anais iii seminário de integração de pesquisas do cerat

55

Upload: centro-de-raizes-e-amidos-tropicais-cerat

Post on 14-Apr-2017

51 views

Category:

Education


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT
Page 2: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

CERAT/UNESPCampus do Lageado – Botucatu-SP

III SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃODE

PESQUISAS DO CERAT

15 de dezembro de 2005

Anais

Organizador: Prof. Dr. Cláudio Cabello

PROMOÇÃO e REALIZAÇÃOCERAT – Centro de Raízes e Amidos Tropicais

APOIO PROPG – Pró-Reitoria de Pós-Graduação

FCA – Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu-SP

Local: Anfiteatro “Bibliotecária Maria das Dores de Souza” daFaculdade de Ciências Agronômicas da UNESP

Botucatu-SP

2005

Page 3: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

FICHA CARTOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉCNICA DEAQUISIÇÃO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO – SERVIÇO TÉCNICO DEBIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO UNESP – FCA – LAGEADO – BOTUCATU(SP)

Seminário de integração de pesquisas do Cerat (3.:2005 S471a : Botucatu) Anais do 3. Seminário de Integração de Pesquisas doCERAT, Botucatu, 15 de dezembro de 2005 / Organizador:Cláudio Cabello ; Promoção e realização CERAT/UNESP ;Apoio: Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Faculdade deCiências Agronômicas de Botucatu – SP. – Botucatu:CERAT : UNESP, 2005 37 p.

ISBN 85-98917-04-4

1. Raízes – cultivo. 2. Mandioca. 3. Batata-doce. 4.Yacon. 5. Batata-baroa. 6. Amido. I. CERAT – Centro deRaízes Tropicais. II. UNESP – Universidade EstadualPaulista. II. Título

CDD 21.ed. (633.68)

Page 4: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

UNESP – Universidade Estadual Paulista

Reitor:Prof. Dr. Marcos Macari

Vice-Reitor:Prof. Dr. Herman Jacobus Cornelis Voorwald

CERAT – Centro de Raízes e Amidos TropicaisDiretor:

Prof. Dr. Cláudio Cabello

Vice-Diretor:Prof. Dr. Waldemar G. Venturni Filho

Conselho Científico:Prof.ª Dr.ª Ana Angélica Fernandes

Prof. Dr. Célio LosnakProf. Dr. Cláudio Cabello

Prof. Dr. Luiz Antonio GraciolliProf.ª Dr.ª Neusa Maria Pavão Battaglini

Prof. Dr. Vanildo Luiz Del BianchiProf. Dr. Waldemar G. Venturini Filho

Page 5: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

COMISSÃO ORGANIZADORA

Coordenação:Prof. Dr. Cláudio Cabello

Comissão:Dr.ª Magali Leonel

Dr. Marcelo Álvares de Oliveira

Apoio Local:Alessandra Regina BatistaDouglas Alexandre Janes

Luiz Henrique UrbanoNatália Ferreira de Souza

Sérgio Ricardo Inoue

Page 6: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

APRESENTAÇÃO

Estamos realizando a 3ª edição do Seminário de Integração dePesquisas do CERAT dando continuidade a um projeto aprovado peloConselho Científico e merecedor do apoio de toda a comunidade desteCentro. A exposição dos trabalhos realizados durante este ano de2005 é uma incontestável prova de superações das dificuldadesestruturais sofridas em decorrência das severas limitaçõesorçamentárias impostas pela realidade financeira por que passa aUNESP. O CERAT foi particularmente afetado com a supressão departe dos servidores que compunham o seu quadro funcional e dianteda realidade buscou um novo ponto de equilíbrio passando a contarentão com uma maior dedicação das pessoas que realizam seustrabalhos de modo que uma ação sinérgica ampliou estas atividades. Oresultado aqui está, na forma de importantes trabalhos produzidosutilizando toda a avançada e sofisticada infra-estrutura para produçãode pesquisas. Superamos e com um agradável sentimento de “devercumprido” verificamos que as atividades deste ano de 2005 foramtraduzidas em 19 projetos de pesquisas desenvolvidos pelos alunosEstagiários, de Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado ePós-Doutorado indicando um grande dinamismo nas atividadesformadoras de recursos humanos especializados, missão maior daUniversidade. O setor do chamado “agronegócio” tem mostrado sua pujançanos últimos anos através de uma vigorosa atividade de produção eexportação de produtos agrícolas in natura e semi-processados, quenão tem afetado a cadeia produtiva das tuberosas, notadamente a damandioca, devido ainda à carência de produtos com qualidades ecustos requeridos pelos exigentes e competitivos mercados deconsumo externos. Os agentes envolvidos neste setor encontramdificuldades de organização dentro da cadeia produtiva, seja naprodução de raízes a custos otimizados, seja na articulação deprodutores e agroindústria de processamento, ou na ausência de

Page 7: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

tecnologias para fabricação de produtos com maior valor agregado.São estas deficiências que demandam soluções tecnológicas e/ouconhecimentos que irão sugerir estudos e o estabelecimento dashipóteses científicas que embasarão as pesquisas cujo produto finalcontribui fortemente para o desenvolvimento desta cadeia produtiva.

Outro desafio é o de transferir conhecimentos na forma detecnologias e incrementos inovadores, pois exigem esforços eprincipalmente habilidades que também resultam em capacitação eneste sentido as parcerias com o setor produtivo são importantes paraa formação dos recursos humanos que realizam os trabalhos depesquisas. Os trabalhos inscritos neste III Seminário de Integração dePesquisas do CERAT contribuem, neste contexto, para a valorizaçãodas tuberosas tropicais através de um maior conhecimento de suaspropriedades e possibilidades de aplicações. Parabenizamos osalunos, funcionários, pesquisadores e docentes que se envolveram narealização deste belo trabalho.

Prof. Dr. Cláudio Cabello Diretor

Page 8: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

PROGRAMA

08:15 ABERTURA

- Prof. Dr. Cláudio Cabello - Diretor CERAT/UNESP

- Prof. Dr. Leonardo Theodoro Bull – Diretor FCA/UNESP

- Prof. Dr. Zacarias Xavier de Barros - Coordenador Do Curso dePós-Graduação “Área de Concentração: Energia na Agricultura” daFCA/UNESP.

08:45 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS NA ÁREA DEAGRICULTURA.

1. Estudo de produtividade, parâmetros tecnológicos epós-colheita de mandioca e batata doce. Paulo SérgioBeraldo de MORAES; Marcelo Álvares de OLIVEIRA.

2. Utilização de técnicas de cultura de tecidos visando adefinição de protocolos para micro-propagação demandioca e batata doce. Thaila Isabel WODEWOTZKY;Marcelo Alvares de OLIVEIRA.

3. Avaliação da produtividade, do ataque de nematóides e dosteores de frutoligossacarídeos de plantas de yacon(polymnia sonchifolia peop. endl) cultivadas sob diferentestratamentos de solo. Danilo JACOMINI; Marcelo Alvares deOLIVEIRA.

09:30 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS NA ÁREA DETECNOLOGIA.

Page 9: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

4. Propriedades e estrutura de maltodextrinas. Ana PaulaCerino COUTINHO; Cláudio CABELLO.

5. Avaliação do parâmetro cor em farinhas extrusadas demandioquinha-salsa. Bruna MENEGASSI; Magali LEONEL.

6. Otimização do tempo de modificação de amidos demandioca. Ivanete A. BERNARDINO; Cláudio CABELLO.

7. Efeitos da adição de amidos catiônicos de mandioca, batatadoce e mandioquinha salsa nas propriedadesfísico-mecânicas em folhas de papéis. Lidia KazumiHORIMOTO; Cláudio CABELLO.

8. Análise de cor em farinhas de mandioca de diferentesregiões do brasil. Larissa Tavares DIAS; Magali LEONEL.

9. Produção e caracterização de farinha de raspa de mandiocapara modificação por extrusão. Beatriz Helena BorgesLUSTOSA; Magali LEONEL.

10. Produção de bebidas destiladas a partir de batata doce.Lizandra BRINGHENTI; Claudio CABELLO.

11:15 COFFEE BREAK

12:00 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS NA ÁREA DETECNOLOGIA.

11. Produção, digestibilidade e amido resistente em biscoitosextrusados a partir de farinha e fécula de batata doce emandioca. Mariana SCHMIDT; Cláudio CABELLO.

12. Clarificação de hidrolisados enzimáticos de fécula de

Page 10: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

batata doce por processo de adsorção com carvãoativado. Mariana CARIELLO; Cláudio CABELLO.

13. Avaliação de compostos antinutricionais de farinhas demandioca com diferentes proporções de parte aéreadesidratada, utilizando cobaios como modeloexperimental. Mariângela R. AGOSTINE; CláudioCABELLO.

14. Caracterização de hidrolisado extraido de tubérculos deyacon (Polymnia sonchifolia). Roseli A. Claus B. PEREIRA;Cláudio CABELLO.

15. Subprodutos originários do resíduo líquido daagroindustrialização de mandioca (Manihot esculentaCrantz). Eloneida A. CAMILI; Cláudio Cabello.

16. Tecnologia da informação na educação referente a área deagricultura. Natália F. SOUZA; Cláudio CABELLO.

14:00 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS NA ÁREA DEAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS:

17. Aproveitamento de resíduo lignocelulósico proveniente daindustrialização de mandioca para produção de etanol. IreneMiuki SAITO; Cláudio CABELLO.

18. CARACTERIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA MANDIOCA PARA AFABRICAÇÃO DE PAPÉIS ESPECIAIS. Solange Maria LeãoGONÇALVES; Cláudio CABELLO.

19. Utilização dos efluentes líquidos de empresasprocessadoras de mandioca, tratados em reatores de

Page 11: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

digestão anaeróbia. Paulo H. M. PINTO; Cláudio CABELLO.

15:00 ENCERRAMENTO

Page 12: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT
Page 13: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

APRESENTAÇÃO DE TRABALHOSNA ÁREA DE AGRICULTURA

Page 14: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT
Page 15: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

INFLUÊNCIA DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA, DA ÉPOCA DOANO E DA IDADE DA PLANTA NO COZIMENTO DA

MANDIOCA DE MESA IAC 576-70

Paulo Sérgio Beraldo MORAES1Marcelo Alvares de OLIVEIRA21 – Aluno de Iniciação Científica do CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected] – Orientador Pesquisador Dr. CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected]

A mandioca é originária do continente americano e constitui uma das principais fontesde caloria para vários países, sendo consumida diariamente por mais de 500 milhões depessoas. No Brasil o consumo per capita foi de 42,9 Kg/hab/ano em 1999 enquanto amédia mundial foi de 16,4Kg/hab/ano. Um dos maiores problemas da mandioca é suainstabilidade na qualidade culinária. Essa instabilidade causa incerteza em relação àqualidade do produto, em diferentes épocas do ano. A qualidade culinária das raízesde mandioca tem sido pouco estudada e as causas de sua variabilidade e instabilidadesão pouco conhecidas. As variáveis relacionadas ao cozimento que tem tido maiorimportância no setor da pesquisa são; textura, plasticidade e a pegajosidade da massa,pois interferem diretamente na maioria das receitas culinárias preparadas commandioca. Assim sendo, o produto apresenta variações durante o ano no mercado,sendo que a falta de padronização do produto durante o ano todo leva a rejeição domesmo por parte do consumidor que opta por outros produtos em que modificações nãoocorrem durante o ano. O objetivo desse trabalho foi instalar um plantio de mandiocapara avaliar a produtividade, as características associadas ao cozimento e analisarcentesimalmente a variedade IAC 576-70, principal variedade plantada no estado deSão Paulo para “mesa”, desde o 6° até o 12° mês de idade, afim de que se possadiagnosticar a instabilidade na qualidade culinária, propondo soluções para oproblema. Os dados diários de precipitação pluviométrica foram coletados na estaçãometeorológica do Departamento de Ciencias Ambientais da FCA/UNESP/Botucatupara confrontar com os dados de produtividade, das características associadas aocozimento e das analises centesimais. As plantas de mandioca (Manihot esculenta)IAC 576-70 foram plantadas em julho de 2004 e foram cultivadas na áreaexperimental do CERAT (Centro de Raízes e Amidos Tropicais) em Botucatu. A partirde janeiro de 2005 até junho de 2006 foram colhidas plantas para o procedimento das

Page 16: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

seguintes análises: Análises de produtividade, Análises de cozimento e AnáliseCentesimal. Em relação à dificuldade de retirada da entrecasca, verificou-se quesomente no mês de junho ocorreu média dificuldade em retirar a entrecasca. Umamédia dificuldade de cortar em palitos foi verificada nos meses de janeiro, abril, maio ejunho. Nos meses de janeiro e março, onde o somatório de precipitações pluviométricasdos 10 dias anteriores à colheita foram de 184,9 e 111,3 mm respectivamente,verificou-se as piores qualidades culinárias, não ocorrendo o caimento dos 13 palitosem 30 minutos. Nos demais meses onde o somatório das precipitações pluviométricasocorridas nos 10 dias anteriores à colheita variaram de 23,5 a 32,8 mm, as mandiocasapresentaram ótimas qualidades culinárias. Assim sendo concluiu-se que: a mandiocade mesa IAC 576-70 quando feito o plantio em julho, na região de Botucatu/SP, deveser colhida com 9 meses de idade sem prejuízo de produtividade, teor de amido ecozimento das raízes, podendo se estender a no máximo até o décimo mês após oplantio; após o décimo mês aumentam as dificuldades para a retirada da entrecasca,palitamento e cozimento da mandioca; o cozimento das raízes de mandioca éinfluenciado pelas condições de hidratação do solo nos dias que antecedem a colheita.

Agência Financiadora: CNPq/PIBIC

Page 17: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS DE CULTURA DE TECIDOS VISANDO ADEFINIÇÃO DE PROTOCOLOS PARA MICRIOPOPAGAÇÃO DE

MANDIOCA E BATATA DOCE

Thaila Isabel WODEWOTZKY1Marcelo Alvares de OLIVEIRA21 – Aluna de Iniciação Científica do CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected] – Orientador Pesquisador Dr. CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected]

A micropropagação de tecidos “in vitro” é uma técnica que permite aobtenção e multiplicação de plantas livres de patógenos,disponibilizando uma grande quantidade de mudas em um curtoperíodo; essencial para elevar a produtividade e a qualidade emregiões infestadas por vírus e bactérias e sem a dependência defatores ambientais como o clima. A mandioca constitui uma dasprincipais fontes de carboidratos, sendo que, em muitos países, comoo Brasil, faz parte da alimentação diária. Porém a produtividadenacional é baixa, por ser cultivada, geralmente, em terras de baixafertilidade, infectadas com pragas e doenças e com problemasclimáticos, o que interfere na qualidade das manivas (estacas), além dobaixo nível tecnológico empregado no cultivo. A batata doce constituiem um alimento de bom conteúdo nutricional, principalmente comofonte de energia e proteína, além de grande importância na produçãoindustrial de farinha, amido e álcool. Entretanto a produtividadenacional é baixa decorrente do pequeno investimento em tecnologia nacultura, já que a maior parte tem sido cultivada empiricamente porfamílias rurais e atingindo uma baixa lucratividade. O objetivo destetrabalho é definir protocolos para a micropropagação “in vitro” demandioca e batata doce, visando atender a demanda destas culturaspara futuros plantios. Na mandioca foram utilizados propágulosvegetativos retirados da parte aérea (meristemas apicais de “mandiocafécula-branca”) e então submetidos a uma desinfestação em soluçãocontendo álcool etílico a 70%, por 1min; posteriormente em solução de

Page 18: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

hipoclorito de sódio a 10%, por 10min, seguida por 3 lavagens emágua estéril. Depois de feita a assepsia, os propágulos foraminoculados em meios nutritivos MS básico, anteriormente autoclavadosa 121ºC por 20 minutos, dentro de capela de fluxo laminar. Os inóculosforam então mantidos em uma sala de cultura dotada de iluminação etemperatura controladas (16 horas de luz e 8 horas de escuro e24+2ºC) por 40 dias. Porém, apenas 2 gemas desenvolveram, sendoque as demais, embora sem desenvolvimento, não apresentarampresença de fungos ou bactérias. Estudos com a adição dereguladores de crescimento no meio MS básico estão em andamento.Na batata doce foram testados vários protocolos com diferentesconcentrações de hipoclorito e diferentes tempos de exposição a partirde microestacas oriundas de brotações das raízes que foramarmazenadas a temperatura ambiente em sacos plásticos pretos. Oprotocolo mais eficiente foi: imersão em solução de álcool etílico a70%, por 30s; posteriormente em solução de hipoclorito de sódio a20%, por 30min; seguida por 3 lavagens em água estéril para retirar oexcesso das soluções anteriores. O meio nutritivo utilizado foi o MSbásico e os tubos foram mantidos na sala de cultura em um período de30 a 40 dias, até atingirem um desenvolvimento adequado para seremrepicadas ou aclimatadas. Já nas plântulas que desenvolveram fungosou bactérias durante o período, foram replantadas em meio MS apósum tratamento especial para desinfetá-las com o objetivo de salvar osexplantes. As estacas foram então imergidas me solução de Benlate(1,5g/L) por 20 min; álcool etílico a 70%, por 30s; depois em solução dehipoclorito de sódio a 20%, por 30min; seguida por 3 lavagens emágua estéril. Porém a imersão em Benlate por um período de 20min foimuito prolongada provocando a queima dos propágulos. A maioria dospropágulos que conseguiu se desenvolver apresentou contaminaçãofúngica novamente. Concluiu-se que as plântulas que apresentaramcontaminação durante o desenvolvimento não é viável a limpeza.

Page 19: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE, DO ATAQUE DE NEMATÓIDES EDOS TEORES DE FRUTOLIGOSSACARÍDEOS DE PLANTAS DEYACON (POLYMNIA SONCHIFOLIA PEOP. ENDL) CULTIVADAS

SOB DIFERENTES TRATAMENTOS DE SOLO

Danilo JACOMINI1Marcelo Alvares de OLIVEIRA21 – Aluno de Iniciação Científica do CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected] – Orientador Pesquisador Dr. CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected]

Polymnia sonchifolia peop. Endl. é uma espécie da família Asteraecea,de origem andina. A planta é utilizada na alimentação humana, e paraeste fim são preferidas as raízes tuberosas mais doces, maissuculentas e menos fibrosas que os caules rizomatosos, apresentandosabor semelhante ao da pêra, quando consumidas “in natura”. Ointeresse está focado tanto nas fibras solúveis como nas insolúveis(oligossacarídeos e inulina). Como fruta fresca, o yacon possui umpoder hidratante, devido ao alto teor de água, além do mais podeprevenir o cansaço e câimbras devido ao seu alto teor de potássio. Opotencial produtivo desta espécie pode atingir rendimentos de até 60t.ha-1. Oliveira & Nishimoto (2004) apresentaram estimativas daprodutividade de 45 t.ha-1, sendo que o menor índice de produtividadeocorreu devido à incidência de nematóides da espécie Meloidogyne,encontrados no solo e nas raízes da planta, em uma quantidade acimado tolerável à planta. Esta praga tem sido relatada por vários autorescomo responsável pela diminuição da produtividade e tambémdepreciação na qualidade da raiz para comercialização. Diante daimportância que a cultura tem ganhado nos últimos anos, o objetivo dotrabalho será verificar a eficiência da aplicação de manipueira enematicida no controle de Meloidogyne, visando uma maiorprodutividade e qualidade final das raízes, obtendo uma matéria-primade melhor qualidade tanto na comercialização da raiz como hortícolacomo para a indústria de processamento. O experimento está sendo

Page 20: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

conduzido em canteiros experimentais do CERAT/UNESP/Botucatu.Foram levantados 12 canteiros de 6 metros de comprimento, ondeserão avaliados 3 tratamentos com 4 repetições. No primeirotratamento foi feita a aplicação de 6 litros da mistura 50% demanipuera + 50% de água por metro linear de canteiro, e o mesmoficou em repouso durante 10 dias para posteriormente as mudas seremtransplantadas. No segundo tratamento foi feita a aplicação de 30gramas de Furadan por cova de plantio e outra aplicação da mesmaquantidade será feita após 90 dias de transplante. Por fim, o últimotratamento é a testemunha, onde não foi feito nenhum tipo detratamento de solo. O delineamento experimental é de blocos asacaso, com 4 repetições e parcelas de 10 plantas. O espaçamentoutilizado entre plantas é de 0,6 metros e entre canteiros é de 1 metro.Foi avaliada a incidência do nematóide no solo antes do tratamento domesmo e também nas mudas, e na colheita será avaliada ainterferência na produtividade, porcentagem de dano e no perfil deaçúcar. Os pedaços de rizóforos oriundos de Capão Bonito foramplantados em sacos plásticos dia 15/07/05 e o plantio definitivo para oscanteiros experimentais foi feito no dia 04/10/05. Foi também realizadaa capina dos canteiros, a calagem e a adubação de plantio (50 gramaspor planta do adubo 4:14:8). A adubação de cobertura (20 gramas de20:0:20 por planta) será realizada no início de janeiro de 2006. Nasentrelinhas foi feita a aplicação do herbicida Glifosato na concentraçãode 5 ml por litro de calda para controle de plantas daninhas. Até opresente momento os resultados obtidos se referem apenas àsanálises nematológicas de mudas e do solo antes do plantio definitivo.O resultado da análise nematológica do solo definiu uma quantidadebaixa de nematóides neste, e o resultado da análise nematológica dasmudas indicou uma infestação alta de nematóides nas mudas.

Agência Financiadora: CNPq/PIBIC

Page 21: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT
Page 22: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

APRESENTAÇÃO DE TRABALHOSNA ÁREA DE TECNOLOGIA

Page 23: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT
Page 24: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

PROPRIEDADES E ESTRUTURA DE MALTODEXTRINAS

Ana Paula Cerino COUTINHO 1

Cláudio CABELLO 21-Doutoranda em Energia na Agricultura-FCA/UNESP, Botucatu-SP,[email protected] – Orientador Prof. Dr. CERAT/UNESP, Botucatu-SP, [email protected]

As principais fontes de amido comercial no mundo são o milho, abatata e a mandioca. A utilização industrial do amido nativo é restritadevido a sua baixa funcionalidade, aplicações específicas, bem comotendência a retrogradação durante o armazenamento a frio. Váriasmodificações físicas, químicas e enzimáticas têm melhorado aspropriedades funcionais dos amidos, o que permite uma ampla faixa deaplicação. A partir da hidrolise do amido é possível produzircarboidratos com propriedades funcionais específicas. Recentesdesenvolvimentos de enzimas têm melhorado o processo de hidrólisetanto técnico como econômico. Outro fator importante na produção dehidrolisado é a necessidade de definir parâmetros operacionais para ocontrole do processo. As maltodextrinas são produtos da hidróliseparcial do amido e possuem amplas utilizações industriais, sendo oamido de milho muito utilizado como matéria-prima na sua produção.As diferenças na estrutura das maltodextrinas de diferentes fontesbotânicas determinam suas propriedades físico-químicas, assim a suacaracterização se torna importante para definir a aplicação de acordocom suas características. O presente trabalho tem por objetivo produzire caracterizar fisicamente maltodextrinas utilizando como matéria-primaféculas extraídas de tuberosas tropicais, mandioca e batata-doce, emprocesso enzimático e compará-las com as comerciais. A fécula demandioca foi fornecida pela Fecularia Pasquini/Pr e a de batata-docefoi extraída no Laboratório de Processos do CERAT/UNESP. Asmaltodextrinas comerciais de milho e mandioca foram fornecidas pelaCorn Products, sendo elas: Mor-Rex1910 e Globe1805. Nas féculasanalisou-se o teor de umidade, cinzas, proteínas, gorduras, amido,amilose e propriedades de pasta. As maltodextrinas foram preparadasutilizando solução de amido a 30% e enzima α-amilase em reator com

Page 25: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

agitação a temperatura de 95ºC por 20 minutos, em seguida foramsecas em spray-dryer. As maltodextrinas produzidas no CERAT e ascomerciais foram analisadas quanto aos parâmetros reológicos,utilizando-se um viscosímetro Brookfield LV-DVII com acessório UL00,a distribuição dos carboidratos foi avaliada usando um cromatógrafolíquido (HPLC) da Varian com coluna Bio-RadHPX42A. As féculas demandioca Pasquini e de batata-doce apresentaram teor de amilose de18,93 e 20,12%, gordura de 0,19 e 0,30%, proteína de 0,09 e 0,16%,temperaturas de gelatinização de 69,60 e 77,65ºC e, tempo de iníciode gelatinização de 3,5 e 4,2 minutos, respectivamente. Asmaltodextrinas de mandioca (Pasquini e Globe1805), de batata-doce ede milho (Mor-Rex1910) a 20% à 25ºC apresentaram comportamentonewtoniano, ou seja, a viscosidade aparente é igual ao índice deconsistência, sendo que estes apresentaram valores de 0,0036;0,0082; 0,0048 e 0,0052Pa.sn, respectivamente. De acordo com asanálises no HPLC observou-se que as maltodextrinas comerciaisGlobe1805 e Mor-Rex1910 apresentaram menor quantidade de glicose0,26; 0,58g/kg, de maltose 6,82; 13,24g/kg e de maltotriose 11,65;23,89g/kg; enquanto que as de mandioca Pasquini e de batata-doceapresentaram a seguinte distribuição molecular: 1,80 e 2,87g/kg deglicose; 24,73 e 24,78g/kg de maltose e 38,55 e 33,71g/kg demaltotriose. A estrutura das maltodextrinas afeta as suas propriedades,quanto menor a quantidade de glicose e maior a quantidade dedextrinas maior será a sua viscosidade.

Agência Financiadora: CNPq

Page 26: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

AVALIAÇÃO DO PARÂMETRO COR EM FARINHAS EXTRUSADASDE MANDIOQUINHA-SALSA.

Bruna MENEGASSI1Magali LEONEL21 – Aluna de Iniciação Científica do CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected] – Orientadora Pesquisadora Dr.ª CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected]

A cor adquirida pelos produtos extrusados pode ser devido acaramelização ou à reação de Maillard, principalmente em materiaisque apresentam teores relativamente altos de açúcares totais. Amandioquinha-salsa (Arracacia xanthorrhiza), além de ser consideradoum alimento calórico pela sua composição predominantementeamilácea, possui alto valor alimentício sendo rica em cálcio, fósforo,ferro e niacina. Em uma linha completa de extrusão IMBRA RX daImbramaq S/A, produziu-se farinha extrusada de mandioquinha-salsaobservando-se o delineamento ‘central composto rotacional’ que foielaborado para verificar o efeito de três níveis codificados (-1, 0 e +1) edois níveis axiais (+ e - ) dos parâmetros: temperatura na última zonado extrusor (86 a 154 ºC), umidade das farinhas (11 a 19%) e rotaçãoda rosca (136 a 272rpm) sob a cor dos produtos obtidos. Ocomponente L* das farinhas extrusadas variou de 65 a 76, indicandobaixa luminosidade das farinhas. Dentre os parâmetros que compõemo modelo (temperatura, rotação da rosca e umidade da amostra),apenas a umidade (p=0,03) afetou significativamente a luminosidade(L*). Foi observado aumento desse componente com o aumento daumidade até 16-17%, sendo que a partir daí observou-se umatendência a diminuição de seus valores. A coordenada decromaticidade a* das farinhas extrusadas apresentou valores quevariaram de 4 a 10. Dentre os fatores que compõem o modelo, apenasa umidade da matéria-prima interferiu de forma significativa para essecomponente. Considerando que o croma a* varia de verde (-60) aovermelho (+60), ocorreu pequena variação entre as farinhas para estecomponente, estando presente o componente vermelho em todas as

Page 27: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

farinhas extrusadas. Com o aumento da umidade observou-se adiminuição do croma a* nas farinhas extrusadas até 17-18%, sendo emseguida observada uma tendência ao aumento deste componente decor, mas sempre positivo, ou seja, vermelho. Já a coordenada decromaticidade b*, que representa o índice de amarelo, variando de azul(-60) até amarelo (+60), variou de 30 a 37, mostrando forte presençado amarelo em todas as farinhas extrusadas. Dentre os fatores quecompõem o modelo apenas a temperatura interferiu de formasignificativa (p= 0,0368) para o componente b* das farinhasextrusadas. Com o aumento da temperatura até o nível de 125ºCocorreu uma redução de b*, sendo que a partir dessa temperaturahouve um aumento deste componente, contudo, a variação foi emvalores positivos, ou seja, intensidade de amarelo. As farinhasextrusadas de mandioquinha-salsa apresentaram-se com coloraçãoadequada de amarelo o que as caracteriza e resulta em sua aceitaçãopelo consumidor.

Agência Financiadora: CNPq/PIBIC

Page 28: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

OTIMIZAÇÃO DO TEMPO DE MODIFICAÇÃO DE AMIDOS DEMANDIOCA

Ivanete A. BERNARDINO1Claudio, CABELLO21-Doutoranda em Energia na Agricultura-FCA/UNESP; Botucatu-SP, [email protected] Prof. Dr. CERAT/UNESP, Botucatu-SP [email protected]

Os amidos modificados são mais resistentes a retrogradação, aoestresse de aquecimento e de corte (cisalhamento) e essascaracterísticas são de grande interesse para a industria de alimentospois, podem produzir alimentos com baixa caloria quando usados comosubstitutos de gordura em iogurtes, cremes para molhos, sopas entreoutros. As modificações podem ser divididas em químicas, enzimáticase combinadas. Nesse trabalho utilizou-se a modificação química doamido de mandioca com a introdução de grupos fosfatos ligado-os àsamiloses e amilopectinas componentes dos grânulos. Buscou-se aotimização do processo ao avaliar o melhor tempo de contato nareação entre o tripolifosfato de sódio (STPP) no pH 6. A metodologiade fosfatação foi adaptada dos trabalhos de Lim e Seib (1993),variando o tempo de contato entre o reagente STPP e o amido demandioca, de 5 minutos, 10 minutos, 15 minutos, 30minutos, 60minutos, 90 minutos e 120 minutos. Os produtos foram avaliadosatravés da quantidade de fósforo (P) incorporada na molécula deamido, por meio leitura em espectrofotometria de absorção. Osresultados obtidos foram: com 5 minutos 0,16% de P, 10 minutos0,19% de P, 15 minutos 0,20% de P, 30minutos 0,23% de P, 60minutos 0,21% de P, 90 minutos 0,44% de P e 120 minutos 0,22% deP. Considerando o CRF (Code of Federal Regulations/USA) que fixa olimite máximo em 0,4% de P em amidos modificados fosfatados parautilização em alimentos, somente a amostra de 90 minutos se encontrafora do limite. Os resultados indicam valores crescentes deincorporação do fósforo até o tempo de 30 minutos, sendo que aos 60minutos há um declínio na porcentagem de fósforo incorporado namolécula de amido, duplicando o valor aos 90 minutos e voltando a

Page 29: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

declinar aos 120 minutos de contato, o melhor tempo é o de 30minutos de contato, pois em menor tempo obteve-se o melhor valor deP, conforme da legislação. Na seqüência dos trabalhos serão avaliadasainda as melhores condições de: pH, concentração relativa dosreagentes fosfato, o tipo de reagente fosfato (tripolifosfato de sódio,STPP, trimetafosfato de sódio, STMP e a união dos dois sais, STPP +STMP) e concentração do amido de mandioca. As respostas aostratamentos serão verificadas pelo: grau de substituição de gruposfosfatos, intensidade da retrogradação, claridade dos géis e o efeitosinérise. A metodologia de analises será adaptada dos trabalhos deLim e Seib (1993), Craig et al. (1989) e parâmetros viscográficas obtidodas curvas amilográficas do RVA.

Agência Financiadora: CAPES

Page 30: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

EFEITOS DA ADIÇÃO DE AMIDOS CATIÔNICOS DE MANDIOCA,BATATA DOCE E MANDIOQUINHA SALSA NAS PROPRIEDADES

FÍSICO-MECÂNICAS EM FOLHAS DE PAPÉIS

Lidia Kazumi HORIMOTO1Cláudio CABELLO21 - Mestranda em Energia na Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected] - Orientador Prof°. Dr. CERAT/UNESP, Botucatu - SP, e-mail: [email protected]

O Brasil é o 7°maior produtor mundial de papéis com 8,4 milhões detoneladas em 2004 (BRACELPA). Desse modo é cada vez maior anecessidade do uso de aditivos que diminuem os níveis de poluentesdas águas residuais, promovam características desejáveis no produtofinal e aumentem a velocidade das máquinas que fabricam os papéis.O objetivo deste trabalho foi o de avaliar o efeito da adição de amidoscatiônicos de mandioca, batata doce e mandioquinha salsa em folhasde papéis através de testes físico-mecânicos realizados no Laboratóriode Papel e Celulose do Departamento de Engenharia Florestal daFCA.Os amidos foram derivatizados nos Laboratórios do CERAT onde emerlenmeyers a uma temperatura de 50°C, sob constante agitação,foram adicionadas soluções contendo 50 g de Na2SO4, 122 ml deágua, 2,0 g de NaOH, 81 g de amostra e, após a homogeneização 5,8ml do reagente Quab 188 (cloreto de3-cloro-2-hidroxipropil-trimetilamônio) da Indústria Degussa Brasil Ltda.Após 6 horas de reação o pH das amostras derivatizadas foi ajustadopara 6,5 com adição de HCl 3 N e em seguida submetidas àcentrifugação. Cada amostra foi tratada com 200 ml de etanol 25% aténão reagir mais com BaCl2. O último tratamento foi feito com etanol95% seguido de filtração a vácuo. O DS (grau de substituição) e orendimento percentual para as amostras derivatizadas foram:mandioca (0,045 e 90%), batata doce (0,047 e 95%) e mandioquinhasalsa (0,047 e 95%).As polpas celulósicas foram refinadas em moinho centrífugo Jokro

Page 31: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

Mühle 150 rpm utilizando 16g s.e. por panela, a uma consistência de6% a 4500 revoluções. Antes da aplicação o amido foi gelatinizado atemperatura de 90 – 95°C durante 20 minutos. A porcentagem deamido catiônico adicionado em relação ao peso seco da celulose foi de2% no homogeneizador já com a celulose, a uma consistência de 0,2%antes da formação das folhas. As folhas foram formadas em aparelhoformador tipo Köthen Rapid, secadas em secador durante 10 minutos eacondicionadas em ambiente climatizado, nas condições de 50 ± 2%de umidade relativa e temperatura de 23 ± 2°C. Nas folhas de papelformadas foram feitos testes de gramatura, espessura, permeância aoar e resistências ao arrebentamento, rasgo e tração e comparadas comamidos comerciais e papéis sem aplicação de amido.Nos testes realizados não houve diferença estatística significativa entreas amostras com amidos catiônicos, que diferiam somente da amostrassem adição de amido. Nas amostras com amido catiônico houve maiorresistência à tração, arrebentamento rasgo e menor porosidade,comparadas à amostra sem adição de amido.

Agência Financiadora: CAPES

Page 32: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

ANÁLISE DE COR EM FARINHAS DE MANDIOCA DE DIFERENTESREGIÕES DO BRASIL

Larissa Tavares DIAS1

Magali LEONEL21-Aluna de Iniciação Científica do CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected] Pesquisadora Dr.ª CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected]

Existe no mercado a comercialização de ampla variedade de farinhasde mandioca, cujo consumo é mais expressivo nas regiões Norte eNordeste do Brasil. Uma das características de qualidade desteproduto diz respeito à sua coloração, sendo utilizadas diferentesvariedades de mandioca em função das regiões e tecnologias defabricação empregadas. Diante da importância deste produto naalimentação brasileira, o objetivo do presente trabalho foi analisar suacoloração, verificando a conformidade com a legislação pertinente.Foram analisadas 15 farinhas de mandioca de diferentes grupos (seca,d’água e tapioca), subgrupos (grossa, fina, média, bijusada egranulada), classes (branca, amarela e creme), tipos (1 e 2) eprocedências (Acre, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, SãoPaulo e Sergipe). A análise de cor foi realizada em colorímetro MinoltaCR-200. Os resultados foram expressos em valores L*, a* e b, onde osvalores de L* (luminosidade ou brilho) variam do preto (0) ao branco(100), a*, verde (-60) ao vermelho (+60) e os valores do croma b*, azul(-60) ao amarelo (+60). Os resultados obtidos foram submetidos àanálise estatística, sendo realizada a análise de variância pelo teste Fe as médias comparadas pelo teste de Tukey no nível de 5% deprobabilidade. Os resultados mostraram variação significativa entre asfarinhas, tendo o componente L* variado de 78,43 a 92,8. As farinhasmais escuras foram as secas/finas, de Minas Gerais e São Paulo,podendo-se explicar a menor luminosidade desta última pelo processocomplementar de torração a que foi submetida. As farinhas d’água doMaranhão (branca e amarela) e do Pará (creme) não diferiramsignificativamente da farinha do Acre (branca), com maior valor deluminosidade. A coordenada de cromaticidade a* das farinhas

Page 33: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

apresentou valores que variaram de –6,33 a 4,10, ou seja, ocorreupequena variação entre estas. Faz-se importante ressaltar que asfarinhas paulistas não diferiram significativamente para este parâmetro,apresentando presença de tonalidade vermelha. Os valoresencontrados para as farinhas d’água apresentaram maior tendênciapara o croma verde, porém de pouca intensidade. Já a coordenada decromaticidade b*, apresentou variação de 6,33 (farinha de tapioca) a38,77 (farinha seca/amarela, PA), mostrando tendência ao amarelo emtodas elas. As farinhas secas/amarelas (fina e grossa, PA),apresentaram alta intensidade do croma amarelo. Não diferiramestatisticamente para o valor b* as farinhas d’água do Maranhão(amarela e branca), apesar de pertencerem a diferentes classificações.Comparadas com a farinha de trigo (valor de croma b* igual a 9,86)notou-se que as farinhas de mandioca apresentaram valoressuperiores, constatando-se maior presença de croma amarelo nestaúltima. A partir dos resultados obtidos, conclui-se que a classificaçãode algumas farinhas não está de acordo com as análises doscomponentes de cromaticidade destas, indicando com isso anecessidade de uma análise de cor mais rigorosa para a classificaçãodeste produto.

Agência Financiadora: CNPq/PIBIC

Page 34: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

PRODUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FARINHA DE RASPA DEMANDIOCA PARA MODIFICAÇÃO POR EXTRUSÃO

Beatriz Helena Borges LUSTOSA1Magali LEONEL21- Aluna de iniciação Científica do CERAT/UNESP, bolsista PROPP/UNESP,Botucatu-SP, e-mail:2- Orientadora Pesquisadora Dr.a. CERAT/UNESP, Botucatu-SP,e-mail:[email protected]

Em função da sua elevada capacidade de uso do recurso água e dasua grande adaptação a solos de baixa fertilidade, nos quais algumasculturas não conseguem produzir, a mandioca se expandiu para todasas unidades da federação, com uma produção nacional em torno de 24milhões de toneladas. Diante da importância da cultura da mandiocapara a alimentação do brasileiro e, também, para a agroindústria depequeno, médio e grande porte, a implantação de novas tecnologiaspara a produção de produtos que atendam as necessidades deincremento nos sistemas produtivos da mandioca no Brasil, faz-seeminente. A farinha de mandioca é produzida em diferentes regiões doBrasil e faz parte do hábito alimentar do brasileiro. A escala deoperação das indústrias de processamento de farinha vai desde aspequenas unidades artesanais de processamento (casas-de-farinhacomunitárias ou privadas, que produzem entre 6 a 10 sacas de farinhapor dia) até unidades com capacidade de 100 a 200 sacas/dia. Umapossibilidade de incremento do setor de farinha de mandioca brasileiroseria a diferenciação da farinha através do uso da tecnologia deextrusão na produção de farinhas instantâneas, alimentos infantis,farinhas enriquecidas, e a modificação física do amido para criarpropriedades únicas ou melhorar as suas propriedades. A tecnologiada extrusão, nos últimos tempos, tem se tornado um dos principaisprocessos no desenvolvimento de produtos, tendo como principaisvantagens a versatilidade, a alta produtividade, baixo custo, altaqualidade dos produtos, e a não geração de resíduos. Visando oestudo das condições de processamento para obtenção de farinha de

Page 35: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

mandioca instantânea, este trabalho teve por objetivo produzir ecaracterizar uma farinha de raspa de mandioca, frente a importânciadas características da matéria-prima no processo de extrusão. Foramobtidas 300Kg de mandioca (IAC 15) sendo feita a retirada da casca ea lavagem em água corrente e, em seguida, a produção das raspas empicador de mandioca. A secagem foi realizada em estufas decirculação de ar (45ºC) por 48 horas, sendo o material revolvido emintervalos regulares de tempo. Após a secagem realizou-se adesintegração em moinho de facas. A farinha obtida foi caracterizadaquanto a granulometria, pH, acidez, composição centesimal epropriedades viscográficas. Os resultados obtidos mostraram baixoteor de umidade na farinha (4,5%), com consideráveis teores de fibras(4,5%), cinzas (2,4%), matéria graxa (1,6%), açúcares solúveis totais(1,68%) e proteína (0,96%), caracterizando-se por produto amiláceo(84,4%). A análise granulométrica da farinha mostrou retenção deporcentagem significativa desta nas peneiras finas (<0,25mm). Comrelação ás propriedades de pasta a farinha de raspa de mandiocaapresentou baixo pico de viscosidade (67,25RVU), considerável quebrade viscosidade (55,42RVU), e baixa tendência a retrogradação(10,75RVU) e viscosidade final (22,58RVU). Os resultados obtidospermitiram definir os níveis dos parâmetros de extrusão que serãotestados para a obtenção da farinha de mandioca instantânea.

Agência Financiadora: CNPq/PIBIC

Page 36: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

ASPECTOS GERAIS DA PRODUÇÃO DE BEBIDASDESTILADAS A PARTIR DE AMILÁCEAS

Lizandra BRINGHENTI1Claudio CABELLO21 – Doutoranda em Energia na Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected] – Orientador Pesquisador Prof. Dr. CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected]

As bebidas destiladas são produzidas com as mais variadasmatérias-primas, dependendo das fontes de açúcar e amidodisponíveis para os processos fermentativos em suas regiões. Estarevisão de literatura tem por objetivo dar alicerce para odesenvolvimento de uma bebida destilada a partir de batata-doce,atendendo a demanda por pesquisas que valorizem culturas de grandepotencialidade como matérias-primas para produtos de elevado valoragregado. No Brasil a bebida destilada mais representativa é acachaça, aguardente ou caninha. Por apresentar um sabor especial eexótico, a cachaça mantém-se em terceiro lugar no rankinginternacional dos destilados mais consumidos, ficando atrás apenas doSoju e da vodka. O agronegócio da cachaça movimenta, anualmente,cerca de 8 bilhões de reais entre a comercialização do produto,insumos e equipamentos, além de ser responsável pela geração de900 mil empregos diretos em todo o país e ainda demanda o cultivo de10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano, o que significa125mil hectares de plantio. No mundo a batata-doce ocupa o sétimolugar em volume de produção, mas é a décima quinta em valor deprodução indicando ser universalmente uma cultura de baixo custo deprodução. A composição química das raízes da batata-doce revela queesta hortaliça é rica em carboidratos amido principalmente, com teoresde 13,4 a 29,2%, açúcares redutores de 4,8 a 7,8%, fornecendo emcada 100 gramas. Contem ainda boa quantidade de vitamina A, alémde vitaminas do complexo B tiamina, riboflavina e ácido nicotínico eágua 59,1 a 77,7%. Apresenta baixos teores de proteínas 2,0 a 2,9% ede gorduras 0,3 a 0,8%. Como fonte de minerais, a batata-doce

Page 37: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

fornece, em cada 100 g, os seguintes teores: cálcio 30 mg, fósforo 49mg, potássio 273 mg, magnésio 24 mg, enxofre 26 mg e sódio 13 mg.Durante o processo de armazenamento devido à presença deβ-amilases, parte do amido se converte em açucares solúveis. Estacaracterística é relevante na utilização da batata doce comomatéria-prima de uma bebida fermento-destilada, pois facilita oprocesso de hidrólise do amido,além da composição química destahortícula. A produção de bebida destilada a partir de batata-doce érelatada na Coréia. O soju é uma bebida destilada tradicional destepaís, muito difundida na Ásia, sendo inicialmente produzido a partir dearroz e cevada, dependendo da produção agrícola regional. Porém,devido a uma forte estiagem ocorrida neste país, o governo proibiu ouso de cereais na produção de bebidas, sendo desenvolvido nesteperíodo um processo a partir da batata-doce, contudo o destiladoobtido possuía teor alcoólico elevado, sendo então, diluído. Atualmentehá dois tipos de Soju um apenas destilado e outro diluído, com vendasanuais acima de 200 milhões de dólares, em 80 países. Esta novaproposta necessita de embasamento tecnológico específico, pois assimcomo no mercado da aguardente de qualidade, as possibilidades decomercialização e exportação exigem que o processo de fabricaçãoseja baseado em práticas criteriosamente determinadas para aobtenção de um produto padronizado e com qualidade comprovadanos aspectos físico-químicos e sensoriais.

Agência Financiadora: CAPES

Page 38: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

PRODUÇÃO, DIGESTIBILIDADE E AMIDO RESISTENTE EMBISCOITOS EXTRUSADOS A PARTIR DE FARINHA E FÉCULA DE

BATATA DOCE E MANDIOCA.

Mariana SCHMIDT1;Cláudio CABELLO21- Mestranda em Energia na Agricultura, FCA/UNESP - [email protected] Orientador Prof. Dr., CERAT/UNESP - Botucatu-SP [email protected]

Os amidos podem ser classificados de acordo com sua digestibilidadeem amido rapidamente digerível, amido lentamente digerível e amidoresistente. Amidos resistentes são definidos como a soma de amidos eprodutos da degradação de amidos não absorvida pelo intestino deindivíduos saudáveis. A relação amilose/amilopectina, resistênciatérmica, forma física, grau de gelatinização, resfriamento e tempo deestocagem afetam o conteúdo de amido resistente de um alimento.Uma vez que o conteúdo de amido resistente é afetado peloprocessamento do alimento, dentre outros fatores, buscou-se verificarestes efeitos causados pelo processo de extrusão. A extrusão é um processo contínuo no qual a matéria-prima é forçadaatravés de um sistema de compressão, em condições de aquecimento,pressão e fricção que levam a gelatinização do amido, cozimento,mistura, esterilização e secagem, reestruturando a matéria-prima a fimde criar novas texturas e formatos.Este trabalho teve como objetivo definir os parâmetros operacionaispara produzir biscoitos expandidos utilizando as matérias-primasmandioca e batata doce, verificar a concentração de amidosresistentes nos produtos extrudados e observar a cinética dadigestibilidade desses produtos. Foi realizado um planejamentoexperimental para ambas as fontes amiláceas, onde variáveisindependentes foram as misturas de farinha a 0, 20, 40, 60, 80 e 100%em relação à fécula; e teor de umidade de 14, 15,5 e 17%. As misturasalimentaram a extrusora de rosca única em condições constantes develocidade da rosca (120 rpm), temperaturas das zonas de

Page 39: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

aquecimento (20, 80, 120°C), alimentação, velocidade de corte (30rpm) e diâmetro de orifício da matriz de trefilação de 3mm. Foramretiradas amostras de cada ensaio e estocadas para as análises deexpansão, textura, densidade, solubilidade, analise sensorial, teor deamido total, teor de amido resistente e para a cinética dadigestibilidade. Neste trabalho observou-se que os extrusados obtidosa partir de misturas com menor umidade e maior quantidade de farinhaforam os mais aceitos nas analises sensoriais realizadas. Dentro dascondições de processo utilizadas, quanto menor a umidade da misturade farinha e fécula submetida à extrusão, maior é a expansão e menora densidade e textura do produto extrusado. As diferentes misturasentre féculas e farinha de mandioca e batata doce produziram biscoitosexpandidos através de processo de extrusão com características deexpansibilidade, densidade, solubilidade e aparência observados naliteratura, demonstrando adaptabilidade e potencialidades de utilizaçãocomo matéria-prima neste tipo de alimento. As concentrações deamido resistente nas amostras de biscoitos expandidos diminuíramacentuadamente, bem como ocorreu um sensível aumento dadigestibilidade dos amidos digeríveis devido ao processo de extrusão.A metodologia analítica da determinação de amido resistente in vitro,após ajustes, mostrou-se adequada para aplicação em materiaisextrusados.

Page 40: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

CLARIFICAÇÃO DE HIDROLISADOS ENZIMÁTICOS DE FÉCULA DEBATATA DOCE POR PROCESSO DE ABSORÇÃO COM CARVÃOATIVADO

Mariana CARIELLO1Claudio CABELLO21 – Aluna de Iniciação Científica do CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected] – Diretor Orientador Prof. Dr. CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected]

A batata doce (Ipomoea batatas (L.) Lam), da família dasconvolvuláceas, é a quarta hortaliça mais consumida no Brasil. Pelofato de ser facilmente hidrolisado e digerido é um dos elementos maisimportantes da alimentação humana. Apresenta elevado teor de amidoe tem potencialidade de ser explorada industrialmente, podendo serutilizada nos xaropes de glicose.Porém, a presença de funções orgânicas dá a esses compostos variasopções de transformações químicas, formando compostos escuros,alterando o sabor e odor dos alimentos.Utilizando um processo de baixo custo para purificação destehidrolisado, utilizamos o carvão ativado de casca de côco que possuipropriedades de absorção transformando o produto em hidrolisadoslímpidos e alta eficiência na absorção de cromóforos

Neste trabalho objetiva-se determinar as isotermas de absorção paradiferentes temperaturas com hidrolisado de fécula de batata doce emcarvão ativado granular, a fim de obter os modelos de isotermas deLangmuir e Freundlich que descreva o processo de absorção e verificaro efeito da granulometria do carvão ativado e temperaturas naremoção dos compostos que dão cor ao hidrolisado. O trabalhoinicia-se com a confecção de um hidrolisado de fécula de batata doceem reatores, com enzimas aminoliticas. Para determinação dasisotermas de absorção é utilizado carvão ativado de casca de côco,

Page 41: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

com três diferentes granulometrias, 8x30, 12x40 e 20x40 mesh,aplicados em frascos sob agitação termicamente estabilizadoscontendo concentrações variáveis de 0,5 a 10,0 gramas em amostrasde 50,0 gramas de hidrolisado. A determinação da cor é feita porespectrofotometria utilizando a metodologia proposta pela Society ofSoft Drink Technologists, numa escala arbitrária denominada RBU.O tempo de contato para eqüência foi de 24 horas nas temperaturasde 25, 35, 45, 55 e 65ºC com as concentrações variando de 0,03, 0,06,0,12, etc. carvão/g hidrolisado. Nos resultados preliminares dasisotermas de absorção observou-se um acréscimo na eqüência daabsorção com o aumento da temperatura e com o aumento também daconcentração de carvão em relação à massa de hidrolisado nastemperaturas do ensaio. A mobilidade molecular nas temperaturasmais elevadas dos ensaios não provocou desorções. Os carvõesativados de granulometria 12x40 e 20x40 mesh mostraram melhoresremoções dos contaminantes nas temperaturas de 55ºC, com 87% deremoção e temperatura de 65ºC com 89,3% em seu perfil de adsorçãorespectivamente. Na eqüência dos trabalhos serão avaliados a cinéticadas reações de adsorção e definir os parâmetros para ajuste demodelos Langmuir e Freundlich.

Agência Financiadora: PRAD/UNESP

Page 42: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

AVALIAÇÃO DE COMPOSTOS ANTINUTRICIONAIS DEFARINHAS DE MANDIOCA COM DIFERENTES PROPORÇÕES

DE PARTE AÉREA DESIDRATADA, UTILIZANDO COBAIOSCOMO MODELO EXPERIMENTAL

Mariângela R. AGOSTINE1Cláudio CABELLO21 – Mestranda em Energia na Agricultura, FCA/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected] – Orientador Pesquisador Prof. Dr. CERAT/UNESP, Botucatu-SP

Um dos grandes problemas enfrentados pelas populações de baixarenda em todo o mundo e principalmente nos países emdesenvolvimento é a inadequação da alimentação, o qual ocasionaquase sempre a desnutrição. Para combater a desnutrição, diversasalternativas de intervenções vêm sendo colocadas em prática, variandodesde os mais tradicionais programas de suplementação alimentar, atéalternativas simplificadas e de baixo custo, como o uso de subprodutosnão convencionais, que estão atualmente disponíveis, entre eles afolha de mandioca, sendo usados com objetivo de determinar o valornutritivo, visando sua utilização na dieta alimentar dos seres humanos.No Brasil, a farinha das folhas desidratadas da mandioca, vem sendoutilizada como ingrediente de multimisturas ou adicionada às refeições,no combate à desnutrição de crianças, sendo acrescentadas àmerenda escolar ou incluídas em cestas básicas para famíliascarentes, em várias regiões do país. Por outro lado, estão os fatoresque influenciam na biodisponibilidade de nutrientes, que sãodenominados fatores antinutricionais, aqueles constituídos porsubstâncias que, de alguma forma, provocam a indisponibilidade denutrientes essenciais, ou que atuam no organismo, alterando adigestão, absorção e o metabolismo e dentre estes, encontram-se osfitatos e oxalatos. A importância do ácido fítico do ponto de vistaantinutricional, deve-se principalmente a sua capacidade de formarcomplexos com minerais essenciais ao organismo como cálcio, ferro,zinco, cobre e magnésio no alimento “in natura” além de inibir aprotease formando sais inabsorvíveis no trato intestinal. Os compostos

Page 43: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

fenólicos de outro lado são compostos antioxidantes que estãorelacionados à proteção dos organismos contra a presença de radicaislivres que por sua vez estão envolvidos na instalação de váriasdoenças degenerativas como câncer, aterosclerose, artrite reumática,desordens cardiovasculares entre outros. Objetiva-se no presentetrabalho analisar o efeito da incorporação da farinha enriquecida comas folhas à dieta alimentar, utilizando cobaios como modeloexperimental, verificando a assimilação das proteínas e os efeitos doscompostos antinutricionais. O enriquecimento de alimentos comnutrientes é um grande benefício proporcionado ao combate asdoenças carenciais.

Agência financiadora: CAPES

Page 44: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

CARACTERIZAÇÃO DE HIDROLISADO EXTRAIDO DETUBÉRCULOS DE YACON (Polymnia sonchifolia)

Roseli A. Claus B. PEREIRA ¹Cláudio CABELLO ²1 – Doutoranda em Energia na Agricultura, FCA/UNESP, Botucatu-SP,e-mail:[email protected] Orientador Profº Dr. CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail: [email protected]

O yacon (Polymnia sanchifolia) é uma espécie da família Asteraceaesendo natural das regiões andinas. A raiz tem alto conteúdo de inulinae frutooligossacarídeos (FOS) nos quais não podem ser hidrolisadospelo organismo humano, atravessando o trato digestório sem seremmetabolizados, proporcionando poucas calorias. A evidência científicadisponível sustenta o reconhecimento da inulina e FOS como alimentosfuncionais, sendo importantes na prevenção e/ou diminuição dos riscosde algumas patologias, tais como: constipação intestinal, inibição dediarréias, relacionado com o efeito inibitório das bifidobactérias sobreas bactérias patogênicas, redução de riscos de osteoporose(biodisponibilidade de cálcio), redução dos riscos de arteriosclerosecardiovascular e do câncer do cólon. O objetivo deste estudo foicaracterizar as raízes de yacon através de análises físico-químicas.Foram utilizadas raízes de yacon cultivadas na região de Capão Bonito– SP. O extrato foi obtido por uma seqüência de operações quebasicamente, visavam a separação de sólidos de uma fase líquida porprocessos físico e químicos. Inicialmente 33,5 kg de raízes de yaconcom casca recém colhidas foram rapidamente cortadas em toletes ecolocadas num copo de liquidificador industrial basculante contendo 19litros de água aquecida a 90ºC. O tempo de desintegração foi de 2minutos em velocidade máxima. A seguir, todo o material foidescarregado em peneira. Após esgotamento do extrato, o resíduo foicuidadosamente lavado com 14 litros de água a 90ºC, para lixiviaçãodos carboidratos ainda absorvidos nos restos do material celular. Aoextrato foram adicionados CaOH até que o pH ficasse entre 8 – 9,5 ecolocado em reator a 95ºC por 20 minutos, de modo a coagular asproteínas, gomas e matérias graxas. A seguir, todo o material foi

Page 45: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

passado na peneira. Posteriormente foi adicionado 55 ml de sulfato dealumínio a 1000 ppm e 335 g de carvão ativado carbomafra nº 140 tipoC - 117 para remoção de cromóforos, agitado lentamente earmazenado sob refrigeração. Retirado da refrigeração foi adicionadoao reator, de onde foi transferido para outro recipiente através de“bomba de sucção”. O produto foi filtrado duas vezes, sendo no papelfiltro e algodão. O extrato foi permeado em coluna de bauxita ativada ecarvão. A seguir foi passado em coluna catiônica e aniônica (ION XCHANGER) Universal Reorder NO 1506-25 para diminuir a quantidadede íons. Em seguida o mesmo foi concentrado em rotavapor até atingir62º Brix. Com o produto concentrado foram realizadas as análisesfísico-químicas obtendo os seguintes resultados: 38,6 % umidade, 2,8% acidez, 6,5 de pH, 1,06% de acidez, 16% de carboidratos totais,0,42 % de matéria graxa, 7 % de glicose, 18,3 % frutose, 6 %sacarose, 15 % inulina e 23,5 % de outros oligofrutanos.

Page 46: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

SUBPRODUTOS ORIGINÁRIOS DO RESÍDUO LÍQUIDO DAAGROINDUSTRIALIZAÇÃO DE MANDIOCA

(Manihot esculenta Crantz)

Eloneida A. CAMILI1Cláudio Cabello21 – Mestranda em Energia na Agricultura da FCA/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected] – Orientador Pesquisador Prof. Dr. CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected]

A flotação é um processo de separação de partículas suspensas emmeio líquido baseado na propriedade da interface sólido-líquido, sendoo inverso da sedimentação, no qual as partículas acumulam-se nainterface líquido-gás das bolhas de ar, induzidas no meio líquido peloborbulhamento de gás. As bolhas têm densidade menor que a da faselíquida e migram para superfície arrastando as partículas seletivamenteadsorvidas, em função da afinidade da superfície da partícula com afase gasosa. As bolhas com diâmetro entre 10 a 30µm são produzidasatravés da passagem de ar em cerâmica porosa ou águadespressurizada, sendo que a superfície de contato estandodiretamente relacionada à eficiência do processo. O projeto objetiva oestabelecimento dos melhores parâmetros operacionais a seremadotados num sistema de recuperação da fração protêica e matériasgraxas de resíduos líquidos da agroindustrialização da mandioca,através do processo de flotação (processo contínuo de separação porbolhas) sem o uso de agentes químicos. O sistema é simples e debaixo custo permitindo a utilização do efluente após o tratamento,como substrato à fermentação etanólica para conversão dos açúcaressolúveis e eventuais resíduos de amido em etanol. O projeto serádesenvolvido no Laboratório de Processos do CERAT/UNESP quepossue suporte analítico necessário. A metodologia para obtenção dosprodutos e seqüente caracterização e estudos serão observadas daliteratura e das utilizadas no CERAT/UNESP.

Agência financiadora: CNPq

Page 47: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO REFERENTE AÁREA DE AGRICULTURA

Natália F. SOUZA 1Cláudio CABELLO 21 Aluna de Capacitação em Informática – CERAT/UNESP, Botucatu/SP, e-mail:[email protected] Orientador Prof. Dr. CERAT/UNESP, Botucatu/SP, e-mail: [email protected]

A informação tem se tornado o bem mais precioso que uma pessoa,empresa ou lugar tem a oferecer, devendo ser difundida entre todos,para poder ser bem aproveitada. Com o projeto da publicação daRevista Eletrônica Raízes e Amidos Tropicais, desenvolvida peloCERAT, a qual tem como objetivo atender as necessidades einteresses de produtores rurais, industriais processadores de amido ederivados, pesquisadores da área e estudantes, este projeto foidesenvolvido. Através da internet, a qual é uma das várias ferramentasque são utilizadas pela tecnologia da informação este trabalho foi daseguinte maneira: Os artigos que foram escritos para a publicaçãoforam submetidos a rigorosas correções de pareceristas capacitados, esó após suas aprovações foram encaminhados para o conselhoeditorial, para serem realmente aceitos para a publicação. Através dodesenvolvimento de figuras para o cabeçalho das páginas dos artigosforam definidas as ordens e disposições das imagens. Os arquivos dosartigos sofreram formatações para que as páginas da revista fossempadronizadas, contendo uma disposição para os resumos e abstracts,e outra, diferente para o artigo em si, que sofria novoacondicionamento de dados em tabelas e figuras, de uma maneira queficassem em harmonia a olho nu. Após esta arrumação os artigosforam convertidos em artigos em formato de pdf, recebendo rodapés emedidas preventivas de segurança, para que usuários mauintencionados não modificassem as palavras, copiassem, e oumodificassem o sentido dos artigos. Através do Photoshop as imagensde padronização dos sites da UNESP foram tratadas e modificadas deacordo com as normas. Com a utilização do Dreamweaver foram

Page 48: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

desenvolvidos os códigos fontes que geraram as páginas do site. Oscódigos das páginas contêm linguagens php, javascript e html. OHTML é a linguagem básica para se desenvolver as páginas da web. OJavascript foi utilizado para tornar o site mais dinâmico, permitindoexibir informações sobre o site e sobre os artigos sem que estestenham que abrir os documentos em pdf, que dependendo da conexãopodem ser considerados pesados para a trafegação, permitindo assimuma maior interação com o usuário. Através da linguagem php foramdesenvolvidos sistemas de conexões entre as páginas e conexões como Centro, pois através da página, há comandos para envio de e-mailcontendo sugestões e dúvidas dos usuários do site. Após o términodos códigos das páginas, estas foram testadas em um servidor deinternet, chamado Apache, que permitiu verificar se as páginasestavam funcionando corretamente. Após a execução dos códigos daspáginas do site, estas passaram por aprovação em conselho editorial,que decidiu por pequenas alterações, que após serem feitas forampublicadas no site do CERAT. A partir da página disponível na internet,é possível acessar os artigos de lugares remotos, pois eles sãocarregados para o usuário a partir do site, bastando apenas ao usuárioter um meio de acesso a Web.

Agência Financiadora: PRAD/UNESP.

Page 49: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

APRESENTAÇÃO DE TRABALHOSNA ÁREA DE APROVEITAMENTO

DE RESÍDUOS

Page 50: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

APROVEITAMENTO DE RESÍDUO LIGNOCELULÓSICOPROVENIENTE DA INDUSTRIALIZAÇÃO DEMANDIOCA PARA PRODUÇÃO DE ETANOL

Irene Miuki SAITO1Cláudio CABELLO21 – Pesquisadora Dr.ª CNPq/MCT - CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected] – Coordenador Prof. Dr. CERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail: [email protected]

A descoberta de novos tratamentos dos materiais lignocelulósicos évista com bons olhos do ponto de vista econômico, considerando asua utilização como substrato em processos para produção de etanol.A utilização de resíduos agroindustriais em bioprocessos é umaracional alternativa para produção de substratos, e uma ajuda parasolucionar o problema da poluição. O etanol como alternativa deenergia através da fermentação de açúcares vem sendo investigados.Um potencial de baixo custo para produção de etanol é utilizarmateriais lignocelulósicos, no qual se incluem os resíduos de trigo emandioca. O farelo de mandioca é um resíduo sólido produzido nasagroindústrias que extraem o seu amido (fecularias) que contém altoteor de amido (60 a 70% em peso seco) que é descartado e causaproblemas ao meio ambiente. A produção de fécula de mandioca geracerca de 930 Kg de farelo com aproximadamente 85% de umidadepara cada 1000 Kg de raiz processada apresentando umaconcentração de amido residual de 60 a 75% em massa seca. Oaproveitamento dos resíduos gerados como forma de tornar maiseficiente o processo de produção de fécula, tem despertado interessesdos industriais. O tratamento hidrotérmico utilizando água àtemperaturas de 170 a 220 C tem sido aplicado para pré-tratamento dematerial lignocelulósico para a produção de glicose. Durante ahidrólise, entretanto, produzem-se compostos tóxicos derivados defurfurais (2-furaldeído e 5-hidróximetil-2-furaldeído), compostosfenólicos degradados e ácidos orgânicos. Este trabalho teve comoobjetivo definir os parâmetros operacionais adequados em um

Page 51: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

processo hidrotérmico; buscando a remoção eficaz do amido residuáriopara produção de hidrolisados (com concentração de glicose de6,88%), útil para produção de etanol. O trabalho foi realizado numreator de inox com os seguintes parâmetros operacionais: agitação 50rpm; temperatura 140ºC e 170ºC; catalisador (H2SO4) 2,5 e 5,5%(p/p); umidade 90,5%; tempo de 25 e 35 minutos. Obteve-se umaremoção total de amidos convertido em glicose e o processo defermentação do hidrolisado apresentou condições de fermentabilidaderesultando na produção de etanol de alta qualidade analisado porcromatografia líquida de alta resolução mostrando ausência decompostos tóxicos e o fator de conversão dos açúcares redutorestotais a etanol de 0,46.

Agência financiadora: CNPq

Page 52: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

CARACTERIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA MANDIOCA PARA AFABRICAÇÃO DE PAPÉIS ESPECIAIS

Solange Maria Leão GONÇALVES1 Cláudio CABELLO21 – Doutoranda em Energia na Agricultura, FCA/UNESP, Botucatu/SP, e-mail:[email protected] – Orientador Prof. Dr. CERAT/UNESP, Botucatu/SP, e-mail:[email protected]

A mandioca Manihot esculenta Crantz é uma planta tropical, perene elenhosa, pertencente à família Euphorbiaceae. Sua cultura éencontrada em abundância no Brasil o segundo maior produtormundial desse produto. O amido é a sua principal substância,entretanto, os resíduos que são gerados de sua extração estão osformados pela parte aérea da planta, ou seja, o caule, ramificações,lâminas foliares, hastes e pecíolos. Sendo que as duas primeirasrepresentam 81% da parte aérea em plantas adultas e apresentampotencialidades de aproveitamento pela alta concentração de fibras etambém por sua disponibilidade, já que tem sua utilização limitadaapenas à produção de manivas. O presente projeto de pesquisa tempor finalidade sugerir a utilização de resíduos da parte aérea damandioca, em especial seu caule, para a produção de papéis especiaisa serem utilizados na comunicação, como suporte para a expressãovisual criativa baseado na filosofia apresentada por autores comoAtchinson, 1989; Lopes et al., 2000, Carvalho et al., 1985, Ribeiro(1998), entre outros.A pesquisa se desenvolve em duas fases distintas e paralelas: faselaboratorial e fase executiva, sendo que a primeira está sendodesenvolvida no Laboratório de Processamento de Matérias-primas doCERAT e consta de uma pesquisa prospectiva de: 1.Amostragem comas amostras dos resíduos colhidos nos canteiros experimentaisexistentes no CERAT/UNESP; 2. Preparação dos resíduosligno-celulósicos que consiste na separação da cepa dos caulespassando por moendas e em moinho de martelos para sua trituração;3. Beneficiamento Termoquímico para a retirada da lignina, numa

Page 53: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

relação sólido/líquido em um reator contendo solução de NaOH e Na2Se submetido a uma elevação de temperatura a 160º C.; 4.Beneficiamento Mecânico onde o material já tratado quimicamente écolocado num moinho manual para ruptura dos resíduos maiores,avaliando periodicamente sua textura; 5. Produção da Pasta Celulósicacom o material retirado do moinho manual e a preparação de corpos deprova na forma de folhas para a observação de características detextura, uniformidade de superfície, resistência ao manuseio, odor ehigroscopicidade entre outras. Nos resultados comparativos espera-semostrar a evolução alcançada, visando uniformidade, plasticidade edurabilidade do produto. Na segunda fase, em paralelo com aspesquisas de laboratório estão sendo realizados estudos de revisão deliteratura e pesquisas de alternativas para a utilização do produto comosuporte à comunicação visual.

Page 54: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

UTILIZAÇÃO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS DE EMPRESASPROCESSADORAS DE MANDIOCA, TRATADOS EM REATORES DE

DIGESTÃO ANAERÓBIA.

Paulo Henrique Mendonça PINTO1Cláudio CABELLO 21 – Mestrando em Energia na Agricultura da FCA/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected] – Orientador Profº Dr Diretor CERAT/UNESP [email protected]

Um dos sérios problemas ambientais da Terra como um todo é apoluição dos recursos de água doce, principalmente se consideradosos pequenos cursos d’água doce, onde acontecem os despejos dosresíduos líquidos de indústrias que utilizam raízes de mandioca comomatéria-prima (FIORETTO 1994). A produção nacional anual deamidos de mandioca elevou-se de 170.000 ton em 1.990 para 395.000ton em 2.004 (Fonte: Abam – Associação Brasileira dos Produtores deAmido de Mandioca). Segundo Amante(1998), glicosídios,cianogênicos, açúcares solúveis e amidos liberados no processocontribuem para elevada carga poluente em águas residuárias defecularias e farinheiras, conhecida como manipueira. Tendo em vistaque a elevada carga poluente da manipueira, sendo inclusivecomparada como o esgoto doméstico quanto ao consumo de oxigêniodos cursos d’água , que seu uso direto na fertirrigação pode alterar ascaracterísticas do solo (FIORETTO 1994), principalmente odesequilíbrio iônico, e a necessidade da redução do volume de águaconsumida, torna-se necessário a busca de alternativas econômicas eecológicas de tratamento e disposição final de seus efluentes líquidos.MOTTA(1985) comprovou a possibilidade de tratar por digestãoanaeróbica a manipueira. O processo de digestão anaeróbica envolveuma primeira fase acidogênica e uma segunda, em separado,metonogênica, que em conjunto acarretam uma redução do DQO daordem de 85% e de cianeto de 95% (CEREDA 1994). Na digestãoanaeróbia de compostos orgânicos complexos como carboidratos,proteínas e lipídios são hidrolisados, fermentados e convertidos em

Page 55: Anais III Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT

materiais orgânicos mais simples, principalmente ácidos voláteis. Nosegundo estágio, ocorre a conversão de ácidos orgânicos, gáscarbônico e hidrogênio, em metano e gás carbônico (CHERNICHARO1997). Segundo MOTTA (1985), no processo anaeróbio, a matériaorgânica final é volatilizada na forma de biogás, cuja composiçãopredomina o gás Metano (70%), Dióxido de Carbono (20%) e outrosgases (1%) e, foi possível obter um rendimento próximo a 0,58 l gás/gSV adicionado ao reator, com um teor médio de metano em torno de50-57%. Em termos práticos, cada m3 de gás Metano equivale a 1,5Kgde lenha ou 1,5 litro de gasolina comum. Através destes dados, seráproposto ainda: O objetivo deste trabalho é a avaliar a influência dafertirrigação nas características físico-químicas do solo em doishorizontes: (A: 0-20cm e B: 20-40cm) e a avaliação das águassubterrâneas até 15m de profundidade, uma vez que a legislação atualcontempla apenas a vinhaça de cana de açúcar. O projeto serádesenvolvido no Laboratório de Processos do CERAT/UNESP quepossui equipamentos para auxílio e suporte analítico necessário e, emparceria com empresas processadoras de mandioca. A metodologiapara obtenção dos resultados e seqüente caracterização e estudosserão observadas da literatura e das utilizadas no CERAT/UNESP.