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SEMANA SANTA w m .. \ s ¦'". ' ¦''*'.',?¦ Em tddo o^orbe catholico commeraora-se a sagfráda pai- x&p e morte do Redemptor do mundo.\ Pontífice de uma religião a mais racional e humana, que se irradiou com a rapidez do relâmpago por todas as na- <jões, porque ella pregava o amor ao próximo, a humilda- de e. outras sublimes virtudes que asseguram a paz da con- Bcienciâ^e a marcha civilisa- dbra das sociedades constitui- dás^èiisinaiido-lhes a brandu ra, augmentando o espirito de caridade, nivelando ós po- derosos aos fracos e humil- des, gerando a q|ib alicerça e faz progredir asli^iiativas Jv^randiosas, agreniiatíd&»num ;-£i^fleio exliuberante energias; ;• oftjíázés^ para as pujgríâs do bem, =— Jesus Christo pade ceu,soffrendo morte"affrontosa até á sríft insurreição esplen- dente, triumphante e glorio- . sa.''--'. ''¦¦'¦". r.r;-,y.. E' a seiriafia que provoca e rememora np povo catholi- cp a compüncçftó o&i tristeza, ò recolhimento e a dor,a vigi- x lia prescrutadora da malda- de de quantos não queriam ; ; ver e sentir a verdade ob filho do Messias e depois á alegria #' «vivifièantç^ extraoranv.ina* e puraidastiaasèençãoaos céos, por,entre nuvens de umaal- vorada ridentèlfe testemunhar * 榦"¦'¦?'.'¦• aos seus yerdugós o grande poder d'Áquelle que rege leis do universo. Representante de um povo catholico; o Diário acompa- Viha-o na magua indisivel que o punge, suspendendo o tra- balho em todas as suas offi- cinas, para que o pugillo de homens qué aqui moireja pos- sa comparecer a todos os actos que a egreja espirito santen- se faz celebrar. . (i _, Assim, este jornal circu- Iara na terça^ja-a, 13 do cor- '¦¦¦ rente. ~t-.r'h ri',, ,;¦ O que está feito na cptíscien: cia humana éfrücto da doutrina, de Jesus; ..o¦ sangue do Deu's" martyr foi a seiva* bemdita qiiè nutriu a arvore da fraternidade., e da justiça,-.que dia a dia bra-:, ceja mais lbüge é maísh^gp; sobre à humanidade culta-^f ,•• * A semente lançada á terra desapparece afinal, absogyitfa. pela própria germinação! %, planta,, porém, guarda indelével- mente os seus caracteres de familia. _ ,,v '¦" O evangelho foi a ' sóniente de nossa vida contemporânea, e, por mais que a íincredulida- de o queira neg%T#.'as múltiplas conquistas do direito guardam o saber suavíssimo dessa pré- gação sobrehumana que, égua- lando os homens, nobilitou-lhes o espirito.> A e : a sciencia se con- tradizem nas almas sophisticas, que na sua presumpção deorigi- nalidade preferem escandalizar as almas simples, a encaminhai- as pára o bem. Que mal faz abrir o céo ao que não teve gosos na terra: em que dèsorganisa a vida acenar com a misericórdia de Deus ao qüe se transviou, ecom a bema- venturança á virtude que passou desconhecida entre os homens? Em qüe prejudica a civilisa- ção a ronda ihvisivel>da graça, alentando os que têm um ideal bemfazejo, ou aos que em vez de roubar e matar, para asatis- facão de seu egoísmo, invocam humildemente o Senhor? i ¦, ¦, ¦ ¦ r. 1 - i Onde está a imjjnoralidade da crença que manda orar pelos próprios inimigos^? Em que está CHRISTO SfEtíbHglp: ¦ Y..'fir'.*1.'* ®s I ADULTERA .Bramia a turba, e ãt)\peccadora em pranto t%Mos. pés ão Salvador-fefugiou-se ! Elle inquiriu: <<í)fs0-me b que vos trouxe Após esta mulher quê chora tanto ? » «Rabbi, ella é àdiQtera /¦: Portanto} \ Quisemos nós que apedrejada fosse, Conforme as prescrifações do livro samo.» Jesus ergueu a vos sôjemne e doce: ¦ i : ¦ æ. ¦ ¦,?; ~«Si entre vós tcdoskim sem culpa houver, Lance a primeira pedra a esta mtllherf» Mas nenhum fes o-^sto mais fortuito. '-.: K^WM '¦¦' E disse então Jesus dMugdálena: —«Ergue-te e vae: ninguefnmais te condemna , E eu te perdôo porquèúíiinqste muito . , ¦l Àntonió Salles. 1 Não! E' preciso que todas as aijnas fortes protestem contra féssa sciencia sem consciência,, áquelle frio suor de sangue qué;,; a matéria resumbra da agonia?; do seu espirito não basta :pará, enregelar-lhe o coração, Çste o perigo de chamar pelo' nome continua a contar imperfiftba Sua alma sente uma tristeza de morte no Jardim das-Oliveu ras, quando sente avizinharem-!? se as horas de endoenças ';'}màf í^| naphrase de Rabelais, é a desse Jesus que mandott «rer no miserável, que se ápproxima de nós asuiá pessoa? Quantas vezes deste esmola^, quantas vezes; vestistè b mal- trapilho; quantas vezes visitas- te o enfermo desamparado; quan- •tás agasalhâsté o sem tecto" tari- tas me tivéste ao teu lado. Que suave consolo paravo cllristão sentir que ha no seu bolso o necessário para repartir cotn" o que soffre!/, Em que diminue .afalmá hümalí^ nessa indeima^âção,, qüe Sói descodlpLecidbt.dotmal - '¦-¦frh.'Ji:. '-! vi..•¦!'«' .tf.', j . socieqade i**« wíMâ&% ¦**¦ os ffla . mmt CSdkftKflBa.i ¦mS^Êr 1 ^ jj ^«"'iJ'"* Como o poviléo fanático, em torno do pretorio de Pilatos, a sciencia moderna nos reclama d&novo Jesus, para tortural-o, paraescarnecel-o, para matal-o. Não é amigo da liberdade hu? níana quem quizer poupal-o á fúria do scepticismo; preciso é que" seja de novo crucificado em todas as consciências, para que se resgate a lei da evolução na- tural; da sociedade. Bem- quizeramos lavar as; que a-soc"lHpide é S^ lhe causou^'; Ò christiániáino é o conll^te permanènteaoé^^^io, a lição continua de ábnef|aj$!ro, *'dè:Wa- ternidade. O que tem medo ao dia de amanhã, b que tem certeza de que a'tíondéscendencia dos coe- vos o não resgata das faltas commettidas na vida, procura ser um coração leal," e um espi- rito rectilineo. Qüé^mál f àz Deus na consci- éncipí-lõ povo? Trabalha e eu te ájuààréi. Não é mais bello estimulo á prosperidade social essa promessa, que a conscien- cia do simples diariamente lhe repete ? Se o homem acredita que Deus fez as es.trel.las dos céos e marites das minas, porque üiá de acreditar que, elle é cap^55Hde centuplicarrlhe a sea- ra, qü^o trabalhador plantou cóm o suor do seu rosto, e sobre a aual passou cantando a ale- ^Ra dos seus filhos ? Não podemos comprehender a guerra contra Jesus. Elle ensinou a abnegação e esta é a força creadora por éx- cellencia da civilisação. Os que sabem soffrer pelas suas idéas, quando ellas são de amor e' de concórdia, vencem sempre.Sem-^ pre qüe um homem foi a ençar mãos, como ò romano pusillani- nação de uni'principio e soube velmente os séculos de amor que do seuJtormentp devemí' re' sultar pa^^.bumanidade. í Alli mirava a noite para pro tegêí-llíe á fuga. O som«o'dos dísciouios eVa um cumplicejd^ treva. Ningue|n saberia bnde ga^Sf4|íòptíeta^ Além di^so era descpnheéido para áquelle que o perseguiam. No,jeintanto, elle espera déci- <^ido a Jjpra do martyrio pelasua fé, pelfiaova éra que vem abrir parati tíümanidáde. «iPa mais sublime exemplo 4e "típrágem e de abnegação? Com qúe'm pudi$iió§antes delle apren- der essã*vàlenj^a moral, que'do- mina q instinptp da conserva.- ção, .essa j?b'nsçiencia do poder dós Jilíncipios que autpmatisa a ^pritadè, fazendo-a obedecer ao cuínpríiüento.frio do dever? Porque o combatem? Nãó éa melhor das ^ucações repetir á alma virgemíp|-.creança: segue o exempfo; de; Jesus ? Crê qüe te deves á humanidade, que a tua vida pertence áo seu bemrestar, qüe o melhor destino que podes dar ao teu corpo é convertel-o numa vastamesa de communhão de ideal de liberdade, de amor e de justiça. A caridade é um em- prestimo que Deus nos faz da sua misericórdia: não és tu-quem dás, filho, é elle que te adeanta em horas de bem estar, de paz com a tua consciência, o premio de teres ouvido a sua palavra. A fraternidade não é defesa egoistica do teu direito, mas um dever 'de solidariedade çom os teus semelhantes, porque tu, como eíles, tens deante da natu- reza eguaes deveres e eguaes direitos, e é por isso'que tu tens cada vez mais perfeitas as no- ções1 da justiça. ¦ Porque combater aféehristã, se em fada acto, se em cadapa- lavra de Jesus. está o mais bel- lo ensinamento de moral priva- e social? Porque tem sido mal pratica- da por muitqp sacerdotes, res rüina da alma ^JPénhamos todos a coragem ^è.affirmar Jesus, como o athe- •isrrmaffirmou Augusto Comte; tétihámps a coragem de arrostar o ridículo dos atheüs, contra- porido-lhes á moral que serve áos tyrannoá amoral qüe serve aos humildes. Reivindiquemos para a^nossa eo direito qüe lhe dão dezeno- ecülos progresso. .... •uandó hos quizerem suffo- tar com a gargalhada da incre- dülidade, respondamos com se- gurauçaealtivez que os cefebros a que a humanidade maisifléve. tiveram lograr para guard|tr|esse Deus *de q^ie ella escát£uee|$;',: Quando p],a]theismo dissefqüe elle impéde^o progressos, 'res- pondamps sem receio, mpstran- do-lhe Colombo mutiplicandp a terra e Pasteur miitiplicando a vida l.wfc José do Patrocínio. »*«<o* iiliiiipi \ me, e entrega^ á incredulidade 0 companheiro sobrehumano das nossas horas de angustia. Bem quizeramos negal-o, de publi- ¦isq* para furtar-nos á irrisão da "descrença egoísta e aos ataques da sabedoria athéa. Nossa consciência,porém,nos manda pleitear a causa do nos- so Deus, porque em vão procu- ramos quem o ha de substituir na economia da oiviKsppão. morrer por elle, o sangue de seu martyro é a aurora do seu trium- pho. Podem cuspir-lhe nas fa- ces, arrastal-o através dos villi- pendios os mais tgnominiosos, tortural-o com o supplicio o mais infamante, o seu nome resurge através dos séculos, florescendo em bênçãos o espinheiro ! da maldição de outriora. Jesus assim o ensinou e pra- f.icò«', pondem Mas então os códigos, juizes que prj caquemandí ra preciso rasgar orqüe ha muitos aricam. A logi- óndemnar p chris- tianismo, porque o desnaturam, devia também, suprimir os tribu- naes, porque elles não raras ve- zes sacrificam o direito e fre- quentemente offerecém o do fra- co em holocausto ao interesse do poderoso. Assim devemos designar a eiri qué se desenrolou o drama sacro do christianismo—drama de lagrimas, de martyrios e de exemplos grandiosos de resi- gnação, piedade e perdão. O christianismo, a partir da entrada triumphal de Jesus na cidade de Jerusalém, com es- cala pelo Horto, para onde bai- xou o cálice amargura que a paciência e a santida'de do maior dos redemptores recebe- ram do anjo de. Deus, com a mais luminosa de todas as gra- ças celestes, e onde o falso após- tolo foi levar o osculo traidor; com escala pelos opprobios, pe- lãs.tyrannias, pelas misérias hu- manas a que os phariseus, os sacerdotes do judaísmo, o romã- no covarde que antepoz á causa da justiça o temor de César e Herodes, incestuoso e assassino, se jungirám nas passagens mais eloqüentes das Escripturas; com escala pelos pádecimentos da cruz a que Maria, ai mãe sahtis- situa, se abeirou , com a alma partida de dor para colher as ul- timas palavrás-'e o olhar mori- bundo da victima sem macula que até ali carregara os pecca- dos do mundo, e qual, num signal de revolta contra a' into- lerancia dominante, . José de Arímathéa e Nicodemos fize- ram-ua descer ; com escala, em summa, por todas ás scenas re- feridas nesta pequeníssima syn- ' these até o dia em que os guar- das do santo sepulcbro cahiram com a fronte no solo eem que na iníqua metropele dos prophetas estrondeou a noticia da resur- æ* ' reição—o christianismo, com to- das'essas pdysséas e tantas e tantas outras solemnidades di- vinas, divinamente magestati- cas, magèstaticamente immPr- taes, constituiu nos curtos dias. de uma semana todo o prólogo de uma obra de proporções in- definidas : as conquistas,no cur- so dos séculos, da doutrina de Jesus.' Deixae falar ao emancipado- nismo dos livres pensadores de hoje : a doutrina de Christo re- constituiu o mundo e a ella so- mente devemos as instituições que têm dominado as sociedades políticas mais cultas hodierna- mente organisa^É. A Inglaterra pi theatro de immensas e pavorosas lüctasre- ligiosas. Por el|a.s pagou no patibulo as suas vácillações fre-- quentes o infeliz Carlos I. Ape- zar tudo foi.em nome e com o auxilio da religião christã que a Inglaterra obteve o culto do liberalismo, que a tornou alta- mento notável e modelo, como nação, ás nações livres. Não pouco contribuiu5''' a christã para lançar sobre os ma- res ps valentes filhos de Poftu- gal, êollaborando todos''|pÍ«.glo- rias com que.esta nação se exhi- be na historia do mundo. i Falem pela gloriosa Luzita- nia a influencia que os jesuítas exerceram no Brasil-colonia e a que a religião popular vasou nos grandes espíritos para, por exemplo, determinar posterior- "mente, no Brasil-imperio e no Brasil^republica, a extincção da pena de morte, aabolição do ele- mento servile a repulsa contra o dogmatismo' dos materialistas favoráveis ao divorcio absoluto.' Agora, porém, não cabe si- mão recordar- òs sete dias em que a obra do Divino Nazareno teve o sei* final grandioso e tra- gico com o qual o mundo entrou no caminho da redempção. «Desejei muito comer com- kVoSço ^sta Paschoa, antas, que padeça i-spíprque vos digo que ¦goão a colherei mais até qüe ella. se cvLVpLpvá. no E|eino de'Déus». Simplicidade na enúnciaçãó das id,éas', elevada ;:concepção e superioridade,ij da^alma unem-se .miraè^losaiiiéü.té" nesses ternos di^curkos por Jesus dirigidos jabs seus apóstolos, na ceia em que predisse o supplicio da. cruz. «Não se turbe' o vosso corar ção; crede em Deus, crede tam- bem em mim; sinão eu vol-o te- jria; dito; vou preparar-vos um logar. E, se eu for e vos preparar um logar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver, estejaes vós também». E assim fluíam, (jombinadas a saudade e a esperança, a ma- gua e o conforto, as expressões singelas, mas tocadas de um idealismo digniricador e sem f a- lha, as doces promessas do Na- zareno aos que mais de perto o acompanharam no caminho es- pinhoso da propaganda de unia npva éra em que romperia para a salvação universal a religião nova. Jesus, entrando em Jerusalém, reunindo os seus apóstolos para dar-lhes as ultimas determina- ções ao ter de os deixar sosinhos no mundo entregues ás cam- panhas Deus contra as tyran- nias dos homens, preso, julga- do perante Caiphaz sem as for- malidades que as leis judaicas obrigavam, conduzido á pre- sença de .Pilatos cuja1 posição inferior como auctoridade ro- mana ficou assignalada na his- toria, arrastado ao Golgotha, crucificado e morto, conserva sempre a mesma grandeza mo- ral, o mesmo espirito vasíamen- te illuminado e a mesma bondade privilegiada assim tenhamos em consideração as suas pala- vras denotadoras de uma altivez sem affectação aos soldados que P prenderam, aos sacerdotes que> o interrogaram e o seu silencio proposital ás perguntas ociosas do execrando algoz de S. João Baptista; assim também consi— deremos numa linha gemi, para aquilatar o seu amor do próximo, a ' escolha com que do, alto da cruz distinguiu o apóstolo ama- do collocando-o em seu logar junto á Mãe. Santíssima, apro- messa do Paraizo ao ladrão ar- rependido e o perdão que im- piorou a Deus em favor dos que o injuriavam e o haviam açoita- do, para lembrar as notas finaes do poema de dor, de o;>- probios e de tristezas com qi.u.' se encerraram no paiz das dose tribus a epocha do judaísmo or- tliodoxo e suas seitas e em Roma o paganismo afag-ado pelos' Ti- berios carregados de sangue e lama—flagellos de povos esem-.. visados que mais se ainesqui-^ nhavam com a falta de uma re- ligião constructora de virtudes viris. E' grande, verdade, o as- sumpto desta semana. Grandes são os seus personagens e uni delles é até infinito. Pequenas são por certo essas figurinhas notáveis nas Escripturas pela. ignominia-cpm que se houveram. Deixemol-as. Cuidemos das .cousas santas. A santidade consorciou, na hora da Paixão, o Oriente e o Occi- dente. Quando as trevas cobri- ram o mundo e rasgou-se o véu do Templo, o capitão romano proclamou a justiça de Jesus. Emquanto isto, Judas apo- drecia suspenso pelo ramo de uma figueira, após ter lançado aos pés dos sacerdotes do syne- drio os trintas dinheiros com. que se vendera para entregar o Mestre aos seus verdugos.' DltMOSTHlíNRS. .i ¦¦¦?-;:^>~MHgai.lL>0 ' «»i' '-. DRAMA DO CALVÁRIO Mais uma vez^a egreja com- memora o augusto e doloroso ¦ drama do Calvário ! Jesus, o meigo e compassivo mestre, reunindo pela ultima vez os seus doze apóstolos, pregan- do suas santas, doutrinas, itisti- tuindpro sacramento da encha- ristia com o pão e o vinho, rece- be do apóstolo que compartilha do seu prato o negro osculo da traição. Prezo e arrastado com a cruz ás costas, como manto eosce- ptro do escarneo, é pela turba desenfreada crucificado no Gol- gotha, entre dois malfeitores ! Das mil chagas que os açoites dos seus verdutros abriram, jor- o seu sangue innocente! E áquelle sublime espirito de caridade e :amôr' implora jia hora suprema da trangição, o mi- 'sÍÊ$'çordioso, o salütafc! perdão, pára os seus algoàes ! Edificante e benéfica licção para o coração humano, cheio de orgulho e mesquinhez, nos offe- rece o filho de Maria! , Existem almas piedosas e crentes, que se cbmmovem ante o cruento martyrio de Jesus; mas, infelizmente,, encontram-se ain- da corações endurecidos na sen-- da do crime e do vicio, que a- todo o momento crucificam tto- vãmente o-Divino Cordeiro! Pobre e mísera humanidade, quando ficarás completamente purificada do lodo em que te~en- volves ? !... Quem sabe? !.. Neste dia tão solemne, me cur- vo humilde e recolhida aos pés do Sagrado Lenho, symbolo do perdão á humanidade ingrata ! Laura S. de Ou veira. ¦¦'¦iim. ¦¦¦««.. ¦:'í..'v 'yy-h-i 'Ml '¦?¦ fi MANCHADA

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SEMANA SANTAw

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Em tddo o^orbe catholicocommeraora-se a sagfráda pai-x&p e morte do Redemptor domundo. \

Pontífice de uma religiãoa mais racional e humana,

que se irradiou com a rapidezdo relâmpago por todas as na-<jões, porque ella pregava oamor ao próximo, a humilda-de e. outras sublimes virtudes

que asseguram a paz da con-Bcienciâ^e a marcha civilisa-dbra das sociedades constitui-dás^èiisinaiido-lhes a brandura, augmentando o espiritode caridade, nivelando ós po-derosos aos fracos e humil-des, gerando a fé q|ib alicerçae faz progredir asli^iiativas

Jv^randiosas, agreniiatíd&»num;-£i^fleio exliuberante energias;;• oftjíázés^ para as pujgríâs do

bem, =— Jesus Christo pade •

ceu,soffrendo morte"affrontosaaté á sríft insurreição esplen-dente, triumphante e glorio-

. sa.''--'. ''¦¦'¦".

r.r;-,y..E' a seiriafia que provoca e

rememora np povo catholi-cp a compüncçftó o&i tristeza,ò recolhimento e a dor,a vigi-

x lia prescrutadora da malda-de de quantos não queriam

; ; ver e sentir a verdade ob filhodo Messias e depois á alegria

#' «vivifièantç^ extraoranv.ina* e

puraidastiaasèençãoaos céos,

por,entre nuvens de umaal-vorada ridentèlfe testemunhar* ¦¦"¦'¦?'.' ¦•

aos seus yerdugós o grandepoder d'Áquelle que rege a»leis do universo.

Representante de um povocatholico; o Diário acompa-

Viha-o na magua indisivel queo punge, suspendendo o tra-balho em todas as suas offi-cinas, para que o pugillo dehomens qué aqui moireja pos-sa comparecer a todos os actos

que a egreja espirito santen-se faz celebrar. . (i _,

Assim, este jornal só circu-Iara na terça^ja-a, 13 do cor-

'¦¦¦ rente. ~t-.r'h ri',, ,;¦ •

O que está feito na cptíscien:cia humana éfrücto da doutrina,de Jesus; ..o¦ sangue do Deu's"martyr foi a seiva* bemdita qiiènutriu a arvore da fraternidade.,e da justiça,-.que dia a dia bra-:,ceja mais lbüge é maísh^gp;sobre à humanidade culta-^f ,•• *

A semente lançada á terradesapparece afinal, absogyitfa.pela própria germinação! %,planta,, porém, guarda indelével-mente os seus caracteres defamilia. _ ,, v '¦"

O evangelho foi a ' sónientede nossa vida contemporânea,e, por mais que a íincredulida-de o queira neg%T#.'as múltiplasconquistas do direito guardamo saber suavíssimo dessa pré-gação sobrehumana que, égua-lando os homens, nobilitou-lheso espirito. >

A fé e : a sciencia só se con-tradizem nas almas sophisticas,que na sua presumpção deorigi-nalidade preferem escandalizaras almas simples, a encaminhai-as pára o bem.

Que mal faz abrir o céo aoque não teve gosos na terra: emque dèsorganisa a vida acenarcom a misericórdia de Deus aoqüe se transviou, ecom a bema-venturança á virtude que passoudesconhecida entre os homens?

Em qüe prejudica a civilisa-ção a ronda ihvisivel>da graça,alentando os que têm um idealbemfazejo, ou aos que em vezde roubar e matar, para asatis-facão de seu egoísmo, invocamhumildemente o Senhor?

i ¦, ¦, ¦ ¦ r. 1 - iOnde está a imjjnoralidade da

crença que manda orar pelospróprios inimigos^? Em que está

CHRISTO

SfEtíbHglp: ¦..'fir'.*1. '*

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I

ADULTERA

.Bramia a turba, e ãt)\peccadora em prantot%Mos. pés ão Salvador-fefugiou-se !

Elle inquiriu: <<í)fs0-me b que vos trouxeApós esta mulher quê chora tanto ? »

— «Rabbi, ella é àdiQtera /¦: Portanto} \Quisemos nós que apedrejada fosse,Conforme as prescrifações do livro samo.»Jesus ergueu a vos sôjemne e doce:

¦ i : ¦ . ¦ ¦,?;~«Si entre vós tcdoskim sem culpa houver,Lance a primeira pedra a esta mtllherf»Mas nenhum fes o-^sto mais fortuito.

'-.: K^WM '¦¦'E disse então Jesus dMugdálena:—«Ergue-te e vae: ninguefnmais te condemna ,E eu te perdôo porquèúíiinqste muito . , .»

¦l Àntonió Salles. •

1

Não! E' preciso que todas asaijnas fortes protestem contraféssa sciencia sem consciência,,

áquelle frio suor de sangue qué;,;a matéria resumbra da agonia?;do seu espirito não basta :pará,enregelar-lhe o coração, Çste

o perigo de chamar pelo' nome continua a contar imperfiftba

Sua alma sente uma tristezade morte no Jardim das-Oliveuras, quando sente avizinharem-!?se as horas de endoenças ';'}màf

í^| naphrase de Rabelais, é a

desse Jesus que mandott «rer nomiserável, que se ápproxima denós asuiá pessoa?

Quantas vezes deste esmola^,quantas vezes; vestistè b mal-trapilho; quantas vezes visitas-te o enfermo desamparado; quan-•tás agasalhâsté o sem tecto" tari-tas me tivéste ao teu lado.

Que suave consolo paravocllristão sentir que ha no seubolso o necessário para repartircotn" o que soffre! /,

Em que sè diminue .afalmáhümalí^ nessa indeima^âção,,qüe dá Sói descodlpLecidbt.dotmal

- '¦-¦frh.'Ji:. '-! vi. .•¦!'«' .tf.', j. socieqade

i**« wíMâ&% ¦**¦ os ffla. mmt CSdkftKflBa. i ¦mS^Êr1 ^ jj ^«"'iJ '"*

Como o poviléo fanático, emtorno do pretorio de Pilatos, asciencia moderna nos reclamad&novo Jesus, para tortural-o,paraescarnecel-o, para matal-o.

Não é amigo da liberdade hu?níana quem quizer poupal-o áfúria do scepticismo; preciso éque" seja de novo crucificado emtodas as consciências, para quese resgate a lei da evolução na-tural; da sociedade.

Bem- quizeramos lavar as;

que a-soc"lHpide é S^lhe causou^';

Ò christiániáino é o conll^tepermanènteaoé^^^io, a liçãocontinua de ábnef|aj$!ro, *'dè:Wa-ternidade.

O que tem medo ao dia deamanhã, b que tem certeza deque a'tíondéscendencia dos coe-vos o não resgata das faltascommettidas na vida, procuraser um coração leal," e um espi-rito rectilineo.

Qüé^mál f àz Deus na consci-éncipí-lõ povo? Trabalha e eute ájuààréi. Não é mais belloestimulo á prosperidade socialessa promessa, que a conscien-cia do simples diariamente lherepete ?

Se o homem acredita queDeus fez as es.trel.las dos céos e

marites das minas, porqueüiá de acreditar que, elle é

cap^55Hde centuplicarrlhe a sea-ra, qü^o trabalhador plantoucóm o suor do seu rosto, e sobrea aual passou cantando a ale-^Ra dos seus filhos ?

Não podemos comprehendera guerra contra Jesus.

Elle ensinou a abnegação eesta é a força creadora por éx-cellencia da civilisação. Os quesabem soffrer pelas suas idéas,quando ellas são de amor e' deconcórdia, vencem sempre.Sem-^pre qüe um homem foi a ençar

mãos, como ò romano pusillani- nação de uni'principio e soube

velmente os séculos de amorque do seuJtormentp devemí' re'sultar pa^^.bumanidade. í

• Alli mirava a noite para protegêí-llíe á fuga. O som«o'dosdísciouios eVa um cumplicejd^treva. Ningue|n saberiabnde ga^Sf4|íòptíeta^

Além di^so era descpnheéidopara áquelle que o perseguiam.

No,jeintanto, elle espera déci-<^ido a Jjpra do martyrio pelasuafé, pelfiaova éra que vem abrirparati tíümanidáde.«iPa mais sublime exemplo 4e"típrágem e de abnegação? Com

qúe'm pudi$iió§antes delle apren-der essã*vàlenj^a moral, que'do-mina q instinptp da conserva.-ção, .essa j?b'nsçiencia do poderdós Jilíncipios que autpmatisa a^pritadè, fazendo-a obedecer aocuínpríiüento.frio do dever?

Porque o combatem? Nãó éamelhor das ^ucações repetir áalma virgemíp|-.creança: segueo exempfo; de; Jesus ? Crê qüe tedeves á humanidade, que a tuavida pertence áo seu bemrestar,qüe o melhor destino que podesdar ao teu corpo é convertel-onuma vastamesa de communhãode ideal de liberdade, de amor ede justiça. A caridade é um em-prestimo que Deus nos faz dasua misericórdia: não és tu-quemdás, filho, é elle que te adeantaem horas de bem estar, de pazcom a tua consciência, o premiode teres ouvido a sua palavra.

A fraternidade não é defesaegoistica do teu direito, mas umdever 'de solidariedade çom osteus semelhantes, porque tu,como eíles, tens deante da natu-reza eguaes deveres e eguaesdireitos, e é por isso'que tu tenscada vez mais perfeitas as no-ções1 da justiça. ¦

Porque combater aféehristã,se em fada acto, se em cadapa-lavra de Jesus. está o mais bel-lo ensinamento de moral priva-dã e social?

Porque tem sido mal pratica-da por muitqp sacerdotes, res

rüina da alma^JPénhamos todos a coragem

^è.affirmar Jesus, como o athe-•isrrmaffirmou Augusto Comte;tétihámps a coragem de arrostaro ridículo dos atheüs, contra-porido-lhes á moral que serveáos tyrannoá amoral qüe serveaos humildes.

Reivindiquemos para a^nossaeo direito qüe lhe dão dezeno-

ecülos dé progresso. ....•uandó hos quizerem suffo-

tar com a gargalhada da incre-dülidade, respondamos com se-gurauçaealtivez que os cefebrosa que a humanidade maisifléve.tiveram lograr para guard|tr|esseDeus *de

q^ie ella escát£uee|$;',:Quando p],a]theismo dissefqüe

elle impéde^o progressos, 'res-

pondamps sem receio, mpstran-do-lhe Colombo mutiplicandp aterra e Pasteur miitiplicando avida l.wfc

José do Patrocínio.»*«<o*

iiliiiipi

\me, e entrega^ á incredulidade0 companheiro sobrehumano dasnossas horas de angustia. Bemquizeramos negal-o, de publi-¦isq* para furtar-nos á irrisão da"descrença egoísta e aos ataquesda sabedoria athéa.

Nossa consciência,porém,nosmanda pleitear a causa do nos-so Deus, porque em vão procu-ramos quem o ha de substituirna economia da oiviKsppão.

morrer por elle, o sangue de seumartyro é a aurora do seu trium-pho. Podem cuspir-lhe nas fa-ces, arrastal-o através dos villi-pendios os mais tgnominiosos,tortural-o com o supplicio o maisinfamante, o seu nome resurgeatravés dos séculos, florescendoem bênçãos o espinheiro ! damaldição de outriora.

Jesus assim o ensinou e pra-f.icò«',

pondemMas então

os códigos,juizes que prjcaquemandí

ra preciso rasgarorqüe ha muitosaricam. A logi-

óndemnar p chris-tianismo, porque o desnaturam,devia também, suprimir os tribu-naes, porque elles não raras ve-zes sacrificam o direito e fre-quentemente offerecém o do fra-co em holocausto ao interessedo poderoso.

Assim devemos designar aeiri qué se desenrolou o dramasacro do christianismo—dramade lagrimas, de martyrios e deexemplos grandiosos de resi-gnação, piedade e perdão.

O christianismo, a partir daentrada triumphal de Jesus nacidade de Jerusalém, com es-cala pelo Horto, para onde bai-xou o cálice dà amargura que apaciência e a santida'de domaior dos redemptores recebe-ram do anjo de. Deus, com amais luminosa de todas as gra-ças celestes, e onde o falso após-tolo foi levar o osculo traidor;com escala pelos opprobios, pe-lãs.tyrannias, pelas misérias hu-manas a que os phariseus, ossacerdotes do judaísmo, o romã-no covarde que antepoz á causada justiça o temor de César eHerodes, incestuoso e assassino,se jungirám nas passagens maiseloqüentes das Escripturas; comescala pelos pádecimentos dacruz a que Maria, ai mãe sahtis-situa, se abeirou , com a almapartida de dor para colher as ul-timas palavrás-'e o olhar mori-bundo da victima sem maculaque até ali carregara os pecca-dos do mundo, e dá qual, numsignal de revolta contra a' into-lerancia dominante, . José deArímathéa e Nicodemos fize-ram-ua descer ; com escala, emsumma, por todas ás scenas re-feridas nesta pequeníssima syn-' these até o dia em que os guar-

das do santo sepulcbro cahiramcom a fronte no solo eem que nainíqua metropele dos prophetasestrondeou a noticia da resur-

• ™ * '

reição—o christianismo, com to-das'essas pdysséas e tantas etantas outras solemnidades di-vinas, divinamente magestati-cas, magèstaticamente immPr-taes, constituiu nos curtos dias.de uma semana todo o prólogode uma obra de proporções in-definidas : as conquistas,no cur-so dos séculos, da doutrina deJesus.'

Deixae falar ao emancipado-nismo dos livres pensadores dehoje : a doutrina de Christo re-constituiu o mundo e a ella so-mente devemos as instituiçõesque têm dominado as sociedadespolíticas mais cultas hodierna-mente organisa^É.

A Inglaterra pi theatro deimmensas e pavorosas lüctasre-ligiosas. Por el|a.s pagou nopatibulo as suas vácillações fre--quentes o infeliz Carlos I. Ape-zar dé tudo foi.em nome e como auxilio da religião christã quea Inglaterra obteve o culto doliberalismo, que a tornou alta-mento notável e modelo, comonação, ás nações livres.

Não pouco contribuiu5''' a féchristã para lançar sobre os ma-res ps valentes filhos de Poftu-gal, êollaborando todos''|pÍ«.glo-rias com que.esta nação se exhi-be na historia do mundo.i Falem pela gloriosa Luzita-nia a influencia que os jesuítasexerceram no Brasil-colonia ea que a religião popular vasounos grandes espíritos para, porexemplo, determinar posterior-"mente, no Brasil-imperio e noBrasil^republica, a extincção dapena de morte, aabolição do ele-mento servile a repulsa contrao dogmatismo' dos materialistasfavoráveis ao divorcio absoluto.'

Agora, porém, não cabe si-mão recordar- òs sete dias emque a obra do Divino Nazarenoteve o sei* final grandioso e tra-gico com o qual o mundo entrouno caminho da redempção.

«Desejei muito comer com-kVoSço ^sta Paschoa, antas, quepadeça i-spíprque vos digo que¦goão a colherei mais até qüe ella.se cvLVpLpvá. no E|eino de'Déus».

Simplicidade na enúnciaçãódas id,éas', elevada ;:concepção esuperioridade,ij da^alma unem-se.miraè^losaiiiéü.té" nesses ternosdi^curkos por Jesus dirigidosjabs seus apóstolos, na ceia emque predisse o supplicio da. cruz.

«Não se turbe' o vosso corarção; crede em Deus, crede tam-bem em mim; sinão eu vol-o te-jria; dito; vou preparar-vos umlogar.

E, se eu for e vos prepararum logar, virei outra vez, e voslevarei para mim mesmo, paraque onde eu estiver, estejaesvós também».

E assim fluíam, (jombinadasa saudade e a esperança, a ma-gua e o conforto, as expressõessingelas, mas tocadas de umidealismo digniricador e sem f a-lha, as doces promessas do Na-zareno aos que mais de perto oacompanharam no caminho es-pinhoso da propaganda de unianpva éra em que romperia paraa salvação universal a religiãonova.

Jesus, entrando em Jerusalém,reunindo os seus apóstolos paradar-lhes as ultimas determina-ções ao ter de os deixar sosinhosno mundo entregues ás cam-panhas dé Deus contra as tyran-nias dos homens, preso, julga-do perante Caiphaz sem as for-malidades que as leis judaicasobrigavam, conduzido á pre-sença de .Pilatos cuja1 posiçãoinferior como auctoridade ro-mana ficou assignalada na his-toria, arrastado ao Golgotha,crucificado e morto, conservasempre a mesma grandeza mo-ral, o mesmo espirito vasíamen-te illuminado e a mesma bondadeprivilegiada — assim tenhamosem consideração as suas pala-vras denotadoras de uma altivezsem affectação aos soldados queP prenderam, aos sacerdotes que>

o interrogaram e o seu silencioproposital ás perguntas ociosasdo execrando algoz de S. JoãoBaptista; assim também consi—deremos numa linha gemi, paraaquilatar o seu amor do próximo,a ' escolha com que do, alto dacruz distinguiu o apóstolo ama-do collocando-o em seu logarjunto á Mãe. Santíssima, apro-messa do Paraizo ao ladrão ar-rependido e o perdão que im-piorou a Deus em favor dos queo injuriavam e o haviam açoita-do, para só lembrar as notasfinaes do poema de dor, de o;>-probios e de tristezas com qi.u.'se encerraram no paiz das dosetribus a epocha do judaísmo or-tliodoxo e suas seitas e em Romao paganismo afag-ado pelos' Ti-berios carregados de sangue elama—flagellos de povos esem-..visados que mais se ainesqui-^nhavam com a falta de uma re-ligião constructora de virtudesviris.

•E' grande, ná verdade, o as-

sumpto desta semana. Grandessão os seus personagens e unidelles é até infinito. Pequenassão por certo essas figurinhasnotáveis nas Escripturas pela.ignominia-cpm que se houveram.

Deixemol-as.Cuidemos das .cousas santas.

A santidade consorciou, na horada Paixão, o Oriente e o Occi-dente. Quando as trevas cobri-ram o mundo e rasgou-se o véudo Templo, o capitão romanoproclamou a justiça de Jesus.

Emquanto isto, Judas apo-drecia suspenso pelo ramo deuma figueira, após ter lançadoaos pés dos sacerdotes do syne-drio os trintas dinheiros com.que se vendera para entregar oMestre aos seus verdugos.'

DltMOSTHlíNRS.

.i ¦¦¦?-;:^>~MHgai.lL>0 ' «»i '

'-.

DRAMA DO CALVÁRIO

Mais uma vez^a egreja com-memora o augusto e doloroso ¦drama do Calvário !

Jesus, o meigo e compassivomestre, reunindo pela ultima vezos seus doze apóstolos, pregan-do suas santas, doutrinas, itisti-tuindpro sacramento da encha-ristia com o pão e o vinho, rece-be do apóstolo que compartilhado seu prato o negro osculo datraição.

Prezo e arrastado com a cruzás costas, como manto eosce-ptro do escarneo, é pela turbadesenfreada crucificado no Gol-gotha, entre dois malfeitores !

Das mil chagas que os açoitesdos seus verdutros abriram, jor-rá o seu sangue innocente!

E áquelle sublime espirito decaridade e :amôr' implora jiahora suprema da trangição, o mi-'sÍÊ$'çordioso, o salütafc! perdão,pára os seus algoàes !

Edificante e benéfica licçãopara o coração humano, cheio de •orgulho e mesquinhez, nos offe-rece o filho de Maria! ,

Existem almas piedosas ecrentes, que se cbmmovem anteo cruento martyrio de Jesus; mas,infelizmente,, encontram-se ain-da corações endurecidos na sen--da do crime e do vicio, que a-todo o momento crucificam tto-vãmente o-Divino Cordeiro!

Pobre e mísera humanidade,quando ficarás completamentepurificada do lodo em que te~en-volves ? !...

Quem sabe? !..Neste dia tão solemne, me cur-

vo humilde e recolhida aos pésdo Sagrado Lenho, symbolo doperdão á humanidade ingrata !

Laura S. de Ou veira.

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MANCHADA

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DIÁRIO DA MANHÃCHRT^TO

__.. -ia.A paixão, a mo^_J(|^o\Jesus

Christo, foi o mais vttànte,foi o mais sublime exeiirçplode abnegação of f e r eci d o áconsciência collectiva da hu-manidade.

E' bem certo ser o dia damorte melhor que o do nasci-mento. **

Ejamais ficou tão eviden-temente verificado" quanto éprofundamente verdadeiro es-se conceito biblico como quan-do o grande espirito de Jesus,transpondo a fronteira myste-riosa entre o mundo da vidae o mundo da morte, deixounesse dia, para sempre memo-ravel, firmada com o seu ine-narravel martyrio, á santadoutrina que, em sua passa-gem pela terra, pregara.

O precioso sangue por Chris-to derramado, ha 20 séculos,no cimo do Calvário, do altodo tosco madeiro em que foiignominiosamente pregado,-foi o germen fecundo dondesurgio á frondosa arvore da

• fraternidade que tão opulen-tamente viceja á luz azul doséculo que passa.

Manuel Xavier.

ras da noite", de accòrdo com alei n. 3.—Como requer.

N. 171. Antônio Rosa, com-municando a transferenciade seubotequim para o sr. GustavoSchmidt Júnior, situado no F.São João, denominado «Semi-Parque».—A' 1" secção.

N. 172. Izidoro Braga, pe-dindo para fazerem reparos noprédio á rua do Sacramento n.24, de propriedade do s. ManoelDutra.—Ao sr. engenheiro mu-nicipal

-ST7^737^ugustõ^MãnõérdêAguiar, pedindo licença parapintar e caiar sua casa á rua Ge-n"-ral Câmara n. 18.—O mesmodespacho. í;>

N. 174. Antônio FredericoNascimento, pedindo para con-servar abertas as portas de suacasa á rua S. Diogo n. 8, até ás10 horas da noite.—A' 1? secçãopara informar se está nas con-dições de ser atténdido o pèticio-nario.

N. 175. Trinxet & Comp.,pedindo para conservar o seubotequim, ' denominado «CaféGlobo» aberto até 1 hora da ma-nhã, observando as disposiçõesda lei n. 3.— Como requer.

N. 176. Martinho Gonçalvesde Freitas, pedindo para con-struir umpredio á rua P. Pinton. 4—Expeça-se licença, pagan-do o péticionario os emo'umen-tos.

enterrar a semente á 5 polle-gadas nas.boas terras de ni-vel, onde a grade opere, naextirparão de hervas preju-diciaes.

As covas fundas estão beinnós terrenos de fácil desseca-

iffflriiifiiBi

fíGTOS CfflGIflES

Pv ef eit. _ a, ítt .nieipalDESPACHOS DO SR. PREFEITO

Dia 6 de abrilN. 137. Francisco Rodri-

gues Pessoa.— Indeferido, nostermos dos arts. 89 e 91 do de-creto n. 42, de 19 de dezembrode 1895.

N. 148. José Ribeiro deSouza.—A' 1'.' secção.

N. 150. Francisco Gomes &Zepherino;—Deferido, em rela-ção ao 2". semestre'.

• N. 159. Rosa Alvarenga.—Deferido, devendo ser feita areconstrucção precedendo plaíi-tas e mais detalhes de accprdocom a informação do sr. enge-nheiro municipal.

N. 161. Rodolpho Ribeirode Souza.—Deferido ,submc_en-do-se ás exigências do sr. enge-nheiro municipal.

N. 166. Orozimbo Pinto Ri-beiro, contractante do serviçoda estrada Ile rodagem «CostaPereira»,pedindo pagamento da1" prestação do referido contra-eto de accòrdo çom attestado doengenheiro municipal. — A' 1"secção.

O mesmo.—Pague-se, deaccòrdo como parecer da 1" se-cçãp.

N. 165. Francisco José Vi-ctorino Pinto, contractante dasobras do mercado, fazendo iden-tico pedido.—O mesmo despa-Cho. :¦-....

O mesmo,—Pague-se dè-accòrdo com o parecer da 1" se-cção.

N. 166. Manoel JoaquimHollanda, pedindo para pagarem prestações a sna divida doimposto de industrias e profis-soes de seu negocio, marcandoesta prefeitura á importânciadas prestações mensaes e o prasoconveniente.—A' 1" secção.

j N. 1.67. Pereira & Costa, pe-dindo para ter o seu botequimá praça do mercado abeí^o até

v 11 .horas.—O mesmo despacho.N. 168, Antônio Bellini.pe-

dindo para coIrJocar um dístico,cm frente á sua officina de con-

.. j^ertar chapéus de sol á rua Ge-onerai Osório n. 20í—A'-3tse-

cção.N. 169. Antônio Mas,pedin-

do licença para fazer caiação in-terna e externa na estalagem, ánia da Lapa n.. 17 desta cida-'de.--O mesmo despacho.. N.. 170. Margarida Tiboni,pedindo licença para ter o seureStaurant e botequim, á rua P.Pinto n. 14 aberto até ás 10 ho-

CULTURA DA BATATAXXXVIII

A differença de protundi-dadèpccasiona a desigualda-dc da producção quer estaseja o resultado do empregode sementes da mesma espe-cie, quer seja de espécies di-versas.

Por este tacto verifica-se aimportância da questão de

profundidade que não é, ao

que parece, tão insignificante.A constituição das terras

muito concorre para a relê-vancia do assumpto, «.princi-•pahnento porque, sendo a ba-tata pouco exigente, deve-mos procurar melhorar o*_ieiode sua vegetação, sem atten.dermos á expontaneidade da

producção.E' certo, que os tuberculos,

pelo seu vigor e pelos princi-pios alimeiitares que em siencerram, estão aptos pa-ra snpportar o desenvolvi-mento da planta durante cer-to tempo,, necessitando d'ahiem deante do húmus do solo,

que vae completar a obra porelles iniciada. x

\ . . r. <¦Nos próprios terrenos em

que o elemento calcai'eo abun-da, as batatas adquirem apre-ciavel desenvolvimento quenem por isso prescinde deCertos cuidados tendentes aauxiliarem a completa vege-tação. -

Nos terrenos arenosos deveser o tuberculo enterrado aprofundidade superior á querequerem os terrenos argillosos.

As sementes plantadas re-Cüberão o primeiro preparodo solo especialmente se houver chuvas, logo que elle .setorne impermeável e crie nasuperfície uina crosta lisa, aqual indicará o momento deso proceder com a grade dedentes de terro', mas de modoque o instrumento não che-gue a tocar *o tuberculo en-temido, deslocando-o ou le-sando-p de algum modo.

V

/¦ ! M: - .

. *'\ *...'. --. ..;____

ção. ;Na pequena cultura opían-

tio pôde ser feito e deve sel-oaté, á menor profundidadepossivel, por assim o exigir omais elevado rendimento quede outra forma sofírerá con-sideravelmente.

Este processo deve ser se-guido do accumulo de terraem derredty* de cada planta,para* evitar que sojfram asplantas com a deficiência dénutrição que só no solo podemencontrar.

O sr. presidente do Estado

O sr. presidente do Estadonão comparecerá ap' seu gabi-nete, de hoje até domingo, mo-tivo porque s. exa. não receberápessoa alguma, durante a cor-rente semana.

Na próxima segunda-feira osr. dr. Jeronymo Monteiro at-tenderá os srs. deputados e go-vernadores municipaes, das 11horas da manhã á 1 da tarde.

TELEGRAMMASServiço especial do "Diário da Manha"

abra seráo presidente da commissão de reconhecimento #_poderes na câmara dos deputados. Essa commissão, é compostade rittctfrtieinbros, -

RIO, 7..7..Subiram para Petropolis todosoe minis tros., para o despachocollectivo.

RIO,7.Sabe-se aqui que um casal

rico, da alta sociedade e gozan-do dè felicidade na vida . conju-gal, está" esperando do Papa -aannullação do seu casamento, afim de ambos os cônjuges entra-tem para uni. convento, sendoignorados os motivos para «talprocedimento.

RIO, U \Estiveram concorridissünos

os embarques do dr. JoaquimMurtinho e almirante Maurity,que partiram para a Europa.

Todos os ministros mandaramos seus representantes, tendocomparecido os srs. Nilo Peça-nha,Ruy Barbosa, Antônio Aze-redo, Leopoldo de Bulhões, qua-si todos os congressistas, aueto-ridades civis e militares _ muitasfamilias e uma banda de musica.,

RIO, 7.Amanhã e depois conservar-

se-ão fechadas, todas as reparti-ções publicas federaes'-e muni-cipaes.

RIO, 7.,A câmara municipal de Ni-

ctheroy entregou .a. quantia dequatro contos á, commissão en-carregada da erecção da esta-tua de Floriano Peixoto.

:• VRIO,7^O chefe telegraphico dp dis-

tricto de S. Paulo communicaque perto de S. Gonçalo apopu*.-lação ab?ndona os seus lares,receiosa de um vulcão que alliappareceu, o qual lança nuvensde fumaça, e onde se dão vio-lentos estrondos! subterrâneos

Para o local seguiram pes-soas entendidas, a fim de ser es-

A maior profundidade nâodeve exceder de um palmo,havendo, necessidade de se f

dado ° P^omeno.

V ¦"*. ¦ R*°*7"O presidente do instituto dos

advogados protestou perante opresidente do supremo tribunalfederal'contra a pro|iibiçãò daentrada de adyogados no recin-to daquelle alto tribunal, nosdias de sessão.

RIO,..Falleceu Alfredo Costa,. ex-

repórter da.Noticia.RÍO, 7.

• O almirante Cordovil Mau-rity, ultimamente nomeado che-fe da commissão naval na Eu-ropa, embarcou, hoje, acompa-nhado do seu estado maior.

RIO, 7.' Teve festiva recepção o dr.

Pedro Moacyr, hoje chegado aesta capital.

RIO, 7.Consta que no despacho col-

lectivo, hoje realisado *_n Pe-tropolis, cujo resultado aindanão é conhecido, houve grandenumero ,áe transferencias defunecionarios de vários Estados.

RIO, 7.Já está verificado que o des-

falque na directoria da saudepublica monta a sessenta e cin-co contos de réis.

E' corrente que o chefe desecção, Olympio Niemeyer, orasuspenso, tinha recebido do the-soiro federal trinta e seis con-tos de réis, para pagamento dosoperários do hospital Paula Can-dido. .

Como houvesse perdido partedaqüella quantia, no jogo, pro-curou rehavel-a, perdendo-a'to-talmente,.

Em seguida o referido func-cionario recebeu mais. vinte enove contos, destinados a novos

INTERIORRIO, 7

Consta que osr. dr. J. J. Se- pagamentos e, voltando ao jogo,^rdeu-os por completo.

's empregados da saude pufica resolveram abrir Uma sub

scripçâo para indemnisar á fa

_j_grd(

/Pfica

zenda da importância do desfalque. _.!.'!.'.

EXTERIOR- BUENOS AYRES, 7.Chegou o sr. Hemjque Lis-

bôa, ministro brasileiro, sendobrilhantemente recebido pelogoverno, que o. obsequiou comum lauto almoço.'

Amanhã o illustre diploma-ta retribuirá essas gen .ilesas,visitando o dr. Victorino de LaPlaza, ministro das relações ex-teriores.

BUENOS AYRES, 7.O áctivo industrial Alves Li-

ma abriu, em Bahia Blanca eRosário, novas casas para a pro-pagan da do café brasileiro.

BUENOS AYRES, 7.Incendiou-se completamente'

a.fabrica de carros automóveis.MONTEVIDÉU, 7.

O governo adheriu á exposi-ção de hygiene a realisar-se noRio de Janeiro.

VALPARAIZO, 7.Em Cabo-Pillar naufragou p

vapor inglez Vackbnfíich, sendosalva a tripulação. -

ROMA, J*.'r.i -. - •Falleceu a princeza Jacintha

Nisfolli. *« •

•^' A BtTOÍI) DE I0NTEI

No intuito de moswaroadean-tamento das òbrasAydraulico-electricas, no rio Braço do Sul,o sr. dr. Augusto Ramos, ope-roso engenheiro contractante doserviço de águas, luz e exgottosemprehendeu hontem' uma ex-cursão ao aprazível local, dis-tribuindo para ella alguns con-vites.

Seriam 8 -horas e 10 minutosda manhã, quando partiu docães do Imperador a lanchaOlga, levando a reboque um es-calèir^esgcicial« e em cujo bordoiam íileni'-l' aquelle illustradoprofissional e suas gentilissimasfilhas,as senhoritas Elisa, Irmãe Zaira Ramos, e do sr. capitãoHortencio Cojitinho, «represen-tahte do chefe do Estado; os srs.drs. Torquato Moreira, Ceei-liano Almeida é suas presadasconsortee irmã—a exma. sra. d.Dinorah de Almeida e a bondosasenhorita Leocadia Almeida;Aristides Guaraná, e suas filhasas graciosas senhoritas Edith eJudith Guaraná; A rthur Thotnp-son, Manoel Monjardim e Ma-noel Durães, Paulo Motta, Car-los Thompson e Reis Carva-lho, desta folha.

Nosso * distineto collega doCommercio, Cyrillo Tovar, ex-cusou-se de comparecer por mo-tivo justificado.

Na gare. da Leopoldina acha-vam-se os srs. drs. Raul Ribei-ro, Alfredo Lopes, Clementson,José Luiz Gonçalves e Howe,Alberto Youle e Chrispim Sil-va, os quaes tambem tomaramnarte no esplendido passeio.

Occupados os logares np tremespecial, composto da locomo-tiva n. 218, que tinha por ma-chinista o sr. Aquilino Calmon,de uin carro dé bagagens e deoutro de T.' classe destinado aospassageiros, o comboio poz-seem movimento ás 8, 25, tendochegado á Vianna, ás 9, 18.

Nessa villa o especial demo-rou-se alguns minutos, incorpo-rando**se ali aos excurcionistaso sr. dr. Paes Barreto, provectojuiz de direjto da comarca, e ca-pitão João de Paula Moraes

A's 10 horas precisas o tremparava.no ponto do destino, sal-tando todos rumo da residênciado sr. dr. Raul Ribeiro e dopessoal sob sua direcção no ser-viço, e onde se encontrava osr. Amynthas Rabello.

A apparencia tosca, própriaao loca^ observada na pequenavi venda, em nada destoa dasdestinadas aosque,como o jovenengenheiro, têm de permanecerno campo de acção,maximé quan-do não falta á essas habitaçõestemporárias a aprazibilidadeconfortante, tão commum na-quellas paragens que a naturezadotou de belleza inenarrável.

Uns momentos de descanço,preenchidos cora o saborear deaperitivos, foram facultados aòsviajantes, emquanto as delica-das filhas^, do sr. dr. Ramos,cOadjuvadas pelas do sr. dr.Guaraná, se entretinham nospreparativos da mesa: que pitto-rescamente assentava sob- umcaramanchão. e na qual, dentroem poucQ, tér-se-ia de servir oalmoço.

Cessara já a ligeira fadigados convivas e estes logo se pu-zeram a caminho da represa,cujas obras estiveram exami-nando, juntamente com as docanal que delia se deriva paraa caixa de arêae dahi .para a-decompensação, de onde terá departir o tubo aduetor, para* auzina, cpllocada no fundo deuma grota, á margem do rioBraço do Sul.

Os trabalhos vão em progressonotável, sendo que a" constru-cção da represa se paralysarádevido ás chuvas, sem prejuijo,aliás, para a terminação dasobras geraes, por isso que o sr.dr. Raul Ribeiro aproveitará otempo na edificação da casa-demachinas e derivação da linhatelephonica e de transmissão deenergia para a Victoria, serviço:que o distinet*» profissional atacará-com urgência, a começarda próxima semana.

Trazendo a melhor dás im-pressões do espectaculo que lheshavia proporcionado a mão dohomem; cujo trabralho valiosoali resaltava flagrante, volve-ram todos á casa do sr. dr. RaulRibeiro e minutos havia, acha-vam-se sentados á mesa, ondefarta refeição lhes era offereci-da, durante a qual foram muitase ininterruptas as attenções comque sé~ viram cumulados pelasamabilissimas filhas do sr. dr.Ramos.

Com um trato deveras capti-vante, ellas cercaram os con vi-dados de gentilezas múltiplasqtie bém definiram a educaçãoesmerada e completa de que sãoportadoras.

slp;11

Por isso mesmo quantos fi-zeram o agradável passeio nãolhes recusaram o agradecimentounanime que a, ¦; piflavra fácil do .sr. dr. Torqt^ó Moreira ex-pressamente tri$f ziü ao servir-se á sobremezap

O illustre deputado falou porsi e em no_ie dos seus compa-nheiros de excursão; manifes-.árido a gratidão de -»dos aó sr.dr. Augusto Ramos, pondo emevidencia os serviços do' ihcan-çavel engenheiro nas grandesobras que vinha de admirar, lou-vando a confiança que nelle de-posita o chefe do Estado e, fi-nalmente, salientando o trata-mento fidalgo que as suas filhashaviam dispensado aos que to-maram parte na excursão.

Respondeu-lhe o dr. AugustoRamos, agradecendo, por. suavez, os elogios que vinha de ou--vir do orador que o precedera econfessan do-se grato ás pessoaspresentes pela acecitação de seuconvite. ,

Seguiu-se-lhe com à palavrao sr. dr. Aristides Guaraná,sau-dando o sr,. dr. Ceciliano Al**meida, indefesso prefeito muni-cipal, que respondeu agrade-cendo. -, ./ _ , ' , ,. «,

Terminara, então, o copiosoagape e pouco depois regressa-vam todos á Victoria, tendo fi-cado em Vianna,os srs. dr.PaesBarreto e capitão João Moraes..

A's 3,10 o trem perietravâ'naCentral ém fcüfc.ga/fe o capitãoHortencio Coutinho foi levaraos excursionistas os cumpri-mentos do sr. dr. JeronymoMonteiro, fazendo-se logo atra-vessia para está capital em em-barcações especiaes; *:

Foram, na verdade,, horas de-liciosas,deliciosissimas meámo,.essas com qUe o sr. dr. AugustoRamos brindou os éxcursionís-tas de hontem, durante as quaesos applicados -amadores PauloMotta e Therezio Mascarenhastiraram varias photogràphias.

0 MEDEIROSSão de um nosso distineto

collaborador, residente em S.Matheus, as seguintes linhas :

«Não sabemos a qúe attribuiresse espirito irrequieto, buliçosoe trefego do sr. Medeiros!, Qu,emacaba de ser admittido á augustapresença de Habdtil Haniid, dis-tingjjiido com especiais salama-r ¦:leques, honrado com a admissãoaó beijo dos calções dé Mahô-met./tem motivo.de sobra pára,recolhido agora aos penates,sentir-se intimamente -satisfeitoe tranquillo. Entretanto não é -assim. O Medeiros.está nervosoque nem um hysterico : grita,esbraveja, ameaça. Vasa suabilis pelas columnas da Noticia;troveja anathemas até contra apátria,.que, desde já o affifma, ;não'possuirá seus ossos. E' umvendaval. Por onde quer quepassa, tudo abate e devasta : car-deaes, bispos, presidentes déEstados, ninguém escapa. Hadias esbravejava contra o vene-.rando arcebisoo do Rio de Já-neiro,por não sabemos que con-tos de reis, que fizeram escan-carara guela insoridavel do ter-rivel estripador orçamentário.Virou-se depois contra o virtu-oso e illustrado d. FernandoMonteiro, aceusando-o, elle opresumpços > rábula litterario,de não salíenios que mal defini-das e des-.-abidas ;imbições. Ac-tualmente seu ponto de ínira é p'dr. Jeronymo'TMontòirò, dignis-simo presidente do Estado. Ac-cusa-o de única causa, próximae remota, de todos os males* 4

assados, presentes e futuros,'ue assoberbaram, pesam, ehão

clè pesar, até á consummação •dos séculos, sobre este pedaçoabençoado, da brasileira terra.

Mas como em'tudo,, nisto tam-bem é caipora o anômalo Me-deiros. Ninguém dá credito aovaticin.io lugubre do pernósticosycophanta ! Debalde appellapara os sentimentos patrióticosdos filhos de-Vasco.

Apenas um, nobre rebento dohumanitário Esculápio, açodepressuroso ao appello. Assigna- "lados serviços, diz elle, deve-lhea Pátria, e ainda mais assigna-, ulados o berço onde sortiu os var 7gidos ! Ainda ha pouco mais déum anno, quando aterra que lhèdeu o ser, seviciada pelo des-mando de poucos degenerados,precisava do braço, cie vos*-, dapalavra do seu ülustre filho, elle.

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DIABIO DA MANHÃ JBLwJtTWtWot

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p nobre tebentp, quedava-se vo-iuptuosamente á sombra benefi-cal do Deus nobis hacc otia fecit eentrejgava^e.^^. ápíridente e pra-senteiro, jjjfrfyiüpica calma dodolce far fÉM ! E hoje, que suaterra, natl^çorao merecido cas-tigo, repudia-ò pela voz das ur-nas, novo Cincinnato, ameaça-lhe a liberdade e a vida.

Sincero como gratuito é ó ódioque vota ao presidente do Esta-do. Elle é o Medeiros^yarcad&sambo,.não podem"perdoar ao dr.

sencia de meios próprios a as- obrigatório. A obrigatoriedade i repressão, mas ainda e sobretúsistir os desoccupados

Incontestavelmente a doutri-na da. sentença condemna demodo implícito a nossa legisla-ção sobre o assumpto è susten-ta princípios mais" liberaes doque os seguidos hoje pelo cha-mado direito penal brasileiro;mas ainda se afasta da soluçãonormal que o problema com-porta.

E^eseohir poskivistarque oresolve á luz do altruísmo e da

de reclusão a estabelecimentos' do como factorde reclassificação

Jeronymo ser irmão de um bispo, j razão, systematizando uliás asLamentam sinceramente a situ- j aspirações do botn-senso vulgar.ação do clero em institutos de: ¦ O. estudo scientifico do ho-educação, e invocam', do fundo mem e da sociedade revela queda alma, a vinda providencial de existem organismos incapazesum"CombesI qúe, em nome da! de acção industrial, imprópriosliberdade, égualdade e fraterni-1 parao trabalho, ou porque sejamdade,,patrioticamenteos.estran-| victimas de uma organizaçãoguie*

NAUTILUS.

CONSELHO MUNICIPAL

ÜÉ*.

A' sessão de hontem compa-receram cinco srs. governadores,presidindo-a o sr. coronel' Joa-quim Lyrio.

- Fòi approvada a acta da ses-são anterior.

•Não houve expediente.Na 1? parte da ordpm do dia

nada occorreu, sendo na 2" par-te votado em 1* discussão o pro-jecto n. 13 que concede umamoratória por espaço de 2 annos,á d. dl Ariacleta Pinto de Azeve-do e Maria Pinto de Azevedo,para pagamento da divida do im-postq predial da casa n. 10, árua General Câmara.

A requerimento do sr. Cyril-lo Továr, foi ainda adiada á 2"discussão do projecto n. 10.

Em 2*. e ultima discussão foiapprovado o proj^ctp n. 4 (re-gimento interno do conselho),sendo ao mesmo offerecidas 8emendas pelo sr. Cyrillo Tovare 1 pelo sr. Octavio Peixoto to-das égualmente ápprovadas,in-do 0 projecto á commissão deredacção.

Exgottáda a Ordem do dia,foi suspensa a sessão,ficando de-signado p dia 12 do corrente,para continuação dos- trabalhos.

A VAD.IAGEfl\.

yX. X :

V

Recortamos das columnas edi-torias do Jornal do Commercio oseguinte artigo do hosso con-frade de imprensa Antonio dosReis Carvalho, com o qual obrilhante órgão carioca abre asua secção Gazetilha, na ediçãode 27 de março ultimo:

«Escreve-nos o sr. Reis Cát-valho: ,

«A sentença proferida em 22de fevereiro ultimo pelo juiz dr.João Marques, num processo devadiagem,, e. publicada no Jor-tial de 22 do corrente, vem mos-trar, aos verdadeiros republica-

%os, aos que sinceramente septeoccupahi com a regeneraçãosocjal, não só que o problemada ociosidade, sob todas as suasfôrmas, a vadiagem e a mendi-guez, é assumpto cada dia maisfpalpitante, corno táínbem que a

, sua solução se apprpxima, pou-co a pouco, da solução positivaque ã sciencia aconselha.

De facto, pelos argumentosinvocados, jâe accordo ¦ especial-mente com a Opinião friumpan-te no 5? Congresso Penitencia-rio Internacional, reunido emPariz no anno.de 1895^0 liberaljuiz reconhece qne a vadiagemnãp é um delicio, mas apenasSxxxí bestado perigoso pára á so-ciedade, que deve reagir e to-jnaf, precauções'', que ' \convémdistinguir ò'vagabundo acciden-,

-faldo' vagabundo profissional^ e",'dèssà distincção, deduzir as tres

...espécies de vagabundo, a sa-. ¦ her: '.'

Xa.,, os que hão têm força para I" tíaíialhar; |'

2'.'/os que'têm força, mas!nãó ".encontram trabalho;

-3°, os qiJe ^m foiça, encon-tram trabalho, mas;nãó queremtrabalhar'f, entre os quaes sóos últimos, devem soffrer a re-pressão legal, sé não ficar pro-vado que são doentes, que sof-ftem do que Charcot denomi-:nava autofnatium ambulátorii.

Reconhece tatàbem o mesmoSym que a vadiagem resulta da"¦istia3<}âo •••pnómida da sociêda-

.de moderna, já pela falta crês-

.nentP. Ati. trabalho, iá -pela. aU-

¦«_

defeituosa, cerebral ou corporeaou porque a situação social nãopermitta a sua cooperação pra-tica."São estes individuos que cort-stituem a massa excepcional dosdesoccupados, que vulgarmentese chamam mendigos, quandopobres,, e ociosos, quando ricos.Entre elles figuram os vadios eos preguiçosos, os mandriões eos vagabundos, quer sejam po-bres como os mendigos, quersejam ricos como os ociosos.

Infelizmente a sociedade bur-gueza só alcunha com as deno-minações desprezíveis o desoc-cupado plebeu. Só contra a cias-se dos vagabundos populares setem voltado o despotismo legal.Ao rico que não trabalha, queesbanja o capital humano nadevassidão e no luxo, não lhechamam vagabundo: é . apena§—um cidadão que vive dos seus ca-pitaes—üm homem que não traba-lha porque não precisa^-cwp&z atéde ser auetor ou executor das leisde repressão contra a vadiagem,como os jogadores de alta rodapodem ser das leis de repressãocontra o - jogo'. Ao pobre, quevive miseravelmente, imploran-do a esmola dos seus concida-dãos ou perambulando sem des-tino, pelas ruas, excitando mui-tas vezes ,a compaixÊjp das ai-mas boas que tiram desse dolo-roso espectaculÒ maiores ensi-namentos para a causa da reor-ganização social" esse, sim,, éum" vadio, um preguiçoso, uravagabundo, que deve ser metti-do num cárcere, como um verda-deiro criminoso, recolhido obri-gatoriamente aos depósitos easylos de- mendicidade, ou en-cerrado á fò.rçáfeiúm manico-mio! #

A repressão geral da ociosi-dade é improficua"e injusta. Im-profícua porque, inherenle á ua-ture^a individual de certos orga-nismos, que só por isso não con-stituem perigo para a sociedade,podendo mesmo ella ser maisutil do que muitas existênciasvulgares. S. Francisco de Assisé um 'exemplo f rizante destaasserção—ou resultando do meiosocial, a ociosidade só comportaa acção das autoridades espiri-tuaes e da ooinião publica. Nãoéa reclusão nas cadeias, nosasylos e hospícios, como delin-quentes em acção ou em poten-cia, homens perigosos e insen-satos,que modifica a naturezados ociosos, melhorando os pa-rasitas, ou aproveitando-as ai-mas 'dignas, que apenas umaincapacidade de concurso prati-co tenha a principio afastado davida social. Os hábitos não setransformam por leis e regula-mentos, maspela persuasão e aconvicção, mejapeculiar aos ho-mens de saber e, virtudes, aspes-soas de real prestigio que, ape-nas dispõem da força moral doj^nselho... Todos sabem a for-^a, ao mesmo tempo odiosa eridícula; a que convergem aschamadas campanhas d!a policiacontra a prostituição e o jogo.v" E' injusta, porque o constran-gimento só se exerCe contra pspobres. Dos ricos e remediados,dosburguezes ociosos, a lei pe-nal não cogita; podem vaga-bundar livremente.

Comprehende-se que o podertemporal, o Ettado, promova aassistência dos ociosos, vadiosou mendigos, que tenha as suascasas dé trabalho como na Ingla-terra, deposito deyinendicidade, ca-sas de refugiou escolas de beneficeu-cia como na Bélgica, desde quea desorganização da sociedademoderna ainda exige essas in-stituições provisórias; mas, as

dessa natureza e mesnío ás pem-tenciarias, só se justifica quandoo vadio ou xmendirçp se torna,de facto, perigoso para á socie-dade, ou pratica realmente umdelicto .x

Estas .idéas não encontramcontradíçtores, quando se tratados ociosos ricos ou remediados.Nenhum legistà lembrou-se ain-dá de reprimir a vadiagem bur-gueza, mais escandalosa e maisnociva do que(a ociosidade pie-béa. O que está ém jogo é sim-plesmente á desoecupação dospobres. Vagabundo só é o indi-viduo que não tendo casa, co-niida e roupa, perambulana viapublica. O vadio qué dispõe decapitães para teç>domicilio, ali-mento evestuario e até para gas-tar com o desnecessário e su-,.perfluo, sem que realize o mini-mo trabalho, o verdadeiro pa-rasita social, e«se escapa, deaccordo com as leis iníquas, áclasse desprezível dos vagabun-dos!

Como quer que seja, a lei nãotolhe a liberdade de- vadiar quan-do o vadio é rico, ou não é tãopobre que lhe fajtem os meiospara abrigar-se, alimentar-se evestir-se. x '' "¦

Resta, portanto, estender atodos os vadios, a todos os ócio-sos, a liberdade concedida aosprivilegiados da fortuna.

Felizmente essa tem sido eéa tendência da evolução humanadesde a antigüidade até noSsosdias. Basta comparar os trabá-lhos fprçados a que eram con-strangidos pi vagabundos dosúltimos tempos do império ro-mano, e os castigos que lheseram infligidos segundo as or-denações regias e editos expe-didos a partir dos fins da edademédia até explodir a revoluçãofranceza, com a legislação pos-terior á grande crise, para re-conhecer-se o sentido racional ealtruísta da evolução que a so-ciologia positiva finalmente svs-tematisou.

Os legistas mais adeantadosjá estão de accordo que a vaga-bundagem e a mendicidade in-voluntárias não constituem umdelicto, nem mesmo uma con-trayenção; continuam, porém^aclassificar como delinqüentes^capazes de delicto, e, portanto,perigosos, os que voluntária-mente se. recusam ao trabalho.

Esta opinião foi defendida ca-lorósamente no congresso de Pá-ris, a que acima alludimos. Emhome delia osr.Herbert du Puy,juiz de instrucção do tribunal doSena, pedio a reforma da legis-lação franceza que regula o as-sumpto.

Sem apreciar o valor que real-mente merecem decisões pro-feridas em-congressos e.assem-bléas, vejamos as resoluções docongresso de Pariz :

«A sociedade tem o direito,resolveu essa assembléa, de to-mar medidas de preservação so-ciai, mesmo coercitivas, contraós mendigos e os vagabundos'. Aesse direito corresponde o deverde organisar, segundo um me-thodo racional, a assistência pu-blica, os soecorros privados e opatronato...

Devem ser tratados differen-temente os mendigos e os vaga-bundos, conforme são :

a) indigentes inválidos/ ouenfermos ;¦b) mendigos ou vagabundosaccidentaes ;

c) mendigos ou vagabundosprofissionaes.

Os primeiros devem ser assis-tidos emquanto, não "recobrarema força necessária para tornarema achar meios de existência.

Os segundos dependem da ás-sistencia publica ou privada edevem ser recolhidos em refu-gios. ou estações de soecorro emethüflicamente organizados,onde o trabalho será obrigatório.

Os terceiros deVem ser o obje-eto de uma repressão severa denatureza a-impedir a reinciden-cia..^ |

A medida Inais efficaz Contraos profissionles é a reclusão pro-longada em mrtude de uma sen-tença judiei Aa em colônias es-peciaes de tnibálho. Os reclusosdevem ser libertados desde que,ou por se haverem corrigido, oupor cessarem de ser desclassifi-cados, a sua detenção não pare-

mais necessária. O trabalho

social.» (1)Por mais liberaes que sejam

estas resoluções, comparadascom as idéas que dominavamahtes, ainda assim não attingi-ram o gráo dc progresso compa-tivel com o estado actual da evo-lução humana..

A uníca distincção a fazerentre_ os_ociosos é a que provém

IflFOilpS E flOÍIüttS dóíido

E}m homenagem á semanasanta será, por tolerância,cultativo o ponto nas repartiçõespublicas estadoaes e municipaeshoje, amanhã e depois.

Nas federaes tambem haveráa mesma- tolerância hoje e amanhã,sendo.no sabbado o expe-

dos'motivos determinantes da dlente encerrado ao meio dia.ociosidade, a qual ora se originada natuneza individual, ora dasituação social. As*im podemelles se classificar em duas ca-tegorias:-

1" Os que nãortrabalham por-que não encontram trabalho.

2", Os que não trabalham por-que são incapazes de trabalhar.

A classe dos que deixam detrabalhar porque nãó querem,está comprehendida na ultimacategoria.

Com effeito, o trabalho nãoexige somente a força physica,mas o esforço moral eintellectual

Quando os legisüfk e juristasse referem aos inválidos excluemdesse grupo" os que, dispondode robustez, gozando saude, sãono emtan^ò impróprios para otrabalho, já que lhes falta a,força moral, são débeis de éspi-rito ecaracter. Dahi classifica-rem estes verdadeiros iuvalidsmoraes* entre os homens validos,esquecendo-se de que a incapa-cidade natural para a coopera-ção pratica é oriunda da mate-ria e do espirito ^depende dophysico e do moral, do corpo edo cérebro.

Um dos próprios defensoresda repressão legal, no caso darecusa voluntária do trabalho,n sr. Paulian, admittio no con-gresso de Pariz a hypothese deque um homem valido pode sermendigo, pôde ser ocioso, desdeque é um incapaz, um pobre deespirito. ¦ 7

Assim, além de cessar a assis-tencia com caracter obrigatórioaos desoccupados involuntários,que aliás, saberão procurál-alivremente, devem cessar tam-bem as medidas coercitivas ain-da empregadas e aconselhadascontra os ociosos voluntários.Uns e outros, desde que não per-turbem a ordem, que íião prati-quem um delicto, escapam necessariamente á acção penal.

. A presumpção de que o ociosopobre é um perigo social, é sim-plesmente gratuita e ini qua. Osmaiores, crimes não são com-mettidos pelos desoccupados semfortuna. Ao contrario, citam-secasos em qüe vagabundos e men-digos profissionaes, como lheschamam ordinariamente, presosreiteradas vezes, nunca p foramcomo verdadeiros criminosos,mas só ppr vadios e mendigos.E'. possivel que ociosos pobres,que vagabundos setfí capitães,commettam faltas puniveis pelalei penal, mas neste caso nãose pune a vadiagem, cástiga-seo crime que o vadio'commetteu.

Se esta é a verdade inconcus-sa que -resulta da apreciaçãoscientificada ociosidade, a acçãodo poder civil em se tratandodos ociosos sem fortuna não pôdeser ; outra senão a que exercequanto aos ociosos ricos: abster-se de 'qualquer repressão legale promover a livre assistênciados que voluntariamente a soli-citarem..

Estas medidas resultam entrenós do n. texto e do espirito daconstituição federal, que asse-gura -a égualdade civil dos ci-dadãos, e po«tanto não permitteimpor pena a vadios pobres, dei-xàhdo impunes os vadios ricos,e garante todas as liberdadesqué não determinem a perturba-ção .material, da,ordem, mesmoquando taes liberdades tenhamdè soffrer o constrangimentomoral oriundp da opinião pu-blica, .y ...

Assim, para os bons juizes,a maior parte ; dos artigos,doscapitulos XII e XIII, livrou0 docódigo penal, e respectivas leisposteriores/ devem ser conside-rados lettfti morta.

Em caso algum a ociosidadedeve àer legalmente reprimida.Em caso algum o ocioso deveser obrigado a internár-se nosasylos. Em caso algum a des*-oecupação deve ser consideradapor lei um estado perigoso, pre-cursor do crime».

No Ceará regressou hontemdo Rio, em companhia de suaexma. familia, .o sr. dr. FidelisReis, illustrado inspector do ser-viço de povoamento do solo.

A bordo do paquete do Lloydfoi o distineto engenheiro, aquem apresentamos as boas vin-das, recebido pelo sr. capitãoHortencio Coutinho, que emnomedo sr. presidente do Es-tado, cumprimentou o recém-vindo.

rno do Eístado., atten-,as ' ferias determinadas

semana santa, prorogoüate o dia-J .5 do correnteo pra-sojpara pagamento das maíricu-ras no gymnasio espirito-sauten-se.

São, como já o dissemos ante-riormente, de um operoso colla-borador do Diário, residente emS. Matheus, os períodos que,sob a epigraphe O Medeiros, vêm,hoje, insertos em nossa edição.

Muito folgamos se Nautiluscontinuar, como nos promette, aabrilhantar as nossas columnas.

O exmo. sr. bispo diocesano,por intermédio de seu illustresecretario sr. conego Cochard,pede a todos os cavalheiros quepertencem a irmaudades, con-frarias, ordens terceira e doCarmo, comparecerem in corpo-rados e com os respectivos ha-

Vindo da capital da Republi-cã','Mi bordo do paquete Cetfi;>Lacha-se nesta cidade, em visi-ta ã sua exma.família, o estima-do moço Aldemaro Pessoi, m-telligente acadêmico de mecUoi-na. .. . *

Visitamol-o.

O movimento de enfermos,consultas e receitas, na S-tnt:i.Casa dc Misericórdia desta cida-de, durante o mez de março pio-ximo passado, foi o seguinte :

Existiam no dia 1'.' 118;.; en-tíárárn .duranteo mez, 123—241;sendo homens, 203, mulheres38—241 ; sahiram curados 122.;falleceram 32 e existem em tra-tamento87—241.

Fizeram consultas na porta.-ria 361 pesscí^ sendo aviada:,503 receitas.

Foram feitas 6 operações o 72curativos.

Chegou a osta cidade no va-por Ceará, o, sr. coronel Anto-nio Prado, co-c^ituado negociante nesta praça

Cumprimentamol-o

to^a qual deve"sahir da Cathe-dral amanhã, ás 6 horas da tar-de.

Entrou hontem no goso de 3mezes de licença o sr. dr. Affon-so Lyrio, procurador fiscal dacazenda federal.

Para substituil-o, o sr. delebitos á procissão do Senhor mor- ^aci0 fiSCal nomeou, interinamen-

Na chegada dos srs. drs. Ce-ciliano de Almeida e TorquatoMoreira, vindos-ante-hontem deCariacica, onde foram em visi-ta ás obrasde abastecimento d'a-gua, o sr. presidente do Estadofez=pe representar pelo capitãoHortencio Coutinho ,seu ajudan-te de ordens.

Por nos ter chegado tarde enão nos permittir a escassez de

I espaço, fomos forçados, combastante pezar,'a refugar umbom artigo que, sob a epigra-phe—0 dia de amanhã, nos en-viou o nosso antigo collaborador,profcssor Francisco. Loureiro.

Já foram catalogados, no ar-chivopublico, 172.325 documen-tos relativos aos1 mezes de no-vém';!lo e dezembro de 1908 eaos de janeiro, fevereiro e mar-ço últimos.

te, o sr. dr. José Horacio Costaque, hontem mesnío, tomouposse e assumiu o exercicio.

Está na capital, de volta djsua viagem ao Rio de Janeiro,o sr. Lastenio Calmon, activonegociante em Linhares.

Pára Belém seguiu hontem,acompanhado de sua exma. fa-milia o nosso apreciado collabo-rador dr. Antonio Athayde.quevae assumir o exercicio do car-go de engenheiro chefe da es-trada de ferro de Alcobaça áPraia da Rainha.

A bordo do Ceará o exmo. sr.dr. Jeronymo Mo*teiro, foi comp seu ajudante de ordens, des-pedir-se do operoso deputado aquem almejamos prospera via-gem, ________________

. No próximo domingo, 11 doandantey reunem-se no respe-ctivo consistorio, os irmãos daconfraria de N; S. do Rosário,a fim de tratarem da approva-ção do balancete apresentadopelo seu ex-thesoireiro e resol-ver-se outros assumptos dá mes-ma religiosa corporação.

Já está em poder do sr. de-legado de policia um annel deoiro com cinco pedras de bri-lhante e que fora furtado ao re-presentante de uma casa com-mercial do Rio, quando de pas-Sagem nesta cidade.

Acham-se retidos, na estaçãotelegraphica, despachos p;Êa ZéSiqueira e Álcebiades, secreta^rio congresso estudantes.

Está de serviço, hoje, na es-tação policial, osr. subdelegadocapitão Manoel Cassilhas e ama-nhã o sr.capitão Claro Pitanga.

Secção reliáiosmnas egrejasNa' Cathedral ^o bispado os

actos da Semana Santa serãoassim celebrados :

Hoje: —Pelas 8 1/2 horasdá manhã, officio, missa pon-tifical, benção do oleo dos en-fermos, communhão dos sacer-dotes' e dos fieis, benção do S.Chrisma e do oleo dos catechu-menos, procissão do S. S. Sa-cramento no interior do temploe exposição do Monumento, ves-pera>s e denudação dos altares.

A's 5 1/2 horas da tarde a ce-rimòniado Láva-pés, sermão domandato, de matinês e laudes.,

Amanhã :— A's 8 1/2 horasda manhã, preparação do offi-

cio, canto da paixão, sermão dapaixão pelo exmo. sr. bispo dio-cesano, as monições e orações,adoração.da cruz, procissão nointerior da egreja, do Monumen-to ao altar mór, missa dos pre-sánctificados e vésperas.

A's'5 1/2 officio de trevas eprocissão do senhor morto.

Sabbado—A's 81/2 horas ben-ção do fogo novo, procissão como cirio paschoal e com o trian-guiar, canto do Exultei, das pro-phecias, benção da pia baptis-mal, ladainha de todos os san-tos, canto da missa, alleluia evésperas,

Domingo—A's 9 horas missapontificai.

Veiu hontem. a esta redacçãotrazer-nos. as suas despedidas osr. Horacio de Oliveira Teixei-ra, que partiu hontem no Cearácom destino a Belém.

Agradecemos a attenção 4ointelligente moço, desej ando-lhefeliz viagem. \

certenha para o ocioso que quizer . desüis colônias deve ser encara-utilizal-HS. se.tnnfmhum caracter! do. «So somente como meio de

(1) Herbert du Puy—«Vagabondageet mendicité — 1'aris, 1907 pags.1 ÍO a .1 Vi.

Foi passageiro do Ceará o jo-ven Aristóteles Santos, zelosofunecionario da capitania doporto e applicado academicp-dedireito, á quem cumprimenta-mos.

No dia 19 do corrente realisa-se na visinha cidade do EspiritoSanto, no respectivo outeiro, atradicional festa da gloriosa Se-nhora da Penha.

A festa será precedida de so-lemne tridito.

Naquelle dia celebrar-se-ãomissas até ás 10 horas da ma-nhã, momento em que princi-piará a missa solemne.

Comparecerá a todos os- actosreligiosos o exmo. sr. bispo di-ocesano e no coro da egreja func-cionará uma orchestra de senho-ritas, sob a direccão da exma..sra. d. Lavinia Velloso.

I MANCHADA

vrrm ibl3.-W!WW,j|u. .jii .imm ;.,m.,.jjl", •• i.i-Djjn»')¦Mj..m_nM!«tiftç,.'«r«B«

Si* DIÁRIO DA MA^Hl *

JJJ^Ítá sècçâo competente vae r-jtaapublicação, a respeito, rfirmittjjpelo sr. conego Cochard.*,

Para os fieis que não puáe-rem esperar a missa, pontificíque. o exmo. sr. bispo diocesanocelebra boje, na Cathedral, ha-verá, naquelle templo e nodeN.S. ,do -Carmo, communhão ás 7horas da manhã.

A 12 do corrente, ás'7 1/2 ho-ras da manhã, resa-se na egre-ja matriz de S.Thiago,misFa de7". dia em suffragio da alma dçd. Anna Maria da Victoria',

MÜxivx.*--. w» wv

CARTEIRA SdfcflAL4-uw ANN1VENSARIOS

Fazem annos liojo : . . .

A exma. sra. d. Idalina San-tõs, presada esposa do sr. JoséTeixeira dos Santos, negocian-te em nossa praça.

**.,. Festeja hoje o seu an-niversario natalicio o sr. pro-fessor Amancio Pereira, a cujozelo está confiada a cadeira do4'.' anno masçulmo, da escolaModelo.

Competente e dedicado noexercicio da profissão que abra-çou, o distineto anniversariantébem merece lhe apresentemos!cordiaes parabéns pela data fiu-*ente. •

l''.*i/eui annos amaniiã *.

A exma, sra. d. HortenciaMonjardim Paria, extremecidaconsorte do sr. dr. Eutropio Pa-ria, nosso talentoso confradede imprensa.

-—O illustre sr. coronel SimãoMachado Bittencour e. Mello.

iFaz atino» snbbailo :O sr. dr. Luiz Siqueira Lima,

nosso distineto conterrâneo.Fazem annos iloníiíigu ;.:';''..'• O nosso ditrno conterrâneo

Horacio Simões.—O joven Augusto Cruz So-'%{ brinho. •—O iiitelligente moço José

Norival Lyrio da Rocha.A todos os anniversariantes

enviamos as nossas effusivas fe-licitações.

.-*% Passa, no próximo domingo, a data hatalicia daexma. sra. d. Anna Saldanha,carinhosa esposa do nosso dile-

. cto companheiro Eurico Salda-nha. /, ¦'. .', v .Sabedoresdás apreciáveis vir-' tvides de que é portadora a dis-tiricta anniversarianté, causa-nos bastante prazer o levarmos-lhe, antecipadamente, cordia-

j* lissimos cumprimentos.W ¦^•vvxNOS SALÕES

i E' depois dc manhã e do-• , -.mingo que se realísam', no Par-

yqiic, as attrahentes reuniões pro-movidas pelo Aze para as quaesvae em indizivel crescendo a ani-mação dos sócios e senhoritashabituécs daquella apreciada so-ciedade.

Ainda uma vez lembramosque, só para o baile branco desabbado da Alleluia, as toilettesfemininas obedecerão a côr quelhe dá o nome, outro tantonão acontecendo com o Saraudedomingo, nó qual não ha rigorde trajes pára as encantadoras

r,;- ' representantes do sexo querido....'*•*** *'Auspicia-se I animadissi-mo p.baile que b Éden Clubleva a effeito,depois dc amanhã,nos salões de sua sede social.

Foram ' distribuídos muitos..'convites ás familias freqüenta-

doihis da sympathica associaçãorecreativa para esse festival que,"certo, decorrerá magnífico.^w-DIVERSAS

Do maestro Auüoil Sicrra,ha-w bUissimo professor da. escola^tNormal, recebemos um cartão" -de agradecimentos á noticia de

>•• ¦¦.-, seu aimiVersario natal iciól-,. ^%t Envióu-riôs a interessante

meninaYáralina Xavier deArau-jo,um cartão de, agradecimentopela noticia que editámos, a

NATIVIDADE

Pela cruel e incansável' pai*-(ca foi hoje pela manhã arre-'batada do seio de seus paes ado-p.tivos a interessante meninaBeatriz que, indobanhar-sé noRio Doce e facilitando com aforte correnteza,foi por ella lan-cada a um peráu onde sossobrousem ser possivel salyai-a.

Era a saudosa menina pupil-Ia do sr. Honorio Vieira Ma-chado digno vigia fiscal da Bar-reira n'esta localidade.

Até a hora em que são escri-ptas estas linhas ainda não setinha encontrado o corpo dapranteada e desditosa menina.

Consta ter hontem aconte-cido o mesmo, a uma pobreci-eánça na visinha povoação doBaixo Guandu.

(Do correspondente).

PUBLICAÇÃO LIVRE

SANTA LEOPOLDINA

A desavença que diziam inte-ressados malévolos existir no go-Verno do municipio, foi cathe-goricameute desmentida com aeleição procedida hontem, naqual foi eleito vice-presidente odistineto moço José Rcisen queè, por sua actividade e boas in-tenções, uma vigorosa esperan-caparão brilhante futuro destefértil* e prospero municipio.

Corigratulando-me com o pÕ-vo deste municipio por esse fé-liz suecesso, porque assim nãomedrou a poliriquice baixa quenos faria temer a volta do go-verno que por 6 annos infelici-tou o nosso municipio, deixandocomo herança um relatório queé um opprobio ao povo, o qual,como promettémos, principia-mos hoje a sua analyse, paraque, os que tiveram a felici-fa-de- de não conhecer os feitosde tal governo, possam fazeruma idéa vaga' do que elle foi.

Primeiro diremos que para es-çrever-se, imprimir e brochar odito relatório, custou aos mirra-dos. cofres, dó-munieipio mais de

mais de 13 contos de réis, por-que são ellas meras phantasiasde s. s., pois estes lugares' mesão muito conhecidos e os pro-prios moradores de lá me affir-main que taes obras não exis-tem.

No rio Bonito ninguém cõ7nhece Joaquim Francisco dasCandeias, entretanto, 'este sr.lá esteve fazendo, como diz orelatório, 2 pontilhões e diyer-sos concertos em pontes estra-gadas. O mesmo se dá com JoãoAyres d'Oliveira que lá esteve«reconstruindo a ponte e fazen-dovdiversos cortes de terras, por800$000; e João Pinto dos San-tos que ta.ra.bem fes 3 pontilhõespor 1:100$00'0». ''

Apezar de eu residir aquidesde a minha infância, aindanão sei onde -é-o «rio do norteno lugar Suissa», íió lqUài»Gou-teliber construiu uma ponte pór980$000,poiso rio do norte queconheço não é na Suissa, nemos Gouteliber nelle construíramponte alguma.

24 — 3 — 1909.Ignacio Bkrmude. ¦

EDITAESDESPEDIDAAntônio Atháyde e sua fami-'

Há, partindo hoje parao Estadodo Pará c não dispondo de tem-po sufficiente para^faserem pes-soalmente suas despedidas, como Lftncaménto do 1. semestredesejavam, ás pessoas que lhes ^a,1Çament0 do 1 semestrehonram com suas sinceras a-misades e sympathiasV tantonesta capital, como em'" todo oEstado, vêm, pois cumprir esseaffectuôso dever por este meio,offerecehdo-lhescordiaímenteseus pequenos prestimos eni Be-lem, capital d'aquelle v Estado,onde pretendem se demorar al-guin tempo. ''.

, Victoria, 7 de abril de 1909.

Festa de N.S.daPenh:Segundo usotradiccionalnes-

te Estado, a festa de NOSSASENHORA DA PENHA serácelebrada com todo explendorpossivel no seu sanetuario, emVilla Velha, «ia segunda-feirada Paschoela, a 19 do correntee será precedida de solemnetriduo.

As cerimonias principiarãona sexta-feira, ás5 horas da tar-de, todos os dias haverá praticasobre o culto de Nossa Senhorae benção do S. S. Sacramento..

No sanetuario, constantemen-te haverá sacerdotes que atten-dam aos fiéis que a seu ministe-rio quizerem recorrer.

Na segunda-feira, dia da fes-'.ta, celebrar-se-ão missas desdepela manha até ás 10 horas,mo-mento em que principiará asolemne missa cantada de meio-circulo.

i Depois do Evangelho asso-mara-ao púlpito o'festejado óra-dor revd. sr. conego José deAzambuja. Meyrellesi

—A' tarde,;ás -4 horas, '.seráS

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sa fazer, como está fazendo,igrandes economias para pagarós 20 e tantos contos qúe esta-va devendo; pelos sacrifícios' quefez o presidente de então, corb-nel Araujo Silva.

Falando da cidade disse quepór «deficiência das rendas (que

800S0OO, e, só foi-pago agora entoado solenine. Té-Dewn se

pelo actual governo, que preci- guido da benção;*do-^S. Sa-" " " cramento. -"hUm—Em todas as ceremonias

prestará generosamente seu*..bri-lhante concurso uma orchestrade diversas senhoritas dè,: VillaVelha, sob a provecta direcçãode d. Lavinia Velloso.'• O exmo. e revdmo. sr. bispo

não eram menos de SO contos) | diocesano presidirá todos' esses

deixou de pòv em pratica o que i actos religiosospretendia para o bom dcsenvol-, Sanetuario da Pénha,em Vil-

Ia Velha,1909.

aos 6 de abril' de

J. Cochard, Capellão.

imamue io 8, S. SacramentoConvido de ordem do exmo.

sr. irmão provedor aos srs. ir-mãos a comparecerem na nossasanta igreja Cathedral nos dias8, 9, 10 e 11 do corrente paraincorporados assistirem aos ac-tos da sagrada paixão e mortedo nosso Redemptor e bem as-sim a acompanharem a procis-são do Senhor Morto que deverárealizar-se a 9, e pelas 7 horasda tarde.

Outrosim convido aos srs. ir-mãos afazerem a vigilia do santosepulcro. nos dias 8 e 9 na se-guinte ordem:' De 1/2 dia a 1, José RibeiroFernandes Coelho e dr. AraujoPrimo ; 1 ás 5, Isidoro Silva eJosé Carlos da Silva ; 2 ás 3,Antonio Pinto Aleixo e JosrDuarte de Oliveira; 3 ás 4 dr.Gregorio Magno e Augusto Ma-noel de Aguiar ; 4 ás 5, Cândidode Miranda Freitas Júnior eManoel Onofre Furtado ; 5 ás 6,Domingos Netto e Antonio Ma-lheiros; 6 ás 7, Augusto Nunesda Silveira e Heitor Azevedo ;7 ás 8, Juvenal Ramos e Ante-ro Gonçalves"; 8 ás 9, Francis-co Tonini e José Francisco dosArcos; ¦ 9 ás 10, Manoel Antu-nes Andrade e Gomes e LuizMax; 10 ás 11, Joaquim Corrêae José Carvalho; 11 ás 12 EttoreMorselli.e : Nüo Carvalho; 13 á1, Antenor: Villas?-Boas e Ur-bano Carvalho^ lás2, MorseliAchilles e Nièomedes José Ma-chádo ; 2 ás 3 Juventino Antu-nes de Faria e João Silva Lou-rej^p; 3 ás 4, João. dá Marta-í^Mfcsco e Antonio A}Tes deAguiar'; 4 ásSj dr. Eutropio déFanít1: e 'Ar-thur Cardoso ; S ás6, Manoel Rodrigues Pereira eJoão José Domingues Ramos ;6 ás % -Arthur,,- Batalha Ribéir-Óe José Ribeiro! 'jEspindula ; 7 ás8, dr. Thiers Veíioso e Ansel-mo Cruz; 8.ás 9, dr. João Lor-dello e dr.- Cândido Chaves ; 9ás 10, Manoel Azeve«*o Maciele*Ulysses Cypresfe; 10 ás 11,Ignacio Thomaz Pessoa e Eu-gênio Netto ; 11 ás 12, Barão deMonjardim. e dr. Aristides Ar-minio Guaraná.

Secretaria da irmandade aos5 de. abril de 1909. —Eu gen ioiV<?#0,-sécrètario.

LINHA DE CARAVELLASO PAQUETE ;%i-l'.:

Esperado de Caravellas no dia25, térrea, proprietário 10, seguirá depois da precisado-

mora para Guarapary-, Anchie-ta, Piuma, Itapemirim, CaboFrio e Rio de Janeiro.

de oasas alugadas e annualde casas próprias, rela ti-vãmente ao exercicio de1909.

SacramentoN. 23, sobrado, proprietário

o mesmo, aluguel 25$, impostoa pagar 15$000.

Idem, idem, proprietário omesmo, aluguel 25$, imposto apagar 15$000.

Idem, loja, proprietário o mes-mo, aluguel 10$, imposto a pa-gar 6$00Ò.

Idem, idem, proprietário omesmo, aluaaiel 10$, imposto apagar 6$OO0.

NAntonio José F. Carvalho, aluguel 25$, imposto a pagar......15$000.

N. 37, térrea, proprietáriaLuiza de Azevedo Madeira, alu-guel 62$400, imposto a pagar,37$440.

Pereira PintoN. 27, térrea, proprietário

José Lopes da Silva,- aluguel145$600, imposto a pagar87$360 (parte).

N. 20, sobrado e loja, pro-prietario Pedro Busato, aluguel80$,, imposto a pagar 48$.

N. 22, térrea, proprietárioManoel José Rocio.

N. 24, idem, proprietário omesmo,'"aluguel 80$. imposto apagar 48$000.

N. 18, sabrado, proprietáriaAnna Orti^e Barcellos Simões.

Idem loja, proprietária a mes-ma, aluguel 80$, imposto a pa-gar 48$000.

N 11, térrea, proprietáriaGlyceria Netto, aluguel 30$000,imposto a pagar 18$000.

AVISOS MAHÍTí»^¦ —¦n ¦¦¦.¦¦.. i, IWHÉ ,n-i . . i, | | n. I, , . ^....li, .. ,i %

Lloyd Bi^iroLINHA AMElífbANA

O PAQUETE

GOYAXEsperado de New Yorke es

calas no dia 8, seguirá depois da-precisa demora para o Rio deJaneiro.

LINHA DO NORTE

. O PAQUETE

Do norte, üo dia il, seguirádepois dá precisa demora parao Rio de Janeiro.

Passagens, fretes e mais in-formações, com o agente

.1 »A<» AlIVfxlu Atliayii .''

O VAPOR

Esperado do Rio de JaneiroN. 16, idem, proprietário B, dla 8. à* abn1'¦8e,-S«e dePoi^

Franz Müller & Comp. aluguel daPrecisa demora n'çste porto50$000, imposto a pagar 30$. i Para - Bahia' ^^^o, Recife*,

N. 9, sobrado e loja, proprie-Ceará, Maranhão e Pará.

Guimarães.

tario Francisco da Chagas Trin- -^—-- ¦'¦ ' ;dade, aluguel"35$000, imposto Passagem,fretes e maus infor-a pagar 21$000. mações com o agente—Antenor

N- 14, idem, idem, proprieta- " "rios os hs. de Joaquim de NovaesCampos^! aluguel 60$, imposto apagar- 36$Ò0O. rr';^* ¦

N. 8, térrea, proprietários oshs. de Augusto B. da Silva, alu-guel 30$,v imposto a pagar 18$.• -N. 12, sób^^fre loja, proprie-tario Rufino Antônio de Azeve-do, alugiíel 300$000, imposto apagar 180$000. ,. _ __

N. 10, sobrado, proprietário B dT° cor.rente- Segue para o R10Augusto Francisco Gonjes, alu- T Janeir.°vdepois da precisa

O PAOUETE

wrunuffEsperado de Caravellas no dia

depoisdemora n'este porto.

vimento e conforto' da popüla*ção. "...

...que-não removeu os barra-iõés de tropas da rua CoronelCláudio de Freitas para os pre-dios adquiridos pelo governo,porque os negociantes. proprie-tarios mostraram-se desfavo-raveis a esta alta medida hygi-enica». Mas uósdirenios, e é 0 exmo. e revdmo. sr. bispo'; diocesano presidirá os officios,pura verdade, que s.,s. nunca ¦ aos ^aes devem comparecer ós R. R; sacerdotes do clero secularcogi-tou-disso, porque os prédios | e reg*ular desta capital.' i ; : -. ¦'não se'prestavam para tal e es- Commissão de festeiros—Svs. Augusto Cr.uz, José Ribeiro detavam todos alugados, sem que , S0uza, Veredino Aguiar, lldebrando.Reseiriini e Josué Pradoos alugueis entrassem, como de- j

"%* Orchestra—A das exmas. Venhoritas .'Netto e de diversosviam, para as rendasdo munici- amadores. " •

-PIO... ; '., . .,., •.'•"-'Tratando da hygiene, disse .. QUINTA-FEIRA INSTITUIÇÃO'DO SÍS. SACRAMENTO

que .«apezar de ser bom o estado-*' .- '; : ,¦sanitário cia população, nomeou i'|"^'f ^'^1- nnr;is c*-;l Hianhã, pffició', missa pontificai, benção

O PAQUETEguel 60, imposto a pagar 36$.

Idem, loja^ proprietário o mes-mo, aluguel 20$, imposto a pa-gar 12$000. \

N. 6, sobrado, proprietárioMartinho Gonçalves de Freitas, E8petado do Rio , escalas noS b 'imp a pag dia I3 do corrente- Re?resa ®&ábWxjxj. escalas depois da precisa demo-Idem, loja,proprietário o mes- ra n,este ^orto

*,. r .. .mo, aluguel 40$Q00, imposto K '__,,'%»; ...-...-.pagar 24$000 , Passagens, fretes e mais in-N. 4, sobrado e loja, proprie- formações com o argente:tario o mesmo, em obras. °

N. 3, térrea, proprietário omesmo, aluguel 60$000, impôs-to a pagar 36$000.

N. 2>, idem, proprietários oshs. de Manoel Ferreira dos Pas-sos Costa, aluguel 20$000, im-posto a pagar 12$000.'

(Continua).

Antenor Guimarães.'

ÀMüNCioS

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para delegado de hj^giene o il- do Óleo dos euferuni*'çommunhiió dos sacerdotes e dos fieis, ben- Andrade, juiz'de. direito dalustre dr."Francisco Antônio de' ção do S.Chrisma e do Óleo dos. catechu menos. Procissão do S;S. • comarca do Gu;

Copia—O dr, Genuíno A. de

propósito idn^seu anniversarionatalicio.

£*£ Accentuam-se, felizmen-te, as in ei h dias dosr. dr. Alfon-so Lyrio, distineto orocura'dor

¦ fiscal ium fazenda federal, haa uma opera- j ança deste governo

parte,

Almeida, que exerceucom zelo .Sacramento nointenor do templo e exposição no Monumento, ves'e interesse». Por-que então foi peras e denudação dos altares.demittido ? Porque o sr. Araujo; . -A's 5 1/2 da tarde cerimonia do Lavíi-pés'e sermão do man-

dato, canto devvMâtinas e Laudes. '/.<!¦-' i; ' '^l •

%;^-V ^SEXTA-FEIÉA SÀNTÁ " ' '' S

tião,se dá bem çom os caracte-res bons e independentes.

Na parte que trata da fiscali-sação diz s. s. que «duran.te.sua

Guandu, .na for-raa da lei, etc.Faz saber aos que o presentí^

edital virem, ou delle noticia ti-1verem, que. tendo fallecido no j ^a

-Jfe» a-_, ¦wr r ",;''¦•¦- '^l\ ¦¦¦-"¦¦'¦¦'"'

______\_^_fíaP__\_\_______\m*m^_)mmyEL

\_____wL _jr_w^^~,_,_____\\_m_____\\w _W*%fÈL

_WrTA^^^ÊBjlgi// Sk

gestão no governo exerceram o A's 81/2 horas da.fmánhã. Preparação do officio, ca»to damm âe fiscal o-eral os cída^" l™™0^*1^ áii^Pai^o ptflp exnio. revdmo. sr. bispo diocesano,.. * „ . t?,j* i ' as momções e orações, adorafcão da cruz, procissão no interior dai ,- -j. .-oaos Henrique Valdetaro, José

^^ âoiMu<§ento ao altar-níór, missa'dos Pres"ncSose!rem C°m ^^ a SUCCeSSa° &vésperas*, , . . *¦-; , i.

A's 5.1/2 officjio dé trevas'e procissão do.-Senlur Morto

Sarmento, Gladomiro da En-carriãção, capitão Ignacio Bev-mudes, e actualmente Ignacio

¦ EncarnaçãO que merece coufiDe minlia

ao sr.

SABB,A£»Q SANTO

A's S1/2 horas. Bençãotdo fogo novo, procissj

dias submettidoção.^ r j

,i-\ Enfermou ha dias a ga-j Araujo, ter dado publicidade, rio Paschoal e com o triangular, canto do E.rn/tetj^.is prophe- oublícar oor cooia no -iornal of- 7„ ¦=.. .lante Aurora, apphcada alumna; que ftaó lhe mereci confiança, cias, benção da pia baptismal, ladainhas de todos os santos cau- ficial deste Estado. Dado e pas í . a^a \W^. alma' l?ada escola Modelo e^ extremada

j porque para mim é uma boa re- to da missa, alleluia e vésperas. j sado nesta cidade de Affonso triz de b lliiago, no diafilhado sr. Elysio Gama. l commendacão, es se a mereces- <J Cláudio, aos trinta' e um dias do do corrente, ás 7 1/2' da ma

*% Acha-se doente, atacado! se. seria uma das maiores bai- DOMINGO DA RESURREIÇÃO ! mez de março de 1909.—Eu José nhã e roffam novampnrp nràugnppe. intestinal, o sr. Adol- i^ezas, porque como fiscal geralph o Barcellos, dedicado auxiliar ! queera. "ão podia informar asda administração dos correios w');vm-/"«'to nos rios das Farinhasdeste Estado. - Bonito, na importância de

A's 9 horas missa pontificai.Secretariado bispado, em 5 de abril

erimoniario da Cathedral.

Anna Maria da Victoria *

Manoel Maria Púifo, fenii^i rrnãos e mais parentes

SSmmMpáS^ suaigi-atidílo'^.Carlos, vulgarmente conhecido jto^ as pessoas que espon-por «Carlóta» ,sem herdeiros pre-' taneüinente desvelaram-se porsentes, convida aos que seacha-|sua íuae, -sogra, avó, irmã'

^ ,.,., , \ e tia ANNA MARIA J)A VÍ-se habilitarem no praso de ses-. /-irpriüT a j --r"senta dias a contar àii:MikW^Wi^m^^W.^^!Xpresente edital, tia;fôrinà da lei- nudadé, tornando extensivaE para que chegue ao conheci-! aos que visitaram e acompamento de todos, mandou affi.' nharam o seu enterro,xar este no logar do costume e j Fazem celel)rflr iuigsa de

Ma-12

Cupertino Fi^ff^||^ geus ami g gv ^ fiiVão que escrevi. (Assignado).„ •*, _°, . , . .,de 1909.-7. Cochard, Genuíno A. de Andrade Está' ca"Closo obsepp.deas^td-a,

conforme, ?. Cupertino. Victoria,7 de abril de 1909.

Y.

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