas (“Abaixo da linha d’água”, WR41). Não fazia idéia da atuação da empresa neste segmento,e ainda mais com tanta expressão.Marcelo Augusto Dimiatri - Manaus/AM

WEG em Revista é uma publicação da WEG. Av. Prefeito Waldemar Grubba, 3300, (47) 3372-4000, CEP 89 256-900,Jaraguá do Sul, SC. www.weg.net, [email protected]. Conselho Editorial: Jaime Richter (diretor de Marketing e RH), PauloDonizeti (gerente de Marketing), Edson Ewald (chefe de Marketing), Cristina Teresa Santos (jornalista responsável) e CaioMandolesi (analista de Marketing). Edição: EDM Logos Comunicação (47) 3433-0666. Textos: Roberto Szabunia.

As matérias da WEG em Revista podem ser reproduzidas à vontade, citando a fonte e o autor.

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Grande e líderA WEG lidera o ranking Grandes & Líderes 2006, publicação da revista

Amanhã, com o 1º lugar em receita bruta do setor eletromecânico e a 16ªposição entre as 500 maiores do Sul. Entre as 100 líderes do estado, a WEGestá em sexto lugar no ranking geral que identifica as empresas com omaior Valor Ponderado de Grandeza. (08/09/06)

Expansão na ChinaO parque fabril da WEG na China, em

Nantong, está ganhando dois novos pré-dios. Até meados de 2007, todas as li-nhas devem estar adequadas à platafor-ma de produção WEG. Os novos prédi-os, com aproximadamente 9.200 m2 deárea construída, abrigarão os departa-mentos de Componentes e Montagem,num investimento em torno de US$ 12,5milhões. (01/08/06)

WEG tem Valor 1000P e l a

quinta vezconsecuti-va, a WEGrecebeu op r ê m i oV a l o r1 0 0 0como des-taque na-cional emMecânica.

Publicado pelo jornal Valor Econômi-co, um dos principais veículos de eco-nomia e negócios do país, o AnuárioValor 1000 elege as empresas commelhor desempenho na área de ati-vidade e aponta as mil maiores com-panhias por receita líquida. (15/08/06)

Novo curso no CTCO curso de Montagem de Painéis é

o lançamento do Centro de Treinamen-to de Clientes (CTC) da WEG. O objeti-vo do curso é fornecer noções básicase fundamentais sobre montagem dequadros elétricos de baixa tensão aosprofissionais que atuam na área de ele-trotécnica industrial. (15/08/06)

As maiores abertasA revista Conjuntura Econômi-

ca, da Fundação Getúlio Vargas,aponta a WEG em 94º lugar entreas 500 maiores companhias aber-tas do Brasil. Líder no setor deMáquinas, Aparelhos e MateriaisElétricos, a WEG está também en-tre as 10 empresas de maior ren-tabilidade. Apesar da queda narentabilidade em 2005 em compa-ração a 2004 (de 31% contra46%), manteve a média com 45%nos cinco anos encerrados em2004. (17/08/06)

Prêmio à eficiênciaAs unidades de Acionamentos e

Automação foram contempladas como prêmio de “Eficiência de Entrega”da Atlas Copco, um dos maiores cli-entes da WEG e líder no segmento decompressores. O prêmio é concedidoaos principais fornecedores quandoatingem uma eficiência maior que93%. A WEG Acionamentos obteve97% de eficiência, enquanto a Auto-mação chegou a 93%. (10/08/06)

Fiquei impressionado e orgulhoso com a reportagemsobre o maior carregador para navios da América Latina,produzido pela Tecno Moageira. Com tantos problemas delogística que ainda temos no Brasil, é alentador ver que al-guns investimentos estão sendo feitos para melhorar o em-barque e desembarque de mercadorias. E com tecnologianacional, o que prova que nós, brasileiros, somos capazesde muito mais do que se imagina.Pedro de Oliveira – Panambi/RS

WEG equipa PSVda Wilson, Sons

O Plataform Supply Vessel (PSV)3000 Graneleiro do Grupo Wilson, Sonsfoi apresentado na Rio Oil & Gas 2006.Esta é a mais nova embarcação paraapoio offshore a plataformas de explo-ração e produção de petróleo do gru-po, que será afretada pela Petrobras.A embarcação é a primeira do Brasilcom sistema de propulsão diesel-elé-trico - onde foram aplicados produtosWEG. Batizado de Saveiros Fragata, obarco tem um índice de nacionaliza-ção superior aos dos PSVs normalmen-te construídos no país, segundo Arnal-do Calbucci, diretor de rebocadores eestaleiros do grupo. “Isso foi possívelgraças à parceria que fizemos com aWEG”, explica ele. O novo PSV faz par-te da estratégia da empresa em aumen-tar a participação no mercado nacio-nal offshore. (15/09/06)

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PARCERIAS FORTESCOM USINAS

MOENDAS

Energia para a Santa Isabel

Fundada em 1978, ao longo dos anos a Usina Santa Isa-bel vem ampliando suas atividades. Atualmente tem umacapacidade de produção anual de 70.000 m3 de álcool e90.000 toneladas de açúcar cristal.

Localizada na cidade de Novo Horizonte, em São Paulo,produz, além do açúcar cristal, álcool hidratado e anidro. Amaior parte da matéria-prima utilizada é produzida por ou-tra empresa do grupo, a Santa Luiza Agropecuária.

Inversores de freqüência debaixa tensão de 1.283 A e

686 A para acionamento demotores 1.000 cv/440 V e500 cv/440 V, dos 1º, 2º e

3º ternos da moenda

:: O FORNECIMENTO

• Gerador 21,75 MVA/13,8 kV• 4 transformadores a seco 2.500 kVA• 1 transformador a seco 500 kVA• 8 transformadores a seco 1.500 kVA• Cubículo de saída do gerador• Cubículo de surtos e excitação do gerador• Cubículo de neutro do gerador• Painel de comando e proteção do gerador• Quadro de distribuição dos alimentadores industriais

e paralelismo• 4 cubículos com seccionadoras• Cubículo de entrada para o inversor de freqüência de

média tensão• Inversor de freqüência MT de 250 A para acionamen-

to do motor 2.100 cv/4,16 kV do 1º terno• Inversores de freqüên-

cia BT de 1283 A e 686A para acionamentode motores 1.000 cv/440 V e 500 cv/440 Vdo 1º, 2º e 3º ternos

• 5 cubículos de partidade motores

• Motor do desfibrador3.000 cv/13,8 kV

• Motor do picador2.200 cv/13,8 kV

• Motor do nivelador1.200 cv/13,8 kV

Santa Elisa maximiza eficiência energética

A Cia. Energética Santa Elisa, de Sertãozinho/SP, é uma das mais importantesusinas de álcool e açúcar do Brasil. A WEG marca presença no empreendimentodesde 2002, com equipamentos que possibilitam maximizar a eficiência energéti-ca da planta e produzir excedente de energia, comprado pela concessionária CPFLPaulista.

:: O FORNECIMENTO

• 2 turbogeradores SPW 1000,18.750 kVA, 13.800 V, 4 pólos

oscilar da mesma maneira.Passada a instabilidade cambial, a

calmaria levou mais empresas à conver-são, convencendo também o usuáriocomum a converter seu veículo para gásnatural. Hoje passamos por uma atri-bulação mais séria, da política externabrasileira frente ao contrato com o paíspseudoparceiro. A política interna daBolívia vem interferindo negativamen-te na questão energética, e causa inse-gurança no mercado. Com este susto,olhamos para trás e verificamos que ogoverno federal não fez o que era es-trategicamente esperado, que seria vi-abilizar o gasoduto das bacias de Cam-pos e Santos. Isto colocaria uma alter-nativa de fornecimento no caso de fa-lência do contrato Brasil-Bolívia.

Salvo as questões contratuais, o ób-vio não foi feito e ficamos na depen-dência de um país que tem uma políti-ca mais instável que a nossa. Neste ce-nário de riscos de mercado, em que ocontrole foge ao planejamento estraté-gico, voltamos o foco para as soluçõese empresas brasileiras. Quando falamosde açúcar e álcool, falamos de um pro-cesso que está ligado ao Brasil desdesua colonização, e vem passando porconstantes melhorias de processo e pro-duto. O programa do álcool é uma re-ferência na substituição dos combustí-veis fósseis.

Hoje, praticamente de domínio pú-blico, existe a cogeração, presente nasusinas de açúcar e álcool. O bagaço vo-lumoso é de difícil transporte, implican-do em gasto adicional. Assim, a gera-ção de eletricidade na própria região dausina é mais barata. Mais econômico égerar eletricidade associada à geraçãode calor de processo para uso na usina,conservando-se energia. Com a coge-ração, o resíduo é consumido na pró-pria usina, e a energia fica como valoragregado.

Na implantação da cogeração nãohá dependência de tecnologia exter-na. O Brasil conta com excelentes for-necedores de caldeiras, redutores eoutros componentes mecânicos. Paraos equipamentos elétricos se apresen-ta o mesmo cenário de independên-cia tecnológica.

Comparada ao setor sucroalcoo-leiro a WEG é mais jovem, porém estáligada à grande mudança no cenáriobrasileiro ocorrido nos anos 50 e 60,quando iniciou suas atividades. Con-solidou sua posição como empresa100% brasileira, hoje líder em diver-sos segmentos, sempre focada nasnecessidades do mercado, crescendoa cada ano. Isto significa conhecer aeconomia brasileira e ter capacidadede se superar diante das atribulaçõeseconômicas do mercado.

A WEG entregou para operaçãocomercial, em maio deste ano, o pro-jeto de sistema elétrico da Usina San-ta Terezinha, em Tapejara/PR, que com-preendeu o forneci-mento dos gerado-res, automação dageração, subesta-ção elevadora parainterligação ao sis-tema Copel e a in-tegração plena des-tes sistemas.

O projeto colo-cou a Usina SantaTerezinha como aprimeira produtorade energia a partirdo bagaço de canano estado do Para-ná. A capacidade instalada inicial atin-girá 28 MW para produção plena nasafra, com possibilidade de ampliação.Desta forma, a Usina Santa Terezinhaconsumirá em média 40.000 tonela-das de bagaço de cana que, antes,eram vendidos como subproduto e,agora, passarão a ter valor agregado.Durante a safra a usina fornecerá 28MW ao sistema Copel; na entressafraconsumirá somente 1 MW.

A WEG forneceu, além dos doisgeradores de 28 MW cada, a auto-mação completa da geração, o siste-ma supervisório e a subestação ele-vadora com dois transformadores de13,8/138 kV de 25/31,25 MVA, a bar-ra de 138 kV principal e transferên-

cia, a interligação via cabo óticoOPGW da subestação com as duassubestações terminais da concessio-nária, as duas saídas de linha detransmissão e o ramal de 10 quilô-metros para conexão à linha de trans-missão da Copel.

Para esta conexão, a medição deenergia exigiu configuração especi-al para atender aos valores de ener-gia de safra e entressafra e manter aprecisão desejada da medição.

Todo o fornecimento será emconformidade com as especificaçõesda Copel e Aneel, às quais os equi-pamentos, produtos e soluções WEGse encaixam perfeitamente.

Atualmente a WEG está amplian-do a subestação da Equipav, passan-do de 2x25/33 MVA para 2x25/33MVA + 2x40/50 MVA.

Além deste projeto no estado doParaná, a WEG já forneceu soluçõessemelhantes para o mesmo segmen-to no interior de São Paulo, como Vi-ralcool, Usina São José da Estiva, Usi-na Santa Adélia, Equipav, Coinbra-Cresciumal, Usina São José; e em Mi-nas Gerais para a Usina Coruripe, Usi-na Caeté - Volta Grande e Usina Cae-té - Delta.

Hoje a WEG é a parceira mais segu-ra para os fornecimentos de cogeração.Quem é do Brasil, conhece o Brasil etem aqui suas raízes, faz melhor.

Pacote completo

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JAIR GERALDO DEL VECCHIO

CENTRO DE NEGÓCIOS DE SUBESTAÇÕES

Nos últimos dez anos a necessidadeda energia disponível, com tarifas quepermitam assegurar a competitividadedas empresas, incorpora também o que-sito “ecologicamente correta”.

Atualmente o Brasil se encontra emsituação privilegiada no que se refere asuas fontes primárias de oferta de ener-gia. Verifica-se que a maioria da ener-gia consumida no país é proveniente defontes renováveis (hidreletricidade, bi-omassa em forma de lenha e derivadosda madeira, como serragem e carvãovegetal, e derivados da cana-de-açúcar,entre outras). Como o “apagão” tornouevidente a necessidade de racionamen-to de energia, começaram as discussõessobre a matriz energética brasileira.

A utilização de biomassa para pro-dução de energia, tanto elétrica comoem forma de vapor, em caldeiras ou for-nos, já é uma realidade no Brasil. O usoda madeira para a geração de energiaapresenta algumas vantagens e desvan-

tagens, quando relacionado com com-bustíveis à base de petróleo.

Para atender às exigências de acor-dos internacionais, como o Protocolo deKyoto, e ao apelo das entidades ambi-entalistas, o governo federal diversifi-cou a matriz energética. Nos últimosleilões a parcela de geração hidrelétricafoi somente de 30%.

Estratégia correta? Há o que se pon-derar.

Analisando-se a origem da tecnolo-gia e do insumo energético das fontesalternativas, hoje presente no país, ve-rificamos que se repete o comum dogoverno federal no que tange às políti-cas externas estratégicas: ficamos comfatores de risco elevados.

Para a geração eólica, os projetosaplicados no Brasil são os de países eu-ropeus como Suécia, Finlândia e Espa-nha. Uma das únicas pesquisas de cam-po feitas no Brasil foi a da usina eólicade Camelinho implantada pela Cemig.Pouca preocupação se teve em adequa-ção às normas brasileiras e capacitaçãodos fabricantes nacionais para atender

a esta nova demanda de produtos esoluções. Houve casos em que, na fasede concorrência para implantação, osdocumentos de licitação ainda tinhampadrões espanhóis. Hoje apenas as pásdos aerogeradores, estruturas e trans-formadores das cabines elevadoras sãofabricados no Brasil. Nos parques eóli-cos implantados, os aerogeradores, re-dutores e sistemas de controle são im-portados. Em geração eólica, o gover-no brasileiro não se preocupou com aincorporação da tecnologia, e neste ce-nário estamos dependentes de fornece-dores externos, que praticam preços econdições comerciais sem nenhumapreocupação ou vínculo com o cresci-mento sustentável do Brasil.

Para a alternativa gás natural, pas-samos pelo que já era previsível na im-plantação do gasoduto Brasil-Bolívia. Naépoca, quando o gás aparecia comoenergia barata, várias empresas conver-teram seus processos, pensando emmanter a competitividade, e depois fo-ram surpreendidas com a oscilação cam-bial, que fazia o preço da tarifa do gás

Energias alternativas:riscos de mercado

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Localizada em Pitangueiras, no estado de São Paulo, aUsina Viralcool produz álcool hidratado, álcool anidro, açú-car cristal, levedura seca e energia produtiva. Sua capacida-de de produção gira em torno de 700 mil litros de álcool e20 mil sacos de açúcar por dia. Além disso, a usina temcapacidade de moagem de até 10 mil toneladas/dia.

:: O FORNECIMENTO

• SE 138 -13,8 kV, transformador 10/12,5 MVA - Exporta-dora de Energia - Implantação

• Gerador 18,75 MVA/13,8 kV• Cubículo de saída do gerador• Cubículo de surtos e excitação do gerador• Cubículo de neutro do gerador• Painel de comando e proteção do gerador• Motor do desfibrador 2.100 cv/4,16 kV• Motor do picador 2.100 cv/4,16 kV• Inversores de freqüência BT de 1140 A e 686 A para

acionamento de motores 850 cv / 440 V e 450 cv/440 Vdos 4 ternos da moenda.

Santa Adélia constróisua mais nova usina

O mais novo empreendimento da Usina Santa Adélia, aUsina Interlagos, contará com uma vasta gama de produtosWEG. Com conclusão da obra prevista para 2007, a Interla-gos já recebeu uma parte do fornecimento em julho, deven-do contar com o restante em novembro.

Os produtos serão aplicados na proteção de transforma-dores, dos acionamentos dos motores e bombas de todaesta nova e moderna usina de cana-de-açúcar. A Usina San-ta Adélia, que já tem um histórico como cliente WEG, é con-siderada modelo, por utilizar equipamentos de primeira li-nha e investir nos funcionários, fornecendo cursos de aper-feiçoamento em tecnologia.

A Usina InterlagosÉ a nova unidade do grupo Usina Santa Adélia na

cidade de Pereira Barreto/SP. O empreendimento deveser concluído em 2007, e terá capacidade para proces-sar 1,4 milhão de toneladas anuais de cana-de-açúcar. AUsina Santa Adélia tem sede em Jaboticabal/SP, e geracerca de 2.500 empregos diretos no processo de fabri-cação de açúcar, álcool, levedura seca de cana, além deenergia elétrica.

:: O FORNECIMENTO

• 19 colunas de cubículos de média tensão classe 15 kV,resistentes a arco interno, com seccionadora tripolarde 1.250 A - 31,5 kA em 13,8 kV

• 15 colunas de cubículos de média tensão classe 15 kV,resistentes a arco interno, com disjuntores de 2.500 A,31,5 kA em 13,8 kV

• 105 colunas de baixa tensão para partidas de motorescom inversores de freqüência, Soft Starters e partidadireta com relé inteligente, comunicação Profibus, clas-se de tensão 600 V, alimentação 440 V - 60 Hz; e 50 kA

• Transformadores: 2 x 2.500 kVA, 1 x 750 kVA / 254 kV,1 x 500 kVA / 127 kV, 1 x 250 kVA / 127 kV, 6 x 2.500kVA / 398 kV, 2 x 2.000 kVA / 254 kV, 1 x 1.000 kVA /254 kV

• Motor do desfibrador 3.500 cv / 13,8 kV• Inversores de freqüência BT de 813 A e 428 A para acio-

namento de motores 870 cv / 690 V e 475 cv / 690 V dosquatro ternos da moenda

Inversores defreqüência debaixa tensão de1.140 A e 686 Apara aciona-mento demotores 850 cv/440 V e 450 cv/440 V dos ternosda moenda

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Viralcool expande

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Em setembro a WEG finaliza a en-trega de um lote de transformadoresa seco à Coteminas. O fornecimentoconsiste de duas unidades de 5 MVA,duas de 2.000 kVA e duas de 1.500kVA. Os produtos vão compor umanova área de produção, que faz par-te da ampliação do parque fabril daempresa em Campina Grande/PB.

“Consideramos de extrema impor-tância a participação da WEG no pro-cesso de crescimento da Coteminas,uma das principais empresas da áreatêxtil, com investimentos no Brasil e noexterior”, comenta Joelcio Blaese, res-ponsável pelo atendimento. A empre-sa poderá contar com um dos princi-pais diferenciais da WEG, que é a redede assistência técnica em todo o país.

TÊXTIL

Coteminas amplia parque fabril

• Transformador a seco de 5MVA, 2.000 kVA e 1.500 kVA

• Linha meia força a seco• Entre as vantagens destes

produtos estão o baixo custode manutenção, segurança,otimização de espaço físico eo fato de ser ecologicamentecorreto::

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ENTO A Coteminas

A Cia. de Tecidos Norte de Minas é composta por 11 unidades, localiza-das em Montes Claros/MG, São Gonçalo do Amarante e Macaíba/RN, JoãoPessoa e Campina Grande/PB e Blumenau/SC, que produzem as mais concei-tuadas marcas em fios, tecidos, malhas, camisetas, meias, toalhas de banhoe de rosto, roupões e lençóis para o mercado interno, para os Estados Uni-dos, Europa e Mercosul. São mais de 16 mil funcionários trabalhando paraque marcas como Artex, Santista, Garcia, Calfat e Paládio conquistem cadavez mais o mundo.

Módulo inversor

• Interface homem-máquina com display gráfi-co, backlight e soft keys para fácil operação.

• Dimensionamento Normal Duty e Heavy Duty.

• Filosofia Plug and Play (“conecte e use”): re-conhecimento automático de hardware (po-tência, cartões para expansão de funções, re-des de comunicação, encoder incrementaletc.).

• USB para conexão com computador: moni-toração usando software Superdrive e grava-ção de firmware.

• Permite a incorporação de funções de con-trole: Soft-PLC (Memory Card).

• Módulos de cartões I/Os digitais e analógicaspara expansão de entradas/saídas.

• Módulos de comunicação Profibus, Device-Net, CANopen, Ethernet TCP/IP, Modbus RTU.

• Gerenciamento térmico inteligente para pro-teção dos IGBTs.

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• Indicação de falha de curto-circuito:mostra qual o módulo e qual a fase queestá sinalizando o defeito.

• Monitoração da temperatura dos dissi-padores de todos os módulos.

• Monitoração das correntes de saída detodas as fases de todos os módulos comindicação de desequilíbrio.

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Cliente WEG desde 1999, a Masisa tem como principalproduto a madeira tratada para exportação. Os produtosWEG adquiridos pela empresa geram energia a partir de res-tos de madeira não aproveitada no processo de fabricação.

“Esta foi a primeira negociação de equipamentos paracogeração fornecida como pacote de produtos, onde se ga-rantiu a performance global dos equipamentos com especi-ficação do Centro de Negócios de Energia”, explica SérgioEsteves, do CNE. Depois do primeiro fornecimento, acres-centa Esteves, este importante grupo madeireiro chileno jácomprou da WEG diversos motores e acionamentos.

A Masisa tem como diferencial o processo de secagemde madeira com vapor extraído da geração, que lhe dá umtempo de secagem mais baixo que dos concorrentes e pro-duz material com maior precisão dimensional, o que aumentao valor dos produtos perante os clientes. “Escolhemos tra-balhar com a WEG por ser uma empresa nacional com tec-nologia de ponta. Estes produtos são utilizados na cogera-ção de energia, que representa em média mais de 50% doconsumo total”, comenta Ivo Bueno, supervisor de Utilida-des da Masisa.

MADEIRA

Empresas têm bons resultados com cogeração

A cogeração transformou a Madecal, de Caçador/SC, emmais um cliente WEG que tem conseguido baixar custos eotimizar seu processo na geração de energia. Desde 2000 aempresa utiliza equipamentos WEG para desenvolver aindamais sua capacidade de produção de madeira tratada paraexportação.

“Os produtos WEG possibilitaram a geração de energiacom restos de madeira não-aproveitada na Madecal Foi oprimeiro fornecimento de equipamentos que incluiu insta-lação elétrica completa e supervisão de partida”, ressaltaJefferson Garcia, especialista em gestão termelétrica do Cen-tro de Negócios de Energia. Segundo ele, a Madecal paga-va um valor excessivo de energia e vendia o resto de ma-deira por um preço muito baixo. Ao utilizar este resto paragerar a sua própria energia, a empresa não apenas zerou aconta de luz, como também passou a vender excedentespara a Centrais Elétricas de Santa Catarina.

:: O FORNECIMENTO

• Gerador SPW 630 / 4 pólos / 3.250 kVA /13.800 V,painéis elétricos e subestação

A MasisaPresente no Chile, na Argentina, no México e no Bra-

sil (com uma planta em Rio Negrinho/SC e outra emPonta Grossa/PR), a Masisa é uma das maiores produ-toras de painéis de madeira do mundo. Além dos pai-néis de aglomerado, MDF, Melamina e OSB, a empresaé fornecedora de moldura em MDF e Finger-Joint, por-tas Exit e maciças, e madeira serrada. A Masisa contaainda com uma divisão florestal com 368 mil hectares,que garantem o abastecimento de matéria-prima, as-segurando sua expansão no futuro.

:: O FORNECIMENTO

• Turbogerador SSW560, 2.500 kVA, 380 V, 4 pólos• Fornecimento todo em baixa tensão

Energia a partir de resíduos Madecal otimiza e baixa custos

A MadecalLocalizada em Caçador/SC, a Madecal emprega,

atualmente, 850 pessoas na produção de 65 contêi-neres/mês de madeira, sendo 40 de molduras e 25 decomponentes. Com três fábricas, duas serrarias e umausina termoelétrica, a empresa tem capacidade de pro-dução de aproximadamente 6.000 m3 de madeira ser-rada por mês.

O inversor defreqüência mais compacto

para moendasGILVANE EUDARDO DOS S. FERRET

DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS

LANÇAMENTO

Usinas de açúcar e álcool utilizam inversores de freqüên-cia em todas as etapas de produção, no acionamento debombas, moendas ou centrífugas. Como resultado obtém-se melhoria no rendimento dos processos, economia de ener-gia e redução de gastos com manutenção. O Modular Driveé a nova geração de inversores de freqüência da WEG paraaltas potências e apresenta uma série de inovações tecnoló-gicas que o tornam capaz de acionar cargas de maiores po-tências, ocupando menor espaço físico.

O Modular Drive, como o próprio nome diz, apresentamodularidade, obtida pela associação de módulos inverso-res de potência alimentados por um único retificador, sen-do que o conjunto pode ser formado de um até cinco mó-dulos inversores. Cada módulo tem formato “book”, istoé, a largura é muito menor do que a profundidade, permi-tindo um elevado nível de compactação do acionamento.A faixa de potência de saída varia entre 400 e 2.000 cv,considerando cargas que necessitam de sobrecarga alta.Caso a carga necessite sobrecarga normal, atinge-se até2.500 cv. A faixa de tensão varia de 500 a 690 V.

Para comandar o Modular Drive existe o módulo de con-trole. Um único módulo de controle pode comandar de umaté cinco módulos inversores.

A utilização deste conceito traz uma série de vantagens,como o número de peças de reposição reduzido e a possi-bilidade de isolar um módulo no caso de defeito e acionaro motor com carga reduzida no eixo.

Facilidade de manutenção é uma das características doproduto. Entre outras coisas, o projeto mecânico levou emconsideração a substituição simples e rápida dos módulosno painel e seus respectivos ventiladores. Existem diversasfunções de diagnóstico que permitem a rápida identifica-ção e solução de problemas. A utilização de Alarmes e Fa-lhas permite a identificação de situações que podem levarao desligamento do inversor e eliminar o problema antesque o desligamento ocorra.

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Paralelo aos investimentos em tecnologia, a WEG dispõe per-manentemente de produtos inovadores, como o caso das tintasem pó Nobac, único sistema de revestimento antimicrobiano doBrasil; a linha W-Zn, única tinta em pó com propriedade anticor-rosiva do país; e a linha W-Eco, que atende normas nacionais einternacionais referentes a isenção de metais pesados.

“A unidade de tintas tem Comitê Científico Tecnológico próprio,que reúne anualmente os maiores especialistas do mundo em tin-tas líquidas, pó e resinas, a fim de discutir as tendências de merca-do a curto, médio e longo prazo”, explica Reinaldo Richter.

Diferencial na tinta em póA WEG é líder do mercado brasileiro

de tinta em pó. Esta posição de desta-que foi alcançada graças ao investimen-to contínuo em tecnologia e qualidadepara evoluir, se renovar e oferecer omelhor em produtos e serviços. O pas-so mais recente nesta evolução foi dadocom a nova fábrica de tinta em pó, inau-gurada em agosto. Num espaço de 9mil metros quadrados e com um inves-timento de 15 milhões de reais, é a maismoderna da América Latina.

Entre os vários diferenciais desta fá-brica, destaca-se o sistema automatiza-do para controle e operação das extru-soras e pré-mistura semi-automatizada.Além disso, é a única no Brasil a instalarum sistema de produção compacto quegarante produção em menor espaço,assegurando melhor qualidade ao pro-duto final. "Todos os equipamentos sãopadronizados, o que facilita a limpezaentre cores", explica Sérgio Heyder, ge-rente do departamento de Tintas em Pó/Produção e Pesquisa. "Oferecemos es-paço adequado para equipamento eoperador, evitando contaminação entrelinhas de produção, além de linhas de-dicadas para produção de pretos, bran-cos e cores", completa.

Reinaldo Richter, gerente de Vendas,destaca o crescimento deste segmentono mercado de tintas, bem como suautilização ecologicamente correta."Hoje, no Brasil, a maioria dos produtosde linha branca é produzida com tintaem pó, uma tendência de mercado. Elaé ainda mais valorizada por ser consi-derada ecologicamente correta, sendoisenta de solvente e 100% sólida, ouseja: o que é aplicado na peça fica napeça", explica Richter.

A capacidade atual é de

900 toneladas/mês, e o

objetivo é aumentar a

produção para 1.500toneladas/mês até 2010.

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Motores elétricos são responsá-veis por 70% do consumo de energiaem plantas industriais. Desde o “apa-gão” de 2001, é crescente a preocu-pação dos técnicos e engenheiros àprocura de soluções e alternativaspara redução deste consumo.

O empenho na busca de alterna-tivas para redução do consumo levoua WEG a estabelecer uma parceriacom a Elektro, principal concessioná-ria de energia do interior de São Pau-lo, a Mayekawa do Brasil, fabricantede compressores, e a Frango Rosaves.O trabalho conjunto levou ao desen-volvimento de uma solução que pro-picia economia de energia, aliada àdiminuição de demanda contratadapara sistemas de refrigeração.

DesafioA Frango Rosaves, que tem seu

parque fabril na cidade de Pereiras,interior de São Paulo, estabeleceu ameta de aumentar a produção de 40mil frangos/dia abatidos resfriadospara 100 mil frangos diários conge-lados em apenas dois anos.

Os maiores investimentos se con-centravam em duas áreas: infra-estru-tura para abatimento e o sistema derefrigeração da empresa, com capa-cidade para congelar 80.000 frangosnum tempo aproximado de 18 horas.Para tanto, o sistema de refrigeraçãoda empresa deveria ser totalmente re-formulado e ampliado.

O problema é que a Frango Rosa-ves encontra-se no fim de uma linhade distribuição, a uma distância de 7quilômetros da subestação da conces-sionária, e os cabos instalados não su-portariam tal demanda, consideran-do a partida de motores por sistemasconvencionais.

Uma solução convencional, e viá-vel naquele momento, era o uso deSoft Starters, que com correntes departida de 3,5 vezes a corrente nomi-nal dos motores, proporcionaria be-

Expansão daMetso Brasil

A Metso Brasil terá transformado-res WEG no Projeto Suzano Bahia SulCelulose, que irá expandir sua capaci-dade de produção em Mucuri/BA. São13 transformadores a seco, nas potên-cias de 2.000 kVA, 2.500 kVA e 10 MVA.

“Fechamos a parceria com a WEGpor encontrar equipamentos de quali-dade com preços competitivos”, co-menta Antônio Giannini, purchasingmanager da Metso Brasil. A empresaatua no segmento de equipamentos,tendo como principais produtos aque-les direcionados às indústrias de papel,celulose e mineração. A Metso Mine-rals integra a corporação Metso, for-necedora mundial de maquinário e sis-temas para a indústria de processo,assim como em tecnologia e serviços.

nefícios em relação à partida direta.A demanda energética contratadaseria acrescida em 3 MVA, garantin-do a corrente elétrica suficiente paraa partida dos motores. “A opção peloSoft Starter não seria a mais indica-da, pelo investimento exigido no sis-tema de suprimento”, diz ViniciusMarques Benichio, consultor de en-genharia da Elektro.

A soluçãoA corrente num motor elétrico

está atrelada ao escorregamento, equanto maior for este escorregamen-to, maior será a corrente consumi-da. Em sistemas convencionais departida, independentemente do ní-vel de tensão aplicado, a freqüênciada tensão é sempre igual à da rede,60 Hz. Sendo assim, no momentoinicial da partida, o campo magnéti-co girante no estator “gira” a 60 Hz,enquanto o rotor está parado.

Os inversores de freqüência, paravariação de velocidade, alteram atensão aplicada ao motor e a fre-qüência desta tensão.

A Frango Rosaves acabou optan-do pela utilização de inversores defreqüência, reduzindo o investimen-to em 43,8%. “O resultado final foio melhor possível, com grande eco-nomia para o cliente e um ganho nocontrole da velocidade”, acrescentaVinicius Benichio, da Elektro.

EficiênciaA aplicação de inversores de fre-

qüência tem múltiplos benefícios.• Melhoria da qualidade da energia

para a concessionária, do ponto devista dos afundamentos de tensão.

• Economia de energia, principal-mente em regime permanente.

• Redução nos investimentos paramelhoria da infra-estrutura no sis-tema de suprimento, tanto da con-cessionária como internamente naplanta do cliente.

Uma das unidades da Metso Brasil

43% de economia

Andritz Brasilno projeto

O projeto de expansão da SuzanoBahia Sul Celulose conta ainda com aparceria da Andritz Brasil. Para este cli-ente a WEG forneceu transformadores aseco nas potências de 2.000 kVA, 2.500kVA, 5 MVA e 10 MVA. Este foi o primei-ro pedido fechado para fornecimento detransformadores de 5 e de 10 MVA.

A Andritz Brasil faz parte do grupoaustríaco Andritz, um dos principais for-necedores de sistemas para processa-mento de celulose e papel, papelão eartefatos em todo o mundo.

PAPEL ALIMENTOS ALIMENTOS

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Demorou para o ser humano dar adevida atenção às fontes renováveisde energia?

Não tenho a mínima dúvida. Mes-mo com tantos indícios evidentesda grande dilapidação dos recur-sos energéticos naturais, acrescen-tada do aquecimento global, al-guns seres humanos ainda nãoadmitem que uma das mais impor-tantes soluções energéticas é a uti-lização complementar das fontesrenováveis. No atual contextomundial, em que as preocupaçõesambientais ganham cada vez maisforça e a tecnologia tem trazidobons resultados, a expectativa é deque finalmente ocorram avançosreais e em larga escala nessa área.

Quais os principais avanços que oBrasil conseguiu neste campo?

Há algumas iniciativas, mas, infe-lizmente, a maior parte não sai dopapel. Entre as iniciativas que es-tão dando certo destacam-se oProdeem - Programa de Desenvol-vimento Energético de Estados eMunicípios -, os programas Luz noCampo e Luz para Todos e o Proin-fa - Programa de Incentivo às Fon-tes Alternativas de Energia Elétri-ca -, que irá viabilizar projetos nasáreas de energia solar, eólica e pe-quenas centrais hidrelétricas.

Em quais fontes o país tem mais po-tencial de exploração?

O Brasil continua a ter uma matrizenergética invejável, pois mais de50% da sua energia vêm de umafonte renovável, a hidrelétrica. Aforça das águas deve continuarsendo a principal fonte nacional,mas não defendo a construção demegausinas hidrelétricas. Este mo-delo pode ser substituído por pe-quenas e médias centrais, que ge-ram energia elétrica com um me-

nor impacto ambiental. É extrema-mente importante que o Brasilaposte cada vez mais em fontesalternativas, como energia eólicae solar e biomassa.

No surgimento do Proálcool muitose especulou sobre o risco de expan-são do cultivo da cana, em detri-mento de outras culturas. Qual o ca-minho para conciliar os diversos in-teresses em jogo?

O caminho é sempre gerido a mé-dio e longo prazo pelas regras domercado. É óbvio que no início ésempre necessário um empurrãogovernamental, pois trata-se deuma decisão política. No entanto,com o tempo, o mercado dita assuas próprias leis.

Quase 80% do consumo de energiano mundo vêm de fontes não-reno-váveis. O que dificulta a reversãodeste quadro?

Os interesses financeiros dosgrandes grupos econômicos. Nãopodemos esquecer que o últimoséculo foi do petróleo. São men-talidades e lógicas de raciocínioestabelecidas durantes décadas. Oser humano é sempre adverso àmudança. No entanto, como jádisse, as coisas estão mudandoaos poucos.

Por que o Ider escolheu o Nordestepara sua sede?

O Nordeste, com o seu conhecidopotencial para as energias renová-veis e uma grande população quesobrevive com dificuldades, apre-senta o cenário exato para a mis-são do Ider. Nestes 10 anos de ati-vidades, o Ider já rompeu as fron-teiras do Nordeste, ampliando aabrangência de sua atuação em ní-vel nacional.

Crescer, sem degradarO desenvolvimento sustentável éuma realidade cada vez maisconcreta, graças ao aumento daconscientização do ser humano.Quem garante é Armando LeiteMendes de Abreu, diretorfinanceiro do Instituto deDesenvolvimento e EnergiaRenovável - Ider -, ONG sediadaem Fortaleza/CE. PhD emEngenharia Eletrotécnica pelaUniversidade de Coimbra, Abreuacredita em avanços reais na áreade fontes renováveis de energia.

Índio yanomami, emRoraima, é

capacitado pararealizar a

manutenção desistemas

fotovoltaicos deenergia elétrica

Projeto de agricultura orgânica. Airrigação é impulsionada por bombasalimentadas por painéis solares

Curso de Desenvolvimento Sustentávele Energias Renováveis para jovens de16 a 24 anos, em situação de riscosocial, de Fortaleza e Natal

Ações do Ider

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Investimento constante em inova-ção é a receita de empresas de suces-so, para manter suas energias sem-pre renovadas. É o caso da WEG, quechega aos 45 anos consolidada comoreferência mundial em sistemas elé-tricos industriais.

O espírito empreendedor dos fun-dadores Werner Voigt, Eggon João daSilva e Geraldo Werninghaus fez comque a empresa optasse, desde o iní-cio, pela busca da inovação tecnoló-gica, adotando modelos modernos degestão. O resultado não tardou: empouco tempo a WEG alcançava a li-derança latino-americana na produ-ção de motores elétricos.

O pequeno galpão onde a empre-sa começou, no centro de Jaraguá doSul (hoje o Museu WEG), se transfor-mou num imenso complexo, com par-ques fabris no Brasil (em Jaraguá doSul, o berço, além de outros em Gua-ramirim e Blumenau/SC, Guarulhos eSão Bernardo do Campo/SP e Manaus/AM) e no exterior (Argentina, Méxi-co, Portugal e China). Além disso, aempresa tem escritórios e represen-

tantes em dezenas de países, em to-dos os continentes.

As empresas do grupo têm váriascertificações ISO, tanto na área indus-trial quanto na ambiental. A coleçãode prêmios, especialmente os de qua-lidade, vem crescendo ano a ano.

O relacionamento com o públicointerno é outro destaque da WEG,uma das primeiras empresas do seusetor a implantar um programa dedistribuição de lucros, em 1993. A sa-tisfação dos colaboradores pode sermedida pelo ranking das 150 melho-res empresas para trabalhar, do GuiaExame-Você S/A, onde a WEG figuranos últimos quatro anos.

Familiar-global

Uma das características marcan-tes da WEG é ter mantido sua origemde empresa familiar, mesmo abrindoo capital (em 1965) e chegando a seruma multinacional. Quando a empre-sa completou seu jubileu de prata, em1986, uma nova geração das famíli-as controladoras começava a assumir

Receita de gestão

Para o consultor Renato Bernhoeft, a re-ceita de uma boa gestão tem três ingredien-tes principais: o foco no mercado, o estímuloà criatividade da equipe interna e os contro-ladores com visão de longo prazo. “Empre-sas como a WEG praticam a reinvenção, tan-to em nível de administração quanto das pes-soas”, aponta Bernhoeft.

Os processos de gestão, diz o consutor,vêm passando por mudanças rápidas, exigin-

do adaptação por parte das companhias. “Asempresas familiares globalizadas, como aWEG, precisam se internacionalizar, e isto in-clui as famílias, algo que a WEG soube fazer.”

Todas as lições de gestão podem ser apli-cadas à vida pessoal. “Não há mais como se-parar a vida profissional da pessoal. Elas pre-cisam ser conciliadas, até para que uma nãointerfira negativamente na outra”, conclui Re-nato Bernhoeft.

posições de direção. Uma data repre-sentativa deste processo é março de1989, quando Décio da Silva assumiua presidência executiva do grupo, su-cedendo ao pai Eggon. Desde então,a energia transformadora da WEGvem renovando o organograma dire-tivo e os cargos gerenciais na produ-ção, sem percalços. Os fundadores jáse aposentaram (Geraldo morreu em1999), e a empresa continua evoluin-do. No Conselho de Administração osfundadores já foram substituídos porfamiliares e executivos de fora (o pre-sidente do Conselho é de São Paulo),incluindo duas mulheres.

Com ações na Bovespa desde1971, a WEG está hoje no nível 1 degovernança corporativa. As compa-nhias situadas neste nível se com-prometem, principalmente, commelhorias na prestação de informa-ções ao mercado e com a dispersãoacionária.

Agora, completando 45 anos, aWEG mantém sua trajetória, inovan-do, quebrando barreiras e partindoem busca de novas conquistas.

Renovar é inovar

DIVULGAÇÃO

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ROBERTO SZABUNIA

No princípio era o fogo. Ao descobrircomo acendê-lo e mantê-lo, o ser huma-no começou a utilizar os recursos natu-rais da Terra para produzir algum tipo deenergia. No caso, a lenha era o combus-tível para o fogo, utilizado para aquecere assar os alimentos.

Novas fontes de energia foram sen-do descobertas ao longo da História,até chegarmos a uma das mais utiliza-das: o petróleo. E o homem foi gastan-do. Gás natural, urânio, carvão... Emuito petróleo.

Em meados do século XX os pesqui-sadores passaram a alertar para um ris-co: estas fontes iriam se esgotar. E o serhumano começou a olhar com mais aten-ção para outras fontes de energia, quepoderiam ser repostas. Hoje, as energiasrenováveis estão no centro das discus-sões sobre o futuro da humanidade.

Além do fator econômico - mais ofer-ta com menos custos -, pesa muito o as-pecto da sustentabilidade. A queima decombustíveis fósseis é uma das princi-pais causas do aquecimento global e dasfalhas na camada de ozônio. A geraçãode eletricidade em usinas termelétricastambém contribui para incrementar oefeito estufa. O Brasil, com condiçõesnaturais privilegiadas, optou pelo inves-

timento na hidreletricidade, responsá-vel hoje pela maior parte da energia pro-duzida no país.

Mas ainda falta avançar muito. Nosúltimos anos do século passado, segun-do estudos da ONU, 86% do consumomundial de energia primária vinham defontes não-renováveis (petróleo, carvão,gás natural e nuclear). O resultado: cus-tos elevados e alterações climáticas, comfrio no verão, calor no inverno... “Essabagunça climática que estamos vivendoé o reflexo da queima de combustíveisnão-renováveis. Isto não estaria aconte-cendo se estes combustíveis tivessem ori-gem agrícola, como a cana-de-açúcar ea madeira”, diz o engenheiro Sérgio Es-teves, do Centro de Negócios de Energiada WEG.

No Brasil a situação é um pouco me-lhor. Quem mostra os números é CarlosRoberto Silvestrin, vice-presidente execu-tivo da Cogen-SP - Associação Paulistade Cogeração de Energia: “A atual ma-triz energética nacional é composta por45% de fontes renováveis e 55% de fon-tes não-renováveis. Na geração de ener-gia elétrica predominam as fontes hídri-cas, com uma participação superior a86%, devendo permanecer assim porvárias décadas”.

Alternativas

A opção hidrelétrica, ainda que reno-vável, não pode ser considerada limpa,pois as represas exigem o alagamento deamplas áreas, afetando a biodiversidade.

Da cozinha parao tanque do carro

Um carro movido a óleo de cozi-nha usado seria o máximo em apro-veitamento de energia renovável, cer-to? Pois isto não é sonho. Pelo menosna cidade de Caçador, interior de San-ta Catarina, tem um carro que já ro-dou com uma mistura deste “biodie-sel artesanal” e diesel convencional.

O pesquisador Onofre Berton é oresponsável pela experiência. Ele ob-teve o biodiesel a partir da mistura deóleo de cozinha usado com álcool ab-soluto 99,5% e metanol. Para compro-var a eficiência do combustível, ele uti-lizou em seu próprio veículo, em via-gem, uma mistura de 20% de biodie-sel artesanal e 80% de diesel conven-cional. “O carro mostrou um bom ren-dimento”, garantiu o pesquisador, ementrevista ao jornal catarinense A No-tícia (5/9/2006).

Além do óleo de cozinha, Bertongarante que resíduos de madeira po-dem ser transformados em metanol,base para o biodiesel. Ele começou apesquisar sobre este combustível hácerca de um ano, por curiosidade. Jáproduziu artesanalmente biodiesel desementes de mamona, girassol e soja.

“A produção de biodiesel - desta-ca Berton - seria uma forma de as in-dústrias madeireiras e restaurantesdarem um destino correto ao lixo queproduzem.”

RENOVANDO, NÃO TERMINAO ser humano começa adar mais atenção às fontesrenováveis de energia

No princípio...

...era o fogo. Hoje é o vento,o sol, a cana-de-açúcar, obabaçu, o hidrogênio, a

água... E a energia serenova. Só falta acreditar

um pouco mais.

Porém, é possível minimizar os impactoscom a construção de pequenas centraishidrelétricas (PCH), em rios de pequenoporte. A região Centro-Sul do Brasil é es-pecialmente propícia ao uso desse tipode recurso. Na Europa, sítios e chácarasse utilizam dessas instalações como fon-te alternativa.

Já as termelétricas queimam combus-tíveis não-renováveis (diesel, gás, urânio)e lançam gases na atmosfera.

As alternativas estão nas fontes reno-váveis e que não agridam o ambiente. É ocaso das energias eólica, solar, da forçadas ondas, do biogás e do biocombustí-vel, entre outras. “O biogás ainda rendepouco, exige muitas unidades de fermen-tação, que gerariam pouca potência”,acrescenta Sérgio Esteves. Para ele, o apro-veitamento do lixo como fonte de ener-gia ainda é subutilizado: “O lixo é umadas mais importantes energias renováveisque temos à disposição hoje, mas há fal-ta de comprometimento dos governospara investir em usinas de reaproveita-mento. Na Europa várias cidades já utili-zam esse tipo de energia”, exemplifica.

Longe de se constituir em iniciativasisoladas, a utilização de fontes renováveisdemonstra ser capaz de atender à deman-da, substituindo gradativamente os recur-sos tradicionais. A Alemanha, por exem-plo, tem investido muito neste setor, sen-do responsável por cerca de um terço detoda a energia eólica instalada no mun-do, representando metade da potênciagerada em toda a Europa. O Brasil é ou-tro exemplo, com o desenvolvimento do

álcool carburante, além de vários combus-tíveis extraídos de vegetais.

A biomassa tem se mostrado comouma opção concreta na geração de ener-gia e na produção de combustíveis. “Nes-ses últimos anos - acrescenta Carlos Alber-to Silvestrin - o Brasil teve um grande avan-ço na geração de energia elétrica atravésda biomassa da cana, a bioeletricidade.Esse avanço foi alcançado pelo interessedos empreendedores da indústria canavi-eira e dos produtores de tecnologias degeração de bioeletricidade que, a exem-plo da WEG, investiram pesado na ofertade equipamentos e processos mais efici-entes de produção de energia.”

Graças a estes investimentos, a indús-tria canavieira é totalmente auto-sufici-ente em energia elétrica, para consumopróprio, com uma capacidade instaladaatual da ordem de 3.200 MW. “Além dis-so - continua Silvestrin -, este segmentovem ampliando o interesse na comercia-lização de excedentes, hoje um ´produtode mercado´, devidamente regulamenta-do, cujo volume atinge o patamar de1.000 MW.”

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ROBERTO SZABUNIA

No princípio era o fogo. Ao descobrircomo acendê-lo e mantê-lo, o ser huma-no começou a utilizar os recursos natu-rais da Terra para produzir algum tipo deenergia. No caso, a lenha era o combus-tível para o fogo, utilizado para aquecere assar os alimentos.

Novas fontes de energia foram sen-do descobertas ao longo da História,até chegarmos a uma das mais utiliza-das: o petróleo. E o homem foi gastan-do. Gás natural, urânio, carvão... Emuito petróleo.

Em meados do século XX os pesqui-sadores passaram a alertar para um ris-co: estas fontes iriam se esgotar. E o serhumano começou a olhar com mais aten-ção para outras fontes de energia, quepoderiam ser repostas. Hoje, as energiasrenováveis estão no centro das discus-sões sobre o futuro da humanidade.

Além do fator econômico - mais ofer-ta com menos custos -, pesa muito o as-pecto da sustentabilidade. A queima decombustíveis fósseis é uma das princi-pais causas do aquecimento global e dasfalhas na camada de ozônio. A geraçãode eletricidade em usinas termelétricastambém contribui para incrementar oefeito estufa. O Brasil, com condiçõesnaturais privilegiadas, optou pelo inves-

timento na hidreletricidade, responsá-vel hoje pela maior parte da energia pro-duzida no país.

Mas ainda falta avançar muito. Nosúltimos anos do século passado, segun-do estudos da ONU, 86% do consumomundial de energia primária vinham defontes não-renováveis (petróleo, carvão,gás natural e nuclear). O resultado: cus-tos elevados e alterações climáticas, comfrio no verão, calor no inverno... “Essabagunça climática que estamos vivendoé o reflexo da queima de combustíveisnão-renováveis. Isto não estaria aconte-cendo se estes combustíveis tivessem ori-gem agrícola, como a cana-de-açúcar ea madeira”, diz o engenheiro Sérgio Es-teves, do Centro de Negócios de Energiada WEG.

No Brasil a situação é um pouco me-lhor. Quem mostra os números é CarlosRoberto Silvestrin, vice-presidente execu-tivo da Cogen-SP - Associação Paulistade Cogeração de Energia: “A atual ma-triz energética nacional é composta por45% de fontes renováveis e 55% de fon-tes não-renováveis. Na geração de ener-gia elétrica predominam as fontes hídri-cas, com uma participação superior a86%, devendo permanecer assim porvárias décadas”.

Alternativas

A opção hidrelétrica, ainda que reno-vável, não pode ser considerada limpa,pois as represas exigem o alagamento deamplas áreas, afetando a biodiversidade.

Da cozinha parao tanque do carro

Um carro movido a óleo de cozi-nha usado seria o máximo em apro-veitamento de energia renovável, cer-to? Pois isto não é sonho. Pelo menosna cidade de Caçador, interior de San-ta Catarina, tem um carro que já ro-dou com uma mistura deste “biodie-sel artesanal” e diesel convencional.

O pesquisador Onofre Berton é oresponsável pela experiência. Ele ob-teve o biodiesel a partir da mistura deóleo de cozinha usado com álcool ab-soluto 99,5% e metanol. Para compro-var a eficiência do combustível, ele uti-lizou em seu próprio veículo, em via-gem, uma mistura de 20% de biodie-sel artesanal e 80% de diesel conven-cional. “O carro mostrou um bom ren-dimento”, garantiu o pesquisador, ementrevista ao jornal catarinense A No-tícia (5/9/2006).

Além do óleo de cozinha, Bertongarante que resíduos de madeira po-dem ser transformados em metanol,base para o biodiesel. Ele começou apesquisar sobre este combustível hácerca de um ano, por curiosidade. Jáproduziu artesanalmente biodiesel desementes de mamona, girassol e soja.

“A produção de biodiesel - desta-ca Berton - seria uma forma de as in-dústrias madeireiras e restaurantesdarem um destino correto ao lixo queproduzem.”

RENOVANDO, NÃO TERMINAO ser humano começa adar mais atenção às fontesrenováveis de energia

No princípio...

...era o fogo. Hoje é o vento,o sol, a cana-de-açúcar, obabaçu, o hidrogênio, a

água... E a energia serenova. Só falta acreditar

um pouco mais.

Porém, é possível minimizar os impactoscom a construção de pequenas centraishidrelétricas (PCH), em rios de pequenoporte. A região Centro-Sul do Brasil é es-pecialmente propícia ao uso desse tipode recurso. Na Europa, sítios e chácarasse utilizam dessas instalações como fon-te alternativa.

Já as termelétricas queimam combus-tíveis não-renováveis (diesel, gás, urânio)e lançam gases na atmosfera.

As alternativas estão nas fontes reno-váveis e que não agridam o ambiente. É ocaso das energias eólica, solar, da forçadas ondas, do biogás e do biocombustí-vel, entre outras. “O biogás ainda rendepouco, exige muitas unidades de fermen-tação, que gerariam pouca potência”,acrescenta Sérgio Esteves. Para ele, o apro-veitamento do lixo como fonte de ener-gia ainda é subutilizado: “O lixo é umadas mais importantes energias renováveisque temos à disposição hoje, mas há fal-ta de comprometimento dos governospara investir em usinas de reaproveita-mento. Na Europa várias cidades já utili-zam esse tipo de energia”, exemplifica.

Longe de se constituir em iniciativasisoladas, a utilização de fontes renováveisdemonstra ser capaz de atender à deman-da, substituindo gradativamente os recur-sos tradicionais. A Alemanha, por exem-plo, tem investido muito neste setor, sen-do responsável por cerca de um terço detoda a energia eólica instalada no mun-do, representando metade da potênciagerada em toda a Europa. O Brasil é ou-tro exemplo, com o desenvolvimento do

álcool carburante, além de vários combus-tíveis extraídos de vegetais.

A biomassa tem se mostrado comouma opção concreta na geração de ener-gia e na produção de combustíveis. “Nes-ses últimos anos - acrescenta Carlos Alber-to Silvestrin - o Brasil teve um grande avan-ço na geração de energia elétrica atravésda biomassa da cana, a bioeletricidade.Esse avanço foi alcançado pelo interessedos empreendedores da indústria canavi-eira e dos produtores de tecnologias degeração de bioeletricidade que, a exem-plo da WEG, investiram pesado na ofertade equipamentos e processos mais efici-entes de produção de energia.”

Graças a estes investimentos, a indús-tria canavieira é totalmente auto-sufici-ente em energia elétrica, para consumopróprio, com uma capacidade instaladaatual da ordem de 3.200 MW. “Além dis-so - continua Silvestrin -, este segmentovem ampliando o interesse na comercia-lização de excedentes, hoje um ´produtode mercado´, devidamente regulamenta-do, cujo volume atinge o patamar de1.000 MW.”

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Demorou para o ser humano dar adevida atenção às fontes renováveisde energia?

Não tenho a mínima dúvida. Mes-mo com tantos indícios evidentesda grande dilapidação dos recur-sos energéticos naturais, acrescen-tada do aquecimento global, al-guns seres humanos ainda nãoadmitem que uma das mais impor-tantes soluções energéticas é a uti-lização complementar das fontesrenováveis. No atual contextomundial, em que as preocupaçõesambientais ganham cada vez maisforça e a tecnologia tem trazidobons resultados, a expectativa é deque finalmente ocorram avançosreais e em larga escala nessa área.

Quais os principais avanços que oBrasil conseguiu neste campo?

Há algumas iniciativas, mas, infe-lizmente, a maior parte não sai dopapel. Entre as iniciativas que es-tão dando certo destacam-se oProdeem - Programa de Desenvol-vimento Energético de Estados eMunicípios -, os programas Luz noCampo e Luz para Todos e o Proin-fa - Programa de Incentivo às Fon-tes Alternativas de Energia Elétri-ca -, que irá viabilizar projetos nasáreas de energia solar, eólica e pe-quenas centrais hidrelétricas.

Em quais fontes o país tem mais po-tencial de exploração?

O Brasil continua a ter uma matrizenergética invejável, pois mais de50% da sua energia vêm de umafonte renovável, a hidrelétrica. Aforça das águas deve continuarsendo a principal fonte nacional,mas não defendo a construção demegausinas hidrelétricas. Este mo-delo pode ser substituído por pe-quenas e médias centrais, que ge-ram energia elétrica com um me-

nor impacto ambiental. É extrema-mente importante que o Brasilaposte cada vez mais em fontesalternativas, como energia eólicae solar e biomassa.

No surgimento do Proálcool muitose especulou sobre o risco de expan-são do cultivo da cana, em detri-mento de outras culturas. Qual o ca-minho para conciliar os diversos in-teresses em jogo?

O caminho é sempre gerido a mé-dio e longo prazo pelas regras domercado. É óbvio que no início ésempre necessário um empurrãogovernamental, pois trata-se deuma decisão política. No entanto,com o tempo, o mercado dita assuas próprias leis.

Quase 80% do consumo de energiano mundo vêm de fontes não-reno-váveis. O que dificulta a reversãodeste quadro?

Os interesses financeiros dosgrandes grupos econômicos. Nãopodemos esquecer que o últimoséculo foi do petróleo. São men-talidades e lógicas de raciocínioestabelecidas durantes décadas. Oser humano é sempre adverso àmudança. No entanto, como jádisse, as coisas estão mudandoaos poucos.

Por que o Ider escolheu o Nordestepara sua sede?

O Nordeste, com o seu conhecidopotencial para as energias renová-veis e uma grande população quesobrevive com dificuldades, apre-senta o cenário exato para a mis-são do Ider. Nestes 10 anos de ati-vidades, o Ider já rompeu as fron-teiras do Nordeste, ampliando aabrangência de sua atuação em ní-vel nacional.

Crescer, sem degradarO desenvolvimento sustentável éuma realidade cada vez maisconcreta, graças ao aumento daconscientização do ser humano.Quem garante é Armando LeiteMendes de Abreu, diretorfinanceiro do Instituto deDesenvolvimento e EnergiaRenovável - Ider -, ONG sediadaem Fortaleza/CE. PhD emEngenharia Eletrotécnica pelaUniversidade de Coimbra, Abreuacredita em avanços reais na áreade fontes renováveis de energia.

Índio yanomami, emRoraima, é

capacitado pararealizar a

manutenção desistemas

fotovoltaicos deenergia elétrica

Projeto de agricultura orgânica. Airrigação é impulsionada por bombasalimentadas por painéis solares

Curso de Desenvolvimento Sustentávele Energias Renováveis para jovens de16 a 24 anos, em situação de riscosocial, de Fortaleza e Natal

Ações do Ider

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Investimento constante em inova-ção é a receita de empresas de suces-so, para manter suas energias sem-pre renovadas. É o caso da WEG, quechega aos 45 anos consolidada comoreferência mundial em sistemas elé-tricos industriais.

O espírito empreendedor dos fun-dadores Werner Voigt, Eggon João daSilva e Geraldo Werninghaus fez comque a empresa optasse, desde o iní-cio, pela busca da inovação tecnoló-gica, adotando modelos modernos degestão. O resultado não tardou: empouco tempo a WEG alcançava a li-derança latino-americana na produ-ção de motores elétricos.

O pequeno galpão onde a empre-sa começou, no centro de Jaraguá doSul (hoje o Museu WEG), se transfor-mou num imenso complexo, com par-ques fabris no Brasil (em Jaraguá doSul, o berço, além de outros em Gua-ramirim e Blumenau/SC, Guarulhos eSão Bernardo do Campo/SP e Manaus/AM) e no exterior (Argentina, Méxi-co, Portugal e China). Além disso, aempresa tem escritórios e represen-

tantes em dezenas de países, em to-dos os continentes.

As empresas do grupo têm váriascertificações ISO, tanto na área indus-trial quanto na ambiental. A coleçãode prêmios, especialmente os de qua-lidade, vem crescendo ano a ano.

O relacionamento com o públicointerno é outro destaque da WEG,uma das primeiras empresas do seusetor a implantar um programa dedistribuição de lucros, em 1993. A sa-tisfação dos colaboradores pode sermedida pelo ranking das 150 melho-res empresas para trabalhar, do GuiaExame-Você S/A, onde a WEG figuranos últimos quatro anos.

Familiar-global

Uma das características marcan-tes da WEG é ter mantido sua origemde empresa familiar, mesmo abrindoo capital (em 1965) e chegando a seruma multinacional. Quando a empre-sa completou seu jubileu de prata, em1986, uma nova geração das famíli-as controladoras começava a assumir

Receita de gestão

Para o consultor Renato Bernhoeft, a re-ceita de uma boa gestão tem três ingredien-tes principais: o foco no mercado, o estímuloà criatividade da equipe interna e os contro-ladores com visão de longo prazo. “Empre-sas como a WEG praticam a reinvenção, tan-to em nível de administração quanto das pes-soas”, aponta Bernhoeft.

Os processos de gestão, diz o consutor,vêm passando por mudanças rápidas, exigin-

do adaptação por parte das companhias. “Asempresas familiares globalizadas, como aWEG, precisam se internacionalizar, e isto in-clui as famílias, algo que a WEG soube fazer.”

Todas as lições de gestão podem ser apli-cadas à vida pessoal. “Não há mais como se-parar a vida profissional da pessoal. Elas pre-cisam ser conciliadas, até para que uma nãointerfira negativamente na outra”, conclui Re-nato Bernhoeft.

posições de direção. Uma data repre-sentativa deste processo é março de1989, quando Décio da Silva assumiua presidência executiva do grupo, su-cedendo ao pai Eggon. Desde então,a energia transformadora da WEGvem renovando o organograma dire-tivo e os cargos gerenciais na produ-ção, sem percalços. Os fundadores jáse aposentaram (Geraldo morreu em1999), e a empresa continua evoluin-do. No Conselho de Administração osfundadores já foram substituídos porfamiliares e executivos de fora (o pre-sidente do Conselho é de São Paulo),incluindo duas mulheres.

Com ações na Bovespa desde1971, a WEG está hoje no nível 1 degovernança corporativa. As compa-nhias situadas neste nível se com-prometem, principalmente, commelhorias na prestação de informa-ções ao mercado e com a dispersãoacionária.

Agora, completando 45 anos, aWEG mantém sua trajetória, inovan-do, quebrando barreiras e partindoem busca de novas conquistas.

Renovar é inovar

DIVULGAÇÃO

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Paralelo aos investimentos em tecnologia, a WEG dispõe per-manentemente de produtos inovadores, como o caso das tintasem pó Nobac, único sistema de revestimento antimicrobiano doBrasil; a linha W-Zn, única tinta em pó com propriedade anticor-rosiva do país; e a linha W-Eco, que atende normas nacionais einternacionais referentes a isenção de metais pesados.

“A unidade de tintas tem Comitê Científico Tecnológico próprio,que reúne anualmente os maiores especialistas do mundo em tin-tas líquidas, pó e resinas, a fim de discutir as tendências de merca-do a curto, médio e longo prazo”, explica Reinaldo Richter.

Diferencial na tinta em póA WEG é líder do mercado brasileiro

de tinta em pó. Esta posição de desta-que foi alcançada graças ao investimen-to contínuo em tecnologia e qualidadepara evoluir, se renovar e oferecer omelhor em produtos e serviços. O pas-so mais recente nesta evolução foi dadocom a nova fábrica de tinta em pó, inau-gurada em agosto. Num espaço de 9mil metros quadrados e com um inves-timento de 15 milhões de reais, é a maismoderna da América Latina.

Entre os vários diferenciais desta fá-brica, destaca-se o sistema automatiza-do para controle e operação das extru-soras e pré-mistura semi-automatizada.Além disso, é a única no Brasil a instalarum sistema de produção compacto quegarante produção em menor espaço,assegurando melhor qualidade ao pro-duto final. "Todos os equipamentos sãopadronizados, o que facilita a limpezaentre cores", explica Sérgio Heyder, ge-rente do departamento de Tintas em Pó/Produção e Pesquisa. "Oferecemos es-paço adequado para equipamento eoperador, evitando contaminação entrelinhas de produção, além de linhas de-dicadas para produção de pretos, bran-cos e cores", completa.

Reinaldo Richter, gerente de Vendas,destaca o crescimento deste segmentono mercado de tintas, bem como suautilização ecologicamente correta."Hoje, no Brasil, a maioria dos produtosde linha branca é produzida com tintaem pó, uma tendência de mercado. Elaé ainda mais valorizada por ser consi-derada ecologicamente correta, sendoisenta de solvente e 100% sólida, ouseja: o que é aplicado na peça fica napeça", explica Richter.

A capacidade atual é de

900 toneladas/mês, e o

objetivo é aumentar a

produção para 1.500toneladas/mês até 2010.

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Motores elétricos são responsá-veis por 70% do consumo de energiaem plantas industriais. Desde o “apa-gão” de 2001, é crescente a preocu-pação dos técnicos e engenheiros àprocura de soluções e alternativaspara redução deste consumo.

O empenho na busca de alterna-tivas para redução do consumo levoua WEG a estabelecer uma parceriacom a Elektro, principal concessioná-ria de energia do interior de São Pau-lo, a Mayekawa do Brasil, fabricantede compressores, e a Frango Rosaves.O trabalho conjunto levou ao desen-volvimento de uma solução que pro-picia economia de energia, aliada àdiminuição de demanda contratadapara sistemas de refrigeração.

DesafioA Frango Rosaves, que tem seu

parque fabril na cidade de Pereiras,interior de São Paulo, estabeleceu ameta de aumentar a produção de 40mil frangos/dia abatidos resfriadospara 100 mil frangos diários conge-lados em apenas dois anos.

Os maiores investimentos se con-centravam em duas áreas: infra-estru-tura para abatimento e o sistema derefrigeração da empresa, com capa-cidade para congelar 80.000 frangosnum tempo aproximado de 18 horas.Para tanto, o sistema de refrigeraçãoda empresa deveria ser totalmente re-formulado e ampliado.

O problema é que a Frango Rosa-ves encontra-se no fim de uma linhade distribuição, a uma distância de 7quilômetros da subestação da conces-sionária, e os cabos instalados não su-portariam tal demanda, consideran-do a partida de motores por sistemasconvencionais.

Uma solução convencional, e viá-vel naquele momento, era o uso deSoft Starters, que com correntes departida de 3,5 vezes a corrente nomi-nal dos motores, proporcionaria be-

Expansão daMetso Brasil

A Metso Brasil terá transformado-res WEG no Projeto Suzano Bahia SulCelulose, que irá expandir sua capaci-dade de produção em Mucuri/BA. São13 transformadores a seco, nas potên-cias de 2.000 kVA, 2.500 kVA e 10 MVA.

“Fechamos a parceria com a WEGpor encontrar equipamentos de quali-dade com preços competitivos”, co-menta Antônio Giannini, purchasingmanager da Metso Brasil. A empresaatua no segmento de equipamentos,tendo como principais produtos aque-les direcionados às indústrias de papel,celulose e mineração. A Metso Mine-rals integra a corporação Metso, for-necedora mundial de maquinário e sis-temas para a indústria de processo,assim como em tecnologia e serviços.

nefícios em relação à partida direta.A demanda energética contratadaseria acrescida em 3 MVA, garantin-do a corrente elétrica suficiente paraa partida dos motores. “A opção peloSoft Starter não seria a mais indica-da, pelo investimento exigido no sis-tema de suprimento”, diz ViniciusMarques Benichio, consultor de en-genharia da Elektro.

A soluçãoA corrente num motor elétrico

está atrelada ao escorregamento, equanto maior for este escorregamen-to, maior será a corrente consumi-da. Em sistemas convencionais departida, independentemente do ní-vel de tensão aplicado, a freqüênciada tensão é sempre igual à da rede,60 Hz. Sendo assim, no momentoinicial da partida, o campo magnéti-co girante no estator “gira” a 60 Hz,enquanto o rotor está parado.

Os inversores de freqüência, paravariação de velocidade, alteram atensão aplicada ao motor e a fre-qüência desta tensão.

A Frango Rosaves acabou optan-do pela utilização de inversores defreqüência, reduzindo o investimen-to em 43,8%. “O resultado final foio melhor possível, com grande eco-nomia para o cliente e um ganho nocontrole da velocidade”, acrescentaVinicius Benichio, da Elektro.

EficiênciaA aplicação de inversores de fre-

qüência tem múltiplos benefícios.• Melhoria da qualidade da energia

para a concessionária, do ponto devista dos afundamentos de tensão.

• Economia de energia, principal-mente em regime permanente.

• Redução nos investimentos paramelhoria da infra-estrutura no sis-tema de suprimento, tanto da con-cessionária como internamente naplanta do cliente.

Uma das unidades da Metso Brasil

43% de economia

Andritz Brasilno projeto

O projeto de expansão da SuzanoBahia Sul Celulose conta ainda com aparceria da Andritz Brasil. Para este cli-ente a WEG forneceu transformadores aseco nas potências de 2.000 kVA, 2.500kVA, 5 MVA e 10 MVA. Este foi o primei-ro pedido fechado para fornecimento detransformadores de 5 e de 10 MVA.

A Andritz Brasil faz parte do grupoaustríaco Andritz, um dos principais for-necedores de sistemas para processa-mento de celulose e papel, papelão eartefatos em todo o mundo.

PAPEL ALIMENTOS ALIMENTOS

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Cliente WEG desde 1999, a Masisa tem como principalproduto a madeira tratada para exportação. Os produtosWEG adquiridos pela empresa geram energia a partir de res-tos de madeira não aproveitada no processo de fabricação.

“Esta foi a primeira negociação de equipamentos paracogeração fornecida como pacote de produtos, onde se ga-rantiu a performance global dos equipamentos com especi-ficação do Centro de Negócios de Energia”, explica SérgioEsteves, do CNE. Depois do primeiro fornecimento, acres-centa Esteves, este importante grupo madeireiro chileno jácomprou da WEG diversos motores e acionamentos.

A Masisa tem como diferencial o processo de secagemde madeira com vapor extraído da geração, que lhe dá umtempo de secagem mais baixo que dos concorrentes e pro-duz material com maior precisão dimensional, o que aumentao valor dos produtos perante os clientes. “Escolhemos tra-balhar com a WEG por ser uma empresa nacional com tec-nologia de ponta. Estes produtos são utilizados na cogera-ção de energia, que representa em média mais de 50% doconsumo total”, comenta Ivo Bueno, supervisor de Utilida-des da Masisa.

MADEIRA

Empresas têm bons resultados com cogeração

A cogeração transformou a Madecal, de Caçador/SC, emmais um cliente WEG que tem conseguido baixar custos eotimizar seu processo na geração de energia. Desde 2000 aempresa utiliza equipamentos WEG para desenvolver aindamais sua capacidade de produção de madeira tratada paraexportação.

“Os produtos WEG possibilitaram a geração de energiacom restos de madeira não-aproveitada na Madecal Foi oprimeiro fornecimento de equipamentos que incluiu insta-lação elétrica completa e supervisão de partida”, ressaltaJefferson Garcia, especialista em gestão termelétrica do Cen-tro de Negócios de Energia. Segundo ele, a Madecal paga-va um valor excessivo de energia e vendia o resto de ma-deira por um preço muito baixo. Ao utilizar este resto paragerar a sua própria energia, a empresa não apenas zerou aconta de luz, como também passou a vender excedentespara a Centrais Elétricas de Santa Catarina.

:: O FORNECIMENTO

• Gerador SPW 630 / 4 pólos / 3.250 kVA /13.800 V,painéis elétricos e subestação

A MasisaPresente no Chile, na Argentina, no México e no Bra-

sil (com uma planta em Rio Negrinho/SC e outra emPonta Grossa/PR), a Masisa é uma das maiores produ-toras de painéis de madeira do mundo. Além dos pai-néis de aglomerado, MDF, Melamina e OSB, a empresaé fornecedora de moldura em MDF e Finger-Joint, por-tas Exit e maciças, e madeira serrada. A Masisa contaainda com uma divisão florestal com 368 mil hectares,que garantem o abastecimento de matéria-prima, as-segurando sua expansão no futuro.

:: O FORNECIMENTO

• Turbogerador SSW560, 2.500 kVA, 380 V, 4 pólos• Fornecimento todo em baixa tensão

Energia a partir de resíduos Madecal otimiza e baixa custos

A MadecalLocalizada em Caçador/SC, a Madecal emprega,

atualmente, 850 pessoas na produção de 65 contêi-neres/mês de madeira, sendo 40 de molduras e 25 decomponentes. Com três fábricas, duas serrarias e umausina termoelétrica, a empresa tem capacidade de pro-dução de aproximadamente 6.000 m3 de madeira ser-rada por mês.

O inversor defreqüência mais compacto

para moendasGILVANE EUDARDO DOS S. FERRET

DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS

LANÇAMENTO

Usinas de açúcar e álcool utilizam inversores de freqüên-cia em todas as etapas de produção, no acionamento debombas, moendas ou centrífugas. Como resultado obtém-se melhoria no rendimento dos processos, economia de ener-gia e redução de gastos com manutenção. O Modular Driveé a nova geração de inversores de freqüência da WEG paraaltas potências e apresenta uma série de inovações tecnoló-gicas que o tornam capaz de acionar cargas de maiores po-tências, ocupando menor espaço físico.

O Modular Drive, como o próprio nome diz, apresentamodularidade, obtida pela associação de módulos inverso-res de potência alimentados por um único retificador, sen-do que o conjunto pode ser formado de um até cinco mó-dulos inversores. Cada módulo tem formato “book”, istoé, a largura é muito menor do que a profundidade, permi-tindo um elevado nível de compactação do acionamento.A faixa de potência de saída varia entre 400 e 2.000 cv,considerando cargas que necessitam de sobrecarga alta.Caso a carga necessite sobrecarga normal, atinge-se até2.500 cv. A faixa de tensão varia de 500 a 690 V.

Para comandar o Modular Drive existe o módulo de con-trole. Um único módulo de controle pode comandar de umaté cinco módulos inversores.

A utilização deste conceito traz uma série de vantagens,como o número de peças de reposição reduzido e a possi-bilidade de isolar um módulo no caso de defeito e acionaro motor com carga reduzida no eixo.

Facilidade de manutenção é uma das características doproduto. Entre outras coisas, o projeto mecânico levou emconsideração a substituição simples e rápida dos módulosno painel e seus respectivos ventiladores. Existem diversasfunções de diagnóstico que permitem a rápida identifica-ção e solução de problemas. A utilização de Alarmes e Fa-lhas permite a identificação de situações que podem levarao desligamento do inversor e eliminar o problema antesque o desligamento ocorra.

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Em setembro a WEG finaliza a en-trega de um lote de transformadoresa seco à Coteminas. O fornecimentoconsiste de duas unidades de 5 MVA,duas de 2.000 kVA e duas de 1.500kVA. Os produtos vão compor umanova área de produção, que faz par-te da ampliação do parque fabril daempresa em Campina Grande/PB.

“Consideramos de extrema impor-tância a participação da WEG no pro-cesso de crescimento da Coteminas,uma das principais empresas da áreatêxtil, com investimentos no Brasil e noexterior”, comenta Joelcio Blaese, res-ponsável pelo atendimento. A empre-sa poderá contar com um dos princi-pais diferenciais da WEG, que é a redede assistência técnica em todo o país.

TÊXTIL

Coteminas amplia parque fabril

• Transformador a seco de 5MVA, 2.000 kVA e 1.500 kVA

• Linha meia força a seco• Entre as vantagens destes

produtos estão o baixo custode manutenção, segurança,otimização de espaço físico eo fato de ser ecologicamentecorreto::

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ENTO A Coteminas

A Cia. de Tecidos Norte de Minas é composta por 11 unidades, localiza-das em Montes Claros/MG, São Gonçalo do Amarante e Macaíba/RN, JoãoPessoa e Campina Grande/PB e Blumenau/SC, que produzem as mais concei-tuadas marcas em fios, tecidos, malhas, camisetas, meias, toalhas de banhoe de rosto, roupões e lençóis para o mercado interno, para os Estados Uni-dos, Europa e Mercosul. São mais de 16 mil funcionários trabalhando paraque marcas como Artex, Santista, Garcia, Calfat e Paládio conquistem cadavez mais o mundo.

Módulo inversor

• Interface homem-máquina com display gráfi-co, backlight e soft keys para fácil operação.

• Dimensionamento Normal Duty e Heavy Duty.

• Filosofia Plug and Play (“conecte e use”): re-conhecimento automático de hardware (po-tência, cartões para expansão de funções, re-des de comunicação, encoder incrementaletc.).

• USB para conexão com computador: moni-toração usando software Superdrive e grava-ção de firmware.

• Permite a incorporação de funções de con-trole: Soft-PLC (Memory Card).

• Módulos de cartões I/Os digitais e analógicaspara expansão de entradas/saídas.

• Módulos de comunicação Profibus, Device-Net, CANopen, Ethernet TCP/IP, Modbus RTU.

• Gerenciamento térmico inteligente para pro-teção dos IGBTs.

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• Indicação de falha de curto-circuito:mostra qual o módulo e qual a fase queestá sinalizando o defeito.

• Monitoração da temperatura dos dissi-padores de todos os módulos.

• Monitoração das correntes de saída detodas as fases de todos os módulos comindicação de desequilíbrio.

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JAIR GERALDO DEL VECCHIO

CENTRO DE NEGÓCIOS DE SUBESTAÇÕES

Nos últimos dez anos a necessidadeda energia disponível, com tarifas quepermitam assegurar a competitividadedas empresas, incorpora também o que-sito “ecologicamente correta”.

Atualmente o Brasil se encontra emsituação privilegiada no que se refere asuas fontes primárias de oferta de ener-gia. Verifica-se que a maioria da ener-gia consumida no país é proveniente defontes renováveis (hidreletricidade, bi-omassa em forma de lenha e derivadosda madeira, como serragem e carvãovegetal, e derivados da cana-de-açúcar,entre outras). Como o “apagão” tornouevidente a necessidade de racionamen-to de energia, começaram as discussõessobre a matriz energética brasileira.

A utilização de biomassa para pro-dução de energia, tanto elétrica comoem forma de vapor, em caldeiras ou for-nos, já é uma realidade no Brasil. O usoda madeira para a geração de energiaapresenta algumas vantagens e desvan-

tagens, quando relacionado com com-bustíveis à base de petróleo.

Para atender às exigências de acor-dos internacionais, como o Protocolo deKyoto, e ao apelo das entidades ambi-entalistas, o governo federal diversifi-cou a matriz energética. Nos últimosleilões a parcela de geração hidrelétricafoi somente de 30%.

Estratégia correta? Há o que se pon-derar.

Analisando-se a origem da tecnolo-gia e do insumo energético das fontesalternativas, hoje presente no país, ve-rificamos que se repete o comum dogoverno federal no que tange às políti-cas externas estratégicas: ficamos comfatores de risco elevados.

Para a geração eólica, os projetosaplicados no Brasil são os de países eu-ropeus como Suécia, Finlândia e Espa-nha. Uma das únicas pesquisas de cam-po feitas no Brasil foi a da usina eólicade Camelinho implantada pela Cemig.Pouca preocupação se teve em adequa-ção às normas brasileiras e capacitaçãodos fabricantes nacionais para atender

a esta nova demanda de produtos esoluções. Houve casos em que, na fasede concorrência para implantação, osdocumentos de licitação ainda tinhampadrões espanhóis. Hoje apenas as pásdos aerogeradores, estruturas e trans-formadores das cabines elevadoras sãofabricados no Brasil. Nos parques eóli-cos implantados, os aerogeradores, re-dutores e sistemas de controle são im-portados. Em geração eólica, o gover-no brasileiro não se preocupou com aincorporação da tecnologia, e neste ce-nário estamos dependentes de fornece-dores externos, que praticam preços econdições comerciais sem nenhumapreocupação ou vínculo com o cresci-mento sustentável do Brasil.

Para a alternativa gás natural, pas-samos pelo que já era previsível na im-plantação do gasoduto Brasil-Bolívia. Naépoca, quando o gás aparecia comoenergia barata, várias empresas conver-teram seus processos, pensando emmanter a competitividade, e depois fo-ram surpreendidas com a oscilação cam-bial, que fazia o preço da tarifa do gás

Energias alternativas:riscos de mercado

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Localizada em Pitangueiras, no estado de São Paulo, aUsina Viralcool produz álcool hidratado, álcool anidro, açú-car cristal, levedura seca e energia produtiva. Sua capacida-de de produção gira em torno de 700 mil litros de álcool e20 mil sacos de açúcar por dia. Além disso, a usina temcapacidade de moagem de até 10 mil toneladas/dia.

:: O FORNECIMENTO

• SE 138 -13,8 kV, transformador 10/12,5 MVA - Exporta-dora de Energia - Implantação

• Gerador 18,75 MVA/13,8 kV• Cubículo de saída do gerador• Cubículo de surtos e excitação do gerador• Cubículo de neutro do gerador• Painel de comando e proteção do gerador• Motor do desfibrador 2.100 cv/4,16 kV• Motor do picador 2.100 cv/4,16 kV• Inversores de freqüência BT de 1140 A e 686 A para

acionamento de motores 850 cv / 440 V e 450 cv/440 Vdos 4 ternos da moenda.

Santa Adélia constróisua mais nova usina

O mais novo empreendimento da Usina Santa Adélia, aUsina Interlagos, contará com uma vasta gama de produtosWEG. Com conclusão da obra prevista para 2007, a Interla-gos já recebeu uma parte do fornecimento em julho, deven-do contar com o restante em novembro.

Os produtos serão aplicados na proteção de transforma-dores, dos acionamentos dos motores e bombas de todaesta nova e moderna usina de cana-de-açúcar. A Usina San-ta Adélia, que já tem um histórico como cliente WEG, é con-siderada modelo, por utilizar equipamentos de primeira li-nha e investir nos funcionários, fornecendo cursos de aper-feiçoamento em tecnologia.

A Usina InterlagosÉ a nova unidade do grupo Usina Santa Adélia na

cidade de Pereira Barreto/SP. O empreendimento deveser concluído em 2007, e terá capacidade para proces-sar 1,4 milhão de toneladas anuais de cana-de-açúcar. AUsina Santa Adélia tem sede em Jaboticabal/SP, e geracerca de 2.500 empregos diretos no processo de fabri-cação de açúcar, álcool, levedura seca de cana, além deenergia elétrica.

:: O FORNECIMENTO

• 19 colunas de cubículos de média tensão classe 15 kV,resistentes a arco interno, com seccionadora tripolarde 1.250 A - 31,5 kA em 13,8 kV

• 15 colunas de cubículos de média tensão classe 15 kV,resistentes a arco interno, com disjuntores de 2.500 A,31,5 kA em 13,8 kV

• 105 colunas de baixa tensão para partidas de motorescom inversores de freqüência, Soft Starters e partidadireta com relé inteligente, comunicação Profibus, clas-se de tensão 600 V, alimentação 440 V - 60 Hz; e 50 kA

• Transformadores: 2 x 2.500 kVA, 1 x 750 kVA / 254 kV,1 x 500 kVA / 127 kV, 1 x 250 kVA / 127 kV, 6 x 2.500kVA / 398 kV, 2 x 2.000 kVA / 254 kV, 1 x 1.000 kVA /254 kV

• Motor do desfibrador 3.500 cv / 13,8 kV• Inversores de freqüência BT de 813 A e 428 A para acio-

namento de motores 870 cv / 690 V e 475 cv / 690 V dosquatro ternos da moenda

Inversores defreqüência debaixa tensão de1.140 A e 686 Apara aciona-mento demotores 850 cv/440 V e 450 cv/440 V dos ternosda moenda

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Viralcool expande

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PARCERIAS FORTESCOM USINAS

MOENDAS

Energia para a Santa Isabel

Fundada em 1978, ao longo dos anos a Usina Santa Isa-bel vem ampliando suas atividades. Atualmente tem umacapacidade de produção anual de 70.000 m3 de álcool e90.000 toneladas de açúcar cristal.

Localizada na cidade de Novo Horizonte, em São Paulo,produz, além do açúcar cristal, álcool hidratado e anidro. Amaior parte da matéria-prima utilizada é produzida por ou-tra empresa do grupo, a Santa Luiza Agropecuária.

Inversores de freqüência debaixa tensão de 1.283 A e

686 A para acionamento demotores 1.000 cv/440 V e500 cv/440 V, dos 1º, 2º e

3º ternos da moenda

:: O FORNECIMENTO

• Gerador 21,75 MVA/13,8 kV• 4 transformadores a seco 2.500 kVA• 1 transformador a seco 500 kVA• 8 transformadores a seco 1.500 kVA• Cubículo de saída do gerador• Cubículo de surtos e excitação do gerador• Cubículo de neutro do gerador• Painel de comando e proteção do gerador• Quadro de distribuição dos alimentadores industriais

e paralelismo• 4 cubículos com seccionadoras• Cubículo de entrada para o inversor de freqüência de

média tensão• Inversor de freqüência MT de 250 A para acionamen-

to do motor 2.100 cv/4,16 kV do 1º terno• Inversores de freqüên-

cia BT de 1283 A e 686A para acionamentode motores 1.000 cv/440 V e 500 cv/440 Vdo 1º, 2º e 3º ternos

• 5 cubículos de partidade motores

• Motor do desfibrador3.000 cv/13,8 kV

• Motor do picador2.200 cv/13,8 kV

• Motor do nivelador1.200 cv/13,8 kV

Santa Elisa maximiza eficiência energética

A Cia. Energética Santa Elisa, de Sertãozinho/SP, é uma das mais importantesusinas de álcool e açúcar do Brasil. A WEG marca presença no empreendimentodesde 2002, com equipamentos que possibilitam maximizar a eficiência energéti-ca da planta e produzir excedente de energia, comprado pela concessionária CPFLPaulista.

:: O FORNECIMENTO

• 2 turbogeradores SPW 1000,18.750 kVA, 13.800 V, 4 pólos

oscilar da mesma maneira.Passada a instabilidade cambial, a

calmaria levou mais empresas à conver-são, convencendo também o usuáriocomum a converter seu veículo para gásnatural. Hoje passamos por uma atri-bulação mais séria, da política externabrasileira frente ao contrato com o paíspseudoparceiro. A política interna daBolívia vem interferindo negativamen-te na questão energética, e causa inse-gurança no mercado. Com este susto,olhamos para trás e verificamos que ogoverno federal não fez o que era es-trategicamente esperado, que seria vi-abilizar o gasoduto das bacias de Cam-pos e Santos. Isto colocaria uma alter-nativa de fornecimento no caso de fa-lência do contrato Brasil-Bolívia.

Salvo as questões contratuais, o ób-vio não foi feito e ficamos na depen-dência de um país que tem uma políti-ca mais instável que a nossa. Neste ce-nário de riscos de mercado, em que ocontrole foge ao planejamento estraté-gico, voltamos o foco para as soluçõese empresas brasileiras. Quando falamosde açúcar e álcool, falamos de um pro-cesso que está ligado ao Brasil desdesua colonização, e vem passando porconstantes melhorias de processo e pro-duto. O programa do álcool é uma re-ferência na substituição dos combustí-veis fósseis.

Hoje, praticamente de domínio pú-blico, existe a cogeração, presente nasusinas de açúcar e álcool. O bagaço vo-lumoso é de difícil transporte, implican-do em gasto adicional. Assim, a gera-ção de eletricidade na própria região dausina é mais barata. Mais econômico égerar eletricidade associada à geraçãode calor de processo para uso na usina,conservando-se energia. Com a coge-ração, o resíduo é consumido na pró-pria usina, e a energia fica como valoragregado.

Na implantação da cogeração nãohá dependência de tecnologia exter-na. O Brasil conta com excelentes for-necedores de caldeiras, redutores eoutros componentes mecânicos. Paraos equipamentos elétricos se apresen-ta o mesmo cenário de independên-cia tecnológica.

Comparada ao setor sucroalcoo-leiro a WEG é mais jovem, porém estáligada à grande mudança no cenáriobrasileiro ocorrido nos anos 50 e 60,quando iniciou suas atividades. Con-solidou sua posição como empresa100% brasileira, hoje líder em diver-sos segmentos, sempre focada nasnecessidades do mercado, crescendoa cada ano. Isto significa conhecer aeconomia brasileira e ter capacidadede se superar diante das atribulaçõeseconômicas do mercado.

A WEG entregou para operaçãocomercial, em maio deste ano, o pro-jeto de sistema elétrico da Usina San-ta Terezinha, em Tapejara/PR, que com-preendeu o forneci-mento dos gerado-res, automação dageração, subesta-ção elevadora parainterligação ao sis-tema Copel e a in-tegração plena des-tes sistemas.

O projeto colo-cou a Usina SantaTerezinha como aprimeira produtorade energia a partirdo bagaço de canano estado do Para-ná. A capacidade instalada inicial atin-girá 28 MW para produção plena nasafra, com possibilidade de ampliação.Desta forma, a Usina Santa Terezinhaconsumirá em média 40.000 tonela-das de bagaço de cana que, antes,eram vendidos como subproduto e,agora, passarão a ter valor agregado.Durante a safra a usina fornecerá 28MW ao sistema Copel; na entressafraconsumirá somente 1 MW.

A WEG forneceu, além dos doisgeradores de 28 MW cada, a auto-mação completa da geração, o siste-ma supervisório e a subestação ele-vadora com dois transformadores de13,8/138 kV de 25/31,25 MVA, a bar-ra de 138 kV principal e transferên-

cia, a interligação via cabo óticoOPGW da subestação com as duassubestações terminais da concessio-nária, as duas saídas de linha detransmissão e o ramal de 10 quilô-metros para conexão à linha de trans-missão da Copel.

Para esta conexão, a medição deenergia exigiu configuração especi-al para atender aos valores de ener-gia de safra e entressafra e manter aprecisão desejada da medição.

Todo o fornecimento será emconformidade com as especificaçõesda Copel e Aneel, às quais os equi-pamentos, produtos e soluções WEGse encaixam perfeitamente.

Atualmente a WEG está amplian-do a subestação da Equipav, passan-do de 2x25/33 MVA para 2x25/33MVA + 2x40/50 MVA.

Além deste projeto no estado doParaná, a WEG já forneceu soluçõessemelhantes para o mesmo segmen-to no interior de São Paulo, como Vi-ralcool, Usina São José da Estiva, Usi-na Santa Adélia, Equipav, Coinbra-Cresciumal, Usina São José; e em Mi-nas Gerais para a Usina Coruripe, Usi-na Caeté - Volta Grande e Usina Cae-té - Delta.

Hoje a WEG é a parceira mais segu-ra para os fornecimentos de cogeração.Quem é do Brasil, conhece o Brasil etem aqui suas raízes, faz melhor.

Pacote completo

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Referência em gestãoPela quinta vez a

WEG está entre as 150melhores empresaspara trabalhar do Bra-sil, na pesquisa do GuiaExame/Você S.A. Esta éuma das maiores pes-quisas de clima do país,realizada com os pró-prios funcionários das

empresas. Participaram da pesquisacerca de 500 empresas. (15/08/06)

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4 Produtos WEG equipam usinas

9 Alta tecnologia em tinta em pó

10 Energia que se renova

13 Fontes que não se esgotam

15 As qualidades do Modular Drive

19 Um vinho pra recarregar

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A íntegra das matérias desta página você lê na Sala de Imprensa em www.weg.net

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Muito interessante a reportagem sobre o Planeta Minério(WR 41). É impressionante como não nos damos conta deque estamos cercados de minério em quase tudo que utliza-mos em nosso dia-a-dia. Parabéns pelo tema escolhido.Antônio C. Dracena - Prudentópolis/PR

Fiquei impressionado com o desempenho da WEG nosegmento de tintas marítimas (“Abaixo da linha d’água”, WR41). Não fazia idéia da atuação da empresa neste segmento,e ainda mais com tanta expressão.Marcelo Augusto Dimiatri - Manaus/AM

WEG em Revista é uma publicação da WEG. Av. Prefeito Waldemar Grubba, 3300, (47) 3372-4000, CEP 89 256-900,Jaraguá do Sul, SC. www.weg.net, [email protected]. Conselho Editorial: Jaime Richter (diretor de Marketing e RH), PauloDonizeti (gerente de Marketing), Edson Ewald (chefe de Marketing), Cristina Teresa Santos (jornalista responsável) e CaioMandolesi (analista de Marketing). Edição: EDM Logos Comunicação (47) 3433-0666. Textos: Roberto Szabunia.

As matérias da WEG em Revista podem ser reproduzidas à vontade, citando a fonte e o autor.

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Grande e líderA WEG lidera o ranking Grandes & Líderes 2006, publicação da revista

Amanhã, com o 1º lugar em receita bruta do setor eletromecânico e a 16ªposição entre as 500 maiores do Sul. Entre as 100 líderes do estado, a WEGestá em sexto lugar no ranking geral que identifica as empresas com omaior Valor Ponderado de Grandeza. (08/09/06)

Expansão na ChinaO parque fabril da WEG na China, em

Nantong, está ganhando dois novos pré-dios. Até meados de 2007, todas as li-nhas devem estar adequadas à platafor-ma de produção WEG. Os novos prédi-os, com aproximadamente 9.200 m2 deárea construída, abrigarão os departa-mentos de Componentes e Montagem,num investimento em torno de US$ 12,5milhões. (01/08/06)

WEG tem Valor 1000P e l a

quinta vezconsecuti-va, a WEGrecebeu op r ê m i oV a l o r1 0 0 0como des-taque na-cional emMecânica.

Publicado pelo jornal Valor Econômi-co, um dos principais veículos de eco-nomia e negócios do país, o AnuárioValor 1000 elege as empresas commelhor desempenho na área de ati-vidade e aponta as mil maiores com-panhias por receita líquida. (15/08/06)

Novo curso no CTCO curso de Montagem de Painéis é

o lançamento do Centro de Treinamen-to de Clientes (CTC) da WEG. O objeti-vo do curso é fornecer noções básicase fundamentais sobre montagem dequadros elétricos de baixa tensão aosprofissionais que atuam na área de ele-trotécnica industrial. (15/08/06)

As maiores abertasA revista Conjuntura Econômi-

ca, da Fundação Getúlio Vargas,aponta a WEG em 94º lugar entreas 500 maiores companhias aber-tas do Brasil. Líder no setor deMáquinas, Aparelhos e MateriaisElétricos, a WEG está também en-tre as 10 empresas de maior ren-tabilidade. Apesar da queda narentabilidade em 2005 em compa-ração a 2004 (de 31% contra46%), manteve a média com 45%nos cinco anos encerrados em2004. (17/08/06)

Prêmio à eficiênciaAs unidades de Acionamentos e

Automação foram contempladas como prêmio de “Eficiência de Entrega”da Atlas Copco, um dos maiores cli-entes da WEG e líder no segmento decompressores. O prêmio é concedidoaos principais fornecedores quandoatingem uma eficiência maior que93%. A WEG Acionamentos obteve97% de eficiência, enquanto a Auto-mação chegou a 93%. (10/08/06)

Fiquei impressionado e orgulhoso com a reportagemsobre o maior carregador para navios da América Latina,produzido pela Tecno Moageira. Com tantos problemas delogística que ainda temos no Brasil, é alentador ver que al-guns investimentos estão sendo feitos para melhorar o em-barque e desembarque de mercadorias. E com tecnologianacional, o que prova que nós, brasileiros, somos capazesde muito mais do que se imagina.Pedro de Oliveira – Panambi/RS

WEG equipa PSVda Wilson, Sons

O Plataform Supply Vessel (PSV)3000 Graneleiro do Grupo Wilson, Sonsfoi apresentado na Rio Oil & Gas 2006.Esta é a mais nova embarcação paraapoio offshore a plataformas de explo-ração e produção de petróleo do gru-po, que será afretada pela Petrobras.A embarcação é a primeira do Brasilcom sistema de propulsão diesel-elé-trico - onde foram aplicados produtosWEG. Batizado de Saveiros Fragata, obarco tem um índice de nacionaliza-ção superior aos dos PSVs normalmen-te construídos no país, segundo Arnal-do Calbucci, diretor de rebocadores eestaleiros do grupo. “Isso foi possívelgraças à parceria que fizemos com aWEG”, explica ele. O novo PSV faz par-te da estratégia da empresa em aumen-tar a participação no mercado nacio-nal offshore. (15/09/06)

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Governança corporativa eresponsabilidade social na prática

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“ ”Pensando nas novas gerações, devemos ter consciênciaque sustentabilidade e desenvolvimento econômicoestão profundamente relacionados.

Ana Teresa MeirellesMembro do Conselho de Administração da WEGSócia da Focus Consultores Associados

Todas as noites repito um mesmoritual de ervas e sangue da terra. Não énada macabro ou vampiresco. Apenascomo um prato de salada e tomo umcálice de vinho, que Plínio chamava de“sangue da terra” e Eurípedes dizia ser-vir “para acalmar as fadigas”. É minharecarga de bateria no fim do dia.

Mas não culpe o álcool se achar queescrevo por mal traçadas linhas. Nãopassa de um cálice, e sempre vinho,jamais bebida destilada, pois o vinho évivo, envelhece. É como um gênio dagarrafa, que atende os desejos do meupaladar quando o deixo sair.

Galileu Galilei dizia que o vinho éfeito de “humor líquido e luz”. Não hánada melhor para acompanhar umasalada fresca, leve e contente.

Não entendo de vinho, por issoposso beber o tinto sem ficar verme-lho, para desespero de alguns enten-didos que mandam branco para acom-panhar saladas. O que fazer? O jeito énão convidar entendidos para o jantar.Alguns são chatos demais. Quer ver?

Uns amigos fizeram um jantar econvidaram um “connoisseur”, que écomo os entendidos gostam de serchamados. Começou torcendo o nariz

quando viu o rótulo da garrafa.— Nacional... — pensou alto, pe-

gando o cálice pela base e enfiando onariz torcido nele. Todos pensaram queele queria beber de canudinho, mas erasó para cheirar.

Depois deixou o vinho tonto, detanto rodopiar o cálice erguido contraa luz. Não fez cara boa. Tomou um golee... parou. Não engoliu enquanto o vi-nho não cumprimentou cada uma dasdez mil papilas gustativas de sua lín-gua, como faz político em velório.

Após um discreto bochecho, engo-liu e começou a produzir uns estalidosestranhos, enquanto o laboratório deanálises de seu cérebro destrinchava osabor. Aí veio a melhor parte.

Se você convidar um connoisseurpara jantar, aproveite esta parte, quan-do começa o rosário de adjetivos. Es-queça a uva. Ele vai dizer que o vinhotem um bouquet misto de pimentão eameixa. Vai falar do corpo, insinuar queé adamado, aveludado ou untuoso. Sedisser que é chato, sápido ou foxado,não se preocupe. Não é contagioso.

Enquanto a comida esfriava, o con-noisseur viajava na maionese, isto é, novinho. De repente saiu de seu transe e

Ao comemorar 45 anos de fundação, a WEG, num gestosignificativo, abre espaço para a opinião de um membroindependente do Conselho de Administração, representan-do os acionistas preferencialistas, mais um avanço da em-presa em termos de Governança Corporativa.

O mercado reconhece o desempenho favorável da em-presa nas últimas décadas, com crescimento médio anualde receitas acima de 20% e manutenção dos níveis de renta-bilidade. A força da marca WEG no Brasil migra tambémpara o mercado externo, como resultado de uma persisten-te e coerente estratégia de internacionalização. A evoluçãodo preço das ações da WEG vem refletindo a percepção po-sitiva dos analistas, de uma empresa que gera valor paraseus acionistas.

O que chama a atenção daquele que se aproxima daempresa, conhecendo-a mais de perto, são as iniciativasvoltadas a dois temas muito comentados atualmente: Res-ponsabilidade Social e Governança Corporativa. Conceitoshoje em moda, usados por alguns como instrumentos depromoção e marketing, já estavam enraizados na WEG comoprincípios há algumas décadas, com ações postas em práti-ca e mantidas com consistência e perseverança. Lição decasa feita sem alarde.

Além dos investimentos de peso em controle do impac-to ambiental, ações culturais e outras tantas atividades ori-entadas ao bem-estar da população, dos colaboradores ede seus familiares, destaca-se, a meu ver, o Centroweg. De-dicado à formação profissional de adolescentes entre 15 e18 anos, concede aos jovens todos os direitos e deveres doscolaboradores, investindo nas próximas gerações, com for-te visão de longo prazo. Um programa que teve início há

quase 40 anos, hoje deixa marcas visíveis não só na qualida-de da mão-de-obra, mas na cultura disseminada pela em-presa, no orgulho e entusiasmo dos colaboradores. É umexemplo concreto e marcante de Responsabilidade Social.Projetado em termos nacionais, seguido pelas maiores em-presas brasileiras, e pelo poder público, seria capaz de mu-dar a cara do país. Programas desta natureza não brotamde manuais; estão alicerçados na ética daqueles que cons-truíram a empresa, e assim se perenizam. Uma empresa pre-ocupada com as novas gerações está investindo na sua ca-pacidade de permanecer e continuar crescendo.

Seguindo o exemplo da WEG e olhando para o futuro,os avanços em Governança devem continuar sendo bus-cados. Muito foi feito, mas ainda há um longo caminho apercorrer, num processo que é contínuo e que vai sendoconstruído pela proposição de desafios e metas sucessi-vas. Pensando nas novas gerações, devemos ter consciên-cia que sustentabilidade e desenvolvimento econômicoestão profundamente relacionados. São atividades base-adas em recursos humanos e naturais. Devemos refletirsobre que empresa estamos projetando para o futuro, nummundo onde transformações drásticas ainda estão por vir,como conseqüência da revolução tecnológica, da globali-zação econômica e da necessidade de lidar com a escas-sez de recursos naturais. Neste sentido, vale citar a famo-sa frase da ex- primeira-ministra da Noruega, Gro HarlemBrundtland: “Desenvolvimento sustentável é o desenvol-vimento que satisfaz as necessidades do presente, semcomprometer a capacidade das futuras gerações de su-prir suas necessidades”.

deu o veredicto. Curto e grosso. Maisgrosso do que curto, em se tratandode um convidado que devia ser maisdelicado.

— Deixa a desejar. Os importadossão melhores — sentenciou com olharde desdém.

O anfitrião não se fez de rogado.Correu para a cozinha e logo apareceucom uma garrafa de vinho francês, doscaros. Só o rótulo já iluminou os olhosdo connoisseur.

Enquanto os outros metiam o gar-fo na comida fria antes que ficasse ge-lada, o connoisseur recomeçou seu ri-tual de degustação.

Teve o nariz no cálice, a rodopiada,o bochecho, os estalidos e os adjeti-vos, tudo igual. Então veio um sorrisodo mais puro êxtase:

— Grand vin! Magnifique! — arris-cou em francês, para combinar com orótulo.

O anfitrião ficou tinto de tanto rir.— Que magnífico, cara? Peguei

uma garrafa vazia e enchi de vinhobarato.

— Então deu sorte. É uma boa sa-fra — concluiu o connoisseur sem per-der a fleuma.

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