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ISSN Nº 1984-3828 1 III MOSTRA ABENFAR DE INTEGRAÇÃO ENSINO E SERVIÇO 7 a 9 de outubro de 2011 Belo Horizonte, MG Dando continuidade às atividades de comemoração do centenário da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, a Associação Brasileira de Ensino Farmacêutico ABENFAR realiza no período de 7 a 9 de outubro de 2011, na cidade de Belo Horizonte, a quarta edição do Fórum Nacional do Ensino Farmacêutico, com o tema central: “Formar para Transformar”. Como uma das atividades do Fórum, acontece a III Mostra ABENFAR de integração ensino e serviço. A seguir estão listados os resumos selecionados, organizados de acordo com a ordem de encaminhamento para a comissão responsável.

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ISSN Nº 1984-3828 1

III MOSTRA ABENFAR DE INTEGRAÇÃO ENSINO E SERVIÇO

7 a 9 de outubro de 2011 Belo Horizonte, MG

Dando continuidade às atividades de comemoração do centenário da

Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, a

Associação Brasileira de Ensino Farmacêutico – ABENFAR realiza no período

de 7 a 9 de outubro de 2011, na cidade de Belo Horizonte, a quarta edição do

Fórum Nacional do Ensino Farmacêutico, com o tema central: “Formar para

Transformar”.

Como uma das atividades do Fórum, acontece a III Mostra ABENFAR de

integração ensino e serviço.

A seguir estão listados os resumos selecionados, organizados de acordo

com a ordem de encaminhamento para a comissão responsável.

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ISSN Nº 1984-3828 2

SUMÁRIO

1. INTEGRAÇÃO ENSINO/ SERVIÇO: VIVÊNCIAS NA PRECEPTORIA DE ESTUDANTES DE FARMÁCIA

Almeida, Francisca Maria De; Cruz, América De Lourdes Nogueira Da

Diniz, Gerlania Martins; Miranda, Michelle Silva; Pereira, Ione Cristina Paiva; Soares De Britto, Maria Helena Seabra ......................................................10

2. RODA FARMACÊUTICA: UM ESPAÇO PARA CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES COM A INTEGRAÇÃO DO CONHECIMENTO TEÓRICO E PRÁTICO PARA UM MELHOR ATENDIMENTO FARMACÊUTICO

Ayres, Lorena Rocha; Chrysostomo, Tais Nader;

Garcia-Andrade, Regina Célia.................................................................... 13

3. PROJETO DE EDUCAÇAO POPULAR EM SAUDE E MEDICAMENTOS EM BAIRROS DA CIDADE SÃO LUÍS, MARANHÃO

Ribeiro, Alane Andrelino; Souza, Joyce Helen Lavra; Silva, Rômulo Vieira; Maranhão, Marina Cristine Silva; Barbosa, Déllio Willians Silva;

Reis, Leila Beltrão...................................................................................... 14

4. AVALIAÇÃO DAS MATRIZES CURRICULARES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS

Oliveira-Sá, D. A. B.; Silva, W. B. ................................................................ 16

5. VIVÊNCIAS NA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS NO ÂMBITO DO COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Feitosa, Georgia Fernanda Dos Santos; Moraes, Diogo Nascimento; Oliveira Castro, Abigail Trindade; Rabelo, Mariana Gracinda Almeida Dos Santos; Silva, Tiara Vitalino Da; Soares De Britto, Maria Helena Seabra ................................................................................................................... 18

6. EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA – RELAÇÃO NECESSÁRIA

Costa, Luiz Henrique; Braga, Maria Helena ...............................................21

7. ESTUDO DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS NO CURSO DE FARMÁCIA DA UFMG

Magalhães, Sérgia Maria Starling ...............................................................23

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8. O PERFIL DA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NA ÁREA DE SAÚDE NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI). UM ESTUDO SOBRE ENSINO NA SAÚDE: O CASO DO CURSO DE FARMÁCIA

Soares, Leonardo Ferreira; Brito, Cleiton Alves; Nascimento, Douglas Da Cruz; Santos, Rodolfo Ritchelle Lima ......................................................... 24

9. USO RACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS NA COMUNIDADE ASSISTIDA PELA CRECHE ESCOLA DO APRISCO

Thé, Patrícia Maria Pontes; Moreira-Silva, Luzia Izabel Mesquita; Arrais, Paulo Sérgio Dourado; Day, Sophia Cândido; Dantas, Mariana Nogueira; Capristano, Allana Bezerra ........................................................................ 25

10. PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E APOIO À AMAMENTAÇÃO: NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS FARMACÊUTICOS

Medeiros, Joana De Oliveira; Moreira-Silva, Luzia Izabel Mesquita; Thé, Patrícia Maria; Vieria, Maria Marly Lopes; Giacomini, Sâmia Graciele Maia Oliveira; Arrais, Paulo Sergio Dourado ...................................................... 27

11. ALIMENTOS FUNCIONAIS E NUTRACÊUTICOS NO CURRICULO DE FARMÁCIA

Thé, Patrícia Maria Pontes; Moreira-Silva, Luzia Izabel Mesquita; Arrais, Paulo Sérgio Dourado .............................................................................. 29

12. O CENTRO DE INFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTO E A FORMAÇÃO DE FARMACÊUTICOS PARA O USO CORRETO DE MEDICAMENTOS: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DO CENTRO DE ESTUDOS DO MEDICAMENTO

Perini, Edson; Junqueira, Daniela Rezende Garcia; Pádua, Cristiane Aparecida Menezes, Moraes, Alba Valéria Souto Mello; Cândido, Raissa Carolina Fonseca; Anício, Vivian Thaise Da Silveira; Cruz, Luana Faria; Alves, William Pereira ............................................................................... 31

13. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA À CRECHE DO APRISCO: USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS

Thé, Patrícia Maria Pontes; Moreira-Silva, Luzia Izabel Mesquita; Arrais, Paulo Sérgio Dourado; Leal, Luzia Kalyne Almeida Moreira; Day, Sophia Cândido; Dantas, Mariana Nogueira ......................................................... 33

14. PRÁTICAS INTEGRATIVAS DE ATENÇÃO À SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DO PET-SAÚDE/FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Arrais, Paulo Sérgio Dourado; Alves, Renata De Sousa; Araújo, Maria Fátima Maciel ........................................................................................... 35

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15. INTERATIVIDADE ALUNO-PROFESSOR ATRAVÉS DE FÓRUNS VIRTUAIS DE DISCUSSÃO

Moreira-Silva, Luzia Izabel Mesquita; Thé, Patrícia Maria Pontes; Monteiro, Mayara Morais; Régis, Jônatas José Santos; Arrais, Paulo Sergio Dourado .................................................................................................................. 37

16. AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA (NÍVEL CENTRAL) NO MUNICÍPIO DE NITERÓI –RJ

Cordeiro Bc, Araújo Rl, Figueiredo T R ...................................................... 39

17. UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS HIPERTENSOS NO BAIRRO BARRETO – NITERÓI/RJ

Cordeiro Bc, Alvarez M, Cardoso D, Castro P, Piccoli N, Prudente I, Silva T, Alho H, Altoé A, Carvalho A, Francisco Ap, Gil F, Machado I, Possas S, Santos C, Santos J, Silva K, Vargas P, Vieira G A ................................................................................ 41

18. VIVENCIANDO A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA - ESTÁGIO EM FARMÁCIA COMUNITÁRIA I/UFF

Cordeiro BC, Castilho SR, Miranda ES ....................................................... 43

19. RELATO DE EXPERIÊNCIAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE

Oliveira, Glacileide Fonsêca Uribe De; Santos, Pryscilla Gabrielle Lima Dos ; Silva, Tiara Vitalino Da ;Valentim, Erisángela; Veloso, Marília Borgneth ; Soares De Britto, Maria Helena Seabra................................................... 45

20. FITOTERAPIA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA – PROJETO DE EXTENSÃO

Guedes, Alessandro; Loss, Gabriel Schneider; Klems, Ana Caroline; Damo, Nevoni Goretti. ........................................................................................... 48

21. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA COMUNIDADE: ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE VOLTADAS PARA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

Thé, Patrícia Maria Pontes, Moreira-Silva, Luzia Izabel Mesquita, Arrais, Paulo Sérgio Dourado, Leal, Luzia Kalyne Almeida Moreira, Capristano, Allana Bezerra, Oliveira, Maria De Fátima ................................................ 50

22. O USO DE MAPAS CONCEITUAIS E PORTFÓLIOS COMO FERRAMENTAS MUDANÇAS NO ENSINO DA FARMÁCIA

Perini, Edson; Junqueira, Daniela Rezende Garcia ................................... 52

23. AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE FARMÁCIA DAS UNIDADES DE SAÚDE

Costa, Karla Calvette; Damo, Nevoni Goretti; Helena, Ernani Tiaraju De Santa; Sampaio Junior, Wilson .................................................................. 54

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24. CAMPANHA 5 DE MAIO - PELO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS: A EXPERIÊNCIA DOS ESTUDANTES DA UFMG

Mattos, Leonardo Vidal; Alecrim, Denyr Jeferson Dutra; Dilly, Daniel Amado; Siqueira, Amanda Lana De; Silveira, Micheline Rosa; Machado, Renes De Resende..................................................................................................... 56

25. INFLUÊNCIAS DO PROGRAMA INTERNATO RURAL DE FARMÁCIA NA FORMAÇÃO DOS ESTUDANTES.

Pereira, Antonio Basílio, Siqueira, Amanda Lana De; Sousa, Samuel Rodrigues Almeida .................................................................................... 58

26. PROGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA PADRONIZADA EM REDES DE FARMÁCIAS

Ribeiro, Alane Andrelino; Barros, Clemilson Da Silva; Reis, Leila Beltrão... 59

27. AS INFLUÊNCIAS DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE FARMÁCIA NO ENSINO FARMACÊUTICO

Bonfim, Antonio Joaquim; Izidoro; Jans Bastos; Mattos, Leonardo Vidal; Perini, Edson; Siqueira, Amanda Lana De; Tobaruela, Eric De Castro. ..... 61

28. SIMULAÇÃO DE ATENDIMENTO FARMACÊUTICO: A EXPERIÊNCIA DA UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

Trauthman, Silvana Cristina; Alano, Graziela Modolon; França, Tainã Formentin; Vieira, Ana Cristina; Galato, Dayani ......................................... 63

29. EDUCAÇÃO EM SAÚDE: INSTRUMENTALIZAÇÃO PARA A FORMAÇÃO EM ATENÇÃO FARMACÊUTICA

Andrade, Betina; Raeder, Denise Hoffmann; Kothe, Jeffersan; Bresolin, José Roberto; Maia, Laís Orlof; Surdi, Marla; Gesser, Marluci; Bernardo, Noemia Liege; Tessele, Priscila Batista; Giachini-Kessler, Rúbia Mara................ 65

30. O ENSINO FARMACÊUTICO NA BAHIA: AVALIAÇÃO DAS MATRIZES CURRICULARES DOS CURSOS DE FARMÁCIA, 2011

Federico, Marilia Pinto; Pontes, Angela; Borges, Eustáquio Linhares; Dias, Eduardo Jorge Cavalcantii ........................................................................ 67

31. ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO CURRICULAR - FARSUS NA SALA DE ESPERA

Miranda, Maria Spínola; Ferreira, Junia R. D.; Pontes, Angela; Pereira, Neila De Paula; Carinhanha, Roseane; Costa, Taise D.; Verena, Ana; Alencar, Letícia; Ferreira, Gutemberg L. ................................................................ 69

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32. ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DA VIVENCIA EM UBS: EDUCAÇÃO EM SAÚDE CONTINUADA

Silva, Milena Cristina Martins Da; Bastos, Mírian Letícia Carmo; Campos, Daniel Marques; Cardoso, Erica De Tássia Carvalho; Luz, Diandra Araujo Da; Pinheiro, Alana Miranda; Pontes, Anna Carolina Avelar De Araújo; Santos, Camila Costa Dos; Sarmento, Rosana Moura; Silva, Adalgiza Deniele Véras; Silva, João Victor Da Silva E; Silva, Livaldo Costa E; Silva, Mallone Lopes Da;

Dolabela, Maria Fâni.................................................................................. 71

33. COMPORTAMENTO EVOLUTIVO DOS PRINCIPAIS INDICADORES DO CURSO DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ: AMPLIAR PARA CONSOLIDAR

Soares, Leonardo Ferreira; Medeiros, Maria Das Graças Freire; Brito, Cleiton Alves; Santos, Rodolfo Ritchelle Lima .......................................... 73

34. O TRABALHO DO FARMACÊUTICO NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA ANÁLISE EXPLORATÓRIA DA PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO E DA ORIENTAÇÃO PRODUÇÃO PROFISSIONAL

Sousa, Iedda Carolina; Ribeiro, Camila Simões; Scherer, Magda Duarte Dos Anjos; Barberato, Luana; Oliveira, Andréia ................................................ 75

35. ESTRUTURAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NAS UNIDADES DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DE SANTA CATARINA

Rodrigues, Diego Trajano; Maciel, Caroline Vieira; Lora, Juliana; Becker, Indianara Reynaud Toreti.......................................................................... 77

36. FITOTERAPIA RACIONAL: ASPECTOS ETNOBOTÂNICOS, TAXONÔMICOS, AGROECOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS

Rossato, A.E.; Citadini-Zanette, V.; Santos, R.R.; Borges, M.S.; Cardoso, P.S.; Amboni, A.P.; Destro, B.; Lora, J.; Amaral, P.A. ............................. 79

37. FARMÁCIA SOLIDÁRIA UNESC COMO CENÁRIO PARA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO.

Matias, Dyeison Bernardo, Bresola, Joziane, Uggioni, Elaine Castagnetti Borges, Lora, Juliana, Rossato, Angela Erna, Becker, Indianara Reynaud Toreti ....................................................................................................... 82

38. LEVANTAMENTO DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E DA PRÁTICA DE POLIFARMÁCIA EM PACIENTES HIPERTENSOS E DIABÉTICOS DO PSF/CAIC DO BAIRRO IMACULADA EM VARGINHA-MG

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SILVA, Wilson Bernardes da; SILVA, Rosilaine C. da; SILVA, Leila da ................................................................................................................... 84

39. EXPERIÊNCIAS, VIVÊNCIAS E IMPACTO NA FORMAÇÃO DE UM ESTUDANTE DE FARMÁCIA PARTICIPANTE DO PET-SAÚDE/ SAÚDE DA FAMÍLIA

Pagnussat, Lidiane Riva; Luza, Katia; Dal'maso, Margareth Adelina Buaes; Reali, Luiza; Cervi, Mariza C.; Barelli, Cristiane ......................................... 86

40. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA EM ADULTOS: O QUE MOBILIZA A APREENSÃO DE CONHECIMENTOS?

Barelli, Cristiane; Scherer, Jose Ivo; Rosa Filho, Luiz Artur; Bruning, Guilherme E.; Gonçalves, Carla B.C.; Cervi, Mariza C............................... 88

41. EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS PELOS ALUNOS DO CURSO DE FARMÁCIA NO ATENDIMENTO A POPULAÇÃO NA FARMÁCIA CENTRAL DO MUNICÍPIO DE PASSO FUNDO, RS.

Hahn, Siomara Regina ............................................................................... 90

42. VISITA DOMICILIAR INTERPROFISSIONAL COMO PRÁTICA FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA SAÚDE

Barelli, Cristiane; Freitas, Alessandra R.; Pagnussat, Lidiane R.; Scherer; Jose Ivo; Gonçalves, Carla B.C.; Cervi, Mariza C. ......................................92

43. O PREPARO DO GRADUANDO EM FARMÁCIA-BIOQUÍMICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PARA ATUAR EM SITUAÇÕES EMERGENCIAIS: UMA ANÁLISE CURRICULAR.

Castellar, Leonardo Dos Santos; Strasser, Marc.; Bacchi, Elfriede Marianne. ......94

44. CONTRIBUIÇÕES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE

Martins, Cristiane Vasconcelos Parente; Belarmino, Lívia Romão; Arruda, Régila Aguiar De; Almeida, Marilia Viana Albuquerque De; Silva, Sue Ellen Galdino ..................................................................................................... 97

45. AVALIAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE FARMÁCIA NO COMPONENTE CURRICULAR DE FARMACOLOGIA COM A UTILIZAÇÃO DA METODOLOGIA DE APRENDIZAGEM BASEADA EM TAREFAS

Morais, Danyelle Cristine Marini De.......................................................... 99

46. ENSINO BASEADO NA COMUNIDADE: INTEGRANDO SABERES NO ACOMPANHAMENTO DE IDOSOS

Monte, Francisca Sueli; Micalli, Idivaldo Antonio; Araujo, Dina Maria; Ferrari, Marcio; Lemos, Telma Maria Araujo Moura; Rezende, Adriana Augusto ..101

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47. EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO NA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO ESTADO DO PARANÁ

Grochocki, Mônica Cavichiolo; Correr, Cassyano; Pontarolli, Deise; Lamb, Lore; Otuki, Michel; Pontarolo, Roberto ....................................................102

48. EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS INOVADORAS: DESENVOLVIMENTO DE UM MODELO DE PRÁTICA CLÍNICA NA PERSPECTIVA INTERDICIPLINAR DURANTE A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE MEDICINA E FARMÁCIA

Willrich, Ilton Oscar; Bresolin, José Roberto; Bernardo, Noemia Liege; Moritz, Rogério Paulo; Drichel, Rosaura Rodrigues; Silva, Viviane Faria......................................................................................................... 104

49. A ATUAÇÃO DO RESIDENTE FARMACÊUTICO EM UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE

Rodrigues Dos Santos, Marília; Oliveira Santos, Daniel; Petroli Frutuoso, Maria Fernanda; Fegadolli, Claudia; Matos Souza, Juliana; Taipina Pedro Feitosa, Fabrício ........................................................................................106

50. RESIDÊNCIA EM ANÁLISES CLÍNICAS NO HU-UFJF: UM CONCEITO DIFERENCIADO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU

Pinto, Alexandre Freire; Braga, Maria Helena; Matos, Renê Gonçalves; Oliveira, Murilo Gomes; Neves-Dos-Santos, Sandra ................................108

51. O PROCESSO DE INSERÇÃO DE UMA EQUIPE DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA NA BAIXADA SANTISTA

Heise, Maíra; Rodrigues Dos Santos, Marília; Silva Marinho, Cléria; Ramos, Ana Maria; Carrasco, Ana Virginia. ........................................................ 110

52. FARMACIA ESCOLA DA UFSC NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE: UNIDADE DE REFERÊNCIA DO COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA FARMACEUTICA EM FLORIANÓPOLIS

Foopa, Aa; Matsuda, Ky; Cardoso, Makg; Rover, Mrm; Wagner. Ms; Pereira, Al; Souza, Ln;. Farias, Mr; Leite, Sn; Campos, C..................................... 111

53. QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM DOENÇA DE CHAGAS ATENDIDOS NO SERVIÇO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA EM FORTALEZA–CE.

Souza-Júnior, Alcidésio Sales, Thé, Patrícia Maria Pontes, Fonteles, Marta Maria De França, Arrais, Paulo Sérgio Dourado, Oliveira, Maria De Fátima ................................................................................................................ 114

54. O PLANO OPERATIVO COMO INSTRUMENTO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL NO CURSO DE GESTÃO DA ASSISTÊNCIA

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FARMACÊUTICA-ESPECIALIZAÇÃO A DISTÂNCIA: A EXPERIÊNCIA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Soares, Luciano; Dielh, Eliana; Farias, Mareni; Leite, Silvana N.; Campese, Marcelo; Manzini, Fernanda; Borba Jr., Gelso; Pupo, Guilherme; Bagatini, Fabiola. ......................................................................................................116

55. CAPACITAÇÃO DE FARMACÊUTICOS QUE ATUAM NA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO ESTADO DO PARANÁ

Grochocki, Mônica Cavichiolo; Neto, José Dos Passos ............................117

56. INSERÇÃO DE ALUNO DE FARMÁCIA EM EQUIPE DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL

Cesila, Cibele Aparecida; Baldoni, André; Santos, Vânia Dos .................119

57. PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DA DISCIPLINA DE ESTÁGIO EM FARMÁCIA I SOBRE O CURSO DE INTRODUÇÃO À PRÁTICA FARMACÊUTICA CLÍNICA

Rodrigues Neto, Edilson Martins; Firmino, Paulo Yuri Milen; Oliveira, Bruna Esmeraldo; Firmino, Paulo Andrey Milen; Reis, Henry Pablo Lopes Campos; Silva, Luzia Izabel Mesquita Moreira Da; Fonteles, Marta Maria De França; Ponciano, Ângela Maria De Sousa; Romero, Nirla Rodrigues ...................................................................................................................121

58. ASSITÊNCIA FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO BÁSICA: EXPERIÊNCIA NA INSERÇÃO DO ACADÊMICO DE FARMÁCIA

Rodrigues Neto, Edilson Martins; Nocrato, Miriam Nunes; Soares, Milena Marques; Fonteles, Marta Maria De França; Romero, Nirla Rodrigues; Arrais, Paulo Sergio Dourado................................................................................122

59. MARKETING PROFISSIONAL E PROMOÇÃO DA SAÚDE: RESULTADOS DE UM PROJETO FARMACÊUTICO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

Rodrigues Neto, Edilson Martins; Magalhães, Thiago Cesar Pinto; Oliveira, Yara Santiago; Nobre, Nayara Jany Cavalcante; Magalhães, Lavinia Salete De Melo Maia; Ferreira, Maria Augusta Drago. .........................................123

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INTEGRAÇÃO ENSINO/ SERVIÇO: VIVÊNCIAS NA PRECEPTORIA DE ESTUDANTES DE FARMÁCIA

Educação em Farmácia; Assistência Farmacêutica; Atenção Farmacêutica.

ALMEIDA, FRANCISCA MARIA DE; CRUZ, AMÉRICA DE LOURDES NOGUEIRA DA

DINIZ, GERLANIA MARTINS; MIRANDA, MICHELLE SILVA; PEREIRA, IONE CRISTINA PAIVA; SOARES DE BRITTO, MARIA HELENA SEABRA

A Constituição Brasileira de 1988 refere que cabe ao Sistema Único de Saúde (SUS) ordenar a formação de recursos humanos nessa área, mas esta tarefa é ainda um grande desafio, dadas as características das instituições de ensino e o seu significativo distanciamento do sistema público de saúde. Ainda são restritos os espaços conjuntos entre as instituições formadoras e as unidades de saúde, dificultando o confronto entre as formas de “saber” e “fazer” conforme a realidade requer. Nessa interação, há o risco de se considerar a universidade como referência do saber legítimo, diminuindo o significado dos serviços de saúde como espaços de aprendizagem e produtores de conhecimento. Por outro lado, a prática nos serviços não deve ser entendida como um espaço apenas de verificação de idéias, mas também de construção de novas teorias. A atividade de integração ensino e serviço, ora desenvolvida sob forma de Estágio Supervisionado na Extensão, insere estudantes do Curso de Graduação em Farmácia, nos serviços de distribuição/dispensação de medicamentos da rede pública do SUS, nos três níveis de Atenção à Saúde. Com a duração de 20 semanas, esta atividade foi igualmente dividida em duas etapas. A primeira, para visita aos serviços da Atenção Básica; e a segunda, para os da Média e Alta Complexidades. Nas primeiras quatro semanas das duas etapas, os Farmacêuticos dos serviços, previamente identificados como Preceptores, depois de pactuarem com a coordenação do projeto, recebiam os estudantes, em grupos de no máximo dois, em duas visitas semanais, para acompanhamento de suas práticas diárias. Depois dessas visitas, os estudantes elaboravam narrativas sobre o que observavam das práticas profissionais e as encaminhavam através de e-mail, para um grupo na internet, do qual todos os participantes do projeto tinham livre acesso. Semanalmente aconteciam encontros na escola, para os quais todos os participantes também eram convidados. Nesses encontros semanais, cada grupo de estudantes, escolhia uma narrativa para ler para o restante. A partir dessas narrativas eram identificados os problemas, os quais norteariam a aprendizagem daquela semana. Na quinta semana, das duas etapas, os preceptores pactuavam a mudança de sua prática, caso essa necessidade fosse identificada pelo grupo. Nas quatro semanas subseqüentes, a nova prática da preceptoria era acompanhada. Quando não foi identificada a necessidade de mudança, a mesma prática era seguida. Na última semana, das duas etapas, foram feitas avaliações do processo, tanto através de perguntas e respostas, como do índice de satisfação dos participantes. A participação dos estudantes foi obrigatória, mas os Preceptores tiveram livre escolha. Percebemos que o trabalho articulado entre os profissionais do SUS e a instituição formadora, constituiu-se numa proposta de

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transformação dos serviços, bem como dos processos formativos, visto que os estudantes tiveram oportunidade de aprender através da identificação de problemas e da busca de soluções para eles. A valorização do conhecimento que é cotidianamente produzido nas unidades de saúde, articulando-o com o que é criado na universidade, foi um passo fundamental para a melhoria da formação de profissionais do SUS. BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Planejar é preciso: uma proposta de método para aplicação à assistência farmacêutica. 74 p.: il. Brasília, DF, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Nota Técnica conjunta: qualificação da assistência farmacêutica. Brasília-DF, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. O SUS de A a Z : garantindo saúde nos municípios. Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde. – 3. ed. – Brasília, DF. 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Diretrizes para estruturação de farmácias no âmbito do SUS. Brasília, DF. 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais: RENAME. Brasília, DF. 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário terapêutico nacional 2010: Rename 2010/Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – 2. ed. – Brasília, DF. 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas. Vol. I. 2ª ed. Brasília, DF. 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Departamento de Economia da Saúde e Desenvolvimento. Padrão descritivo de medicamentos: Unidade Catalogadora do Catálogo de materiais do Ministério da Saúde. Brasília, DF. 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. DAPES. Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas. Saúde Mental no SUS: as novas fronteiras da Reforma Psiquiátrica. Relatório de Gestão 2007-2010. Ministério da Saúde: Brasília. 2011.

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CASTRO, M. S. Atenção Farmacêutica: efetividade do seguimento farmacoterapêutico de pacientes hipertensos não-controlados. UFRGS. Porto Alegre, RS. 2004. FEUERWERKER, L. C. M.; SENA, R. Contribuição ao movimento de mudança na formação profissional em saúde: uma avaliação das experiências UNI. Interface - Comunic, Saúde, Educ, v6, n10, p.37-50, 2002. IVAMA, A. M. et al. Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica: proposta. Organização Panamericana de Saúde. Brasília, DF. 2002. MARCOLINO, T.Q.; MIZUKAMI, M.G.N. Narratives, reflective processes and professional practice: contributions towards research and training. Interface - Comunic., Saúde, Educ., v.12, n.26, p.541-7. 2008. MARIN, N.; LUIZA, V. L.; CASTRO, C. G. S. O. ; SANTOS, S. M.(ORG.). Assistência Farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro. OPAS. 2003. World Health Organization (WHO). World Medicines Situation. Genebra: WHO, 2004.

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RODA FARMACÊUTICA: UM ESPAÇO PARA CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES COM A INTEGRAÇÃO DO CONHECIMENTO TEÓRICO E

PRÁTICO PARA UM MELHOR ATENDIMENTO FARMACÊUTICO

Roda farmacêutica; tratamento medicamentoso; orientação ao paciente.

AYRES, LORENA ROCHA; CHRYSOSTOMO, TAIS NADER; GARCIA-ANDRADE, REGINA CÉLIA

No Brasil, bem como em vários outros países, a atuação do farmacêutico vem, ao longo dos anos, sofrendo várias transformações que culminaram com uma valorização do atendimento personalizado ao paciente de acordo com a sua necessidade farmacoterapêutica. Diante disso, muito tem sido discutido e investido em uma educação farmacêutica mais voltada para a assistência, porém, apesar dos esforços realizados, os profissionais ainda saem despreparados para o mercado de trabalho. Percebe-se, então, a necessidade de se criar novos espaços, que permitam a construção de habilidades, com intuito de trazer para a prática os conhecimentos técnicos adquiridos em relação ao tratamento e ao cuidado, que durante a graduação são construídos de forma fragmentada, não permitindo a visualização do processo como um todo. Tendo em vista este cenário, o presente trabalho tem como objetivo propor a implantação de um espaço para discussão aberto a todos os estudantes do curso de graduação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto FCFRP-USP, intitulado “Roda Farmacêutica”, em que serão discutidos temas relacionados ao tratamento medicamentoso e a orientação do paciente para melhor preparar esses acadêmicos para atuarem como profissionais que possam atender às necessidades de saúde da população, através do cuidado e de atendimento individualizado. Serão realizadas 20 reuniões de 1 hora cada, no decorrer de um ano, onde serão discutidos temas relacionados a 20 medicamentos diferentes agrupados por classes, os quais estão inseridos na lista de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS). A discussão será centrada na fisiopatologia de algumas doenças (mais prevalentes) e nos medicamentos usados para tratá-las, bem como a adequada utilização destes e as orientações importantes que devem ser feitas ao paciente. A cada reunião terá um profissional convidado que atua no serviço farmacêutico da rede pública de saúde de Ribeirão Preto, SP que trará suas experiências para a roda, enriquecendo assim as discussões. Para as atividades da Roda Farmacêutica, está sendo elaborado um material com o conteúdo de cada reunião, com a finalidade de ser utilizado como guia e nortear as discussões. Espera-se que com esse trabalho os estudantes possam se aproximar mais da realidade e saiam da universidade, para seus estágios ou empregos, mais bem preparados e capazes de resolverem os problemas relacionados à terapia medicamentosa com mais segurança e eficiência.

Apoio financeiro: CNPq.

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PROJETO DE EDUCAÇAO POPULAR EM SAUDE E MEDICAMENTOS EM BAIRROS DA CIDADE SÃO LUÍS, MARANHÃO

Educação em saúde; Política de saúde; Uso de medicamentos.

RIBEIRO, ALANE ANDRELINO; SOUZA, JOYCE HELEN LAVRA; SILVA, RÔMULO VIEIRA; MARANHÃO, MARINA CRISTINE SILVA; BARBOSA, DÉLLIO WILLIANS

SILVA; REIS, LEILA BELTRÃO

Educação popular em saúde envolve processos que contribuem para a mudança de atitudes e conduta das comunidades, facilitando o acesso ao saber e ao conhecimento em saúde, levando sempre em conta as necessidades, demandas e reivindicações desta população. Considerando que o farmacêutico é um profissional da saúde e pela saúde, através principalmente do conhecimento sobre medicamentos, é seu dever orientar e educar a população quanto ao uso racional dos medicamentos e sua relação no processo saúde-doença. Desta forma, o objetivo do presente projeto foi mobilizar, capacitar e multiplicar informações sobre as políticas de acesso e o uso do medicamento para reforçar o potencial popular; bem como contribuir para a consolidação dos princípios e diretrizes do SUS através da vivência prática e aplicação de conhecimento científico dos estudantes de Graduação em Farmácia. O projeto ocorreu na área contemplada pelo PSF do Centro de Saúde Djalma Marques, que inclui os Bairros Parque Vitória, Ipem Turu e dois Assentamentos, no Município de São Luis/MA. O projeto foi desenvolvido em quatro etapas, a saber: 1. Identificação das condições de vida e trabalho, Identificação de grupos de risco e condições de acesso ao medicamento; 2. Capacitação dos estudantes de farmácia sobre educação popular em diferentes eixos temáticos (Doenças Tropicais, Saúde da Mulher, Diabetes/Hipertensão, Antibióticos e Antiinflamatórios, Plantas Medicinais e Preparações de Fitoterápicos Populares); 3. Capacitação dos agentes de saúde, pelos estudantes; 4. Participação interativa estudantes-agentes-comunidade, em forma de campanha. Durante o projeto foram capacitados 150 estudantes de farmácia, 18 agentes de saúde e líderes comunitários, além da comunidade assistida pela campanha, onde foram promovidos conceitos e princípios em comunicação, educação e informação em saúde através da interação participativa entre educando, educador e contexto. Este tipo de ação tem proporcionado, aos participantes, mas principalmente aos discentes, a organização e entendimento do processo saúde-doença e da importância da educação continuada; bem como a oportunidade real e irrevogável da percepção do valor pessoal na atuação em Saúde. Diante da experiência satisfatória na capacitação dos agentes de saúde, houve o interesse de outros Programas de Saúde da Família em capacitar também seus agentes pelo projeto, entendendo a importância destas informações na atenção a saúde.

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BIBLIOGRAFIA

Caderno de educação popular e saude / Ministerio da Saúde. BRASIL.Conferência Nacional de Saúde, VII. Anais. Brasília: MS, 1980.

FERREIRA, N. R. F.; MOTTA,V. F. M. As políticas de saúde,os movimentos sociais e a construção do sistema único de saúde. Disponível em:<http://www.ufmt.br/revista/arquivo/rev10/as_politicas_de_s.html>acesso em 21/04/11.

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AVALIAÇÃO DAS MATRIZES CURRICULARES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS

BRASILEIRAS

Educação em Farmácia; Escolas de Farmácia; Política de Educação Superior.

OLIVEIRA-SÁ, D. A. B.; SILVA, W. B. A necessidade de formação de qualificada para o Sistema Único de Saúde (SUS) levou os cursos de graduação em saúde a uma revisão do direcionamento de sua formação curricular. Nos cursos de graduação em Farmácia a mudança ocorreu depois de 2002, quando as Diretrizes Curriculares Nacionais para as Graduações (DCNs) foram publicadas pelo Conselho Nacional de Educação. No entanto o processo de mudança de um currículo mais tecnicista para uma formação generalista parece permeada por diversos problemas, que vão desde a falta de qualificação pedagógica docente até a dificuldade de adequar as novas diretrizes à diversidades de áreas da formação Farmacêutica. Avaliar as matrizes curriculares dos cursos de Graduação em Farmácia das Universidades Federais brasileiras, descrevendo: a quantidade de cursos em Universidades Federais por região: a carga horária média: total, de aulas práticas, de estágio e de matérias complementares; a divisão da carga horária por área do conhecimento. Estudo descritivo observacional que utiliza como abordagem a pesquisa documental (Minayo, 2000). O universo da pesquisa foi constituído pelos Cursos de Graduação em Farmácia das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) brasileiras. Deste universo foi estabelecido o objeto da pesquisa: as matrizes curriculares dos projetos pedagógicos dos cursos de Farmácia das IFES brasileiras; para constituição da amostragem documental. Os dados extraídos das matrizes curriculares foram categorizados em relação à carga-horária; carga-horária/ciclo de formação (básico e profissionalizante) e por área de conhecimento; carga-horária de estágio obrigatório; carga-horária total; carga-horária de aulas práticas; carga-horária de práticas; carga-horária complementar; número de períodos. Foram avaliadas as matrizes curriculares de 33 IFES, sendo 3 da região Norte, 4 da Centro-Oeste, 5 da região Sul, 10 região Sudeste e 11 região Nordeste. A carga horária total média dos cursos é de 4.863 horas, as aulas práticas tem a média de 1.488,2 horas, a de estágio foi de 888,7 horas e a dos créditos complementares de 306,0 horas. As seguintes áreas do conhecimento foram categorizadas: Alimentos, Análises Clínicas e Toxicológicas, Tecnologia de Medicamentos, Farmácia Social e Clínica, Ciências Biológicas e Ciências Exatas, estas representam respectivamente 3%, 9,7%, 16%, 10%, 17,3% e 13,4% da carga-horária avaliada. BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Parecer CNE/CES 1.300/2001. Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Farmácia e Odontologia. Diário Oficial da União, Brasília, s. 1, p. 25, 7 de dez., 2001.

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MINAYO, M. C. de S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 7. ed.São Paulo: Hucitec, 2000. 269p. SILVERMAN, D. Interpretação de dados qualitativos: métodos, entrevistas, textos e interpretações. Porto Alegre; ArtMed, 2009. 376p. SILVA, W. B. A emergência da Atenção Farmacêutica: um olhar epistemológico e contribuições para o seu ensino. Florianópolis, SC, 2009. Programa de Pós-graduação em Educação Científica e Tecnológica (PPGECT), Universidade Federal de Santa Catarina. Tese (Doutorado em Educação Científica e Tecnológica).

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VIVÊNCIAS NA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS NO ÂMBITO DO COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Educação em Farmácia; Assistência Farmacêutica; Atenção à Saúde.

FEITOSA, GEORGIA FERNANDA DOS SANTOS; MORAES, DIOGO NASCIMENTO;

OLIVEIRA CASTRO, ABIGAIL TRINDADE; RABELO, MARIANA GRACINDA ALMEIDA DOS SANTOS; SILVA, TIARA VITALINO DA; SOARES DE BRITTO, MARIA HELENA

SEABRA

Para facilitar o acesso aos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS), a Política de Medicamentos no Brasil está regulamentada e hierarquicamente distribuída entre os três níveis de Atenção à Saúde. Na Atenção Secundária e Terciária, sob responsabilidade dos Estados e da União, temos o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), para o tratamento de patologias raras, com alta morbidade, como doenças genéticas, por exemplo, quando o custo do tratamento é elevado, quer pelo valor unitário do medicamento, quer pela duração do seu uso. Estes últimos, quase sempre, são produzidos fora do país e requerem ainda, gastos de importação. Portanto, para garantir que o acesso ao CEAF seja universal, torna-se imprescindível que seu uso seja norteado por protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, que estabeleçam critérios diagnósticos e acompanhamento dos resultados pelo profissional Farmacêutico, único profissional habilitado para realizar sua dispensação. Serviços Farmacêuticos de dispensação de medicamentos da Média e Alta Complexidade, que incluíram a Farmácia Estadual de Medicamentos Especializados, a Central de Abastecimento Farmacêutico do Estado e a Farmácia Universitária. A inserção de estudantes do Curso de Farmácia de diferentes períodos, agrupados em duplas, nos serviços de dispensação do CEAF deu-se durante 10 semanas, por meio de duas visitas em cada uma. Em cada semana todos os participantes do projeto eram convidados para uma reunião do grande grupo, sendo obrigatória a presença dos estudantes. O Farmacêutico desses serviços, denominado Preceptor, foi previamente identificado pela participação em projetos que envolviam a academia e o serviço. Essa atividade complementar, sob a forma de estágio, consistia no acompanhamento da prática do Preceptor pelo estudante e posterior relato do que fora observado na rotina, em forma de narrativas individuais, publicadas no grupo virtual, com acesso irrestrito a todos. Na reunião semanal, cada dupla de estudantes escolhia uma de suas narrativa para ser socializada com todos. Desse modo parecia que todos os estudantes haviam passado por todos os serviços. Dessas narrativas foram identificados os problemas que a seguir transformaram-se em questões de aprendizagem, cujas respostas foram buscadas ativamente no referencial bibliográfico disponibilizado no grupo virtual. Na metade do processo os preceptores foram consultados para saber se concordavam em inserir na sua prática algumas soluções para os problemas identificados; caso concordassem os estudantes seguiriam acompanhando sua prática modificada; caso negativo, os estudantes continuariam acompanhando sua prática como no começo. No final a avaliação do processo foi

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realizada por Grupo Focal. O aprendizado foi significativo, pois as narrativas propiciavam a problematização de uma situação e a consequente busca ativa de uma resposta à questão de aprendizagem que foi gerada, permitindo que o estudante vivenciasse uma situação real de dispensação do CEAF, evidenciando a necessidade do desenvolvimento das competências necessárias para o bom desempenho profissional. O “estágio” promoveu a integração dos estudantes com profissionais do serviço, favorecendo a troca de conhecimentos científicos e de experiências pessoais. Essa vivência, por não ser contemplada na atual grade curricular, possibilitou o aprendizado da Política Nacional de Medicamentos, possibilitando o preenchimento de lacunas antes existentes na formação acadêmica desse grupo. BIBLIOGRAFIA ALBUQUERQUE, VERÔNICA SANTOS; GOMES, ANDRÉIA PATRÍCIA; REZENDE, CARLOS HENRIQUE ALVES DE; SAMPAIO, MARCELO XAVIER; DIAS, ORLENE VELOSO e LUGARINHO, REGINA MARIA. A Integração Ensino-serviço no Contexto dos Processos de Mudança na Formação Superior dos Profissionais da Saúde. REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA, 32 (3): 356–362; 2008. BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência de Média e Alta Complexidade no SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília, DF. CONASS, 2007. 248 p. BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Para entender a gestão do SUS. Coleção Progestores. Brasília: CONASS, 2007. BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Nota Técnica conjunta: qualificação da assistência farmacêutica. Brasília-DF, 2008. BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. O Sistema único de Saúde e a qualificação do acesso. CONASS. Brasília: CONASS, 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. O SUS de A a Z : garantindo saúde nos municípios. Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde. – 3. ed. – Brasília, DF. 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Diretrizes para estruturação de farmácias no âmbito do SUS. Brasília, DF. 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2.981 de 26 de novembro de 2009. Regulamenta e aprova, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, contendo as alterações nos artigos 3, 15, 16 e 63 e os Anexos I, II, III, IV e V, dispostas na Portaria GM/MS 3.439, de 11 de novembro de 2010.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas. Vol. I. 2ª ed. Brasília, DF. 2010. KORNIS, G. E. M., BRAGA, M. H., ZAIRE, C. E. F. Os marcos legais das Políticas de Medicamentos no Brasil Contemporâneo (1990-2006). Rev. APS, v. 11, n. 1, p. 85-99, jan./mar. 2008. MARCOLINO, T. Q e MIZUKAMI, M. G. N. Narrativas, processos reflexivos e prática profissional: apontamentos para pesquisa e formação. Interface - Comunicação Saúde Educação, v12, n26, p.541-7, 2008. VIEIRA, FABIOLA SULPINO. Possibilidades de contribuição do farmacêutico para a promoção da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 12(1):213-220, 2007.

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EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA – RELAÇÃO NECESSÁRIA

Assistência Farmacêutica, Educação, Farmácia.

COSTA, LUIZ HENRIQUE; BRAGA, MARIA HELENA

A realização do I Fórum Nacional de Educação Farmacêutica: “O Farmacêutico que o Brasil Necessita” nos dia 13 e 14 de dezembro de 2007 representa a construção de um espaço democrático e autônomo de debate da política de formação dos profissionais farmacêuticos no país. Representou também a retomada de forma organizada do tema educação farmacêutica em um novo contexto presente no país e em particular o da construção da política pública de saúde e de assistência farmacêutica. Construções importantes foram realizadas a partir do processo recente de redemocratização do país com a realização de inúmeras conferências temáticas que elaboraram propostas inovadoras para o Sistema Único de Saúde. A realização da I Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica em 2003 foi um marco no sentido da construção da Política Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (AF), quando buscou o apoio da sociedade para a garantia do acesso e uso racional de medicamentos em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde. Estes são espaços do processo do controle social sobre a politica de saúde, que se seguiu da aprovação pelo Conselho Nacional de Saúde da Política Nacional de Assistência Farmacêutica como parte integrante da Política Nacional de Saúde (Resolução nº 338 de 6 de maio de 2004). Com o fortalecimento desta agenda a discussão da formação de profissionais de saúde ressurge com força, e a Associação Brasileira de Ensino Farmacêutico (ABENFAR) alinhou-se a este debate, inclusive surge deste, e tem defendido a reorientação da educação farmacêutica voltada à garantia e efetivação dos princípios da universalidade, integralidade, equidade e descentralização nos serviços de saúde. Neste sentido, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) de 2002, dos Cursos de Farmácia indicaram a necessidade de mudança na formação profissional, buscando aproximar-se dos avanços do SUS e da politica de AF. Formar, portanto, profissionais aptos à gestão dos serviços e execução das atividades de assistência à saúde, formação esta, desde o seu início integrada aos serviços de saúde. Por sua vez esta formação demanda a plena realização da política nacional de assistência farmacêutica no SUS, com a organização dos serviços farmacêuticos integrados em Redes Assistências a Saúde (RAS). As novas DCNs impõe a necessidade da avaliação crítica e permanente da educação farmacêutica, uma vez que os serviços públicos de saúde demandam cada vez mais por profissionais farmacêuticos. O SUS constituiu-se em um grande campo de trabalho deste profissional, que precisa se recriar e aproximar-se da população. Para avançar, portanto, é necessário ter presente a estreita relação entre a formação dos profissionais de saúde e os serviços de saúde que vem sendo oferecida a população, e a continuidade deste movimento de transformação e fortalecimento do SUS, dos Serviços Farmacêuticos e da Educação Farmacêutica no Brasil.

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BIBLIOGRAFIA: ABENFAR – Associação Brasileira de Ensino Farmacêutico; Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde. I Fórum de Educação Farmacêutica: O Farmacêutico de que o Brasil necessita Relatório, Brasília, 2007. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução CNE/CES 2, de 19 de fevereiro de 2002 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia. Disponível em: portal. mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/Farm.pdf. Acesso em: agosto, 2009. LEITE, SN; NASCIMENTO JR, JM; COSTA, LH; BARBANO, DB. I Fórum Brasileiro de Educação Farmacêutica: O farmacêutico que o Brasil precisa. Interface. V. 12, n. 25, p. 461-462, 2008.l MATTOS, R.A. Integralidade, Trabalho, Saúde e Formação Profissional: Algumas reflexões críticas feitas com base na defesa de alguns valores. In: Estado, Sociedade e Formação Profissional em Saúde – Contradições e desafios em 20 anos de SUS. MATTA, G.A; LIMA, J.C.F. Editora Fiocruz. 2008.

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ESTUDO DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS NO CURSO DE FARMÁCIA DA UFMG

Meio ambiente, Currículo, Impacto Ambiental

MAGALHÃES, SÉRGIA MARIA STARLING A discussão das questões ambientais integra as diretrizes curriculares dos cursos de farmácia. Reconhecendo a importância do tema, o Departamento de Farmácia social incluiu no currículo de graduação em farmácia da UFMG a disciplina obrigatória Epidemiologia e meio ambiente. Os problemas ambientais decorrentes das atividades produtivas permeiam todas as profissões e contribuem para a formação de profissionais comprometidos com a sustentabilidade e a redução dos impactos ambientais nas suas áreas específicas de atuação. Particularmente na Farmácia, há uma grande diversidade de atividades potencialmente geradoras de impactos ambientais de natureza química e biológica, e o conhecimento do impacto das intervenções e conseqüências sobre a saúde humana é uma discussão fundamental. Pela reduzida carga horária dedicada ao assunto a discussão tem se limitado a apresentação das conseqüências sobre a saúde humana das transformações ocorridas ao longo do tempo sobre os compartimentos ambientais: solo, água e ar. Enfatiza-se a correlação entre a degradação ambiental e a ocorrência de contaminações humanas e epidemias. O ensino ainda tem se restringido às aulas teóricas, porém trabalhos de campo em setores específicos, voltados para a observação dos impactos ambientais do setor farmacêutico seriam fundamentais para aprimorar a formação no que concerne particularmente ao tratamento de resíduos sólidos e dos efluentes líquidos e gasosos. Possivelmente, por se tratar de uma discussão recente e pelo distanciamento histórico do currículo de farmácia de tais questões, observam-se dificuldades entre alunos e professores no reconhecimento dessa discussão no âmbito da farmácia e no espaço curricular que deve ser a ela dirigido. Esse conteúdo reforça a criação de massa crítica para a avaliação de impactos e adoção de medidas mitigadoras. Considerando-se a importância dessa temática enfatiza-se a necessidade de ampliar a discussão dentro dos currículos de graduação em farmácia, reforçando-se a responsabilidade social no cuidado ao meio ambiente.

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O PERFIL DA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NA ÁREA DE SAÚDE NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI). UM ESTUDO SOBRE ENSINO NA

SAÚDE: O CASO DO CURSO DE FARMÁCIA

Educação Farmacêutica; currículo; reforma curricular.

SOARES, LEONARDO FERREIRA; BRITO, CLEITON ALVES; NASCIMENTO, DOUGLAS DA CRUZ; SANTOS, RODOLFO RITCHELLE LIMA.

Na abordagem clássica da formação em saúde, o ensino é tecnicista e preocupado com a sofisticação dos procedimentos e do conhecimento dos equipamentos auxiliares do diagnóstico, tratamento e cuidado, planejado segundo o referencial técnico/científico acumulado pelos docentes em suas respectivas áreas de especialidade ou dedicação profissional. Tal perspectiva adota sistemas de avaliação cognitiva por acumulação de informação técnico-científica padronizada, a qual favorece a especialização precoce, e perpetua os modelos tradicionais de prática em saúde (CECCIM & FEUERWERKER, 2004b). Movimentos e organizações sociais em conjunto com as instituições do setor saúde no Brasil vêm cada vez mais reivindicando a necessidade de as escolas de saúde repensarem suas metas e objetivos, como também reformularem seus currículos. A formação para o setor passou a ser objeto para a gestão do ensino, tendo sido marcada pela reflexão crítica e formulação de recomendações políticas dos gestores e conselheiros de saúde. Esta importante mobilização foi fundamental para que a definição das novas diretrizes curriculares nacionais correspondesse às necessidades reconhecidas como relevantes ao SUS e à população (CECCIM E FEUERWERKER, 2004b). Analise do perfil da formação dos profissionais Farmacêuticos da UFPI voltados para as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Após análise do Projeto Político Pedagógico do curso de Farmácia da UFPI, fez-se um levantamento das disciplinas que apresentavam na sua ementa intersecção com temas que remetessem a questões ligadas a Saúde Pública. Após análise qualitativa do projeto político pedagógico do curso observou-se que em apenas 8 das 52 disciplinas obrigatórias elencadas na grade curricular abordavam temas relevantes ao SUS. Das 23 disciplinas optativas, apenas 3 faziam alusão a temas relevantes em saúde pública. Tais resultados demonstram os entraves curriculares à formação dos espírito critico e reflexivo necessários para a sua atuação no SUS, o que implica em uma urgente reavaliação na perspectiva da construção de um currículo que desperte o aluno para uma formação menos biologicista e conteudista e mais humanizada na perspectiva do SUS. No entanto, numa perspectiva generalista, há iniciativas individuais de docentes tanto da área do medicamento quanto do diagnóstico que apontam para a construção do perfil do profissional voltado para as demandas do SUS, priorizando o aprendizado crítico e reflexivo, mesmo que não haja referencia a considerações sobre Saúde Pública nas ementas de suas disciplinas, com isto deve-se envidar esforços para uma premente reavaliação do projeto político pedagógico do curso.

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USO RACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS NA COMUNIDADE ASSISTIDA PELA CRECHE ESCOLA DO APRISCO

Plantas medicinais; educação em saúde; fitoterápicos.

THÉ, PATRÍCIA MARIA PONTES; MOREIRA-SILVA, LUZIA IZABEL MESQUITA;

ARRAIS, PAULO SÉRGIO DOURADO; DAY, SOPHIA CÂNDIDO; DANTAS, MARIANA NOGUEIRA; CAPRISTANO, ALLANA BEZERRA

O uso crescente de plantas medicinais e fitoterápicos e a idéia de que são isentos de efeitos tóxicos têm favorecido o uso irracional desses produtos, muitas vezes ainda associados a outros medicamentos (Andreatini, 2000). Este problema foi vivenciado pelos integrantes do projeto de extensão Assistência Farmacêutica à Creche Escola do Aprisco, vinculado ao Curso de Farmácia da Universidade Federal do Ceará. Entre os professores/funcionários da creche é comum o uso de plantas medicinais, algumas cultivadas na própria escola, para o tratamento de diversos sintomas/enfermidades. A Creche-Escola do Aprisco, vinculada à Prefeitura Municipal de Fortaleza, acolhe, a cada ano letivo, cerca de 90 crianças na faixa etária de dois a cinco anos. Em virtude da carência geral de recursos e da necessidade de uma atenção primária à saúde, esta comunidade foi escolhida para o desenvolvimento destas ações de extensão. Neste cenário, estudantes do curso de Farmácia desenvolvem a prática da Assistência Farmacêutica. De acordo com a Organização Mundial de Saúde a Assistência Farmacêutica têm por objetivo, alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente, através das atitudes, conhecimentos, valores éticos e funções na prestação da farmacoterapia (OPAS, 1993). Diante desta realidade os integrantes do projeto desenvolveram atividades com a finalidade de esclarecer as principais dúvidas apresentadas pela comunidade e alertar para os perigos relacionados ao uso indiscriminado das plantas medicinais. Foram distribuídos folders e proferidas palestras sobre o uso racional de plantas medicinais enfatizando cuidados relacionados à procedência das plantas, ao modo de preparo das diferentes formulações caseiras, cuidados com o armazenamento e higiene e reações adversas. Atendendo a solicitação dos professores/funcionários foi dada ênfase às propriedades medicinais do maracujá (Passiflora edulis), goiabeira (Psidium guajava), capim-santo (Cymbopogon citratus), eucalipto (Eucalyptus globulus) e hortelã (Mentha piperita). A avaliação do grau de conhecimento dos professores/ funcionários da creche Aprisco revelou o interesse pelo uso das plantas medicinais, ao mesmo tempo em que se verificou o desconhecimento sobre a possibilidade de efeitos adversos e dúvidas relacionadas à forma de preparo de chás, infusões, macerações entre outras. Observou-se uma fitoterapia informal, não racional e também associada ao uso de medicamentos, o que pode levar à ocorrência de interações medicamentosas. O uso de plantas medicinais pela comunidade se deve a inúmeros fatores, incluindo fácil acessibilidade, baixo custo e a idéia que esses produtos são mais seguros que as drogas convencionais. A forma como as plantas medicinais vem sendo utilizadas

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apresenta um risco potencial significativo à saúde dos usuários. Há necessidade de um acompanhamento e esclarecimento mais pontual sobre o assunto para melhor aproveitamento dos benefícios proporcionados pela fitoterapia. Neste contexto as ações de extensão desenvolvidas nos cursos de farmácia são importantes para dar suporte à comunidade e promover o uso racional das plantas medicinais. BIBLIOGRAFIA Andreatini, R. Uso de fitoterápicos em psiquiatria. Rev Bras Psiquiatr. v. 22, n.3, p.104-5, 2000. ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE SALUD (OPS). El papel del farmaceutico en el sistema de atención de salud. Informe de la Reunión de la OMS, Tokio, Japón, 1993. Disponível em: <http://www.ops.org.bo/textocompleto/ime9848.pdf>. Acesso em: 19 jun 2011.

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PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E APOIO À AMAMENTAÇÃO: NÍVEL DE

CONHECIMENTO DOS FARMACÊUTICOS

Aleitamento materno, farmacêuticos, serviços comunitários de farmácia, farmácias.

MEDEIROS, JOANA DE OLIVEIRA; MOREIRA-SILVA, LUZIA IZABEL MESQUITA; THÉ, PATRÍCIA MARIA; VIERIA, MARIA MARLY LOPES; GIACOMINI, SÂMIA

GRACIELE MAIA OLIVEIRA; ARRAIS, PAULO SERGIO DOURADO O farmacêutico, como profissional da saúde tem papel importante nas ações de promoção, proteção e apoio à amamentação, mas para isto é necessário que ele possua habilidades e competência para prestar uma orientação correta. O presente estudo buscou avaliar os conhecimentos dos farmacêuticos que atuam nas farmácias comerciais de Fortaleza-CE sobre aleitamento materno. Foi utilizado um questionário que abordou o perfil social dos profissionais, conhecimentos gerais sobre aleitamento materno e sobre a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de 1ª Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) (BRASIL, 2006). Participaram do estudo 67 farmacêuticos que atuam em farmácias comunitárias no município de Fortaleza, selecionados por amostragem probabilística estratificada. Os dados foram analisados nos programas Epi Info v. 3.5.1 e SigmaPlot v. 10.0 sendo realizada comparação entre as variáveis, com o valor de significância considerado para as análises comparativas de p<0,05. Um percentual de 72% (n=48) dos entrevistados era do sexo feminino; 35,8% (n=24) estão formados há mais de 10 anos; 49,3% (n=33) trabalham em farmácia comercial há menos de 5 anos e 52,2% (n=35) exercem atividade profissional em outro estabelecimento. Os entrevistados reconhecem a importância da amamentação para a saúde do bebê e da mãe. O conhecimento dos farmacêuticos sobre o aleitamento materno foi avaliado como regular para 71,7 % (n=48) dos entrevistados, sendo insuficiente para 17,9% (n=12) e bom para apenas 10,4% (n= 07) dos entrevistados. Os assuntos que apresentaram menor percentual de acertos foram existência de alimentos lactogogos (38,8%, n=26), dieta da mãe e sabor do leite (16,7%), conservação do leite materno sob refrigeração (43,8%, n=28) e congelamento (39,7%, n=25), manejo do ingurgitamento mamário (40,3%, n=27), amamentação cruzada (37,9%, n=25), freqüência das mamadas (46,3%, n=31), problemas ocasionados pela introdução precoce de leite de vaca na dieta do bebê (32,8%, n=21) e possibilidade de oferta de apenas um seio a cada mamada (15,2%, n=10). Os farmacêuticos entrevistados não tiveram desempenho uniforme em relação ao percentual de acertos, uma vez que foi detectada diferença estatisticamente significativa nas associações entre os conhecimentos em aleitamento materno e o tempo de graduado. Os farmacêuticos formados há mais de 10 anos apresentaram pior desempenho na avaliação quando comparados aqueles com menor tempo de graduação. O maior percentual de acerto entre os profissionais graduados mais recentemente provavelmente está relacionado com o estabelecimento das novas diretrizes curriculares que levaram a reformulação nos projetos políticos pedagógicos

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dos cursos de Farmácia. Ficou evidenciada a necessidade de implementação de ações para a capacitação/atualização dos farmacêuticos sobre aleitamento materno. Sugere-se que estas ações integrem iniciativas das entidades de classe e associações da categoria, com a efetiva participação das instituições de ensino superior em Farmácia. BIBLIOGRAFIA BRASIL. Lei 11265 de 04 de janeiro de 2006. Regulamenta a comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância e também a produtos de puericultura correlatos. Brasília: Diário Oficial Rep. Fed. Brasil; 04 jan. 2006. Seção 1, p.1-3.

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ALIMENTOS FUNCIONAIS E NUTRACÊUTICOS NO CURRICULO DE

FARMÁCIA

Alimentos funcionais; nutracêuticos; legislação

THÉ, PATRÍCIA MARIA PONTES; MOREIRA-SILVA, LUZIA IZABEL MESQUITA;

ARRAIS, PAULO SÉRGIO DOURADO;

Há muito tempo se reconhece a estreita relação entre a nutrição adequada e saúde. Atualmente existe um acentuado empenho mundial em melhorar a alimentação e reduzir os gastos com saúde por meio da prevenção de doenças crônicas, da melhoria da qualidade e da expectativa de vida ativa. Um maior interesse das pessoas por assuntos relacionados a alimentos saudáveis tem levado a utilização frequente de termos como alimentos funcionais e nutracêuticos. Os alimentos funcionais se caracterizam por oferecer vários benefícios à saúde, além do valor nutritivo, podendo desempenhar um papel potencialmente benéfico na redução do risco de doenças crônico-degenerativas (TAIPINA, et al., 2002). O setor de alimentos funcionais registra grande crescimento, tanto aqui no Brasil como no cenário mundial. A legislação brasileira não define alimento funcional, mas define alegação de propriedade funcional e alegação de propriedade de saúde e estabelece as diretrizes para sua utilização, bem como as condições de registro para os alimentos com alegação de propriedade funcional e, ou, de saúde (BRASIL, 1999a). Já o termo nutracêutico não é reconhecido pela ANVISA. De acordo com HUNGENHOLTZ & SMID (2002) o termo nutracêutico abrange uma ampla variedade de alimentos e componentes alimentícios com apelos médico ou de saúde. Sua ação varia do suprimento de minerais e vitaminas essenciais até a proteção contra várias doenças infecciosas. Entretanto, apesar deste termo não ser oficial, o que se percebe é a sua ampla utilização, por profissionais da saúde, muitas vezes de forma equivocada. Na disciplina de Bromatologia, ofertada para os alunos do oitavo semestre do Curso de Farmácia da Universidade Federal do Ceará, aborda-se um tópico sobre alimentos funcionais. Antes de se expor o assunto, faz-se uma sondagem do nível de conhecimento dos alunos sobre o tema. Em seguida são prestados esclarecimentos sobre as terminologias, enfatizando-se os aspectos da legislação brasileira sobre os alimentos funcionais, Resoluções18 e 19 de 1999 da ANVISA, e chamando-se a atenção para o fato do termo nutracêutico não ser reconhecido oficialmente. Percebe-se que a grande maioria dos alunos nunca ouviu falar em alimentos funcionais, já o termo nutracêutico é mais utilizado. Os alunos não apresentam muito conhecimento sobre o assunto. Verifica-se a necessidade de esclarecer as diferenças entre as terminologias e, principalmente, chamar a atenção dos futuros profissionais para o fato de que não existe, aqui no Brasil, um reconhecimento oficial dos nutracêuticos, em relação à terminologia, eficácia, segurança e qualidade. É importante que este assunto seja abordado nos currículos dos cursos de farmácia com mais ênfase. Os profissionais farmacêuticos precisam

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estar devidamente capacitados e informados sobre este assunto, tanto do ponto de vista legal quanto científico. BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução n. 18, de 30 de abril de 1999. Aprova o Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes Básicas para Análise e Comprovação de Propriedades Funcionais e ou de Saúde Alegadas em Rotulagem de Alimentos. Brasília, 1999a. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução n. 19, de 30 de abril de 1999. Aprova o Regulamento Técnico de Procedimentos para Registro de Alimento com Alegação de Propriedades Funcionais e ou de Saúde em sua Rotulagem. Brasília, 1999b. HUNGENHOLTZ, J.; SMID, E. J. Nutraceutical production with food-grade microorganisms. Current Opinion in Biotechnology. v. 13, p. 497-507, 2002. TAIPINA, M. S.; FONTS, M. A. S.; COHEN, V. H. Alimentos funcionais – nutracêuticos. Higiene Alimentar. v. 16, n. 100, p 28-29, 2002.

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O CENTRO DE INFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTO E A FORMAÇÃO DE FARMACÊUTICOS PARA O USO CORRETO DE MEDICAMENTOS: RELATO

DE UMA EXPERIÊNCIA DO CENTRO DE ESTUDOS DO MEDICAMENTO

Educação em Farmácia, Uso de medicamentos, Serviços de informação sobre medicamentos

PERINI, EDSON; JUNQUEIRA, DANIELA REZENDE GARCIA; PÁDUA, CRISTIANE

APARECIDA MENEZES, MORAES, ALBA VALÉRIA SOUTO MELLO; CÂNDIDO, RAISSA CAROLINA FONSECA; ANÍCIO, VIVIAN THAISE DA SILVEIRA; CRUZ,

LUANA FARIA; ALVES, WILLIAM PEREIRA A superação dos problemas que o consumo de medicamentos trouxe para as sociedades modernas está vinculada ao uso das informações. Essa superação passa por transformações na formação dos profissionais de saúde, em especial dos farmacêuticos. Relatar a experiência em curso no Centro de Estudos do Medicamento (Cemed/UFMG) dirigida à diferenciação de alunos da graduação em suas habilidades de identificação, compreensão e veiculação de informações científicas seguras visando à promoção do uso correto de medicamentos. Identificação de fontes seguras de informações sobre medicamentos: os alunos acompanham uma relação de sites associados a boletins de farmacovigilância ou temas afins, além de realizarem busca livre em outras fontes de informações (ex.: Medscape, e-Farmaco, e-Summary). Elaboração de textos informativos: as informações são utilizadas na edição do “Boletim Atrás da Estante”, mural exposto na Faculdade de Farmácia e veiculado na internet. Treinamento e formação teórica: os alunos desenvolvem atividades na forma de estudo tutelado, fortalecendo a formação em epidemiologia e busca estruturada de informações em saúde; produção de material didático; identificação de temas de interesse para elaboração de projetos de revisão sistemática ou análise de mercado para publicação em revistas especializadas. Todas as atividades são objeto de discussão em reuniões semanais ordinárias. Quatro números do volume 7 (junho a setembro) do “Boletim Atrás da Estante” foram editados em 2011. Sua exposição física ainda se restringe à Faculdade de Farmácia, mas sua expansão para outros ambientes está em andamento. Na internet está disponível, por enquanto, em duas redes sociais (Facebook e eBAH). Os alunos mantêm rotina semanal de revisão das fontes e iniciaram as atividades do estudo tutelado em epidemiologia por meio de leitura dirigida e seminários seguidos de discussão. A formação para a busca estruturada de informações encontra-se em andamento e a produção de material para uso didático ainda não foi iniciada. A identificação de temas de interesse para elaboração de projetos de revisão sistemática ou análise de mercado aguarda aprovação de recursos em projeto encaminhado a fonte de fomento. Os alunos elaboram textos simples e didáticos após seleção e análise de conteúdo, importância e atualidade da literatura. A atividade gera o desafio da leitura, interpretação e elaboração do conteúdo informativo sobre o consumo seguro e racional de medicamentos, diferenciando a formação na

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capacidade de identificação de temas, leitura crítica e escrita para divulgação, porém com sustentação científica. Reuniões semanais de editoria tem permitido o exercício do trabalho em equipe, da argumentação e da liderança. O estudo tutelado e a formação sobre busca estruturada irá fortalecer a formação em conhecimentos que sustentam a atividade, e desenvolver a habilidade da argumentação e apresentações pública, permitindo a produção de revisões e análises críticas sobre o mercado de medicamentos no Brasil, além da possível geração de artigos. BIBLIOGRAFIA International Society of Drug Bulletins and World Health Organization. WHO/PSM/PAR/2005.1. Starting or Strengthening a Drug Bulletin. A Practical Manual. 2005. Geneva: WHO, 2005, 149 p.

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ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA À CRECHE DO APRISCO: USO RACIONAL

DE ANTIBIÓTICOS

Assistência farmacêutica; educação em saúde; antibióticos

THÉ, PATRÍCIA MARIA PONTES; MOREIRA-SILVA, LUZIA IZABEL MESQUITA;

ARRAIS, PAULO SÉRGIO DOURADO; LEAL, LUZIA KALYNE ALMEIDA MOREIRA; DAY, SOPHIA CÂNDIDO; DANTAS, MARIANA NOGUEIRA

A automedicação é definida como o uso de medicamentos sem prescrição médica, onde o próprio paciente decide qual fármaco utilizar, incluindo nessa designação genérica a prescrição ou indicação de medicamentos por pessoas não habilitadas, como amigos, familiares e mesmo balconistas de farmácia (KOVACS & BRITO, 2006). O uso de medicamentos sem prescrição médica, principalmente, antimicrobianos, é uma prática frequente, principalmente na população de baixa renda, devido à dificuldade de atendimento médico. Com isto ocorrem resultados indesejáveis, como o aumento da resistência bacteriana aos antibióticos (LIMA &RODRIGUES, 2008). O objetivo deste trabalho foi prestar esclarecimento sobre o uso racional de antibióticos a população assistida pela Creche Escola do Aprisco (funcionários/professores e pais/ responsáveis). Este assunto foi sugerido após discussão com os professores da creche que relataram os diversos problemas que enfrentam com os pais das crianças relacionados à automedicação, principalmente quanto ao uso de antibióticos. A Creche-Escola do Aprisco, vinculada à Prefeitura Municipal de Fortaleza, acolhe, a cada ano letivo, cerca de 90 crianças na faixa etária de dois a cinco anos. Em virtude da carência geral de recursos e da necessidade de uma atenção primária à saúde, esta comunidade foi escolhida para o desenvolvimento do projeto de extensão Assistência Farmacêutica à Creche Escola do Aprisco, vinculado ao Curso de Farmácia da Universidade Federal do Ceará. As atividades desenvolvidas pelo projeto são de caráter abrangente, situando como objetivos a organização de ações e serviços relacionados à educação em saúde, em suas diversas dimensões, enfatizando a interação com a comunidade, através das ações desenvolvidas. As atividades realizadas são direcionadas aos professores/funcionários, pais/responsáveis e as crianças. Os temas abordados são determinados após discussão com os professores/funcionários da creche. Em processo conjunto, os integrantes do projeto selecionaram materiais de apoio, materiais ilustrativos, entre outros, para serem utilizados como suporte do trabalho. O assunto foi apresentado tendo-se o cuidado em utilizar linguagem clara e compreensível de forma a incentivar a participação do público alvo. Dúvidas sobre o correto armazenamento e administração de medicamentos, diferença entre antiinflamatórios e antibióticos e efeitos adversos de medicamentos foram esclarecidas. Enfatizou a Resolução da ANVISA – RDC Nº 20, de 05 de maio de 2011, que estabelece que a dispensação de medicamentos a base de antimicrobianos somente poderá ser efetuada mediante receita de controle especial. Foram relatados

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os problemas vivenciados pela população, relacionados, principalmente, a demora no atendimento médico, devido à superlotação nos postos de saúde. O encontro proporcionou a integração da comunidade com os universitários, com troca de experiências, atingindo a proposta do trabalho. Verificou-se grande carência de informações da população sobre questões aparentemente simples, relacionadas aos medicamentos, um problema a ser enfrentado pelos futuros profissionais farmacêuticos. BIBLIOGRAFIA KOVACS, F.T; BRITO M. F. M. Percepção da doença e automedicação em pacientes com escabiose. An Bras Dermatol. 2006;81(4):335-40. LIMA, A. A. A. RODRIGUES, R. V. Automedicação - O uso indiscriminado de medicamentos pela população de Porto Velho. [on line] Disponível em:http://www.unir.br/html/pesquisa/Pibic_XIV/pibic2006 [Capturado em: 25.Abr.2008] AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução - RDC nº 20, de 05 de maio de 2011. Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição médica, isoladas ou em associação e dá outras providências. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2011/res0020_05_05_2011.html>Acesso em: 07 set. 2011.

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PRÁTICAS INTEGRATIVAS DE ATENÇÃO À SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DO PET-SAÚDE/FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Pet-Saúde; integração ensino-serviço; Farmácia.

ARRAIS, PAULO SÉRGIO DOURADO; ALVES, RENATA DE SOUSA; ARAÚJO, MARIA FÁTIMA MACIEL

A Universidade Federal do Ceará (UFC) com seus cursos de graduação na área da saúde a muito vem inserindo na rede de saúde pública do país profissionais de saúde, contribuindo para o fortalecimento das ações no nível da atenção primária em saúde. Com a aprovação de seu projeto no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (Pet-Saúde) une esforços com a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza para assegurar uma formação profissional com compromisso social e contribuindo para a consolidação do SUS. O presente trabalho tem por objetivo relatar a experiência do curso de Farmácia nas atividades do PET-Saúde/UFC no período de março de 2009 a agosto de 2011. O Pet-Saúde/UFC tem por objetivo fortalecer a formação profissional em nível de graduação de alunos da área da saúde na Estratégia Saúde da Família, visando viabilizar a integração ensino-serviço entre os cursos da área da saúde da UFC e a rede de atenção básica da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza. Envolve os cursos de Farmácia, Medicina, Odontologia, Enfermagem, Educação Física, Psicologia e Fisioterapia. As áreas de atuação de tutores, preceptores e bolsistas estão localizadas, principalmente, em três Secretarias Regionais (I, III e a V) do Município de Fortaleza. No total participam 28 Centros de Saúde da Família (CSF). Para o desenvolvimento das ações dos eixos norteadores foram formadas doze “Árvores multidisciplinares”, cada uma com um tutor, cinco preceptores (profissionais de saúde da atenção básica e equipes NASF e Saúde Bucal) e trinta alunos. Ao curso de Farmácia foi destinado duas tutorias, e conta com a participação de sete farmacêuticos preceptores e 60 alunos da farmácia. A proposta envolve a tríade de formação acadêmica ensino, pesquisa e extensão e suas atividades desenvolvidas em três grandes eixos: promoção da saúde, atenção à saúde integral e gestão em saúde. As atividades de promoção e gestão da saúde foram consideradas comuns para todos os cursos. As atividades tiveram a interdisciplinaridade como enfoque principal, onde preponderaram atividades focadas nos cuidados à saúde da criança e adolescente, da mulher e do idoso. Entre os fatores motivadores destacam-se: a vivência com os profissionais da saúde, a aproximação com a comunidade e sua realidade, o desenvolvimento de atividades multidisciplinares, a realização de pesquisas de campo, oportunidade para o desenvolvimento de habilidades de comunicação, a participação e troca de experiências nas rodas de gestão do CSF e de conversa multidisciplinar e de categoria, organizada pelos tutores, e a oferta e participação dos atores do PET-Saúde em Cursos e Oficinas do Pró-Saúde. Entre as dificuldades destacam-se: dificuldade de conciliar os horários das atividades entre os alunos em um dia da semana; dificuldade de conciliar os dias do PET-SAÚDE com a faculdade; a falta de infra-estrutura do CSF;

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violência na comunidade/tráfico de drogas que dificulta visitas a comunidade e aos domicílios. O Pet-Saúde vem provocando as mudanças necessárias na formação da graduação em saúde, especialmente na Farmácia, fato este percebido como satisfatório pelos integrantes do programa.

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INTERATIVIDADE ALUNO-PROFESSOR ATRAVÉS DE FÓRUNS VIRTUAIS

DE DISCUSSÃO

Práticas pedagógicas, Métodos de ensino,Tecnologia educacional

MOREIRA-SILVA, LUZIA IZABEL MESQUITA; THÉ, PATRÍCIA MARIA PONTES; MONTEIRO, MAYARA MORAIS; RÉGIS, JÔNATAS JOSÉ SANTOS; ARRAIS, PAULO

SERGIO DOURADO

A qualidade do processo de ensino-aprendizagem não está ligada somente às tecnologias em si, mas aos métodos para sua utilização como forma de dinamizar os processos educativos. A Universidade deve estar aberta à inovação educacional tanto nos conteúdos como também no plano das metodologias. Com o aparecimento das novas mídias, a divulgação dos conhecimentos e o fácil acesso às informações passaram a fazer parte das características da educação moderna. A Internet tem um papel expressivo nesse processo, uma vez que está crescendo rapidamente no mundo (Lobo Neto, 2000). As disciplinas do setor de Bromatologia do Curso de Farmácia da Universidade Federal do Ceará utilizam como ferramenta de apoio o SOLAR (Sistema Online de Aprendizagem) desde o ano de 2009. O SOLAR é um ambiente virtual de aprendizagem desenvolvido pelo Instituto UFC Virtual, da Universidade Federal do Ceará. Ele é orientado ao professor e ao aluno, possibilitando a publicação de cursos e a interação com os mesmos. A disponibilização do material didático das disciplinas no ambiente “SOLAR” proporciona aos alunos acesso a documentos relacionados ao conteúdo abordado em sala de aula e também a listas de exercício dinâmicas e links para sites relacionados. Para aumentar a interatividade entre discentes e docentes das disciplinas deste setor e facilitar o processo de aprendizagem, foram realizados fóruns virtuais de discussão sobre diferentes temas no ambiente “SOLAR”. Os Fóruns virtuais ficaram abertos por um período superior a 3 semanas. Os assuntos já apresentados em sala de aula foram utilizados nas discussões. Os alunos foram orientados a postar opiniões, artigos e outros materiais pertinentes ao assunto explorado. Para a disciplina de Bromatologia I foram realizados dois fóruns, observando-se cinco postagens no primeiro e setenta e oito postagens no segundo. Vale ressaltar que para a participação no primeiro fórum não foi atribuída nota enquanto que para o segundo, atendendo-se a critérios previamente estabelecidos, a cada aluno participante poderia ser atribuído até um ponto na nota da terceira avaliação progressiva. Para esta turma de quarenta e nove alunos foi observada uma média de 11,59 acessos/aluno durante o semestre letivo de 2011-1. Na disciplina de Bromatologia II, com um total de 53 alunos, foi realizado apenas um fórum. Foi observada uma média de 12,64 acessos/aluno e quinze postagens, às quais não foram atribuídas notas. Considerando-se o número de acessos ao SOLAR e a participação nos fóruns, podemos concluir que a interação professor-aluno através desta ferramenta ainda precisa ser estimulada. É importante que este recurso continue a disposição dos discentes, bem como a exploração e

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utilização de outras ferramentas que o Ambiente SOLAR disponibiliza, de forma que o potencial facilitador do processo de aprendizagem seja plenamente alcançado. BIBLIOGRAFIA LOBO NETO, F. J. da S. Educação à distância: regulamentação, condições de êxito e perspectivas. [on-line], 2000. http://www.intelecto.net

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AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA (NÍVEL CENTRAL) NO

MUNICÍPIO DE NITERÓI –RJ

Ensino na Assistência Farmacêutica. Avaliação, Assistência Farmacêutica, SUS

CORDEIRO BC, ARAÚJO RL, FIGUEIREDO TR

Ainda que se reconheça o papel dos determinantes sociais para o equacionamento dos problemas de saúde no Brasil, não se pode esquecer que o medicamento é considerado uma das tecnologias mais resolutivas do setor sanitário. Deste modo, a Assistência Farmacêutica (AF), organizada primeiramente em nível municipal, deve facilitar o acesso aos medicamentos considerados essenciais. Diagnosticar como se dá esta organização é importante ferramenta para a efetiva melhora da saúde. O objetivo deste trabalho é a realização de uma avaliação da Assistência Farmacêutica, no nível central, em Niterói. O método empregado foi a avaliação normativa, conforme proposto por Donabedian (1984) quanto à estrutura, processo e resultado. Foram analisados dados da Coordenação de Assistência Farmacêutica e Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF), que no Município de Niterói configuram um único órgão denominado Coordenação de Farmácia (COFAR). O instrumento escolhido foi proposto por Cosendey (2000), com indicadores validados relacionados às diversas etapas constantes da Assistência Farmacêutica. Entre os diversos indicadores pesquisados quanto à estrutura, observou-se que a Assistência Farmacêutica está formalmente inserida no organograma da Fundação Municipal de Saúde de Niterói, apesar de ter uma Comissão de Farmácia e Terapêutica desativada e uma Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) desatualizada desde 2007, e que a Central de Abastecimento Farmacêutico apresenta graves problemas, em especial quanto ao cuidado com a temperatura dos medicamentos armazenados. Alguns dos indicadores relacionados ao processo demonstraram que, dos 134 medicamentos constantes da REMUME, 10,4% não constavam da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) 2006, que deu origem à REMUME. Se comparada com a RENAME 2010, este percentual sobe para 30,6%. 36,4% dos medicamentos estavam em falta quando da contagem do estoque e 20,1% deles apresentavam valores incompatíveis quando comparada a contagem física com os dados do sistema informatizado de estoque. Em relação às Boas Práticas de Estocagem (BPE), 95,2% dos medicamentos seguiam 66,6% das BPE, enquanto 4,8% seguiam apenas 33,4% das BPE. Não foram analisados indicadores de resultado para a COFAR. Com base nos dados obtidos, conclui-se que a AF em Niterói não cumpre uma série de prioridades estabelecidas pelos trabalhos publicados nesta área. Observa-se que os vieses encontrados não parecem estar relacionados com a capacitação dos profissionais, mas com dificuldades como a falta de estrutura física da CAF para cumprimento das BPE e com a demora dos procedimentos necessários para a compra de materiais e serviços que melhorem e adequem o ambiente da COFAR.

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BIBLIOGRAFIA DONABEDIAN A. La calidad de la atención médica: definición y métodos de evaluación. México: S.A. LPMM; 1984. 2. COSENDEY MAE. Análise da implantação do programa Farmácia Básica: um estudo multicêntrico em cinco estados do Brasil. Rio de Janeiro: Tese de Doutorado em Ciências, Fundação Oswaldo Cruz/ENSP; 2000. Disponível em: http://teses.cict.fiocruz.br/pdf/cosendeymaed.pdf

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UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS HIPERTENSOS NO BAIRRO BARRETO – NITERÓI/RJ

Atenção Primária à Saúde, Assistência Farmacêutica, SUS

CORDEIRO BC, ALVAREZ M, CARDOSO D, CASTRO P, PICCOLI N, PRUDENTE I, SILVA T, ALHO H, ALTOÉ A, CARVALHO A, FRANCISCO AP, GIL F, MACHADO I,

POSSAS S, SANTOS C, SANTOS J, SILVA K, VARGAS P, VIEIRA G

A Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com a Fundação Municipal de Saúde de Niterói, foi uma das Universidades contempladas nos Editais do Pró-Saúde e, depois, do Pet-Saúde. A partir da divulgação do resultado, diversas reuniões foram estabelecidas para discutir a melhor forma de integrar os cursos de Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Medicina, Nutrição e Odontologia, evitando-se práticas que reproduzissem a hegemonia de qualquer profissão sobre outras. Foi escolhida a zona Norte de Niterói como campo para o desenvolvimento das atividades do Pet-Saúde. Em especial, este relato trata do grupo Barreto I, responsável pelas atividades realizadas na Unidade de Saúde (UBS) João Vizela e também no Programa Médico de Família (PMF) Leopoldina. A opção metodológica feita pela UFF, de ter número igual de alunos de cada curso nas equipes, assim como o fato de, entre os preceptores, não haver profissionais de alguns dos cursos participantes do Pet, inicialmente trouxe alguns estranhamentos. Desta maneira, optou-se por um rodízio entre os alunos e preceptores, com todos os alunos trabalhando nos dois locais (Unidade João Vizela e PMF Leopoldina) e com todos os preceptores. Neste ínterim, discutiu-se o perfil populacional e epidemiológico do bairro, chegando-se à conclusão de realizar uma pesquisa em que pudessem ser visualizadas as necessidades e o acesso aos serviços de saúde dos idosos hipertensos no bairro Barreto. Apesar da coleta de dados ainda não estar concluída, resultados preliminares demonstram que 70% dos medicamentos utilizados pelos idosos hipertensos do bairro são classificados, pela classificação ATC, como medicamentos que atuam no sistema cardiovascular (C), 12% no trato alimentar e metabolismo (A) e 6% no sistema nervoso central (N). Cerca de 64% deles somente retiram os medicamentos na UBS ou PMF, 16% compram em farmácias e 17% tanto compram nas farmácias como retiram na rede seus medicamentos, sendo que aproximadamente 23% desses medicamentos não fazia parte de nenhuma relação de medicamentos disponibilizados pela FMS/Niterói. Em torno de 38% dos idosos que usavam medicamentos relataram ter problemas com a adesão à terapia medicamentosa. Tendo em vista não apenas os resultados apresentados, mas também o processo utilizado, pode-se dizer que o grupo Pet Barreto I está conseguindo realizar seus objetivos, tanto na integração estudantes/preceptores/rede pública como na confecção conjunta de uma pesquisa orientada pelo serviço. E os resultados apresentados orientam o setor público a tomar decisões capazes de minimizar os problemas relacionados com a utilização dos medicamentos pela população estudada.

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BIBLIOGRAFIA

ABRAHAO, Ana Lúcia et al . A pesquisa como dispositivo para o exercício no PET-Saúde UFF/FMS Niterói. Rev. bras. educ. med., Rio de Janeiro, v. 35, n. 3, Sept. 2011. Available from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-550220110003000 19&Ing=en&nrm=iso.

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VIVENCIANDO A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA - ESTÁGIO EM FARMÁCIA COMUNITÁRIA I/UFF

Ensino na Assistência Farmacêutica. Educação em Farmácia, Assistência

Farmacêutica, SUS

CORDEIRO BC, CASTILHO SR, MIRANDA ES Dentro das expectativas que a formação generalista apresenta, a Faculdade de Farmácia da Universidade Federal Fluminense (UFF) criou, em seu novo currículo, a disciplina de Estágio Supervisionado em Farmácia Comunitária I, que pela primeira vez, em sua história centenária, levava os alunos a conhecer a atenção básica em saúde in loco. Tal estágio representava oportunidade única de integração ensino-serviço, ainda que devesse ser realizado de forma observacional, em função de sua localização nos períodos iniciais do curso. Considerando compromissos assumidos com o Pró-Saúde e após acordo com a Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Niterói, ficou acertado que o Estágio aconteceria na Coordenação de Farmácia (COFAR) do município, na Unidade Básica de Saúde (UBS) João Vizela e Programa Médico de Família (PMF) Leopoldina e Maruí Grande, todas localizadas no Bairro Barreto, zona norte de Niterói, e uma das mais carentes do município. Vale ressaltar ainda que Niterói mantém, até hoje, seu programa inovador de saúde (PMF), uma das fontes inspiradoras do Programa de Saúde da Família no Brasil. Tentando dar uma ideia da abrangência da Assistência Farmacêutica (AF), os alunos realizam um terço do estágio na COFAR, realizando atividades relacionadas com a logística do ciclo da AF no nível central do município. Na UBS, acompanham atividades específicas da farmácia, como a programação, armazenamento e dispensação, junto ao farmacêutico, e também acompanham atividades realizadas por outros profissionais de saúde. Nos PMF, os alunos acompanham consultas dos médicos de família e visitas domiciliares, passando a entender como funciona o sistema referência/contra-refererência no município, além das próprias farmácias localizadas nos módulos. Apesar de a disciplina ainda estar se estruturando e sofrer com o número cada vez maior de alunos, foi realizada uma avaliação preliminar que apresentou alguns resultados capazes de orientar os trabalhos. Assim, perguntados se os objetivos do estágio foram alcançados, 85,7% dos alunos acreditavam que sim. Quando solicitados que se auto avaliassem, em uma escala de 1 a 10, os alunos deram para si mesmos a nota 9,0. Em relação aos setores onde realizavam os estágios, as notas respectivamente foram 8,8 para a COFAR, 8,7 para a UBS e 6,7 para os PMF. Em face destes resultados, procurou-se incrementar as atividades realizadas, em especial nos PMF, com o deslocamento de um monitor que passou por treinamento para acompanhar os alunos em tempo integral. Há muito ainda a ser feito, em função do ineditismo do Estágio para a Faculdade de Farmácia e para a FMS/Niterói. Muitas das atividades programadas esbarram, algumas vezes, na impossibilidade de execução em função da rotina diária preexistente nos serviços. Entretanto, pode-se pressupor que os objetivos inicialmente traçados foram alcançados e o fato dos alunos estarem em contato com a realidade do

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Sistema Único de Saúde, o mais precocemente possível, sem dúvida os tornará mais capacitados a se entenderem como futuros profissionais compromissados com o mercado de trabalho.

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RELATO DE EXPERIÊNCIAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE

Educação em Farmácia. Assistência Farmacêutica. Atenção Primária em Saúde.

OLIVEIRA, GLACILEIDE FONSÊCA URIBE DE; SANTOS, PRYSCILLA GABRIELLE LIMA DOS ; SILVA, TIARA VITALINO DA ;VALENTIM, ERISÁNGELA; VELOSO,

MARÍLIA BORGNETH ; SOARES DE BRITTO, MARIA HELENA SEABRA O desconhecimento das políticas de Assistência Farmacêutica e de Medicamentos vem contribuindo para a falta de qualificação no planejamento, controle, armazenamento e dispensação dos medicamentos da Atenção Primária em Saúde (APS), dificultando o acesso dos usuários. Os espaços físicos das farmácias não são adequados, os medicamentos não são acondicionados devidamente, a Vigilância Sanitária não desempenha o seu papel de fiscalização a contento, parece não haver planejamento na entrega de medicamentos pela esfera de governo responsável, os psicotrópicos não são dispensados de acordo com a legislação específica e o receituário, quando existe, não é preenchido corretamente. Por outro lado, ainda está deficiente a formação acadêmica do Farmacêutico na área dos medicamentos, com ênfase para o Sistema Único de Saúde (SUS). Serviços Farmacêuticos da rede municipal do SUS: Centro de Atenção Psicossocial I (CAPS I), Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde, Ambulatório de Saúde Mental e Central Estadual de Abastecimento Farmacêutico (Medicamentos Estratégicos), selecionados pela aptidão de acolhimento diário dos estudantes em horários pré-estabelecidos.

Inicialmente, durante quatro semanas, os estudantes, agrupados de dois em dois, dirigiram-se duas vezes por semana para os serviços, a fim de acompanharem as práticas dos preceptores Farmacêuticos, descrevendo os fatos ocorridos no seu cotidiano, identificando os problemas e pontuando as dificuldades encontradas, construindo assim suas narrativas individuais, que eram disponibilizadas no grupo virtual. Semanalmente havia reunião presencial de todos, ocasião em que cada grupo de estudantes escolhia uma das narrativas, ou faziam um resumo de algumas, ou de todas elas e as socializavam no grande grupo. Deste modo, todos os estudantes se sentiam como se tivessem freqüentado todos os serviços. Também nessa ocasião, em vista dos problemas apresentados, eram identificadas as questões de aprendizagem, as quais eram solucionadas através da busca ativa no referencial bibliográfico indicado pela coordenação do projeto. Na quinta semana, as soluções para os problemas identificados, foram apresentadas para a preceptoria e as mudanças, quando aceitas foram pactuadas. Nas quatro semanas seguintes, a prática dos preceptores, tanto aqueles que aceitaram as pactuações, como os que não aceitaram, foram mais uma vez acompanhadas, gerando narrativas, que por sua vez foram socializadas no grande grupo e quando foram identificados novos problemas, mais questões de aprendizagem foram geradas e através da busca ativa, foram respondidas. Na décima semana, houve uma avaliação dos conhecimentos adquiridos. O relato do acompanhamento da prática diária de um serviço farmacêutico na APS, em forma de narrativa, foi bastante favorável para a identificação de problemas e elaboração de questões de aprendizagem, que foram solucionadas através da busca ativa no referencial

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bibliográfico fornecido. Esta forma de aprendizado contribuiu também para a melhoria da prática dos serviços, visto que dois dentre os quatro preceptores, acataram as mudanças propostas e mudaram sua prática profissional. A metodologia utilizada, baseada na problematização, tendo como sujeito o próprio estudante, facilitou o aprendizado necessário para influenciar também a prática profissional em serviços Farmacêuticos da Atenção Primária em Saúde.

BIBLIOGRAFIA BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Para entender a gestão do SUS. Coleção Progestores. Brasília: CONASS, 2007. BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Nota Técnica conjunta: qualificação da assistência farmacêutica. Brasília-DF, 2008. BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. O Sistema único de Saúde e a qualificação do acesso. CONASS. Brasília: CONASS, 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. O SUS de A a Z : garantindo saúde nos municípios. Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde. – 3. ed. – Brasília, DF. 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Diretrizes para estruturação de farmácias no âmbito do SUS. Brasília, DF. 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais: RENAME. 7. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2.981 de 26 de novembro de 2009. Regulamenta e aprova, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica como parte da Política Nacional de Assistência Farmacêutica, integrante do Bloco de Financiamento da Assistência Farmacêutica. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 1º de dezembro de 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 4217 de 28 de dezembro de 2010 Aprova as normas de financiamento e execução do Componente Básico da Assistência Farmacêutica. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 29 de dezembro de 2010.

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KORNIS, G. E. M., BRAGA, M. H., ZAIRE, C. E. F. Os marcos legais das Políticas de Medicamentos no Brasil Contemporâneo (1990-2006). Rev. APS, v. 11, n. 1, p. 85-99, jan./mar. 2008. MARCOLINO, T. Q e MIZUKAMI, M. G. N. Narrativas, processos reflexivos e prática profissional: apontamentos para pesquisa e formação. Interface - Comunicação Saúde Educação, v12, n26, p.541-7, 2008.

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FITOTERAPIA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA – PROJETO DE EXTENSÃO

Práticas integrativas de atenção à saúde; Fitoterapia; Plantas Medicinais; Extensão.

GUEDES, ALESSANDRO; LOSS, GABRIEL SCHNEIDER; KLEMS, ANA CAROLINE;

DAMO, NEVONI GORETTI.

O exercício da fitoterapia é uma prática sociocultural, que vem sendo aceita e utilizada no mundo todo. Considerando que as questões como maior participação do paciente em relação a escolha e obtenção do seu tratamento “auto cuidado”, tradição e cultura, pode ser um auxiliar na adesão a terapêutica e são fatores que influenciam a utilização da fitoterapia. As políticas públicas têm oferecido consistência e segurança ao cenário regulatório de medicamentos fitoterápicos no Brasil, gerando confiança tanto aos usuários e profissionais envolvidos no uso destes produtos, porém pouco tem avançado nos estudos ou fiscalização das questões relativas as drogas vegetais ou produtos de uso popular. Nossos trabalhos indicam que esta terapia tem ampla aceitação e procura pelos idosos sendo o grupo etário que mais utiliza estes produtos, estando em plena expansão e sendo utilizada como uma opção consciente, onde questões como alto custo, falta de acesso aos medicamentos e ao Sistema de Saúde não são determinantes para sua utilização. Dentre os problemas do uso de plantas medicinais e fitoterápicos destaca-se a falta de participação dos profissionais de saúde nesta prática. Estudo realizado com os médicos do ESF da SEMUS de Blumenau-SC mostrou a maior dificuldade relatada pelos profissionais estava na falta de informação científica, e este fato, implica muitas vezes apenas na observação do uso, sem qualquer intervenção do médico quanto às interações, reações adversas entre outros fatores. Estas dificuldades estão associadas também a grande dificuldade de compreensão das pesquisas com produtos fitoterápicos, que ocorrem com diferentes espécies, produtos e extratos, apresentando muitas vezes resultados contraditórios. Sendo recomendada a busca de informação por produtos específicos. Onde é comum que os profissionais de saúde não avaliem o uso de plantas medicinais pelos seus pacientes e estes não relatem o uso desta forma de tratamento, sendo este desencontro um prejuízo a saúde do paciente, que utiliza medicamentos contínuos, onde a introdução de novos princípios ativos, sejam fitoterápicos ou não, podem alterar a eficácia de um tratamento levando muitas vezes a internações ou troca do esquema terapêutico por desconhecimento da introdução deste novo produto. Neste sentido, independente do profissional utilizar ou não a fitoterapia como uma opção terapêutica é essencial que seja criado um espaço para que ocorra a troca de informações entre médico e paciente. A falta deste espaço e dificuldades destes profissionais em buscar informações específicas bem como uma formação muitas vezes superficial nesta área deixa uma lacuna sobre uso da fitoterapia na sociedade contemporânea. O projeto PROFISC tem sido um instrumento para auxiliar os profissionais de saúde principalmente o os médicos a ampliar a criar esse espaço discussão sobre a fitoterapia e orientar o paciente e seus familiares ou cuidadores, quanto aos riscos ou

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benefícios desta prática, levando a diminuição dos riscos e ao aproveitamento desta crescente área. Através de ações coletivas com palestras e oficinas em grupos de idosos, Associação de diabéticos e palestras em grupos de apoio a pacientes hipertensos e diabéticos, bem como avaliações individuais com pacientes e encaminhamento das observações aos profissionais do ESF quando necessário. BIBLIOGRAFIA

GUEDES, A.; LEMOS, S. C.; VIEIRA, M.; PINHEIRO, R. M. O uso da fitoterapia pelos médicos do programa saúde da família de Blumenau-SC In: 12 Farmapolis, Florianópolis. Livro de resumos, 2004.

CASTELLAIN, R. C. L. Uso de plantas medicinais por um grupo de idosos atendidos no "Centro de Convivência para a Terceira Idade" em Blumenau /SC. 2006.57 f, il. Trabalho de conclusão de curso - Universidade Regional de Blumenau, Curso de Farmácia, Blumenau, 2006

OHLWEILER, I. D. Avaliação da utilização de plantas medicinais por diabéticos. 2007.93 f, il. Trabalho de Conclusão de Curso - (Graduação em Farmácia),Centro de Ciências da Saúde, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, 2007.

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ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA COMUNIDADE: ATIVIDADES DE

EDUCAÇÃO EM SAÚDE VOLTADAS PARA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

Assistência farmacêutica; educação em saúde; hábitos alimentares

THÉ, PATRÍCIA MARIA PONTES, MOREIRA-SILVA, LUZIA IZABEL MESQUITA,

ARRAIS, PAULO SÉRGIO DOURADO, LEAL, LUZIA KALYNE ALMEIDA MOREIRA, CAPRISTANO, ALLANA BEZERRA, OLIVEIRA, MARIA DE FÁTIMA

Com o aumento da obesidade no Brasil e das doenças a ela associadas, é necessário combinar orientações para a redução das deficiências nutricionais e prevenção das doenças crônicas não transmissíveis (SICHIERI et al, 2000). Uma alimentação sadia e rica em nutrientes, pode ser alcançada com alimentos normalmente desprezados (HARDISON et al., 2001). Reduzir o desperdício de alimentos, criar hábitos alimentares saudáveis e adequados, amenizar os prejuízos e promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas, é fundamental (EVANGELISTA, 2001). O Projeto de Extensão Assistência Farmacêutica à Creche Escola do Aprisco vinculado ao curso de Farmácia da Universidade Federal do Ceará promove ações fundamentadas na educação em saúde que almejam suprir as necessidades da comunidade assistida pela creche (funcionários/professores, pais/ responsáveis e as crianças), visando à melhoria da qualidade de vida. As atividades executadas visam buscar alternativas e apresentar soluções para problemas e aspirações da comunidade, gerando benefícios coletivos tanto para os integrantes acadêmicos como para o grupo assistido. Através de reuniões com a participação dos professores, bolsistas do projeto e funcionários da creche são definidos os temas a serem abordados. Verificou-se a importância de se enfatizar ações relacionadas à educação nutricional, ressaltando a melhoria da qualidade de vida, prevenção da obesidade e doenças crônico-degenerativas. As ações desenvolvidas foram voltadas para a alimentação e nutrição incluindo alimentação saudável, higiene e manipulação de alimentos, aproveitamento integral de alimentos e receitas não convencionais. Foram promovidas palestras, distribuídos folders e divulgadas preparações alimentares não convencionais, elaboradas com casca de abacaxi e banana com degustação e distribuição de receitas. Após os encontros foram realizadas avaliações, através de questionários, para se verificar o grau de satisfação da comunidade e nível de entendimento das informações transmitidas. A interação com a comunidade, com impacto sobre questões prioritárias de educação em saúde, é de relevância social. As ações contribuem para a divulgação da profissão farmacêutica e da Universidade junto à sociedade. Durante as reuniões/palestras o público interage bastante com perguntas, relatos de experiências e sugestões. Através desta interação percebeu-se a falta de informação da população sobre alimentação e nutrição. Foi observada alta aceitabilidade das receitas não convencionais. Esta troca de experiências é importante para a formação dos alunos participantes do projeto e capacitação dos professores. As atividades permitem a aplicação dos conhecimentos obtidos no Curso de Farmácia e, constituem uma

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ferramenta valiosa de ampliação dos vínculos da Universidade com a população. O intercâmbio de experiências, entre a comunidade e os universitários desenvolve nos dois segmentos o sentimento de cooperação e de aprendizagem mútua. A participação ativa e o interesse do público levam a equipe a considerar que os objetivos dos trabalhos foram atingidos. Ações voltadas para a educação em saúde, englobando alimentação saudável e a melhoria na qualidade de vida, são fundamentais, uma vez que contribuem para o manejo adequado dos alimentos e escolhas mais saudáveis. BIBLIOGRAFIA EVANGELISTA, José. Tecnologia de alimentos. 2. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 2001. HARDISON, A. et al. Mineral composition of the banana (Musa acuminata) from the island of Tenerife. Food Chemistry, v. 73, p. 153-161, 2001. SICHIERI, R.; COITINHO, D. C.; MONTEIRO, J. B.; COUTINHO, W. F. Recomendações de Alimentação e Nutrição Saudável para a População Brasileira. Arq. Bras. Endocrinol. Metab., v. 44, n. 3, p. 227-232, 2000.

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O USO DE MAPAS CONCEITUAIS E PORTFÓLIOS COMO FERRAMENTAS

MUDANÇAS NO ENSINO DA FARMÁCIA

Educação em Farmácia, Aprendizagem, Ensino

PERINI, EDSON; JUNQUEIRA, DANIELA REZENDE GARCIA

A atividade farmacêutica, e por consequência o ensino na área, caracterizou-se por sua forte dimensão tecnicista nas últimas décadas. Nesse âmbito, o paciente tornou-se mais “uma abstração, uma mera estatística”. Mudanças de paradigma, seja na organização do setor saúde, seja na participação do farmacêutico na atenção ao paciente, demandam mudanças radicais nas posturas de ensino-aprendizagem, buscando melhor compreensão da realidade filosófica e social da profissão. Relatar a experiência do uso das técnicas do mapa conceitual e do portfólio no ensino para o primeiro período do curso de farmácia da UFMG e no planejamento de um curso de aperfeiçoamento para farmacêuticos do SUS. A técnica do mapa conceitual vem sendo aplicada aos alunos de primeiro período desde 2005. Até o momento foi usada em três diferentes atividades: detecção dos conceitos previamente existentes sobre o trabalho farmacêutico; leitura, interpretação e reelaboração de textos; avaliação. O portfólio, por sua vez, tem sido introduzido como uma política de mudanças de posturas no ensino na UFMG, assumido como instrumento de organização, avaliação e humanização. Para o planejamento de um curso direcionado a profissionais, essa técnica foi usada em 2005 num processo coletivo de criatividade (brainstorm) para as definições de escopo, áreas, conceitos e interconexões na elaboração de um programa em gestão da assistência farmacêutica no SUS. A aplicação do mapa conceitual na detecção dos conceitos já existentes nos alunos que ingressam na faculdade foi realizada em quatro semestres seguidos, e demonstrou que os mesmos trazem para a universidade uma gama razoável de conceitos para a compreensão do trabalho farmacêutico, porém apresentam grande dificuldade de expressar uma compreensão mais orgânica de seus significados e interconexões. Como característica observou-se que o conceito „paciente‟ raramente aparece, ou aparece de forma isolada do contexto de atuação do farmacêutico. Como instrumento de leitura, interpretação e avaliação, tem sido aplicado nos últimos três anos promovendo melhor estruturação dos debates em sala e da produção de textos. No planejamento de curso o mapa conceitual permitiu a identificação, articulação e organização dos principais conceitos e áreas a serem trabalhadas, permitindo o desenho de um curso no qual um professor convidado tinha a possibilidade de entender claramente sua inserção e qual a expectativa em relação a sua participação. O portfólio, cuja utilização iniciou-se em 2011, aponta para melhora na aproximação professor-aluno e uma humanização da relação do aluno com o curso. Ainda que produto de avaliação restrita ao julgamento subjetivo dos autores, as duas técnicas apresentam grande potencial para transformação de práticas didáticas e de mudanças na postura docente, exigindo de professores e alunos participação mais ativa no aprendizado e na interação entre eles.

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BIBLIOGRAFIA Santos, MRC. Profissão farmacêutica no Brasil: história, ideologia e ensino. Ribeirão Preto: Holos, 1999. 156p. Freitas, EL.; Ramalho de Oliveira, D.; Perini, E. Atenção farmacêutica – teoria e prática: um diálogo possível? Acta Farm. Bonaerense v.25, n.3, p.447-453, 2006.

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AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE FARMÁCIA DAS UNIDADES DE SAÚDE

Assistência Farmacêutica; Avaliação; Organização

COSTA, KARLA CALVETTE; DAMO, NEVONI GORETTI; HELENA, ERNANI TIARAJU DE SANTA; SAMPAIO JUNIOR, WILSON

A temática, acesso e uso racional de medicamentos (URM) tem mobilizado setores da sociedade civil, Instituições de Ensino e profissionais de saúde, gerando discussões acerca da necessidade de qualificação da gestão da Assistência Farmacêutica nos serviços de saúde. No estudo “Melhoria da qualidade da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica do SUS, Blumenau, SC”, (OPASi/ GCEM-FURB) objetivou-se identificar os principais problemas presentes no processo de trabalho da assistência farmacêutica na atenção básica. O estudo teve como cenário o município de Blumenau, SC, empregando metodologia qualitativa e quantitativa, a partir da observação direta baseada em roteiro estruturado elaborado por profissionais do serviço e pelos membros do GCEM-FURB. A observação direta possibilita ao pesquisador um contato com a realidade e o roteiro estruturado confere objetividade a esta observação. A versão final do instrumento com 11 páginas foi aplicado por profissional farmacêutica com formação em auditoria. O roteiro foi dividido em Aspectos Estruturais Construtivos; Recursos Humanos; Aspectos Legais; Equipamentos e Acessórios; Condições e Procedimentos de Recebimento, Armazenamento e Controle de Estoque; Condições e Procedimentos de Dispensação e Fracionamento; e Procedimentos operacionais Padrão. O instrumento foi desenvolvido a partir do manual de Indicadores de Avaliação da Assistência Farmacêutica no Brasil, Diretrizes para estruturação de farmácia no âmbito do SUS e RDC nº 44 (BRASIL, 2009; BRASIL, 2009a) e adaptado para melhor se aplicarem a realidade local. Os dados foram coletados por observação direta e registrados no roteiro de avaliação, sendo um roteiro para cada unidade de saúde visitada. As inconformidades encontradas foram fotografadas. A amostra foi constituída de três Ambulatórios Gerais com farmácia e onze unidades que possuíam equipe ESF com espaço de dispensação e/ou estoque de medicamentos. Após o levantamento dos dados foi organizado uma oficina com os gestores e profissionais farmacêuticos da Secretaria de Saúde do Município, OPAS, Grupo GCEM. Nesta oficina, foram apresentados os resultados das observações, cujo objetivo foi aprofundar o estudo sobre os principais problemas presentes no processo de trabalho e na organização da assistência farmacêutica na atenção básica. A partir da discussão da oficina levantou-se a necessidade de capacitar os profissionais que atuam na organização e entrega” dos medicamentos, em especial os farmacêuticos. Nesse sentido, foi organizado cursos com as seguintes temáticas: A prática da atenção farmacêutica (30h); Prescrição de medicamentos das doenças mais prevalentes na atenção básica (30h); Habilidades comunicacionais e afetivas no manejo de pessoas que usam medicamentos (15h); Armazenamento e registro de medicamentos na atenção básica - Organização dos espaços (15h); e Dificuldades e problemas no uso de medicamentos (30h). A segunda etapa com o objetivo de avançar para o exercício da prática da

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Atenção Farmacêutica foi desenvolvido com três profissionais farmacêuticos que participaram de todos os cursos, de Seguimento farmacoterapêutico com usuários portadores de Diabetes. BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para estruturação de farmácias no âmbito do Sistema Único de Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2009. _____. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Dispõe sobre Boas Práticas farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. RDC Nº44, de 17 de agosto de 2009a.

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CAMPANHA 5 DE MAIO - PELO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS: A EXPERIÊNCIA DOS ESTUDANTES DA UFMG

Educação em Farmácia. Estudantes de Farmácia, Farmácia

MATTOS, LEONARDO VIDAL; ALECRIM, DENYR JEFERSON DUTRA; DILLY,

DANIEL AMADO; SIQUEIRA, AMANDA LANA DE; SILVEIRA, MICHELINE ROSA; MACHADO, RENES DE RESENDE.

O Uso Racional de Medicamentos (URM) é definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a situação onde o paciente recebe a medicação adequada às suas necessidades clínicas, nas doses correspondentes às suas necessidades individuais, durante um período de tempo adequado e ao menor custo possível para ele e para a comunidade. Porém, estima-se que cerca de 50% dos medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada. Considerando esse panorama e o farmacêutico como um dos principais atores desse processo, a Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia (ENEFAR) promove anualmente a Campanha 5 de Maio - Pelo Uso Racional de Medicamentos, por meio de diversos centros e diretórios acadêmicos de cursos de Farmácia por todo o país. Esse trabalho tem como objetivo descrever a experiência do Diretório Acadêmico da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) na Campanha Pelo Uso Racional de Medicamentos realizada em Belo Horizonte no mês de maio de 2011. Os objetivos centrais da campanha foram promover o contato do estudante com a população, orientá-la quanto ao uso correto de medicamentos, mobilizar os estudantes para uma ação conjunta, formá-los quanto ao tema e reforçar a importância do farmacêutico para a sociedade. A organização da campanha se deu em três etapas. A primeira consistiu na divulgação desta entre os estudantes da Faculdade de Farmácia da UFMG, por meio de visitas a todas as salas, fixação de painéis na faculdade e de redes sociais. A segunda foi a realização de um encontro de orientação aos estudantes, em que os 58 presentes debateram a respeito do URM, dos problemas que impedem que este ocorra, dos responsáveis pela situação atual e de possíveis soluções. Estes foram orientados sobre como proceder na campanha e como abordar o público. A terceira e última etapa foi a realização da campanha. No dia 26 de maio, 45 estudantes foram até a Praça Sete, no centro da cidade levando cartazes e panfletos informativos. Durante cerca de 3 horas a população foi abordada, recebendo orientações quanto ao uso correto de medicamentos. Ao fim do dia, os estudantes responderam a um questionário de avaliação da campanha, contendo 9 perguntas com respostas objetivas. Aproximadamente 92% avaliaram a campanha como boa ou excelente e a consideraram muito importante. Os estudantes de Farmácia da UFMG se mostraram dispostos a participar de mais iniciativas voltadas ao público e consideraram o tema muito importante, salientando a necessidade de maior ênfase sobre o tema durante a graduação. O encontro de orientação mostrou que outras metodologias de ensino, baseadas na troca bilateral de conhecimento e experiências entre estudantes e docentes deveriam ser mais exploradas de maneira a tornar o ensino farmacêutico mais dinâmico e efetivo, facilitando a formação de um profissional qualificado, humano,

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critico e reflexivo. A campanha atingiu seus objetivos principais, levando um número importante de estudantes ao contato direto com a população, orientando-a quanto ao URM e levando o conhecimento da universidade para sociedade. EXECUTIVA NACIONAL DOS ESTUDANTES DE FARMÁCIA, EXECUTIVA REGIONAL SUL DOS ESTUDANTES DE FARMÁCIA. Cartilha de Formação para a Campanha 5 de Maio – Pelo Uso Racional de Medicamentos. Disponível em: http://enefar.files.wordpress.com/2008/04/cartilha-5-de-maio.pdf. Acessado em: 16 de set. 2011. WORLD HEALTH ORGANIZATION. The rational use of drugs: report of the conference of experts. Nairobi 1985 Nov 25-29. Geneva: WHO; 1987. AQUINO, D. A. Por que o uso racional de medicamentos deve ser uma prioridade? Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 13, p. 733-736, 2008.

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INFLUÊNCIAS DO PROGRAMA INTERNATO RURAL DE FARMÁCIA NA FORMAÇÃO DOS ESTUDANTES.

Internato não médico, assistência farmacêutica, SUS.

PEREIRA, ANTONIO BASÍLIO, SIQUEIRA, AMANDA LANA DE; SOUSA,

SAMUEL RODRIGUES ALMEIDA E

Na Constituição Federal de 1988 está estabelecido que todos os cidadãos possuem direito ao acesso integral a saúde, sendo dever do Estado garantir seu cumprimento. Para tanto, foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS), muito bem sucedida entre as reformas teóricas de âmbito social, de forma universal e igualitária. O SUS, de maneira descentralizada, transferiu a atenção primária à saúde, incluindo a assistência farmacêutica, para os municípios. Nesse contexto de assistência farmacêutica no SUS está inserido o Programa Internato Rural de Farmácia (PIRF) da Faculdade de Farmácia da UFMG, sendo uma oportunidade teórico-prática de ensino. O PIRF consiste de um treinamento por meio do qual os alunos são preparados para que possam atuar em municípios, organizando a Assistência Farmacêutica no SUS e, consequentemente, o atendimento com dignidade à população. O programa possibilita ao estudante adquirir conhecimentos teóricos sobre a legislação farmacêutica, dispensação, atenção farmacêutica, farmacologia, patologia e outras áreas relacionadas. Além disso, é uma importante oportunidade de contato do estudante com a população, possibilitando-lhe colocar em prática os conhecimentos adquiridos durante o Curso de Farmácia e os treinamentos recebidos. O crescimento pessoal e profissional do estudante participante do programa é um diferencial na formação acadêmica. É importante ressaltar que, de acordo com a Resolução nº 2 do Conselho Nacional de Educação (CNE) da Câmara de Educação Superior (CES) de 19 de fevereiro de 2002, por meio da instituição das novas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia, tem-se como meta a formação de um profissional farmacêutico generalista e com perfil mais crítico e humanista, o que condiz com os objetivos pretendidos com o PIRF. Diante disso, é notória a grande influência do PIRF na formação de profissionais farmacêuticos melhor preparados para atuar na atenção à população, como profissionais de saúde. Assim, há necessidade de concentrar esforços para manter e melhorar o PIRF na Faculdade de Farmácia da UFMG e, também, incentivar a expansão desse tipo de programa para outras instituições de ensino farmacêutico, a fim de se formar novos profissionais mais completos para as politicas de saúde pública em vigor e para as que podem ser criadas. BIBLIOGRAFIA PEREIRA, A. B.. Apostila para treinamento dos alunos que pretendem realizar atividades programadas para o internato rural de Farmácia. Belo Horizonte: Faculdade de Farmácia – UFMG.

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PROGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA PADRONIZADA EM REDES DE FARMÁCIAS

Garantia da Qualidade dos cuidados de Saúde; Serviços de Saúde Comunitária;

Farmacêuticos.

RIBEIRO, ALANE ANDRELINO; BARROS, CLEMILSON DA SILVA; REIS, LEILA

BELTRÃO. A prática do segmento farmacoterapêutico como novo serviço ainda requer um compromisso maior e continuo do profissional farmacêutico, com os resultados do tratamento do paciente e outros elementos. Assim, incentivar a implementação das boas práticas farmacêuticas regulamentadas, é um importante instrumento no direito do profissional farmacêutico de exercer o papel que lhe cabe na sociedade. Desenvolver programa de gestão de cuidados ao paciente na garantia da qualidade dos serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias de São Luís. Aproximar o farmacêutico do paciente, contribuindo em seu desempenho como profissional de saúde e tornando as farmácias verdadeiros estabelecimentos de saúde; Promover a intervenção do farmacêutico na terapia farmacológica do paciente, em colaboração com outros profissionais da saúde e a conseqüente adesão; Fornecer subsídios ao profissional farmacêutico, para que ele realize os serviços farmacêuticos de seguimento não farmacológico. Estabelecimento de parceria com entidades (ANVISA, CRF, SINFARMA), estruturação de cronograma de execução e planejamento. Divulgação através de mala direta (cartas convites aos farmacêuticos). Definições da reunião de apresentação e dos treinamentos periódicos com os farmacêuticos das farmácias participantes, através de educação continuada. Elaboração de protocolos clínicos de seguimento junto à equipe multidisciplinar, elaboração de termos de consentimentos, cartilhas, manuais, folders padronizados para a materialização dos serviços de formação implementados. Registros da documentação sobre as atividades da capacitação realizadas, carga horária e conteúdo ministrados através de programa estatísticos. Iniciar a implantação com projeto piloto para grupo de risco único, desenvolver sistema de registro de dados e de controle histórico, contínuo e pró-ativo. A implantação do projeto promoverá conhecimento sobre os princípios de boas práticas farmacêuticas em farmácias e drogarias, difundirá o uso racional de medicamentos, importância da farmacovigilância e a atenção primaria a saúde nas farmácias e drogarias, contribuirá para a redução de casos de intoxicações e de outros problemas relacionados ao medicamento. Desta forma, a importância do projeto está em direcionar a educação continuada para os profissionais farmacêuticos, inseridos nas farmácias comerciais e drogarias de São Luís-MA. A fim de motivá-los á exercer a atenção farmacêutica e dispensação plena, prática tão discutida e com importantes avanços, corroborando para percepção da farmácia comercial como estabelecimento de saúde, beneficiando desta forma usuários, farmacêuticos e gestores de farmácia e acima de tudo salvaguardando a saúde.

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BIBLIOGRAFIA SIMOES BARBOSA,Regina H. A „teoria da práxis‟: retomando o referencial marxista para o enfrentamento do capitalismo no campo da saúde.Revista Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 8 n. 1, p. 9-26,mar./jun.2010 PERETTA, M.; CICCIA, G. Reingeniería de la Práctica Farmacéutica. Buenos Aires: Editorial Médica Panamericana, 1998. 226p CIPOLLE,R.J.;STRAND,L.M,;MORLEY,P.C. El ejercicio de la atención farmacêutica. Madrid:McGraw-Hill/Interamericana,2000.652p

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AS INFLUÊNCIAS DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE FARMÁCIA NO ENSINO FARMACÊUTICO

Currículo; educação em Farmácia; estudantes de Farmácia.

BONFIM, ANTONIO JOAQUIM; IZIDORO; JANS BASTOS; MATTOS, LEONARDO VIDAL; PERINI, EDSON; SIQUEIRA, AMANDA LANA DE; TOBARUELA, ERIC DE

CASTRO. Os primeiros cursos de nível superior em Farmácia no Brasil surgiram em 1832, no Rio de Janeiro e Salvador, e, em 1837, em Ouro Preto, com a primeira instituição independente de ensino de Farmácia. A partir daí, o processo de criação dos cursos de Farmácia no País foi se desenvolvendo paulatinamente até 1991 quando existiam 49 cursos, sendo observado aumento acelerado a partir de 1997, chegando ao número de 237 em 2004, representando um crescimento de 238,57% e atingindo em 2008, 306 cursos, desproporcionalidade observada em relação a outros países e ao atual sistema de formação em pós-graduação. O presente trabalho tem como objetivo principal analisar a participação do Movimento Estudantil de Farmácia (MEF) nas mudanças no ensino farmacêutico ao longo da história do curso de Farmácia em todo o país. Para isso, foi realizada uma revisão de literatura, em busca de documentos e textos relacionados ao assunto. O crescimento do número de cursos de graduação, as mudanças na profissão farmacêutica e a necessidade da adequação curricular às necessidades da profissão e da sociedade incentivaram o surgimento e fortalecimento de um movimento de estudantes engajados e em busca de melhorias no ensino farmacêutico. Após a plenária final do X Encontro Nacional de Estudantes de Farmácia (ENEF), realizado em Presidente Prudente, São Paulo, em 1986, foi criado o Seminário Nacional sobre o Currículo de Farmácia (SNCF) e, paralelamente aos SNCF, foi criado, em 1993, o Encontro Nacional de Reforma Curricular (ENRF). Na plenária final do VII SNCF e IV ENRC, em 1995, foi encaminhado ao Ministério da Educação/ Conselho Nacional de Educação (CNE) um documento com as deliberações tomadas em todos os encontros e fóruns realizados pelos estudantes, a “Proposta de reformulação do ensino de Farmácia do Brasil”, publicada pela Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia (ENEFAR), em conjunto com a Federação Nacional dos Farmacêuticos (FENAFAR), a qual embasou a criação do atual currículo. A participação do MEF nas reformulações do ensino farmacêutico é constante e de grande importância, o assunto da reformulação curricular, por exemplo, é recorrente e foi tema do XXXIV ENEF, em Fortaleza, Ceará, em julho de 2011, com o objetivo da avaliação de como evolui a implantação do currículo generalista ao longo das Instituições de Ensino Superior (IES) pelo Brasil, que surgiu de acordo com a Resolução Nº 2, de 19 de fevereiro de 2002, do Conselho Nacional de Educação da Câmara de Educação Superior, onde foram instituídas as novas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia, com o objetivo de formar profissionais farmacêuticos generalistas, mais humanistas e com senso crítico, de forma que trabalhem a serviço da comunidade e tenham como foco o paciente. Nesse contexto, cabe aos estudantes acompanhar o

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processo de reformulação e adaptação do currículo, nas reivindicações de suas unidades, de forma a garantir que as mudanças sejam feitas sem prejudicar e excluir as necessidades da sociedade sob as quais a construção do currículo foi pautada, monitorando a qualidade do ensino e didática docente, além da sugestão de alternativas. BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. O ensino e as pesquisas da atenção farmacêutica no âmbito do SUS / Ministério da Saúde, Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 107 p.: il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. O ensino e as pesquisas da atenção farmacêutica no âmbito do SUS / Ministério da Saúde, Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 107 p.: il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) ENEFAR, O que é ENEFAR? Coordenação Nacional, Gestão 2010-2011 “Integrar, Crescer e Mudar – Rafael Schuab”. 2010. Disponível em: <http://enefar.wordpress.com/documentos/> FENAFAR/ENEFAR. Proposta de Reformulação do Ensino de Farmácia no Brasil, São Paulo, Eikongraphic‟s, 1996.

SPADA, Celso; et al. In: BRASIL. Ministério da Educação. A trajetória dos cursos de graduação na área da saúde – Farmácia. 2004. Brasília. Disponível em: < http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/169a200_graduacao.pdf >

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SIMULAÇÃO DE ATENDIMENTO FARMACÊUTICO: A EXPERIÊNCIA DA UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

Educação em farmácia. Simulação. Assistência farmacêutica

TRAUTHMAN, SILVANA CRISTINA; ALANO, GRAZIELA MODOLON; FRANÇA,

TAINÃ FORMENTIN; VIEIRA, ANA CRISTINA; GALATO, DAYANI A avaliação in loco de práticas clínicas é considerada como a mais fidedigna no processo educativo, embora problemas relacionados às habilidades, atitudes e conhecimentos somente se consegue identificar quando o futuro profissional de saúde está diante de um paciente real. Desta forma no curso de Farmácia foi desenvolvida a avaliação por simulação de atendimento, também denominado Exame Clínico Objetivo Estruturado, buscando um enfoque problematizador que contribua para a o desenvolvimento competências clínicas pelo aluno. Apresentar a experiência do curso de Farmácia da Universidade do Sul de Santa Catarina no processo de ensino-aprendizagem por meio da simulação de atendimento farmacêutico. Este trabalho possui duas secções, a primeira refere-se a um relato de experiência com abordagem qualitativa da experiência do processo de simulações de atendimento farmacêutico realizado no período de 2005 e 2009 e a descrição das partes do instrumento (ficha de avaliação). E a segunda, quantitativa apresentada adotando-se estatística descritiva, refere-se aos resultados da aplicação dessas fichas na avaliação das simulações realizadas por formandos do referido curso. Este processo de avaliação é constituído por três etapas: a) preparação do cenário e dos casos; b) simulação; e c) avaliação. Toda a simulação de atendimento se inicia no repasse das informações que caracterizam minimamente o problema do paciente, outros dados devem ser investigadas pelo acadêmico, a atividade que segue é filmada, o que permite a análise da comunicação. Ao final da simulação é realizado o processo de avaliação, que se inicia com a leitura do caso, a análise do vídeo e a aplicação da ficha de avaliação desenvolvida. Esta ficha é dividida em cinco partes: definição do problema, indicação farmacêutica, informações e orientações ao paciente, estilo de comunicação e resolução do problema. Foram avaliadas 291 fichas de avaliação de simulações de atendimento farmacêutico. A quantificação do desempenho em de cada quesito estabelecido na ficha de avaliação tem adotado como critério o valor mínimo igual a zero e máximo dez. A nota obtida nos atendimentos variou de 0,4 a 10,0 com mediana de 7,3 e média de 7,0 (±2,02) o que representa 70,0% de rendimento. Foram encontradas diversas limitações nos atendimentos simulados, das quais se destacam a falta de informações acerca do tratamento (65,1%), o estilo inadequado de comunicação (21,9%), a falha na identificação da necessidade do paciente (7,7%), e a seleção irracional do(s) medicamento(s) no atendimento por automedicação (5,3%). A simulação experimentada na Universidade possibilitou aos acadêmicos a oportunidade de aprimorar as suas habilidades e atitudes na prestação do atendimento farmacêutico, além de aprofundar os conhecimentos a respeito das situações aplicadas. Os resultados apresentados mostram a necessidade de reorientação curricular, para que

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sejam ofertadas condições de melhorar as habilidades de comunicação e de conhecimento de medicamentos e problemas de saúde voltada à orientação adequada aos pacientes. BIBLIOGRAFIA FERNANDEZ, J.L.T.; FRANCO, B.P. Examen de ingenios para las ciências: Edipalaci frente a ECOE. Aten. Primaria, v.35, n.5, p.273, 2005. GALATO, D.; ALANO, G.M.; FRANÇA, T.F.; VIEIRA, A.C. Exame clínico objetivo estruturado (ECOE): uma experiência de ensino por meio de simulação do atendimento farmacêutico. Interface – Comunic., Saude, Educ. v. 15, p. 309-320, 2010. GALATO, D.; ALANO, G.M.; TRAUTHMAN, S.C.; FRANÇA, T.F. Pharmacy practice simulations: performance of senior pharmacy students at a University in southern Brazil. Pharmacy Practice. v.9, n.3, p.136-140, 2011. GONZÁLEZ, M.P. et al. Evaluación de la competencia clínica de tutores de residentes de medicina familiar y comunitaria. Aten. Primaria, v.34, n.2, p.68-74, 2004. NEWBLE, D.I. Assessment of clinical competence. BJA, v.84, n.4, p.432-433, 2000. RUTTER, P.M.; HUNT, A. The development of a managed learning environment using WedCT to faciliate 4 th year M. Pharm undergraduates ability to counsel patients en preparation for OSCEs. Pharm. Educ., v.3, n.1, p.63-66, 2003. WEISS, B.D. Are we competent to assess competence? Fam. Med., v.36, n.3, p.214-216, 2004.

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE: INSTRUMENTALIZAÇÃO PARA A FORMAÇÃO EM ATENÇÃO FARMACÊUTICA

Atenção Farmacêutica; Promoção em saúde; Educação em saúde.

ANDRADE, BETINA; RAEDER, DENISE HOFFMANN; KOTHE, JEFFERSAN; BRESOLIN, JOSÉ ROBERTO; MAIA, LAÍS ORLOF; SURDI, MARLA; GESSER,

MARLUCI; BERNARDO, NOEMIA LIEGE; TESSELE, PRISCILA BATISTA; GIACHINI-KESSLER, RÚBIA MARA

A atenção farmacêutica orienta-se para o acompanhamento e educação do paciente, avaliação dos seus fatores de risco, bem como a prevenção e promoção da saúde, juntamente com a vigilância das doenças. No Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) produziu o documento “Proposta de Concenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica” que defende a prática da atenção farmacêutica orientada para a educação em saúde, orientação farmacêutica, dispensação, atendimento e acompanhamento farmacêutico, registro sistemático das atividades, mensuração e avaliação dos resultados. Lembrando que educação em saúde são combinações de experiências de aprendizagem delineadas em facilitar com que a pessoa alcance um efeito intencional sobre a própria saúde, e difere-se de promoção em saúde pelo fato de ter a plena compreensão e aceitação dos objetivos nas ações desenvolvidas e recomendadas. Com o objetivo de alcançar um novo modelo de formação, com profissionais capacitados para esta atuação integrada e uma intervenção multidisciplinar, docentes dos cursos de farmácia e fisioterapia, farmacêutica orientadora de estágio, acadêmicos de farmácia e fisioterapia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) desenvolveram uma oficina de educação em saúde integrada para um grupo de pessoas acima de 50 anos com diagnóstico de cardiopatias. As oficinas são realizadas na Clínica de Fisioterapia da UNIVALI com periodicidade semanal, todas as quintas-feiras. São realizadas mini palestras com duração de trinta minutos, onde são abordados temas variados sobre medicamentos. Estes encontros, denominados pelos pacientes como “conversa” possuem a finalidade de promover o interesse destes para a importância de aderência ao tratamento prescrito pelo médico, bem como a orientação farmacoterapêutica. A partir dos encontros surgiu a necessidade da intervenção clínica, por meio da reconciliação dos medicamentos, este atendimento ocorre após os encontros. São atendidos dois pacientes por semana, durante a entrevista o objetivo é avaliar os resultados dos medicamentos como a necessidade a efetividade e a segurança. O maior problema encontrado está relacionado com a adesão, uma vez que os pacientes demonstraram desconhecer o benefício dos medicamentos prescritos na sua saúde.Pode-se perceber a partir destas intervenções a veemência com que questionamentos e preocupações surgem, fazendo com que os novos profissionais farmacêuticos possam ser inseridos em um programa multidisciplinar de saúde, com aceitação e solicitação, especialmente dos próprios pacientes e de outros profissionais. Deste modo, o farmacêutico desempenha suas funções perante a sociedade, corresponsabilizando-se pelo bem estar do paciente e

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trabalhando para que este não tenha sua qualidade de vida comprometida por um problema evitável, decorrente de uma terapia farmacológica, sendo o medicamento um meio ou instrumento para se alcançar um resultado, seja este paliativo, curativo ou preventivo.

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O ENSINO FARMACÊUTICO NA BAHIA: AVALIAÇÃO DAS MATRIZES CURRICULARES DOS CURSOS DE FARMÁCIA, 2011

Educação em farmácia; avaliação, fidelidade a diretrizes.

FEDERICO, MARILIA PINTO; PONTES, ANGELA; BORGES, EUSTÁQUIO

LINHARES; DIAS, EDUARDO JORGE CAVALCANTII

O ensino farmacêutico vem passando por mudanças, desde a aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais- DCN (BRASIL, 2002), que definem farmacêutico como profissional com formação generalista, humanista, crítica, reflexiva com competências e habilidades para atuar nas áreas das ciências farmacêuticas. As DCN, publicadas em 2002, foram aprovadas em 2001 e, portanto, estão completando dez anos de existência, porém ainda tem-se discutido e buscado estratégias para sua adequação. Na Bahia, o ensino farmacêutico é centenário e até a última década havia apenas uma instituição de ensino superior para graduar esses profissionais, porém este cenário mudou e, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP (BRASIL, s/d) e do Ministério da Educação (BRASIL, s/d), existem 15 (quinze) Cursos de Farmácia sendo ofertados no Estado. Este estudo objetivou mapear e analisar a situação atual do ensino farmacêutico baiano, e colocação dos egressos no mercado. Trata-se de estudo descritivo, onde foram consultados sites oficiais sobre educação; as matrizes curriculares e os registros do CRF-BA sobre os egressos, em abril de 2011. Foram estudados Cursos de Farmácia autorizados pelo Ministério da Educação e analisadas as variáveis: natureza jurídica e localização da IES, ano de implantação da DCN, carga horária total, trabalho de conclusão de curso (TCC), atividade complementar, estágio e colocação dos egressos no mercado de trabalho.Os dados foram processados através da utilização do Microsoft Office Excel e os resultados apresentados em tabelas e gráficos. Somente 11 IES enviaram a respectiva matriz curricular. Das IES analisadas observou-se que 54,5% (6) eram privadas, enquanto que, as públicas representaram 45,5% (5). Notou-se que 54,5% (6) das IES estão no interior do Estado e 45,5% (5) estão na capital. O Parecer nº 210/04 do Conselho Nacional de Educação (BRASIL, 2004) recomendou implantação das DCN até 2006, porém os dados obtidos neste estudo mostraram que 27,3% (3) das IES não cumpriram esta exigência. Sobre a carga horária total foi observado que 100,0% (11) das IES ofertam o curso com 4000h ou mais, atendendo, portanto, ao que está determinado na Resolução CNE/CES nº 04/09 (BRASIL, 2009), resultado bem mais favorável ao encontrado por Federico e Santos Junior (2007) onde 83,0% dos cursos analisados estavam abaixo dessa faixa.Todas as IES estudadas apresentaram o TCC como disciplina; 45,5% (5) apresentaram atividades complementares com carga horária de 200 horas ou mais e, em 18,2% (2) a carga horária para estágio curricular foi inferior a 800 horas.Os egressos estão distribuídos, predominantemente em Farmácias e Drogarias e Laboratórios Clínicos. Existe a necessidade de ampliação do estudo para as IES cuja matriz curricular não foi avaliada, o que foi uma limitação na pesquisa.Percebeu-se neste trabalho que algumas

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situações desfavoráveis detectadas em estudos anteriores, ainda persistem e outras, melhoraram. Tal fato pode indicar que a implantação das DCN se fez de modo lento e gradativo, e ainda não foi concluído, motivando, portanto, a realização de mais estudos sobre o tema e ratificando a importância do MEC exigir, nos processos de reconhecimento dos cursos, o cumprimento das DCN.

BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CES nº 02 de 19 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Brasília-DF: Diário Oficial da União, 4 mar 2002. Seção 1, p.9. BRASIL. Ministério da Educação. Parecer Homologa nº 210 de 08 de julho de 2004. Aprecia a Indicação CNE/CES 1/2004, referente à adequação técnica e revisão dos Pareceres e/ou Resoluções das Diretrizes Curriculares Nacionais do Cursos de Graduação em Farmácia.Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Brasília-DF: Diário Oficial da União, 24 set 2004. BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CES nº 04 de 6 de abril de 2009. Dispõe sobre carga horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação em Biomedicina, Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição e Terapia Ocupacional, bacharelados, na modalidade presencial.Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Brasília-DF: Diário Oficial da União, 07 abr 2009. Seção 1, p.27 BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. e-MEC. Disponível em: http://emec.mec.gov.br/. Acesso em: 01 de mar de 2011. BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SINAES. Disponível em: http://sinaes.inep.gov.br/sinaes/. Acesso em: 01 de mar de 2011. FEDERICO, M. P.; SANTOS JUNIOR, W. S. D. . Perfil dos cursos de Farmácia do Estado da Bahia. CRF-BA em Revista, v. 2, p. 16-20, 2007

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ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO CURRICULAR - FARSUS NA SALA DE ESPERA

Praticas integrativas; Prevenção; Formação farmacêutica.

MIRANDA, MARIA SPÍNOLA; FERREIRA, JUNIA R. D.; PONTES, ANGELA; PEREIRA, NEILA DE PAULA; CARINHANHA, ROSEANE; COSTA, TAISE D.;

VERENA, ANA; ALENCAR, LETÍCIA; FERREIRA, GUTEMBERG L. Na inovação curricular, nem sempre temos a fórmula exata para abordar novos conhecimentos e inserir novas metodologias fazendo com que corpo docente, discente e técnico possa absorvê-las e adequá-las à nova realidade. Por este pressuposto, há necessidade de inspirar mudanças e adoção de novos comportamentos. Precisa-se ir ao encontro de novos caminhos que possam entusiasmar os estudantes e docentes e para isso cada um deve ser aprendiz. Neste contexto, este projeto tem por finalidade contribuir para integrar, de maneira plena, estudantes da Faculdade de Farmácia da UFBA (FAR/UFBA), especialmente dos programas PERMANECER e PRÓ-SAÚDE, Laboratório de Análises Clínicas (LACTIFAR/SUS) e comunidade SUS que freqüenta a faculdade de Farmácia, proporcionando condições satisfatórias, salutares e prazerosas ao ambiente universitário. Através da elaboração de oficinas que integram a teoria à prática, diversos temas foram abordados com os usuários SUS na sala de espera, a saber: Situação da qualidade do serviço SUS na FAR/UFBA e o que fazer para melhorar (abordagem com a comunidade); Água: você tem sede de que?; Filtro solar, quem usa?; Dengue, leptospirose – prevenção; Câncer de colo de útero – prevenção; Anemias – prevenção, etc. Os resultados parciais dessa atividade têm sido positivos tanto para docentes e discentes quanto para os usuários do serviço do SUS. Como sugestões e críticas para melhoria do serviço, foram apontadas pela comunidade: melhoria no acesso para portadores de necessidades especiais; melhor sinalização; disponibilização de cafezinho; aumento do número de atendentes durante a triagem; menor prazo para entrega dos exames. Esses pontos já estão sendo contemplados na reforma física da Unidade, que está em curso. Em relação aos temas apresentados, houve boa aceitação do público, com grande envolvimento e entusiasmo na participação. Verificou-se, nessa atividade, a importância do serviço do SUS prestado pela Faculdade de Farmácia, onde todos os segmentos consideraram os mesmos como de qualidade superior aos demais serviços disponíveis, especialmente em relação à variedade de exames disponibilizados. BIBLIOGRAFIA BRASIL, Ministério da Saúde - Saúde no Brasil: contribuições para agenda de prioridades de pesquisa, 306p. Conferencia Nacional de Saúde - Brasil falando como quer ser tratado, 2003,189p.

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DEMO, P. Complexidade e Aprendizagem: a Dinâmica não Linear do Conhecimento, 2002, 200p. DEMO, Pesquisa Participante: Saber Pensar e Intervir Junto. 2004, 139p. LUZ, A.M.C Gestão educacional e qualidade social da educação.UFBA, 2007,120p

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ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DA VIVENCIA EM UBS: EDUCAÇÃO EM SAÚDE CONTINUADA

PET- Farmácia, Atenção Primária à Saúde e Educação em Saúde

SILVA, MILENA CRISTINA MARTINS DA; BASTOS, MÍRIAN LETÍCIA CARMO;

CAMPOS, DANIEL MARQUES; CARDOSO, ERICA DE TÁSSIA CARVALHO; LUZ, DIANDRA ARAUJO DA; PINHEIRO, ALANA MIRANDA; PONTES, ANNA CAROLINA

AVELAR DE ARAÚJO; SANTOS, CAMILA COSTA DOS; SARMENTO, ROSANA MOURA; SILVA, ADALGIZA DENIELE VÉRAS; SILVA, JOÃO VICTOR DA SILVA E;

SILVA, LIVALDO COSTA E; SILVA, MALLONE LOPES DA; DOLABELA, MARIA FÂNI.

Os serviços de saúde no Brasil foram organizados em níveis de complexidade e a atenção primária (baixa complexidade) é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). O PET- FARMÁCIA/UFPA realiza atividades educativas na atenção primária, abordando temas relacionados aos programas presentes na Unidade Básica de Saúde (UBS). Preocupados com a importância da atividade para a população, também são aplicados questionários para verificar a eficácia da educação em saúde desenvolvida pelo grupo na UBS. Avaliar quantitativamente o grau de informação do usuário, antes e após a atividade de educação em saúde realizada pelo grupo PET- FARMÁCIA/UFPA na UBS de um bairro de Belém. Analisar o grau prévio de conhecimento dos usuários que participaram da atividade educativa. Pesquisar a aquisição de conhecimento após a realização da atividade . Antes e depois do desenvolvimento das atividades pelo grupo PET- FARMÁCIA/UFPA, desempenhadas por meio de palestras, rodas de conversas e entregas de folders foram aplicados formulários com perguntas a respeito do grau de conhecimento dos usuários sobre o tema, o contato com o assunto e sua importância, entre outras perguntas que admitiram as seguintes alternativas como resposta: muito; pouco; razoável e nenhum conhecimento, importância ou informação. Os formulários foram analisados calculando-se a porcentagem de cada resposta antes e depois das atividades e então comparou-se os resultados. Nos formulários observou-se mediante porcentagem dos indivíduos entrevistados que antes das atividades desenvolvidas pelo PET- FARMÁCIA/UFPA 13,5% consideravam entender muito sobre o assunto e 56% entendia pouco. 35% admitiram ter muito contato e 32% consideravam ter pouco contato com o tema. 30% das pessoas afirmaram receber pouca informação de profissionais de saúde como médicos, enfermeiros, entre outros e 52% afirmaram nunca terem recebido informações a respeito dos temas. 58% consideraram muito importantes trabalhos e campanhas que esclareçam sobre os temas. Depois das atividades 30% dos participantes consideraram entender muito sobre o assunto e 33% pouco. 63% admitiram ter muito contato com o tema e 22% pouco contato. 8,4% afirmou receber pouca informação de profissionais da saúde sobre o tema e 59% nunca recebeu informação alguma. 88% dos entrevistados considerou muito importante trabalhos que esclareçam os temas. Desta forma a quantidade de

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participantes que entendia muito sobre os assuntos aumentou consideravelmente com o desenvolvimento das atividades, o que é muito importante pois o número de entrevistados que admitiram ter muito contato com o tema aumentou de 35% para 63%. O numero de pessoas que considerou receber pouca informação sobre os temas diminuiu, porém a quantidade de indivíduos que nunca receberam informação alguma por parte de profissionais de saúde se manteve praticamente o mesmo. Por fim observou-se que a quantidade de participantes que consideraram muito importantes trabalhos que informem sobre os temas aumentou significativamente demonstrando a importância e eficácia do desenvolvimento dessas atividades de educação em saúde para a população. Com análise dos formulários foi comprovada a importância das atividades de educação em saúde desenvolvidas pelo grupo PET- FARMÁCIA/UFPA para a comunidade atendida. BIBLIOGRAFIA Governo Federal, Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm. Acesso em: 28/05/2011.

LEGISLAÇÃO DO SUS. Disponível em: < http://www.aids.gov.br/incentivo/manual/legislacao_sus.pdf>. Acesso em: 28/05/2011. Ministério da Saúde, ATENÇÃO BÁSICA E A SAÚDE DA FAMILIA. Disponível em: <http://dab.saude.gov.br/atencaobasica.php>. Acesso em: 28/05/2011

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COMPORTAMENTO EVOLUTIVO DOS PRINCIPAIS INDICADORES DO CURSO DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ: AMPLIAR

PARA CONSOLIDAR

Currículo, diretrizes curriculares.

SOARES, LEONARDO FERREIRA; MEDEIROS, MARIA DAS GRAÇAS FREIRE; BRITO, CLEITON ALVES; SANTOS, RODOLFO RITCHELLE LIMA.

O curso de Farmácia da UFPI tem 19 anos, este período está dividido em processo de criação, reconhecimento e adequações. A implantação do currículo generalista apresentou no seu decorrer uma fase de transição até a consolidação atual. O presente estudo objetiva apresentar, em números, a fase de transição até a implantação do currículo generalista. Foi realizada uma avaliação da evolução dos principiais indicadores do curso de farmácia do CCS/UFPI. Demonstra através de gráficos o número de estudantes ingressantes, matriculados, diferença entre prováveis concluintes e concluintes e a taxa de sucesso da graduação (TSG) no curso de farmácia, entre os anos de 2000 e 2009. Tabelas relacionam os concludentes na duração padrão do curso (DPC = 4 anos) com o cancelamento de matrícula e o tempo médio para a integralização do curso no intervalo de 1992 a 2003, por período de ingresso. Observou-se que o número de estudantes que ingressaram no curso de Farmácia da UFPI via Vestibular/PSIU nos anos de 2000 a 2006 se manteve praticamente constante (35 vagas/ano). A partir do ano de 2007 esse número subiu para 50 vagas/ano. Entretanto, a quantidade de alunos que ingressaram via transferências foi pequena, sendo que a partir de 2006 esse valor chegou a zero. Os ingressos via PCS (Portadores de Curso Superior) foram modestos, apenas 11 em 2000 e zero nos anos seguintes. Com relação às matriculas, levou-se em consideração só o alunos com matricula curricular e não somente o vínculo institucional. Considerou-se unicamente o segundo semestre de cada ano, quando todos os alunos novos já terão ingressado. O número de matriculados foi crescente de 2007 a 2009, período em que a quantidade de vagas ofertadas também foi maior. O curso de Farmácia forma, em média, 25 alunos por aluno. Percebe-se que os concludentes nos anos de 2005 e 2006 foram 34 e 35, respectivamente, com uma queda abrupta nos dois anos seguintes, período de transição do currículo velho para o currículo generalista. Segundo o ministério da educação a taxa de sucesso da graduação é um indicador bastante utilizado nas estatísticas de desempenho dos cursos de graduação. Pois, indica a proporção dos alunos que entram e saem de um determinado curso. A TSG é calculada dividindo-se o número de concludentes de um determinado período, pelo número de ingressantes de um período X (DPC) anos atrás. No caso do curso de Farmácia seria de 5 anos ou 10 períodos antes. A TSG ideal é 1,0 (um). No período de 2006 a 2009 a TSG de Farmácia caiu de 0,81 para 0,60, passando por valores baixíssimos nos anos de 2007 e 2008. O período de transição de currículos afetou alguns indicadores, porém a implantação do currículo generalista vem apresentando

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índices satisfatórios no que pese a este interstício entre implantação e conclusão das primeiras turmas de generalistas. BIBLIOGRAFIA Projeto Político Pedagógico do Curso de Farmácia da Universidade Federal do Piauí.Teresina-PI. 88p. 2006.

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O TRABALHO DO FARMACÊUTICO NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA ANÁLISE EXPLORATÓRIA DA PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO E DA ORIENTAÇÃO

PRODUÇÃO PROFISSIONAL

Atenção básica, atenção farmacêutica, assistência farmacêutica.

SOUSA, IEDDA CAROLINA; RIBEIRO, CAMILA SIMÕES; SCHERER, MAGDA DUARTE DOS ANJOS; BARBERATO, LUANA; OLIVEIRA, ANDRÉIA DE

A estratégia de fortalecimento da atenção básica de saúde no Brasil inclui a ampliação das equipes multiprofissionais, com competência para atuar na complexidade do processo saúde-doença, e neste contexto insere-se o farmacêutico. A profissão farmacêutica, ao longo de sua história, mudou. De elaborador de medicamentos, o farmacêutico se transformou também em vendedor de medicamentos e hoje constrói uma nova área de atuação, a “Atenção Farmacêutica”, evidenciando a busca pela aproximação do profissional com o paciente e pela inovação no processo de trabalho. O presente estudo tem como objetivo conhecer e analisar a produção científica atual e os principais documentos sobre a prática do farmacêutico na atenção básica, bem como a normatização orientadora, as demandas e estratégias para a prática nessa área, apontadas pela categoria profissional. Estudo exploratório descritivo de revisão da literatura e análise documental sobre as práticas do farmacêutico na atenção básica. Coleta de dados no período de agosto 2010 a abril 2011. A análise dos dados foi realizada a partir da freqüência com que os temas apareciam e foram estabelecidas categorias-chave buscando estruturar um corpo coerente de informações. A revisão da literatura evidencia que a produção científica na temática concentra-se na discussão da Assistência Farmacêutica como integrante da AB, do uso racional de medicamentos, da inserção do farmacêutico no trabalho em equipe, das necessidades de formação para AB, do uso de novas tecnologias e da necessidade de vínculo com comunidade e com os usuários. Evidencia ainda que a atuação efetiva do farmacêutico é barrada por entraves como: condições precárias de infra-estrutura das farmácias, dificuldades de interação farmacêutico-usuário, predomínio significativo do modelo médico-curativo nos serviços de saúde. Quanto à análise das normas, apenas os documentos relacionados aos Núcleos de Apoio à Saúde da Família e à Política Nacional de Atenção Básica trouxeram elementos sobre a prática farmacêutica na atenção básica. Os congressos da área têm mostrado uma tendência que reflete uma preocupação com a inserção efetiva do farmacêutico como profissional de saúde e para uma prática voltada para o cuidado. Existe pouca produção na temática, que evidencia uma inserção profissional ainda incipiente, atuação do farmacêutico isolada da equipe e um risco de culpabilização do profissional pela falta dessa integração. Algumas conquistas legais potencializam a atuação do farmacêutico na AB, dentre elas, a definição legal e adoção da Assistência Farmacêutica e das Políticas de Medicamentos pelo SUS, bem como a PNAB e a criação do NASF. Entretanto, a construção de novas diretrizes que complementem as existentes e a sistematização do conhecimento produzido na prática faz-se necessários para nortear a atuação na atenção básica. O estudo evidenciou a

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necessidade que a categoria tem em desenvolver muito mais o campo do que o núcleo de competência e responsabilidade profissional, ao mesmo tempo que de fortalecer a sua autonomia na prática profissional na AB. BIBLIOGRAFIA ARAÚJO, A. L. A. et al. Perfil da assistência farmacêutica na atenção primária do Sistema Único de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 13(Sup):611-617, 2008 Disponível em:< http://redalyc.uaemex.mx/pdf/630/63009707.pdf> Acesso em: 15/02/2011 ARAÚJO, A.L.A.; FREITAS, O. Concepções do profissional farmacêutico sobre a assistência farmacêutica na unidade básica de saúde: dificuldades e elementos para a mudança. Rev. Bras. Ciên. Farm., v.42, n.1, p.137-46, 2006. Disponível em: , http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v44n4/v44n4a06.pdf Acesso em: 14/01/2011 ARAÚJO, A.L.A.; UETA, J.M.; FREITAS, O. Assistência Farmacêutica como um modelo tecnológico em atenção primária à saúde. Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl., v.26, n.p.87-92, 2005. Dísponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v44n4/v44n4a06.pdf Acesso em: 25/02/2011 BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de atenção básica: Diretrizes do NASF. Brasília. 2009. OLIVEIRA, A.B.; OYAKAWA, C.N.; MIGUEL, M.D.; ZANIN, S.M.W.; MONTRUCCHIO, D.P. Obstáculos da Atenção Farmacêutica no Brasil. Rev. Bras. Ciên.Farm.,v.41, n.4, p.409-413, 2005. PEREIRA, L.R.L.; & FREITAS, O. A evolução da Atenção Farmacêutica e a perspectiva para o Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. vol. 44, n. 4, out./dez., 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v44n4/v44n4a06.pdf> Acesso em:28/11/2010 RICIERI, M.C. et al. O Farmacêutico no Contexto da Estratégia em Saúde da Família. Que Realidade é Essa? Visão Acadêmica, Vol. 7, No 2. 2006. VIEIRA,F.S. Possibilidades de contribuição do farmacêutico para a promoção da saúde.Ciência & Saúde Coletiva, 12(1):213-220, 2007.

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ESTRUTURAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NAS UNIDADES DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DE SANTA CATARINA

Assistência Farmacêutica, Farmácias, Atenção Primária à Saúde.

RODRIGUES, DIEGO TRAJANO; MACIEL, CAROLINE VIEIRA; LORA, JULIANA;

BECKER, INDIANARA REYNAUD TORETI. Investir na estruturação e na organização dos serviços de assistência farmacêutica significa qualificar a aplicação dos recursos financeiros, na medida em que um serviço organizado pode reduzir perdas, evitar o uso irracional de medicamentos, reduzir os erros de medicação, etc. Deste modo, não é possível a estruturação da Assistência Farmacêutica básica sem que as Unidades de Saúde disponham de farmácias com infra-estrutura física, recursos humanos e materiais que permitam a integração dos serviços. Com intuito de orientar gestores, farmacêuticos e profissionais de saúde do sistema público de saúde na estruturação dos serviços farmacêuticos o Ministério da Saúde publica as Diretrizes para Estruturação de Farmácias no Âmbito do SUS. (BRASIL, 2009). Avaliar se as unidades de saúde da família de um município de Santa Catarina estão estruturadas para o desenvolvimento dos serviços de Assistência Farmacêutica, segundo diretrizes apontadas pelo Ministério da Saúde. Foram incluídas na amostra todas as farmácias das unidades de saúde da família existentes no município (n=28). As dimensões avaliadas foram (BRASIL, 2009): a) Documentos e Procedimentos para Regularização da Farmácia; b) Serviços Farmacêuticos – Técnico Gerenciais (programação, solicitação/requisição, recebimento, estocagem, controle de estoque); c) Serviços Farmacêuticos – Técnico Assistenciais (dispensação) e d) Área Física. A técnica de coleta de dados utilizada foi observação in loco e entrevista com os enfermeiros responsáveis pelas unidades. As visitas foram realizadas sem aviso ou comunicado prévio, entre os meses de agosto e setembro de 2010. Os dados foram registrados em formulário estruturado antecipadamente elaborado. De acordo com os preceitos éticos vigentes, este projeto de pesquisa foi avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa – UNESC. No que diz respeito às condições ambientais de estocagem necessárias para a garantia da qualidade dos medicamentos, 96% (n=27) das unidades de saúde não realizam controle de temperatura e umidade, 11% (n=3) possuem medicamentos expostos à luz solar, 75% (n=21) das unidades não possuem prateleiras em número suficientes. Em todas as unidades não há controle de estoque eficiente e a dispensação é realizada por enfermeiros e/ou técnicos de enfermagem. Em 79% (n=22) das unidades a área física não é exclusiva para a dispensação de medicamentos. Os espaços físicos destinados ao armazenamento e dispensação de medicamentos são reduzidos além de não contarem, muitas vezes, com requisitos essenciais para preservar a qualidade do medicamento. A ausência do profissional habilitado, a ausência de controle de estoque e a falta de padronização das atividades de Assistência Farmacêutica em âmbito municipal é um dos fatores que tem dificultado a atividade de programação com consequente comprometimento do acesso ao medicamento e a garantia de seu uso racional. As farmácias disponibilizadas nas unidades de saúde do município em análise não atendem, em muitos aspectos, as

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diretrizes do Ministério da Saúde. A qualificação das atividades de Assistência Farmacêutica requer qualificação dos profissionais envolvidos no desenvolvimento das atividades, maior inserção de profissionais farmacêuticos na execução e gerenciamento dessas atividades, disponibilidade de informações sobre medicamentos e urgente readequação do espaço físico. BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Medicamentos (1999). 6ª Reimpressão. 40p. Ïl - (Série C. Projetos, Programas e Relatórios, n.25). Brasília: Ministério da Saúde, 2002. BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 338, de 06 de maio de 2004. Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Seção 1 n. 96, 20 de maio de 2004. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Diretrizes para estruturação de farmácias no âmbito do Sistema Único de Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 44 p.

Financiamento: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/UNESC). Edital n°05/2010.

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FITOTERAPIA RACIONAL: ASPECTOS ETNOBOTÂNICOS, TAXONÔMICOS, AGROECOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS

Fitoterapia. Plantas Medicinais. Etnobotânica.

ROSSATO, A.E.; CITADINI-ZANETTE, V.; SANTOS, R.R.; BORGES, M.S.; CARDOSO, P.S.; AMBONI, A.P.; DESTRO, B.; LORA, J.; AMARAL, P.A.

A Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) visando compartilhar conhecimentos entre a Comunidade e a Universidade sobre as plantas medicinais e sua utilização racional, mantém parceria desde o ano de 2000 com a Pastoral da Saúde da Diocese de Criciúma (SC), Regional Sul IV. Por tratar-se de atividade com caráter multidisciplinar, interligando profissionais e saberes de diversas áreas do conhecimento, entre elas as da saúde e ambiental, as plantas são estudadas e avaliadas quanto aos aspectos etnobotânicos, taxonômicos, agroecológicos, terapêuticos e sócio-econômicos. Compartilhar experiências e saberes sobre as plantas medicinais entre a Comunidade e a Universidade, com o intuito de resgatar o conhecimento popular, promover o uso racional da fitoterapia por meio de encontros com agentes da Pastoral da Saúde da Diocese de Criciúma (SC), Regional Sul IV e do incentivo à pesquisa científica de cunho acadêmico, além da formação de profissionais nesta área de interesse. Este projeto inicialmente capacita os acadêmicos bolsistas/voluntários, posteriormente realizam pesquisas em bibliografias e sites científicos sobre as plantas medicinais. Paralelamente ocorrem encontros mensais, denominado “Compartilhando Saberes sobre Plantas Medicinais”, com as agentes da Pastoral da Saúde interessadas em compartilhar experiências sobre taxonomia, cultivo e uso terapêutico das plantas medicinais. No ano de 2010 foram realizados 8 encontros e estudadas 8 plantas medicinais nos seus aspectos etnobotânicos, taxonômicos, agroecológicos e terapêuticos, sendo elas: Croton celtidifolius (Sangue de dragão), Equisetum hyemale (Cavalinha), Mentha piperita (Menta, hortelã), Hibiscus acetosella (Vinagreira), Physalis pubescens L. (Balãozinho, fisalis), Cordia currasivica/ Cordia verbanacea ou Varrania verbanacea (Erva-baleeira, balieira.cordia, balieira-cambará), Eugenia uniflora L. (Pitanga, pitangueira), Xylopia brasiliensens (Pindaíba, pindaúva), cujas informações foram apresentadas nos encontros mensais “Compartilhando Saberes sobre Plantas Medicinais” e posteriormente compilados em uma Apostila. Também realizou-se em 2010 um encontro prático, no qual todo grupo visitou o horto-florestal da UNESC. Além disso, o grupo participou em 2010 da VI Jornada Catarinense de Plantas Medicinais em Florianópolis, onde foi apresentada a dinâmica do projeto nas modalidades de pôster e comunicação oral e também foi ministrado um curso sobre Plantas Medicinais da Região Sul, participamos da 1º Semana de Ciência e Tecnologia da UNESC, na modalidade de pôster. Foi desenvolvido junto ao projeto três TCC, um Projeto de Iniciação Científica (PIC 170), um PIBIC, também teve a publicação de um artigo e a publicação de dois Boletins Informativos e atualmente aguarda-se a resposta para publicação de um livro realizado juntamente ao projeto. As interações e as conexões entre os conhecimentos científicos

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e populares têm apresentado expressiva relevância acadêmico/social, por possibilitar a melhoria da compreensão interdisciplinar sobre a taxonomia, cultivo e a utilização das plantas medicinais. O compartilhamento de informações, resultante deste projeto, se multiplica na comunidade de Criciúma e região por meio da prática e do convívio comunitário das agentes da Pastoral da Saúde que participam dos encontros mensais. Estas repassam as informações às demais agentes integradas à Pastoral da Saúde. Na Universidade o conhecimento gerado durante os encontros se materializa por meio da participação dos professores, acadêmico-bolsistas e voluntários, projetos de pesquisa e trabalhos acadêmicos.

BIBLIOGRAFIA

BRASIL.Ministério da Saúde. ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Instrução Normativa no 5, de 31 de março de 2010. Determina a publicação da "Lista de referências bibliográficas para avaliação de segurança e eficácia de fitoterápicos". BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Decreto Presidencial Nº. 5.813, de 22 de junho de 2006. Brasília, DF. Ministério da Saúde. 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Brasília, DF. Ministério da Saúde, 2009. DI STASI, Luiz Cláudio. Plantas Medicinais: arte e ciência. Um guia de estudo interdisciplinar. São Paulo: Ed. NESP, 1996. 230 p. ELISABETSKY, Elaine. Etnofarmacologia. Cienc.Cult [online]. 2003, v.55, n.3, pp.35-36. YUNES, Rosendo Augusto; CALIXTO, João Batista. Plantas medicinais sob a ótica da química medicinal. Moderna. Chapecó, SC: UNOESC, 2001. 523 p. LORENZI, Harri; MATOS, F. J. de Abreu. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. São Paulo: Instituto Plantarum, 2002. 512 p. OLIVEIRA Célida Juliana de; ARAÚJO Thelma Leite de. Plantas medicinais: usos e crenças de idosos portadores de hipertensão arterial. Revista Eletrônica de Enfermagem. v. 09, n. 01, p. 93 – 105, 2007. ROSSATO, Angela Erna; KRÜGER, Anderson Zilli. As políticas de saúde para o uso de plantas medicinais e fitoterápicos na rede pública brasileira. Revista Pesquisa e Extensão em Saúde, Criciúma, SC, v.2, n.1, p.45-58, 2005. SCHULZ, Volker; HÄNSEL, Rudolf; TYLER, Varro E. Fitoterapia racional: um guia de fitoterapia para as ciências da saúde. São Paulo: Manole, 2002. 386 p.

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VANACLOCHA, Bernat Vanaclocha; FOLCARÀ, Salvador Cañigueral. Fitoterapia: vademécum de prescripción. 4. ed. Barcelona: Masson, 2003. 1091 p. Fonte Financiadora: O presente projeto está sendo realizado junto a PROPEX e às Diretorias de Extensão da UNASAU e UNAHCE – UNESC, com recursos financeiros da própria Instituição, que o elevou a partir de 2008 a Projeto Institucional.

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FARMÁCIA SOLIDÁRIA UNESC COMO CENÁRIO PARA INTEGRAÇÃO

ENSINO-SERVIÇO.

Relações Comunidade-Instituição, Medicamentos, Assistência Farmacêutica.

MATIAS, DYEISON BERNARDO, BRESOLA, JOZIANE, UGGIONI, ELAINE CASTAGNETTI BORGES, LORA, JULIANA, ROSSATO, ANGELA ERNA, BECKER,

INDIANARA REYNAUD TORETI

No Brasil, existem milhões de pessoas que não têm acesso aos medicamentos. Em contrapartida existem situações como a dispensação de medicamentos em quantidade além da necessária para o tratamento, as amostras grátis distribuídas como forma de propaganda, e o gerenciamento inadequado de medicamentos geram sobra de medicamentos. Com a preocupação de otimizar sobras de medicamentos, visando o uso racional e o descarte correto dos mesmos, foi criada a Farmácia Solidária UNESC, em agosto de 2006, junto às Clínicas Integradas de Saúde da UNESC. Trata-se de um projeto de extensão, que conta com a participação ativa de acadêmicos do curso de farmácia e voluntários, além de parcerias com Cruz Vermelha Brasileira (filial Criciúma) e Secretaria do Sistema de Saúde de Criciúma. Pretende-se através deste, demonstrar os resultados obtidos pelo projeto no ano de 2010. Os medicamentos são obtidos por meio de doações da comunidade, médicos, indústrias farmacêuticas e distribuidoras de medicamentos. Além disso, campanhas de arrecadação realizadas periodicamente com apoio dos acadêmicos do Curso de Farmácia da UNESC e voluntários contribuem para a manutenção dos estoques da farmácia. Todos os medicamentos doados são aceitos, sob quaisquer condições de qualidade e/ou quantidade. O material recebido em doação passa por uma avaliação técnica e, posteriormente, é disponibilizado mediante apresentação de prescrição médica. Os medicamentos arrecadados são cadastrados em um sistema informatizado, com seu preço de custo. Além das atividades de arrecadação e distribuição gratuita de medicamentos o projeto realiza atividades de educação em saúde para a promoção do uso racional de medicamentos, através de palestras, divulgação em mídia eletrônica, rádio, tv, etc. No ano de 2010, foram realizados 26.778 atendimentos na Farmácia Solidária, sendo que 40,3% (n=10.786) destes foram contemplados com medicamentos. O valor de medicamentos doados aos pacientes totalizou R$ 866.184,08. Além dos pontos fixos de coleta, foram realizadas 06 campanhas para arrecadação de medicamentos, envolvendo 14.924 participantes e R$1.007.143,57 em medicamentos arrecadados. Foram segregados e descartados 882,45kg de medicamentos impróprios para consumo. O projeto contou com a participação direta de 122 acadêmicos no desenvolvimento de suas atividades, além de voluntários. As atividades de divulgação, capacitação e educação em saúde totalizaram 32 h/a, beneficiando diretamente 2.850 pessoas, entre profissionais de saúde da rede municipal de criciúma e usuários de medicamentos. Durante o ano o projeto conseguiu 24 inserções na mídia. Dois materiais técnicos foram elaborados, sendo estes dois flyers, um sobre o funcionamento da farmácia e outro sobre armazenamento domiciliar de medicamentos. Ambos foram confeccionados com captação de recursos externos e distribuídos à população durante as atividades de

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divulgação do projeto. Através de suas atividades, a Farmácia Solidária UNESC evita a utilização irracional de medicamentos estocados em domicílio, diminuindo o risco de intoxicações medicamentosas, bem como desperdícios; contribui para o tratamento e restabelecimento da saúde através do acesso gratuito aos medicamentos e garante um descarte adequado para os medicamentos com prazo de validade vencido ou em más condições para consumo. BIBLIOGRAFIA MARIN, N.; Assistência farmacêutica para gerentes municipais; Rio de Janeiro: OPAS/OMS, 2003. OLIVEIRA, M.A., BERMUDEZ, J.A.Z., OSORIO-DE-CASTRO, C. G. S. Assistência Farmacêutica e Acesso a medicamentos. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz; 2007. 112 p. SCHENKEL, E. P.; FERNANDÉS, L. C.; MENGUE, S. S.; Como são armazenados os medicamentos nos domicílios?; Acta farmacéutica bonaerense - vol. 24 n° 2: 266 - 70; 2005. SCHENKEL, E. P.; MENGUE, S. S.; PETROVICK, P. R.; Cuidados com os medicamentos. 4. ed. Porto Alegre: UFRGS; Florianópolis:UFSC, 2004, p.33,37. VIEIRA, F. S.; Possibilidades de contribuição do farmacêutico para a promoção da saúde; Ciência & Saúde Coletiva, 12 (1):213-220, 2007.

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LEVANTAMENTO DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E DA PRÁTICA

DE POLIFARMÁCIA EM PACIENTES HIPERTENSOS E DIABÉTICOS DO

PSF/CAIC DO BAIRRO IMACULADA EM VARGINHA-MG

Polimedicação, Uso de Medicamentos, Interações de Medicamentos

SILVA, Wilson Bernardes da; SILVA, Rosilaine C. da; SILVA, Leila da. O uso racional de medicamento é prática importante para a população em geral e em especial para grupos específicos, no caso dos hipertensos e diabéticos, devido à presença freqüente de múltiplas patologias, requerendo terapias diferentes, as quais podem resultar no uso concomitante de vários medicamentos, denominado polifarmácia. A polifarmácia é caracterizada pela ingestão de 5 ou mais medicamentos, e esta associada ao aumento do risco e da gravidade das RAM (Reação adversa ao medicamento), podendo causar toxicidade cumulativa, ocasionar erros de medicação, reduzir a adesão ao tratamento, elevar a morbimortalidade, e também aumentar as chances de ocorrer as interações medicamentosas. O presente estudo foi realizado a fim de levantar junto à população hipertensa e diabética do PSF/CAIC do Bairro Imaculada em Varginha–MG, informações para evidenciar a prática de polifarmácia e a ocorrência de possíveis interações medicamentosas. Realizou-se uma pesquisa descritiva, do mês de maio a agosto de 2011, na população que frequenta a unidade básica de saúde, do PSF/CAIC no Bairro Imaculada em Varginha/MG, autorizado pelo CEP da UNIFENAS sob nº 78/2011, onde foram pesquisadas 122 pessoas portadoras de Hipertensão e/ou Diabetes, para verificação da prática de polifarmácia e de possíveis interações medicamentosas. A análise das interações medicamentosas foi feita através da base de dados Drugs.com, pareando-se todos os medicamentos existentes na prescrição e, obtendo-se uma lista com as interações medicamentosas encontradas, classificando-as como: Maiores, Moderadas e Leves. O estudo levantou a prática de polifarmácia e potenciais interações medicamentosas, de 122 pacientes, com idade entre 22 a 91 anos (média= 56 anos), do PSF/CAIC Imaculada, sendo 34% dos pacientes do sexo Masculino e 66% do sexo Feminino. Do total de pacientes 45% utilizam mais de 5 medicamentos, o número de medicamentos tomados por dia foi de no mínimo 1 e no máximo 20. O elevado número de medicamentos por paciente apresentou num total de 301 interações, sendo 154 interações diferentes. Dos pacientes pesquisados, 73% apresentaram pelo menos uma potencial interação. Elas se apresentaram da seguinte forma: 10% Interações Maiores, 86% Interações Moderadas e 4% Interações Leves. Com o estudo podemos verificar que (45%) dos pacientes

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prática a polifarmácia. Evidenciou-se um elevado número de interações medicamentosas (301), onde 73% dos pacientes apresentam pelo menos uma interação potencial na medicação tomada. Dos pacientes que apresentam interações, 86% são interações que pode resultar em exacerbação das condições clínicas do paciente e/ou requererem a troca da terapia, havendo a necessidade do estabelecimento de estratégias racionalizadoras, que permitam o uso consciente e seguro dos medicamentos. BIBLIOGRAFIA Alberti, K.; Zimmet, P.; Shaw, J. Diabet Med 2006, 23, 469-80. Sociedade Brasileira de Hipertensão. Arq Bras Cardiol. 2005, 84, 1-2.

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EXPERIÊNCIAS, VIVÊNCIAS E IMPACTO NA FORMAÇÃO DE UM ESTUDANTE DE FARMÁCIA PARTICIPANTE DO PET-SAÚDE/ SAÚDE DA

FAMÍLIA

Farmácia, Saúde da Família, PET-Saúde.

PAGNUSSAT, LIDIANE RIVA; LUZA, KATIA; DAL'MASO, MARGARETH ADELINA BUAES; REALI, LUIZA; CERVI, MARIZA C.; BARELLI, CRISTIANE .

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) constitui-se em uma das atuais políticas indutoras dos Ministérios da Saúde e da Educação proposta para modificar a formação dos profissionais de saúde, atendendo as necessidades do país. O objetivo deste resumo é relatar a contribuição das experiências e vivências proporcionadas pelo PET-Saúde/Saúde da Família (SF) no processo de formação de uma acadêmica de Farmácia da Universidade de Passo Fundo, no período de 2009-2011. As experiências/vivências do PET-Saúde promovem: participação no processo de trabalho da equipe de saúde da família; aproximação com a comunidade; incorporação de práticas pedagógicas e treinamento de habilidades; desenvolvimento de pesquisa científica; e o processo de educação permanente. Estas atividades possuem caráter interdisciplinar e multiprofissional permitindo o contato com profissionais e estudantes de vários cursos, o que raramente ocorre na graduação. Também proporciona contato com os usuários dos serviços, levando a troca de experiências e mútua aprendizagem, compreendendo que o saber acadêmico e popular deve caminhar junto para efetiva promoção da saúde/prevenção de doenças, o que visto em uma perspectiva ampliada, na lógica da integralidade do cuidado e no contexto em que as pessoas vivem e adoecem, permite a prática do vinculo e do acolhimento, algo que nem sempre o balcão da farmácia permite. Neste contexto, o desenvolvimento curricular se aproxima do mundo do trabalho diminuindo a distancia que existe entre a academia/serviços/comunidade. Acompanhar a rotina do serviço melhora a compreensão do funcionamento de uma unidade de saúde e das funções desenvolvidas pelos profissionais, além de permitir a reflexão crítica sobre o futuro local de trabalho, com visão integral do processo saúde-doença e práticas mais humanizadas. Essa contribuição na formação é ainda maior para o profissional farmacêutico já que este não está diretamente inserido na Atenção Primaria a Saúde (APS). O PET-Saúde representa uma oportunidade para os egressos entenderem a importância e atribuições profissionais quando estiverem atuando na rede, pois a saúde coletiva sendo uma disciplina obrigatória, ainda não atrai o interesse dos alunos. E no PET o processo de aprendizagem fica mais dinâmico que as aulas tradicionais, valorizando demandas reais e promovendo oportunidades ao estudante de exercitar o comprometimento e de treinar habilidades de tomada de decisões, comunicação, liderança e educação permanente. Os “PETianos” são desafiados a buscar informações sobre vários temas e estimulados ao desenvolvimento de pesquisas aplicadas a APS, propondo e executando ações para modificar uma situação de risco e melhorar a qualidade de vida da comunidade, valorizando o conhecimento apreendido

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e do farmacêutico, fortalecendo sua identidade profissional na equipe de saúde, nem sempre vivenciados no curso de graduação. O PET-Saúde/SF de Passo Fundo/RS ao longo destes três anos contribuiu significativamente na formação da estudante de farmácia que deverá ingressar no mercado de trabalho mais qualificada e com conhecimentos mais próximos da realidade da APS, com uma visão diferenciada sobre o processo saúde-doença e a prática assistencial à saúde individual e coletiva. BIBLIOGRAFIA BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SCTIE/DAF. I Fórum Nacional de Educação Farmacêutica: o farmacêutico de que o Brasil necessita – relatório final. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008. 68p. VINHOLES, E. R.; ALANO, G. M.; GALATO, D. A percepção da comunidade sobre a atuação do Serviço de Atenção Farmacêutica em ações de educação em saúde relacionadas à promoção do uso racional de medicamentos. Saude soc, 18(2): 293-303, 2009.

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APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA EM ADULTOS: O QUE MOBILIZA A

APREENSÃO DE CONHECIMENTOS?

Aprendizagem significativa; educação farmacêutica; educação permanente.

BARELLI, CRISTIANE; SCHERER, JOSE IVO; ROSA FILHO, LUIZ ARTUR; BRUNING, GUILHERME E.; GONÇALVES, CARLA B.C.; CERVI, MARIZA C.

O desafio de tornar a aprendizagem significativa, tendo a interação social como pressuposto, integra o cotidiano das experiências formativas. O processo de aprender implica em mais que divulgação de conhecimentos. Deve contribuir para a formação profissional, mudança de atitudes e de condutas. Os profissionais de saúde precisam superar estes desafios e os cursos devem estimular o desenvolvimento de competências e habilidades capazes de promover a educação para a saúde. A partir das diretrizes curriculares nacionais, aprovadas em 2002, o curso de graduação em farmácia almeja uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva. O egresso deverá atuar em todos os níveis de atenção, com base no rigor científico e intelectual. Contudo, nas praticas pedagógicas ainda predominam modelos ultrapassados, centralizados no professor, pela transmissão do conhecimento. Pouco eficaz e muito distante da realidade que os profissionais irão encontrar no mundo do trabalho. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência da oficina de aprendizagem de adultos realizada com acadêmicos de Farmácia que cursam a disciplina de Educação em Saúde. Esta tem como objetivo promover vivências em diferentes estratégias e técnicas pedagógicas instrumentalizando os futuros profissionais nas ações de promoção de saúde e prevenção de doenças, mediadas por práticas interativas que contemplem os princípios de aprendizagem dos adultos, conforme as diretrizes do SUS, atendendo também as políticas relativas à assistência farmacêutica. Esta oficina é realizada nos primeiros encontros, para sensibilizar os estudantes e identificar quais os elementos que mais mobilizam a aprendizagem, a partir do relato de experiências e vivencias pessoais. Foi utilizada a técnica de Phillips 66 adaptada, em vários ciclos: 1º cada participante faz um relato por escrito de uma situação de aprendizagem pessoal marcante, descrevendo-a de forma detalhada; em seguida, em duplas, as experiências são compartilhadas; no 3ºmomento os ouvintes relatam em pequenos grupos o que ouviram; em rodadas sucessivas procura-se listar quais os elementos identificados nos relatos capazes de mobilizar as aprendizagens dos participantes. Dos 23 estudantes os elementos mobilizadores de aprendizagem mais recorrentes foram: medo, desejo de superação, necessidade de conhecer os limites e autosuficiência. A persistência e a dedicação foram apontadas como necessárias para aprendizagem significativa, assim como o apoio de amigos e familiares. Os desafios listados para farmaceuticos na pratica profissional foram: saber ouvir, respeitar as diferenças e lidar com o conhecimento prévio das pessoas. Ao serem questionados sobre como foi ouvir o colega contando a sua experiência destacou-se o desconforto e a necessidade de uma postura empática. Todas estas reflexões foram associadas ao cotidiano dos serviços de saúde e nas relações farmacêutico-usuários e farmacêuticos-equipe de saúde.

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Repensar sobre o que mobiliza o aprendizado traz avanços a medida que problematiza as praticas atuais e estimula o desenvolvimento e a busca de tecnologias leves mais efetivas no cuidado em saúde. Não obstante, impõe aos docentes que “revisitem” suas praticas. Exige das instituições que estabeleçam diretrizes de formação docente capazes de atender as demandas de formação profissional compatíveis com o cuidado em saúde mais efetivo, qualificado, integral e humanizado. BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação em Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 64 p. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 2, de 19 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia. POZO, J.I. Aprendizes e mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002.

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EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS PELOS ALUNOS DO CURSO DE

FARMÁCIA NO ATENDIMENTO A POPULAÇÃO NA FARMÁCIA CENTRAL

DO MUNICÍPIO DE PASSO FUNDO, RS.

Saúde Pública, Atenção Farmacêutica, Usuários

*HAHN, SIOMARA REGINA

A farmácia central do município de Passo Fundo, RS, possui farmacêuticos nas atividades de gestão do serviço, porém, não contempla ainda a prática da atenção farmacêutica, necessária para a adequada promoção do uso racional de medicamentos.São atendidos em média 800 usuários que buscam medicamentos constantes da lista de medicamentos essenciais do município, além de outros conseguidos por ordem judicial.A infraestrutura da farmácia foi melhorada nos últimos meses, ficando em local mais acessível a população e com maior comodidade.Porém, em relação as orientações necessárias para a adequada compreensão quanto ao uso dos medicamentos, essas encontram barreiras para serem implementadas, pois somente dois farmacêuticos atuam diretamente nessa unidade e estão com as função de gestão priorizadas pela demanda.Por outro lado, os alunos do oitavo nível do curso de farmácia da Universidade de Passo Fundo, precisavam de um local onde pudessem exercitar a prática da atenção farmacêutica, para assim aproximar os conhecimentos adquiridos na academia com as necessidades do serviço.Desta forma, em agosto de 2011, na disciplina de fundamentos da prática farmacêutica, orientados por um professor, iniciaram o atendimento nesse local.Na logística de entrega de medicamentos pela farmácia central, os usuários, são chamados por sistema de senha para que sejam entregues seus medicamentos por um funcionário do local.Nesse momento, os funcionários foram orientados a informar os usuários que havia um grupo de alunos que poderiam orientá-los a melhor forma de utilizar seus medicamentos e poderiam esclarecer dúvidas quanto ao uso dos mesmos.Para isso, forma adotadas práticas como a utilização de etiquetas coloridas para identificação dos medicamentos, figuras ilustrativas ( adaptado do modelo de pictogramas 1), formas de conservação, explicações verbais e escritas quanto ao uso adequado dos medicamentos. Aproximadamente 20 usuários foram atendidos pelos alunos entre os meses de agosto e setembro. Em relação ao encaminhamento para o atendimento pelos alunos,foram encontradas dificuldades, pois os funcionários da farmácia, lembravam pouco de encaminhar os mesmos para atendimento(talvez por não ser rotina no serviço), houve barreira por parte dos usuários que quando abordados, referiam já saber como utilizar os medicamentos, quer por informações recebidas do prescritor, ou pelo uso a longo prazo dos mesmos.Isso pode ser observado na maioria dos atendimentos, onde os usuários, tinham como maior preocupação a aquisição dos medicamentos e não informações adequadas sobre o seu uso. Porém, os que aceitavam ser atendidos pelos alunos, demonstravam ansiar por esclarecimentos quanto a interações, melhor horário para uso, e muitos relatavam depois de questionados, a utilização de outros medicamentos quer oriundos de prescrições de outros médicos ou por automedicação.

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Analisando esta atividade em relação à inserção dos alunos no serviço, consideramos que a prática de orientação sobre o uso adequado de medicamentos ainda é incipiente na realidade da farmácia central, e a implantação da atenção farmacêutica no serviço público fundamentada em legislação nacional 2, pode contribuir de forma positiva para a promoção do uso racional de medicamentos pela população atendida nessa unidade,além de aprimorar o conhecimento dos alunos. BIBLIOGRAFIA DOWSE,R;EHLERS,M. Pictograms in pharmacy. International Journal of Pharmacy Practice,v.6.P.109-118,1998. BRASIL. Ministério da Saúde.Agência Nacional de Vigilância Sanitária.Resolução RDC nº 44,de 17 de agosto de 2009.Dispõe sobre as Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento,da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências.Diário Oficial da União, Brasília, 18 de ago.2009.

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VISITA DOMICILIAR INTERPROFISSIONAL COMO PRÁTICA FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA SAÚDE

Visita domiciliar; prática farmacêutica; uso correto de medicamentos.

BARELLI, CRISTIANE; FREITAS, ALESSANDRA R.; PAGNUSSAT, LIDIANE R.; SCHERER; JOSE IVO; GONÇALVES, CARLA B.C.; CERVI, MARIZA C.

A atuação do farmacêutico na atenção primária à saúde(APS) geralmente se restringe a dispensação nas farmácias básicas municipais. Desde a instituição do Núcleo de apoio à saúde da família (NASF) em 2008, poucos municípios brasileiros incorporaram este modelo. O desconhecimento sobre as atribuições do farmacêutico na APS é geral e abrange usuários, equipes de saúde e o próprio profissional. O medicamento é um dos fatores que influenciam no estabelecimento e manutenção da saúde, tornando-se necessário que a população esteja orientada sobre como proceder em relação ao seu uso, assegurando efetividade e segurança. Nosso objetivo foi relatar a experiência com intervenções educativas promovidas junto à comunidade adscrita de uma equipe de saúde da família (ESF) sobre uso correto de medicamentos, mediadas pelo grupo PET-Saúde/Saúde da Família, através de visitas domiciliares. Trata-se de um estudo descritivo, realizado na ESF Lava Pés, que abrange 6.000 habitantes/ 1200 famílias. O tema uso correto de medicamentos foi priorizado pela equipe. As visitas domiciliares foram agendadas pela enfermeira. No período de maio-junho de 2011 os pacientes foram visitados e todos os registros realizados preservaram o anonimato, a confidencialidade e a não maleficência dos pacientes. As fragilidades, potências e desafios das ações desenvolvidas junto a comunidade adstrita, bem como as possíveis interferências destas ações no cotidiano da ESF e no processo formativo do estudante de Farmácia foram avaliados pela reflexão entre os participantes do projeto. As visitas domiciliares ocorreram em 8 domicílios. Dos pacientes abordados, todos utilizavam medicamentos de uso crônico, sendo 3 homens e 5 mulheres. No geral os fármacos empregados eram indicados para o tratamento de hipertensão arterial e diabetes. Quando questionados sobre medicamentos de uso crônico, os pacientes não tinham dúvidas em relação à posologia (horários e modo de tomar). Especificamente sobre o estoque domiciliar foi verificado em uma casa três embalagens de medicamentos vencidos e outra com dosagem diferente da prescrita. A paciente informou que entregaram errado na farmácia, e foi imediatamente orientada a retornar ao serviço para substituição, inclusive descartando corretamente os medicamentos vencidos. Ribeiro e Heineck (2010) realizaram um estudo em 285 domicílios em Ibiá-MG e verificaram uma média de 8,4 medicamentos/domicílio; em 93,5% das famílias entrevistadas havia pelo menos um medicamento estocado, sendo os mais freqüentes: analgésicos, diuréticos, antibacterianos, anti-inflamatórios e antiácidos. No domicilio os usuários se sentem mais a vontade para esclarecer duvidas, permitindo maior vinculo com o farmacêutico. O trabalho interdisciplinar e multiprofissional oportunizado pelo PET-Saúde/ Saúde da Família favorece as ações de orientação sobre uso correto dos

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medicamentos e adesão aos tratamentos crônicos durante a visita domiciliar. Esta experiência destaca a atuação do farmacêutico na equipe de saúde e seu papel na promoção do uso racional de medicamentos. Para isso é necessário mais que o conhecimento técnico-cientifico; requer habilidades para problematizar as experiências dos usuários no ato de ensinar, empoderando-o e tornando-o ativo nesse processo. A atuação do farmacêutico nas visitas domiciliares oportuniza uma possibilidade de ação, interagindo com a comunidade e com outros profissionais da saúde, e legitimando seu espaço de atuação na APS. BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes do NASF- Núcleo de apoio à saúde da família (versão preliminar). Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 160 p. ORGANIZACIÓN MUNDIAL DA LA SALUD. Promoción del uso racional de medicamentos: componentes centrales. Genebra: OMS, 2002. Disponível em: <http://www.who.int/medicinedocs/collect/edmweb/pdf/s4874s/s4874s.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2007. RIBEIRO, M.A.; HEINECK, I. Estoque domiciliar de medicamentos na comunidade ibiaense acompanhada pelo Programa Saúde da Família, em Ibiá-MG, Brasil. Saude soc. [online]. 2010, vol.19, n.3, pp. 653-663. VINHOLES, E.R.; ALANO, G.M.; GALATO, D. A percepção da comunidade sobre a atuação do serviço de atenção farmacêutica em ações de educação em saúde relacionadas à promoção do uso racional de medicamentos. Saúde Soc., 18(2): 293-303, 2009.

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O PREPARO DO GRADUANDO EM FARMÁCIA-BIOQUÍMICA DA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PARA ATUAR EM SITUAÇÕES

EMERGENCIAIS: UMA ANÁLISE CURRICULAR.

Situações emergenciais; análise curricular; saúde pública.

CASTELLAR, LEONARDO DOS SANTOS; STRASSER, MARC.; BACCHI, ELFRIEDE MARIANNE.

Segundo a International Federation of the Red Cross, somente na última década (2000-2009), houveram 7.184 desastres noticiados, que juntos afetaram mais de 2,5 bilhões de pessoas, totalizando mais de 1 milhão de mortos, sendo mais de 90% em países de baixo ou médio desenvolvimento humano. Contudo, apesar da possibilidade de atuação do profissional farmacêutico em situações emergenciais, como consta no Código de Ética farmacêutica, no Brasil, há pouco conhecimento quanto à possibilidade de atuar nessa área, devido à deficiência na abordagem a esse tópico durante a graduação do profissional. Nessas situações, a prática farmacêutica compreende a expansão da atuação do farmacêutico em assistência e atenção farmacêutica voltada para a área de saúde pública, como preconizado pela Federação Internacional dos Farmacêuticos, atuando principalmente na área de atenção primária. Em consequência, se torna essencial a elucidação do papel do farmacêutico para o estabelecimento de suas funções em tais situações, possibilitando o direcionamento na formação educacional e a capacitação técnica, facilitando resposta de máxima eficácia em um eventual evento dessas proporções. O estudo visa elucidar o contato do aluno de graduação do curso de Farmácia-Bioquímica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) com o conteúdo correspondente à prática farmacêutica em situações emergenciais, a partir da análise curricular do curso. Foi realizada a análise da grade curricular do curso de graduação em Farmácia-Bioquímica da FCF-USP, por meio de análise documental, ao analisar-se a carga horária e as ementas das disciplinas que estão relacionadas aos conteúdos curriculares das ciências humanas e sociais e às ciências farmacêuticas (correspondentes à saúde pública e à atenção e assistência farmacêutica), obtidas na base de dados online JúpiterWeb. Durante a análise, excluiu-se as disciplinas da área das ciências farmacêuticas que não demandam a interação com o paciente (irrelevantes do ponto de vista da atividade durante as situações emergenciais). Foi analisada somente a grade das disciplinas obrigatórias. Foram obtidas 6 disciplinas que atendiam aos requisitos estabelecidos, constando de carga horária de 30 horas cada uma delas. Contudo, a abordagem do tema não é evidente em nenhuma das ementas e a única dessas disciplinas que apresenta correlação com as situações emergenciais, sendo ela apenas indireta, é a de Primeiros Socorros. Apesar desses eventos serem recorrentes em países em desenvolvimento, como o Brasil, as disciplinas da área de saúde pública (Epidemiologia e Farmacoepidemiologia) não apresentam a dimensão epidemiológica de tais situações. Ademais, não consta na ementa das disciplinas da área das ciências sociais o possível impacto da atuação do

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farmacêutico na prevenção e na reconstrução após essas situações. O papel da universidade é preparar o profissional de forma que atenda da melhor forma possível os príncipios éticos da profissão e a necessidade da população, o que não está sendo cumprido em relação ao preparo do profissional farmacêutico para responder às situações emergenciais. Por conseguinte, o desconhecimento quanto à prática do profissional nessa área decorre da ausência da abordagem do tema durante a graduação, atrelado à baixa carga horária de disciplinas da área de saúde pública. BIBLIOGRAFIA

INTERNATIONAL FEDERATION OF THE RED CROSS. World Disasters Report 2010: Focus on Urban Risk. Genebra: Suíça, 2010. NEMIRE R.E. et al. Public health matters: the role of the pharmacist and the academy. Currents in Pharmacy Teaching and Learning 2. 2010;2–11.

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WORLD HEALTH ORGANIZATION. The role of the pharmacist in the health care system: The Tokyo declaration. Tóquio: Japão, 1993.

BRASIL, CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Código de ética da profissão farmacêutica. Disponível em http://www.crfsp.org.br/, acesso em 10/08/2011.

HOLANDA, FÉDÉRATION INTERNATIONALE PHARMACEUTIQUE, The role of the pharmacist in crisis management: including manmade and natural disasters and pandemics. Brasil, 2006. BRASIL, FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, Projeto político pedagógico do curso de Farmácia-Bioquímica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Disponível em http://www.fcf.usp.br/Ensino/Graduacao/PROJETO%20PEDAGÓGICO%20DO%20CURSO%20DE%20FARMÁCIA-BIOQUÍMICA.pdf, acesso em 10/08/2011.

BRASIL, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, Júpiterweb. Disponível em http://sistemas.usp.br/jupiterweb/, acesso em 10/08/2011.

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CASTELLAR, L. S. A atuação do farmacêutico em situações emergenciais. São Paulo, 2011. [Trabalho de Conclusão de Curso, Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo].

BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Resolução CNE/CES 1.300/2001, Brasília, 06/11/2001.

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CONTRIBUIÇÕES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ATENÇÃO

FARMACÊUTICA NA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE

MARTINS, CRISTIANE VASCONCELOS PARENTE; BELARMINO, LÍVIA ROMÃO; ARRUDA, RÉGILA AGUIAR DE; ALMEIDA, MARILIA VIANA ALBUQUERQUE DE;

SILVA, SUE ELLEN GALDINO. O PRÓ-SAÚDE tem como características principais a abordagem integral do processo saúde-doença, multidisciplinaridade, ênfase para a atenção básica e diversificação dos cenários de prática. Nesse contexto uma das estratégias adotadas no curso de Farmácia da Universidade de Fortaleza-UNIFOR, consistiu na inclusão de estudantes de Farmácia em Unidades de Saúde da Família (USF). A possibilidade de trabalhar a Atenção Farmacêutica (ATENFAR) através do estágio curricular supervisionado em ATENFAR em uma USF emergiu como uma oportunidade de implementação das novas diretrizes curriculares do ensino farmacêutico no tocante a prerrogativa de promover o contato do aluno a realidade dos serviços, principalmente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) nos diferentes níveis de atenção. A detecção, prevenção e resolução dos problemas relacionados aos medicamentos (PRMs) exprimem o pilar fundamental da ATENFAR e demanda que os procedimentos se realizem de forma ininterrupta, sistematizada e documentada. Identificar os problemas relacionados a farmacoterapia, propor medidas de intervenção farmacêutica a partir dos PRMs detectados em um grupo de pacientes diabéticos e hipertensos atendidos em uma USF. Pacientes voluntários de ambos os sexos foram convidados a participar do programa de ATENFAR. O seguimento farmacoterapêutico possibilitou registrar, acompanhar e avaliar os resultados da farmacoterapia de forma transparente e simples além de prover intervalo de tempo necessário para o estudo das informações e compartilhar com a equipe multidisciplinar estratégias adequadas. Os pacientes foram entrevistados pelos discentes sob a supervisão do professor de estagio e as informações foram registradas. Os resultados foram analisados em sessões clinicas com estudantes e professor para identificar, prevenir e resolver PRMs assim como analisar o estilo de vida de cada paciente que poderiam influenciar na terapêutica medicamentosa. Participaram do programa 50 pacientes. Destes 45,4% eram do gênero feminino. A prevalência de pacientes com PRM foi de 75,1%. Foram detectados 49 PRMs, com uma média de 1,46 PRM/paciente. Os PRMs mais freqüentes foram os de necessidade (23,3%); efetividade (33,1%) e segurança do medicamento (24,2%). As principais classes de medicamentos envolvidos foram anti-hipertensivos (56,1%), hipoglicemiantes (35,2%) e antiinflamatórios (19,1%). Todas as intervenções incidiram na aceitação e na efetividade do tratamento. O farmacêutico em conjunto com a equipe multidisciplinar fornece ao paciente um plano de atuação com aconselhamentos e sugestões sobre aspectos relacionados à saúde, farmacoterapia e monitoramento desta visando assegurar a efetividade da terapia proposta. A participação dos alunos do curso de farmácia no PRÓ-SAÚDE permitiu uma intervenção oportuna em conjunto com a equipe multidisciplinar ajudando na promoção da adesão ao tratamento, no uso

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racional de medicamentos e na prevenção do surgimento de complicações relacionadas aos medicamentos. BIBLIOGRAFIA

ABENFAR. Associação Brasileira de Ensino Farmacêutico. I Fórum Nacional de Educação Farmacêutica, intitulado “O Farmacêutico que o Brasil necessita”, Brasília, DF 13 e 14 de dezembro de 2007. Disponível em: http://www.fnepas.org.br/pdf/relatorio_forum_nacional_educacao.pdf. Acesso em: 16 de junho de 2011. VAN MIL, J. W.; SCHULZ, M.; TROMP, T.F. Pharmaceutical care, European developments in concepts, implementation, teaching, and research: a review. Pharm World Sci. 2004 Dec; 26(6):303–11. Disponível em: http://apps.who.int/medicinedocs/documents/s14094s/s14094s.pdf. Acesso em 10 de agosto de 2011.

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AVALIAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE FARMÁCIA NO COMPONENTE CURRICULAR DE FARMACOLOGIA COM A UTILIZAÇÃO

DA METODOLOGIA DE APRENDIZAGEM BASEADA EM TAREFAS

Estratégia de Ensino; Aprendizado; Farmacologia.

MORAIS, DANYELLE CRISTINE MARINI DE A publicação das Diretrizes para Cursos de Farmácia (Resolução CNE/CES 02 de fevereiro de 2002) foi um avanço para a profissão farmacêutica, referente aos aspectos de integração das diversas áreas de atuação do profissional farmacêutico. Contudo é um desafio para as Instituições de Ensino Superior que necessitam transpor algumas barreiras, entre elas, promover a interdisciplinaridade, a mudança do perfil docente, bem como a implantação de estratégias de ensino centrada no estudante, o qual deixa o papel de receptor passivo e assume o de agente e principal responsável pela sua aprendizagem. Entre as várias metodologias utilizadas atualmente nos cursos superiores a estratégia da Aprendizagem Baseada em Equipes (ABE) ou do inglês Team Based Learning (TBL) surgiu na educação superior nos últimos anos como um método capaz de intensificar a aprendizagem ativa autodirigida e o pensamento crítico, que valoriza o aprender a aprender. O TBL é uma metodologia de ensino problematizadora que visa o ensino simultâneo de equipes na mesma sala de aula, com base em discussões de situações problemas, bem como estimula a curiosidade do aluno a partir da compreensão do objeto de estudo, e não da sua memorização ou transferência de conhecimentos. Pesquisas mostram que esse ambiente de aprendizagem, em pequenos grupos, quando comparado com a modalidade tradicional de aprendizagem competitiva e individualista, traz benefícios que inclui um maior sentimento de realização nos estudantes, além da utilização e aprendizagem de raciocínio aprofundado e pensamento crítico. O objetivo do presente trabalho foi implantar a técnica de Aprendizagem Baseada em Tarefas na disciplina de Farmacologia do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas Maria Imaculada de Mogi Guaçu. A metodologia do trabalho baseou-se na organização do material didático disponibilizado aos discentes, bem como na elaboração de questões do TBL aplicadas ao final de cada tema. Os 33 alunos participaram de forma voluntária de um questionamento referente a metodologia. A metodologia TBL objetiva estimular o discente ao estudo, bem como aumentar sua compreensão sobre assunto. Quase a totalidade dos alunos 94% (31), considera que o TBL facilitou o processo de aprendizagem do conteúdo programático. Em relação aos motivos que promoveram esta facilitação 45% (15) acreditam que isso ocorre devido às discussões em sala auxiliando a assimilação do conteúdo e 42% (14) afirmam que o TBL estimula o estudo, sendo necessário dedicar mais tempo a disciplina. Os alunos avaliaram de igual proporção 42 % (14) o método TBL como proveitoso, eficaz e promotor de interação, em contrapartida discordam que o estudo não é inovador com a implantação deste método. Os discentes compararam o método TBL em relação ao modelo tradicional de estudo, 64% (21) acham que esse método incentiva a comunicação e

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argumentação, 48% (16), acreditam que essa metodologia promove mais o rendimento do conteúdo programático do componente curricular, 39% (13) acham que o TBL proporciona maior interação entre os estudantes. Portanto sugere-se que o ensino farmacêutico deva utilizar metodologias que estimulam o aprendizado, sendo o método TBL eficaz no desenvolvimento de habilidades e competências, bem como pode ser utilizado em outros componentes curriculares. BIBLIOGRAFIA BERMOND, M.D., et. Al. Modelo referencial de Ensino para uma Formação Farmacêutica com Qualidade. Brasília: conselho Federal de Farmácia, 2008. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES nº 2, de 19 de Fevereiro De 2002. Brasília, DF, 2002. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES022002.pdf>. Acesso em: 10 de Nov. de 2010. POLIMENO, N.C. Doze conselhos para tornar efetiva a estratégia da aprendizagem baseada em equipes (Team Based Learning). Medical Teacher. v. 32, n. 2, 2010, p. 118-122. SCHMIDT, H.G. Problem-based learning: rationale and description. Med Educ. v. 17, p.11-6, 1983

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ENSINO BASEADO NA COMUNIDADE: INTEGRANDO SABERES NO ACOMPANHAMENTO DE IDOSOS

Educação Baseada em Competências; Assistência a Idosos; Educação em Farmácia.

MONTE, FRANCISCA SUELI; MICALLI, IDIVALDO ANTONIO; ARAUJO, DINA

MARIA; FERRARI, MARCIO; LEMOS, TELMA MARIA ARAUJO MOURA; REZENDE, ADRIANA AUGUSTO

A formação do profissional farmacêutico com o perfil estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais e no Projeto Pedagógico do Curso de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) exige cenários de prática que contemplem os aspectos humanísticos e permitam a sua integração aos demais profissionais de saúde. A busca por este cenário nos conduziu a uma Instituição de Longa Permanência de Idosos (ILPI) mantida por uma associação beneficente que acolhe atualmente 40 idosas. Entre as assistidas pela ILPI são muito frequentes doenças como hipertensão, diabetes, Doença de Parkinson, Alzheimer e deficiências nutricionais, o que resulta na ampla utilização de medicamentos neste grupo. Todavia, a instituição não conta com atividades de assistência farmacêutica. Com o objetivo de promover ações de assistência farmacêutica e promoção de saúde na ILPI, alunos e professores do Curso de Farmácia da UFRN organizaram uma ação integrada de ensino-extensão, na qual foram avaliadas as necessidades relacionadas a medicamentos e outras necessidades de saúde. A partir de um diagnóstico situacional os estudantes de Farmácia, orientados por professores de Farmacologia, Assistência Farmacêutica, Farmacotécnica, Cosméticos e Bioquímica Clínica, elaboram um plano de ação e executam semanalmente as atividades delineadas. Os problemas detectados na fase de diagnóstico situacional são discutidos com a equipe de profissionais da ILPI (médico, nutricionista, enfermeira, fisioterapeuta) antes da execução de qualquer ação. Entre as atividades já realizadas podem ser citadas como exemplos: avaliação laboratorial do estado de saúde das idosas (exames de bioquímica), desenvolvimento e preparação de suplementos vitamínicos e de formulações hidratantes, melhoria do acesso aos medicamentos, avaliação da farmacoterapia, gerenciamento dos medicamentos e capacitação de cuidadores para o preparo e administração dos mesmos. A ação integrada desenvolvida na ILPI possibilita a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade, além de propiciar o exercício da cidadania. Entretanto, alguns desafios ainda precisam ser superados, como por exemplo, a subvalorização dos saberes humanísticos, em detrimento dos saberes tecnológicos, e a resistência a metodologias de ensino problematizadoras. BIBLIOGRAFIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Curso de Farmácia. Projeto Político Pedagógico. Natal: UFRN, 2002.

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EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO NA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO ESTADO DO PARANÁ

Integração ensino-serviço, assistência farmacêutica, avaliação de tecnologia em

saúde.

GROCHOCKI, MÔNICA CAVICHIOLO; CORRER, CASSYANO; PONTAROLLI, DEISE; LAMB, LORE; OTUKI, MICHEL; PONTAROLO, ROBERTO.

Um dos grandes desafios dos gestores públicos é a ampliação do acesso da população a medicamentos de qualidade e efetividade comprovada, em quantidade adequada e ao menor custo possível. As decisões quanto à alocação dos recursos disponíveis para essa disponibilização deve ser fundamentada em evidências científicas, de modo que se encontrem soluções socialmente aceitáveis para conciliar as demandas ilimitadas à capacidade financeira limitada do Sistema Único de Saúde (SUS). A incorporação de tecnologias implica na necessidade de questionar se a melhora nos resultados obtidos é significativa diante do custo agregado à nova terapêutica; o gestor público necessita de dados que subsidiem a tomada de decisão sobre a disponibilização da tecnologia à população. Em outubro de 2007 o CNPq publicou edital de projetos na área de avaliação de tecnologia em saúde; um grupo de trabalho foi constituído com a participação do Grupo de Pesquisas em Práticas Farmacêuticas do Departamento de Farmácia do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná e o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), unidade da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná responsável pela assistência farmacêutica no âmbito do estado. A primeira pesquisa desenvolvida, “Avaliação econômica das anticitocinas adalimumabe, etanercepte e infliximabe no tratamento da artrite reumatoide no estado do Paraná”, foi tema de mestrado de dois alunos do programa de pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, gerando cinco artigos em periódicos, 6 painéis em congressos, um capítulo de livro internacional (a ser publicado) e um capítulo no livro do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (DECIT/MS), contendo o resumo da referida pesquisa. Com a estratégia consolidada, outros temas passaram a ser contemplados. No inverno de 2009, a ocorrência de elevado número de casos de influenza A(H1N1) na população, resultou em expressivo número de pacientes tratados com o medicamento fosfato de oseltamivir, disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Os estudos sobre a efetividade deste tratamento conduzidos no ano de 2010 foram tema de mestrado, com publicação de três painéis em congresso, dois resumos expandidos em anais de congresso, dois artigos, quatro artigos submetidos e uma premiação (menção honrosa). Outros temas de importância para a saúde pública estão sendo contemplados, com doutorado em andamento sobre a efetividade do tratamento com análogos de insulina disponibilizados a pacientes com diabetes mellitus tipo I, com dois artigos submetidos (um já aceito) e dois painéis em congresso. O grupo também conduz pesquisa

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(doutorado) sobre a efetividade dos antivirais no tratamento da Hepatite B, com publicação de dois artigos e quatro resumos em congressos. Além de proporcionar o compartilhamento de ideias e experiências, a produção de evidência em saúde e subsídios para a tomada de decisão do gestor, contribui para aperfeiçoar as atividades desenvolvidas pelos profissionais em serviço e a formação acadêmica com conhecimento acerca do SUS, em especial da assistência farmacêutica. A integração entre os membros do grupo tem beneficiado ambas as partes, com o fortalecimento do grupo de pesquisa e proposição de novas condutas para os serviços farmacêuticos executados no estado.

BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Avaliação de tecnologias em saúde: seleção de estudos apoiados pelo Decit. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 116 p. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 3.916 de 10 de novembro de 1998. Aprova a Política Nacional de Medicamentos. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 10 nov. 1998.

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EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS INOVADORAS: DESENVOLVIMENTO DE UM MODELO DE PRÁTICA CLÍNICA NA PERSPECTIVA INTERDICIPLINAR DURANTE A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE MEDICINA E FARMÁCIA

Medicina Familiar e Comunitária; Atenção Farmacêutica; Interdisciplinaridade

WILLRICH, ILTON OSCAR; BRESOLIN, JOSÉ ROBERTO; BERNARDO, NOEMIA LIEGE; MORITZ, ROGÉRIO PAULO; DRICHEL, ROSAURA RODRIGUES; SILVA,

VIVIANE FARIA. Em 2005, O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e o Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação Superior (SESu) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), lançou o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde). O Pró-Saúde visa incentivar a transformação do processo de formação, geração de conhecimento e prestação de serviços à população para abordagem integral do processo saúde-doença. Tem como eixo central a integração ensino-serviço, com a conseqüente inserção dos estudantes no cenário real de práticas que é a Rede SUS, com ênfase na atenção básica, desde o início de sua formação. Espera-se formar cidadãos profissionais críticos e reflexivos, com conhecimentos, habilidades e atitudes que estejam aptos a atuarem em um sistema de saúde qualificado e integrado. Com o intuito de alcançar este novo modelo de formação se propôs a desenvolver um atendimento ampliado no ambulatório de Medicina Familiar e Comunitária que funciona junto à unidade de Saúde da Família e Comunitária da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) integrando os alunos dos cursos de medicina e de farmácia. A formação ampliada tem como objetivo determinar o processo de trabalho, o reconhecimento das competências, habilidades, o foco de intervenção e a interface entre os profissionais. O processo formativo ocorre com os acadêmicos do internato médico do nono período na disciplina de Medicina da Família e Comunitária e com os alunos de Farmácia do oitavo período que estão realizando o Estágio Integrado. O desenvolvimento das atividades ocorre em dois encontros semanais. Num encontro é realizada a apresentação e discussão de um artigo com relevância clínica e a apresentação de um seminário sobre evidências clínicas de medicamentos mais utilizados na prática do ambulatório de Medicina Familiar e Comunitária. O outro encontro acontece durante o atendimento dos pacientes, onde um aluno de medicina e um de farmácia avaliam o paciente com uma abordagem integral, posteriormente dá-se a discussão clínica com os professores de ambos os curso. Os profissionais se colocam em simbiose para a busca de uma abordagem integral do processo saúde-doença e da promoção de saúde através de uma prática clinica integrativa, o que permite uma avaliação da evolução clínica do paciente relacionando com a adesão ao tratamento, surgimento ou prevenção de reações adversas, interações medicamentosas, outras alternativas terapêuticas como a modificação do estilo de vida, abordagem familiar, fitoterapia, acupuntura, entre outras. Este modelo de intervenção possibilita vislumbrar o desenvolvimento da

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interdisciplinaridade, aquele que se propõe na construção de práticas em saúde em que todos os profissionais de saúde devem reconhecer o seu papel e o do outro, para construir uma prática interativa alinhada à uma perspectiva e num cenário colaborativo amplo que se propõe a desenvolver um modelo de prática profissional comprometido com a realidade e as demandas da sociedade brasileira.

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A ATUAÇÃO DO RESIDENTE FARMACÊUTICO EM UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE

Atenção farmacêutica, Níveis de Atenção à Saúde, Educação Profissional em Saúde

Pública.

RODRIGUES DOS SANTOS, MARÍLIA; OLIVEIRA SANTOS, DANIEL; PETROLI FRUTUOSO, MARIA FERNANDA; FEGADOLLI, CLAUDIA; MATOS SOUZA,

JULIANA; TAIPINA PEDRO FEITOSA, FABRÍCIO.

A proposta dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde, instituída por meio de portaria envolvendo os Ministérios da Educação e Saúde, vem ao encontro da necessidade de remodelar a formação de profissionais da saúde para que estes se tornem aptos a trabalhar em um desenho de atuação compartilhada, comum e específica. Assim, pretende responder adequadamente às diferentes demandas advindas da pluralidade e diversidade de contextos vivenciados por cada indivíduo/família/comunidade em seu território e que caracterizam o processo saúde-adoecimento-cuidado. A atuação do farmacêutico em equipes multiprofissionais fortalece o papel deste profissional na área da saúde e, num contexto mais recente, propicia um olhar mais ampliado sobre as potencialidades da sua atuação, transferindo o foco central do medicamento para atenção ao paciente, permitindo a consolidação de seu papel social. O Programa de Residência Multiprofissional Integrada de Atenção à Saúde da Universidade Federal de São Paulo, campus Baixada Santista, tem como área de concentração a SAÚDE COLETIVA, apresentando como eixo transversal a “Atenção à saúde do indivíduo, família e sua rede social” e sete eixos perpendiculares, referentes às áreas profissionais de Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Serviço social e Terapia ocupacional. Os cenários nos quais os residentes estão inseridos contemplam a área hospitalar e a atenção básica de saúde, nas seguintes linhas de cuidado: saúde do adulto e idoso; saúde da mulher e do recém-nascido; saúde da criança e do adolescente; saúde mental. Desenvolvimento: Em ambos os cenários as atividades foram pautadas em ações compartilhadas, visando à compreensão de cada núcleo profissional e à detecção das potencialidades da equipe na perspectiva do cuidado específico e comum em busca da construção de um saber compartilhado, pautado na clinica ampliada e humanização do cuidado. Estas ações se deram por meio de atendimentos conjuntos, aproximação da família para o cuidado, grupos educativos envolvendo pacientes e familiares, integração com a equipe dos serviços e construção de projetos terapêuticos singulares. A atuação do residente farmacêutico nestes cenários foi pautada na promoção do uso racional dos medicamentos, visando à promoção e recuperação da saúde e à prevenção de agravos. Este contexto permitiu a sensibilização dos profissionais dos serviços e usuários quanto à importância das ações educativas em saúde e às possibilidades do trabalho em equipe multiprofissional. A atuação dos residentes farmacêuticos em seu campo de atuação específico compreendeu ações voltadas ao usuário de medicamentos, o que se deu, principalmente, por meio do trabalho em grupo e

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atendimentos compartilhados. Cabe ressaltar também a crescente aproximação e reflexão junto aos prescritores quanto à farmacoterapia dos pacientes. A atuação multiprofissional permite o exercício de olhar para o processo saúde-adoecimento-cuidado considerando as condições e histórias de vida da população e sua rede social, minimizando a fragmentação da assistência à saúde. Para o farmacêutico, esta experiência é promissora para o envolvimento do profissional em um cuidado integral com enfoque no individuo e seu contexto distanciando-se da tradicional e arraigada atuação pautada na medicalização para contexto atual que engloba a promoção de saúde e prevenção de doenças. BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Residência Multiprofissional de Saúde: experiências, avanços e desafios. Brasília: Ministéro da Saúde, 2006.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO. Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Atenção à Saúde: atenção à saúde do indivíduo, família e sua rede social. Santos, p.58, 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Clinica ampliada, equipe de referencia e projeto terapêutico singular. 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2007.

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RESIDÊNCIA EM ANÁLISES CLÍNICAS NO HU-UFJF UM CONCEITO DIFERENCIADO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU

Educação Farmacêutica e Pós Graduação Residência; Farmácia; Educação em Saúde

PINTO, ALEXANDRE FREIRE; BRAGA, MARIA HELENA; MATOS, RENÊ

GONÇALVES; OLIVEIRA, MURILO GOMES; NEVES-DOS-SANTOS, SANDRA Ao final da década de 1970, com a expansão da Residência Médica no Brasil, a UFJF, por meio da equipe dirigente do Hospital Escola, implanta a Residência Médica. Influenciados por esta experiência foi elaborado projeto propondo a inserção da Residência em Análises Clínicas (RAC). O processo para criação tramitou em diversos órgãos da UFJF, durante os anos de 1977-1978, e foi aprovado ao final deste último ano. Em dezembro de 1978 é, então, realizada a primeira seleção e, em janeiro de 1979, teve início o funcionamento da RAC no Hospital Escola da Faculdade de Medicina, atual Hospital Universitário (HU) da UFJF. Pioneira desta área no Brasil, a RAC do HU-UFJF tem funcionado até a presente data, consubstanciando o aprimoramento das Ciências Farmacêuticas no campo das Análises Clínicas. O Laboratório Central é o instrumento de análises clínicas que realiza os procedimentos demandados nas diversas clínicas e ambulatórios do HU-UFJF. A RAC encontra-se intimamente integrada neste hospital, bem como às outras equipes de Residência Médica e demais Residências criadas a partir do ano de 1998 - Enfermagem, Serviço Social, Psicologia, Saúde da Família, Odontologia Buco-Maxilo-Facial, Farmácia e, mais recentemente, Residência Multiprofissional. O residente é selecionado por concurso público, a cada final de ano, podendo candidatar-se farmacêuticos formados. As atividades do pós graduando são desenvolvidas sob orientação tutorial permanente, articulando teoria e prática, em jornada de trabalho equivalente aos demais programas de residência. Assim, desenvolvem competências e habilidades não só nas áreas técnicas específicas, mas, principalmente, nas habilidades cognitivas de tomada de decisão, segurança, capacidade de convivência inter e transdisciplinar nas diferentes áreas de atuação. Após trinta anos de funcionamento ininterrupto, 91 alunos de pós-graduação estiveram no Laboratório Central até o ano de 2010, sendo que quatro destes não concluíram. Foram 39 homens e 52 mulheres. O serviço em laboratório clínico absorveu o maior número de residentes, representando aproximadamente 43% do total, sendo 24 profissionais em laboratórios particulares e 15 em laboratórios públicos. O ensino de graduação absorveu 16 residentes, dividindo-se igualmente em faculdades particulares e universidades públicas. O serviço militar absorveu um total de 13 egressos. Não foi possível identificar o local de trabalho de 9 concluintes. Atividades de pesquisa, a farmácia privada e a farmácia pública absorveram três profissionais cada. E o Serviço Federal apenas um pós graduando. Essa experiência de Residência pode ser considerada exitosa, pois beneficiou o curso de Farmácia, por meio da interação do pós graduando com os alunos de graduação e, também, os demais cursos da área da saúde que tem como um dos espaços de ensino e aprendizagem o HU-UFJF. Este ambiente tem contribuído de forma diferenciada no desenvolvimento de trabalhos de pesquisa intimamente vinculados à docência e à assistência, numa

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relação integrada, uma vez que a produção do conhecimento científico deverá estar voltada para a resolução de problemas colocados pela realidade da saúde. Hoje, esta forma de educação continuada, além de incorporada por diferentes universidades, constitui uma das políticas para fortalecimento do SUS, articulada entre os Ministérios da Educação e da Saúde.

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O PROCESSO DE INSERÇÃO DE UMA EQUIPE DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA NA

BAIXADA SANTISTA

Assistência hospitalar, Educação Profissional em Saúde Pública, Planejamento em saúde.

HEISE, MAÍRA; RODRIGUES DOS SANTOS, MARÍLIA; SILVA MARINHO, CLÉRIA;

RAMOS, ANA MARIA; CARRASCO, ANA VIRGINIA. O processo de consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), criado em 1988, traz o desafio da transferência de um modelo técnico-assistencial médico e hospitalocêntrico para um modelo que valoriza a integralidade, coordenação e humanização do cuidado. Neste contexto, surge a necessidade de remodelar a formação de profissionais aptos a trabalhar em um desenho de atuações compartilhadas, comuns e específicas, capazes de responder adequadamente as diferentes necessidades advindas da pluralidade e diversidade de contextos vivenciados pelos indivíduos e população em seu território. Cenário: O serviço de alta complexidade, por meio do Hospital Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Santos – São Paulo. As atividades iniciais da equipe (constituída por dois grupos, cada um composto pelas as áreas de serviço social, enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição, psicologia e terapia ocupacional) foram pautadas em ações comuns: quanto ao cenário, houve a contextualização do histórico da instituição, um dos hospitais mais antigos do Brasil, e apropriação dos serviços oferecidos, visto que é referência na baixada santista. No que tange o trabalho em equipe, pretendeu-se, compreender cada área profissional que compõe o Programa de Residência, com intuito de vislumbrar as potencialidades das atuações específicas e de núcleo comum. Num segundo momento, por se tratar de um Programa em processo de construção com propostas inovadoras, optou-se pelo planejamento das atividades, através da elaboração de ferramentas e estratégias de ações, de modo que viabilizassem o trabalho em equipe, promovendo atuações compartilhadas e a construção conjunta das práticas. A saúde do adulto-idoso e materno-infantil foram as linhas de cuidados eleitas como alvos iniciais para atuação da equipe, por virem ao encontro das prioridades definidas pelo Pacto da Saúde e por estarem alocadas em unidades que dispõem de estrutura física e de recursos humanos que favorecem tais ações. Construção e consolidação de práticas pautadas na clinica ampliada durante a permanência da equipe na unidade, propiciou a sensibilização dos profissionais do serviço, quanto as práticas interdisciplinares permitindo a construção conjunta de projetos terapêuticos singulares. Vale ressaltar ainda que a interlocução entre saberes e práticas potencializou as ações, contemplando, desde atendimentos compartilhados no leito até atividades em grupo, buscando a integralidade do cuidado no período da internação. A experiência relatada evidenciou a possibilidade da transferência de práticas médico-centradas para uma atuação multiprofissional e humanizada do cuidado num cenário de alta complexidade, contemplando trabalho com grupos, alta compartilhada, projeto terapêutico singular estendido a família. Permitiu, ainda, uma forma de pensar a

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formação quanto a atuação multiprofissional, propiciando uma visão holística sobre as condições de vida da população, suas histórias, suas redes sociais e sua saúde. Desta forma, pode-se minimizar a fragmentação do indivíduo na assistência a saúde e as tensões entre comum e específico que permeiam o trabalho multiprofissional em busca da integralidade do cuidado.

BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde: O desafio de construir e implementar políticas de saúde – Relatório de Gestão 2000. Brasília, p. 173-8.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Residência Multiprofissional de Saúde: experiências, avanços e desafios. Brasília, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM nº 699, de 30 de março de 2006.

MACHADO, FAS et. al. Integralidade, formação de saúde, educação em saúde e as propostas do SUS – uma revisão conceitual. Rev. Cienc. Saúde Col.; 12(2): 335-342, 2007.

Regulamenta as diretrizes operacionais dos pactos pela vida e de gestão. Brasília, 2006c. Disponível em: <http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2006/ GM/GM-699.htm>. Acesso em: 10 set. 2011.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO. Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Atenção à Saúde: atenção à saúde do indivíduo, família e sua rede social. Santos, 2010.

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FARMACIA ESCOLA DA UFSC NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE: UNIDADE DE REFERÊNCIA DO COMPONENTE ESPECIALIZADO DA

ASSISTÊNCIA FARMACEUTICA EM FLORIANÓPOLIS

Farmácia Escola, Assistência Farmacêutica.

FOOPA, AA; MATSUDA, KY; CARDOSO, MAKG; ROVER, MRM; WAGNER. MS; PEREIRA, AL; SOUZA, LN;. FARIAS, MR; LEITE, SN; CAMPOS, C.

No município de Florianópolis, a solicitação e dispensação de medicamentos do CEAF ocorrem exclusivamente na Farmácia Escola, um convênio entre a Prefeitura Municipal de Florianópolis e a Universidade Federal de Santa Catarina, firmado em MARÇO DE 2008. A solicitação de medicamentos é realizada na Farmácia Escola UFSC /PMF, e os documentos trazidos pelo usuário ou responsável, são encaminhados para a DIAF (Diretoria da Assistência Farmacêutica Estadual) que é a responsável pela operacionalização do CEAF em Santa Catarina, onde são avaliados e autorizados. A Farmácia Escola é o Centro de Custo do município de Florianópolis, onde além da solicitação ocorre a dispensação e o acompanhamento mensal dos usuários, sendo que atualmente são 143 medicamentos padronizados pelo Componente Especializado da Assistência Farmacêutica. A Farmácia Escola UFSC /PMF, encontra-se localizada Campus Universitário, tem uma área construída de 339, 36 m2, conta com área de acolhimento do usuário; área de atendimento com guichês individuais, onde é possível manter um vinculo com o usuário/ cuidador; apresenta sistemas informatizados (SISMEDEX e INFOSAÚDE); e conta com salas onde são realizados procedimentos administrativos. Os recursos humanos disponíveis compreendem 3 docentes do Centro de ciências da Saúde - UFSC, 3 farmacêuticos da Prefeitura Municipal de Florianópolis; 4 farmacêuticos da Universidade Federal de Santa Catarina; 3 técnicos administrativos e 1 técnico de enfermagem, além de 17 bolsistas, estudantes do curso de graduação em farmácia da UFSC. A Farmácia Escola realiza cerca de 300 atendimentos por dia com horário agendado com antecedência ou através de senha, sendo que grande parte deste total corresponde a usuários do CEAF, porém também dispensa mendicamentos do Componente Básico (133) e alguns do Componente Estratégico (5), mais especificamente do Programa Tabagismo. Dados de abril de 2011 mostram que a Farmácia Escola UFSC/ PMF atende cerca de 4.329 usuários no CEAF, considerando que grande parte destes retira o medicamento mensalmente. Já a Farmácia Básica, atende em média 3.000 usuários por mês. Estes dados levam a um número de 7.538 atendimentos por mês. A Farmácia Escola UFSC/ PMF tem se mostrado um espaço fértil para o desenvolvimento de atividades de ensino-aprendizagem, pesquisa, assistência, facilitando a aproximação das mesmas em torno de eixos comuns de discussão: assistência farmacêutica e o uso racional de medicamentos no contexto do SUS. As ações têm promovido uma melhora notável na qualificação dos estudantes na lógica do Sistema Único de Saúde

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(SUS) e do Uso Racional de Medicamentos (URM) e isso tem refletido na satisfação dos usuários em relação ao atendimento, visto que busca-se implementar conceitos como humanização, com a prática do acolhimento, assistência farmacêutica e promoção do acesso a medicamentos através do agendamentos de horários para organizar a demanda, e com isto melhorar a qualidade do serviço.

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QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM DOENÇA DE CHAGAS

ATENDIDOS NO SERVIÇO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA EM

FORTALEZA–CE

Doença de Chagas; Atenção Farmacêutica, Benzonidazol; Qualidade de vida.

SOUZA-JÚNIOR, ALCIDÉSIO SALES, THÉ, PATRÍCIA MARIA PONTES, FONTELES, MARTA MARIA DE FRANÇA, ARRAIS, PAULO SÉRGIO DOURADO, OLIVEIRA,

MARIA DE FÁTIMA O tratamento etiológico da Doença de Chagas (causada pelo Trypanosoma cruzi) conta apenas com o benzonidazol (BZ), que pode produzir toxicidade (hipersensibilidade, aplasia medular, etc.) e tem eficácia parcial. Há poucos estudos que analisam qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com doença de Chagas e o tratamento com BZ. O objetivo do presente estudo é mensurar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) dos pacientes chagásicos tratados com BZ em Fortaleza – CE. Estudo observacional de seguimento, 19 pacientes com doença de Chagas com prescrição de BZ foram acompanhados no período de novembro de 2006 a outubro de 2007. Os PRM foram classificados por juízes utilizando-se o Segundo Consenso de Granada (2002). As reações adversas foram classificadas pelo Centro de Farmacovigilância do Ceará (CEFACE), utilizando o questionário proposto por Ciconelli et al (1997) para avaliar a qualidade de vida QV dos pacientes antes e após seguimento. Além disso, os testes de Mcnemar e Wilcoxon foram feitas para análise inerencial, considerando o nível de significância de p<0,05. A maioria dos pacientes era homem (58%), possuía escolaridade até o ensino fundamental (57,9%) e

encontrava-se na forma indeterminada da doença de Chagas (74). Cerca de 42 dos pacientes fizeram uso de dois ou três medicamentos durante o tratamento com BZ, havendo média de consumo de 1,3 medicamento por paciente, sendo os anti-hipertensivos e diuréticos os mais usados em concomitância com o BZ (22%). Em relação à adesão ao BZ, 47,4% não foram aderentes ao BZ. O tratamento foi descontinuado em 36,8% dos pacientes, a maioria devido à presença de RAM (Coeficiente de Correlação = 0,415, p-valor bicaudal = 0,047). Nas três etapas de avaliação detectou-se um total de 148 PRM. Destes 41,9% estavam relacionadas à necessidade, 33,1% à efetividade e 25% à segurança. Não foi detectada alteração da QVRS após o seguimento. Entretanto, mostrou-se que os PRM afetaram a QVRS (Teste de Wilcoxon: Z=-3,724, p<0,05). Não houve diferença entre QVRS antes e depois, no entanto houve piora da QVRS em relação aos PRM. BIBLIOGRAFIA DIAS, J.C.P. Doença de Chagas. Ambiente, participação e Estado. Cad Saúde Pública, v. 17, Supl, p. 165-169, 2001.

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PASCHOAL, S. M. P. Qualidade de vida do idoso: elaboração de um instrumento que valoriza sua opinião. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.

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O PLANO OPERATIVO COMO INSTRUMENTO DO PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO SITUACIONAL NO CURSO DE GESTÃO DA ASSISTÊNCIA

FARMACÊUTICA-ESPECIALIZAÇÃO A DISTÂNCIA: A EXPERIÊNCIA

DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Planejamento, educação a distância, assistência farmacêutica

SOARES, LUCIANO; DIELH, ELIANA; FARIAS, MARENI; LEITE, SILVANA N.; CAMPESE, MARCELO; MANZINI, FERNANDA; BORBA JR., GELSO; PUPO,

GUILHERME; BAGATINI; FABIOLA.

A Rede Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde/UNA-SUS, uma iniciativa do Ministério da Saúde, constitui uma estratégia para viabilizar a formação e capacitação dos trabalhadores da saúde. O Curso de Gestão da Assistência Farmacêutica – Especialização a distância da Universidade Federal de Santa Catarina tem como meta a formação de dois mil farmacêuticos atuantes na gestão pública da assistência farmacêutica em todo o Brasil. A gestão é um processo técnico que demanda capacidade analítica na tomada de decisões. No planejamento decide-se com antecedência o que fazer para alterar condições insatisfatórias no presente. O objetivo desse trabalho foi relatar o exercício e expressão do conteúdo de gestão por meio do desenvolvimento do Plano Operativo/PO como instrumento do Planejamento Estratégico Situacional (PES). O exercício sistemático do planejamento potencializa o alcance dos objetivos por reduzir as incertezas envolvidas no processo decisório. A partir da reflexão sobre a necessidade de aumentar a capacidade de governar, os estudantes agem sobre o seu local de atuação, levando em conta o território no qual se localizam, com vistas a considerar o contexto político, institucional e da realidade local como um todo. Os momentos do PES (explicativo, normativo, estratégico e tático-operacional) foram adaptados como etapas didáticas no processo de construção do PO por cada estudante. Nesse exercício, pretende-se que o estudante desenvolva autonomia e habilidades de liderança, articulação política, comunicação e planejamento participativo, no sentido de uma gestão mais democrática e inclusiva. Ao interagir com atores relevantes no sistema de saúde de seu território para a construção coletiva do PO, o farmacêutico fortalece alianças para consecução das ações planejadas e para uma atuação mais significativa na gestão da assistência farmacêutica. No momento explicativo empregou-se o diagrama de causas e efeitos de Ishikawa para consolidar a explicação do problema, que foi priorizado em uma oficina organizada e conduzida pelo estudante. Um instrumento didático foi exclusivamente criado no ambiente virtual de aprendizagem para apoiar essa construção durante o Curso. A avaliação do PO enfoca o processo e o movimento realizado pelo estudante no sentido de identificar, convocar e conduzir os atores relevantes em seu contexto na construção coletiva do planejamento para a gestão da assistência farmacêutica.

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CAPACITAÇÃO DE FARMACÊUTICOS QUE ATUAM NA ASSISTÊNCIA

FARMACÊUTICA NO ESTADO DO PARANÁ

Integração ensino-serviço, assistência farmacêutica, pós-graduação.

GROCHOCKI, MÔNICA CAVICHIOLO; NETO, JOSÉ DOS PASSOS.

O crescimento do volume de recursos aplicados na área da assistência farmacêutica implica na necessidade de qualificação dos serviços ofertados. Como estratégia para a capacitação dos profissionais envolvidos, em abril de 2008 o Ministério da Saúde convidou Instituições de Ensino Superior e Escolas de Saúde Pública a ofertar cursos de pós-graduação latu senso em Gestão da Assistência Farmacêutica. O objetivo era fomentar a qualificação da gestão e das ações de assistência farmacêutica no setor público, nos estados e municípios brasileiros, com vagas destinadas a profissionais concursados e contratados do quadro efetivo dos níveis estadual e municipal. A Escola de Saúde Pública da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná foi contemplada pelo edital, e o curso iniciado em março de 2009. O processo de seleção de alunos foi realizado em duas etapas, sendo a primeira de caráter eliminatório, composta de análise curricular, com observância de critérios de formação acadêmica, inserção no Sistema Único de Saúde e experiência profissional; uma segunda etapa, de caráter classificatório, composta de redação de memorial com descrição da trajetória acadêmica e profissional, justificativa para fazer o curso e expectativa de como o curso pode contribuir para a melhora da gestão da assistência farmacêutica e entrevista com ênfase no comprometimento profissional com o setor público, com a conclusão do curso e a capacidade de implementar ideias e conhecimento sobre a temática da assistência farmacêutica. Os trinta e nove alunos selecionados desenvolvem atividades na gestão da assistência farmacêutica no âmbito estadual e municipal, em Centrais de Abastecimento Farmacêutico, em farmácias de Unidades Básicas de Saúde, centro de saúde, serviço de urgência e emergência, hospitais estadual e municipal. A seleção dos professores foi pautada em critérios que incluíam, além do domínio do tema sob sua responsabilidade, a disposição de empregar metodologias de ensino que gerem um ambiente de reflexão, discussão e compartilhamento de ideias e experiências entre alunos e professores. Compõem a equipe docente professores de universidades federais e estaduais, particulares e ainda profissionais do Sistema Único de Saúde. A definição dos temas de trabalho de conclusão de curso solicita que o especializando reflita sobre sua prática profissional e tome uma decisão sobre que tema pretende interferir, contribuindo na mudança da sua realidade de trabalho, tornando mais atrativo o tema a ser desenvolvido. A oportunidade de encontros regulares em sala de aula, em ambiente que propicia a discussão e compartilhamento de ideias entre alunos e professores, contribui para a formação que se pretende: crítico-reflexiva, com indivíduo capaz de trabalhar em equipe, de desenvolver habilidades e competências de forma a melhorar sua prática profissional. A formação de um ambiente propício à aproximação da academia e do serviço é uma forma de qualificar os profissionais que atuam no

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Sistema Único de Saúde, promovendo alterações no desenvolvimento das atividades dos profissionais e um enriquecimento dos acadêmicos, que passam a conhecer a realidade de trabalho, podendo contribuir também na formação dos alunos de graduação.

BIBLIOGRAFIA DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 1998. BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n.° 338 de 6 de maio de 2004. Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Diário Oficial da União, seção 1, no, 96, quinta-feira, 20 de maio de 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Ofício Circular nº 11/2008/Departamento de Assistência Farmacêutica/Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos/Ministério da Saúde. Convida Instituições de Ensino Superior/Escolas de Saúde Pública a apresentar propostas de Curso de Pós-graduação (Latu senso) em Gestão da Assistência Farmacêutica.

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INSERÇÃO DE ALUNO DE FARMÁCIA EM EQUIPE DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL

Estratégia de Saúde da Família; Ensino, Assistência Farmacêutica

CESILA, CIBELE APARECIDA; BALDONI, ANDRÉ; SANTOS, VÂNIA dos

O farmacêutico não compõe a equipe obrigatória da Estratégia de Saúde da Família (ESF) mas pode atuar junto ao Núcleo de Apoio a Saúde da Familia (NASF). Ribeirão Preto, considerado um polo de saúde regional da região Nordeste, do Estado de São Paulo é dividido em 5 regiões distritais de saúde, sendo a Distrital Oeste o local de atuação da Universidade de São Paulo (USP) por meio meio de convênio com a Secretaria Municipal de Saúde. Apesar da sua importância econômica e no contexto da saúde do Estado, não houve ainda, no municipio, a criação do NASF. Dessa forma para as atividades de graduação, pesquisa e extensão, junto a Atenção Básica a Saúde (ABS), os docentes da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP/USP), que trabalham com as áreas de Saúde Pública e/ou Assistência Farmacêutica, tem desenvolvido suas atividades junto as ESFs já constituidas. Permitir aos alunos de Farmácia um contato mais próximo com a ABS e ao mesmo tempo incorporar na equipe da ESF o conceito da importância do profissional farmacêutico. O trabalho foi desenvolvido junto a um núcleo de Saúde da Família do Distrito Oeste, que também é componente do PET-Saúde da Família. As atividades se iniciaram com o ingresso na Unidade de um farmacêutico, pós-graduando, vinculado a FCFRP por meio do programa Educador em Saúde, da Pró-Reitoria de Graduação da USP. Após 8 meses da presença deste profissional foi incorporada ao processo uma aluna bolsista do programa Aprender com Cultura e Extensão da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da USP. A principal atividade realizada foi o acompanhamento das atividades dos Agentes Comunitários de Saúdes (ACS) e as consequentes ações da equipe do núcleo. No início procurou-se compreender a dinâmica de trabalho da equipe, permitindo desta forma que a inserção tanto do farmacêutico, quanto da aluna se desse de forma natural nas ações diárias da Unidade, não estando, portanto, somente, vinculadas as ações voltadas ao medicamento. Priorizou-se o acompanhamento das visitas domiciliares, a participação nas reuniões de equipe e a educação continuada dos ACS. Posteriormente, as ações passaram a ser mais destinadas ao uso correto do medicamento, estando atualmente em andamento as atividades vinculadas a este propósito. Foi perceptível a importância da inclusão do farmacêutico nas discussões dos casos clínicos com consequente inserção definitiva da área de farmácia junto ao trabalho da equipe do núcleo. Há recorrentes solicitações da equipe para a fixação, na Unidade, de um farmacêutico e a introdução de novos alunos. Esta inserção permitiu um maior acesso da FCFRP na ABS, com a incorporação deste cenário de prática no conteúdo de duas disciplinas da graduação. A atividade desenvolvida foi positiva para o tratamento terapêutico dos pacientes, ressaltando a importância da inserção do farmacêutico na ESF, com reflexos positivos na grade curricular do Curso e na formação dos alunos.

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BIBLIOGRAFIA ARAÚJO, A.L.A, FREITAS, O. Concepções do profissional farmacêutico sobre a assistência farmacêutica na unidade básica de saúde: dificuldades e elementos para a mudança. Rev Bras Cienc Farm (São Paulo), v. 42, n.1, p.137-46, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 648/GM de 28 de março de 2006. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS), 2006. PEPE, V.L.E.; OSÓRIO-DE-CASTRO, C.G.S. A interação entre prescritores, dispensadores e pacientes: informação compartilhada como possível beneficio terapêutico. Cad Saúde Públ, v.16, n.3, p.815-822, 2000. Financiamento: Bolsa do Programa Educador em Saúde/USP e Aprender com Cultura e Extensão/USP

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PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DA DISCIPLINA DE ESTÁGIO EM FARMÁCIA I SOBRE O CURSO DE INTRODUÇÃO À PRÁTICA FARMACÊUTICA CLÍNICA

Atenção Farmacêutica, Educação em Saúde, Farmácia Clínica

RODRIGUES NETO, EDILSON MARTINS; FIRMINO, PAULO YURI MILEN;

OLIVEIRA, BRUNA ESMERALDO; FIRMINO, PAULO ANDREY MILEN; REIS, HENRY PABLO LOPES CAMPOS; SILVA, LUZIA IZABEL MESQUITA MOREIRA DA;

FONTELES, MARTA MARIA DE FRANÇA; PONCIANO, ÂNGELA MARIA DE SOUSA; ROMERO, NIRLA RODRIGUES

GRUPO: CENTRO DE ESTUDOS EM ATENÇÃO FARMACÊUTICA (CEATENF/

UFC) A Atenção Farmacêutica é uma prática centrada no paciente que tem como objetivo primário prevenir e resolver problemas relacionados ao uso de medicamentos, maximizando a farmacoterapêutica e reduzindo, aos menores níveis possíveis, os riscos, por meio de educação e intervenções farmacêuticas. O curso de Introdução à Prática Farmacêutica Clínica pode despertar nos acadêmicos o interesse por essas atividades clínicas e assistenciais. Objetivos: Avaliar a percepção dos alunos matriculados na disciplina de Estágio em Farmácia I (Drogaria, Farmácia Pública e Magistral), na Universidade Federal do Ceará, sobre o curso acima citado. Métodos: Para tanto, foi aplicado um questionário aos 22 alunos matriculados na disciplina, no semestre 2011.2 O inquérito era composto por 05 blocos de perguntas (avaliação dos facilitadores, conteúdo e métodos, ambiente e organização, auto-avaliação do participante e, atendimento das expectativas), totalizando 17 questões. Foram atribuídos escores, variando de 1 a 4, referindo-se à classificação insuficiente, regular, bom e excelente. Resultados: As médias encontradas para cada bloco de perguntas foram: análise dos facilitadores (3,70), conteúdo e métodos (3,57), ambiente e organização (3,57), auto-avaliação do participante (3,68) e atendimento das expectativas (3,66). Conclusão: O curso foi avaliado positivamente pelos acadêmicos, o que revela uma boa estruturação e aceitação por parte dos participantes, além de ser verificada a importância do tema na vivência profissional dos futuros farmacêuticos com relação à execução de funções assistenciais e clínicas ao paciente/usuário em diferentes locais de atenção á saúde.

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ASSITÊNCIA FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO BÁSICA: EXPERIÊNCIA NA

INSERÇÃO DO ACADÊMICO DE FARMÁCIA

Assistência Farmacêutica, Atenção Básica e Educação em Saúde

RODRIGUES NETO, EDILSON MARTINS; NOCRATO, MIRIAM NUNES; SOARES, MILENA MARQUES; FONTELES, MARTA MARIA DE FRANÇA; ROMERO, NIRLA

RODRIGUES; ARRAIS, PAULO SERGIO DOURADO A atenção básica é caracterizada por ações que englobam a promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, tratamento e manutenção da saúde. Fortaleza está dividida em sete Secretárias Executivas Regionais (SER), com uma Farmácia Pólo em cada, que conta com Assistência Farmacêutica (AF) integral e estrutura física adequada para dispor de medicamentos padronizados. No Centro de Saúde da Família Roberto da Silva Bruno (CSF-RBS), existe farmácia pólo da SER IV onde estão alocados dois farmacêuticos (um responsável pela logística da AF e, outro, inserido no programa Núcleo de Apoio à Saúde da Família) e um acadêmico de Farmácia. Descrever as atividades realizadas pelo acadêmico de farmácia juntamente com os farmacêuticos no CSF-RBS. O estudo observacional e descritivo foi realizado no ano de 2010 e até o mês de agosto de 2011 e envolveu toda a equipe multiprofissional da unidade de saúde. Foram ministradas aulas de atualização terapêutica para os profissionais prescritores e transcritores, focando a farmacologia clínica, visando maximizar a farmacoterapêutica e divulgar as inovações medicamentosas pactuadas, que muitas vezes não eram prescritas por desconhecimento. Nesse contexto, foram realizadas, também, diversas intervenções farmacêuticas junto aos profissionais competentes, oferecendo alternativas, sugestões terapêuticas e posológicas. Houve uma demanda por parte dos Agentes Comunitários de Saúde que levou a um curso sobre medicamentos dos programas de hipertensão e diabetes, com ênfase na utilização, armazenamento e informações básicas gerais para serem repassadas a população. Somadas a essas realizações também foram escritos trabalhos acadêmicos que tinham por objetivo avaliar o consumo de medicamentos, o que auxiliou nas ações de AF. Diante do exposto, percebeu-se que atuação do farmacêutico na atenção básica, tendo o auxilio de um acadêmico que tende a inserir novas atividades ao serviço por meio do vínculo com a massa crítica da academia, parece ser benéfica e deve ser estimulada como forma de dinamizar e atualizar os profissionais da instituição. Pretende-se dar continuidade a essas ações só que com melhor documentação e registro para facilitar o processo de avaliação das ações e feedback.

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MARKETING PROFISSIONAL E PROMOÇÃO DA SAÚDE: RESULTADOS DE UM PROJETO FARMACÊUTICO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

Projeto Farmacêutico, Responsabilidade Social, Marketing Profissional

RODRIGUES NETO, EDILSON MARTINS; MAGALHÃES, THIAGO CESAR PINTO; OLIVEIRA, YARA SANTIAGO; NOBRE, NAYARA JANY CAVALCANTE;

MAGALHÃES, LAVINIA SALETE DE MELO MAIA; FERREIRA, MARIA AUGUSTA DRAGO.

O Projeto Farmacêutico Gestor Social (PFGS) é formado por acadêmicos dos cursos de Farmácia da Universidade Federal do Ceará, da Universidade de Fortaleza e por profissionais farmacêuticos, tendo como objetivos Gerar no acadêmico habilidades de gestão e responsabilidade social, as quais são pouco desenvolvidas durante a graduação e necessárias para ser um profissional atuante em qualquer âmbito, tendo ainda como foco a divulgação da profissão farmacêutica. O PFGS realiza atividades educativas, de prevenção e promoção à saúde, além de bem-estar. Para tanto conta com o auxilio de outros profissionais e parcerias com entidades, públicas e privadas. Entre elas o Conselho Regional de Farmácia (CRF), Sindicato dos Farmacêuticos, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Estadual de Saúde e farmácias privadas. Seus principais focos são a Semana da Saúde, Farmácia Vai à Praça e Farmacêutico sem Fronteiras. Este último acontece em outros municípios e consiste em prestação de serviços farmacêuticos à população das zonas urbana e rural, que geralmente não tem acesso. São realizados treinamentos periódicos, por profissionais da área ou afins, visando desenvolver habilidades profissionais que serão fundamentais na sua vida profissional. Os membros do PFGS são responsáveis pelo planejamento e execução dos eventos, desde a prospecção de parcerias, execução e análise. Descrever as atividades e eventos realizados por esse projeto. Trata-se de um estudo descritivo-observacional e de base documental. Em 06 anos de existência de projeto foram realizadas cinco edições da Semana da Saúde, 2 Farmácia vai a praça, 5 Farmacêuticos sem fronteiras, participação na organização de 2 Corridas do Farmacêutico, 1 Curso de Atualização em Farmacologia juntamente com o CRF-CE e eventos em outros municípios como Sobral, Camocim, Crateús e Cascavel, além da participação na organização de movimentos de classe como a greve dos farmacêuticos ocorrida em agosto de 2011 em Fortaleza, que além de reivindicar direitos laborais divulgava a importância do profissional farmacêutico para a população. Durante a existência do PFGS muitas pessoas foram assistidas por serviços ligados à atividade farmacêutica, o que levou ao conhecimento das atividades desse profissional de saúde imprescindível para funcionamento do sistema de saúde, e de outras áreas, além de terem educação em saúde, prevenção e profilaxia, o que confirma a carência de informação de saúde e dificuldade no acesso aos serviços por parte da população. Farmacêuticos, ex-participantes levaram adiante em sua vida profissional as habilidades desenvolvidas quanto à solução de problemas e o constante envolvimento na responsabilidade social e divulgação da profissão.

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ISSN Nº 1984-3828 124

IV FÓRUM DE EDUCAÇÃO FARMACÊUTICA

III MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS DE INTEGRAÇÃO ENSINO E SERVIÇO

BELO HORIZONTE – MG, 8 DE OUTUBRO DE 2011 COMISSÃO ORGANIZADORA DO CD:

Cristiane Barelli Ester Massae Okamoto Dalla Costa

Maria Helena Seabra Soares de Britto