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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE – UNIVALE
FACULDADE DE CIÊNCIA DA SAÚDE – FACS
CURSO DE FARMÁCIA
Ana Carolina Da Silva Caiafa
Gabriell Coimbra Amorim
Jaqueline Gomes Da Gama
Júlia Corrêa A. De Oliveira Fernandes
Luciano Eça Avelino Filho
IMPACTO DO PROGRAMA DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DO COMPONENTE
ESPECIALIZADO DO SUS ATRAVÉS DE DADOS ESTATISTICOS PARA USUÁRIOS DE
GOVERNADOR VALADARES
Governador Valadares
2010
2
2
ANA CAROLINA DA SILVA CAIAFA
GABRIELL COIMBRA AMORIM
JAQUELINE GOMES DA GAMA
JÚLIA CORRÊA A. DE OLIVEIRA FERNANDES
LUCIANO EÇA AVELINO FILHO
IMPACTO DO PROGRAMA DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DO COMPONENTE
ESPECIALIZADO DO SUS ATRAVÉS DE DADOS ESTATISTICOS PARA USUÁRIOS DE
GOVERNADOR VALADARES
Monografia apresentada como requisito para
obtenção do grau de Farmacêutico Generalista
pela Faculdade de Ciência da Saúde – FACS da
Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE)
Orientadora: Prof.ª Suzana Maria Byrro
Governador Valadares
2010
3
3
ANA CAROLINA DA SILVA CAIAFA
GABRIELL COIMBRA AMORIM
JAQUELINE GOMES DA GAMA
JÚLIA CORRÊA A. DE OLIVEIRA FERNANDES
LUCIANO EÇA AVELINO FILHO
IMPACTO DO PROGRAMA DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DO
COMPONENTE ESPECIALIZADO DO SUS ATRAVÉS DE DADOS
ESTATISTICOS PARA USUÁRIOS DE GOVERNADOR VALADARES
Monografia apresentada como requisito para
obtenção do grau de Farmacêutico Generalista
pela Faculdade de Ciência da Saúde – FACS da
Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE)
Governador Valadares, ___ de ____________ de _____.
Banca Examinadora:
__________________________________________
Prof.ª Suzana Maria Byrro – Orientadora
Universidade Vale do Rio Doce
__________________________________________
Prof.ª Claudine Menezes R Pereira
Universidade Vale do Rio Doce
__________________________________________
Prof.ª Júnia Carla de Oliveira Alves
Universidade Vale do Rio Doce
4
Dedicamos aos pais que nos
incentivaram, aos amores que nos
apoiaram e entenderam nossas
ausências para a realização desde
trabalho.
5
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, “Que teu coração deposite toda a sua confiança no
Senhor! Não te firme em tua própria sabedoria! Sejam quais forem os seus caminhos,
pensa Nele, e ele aplainará tuas sendas.” (Pr 3, 5-12)
Agradecemos a nossa Orientadora Suzana Maria Byrro por nos tornar mais críticos e nos
permitir a pesquisa na gestão pública, tão importante e às vezes tão pouco valorizada.
Agradecemos ainda o carinho e dedicação depositada em nós.
Agradecemos o carinho, a paciência da Farmacêutica da Gerência Regional de Saúde
Governador Valadares Maria Luiza Martins Silva, nos foi como uma Co-Orientadora e
agradecemos toda a equipe que nos recebeu e auxiliou o máximo que foi possível.
Agradecemos ainda ao Superintendente da Assistência Farmacêutica de Minas Gerais o
Farmacêutico Augusto Afonso Guerra Júnior que nos permitiu realizar a coleta de dados.
A todos que, de alguma forma, contribuíram para que este trabalho fosse possível.
6
RESUMO
O componente especializado da Assistência Farmacêutica surgiu com o intuito de oferecer
medicamentos de alto valor unitário; sendo considerado de suma importância para a
população. Para definir este componente abordou assuntos relacionados ao SUS, a Política
de Medicamentos, as Legislações disponíveis e os Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas. O trabalho teve intuito de verificar o impacto da política para a Macroregião de
Governador Valadares a partir de dados fornecidos pela Gerência Regional de Saúde de
Governador Valadares, mediante autorização da SES-MG. Estatisticamente, copilaram-se os
dados, concluindo-se que a política do Componente Especializado e outras políticas do SUS
são extremamente importantes, impactando de forma positiva na vida da população
Brasileira e da Macroregião de Governador Valadares.
Palavras Chave: Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, SUS, GRS,
SES-MG
7
ABSTRACT
The specialized component of the pharmaceutical assistance came with the intention of
offering products of high unit value, being considered of utmost importance to the people. To
set this component addressed issues relating to the SUS, the Medicines Policy, the Legislation
and Protocols available Clinical and Therapeutic Guidelines. The study was aimed at
verifying the impact of policy on the macro-region of Governador Valadares starting at data
provided by the Regional Health Management Governador Valadares, upon authorization of
the SES-MG. The data were compiled statistically concluding that the policy of the
Specialized Component SUS and other policies are extremely important and impacting
positively on the life of the Brazilian population and macro-region of Governador Valadares.
Keywords: Component Specialized Pharmaceutical Services, SUS, GRS, SES-MG
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Fluxograma representativo dos processos que envolvem a Assistência
Farmacêutica.............................................................................................................................19
Figura 02: Inserção das práticas farmacêuticas no contexto da política de saúde....................22
Figura 03: Estrutura Organizacional da Secretaria de Estado de Minas Gerais da qual
as GRS são parte componente................................................................................................25
Figura 04: Mapa de Minas Gerais dividido por GRS................................................................26
Figura 05: Mapa de Minas Gerais da área de abrangência da GRS Governador
Valadares...................................................................................................................................28
Figura 06: Fluxograma do Ciclo da Assistência Farmacêutica.................................................30
Figura07: Linha do Tempo do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.......35
Gráfico 01: Quantidade de Processos abertos na GRS Governador Valadares nos 1ºSEM dos
anos referenciados.....................................................................................................................47
Gráfico 02: Porcentagem de Processos Deferidos nos 1ºSEM dos anos referenciados............47
Gráfico 03: Proporção de processos deferidos por indeferidos do 1º SEM/10.........................48
Gráfico 04: Quantidade de Processos abertos na GRS Governador Valadares nos 2ºSEM dos
anos referenciados.....................................................................................................................49
Gráfico 05: Quantidade de Processos abertos na GRS Governador Valadares nos 2ºSEM dos
anos referenciados.....................................................................................................................49
Gráfico 06: Média da quantidade de Dias gastos com a análise dos processos, primeiro
semestre dos anos 2008, 2009 e 2010.......................................................................................50
Gráfico 07: Proporção de processos abertos por gênero nos primeiros semestres dos anos
referenciados............................................................................................................................51
Gráfico 08: Número de atendimentos realizados pela GRS Governador Valadares................51
9
Gráfico 09: Medicamentos mais solicitados no 1º SEM/2008..................................................56
Gráfico 10: Medicamentos mais solicitados no 1º SEM/2009..................................................63
Gráfico 11: Medicamentos mais solicitados no 1º SEM/2010..................................................64
Quadro 01: Listagem dos municípios das Gerências Regionais de Saúde de Governador
Valadares e a população estimada...........................................................................................27
10
LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Compilação dos Dados 1º SEM/08.......................................................................44
Tabela 02: Compilação dos Dados 1º SEM/09.......................................................................45
Tabela 03: Compilação dos Dados 1º SEM/10.......................................................................45
Tabela 04: Compilação dos Dados 2º SEM/08.......................................................................46
Tabela 05: Compilação dos Dados 2º SEM/09.......................................................................46
Tabela 06: Relação de medicamentos mais solicitados em Janeiro/ 2008..............................52
Tabela 07: Relação de medicamentos mais solicitados em Fevereiro/ 2008..........................53
Tabela 08: Relação de medicamentos mais solicitados em Março/ 2008...............................53
Tabela 09: Relação de medicamentos mais solicitados em Abril/ 2008.................................54
Tabela 10: Relação de medicamentos mais solicitados em Maio/ 2008.................................55
Tabela 11: Relação de medicamentos mais solicitados em Junho/ 2008...............................56
Tabela 12: Relação de medicamentos mais solicitados em Janeiro/ 2009..............................57
Tabela 13: Relação de medicamentos mais solicitados em Fevereiro/ 2009..........................58
Tabela 14: Relação de medicamentos mais solicitados em Março/ 2009...............................59
Tabela 15: Relação de medicamentos mais solicitados em Abril/ 2009................................60
Tabela 16: Relação de medicamentos mais solicitados em Maio/ 2009.................................61
Tabela 17: Relação de medicamentos mais solicitados em Junho/ 2009................................62
Tabela 18: Relação de medicamentos mais solicitados por mês 1º SEM/2010......................63
Tabela 19: Tabela CID-10 declarado para o medicamento Calcitriol.....................................64
Tabela 20: Tabela CID-10 declarado para o medicamento Eritropoetina...............................65
11
Tabela 21: Tabela CID-10 declarado para o medicamento Isotretinoína................................65
Tabela 22: Tabela CID-10 declarado para o medicamento Raloxifeno..................................66
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LISTA DE SIGLAS
AF - Assistência Farmacêutica
AIDS - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
CEAF - Componente Especializado da Assistência Farmacêutica
CEME - Central de Medicamentos
CEPESC - Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva
CID - Classificação Internacional de Doenças
CIT - Comissão Intergestores Tripartite
CITEC – Comissão de Incorporação de Tecnologias do Ministério da Saúde
CNS - Conselho Nacional de Saúde
CONASS - Conselho Nacional de Secretários de Saúde
CPF - Cadastro de Pessoa Física
DAF - Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos
DST - Doença Sexualmente Transmissível
GRS - Gerência Regional de Saúde
GV – Governador Valadares
HCPA - Hospital das Clínicas de Porto Alegre
IAFB - Incentivo a Assistência Farmacêutica Básica
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INAMPS – Instituto Nacional da Previdência Médica e Assistência Social
LOS - Leis Orgânicas da Saúde
OPAS - Organização Pan-Americana de Saúde
PNM - Política Nacional de Medicamentos
RENAME - Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
SES-MG – Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais
SPS - Secretaria de Políticas de Saúde
SUS - Sistema Único de Saúde
TCG - Termo de Compromisso de Gestão
TCI - Termo de Consentimento Informado
13
5 6
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 15
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................... 17
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................. 17
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO .................................................................................................... 17
3 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................ 18
3.1 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA .................................................................................... 18
3.2 HISTÓRICO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ....................................................... 20
3.3 POLÍTICAS FARMACÊUTICAS ....................................................................................... 21
3.3.1 Política Nacional de Medicamentos ................................................................................ 22
3.3.2 Política Nacional da Assistência Farmacêutica ............................................................. 24
3.4 GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE (GRS) .................................................................... 24
3.4.1 Municípios Atendidos pela GRS de Governador Valadares ....................................... 26
3.5 CICLO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ................................................................. 29
3.6 USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS ......................................................................... 30
3.7 COMPONENTES DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ............................................... 31
3.7.1 Componente Básico da Assistência Farmacêutica ........................................................ 31
3.7.2 Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica ................................................ 32
3.7.3 Componente Especializado da Assistência Farmacêutica ............................................ 32
3.7.3.1 Histórico .......................................................................................................................... 33
3.7.3.2 Ações e Legislações Regentes ........................................................................................ 35
3.7.3.3 Protocolos Clínicos ......................................................................................................... 36
3.7.3.4 Abertura de processo e participação do programa .......................................................... 39
3.7.3.5 Atendimento de demanda Especial ................................................................................. 40
4 METODOLOGIA .................................................................................................................. 42
4.1 TIPOS DE PESQUISA ......................................................................................................... 42
4.2 INSTRUMENTOS ................................................................................................................ 42
4.3 PROCEDIMENTOS ............................................................................................................. 42
4.4 CUIDADOS ÉTICOS ........................................................................................................... 43
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................... 44
5.1 APRESENTAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS OBTIDOS ................................... 44
14
5.2 RESULTADOS OBTIDOS POR SEMESTRE .................................................................... 47
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 67
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 69
APÊNDICE ............................................................................................................................... 73
ANEXOS .................................................................................................................................... 78
15
1 INTRODUÇÃO
A Constituição Federal de 1988 preconiza os direitos a saúde, os quais são
orientados pelos princípios da universalidade, equidade e igualdade, garantindo ao cidadão
o direito de acesso aos serviços e ações para promoção, proteção e recuperação da saúde.
A viabilização deste direito ficou sob jurisdição do Sistema Único de Saúde (SUS) e
regulamentada pelo artigo n° 198 e seguintes, assim cada cidadão brasileiro tem garantido o
acesso às ações e aos serviços do SUS, incluída a assistência terapêutica e farmacêutica
integral .
A criação e efetiva implantação do SUS se deram a partir da elaboração e aprovação
da legislação infraconstitucional - Leis Orgânicas da Saúde (LOS): Lei 8.080 de 19 de
setembro de 1990, detalhando sobre princípios, diretrizes gerais e condições para sua
organização e funcionamento.
Os objetivos do SUS abrangem desde a formação da política de saúde até a execução
da mesma, ou seja, a assistência ao cidadão usuário, através da promoção, proteção e
recuperação da saúde. (BRASIL. 1990).
No âmbito orçamentário, o SUS tem suas garantias originarias da seguridade social,
e outras fontes de recursos também são destinadas ao programa, conforme citado na lei
orgânica, na qual a gestão financeira destes recursos é de capacidade do Ministério da
Saúde. (BRASIL. 1990).
Para que haja uma real concretização dos objetivos da saúde foram estabelecidas as
Políticas Farmacêuticas: Política Nacional de Medicamentos e Política Nacional de
Assistência Farmacêutica.
Pontos relevantes como economia, fatores sanitários e prioridades políticas
governamentais são importantes para conquistar os objetivos e a execução de uma Política
Farmacêutica a qual visa garantir o acesso da população a medicamentos essenciais com
qualidade e segurança, além de promover o uso racional de medicamentos.
O Sistema Único de Saúde Brasileiro, pela sua dimensão e abrangência, precisa
possuir uma Assistência Farmacêutica completa, bem planejada e estruturada, com
profissionais qualificados para subsidiar as ações da saúde. Contar com uma Política de
Assistência Farmacêutica é uma prioridade da saúde pública.
Em função do grande impacto financeiro que a assistência farmacêutica representa
exige-se um gerenciamento efetivo destes gastos. O financiamento passou do âmbito das
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Secretarias Estaduais de Saúde para as três esferas da gestão do SUS e foi pactuado através
da Portaria GM/MS Nº 204, de 29 de Janeiro de 2007. (BRASIL,2007)
Ficou acordado que o financiamento seria repassado a partir de Blocos de
Financiamentos, houve então a necessidade de segmentar a Assistência Farmacêutica em
três componentes: Assistência Farmacêutica Básica, Especializada e Estratégica.
O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) é uma estratégia
de acesso a medicamentos pelo SUS, regulamentada pela Portaria GM/MS N° 2.981 de 26 de
novembro de 2009 e tem como objetivo garantir a integralidade do tratamento
medicamentoso a nível ambulatorial. Este componente foi aprovado com intuído de
aprimorar e substituir o componente de medicamento de Dispensação Excepcional, que
abrange os medicamentos de alto custo. (BRASIL,2010; BRASIL, 2010a)
O programa de medicamento de alto custo surgiu com o intuito de fornecer
medicamentos gratuitamente àqueles pacientes portadores de doenças crônicas/ raras
cujos medicamentos tenham alto valor unitário, configurando um tratamento de custo
elevado.
Hoje em Minas Gerais são disponibilizados 193 medicamentos de alto custo
(ANEXO A), e para ter acesso a esses medicamentos os pacientes necessitam preencher
documentações necessárias para abertura de processo para inclusão do paciente.
O controle dos pacientes é realizado de forma individual, por meio de cadastro de
pessoa física (CPF) e diagnóstico com classificação de acordo com o CID (Classificação
Internacional de Doenças).
Para dispensação dos medicamentos oferecidos é necessária a apresentação de
documentos específicos os quais seguem critérios preconizados nos protocolos clínicos e
diretrizes terapêuticas. Ocorre devido às características das doenças abrangidas no
componente especializado.
O crescente número de pacientes apresentando quadros que os tornam aptos para
inclusão no programa desperta o interesse de verificar estatisticamente estas mudanças e
analisar o perfil demográfico desta população em Governador Valadares.
As dificuldades enfrentadas pelos gestores e profissionais do SUS na viabilização
destes medicamentos, a quantidade de fármacos disponibilizada, os protocolos clínicos e
diretrizes terapêuticas tornam este assunto de suma importância para a saúde pública
Brasileira e a qualidade de vida dos pacientes.( ACURCIO, 2009; BRASIL,2006)
17
2 OBJETIVOS
2.1– OBJETIVO GERAL
Avaliar a abrangência do programa da assistência farmacêutica do componente
especializado do SUS em Governador Valadares a partir de planilha de indicadores
da GRS (Gerência Regional de Saúde), relacionando os pacientes beneficiados em
relação ao número de protocolos abertos.
2.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Determinar a progressão em um comparativo dos primeiros semestres do ano de
2008, 2009 e 2010 do número de pacientes que buscam o programa da assistência
farmacêutica do componente especializado abrindo processos.
Identificar as patologias mais freqüentes no processo de medicamento de alto
custo do SUS.
Verificar o intervalo de tempo gasto para autorização de inclusão no processo
após entrada nos protocolos.
Determinar uma progressão de atendimentos realizados pela GRS nos anos de
2007, 2008 e 2009.
Levantar o histórico do componente especializado da Assistência Farmacêutica,
as políticas do SUS.
18
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 - ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Uma grande preocupação mundial que atinge não somente as esferas governamentais,
mas também os cidadãos e a saúde. No que diz respeito a todos os níveis de ações e serviços
como, por exemplo, reduzir controlar ou extinguir os efeitos e sofrimentos causados pelas
doenças.
Um grande aliado a reduzir essa preocupação são os medicamentos, porém sabe-se
que a saúde de uma população não se reduz apenas ao uso de medicamentos, mas é
inestimável a sua contribuição à manutenção e ao cuidado á saúde.
A Assistência Farmacêutica por ser parte integrante do Sistema Público de Saúde tem
a competência de promover ações de saúde pública com a responsabilidade de auxiliar na
melhoria da qualidade de vida, promovendo ações de saúde.
A Resolução n° 338, de 6 de Maio de 2004, do Conselho Nacional de saúde conceitua
e aprova a Assistência Farmacêutica como:
Conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto
individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao
acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, desenvolvimento e a
produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação,
aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços,
acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de
resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população.
(BRASIL, 2004).
Não se considera a prática da Assistência Farmacêutica quando a mesma está restrita à
logística de medicamentos (adquirir, armazenar e distribuir), faz-se necessário somar durante
o processo valor as ações e serviços de saúde por meio do desenvolvimento da Assistência
Farmacêutica como um todo, alcançando seus objetivos.
A Assistência Farmacêutica deve estar voltada para a eficácia, segurança e custo -
beneficio dos medicamentos, planejando e criando programas adequados para se comprar a
quantidade certa no momento oportuno, levando em consideração a forma de armazenar,
distribuir e transportar, garantindo a manutenção da qualidade do produto farmacêutico.
Diante disso, podemos dizer que a Assistência Farmacêutica necessita contar com uma equipe
de profissionais qualificados além de estar integrada com o sistema de saúde.
Portanto a Assistência Farmacêutica é considerada uma atenção multidisciplinar
19
(envolvendo vários profissionais e setores), que se encontra fundamentada na
descentralização da gestão, garantido que o conjunto das ações de promoção, proteção e
recuperação da saúde sejam executados de forma adequada e qualificada.
A Assistência Farmacêutica pode ser inserida nos processos do SUS conforme
esquematiza da na figura 01. (BRASIL, 2006a)
Figura 01: Fluxograma representativo dos processos que envolvem a Assistência Farmacêutica.
Fonte: Assistência Farmacêutica na Atenção Básica, Ministério da Saúde, 2006.
O Pacto pela Saúde é um conjunto de reformulações institucionais pactuado
entre as três esferas de gestão (União, estados e municípios) do Sistema Único de Saúde,
com a intenção de melhorar os processos e as ferramentas de gestão. Para que haja uma
implantação deste pacto é necessário que os municípios, estados e União estejam de acordo
com o Termo de Compromisso de Gestão (TCG), o qual é renovado a cada 12 meses
revogando os processos anteriores e estabelecendo metas e compromissos para cada ente da
federação.
No âmbito de transferências de recursos modificações também ocorreram, passando
agora a ser divididas em seis grandes blocos de financiamento os quais são: Atenção Básica,
Média e Alta Complexidade da Assistência, Vigilância em Saúde, Assistência
20
Farmacêutica, Gestão do SUS e Investimentos em Saúde. (BRASIL,2010b)
Originalmente, o financiamento da Assistência Farmacêutica (AF) contemplava
apenas medicamentos, com a publicação da Portaria GM/MS n° 399 de 23 de fevereiro de
2006 que divulga o pacto pela saúde. Ficou acordado que as três esferas de gestão do SUS
agora são responsáveis pela programação, estruturação da assistência farmacêutica e a
garantia do acesso à população ao medicamento.(BRASIL,2006b)
A Portaria GM/MS n° 204, de 29 de janeiro de 2007, estabelece que os recursos
federais sejam repassados na forma de blocos de financiamento. (BRASIL,2007)
Sendo assim a Assistência farmacêutica ficou segmentada em três componentes:
* Componente de Assistência Farmacêutica Básica
* Componente de Assistência Farmacêutica Estratégico
* Componente Especializado da Assistência Farmacêutica
3.2 – HISTÓRICO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
O inicio da Assistência Farmacêutica como sendo uma política pública começou em
1971 com a instituição da Central de Medicamentos (CEME), que tinha como missão o
fornecimento de medicamentos à população sem condições financeiras para adquiri-los; e se
caracterizava por manter uma política centralizada de aquisição e de distribuição de
medicamentos. (BRASIL, 1971).
Com o advento da Constituição Federal de 1988, mudanças de preceito moral
ocorreram, a qual em seu artigo 6° estabeleceu a saúde como direito social e o seu cuidado
como competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios (Art.
23). O Art. 196 determina que:
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação. (BRASIL, 1988).
A Lei Orgânica n° 8.080 de 19 de setembro de 1990 regulamenta a Constituição
Federal de 1988, especificando metas para atuação do SUS em seu artigo 6° como: “a
formulação de políticas de medicamentos (...)” e designou atribuições pertinentes ao setor
saúde como: “execução de ações de assistência terapêutica integral inclusive
farmacêutica”(BRASIL, 1990).
A responsabilidade da Assistência Farmacêutica no Brasil ficou sob competência da
21
CEME ate 1997, quando foi desativada por inúmeros motivos entre eles a não execução de
uma gestão eficiente. Diante disso suas atribuições foram então transferidas para diferentes
órgãos do Ministério da Saúde.
3.3 – POLÍTICAS FARMACÊUTICAS
Entende-se como política um compromisso oficial firmado em documento redigido,
possuindo intenções, objetivos e decisões em nível de abrangência geral em relação a
qualquer tema em pauta. Tem a função de servir como guia norteador para futura elaboração
de metas e ações com intuito de execução e implantação de forma bem sucedida.
Considera-se de suma importância a existência e o estabelecimento de políticas em
níveis gerais, por ser a ferramenta que tem por objetivo resolver ações concretas, executar,
acompanhar e avaliar, gerando assim a possibilidade de debates e discussão pertinentes a
área.
Para que haja uma real concretização dos objetivos da saúde, foram estabelecidas as
Políticas Farmacêuticas: Política Nacional de Medicamentos e Política Nacional de
Assistência Farmacêutica. (MARIN et al., 2003)
Pontos relevantes como economia, fatores sanitários e prioridades políticas
governamentais são importantes para conquistar os objetivos e a execução de uma Política
Farmacêutica, a qual visa garantir o acesso da população a medicamentos essenciais com
qualidade e segurança, além de promover o uso racional de medicamentos. É possível
visualizar na figura 02 a inserção das práticas farmacêuticas no contexto das políticas de
saúde.
22
Figura 02: Inserção das práticas farmacêuticas no contexto da política de saúde.
Fonte: (MARIN et al., 2003)
3.3.1 - Política Nacional de Medicamentos (PNM)
Com intuito de aprimorar as responsabilidades voltadas especificamente à saúde, o
Ministério da Saúde criou a Secretaria de Políticas de Saúde (SPS) a qual formulou a
Política Nacional de Medicamentos (PNM), visando aperfeiçoar as condições da assistência
à saúde da população.
Vários motivos foram determinantes para a criação da Política Nacional de
Medicamentos, entre eles estão:
Problemas na garantia de acesso da população dos medicamentos.
Problemas na qualidade dos medicamentos.
Uso irracional dos medicamentos.
Desarticulação da Assistência Farmacêutica.
Desorganização dos serviços farmacêuticos.
Em 1998, o Brasil autorizou e aprovou a Política Nacional de Medicamentos, a qual
se caracterizou por ser a ferramenta capaz de direcionar todas as atividades e ações
referentes a medicamentos no Pais. A Portaria GM/MS n° 3919/ 1998 regulamenta a PNM,
que tem os princípios e diretrizes do SUS como pilar, sendo seu maior propósito o de:
“garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a promoção do uso
racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais” (Brasil, 1998).
23
Diretrizes são determinações estabelecidas de forma organizada para serem
transformadas em ações e posterior execução, porém fazer com que uma diretriz seja uma
ação em funcionamento é uma tarefa complicada que exige dedicação e forca de vontade
dos gestores e principalmente dos profissionais os quais são responsáveis pela execução das
mesmas.
As diretrizes gerais da Política Nacional de medicamentos são:
Adoção da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME)
Regulamentação Sanitária de Medicamentos
Reorientação da Assistência Farmacêutica
Promoção do uso racional de medicamentos
Desenvolvimento científico e tecnológico
Promoção da produção de medicamentos.
Garantia da segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos.
Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos.
Algumas das diretrizes estabelecidas são prioridades para um bom funcionamento da
Política Nacional de Medicamentos, às quais são responsáveis pela otimização do trabalho e
conquista dos objetivos propostos, entre elas são: Revisão permanente da RENAME,
reorientação da Assistência Farmacêutica, promoção do uso racional de medicamentos,
organização das atividades de vigilância sanitária de medicamentos.
Mais especificamente o processo de reorientação da Assistência Farmacêutica se
fundamenta em:
Descentralização da gestão.
Promoção do uso racional dos medicamentos.
Aperfeiçoar e tornar eficaz o sistema de distribuição no setor público.
Desenvolvimento de iniciativas que possibilitam a redução dos preços dos
produtos, viabilizando, inclusive, o acesso da população aos produtos do setor
privado (Brasil, 1998).
24
3.3.2 – Política Nacional de Assistência Farmacêutica
Em 2003 houve a I Conferência Nacional de Medicamento e Assistência
Farmacêutica onde foram discutidas todas as idéias e ações voltadas para a Assistência
Farmacêutica, em 2004 o Conselho Nacional de Saúde (CNS) com base e fundamento na
conferencia aprovou a Política Nacional de Assistência Farmacêutica.
Essa política se encontra regulamentada pela Portaria GM/MS n° 339 de 6 de maio
de 2004 e tem por objetivo ser o instrumento capaz de direcionar a elaboração de políticas
setoriais dando enfoque a manutenção, qualificação dos serviços de assistência farmacêutica
na rede pública de saúde e a capacitação de recursos humanos, bem como a descentralização
das ações (BRASIL, 2004).
3.4 – GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE (GRS)
As gerências regionais de saúde têm suas competências registradas e identificadas através
de decretos firmados por resoluções do Secretário de Estado de Saúde, e cabe a GRS garantir
a gestão do sistema estadual de saúde assegurando a qualidade de vida da população
implementando as políticas estaduais, assessorar a organização dos serviços, gerir as ações
de saúde no âmbito regional, promover as articulações interestaduais, dentre outras
atividades correlacionadas. No organograma disponibilizado pela Secretaria de Estado de
Saúde de Minas Gerais (figura 03) existem atualmente 28 gerências regionais de saúde
(ANEXO B) ( SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE MINAS GERAIS,2009).
25
Figura 03: Estrutura Organizacional da Secretaria de Estado de Minas Gerais da qual as GRS são parte
componente. Fonte: SES-MG
26
Para melhor visualização das áreas demográficas referentes a cada GRS a SES-MG disponibiliza
um mapa de Minas Gerais com as demarcações de cada GRS.
Figura 04: Mapa de Minas Gerais dividido por GRS. Fonte: SES-MG
3.4.1 – Municípios atendidos pela Gerência Regional de Saúde Governador
Valadares
Localizada na Rua Marechal Floriano, 1289 - Centro – Governador Valadares a
Gerência Governador Valadares é responsável por gerir 51 municípios da Macroregião.
Atendendo uma abrangência de 679.805 habitantes segundo dados estimados do IBGE no ano
de 2009.
27
MUNICÍPIOS DA REGIONAL GRS
GOVERNADOR VALADARES
ESTIMATIVA
POPULAÇÃO
2009 01 ÁGUA BOA 16.643
02 AIMORÉS 24.825
03 ALPERCATA 7.252
04 ALVARENGA 4.545
05 CANTAGALO 4.132
06 CAPITÃO ANDRADE 5.087
07 CENTRAL DE MINAS 6.821
08 CONSELHEIRO PENA 22.539
09 COROACI 11.131
10 CUPARAQUE 4.561
11 DIVINO DAS LARANJEIRAS 5.092
12 DIVINOLÂNDIA DE MINAS 7.023
13 ENGENHEIRO CALDAS 10.908
14 FERNANDES TOURINHO 2.713
15 FREI INOCÊNCIO 9.347
16 FREI LAGONEGRO 3.493
17 GALILEIA 7.563
18 GOIABEIRA 3.239
19 GONZAGA 5.786
20 GOVERNADOR VALADARES 263.274
21 ITABIRINHA DE MANTENA 10.819
22 ITANHOMI 12.357
23 ITUETA 6.074
24 JAMPRUCA 5.145
25 JOSÉ RAYDAN 4.412
26 MANTENA 27.580
27 MARILAC 4.394
28 MATHIAS LOBATO 3.526
29 MENDES PIMENTEL 6.684
30 NACIP RAYDAN 3.015
31 NOVA BELÉM 3.532
32 PAULISTAS 5.002
33 PEÇANHA 17.727
34 RESPLENDOR 17.608
35 SANTA EFIGÊNIA DE MINAS 4.568
36 SANTA MARIA DO SUAÇUI 14.931
37 SANTA RITA DO ITUETA 5.739
38 SÃO FELIX DE MINAS 3.484
39 SÃO GERALDO DA PIEDADE 4.865
28
40 SÃO GERALDO DO BAIXIO 3.461
41 SÃO JOÃO DE MANTENINHA 5.132
42 SÃO JOÃO EVANGELISTA 16.254
43 SÃO JOSÉ DA SAFIRA 4.069
44 SÃO JOSÉ DO JACURI 7.234
45 SÃO PEDRO DO SUAÇUI 5.925
46 SÃO SEBASTIÃO DO MARANHÃO 12.099
47 SARDOÁ 5.477
48 SOBRÁLIA 6.116
49 TARUMIRIM 14.585
50 TUMIRITINGA 6.198
51 VIRGOLÂNDIA 5.819
TOTAL DE HABITANTES ESTIMADOS 679.805
HABITANTES TOTAIS POR HABITANTES GV 416.531
Quadro 01: Listagem dos municípios das Gerências Regionais de Saúde de Governador
Valadares e a população estimada. Fonte: SES-MG,2010 e IBGE,2009
Figura 05: Mapa de Minas Gerais da área de abrangência da GRS Governador Valadares.
Fonte: SES-MG
29
3.5 – CICLO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Infelizmente no Brasil existe uma grande discrepância de classes sociais, o que
acaba por dificultar o acesso aos menos privilegiados aos medicamentos, caracterizando
medicamento como um bem de consumo e não como insumo básico de saúde, favorecendo
a desarticulação dos serviços farmacêuticos. A organização da Assistência Farmacêutica
se fundamenta numa atividade sistêmica com ações sincronizadas e articuladas entre todas
as etapas que compõem o sistema as quais influenciam e são influenciadas umas pelas
outras (MARIN et al., 2003).
Entende-se por ciclo uma série de fenômenos ou ações que se sucedem numa
determinada ordem, com as atividades do ciclo da Assistência Farmacêutica não são
diferentes, ocorrem numa seqüência ordenada. Qualquer destas atividades executadas de
forma errônea compromete todas as outras, prejudicando seus objetivos e resultados. Em
função disso, os serviços não serão desempenhados de formada adequada, originando em
desagrado dos usuários e apesar de esforços desprendidos, evidenciando uma má gestão
(CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE, 2004).
A responsabilidade de coordenar as atividades do ciclo ficou sob competência das
gerencias/coordenações estaduais e, ainda acompanhar, avaliar e supervisionar as ações
desempenhadas durante todas as etapas do ciclo, as quais compreendem: selecionar,
programar, adquirir, armazenar, e dispensar.
Na figura 06 visualizamos um fluxograma do ciclo da Assistência Farmacêutica a
figura foi adaptada com setas com coloração para atualizar o processo cíclico que como
podemos visualizar na adaptação significa que como todo o processo em cadeia cíclica o
processo pode proceder-se tanto no sentido horário quanto no sentido anti-horário.
30
Figura 06:Fluxograma do Ciclo da Assistência Farmacêutica
. Fonte:( MARIN et al., 2003) (Adaptado pelos autores do trabalho)
3.6 – USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
A Política Nacional de Medicamentos conceitua o uso racional de medicamentos
como:
(...)o processo que compreende a prescrição apropriada; a disponibilidade
oportuna e a preços acessíveis; a dispensação em condições adequadas; e
o consumo nas doses indicadas, nos intervalos definidos e no período de
tempo indicado de medicamentos eficazes, seguros e de qualidade.
(BRASIL, 2002)
Alcançar o uso racional de medicamentos é uma tarefa difícil de ser conquistada não
só no Brasil, mas em âmbito mundial. Os abusos relacionados a medicamentos causados
pela não realização do seu uso racional é imensurável.
Vários são os empecilhos para a se alcançar o uso racional de medicamentos no
Brasil como, por exemplo: número exagerado de produtos farmacêuticos, automedicação,
informações incompletas aos usuários ou a inexistência da mesma, problemas nas
prescrições, informações e propagandas das indústrias farmacêuticas, entre outros. Essas e
outras práticas caracterizam os principais vilões para o uso racional de medicamentos e
contribuem de forma intensiva para o surgimento de graves problemas a saúde da
31
população como: reações adversas que em muitos casos podem ser fatais, resistência a
antibióticos, risco de infecções, fármacodependência e eficácia limitada de um fármaco
Para que se alcance o uso racional de medicamentos o paciente deve receber o
medicamento certo e mais adequado a sua patologia e necessidade clinica, na dose e
posologia corretas, por um período de tempo adequado que garanta um tratamento eficaz
com ausência de recorrência, com o menor custo para o usuário e comunidade.
Alguns mecanismos para o uso racional de medicamentos são de fácil acesso e
passiveis de serem utilizados: escolha de medicamentos, formulário terapêutico,
gerenciamento eficaz dos serviços farmacêuticos, dispensação e uso correto de
medicamentos, farmacovigilância, elaboração de Protocolos Clínicos para certas patologias
específicas, orientação e educação dos usuários quanto aos riscos da automedicação, da
interrupção e da troca da medicação prescrita (MARIN et al.,2003).
3.7 – COMPONENTES DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
3.7.1 – Componente Básico da Assistência Farmacêutica
Em 1971 com a criação da Central de Medicamentos (CEME), a distribuição de
medicamentos destinados à assistência básica também recebia o mesmo tratamento
centralizado causando problemas para o acesso a população.
A CEME, junto com Governo Federal em 1987, com intuito de melhorar a
disponibilidade e o acesso de medicamentos básicos a saúde da população criaram a
Farmácia Básica a qual racionalizava o fornecimento dos medicamentos a atenção básica.
Porem em 1997 com a desativação da mesma o Ministério da Saúde criou o Programa
Farmácia Básica sob coordenação da diretoria de programas estratégicos.
Houve então em março de 1999 a criação do Incentivo a Assistência Farmacêutica
Básica (IAFB) em substituição ao Programa Farmácia Básica o qual foi um avanço para a
assistência básica, pois este abrangia a totalidade dos municípios, prevendo a participação
dos gestores estaduais e municipais no processo de gestão e gerenciamento.
A Atenção Básica foi planejada para garantir o custeio e o fornecimento dos
medicamentos e insumos essenciais destinados ao atendimento dos agravos prevalentes e
prioritários. O financiamento e execução encontram-se normatizados pela Portaria
GM/MS n 2.982, de 26 de novembro de 2009, cuja vigência teve inicio em 1° de janeiro
32
de 2010, revogando a Portaria GM/MS n 3.237/2007 (BRASIL, 2009).
3.7.2 – Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica
O Componente Estratégico tem como proposta a realização de ações financiadas pelo
Ministério da Saúde voltadas para a Assistência Farmacêutica, com o objetivo de solucionar
problemas de saúde publica que coloca em risco a coletividade.
A responsabilidade do Ministério da Saúde é a de financiar e fornecer medicamentos
a Secretaria de Saúde, que posteriormente é disponibilizado a população através da rede
pública estadual e municipal.
Os medicamentos contemplados pelo Componente Estratégico abrangem aqueles
utilizados para tratamento de doenças que tenham impacto sócio-econômico e perfil
endêmico. São medicamentos que tem controle e tratamento por meio de normas
estabelecidas e protocolos atendidos. Entram neste componente, por exemplo, o controle da
tuberculose, da Hanseníase, o Lupus Eritematoso e DST/AIDS. (SECRETARIA DE
SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2010)
3.7.3 – Componente Especializado da Assistência Farmacêutica
O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) tem por objetivo
dispensar certos grupos de medicamentos, destinados a tratamento de doenças especificas,
que atingem uma parte da população, e devem fazer uso desses por um tempo prolongado,
além de garantir a integralidade do tratamento medicamentoso em nível ambulatorial.
O componente é uma estratégia de acesso a medicamentos pelo SUS, regulamentada
pela Portaria GM/MS n° 2.981 de 26 de novembro de 2009, e foi aprovado com intuído de
aprimorar e substituir o componente de medicamento de Dispensação Excepcional, que
abrange os medicamentos de alto custo.
Os medicamentos que fazem parte do CEAF visam garantir tratamento ao paciente
em toda a fase evolutiva da doença, cuja seqüência de cuidados estão descritas nos
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas. (BRASIL, 2009a)
O Programa de Medicamentos de Dispensação Excepcional, originalmente
financiado pelo governo federal passou também a ser co-financiado pelas Secretarias
33
Estaduais de Saúde (SES), independente da existência de pactuação formal para tal
atividade. O programa tem causado grande preocupação entre os gestores, não somente pelo
crescente número de pacientes e pelo alto valor unitário dos medicamentos, caracterizando
um incremento necessário aos recursos financeiros destinados ao programa, porém
incompatíveis com o orçamento disponível, como também pela diversidade e grandeza das
ações e serviços envolvidos no mesmo (CONASS, 2004).
Podemos citar, que entre os usuários desse tratamento medicamentoso estão:
transplantados, portadores de insuficiência renal crônica, esclerose múltipla, hepatite viral
crônica B e C, epilepsia e esquizofrenia refratária, doenças genéticas como fibrose cística,
doença de Gaucher, entre muitos outros.
3.7.3.1 – Histórico
Em meados de 70, a compra de medicamentos de custo elevado, já se fazia
pela Central de Medicamentos (CEME) para atender pedidos de médicos vinculados ao
INAMPS (Instituto Nacional Previdência Médica Assistência Social). Apartir de 1982,
por meio de Portaria Interministerial, o Ministério da Saúde passou a autorizar, em
caráter excepcional, a aquisição de medicamentos que não se encontrassem na relação de
medicamentos essenciais, levando sempre em conta a gravidade da doença ou
natureza da mesma, tendo justificativa direta do médico prescritor. Sendo os
primeiros contemplados, pacientes transplantados, renais crônicos e
portadores de nanismo epifisário.
Havendo a descentralização das atividades da assistência farmacêutica no
SUS, os estados assumiram a responsabilidade pela execução das ações de dispensação
desses medicamentos. Então, em 1993, pacientes portadores de doença sem cobertura
terapêutica pelo programa, se uniram em busca de seus direitos, para que os
medicamentos que necessitavam fossem disponibilizados pelo SUS. Após 1995, foram
apresentadas novas padronizações da relação de medicamentos excepcionais, bem como a
elaboração de critérios, visando uma nova logística operacional para fornecimento desses
medicamentos.(SES-MG, 2010)
Só então, por volta de 2002, através da Portaria GM/MS n° 1.318 de 23 de
julho de 2002, o número de medicamentos foi significativamente incrementado.
34
Estabeleceu-se uma denominação real para o processo de contemplação,
passando a ser chamado de Programa de Medicamentos Excepcional. Sendo esse
caracterizado por um conjunto de procedimentos, compreendendo-se que o
procedimento era constituído de medicamento com a respectiva indicação terapêutica
determinada pela 10ª edição do Código Internacional de Doenças (CID-10).
Segundo consta na Portaria GM/MS n° 1.318/2002, o Ministério da Saúde
estabeleceu o valor do co-financiamento para cada um dos procedimentos
padronizados. Utilizando o Programa de Medicamentos Excepcionais, os estados
tinham a responsabilidade e o direito de realizar a aquisição dos medicamentos. A
dispensação de tais medicamentos devia ser realizado de acordo com as orientações
preconizadas nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas definidas pelo Ministério
da Saúde. (SES-MG, 2010; SES-MG, 2010a)
Visto a necessidade de uma evidente atualização do programa em 2006, o
Ministério da Saúde, em pactuação na Comissão Intergestores Tripartite (CIT),
desenvolveu a revisão do Programa de Medicamentos Excepcionais, por meio da
Portaria GM/MS Nº 2.577 de 27 de outubro de 2006. Essa Portaria definiu claramente
os objetivos e as responsabilidades dos estados e União em relação ao denominado
Componente de Medicamentos de Dispensação Excepcional (SES-MG, 2010a).
Com intuito de melhor visualização produzimos uma linha do tempo conforme
dados recolhidos.
35
Figura 07: Linha do Tempo do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica. Fonte: Autores do
Trabalho
3.7.3.2 – Ações e Legislações regentes
Para otimização do tratamento farmacológico prestado à população que
em geral sofre de doenças crônicas, e visando garantir a utilização do tratamento
prescrito, foi criado o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, que
busca a efetiva integralidade do tratamento medicamentoso, a nível ambulatorial,
cujas linhas de cuidado estão definidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas,
publicadas pelo Ministério da Saúde. (BRASIL, 2010c)
O programa aprovado em lei pela Portaria GM/MS Nº. 2.981 de 26 de novembro
de 2009 é uma estratégia de acesso a medicamentos no âmbito do Sistema Único de
Saúde; tendo aprovação de forma integrada ao Componente de Medicamentos de
Dispensação Excepcional Portaria GM Nº. 2.982 de 26 de novembro de 2009. Ambas
as Portarias possui em comum o objetivo majoritário de garantir tratamento em todas
as fases evolutivas das doenças contempladas e, para isso, faz-se necessário uma
36
avaliação sobre o tratamento de tais doenças, com base nos Protocolos Clínicas
e Diretrizes Terapêuticas aprovadas pelo Ministério da Saúde. Este olhar foi
construído, também, levando-se em consideração a abordagem terapêutica na atenção
básica, visto que muitas doenças contempladas no CEAF requerem, inicialmente, uma
abordagem em nível básico da assistência.(SES-MG,2010a)
São diversas as substâncias ativas, além de diferentes apresentações e
formulações oferecidas pelo programa, tendo assim, uma gama de opções viabilizando o
tratamento farmacológico indicado. Os medicamentos disponíveis são repartidos em três
diferentes classificações no que se diz o âmbito patológico, aquisição e dispensação.
O Grupo 1 é aquele cujo financiamento está sob a responsabilidade exclusiva
da União. É constituído por medicamentos que representam maior impacto
financeiro para o Componente, para indicações de doenças mais complexas, para os
casos de refratariedade ou intolerância a primeira e/ou a segunda linha de tratamento e
que se incluem em ações de desenvolvimento produtivo no complexo industrial da
saúde. Os medicamentos do Grupo 1 devem ser dispensados somente para as doenças
(CID-10) contempladas no Componente e divide-se em: Grupo 1A - medicamentos com
aquisição centralizada pelo Ministério da Saúde e Grupo 1B - medicamentos adquiridos
pelos estados com transferência de recursos financeiros pelo Ministério da Saúde, na
modalidade Fundo a Fundo. A responsabilidade pelo armazenamento, distribuição
e dispensação dos medicamentos do Grupo 1 (1A e 1B) é das secretarias estaduais de
saúde.
O Grupo 2 é constituído por medicamentos, cuja responsabilidade pelo
financiamento é das Secretarias Estaduais da Saúde. O Grupo 3 é constituído por
medicamentos, cuja responsabilidade pelo financiamento é tripartite, sendo a aquisição e
dispensação de responsabilidade dos municípios sob regulamentação da Portaria GM Nº.
2.982/2009 (BRASIL,2006c)
3.7.3.3 – Protocolos Clínicos
Os protocolos clínicos são diretrizes para identificação do público alvo. Para cada
doença contemplada pelo programa de medicamento de alto custo existe um protocolo
clínico que são os critérios estabelecidos específicos e autorizados pelo Ministério da Saúde,
37
visando um tratamento seguro e eficaz, através de prescrições médicas que preconiza doses
corretas após diagnósticos da doença.
A construção dos protocolos clínicos contou com a participação de uma equipe de
médicos, professores universitários com formação em farmacologia clínica e epidemiologia,
farmacêuticos e grupos de apoio, que se dedicaram para que as primeiras versões dos
protocolos clínicos fossem criadas. Essa elaboração contou com o apoio da Organização
Pan-Americana de Saúde (OPAS), o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde
(CONASS), os Coordenadores de Assistência Farmacêutica dos Estados, o Hospital de
Clínicas de Porto Alegre (HCPA), o Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva
(CEPESC), do Rio de Janeiro, diversas Sociedades Médicas, médicos, gestores de saúde,
usuários do SUS e a própria indústria farmacêutica.
Após a elaboração participativa para o desenvolvimento dessa primeira versão, os
protocolos clínicos foram revisados por uma Comissão de Assessoria Farmacêutica da
Secretária de Assistência à Saúde, e assim publicado no Diário Oficial da União em consulta
Pública Nacional, em um período de pelo menos 60 dias.
Essa comissão baseou-se em seis módulos para estruturar os protocolos clínicos, o
primeiro módulo foram as Diretrizes Terapêuticas que seguem os caminhos de diagnosticar
e tratar à doença, abrangendo os critérios de diagnósticos, os critérios de inclusão e exclusão
do paciente, a proposta de tratamento e de monitorização. O segundo módulo é o Termo de
Consentimento Informado ( TCI ) que leva a assinatura do médico e do paciente ou do
responsável legal. O terceiro módulo e o quarto módulo estão relacionado com fluxograma
de tratamento; que representa através de gráficos os protocolos clínicos direcionando o
andamento do tratamento do paciente. Há ainda o fluxograma de dispensação, que aponta
para o farmacêutico dispensador a linha a ser seguida desde o momento em que o paciente
solicita o medicamento até a entrega. O quinto módulo é a Ficha Farmacoterapêutica, que
possuem perguntas que ajudam no acompanhamento e tratamento do paciente, quanto a,
reações adversas, interações medicamentosas e contra-indicações, dentre outros. E por fim, o
sexto módulo é o Guia de Orientação ao Paciente, que trás orientações e informações sobre o
medicamento a ser dispensado. (SES-MG,2010a)
A Portaria MS/GM Nº. 2587, de 30 de outubro de 2008 dispõe sobre a Comissão de
Incorporação de Tecnologias do Ministério da Saúde (CITEC), junto com diferentes órgãos
38
do Ministério da Saúde, que formam uma Equipe de Trabalho para Revisão de Protocolos
Terapêuticos e Assistenciais e uma Equipe de Trabalho para Monitoramento de Tecnologias
Novas e Emergentes. Essa Comissão tem a responsabilidade de recomendar a incorporação
ou retirada de produtos de saúde na lista de procedimentos do Sistema Único de Saúde
(SUS), solicitar que sejam revisados os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas e propor
que realizem estudos de avaliação de tecnologias de saúde, necessários para apresentar
pareceres quanto a incorporação e a retirada de tecnologias. (BRASIL, 2008)
No Brasil, os protocolos clínicos, são uma extensão da RENAME, pois eles
padronizam o uso dos medicamentos, dando claras condições de tratamento ao profissional
de saúde. Sua elaboração é indicada especialmente para medicamentos de importância
epidemiológica, levando em consideração custo, impacto sanitário, questões de segurança de
uso na população em geral e subgrupos. Em 2001, o Ministério da Saúde, começou a
elaborar e publicar uma série destes protocolos, direcionados especialmente a dispensação
de medicamentos excepcionais.
O objetivo da criação de tais protocolos clínicos e Diretrizes Terapêuticas é
estabelecer adequadamente critérios de diagnósticos de cada doença e a terapêutica mais
adequada, visando gerenciar o Programa de Medicamentos Excepcionais, promovendo
assim o uso racional de medicamentos, de acordo com a Política Nacional de Medicamentos.
A Portaria GM/MS Nº 2.577 de 27 de outubro de 2006, regulamenta tais critérios desde a
solicitação, a autorização, até o fornecimento dos medicamentos do componente de
medicamentos de dispensação excepcional. Para melhor exemplificar os protocolos clínicos
usaremos um medicamento que está inserido na lista de medicamentos de alto custo do ano
de 2010 como, por exemplo, a Isotretinoína, regulamentada pela Portaria SAS/MS n° 389 de
setembro de 2001, que é utilizada para tratar a Acne. No protocolo clínico estarão as
seguintes informações:
Introdução detalhando a patologia em questão, o medicamento e o mecanismo de
ação.
Classificação do CID 10.
Critérios de inclusão.
Exemplificando: no caso de tratamento com Isotretinoína oral para acne, deve ser restrito
aos casos mais graves e refratários a outras medidas terapêuticas. Para ser incluído neste
39
protocolo de tratamento o paciente deverá apresentar pelo menos um dos itens abaixo e
necessariamente o quarto
Acne nodulocística (grau III);
Acne conglobata (grau IV);
Outras formas de acne grave;
Ausência de resposta satisfatória ao tratamento convencional, incluindo antibióticos
Sistêmicos administrados por um período de pelo menos 2 (dois) meses.
Critérios de Exclusão
Casos Especiais
Tratamento
Monitorização
Consentimento Informado
Referências Bibliográficas
Informações complementares específicas de cada fármaco. (SES-MG,2010a)
3.7.3.4 – Abertura de processo e participação do programa
O fornecimento dos medicamentos é gratuito, deve-se conferir inicialmente se o
medicamento está na lista dos contemplados, todos os interessados(pacientes,
médicos, farmacêuticos e representantes de saúde dos municípios da
macroregião) podem procurar a Gerência Regional de Saúde que abrange o município
onde é residente . Na GRS será realizada a abertura do processo que são montados e
encaminhados à Secretaria de Estado de Saúde, que faz a avaliação do pedido, emite um
parecer técnico e deferindo ou não a solicitação do processo. Para emissão do parecer
são avaliados os documentos e exames verificando se atendem os critérios de
inclusão nos protocolos clínicos específicos. O parecer é feito por um médico auditor
específico que avaliará todos os exames e documentos enviados. Os pacientes autorizados
ou deferidos passam a receber o medicamento diretamente na GRS conforme quantidade
e tempo de tratamento pré-estabelecidos no processo. Os indeferidos são devolvido para a
40
GRS com um laudo técnico que é entregue ao paciente para que este fique ciente quais
foram as razões da não aprovação, este laudo é emitido pelo médico auditor responsável
pela análise.
Para a abertura de processo são necessários os seguintes documentos:
“Check list”(formulário especifico contendo os exames e documentos necessários
para abertura de processo de solicitação de medicamento, cada patologia
contemplada possui um “check list”.)
Laudo para a solicitação/ autorização de Medicamentos do Componente
Especializado da Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos
Termo de Consentimento
Declaração Autorizadora.
Estes formulários estão disponibilizados de forma e l e t rôn ico no serviço para
cidadão no site da SES-MG disponível em: http://www.saude.mg.gov.br/servico/servicos-
para-o-cidadao/fornecimento-demedicamentos-de-alto-custo-excepcionais/ e nas
Gerências Regionais de Saúde.
O preenchimento dos formulários é de responsabilidade do médico e deve conter
o CID10 correspondente e que esteja contemplado pelo programa. (BRASIL, 2006c;
SES-MG,2010)
3.7.3.5 – Atendimentos de demanda especial
A GRS atende demandas de medicamentos que não estão incluídos no programa,
um destes casos de demanda especial é a Insulina Glargina. Dispensada através da Gerência
em função do seu alto custo. Segundo fonte da SES-MG estima-se que em 2007 a solução
injetável com 100UI/mL, frasco-ampola de 10 mL era comercializada por R$210,00
enquanto as demais não passavam de R$10,30. Mesmo o Ministério da Saúde financiando e
distribuindo Insulinas através do Programa de Atenção Básica através do HIPERDIA -
Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos a SES-MG
41
distribui a insulina Glargina aos portadores da Diabetes tipo 1 através de processos pela
GRS.
Somente são contemplados aqueles que se enquadrarem nos critérios estabelecidos pela
Deliberação CIB-SUS/MG Nº256/2006 comprovando por exames complementares
específicos para o diagnóstico Diabetes do tipo 1 como: dosagem do peptídeo C e alguns
marcadores de auto-imunidade. Portando dos documentos necessários o paciente abre um
processo na GRS seguindo todas as etapas para a aquisição de um medicamento de alto
custo (SES-MG,2009a).
Outra demanda especial são os medicamentos liberados mediante mandato
judicial, alguns pacientes recorrem à concessão judicial para receber medicamentos de
alto custo que não foram avaliados e nem preconizados pelos protocolos clínicos e
diretrizes terapêuticas. Estes medicamentos não são pensados pela gestão pública e
fogem a demanda financeira anteriormente estipulada. Muitos juízes pautam no artigo
196 da Constituição Federal de 1988 que discorre que a saúde é direito de todos e dever do
Estado e expedem liminares para que o medicamento seja fornecido ao paciente
requerente. Desta forma, ocorre o atendimento do paciente conforme mencionado em
processo de ação judicial. É feita a aquisição e a liberação é de responsabilidade da GRS
local. (informação verbal)1
1 Informação repassada à aluna pertencente aos autores do trabalho durante rotina de dispensação de
medicamentos; encontrados em arquivos eletrônicos relatos de profissionais do Direito relatando sobre o
assunto. Nenhum arquivo oficial foi encontrado.
42
4 METODOLOGIA
4.1 – Tipo de pesquisa
Realizou-se uma pesquisa do tipo quantitativo- qualitativo descritivo.
4.2 – Instrumentos
Obtiveram-se dados provenientes da Macroregião de Governador Valadares após
apresentação do projeto de pesquisa à GRS e a SES-MG, os dados coletados estavam em
arquivo de Excel intitulado “Processos Enc.” e o ano correspondente. Os arquivos dos
anos 2008 e 2009 continham 12 planilhas que correspondiam a cada mês do ano. O
arquivo do ano de 2010 continha 6 planilhas uma vez que o segundo semestre de 2010
ainda se encontra em curso. Dentro de cada planilha constam as seguintes colunas: Nº,
sexo do paciente, medicamento solicitado, data do envio para Belo Horizonte, Data do
Retorno do Processo, Resposta (Deferido ou Indeferido). Outro dado coletado foi o
número de atendimentos realizado pela GRS nos anos de 2007, 2008 e 2009 e o número
de pacientes cadastrados no ano de 2009. Permitiu-se a visita “in loco” de um dos alunos,
que participou ativamente da abertura dos processos com intuito de verificar a rotina e as
atividades desenvolvidas. Todos os nomes de medicamentos foram retirados exatamente
da mesma forma que consta em arquivo “Processos Enc.”
4.3 – Procedimentos
Realizou-se inicialmente uma Compilação de Dados, para que fosse possível saber
quais eram as informações contidas nas planilhas, a compilação resultou em 5 planilhas
feitas no Excel. Cada planilha apresenta o semestre e o ano de análise e 7 colunas foram
feitas com as seguintes informações:
Mês de Análise
Número de Processos Abertos
Número de Processos Deferidos
Número de Processos Indeferidos
Processos Devolvidos
Média de Análise (dias)
Relação entre Homens e Mulheres que abrem processos.
43
Outras 2 planilhas foram confeccionadas para saber qual era a relação de medicamentos
solicitada (APÊNDICE A). Para cada mês confeccionou-se uma lista de todos os
medicamentos solicitados nos processos abertos e a freqüência em que apareciam.
Desta planilha montou-se uma tabela contemplando os medicamentos que
apareciam solicitações com uma freqüência superior a 3 vezes. Compilaram-se os que
apareciam em uma freqüência menor ou equivalente a três para verificar a variação de
medicamentos solicitados.
Confeccionou-se Gráficos comparativos relacionando os 1º semestres dos anos
2008, 2009, 2010 e os 2º semestres de 2008 e 2009.
Os gráficos foram inseridos apartir de link “inserir – gráficos” as opções utilizadas
foram: colunas, barras e pizza.
Os cálculos foram realizados mediante link “Fórmulas” e foram utilizadas as
seguintes listadas abaixo:
“Auto Soma” – fórmula de soma
“Auto Soma” – fórmula de média
“Data Hora” – fórmula Dias 360 (retorna o número de dias entre duas datas)
A partir da compilação dos medicamentos verificaremos os CID-10 cadastrado
para cada um dos fármacos nos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas
chegando aos CID-10 mais freqüentes nos pacientes da GRS.
4.4 – Cuidados Éticos
Os dados utilizados são secundários. Por este motivo não terá impacto para os
pacientes da GRS Governador Valadares, uma vez que o objeto de pesquisa não é o Ser
Humano.
44
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1- APRESENTAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS OBTIDOS
A análise dos dados contidos nos arquivos “Processos Enc.” geraram as tabelas 4,5,6,7,8.
Nestas tabelas os dados foram agrupados para melhor visualização e posterior análise. Foi
possível chegar aos seguintes dados: “Total de Processos”, “Total de Deferidos”, “Total de
Indeferidos”, “Total de Processos Devolvidos”, “Média de Análises” “% Homens” e “%
Mulheres”
Compilação dos Dados coletados em Planilha na GRS 1º SEM/08
PERÍODO DE
ANÁLISE
NÚMERO DE
PROCESSOS
ABERTOS
PROCESSOS
DEFERIDOS
PROCESSOS
INDEFERIDOS DEVOLVIDOS
MÉDIA DE
ANÁLISE
(DIAS)
RELAÇÃO HOMENS/
MULHERES QUE ABREM
PROCESSO
JANEIRO 216 160 48 8 37 HOMENS 83
MULHERES 133
FEVEREIRO 147 106 38 3 42 HOMENS 60
MULHERES 87
MARÇO 156 126 28 2 32 HOMENS 55
MULHERES 101
ABRIL 202 145 47 10 38 HOMENS 67
MULHERES 135
MAIO 197 172 21 4 44 HOMENS 67
MULHERES 130
JUNHO 233 199 27 7 38 HOMENS 105
MULHERES 128
TOTAL DO
1º SEM/2008 1151 908 209 34 39 DIAS 37,97% 62,03%
Tabela 01: Compilação dos Dados 1º SEM/08. Fonte: Autores do Trabalho
45
Compilação dos Dados coletados em Planilha na GRS 1º SEM/09
PERÍODO DE
ANÁLISE
NÚMERO DE
PROCESSOS
ABERTOS
PROCESSOS
DEFERIDOS
PROCESSOS
INDEFERIDOS DEVOLVIDOS
MÉDIA DE
ANÁLISE
(DIAS)
RELAÇÃO HOMENS/
MULHERES QUE ABREM
PROCESSO
JANEIRO 159 122 27 10 42 HOMENS 62
MULHERES 97
FEVEREIRO 158 107 29 22 33 HOMENS 68
MULHERES 90
MARÇO 170 120 48 2 30 HOMENS 69
MULHERES 101
ABRIL 206 168 36 2 29 HOMENS 85
MULHERES 121
MAIO 189 158 31 0 30 HOMENS 90
MULHERES 99
JUNHO 175 145 29 1 29 HOMENS 73
MULHERES 102
TOTAL DO
1º SEM/2009 1057 820 200 37 32 42,29% 57,71%
Tabela 02: Compilação dos Dados 1º SEM/09. Fonte: Autores do Trabalho
Compilação dos Dados coletados em Planilha na GRS 1º SEM/10
PERÍODO DE
ANÁLISE
NÚMERO DE
PROCESSOS
ABERTOS
PROCESSOS
DEFERIDOS
PROCESSOS
INDEFERIDOS DEVOLVIDOS
MÉDIA DE
ANÁLISE
(DIAS)
RELAÇÃO HOMENS/ MULHERES
QUE ABREM PROCESSO
JANEIRO 157 132 24 1 41 HOMENS 71
MULHERES 86
FEVEREIRO 174 137 36 1 44 HOMENS 86
MULHERES 88
MARÇO 201 155 35 11 36 HOMENS 89
MULHERES 112
ABRIL 145 116 29 0 32 HOMENS 57
MULHERES 88
MAIO 208 145 59 4 30 HOMENS 74
MULHERES 134
JUNHO 182 116 58 8 45 HOMENS 70
MULHERES 112
TOTAL DO
1º SEM/2010 1067 801 241 25 38 41,89% 58,11%
Tabela 03: Compilação dos Dados 1º SEM/10. Fonte: Autores do Trabalho
46
Compilação dos Dados coletados em Planilha na GRS 2º SEM/08
PERÍODO DE
ANÁLISE
NÚMERO DE
PROCESSOS
ABERTOS
PROCESSOS
DEFERIDOS
PROCESSOS
INDEFERIDOS DEVOLVIDOS
MÉDIA DE
ANÁLISE
(DIAS)
RELAÇÃO HOME
NS/ MULHERES QUE ABREM
PROCESSO
JULHO 234 194 36 4 32 HOMENS 81
MULHERES 153
AGOSTO 226 161 55 10 37 HOMENS 101
MULHERES 125
SETEMBRO 205 163 34 8 45 HOMENS 76
MULHERES 129
OUTUBRO 188 161 25 2 38 HOMENS 81
MULHERES 107
NOVEMBRO 164 124 35 5 30 HOMENS 85
MULHERES 79
DEZEMBRO 156 122 33 1 44 HOMENS 64
MULHERES 92
TOTAL DO
2º SEM/2008 1173 925 218 30 38 41,60% 58,40%
Tabela 04: Compilação dos Dados 2º SEM/08. Fonte: Autores do Trabalho
Compilação dos Dados coletados em Planilha na GRS 2º SEM/09
MÊS DE
ANÁLISE
NÚMERO DE
PROCESSOS
ABERTOS
PROCESSOS
DEFERIDOS
PROCESSOS
INDEFERIDOS DEVOLVIDOS
MÉDIA DE
ANÁLISE
(DIAS)
RELAÇÃO HOMENS/
MULHERES QUE ABREM
PROCESSO
JULHO 301 232 66 3 32 HOMENS 130
MULHERES 171
AGOSTO 247 195 50 2 28 HOMENS 108
MULHERES 139
SETEMBRO 228 184 40 4 30 HOMENS 106
MULHERES 122
OUTUBRO 225 184 41 0 22 HOMENS 86
MULHERES 139
NOVEMBRO 186 147 35 4 29 HOMENS 92
MULHERES 94
DEZEMBRO 221 170 47 4 38 HOMENS 84
MULHERES 137
TOTAL DO
2º SEM/2009 1408 1112 279 17 30 43,04% 58,96%
Tabela 05: Compilação dos Dados 2º SEM/09. Fonte: Autores do Trabalho
47
5.2- Resultados obtidos por Semestre
Comparando os respectivos primeiros semestres dos anos de 2008, 2009 e 2010 chegamos
ao seguinte gráfico ilustrados pelo gráfico 01.
Gráfico 01: Quantidade de Processos abertos na GRS Governador Valadares nos 1ºSEM dos anos
referenciados. Fonte: Autores do Trabalho
Verifica-se que em 2008 (fig. 08) foram abertos no 1º semestre 1151 processos,
enquanto nos anos de 2009 e 2010 foram abertos 1057 e 1067 respectivamente.
Gráfico 02: Porcentagem de Processos Deferidos nos 1ºSEM dos anos referenciados. Fonte:
Autores do Trabalho
48
A partir deste Gráfico (gráfico 02) visualiza-se que em 2008 a porcentagem de
processos aprovados (deferidos) é de 78,89% sendo superior aos demais anos no mesmo
semestre de estudo.
Gráfico 03: Proporção de processos deferidos por indeferidos do 1º SEM/10.
Fonte: Autores do Trabalho
Considerando apenas o primeiro semestre de 2010, confeccionou-se gráfico
(gráfico 03) para estabelecer-se um parâmetro de proporção entre processos deferidos e
indeferidos, verificou-se que 75% dos processos foram deferidos.
Quando analisados os segundos semestres dos anos de 2008 e 2009, obtivemos os
seguintes comparativos.
49
Gráfico 04: Quantidade de Processos abertos na GRS Governador Valadares nos 2ºSEM dos anos
referenciados. Fonte: Autores do Trabalho
Percebe-se um significativo aumento nos processos abertos em 2009 no segundo
semestre.
Gráfico 05: Quantidade de Processos abertos na GRS Governador Valadares nos 2ºSEM dos anos
referenciados. Fonte: Autores do Trabalho
Visualiza-se um aumento de 351 processos (gráfico 05). O que corresponde a
33,2% dos processos abertos no 1º semestre, demonstrando um aumento significativo do
primeiro para o segundo semestre.
50
Outro quesito analisado foi à média de dias gastos com as análises dos processos,
desde o dia em que é aberto na GRS Governador Valadares até o dia em que retorna com
a resposta deferida/indeferida, resultando em um gráfico comparativo entre os primeiros
semestres.
Gráfico 06: Média da quantidade de Dias gastos com a análise dos processos, primeiro semestre dos
anos 2008, 2009 e 2010. Fonte: Autores do Trabalho
Observa-se que em nenhum dos semestres analisados a média passou de 40 dias.
No quesito relação % homens e de mulheres que abrem processos na GRS com os
dados compilados fez-se um gráfico de colunas comparativo, resultando no gráfico 07
demonstrando que mulheres abrem mais processos em relação aos homens, apesar de
mostrar um crescimento na porcentagem de homens de 2008 para 2009.
51
Gráfico 07: Proporção de processos abertos por gênero nos primeiros semestres dos anos
referenciados. Fonte: Autores do Trabalho
Foi possível ainda verificar o crescimento de atendimento nos anos de 2007, 2008
e 2009. Conforme visualizado no gráfico 08.
Gráfico 08: Número de atendimentos realizados pela GRS Governador Valadares.
Fonte: Autores do Trabalho
52
Analisou-se o número de atendimentos e verificou-se uma variação de
aproximadamente 5.000 atendimentos a mais por ano. (2007 para 2008 – 5.114
atendimentos; 2008 para 2009 – 4.683 atendimentos).
Compilou-se os dados dos medicamentos mais solicitados, verificando-se os
medicamentos e o número de processos em que foram requeridos.
1º SEMESTRE 2008
Tabela de Medicamentos Solicitados Por Processo
JAN/08
MEDICAMENTOS Nº DE PROCESSOS
ALENDRONATO 11
ATORVASTATINA 5
CALCITRIOL 12
ERITROPOETINA 6
ISOTRETINOINA 46
LAMOTRIGINA 4
LEV. BENSERAZIDA 7
OLANZAPINA 4
PRAMIPEXOL 4
RALOXIFENO 37
RISPERIDONA 8
RIVASTIGMINA 8
SINVASTATINA 4
ZIPRASIDONA 5
DEMAIS MEDICAMENTOS
(33 TIPOS DE MEDICAMENTOS) 55
TOTAL DE PROCESSOS 216
Tabela 06: Relação de medicamentos mais solicitados em Janeiro/08. Fonte: Autores do Trabalho
Nota: Em evidência os 5 medicamentos mais solicitados por mês
53
Tabela de Medicamentos Solicitados Por Processo
FEV/08
MEDICAMENTOS Nº DE PROCESSOS
ALENDRONATO 14
ATORVASTATINA 5
CALCITRIOL 11
ERITROPOETINA 14
H. FERRO 12
ISOTRETINOINA 31
RALOXIFENO 11
RISPERIDONA 7
SOMATROPINA 4
DEMAIS MEDICAMENTOS
(24 TIPOS DE
MEDICAMENTOS)
38
TOTAL DE PROCESSOS 147
Tabela 07: Relação de medicamentos mais solicitados em Fevereiro/08. Fonte: Autores do Trabalho
Nota: Em evidência os 5 medicamentos mais solicitados por mês
Tabela de Medicamentos Solicitados Por Processo
MAR/08
MEDICAMENTOS Nº PROCESSOS
ATORVASTATINA 4
AZATIOPRINA 5
CALCITONINA 5
CALCITRIOL 8
ERITROPOETINA 5
FORM/BUDESONIDA 7
H. FERRO 7
INTERFERON 4
ISOTRETINOINA 36
OLANZAPINA 5
RALOXIFENO 17
RISPERIDONA 5
SOMATROPINA 4
DEMAIS MEDICAMENTOS
(27 TIPOS DE MEDICAMENTOS) 44
TOTAL DE PROCESSOS 156
Tabela 08: Relação de medicamentos mais solicitados em Março/08. Fonte: Autores do Trabalho
Nota: Em evidência os 5 medicamentos mais solicitados por mês
54
Tabela de Medicamentos Solicitados Por Processo
ABR/08
MEDICAMENTOS Nº PROCESSOS
ACITRETINA 4
ALENDRONATO 11
BOTOX 5
CALCITRIOL 8
ERITROPOETINA 13
FENOFIBRATO 4
FORM/BUDESONIDA 10
H. FERRO 8
ISOTRETINOINA 42
LEV. BENSERAZIDA 6
OLANZAPINA 4
QUETIAPINA 5
RALOXIFENO 27
RISPERIDONA 6
RIVASTIGMINA 11
DEMAIS MEDICAMENTOS
(26 TIPOS DE MEDICAMENTOS) 38
TOTAL DE PROCESSOS 202
Tabela 09: Relação de medicamentos mais solicitados em Abril /08. Fonte: Autores do Trabalho
Nota: Em evidência os 5 medicamentos mais solicitados por mês
55
Tabela de Medicamentos Solicitados Por Processo
MAI/08
MEDICAMENTOS Nº PROCESSOS
ALENDRONATO 18
ATORVASTATINA 5
CALCITONINA 4
CALCITRIOL 20
ERITROPOETINA 13
FORM/BUDESONIDA 4
H. FERRO 8
ISOTRETINOINA 39
LEV. BENSERAZIDA 8
RALOXIFENO 31
RISPERIDONA 8
DEMAIS MEDICAMENTOS
(CONTEMPLANDO 24 TIPOS DE
MEDICAMENTOS)
39
TOTAL DE PROCESSOS 197
Tabela 10: Relação de medicamentos mais solicitados em Maio/08. Fonte: Autores do Trabalho
Nota: Em evidência os 5 medicamentos mais solicitados por mês
56
Tabela de Medicamentos Solicitados Por Processo
JUN/09
MEDICAMENTOS Nº PROCESSOS
ALENDRONATO 14
CALCITRIOL 7
CLOZAPINA 5
ERITROPOETINA 15
FORM/BUDESONIDA 6
GENFRIBOSILA 5
H. FERRO 9
INSULINA GLARGINA 6
INTERFERON 6
ISOTRETINOINA 31
LEV. BENSERAZIDA 6
OLANZAPINA 6
RALOXIFENO 13
RISPERIDONA 8
RIVASTIGMINA 5
SOMATROPINA 6 DEMAIS MEDICAMENTOS
(18 TIPOS DE MEDICAMENTOS) 27
TOTAL DE PROCESSOS 175
Tabela 11: Relação de medicamentos mais solicitados em Junho/08. Fonte: Autores do Trabalho
Nota: Em evidência os 5 medicamentos mais solicitados por mês
Gráfico 09: Medicamentos mais solicitados no 1º SEM/2008
Fonte: Autores do Trabalho
57
1º semestre 2009
Tabela de Medicamentos Solicitados Por Processo
JAN/09
MEDICAMENTOS Nº DE PROCESSOS
ALENDRONATO 13
ATORVASTATINA 4
CALCITRIOL 19
ERITROPOETINA 18
FORM/BUDESONIDA 4
H. FERRO 11
INSULINA GLARGINA 4
ISOTRETINOINA 21
OLANZAPINA 5
RALOXIFENO 11
RISPERIDONA 7
DEMAIS MEDICAMENTOS
(27 TIPOS DE MEDICAMENTOS)
42
TOTAL DE PROCESSOS 159
Tabela 12: Relação de medicamentos mais solicitados em Janeiro/09. Fonte: Autores do Trabalho
Nota: Em evidência os 5 medicamentos mais solicitados por mês
58
Tabela de Medicamentos Solicitados Por Processo
FEV/09
MEDICAMENTOS Nº DE PROCESSOS
ALENDRONATO 10
ATORVASTATINA 6
CALCITRIOL 10
CLOZAPINA 4
ERITROPOETINA 11
FORM/BUDESONIDA 4
H. FERRO 9
INSULINA GLARGINA 4
INTERFERON 4
ISOTRETINOINA 24
OLANZAPINA 6
QUETIAPINA 4
RALOXIFENO 14
RISPERIDONA 6
SOMATROPINA 6 DEMAIS MEDICAMENTOS
(25 TIPOS DE MEDICAMENTOS) 36
TOTAL DE PROCESSOS 158
Tabela 13: Relação de medicamentos mais solicitados em Fevereiro /09. Fonte: Autores do Trabalho
Nota: Em evidência os 5 medicamentos mais solicitados por mês
59
Tabela de Medicamentos Solicitados Por Processo
MAR/09
MEDICAMENTOS Nº PROCESSOS
ALENDRONATO 7
CALCITRIOL 15
DONEPEZILA 5
ERITROPOETINA 15
FORM/BUDESONIDA 6
GOSSERRELINA 4
H. FERRO 12
INTERFERON 5
ISOTRETINOINA 26
LAMOTRIGINA 4
LEFLUNOMIDA 4
RALOXIFENO 8
RISPERIDONA 12
RIVASTIGMINA 5
DEMAIS MEDICAMENTOS
(23 TIPOS DE MEDICAMENTOS) 42
TOTAL DE PROCESSOS 170
Tabela 14: Relação de medicamentos mais solicitados em Março/09. Fonte: Autores do Trabalho
Nota: Em evidência os 5 medicamentos mais solicitados por mês
60
Tabela de Medicamentos Solicitados Por Processo
ABR/09
MEDICAMENTOS Nº PROCESSOS
ALENDRONATO 5
CALCITRIOL 20
CLOZAPINA 4
DONEPEZILA 4
ERITROPOETINA 24
FORM/BUDESONIDA 8
H. FERRO 24
INTERFERON 4
ISOTRETINOINA 26
LEUPRORRELINA 4
OLANZAPINA 7
RALOXIFENO 9
RISPERIDONA 9
RIVASTIGMINA 4
SOMATROPINA 5
DEMAIS MEDICAMENTOS
(31 TIPOS DE MEDICAMENTOS) 49
TOTAL DE PROCESSOS 206
Tabela 15: Relação de medicamentos mais solicitados em Abril/09. Fonte: Autores do Trabalho
Nota: Em evidência os 5 medicamentos mais solicitados por mês
61
Tabela de Medicamentos Solicitados Por Processo
MAI/09
MEDICAMENTOS Nº PROCESSOS
ALENDRONATO 15
ATORVASTATINA 5
AZATIOPRINA 4
CALCITRIOL 11
ERITROPOETINA 12
FORM/BUDESONIDA 4
H. FERRO 8
INSULINA GLARGINA 5
ISOTRETINOINA 34
MESALAZINA 4
OLANZAPINA 4
QUETIAPINA 9
RALOXIFENO 8
RISPERIDONA 15
RIVASTIGMINA 4
SOMATROPINA 5
DEMAIS MEDICAMENTOS (CONTEMPLANDO
26 TIPOS DE MEDICAMENTOS)
42
TOTAL DE PROCESSOS 189
Tabela 16: Relação de medicamentos mais solicitados em Maio/09. Fonte: Autores do Trabalho
Nota: Em evidência os 5 medicamentos mais solicitados por mês
62
Tabela de Medicamentos Solicitados Por Processo
JUN/09
MEDICAMENTOS Nº PROCESSOS
ALENDRONATO 14
CALCITRIOL 7
CLOZAPINA 5
ERITROPOETINA 15
FORM/BUDESONIDA 6
GENFRIBOSILA 5
H. FERRO 9
INSULINA GLARGINA 6
INTERFERON 6
ISOTRETINOINA 31
LEV. BENSERAZIDA 6
OLANZAPINA 6
RALOXIFENO 13
RISPERIDONA 8
RIVASTIGMINA 5
SOMATROPINA 6
DEMAIS MEDICAMENTOS
(18 TIPOS DE MEDICAMENTOS) 27
TOTAL DE PROCESSOS 175
Tabela 17: Relação de medicamentos mais solicitados em Junho/09. Fonte: Autores do Trabalho
Nota: Em evidência os 5 medicamentos mais solicitados por mês
Gráfico 10: Medicamentos mais solicitados no 1º SEM/2009
Fonte: Autores do Trabalho
63
Para analisar o 1º semestre de 2010 compilaram-se os medicamentos de maior
incidência nos primeiros semestres de 2008 e 2009: Alendronato, Calcitriol, Eritropoetina
Humana, Isotretinoína, Hidróxido de Ferro, Raloxifeno, Risperidona, Rivastigmina,
Formoterol/Budesonida.
Relação dos nove medicamentos mais solicitados no 1º semestre 2010
MEDICAMENTOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO TOTAL
ALENDRONATO 7 9 4 6 10 7 43
CALCITRIOL 5 19 14 17 9 8 72
ERITROPOETINA 7 26 14 16 18 7 88
ISOTRETINOÍNA 42 32 40 28 55 48 245
HIDRÓXIDO DE FERRO 9 16 11 9 16 10 71
RALOXIFENO 8 10 5 7 7 8 45
RISPERIDONA 3 7 10 4 10 3 37
RIVASTIGMINA 0 2 7 1 5 0 15
FORMOTEROL/BUDESONIDA 4 4 5 8 9 10 40
Tabela 18: Relação de medicamentos mais solicitados por mês 1º SEM/10. Fonte: Autores do
Trabalho
Resultou no seguinte gráfico:
Gráfico 11: Medicamentos mais solicitados no 1º SEM/2010
Fonte: Autores do Trabalho
64
Ao analisar os gráficos é possível perceber que em 2008 os medicamentos mais
solicitados eram Isotretinoína, Raloxifeno e Calcitriol; tanto em 2009 quanto em 2010 os
medicamentos mais solicitados eram Isotretinoína, Eritropoetina e Calcitriol.
Com estes dados chega-se às ultimas compilações possíveis que são os CID-10 e
diagnósticos mais recorrentes; uma vez que cada medicamento segue o Protocolo Clínico
e Diretrizes Terapêuticas. Desta forma os paciente solicitantes dos medicamentos devem
levar na abertura de processo a declaração do médico com o CID-10 correspondente.
Lista-se desta forma através de fonte da SES-MG os CID-10 padronizados para cada
medicamento. Listaram-se apenas os medicamentos mais solicitados conforme
comparação de gráficos 1º SEM 2008, 2009, 2010.
65
Tabela de CID declarado para o medicamento CALCITRIOL
Tabela 19: Fonte: Manual de Montagem de Processos, 2008. CID- 10. Protocolo Clínico medicamento
Calcitriol.
Nota: Tabela extraída com formatação da SES-MG
Tabela de CID declarado para o medicamento ERITROPOETINA OU ALFAEPOETINA
Tabela 20: Fonte: Manual de Montagem de Processos, 2008. CID- 10. Protocolo Clínico medicamento
Eritropoetina.
Nota: Tabela extraída com formatação da SES-MG
Tabela de CID declarado para o medicamento ISOTRETINOÍNA
Tabela 21: Fonte: Manual de Montagem de Processos, 2008. CID- 10. Protocolo Clínico medicamento
Isotretinoína
Nota: Tabela extraída com formatação da SES-MG
66
Tabela de CID declarado para o medicamento RALOXIFENO
Tabela 22: Fonte: Manual de Montagem de Processos, 2008. CID- 10. Protocolo Clínico medicamento
Raloxifeno
Nota: Tabela extraída com formatação da SES-MG
67
6 CONCLUSÃO
Analisando as fontes e dados coletados, verifica-se que o direito a saúde de forma
equitária assegurada na constituição é o maior dever do âmbito do SUS e que políticas
que assegurem este direito são implementadas no intuito de gerir corretamente e
assegurar que a população receba tudo o que necessita. A Política Nacional de
Assistência Farmacêutica e sua segmentação em Atenção Básica, Componente
Especializado e Componente Estratégico surgiram com o intuito de abrangerem uma
maior parte da população.
Quando a discussão é em torno do Componente Especializado, vê-se que este foi
criado para atingir uma população que necessita de um medicamento de custo elevado,
que impactaria diretamente em sua qualidade de vida. Integrando estes pacientes que
seriam marginalizados pelo SUS, garantindo que tenham este acesso igualitário. Desta
forma comprova-se que esta política é de extrema importância. Mas assim como toda
política do SUS esta também deve ser mais bem divulgada para que a população, os
profissionais da saúde e principalmente os médicos que são os responsáveis por preencher
os laudos e documentos sejam conhecedores dos benefícios proporcionados pelo
Componente Especializado.
Avaliou-se o impacto 2 desta política, chegando a uma conclusão de 75% da
população (1º sem 2010) que solicitou o medicamento teve o seu processo como deferido,
recebendo efetivamente o medicamento, consideramos este um percentual viável. Alguns
fatores foram verificados como causa raiz para indeferir um processo, como
preenchimento incompleto do médico, falta de justificativa médica, exame fora dos
padrões para aceitação de uso do medicamento, CID-10 não correspondente com o
protocolo clínico.
Quanto à eficiência do programa verificou-se que a média de dia de análise não foi
superior a 40 dias; porém o programa tem como data padrão para análise de 45 a 60 dias,
o que comprovou ser um serviço com impacto positivo. Uma vez que um dos motivos de
devolução de processo é o falecimento do paciente (outra causa considerada é
transferência de processo para outra GRS)
No quesito abertura de processos relação homem x mulher, verificou-se que a
2 IMPACTO – Efeito de uma ação. (Fonte: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)
68
porcentagem de homens é menor que a de mulheres. Observou-se que a porcentagem de
homens apresentou elevação de 2008 para 2009 o que pode-se sugerir que recentemente
existe um trabalho para divulgar a importância do homem cuidar da saúde.
Observou-se que o serviço tende a aumentar significativamente, uma vez que
houve um aumento aproximado de 5.000 atendimentos a cada ano.
Quando relacionou-se os processos com os medicamentos verificou-se que há uma
gama de medicamentos disponibilizados e que apenas alguns recebem um número grande
de solicitações desta forma ressaltamos que o programa tem o intuito de abranger uma
faixa da população que necessita de medicamentos mais específicos.
Os medicamentos mais dispensados incluem Isotretinoína, Eritropoetina e
Calcitriol. A Isotretinoína é dispensada para uma população alvo específico que são os
jovens, sendo esta uma geração mais preocupada com a saúde e a qualidade de vida.
Produtos, poluição e outros fatores genéticos influenciam diretamente para o
aparecimento da Acne, sendo uma dermatose considerada comum. Dados relatam que
80% dos adolescentes e adultos jovens entre 11 a 30 anos sofrerão destas lesões cutâneas.
Justificando este alto número de processos abertos para a Isotretinoína.
Os medicamentos Eritropoetina Recombinante e Calcitriol são utilizado
principalmente na Anemia causada por Insuficiência Renal Crônica. Governador
Valadares é referência na Macroregião para tratamento de distúrbios renais, desta forma a
alta incidência de processos abertos na GRS Governador Valadares é justificada.
A Calcitonina, o Raloxifeno e outros medicamentos são utilizados no tratamento
da Osteoporose, e com estes avanços da tecnologia e da saúde a população tem tido uma
maior sobrevida aumentando a faixa da população idosa. Desta forma os medicamentos
relacionados ao tratamento desta patologia se justificam.
Considerando todos estes aspectos, conclui-se que tanto esta política quanto outras
políticas do SUS são extremamente importantes e impactam de forma positiva na vida da
população Brasileira e da Macroregião de Governador Valadares.
69
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Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 2006.
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financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços de saúde, na
forma de blocos de financiamento, com o respectivo monitoramento e controle. Diário
Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 2007.
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dispõe sobre a Comissão de Incorporação de Tecnologias do Ministério da Saúde e vincula
sua gestão à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Diário Oficial da
República Federativa do Brasil. Brasília, 2009.
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Aprova as normas de execução e de financiamento da Assistência Farmacêutica na Atenção
Básica. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 2009.
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73
APÊNDICE
74
APÊNDICE A - Relação de Medicamentos Solicitados
RELAÇÃO DOS MEDICAMENTOS NOS PROCESSOS 1º SEM/2008
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO
MEDICAMENTOS QUANTIDADE MEDICAMENTOS QUANTIDADE MEDICAMENTOS QUANTIDADE
ACITRETINA 3 ALENDRONATO 14 ACITRETINA 3
ALENDRONATO 11 AMANTADINA 3 ALENDRONATO 3
AMANTADINA 2 ATORVASTATINA 5 AMANTADINA 3
ATORVASTATINA 5 AZATIOPRINA 2 ATORVASTATINA 4
AZATIOPRINA 1 BIPERIDENO 1 AZATIOPRINA 5
BIPERIDENO 1 BOTOX 1 BENZOFIBRATO 1
BOTOX 2 BROMOCRIPTINA 1 BIPERIDENO 1
CABERGOLINA 2 CABERGOLINA 2 CABERGOLINA 1
CALCITONINA 2 CALCITRIOL 11 CALCITONINA 5
CALCITRIOL 12 CLOZAPINA 1 CALCITRIOL 8
CICLOSPORINA 1 ENTACAPONE 2 CICLOSPORINA 1
CIPROFIBRATO 1 ERITROPOETINA 14 CLOZAPINA 2
CLOZAPINA 1 ETANERCEPT 1 ENTACAPONE 1
DONEPEZILA 3 FENOFIBRATO 1 ERITROPOETINA 5
ENTACAPONE 2 FORM/BUDESONIDA 1 FORM/BUDESONIDA 7
ERITROPOETINA 6 H. FERRO 12 FORMOTEROL 1
FENOFIBRATO 1 INFLIXIMAB 2 GENFRIBOSILA 1
FORM/BUDESONIDA 3 INTERFERN/RIBAVIRINA 1 GOSSERRELINA 2
GOSSERRELINA 2 ISOTRETINOINA 31 H. FERRO 7
H. FERRO 2 LEFLUNOMIDA 1 INTERFERN/RIBAVIRINA 2
INFLIXIMAB 1 LEUPRORRELINA 2 INTERFERON 4
INTERFERN/RIBAVIRINA 2 LEV. BENSERAZIDA 2 ISOTRETINOINA 36
INTERFERON 1 LEV./ CARBIDOPA 2 LEUPRORRELINA 1
ISOTRETINOINA 46 LEVOTIROXINA 1 LEV./ CARBIDOPA 2
LAMOTRIGINA 4 OLANZAPINA 2 LEV. BENSERAZIDA 2
LEUPRORELIM 1 PRAMIPEXOL 1 LEVODOPA 1
LEV. BENSERAZIDA 7 QUETIAPINA 3 MESALAZINA 1
LEV./ CARBIDOPA 3 RALOXIFENO 11 MORFINA 1
MESALAZINA 1 REBIF 22 1 OLANZAPINA 5
MIACALCIC 2 RISPERIDONA 7 QUETIAPINA 3
MICOFENOLATO 1 RIVASTIGMINA 3 RALOXIFENO 17
OLANZAPINA 4 SEVELAMER 1 REBIF 44 2
PRAMIPEXOL 4 SOMATROPINA 4 RIBAVIRINA 1
PRAVASTATINA 1 RILUZOL 1
QUETIAPINA 3 RISPERIDONA 5
RALOXIFENO 37 RIVASTIGMINA 3
RIBAVIRINA 1 SINVASTATINA 1
RISPERIDONA 8 SOMATROPINA 4
RIVASTIGMINA 8 TOPIRAMATO 1
SINVASTATINA 4 ZIPRASIDONA 2
SOMATROPINA 2
SULFASSALAZINA 2
TACROLIMUS 2
TOPIRAMATO 1
ZIPRASIDONA 5
ZYPREXA 1
ZOLADEX 1
75
ABRIL MAIO JUNHO
MEDICAMENTOS QUANTIDADE MEDICAMENTOS QUANTIDADE MEDICAMENTOS QUANTIDADE
ACITRETINA 4 ACITRETINA 1 ACITRETINA 2
ALENDRONATO 11 ALENDRONATO 18 ALENDRONATO 13
ATORVASTATINA 2 ATORVASTATINA 5 AMANTADINA 2
AZATIOPRINA 1 AZATIOPRINA 3 ATORVASTATINA 5
BIPERIDENO 2 BROMOCRIPTINA 1 AZATIOPRINA 4
BOTOX 5 CALCITONINA 4 BIPERIDENO 1
CALCITONINA 1 CALCITRIOL 20 CALCITONINA 1
CALCITRIOL 8 CICLOSPORINA 1 CALCITRIOL 31
CICLOSPORINA 1 CLOZAPINA 1 CICLOSPORINA 1
CLOZAPINA 3 DESMOPRESSINA 1 CLOROQUINA 1
DONEPEZILA 2 DONEPEZILA 1 CLOZAPINA 3
ENTACAPONE 1 ERITROPOETINA 13 DESMOPRESSINA 2
ERITROPOETINA 13 FENOFIBRATO 2 DONEPEZILA 2
FENOFIBRATO 4 FORM/BUDESONIDA 4 ENTACAPONE 3
FORM/BUDESONIDA 10 H. FERRO 8 ERITROPOETINA 24
GOSSERRELINA 2 HIDROXIUREIA 1 FORASEC 1
H. FERRO 8 IMUNOGLOBULINA 1 FORM/BUDESONIDA 7
HIDROXICLOROQUINA 1 INTERFERN/RIBAVIRINA 1 GABAPENTINA 1
INFLIMAB 1 INTERFERON 3 GOSSERRELINA 2
INTERFERN/RIBAVIRINA 2 ISOTRETINOINA 39 H. FERRO 26
ISOTRETINOINA 42 LAMOTRIGINA 1 INFLIMAB 2
LAMOTRIGINA 1 LEV. BENSERAZIDA 8 INTERFERN/RIBAVIRINA 1
LEFLUNOMIDA 2 MESALAZINA 3 INTERFERON 1
LEV. BENSERAZIDA 6 OLANZAPINA 3 ISOTRETINOINA 30
LEV./ CARBIDOPA 1 PRAMIPEXOL 1 LAMOTRIGINA 4
MESALAZINA 1 QUETIAPINA 3 LEV. BENSERAZIDA 4
MICOF./SODIO 1 RALOXIFENO 31 LEV./ CARBIDOPA 2
NEODECAPEPTIL 1 RISPERIDONA 8 MESALAZINA 4
OLANZAPINA 4 RIVASTIGMINA 3 METOTREXATO 1
PRAMIPEXOL 1 SIMBICORT 2 OLANZAPINA 2
PRAVASTINA 1 SINVASTATINA 1 QUETIAPINA 6
QUETIAPINA 5 SOMATROPINA 2 RALOXIFENO 22
RALOXIFENO 27 TOPIRAMATO 1 GALANTAMINA 1
RISPERIDONA 6 ZIPRASIDONA 1 RISPERIDONA 8
RIVASTIGMINA 11 ZOLADEX 1 RIVASTIGMINA 1
SINVASTATINA 1 SOMATROPINA 8
SIROLIMO 1 SULFASSALAZINA 1
SOMATROPINA 3 TOPIRAMATO 1
TOPIRAMATO 1 ZIPRASIDONA 1
ZIPRASIDONA 3 ZOLADEX 1
ZOLADEX 1
76
RELAÇÃO DOS MEDICAMENTOS NOS PROCESSOS 1º SEM/2009
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO
MEDICAMENTOS QUANTIDADE MEDICAMENTOS QUANTIDADE MEDICAMENTOS QUANTIDADE
ALENDRONATO 13 ACIDO URSODEXICOLICO 1 ALENDRONATO 7
ATORVASTATINA 4 ACITRETINA 3 AMANTADINA 2
AZATIOPRINA 2 ALENDRONATO 10 ATORVASTATINA 3
BIPER/LEV+CARB. 1 AMANTADINA 1 AZATIOPRINA 2
CALCITRIOL 19 ATORVASTATINA 6 BIPERIDENO 1
CICLOSPORINA 1 AZATIOPRINA 2 CABERGOLINA 3
CLOZAPINA 1 BIPERIDENO 1 CALCITONINA 1
DONEPEZILA 1 BROMOCRIPTINA 2 CALCITRIOL 15
ERITROP/H.FERRO 3 CABERGOLINA 2 CICLOSPORINA 1
ERITROPOETINA 18 CALCITRIOL 10 CLOZAPINA 1
ETANERCEPT 1 CIPROTERONA 1 DONEPEZILA 5
FORM/BUDESONIDA 4 CLOZAPINA 4 ENTACAPONE 1
GABAPENTINA 1 DONEPEZILA 1 ERITROPOETINA 15
GENFRIBOSILA 1 ENTACAPONE 1 FENOFIBRATO 1
H. FERRO 11 ERITROPOETINA 11 FORM/BUDESONIDA 6
INFLIXIMABE 1 FENOFIBRATO 2 GABAPENTINA 3
INSULINA GLARGINA 4 FORM/BUDESONIDA 4 GENFRIBOSILA 2
INTERFERN/RIBAVIRINA 2 GALANTAMINA 1 GOSSERRELINA 4
ISOTRETINOINA 21 GENFRIBOSILA 1 H. FERRO 12
LAMOTRIGINA 1 GOSSERRELINA 1 INSULINA GLARGINA 1
LEFLUNOMIDE 2 H. FERRO 9 INTERFERON 5
LEUPRORRELINA 2 HIDROXICLOROQUINA 1 ISOTRETINOINA 26
LEV. BENSERAZIDA 1 INSULINA GLARGINA 4 LAMOTRIGINA 4
MESALAZINA 1 INTERFERON 4 LEFLUNOMIDA 4
METROTEXATO 1 ISOTRETINOINA 24 LEUPRORRELINA 1
OLANZAPINA 5 LAMOTRIGINA 3 LEV. BENSERAZIDA 2
ORNITINA 1 LEV. BENSERAZIDA 2 MESALAZINA 3
PRAMIPEXOL 3 MESALAZINA 1 OLANZAPINA 2
QUETIAPINA 2 METROTEXATO 1 PIRIDOSTGMINA 1
RALOXIFENO 11 OLANZAPINA 6 QUETIAPINA 3
RISPERIDONA 7 PRAMIPEXOL 1 RALOXIFENO 8
RIVASTIGMINA 3 QUETIAPINA 4 RIBAVIRINA 2
SEVELAMER 1 RALOXIFENO 14 RISPERIDONA 12
SINVASTATINA 1 RISPERIDONA 6 RIVASTIGMINA 5
SOMATROPINA 3 SOMATROPINA 6 SOMATROPINA 3
SULFASSALAZINA 1 SULFASSALAZINA 1 TOPIRAMATO 2
TOPIRAMATO 1 URSACOL 1 ZIPRASIDONA 1
ZIPRASIDONA 3 VIGABATRINA 1
TOPIRAMATO 1
ZIPRASIDONA 3
77
ABRIL MAIO JUNHO
MEDICAMENTOS QUANTIDADE MEDICAMENTOS QUANTIDADE MEDICAMENTOS QUANTIDADE
ACITRETINA 2 ACITRETINA 1 ADALIMUMAB 1
ALENDRONATO 5 ALENDRONATO 15 ALENDRONATO 14
ALFACALCIDOL 1 ALFACALCIDOL 1 AMANTADINA 1
AMANTADINA 2 AMANTADINA 3 ATORVASTATINA 3
ATORVASTATINA 3 ATORVASTATINA 5 BIPERIDENO 1
AZATIOPRINA 3 AZATIOPRINA 4 CABERGOLINA 1
BIPERIDENO 1 CABERGOLINA 1 CALCITONINA 2
CABERGOLINA 3 CALCITRIOL 11 CALCITRIOL 7
CALCITRIOL 20 CICLOSPORINA 1 CICLOSPORINA 1
CLOZAPINA 4 CIPROSTERONA 1 CLOZAPINA 5
CODEINA 1 CLOZAPINA 1 CODEINA 1
DONEPEZILA 4 DONEPEZILA 1 DONEPEZILA 3
ENTACAPONE 1 ENTACAPONE 2 ENTACAPONE 1
ERITROPOETINA 24 ETANERCEPT 1 ETANERCEPT 1
FORM/BUDESONIDA 8 ERITROPOETINA 12 ERITROPOETINA 15
GABAPENTINA 1 FORM/BUDESONIDA 4 FORM/BUDESONIDA 6
GALANTAMINA 1 GENFRIBOSILA 1 GENFRIBOSILA 5
GANCICLOVIR 1 GOSSERRELINA 2 GOSSERRELINA 2
GENFRIBOSILA 1 H. FERRO 8 H. FERRO 9
GOSSERRELINA 2 HIDROXICLOROQUINA 2 INSULINA GLARGINA 6
H. FERRO 24 IMUNOGLOBULINA 1 INTERFERON 6
HIDROXIUREIA 1 INSULINA GLARGINA 5 ISOTRETINOINA 31
HIDROXICLOROQUINA 2 INTERFERON 3 LAMOTRIGINA 2
INSULINA GLARGINA 1 ISOTRETINOINA 34 LEV. BENSERAZIDA 6
INTERFERON 4 LAMOTRIGINA 3 OLANZAPINA 6
ISOTRETINOINA 26 LEFLUNOMIDA 2 RALOXIFENO 13
LAMOTRIGINA 2 LEUPRORRELINA 1 RIBAVIRINA 1
LEFLUNOMIDA 2 LEV. BENSERAZIDA 2 RISPERIDONA 8
LEUPRORRELINA 4 LEV./ CARBIDOPA 3 RIVASTIGMINA 5
LEV./ CARBIDOPA 2 MESALAZINA 4 SINVASTATINA 1
MESALAZINA 1 METROTEXATO 1 SOMATROPINA 6
METROTEXATO 1 OLANZAPINA 4 SULFASSALAZINA 1
OLANZAPINA 7 PRAMIPEXOL 1 TOPIRAMATO 1
PRAMIPEXOL 2 QUETIAPINA 9 ZIPRASIDONA 3
QUETIAPINA 3 RALOXIFENO 8
RALOXIFENO 9 RIBAVIRINA 3
RIBAVIRINIA 1 RISPERIDONA 15
RISPERIDONA 9 RIVASTIGMINA 4
RIVASTIGMINA 4 SELEGELINA 1
SEVELAMER 1 SINVASTATINA 1
SIROLIMUS 1 SOMATROPINA 5
SOMATROPINA 5 ZIPRASIDONA 2
SULFASSALAZINA 1
TOXINA BOTULINICA 2
VIGABATRINA 1
ZIPRASIDONA 2
78
ANEXOS
79
ANEXO A - Relação de Medicamentos do Componente Especializado da
Assistência Farmacêutica disponibilizados pela SES-MG (Março/2010)
1 Acitretina 10mg Cápsula
2 Acitretina 25mg Cápsula
3 Adalimunabe 40mg Seringa Preenchida
4 Adefovir 10mg Comprimido
5 Alfacalcidol 0,25 mcg Cápsula
6 Alfacalcidol 1,00 mcg Cápsula
7 Alfadornase 2,5 mg Ampola
8 Alfaepoetina 1.000 UI Frasco/Ampola
9 Alfaepoetina 10.000 UI Frasco/Ampola
10 Alfaepoetina 2.000 UI Frasco/Ampola
11 Alfaepoetina 3.000 UI Frasco/Ampola
12 Alfaepoetina 4.000 UI Frasco/Ampola
13 Alfainterferona 2b 3.000.000 UI Frasco/Ampola
14 Alfainterferona 2b 5.000.000 UI Frasco/Ampola
15 Alfapeginterferona 2b 100 mcg Frasco
16 Alfapeginterferona 2b 120 mcg Frasco
17 Alfapeginterferona 2a 180 mcg Frasco
18 Alfapeginterferona 2b 80 mcg Frasco
19 Amantadina 100 mg Comprimido
20 Atorvastatina 10 mg Comprimido
21 Atorvastatina 20 mg Comprimido
22 Azatioprina 50 mg Comprimido
23 Betainterferona 1a - 12.000.000 UI (44 mcg) Seringa Preenchida
24 Betainterferona 1a - 6.000.000 UI (22 mcg) Seringa Preenchida
25 Betainterferona 1a - 6.000.000 UI (30 mcg) Frasco/Ampola
26 Betainterferona 1b - 9.600.000 UI (300 mcg) Frasco Ampola
27 *Bosentana 125mg Comprimido
28 *Bosentana 62,5mg Comprimido
29 Bromocriptina 2,5 mg Comprimido
30 Budesonida 200 mg - Aerosol Bucal Frasco
31 Budesonida 200 mg - Pó inalante Cápsula
32 Cabergolina 0,5 mg Comprimido
33 Calcitonina 200 UI - Spray Nasal Frasco
80
34 Calcitriol 0,25 mcg Cápsula
35 Calcitriol 1,00 mcg - Injetável Ampola
36 Ciclofosfamida 50 mg Drágea
37 Ciclosporina 100 mg Cápsula
38 Ciclosporina 100 mg/ml - Solução Oral Frasco c/ 50ml
39 Ciclosporina 25 mg Cápsula
40 Ciclosporina 50 mg Cápsula
41 Ciproterona 50 mg Comprimido
42 Cloroquina 150 mg Comprimido
43 Clozapina 100 mg Comprimido
44 Clozapina 25 mg Comprimido
45 Codeína 3 mg/ml - Solução Oral Frasco 120 ml
46 Codeína 30 mg Comprimido
47 Complemento Alimentar p/ Fenilcetonúricos (pacientes
Adultos,
Gestantes e Adolescentes)
Lata
48 Complemento Alimentar p/ Fenilcetonúricos (pacientes
maiores de 01 ano)
Lata
49 Complemento Alimentar p/ Fenilcetonúricos
(pacientes menores de 01 ano)
Lata
50 Danazol 100 mg Cápsula
51 Deferasirox 125 mg Comprimido
52 Deferasirox 250 mg Comprimido
53 Deferasirox 500 mg Comprimido
54 Deferiprona 500 mg Comprimido
55 Desferroxamina 500 mg - Injetável Frasco/Ampola
56 Desmopressina 0,1 mg/ml - Aplic. Nasal - Frasco c/
2,5ml
Frasco 57 Donepezila 10 mg Comprimido
58 Donepezila 5 mg Comprimido
59 Entacapona 200 mg Comprimido
60 Entecavir 0,5 mg Comprimido
61 Etanercepte 25 mg Frasco/Ampola
62 Etanercepte 50 mg Frasco/Ampola
63 Everolimo 0,5 mg Comprimido
64 Everolimo 1 mg Comprimido
65 Fenofibrato 200 mg Cápsula
66 Filgrastim 300 mcg - Injetável Frasco/Ampola
67 Fludrocortisona 0,1 mg Comprimido
68 Fluvastatina 40 mg Cápsula
69 Formoterol 12 mcg Cápsula Inalante
70 Formoterol 12 mcg + Budesonida 400 mcg Cápsula Inalante
71 Formoterol 6 mcg + Budesonida 200 mcg Cápsula Inalante
72 Gabapentina 300 mg Cápsula
73 Gabapentina 400 mg Cápsula
74 Galantamina 16 mg Cápsula
75 Galantamina 24 mg Cápsula
76 Galantamina 8 mg Cápsula
81
77 *Ganciclovir 500mg Frasco
78 Genfibrozila 900 mg Comprimido
79 Glatirâmer 20 mg - Injetável Frasco/Ampola
80 Gosserrelina 10,80 mg - Injetável Seringa Preenchida
81 Gosserrelina 3,6 mg - Injetável Frasco/Ampola
82 Hidroxicloroquina 400 mg Comprimido
83 Hidroxiuréia 500 mg Cápsula
84 Imiglucerase 200 UI Frasco/Ampola
85 Imunoglobulina Anti-Hepatite B 1000 UI Frasco
86 Imunoglobulina Humana 1,0g Frasco
87 Imunoglobulina Humana 2,5g Frasco
88 Imunoglobulina Humana 5,0g Frasco
89 Infliximabe 10 mg/ml Frasco/Ampola
90 Isotretinoína 10 mg Cápsula
91 Isotretinoína 20 mg Cápsula
92 Lamivudina 150 mg Comprimido
93 Lamotrigina 100 mg Comprimido
94 Lamotrigina 25 mg Comprimido
95 Leflunomida 20 mg Comprimido
96 Leuprorrelina 11,25 mg Seringa Preenchida
97 Leuprorrelina 3,75 mg Frasco
98 Mesalazina 800 mg Comprimido
99 Mesalazina 1.000 mg Supositório
100 Mesalazina 250 mg Supositório
101 Mesalazina 400 mg Comprimido
102 Mesalazina 500 mg Comprimido
103 Metadona 10 mg/ml Ampola 1Ml
104 Metadona 10 mg Comprimido
105 Metadona 5 mg Comprimido
106 Metotrexato 25 mg/ml Frasco/Ampola 2mL
107 Micofenolato de Mofetila 500 mg Comprimido
108 Micofenolato de Sódio 180 mg Comprimido
109 Micofenolato de Sódio 360 mg Comprimido
110 Molgramostim 300 mcg - Injetável Frasco/Ampola
111 Morfina 10 mg Comprimido
112 Morfina 10 mg/ml Ampola 1mL
113 Morfina 10 mg/ml - Solução Oral Frasco 60mL
114 Morfina 30 mg Comprimido
115 Morfina LC 30 mg Cápsula
116 Morfina LC 60 mg Cápsula
117 Octreotida 0,1 mg/ml Ampola
118 Octreotida Lar 10 mg Frasco/Ampola
119 Octreotida Lar 20 mg Frasco/Ampola
120 Octreotida Lar 30 mg Frasco/Ampola
121 Olanzapina 10 mg Comprimido
122 Olanzapina 5 mg Comprimido
123 Pancreatina 10.000 UI Cápsula
82
124 Pancreatina 25.000 UI Cápsula
125 Pancrelipase 4.500 UI Cápsula
126 Pancrelipase 12.000 UI Cápsula
127 Pancrelipase 18.000 UI Cápsula
128 Pancrelipase 25.000 UI Cápsula
129 Penicilamina 250 mg Cápsula
130 *Piridostigmina, Brometo 60mg Comprimido
131 Pramipexol 0,25 mg Comprimido
132 Pramipexol 1 mg Comprimido
133 Pravastatina 40 mg Comprimido
134 Quetiapina 100 mg Comprimido
135 Quetiapina 200 mg Comprimido
136 Quetiapina 25mg Comprimido
137 Raloxifeno 60 mg Comprimido
138 Ribavirina 250 mg Cápsula
139 Riluzol 50 mg Comprimido
140 Risperidona 1 mg Comprimido
141 Risperidona 2 mg Comprimido
142 Rivastigmina 2,0 mg/ml - Solução oral Frasco 120mL
143 Rivastigmina 4,5 mg Cápsula
144 Rivastigmina 6 mg Cápsula
145 Sacarato de Hidróxido Férrico 100mg Frasco 5mL
146 Salmeterol 50 mcg - Aerossol Frasco
147 Selegilina 10 mg Comprimido
148 Sevelamer 800 mg Comprimido
149 Sildenafila 20 mg Comprimido
150 Sirolimo 1 mg Drágea
151 Sirolimo 1mg/ml - Solução Oral Frasco 60mL
152 Sirolimo 2 mg Drágea
153 Somatropina 4 UI Frasco/Ampola
154 Sulfassalazina 500 mg Comprimido
155 Tacrolimo 1 mg Cápsula
156 Tacrolimo 5 mg Cápsula
157 Tenofovir 300mg Comprimido
158 Topiramato 25 mg Comprimido
159 Topiramato 50 mg Comprimido
160 Topiramato 100 mg Comprimido
161 Toxina Botulínica Tipo A 100 UI Frasco/Ampola
162 Toxina Botulínica Tipo A 500 UI Frasco/Ampola
163 Vigabatrina 500 mg Comprimido
164 Ziprazidona 40 mg Cápsula
165 Ziprazidona 80 mg Cápsula
*Medicamentos não padronizados pelo Ministério da Saúde e fornecidos pela SES-MG em situações especiais.
83
ANEXO B – LISTA DAS GERÊNCIAS REGIONAIS DE SAÚDE DO ESTADO DE MINAS
GERAIS
GERÊNCIAS REGIONAIS DE SAÚDE DO
ESTADO DE MINAS GERAIS
1 Alfenas
2 Barbacena
3 Belo Horizonte
4 Coronel Fabriciano
5 Diamantina
6 Divinópolis
7 Governador Valadares
8 Itabira
9 Ituiutaba
10 Januária
11 Juiz de Fora
12 Leopoldina
13 Manhumirim
14 Montes Claros
15 Passos
16 Patos de Minas
17 Pedra Azul
18 Pirapora
19 Ponte Nova
20 Pouso Alegre
21 São João Del Rei
22 Sete Lagoas
23 Teófilo Otoni
24 Ubá
25 Uberaba
26 Uberlândia
27 Unaí
28 Varginha