hotel planejamento 3

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O PROJETO e diversificadas. Além de praias, braços de mar e áreas à beira de lagos e repÍesas, que facilitam a recreação e aprâtica de esportes náuticos, os resorts, freqüentemente localizados em locais estratégicos do ponto de vista da paisa- gem, oferecem ainda um grande conjunto de outras instalações para tecrea- ção e esportes destinado a diferentes faixas etárias: quadras, campos de golfe, parques aquáticos, marinas, rrilhas pan caminhadas, etc. Em alguns resorts, maiores e mais sofisticados, são tão granCes as áreas ocupadas e ÍraÍadas paisagisticamente, e tão complexo e variado o conjunto de instalações recre- ativas e esportivas, que a paisagem natural atê chega a perder importância. Area de equipamentos As áreas de equipamentos correspondem às instalações centrais dos diversos sistemas de instalações normalmente presentes em hotéis. 167 Chefe de manutençao Ë evadores de seruiço @ @ @ .lr5t I combustivel I l-.---t"$ 1 I rneorçao I t '**.* t I eletrlca I Legenoa - - - Circulação de funcionários -T I I I t I I I I -J. L

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Page 1: Hotel Planejamento 3

O PROJETO

e diversificadas. Além de praias, braços de mar e áreas à beira de lagos e

repÍesas, que facilitam a recreação e aprâtica de esportes náuticos, os resorts,

freqüentemente localizados em locais estratégicos do ponto de vista da paisa-gem, oferecem ainda um grande conjunto de outras instalações para tecrea-

ção e esportes destinado a diferentes faixas etárias: quadras, campos de golfe,parques aquáticos, marinas, rrilhas pan caminhadas, etc. Em alguns resorts,

maiores e mais sofisticados, são tão granCes as áreas ocupadas e ÍraÍadaspaisagisticamente, e tão complexo e variado o conjunto de instalações recre-ativas e esportivas, que a paisagem natural atê chega a perder importância.

Area de equipamentos

As áreas de equipamentos correspondem às instalações centrais dosdiversos sistemas de instalações normalmente presentes em hotéis.

167

Chefe demanutençao

Ë evadoresde seruiço

@@@.lr5tI combustivel

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Legenoa

- - - Circulação de funcionários

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STSTEMAS E TNSTALAçÕES

Todos os sistemas e as instalações de umininterruptamente, durante 24 horas por dia, todosseja, "um hotel não pode parar para reforma".

Assim, os projetos dos sistemas e das instalações, desde a sua concep-

ção, devem levar em consideração esse requisito para minimìzar a manuten-

çáo:

Com adequada concepção e correto dimensionamento e com a utili-zaçã,o de mate.iais e equipamentos de boa qualidade.Utilizando, quando necessário, equipamentos de reserva.Subsidiando e orientando pari pASSu os projetos de arquitetura e es-trutura de modo a gafantir os espaços e as condições necessârias paraque as operações de manutenção inevitáveis possam ser feitas com omínimo de interferência nos demais sistemas e na operação do hotel.

De modo geraI, deve prevalecer no proieto de um hotel o conceitosegundo o qual todos os componentes têm importància, à semelhança do queacontece nas indústrias, onde o "processo industrial de produçã.o" é de grandeimportância para os projetos de arquitetura e engenharia.

Além de minimizar e facilitar as operações de manutenção, cada um dossistemas do hotel deve ser projetado com vistas à qualidade dos serviços, à

economia na implantaçáo, aos custos operacionais reduzidos e, o que é muitoimportante e freqüentemente negligenciado, aos baixos níveis de ruído e vi-bração.

A seguir apresentamos, em linhas gerais, uma descrição sucinta dossistemas que, dependendo da localização, do tipo, do padráo e do porte dohotel, podem ser incorporados.

Sistema de suprimento de energia e instalações elétricas

Suprimento normal

O suprimento de energia costuma ser feito em tensão dupla, em médiae em baixa tensão.

A transformaçã,o de alta para média tensão é feita em uma ou maissubestações rebaixadoras, de preferência Iocalizadas próximo aos principaiscentros de carga elétrica do hotel (cozinhas, Iavanderia, central de âgua gela-da. etc.).

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

hotel devem funcionaros dias, o ano todo. Ou

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Page 3: Hotel Planejamento 3

r68 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

STSTEMAS E TNSTALAçOEs

Todos os sistemas e as instalações de um hotel devem funcionarininterruptamente, durante 24 horas por dia, todos os dias, o ano todo. Ouseja, "um hotel não pode parar para tefotma".

Assim, os projetos dos sistemas e das instalações, desde a sua concep-

ção, devem levar em consideração esse requisito para minimizar a manuten-

ção:

. Com adequada concepção e correto dimensionamento e com a utili-zaçáo de materiais e equipamentos de boa qualidade.

. Utilizando, quando necessário, equipamentos de reserva.

. Subsidiando e orientando pa.ri passu os projetos de arquitetura e es-

trutura de modo a garantir os espaços e as condições necessârias paraque as operações de manutenção inevitáveis possam ser feitas com omínimo de interferência nos demais sistemas e na operação do hotel.

De modo geral, deve prevalecer no projeto de um hotel o conceitosegundo o qual todos os componentes têm importància, à semelhança do queacontece nas indústrias, onde o "processo industrial de produçáo" é de grande

importâncía para os projetos de arquitetura e engenharia.Além de minimizar e facilitar as operações de manutenção, cada um dos

sistemas do hotel deve ser projetado com vistas à qualidade dos serviços, à

economia na implantaçáo, aos custos operacionais reduzidos e, o que é muitoimportante e freqüentemente negligenciado, aos baixos níveis de ruído e vi-bração.

A seguir apresentamos, em linhas gerais, uma descrição sucinta dossistemas que, dependendo da localização, do tipo, do padráo e do porte dohotel, podem ser incorporados.

Sistema de suprimento de energia e instalações elétricas

Suprimento normal

O suprimento de energia costuma ser feito em tensão dupla, em médiae em baixa tensào.

A transformaçáo de alta pan média tensão é felta em uma ou mais

subestações rebaixadoras, de preferência localizadas próximo aos principaiscentros de carga eIétrica do hotel (cozinhas, lavanderia, central de âgua gela-

da. etc.).

Page 4: Hotel Planejamento 3

o PROJETO 169

Sistema de energia de emergência

Atende à iluminaçáo de emergência, aos elevadores principais, ao siste-

ma de controle, ao sistema de refrigeraçáo, ao sistema Contfa incêndio, às

bombas de âgta potável e a outras utilidades consideradas essenciais ao fun-

cionamento do hotel , na falta de energia.

Com relaçáo aos elevadores, todos eles devem estar alimentados na

bana de emergência, para sua conduçáo ao pavimento térreo durante even-

tual falta de energia. Apenas um elevador social deve permanecef em opera-

ção durante todo o período de falta de energia.

Sistema no-break

No intervalo de tempo entfe a falta de enetgia e a alimentaçáo do geta-

dor de emergência, algumas cargas (sinalizaçáo de rotas de fuga, escadas'

automação predial, Calxas, fecepção, alarmes de incêndio, sinalização de emef-

gência, automação hoteleira, etc.) deverão ser ahmentadas pof um sistema

no-break.

Sistema de distribuição de energia elétrica

Esse sistema, normalmente em batxa tensão, utiliza prumadas para dis-

tribuição vertical onde são instalados: barramento pafa energia normal e

barramento pan emergência, quadros de distribuição dos andares, cabos de

força/controle e quadros de iluminação.Todos os quadros devem ser instalados em locais inacessíveis aos hós-

pedes.

Nas instalações de distribuição de energia dos apartamentos, dos corre-

dores, das âreas sociais, das cozinhas, da lavanderia, da âtea de serviços, das

âreas com plenum de ar-condicionado, etc., utihzam-se cabos instalados em

eletrodutos; nas âreas das subestações elétricas, prumadas, central de água

gelada, etc., tÍilizam-se cabos expostos em leitos e suportes.

Nas áreas externas, os cabos devem correr em dutos embutidos no piso

ou em envelope de concreto.

lluminação

Níveis de iluminação

Nas diversas âreas do hotel, os níveis de iluminação recomendados sào

basicamente os seguintes:

. Áreas de estacionamento

. Corredores e escadas

. Halls, lobbjt, salas de estar, restaurantes

100 a 150 lux750 a 200 lux200 a 300 lux

Page 5: Hotel Planejamento 3

' Sala de máquinas e almoxarifados. Administaçáo e escritórios. Lavandeira e cozinhas. Banheiros

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

200 a 300 lux400 a 500 lux400 a 600 lux100 a 200 lux

Recomenda-se a utilizaçáo dos seguintes tipos de aparelhos de ilumi-naçáo:

' Tipo industrial para as âreas de infra-estrutuÍa, estacionamento, cozi-nha e lavanderta.

. Tipo comercial para escritórios, escadas de serviço, circulação, ba-nheiros e vestiários.

. Tipo especial para aprtamentos e suítes, balk, lobby, âreas de estar,restaurantes, bares, ârea de eventos, jardins, etc.

Tipos de lâmpadas

A diversidade dos ambientes que compõem um hotel e os respectivosrequisitos de iluminaÇã.o - que deve se adequar às características funcionaisdos ambientes e ao tratamento dado aos interiores - demandam um númerovariado de tipos de lâmpadas. Um rnínimo de padronizaçáo, no entanto, é

desejável, para reduzir o estoque necessário para reposição.Nos corredotes, halls, banheiros, apartamentos, salões de convenções,

no lobby, nas lojas, na recepção e nas âreas de estar deve-se, sempre quepossível, utilizar lâmpadas fluorescentes compactas, que proporcionam umaeconomia sensível na opeÍaçáo e na manutenção, bem como nos circuitos desuprimento (cabos, barramentos, ciisjuntores).

lluminação de emergência

Deve atender aproximadamente entre 10 e 20 por cento da necessidadede iluminação normal, e é suprida pelo gerador de emergência.

Sinalização de emergência e iluminação de segurança

Devem ser utilizadas lâmpadas de baixo consumo, alimentadas em 220volts com bateria e pequeno retificador-inversor.

Interruptores e tomadas gerais de força

Nas áreas de serviço, utilidades, equipamentos, nas cozinhas, nalavan-deria e nas âteas técnicas, os interruptores e as tomadas são aparentes, instala-dos em caixas blindadas de alumínio fundido. Nas dernais áreas as tomadas e

os interruptores são embutidos.

Page 6: Hotel Planejamento 3

O PROJETO

Tomadas de 220 volts monofásicas

São utilizadas:

Nos apartamentos, paÍa a iluminação do quarto e do banheiro e paraIigar a TV e a geladeira.Em todas as âreas gerais, para fins de manutenção e limpeza.Nos salões de eventos e nos escritórios , para a alimentação de equipa-mentos portáteis.

Tomadas de 'l '10 volts monofásicas

São utilizadas:

Nos apartamentos, junto à mesa de trabalho e no banheiro, para ligaro barbeador.Nos salões de eventos e nos escritórios l païa alimentar equipamentosque necessitem dessa tensão.

Tomadas de 380 | 220 volts trifásÌcas

são utilizadas nas áteas de manutenção, nas salas de equipamentos, nascozinhas e na lavanderia.

Sistemas eletrônicos

Os sistemas eletrônicos visam três objetivos básicos:

. Conforto e atendimento ao hóspede.

. Controle e operação dos diversos serviços.

. Segurança, tanÍo do hóspede como das instalações.

A tecnologia desses sistemas tem evoluído rapidamente nos últimos anos.As inovações tecnológicas normalmente se refletem na informatizaçã"o de sis-temas, notadamente na oferta de maior número de recursos e de facilidades,na confiabilidade, na flexibilidade e n svantagens de operação e manutençãodo hotel.

Sistema telefônico

O sistema telefônico deve atender a todo o trâfego intemo entre hóspe-des e a administraçáo e possibilitar o fluxo de chamadas externas efetuadasaffavés das redes urbanas, nacional e internacional.

A central telefônica deve ser do tipo CPA, com capacidade para garantirum eficiente atendimento aos hóspedes, e à administração do hotel, além dedispor de meios de taifaçáo.

a

a

Page 7: Hotel Planejamento 3

172 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Nos hotéis de cidade de padrão médio e supeÍior, normalmente sãoprevistos dois ramais nos apartamentos, com três aparelhos: um na mesa detrabalho, outro na cabeceka da cama e um no banheiro.

Nas áreas administrativas, os ramais devem ser classificados em ramaisrestritos, semi-restritos e privilegiados, dependendo do nível hierârquico deempregados, para ligações com a rede urbana.

Pontos como os da recepção ou aqueles destinados a informações de-vem ter mais de um ramal respondendo ao mesmo número e operação auto-mâtica de cobrança, inclusive em chamadas de longa distância.

A central telefônica deve ser projetada de modo a permitir que os equi-pamentos de comutação, os retificadores e o DG, fiquem em salas separudasda sala de baterias.

Sistema de radiobusca - BIP

Este sistema permite a localização imediata de pessoas ou grupos depessoas com discrição e rupidez e é de grande utilidade em hotéis, particular-mente nos de maior porte.

Consiste em uma central onde se origina a chamada, integrada à centralde controle operacional - CCO, e em um transmissor localizado de forma apossibilitar recepção adeqtada em todas as ãreas internas e externas do hotel.

Sistema de radiocomunicação - walkie-talkieutilizado pela equipe de segurança do hotel, permite a comunicação

imediata com a cco e vice-versa, e entre os membros da segurança.O sistema é constituído basicamente de console de operador, transmis-

sor centraÌ e transceptores manuais portáteis, que podem operar em duasfreqüências, uma paÍa comunicação com a cco e outra para comunicaçã.oentre as equipes, em VHF.

Sistema de sonorização ambiente

Normalmente, este sistema supre os seguintes recintos:

' Sonorização dos apartamefitos e painel de controle de cabeceira.

' Sonorização das âreas comuns (corredores, elevadores, salas de estaqetc.).

' Sonorização da ârea de convenções por meio de consoles localizadosque permitem, além da música ambiente, a sonorização de projeçõesde filmes e audiovisuais.

' Sonorização dos restaurantes com controle de volume de ajuste nolocal.

' chamadas de emergência na ârea de serviços e na administração.

Page 8: Hotel Planejamento 3

O PROJETO

Sistema fechado de televisão - CFTV

Este sistema permite a supervisáo da segurança e das operações nasãreas de acesso, nos caixas e na recepçáo, na recepção de mercadorias, nascozinhas, na entrada de funcionários, etc.

No painel de monitores da cco um operador permanente tem visãogeral de todas as áreas de interesse, além de dispor de recursos de seleção,movimentaçáo e aproximação de câmeras, acionamento do videocassete ecomunicaçáo direta com a equipe de segurança, por meio de ualkie-talkies.

A esse sistema estão associados sensores de alarme de pontos vitais dohotel (cofres, vitrines, obras de atte, etc.), que, em caso de acionamento dealarme contra roubo, faráo comutação atttomâtic das câmeras para o local, eas imagens serão gravadas em vídeo.

Sistema de relógios

Destina-se a informar as horas aos hóspedes e aos funcionários do ho-tel. É composto de uma central em que o relógio primário faz a geração dospulsos de excitaçáo/correçáo, que tem uma base de tempo interna autônoma,e de relógios secundários instalados em âreas estratégicas do hotel.

Sistema de controle de acesso e registro de pontoEste sistema tem por objetivo a automaçáo dos processos utilizados

pelos departamentos de pessoal, custos, estatística e segurança pata controlarfuncionários e o acesso às dependências do hotel.

o controle de acesso englob^ a automação da coleta de dados doscartões de ponto, isto é, a uttlizaçã,o de cafiáo de ponto eletrônico com cra-chás (cartões magnéticos), e o controle de refeições fornecidas no refeitóriodos funcionários.

Recepção de TV

Dependendo da localizaçáo do hotel, a recepção de Tv poderâ ser feitaatravés de cabo ou via satélite, A recepção via satélite é feita por antenapatabólica móvel, orientada para determinado satélite, com possibilidade dedeslocamento de um satélite para outro através de um sistema servomecânico.

Sistema de projeção e áudio

Compreende três subsistemas:

. Sistema de projeção de filmes.

. Sistema audiovisual.

. Sistema de projeção de TV.

Page 9: Hotel Planejamento 3

174

Sistema de tradução simultânea

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Este sistema deve proporcionar condições de recepção que permitam

aos participantes de conferências e de congressos realizados nos salões de

convenções total compreensão do que está sendo dito'

O sistema deve atender às modularidades dos salões, ser do tipo sem fio,

com transmissores fixos e receptores portáteis com seleção de canais. As ante-

nas de loop do sistema são independentes em cada saláo, com chaveamento

para unificaçáo.

Sistema de detecção e alarme de incêndio

Este sistema, exigido pela maioria das cadeias hoteleiras, tem por obje-

tivo permitir sinalização antecipada de qualquer anomalia a fim de evitar

pânico e perdas materiais, além de ganntir a continuidade operacional do

hotel.

O sistema é constituído por uma rede de detectores distribuídos de

acordo com as Cer.:gas de queima, com o tipo de material existente nas âreas

consideradas e com as normas pertinentes (NFPA,e SUSEP/IRB,'o cotpo de

bombeiros, ABNT). Seu objetivo é proporcionar um nível adequado de segu-

tança e o máximo desconto do prêmio anual de seguro'

As áreas classificad as como fire compartment devem sef protegidas por

um ou mais detectores e isoladas por paredes e portas corta-fogo. Nas âreas

públicas (eventos, salas de reunião, restaufantes, etc.) devem ser instalados

detectofes em conjunto Com sprinklers. Da mesma forma, nos apartamentos e

nas suítes os detectores devem ser instalados em conjunto corn sprinlelers do

tipo side wall.O sistema de detecção e alarme é constituído basicamente de estações

femotas compostas de módulos de controle de superuisão, de leitura de da-

dos, atuação e comando, interligadas a uma estação central, localizada na

CCO, composta por uma CPU e terminais de vídeo e impressora.

Sistema de supervisão e controle - SSC

O SSC permite reunir em um único local, a CCO, o controle dos princi-

pais sistemas e equipamentos instalados no hotel. Destina-se à supervisão e

ao controle de sistemas dos quais se exige alto grau de confiabilidade, preci-

são nas informações, velocidade naleitura e no registro de dados' Por meio da

CCO podem sef supervisionados e controlados os seguintes sistemas:

e NFPA: National Fire PÍotection Associatton'

'o SUSEP/IRB: Superintendência de Seguros Privados/Instituto de Resseguros do Brasil

Page 10: Hotel Planejamento 3

O PROJETO 175

' Predial: alirnentação elétrica, elevadores, distribuição de energia, ilu-minação, bombas, motores, ar-condicio nado, ventilação, exaustão, cen-tral de âgua gelada, càmaras frigoríficas, etc.

' Segurança: controle de acessos, central de CFil-V, âreas restritas (casa

de bombas, salas debaterias, subestações elétricas), etc.. Central de detecção e alarme de incêndio.. Central de som.. Gerenciamento da demanda de energia elétrica e consumo de âgua

quente e fria.

O SSC é composto basicamente de uma CPU, um terminal de vídeo,uma impressora, mod,ems de transmissão, estações remotas, sensores, etc. Emfunção do tipo e das cara.cterísticas do hotel, é desenvolvido um softwarebásico paru o SSC e um programa de controle paru cada sistema.

Sistema de supervisão e controle dos apartamentos - SSCA

Este sistema tem a finalidade de controlar e superwisionar, por meio desensores, atuadores e fechadura eletrônica, a pfesença de pessoas no apafia-mento, a segurança e o conforto ambiental. Através de um controle remoto oudo aparelho telefônico é possível acionar todos os sistemas do apartamento(iluminação, condicionador de ar, TV, som, abertura das cortinas, etc.)

Em função do maior ou menor grau de sofisticação, este sistema permi-te, também, o controle de do not disturb, com bloqueio de entrada e dacampairtn do apartamento, sinalizaçáo de defeitos nas instalações e \àmpa-das do apafi^mento e outras facilidades.

Sistema informativo de TV

Este sistema permite ao hóspede obter, por meio do aparelho de TV doapattameírto, informações païa a sua orientação durante a permanência, taiscomo horário de vôos, programações culturais, espetáculos, passeios turísti-cos, etc. Ele possibilita ao hóspede obter no vídeo da TV fac-símile de suaconta até o mcmento da consulta. Para tanto, o sistema deve estar integradoao sistema de gerenciamento do hotel.

Sistema de fechaduras eletrônicas

Dependendo do fabricante e/ou dos modelos, este tipo de sistema per-mite as seguintes facilidades:

' vários níveis de mestragem por porta, identificadas pelo nome dousuário.

Page 11: Hotel Planejamento 3

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Registro das últimas mil11 aberturas ou das aberturas ocorridas durantea ocltpaçã.o pelo mesmo hóspede.

Cartões progï^mâveis com hora, data de validade e turnos de horário.Possibilidade de prepaÍar cbeck-in antecipado para grupos.

Sistema de gerenciamento hoteleiro (hotel management system)

Este sistema destina-se ao controle administrativo e operacional,informatizado, das seguintes âreas: reservas, guest bístory file, hospedagem,controladoria, marketing, suprimentos, contabilidade, folha de pagamento, etc.

I nstalações hidrául ico-sanitá rias

Sistema de água fria

Dependendo do tipo e da complexidade das instalações do hotel, costu-ma-se adotar, para o cálculo de consumo vaúâvel de âgua fria, entre 500 e 2mil litros/apto./dra. Em qualquer caso, adota-se ÍeseÍva totalpara dois dias de

consumo, considerando-se a mâxima ocupação.

A á.gua fria é uttlizada para alimentar banheiros, cozinhas, copas, tornei-ras de lavagem, equipamentos da lavanderia, torres de resfriamento, caldeiras,

piscinas, e para repor as perdas por evaporaçã.o. Na maioria dos casos a

alimentação é feita diretamente pela rede pública da concessionâria local, e

muitas vezes sáo utilizados poços artesianos.

Na distribuição das colunas de água,localizadas nos sbafts, haverâ urrra

prumada para cada dois sanitários de apartamentos, sendo as colunas de

serviço, que alimentam as cozinhas e a lavanderia, independentes.

Normalmente, os reservatórios possuem as seguintes capacidades:

. Reservatórios superiores: 7/3 do consumo diârio.

. Reservatórios inferiores: 2/3 do consumo diárto, mais capacidade para

completar a Íeserva para dois dias.

Sistema de água quente

A água quente é utilizada nos seguintes locais:

. Ãpartamentos (chuveiros,lavatório e bidê): âgua a 50 graus Celsius.

. Vestiários (chuveiros): água a 50 graus Celsius.

. Cozinhas (pias): água a 50 graus Celsius.

a

a

" O registro da última abertura varia conforme o fabricante

Page 12: Hotel Planejamento 3

O PROJETO

. Cozinhas (alguns equipamentos): água a70 graus Celsius

. Lavanderia (equipamentos): ágta a 70 graus Celsius.

Normalmente, o sistema de á"gua quente inicia-se no reservatório supe-rior de âgua clorada, de onde descem duas linhas de âgta fria até os equipa-mentos de geração de âgua quente.

Uma das linhas destina-se à geraçào de âgua quente a 50 graus Celsiuse a outra à de âgua quente a 70 graus Celsius, que será utihzada especifica-mente nas cozinhas e na lavanderia.

Para maior conforto do hóspede deve-se prever um sistema de circula-

ção de água quente a 50 graus Celsius em todas as colunas,para retorno aosgeradores de calor por meio de grupo de bombas dimensionadas para aten-der às perdas de calor ao longo do sistema, garantindo o fornecimento a

todos os pontos de consumo com âgua à temperatura ideal, em período infe-rior a 15 segundos.

Os equipamentos de geração de água quente (boilers, caldeiras,termoacumuladores, etc.) e o tipo de combustível (gás natural, GLp, eletricida-de, óleo diesel, BPB etc.) devem ser definidos caso a caso poÍ um especialista,em função da localizaçáo, das características, do tamanho do hotel e dasrestrições com relação ao meio ambiente.

Sistema de esgoto sanitário

O sistema deverá ser projetado visando:

' Permitir râpido escoamento dos esgotos sanitários e fácil desobstrução.

' Vedar a passagem de gases e animais para o interior das edificaçõesaffavés da tubulação.

. Evitar vazamentos, escapamento de gases e formação de depósito nointerior da tubulação.

. Impedir a poluíção da âgua potável e do meio ambiente.

O sistema de coleta de esgotos, na maioria dos casos, trabalha inteira-mente por gravidade. Os esgotos dos apartamentos são coletados por ramaisde esgoto e ramais de descarga conectados aos tubos de queda, instaladosnos sbafts

Os tubos de queda dos apafiamentos reúnem-se no pavimento técnicode transição das tubulações (imediatamente abaixo do primeiro andar dehospedagem) em dutos de descida (sbafrc) principais. Os dejetos são despeja-dos em caixas de inspeção.

Page 13: Hotel Planejamento 3

178 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Da mesma forma, os efluentes das instalações localizadas nos níveis infe-

riores - térreo e subsolo - são coletados e lançados em caixas de inspeção.

Os esgotos das cozinhas e da lavandet'ra devem ser coletados em linhas

independentes e direcionados respectivamente aum caixa de remoção de gordu-

ra e a outra de retenção de espuma, antes do lançamento nas caixas de inspeção.

Finalmente, uma linha coleta e direciona todos/os esgotos, preferencial-

mente por gravidade, à rede pública; na falta desta, a rrm estação de trata-

mento de esgotos - ETE.

Sistema de ar-condicionado e ventilação

O sistema de ar-condicionado e ventilação tem por objetivo o estabeleci-

mento de condições de conforto em todas as dependências sociais do hoteÌ,

além dos apafiamentos. Esse sistema deve garantir também condições ade-

quadas de temperatura e umidade rclativa e/ou a renovação do ar nas depen-

dências destinadas ao armazenamento de produtos, às âreas de serviço e às

áreas de apoio ao pessoal de manutenção e operação do hotel.

Nos apartamentos, o hóspede deverâ ter condições de estabelecer a

temperatura e a velocidade do ar desejadas por meio dos controles dos con-

dicionadores de ar, que devem ser independentes.

Geralmente, as demais dependências do hotel atendidas pelo sistema

de ar-condicionado têm a temperatura interna ajustada somente pelo pessoal

de operação e manutenção.

No projeto dos sistemas de ar-condicionado e ventilação é fundamental

levar em consideração os problemas relacionados com o ruído, avtbraçáo e a

manutenção, além do consumo de energia e a confiabilidade dos sistemas.

O princípio de funcionamento de qualquer sistema de ar-condicionado

é transferir calor de um local para outro affavés dos equipamentos projetados

para esse fim. No veráo transfere-se calor dos recintos para o exterior. No

inverno, ou faz-se o oposto ou gera-se calor (por meio de aquecimento elétri-

co ou de algum tipo de combustível) para aquecer os recintos'

Quem remove o calor dos recintos no verão e fornece calor no inverno

são os condicionadores de ar. Como seu papel é transferir calor, existem condi-

cionadores que, de forma autônoma, transferem esse calor ao exterior. São os

chamados condicionadores self-contained, que vão desde os pequenos condi-

cionadores do tipo individual (de janela), que beneficiam um único recinto

(com até cerca de 50 metros quadrados), até condicionadores de maior porte,

para grandes recintos (com até cerca de 500 metros quadrados). Os condiciona-

dores de maior porte normalmente necessitam de dutos para distribuição do aç

condicionado.

I

I

l

I

Page 14: Hotel Planejamento 3

O PROJETO fig

Nos hotéis econômicos com até ottentaapaÍramentos e reduzidas âreas sociaisé comum autrTização de condicionadores de ar indiüduais em cadaapartamento e

condicionadores do tipo self-contained de maior pofie nas áreas sociais.

Uma das configurações mais adotadas em hotéis de médio e grandeporte utiliza resfriadores de água (cbillers) acionados por compressores dotipo centrífugo ou parafuso (menos ruidosos), ou do tipo alternativo. Os chillersresfriam a âgua que alimenta condicionadores de ar fan-coil instalados noslocais beneficiados. Bombas de circulaçáo e torres de resfriamento de água(equipamento que rejeita o calor removido para o exterior) completam osistema.

Os equipamentos centÍais (ruidosos) devem Iocalizarse em áreas afas-tadas dos locais que recebem hóspedes, principalmente dos apartamentos,salões de convenções, restaurantes, salas de reunião, etc.

As torres de resfriamento, sempre que possível, devem ser instaladas emârea externa, afastada tanto quanto possível do hotel, ou na sua cobertura.

Os condicionadores de ar que atendem às âreas sociais, os ventiladores,os exaustores da cozinha, da Iavanderia e dos banheiros dos apartamentosdeverão estar localizados, se possível, em âreas chamadas técnicas (andar detransição, torres de circulaçáo vertical, subsolo, etc.) e agrupados para facilitara manutenção e o controle de ruído e vibração.

Todos os equipamentos e a tubulação devem ser apoiados em suportesantivibratórios, pata que não haja transmissão das vibrações à estrutura, o queimplicaria no desconforto de hóspedes, visitantes e empregados de âreas ad-ministrativas.

{Jm tipo mais recente de condicionamento de aÍ para apaÍtamentos é oque utiliza uma única unidade para rejeição do calor removido dos recintospara o exterior (unidade condensadora) interli gada a vârias (até dez) unida-des que beneficiam os recintos (unidades evaporadoras). Tubulações de gásfrigorígeno interligam a unidade condensadora às evaporadoras.

Uma das vantagens desse sistema é que se conseguem ajustes indivi-duais de temperatura em cada apartamento. Esse sistema é chamado de VRV(vazao de refrigerante variãve|).

Sistema de proteção contra incêndios

Para compÌementar o sistema de detecção e alarme de incêndio já men-cionado, o projeto dos sistemas de hidrantes e sprinklers deve atender às

normas do corpo de bombeiros local, da NFPA, e também as exigências doIRB, para garantt a mâxima redução do prêmio de seguro.

Page 15: Hotel Planejamento 3

180 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

1

Ij

H id ra ntes, sp ri n kl e rs e exti ntores

Normalmente, a rede de hidrantes e sprinklers é pressurizada por umconjunto de bombas e uma bomba auxiliar (bomba jockey), todos com gera-

ção própria de energia pan manter a pressão do sistema.

Os bicos dos sprinklers devem ser instalados nos apartamentos e nas

demais âteas do hotel, com exceção dos sanitários e dos compartirnentos queabriguem alta-tensão e líquidos inflamáveis.

Os hidrantes serão instalados em pontos estratégicos, em todos os anda-res, com sinalizaçáo adequada, de modo a permitir cobertura total das âreas

do hotel.

A quantidade e a localização dos extintores (âgta e COr) deverão obe-decer às exigências do corpo de bombeiros local.

As coifas das cozinhas deverão ser pÍotegidas com sistemas modulares

de extinção por CO,.

Pressurização das escadas de emergência

O sistema de pressurizaçáo das escadas de emergência, que pode subs-

tituir a solução convencional de antecàmara e duto de fumaça, consiste basi-

camente em ventilador alimentado por dois motores (um motor operante e

outro dç reserva) ligados ao sistema de energia de emergência, redes de dutos

e grelhas de insuflação, filtros par^ ^Í

externo e dampers.

Na condição normal de operaçáo, o ventilador funciona 24 horas pordia, e em situação de emergência, atavés da CCO, sua rotação é aumentada

pan atender à vazáo do ar.

O ventilador poderá ser instalado em uma casa de máquinas localizadaem pavimento inferior e deverá insuÍLar o ar na caixa de escada através de

sba"ft ern alvenaria e grelhas. A captaçáo do ar é. feita através de tomada de ar

externo, constituída por veneziana e filtros.O escape de ar do ambiente é feito através de frestas, aberturas (portas

corta-fogo) e damper de alívio,localizado no topo da caixa de escada.

Brigada de combate a incêndios

A eficiência do sistema de prevenção e combate a incêndios do hoteldependerá da criaçáo de uma brigada de incêndio devidamente treinada e

equipada para atender qualquer anormalidade e orientar os hóspedes em

caso de emergência.

Sistema de refrigeração

Este sistema atende tanto às câmaras frigoríficas como aos balcões refri-gerados localizados nas diversas âreas de alimentos e bebidas do hotel.

Page 16: Hotel Planejamento 3

O PROJETO 18I

Com o objetivo de facilitar a operuçáo e a manutenção do sistema, bem

como a ceÍúïalização dos equipamentos que produzem ruídos e vibrações, os

compfessores e condensadores devem ser instalados em uma casa de máqui-

nas própria.A interligação entre a central e as càmaras e os balcões é fetta por meio

de rubulaçáo de cobre (barras rígidas); a tubulação de gás e líquido de cada

sistema é isolada aos pafes com poliuretano protegido por alumínio liso'

As temperatuÍas utllizadas nas càmaras frigoríficas são as seguintes:

Carne

Peixes

Frutas e verduras

Saladas preparadas

Uso diário preparado

Congelados

Lixo úmìdo

Bebidas

Balcoes f rigoríficos

0'c0"C

o"L/l oa

Aaf

-18"C0"C

4"CAaa

ELABORAçÃO DO PROGRAMA

O programa de um hotel abrange uma quantidade vatiâvel, mas sempfe

numefosa, de itens, e sua versão completa e definitiva quase nunca pode ser

elaborada num único lance.

A montagem do programa se inicia pela decisão inicial do segmento de

mercado que se quer atingir, e, conseqüentemente, do tipo e da categorra

pretendidos. O número de apaftamefitos vem logo a seguir, dependendo do

mercado hoteleiro local e das conclusões do estudo de viabilidade, da âtea do

terreno (quando este já existe) e também dos recursos .financeiros que se

pretende investir.

As decisões seguintes ocoÍrem por abordagens sucessivas, a partir de

um programa básico. Este deve conter uma série de definições de natureza

operacional e uma relaçáo, a mais completa possível, das dependências e dos

serviços que a'experiêncta indica como necessários para o hotel pretendido

em detefmtnadalocalizaçáo e pafa determinada condição de mercado.

A esse programabásico acrescentam-se ou dele são suprimidos itens em

função de fatores diversos, entre os quais a anâlise cuidadosa dos investimen-

tos e das expectativas de receita correspondentes a cada item. Assim, como

exemplo, o aprofundamento do perfil do hóspede-alvo é importante para

Page 17: Hotel Planejamento 3

182 HOTEL: pLANEJAMENTO E PROJETO

para incluir no programa determinadas instalações e serviços. Por sua vezj oconhecimento detalhado do local de implantaçã"o e das suas imediações podeser decisivo para a determinaçáo do número e do tipo de restaurantes e bares,tendo em vista os estabelecimentos similares existentes e com os quais osrestaurantes e bares do hotel irão concorrer. O próprio partido arquitetônicosugeÍe ou viabiliza instalações e serviços que não constavam da relação ini-cial. Assim, o programa básico vai sendo progressivamente ajustado atavésda considençáo dos fatores que vão se apresentando ao longo do período emque o hotel vai sendo projetado e construído, até sua definiçáo final, que sóacontece com a aproximaçào da conclusão das obras. Decisões quanto aostemas a serem adotados para os restauÍantes, e suas respectivas decorações,por exemplo, ou quanto ao arranjo final dos escritórios da administraçáo, sã.o

quase sempre tomadas quando as obras se encontram em estado bastanteavançado.

De modo a orientar a montagem de programas para hotéis em geral,apÍesentamos nas páginas seguintes uma relação de âreas e funções queabrange todos os setores que compõem hotéis de diferentes tipos e naturezas.Essa relação, poÍ ser bastante completa, é út1l particularmente na montagemdo programa básico de um hotel determinado, de modo a tornâ-ro o maiscompleto e próximo possível do programa definitivo.

Antes da seleção de âreas e funções, determinadas decisões de carâteroperacional devem ser tomadas pelo dono do empreendimento. Essas deci-sões devem ser orientadas, sempre que possível, por quem irâ operar o futurohotel, a quem caberá a responsabilidade final sobre o sucesso ou insucessodo empreendimento.

Essas decisões de carâter operacional relacionâm-se com:

. Estacionamento de veículos: coberto ou descoberto, operado poimanobristas ou pelo próprio hóspede.

. Transporte de bagagem: com ou Sem caffegadores, por elevadoressociais ou de serwiço.

. Room seruice: sim, não, 24 horas, tempo parcial.

. Apafiamentos: tipo e dimensão das camas) com ou sem frigobar, combanheira e box, só box ou só banheira, com ou sem bidê, com ou semterraço, critério de distribuição das portas de intercomunicação.

. Fechaduras: mecânica ou cartáo magnético.

. Acesso aos apafiamentos: com ou sem controle, com ou sem detectorde presença, tipo de controle remoto das instalações nos apartamentos(iluminação, som, TV, condicionador de a4 acionamento de cor-tinas).

Page 18: Hotel Planejamento 3

O PROJETO 183

. Andares de hospedagem: andares especiais tipo MP, bloqUeio das

paradas dos elevadores nesses e em outros andares, critérios de distri-

buição de diferentes categorias de apartamentos nos andares, serviÇos

de mordomo em andares selecionados.

' Roupas de cama e banho: trocas difuias ou periódicas'

' Roupas de hóspedes: oferta ou não desse tipo de serviço'

É importante ressaltar a relevância de um progtama cuidadosamente ela-

borado, tendo em vista a flatuÍeza altamente competitiva do ramo da hotelaria,

em que o risco é elevado e no qual o dinheiro investido em cada item do

progtama deve corresponder a úma receita dentro dos parâmetros estabeleci-

dos pelo estudo de viabilidade. Esse cuidado, a ser tomado desde a fase inicial (

de elaboração do programabásico, deve se estender às etapas seguintes, duran-

te todo o pfocesso de complementação e definição final do ptogÍama.

Na relação de âreas e funções apresentada a seguir, cada item pode ser

classificado como imprescindível, desejável ou dispensável, dependendo do

caso. Com essa classificaçã.o são estabelecidas prioridades para a seleção dos

itens aplicáveis e a eliminação dos demais.

Os quadros 9 e 10 apresentam, com o intuito de ilustrar a diversidade de

progfamas, listas de hotéis no Brasil e no exterior com o número de apafia-

mentos, bares, restaurantes, âteas de eventos e de recreação.

RELAÇÃO DE AREAS E FUNçOES

Ánrns or HosPEDAGEM

Andar-tipo de hospedagem. Halldos elevadores de serviço. Rouoaria e WC do andar. Halldos elevadores de hospedes. Circulaçãor Apartamentos simples. Sfudios. Suítes simoleso Suítes esoeciais. Suíte oresidencial. Apartamentos dúplex

Serviços previstos para os apartamentos e suítes

. Frigobar

. Geladeira

. Televisão

. Televisão a cabo

. Condicionador de ar individual

Page 19: Hotel Planejamento 3

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROIËTO

a

a

a

a

a

a

a

a

a

Condicionador de ar central

Sprinkler no apartamento

Sprinkler nos corredores do andar

Detector de fumaça

Água quente

Canais de som

Telefone interno

Telefone externo

Room service. Troca diária de roupa de cama. Troca diária de roupa de banho. Serviço de mordomo no andar

Ánrns socrns

Lobby. Portaria (bell captain)r Atendimentoo Mensageiro. Correio. Sanitários masculino e femininoo Telefones públicos. Telefones. Chamadas internas

Front office. Balcão de recepção. Concièrge (informações, espetáculos. tourl etc.). Caixas. Cofres de segurança. Deposito de bagagem. Área de apoìo e mensageiros. Sala do gerente de recepção. Sala do gerente de crédito. Sala de espera e secretária. Sala do CPD

. Sala dos analistas do CPD

. Sala do controller

.5anitário

Áreas de estar. Salas de estarr Salas de leitura. Sala de TV. Salão de exposiçÕes

liiit"i

Page 20: Hotel Planejamento 3

O PROJETO

. Salas Vlf com sanitários masculino e feminino

Restaurantes e bares. Piano-bar. Restaurante de luxor Restaurante típico 1

e Restaurante típico 2

c Coffee shopr Restaurante infantil. Bar da piscina. Lobbybar. Night c/ub e respectivas instalaçÕes. Salão de chá. Salas de almoço privativas

Área de eventos. Foyerr Sanitários masculino e feminino. Chapelaria. Telefones públicos. Áreas de apoio a eventos. Área de vendas de eventos. Salão nobre. Salas de reuniãor Cabine de som e projeçãoo Cabines de tradução sìmultânea. Área de exposições. Depósito de móveis

Auditóriolteatro. Bilheteria. Foyero Sanitários masculino e feminino. Sala de som e projeção. Cabines de tradução simultânea. Camarins masculino e femininor Platéiar Palcoo Depósito de móveis

Área

Lolasr Floricultura. Jornais e revistas. Bombonnière

J

Page 21: Hotel Planejamento 3

185

. Tabacaria

. Agência de turismo

. Aluguel de carros

. Loja de artigos masculinos

. Loja de artigos femininosr Artigos infantiso Artigos esportivoso Joalheriar Galeria de arter Artigos regionais. Agência bancária. Loja de artesanato

Escritorios de aluguel. Secretariao Central de comunicaçoeso Central de reproduçÕes. Salas de reuniãor Sanitários masculino e feminino. Copa de apoio

Ánra oa ADMtNtsïRAçÃo

o Recrutamento e seleção de pessoalr Ambulatório médico. Departamento de pessoal. Agência bancária. Seção de compras. Contabilidadeo Setor de reservas. Salas da gerência (geral, A&B, patrimõnio, control/ef etc.). Salas de reunião. Secretariao Sanitárioso Departamento de marketing. Departamento de vendas. Salas de treinamento de pessoal. Sala de segurança

Anra oE sERVtços

Entrada e portariao Portaria de serviçoo Controle de funcionários. Relógio de ponto. Segurançar Protocolo

HOTEL; PLANEJAMENTO E PROJETO

Page 22: Hotel Planejamento 3

O PROJETO

o Vestiário e sanitário masculinos. Vestiário e sanitário femininos. Vestiário do staff masculinoo Vestiário do sfaff feminino. Rouparia dos funcionários. Refeitório dos funcionários. Sala de descanso

Área de recebimento. Doca de carga e descarga. Controle de recebimento. Área de triagem. Balança. Deposito de vasilhames. Depósito de lixo secoo Câmara frigorífica de lixo úmido

Armazelamento. Almoxarifado de alìmentos. Almoxarifado de bebidaso Adega climatizada

Area de pré-preparo. Área de pré-preparo de alimentoso Câmara frigorífica (carnes)

. Câmara frigorífica (peixes)

o Câmara frigorífica (congelados). Câmara frigorífica (frutas e verduras). Câmara frigorífica (laticínios)

Cozinha principal. Câmaras frigoríficas de uso diário. Área de cocção básicaa

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

Preparo de saladas e sobremesas

Padaria e confeitaria

Higienização de panelas

Controle do room service

Higienização de louças

Área de distribuição

Cozinhas terminais

Bar central

Caixas

Escritório do chefe de cozinha

Sanitários do pessoal de cozinha

Page 23: Hotel Planejamento 3

fl-I

I188

Cozinha de banquetes. Câmaras frigoríficas. Fritadeiras e fornos. Higienização. Carros-estufas. Área de montagem de pratos. Área de lavagem de louçaso Depósito de louças, cristais e prataria. Área de distribuição de pratos

Cozinha de apoioo Cozinha terminal. Câmaras frigoríficas (uso diário). Higienização de louças e panelasr Controle

Almoxarifador Controle. Panos, pratarias, louças, cristais. Material de li,mpeza

Material de consumo dos hósoedesMaterial de manutençãoMaterial de escritórioMóveis e estofados

Cortinas e carpetes

Máquinas e ferramentas

Lavanderia e governança

Recebimentoo Duto de roupa suja. Área de recebimento e triagem

Lavanderia. Lavadoras/extratoras. Secadoras. Calandrar Máquinas de passarr Sala de costurar Estacionamento de carrinhos. Depósito de roupa limpao Sala do chefe da lavanderia. Equipamento de vácuo e ar comprimido

Governançar Sala do chefe de governança. Depósito de material de limpeza

a

a

a

a

a

a

HOTEL: PLANEJAMENÏO E PROJETÕ

Page 24: Hotel Planejamento 3

0êM*ÉI.,0: :" ..' . .

Ãreas de mãnutençáDo Çhefe da manutençãor Afmo.xarifado de rnanutençãÕ. RefLgeração. Flidráulica

r ,Ejétrica

r Marçenaria. EstofadosI JardiRãgerne FuniLaria

. Pintura

.r Reparos

Ánen oos EeurPAMENTos

Sirtenra de águar Res.erv-atófio inferior. Pnço profundo. Casâ de bombasi Reservatório sUperior,. Estação de fu'atanrento de água. Tratamenta de água das pìseìnas

Sistema de esg.otos. Estação de tratamento de esgotosr Estação elevatória de esgotos

Caldeirasr Baixa pressáo

c ,Altâ Bressão. Água quente

Sistema de ar.condìcionador Central de água gelada

r Toffes, de resfriamento. Condicionadores de arr Exaustq're5

e,omb.r:stíveis. Tanques de óleo dlese/r Centrêl de gás. ïanquê dê gasolina

i8e

Page 25: Hotel Planejamento 3

190

Grupo gerador de emergência

Sistema de energia elétrica. Sala dos transformadores. Cabines de medição. Salas dos quadros elétricos

Sistemas eletrônicos. Central telefônica. Sala das telefonistas. Sanitário e sala de descanso

. Central de som

. Central BIP

. Circuito fechado de TV

. Sala do CPD

. Central de controle operacional

Ánras or nrcnrnçÃo

Fisiotera pia/G i nástica. Controle. Sauna seca, sauna a vapor. Ducha escocesa. Ducha circular. Chuveiros especiais

. Turbilhão

. Piscina de água ozonizada

. Aparelhos de ginástica

. Sala de estar e bar

. Bar da sauna

o Mecanoterapiao Massagens. Repouso

Anexo da fisioterapia. Barbearia. Cabeleireiro. Salão de beleza

o Bar

dos sistemas (CCO)

. Sanitário e vestiário masculinos e femininos

Esportes. Controle e roupariao Parque aquático. Piscina para adultos. Piscina infantil. Bar molhado

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Page 26: Hotel Planejamento 3

O PROJETO

' Vestiários e san.itários masculinos e femininosr quadra de s.quash

r Quadra de têniso Quadra poliesportiva. Campo de golfe (ou minigolfe). Outros

Jogos

. Salão de jogoso Saláo de jogos infantisr Salão de bilhar. Jogos eletrônicos

Cassino e respectivas instalaçóes

Parques e Jardins. Minizoológicor Bosque. Cavalarrça

Esportes náuticosr Marina e respectivas instalações

r AlUguel ç[e s:quipafientos náuticos. Ancoradouro de barcos

TRnrusponrEs

r Controle do estacionamentor Sala dos manobristas. Sanitário dos manobristas. Terminal de ônibus. Heìiponto

Page 27: Hotel Planejamento 3

192

QUADRO 9

NÚMERO DE APARTAMENToS E oUTRAS INSTALACÕES

EM HOTÉIS AMERICANOS E EUROPEUS

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Hotel Apartamentos e suítes Barês e restauÍantes Instalações para êventos Recreação

Até 200

The Carlyle 144 (50 suítes) 1 salão de chá 4 Salas de reuniáo Fitness centerNova York, EUA 1 bar

1 café-cabaré

Plaza Athenée 1 53 1 restaurante sala de reunião oara 90 oessoasNova York. EUA

Hotel de Crillon 163

Paris, França8 salas para 450 oessoas Fitness center

ANA Grand Hotel 175Viena, Áustria

7 restaurantes Salão com 580 m'z

1 coffee shop 4 salas

De 201 a 500

The Mayfair 201 (101 suítes)Nova York, EUA

2 salas de reunião

Plaza Athenée 21 1 (41 suítes) 2 restauÍantes 4 salas de ÍeuniãoParis, França

Jolly Hotel Atlanta 242Bruxelas, Bél9ica

Quadra de

tênis

The Peninsula 242Nova York, EUA

J restaurantes 300 m'1 bar

George V 298 (41 suítes) 2 restaurantes Salas de reuniáo para 600 pessoas

Paris, França

Principe di Savoia 299Milao, ltália

5pa

Grand Hotel Europe 301çáô Pêfêr<hr rrôô

Rússia

7 restaurantes 4 salas e salÕes Fitness center

Le Meridien 326Boston, EUA

1 piano-bar 9 salas Health clubPisci na

Allerton 450 1 restaurante Salas de reuniáoChicago, EUA

Swissôtel 482Boston. EUA

Salas de reuniãopara 700 pessoas

Health clubPiscìna/Solarium

Page 28: Hotel Planejamento 3

O PROJETO

QUADRO 9

NúMERo DE AeARTAMENToS E ourRAs tNsrALAçÕEse u HorÉls AMERTcANoS E EURopEUs (coNT.)

193

Hotel Apartamentos e suítes Bares e restaurantes Instalações para eventos Recreação

De501 almil

I ne uraKe 5J5Chicago, ËUA

3 restaurantes 18 salas de reuniãoZ cocktail lounges

The Helmsley 640 1 restaurante 325 m,Park Lane

Nova York, EUA

lntercontinental 691 3 restaurantes 1 6 salas de reunião Fitness centerNova York. EUA

Sheraton 824Montreal, Canadá

3 restaurantes 14 salas

z Satoes

Piscina

Le Centre Sheraton 824l\ilontreal, Canadá

4 restaurantes Salas para 2 mil pessoas Piscina

Health club

The New York Palace 897Nova York, EUA

1.500 m'? Fitness center

Concorde Lafayette 1 mil 3 restaurantes 1.950 m,Paris, França

Mais de 1 mil

The Waldorf Astoria 1.120 (95 suítes) 4 restaurantes 21 salas de reunião Fitness centerNova York, EUA 1 bar oara 4 mil oessoas

Sheraton 1.200Chicago, EUA

5 restaurantes I 1.000 m, Health club

Fontes: Dados básicos extraídos de Hotel and Travel lndex e Premier Hotels & Resorfs.lnverno 1997/1998.

Page 29: Hotel Planejamento 3

194

QUADRO ÍO

NúMERo DE APARTAMENToS E ourRAs tNsrALAçÕEsEM HOTÉIS BRASILEIROS E LATINO-AMERICANOS

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Hotel Apartamentos e suítes Bares e restaurantes Instalações para eventos Recreação

IIII

Até 200

L'HotelSâo Paulo. SP

82 I restaurante1 piano-bar

8us/ness cenfe/ Piscina

Health club

Caesar Park

São Paulo, SP

2 restaurantes1 bar1 pub

Salas de reuniâopara 400 pessoas

Pisci na

lnterconti nental5áo Paulo, SP

I 93 (35 suítes) 1 restaurante1 bar

Centro de convençóespara 400 pessoas

Piscina

5au na

G i nástica

Alvear Palace HotelBuenos Aires,

Argentina

200 3 restaurantes1 piano-bar

1 2 salaspara 2 mil pessoas

Piscina

Health clubSauna

De 201 a 500

Caesar Park

Rio de .Janeiro, Rj

2?_1 1 restaurante'I bar

4 salas (550 m'z) Piscina

Health club

Crowne Plaza

Sáo Paulo, SP

223 2 restaurantes'I bar

Salas de reuniãopara 350 pessoas

Copacabana Palace

Rio de Janeiro, RJ

223 2 restaurantes1 bar

1 0 salas para 1 .200 pessoas Piscina

Solarium

Quadra de tênis

Sheraton MofarrejSão Paulo, SP

244 2 restaurantes Salas de reuniáo para

500 pessoasPiscinas

Feel Hyatt Regency

Santìago, Chile310 2 restaurantes

1 bar

Pisci na

Fitness center

QuadÍa de tênis

Mandarin OrientalCidade do México,l\4éxico

320 2 restaurantes3 bares

SheratonSantiago, Chile

383 3 restaurantes1 bar

8 salas (726 m') Piscinas

Quadra de tênis

Transamérica São Paulo 400São Paulo, SP

2 restaurantes 20 salas de reuniáopara 3.600 pessoâs

Piscina

Quadra de tênisGolfe (3 buracos)

São Paulo HiltonSão Paulo. SP

401 2 restaurantes Salas para convençóese banquetes

Pisci na

Sauna

Fisiotera pia

Sofitel Rio Palace

Rio de Janeiro, RJ

14 salas para 3.500 pessoàs 2 piscinas

Fitness center413 1 jazz ba(

)

Page 30: Hotel Planejamento 3

O PROJETO

QUADRO 10

NúMERo DE APARTAMENToS E ourRAs rNsrALAçÕEsEM HOTÉ|S BRASTLETROS E LATINO-AMERICANOS (CONT.)

195

Hotel Apartamentos e suítes Bares e restaurantes lnstalações para eventos Recreação

Maksoud Plaza 416 4 restaurantes Centro de eventos (1.950 m'?) Piscina

5ão Paulo, SP 1 coffee shop Teatro com 500 lugares Fìtness center

2 bares

lntercontinentalRio 433Rio de Janeìro, RJ

5 restaurantes '1 5 salas para 2 mil pessoas 7 ptsctnas

8 quadras de tênis

Renaissance 452 (57 suÍtes) 2 restaurantes Centro de convençóes Piscina

5áo Paulo. SP Piano-bar (2.800 mz) Squash

Lobby bar Massagem

De501 almil

Sheraton 739 4 restaurantes 1 3 saìas (2.700 m') Piscìnas

Buenos Aires, 1 coffee shop Balhoom (1.300 m') Quadra de tênis

Arqentina 1 bar Health club

Sheraton Marìa lsabel 752Cidade do México,México

3 restaurantes 23 salas Pisci na

Quadra de tênis2 bares 1 ballroom

Fontes: Dados básicos extraídos de Hotel and Travel lndex e Premier Hotels & Resorfs.

lnverno 1997/1998.

QUADRO 11

NúMERo DE APARTAMENToS E ourRAs rNsrALAçÕEs EM REsoRrs

Resort Apartamentos Bares e restaurantes Instalações parae suítes eventos

Recreação

Até 200

Grande Hoteì São Pedro 1 1 0

Aquas oe )ao reoro, )t-2 restaurantes Centro de convençóes (975 m') Ginásio esportivo

Piscinas internas eexternas

Campo de Íutebol4 quadras de tênis

Quadraspoliesportivas

3 bares

1 piano-bar

TÍopical das Cataratas 200 2 restaurantesFoz do lguaçu, PR

Page 31: Hotel Planejamento 3

196 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

QUADRO 11

NúMERo DEAPARTAMENToS E ourRAs tNsrALAçÕEs EM REsoRrs(coNT.)

Resorf Apartamentose suítes

BaÍes e restaurantes Instalações paraeventos

Recreação

De 20í a 500

Transamérica llha 271

de Comandatuba (1 1 1 bangalôs)llhéus, BA(500.000 m'?)

4 restaurantes Centro de convenções para Quadras600 pessoas Piscina

Campo de golÍe

Soinesta

Key BÌscayne, EUA

292 3 restaurantes4 bares

I 4 salas 2.000 m'z Pisci na

7 quadras de tênis

Dorado Pacífico

lxtapa, Méxìco285 2 restaurantes

1 coffee shopSalas de reunião para

600 pessoas2 quadras de tènis

Pisci na

Praia

Caesar Park 300Cabo S. Agostinho, PE

2 restaurantes1 night club

Centro de ronvên.ocs Piscina7 salas de reunião Quadra de tênisBallroom para 600 pessoas Marina

l\zlauna Lani Bay

Havaí, EUA

350 3 restaurantes 5 salas (500 m') 23 quadras detênis

Ballroom para 350 pessoas 2 campos de golÍecom 1 8 buracosf:nn:nam o

mergutno

Club MediterranéeItâ^ârì.â R^

RestauranteBar

360 Quadras de

esportesPiscina

Hyatt Regency 388Fort Lauderdale, FUA

6 restaurantes 5 salas (2.000 m'?)

Ballroom (750 m'1)

Ballroom (550 m')

l\,4arina

Quadras de tênis

Sonesta

Bermudas

400 4 restaurantesNightclub

Health clubBeauty centerPraia

Piscìna

6 quadras de tênis

Caesar Park Cancún 421Cancún. [,4éxico

4 restaurantes1 coffee shop

Bal/room (1.800 m'1)

4 saìas de reuniãoCampo de golÍecom 1 8 buracosPiscìnas

Praia

Hyatt Regency

Scottsdale. EUA

493 3 restaurantes Sala de reunião(4.000 m')Ballroomlïeaïo

Piscinas

Campo de golfecom 27 buracosPraia

BiìtmoreArizona, EUA

Campo de golfecom 27 buracosPiscinas

8 quadras de tênìs

498 2 restaurantes Ballroom (1 .600 m'z)

Page 32: Hotel Planejamento 3

197O PROJETO

QUADRO 11

NúMERO DE APARTAMENTOS E OUTRAS INSTALAçÕES EM RESORTS (CONT.)

Resort Apartamentose suítes

Bares e restaurantes lnstalações paraeventos

Recreação

De501 almil

StoufferRenaissance 560Esmeralda

2 restaurantes2 bares

31 salas (4.500 m'?)

Ballroom (1 .5OO ín')3 piscinas

Quadra de tênìsCampo de golÍecom 36 buracos

Tropìcal Manaus 601

Resort & ConventionCenterManaus, AM

2 restaurantes 4.230m'para 1.400 pessoas

Piscìna

5 quadras de tênis

Sauna

La Quìnta Resort Club 640Calìfórnia, ÊUA

6.600 m'? 24 quadras de tênis

25 pìscìnas comaquecrmenlo4 campos de golÍe

com 1 8 buracos

The BroadmoorColorado, EUA

700 9 restâurantes 4.600 m'z 1 2 quadras de tênis

Piscina

Montaria e pesca

The Westin MauiiKaanapala, Havaí

761 8 restaurantes

3 campos de

Sala de reunião (3.000 m') Parque aquático

Ballroom (850 m'z) CamPo de golfecom 36 buracos

Quadras de tênis

Boca Raton

Resort & ClubFlórìda, EUA

926 43 salas(7.000 m')

34 quadras de tênis

2 campos de golfe

com 1 8 buracosPraia

Plscìna

Mais de 1 mil

Atlantis Paradìse

Bahamas

1.150 1 2 restaurantes3 bares

'10.000 m,para 2 mil pessoas

Praia

Piscina

9 quadras de tênis

Fontes: Dados básicos extraídos de Hotel and Travel lndex e Premier Hotels & Resorfs,

lnverno 1997/1998.

Page 33: Hotel Planejamento 3

-_ s

HOTEL: PLANEJAMENTO E PRO]ETO198

DIM ENSIONAM ENTO

O item de dimensionamento mais importante de qualquer estabeleci-mento hoteleiro, que é o número de apartamentos (ou de unidadeshabitacionais, UH, corno são comumente designados apafiamentos e suítes),deve ser estabelecido mediante estudo de mercado. O número de apartamen-tos é invariavelmente o principal fator a ser inicialmente definido nesse estu-do, e dele derivam direta ou indiretamente quase todos os requisitosprogramãticos e dimensionais das âreas e das instalações que compõem oempreendimento hoteleiro.

No entanto, diante das grandes variações que ocorrem nas característi-cas e nas âreas de hotéis de tipos diferentes (e até mesmo no caso de hotéisde um mesmo tipo), é difícil estabelecer paràrnetros universais que permitam,a partir de um único dado básico como, por exemplo, o número de apaïta-mentos, dimensionar precisa e convenientemente todas as dependências dohotel.

Os parâmetros disponíveis em outras publicações e os aqui apresenta-dos derivam de observações e ievantamentos efetuados em hotéis de diferen-tes categorias e representam valores médios observados. Por essa tazão, essesparâmetros devem ser utilizados apenas como referêncías iniciais nas etapasde planejamento, no dimensionamento geral e no dimensionamento das di-versas dependências do hotel. Nas etapas subseqüentes do projeto são neces-sárias análises particulare s para a adequaçáo desses parâmetros às característicasespeciais de cada empreendimento. Essas análises devem levar em considera-

ção o tipo, o porte, alocalizaçáo, a c tegoria, o segmento do mercado a quese destina, as exigências da operadora, a legislação local e quaisquer outrosaspectos que, em cada caso, apÍesentem relevância.

DIMENSIONAMENTO GERAL

Conforme mencionado, a partt do número de apartamentos é possívelestimar alguns conjuntos de âreas, assim como a provável âreatotal construídade hotéis de diferentes categorias.

O quadro 12 apresenta, p^ï^ hotéis de padrão econômico, médio e

superior, variações de valores em metros quadrados e em porcentagens sobrea âtea total construída, para âreas de apafiamentos e para os setores de hos-pedagem, social e de serviços.

Page 34: Hotel Planejamento 3

O PROJETO

QUADRO 12

ESTIMATIVA PRELIMTNAR DE AREAS

Áreas / setores Padrão de hotel

Econômico Médio Superior

Apartamentos

Andar-tipo de

hospedagem / apto.

Área totalconstruída /apto.* 30 a 45 m' 45 a 65 m' 65 a 85 m'

Área de hospedagem / área 80 a 85 % 70 a 80 o/o 60 a75 o/.

total construÍda

Areas públicas e sociais /área total construída

Areas de serviço/área total

construída

17a25m' 25a30m' 30a35m'z

25a35m'z 35a45m' 45a55m'z

3alOo/o 10a15% 10a15o/o

3a1O% 10a15% 10a15o/o

Área do apartamento ou da Compreende as áreas do quarto propriamente dito, do vestÊ

unìdade habitacional (UH) bulo de entrada, do armário e do banheiro, inclusive as áreas

das paredes corresPondentes'

Área bruta do apartamento lnclui a área do apartamento mai5 65 áreas de corredores'

escadas. hal/s de elevadores sociais e de serviço, rouparia e

áreas de paredes. Corresponde à área total do andar-tipo de

hospedagem dividida pelo número de apartamentos conti-

dos no andar.

Área de hospedagem Corresponde à soma das áreas brutas dos apartamentos de

todos os andares de hospedagem do hotel.

Áreas sociais Abrange as áreas f reqüentadas por hospedes e visitantes do

hotel: /obby bares e restaurantes, áreas de reunião e even-

tos, fìsroteraPia, etc.

Áreas de servìço Corresponde ao conjunto das demais áreas necessárÌas ao

funcionamento do hotel: admìnistração, cozinhas, lavande-

ria, áreas de manutenção e equìpamentos e áreas para fun-

cionários.

* Excluídas as áreas de garagem.

Fontes: W. A. Rutes e R. H. Penneç Hote! Planning and Design (Whitney Library of Design/

Watson-Gruptill Publications: Nova York, 1 985).

David Lord Tuch, Dimen sionamento das áreas de um hofel (São Paulo: SENAC, 1994).

pesquisa e levantamento de áreas de hotéis brasileiros realìzada pelos autores.

Conforme iâ comentado, os números apresentados podem ser tomados

como referência pan o dimensionamento preliminar dos três conjuntos de

Page 35: Hotel Planejamento 3

200 HOTEL: pLANEJAMENTO E PROJETO

âreas do hotel, assim como para estimar a âreatotal a ser construída a oartir donúmero de unidades habitacionais.

Valores muito discrepantes dos apresentados podem ser encontrados emhotéis similares em função de características peculiares. por exemplo, um hotelcom ênfase em eventos pode apresentar uma partictpaçáo percentual maiorde âreas sociais, independentemente de seu padráo. Da mesma forma, em umhotel superluxuoso, com predominância de suítes, a participação das âreas dehospedagem pode apresentar valores percentuais próximos aos valores carac-terísticos dos hotéis de padrão econômico

No quadro 73 são apresentados valores médios para diferentes áreas dohotel, em teÍmos de metros quadrados por apafiamento, para os mesmospadrões econômico, médio e superior.

QUADRO 13

AREAS MÉD|AS DE DTFERENTES SETORES DO HOTEL (M'/APTO.)

Setores do hotel Padrão do hotel

Econômico Médio Superior

1 Área de hospedagem 25 a35 35a45 45a55

2 Lobby 0,5 a 0,6 0,6a1 1 a 1,5

3 Bares e restaurantes 0,5 a 1,5 1a2,5 2a3,5

4 Eventos UdJ 3a4 4a6

5 Administração 0,5a1 0,5 a 1,5 1,5a2

6 Preparo de alimentos 0,6a1 1a1,5 1,5a2

7 Recebimento e armazenamento 0,5 a 0,7 0,7 a1 í -1I aL

B Areas para funcionários 0,5 a 0,7 0,7a1 1a1,5

9 Lavanderia e governança 1 a 1,5 |,J O L

10 Engenharia / manutenção 0,6a 1 I aL

11 Outras áreas sociais 0a4 +o I

Total do hotel 30a45 45a65 65a85

Fontes:W A. Rutes e R. H. Penneç Hotel Planning and Design (Whitney Library of Design/Watson-Gruptill Publications: Nova York, 1 985).David Lord ruch, Dimensionamento das áreas de um hofel (são paulo: SENAC , jgg4).

Pesquisa e levantamento de áreas de hotéis brasileiros realizada pelos autores.

Page 36: Hotel Planejamento 3

201O PROJETO

DIMENSIONAMENTO DO ANDAR-TIPO DE HOSPEDAGEM

A ârea de hospedagem representa de 60 a 85 por cento da ârea total de

um hotel. Conseqüentemente, sua importància é estratégica para um projeto

adequado; qualquer economia obtida na solução da área de hospedagem tem

efeito direto sobre a economia geral do empreendimento. Seu planejamento

envolve um numefoso conjunto de fatores, como tipo do hotel, localizaçáo,

dimensões e forma do terreno, vistas e panoramas desfrutáveis, relação entre

a dimensão do andar e a altura do edifício, distâncias a serem percorridas

pelos hóspedes e pelas camareiras, número e posição de escadas para aten-

der à legislação de seguranÇa contra incêndios, possibilidades de futuras ex-

pansões, efeitos do vento sobre a estrutura, insolação, efeitos do posicionamento

das prumadas de elevadores de hóspedes e de serviço sobre os pavimentos.

A dimensão total do andaçtipo de hospedagem é, portanto, função de:

. Número de unidades habitacionais Dot andar.

. Configuraçáo do andar.

. Dimensões das unidades habitacionais.

. Dimensões dos corredores.

. Dimensão dos postos de serviço.

. Número de escadas.

. Número de elevadores sociais.

' Número de elevadores de serviÇo.

Número de apartamentos por andar

Por razóes operacionais, o número médio de apartamentos-tipo por

andar deve ser em múltiplos de doze em hotéis de padrão mais elevado, de

catotze a dezesseis em hotéis de padrão médio e dezoito em hotéis de menor

padráo, de modo a garantir serviço de limpez^ e atendimento eficiente de

uma única camareira para cada doze, dezesseis ou dezoito unidades. Desvios

em relação a esses números implicam em super ou subutilizaçáo das camarei-

Ías, com prejuízo da qualidade e da eficiência dos serviços e/ou custos

operacionais maiores.

Configuração do andar

Diferentes configurações de andar-tipo determinam relações de âreas e

de custos de construção distintos.

As configurações básicas apresentadas nos diagramas de relações

correspondem a alguns tipos mais comuns. Dependendo da configuraçào,hâ

Page 37: Hotel Planejamento 3

202 HOTEL: PLANEJAMENTO Ë PROJETO

variaçáo nas relações entre a ârea ocupada pelos apartamentos e a ârea totaldo andar. A configuração que proporciona mais eficiência paÍa essa relaçáo,da ordem de 0,75, é aquela em que os apartamentos são dispostos dos doislados de um corredor central. No caso em que os apartamentos se distribuemapenas de um lado do corredor, encontram-se valores menores pata essamesma relaçã.o, que variam entre 0,60 e 0,65.

Outras variações que também podem ser verificadas nos vários tipos deconstrução de andar-tipo de hospedagem são as que relacionam o perímetrodo andar com a largura do apafiamento-tipo ou médio." Nesse caso, há nítidavantagem das configurações circulares nas quais o produto da divisão doperímetro do andar pela soma daslatgura.s dos apz;rtamentos é próxima de 1.

Em todas as outras configurações o valor correspondente é superior a r,50,chegando, no pior caso, aos apartamentos de apenas um lado de um corre-dor, a alcançar o valor de 2,50, ou mais.

conclui-se que, a menos que hala fortes razões para tantq devem serevitadas, quando se busca economia, configurações de andar-tipo com quar-tos dispostos apenas de um lado do corredor. soluções mais compactas, demenof perímetro, que conciliem maiof patticipação percentual da ârea deapart^mentos sobre a área do andar são mais recomendáveis.

Soluções com átrio contribuem pan valorizar e diferenciar o hotel pelagrandiosidade que proporciona aos espaços internos, mas implicam gastosadicionais com acréscimo de âreas de circulaçáo e ffatamentos especiais doespaço (gradis, floreiras, iluminação, ar-condicionado, etc.).

Independentemente da configuraçào, deve-se observar que não é eco-nômico incluir mais escadas e postos de serviço do que o necessário, nemacrescentar mais quartos ao andar se isso significar mais necessidade deescadas.

" Pot estarem sujeitos às intempéries e arcarem com a responsabilidade de proteção contra a

umidade, o calor e os ruídos produzidos externamente, os planos verticais externos, quecorrespondem às fachadas, são os mais caros

Page 38: Hotel Planejamento 3

Andares de hospedagem - indìcadores quantitatavos

A = Relação entre a soma das áreas dos apartamentos e a área total do andâr.

P = Relacão entrê o perímetro do andar e a soma das larguras dos apartamentos

Hotel Porto do 5ol, Vitória, ES

A = 0.64D - ì f ?

Hotel Saint Paul, São José do Rio Preto, SP

A = 0.73

Page 39: Hotel Planejamento 3

Andares de hospedagem - indicadores quantitativos

Hoteì Caesar Park, São Paulo, 5P

A = 0.81P = 1.82

Hotel lntercontìnental, Rio de Janeiro. RJ

A= 0.77P = 1.56

Grand Hotel Mercure, Sâo Paulo, 5P

A = O.76P = 1.61

5ão Paulo Renaissance Hotel

5áo Paulo, SP

A = 0.65

A = Relação entre a soma das áreas dos apartamentos e a área total do andal

P = Relaçáo entre o perímetro do ãndar e a soma das larguras dos apartamentos

Page 40: Hotel Planejamento 3

Andares de hospedagem - indicadores quantitativos

A = Relação entre a soma das áreas dos apartamentos e a área total do andaÍ.

P = Relação entre o perímetro do andar e a soma das larguras dos apartamentos.

Hyatt Regency Osaka, Japão

A = 0.59P = 1.62

5ão Paulo Hilton, 5ão Paulo, 5P

A = 0.70P = 1.00

Maksoud Plaza, São Paulo, 5P

A = 0.63p-))7

flIEtrhll +r I El-=lralfllI r#ì t=it il il tLr

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[l flt _--|r:- lHlUUlill-]lll

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Page 41: Hotel Planejamento 3

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Dimensões dos apartamentos

Conforme indicado no quadro 1.2, as áreas líquidas dos apartamentosvariam, em média, entre o limite inferior de 77 metÍos quadrados nos hotéisde categoria econômtca até 35 metros quadrados nos hotéis de padráo supe-rior. Este último número não contempla suítes ou casos excepcionais, queconstituem desvios dos padrões mais comuns.

Apartamentos ou unidades habitacionais são constituídos por quarto,banheiro e um vestíbulo de entrada. Em alguns casos, como nos hotéis delazer ou em locais de clima e vista privilegiados também há terraços.

As dimensões dos quartos variam dependendo do tipo e do padrão dohotel e, ainda, em função do tamanho, da posição e da quantidade de camas.

As dimensões dos banheiros também variam em fi-rnção do padrão, mas prin-cipalmente da existência de banheira e box, apenas banheira ou apenas box.A presença de bidês, comum nos hotéis brasileiros de alto padtáo, náo é usualem muitos países, independentemente do padrão do hotel. Quanto aos terra-

ços, nos casos em que seja conveniente sua adoção, as dimensões devem sertais que permitam acomodar cadeiras e/ou espreguiçadeiras, além de umamesa pequena.

É necessário prever, em cada hotel, um determinado número de aparta-mentos destinados a portadores de deficiências físicas. A Embratur recomen-da que 2o/o dos apartamentos apresentem características adequadas ao

atendimento desse tipo de pessoas. As características especiais e as dimen-sões desses apartamentos estão tratadas no item "Áreas de hospedagem".

Os quartos podem ter uma única c ma, duas ou mais, em casos especiais.

Em hotéis urbanos são mais comuns quartos com uma ou duas camas. Quandoas camas forem mais estreitas, os quartos podem ser destinados a uma pessoa.

É o caso dos apartamentos conhecidos como simples, de solteiro, single oustudio. Os de camas mais largas podem ser ocupados por casais e assumem

nomes diferentes em diferentes hotéis, geralmente associados ao tipo de cama.

Os quartos com duas camas, conhecidos como duplos, assumem também no-mes diferenciados em função das camas ou por razões de marketing.

Suítes são unidades mais complexas que dispõem de mais espaço e

contêm, no mínimo, mais um ambiente, geralmente de estar. Podem apresen-tar arnda outros ambientes, para reuniões ou trabalho. Suítes maiores podemassociar dois ou mais apartamentos servidos por âreas comuns, de estar, reu-nião e trabalho.

A proporção entre os diferentes tipos de apartamento deve ser determi-nada por estudos de mercado e/ou com base na experiência da empresa

Page 42: Hotel Planejamento 3

O PROJETO

que irá operar o hotel. Em hotéis centrais predominam os homens de negó-cio como hóspedes. Com base nisso, pode-se direcionar o planejamento dohotel para apartamentos do tipo simples ou de solteiro. No entanto, devemser consideradas mudanças de uso nos finais de semana ou devido a flutuaçõessazonais, quando pode haver alteraçao radical no perfil dos hóspedes, oque recomenda cautela na previsão de um número elevado de apartamen-tos para uso individual. Por essa r^záo, e também pelas oportunidades denegócios Íepresentadas por pacotes turísticos, que incluem hospedagem, e

por grupos de viagens, há preferência por apartamentos que proporcionemflexibilidade. Essa flexibilidade vem sendo traduzida pela adoção generali-zada de ap^ïtame{rtos stand.ard., que combinam quartos com camas de casale quartos com duas cafiÌas, que podem ser ocupados indistintamente porduas pessoas solteiras ou por casais. Embora algumas cadeias e alguns ho-téis adotem comprimentos ligeiramente diferentes para qirartos com uma ouduas camas, a tendência predominante é a de adotar quartos com dimen-sões iguais, com flexibilidade de uso.

As dimensões apresentadas e comentadas a seguir referem-se ao tipo pre-dominante de configuraçáo do apartamento e de posicionamento do mobi-liário fixo e móvel nos mesmos, adotado por praticamente todas as cadeiasinternacionais em todos os tipos e padrões de hotéis. Nessa configuraçáo, ovestíbulo de entrada tem, de um lado, o armârio e, do outro, a pofia de acessoao banheiro. No quarto, as camas são dispostas perpendicularmente à parededivisória entre dois quartos. Na parede oposta a essa localiza-se um móvel (quepode ser uma cômoda com a televisão apoiada sobre o tampo ou um armârioque concilie a função de cômoda e gabinete para o aparelho de TV) ou umamesa de trabalho) com espaço para circulação entre esta e a cama. Em algunscasos, quando por razões diversas os quarlos são estreitos, o armârio élocaltza-do no próprio quarto, junto à parede do banheiro. A desvantagem dessa solu-

çáo é que, além de menos ÍLncional, ela requer quartos mais compridos.De maneira geral, recomenda-se a adoção, em quartos de hotéis de

qualquer padrã.o, da largura mínima de 3,30 metros entre as paredes, quecorresponde ao comprimento da cam mais o espaço de circulaçáo, da ordemde 80 centímetros, entÍe a cama e a cômoda (ou mesa de trabalho), cujaprofundidade é de 50 centímetros. Qualquer acréscimo na largura representaum ganho considerável em conforto. A largura recomendável, que conciliaconforto com econornia (vãos de lajes, extensão de fachada) e que é adotadapor praticamente todas as cadeias internacionais, é de aproximadamente J,80metros. Quando se desejam quartos maiores é preferível aumentar o compri-mento, o que proporciona maior espaço para estar, trabalho ou pata um sofá-

Page 43: Hotel Planejamento 3

208 HOTEL: pLANEJAMENTO E PROJETO

cama, que entre outfas vantagens permite acomodar mais uma pessoa. Largu_ras maioÍes que 3,80 metros pouco contribuem pan a melhoria da qualidadee do conforto do quarto.

Nas ilustrações que seguem são apresentadas plantas de apartamentosde hotéis de padráo econômico, médio e superior, com indicação das respec-tivas dimensões.

Área total: 22,10 m2

Área líquida (sem paredes e shaft):20,15 m2

Area do vestíbulo com armário: 3,55 m,Área do quarto: 14,50 m2

Area do banheiro: 2,1O m2

Escala gráficar012345

Area total: 23,60 m2

Area líquida (sem paredes e shaft):19,15 m,Area do vestíbulo com armário: 1,85 m,Area do quarto: 14,95 m2

Area do banheiro: 2,35 m2

Escala gráficâr012345

Page 44: Hotel Planejamento 3

Area total: 22,50 m2

Área líquida (sem paredes e shaft): 18,70 m2

Área do vestíbulo com armário: 3,20 m2

Área do quarto: '1 1,80 m2

Area 00 Dannerro: 3, /u m'

Escala gráficam0r2345

Área total: 25,10m2Area líquida (sem paredes e shaft):22,15 m2

Área do vestíbulo com armário: '1,75 m2

Área do quarto: 'l 8,1 0 m2

Area do banheiro: 2,30 m2

Êscala gráficam012345

Page 45: Hotel Planejamento 3

Área total: 27,40 m2

Area lÍquida (sem paredes e shaft):22,80 m2

Area do vestíbulo com armário: 2,40 m2

Area do quarto: 15,50 m2

Area do banheiro: 4,90 m2

Escala gráficar012345

Iq

Área total: 28,70 ntz

Area líquida (sem paredes e shaft):22,'15 m2

Area do vestíbulo com armário: 2,75 m2

Area do quarlo: 17,20 m2

Area do banheiro: 2,80 m2

Escala gráficaffi

Page 46: Hotel Planejamento 3

t

l

AÍea total: 33,40 m2

Area líquida lsem paredes e shafl\'.29,75 m2

Área do vestíbulo com armárìo: 4,75 m2

Área do quarto: 19,80 m2

Área do banheiro .5,20 mZ

Escala oráÍicaffi012345

10.40

I _-4

Área total: 41,90 m'Área lÍquida (sem paredes e shaft\'.31,05 m'z

Área do vestíbulo com armário: 4,75 m2

Área do quarto: 26,95 m2

Área do banheiro: 4,15 m'z

Escala gráficare012345

L

Page 47: Hotel Planejamento 3

212 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

No quadro a seguir são apresentadas as dimensões de camas mais co-muns nos hotéis.

QUADRO 14

TIPOS E DIMENSÕES DE CAMAS

Tipos de camas DimensõesTwin

Iwrn especial

Double

QueenCalifornia kingKing

1x2m1,15 x2 m

1,30x2 m

1,50x2ou1,60x2m1.80x2m2x2m

Dimensões dos corredores

No dimensionamento dos corredores deve-se observar a legislação desegurança,'3 combinando larguras capazes de garantir eficiente escoamentodos hóspedes, em caso de pânico, com escadas adequadamente posicionadas.

Além de segurança, é iguaimente importante proporcionar condiçõesde conforto aos hóspedes, evitando percursos muito longos entre os aparta-mentos e os elevadores.

De maneira geral, em hotéis de padrã"o inferior, desde que atendam àlegislação de segurança, são aceitâveis corredores com largura entre 1,20 meffoe 1,40 metro. Em hotéis de padrão mais elevado adotam-se geralmente de1,80 a 2 metros, quando se tem paredes e portas alinhadas, ou de 1,50 metroa 1,80 metro, quando as portas são recuadas. Essas medidas representammédias comumente adotadas, mas devem ser analisadas caso a caso. É precisotambém pensar nos corredores que, além de atender à segurança, devem terlargura confortável, compatível com seu comprimento.

Número e largura de escadas

como regra geta)., as escadas devem proporcionar aos hóspedes todasas condições de segurança. Devem ter dimensões suficientes, característicasadequadas e estar posicionadas de modo a atender rigorosamente os códigos

'' O código de obras do município de São Paulo determina, pan qualquer espaço de circulaçãocoletiva (em qualquer edificação com mais de 250 metros quadrados de ãrea construída) a Iargtramínima de 1,20 rn. Esses espaços de circulação coletiva devem ser constituídos por móduloscom 0,30 m, e slÌa largura final determinada em função da população a ser retirada e da distân-cia a ser percorrida até um ponto de saída ou até um espaço coletivo protegido.

Page 48: Hotel Planejamento 3

o PROIETO 213

de segurança locais. Na falta ou insuficiência destes, devem atender às normas

internacionais.É recomendâvel prevef pelo menos duas escadas por andar, preferen-

cialmente, por razões de segurança, nas extremidades dos corredores. Quan-

do não for o caso de uma terceira escada, é recomendável que uma das duas

seja posicionada próximo à ârea de serviços do andar, adotando-se cuidados

que garantam a segurança indispensável aos hóspedes. A quantidade total de

escadas deve sel determinada em função de cálculos de populaçáo e da capa-

cidade de escoamento das escadas, ou seja, a soma das suas respectivas largu-

ras. Essa quantidade é determinada arnda em função das dimensões do artdar,

das distâncias a seÍem percorridas e da altura da edificaçào.

A NBR 9077 , de maio de 1993, estabelece par^^ o cálculo da largura das

escadas a fórmula N=P/C, onde:

N é o número de unidades de passagem, com largura de 0,55 m;

P é a população, calculada à base de uma pessoa para cada 15 metros

quadrados de ârea do próprio pavimento mais a soma das âreas de todos os

pavimentos que o antecedem, considerando-se o sentido de saída;

C é a capacidade de escoamento da soma das unidades de passagem)

que, no caso de escadas, é de 45 pessoâs por unidade.

A largura mínima das escadas, em qualquer caso, deve ser de 1,10 metro,

excetuando-se locais onde é prevista a passagem de lnacas.

QUADRO 15

NúMERo DE EscADAs EM HorÉts EM RELAçÃo nsDISTÂNCIAS MAXIMAS A SEREM PERCORRIDAS

Tipo de

ediÍicação

Especificaçáo Sem chuveiros automáttcos Com chuveiros automátìcos

scada única lv.ir d. um,I escaoa

Escada única Mais de umaescada

Edificação em

que a

propagaçáo do{nnn ó íáril

EdiÍicação comestrulura e

combustíveis.

10 m 20m 25m 35m

Ëdìficação commedtanaresistência ao

fogo.

Edificaçáo comestrutu ra

"^-i-+^^+^ -^

Íogo, mas compavimentos quepermitem fácil

Pr uPo9oçou.

20m 30m 35m 45m

Edificaçáo em

que apropagação doínnn Á riifíril

Edificação comestrutu ra

reslSÌenre ao

fogo e

isoÌarnento entreos pavimentos.

40m 50m 55m 65m

Fonte: NBR 9077 - Saídas de emerqência em edifícios - Procedimentos

Page 49: Hotel Planejamento 3

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

" Entende-se por hotéis residenciais os hotéis e assemelhados com cozifiha própria (inclui apart-hotéis).

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Page 50: Hotel Planejamento 3

O PROJETO

Elevadores de hospedes e de serviço

Número de elevadores

É conveniente instalar elevadores Sempfe que o hóspede tenha que

subir mais de um pavimento desde o lobby ou da ârea de estacionamento até

o apaÍtamento.A deteÍminaçáo do número de elevadores de hóspedes é função de um

conjunto de fatores como: padrões de serviço, capacidade e velocidade dos

carros, número de apartamentos por andar e número de andares, pico de

hóspedes e não-hóspedes, presença de áreas de eventos e outras áreas públi-

cas que demandem serviço de elevadores, etc. Em cada caso é necessário

estudar e dimensionar cuidadosamente o sistema completo de transporte ver-

tical de hóspedes e demais freqüentadores das dependências públicas do

hotel, no qual se inserem os elevadores.

Para efeito de estimativa preliminar do número rJe elevadores, com base

nos elevadores instalados em hotéis no Brasil e no exterior, podem-se adotar

as quantidades indicadas no quadro abaixo:

QUADRO 17

NÚMERO APROXIMADO DE ELEVADORES NECESSARIOS

Tamanho do hotel(Número de apartamentos)

Número de elevadores Número de elevadores de

socrais serviÇo1s

200 apartamentos (5 andares)

400 apartamentos (10 a 20 andares) 4a5 2a3

600 apartamentos (15 a 25 andares) 5a6 3a4

800 apartamentos (20 a 30 andares) 7 a8 5a6

Fonte: Fred Lawson, Hoteland resorts:planning, design and refurbishment(Oxford:

Architectural Press, 1995). Dados numéricos extraídos de gráfico que relacìona número de

apartamentos, número de andares e número de elevadores sociais e de seruiço instalados.

O Quadro 18 apresenta o número de apartamentos e de elevadores

sociais e de serviço em alguns hotéis.

'5 Deve-se atentaÍ para o fato de que, no caso de o hotel possuir um único elevador de serviço e

ser necessário paú-Io para manutenção, o estabelecimento terá qlle recorrer aos elevadores

sociais, o que comprometerá o padrão do atendimento. Por essa razão, sempre que possível,

deve haver mais de um elevador de serwiço

Page 51: Hotel Planejamento 3

ato

QUADRO 18

NÚMERo DE APARTAMENTos E DE ELEVADoRESDE HOSPEDES/SOC|A|S E DE SERVTçO EM ALGUNS HOTÉIS

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROjETO

Hotel Número totaldeapartamentos(inclusive

suítes)

Pavimentos Númerode de

Númerode

hospedagem elevadores elevadoressoeiais de servico

Hiroshima Prince HotelHiroshima, Japão

t)))l

Hyatt RegencyOsaka, Japão

23464

RenaissanceSão Paulo, SP

25

Intercontinental RioRio de Janeiro, RJ

433 t5

Maksoud Plaza

São Paulo, SP

416 22

São Paulo HrltonSão Paulo, SP

zl407

Grand Hotel MercureSão Paulo, SP

353 12

Sheraton MofarrejSão Paulo, SP

244 IY

Caesar Park

Rio de Janeiro, RJ

tó221

Fiesta AmericanaProjeto Padrão

200

Best Western Porto do Sol

Vitoria, ES

12192

Caesar Park

São Paulo, SP

177 1A

Caesar Park

Buenos Aires, Argentina16173

Fiesta InnCiudad )uárez, México

163

Grande Hotel São PedroÁguas de São Pedro,SP

110

Grande Hotel Campos do JordãoCampos do Jordão, SP

95

L'HotelSão Paulo, SP

82 11

Page 52: Hotel Planejamento 3

O PROJETO 217

Dependendo da magnitude e da disposição das âteas públicas e de

serviço que demandam elevadores, podem ser previstos elevadores ou mon-

ta-cargas para atender exclusivamente aos an<Larcs inferiores'

Hallde elevadores de hospedes

As dimensões do batt de elevadores de hóspedes nos andares de hospe-

dagem podem sofrer grandes variações, dependendo da configuraçáo do an-

dar, do número e do arranjo do grupo de elevadores e,/ou do destaque

pretendido pafa esse setor especial do andar, ponto obrigatório de passagem

dos hóspedes. As larguras mínimas recomendadas sáo

. para elevadores posicionados em linha, o ball deve ser aproximada-

mente um terço mais largo do que os corredores adjacentes.

. Para grupos de elevadores posicionados frente a frente, ele deve ter

3,50 metros.

Dimensionamento das áreas de serviço do andar de hospedagem

A ârea de serwiços do andar de hospedagem compfeende: o hall dos

elevadores de serviço, a rouparia e um pequeno banheiro para as camareÌras

e para o pessoal que realiza serviços no andar.

Hall de elevadores de serviço

É recomendâvel que o ball de elevadores seja pelo menos um tefço

mais largo que os corredores que lhe dão acesso. É necessário considerar, no

projeto, a movimentaçáo, através do hall e do acesso aos elevadores, de peças

de dimensões relativamente grandes, como camas e colchões. É necessário

pfever ainda, no próprio ball ou em ârea contígua, espaço Pata estaciona-

mento de alguns carros vinculados ao serviço de quartos (room seruice) sem

prejudicar a livre circulação de pessoas e de outros carros de serviço. Esse

espaço adicional evita o estacionamento temporârio de carros ou bandejas

nos corredores enquanto se aguarda sua remoção definitiva dos andares de

hospedagem. Quando circulam, eSSeS carfos (que se transformam em mesas

circulares quando montados) têm 0,60 metfo de largura por 1,10 metro de

comprimento, e a altura normal das mesas. É recomendável prever o estacio-

namento de um desses carros para cada doze apartamentos. no ball de servi-

ço ou próximo dele.

Rouparia

A rouparia deve sel um compartimento fechado, anexo ao hall dos

elevadores de serviço. Seu espaço deve ser dimensionado pafa compottaf,

Page 53: Hotel Planejamento 3

218 HOïEL: pLANEJAMENTO E PROJETO

cada conjunto de doze, catotze, dezesseis ou dezoito apaftamentos, conformeO CASO:

Espaço pafa camareira, com mesa de 0,60 xI,20 metro, com aproxima-damente 2 metros quadrados.Duas prateleiras de 0,30 x 0,90 x 1,80 metro, para estoque de pÍodutosde higiene pessoal e de beleza (sabonetes, xampus, papel higiênico,toucas para banho, etc.).Espaço para dois carros de roupa de 0,60 x 0,80 x 1,80 metro.Espaço para dois carros de arrumação de 0,50 x 1,30 x 1,20 metro.Espaço para circulação (de 20 a 25 poÍ cento da área total da rouparia).Espaço para duto de roupa, com diâmetro mínimo de 0,62 metro.16

Banheiro

o banheiro de serwiço do andar de hospedagem (apenas um por andar)pode ter dimensões mínimas, paÍa acomodar lavatório e bacia sanitâria.

DIMENSIONAMENTO DAS AREAS PUBLICAS E SOCIAIS

Lobby

conforme já mencionado, o lobby é, ao lado dos apartamentos, a âreamais importante do hotel, na medida em que contribui decisivamente pàrafixar no hóspede a imagem pretendida do hotel. Grandiosidade, aconcheg<,r,luxo, conforto, agitaçã,o, tranqüilidade são impressões que o hóspede registÍanas suas passagens pelo lobby. E muito dessa impressão é associada às dimen-sões do mesmo.

um lobby grande, por exemplo, pode dar ao hóspede e ao visitante a

sensação de estar em um hotel maior do que ele realmente é. Por outro lado,um lobbjt pequeno, independentemente do número de apartamentos que ohotel possa ter, pode passaÍ a impressão de aconchego e conforto.

De alguma forma, as dimensões dos lobbies devem estar relacionadascom o tamanho do hotel, principalmente com o número de apafiamentos.Assim, para efeito de planejamento e projeto, podem ser adotados os seguin-tes parâmetros de dimensionamento de lobbies:

Lobbies pequenos: até 0,5 metÍo quadrado pot apartamento.Lobbies moderados: entre 0,5 e 1 metro quadrado pot apartamento.Lobbies grandes: mais de 1 metro quadrado por apafiamento.

a

a

a

o

a

a

o

'6 O duto de roupa pode, alternativamente, estar localizado no ball dos elevadores de serviço

Page 54: Hotel Planejamento 3

O PROJETO 219

Os parâmetros acima referem-se, exclusivamente a âreas de lobby, ficando

excluídas as ãreas destinadas a recepção, lojas, bares, restaurantes e outros.

Nos hotéis de padráo econômico predominam os menores índices demetro quadrado de lobby por apartamento. Índices mais altos são mais fre-qüentes nos hotéis de padrão superior.

Alocalização de algumas áreas públicas do hotel, como as destinadas a lojas,

bares, restaurantes e coffee sbop, por exemplo, próximas ou até mesmo associadas

ao lobbjt, podem ampliat significativamente a sensação de espaço disponível.

independentemente do tipo e do tamanho do hotel, o lobfui pode ser

considerado um espaço público ao qual as pessoas têm livre acesso. É oponto de referência do hotel e o centro de articulação entre as diversas âreas

funcionais (recepção, administração) com a ârea de hospedagem e as âreas

públicas e sociais (salas de estar, âreas de eventos, business center, lojas, ba-

fes. festaufantes. etc. ).

Balcão de recepção

O dimensionamento do balcão de recepção deve levar em considera-

ção:

. O número de apaïtamentos do hotel.

. O padrão do hotel, em teÍmos da qualidade de serviços pretendida.

. A distribuição das chegadas e partidas de hóspedes, particularmenteos períodos de pico.

. A presença de grupos.

. O tempo médio de permanência dos hóspedes.

. Os equipamentos a serem utilizados.

O balcão de recepção deve ter aproximadamente 1,05 metro de altura.

Observando que cada caso requer consideraçào das particularidades do hotel,Walter A. Rutes e Richard H. Penner recomendam módulos de 1,80 metro paÍaregistro e caixa, sendo dois módulos para os primeiros 150 apaftamerÍos, mais

um módulo para cada cem apartamentos adicionais, além de um posto deinformações e coffespondência paru cada seiscentos quartos ou fração.'r

Para Fred Lawson, em hotéis que possuem entre cem e duzentos aparta-mentos, são necessâriasuma ou duas posições de atendimento païa o registrode hóspedes (cbeck-in) e outas tantas p^ra a liberação na saída (cbeck-out).

Em hotéis maiores, o número de posições pode mais do que dobrar. Os

17 S7. A. Rutes e R. H. Penner, IJotel Planning and Design (Nova York: 'líhitney Library of Design/'Watson-Gruptill Publications, 1985).

Page 55: Hotel Planejamento 3

220 HOTEL: PLANEJAMENTO E pROJEro

comprimentos típicos de balcão em relação ao número de apaftamentos, ain-da segundo Fred Lawson, seriam aproximadamente os indicados abaixo.ls

QUADRO 19

CoMPRTMENTO DE BALCÕES DE RECEPçÃO EM RELAçÃOAO NÚMERO DE APARTAMENTOS

fJúmero de apartamentosComprimento dos balcoes

Posições de atendi mento

De 100 a 1 50 De 200 a 250 De 300 a 4004,50 m 7,50 m 10,50 m

2-3 3-4 4-5

50

3mí1t-L

Para efeitc de comparaçã,o, no Rules G Regulations dos produtos sleepInn, comfort Inn e Quality Inn, a cadeia choice estabelece o comprimentomínimo de 3,60 metros paru hotéis de até 720 apartamentos, com acréscimode cerca de 0,30 metro para cada dez apartamentos adicionais, até o limitemáximo de 6 metros.

A ilustração que segue apresenta uma seção típica de balcão de recep-

ção e área de trabalho associada.

supofte parã teclado

Corte 1

EscaninhosCorte 2

lmpressora e armário de papel

Corte 3

Posição de computador e gavetas

ffiBares e restaurantes

Os hotéis costumam ser definidos como estabelecimentos públicos queoferecem dois serviços básicos: acomodação e alimentaçã"o. Ainda que servi-

ços completos de alimentação possam não existir, algum tipo de alimento ebebida é, a rigor, oferecido aos hóspedes.

Hotéis econômicos podem limitar os serviços de alimentos e bebidas aitens como café da manhá,lanches ou até mesmo a uma simples máquina devenda de sanduíches e bebidas.

" Fred Lawson, Hotel and Resorts: Planning, Design and ReÍurbisbment (.Oxford: The ArchitecturalPress, 1995).

Í,-l ?ï

Vèzio

Page 56: Hotel Planejamento 3

o PROJETO 221

O mais comum, no entanto é haver pelo menos um restalÌÍante à dispo-

sição dos hóspedes e do público externo. Muitos hotéis com elevado número

de apafiamentos, de padrão médio e superior, dispõem de mais de um restau-

rante como forma de reter os hóspedes e freqüentadores de eventos nas

dependências do hotel por mais tempo. Além do mais, esse negócio, se bem

administrado, pode ser rentável. De qualquer forma, pode ser mais interessan-

te ao hotel ter um número maior de restaurantes pequenos do que um únicoÍestaurante com muitos lugares. Com mais restaurantes é possível oferecer

variedade de cardâpios em ambientes com interiores diversificados, proporci-

onando alternaLiva.s aos hóspedes e demais usuários potenciais.

Pata o serviço de café da manhã'e em attiurente específico, no coffee

shop ou no único festaurante do hotel, o número de assentos deve ser

dimensionado com base no número de apartamentos e no número médio de

ocupantes pot apartamento. Adotando-se a taxa média de ocupação do hotel

de 70 por cento, o número de assentosparao café damanhá deve ser deter-

minado considerando-se que um terço do total de hóspedes apurado deve

poder ser atendido simultaneamente

Para hotéis de cidade, com predominância de executivos, o númetomédio de ocupantes poÍ apartamento é da ordem de 7,2 pessoa. Em hotéis de

lazer, em que é comum a freqüência de grupos familiares, esse número pode

chegar a2eaï.é mais.

A área necessária para acomodar determinado número de assentos va-

ria, entre outras tazões, com a forma do ambiente, com o tipo de mobiliário a

ser usado e com o padrão de conforto pretendido (espaços para circulação).

Para efeito de estimativa preliminar de ârea pode-se considerar uma variação

entre I,2 e 1,8 metro quadrado de área de sala por pessoa (de coffee sbop a

restaurante de luxo)) com média em torno de 7,5 metro quadrado.

Áreas de eventos

Áreas de eventos são cada vez mais importantes como instrumento de

captaçáo de hóspedes. A disponibilidade de áreas apropriadas pta reuniões,

exposições, festas e outros tipos de eventos proporciona ao hotel condiçòes

vantajosas no mercado hoteleiro, aúaindo, além dos eventos propriamente

ditos, também os hóspedes relacionados com esses eventos.

O quadro 20 apresenta as âreas de eventos disponíveis e outrosparâmetros em vários hotéis brasileiros.

'e Em muitos países, como os Estados Unidos, a diâria não inclui o café da manhã. Nesse caso, o

cálculo do número de assentos para esse tipo de serviço obedece a outlos parâmetros, dependen-

do de alternativas disponíveis aos hóspedes fora das dependências do hotel.

Page 57: Hotel Planejamento 3

222 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETo

É importante obsetwar que não hâ relaçáo constante entre o número deapafiamentos e as ãreas de eventos. Estas vaúam de r,79 metro quadrado porapaïtamerrto no Meridien de Copacabana, que tem 496 apattamentos, a 1.0,75

metros quadrados por apartamento no Hotel carirnã, de Foz do Iguaçu, com478 apartamentos. Outros exemplos da inexistência de relaçáo entre o núme-ro de apartamentos e as ãreas de eventos podem ser verificados nos hotéisPark Hotel Atibaia e Hotel Estância Barra Bonita, com 108 e 752 apartamentose 7,71. e 7,80 metros quadrados de âreas de eventos por apaftamento, respec-tivamente. São extremos os casos dos hotéis carimá, de Foz do Iguaçu eMonte Real, de Lindóia.

Apenas em hotéis muito afastados, onde não hâ alternativas de hospe-dagem, o número de apafiamentos deve ser suficiente pata acomodar umnúmero de pessoas correspondente à capactdade das âreas de eventos.

As áreas de eventos devem ser planejadas a partir da previsão de alter-nativas de uttlização. As salas e os salões devem ser dispostos de modo queseja possível agrupâ-los para criar um único espaço amplo e livre de obstácu-Ìos, quando necessário, para acomodar um evento maior. Isso se faz comdivisórias móveis.

com relação ao foyer e aos índices de ocupação de salas e salões, as

variações que se verificam entre os hotéis apresentados no quadro 20 sáomenos discrepantes.

As áreas do foyer variam entre 73 e 50 por cento das respectivas âreasde eventos. A recomendação é que as âreas de foyer coffespondam a algoentre 20 e 40 por cento da ãrea de salas e -salões.

Quanto à capactdade das salas e dos salões, os índices de metro quadra-do por pessoa são bastante próximos em todos os hotéis, em cada um dostipos de ocupação possíveis. Os índices médios de ocupação recomendadossão apresentados a seguir, mas eles podem sofrer pequenas variações, depen-dendo da configuruçáo dos espaços em planta p^rai

. Recepção: 0,7 a 0,8 metro quadrado por pessoa.

. Auditório 0,7 a 0,9 metro quadrado poÍ assento.o Banquetes: 1 a 7,3 metro quadrado por assento.. Sala de aula:1,3 metro quadrado por assento.

O mobiliário básico das salas e dos salões de eventos. cue deverãoutilizar o depósito de móveis, compõe-se de:

' Mesas dobráveis, com rodas e empilháveis, nas dimensões aproximadas de46 x 244 centímetÍo s, para diferentes tipos de eventos (reuniões de gmpos,seminários, aulas, conferências, etc.).

Page 58: Hotel Planejamento 3

O PROJETO \ .

QUADRO 20

AREAs DE EVENToS rnn HorÉrs BRAsrLEtRos

223

Hotéis Número deaptos.

Área de Área deeventos eventos(mt) /número

deaptos.(m')

Área de índices de ocupação por pessoa /foyerl assento (m'z)

área deeventos(%)

G

oô3--,õ=l!4.ãYor3;Fcx==:V)Nõú.

Grande Hotel Campos do Jordãoa:mn^<.{n lnrrlãn (P

95 846 8,90 1,09

Park Hotel AtibaiaAtibaia, SP

287,80843108 noq

Grande Hotel São Pedro

Aguas oe )ao Peoro, )r,110 975 8,80 18 1,06

Parque BalneárioSantos, SP

119 aJ qÁ 1,47

DevilleCuritiba, PR

126 279 3,48 50 0,91

Hotel do Frade & Golf Resort

Angra dos Reìs, RJ

41131 665 4,71 1,04 1,77 1,92

Grand Hotel Rayon

Curitiba, PR

1.070 7,87 1,03 1,40136 0,98

Hotel Estância Barra BonitaBarra Bonita, SP

1 .173 7 ,71 1,05 0,86 1.67152

Deville

Marìngá, PR

158 392 2.48 14 0,80

Caesar Park

5ão Paulo. SP

170 731 4?O IJ 1.02 1 ,18 1.26 1,91

Mar HotelReciÍe, PE

4,88207 1.009 0,86 0,82 1,22 1,39

Caesar Pârk

Rio de Janeiro, RJ

221 549 )4R 1,04 104 1,73

Rafain Palace HotelFoz do lguaçu, PR

224 6.079 31 0,85 0,71 1,40

Monte Real

Lindóia, SP

245 5.97 3 24,37 \A 0,98

Brasilton Sáo Paulo

São Paulo, SP

'1 .09C 4,36250 21 0,87 1,10 1,26 2,20

Tropical Bahia

Salvador, BA

275 1.232 4,48 13 1,10 1,38 1.500.66

Caesar Park

Cabo de Sto. Agostinho, PE

1.244 4,62 to 0,16 1,26 1,29300

Manhattan Plaza

Brasília, DF

314 932 2,96 0,73 1,A7 1,47

Deville HoielGuarulhos, SP

1.258 3,93 0,70 0,70 1,0320 36 1,5

Club Med ltaparicaItaparica, BA

325 1.340 6,33 30 1,03 1,34 1,60

Page 59: Hotel Planejamento 3

224

QUADRO 20

AREAs DE EVENTos ru HorÉts BRAstLEtRos (coNT.)

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Hotéis Número de Área de Área de Área deaptos. eventos eventos foyerl

(mt) /número área dede eventosaptos. (%)(m')

Indices de ocupação por pessoa /assento (m2)

5ão Paulo Hilton5ão Paulo, 5P

1.258 ì ì1 1,300,670,810,54

Kubitschek Plaza

Brasíìia, DF

|.332 068 1.37a A)

Transamérica São Paulo

São Paulo. SP

3.461 8,60 1l ì,0.l 0,98 1 ,71

Maksoud Plaza

5áo Paulo, SP

20416 1.802 ìqq

CarimãFoz do lguaçu, PR

418 4.497 10,7 s 0,12 0,82 1,25

Renaissa nce

Sáo Paulo. SP

AC1 2.562 0,58 0,63 0,88 1,17

Le MeridienRio de Janeiro, RJ

179496

Sheraton Rio Hotel & Towers

Rio de Janeiro , R.l

1,54\,10,64 0,76561 I to/

Fonte: Dados básicos sistematizados a partir do Guia hotel& convenções /998, edição do 1"

semestre, e folhetos dos hotéis.

' Mesas dobráveis, com rodas e empilháveis, redondas, com diâmetro de r,5zmetro, païa dez lugares, parabanquetes.

. Cadeiras empilháveis com estrutura de aço.

I nsta lações sanitárias

O número de bacias, mictórios e lavatórios nas âreas públicas do hoteldevem seÍ deteÍminados com base na legislação de cadalocal e na quantida-de de pessoas previstas em c da uma dessas áreas.

O código de obras e edificações do município de São Paulo, por exem-plo, estabelece:

. Em locais de reunião, são exigidos uma bacia e um lavatório paracada cinqüenta pessoas e instalações sanitárias separadas para ho-mens e mulheres, sempre que o número de pessoas for maior quevinte. Nas instalações sanitârias masculinas, 50 por cento das baciaspodem ser substituídas por mictórios.

Page 60: Hotel Planejamento 3

o PROJETO 225

. Em outros locais públicos, são exigidos uma bacia e um lavatório para

cada vinte pessoas.

O código refere-se ao total de aparelhos sanitários colocados à disposi-

ção dos freqüentadores dos diversos setores do hotel. No projeto, é necessá-

rio distribuir convenientemente essas peças pelos diferentes sanitários, que

devem estar estíategicamente localizados.

É importante prever em todas as âreas sociais do hotel, públicas ou não,

instalações santtârras adequadas a pessoas portadoras de deficiências físicas,

conforme a NBR 9050, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

ADMTNTSTRAçÃO

Em geral, a administnçáo do hotel requer âreas para os seguintes gru-

pos operacionais:

. Recepção, que compreende, além do balcão de recepção, escritórios

de apoio paÍa o gerente de recepção, Íeservas, contabilidade, cofre e

depósito de bagagens.. Gerência, que compreende recepção e espera de hóspedes e visitan-

tes, secretaria da administração, salas pata as gerências geral, de ali-

mentos e bebidas, de marketing e outras, dependendo do porte e da

estmtura administrativa do hotel.. Contabilidade geral, próxima ou não da recepção.

' Compras.. Central de segurança, som, TV.. Administraçáo de pessoal, ambulatório, salas de treinamento de em-

pregados.. Engenharia e manutenção.

As áreas administrativas podem estar reunidas em um único local, o que

acontece com muita freqüência em hotéis de pequeno porte, ou podem ser

divididas em grupos operacionais em diferentes partes do edifício do hotel,

atendendo, em cada caso, a requisitos funcionais e a caÍacterísticas do projeto.

O tamanho das âreas administratlas vaúa de hotel para hotel, em fun-

çáo da quantidade de apartamentos, do padrão do empreendimento e da

estÍutura administratwa adotada. Ele corresponde a algo entre 0,5 e 2 metros

quadrados por apart^mento (ver quadro 7J, pâgrna 204).

'o NBR 9O5A- "Acessibilidade de pessoas portadoras de deíiciências a edificações, espaço, mobiliá-

rio e equipamentos urbanos".

Page 61: Hotel Planejamento 3

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

AREAS DE SERVIçO

As áreas de serwiço variarn rnuito em função do tipo, do tamanho e dalocaltzaçao do hotel. Em hotéis afastados, como os resorts, são necessáriasâteas maiores para estocagem. Deve haver também sewiços de manutenÇão elavanderia próprios. As áreas de serviço incluem:

. Instalações païa empregados.

. Area de recebimento.

. j\rmazenagem de alimentos e bebidas.

. Preparo de alimentos.

. Almoxarifados.

. Lavanderia e goverrrança.

' Engenharia e manutenção.

Instalações de em pregados

As instalações para empregados ocupam uma paÍte significativa das áreasde serviço dos hotéis. Embora em estabelecimentos pequenos e./ou de padráoinferior elas possarÌ ser bastante limitadas, em hotéis maiores e de padrãoelêvado são muito importante s paÍa a obtenção do desempenho operacionalnecessário. Em hotéis afastados pode ser necessário prover habitações paratodos os empregados ou paraparte deles.

Em geral, as instalações para empregados compreendem:

. Sala para controle e revista.

. Sanitários e vestiário de empregados do sexo rrìasculino.

. Sanitários e vestiário de empregados do sexo feminino.

. Refeitório.

. Sala de descanso e lazer.

. Sala de treinamento.

Sala para controle e revista

Trata-se de espaço coberto e fechado, passagem obrigatórra na entradae na saída de funcionários, com área suficiente para acomodar uma ou maisposições de trabalho (mesa, cadeira, telefone, terminal de computador, etc.),dependendo do tamanho do hotel. Nela fica o pessoal encarregado de segu-Íanç e controle.

Sanitários e vestiários de empregados

O número de empregados varia significativamente com o tamanho e

com o padrã.o do hotei. Em hotéis de padrão econômico, com serviços limita-

Page 62: Hotel Planejamento 3

o PROJETO 227

clos, esse núrnelo pode chegar ao mínitno de 0,35 empregados por apaïta-

mento. Em hotéis de padrão muito elevado, o número de empregados poraparïamento chega a dois ou a até mais, em casos especiais em que os servi-

ços são muito diversificados (como por exemplo, os resorts). Os números que

se verificam com mais freqüência em hotéis de padrão médio a alto situatn-se,

respectivamente, entre 0,8 e 7,2 empregado por apartamento.

O núrmero de aparelhos (chuveiros, bacias, lavatórios e mictórios) deve

obseLvar, em cada caso, a legislação local. Cabe lembrar que todos os chuvei-

ros exigidos devern, necessariamente, localizarse nos vestiários. As demais

peças devem ser distlibuídas entre os vestiários e os sanitários localizados nos

diferentes setores de serviço do hotel.

Os vestiários devern conter:

. Armários para aproxirnadamente 90 por cento dos funcionários, uma

vez que, com exceção das gerências e de outras poucas funções, to-

dos os empregados usam uniforme.". Chuveiros, de acordo com a legislaçãc.1parl:' aproximadamente 54 por

cento dos empregados (60 por cento do pessoal uniformizado no

maior turno de serviço).. Bacias em quanticlade mínima equivalente à metade do número de

chuveiros.. Lavatórios em quantidade equivalente ao nútnero de chuveiros no ves-

tiário masculino e a uma vez e meia o número de chuveiros no vestiário

fcminino.

Com base nesses parâmetro s, a írea de vestiários, com armários paru )Opor cento dos funcionários, varia aproximadamente entre 0,35 e 0,50 metroquadrado pat apafialTrentc, cabendo ao vestiário feminino cerca de 55 porcento do total.

Refeitório

Praticamente todos os empregados se utilizam do refeitório. Excetuam-

se apenas os geÍentes e demais empregados da alta admtnistração, que nor-malmente freqüentam os restaurantes do hotel.

O refeitório deve ser dimensionado pxa aproximadamente 60 por cento

do total de empregados (turno de maior concentraçao-), que se revezam em

seis grupos no refeitório. Sua áree, incluídas as instalações de serviço corres-

pondentes à distribuição de refeições (que são preparadas na cozinha centrai

Dependendo da solução adotada para a guarda e a distribr.rição dos uniforrnes, não são neces-

sírrios anlários nos vestiários.

Page 63: Hotel Planejamento 3

228 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

ou principal) e à higienização de louças, talheres e panelas, é de aproximada-mente 0,25 metro quadrado por

^partamento.Sala de descanso e lazer

As áreas intelnas de descanso e lazer consistem em um espaço equipa-do para acolher com conforto os empregados nos seus momentos de folga.

Além de cadeiras e poltronas, esse espaço deve comporÍer aparelhos de som,

vídeo e mesas para jogos de salão.

O número de empregados que ocupam simultaneamente esse espaço

pode ser estimado em cerca de 15 a 20 por cento dos empregados no turnode maior concentração, ou seja, da ordem de 10 a 12 por cento do númerototal de empregados do hotel.

Adotando-se como razoâvel o índice médio de2,5 metÍos quadrados de

ârea por ocupante, a ârea da sala destinada aos elnpregados deve ser de 0,25

a 0,35 metro quadrado por apartamento.

Area de recebimento e triagem

Area de recebimentcr

A ârea de recebimento compreende:

. Área de estacionamento e manobra de caminhões ou uóLns.

. Plataforma de descarga de gêneros alimentícios e outros produtos de

LÌso no hotel.. Escritório de controle.. Compartimento de lixo seco.. Càmaras frigoríficas de lixo úmido.. .&rea exclusiva de triagem e controle de recebimento de gêneros ali-

mentícios.. Depósito de vasilhames.

É necessária a separaçáo da ârea de recebimento propriamente drta da

ârea de lixo. Quando isso não for possível, deve-se pelo menos evitar o cïttza-

mento do fluxo de alimentos que entram com o do iixo que é despachado.

No dimensionamento preliminar da ârea de recebimento podem ser

adotados os valores apresentados no quadro 21. Esses valores equivalem à

necessidade média de ârea para o adequado desempenho das atividades nes-

se setor do hotel, admitindo-se uma área de 27 n2 (3 m x 9 m)" para os

tt Os maiores veículos de serwiço considerados são os de tamanho médio, com cotnpritnento de

aproximadamente B metlos. As áreas de estacionarnento dos veículos de serviço devetn ser parciai

ou totalmente cobertas.

Page 64: Hotel Planejamento 3

o PROJETO 229

veículos de serwiço de carga e descarga e a correspondente ârea da plataforma

de p m2, ou seja, frente de 3 m, com profundidade aploximada de 3m.

QUADRO 21

AREA DË RECEBIMENTO

Padrão do hotel Número de apartamentos

60 a 100 100 a 200 200 a 500

Econômico36 m2

r vogo

72 m2

2 vagas

Medio36 m2

r vcgo

72 mz

2 vagas

108 m2

3 vagas

Superior

Area de triagemA, ârea de triagem, onde se procede à pré-higienizaçáo dos alimentos

que chegam ao hotel, deve sel adicionadaà ârea da plataforma de recebirnen-

to, correspondendo de 50 a 60 por cento da ârea da mesma.

QUADRO22AREA DE TRIAGEM

Padrão do hotel Número de apartamentos

36m2a72m21 a 2 vagas

72 a 108 m2

? : ? v:nr<108 a 144 m2ì ^ /.,-^^^J d + vdgds

60 a 100 100 a 200 200 a 500

Econômico 4,5 a 5,5 mz 9a11m2

4,5 a 5,5 m2 9a11 m2 13,5 a 16,5 m2

Superior 9a11m2 13,5 a 16.5 m2 18 a 22 m2

Armazenagem de alimentos e bebidas

Assim como as áreas de preparo, as âteas de armazenagem de alimentos

e bebidas variam coü1 o tipo e o padrão do hotel e, principalmente, Com os

serviços oferecidos e com sua localizaçáo, além de atender a critérios

operacionais específicos.

Page 65: Hotel Planejamento 3

230 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Rutes e Penner e David Lord Tuch indicam alguns parâmetros para as

etapas de planejamento e projeto. confolme Rutes e Penner, as âreas de ar-mazen gem de alimentos e bebidas ocupam de 30 a 50 por cento da ârea dacozinha central. o pzrrâmetro de 50 por cento é sugerido em publicação doSENAC.'J

O quadro 23 apresenta a distribuição percentual das diversas partes deque se compõe a área de armazenagem de alirnentos e bebidas, conformeconsta nas duas publicações mencionadas.

Preparo de alimentos

A ârea de pi'eparo de alimentos deve ser planejada com cuidado, demodo que ofereça o máximo de eficiência nos objetivos pretendidos, com omínimo de investimentos em áreas e equipamentos e o mínimo de consnmode energia e nrão-de-obra.

Essa área deve ser tão compacta quanto possível. O ideal é que fiqueposicionado em um único andar tudo o que se relaciona com a produção e adistribuição de alirnentos: as á.reas de recebimento e aÍmazen gem, a cozinha,os restaurantes e a" área de eventos.

QUADRO 23

DrsTRrBUrçÃO ORS ÁnrnS DË ARMAZENAGÊM DE AL|MENTOS E BEBIDAS

Tipos de armazenagem Distribuição percentual

Hotel Plannìng and Design DÌmensionamento das áreasde um hotel

35Yo

Alimentos ref rì gerados(câmaras frias)

25% 25o/o

Alimentos congelados 5o/ol0olo

15%15%Bebrdas

Bebrdas refrìgeradas 5% 5%

UtensÍìios ( louças, prataria,papéis, etc.)

15% 15%

100o/o 1 00%

'r David Lord Tuch. Dimensionamento clcr.s írreas de um botel (São Par-rlo: SENAC, 1994)

Page 66: Hotel Planejamento 3

O PROJETO 231

O dirnensionamento da ãrea necessária às cozinhas e à armazenagemde alimentos e bebidas depende basicamente:

. Do número de refeições a serem seryiclas,

. Da diversidade e da complexidade do cardápio.

. Do esquema e da freqüência de abastecimento.

' Do sistema operacional adotado (com preparação imediatarnente an-tes de servir ou com preparaçáo antecipada).

Apesar dessas variâveis, algumas publicações sugereln números básicospara as etapas preliminares de planejamento e projeto.

Rutes2a sugere, païa a cozinha central, a soma das seguintes áreas:

. 0,6 metro quadrado por número de assentos nos restaurantes.25

. 0,2 metro quadlado por número de assentos nas áreas de eventos, naconfiguração par a banquetes.'6

. 0,1 metro quadrado por número de assentos em áreas de estar comserviço de alimentos e bebidas.

. 0,1 metro quadlado por número de apartamentos e suítes.

Quando hâ, além da cozinha central, outras cozinhas terrninais, estas

deverão ter áreas estimadas de 0,20 a 0,30 metro quadrado por assento nosrespectivos restaurantes e de 0,L5 a 0,20 metro quadrado por assento em salas

de banquetes.David Lord Tuch27 sugere outros parâmetros para dimensionamento dos

diferentes tipos de cozinha:

Tipo de Cozinha Parâmetros de Dimensiclnamento

Principal + cozinhas terminais dos 30% da área dos restaurantesrestaurantes (de luxo e de especialidades)

Para coffee shop 25o/o da área de coffee shoo

p:r: hannrroroç 20% da área das salas de reunião e

salão principal

Para restaurante de cobertura 20o/o da área do restaurante

Para boate 20% da área da boate

Central (única) Soma das cozinhas anteriores

I $(/. A. Rutes e R. H. Penner, op, cit.

" Ern l-rotéis afastados é mais adequado 0,8 metro quadrado.

'o Em áreas de eventos maiores, com pelo menos 1 mil assentos na configuração de banquetes,recornenda-se reduzir esse número para 0,15 metro quadrado.

" David Lord Tuch. oD. cít.

Page 67: Hotel Planejamento 3

232 HOTEL: pLANEJAMENTO E PROJETO

Ainda seÉÌundo David Lord Tuch, a âtea de preparação de alimentos ebebidas corresponde de 2% a 4% da ârea total do hotel, aproximadamente.

Almoxarifado

As áreas destinadas pxa o almoxar"ifado dependem fundamentalmente doscritérios adotados pelo operador. São baseados no núrnero de itens e no períodode estocagem cletenninado. Considera-se, païa dimensionamentos preliminares,ulna area aproximada de 0,30 a 0,35 metro quadrado por apartamento.

Lavanderia

São atividades exercidas na lavanderia: o recebimento e a triagem deÍoupas sujas, alavagem, a secagem, a calandragem e o acabamento.

Essas atividades são essenciais para o hotel. Podem ser realizadas emâteas incorporadas ou nào ao corpo principal do hotel ou ser terceirizadas.Quando a Tavanderia pertence ao hotel, seu tamanho pode ser preliminar-mente estimado com base nos parâmetros indicados no quadro IJ (pâgina200), em função do padrão e do porte do hotel.

Esses núrteros baseiam-se na quantidade média de roupa lavada diaria-mente nos hotéis: 5 quilos nos hotéis de padrão econômico, em que a trocada roupa do quarto se dâ a cada três dias; 8 quilos nos hotéis de padrãomédio, que têm troca da roupa de quarto a cada dois dias, e de 10 a 15 quilosnos hotéis de padrã.o superior, onde a roupa é trocada diariamente.

É irnportante observar tambérn que esses números são genéricos e so-frem variações em função de outras características do hotel, como o nú6erode restaurantes ou a dimensão da ârea de eventos. Outro fator que influi nodimensionamento da ârea de lavanderia é o nÍrmero de horas de funciona-mento por dia. Em geral, os números apresentados se baseiam num períodode frrncionamento de 72 horas por dia, que é a situação que melhor atende afatores colrÌo modulalidade dos equipamentos, utilização de mão-de-obra eocupação do hotel.

Page 68: Hotel Planejamento 3

O PROJETO

QUADRO 24

AREAS ESTIMADAS DE LAVANDERIA*

Padrão Número de apartamentos

60 a 100 100 a 200 200 a 500

Econômico 40a60m2 70 a 120 m2

Médio 50a70m2 100 a 200 m'z 250 a 400 m'?

Superior 70 a 100 m2 150 a 250 m2 300 a 500 m'z

+ Não inciui o processamento da roupa de hóspedes.

Governança

A ârea de governança inclui:

. Sala da chefia.

. Despacho, que centraliza e controla as informações sobre os aparta-

mentos.. Almoxarifado de materiais de Iimpeza, com espaço para o estaciona-

mento dos respectivos carros.. Almoxarifado de produtos de higiene pessoal e correlatos.. Rouparia, ou seja, depósito de roupa limpa proveniente dalavanderia.. Posto avançado de uniformes,localizado próximo aos vestiários.

As áreas destinadas à governança podem ser preliminarmente estimadas

com base nos parâmetros adotados a seguir.

QUADRO 25

AREAS ESTIMADAS PARA A GOVERNANçA

Padrão Número de apartamentos

60 a 100 100 a 200 200 a 500

Econômico JU M' 60 m2

Médio 35 m2 100 m2 200 m2

Superior 50 m2 125 m2 250 m2

Page 69: Hotel Planejamento 3

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Page 70: Hotel Planejamento 3
Page 71: Hotel Planejamento 3

236 HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

o desenvolvimento do projeto de um hotel deve sempre passar poruma avaliação de custos. Isso significa que em cada fase do projeto (estudospreliminares, anteprojeto e projetos executivos) deverâ ser feita uma estimati-va de custo e, em uma fase mais avançada, um orçamento detalhado dasobras civis, das instalações, dos equipamentos e do enxoval do hotel.

Essa é a fotrn mais segura de o investidor acompanhar o desenvolvi-mento do empreendimento em todas as suas fases e permitir tomadas dedecisão durante a execução das obras e a montagem do hotel.

A seguir é apresentado um quadro com os custos aproximados de hotéisde diferentes padrões paÍa as diferentes regiões do Brasil. Esses custos, comexceção do custo do terreno, abrangem projetos de arquitetura e engenharia,remuneraçáo da construtora, obras de infra-estrutuÍa, obras civis, instalações eequipamentos, equipamentos hoteleiros (cozinha,lavand,eria, etc.), mobiliá_rio, utensílios e enxoval.

QUADRO 26

CUSTOS APROXIMADOS DOS HOTÉIS NO BRASIL

Região Padrões dehotel

Preço por m, (US$) Preço por módulo (US$)

Máximo Mínimo Máximo Mínimo

Norte 9401.2602.O20

7301 .0701.760

ECONÔMICOMËDIOSUPERIOR

50.00063.000

181 .000

34.00053.500

158.400

Nordeste ECONÔMICOMÉDIoSUPERIOR

40.00050.000

153.000

28.50044.500

125.000

7501.0001.700

610890

1.390

Centro-Oeste ECONôMICOMÉDIoí-lprRtoR

7501.0001.640

560820

1.390

40.00050.000

147.600

26.50041.000

1 25.1 00

Sudeste ECONÔMICOMÉDIOSUPERIOR

45.50057.000

1 63 .800

30.50047.500

141 .300

8501.1401.820

650950

1.570

Sul ECONÔMICO

MÉDIoSUPERIOR

8001.0701.760

610890

1 .510

48.50053.500

'158.400

28.50044.500

135.900

Observação:

Para efeito de cálculos. foram consideradas as seguintes áreas por módulos:EcoNôMtCo - 30 a 45 m, /móduloMÉDto - 45 a 65 m, /moduloSUPERIOR - 65 a 85 m, / modulo

Page 72: Hotel Planejamento 3

PARÂMETROS DE CUSTOS 237

O quadro 27 estabelece os percentuais de cada um dos itens que com-

põe o orçamento de um hotel, de acordo com o seu padrão (econômico,

médio e superior). Esses percentuais foram obtidos ^

partrr da compilação de

orçamentos de diversos hotéis, elaborados nestes últimos cinco anos.

Evidentemente, esses peÍcentuais podem vaúar em função de diversos

fatores como: dimensões e condições de topografia, dtenagem e geologia do

teÍreno, características do projeto de arquitetuÍa e estrutura, características do

clima dareglã.o, infra-estrutura (acessibilidade, redes de âgua, esgoto, energia

elétrica, comunicações), etc.

QUADRO2TDtSTRtBUtçÃO pTRCeTTUAL DE CUSTOS EM FUNçÃO DO PADRÃO DOS HOTÉIS

Discriminação Econômico (%) Médio (%) Superior (%)

Obras civis e instalações

Sondagens, testes e controletecnológìco, serviços preliminares,canteiro, acampamento, materiaise equipamentos de construção

4,41 4\A A?7

Trabalho em terra e fundaçoes ?ô qq 11,67 10,37

Estrutura 39,11 22,50 20,00

Alvenaria ìncluso no item"Acabamentos "

incluso no item" Acabamentos "

incluso no item" Acabamentos "

lmpermeabilização 0,29 O,BB oq4

Portas e ferragens incluso no item" Ar-condicionado

o vpntilarãn "

incluso no item "Ar- incluso no item "Ar-condicionado e condicionado e

ventilação " ventilação "

Divisorias e painéis 1 ,77 3,24 ì45

Caixilharia e vidros ìì5 57R

Acabamentos ^9111,42 12,16

Ar-condicionado e ventilaÇão 4,72 I,Bl 8,14

Instalaçóes elétricas ?d) 5.80 5q?

InstalaçÕes hidráulico-sanitárias 2,81 4,81 4,BB

Sistema de vapor e combustível nìR 0.92 0,7 4

Sistema de combate à incêndio n ql1 ,13 0,96

Escadas rolantes e elevadores 2,15 ?16 q7?

TOTAL 1orì qR 84,32 Xí íI

Page 73: Hotel Planejamento 3

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Discriminação Econômico (%) Médio (%) Superior (%)

Mobiliário, acessórios eequipamento hoteleiro

Câmaras frigoríficas e centralde frio

0,20 o45 0,48

Eouioamentos de cozinha 1,17 1qq

Eouioamentos de lavanderia 0,25 0,52 0,56

Sistemas eletrôniccs 2,36 4,11

Equipamento de segurança 0,08 0,22 0,24

Equipamento para saúde e

atendimento médico0,02 0,1 5 0,16

Equipamento de piscina incluso no item" Equipamento para

saúde e atendimentomédico "

incluso no item" Equipamento para

saúde e atendimentomédico "

incluso no item" Equipamento para

saúde e atendimentomédico "

Equipamentos e utilidades para

manutenção0,04 0,18 0,1 9

Equipamentos diversos 0,45 0,91 0,90

Enxoval, Iouças, vidros, cristaise prataria

1,41 2,52

Mobiliário 3,04 /oo

TOTAL 2 9,02 15,68 16,67

TOTAL GERAL (1 + 2) 100100100

Page 74: Hotel Planejamento 3

BIBLIOGRAFIA

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Page 75: Hotel Planejamento 3

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Page 76: Hotel Planejamento 3

ínunrce GEmL

BlbliCIgÍafia 247Ereve, histórico,(Unü, f6

'FlCItelarÍa ffr Brâsil (À), 20nefiniçao do prodrrto, Z6

Denlandae oferta" 28Elenretrffi crftienç na de.dsãei de imphntaeão de um hoüel, gI,Segrcento de nrerçado, ?9VÍabilidade çeo.n$qnico-firrafieeifa do cnpfeendit"ôeafq, 3.3

Inrrodu'ção- 13Localinção,36

,Esurdo de iocalizaçãa enr e*cala regío.naIo 58Estrrdc de loealïzaçãc, em,eceala urba.na, lp

Hotel central, 40Hotel de convençòes, 40

Hc&ql rle :selve, 40.Hotel econômieq 40Êtrxekl**Saor 41-

+ïcs.çre su hs.&t dq laxet 4Ogsnldo de -riabilidade parâterÍ€ilo específiea, 4í.

Parâmetros de custos, 240Froíers (oJ,88

Á$cac c'in$ala.çÕes do hsteÏ, 91Ãrex,a92

Ádnrialwr.açxo, ï43ÁLre.eç'4d4Snis:t-tdìY"4 1é7

e rnanutxlçãa, 1€Reeep$n;1,43

Ârca.de htlspâ&rgein, gà

ô,Êdêf{ipç,9?

Page 77: Hotel Planejamento 3

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Apartamento para pessoas portadoras de deficiências, 7L6Apartamento-tipo, 109

Area de serviço, 14!Acesso e instalações para empregados, 149

Área de equipamentos, 167

Área de recebimento e triagem, 150

Áreas recreativas, 162

Armazenagem de alimentos e bebidas, 153

Lavanderia / governança, 1,58

Preparo de alimentos, 153

Áreas públicas e sociais, 118

Área de eventos, 1J4

Bares e restatrantes, 1-24

Entrada principal e estacionamento, 118

Lobby,1.l9Sistemas e instalaçoes, I68

llumlnaÇao, ,toy

Iluminação de emergência, I7ONíveis de iluminaçào. 169

Sinabzaçáo de emergência e iluminação de segurança, I70Tipos de lâmpadas, 170

Instalações hidráu1ico-sa nitârias, 77 6

Sistema de âgua fna, 176

Sistema de âgua quente. 176

Sistema de esgoto sanitârro, 177

Internrptores e tomadas gerais de força, L70

Tomadas de 110 volts monofásicas, 171

Tomadas de 220 volts monofásicas, 171

Tomadas de 380 / 220 volts trifâsicas, 771,

Sistema de ar-condicionado e ventilação, 178

Sistema de proteção contra incêndios, 179

Brigada de combate a incêndios, 180

Hidrantes, sprinklers e extintores, 180

Pressurização das escadas de emergência, 180

Sistema de refrigeração, 180

Sistema de suprimento de energia e instalações elétricas, 168

Suprimento normaÌ, 168

Sistema de energia de emergência. 169

Sistema no-break, 169

Sistema de distribuição de energia eIétrica, 169

Sistemas eÌetrônicos, 171

Recepção deTY,173Sistema de controle de acesso e registro de ponto, 173

Sistema de detecção e alarme de incêndio, 174

Sistema de fechaduras eletrônicas, 175

Sistema de gerenciamento hoteleiro (botel nxa,na,gement system), 176

Sistema de projeção e tutdio, 173

Sistema de radiobusca - BlP, 172

Sistema de radiocomunicação - utalkie-talkie, L72

Sistema de relógios, 173

Sistema de sonorizaçio ambiente, 77 2

Sistema de supervisão e controle - SSC, 174

Page 78: Hotel Planejamento 3

íNDtcE GERAL

Sistema de supervisão e controle dos apartamentos - SSCA, 175

Sistema de tradução simultànea, 77 4

Sistema fechado de televisão - CFTV, 173Sistema informativo de TV, 175

Sistema telefônico, 171

Dimensionamento, 202Administraçào, 230Ãrea de serviço, 231

Nmoxaiïado,237Área de recebimento e triagem,233

Area de recebimento, 233

Área de tríagem,234Atmazenagem de alimentos e bebidas, 235Governança,238Instalações de empregados, 231

Refeit1río,233Sala de descanso e Iazer,233SaIa para controie e revista, 232Sanitários e vestiários de empregados,232

Lavanderia,23TPreparo de alimentos, 235

Diagramas de relações, 206Dimensionamento dos postos de serviço do andar de hospedagem,22I

Banheiro,222Hall de elevadores de sewiço,221Roupatia,221

Dimensões dos apartamentos, 210Dimensões dos corredores, 21.6

Elevadores de hóspedes e de serviço, 21!Hall de elevadores de hóspedes, 221

Número de elevadores, 219Número e Iargura de escadas, 216

Dimensionamento das áreas públicas e sociais,222Área de eve tos,225BaÌcão de recepção,223Bares e restaurantes, 224Instalações sanitáias, 230Lobby,222

Dimensionamento do andar-tipo de hospedagem, 205Configuração do andar, 205Número de apartamentos por andar,205

Dimensionam ento ger al, 202

Elaboração do programa, I87Tipos de hotel, 42

Classificação dos hotéis, 45Hotéis centais,46

Características do lobby, 55Características dos apartamentos, 56Estacionamento, 57LOCAÍZAÇAO,4/

Tamanho e diversidade das instalações, 51

243

Page 79: Hotel Planejamento 3

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETo

Hotéis de aeroporto, 6!Hotéis econômicos, 65

Caracteristicas do lobby, 68Características dos apartamentos, 68Estacionamento, 68Localização,66Tamanho e diversidade das instalações, 66

Hotéis não-centrais, 59Características do lobby, 63Características dos apartamentos, 63Estacionamento, 63LocaÌizaçào. 60Tamanho e diversidade das instalações, 62

Outros tipos de hotel, 82Hotéis de convenções, 85Hotéis de selva, 85

Hotéis-cassino, 86Hotéis-fazenda e pousadas, 82Hotéis-residências (aparr-hotéis e flats), g6

Navios, 87

Spas,85Resorts, T3

Page 80: Hotel Planejamento 3

FOTOS

Àcervo dos autoresp.174c,54b

American Hotels & Tbeir Restaur(rntsp. r37,145b

Cadernas brasileiros de arquüerura, na lgp.84a,23c,6I

Cancún e a ltenínsula de Yucatánp. /oa, /oD

Disefro de nueuos bofeles

p. 48, 80a,80b, 81, g3a, 710d,110c, 113

European Hotels & Tbeir Reilaurantsp.130a,131,744

FoÌder Hotel Ariaú Amazonp, 85

Folder Hotel Caesar Park, Buenos Airesp. 138b

Folder Hotel Caesar Park, Rio de JaneiroP.54a

Folder Hotel Devillep. 70

Folder Hotel Fazenda Arvoredop.82

Folder Hotel Glóriap.23a

Folder Hotel Le Catardp.a1

Folder Hotel Maksoud Plazap.53b

Folder Hotel Renaissance

p. 50, 129b,1.46

U

Page 81: Hotel Planejamento 3

FIOTEL: PLANEJAMENTO E PRO:TETÕ

Folder Hotel Transarnérica Comandatutnp.74

Folder Hotel Transamérica, Sào paulop. 138â

Folder L'Hotel, São paulo

P' 53a,l.JAbFolder Recanto das Toninhas

p. 83bFolder "Roteiros de charme'

p. B3a,84bGrande Hatel Sã0 pedro

p. 23b, 133b, 141a, f55, t64aHatel Faciliti:es - Neu) Concepts in Arcbitecture & Design

94b,99, l}t, 1n2, L05, LA7,114a,1I4b, IZAï, I35Ho el Renoua.tian - Planning and Desigrc

49,94Ã, I22, 123,128a, 128b,-J.2pa,7JZa,lj?-b,IS3a,16iga,76Jb., J.65a, 166bJanete Costa

p. I20aLArcbiïeçture religiease baraque au Brêsil

p. 20Pioneiras da botelaria na Ria de |aneirct

p.21,22Portfólio Racional Engenh:rria

p. 60Premíe:r Hatels & Resorts

2;4, 52,75,,78,79,93b, 110a, 110b, I20c, I2Ia, I24, I27a, I27b, I27c, 164b, 1,611t, I6,6a

Page 82: Hotel Planejamento 3

O setor hoteleiro tem-se revelado no-

tavelmente dinâmíco no país neste fim

de século. Não obstante isso, o livro que

a Editora SENAC 5áo Paulo agora lança é

o primeiro dedicado ao projeto e plane-

jamento de hotéis a resultar de um co-

nhecimento haurido n,o Brasil.

Uma obra indispensável para os que

se envolvem com a atividade hoteleira

em seu largo esp,ectro, que de muito ul-

trapassa a concep,çáo do edÍfícío.

Os autores são arquitetos, formad.os na

década de 60 pela Faculdade de Arquite-

tu'ra e Urban'ismo da USP Ad,s,u.iriram desde

então uma amp,la expe'riência profissional

ao trrabalhar em p'lanejamento e projetos

tanto para o setor público quanto para o

privado. Durante duas décadas, participa-

ram, na empresa Hidroservice, de proje-

tos de infra-estrutura dos mais importantes

para o Brasil: hidrelétricas, aeroportos,

rodovìas, planos regionaís e urbanos, cen-

trais de abastecime,nto, hotéis. Após vári-

os.anos d,e atuação conjunta, fundaram

em 1997 a NPW Arqu.itetos, que desen-

volve planejamento e projetos p.r.incipal-

mente na área h.oteleira. Nesse setor têm

prestado assessoria a empresas de ho-telaria

nacionais e multinacíonais. Criaram um

curso de planejamento e projetos de ho-

téis que a Fupam oferece há cinco anos e

atualmente participam da preparaçáo de

um curso de especialização em hoteis pela

Faap-Cenap.

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