incidencia de estrias em academicos da faculdade assis gurgacz identificando a sua principal causa

Upload: andremono

Post on 02-Jun-2018

303 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    1/60

    FACULDADE ASSIS GURGACZ

    VERIDIANA BISCARO BONETTI

    INCIDNCIA DE ESTRIAS EM ACADMICOS DA FACULDADE ASSISGURGACZ, IDENTIFICANDO A SUA PRINCIPAL CAUSA

    CASCAVEL2007

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    2/60

    1

    VERIDIANA BISCARO BONETTI

    INCIDNCIA DE ESTRIAS EM ACADMICOS DA FACULDADE ASSISGURGACZ, IDENTIFICANDO SUA PRINCIPAL CAUSA

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado FaculdadeAssis Gurgacz FAG, como requisito parcial paraobteno do ttulo de Graduao em Fisioterapia.

    Orientadora: Prof. Daniele Zanato

    CASCAVEL2007

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    3/60

    2

    FACULDADE ASSIS GURGACZ

    VERIDIANA BISCARO BONETTI

    INCIDNCIA DE ESTRIAS EM ACADMICOS DA FACULDADE ASSISGURGACZ, IDENTIFICANDO A SUA PRINCIPAL CAUSA

    Trabalho apresentado no curso de Fisioterapia, da FAG, como requisito parcial para obtenodo ttulo de Bacharel em Fisioterapia, sob a orientao da Professora Daniele Zanato.

    BANCA EXAMINADORA

    ____________________________________ Professora Daniele ZanatoFaculdade Assis Gurgacz

    Especialista

    ______________________________________ Professora Elisngela Serra Ferreira

    Faculdade Assis GurgaczEspecialista

    _______________________________________ Professora Ione BertoncelloFaculdade Assis Gurgacz

    Mestre

    Cascavel, 21 de novembro de 2007

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    4/60

    3

    DEDICATRIA

    Dedico este trabalho principalmente a Deus eaos meus pais, pelo incentivo, compreenso,amor e confiana, a oportunidade que mederam de estudar e pelos princpios que meensinaram ao longo de toda a vida, que fizeram

    de mim algum responsvel e lutador, tornando possvel desta maneira, que eu completassemais uma etapa importante da minha vida.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    5/60

    4

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo em primeiro lugar a Deus, pelas oportunidades em minha vida e, por me dar

    foras para superar todos os obstculos que encontro nos caminhos que escolho.

    Aos meus pais Maria Estela e Adair e meu irmo Tiago, que muitas vezes abriram

    mo de coisas particulares para poder me proporcionar oportunidades que me fizessem

    crescer cada vez mais, no me deixando desistir, at chegar ao fim desta jornada. Pelo apoio e

    carinho, cada um sua maneira, dedico este trabalho por serem os verdadeiros professores em

    minha vida. Amo vocs!

    Ao meu namorado Paulo Henrique, que dividiu comigo cada etapa desta realizao,

    pelo seu apoio, carinho, compreenso e pacincia nas fases mais difceis e tambm pela

    contribuio direta, com dedicao, na concretizao deste trabalho.

    A todos os meus colegas de turma pelo tempo de convivncia e pela experincia

    compartilhada durante estes quatro anos de luta. Em especial s minhas amigas Daniela e

    Suellen por todos os momentos que passamos juntas. Fica a saudade, mas a amizade

    construda vale mais do que tudo pois ser eterna. Adoro vocs!!

    Ao meu grupo de estgio e aos companheiros de apartamento, pela amizade e

    companheirismo. Vocs so muito especiais para mim.A minha orientadora Daniele Zanato pela ajuda com seu conhecimento, pacincia e

    dedicao na realizao deste trabalho.

    A todos os professores que estiveram ao meu lado em todas as etapas importantes da

    minha formao.

    A todos aqueles que, embora no mencionados aqui, contriburam de maneira direta

    ou indireta para a concretizao deste trabalho, muito obrigada.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    6/60

    5

    RESUMO

    As estrias so atrofias lineares, algo sinuosas, causadas pela ruptura das fibras colgenas eelsticas da pele, a princpio avermelhadas, depois esbranquiadas e abrilhantadas. Raras ounumerosas, dispem-se paralelamente umas s outras, e perpendicularmente s linhas defenda da pele, indicando um desequilbrio elstico localizado, caracterizando, portanto, umaleso da pele. As estrias atrficas so encontradas em ambos os sexos, com predominncia nofeminino, principalmente a partir da adolescncia, podendo o perodo de surgimento dasestrias variar. A cor normalmente caracterizada de acordo com o perodo de instaurao,quanto mais avermelhadas, mais recentes, e quanto mais esbranquiadas, mais antigas. Aestria um problema que no tem soluo, mas existem tratamentos alternativos quesuavizam as linhas que deformam a pele. Este estudo visou quantificar a incidncia doaparecimento de estrias em acadmicos da Faculdade Assis Gurgacz. A amostra foi composta por 150 acadmicos, onde metade do sexo feminino e a outra metade do sexo masculino. A pesquisa caracteriza-se do tipo quantitativa, exploratria, tendo como corte transversal, ondeutilizou-se a aplicao de um questionrio auto-aplicvel, contendo 7 (sete) perguntasobjetivas, elaborado pela autora, buscando atingir os propsitos do estudo. Os resultadosforam analisados atravs de amostragem probabilstica estratificada, clculo de percentual para avaliar a prevalncia e grficos, usando o SPSS verso 13. Os resultados obtidos noestudo demonstraram que h predominncia de estrias no sexo feminino, tendo como causa aadolescncia, entre 13 a 18 anos, com colorao branca, e dentre as participantes, baixo ndicede tratamento para estrias. J no sexo masculino h aparecimento de estrias, com predomniotambm na adolescncia, com a idade entre 15 a 20 anos, com colorao branca predominante, onde apenas um indivduo realizou tratamento. Assim sendo, h significnciaquanto ao objetivo do estudo, porm sugere-se que sejam realizados novos estudos, pelaescassez de literatura referente ao assunto dentro da Fisioterapia.

    Palavras-chave: Estrias. Adolescncia. Leso de pele.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    7/60

    6

    ABSTRACT

    The grooves are lineal atrophies, something sinuous, caused by collagens strings rupture andelastic of the skin, I initiate her reddened, after whitish and lustered. Rare or numerous, theydispose at the same time each other, and to the rift lines of the skin, indicating a locatedelastic unbalance, characterizing, a lesion of the skin. The atrophic grooves are found in bothsexes, with predominance in the feminine, mostly from the adolescence, could the appearance period of the grooves vary. The groove is a problem that does not have solution, but there arealternative treatments that soften the lines that deform the skin. This study aimed quantify theincidence of the grooves appearance in academic of the Faculty Assis Gurgacz. The samplewas composed by 150 academic, where half the feminine sex and to other half the masculinesex. The search he features - in case that of type quantitative , exploratory , having as a hack transversal, where it used itself the application of an auto-applicable questionnaire, contend 7(seven) objective questions, elaborated by the author, seeking to reach the purposes of thestudy. The results were performed through sampling probabilistic stratified, calculation of percentile to evaluate the prevalence and graphic, using the SPSS version 13. The resultsobtained in the study demonstrated that there are grooves predominance in the feminine sex,having as cause the adolescence, between 13 and 18 years, like white coloration, and amongthe selected, low index of treatment for the grooves. Already in the masculine sex there isgrooves appearance, with predominance also in the adolescence, with age between 15 and 20years, with predominant white coloration, with treatment accomplishment, for only one of theindividuals selected. That being the case, there is significance regarding the goal of the study,however it suggests itself that are performed new studies, by the literature shortage regardingthe subject in the Physiotherapy.

    Keywords: Grooves. Adolescence. Injury as of fur.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    8/60

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    9/60

    8

    SUMRIO

    1 INTRODUO....................................................................................................................102 FUNDAMENTAO TERICA......................................................................................12

    2.1 A PELE - ESTRUTURAS E FUNES...........................................................................12

    2.1.1 Epiderme..........................................................................................................................13

    2.1.2 Derme...............................................................................................................................15

    2.1.3 Hipoderme........................................................................................................................17

    2.1.4 Anexos da pele.................................................................................................................18

    3 ESTRIAS...............................................................................................................................19

    3.1 ESTRIAS ATRFICAS.....................................................................................................19

    3.1.1 Incidncia.........................................................................................................................20

    3.1.2 Localizao e sintomas....................................................................................................21

    3.1.3 Sndrome de Cushing .......................................................................................................22

    3.1.4 Elastose Focal Linear.......................................................................................................23

    3.1.5 Sndrome de Marfan ........................................................................................................23

    3.2 ETIOLOGIA.......................................................................................................................24

    3.2.1 Teoria Mecnica...............................................................................................................25

    3.2.2 Teoria Endocrinolgica....................................................................................................253.2.3 Teoria Infecciosa..............................................................................................................27

    3.3 ABORDAGENS TERAPUTICAS...................................................................................28

    3.4 SUGESTES PARA PREVENO DAS ESTRIAS.......................................................30

    4 METODOLOGIA................................................................................................................32

    4.1 TIPO DA PESQUISA.........................................................................................................32

    4.2 ASPECTOS TICOS..........................................................................................................32

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    10/60

    9

    4.3 LOCAL DO DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA.....................................................33

    4.4 AMOSTRA.........................................................................................................................33

    4.5 INSTRUMENTOS..............................................................................................................344.6 PROCEDIMENTO.............................................................................................................34

    4.7 ANLISE DOS DADOS....................................................................................................35

    5 RESULTADOS E DISCUSSO.........................................................................................36

    6 CONSIDERAES FINAIS..............................................................................................46

    7 REFERNCIAS...................................................................................................................48

    APNDICES............................................................................................................................51

    APNDICE A - QUESTIONRIO.......................................................................................52

    APNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO............54

    APNDICE C - CARTA DE ACEITAO DO CURSO DE FISIOTERAPIA..............56

    APNDICE D - CARTA DE ACEITAO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL...57

    ANEXOS..................................................................................................................................58

    ANEXO A - CARTA DE ACEITAO DO COMIT DE TICA..................................59

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    11/60

    10

    1 INTRODUO

    A pele o manto de revestimento do organismo, indispensvel vida, e que isola os

    componentes orgnicos do meio externo. Constitui-se em complexa estrutura de tecidos de

    vrias naturezas, dispostos e inter-relacionados de modo a adequar-se, de maneira harmnica,

    ao desempenho de suas funes (SAMPAIO E RIVITTI, 2001).

    As estrias so regies de atrofia da pele. Possuem aspecto linear, com comprimento e

    largura variveis. Podem ser raras ou numerosas, com disposio paralela umas s outras e

    perpendiculares s linhas de clivagem da pele (GUIRRO E GUIRRO, 2002). Inicialmente tem

    aspecto eritemato-violceas, finas e podem gerar prurido. Com a evoluo do quadro,

    adquirem o aspecto esbranquiado, quase nacarado, tornando-se mais largas (MILANI, JOO

    E FARAH, 2006).

    Segundo Kede e Sabatovich (2004), a freqncia extremamente elevada das estrias,

    sobretudo no sexo feminino, permite o questionamento se, de fato, devem ser consideradas

    como anormais; no entanto, problemas de ordem esttica e/ou psicolgica, que muitas vezes

    resultam, justificam a busca de tratamentos mais eficazes. O que complementa Guirro e

    Guirro (2002), relatando que esses problemas alm de serem desagradveis aos olhos no

    ponto de vista esttico, acarretam alteraes comportamentais e emocionais, alm de levar auma baixa-estima, impedindo assim a completa harmonia entre corpo e mente.

    O que no se pode contestar a grande incidncia dessa afeco, segundo Azulay e

    Azulay (1999), a maior prevalncia ocorre na faixa etria dos 14 aos 20 anos, sendo cerca de

    3 a 6 vezes mais freqentes no sexo feminino do que no masculino.

    A estria um problema que no tem soluo, mas existem tratamentos alternativos,

    tanto mdicos como fisioteraputicos, que suavizam as linhas recentes, bem como as mais

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    12/60

    11

    antigas e esbranquiadas que deformam a pele. A fisioterapia dermato-funcional vem

    crescendo no mercado, e a cada dia proporcionando novas alternativas para tratar tais

    distrbios estticos.Pouca ateno dedicada s estrias, em compndios e revistas de dermatologia,

    tornando a literatura sobre esse assunto escassa e de difcil acesso. Sendo a falta de estudos

    metodologicamente adequados, o que estimulou a realizao deste estudo. Assim sendo, este

    trabalho teve como objetivo verificar a incidncia de estrias nos acadmicos da Faculdade

    Assis Gurgacz, observando a sua principal causa.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    13/60

    12

    2 FUNDAMENTAO TERICA

    2.1 A PELE ESTRUTURAS E FUNES

    A pele ou ctis, o manto de revestimento do organismo, indispensvel a vida, e que

    isola os componentes orgnicos do meio externo. Constitui-se em complexa estrutura de

    tecidos de vrias naturezas, dispostos e interrelacionados de modo a adequar-se, de maneira

    harmnica, ao desempenho de suas funes (SAMPAIO E RIVITTI, 2001).

    Para OSullivan e Schimitz (1993), a pele denominada como o maior rgo corporal,

    compreendendo 15% do peso total de um indivduo. Atua na regulao e conservao dos

    fludos corporais, regulao trmica, excreo do suor e eletrlitos, secreo sebcea para

    lubrificao, sntese de vitamina D, rgo sensorial e aspecto e individualizao esttica.

    Para Porto (2001), alm de todas as funes j citadas da pele, ela d proteo ao

    organismo contra agentes nocivos fsicos, qumicos ou biolgicos. Para Junqueira e Carneiro

    (1999), a pele apresenta mltiplas funes, entre as quais, graas camada crnea que reveste

    a epiderme, protege o organismo, contra a perda de gua, por evaporao, contra atrito e

    tambm colabora para a termorregulao do corpo. Na pele podem-se observar mutaes donascimento velhice, em funo das condies ambientais, dos hbitos e do modo de vida.

    A pele compe-se essencialmente de trs camadas: a epiderme, a derme e a hipoderme

    (ARNOLD Jr, ODOM E JAMES, 1994).

    Para o mesmo autor, a epiderme a camada mais externa e est diretamente ligada ao

    meio ambiente. Ela formada por um arranjo ordenado de clulas, denominadas de

    ceratincitos, cuja funo bsica sintetizar a ceratina, uma protena filamentosa com funo

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    14/60

    13

    protetora. A derme a camada interna e seu principal componente uma protena estrutural

    fibrilar denominada colgeno. Ela est localizada sobre o panculo, ou hipoderme, que

    composto, principalmente, de lbulos de lipcitos ou clulas adiposas.

    Ilustrao 1.1 Estruturas da pele

    Fonte: https://reader010.{domain}/reader010/html5/0609/5b1b9f8f4db09/5b1b9f9512513.jpg

    2.1.1 Epiderme

    Para Porto (2001), a epiderme um epitlio estratificado formado de quatro camadas

    celulares, as quais para Bechelli (1988) apud Pressi e Lima (2005), de dentro para fora

    recebem, respectivamente, o nome de germinativa ou basal, malpighiana ou corpo mucoso,granulosa ou crnea.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    15/60

    14

    A epiderme de uma pessoa adulta compe-se de trs tipos bsicos de clulas: os

    queratincitos, os melancitos e as clulas de Langerhans. A clula dendrtica indeterminada

    e a clula de Merkel so dois tipos adicionais que podem ser encontradas ocasionalmentedentro e na camada basal da epiderme e na mucosa oral (ARNOLD JR, ODOM E JAMES,

    1994).

    As clulas de Langerhans so clulas dendrticas, de origem e funo discutidas. So

    hoje consideradas clulas monocitrias macrofgicas de localizao epidrmica, com funo

    imunolgica, atuando no processamento primrio de antgenos exgenos que atingem a pele.

    Alm de sua localizao epidrmica, essas clulas so encontradas na derme, nos linfticos da

    derme, linfonodos e timo (SAMPAIO E RIVITI, 2001).

    Segundo Sampaio e Rivitti (2001), a camada granulosa, formada por clulas

    granulosas, assim denominadas por caracterizarem-se pela presena de grande quantidade de

    grnulos, os quais so de tamanho e forma irregulares e compe-se de queratohialina. Para

    Junqueira e Carneiro (1999), a camada crnea composta por queratina, protena fibrosa

    resistente, representada por clulas epidrmicas anucleadas. Para Stevens e Lowe (2001), a

    camada crnea no celular, mas composto totalmente de remanescentes intracitoplasmticos

    de queratina, depositados na superfcie aps a morte dos queratincitos que os produzem,

    sendo que cada placa de queratina corresponde grosseiramente a formato do queratincito

    pouco antes de sua morte. Junqueira e Carneiro (1999), complementam dizendo que a capacrnea varivel conforme a regio, sendo mais espessa nas regies palmoplantares,

    conferindo proteo contra a penetrao de agentes qumicos e fsicos. Nas regies

    palmoplantares existe mais uma camada, denominada estrato lcido, que se situa entre a

    camada crnea e a granulosa, sendo composta de clula anucleadas, planas e transparentes.

    Segundo os mesmo autores, dispostas sobre a membrana basal, separam a epiderme da

    derme, as clulas so de dois tipos: a camada basal representa maioria, tm reproduo

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    16/60

    15

    constante, dando origem s outras camadas epidrmicas; localizados entre as clulas basais,

    encontram-se os melancitos ou clulas claras de Masson, assim denominadas por

    apresentarem citoplasma claro e ncleo pequeno e picntico.Para Gamonal (2002) apud Pressi e Lima (2005), os melancitos so clulas

    produtoras de pigmento e se localizam predominantemente ao nvel da camada basal na

    proporo de dez queratincitos basais para um melancito.

    A camada espinhosa ou malpighiana, est situada acima da camada basal, constituda

    por um grupo de clulas escuras, achatadas, quase aderentes, com ncleo de difcil

    visualizao pela presena de grande quantidade de grnulos cromatfilos gros de

    queratomalina, que expressam a queratinizao da epiderme (JUNQUEIRA E CARNEIRO,

    1999).

    As funes da epiderme so: proteo contra traumas fsicos e qumicos,

    principalmente em funo da camada crnea; resistncia s foras de tenso a epiderme;

    preveno da desidratao e perda de eletrlitos, alm da proteo contra o encharcamento do

    corpo quando em contato com a gua, graas impermeabilidade da queratina. Restrio da

    passagem de corrente eltrica, devido alta impedncia que a caracteriza; proteo contra a

    entrada de substncias txicas; proteo dos efeitos nocivos do UV, atravs da melanina

    (CUC E NETO, 1990 apud PRESSI E LIMA 2005).

    2.1.2 Derme

    A derme, localizada imediatamente sob a epiderme, um tecido conjuntivo que

    contm fibras proteicas, vasos sanguneos, terminaes nervosas, rgos sensoriais e

    glndulas. As principais clulas da derme so os fibroblastos, responsveis pela produo de

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    17/60

    16

    fibras e de uma substncia gelatinosa, a substncia amorfa, na qual os elementos drmicos

    esto mergulhados (SAMPAIO E RIVITH, 2000). Para Guirro e Guirro (2004), a derme

    apresenta uma variao considervel de espessura nas diferentes partes do corpo sendo que asua espessura mdia de aproximadamente dois milmetros. Sua superfcie externa

    extremamente irregular, observando-se as papilas drmicas.

    O principal componente da derme o colgeno, uma protena fibrosa que atua como a

    principal protena estrutural de todo o corpo. Ele encontrado nos tendes, ligamentos e no

    revestimento dos ossos, da mesma forma que na derme, e representa 70% do peso seco da

    pele (ARNOLD JR, ODOM E JAMES, 1994).

    Segundo Farias (2004), na derme podem ser distinguidas duas regies:

    Regio papilar: a camada mais superficial, que fica logo abaixo da epiderme e se

    prolonga com as papilas drmicas. constituda por tecido conectivo frouxo, com fibras

    elsticas e fibrilas de colgeno que ajudam a fixar derme na epiderme.

    Regio reticular: a camada mais profunda do tecido conectivo denso, com grossos

    feixes de fibras colgenas, fibras elsticas e reticulares, vasos sanguneos e linfticos,

    corpsculos de Pacini , nervos, folculos pilosos, glndulas sudorparas e sebceas.

    A epiderme penetra na derme e origina os folculos pilosos, glndulas sebceas e

    glndulas sudorparas.

    Para Sampaio e Rivitti (2001), a derme alm das camadas citadas acima divididatambm em:

    Derme perianexial: estruturalmente idntica a derme papilar, dispondo-se, porm, em

    torno dos anexos. Compe, juntamente com a derme papilar, a unidade anatmica

    denominada derme adventicial.

    As funes da derme so: promover a flexibilidade pele; determinar proteo contra

    traumas mecnicos; manter a homeostase, armazenar sangue para eventuais necessidades

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    18/60

    17

    primrias do organismo; determinar a cor da pele, por ao da melanina, hemoglobina e dos

    carotenos; ruborizao, quando de respostas emocionais e a segunda linha de proteo

    contra invases por microorganismos, por ao dos leuccitos e macrfagos a existentes(CUC E NETO, 1990 apud PRESSI E LIMA, 2005).

    2.1.3 Hipoderme

    Para Junqueira e Carneiro (1999), a hipoderme, tambm chamada de tecido celular

    subcutneo, situa-se logo abaixo da derme e apresenta lbulos de clulas adiposas delimitadas

    por septos conjuntivo-elsticos. rica em tecido adiposo e representa importante reserva

    calrica para o organismo, alm de funcionar, em certas regies, como um coxim, conferindo

    proteo contra traumas. Porm, para Farias (2004) e Junqueira e Carneiro (1999), constituda

    por tecido conectivo frouxo no faz parte da pele em relao aos rgos subjacentes, embora

    tenha a mesma origem da derme. Sua espessura varia, pois, ela pode acumular maior ou

    menor quantidade de gordura, dependendo da regio e do estado de nutrio do indivduo.

    Segundo Guirro e Guirro (2004), a tela subcutnea compe-se em geral de duas

    camadas das quais a mais superficial a chamada de areolar, que composta por adipcitos

    globulares e volumosos, em disposio vertical, onde os vasos sanguneos so numerosos edelicados. Abaixo da camada areolar existe uma lmina fibrosa, de desenvolvimento

    conforme a regio, que a fscia superficialis ou subcutnea. Esta fscia separa a camada

    areolar da camada mais profunda, a camada lamelar, sendo que nesta ocorre aumento de

    espessura e ganho de peso, com aumento de volume dos adipcitos, que chegam a invadir a

    fscia superficialis. Na camada lamelar ocorre a maior mobilizao de gorduras quando o

    indivduo obeso inicia um programa de reduo ponderal.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    19/60

    18

    2.1.4 Anexos da pele

    Segundo Bechelli (1988) apud Pressi & Lima (2005), os plos esto contidos nosfolculos pilosos, que resultam da invaginao da epiderme. Compe-se de trs camadas

    concntricas: medula, crtex e epidermcula.

    As unhas so lminas queratinizadas que recobrem a ltima falange dos dedos. Uma

    unha tem quatro partes: a posterior ou raiz, que est em uma dobra da pele; a lmina, que est

    aderente ao leito ungueal na sua poro inferior e as dobras laterais e a borda livre

    (SAMPAIO E RIVITTI, 2001).

    As glndulas sebceas so glndulas acinosas, ramificadas, produtora de lipdios,

    originando-a na regio posterior do folculo piloso, distribuem-se por todo o corpo com

    exceo das regies palmo-plantares. A grande maioria descarrega seu contedo na luz dos

    folculos, por meio de um nico ducto. As restantes abrem-se diretamente na superfcie da

    pele (CUC E NETO, 1990 apud PRESSI E LIMA, 2005).

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    20/60

    19

    3 ESTRIAS

    3.1 ESTRIAS ATRFICAS

    Segundo Carramaschi (1995), as estrias tm sido motivo de estudo h muitos anos,

    Roederer em 1773 fez o primeiro estudo cientfico em gestantes, Troisier e Menetrier em

    1989, descreveram as estrias como uma doena incua e desfigurante. Em 1984, Unna

    suspeitou que fatores endgenos influenciariam as fibras elsticas do tecido conjuntivo, e em

    1936, Nardelli pela primeira vez as chamou de estrias atrficas. Assim teve incio a busca da

    fisiopatologia e tratamento das estrias.

    As estrias, estriaes atrficas ou striae distensae podem ser definidas como um

    processo degenerativo cutneo e benigno (MAIO, 2004). Segundo Kede e Sabatovich (2004),

    caracterizam-se clinicamente pela morfologia, em geral, linear, aspecto atrfico e superfcie

    eventualmente, discretamente enrugada, com pequenas rugas transversais ao seu maior eixo

    que desaparecem trao(AZULAY E AZULAY, 1999).

    De acordo com Toschi (2004), as coloraes das estrias variam de acordo com a sua

    fase evolutiva. considerado um processo de natureza esttica, uma vez que geraincapacitao fsica ou alterao da funo cutnea.

    As estrias so classificadas como uma atrofia adquirida, e possuem vrias outras

    denominaes decorrentes de diferentes idiomas, provveis etiologias e aspecto macroscpico

    da pele: vergetures, atrophoderme, strie, macules atrophiques lineaires (GUIRRO E

    GUIRRO, 2002).

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    21/60

    20

    As estrias so causadas por uma atrofia tegumentar adquirida de aspecto linear, algo

    sinuosa de um ou mais milmetros de largura, perpendicularmente s linhas de fenda da pele,

    indicando um desequilbrio elstico localizado, portanto, uma leso da pele (TOSCHI, 2004;MAIO, 2004).

    Para Toschi (2004), as estrias so ditas atrficas, pois so causadas pela ruptura das

    fibras colgenas e elsticas da pele e, muitas vezes, com perda da colorao no local.

    Freqentemente so observadas em indivduos obesos, durante gravidez, em conexo com a

    sndrome de Cushing ou em pacientes tratados com corticides. Mas para Guirro e Guirro

    (2002), as estrias caracterizam-se por serem leses atrficas, j que atrofia a diminuio de

    espessura da pele, decorrente da reduo do nmero e volume de seus elementos e

    representada por adelgaamento, pregueamento, secura, menor elasticidade e rarefao dos

    plos. Apresentam um carter de bilateralidade, isto , existe uma tendncia da estria

    distribuir-se simetricamente em ambos os lados.

    3.1.1 Incidncia

    As estrias atrficas so encontradas em ambos os sexos, com predominncia no

    feminino, principalmente a partir da adolescncia. O perodo de surgimento das estrias podevariar (GUIRROE GUIRRO, 2002).

    Sua maior prevalncia ocorre na faixa etria dos 14 aos 20 anos (55-65% nas mulheres

    e 15-20% nos homens), ou seja, so cerca de 3 a 6 vezes mais freqentes no sexo feminino do

    que no masculino, no qual tambm so mais discretas (AZULAY E AZULAY, 1999).

    Essa afeco da pele observada em indivduos obesos, durante a puberdade, na

    gestao, nas sndromes de Cushing , de Marfan , com o uso tpico ou sistmico de esterides,

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    22/60

    21

    nos tumores da supra-renal, infeces, estresse, entre outras condies (AZULAY E

    AZULAY, 1999; GUIRRO E GUIRRO, 2002).

    Na gravidez pode ocorrer em at 90 % das vezes, principalmente no terceiro trimestre,fato predominantemente relacionado distenso mecnica. mais prevalente em multparas

    do que em primparas. As localizaes preferenciais so: abdmen, mamas e quadris

    (AZULAY E AZULAY, 1999).

    3.1.2 Localizao e sintomas

    Quanto localizao das estrias pode-se observar uma incidncia maior nas regies

    que apresentam alteraes teciduais como glteos, seios, abdome, coxas, regio lombossacral

    (comum em homens), podendo ocorrer tambm em regies pouco comuns como fossa

    popltea, trax, regio ilaca, antebrao e poro anterior do cotovelo (GUIRRO E GUIRRO,

    2004).

    Ainda para os mesmos autores, o surgimento dos sintomas iniciais so variveis, sendo

    que os primeiros sinais clnicos podem ser caracterizados por: prurido, dor (em alguns casos)

    e erupo papular plana e levemente eritematosa (rosada). As estrias so denominadas nessa

    fase inicial de rubras ( striae rubrae) . Na fase seguinte, onde o processo de formao j est praticamente estabelecido, as leses tornam-se esbranquiadas, quase nacaradas, sendo

    denominadas nessa fase de estria Alba ( striae albae ).

    Suas formas so variadas, podendo ser retilneas, curvilneas, em S ou em ziguezague

    e a extenso pode variar de um a dois centmetros, podendo chegar at uns cinco centmetros

    de largura. A cor, normalmente, caracterizada de acordo com o perodo de instaurao:

    quanto mais avermelhadas, mais recentes; e quanto mais esbranquiadas, mais antigas.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    23/60

    22

    A evoluo natural do processo dura de 6 a 12 meses, perodo no qual as estrias

    naturalmente esmaecem em colorao, o que d uma impresso de melhora e o que torna a

    avaliao objetiva dos vrios tratamentos muito difcil (MAIO, 2004).

    Em sua fase inicial, as estrias so protrusas em relao superfcie cutnea. Maistarde, evoluem para uma forma atrfica plana ou deprimida. Em alguns casos,adquirem uma configurao queloidiana e, em outros, se tornam pigmentadasespontaneamente ou durante a teraputica [...] (TSUJI, 1993 apud SANTOS, et al.2003).

    3.1.3 Sndrome de Cushing

    Segundo Guirro e Guirro (2002), a sndrome de Cushing pode ser causada no s pela

    administrao de grandes quantidades de hormnios exgenos, como tambm por

    glicocorticides produzidos por tumores adrenocorticais e tambm a hipersecreo do

    hormnio adenocorticotrfico. mais freqente em mulheres, sobretudo entre a terceira e

    quarta dcadas, geralmente aps uma gravidez.

    Para os mesmos autores, com freqncia, os efeitos dos glicocorticides sobre o

    catabolismo protico so profundos na sndrome de Cushing , causando uma reduo

    acentuada das protenas teciduais em quase todas as partes do organismo, com exceo das

    protenas hepticas e plasmticas.Em conseqncia do excesso do catabolismo protico, os pacientes com a sndrome de

    Cushing tm depleo protica e, por isso, a pele e o tecido subcutneo so delgados e os

    msculos esto mal desenvolvidos. Altas concentraes de glicocorticides, como as que

    ocorrem na sndrome de Cushing , resultam em reduo da espessura da pele. Muitos pacientes

    com a doena apresentam certo aumento de plos faciais e acne, mas isso causado pela

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    24/60

    23

    secreo aumentada de andrgenos adrenais que, comumente, acompanham o aumento de

    secreo de glicocorticides (GUIRRO E GUIRRO, 2002).

    Os mesmos autores ainda falam que os pacientes tambm apresentam estrias prpurasno abdome, nas mamas e braos, linfocitopenia e diminuio da massa do tecido linfide,

    ficando o organismo exposto a eventuais infeces.

    3.1.4 Elastose Focal Linear

    Para Cavalcante et al (1999), a elastose focal linear, tambm denominada de estria

    elasttica, caracterizada por leses similares a estrias atrficas, em disposio horizontal,

    localizadas principalmente na regio lombar. At o presente momento, a elastose focal linear

    foi descrita principalmente em homens havendo relato de dois casos em mulheres. A

    localizao preferencial da elastose focal linear a regio lombar. As leses so

    assintomticas e, na maioria dos casos, trata-se de achado dermatolgico.

    Para alguns autores, a elastose focal linear seria conseqente ao processo degenerativo

    ou regenerativo da striae distensae . Para Hashimoto (1998), seriam quelides que surgiriam

    no processo de regenerao de estrias atrficas. Porm, at o momento, a etiologia da elastose

    focal linear desconhecida (CAVALCANTE et al, 1999).

    3.1.5 Sndrome de Marfan

    A sndrome de Marfan uma desordem do tecido conjuntivo com transmisso auto-

    dominante (ARAJO et al, 2003), com envolvimento multissistmico, causada por mutaes

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    25/60

    24

    no lcus do gene da fibrina, no cromossoma 15 (LEITE et al, 2003), o qual segundo Arajo et

    al (2003), participa da sntese do colgeno tipo I.

    Para Amaral et al (1996), a sndrome de Marfan afeta os sistemas ocular, esqueltico ecardiovascular. A manifestao sintomtica secundria s leses cardiovasculares,

    geralmente ocorrendo em crianas maiores ou adultos.

    Sua prevalncia de 1/10.000 habitantes na populao geral, sem prevalncia tnica,

    sexual ou racial, sendo a mais comum das doenas hereditrias do tecido conjuntivo. uma

    doena progressiva, principalmente, no que diz respeito s alteraes articas (LEITE et al,

    2003).

    3.2 ETIOLOGIA DAS ESTRIAS

    Segundo Toschi (2004), a patognese ainda no plenamente conhecida. Os trabalhos

    cientficos reconhecem sua natureza multifatorial e vm demonstrando os vrios fatores

    implicados em sua origem. As mudanas nas estruturas que suportam foras tnsil e

    elasticidade geram um afinamento do tecido conectivo que, aliado a maiores tenses sobre a

    pele, produzem as estriaes cutneas.Para Guirro e Guirro (2002), a etiologia da estria bastante controversa, existindo

    portanto trs teorias que tentam justific-la:

    teoria mecnica;

    teoria endocrinolgica;

    teoria infecciosa.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    26/60

    25

    3.2.1 Teoria Mecnica

    Na teoria mecnica, segundo Ventura e Simes (2003), acredita-se que h excessivodepsito de gordura nas clulas adiposas. Especialmente a que ocorre repentinamente, leva a

    um dano s fibras elsticas e, em perodos de crescimento rpido, estirando a pele, chegando a

    haver ruptura ou perdas dessas fibras. Pesquisas mostram que 75% a 95% das mulheres

    chegam ao final da gestao com alguns pares de estrias. Normalmente, elas aparecem no

    ltimo trimestre, quando a pele comea a ultrapassar os limites de resistncia das fibras

    elsticas, j fragilizadas pelo aumento da atividade hormonal.

    Para Guirro e Guirro (2002), as estrias so consideradas como seqelas de perodos

    rpidos de crescimento, da as denominaes de stretch marks tambm designadas striae ctis

    distensaie ou simplesmente striae distensae.

    O estiramento da pele, com conseqente ruptura ou perda de fibras elsticas drmicas,

    tido como fator bsico da origem das estrias. deste modo que os adeptos desta teoria

    explicam o seu aparecimento. Com bases nestes fatos, eles afirmam que a distenso

    abdominal promovida pelo crescimento do feto causa estria na gestante, assim como o estiro

    de crescimento na puberdade causaria estrias nos adolescentes, bem como a deposio de

    gordura no obeso.

    3.2.2 Teoria Endocrinolgica

    A teoria endocrinolgica, segundo Guirro e Guirro (2002), e Maio (2004), demonstra

    atravs de fatos, que a teoria mecnica muito simplista ao afirmar que o estiramento da pele,

    quer por crescimento ou deposio de gordura, seja causa para o aparecimento da estrias.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    27/60

    26

    Para Ventura e Simes (2003), estudos relatam que o fato que chama a ateno nas

    estrias em geral, que elas ocorrem em adolescentes que podem ou no ser obesos. Elas so

    encontradas em meninos ou meninas, obesos ou no, na adolescncia, perodo maisrepresentativo de uma estimulao adrenocortical que pode ser descrita como uma Sndrome

    de Cushing fisiolgica. O uso tpico ou sistmico de esterides (cortisona), a atividade fsica

    vigorosa, o estresse e desordens hormonais (estrgenos, progesterona e cortisol), dentre outras

    condies, podem ser situaes facilitadoras ao aparecimento das estrias.

    Para Sisson (1954) apud Guirro e Guirro (2002), no h dvidas quanto associao

    de estrias com atividades esterides, pois o aparecimento das estrias no perodo de idade onde

    so detectados sinais evidentes de alteraes no nvel de hormnios sexuais, sugere uma forte

    influncia hormonal. O autor ainda afirma que a estria ocorre espontaneamente em curtos

    perodos de estimulao cortical, simulando uma aplicao exgena de cortisona, ou pode se

    estender por vrios anos durante toda a puberdade.

    A origem mais provvel das estrias baseia-se na teoria endocrinolgica, que conforme

    foi visto, postula que hormnio esteride est presente de forma atuante em todos os quadros

    em que as estrias surgem (obesidade, adolescncia e gravidez), no podendo deixar de ser

    mencionado o seu aparecimento com uso de medicamentos base de corticides tpicos ou

    no, incluindo anabolizantes. Essa teoria tambm explica o fato da ocorrncia de estrias ser

    bastante rara em crianas abaixo de cinco anos, ou at nove anos, mesmo que obesas (a menosque faa uso de corticide), pois a secreo desse hormnio s se inicia na puberdade; e ainda

    dentro desta mesma linha, sendo o principal hormnio envolvido um andrgeno, poderia

    explicar a associao do aparecimento de estrias com a acne, hirsutismo etc. (GUIRRO E

    GUIRRO, 2002).

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    28/60

    27

    Os mesmos autores, falam que com a teoria endocrinolgica pode-se explicar que o

    aparecimento das estrias nas diversas patologias no tem como efeito causal a afeco em si,

    mas sim as drogas utilizadas na sua teraputica.

    3.2.3 Teoria Infecciosa

    Para Ventura e Simes (2003), a teoria infecciosa, sugere que processos infecciosos

    provocam danos s fibras elsticas, levando ao aparecimento de estrias. Wiener (1947) apud

    Ventura e Simes (2003), em seus estudos, notou o aparecimento em adolescentes de estrias

    prpuras aps febre tifide, tifo, febre reumtica e hansenase. Toschi (2004) e Guirro e

    Guirro (2002), dizem que alguns medicamentos podem promover a hiperpigmentao das

    estrias, como por exemplo, a bleomicina, o antibitico e anti-tumor, que em doses altas pode

    promover ainda outros efeitos como: esclerose, gangrena, preguiamento e eritema. A

    pigmentao inicial semelhante a que acontece na sndrome de Cushing , ou seja, violcea e

    permanece neste estgio por muitos meses. A colorao pode ento evoluir para uma

    tonalidade marrom escura, em comum, os processos que promovem a pigmentao de estrias,

    presente nos casos de sndrome deCushing , conforme referido anteriormente e aps processos

    inflamatrios.Segundo Guirro e Guirro (2002), esta teoria no possui muitos adeptos, j que os

    estudiosos partidrios da teoria endocrinolgica conseguem explicar o surgimento das estrias

    em decorrncia do tratamento efetuado base de corticides, sendo o tratamento, portanto, o

    verdadeiro fator desencadeante do processo de formao de estrias.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    29/60

    28

    3.3 ABORDAGENS TERAPUTICAS

    Segundo Guirro e Guirro (2002), na literatura disponvel sobre estrias, os autores so

    unnimes em consider-las como sendo seqela irreversvel. Esta resistncia est embasada

    no prprio exame histolgico da estria, onde se nota uma diminuio no nmero e volume dos

    elementos da pele, e o rompimento das fibras elsticas. Observa-se ainda que a epiderme

    delgada e h diminuio da espessura da derme, as fibras colgenas esto separadas entre si, e

    no centro da leso no h muitas fibras elsticas, ao contrrio da periferia onde aparecem

    onduladas e agrupadas.

    A eficcia do tratamento grande, desde que controlada as variveis, diferindo o

    nmero de sesses de acordo com a cor da pele, idade, tamanho das estrias etc.. Obviamente o

    resultado pode variar em diferentes indivduos, como em qualquer outro tratamento de

    diversas afeces. Este fato est centrado na capacidade reacional de cada indivduo, levando

    em conta de que se deve realizar uma boa avaliao prvia, excluindo-se as contra-indicaes

    (GUIRRO E GUIRRO, 2002).

    Para Maio (2004), vrios so os princpios ativos para o tratamento de estrias. J para

    Kede e Sabatovich (2004) e Azulay e Azulay (1999), no tratamento das estrias devemos

    considerar a abordagem teraputica para estrias recentes e eritematosas e para as estrias albase tardias. Por vezes, elas encontram-se em fases diversas de evoluo necessitando de

    teraputicas combinadas. Todos os autores nos mostram algumas teraputicas utilizadas para

    o tratamento das estrias como: a eletroterapia, a massagem, o laser, a dermoabraso

    superficial e a terapia medicamentosa.

    Segundo Milani, Joo e Farah (2006), o tratamento das estrias varia de acordo com a

    evoluo. Aplicao de substncias tpicas deve ser especfica para cada fase. Um mtodo

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    30/60

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    31/60

    30

    em creme, promove uma melhoria das estrias recentes, provavelmente pelo seu efeito sobre a

    diminuio da atividade da colagenase e aumento da produo de mucopolissacardeos. Deve-

    se ressaltar que sua utilizao durante a gravidez est contra-indicada, ainda que os riscos deteratogenia no tenha sido estabelecidos. O tambm utilizado cido gliclico, em

    concentraes de at 20% e a vitamina C tpica de 5 a 15% so sugeridos no tratamento das

    estrias albas com melhoria tanto na aparncia e textura cutnea bem como no comprimento e

    largura das estrias. O cido tricloroactico, o qual alguns autores referem sucesso com a

    utilizao de baixas concentraes desse cido 15 a 20%, atravs da realizao de

    quimioesfoliaes repetidas no nvel da derme papilar. Os peelings so realizados com

    intervalos mensais. Uma melhora significativa relacionada textura, firmeza e cor pode ser

    alcanada.

    Atualmente encontramos tcnicas efetivas e seguras no tratamento tanto das estrias

    eritematosas quanto das estrias albas. Ainda que os resultados por vezes no alcancem um

    total desaparecimento das leses (KEDE E SABATOVICH, 2004). Vrias formulaes

    teraputicas tm sido testadas para o tratamento das estrias atrficas, onde os resultados no

    so unnimes, tampouco conclusivos (GUIRRO E GUIRRO, 2002), no contribuindo para

    melhores resultados e satisfao dos pacientes (AZULAY E AZULAY, 1999).

    3.4 SUGESTES PARA PREVENO DAS ESTRIAS

    De acordo com Souza, Cavalcante Jr. e Arruda (1995), supe-se que os hbitos

    alimentares incorretos, a falta de atividade fsica e a prpria constituio orgnica contribuem

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    32/60

    31

    para o aparecimento das estrias. Algumas sugestes para a preveno das estrias so descritas

    a seguir:

    Inserir uma dieta adequadas rica em fibras e protenas; Praticar esportes e exerccios fsicos peridicos, controlados por especialistas (o ideal

    comear a preveno na poca da puberdade);

    Obedecer a ficha de controle de atividades fsicas, pois, a sobrecarga de exerccios

    fsicos pode causar rompimento das fibras por causa do aumento excessivo da massa

    muscular;

    Avaliar a parte hormonal e identificar outros fatores determinantes, caso haja

    predisposio gentica;

    Ingerir bastante lquidos, pois a gua ajuda a eliminar as toxinas orgnicas e resduos

    metablicos celulares.

    Guirro e Guirro (2002), relatam ainda que no h evidncias comprovar de que a

    hidratao da pele por meio de cosmticos possa prevenir o aparecimento de estrias, mas ela

    parece auxiliar na preveno.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    33/60

    32

    4 METODOLOGIA

    4.1 TIPO DA PESQUISA

    Este estudo caracteriza-se do tipo quantitativa, exploratria, tendo como corte

    transversal, onde utilizou-se um questionrio auto-aplicvel elaborado pela autora, para a

    abordagem dos dados. O questionrio (apndice A) contm 7 (sete) perguntas objetivas, as

    quais foram respondidas pelos acadmicos durante as aulas, sob autorizao do coordenador

    do curso.

    4.2 ASPECTOS TICOS

    O estudo recebeu parecer favorvel do Comit de tica em Pesquisa da Faculdade

    Assis Gurgacz (CEP-FAG), em 13 de junho de 2007: Parecer 157/2007 (Anexo A). Tambm

    foram solicitadas autorizaes para a pesquisa aos coordenadores dos cursos de Fisioterapia(Apndice C) e Engenharia Civil (Apndice D) da Faculdade Assis Gurgacz.

    Os questionrios (Apndice A) foram respondidos voluntariamente, precedidas de

    esclarecimento quanto aos aspectos ticos e legais, em conformidade com a Resoluo n

    196/96 do Conselho Nacional de Sade, que visa assegurar os direitos e deveres da

    comunidade, dos sujeitos e do Estado, incorporando sob a tica do indivduo e da coletividade

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    34/60

    33

    dos quatro referenciais bsicos da biotica: Autonomia, Justia, Beneficncia e No

    Maleficncia, garantindo sigilo das identidades e a veracidade dos resultados.

    E por esse envolvimento preciso citar alguns riscos e benefcios que a mesma trouxeaos indivduos. Como riscos, importante ressaltar que o indivduo pode sentir-se

    constrangido e que poderia haver danos morais ao mesmo pela divulgao dos dados pessoais.

    Para amenizar estes riscos a pesquisadora comprometeu-se em preservar a identidade do

    indivduo em sigilo. O benefcio esperado pelo estudo a contribuio cientfica, pois existe

    uma falta de estudos metodologicamente adequados referentes a esse assunto.

    Assim sendo, os indivduos selecionados foram convidados a assinar um termo de

    consentimento livre e esclarecido (Apndice B), no qual consta a finalidade da pesquisa e os

    procedimentos a serem realizados.

    4.3 LOCAL DO DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

    Este estudo teve como campo de investigao a Faculdade Assis Gurgacz, na cidade

    de Cascavel PR.

    4.4 AMOSTRA

    Para o presente estudo, foram selecionados 150 indivduos, segundo os seguintes

    critrios de incluso: acadmicos do sexo feminino ou masculino, idade entre 17 e 24 anos,

    portadores ou no de pele estriada, que tenham assinado o termo de livre consentimento.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    35/60

    34

    Os acadmicos que no se enquadraram nos critrios de incluso estabelecidos no

    foram submetidos coleta dos dados.

    4.5 INSTRUMENTOS

    Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se um questionrio (Apndice A),

    contendo 7 (sete) perguntas objetivas, visando alcanar o objetivo da pesquisa que refere-se a

    quantificar a incidncia do aparecimento de estrias nos acadmicos da Faculdade Assis

    Gurgacz, com base em hipteses que interessem mesma.

    4.6 PROCEDIMENTO

    Antes da aplicao dos instrumentos de coleta de dados, foi solicitado aos

    participantes do estudo, o preenchimento do termo de consentimento livre e esclarecido

    (Apndice B).Assim feito, solicitou-se aos participantes que respondessem ao questionrio

    (Apndice A), de forma que assinalassem as alternativas que correspondem suas afeces.

    Durante o perodo de aplicao, a pesquisadora esteve presente no local, sanando as dvidas

    dos participantes.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    36/60

    35

    4.7 ANLISE DOS DADOS

    A anlise dos dados foi realizada atravs de amostragem probabilstica estratificada,

    clculo de percentual para avaliar a prevalncia, grficos e tabelas, usando o programa SPSS

    verso 13.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    37/60

    36

    5 RESULTADOS E DISCUSSO

    Este estudo caracterizado do tipo campo onde utilizou-se um questionrio auto-

    aplicvel elaborado pela autora, para a abordagem dos dados. O questionrio (Apndice A)

    contm 7 (sete) perguntas objetivas, as quais foram respondidas pelos acadmicos durante as

    aulas, sob autorizao do coordenador do curso. Os resultados foram analisados atravs de

    amostragem probabilstica estratificada, clculo de percentual para avaliar a prevalncia,

    grficos e tabelas, usando o SPSS verso 13.

    A amostra foi composta por 150 acadmicos, onde 75 do sexo feminino e 75 do sexo

    masculino, que apresentavam idade entre 17 a 24 anos, com uma idade mdia de 20,72 no

    sexo feminino e de 20,10 no sexo masculino.

    GRFICO 1 Incidncia de estrias nos sexos feminino e masculino

    44%

    56%

    Masculino Feminino

    Fonte: do autor

    O grfico 1, apresenta a incidncia de estrias, demonstrando predomnio da afeco no

    sexo feminino com 56%, enquanto no sexo masculino 44% apresentam estrias.

    De acordo com Guirro e Guirro (2002), as estrias atrficas so encontradas em ambos

    os sexos, com predominncia no feminino, principalmente a partir da adolescncia. Na mulher

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    38/60

    37

    adulta saudvel a incidncia de estrias de 2,5 vezes mais freqente que no homem nas

    mesmas condies. Concordando com a pesquisa onde obteve-se o maior percentual de estrias

    nas mulheres.

    GRFICO 2 Idade do aparecimento das estrias

    0% 0%

    7%

    47%

    22%

    13%

    5% 5%3%

    6%

    26%

    0%4%

    10%

    20%

    30%

    9 a 10anos

    11 a 12anos

    13 a 14anos

    15 a 16anos

    17 a 18anos

    19 a 20anos

    21 a 23anos

    No sabeou nolembra

    Masculino Feminino

    Fonte: do autor

    O grfico 2 ilustra a idade do aparecimento de estrias nos acadmicos selecionados,

    onde 3% do sexo feminino apresentaram a afeco entre 9 e 10 anos, e 6% entre 11 e 12 anos,

    enquanto no sexo masculino ningum apresentou na mesma poca. J entre 13 e 14 anos, 7%

    dos homens e 26% das mulheres apresentaram estrias. Observou-se, com isso, que o

    aparecimento de estrias nas mulheres mais precoce em relao aos homens.

    A maior incidncia de aparecimento das estrias tanto no sexo feminino quanto no sexo

    masculino apresentaram entre 15 e 16 anos, onde 47% do sexo masculino e 30% do sexo

    feminino. Entre 17 e 18 a incidncia foi de 22% no sexo masculino e 20% no sexo feminino.

    Aos 19 e 20 anos, 13% do sexo masculino apresentaram estrias, enquanto 10% do sexo

    feminino no mesmo perodo. Entre 21 a 23 anos 5% do sexo masculino e 4% do sexo

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    39/60

    38

    feminino relataram o aparecimento de estrias. 5% do sexo masculino e 0% do sexo feminino

    responderam que no sabiam ou no lembravam a idade do aparecimento das estrias.

    Segundo Guirro e Guirro (2002), o perodo de surgimento das estrias pode variar. Deacordo com Kede e Sabatovich (2004), e Azulay e Azulay (1999), as estrias no ocorrem em

    condies normais em pessoas acima de 45 anos nem comum em pr-puberes. Sua maior

    prevalncia ocorre na faixa etria dos 14 aos 20 anos (55-65% em mulheres e 15-20% em

    homens). Para Basak (1989) apud Guirro e Guirro (2002), elas ocorrem entre as idades de 10

    a 16 anos para o sexo feminino e de 14 a 20 anos para o sexo masculino, sendo que a

    incidncia dentro desses grupos etrios indica um intervalo de 21 a 72% para as meninas e de

    6 a 40% para os meninos.

    Sendo assim, pode observar que houve concordncia com a literatura, pois o

    aparecimento das estrias predominou no sexo feminino na faixa etria dos 13 aos 18 anos e no

    sexo masculino, observou-se maior predomnio durante a faixa etria dos 15 aos 20 anos.

    GRFICO 3 Causa do aparecimento das estrias

    62%

    15%

    22%

    2%

    2%

    0%

    61%

    14%

    0%

    2%

    6%

    10%

    6%

    0%

    Ado lescnc ia

    Obesidade

    Ac ademia

    Ap s cirurgia

    Po r uso de medicamentos

    No sabe

    Gravidez

    Masculino Feminino

    Fonte: do autor

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    40/60

    39

    O grfico 3 apresenta qual a causa do aparecimento das estrias nos indivduos

    selecionados, no qual houve predominncia durante a adolescncia em 61% no sexo feminino

    e 62% no sexo masculino. Em segundo lugar predominou como causa do aparecimento dasestrias a obesidade, com 14% no sexo feminino e 13% no sexo masculino. No sexo

    masculino, com 22% a causa foi academia, porm, 0% no sexo feminino. Como causa o uso

    de medicamentos 6% das mulheres relataram o aparecimento, enquanto 2% dos homens

    obtiveram a afeco. A gravidez como causadora do aparecimento ficou com 6% no sexo

    feminino. 10% das mulheres, e 2% dos homens selecionados, responderam que no sabem a

    causa das estrias, e somente 2% do sexo masculino e 0% do sexo feminino apresentaram

    estrias aps cirurgia.

    De acordo com os resultados obtidos Maio (2004), relata que a patognese ainda no

    plenamente conhecida. Os trabalhos cientficos reconhecem sua natureza multifatorial e vm

    demonstrando os vrios fatores implicados em sua origem. De acordo com Kede e Sabatovich

    (2004), as causas mais comuns para a formao de estrias so: obesidade, gravidez e

    puberdade (quando ocorre grande estiramento). O surgimento pode tambm estar associado

    ao uso prolongado de corticides, tanto por via oral como tpica, para tratamento de algumas

    patologias.

    Silva, Takemura e Schwartz (1999) apud Guirro e Guirro (2004), citam que em

    relao caracterizao das estrias, sete sujeitos relataram perodo de aparecimento dasestrias na adolescncia e trs na gravidez. Das 102 pacientes avaliadas tratadas pelas autoras,

    a maior incidncia de aparecimento das estrias foi na adolescncia (45,5%), seguido pela

    obesidade (30,5%), gravidez (19,5%) e medicamentos (4,5%).

    Netto (2005), afirma que ocorrem na maioria das gestaes, aparecem na segunda

    metade da gravidez e se localizam, preferencialmente, no abdome inferior, na regio gltea,

    nas coxas e nos seios.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    41/60

    40

    Relacionado com a literatura encontrada sobre a causa do aparecimento das estrias,

    observou-se que houve predomnio do aparecimento durante a adolescncia, tanto no sexo

    feminino quanto no sexo masculino.

    GRFICO 4 Localizao das estrias

    19%22%

    16%

    6%

    17%

    9%

    1%

    10%10%

    14%13%

    4%

    11%

    6%

    1%

    7%

    Braos Coxas Flancos Ombros Ndegas Abdomen Mamas Outros

    Masculino Feminino

    Fonte: do autor

    O respectivo grfico apresenta a localizao das estrias, onde no sexo masculino

    predominou com 22% nas coxas, seguido por 19% nos braos, 17% nas ndegas e 16% nos

    flancos, enquanto nos ombros 6% dos homens relataram a afeco, 9% no abdmen, 1% nas

    mamas e 10% observaram em outros lugares, como: axilas, costas e quadril. J no sexo

    feminino, houve maior incidncia em coxas com 14%, seguido dos braos com 13%, ndegas

    11%, flancos 10%, outros 7% que incluem as costas e regio popltea, 6% em abdmen, 4%

    nos ombros e 1% nas mamas.

    Os resultados encontrados no grfico 4, onde observou-se uma maior predominncia

    do aparecimento das estrias em localidades como coxas, ndegas, e braos, tanto no sexo

    feminino como no sexo masculino, so explicados por Guirro e Guirro (2002), que relatam

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    42/60

    41

    que quanto localizao das estrias pode-se observar uma incidncia maior nas regies que

    apresentam alteraes teciduais como glteos, seios, abdome, coxas, regio lombossacral

    (comum em homens), podendo ocorrer tambm em regies pouco comuns como fossa popltea, trax, regio ilaca, antebrao, poro anterior do cotovelo.

    De acordo com Azulay e Azulay (1999) e Kede e Sabatovich (2004), na mulher as

    localizaes mais frequentes so ndegas, abdmen e mamas, enquanto nos homens,

    predominam no dorso, regio lombossacra e parte externa de coxas. Existe, no entanto, uma

    grande variao na distribuio bem como no acometimento de outras regies como raiz dos

    membros superiores, axilas e trax. Pode-se afirmar que as estrias surgem perpendicularmente

    ao eixo de maior tenso da pele e que acompanham a grosso modo, as linhas de clivagem da

    pele (linhas de Langer).

    Quanto ao baixo ndice de aparecimento das estrias em mamas, est relacionado

    idade atualmente dos participantes e que houve baixo ndice de mulheres primparas e/ou

    multparas

    GRFICO 5 Colorao das estrias

    62%

    2%

    25%

    11%

    65%

    10%

    20%

    4%

    Branca Branca/rosada Rosada No sei

    Masculino Feminino

    Fonte: do autor

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    43/60

    42

    O grfico 5 ilustra a colorao das estrias, com predominncia da cor branca, onde

    62% no sexo masculino e 65% no sexo feminino, seguida da colorao rosada com 25% no

    sexo masculino e 20% no sexo feminino. 2% no sexo masculino e 10% no sexo femininoapresentam estrias com colorao branca e rosada, e 11% dos homens e 4% das mulheres no

    souberam identificar a colorao de suas estrias.

    Quanto aos resultados obtidos, Tsuji (1993) apud Santos e Simes (2003), explica que

    a cor, normalmente, caracterizada de acordo com o perodo de instaurao: quanto mais

    avermelhadas, mais recentes; e quanto mais esbranquiadas, mais antigas. Guirro e Guirro

    (2002), afirmam tambm que as estrias so denominadas na fase inicial de rubras (striae

    rubrae). Na fase seguinte, onde o processo de formao j est praticamente estabelecido, as

    leses tornam-se esbranquiadas, quase nacaradas, sendo denominadas nessa fase de estria

    Alba (striae albae).

    GRFICO 6 Realizao de tratamento para estrias

    2%

    98%

    12%

    88%

    Sim No

    Masculino Feminino

    Fonte: do autor

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    44/60

    43

    O grfico 6 apresenta se houve ou no a realizao de tratamento para estrias, onde

    2% do sexo masculino e 12% do sexo feminino, responderam que realizaram tratamento, com

    diferentes abordagens teraputicas como: cremes, cirurgia de reduo de mama,galvanopuntura, remdios, peeling e laser. J 98% do sexo masculino e 88% do sexo

    feminino, no realizaram tratamento para estrias.

    De acordo com Guirro e Guirro (2002), na literatura disponvel sobre estrias, os

    autores so unnimes em consider-las como sendo seqela irreversvel, o que confirma

    Arnold Jr, Odom e James (1994), afirmando que no h tratamento efetivo para as estrias

    atrficas. Porm, para Kede e Sabatovich (2004) e Azulay & Azulay (1999), atualmente

    encontramos tcnicas efetivas e seguras no tratamento tanto das estrias eritematosas quanto

    das estrias albas. Ainda que os resultados por vezes no alcancem um total desaparecimento

    das leses, sem dvida algumas teraputicas atuais em muito contriburam para melhores

    resultados e satisfao dos pacientes.

    GRFICO 7 Realizao de tratamento com profissionais

    2%

    0%

    10%

    1%

    Mdico/dermatologista Fisioterapeuta

    Masculino Feminino

    Fonte: do autor

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    45/60

    44

    GRFICO 8 Resultado do tratamento realizado com profissionais

    2%

    0% 0% 0%

    1%

    4%

    3% 3%

    Ruim Regular Bom timo

    Masculino Feminino

    Fonte: do autor

    Os respectivos grficos 7 e 8 apresentam se houve realizao de tratamento com

    profissionais e qual foi o resultado deste tratamento. O grfico 7 ilustra que realizou-se

    tratamento com mdico e fisioterapeuta, onde 2% no sexo masculino e 10% no sexo feminino

    realizaram tratamento mdico e 0% no sexo masculino, e 1% no sexo feminino, realizaram

    tratamento com fisioterapeuta.

    O grfico 8, apresenta que no sexo masculino 2% do indivduos selecionados

    responderam que o tratamento foi ruim, enquanto 0% regular, bom e timo. J no sexo

    feminino, 1% das selecionadas responderam que o tratamento foi ruim, 4% regular, 3% bom e

    3% timo.

    Quanto ao profissional que realizou o tratamento, no sexo feminino, observou-se que

    no tratamento fisioteraputico o resultado foi regular, enquanto no tratamento mdico as

    respostas variam em ruim, regular, bom e timo, sendo que o maior ndice de respostas, se

    deu quanto ao tratamento ter sido regular. J no sexo masculino s houve tratamento mdico,no qual o resultado foi ruim.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    46/60

    45

    De acordo com Guirro e Guirro (2002), a eficcia do tratamento grande. Obviamente

    o resultado pode variar em diferentes indivduos, como em qualquer outro tratamento de

    diversas afeces. Este fato est centrado na capacidade reacional de cada indivduo.Para os mesmos autores, vrias formulaes teraputicas tm sido testadas para o

    tratamento das estrias atrficas, onde os resultados no so unnimes, tampouco conclusivos,

    o que para Azulay e Azulay (1999), no contribuindo para melhores resultados e satisfao

    dos pacientes.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    47/60

    46

    6 CONSIDERAES FINAIS

    Considerando que as estrias so classificadas como uma atrofia adquirida, que indica

    um desequilbrio elstico localizado, ou seja, uma leso da pele, as quais so observadas em

    ambos os sexos. O objetivo deste estudo foi quantificar a incidncia do aparecimento de

    estrias nos acadmicos da Faculdade Assis Gurgacz, buscando analisar a localizao mais

    comum, identificando a idade do aparecimento, o sexo mais afetado e as causas mais

    freqentes do aparecimento das estrias. Pode-se observar que a incidncia de estrias foi

    encontrada com maior ndice no sexo feminino, tendo como causa a adolescncia.

    De acordo com os resultados obtidos, podemos considerar que houve relao com as

    afirmaes encontradas na literatura, onde no estudo observou-se estrias em ambos os sexos,

    mas com predomnio no sexo feminino, com as idades de maior incidncia no sexo feminino

    entre 13 e 18 anos e no sexo masculino entre 15 a 20 anos.

    Relacionando com a literatura consultada, observou-se que atualmente a colorao das

    estrias, predomina na cor branca, devido idade dos participantes, pois em seu estgio inicial,

    as estrias so violceas, adquirindo aps alguns meses uma tonalidade branca.

    Podemos tambm analisar a causa mais freqente do aparecimento de estrias, visto que

    h uma prevalncia maior durante a adolescncia. Quanto localizao da estrias tambm hsignificncia, estando de acordo com a literatura pesquisada, de que as estrias podem ser

    observadas em regies que apresentem alteraes teciduais como glteos, seios, abdome,

    coxas, flancos, podendo tambm ocorrer em regies como fossa popltea, costas, axilas e

    regio ilaca.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    48/60

    47

    Sugestes quanto preveno das estrias foram descritas no estudo, mas alguns

    autores relatam que no h comprovao em relao hidratao, por isso, deve-se tomar

    algumas precaues, de acordo com alimentao, atividade fsica e fatores hormonais.O fisioterapeuta dermato-funcional deve sempre procurar um tratamento adequado

    para cada patologia. Por essa razo, sugere-se que novos estudos sejam realizados, devido

    escassez de literatura referente ao determinado assunto, dentro da rea da Fisioterapia.

    Podendo assim, serem realizados com uma amostra maior, com diferentes faixas etrias,

    procurando atingir mulheres multparas e obesos.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    49/60

    48

    7 REFERNCIAS

    AMARAL, F. T. V.; CARVALHO, S. R.; GRANZOTTI, J. A.; VIEIRA, L. H.; NETO, J. M.P. NUNES, M. A. Insuficincia Cardaca Neonatal e Sndrome de Marfan. Arq. Brasileiro deCardiologia. So Paulo, n. 67, p.355-357, 31 jul. 1996.

    ARAUJO, A. M.; SIMPLCIO, C. L.; PAIVA, F.; RAMOS, M.; SANTOS, R. J. R.;ROTBANDF, I. Estudo dos marcadores do tecido sseo nos pacientes portadores da sndromede Marfan. Ver. Bras. Ortopedia. Rio de Janeiro, n. 38, p.473-479, ago. 2003.

    ARNOLD JUNIOR, H. L.; ODOM, R. B.; JAMES, W. D. Doenas da pele de Andrews:Dermatologia Clnica. 8 ed. So Paulo: Manole, 1994.

    AZULAY, R. D.; AZULAY, D. R. Dermatologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.

    BASAK, P.; DHAR, S.; KANWAR, A.J. Involvement of the legs in idiopatic striaedistensae: a case report. In: GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-Funcional. 3.

    ed. So Paulo: Manole, 2002.

    BECHELLI, L. M. Compndio de dermatologia. In: PRESSI, L.; LIMA; K. S. O uso damicrogalvanopuntura no tratamento de estrias atrficas: anlise comparativa dotrauma mecnico e da microcorrente. Universidade de Passo Fundo. Passo Fundo, 2005.

    CARAMASCHI, F. R.; LANDMAN, G.; VANA, L. P. M.; FERREIRA, M. C. Estudo dasfibras oxitalnicas em estrias: variaes em relao pele normal. Ver. Hosp. Clin. Fac.Md. S. Paulo. So Paulo, n.50, p.35-38, 1995.

    CAVALCANTE, F. H.; TALHARI, S. FERREIRA, L. C. L.; ANDRADE, R. V. ElastoseFocal Linear. Anais Brasileiros de Dermatologia. Rio de Janeiro, n. 75, p.475-478, jul/ago.2000.

    CUC, L. C.; NETO, C. F. Manual de dermatologia. In: PRESSI, L.; LIMA; K. S. O uso damicrogalvanopuntura no tratamento de estrias atrficas: anlise comparativa dotrauma mecnico e da microcorrente. Universidade de Passo Fundo. Passo Fundo, 2005.

    FARIAS, T. S. M. A. Pele e Anexos. In: MAIO, M. Tratado de Medicina Esttica. Vol I.So Paulo: Roca, 2004.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    50/60

    49

    GAMONAL, A. Dermatologia elementar: compndio de dermatologia. In: PRESSI, L.;LIMA; K. S. O uso da microgalvanopuntura no tratamento de estrias atrficas: anlisecomparativa do trauma mecnico e da microcorrente. Universidade de Passo Fundo.Passo Fundo, 2005.

    GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-Funcional. 3. ed. So Paulo: Manole,2002.

    JUNQUEIRA, L.C; CARNEIRO, J. Histologia Bsica. 9 ed. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 1999.

    KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dematologia Esttica. So Paulo: Atheneu, 2004.

    LEITE, M. F. M. P; AOUN, N. B. T.; BORGES, M. S.; MAGALHES, M. E. C.;CHRISTIANI, L. A. Sndrome de Marfan, forma precoce e grave em irmos. Arq. Bras.Cardiol. Rio de Janeiro, n. 81, p.85-88, 2003.

    MAIO, M. Tratado de Medicina Esttica. So Paulo: Roca, 2004. V. III

    MILLANI, G. B.; JOO, S. M. A; FARAH, E. A. Fundamentos da Fisioterapia dermato-funcional: reviso de literatura. Fisioterapia e Pesquisa. So Paulo, n. 13, p. 37-43, 2006.

    NETTO, H. C. Obstetrcia Bsica. So Paulo: Atheneu, 2005.

    OSULLIVAN, S. B. & SCHIMITZ, T. J. Fisitioterapia Avaliao e Tratamento. 2 ed. SoPaulo: Manole, 1993.

    PORTO, C. C. Semiologia Mdica. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

    PRESSI, L.; LIMA; K. S. O uso da microgalvanopuntura no tratamento de estriasatrficas: anlise comparativa do trauma mecnico e da microcorrente. Universidade dePasso Fundo. Passo Fundo, 2005.

    ROSS, M. H.; REITH, E. J.; ROMRELL, L. J. Histologia, Texto e Atlas. 2 ed. So Paulo:

    Panamericana, 1993.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    51/60

    50

    SAMPAIO, S. RIVITTI, E. Dermatologia. 2 ed. So Paulo: Artes Mdicas, 2001.

    SAMPAIO, S. A. P.; RIVITH, E. A. Dermatologia Bsica. 2 ed. So Paulo: Artes Mdicas,2000.

    SANTOS, C. M.; SIMES, N. P. Tratamento Esttico da Estrias atravs daMicrogalvanopuntura. Fisio Brasil. So Paulo, n 62, p. 15-17, nov/dez. 2003.

    SILVA, E. B. M.; TAKEMURA, L.; SCHWARTZ, S.M. Anlise do tratamento deregenerao de estrias com o uso do gerador de corrente contnua filtrada constanteSTRIAT em mulheres entre 15 e 60 anos. In: GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia

    Dermato-Funcional. 3. ed. So Paulo: Manole, 2002.

    SISSON, W. R. Colorad striae in adolesccent children. In: GUIRRO, E.; GUIRRO, R.Fisioterapia Dermato-Funcional. 3. ed. So Paulo: Manole, 2002.

    SOUZA, T. C. R.; CAVALCANTI JUNIOR, M. R.; ARRUDA, A. C. Incidncia de estrias ecelulites em adolescentes de uma academia de ginstica na cidade de Joo Pessoa. CCS.Paraba, n 4, p. 71-74. 1995.

    TOSCHI, A. Estrias e cicatrizes atrficas. In: MAIO, M. Tratado de Medicina Esttica.So Paulo: Roca, 2004.

    TSUJI, T. Hyperpigmentation in striae distensae after bleomycin treatment. In:SANTOS, C. M.; SIMES, N. P. Tratamento Esttico da Estrias atravs daMicrogalvanopuntura. Fisio Brasil. So Paulo, n 62, p. 15-17, nov/dez.. 2003.

    VENTURA, D. B. S; SIMES, N. P. O Uso da Corrente Galvnica Filtrada em EstriasAtrficas. Fisio Brasil. So Paulo, n 62, p. 7-9, nov/dez. 2003.

    WIENER, K. Skin manifestations of internal disorders (dermadromes). In: VENTURA, D.B. S; SIMES, N. P. O Uso da Corrente Galvnica Filtrada em Estrias Atrficas. FisioBrasil. So Paulo, n 62, p. 7-9, nov/dez. 2003.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    52/60

    51

    APNDICES

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    53/60

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    54/60

    53

    5) Voc j fez algum tratamento para estrias?

    ( ) No( ) Sim. Qual? ______________________________________

    6) O tratamento para as estrias foram feitos com qual profissional?

    ( ) Mdico( ) Fisioterapeuta

    ( ) Outros? Quais? __________________________________

    7) Como voc considera o resultado do tratamento?( ) Ruim( ) Regular ( ) Bom

    ( ) timo

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    55/60

    54

    APNDICE B TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

    Ttulo do Projeto: Incidncia de estrias em acadmicos da Faculdade Assis Gurgacz,identificando a sua principal causa.

    rea do Conhecimento: Cincias da SadeCurso: Fisioterapia Nmero de sujeitos no centro: Nmero total de sujeitos: 152 sujeitos.Patrocinador da pesquisa: autor do projeto.Instituio onde ser realizado: Faculdade Assis Gurgacz - FAG Nome dos pesquisadores e colaboradores: Pesquisador Responsvel: Daniele Zanato; Autor daPesquisa: Veridiana Biscaro Bonetti.

    Voc est sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa acima identificado. Odocumento abaixo contm todas as informaes necessrias sobre a pesquisa que estamosfazendo. Sua colaborao neste estudo ser de muita importncia para ns, mas se desistir aqualquer momento, isso no causar nenhum prejuzo a voc.

    Eu, ____________________________________ aceito participar como voluntrio (a) no

    presente projeto de pesquisa. Discuti com o pesquisador responsvel sobre a minha deciso em participar e estou ciente que:

    1. O objetivo desta pesquisa quantificar a incidncia de estrias em acadmicos da FAG.

    2. O procedimento ser atravs de um questionrio que ser aplicado em sala, com a presenados acadmicos.

    3. O benefcio esperado da pesquisa quantificar o nmero de indivduos que possuamestrias, qual a idade do aparecimento das mesmas e qual a principal causa para oaparecimento.

    O desconforto e risco esperado que possa se sentir constrangido e que possa haver danosmorais ao mesmo. As medidas de proteo adotadas sero a preservao da identidade dosujeito e o cancelamento do questionrio do mesmo, que pode a qualquer momento retirar o questionrio. Os procedimentos para reduzir a ocorrncia dos possveis riscos edesconfortos sero os esclarecimentos de todas as questes do questionrio.

    4. Declaro estar ciente de que no est prevista nenhuma forma de remunerao para a minha participao no presente estudo.

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    56/60

    55

    5. Tenho a liberdade de desistir ou de interromper esta pesquisa no momento em que desejar,sem necessidade de qualquer explicao.

    6. A minha desistncia no causar nenhum prejuzo minha sade ou bem estar fsico.

    7. Os resultados obtidos durante este estudo sero mantidos em sigilo, mas concordo quesejam divulgados em publicaes cientficas, desde que meus dados pessoais no sejammencionados;

    Poderei consultar o pesquisador responsvel (acima identificado), nas quintas-feiras nohorrio das 7:30 na sala dos professores de educao fsica ou o CEP-FAG, com endereona Faculdade Assis Gurgacz, Av. das Torres, 500, Cep 85807-030, Fone: (45) 3321-3965, e-mail:[email protected]

    Sempre que entender necessrio obter informaes ou esclarecimentos sobre o projeto de pesquisa e minha participao no mesmo.

    8. Esta pesquisa ser de carter pblico, a fim de ser divulgada em eventos cientficos denvel nacional e internacional, em diversos meios de comunicao e para acadmicos ou profissionais que tenham interesse no contedo da pesquisa assim colaborando com o meiocultural e educacional.

    Declaro que obtive todas as informaes necessrias e esclarecimento quanto s dvidas por mim apresentadas e, por estar de acordo, assino o presente documento.

    _____________( ), _____ de ____________ de ______.

    __________________________________ Sujeito da pesquisa

    mailto:[email protected]:[email protected]
  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    57/60

    56

    APNDICE C CARTA DE ACEITAO DO CURSO DE FISIOTERAPIA

    Cascavel, 19 de setembro de 2007.

    Eu, Leda Paes Walcker, coordenadora do curso de Fisioterapia da Faculdade Assis

    Gurgacz FAG declaro que recebi o pedido de autorizao para a realizao da coleta de

    dados referente ao trabalho de concluso de curso titulado Incidncia de estrias em

    acadmicos da Faculdade Assis Gurgacz, identificando a sua principal causa. Solicitado

    pela pesquisadora responsvel Daniele Zanato, docente do curso de Fisioterapia da

    Faculdade Assis Gurgacz FAG.

    Tendo conhecimento que o projeto ser encaminhado ao comit de tica e pesquisa

    com seres humanos da FAG, e aps a concluso da pesquisa receberei uma cpia da mesma.

    Venho por meio deste documento autorizar a realizao da coleta de dados pela

    professora Daniele Zanato, durante o ms de setembro de 2007.

    Atenciosamente,

    ___________________________ _______________________ Leda Paes Walcker Daniele Zanato

    Coordenadora do Curso de Fisioterapia FAG Pesquisadora Responsvel

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    58/60

    57

    APNDICE D CARTA DE ACEITAO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

    Cascavel, 27 de setembro de 2007.

    Eu, Lgia Rachid, coordenador do curso de Engenharia Civil da Faculdade Assis

    Gurgacz FAG declaro que recebi o pedido de autorizao para a realizao da coleta dedados referente ao trabalho de concluso de curso titulado Incidncia de estrias em

    acadmicos da Faculdade Assis Gurgacz, identificando a sua principal causa. Solicitado

    pela pesquisadora responsvel Daniele Zanato, docente do curso de Fisioterapia da

    Faculdade Assis Gurgacz FAG.

    Tendo conhecimento que o projeto ser encaminhado ao comit de tica e pesquisa

    com seres humanos da FAG, e aps a concluso da pesquisa receberei uma cpia da mesma.

    Venho por meio deste documento autorizar a realizao da coleta de dados pela

    professora Daniele Zanato, durante o ms de setembro de 2007.

    Atenciosamente,

    ___________________________ _______________________ Lgia Rachid Daniele Zanato

    Coordenador do Curso de Engenharia Civil FAG Pesquisadora Responsvel

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    59/60

    58

    ANEXOS

  • 8/10/2019 Incidencia de Estrias Em Academicos Da Faculdade Assis Gurgacz Identificando a Sua Principal Causa

    60/60

    59

    ANEXO A CARTA DE ACEITAO DO COMIT DE TICA