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Edição de Lançamento, junho/05

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Page 1: Home Care Brasil
Page 2: Home Care Brasil

junho 2005 2

Page 3: Home Care Brasil

Junho 2005 3

Uma Nova Proposta

A revista Home Care Brasil que a 3D Edi-toração e Comunicação Integrada lança,

tem como propósito apresentar matérias técnico-

científicas voltadas especialmente para o setor de

atendimento médico domiciliar, que surge com o

objetivo de oferecer mais qualidade de vida às

pessoas, notadamente aos idosos.

Ao mesmo tempo, a Home Care Brasil publicará regularmente matérias de reconhecido

valor científico, que sirvam como fonte de con-

sulta para médicos, estudantes de medicina,

enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos,

nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos,

psiquiatras, farmacêuticos e outros profissio-

nais voltados para a área da saúde em todo

o País.

A revista Home Care Brasil é dirigida

também às empresas de home care, hospitais

particulares e da Rede Pública, casas de saúde,

fornecedores de material médico-hospitalar,

laboratórios, consultórios médicos, às autorida-

des e formadores de opinião, com distribuição

ainda nas Faculdades de Medicina, Enfermagem,

Nutrição, nos Conselhos Federal e Regionais de

Medicina, Enfermagem, Fonoaudiológia e nas

Secretarias de Saúde, Comissão de Seguridade

Social e Família, que são áreas prioritárias de

sua circulação.Elizabeth Schlecht Gomes

é diretora da 3D Editoração e Comunicação Integrada Ltda

é uma publicação registrada e editada pela

3D Editoração e Comunicação Integrada Ltda.

Diretor:

Elizabeth Schlecht (DRT JP - 25.099-RJ)

[email protected]

Assessor da Diretoria:

Jorge Gallindo Gomes (DRT JP - 23.963-RJ)

[email protected]

Departamento Comercial:

Andrea Matiazzo

[email protected]

Tel: (11) 9950-2667

REDAÇÃO

Editor

Miro Lopes (MTb JP 24.004-RJ / ABI 1362)

[email protected]

Conselho Científico:

Andrea Kacurin (RJ), Ione Leandro Queiroga (SP),

Márcia Gomes Braz (RJ), Josier Marques Vilar (RJ).

Redação, Publicidade e Administração:

3D Editoração e Comunicação Integrada Ltda

Rua da Conceição, 105 Sala 405 - Centro

Rio de Janeiro - RJ - Brasil - 20.051-011

Telefone/Fax: (21) 2233-2612

E-mail: [email protected]

Impressão: MCE Gráfica e Editora Ltda

Rua Paim Pamplona, 257 - Jacaré - RJ/RJ

Tel/Fax: (21) 2507-7371

A hOmE CARE BRAsIL é distribuida mensalmente por

mala-direta para empresas e profissionais de saúde. Os

conceitos emitidos em artigos assinados são de total

responsabilidade de seus autores.

Assinatura Anual: R$ 250,00

(12 edições)

Page 4: Home Care Brasil

junho 2005 4

EnfE

RMAG

EMEn

fERM

AGEM

Atendimento Domiciliar - Home Care: uma nova modalidade de assistência

Oenvelhecimento da popu-

lação brasileira tem sido

responsável por uma série

de mudanças em nossa socieda-

de, especialmente as de natureza

econômica, já que, atualmente,

9% da população tem mais de

60 anos, representando cerca de

16 milhões de consumidores de

serviços de saúde.

Esses novos consumidores,

muitas vezes vorazes, de serviços

de saúde, devido a habitualidade

de procurarem assistência médi-

co - hospitalar e a hospitalização,

como fonte de solução para suas

demandas de saúde, passam,

com essa utilização descontro-

lada, a gerar dificuldades no

controle e financiamento dos

gastos com a assistência à saúde

de nossa população, principal-

mente quando consideramos a

estimativa de que a população

com mais de 60 anos, prevalen-

temente aposentada e inativa,

utilize 6 vezes mais os serviços

de saúde que a população eco-

nomicamente ativa.

Para se ter uma idéia, o custo

crescente da assistência gera-

do pela equivocada cultura da

hospitalização, como porta de

entrada do sistema de saúde, e

pelo incremento nos custos de in-

vestigação diagnóstica decorrentes

do surgimento continuado de novas

tecnologias, fez com que, nos últimos

anos, a inflação médica acumulada

no período de 1984 a 1990, medida

em dólar, atingisse 154% contra 53%

da inflação geral do mesmo período,

segundo trabalho do Profº Dr. André

César Médice, divulgado pela Escola

Paulista de Medicina.

Dessa forma, podemos constatar

que o segmento SAÚDE vem exigin-

do novos modelos de atenção, pois

o foco do atendimento está mais

intensamente voltado para a assis-

tência médico-hospitalar e não para

a promoção da saúde. Verificamos

que, os programas de prevenção e

controle, que poderiam gerar uma

redução nos custos assistenciais e

um incremento de qualidade na

atenção a nossa população, ainda

são muito inexpressivos em nosso

meio, gerando um aumento da de-

manda de atendimento hospitalar,

principalmente na faixa etária acima

de 60 anos.

É dentro dessa visão, que o mo-

delo de hospitalização como porta

de entrada do sistema de saúde no

Brasil vem sendo repensado, e nesse

sentido, há aproximadamente 15

anos, vem surgindo uma alternativa

que atende a estas necessidades – o

Atendimento Domiciliar – também

denominado “Home Health Care”.

Trata-se de um novo modelo de

assistência, direcionado ao domicílio,

que envolve profissionais especializa-

dos, e que vem se revelando como

uma tendência mundial de um modelo

alternativo e complementar ao mode-

lo hospitalar atualmente prevalente.

Através deste programa, é dire-

cionado para a residência do pacien-

te todo o aparato utilizado no trata-

mento clínico de um grande número

de doenças, que não necessitam

obrigatoriamente de hospitais para

seu acompanhamento, permitindo-

se assim, entre outras vantagens,

uma significativa redução nos custos

da assistência.

Além do benefício, freqüente-

mente observado, da diminuição

dos custos da assistência domiciliar, é

possível se observar que o ambiente

familiar melhora de forma indiscutí-

vel a capacidade de recuperação do

paciente, em especial as crianças

e os pacientes de faixa etária mais

avançada, que percebem o domi-

cílio como o seu ambiente natural

e muito se deprimem quando dele

se afastam para tratamento de suas

enfermidades.

Fica claro assim, que num país

Page 5: Home Care Brasil

Junho 2005 5

como o Brasil, de formação e forte

influência religiosa, o tratamento de

enfermidades em seu núcleo familiar,

independentemente dos benefícios de

natureza econômica, passa a ser um

fator extremamente benéfico e facil-

mente tangível para nossa população.

Estágio Atual do Home Care no Brasil

As diferenças culturais, o baixo

poder aquisitivo da população e a

necessidade de se quebrar paradig-

mas da hospitalização, provocando

mudanças de comportamento pro-

fissional, aliado a falta de norma-

tização específica desta atividade,

dificultam a implementação deste

modelo de atendimento em nosso

meio.

A prestação de serviços nesta

área é extremamente complexa,

pois além da já citada falta de nor-

matização específica, temos de um

lado, um usuário acostumado com

a cultura hospitalar, onde a assis-

tência tende a não se desenvolver

com vistas a relação custo versus

efetividade. E de outro lado, temos

as fontes pagadoras, que estão dian-

te de custos incrivelmente elevados

e com grandes dificuldades em ge-

renciá-los, principalmente após as

mudanças na regulamentação dos

planos de saúde.

Diante desse cenário, abriu-se um

grande nicho de mercado voltado

para a assistência domiciliar e, no

decorrer dos últimos anos, muitas

empresas privadas de home care

surgiram, bem como iniciativas iso-

ladas de alguns setores públicos, em

especial nos grandes centros, como

Rio de Janeiro e São Paulo.

Dessa forma, cada empresa ou

grupo de home care, adota as prá-

ticas ou rotinas que julgam as mais

adequadas no acompanhamento

de seus pacientes, algumas delas,

reproduzindo práticas de países cul-

turalmente e de hábitos diferentes

dos nossos, como os Estados Unidos

e países europeus e asiáticos, prin-

cipalmente pelo fato de ser o home

care uma atividade conceitualmente

muito simples de ser estabelecida,

embora saibamos todos que tra-

balham no setor, ser uma atividade

extremamente complexa em sua

operação.

Este progressivo e desordenado

crescimento é um fator de preocu-

pação no que se refere a qualidade

da assistência, em especial pela

inexistência de normatização e/ou

regulamentação própria para esta

atividade, tendo em vista que até o

momento os organismos públicos

responsáveis pela regulamentação

do setor da Saúde em nosso País

ainda não estabeleceram as regras

básicas de funcionamento do home

care.

Considerando que o atendi-

Márcia Gomes BrazEnfermeira - Membro da Equipe de Gerenciamento do Programa de Home Care da PRONEP RJ

[email protected](21) 2538.5563 / 2538.5562 /

2538.5555www.pronep.com.br

mento domiciliar demanda uma

logística de atenção que envolve

múltiplas atividades profissionais,

tais como enfermagem, farma-

cêuticos, médicos, nutricionistas,

assistentes sociais, fisioterapeu-

tas, psicólogos etc., além de con-

troles especiais com materiais,

medicamentos e equipamentos,

cabe pensar que o cuidado pres-

tado no domicílio não deve ser

uma atividade movida à impro-

visações e informalidades. Ao

contrário, a complexidade deste

processo e das novas tecnologias

que estão sendo transferidas para

o domicílio deve ser tratada de

forma criteriosa, sistematizada,

com meios de controles bem

definidos e com um especial foco

na segurança desta operação.

Estamos certos que, qualquer

proposta de estruturação da

atenção domiciliar, cuja única

preocupação seja a diminuição

dos custos, tenderá a ocasionar

uma redução da qualidade no

atendimento, colocando em risco

a segurança de todo o processo.

Sendo assim, apontamos

a regulamentação técnica e a

normatização deste segmento,

como a melhor forma de defen-

dermos a qualidade dessa nova

modalidade de assistência e

conseqüentemente a um eficaz

gerenciamento dos custos com

a saúde.

Page 6: Home Care Brasil

junho 2005 6

Acostumeira dificuldade em se garantir um tratamento obje- tivo à saúde é certamente a

principal causa dos problemas en-frentados pelo setor no Brasil. Todos sabem – e repetem – que saúde não tem preço. Indiscutível. Mas poucos lembram que medicina tem custo.

O custo na saúde é alto, com índices crescentemente elevados, em função de uma série de fatores, que vão desde os avanços tecnológicos, incorporados de forma cada vez mais acelerada à medicina, ao aumento da longevidade das pessoas, uma con-quista que, com efeito, é resultado direto dos próprios avanços técnicos e científicos.

É bem verdade, que parte dos custos também se deve a equívocos no modelo assistencial em vigor, que prioriza a doença em detrimento da saúde, assim como às ineficiências próprias da gestão dos recursos exis-tentes por todos os atores envolvidos.

Pois bem, para que a saúde con-tinue a ser tratada como um “bem” intocável, é indispensável que se ob-serve os seus custos atuais, buscando mecanismos para financiá-los, ao mesmo tempo em que são adotadas ações que se traduzam na otimização dos recursos existentes, a partir da eliminação de ineficiências e des-perdícios.

Qualquer ação ou postura que contrarie essa lógica, ignorando a relação de causa e efeito entre financiamento adequado e serviços médico-hospitalares de qualidade, em benefício do cidadão, merece ser vista, sem exagero, como inconse-qüente e indevida – ou as duas coisas juntas, o que é pior.

Um reajuste,uma farsa

A discussão é oportuna uma vez que a Agência Nacional de Saúde (ANS) acaba de autorizar um reajuste de até 11,69% para os planos de saúde contratados a partir de 1999. O problema transcende o número em questão e deve ser analisado a partir da metodologia utilizada.

Mais uma vez, na definição do índice, ficou patente uma perigosa postura política, em detrimento de uma solução técnica, na medida em que a ANS insiste em manter uma me-todologia que leva em consideração a média de um setor, desconsiderando-se as planilhas individuais de custos por operadora.

Além da defasagem de tempo entre o fato ocorrido e a repercussão dos reajustes, apresenta-se como grave equívoco a premissa de com-pensação para uso de média como limite superior de reajuste. O conceito de compensação faria sentido dentro do universo de uma única operadora, mas não no universo do mercado onde não há intercâmbio entre as empresas que permita a compensa-ção de perdas e ganhos.

Ou seja, mais uma vez, é mantida a tão criticada metodologia de rea-justes que, tudo indica, contribuirá para o agravamento do desequilíbrio econômico-financeiro do segmento de saúde suplementar.

No processo de definição do re-ajuste, percebeu-se claramente uma dicotomia de discursos. De um lado, a Agência Nacional de Saúde (ANS) deixava transparecer que seria preci-so reconhecer os aspectos técnicos, verificando as perdas econômico-financeiras sofridas pelas empresas operadoras de planos.

De outro, o ministro da Saúde, Humberto Costa, adiantava que o índice decidido pela agência deveria ser submetido à “anuência do pre-sidente da República” – o que tudo indica prevaleceu.

Em todo caso, se o índice deve ser estabelecido com critérios efe-tivamente técnicos, a fim de que, na ponta final, o consumidor possa dispor de serviços de qualidade, a anuência ou autorização do presiden-te da República não somente seria desnecessária como indevida. Assim como foi inoportuna a advertência feita pelo ministro, ferindo, inclusive, o princípio de autonomia da agência reguladora.

Autorizar reajustes a partir de metodologias politicamente simpáti-cas, mas tecnicamente condenáveis – aliás, como tem ocorrido em anos anteriores – é uma forma inaceitável de contornar a questão, ao invés de enfrentá-la.

Para o cidadão menos esclarecido, no primeiro momento, pode até pa-recer que o governo, ao pressionar a ANS (que por sua natureza deve ou deveria ter uma atuação distanciada da política), procurou protegê-lo.

Mas, na verdade, ao usar critérios políticos para definir preços, o que o governo faz é forjar um engodo. Só falta agora se levar à mesa de Lula o reajuste do preço do feijão!

Adriano LondresPresidente do SiNdHRiO - Sindicato dos Hospitais, Clínicas

e Casas de Saúde do Município do Rio de Janeiro e Vice-Presidente da ANAHP - Associação Nacional de

Hospitais Privados. Assessoria de Imprensa do Sindhrio:

Meta Consultoria e Comunicação Ltda.www.metaconsultoria.com.br

Page 7: Home Care Brasil

Junho 2005 7

RHCB - Quanto tempo tem a Intensive Care?Kacurin - A Intensive Care foi fun-dada há 7 anos, com o objetivo de ser uma empresa de Internação Do-miciliar com ênfase na qualidade dos serviços prestados; por isso desde o início investimos em uma equipe bem treinada e na capacitação de nossos serviços e processos, uma das provas disso é a Intensive Care ser a primeira empresa no Rio de Janeiro a receber o Termo de Licença de Funcionamento Sanitário, concedido pela Superin-tendência de Controle de Zoonoses, Vigilância e Fiscalização Sanitária. Eu mesma busco aperfeiçoamento constante. Atualmente curso o MBA de gestão em saúde do IBMEC-RJ.RHCB - Como foi este processo de certificação da Vigilância Sanitária?Kacurin - Foi muito demorado. No início, tão logo demos entrada ao processo inicial, a responsabilidade da Vigilância Sanitária era da esfera Estadual, nesse ínterim passou para responsabilidade Municipal. Essas mudanças prolongaram a duração do processo. Após alguns trâmites, tivemos praticamente que reiniciá-lo junto ao município. Nesta ocasião, também encontramos algumas di-ficuldades, pois se tratava de uma certificação inédita, já que eles

A psicóloga clínica Andréa Kacurin é diretora administrativa da Intensive Care e diretora regional RJ da ABEMID – Associação Brasileira das Empresas de Medicina Domiciliar. A Intensive Care foi a primeira empresa de home care do município

do Rio de Janeiro a receber o Certificado da Vigilância Sanitária.

nunca haviam dado autorização de funcionamento para empresas de home care. Uma das razões que im-plicaram nesta morosidade foi, sem dúvida, a necessidade de fazer uma adaptação da legislação já existente para farmácias e hospitais; mas valeu a pena. Atualmente o processo de autorização de funcionamento é mais rápido para as outras empresas. Posso dizer que nós ajudamos à Vigilância Sanitária a descobrir o caminho das pedras.RHCB - Além da licença de funcionamento concedido pela Vigilância Sanitária, a Intensive Care possui outras certificações pioneiras?Kacurin - Sim. O mesmo aconteceu no Conselho Regional de Farmácia. Eles ainda não possuíam conheci-mento suficiente para habilitar res-ponsáveis técnicos em home care. Mesmo assim, decidimos encarar o desafio. Fomos também a primeira empresa de home care cadastrada pelo Conselho Regional de Farmácia. Hoje, todo o nosso serviço tem um responsável técnico cadastrado no seu respectivo conselho.RHCB - A Senhora acha que ter a certificação da Vigilância Sanitá-ria agrega qualidade aos servi-ços de home care?Kacurin – Claro. Acredito que estar

dentro das normas estabelecidas pela Vigilância Sanitária – normas estas que vão desde a simples adequação do espaço físico até a procedência e armazenamento adequados dos medicamentos e materiais – colocam a Intensive Care numa situação de segurança tanto para os contratan-tes e operadoras de planos de saú-de, quanto para nossos pacientes. Acreditamos que este processo de qualificação é tão importante que já estamos partindo para o processo de Acreditação.RHCB - A cada dia surgem mais empresas de home care, como a Senhora vê esse crescimento do mercado?Kacurin - Vejo com muita preocu-pação. Embora haja um crescimento do número de empresas de home care, nem todas estão capacitadas a atuar com um mínimo de controle de qualidade. Espero que as operadoras de planos de saúde e gestão, estejam atentos a isso, inclusive já vejo alguns movimentos no sentido de uma me-lhor seleção no credenciamento das empresas. Atualmente a ABEMID tem um selo para as empresas que seguem suas normas técnicas, o problema é que, infelizmente, apenas 30% das empresas de home care são credenciadas à ABEMID.

gestores de saúde

A primeira empresa cariocado setor reconhecidapela Vigilância Sanitária

Intensive Care

Page 8: Home Care Brasil

junho 2005 8

Os sistemas de saúde de todo

o mundo vivem uma encru-

zilhada.

Essa afirmação pode nos remeter

ao pensador e autor italiano Piran-

dello: Assim é se lhe parece...

Tenho tido a oportunidade de

estudar os sistemas de saúde de

alguns países e, em particular, tenho

me dedicado a tentar conhecer um

pouco mais sobre o sistema de saú-

de do Canadá. Estou seguro – até

este momento pelo menos – que o

problema não está unicamente em

ter mais ou menos dinheiro para

gerenciar os processos operacionais.

No nosso caso, acho que o problema

principal está principalmente em

nosso modelo de assistência à saúde,

que é equivocado, pois repete os

modelos intervencionistas e profun-

damente agregadores de novas e

caras tecnologias, sem se definir os

melhores controles de resultados,

buscando-se uma relação de efeti-

vidade com os gastos dispendidos.

Em recente trabalho publicado

pelo renomado médico canadense

Dr. Dennis Furlong, ex-ministro da

saúde do estado de New Brunswick

e presidente da associação medica

daquele estado, ele afirma que o

Sistema de Saúde Canadense está

atualmente em uma grande encru-

zilhada com custos crescendo três

vezes mais do que qualquer outro

programa de governo e os recursos

para isso sendo permanentemente

questionados por diversos segmen-

tos da sociedade que julgam que o

sistema de saúde daquele país pre-

cisa ser refeito com base no que os

canadenses necessitam e não aquilo

que eles querem.

Lá, da mesma forma que no Bra-

sil, discute-se o melhor controle dos

gastos com a saúde. Uma diferença

é que lá o sistema de saúde funciona

muito bem, e a outra é que o Canadá

é um país rico, e talvez essa seja uma

das razões da sua riqueza: eles não

admitem desperdício.

A questão principal que se dis-

cute é: Gestão. Boa governança

corporativa para os sistemas de

saúde do mundo e, no nosso caso

em particular, boa governança cor-

porativa com foco em RESULTADO.

No Brasil, vivemos uma encruzilhada

semelhante ao Canadá, com um

agravante, pois temos dois sistemas

de saúde paralelos: um privado e

outro público. Em comum o descon-

trole dos custos de ambos e o pouco

foco em resultados.

Estive pensando recentemente

ao andar pelas ruas de Teresópolis,

belíssima cidade serrana do Rio de

Janeiro, que, nos últimos 20 anos,

aquela pitoresca cidade apresentou

uma mudança muito curiosa em re-

lação a oferta de lojas comerciais. No

passado, Teresópolis era conhecida

como a cidade das padarias. Prati-

camente em cada esquina de suas

ruas, existia uma pequena padaria

com pães formidáveis e que nos agu-

çavam a gula e o prazer por aquele

consumo. Hoje, muitas daquelas

antigas padarias se transformaram

em farmácias, e não existe uma rua

sequer no centro da cidade que não

tenha pelos menos cinco farmácias.

É incrível o crescimento do número

de farmácias em Teresópolis. Quan-

do esse fato me chamou atenção,

observei que no Rio de Janeiro e em

São Paulo ocorreu o mesmo fenô-

meno. Em meu bairro, na pequena

Niterói, onde vivi a minha infância,

existia somente uma única farmácia

e eu conhecia o dono pelo seu nome.

Hoje, em qualquer bairro do Rio ou

de São Paulo, ou de qualquer outra

Estamos vivendoum dilemana saúde

“Assim é se lhe parece”.Luiggi Pirandello

Page 9: Home Care Brasil

Junho 2005 9

cidade brasileira, o comércio que

mais floresceu nos últimos anos foi o

relacionado à indústria farmacêutica,

e essas farmácias se transformaram

em verdadeiros shoppings de pro-

dutos os mais variados, com ênfase

obviamente nas drogas relacionadas

ao envelhecimento que tem sido

destaque nas manchetes das princi-

pais revistas brasileiras nos últimos

cinco anos.

Aí está o grande problema que

estamos vivendo. A medicalização de

nossa sociedade desde o nascimento

até a morte e o uso abusivo de tudo

que está relacionado à saúde; e,

independentemente de sua eficácia,

esses produtos e serviços tem sido

utilizados sem qualquer controle e

bom senso. Assim como as farmá-

cias cresceram de forma abusiva

e descontrolada, todos os demais

segmentos sistemas relacionados

ao atendimento à saúde sofreram o

mesmo desvio e seguramente isso

pode interessar a muitos, mas não

interessa à maioria esmagadora de

nossa população.

Isso leva-nos a pensar que algu-

ma coisa está errada em nosso siste-

ma de saúde. Um sistema de saúde

acessível à toda população pela via

pública e/ou privada, disponível para

todos, portável e a medida do possí-

vel universal é obviamente o desejo

de todos, mas essas bases estruturais

para o bom funcionamento do sis-

tema obriga-nos necessariamente a

criar um tripé de sustentação funcio-

nal sistema formado por: prestadores

de serviços, pagadores dos serviços e

pacientes. Para esse tripé funcionar e

ser eficiente precisa estar realmente

conectado em todas as suas vias.

Somente, com a implantação de um

sistema de conectividade eficiente

seremos capazes de vencer essa

gigantesca dificuldade de melhor

controlarmos os custos, gastos,

desperdícios e obviamente geren-

ciarmos os melhores resultados.

Então, estou cada dia mais con-

vencido que a primeira questão a ser

profundamente discutida por nós é

o modelo de gestão do sistema de

saúde brasileiro.

Se optarmos por uma mudança

de modelo gerencial, focado em RE-

SULTADOS quem faria a gestão desse

hipotético novo modelo? O modelo

atual, híbidro e com gestão pública

e privada se misturando em vários

pontos tem se mostrado incapaz de

vencer as dificuldades operacionais e

até agora tem gerado imensos con-

flitos entre as partes envolvidas, pela

própria velocidade com que cada um

independentemente estabelece para

seu ritmo, e portanto tem tudo para

dar errado - como aliás tem dado

até agora -, e como aparentemente

ninguém quer abrir mão desse poder

Josier Marques VilarMédico - Vice-presidente da ABEMid - diretor do SiN-

diHRiO - Sindicato dos Hospitais e Clínicas do Rio de Janeiro

(falso) que a atual gestão proporcio-

na, estamos diante de um grande

impasse, perfeitamente aplicável ao

pensador Pirandello, pois no final

das contas todos querem mudanças,

mas ninguém quer mudar.

Para vencer esse dilema, acho

que o primeiro passo deveria ser

o governo sair integralmente do

gerenciamento operacional dos

serviços de saúde, ficando com a res-

ponsabilidade da regulamentação e

do financiamento de todo o sistema

através do imposto do contribuinte,

cabendo ao setor privado ficar com

o GERENCIAMENTO e PRESTAÇÃO

DE SERVIÇOS.

Caberia ao governo cobrar sis-

tematicamente através dos seus or-

ganismos operacionais que incluem

a agencia nacional de saúde, que o

setor privado trabalhasse com ob-

jetivos bem definidos e resultados

mensuráveis, em TODOS os níveis

de atenção à saúde.

Foco em RESULTADOS – essa

provavelmente seria uma saída.

A nossa dificuldade está em que

nem o governo está preparado para

cobrar resultados nem o setor priva-

do está ainda totalmente organizado

para oferecer isso regularmente.

Esse é o nosso desafio. Esse é o

nosso dilema. Essa é a nossa apa-

rente saída.

O mundo inteiro está repen-

sando seus modelos e tentando

encontrar a melhor solução. So-

mente nós, com boa vontade e

desprendimento seremos capazes

de definir as melhores políticas

para nossa realidade.

Page 10: Home Care Brasil

Naassistência domiciliária, as úlceras de pressão são vilões bem conhecidos pelos pro-

fissionais de saúde, pois trazem consigo aumento significativo da morbidade, mortalidade e dos custos de tratamento. Segundo a revisão de Smith (1995), 17% a 35% dos pa-cientes já apresentam lesões no mo-mento da admissão no Home Care, e a prevalência das úlceras entre os pacientes sob assistência domiciliária varia entre 7 e 23%1. Outro aspecto notório é a necessidade da atuação da equipe multiprofissional para o sucesso na prevenção e tratamento das úlceras de pressão.

A reconhecida etiologia multifa-torial das úlceras não permite que

Suplemento Nutricional Especializado - a arma estratégica na batalhacontra as úlceras de pressão

apenas a pressão excessiva sobre a pele seja apontada como fator desencadeante das lesões. A des-nutrição está claramente envolvida neste processo2. De acordo com a revisão feita pelo ASPEN (2003), são vários os aspectos nutricionais asso-ciados com o aumento do risco de desenvolvimento de úlceras: redução do IMC, baixo peso, redução na capacidade de alimentar-se sozinho, redução na ingestão de alimentos, baixa ingestão de proteínas, hipoal-buminemia e redução na contagem total de linfócitos3.

O EPUAP, Grupo Europeu Con-sultivo sobre Úlceras de Pressão, desenvolveu recentemente um guia nutricional para a prevenção e tra-

tamento das úlceras de pressão. As recomendações mínimas do EPUAP envolvem a avaliação do estado nu-tricional com acompanhamento do peso, avaliação da pele e documen-tação da ingestão de alimentos e líquidos do paciente. O uso de suple-mentos nutricionais que permitam atender às necessidades específicas destes indivíduos é incentivado, as-sim como procedimentos adicionais na avaliação nutricional.

A experiência clínica com o uso de suplementos nutricionais especia-lizados no tratamento das úlceras de pressão tem colhido bons frutos. As pesquisas mostram resultados pro-missores, que ressaltam o importante papel da Nutrição na abordagem

nuTR

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nuTR

IçãO

Page 11: Home Care Brasil

multidisciplinar.

Benati e colaboradores (2001),

acompanharam 36 pacientes com

comprometimento cognitivo severo

e úlceras de pressão. Eles foram

divididos aleatoriamente em três

grupos, sendo que o A recebeu a

dieta normal do hospital, B a dieta

e um suplemento hiperprotéico e o

grupo C recebeu a dieta e um suple-

mento hiperprotéico, com arginina e

maior aporte zinco e antioxidantes.

Os resultados mostraram que os

pacientes do grupo C que usaram a

suplementação especializada, tive-

ram a cicatrização mais rápida que

os demais grupos4.

Na recente publicação de Frías

Soriano e colaboradores (2004),

39 pacientes com úlceras graus III

e IV foram admitidos num estudo

aberto para a avaliação da eficácia

de um suplemento nutricional rico

em proteínas, arginina, vitamina C

e zinco. Os pacientes receberam o

suplemento diariamente por três se-

manas, e as úlceras foram avaliadas

semanalmente. Ao final deste perí-

odo, houve uma redução média de

29% na área das úlceras (p<0,001),

ou seja, a cada dois dias havia a redu-

ção média de 1cm2 nas lesões. Além

disso, o montante de exudato e de

tecido necrótico também mostraram

redução significativa5.

A batalha contra as úlceras de

pressão só pode ser vencida se as

estratégias certas forem aplicadas. O

trabalho da equipe multiprofissional

é o ponto central desta estratégia.

Dessa forma, é possível reunir os cui-

dados de enfermagem com curativos

e técnicas para alívio da pressão, as

intervenções médicas com destaque

aos procedimentos cirúrgicos, e fi-

nalmente, a terapia nutricional. Hoje,

os nutricionistas podem contar com suplementos e dietas enterais espe-cíficos e de eficácia comprovada, capazes de derrotar os inimigos: a desnutrição e as úlceras de pressão.

Referências Bibliográficas

1. Smith dM. Pressure ulcers in the nursing home. Ann intern Med. 1995 Sep 15;123(6):433-42

2. Singer P. Nutritional care to prevent and heal pressure ulcers. isr Med Assoc J. 2002 Sep;4(9):713-6.

3. Thompson CW. Nutrition and adult wound hea-ling – ASPEN, Nutrition Week, 2003.

4. Benati G et al. impact on pressure ulcer healing od na arginine-enriched nutritional solution in patients with severe cognitive impairment. Arch Gerontol Geriatr, 2001. Suppl 7:43-7.

5. Frias Soriano L et al. The effectiveness of oral nutritional supplementation in the healing of pressure ulcers. J Wound Care. 2004 Sep;13(8):319-22.

Telma Theodoro de SouzaNutricionista e Assessora Científica da

Support Produtos Nutricionais Ltda

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junho 2005 14

Setor público responsável pelo controle da prestação de serviços, que direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, conforme determina a Lei 8080/90, e, também pelo controle de

bens de consumo, compreendidas todas as etapas e processos da produção ao consumo, neste mesmo âmbito, a Vigilância Sanitária promove um “conjunto de ações capaz de eliminar,

diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse à saúde”.

Farmacêutico, atuando há 20 anos como fiscal

da Vigilância Sanitária, Ubimar Velasco, 43 anos,

fala sobre a atuação desse setor junto ao segmento de

Internação Domiciliar. Inicialmente, Ubimar esclarece,

mais particularmente, qual é a área de atuação de

fiscalização da Vigilância Sanitária.

– A Vigilância Sanitária é responsável pela fiscali-

zação de alimentos e estabelecimentos – os chama-

dos estabelecimentos de interesse à saúde. – Quais

A fiscalização e as empresas de Home Care

seriam esses estabelecimentos? farmácias, drogarias,

farmácias com manipulação – independente de serem

homeopáticas ou não, as distribuidoras de medica-

mentos e de reposição, além de restaurantes, bares,

supermercado, abatedouros, etc.

Apoiado num roteiro de inspeção, o fiscal da Vigi-

lância Sanitária vistoria cada estabelecimento segundo

sua especialidade. Como, num primeiro momento, os

estabelecimentos prestadores de serviços de Internação

Domiciliar são considerados, para efeito de fiscalização,

como “farmácias”, Ubimar explica qual a origem desse

enquadramento e como é procedida a vistoria.

– O primeiro passo da fiscalização é verificar a

apresentação. Enquanto funcionários do segmento

– lembramos que somos da área Municipal,– natural-

mente, solicitamos a documentação, pois existe uma

norma, uma legislação específica para a solicitação da

documentação. Na realidade, a Anvisa que é a Agência

Nacional de Vigilância Sanitária, que legisla sobre o

segmento, não tem uma legislação específica para o

setor de home care, ainda. Parece que existem algumas

publicações que estão em andamento. O trabalho é

permitido com um apanhado de leis, e essas leis vão

ao encontro das nossas necessidades. Encontramos

aí, justamente, o que o home care faz. O quê o home

“A internação domiciliar é uma

tendência”, afirma Velasco

da redação

entrevista

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Junho 2005 15

care faz? Trabalha especificamente com cuidados domi-

ciliares, utilização de medicamentos e correlatos; e é em

cima desse tipo de produto, que nós fazemos o controle.

Então, o controle é baseado em legislações que regem a

utilização de medicamentos e produtos farmacêuticos, e

também a atividade farmacêutica dentro deste segmen-

to. Em cima disso que nosso trabalho é feito.

No entender da Vigilância Sanitária, qual é o conceito que ela tem de home care? Ou para ficar mais claro, como ela entende a internação domiciliar?

– Posso colocar de uma forma pessoal, mas dentro

do ponto de vista profissional. Como eu vejo, profissio-

nalmente, mas não posso fazer uma grande ilustração

diferente da geral. dá para ter uma idéia de que comun-

gamos com o conceito de home care. Como nós enten-

demos? Vemos como um estabelecimento de interesse

para a saúde. Além de prestar serviço domiciliar, como o

próprio nome sugere, pelo que vimos, podemos tratar a

home care como uma farmácia, isso não quer dizer que

estou menosprezando ou diminuindo a construção do

trabalho e a capacidade profissional do segmento, não

é isso. Pelo fato de não haver uma legislação específica

para isso, nós vamos em cima do serviço que o seg-

mento oferece. Qual o serviço que mais aparece dentro

do trabalho da Internação domiciliar? A utilização de

medicamentos específicos para pacientes terminais – os

controlados como a morfina –, produtos como nutrições

parenterais e enterais, oncológicos, que são tratamentos

de extrema importância. Uma das coisas que nós faze-

mos é controlar a oscilação, o descarte desses produtos,

desde os dejetos do paciente até o descarte da embala-

gem. A Anvisa preconiza isso. Esse produto é aplicado

lá (no domicílio do paciente) e a embalagem vem até a

empresa de Assistência domiciliar (home care), que faz

o descarte final. É mais ou menos esse o trabalho que

é feito e é dessa forma que agimos neste segmento.

DOCumENtAçãO E INSpEçãO ESpECífICA

Ubimar Velasco explica quais são as exigências básicas

da Vigilância Sanitária para reconhecer uma empresa de

atendimento domiciliar.

– Bom, o primeiro passo é a questão documental.

Primeiramente, existe o requerimento padronizado que

é dado pela Prefeitura, lembrando que esse tipo de es-

tabelecimento é fiscalizado pela vigilância municipal. A

vigilância estadual atua no Estado e a federal também.

O requerimento é preenchido com os dados da empre-

sa, responsável técnico (e aí anexamos uma procuração

se for necessário), a cópia da carteira funcional desse

responsável técnico, porque obviamente deverá ser um

farmacêutico, a taxa de anuidade (do Conselho Regional

de farmácia), o contrato de trabalho e o documento da

titularidade dos proprietários, ou seja contrato social. Se

tiver estoque, o estabelecimento precisa ter local para

armazenamento dos produtos e deverá apresentar a

planta da área, que será vistoriada pela Vigilância no

setor de engenharia.

Para uma estrutura de média complexidade, como

os estabelecimentos de home care, a planta arquitetô-

nica tem que estar adequada às normas chamadas RdC

50, que é quem investiga toda essa parte de estruturas

sanitárias, que, além de toda a documentação básica

(contrato social, CNPJ), requer ainda a relação de me-

dicamentos e os produtos a serem utilizados, relação

dos funcionários, quais são os técnicos envolvidos, no

caso seriam os farmacêuticos, enfermeiras, talvez algum

auxiliar de enfermagem, e também alguns contratos au-

xiliares. São os contratos que vão garantir a manutenção

e boa qualidade dos serviços do setor de home care,

como, por exemplo, desratização, dedetização, contrato

de análise de água, caso seja feita alguma manipulação,

contrato de descarte de produtos (no caso, injetáveis,

seringas, os garrotes, os gelcos... Tudo isso tem um des-

carte apropriado). E o estabelecimento de home care tem

que provar que existe uma coleta seletiva, um contrato

com essa empresa, para que a empresa possa descartar

os rejeitos da casa do paciente.

”As empresas de internação domi-ciliar são conside-

radas farmácias, para efeito de

fiscalização”

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junho 2005 16

Sobre o alcance da fiscalização, perguntamos

quando cessa a atuação da Vigilância Sanitária:

se no estabelecimento de home care ou cessa

com a Internação Domiciliar do paciente?

– Na realidade não cessa, por causa da própria de-

terminação de uma lei do SUS, a 8080, que é de 1999.

A lei é clara no artigo 19, item 1: “o acompanhamento

do paciente domiciliar, não somente pela questão mu-

nicipal (inclusive foi essa lei que deu condições de fazer

esse tipo de avaliação), é passível de acompanhamento

fiscal – no caso do interesse sanitário – do começo

até o final”. Por isso fazemos o quê? Nós fazemos o

acompanhamento da formação da empresa, desde a

abertura, montagem e concretização da empresa até o

descarte final das embalagens. Baseado nisso, pode-se

deduzir que acompanhamos todo o processo.

Isto é, a Vigilância Sanitária vai até a casa do

paciente fiscalizar?

– Não! A legislação não garante isso. Entretanto,

não seria impossível – desde que fosse feita por solici-

tação de outra instância. Não há um mecanismo para

justificar isso. Não é usual, mas numa situação especial,

por exemplo, que haja uma denúncia talvez tenhamos

acesso à casa do paciente. Podemos coletar o material

e até verificar o acompanhamento e o atendimento da

própria empresa, pelo fato da Vigilância Sanitária ter

uma equipe multidisciplinar. Nós temos farmacêuticos,

médicos, veterinários, psicólogos, químicos, biólogos,

nutricionistas, entre outros, e podemos verificar se

aquela situação está sendo tratada corretamente.

Se a home care é encarada como uma farmácia,

mas presta serviço de internação domiciliar,

essa fiscalização equivale a que é feita num

hospital comum, por exemplo?

– Seria o mesmo padrão, embora a fiscalização

hospitalar seja feita por uma outra instância que é a

Secretaria Estadual de Saúde. Nós até podemos checar

por uma questão de denúncia ou solicitação do próprio

estabelecimento, dar uma entrada lá para verificar uma

medicação alterada, que seja comunicada a nós pelo

Estado. Se for feito um comunicado do Estado pra nós.

A denúncia pode vir direto a nós, também, mas só o

Estado pode solicitar a inspeção.

Ainda não existe uma regulamentação definiti-

va para a internação domiciliar. No entendimen-

to da Vigilância Sanitária o que está faltando, o

que ela recomendaria para as empresas abrevia-

rem esta solução?

– Seria interessante que os profissionais ou os pro-

prietários – os responsáveis técnicos que são médicos,

enfermeiros, farmacêuticos, enfim profissionais envolvi-

dos nesse tipo de trabalho, profissionais de saúde,– se

reunissem para fazer uma avaliação das necessidades

reais deles, que fizessem um

Estudo Legal, pois leis existem!

Seria até interessante ter uma

consultoria jurídica, para apre-

sentar o segmento, os serviços

feitos por este segmento e tentar

tirar da legislação, onde eles se

enquadram, fazer um dossiê e

encaminhá-lo para a Anvisa a

título de sugestão. Eles estão

abertos para isso.

Como a Vigilância Sanitária

vê a internação domiciliar

no atual contexto social e

da saúde? para ubimar, os

benefícios são evidentes.

ele responde com total

convicção.

– A liberação de leitos hos-

pitalares, o quê é bem interessante. Obviamente, é

sabido que o atendimento hospitalar é muito caro.

Infelizmente não atinge a questão social, mas não é

a tônica. É um atendimento caro! Com os planos de

saúde envolvidos neste contexto, – aqui no Brasil,– a

relação com o dinheiro ainda é muito questionável. É

uma relação muito ruim. Então, posso dizer às pessoas,

não só em termos de legislação e Vigilância Sanitária, e

de estrutura municipal, que além da liberação de leitos

para que aqueles mais carentes possam ter acesso,

tem o conforto do próprio paciente, que é a questão

de saúde.

A Vigilância Sanitária enquanto entidade não

contempla somente a questão estrutural, a questão

técnica. Nós contemplamos a questão do paciente

entrevista

Page 17: Home Care Brasil

Junho 2005 17

como um todo. Psicologicamente, isso é muito bom! O

paciente em casa tem uma resposta muito melhor que

no hospital. Estou falando como sanitarista, a minha

pouca experiência nesses 20 anos de formado, me

garante que o tratamento domiciliar é muito eficiente.

A internação domiciliar é uma tendência. Uma prova é

que as empresas eram desse “tamanhinho” e agora são

grandes. Então, a demanda está sendo aceita. O tipo

está sendo aceito. Se pode ver que essas empresas já tem

nome. Elas vão se multiplicando em outras empresas,

como forma de gerar empregos.

Acredito que essa tendência seja

por causa de todas as coisas que

nós colocamos aqui.

CERtIfICADO é gARANtIA DE

QuE A EmpRESA é CONfIáVEl

Como é que as empresas

de home care podem ser

cadastradas pela Anvisa?

– Existe na verdade um licen-

ciamento inicial de funcionamento

que é dado pela vigilância munici-

pal, que corresponde a um alvará

sanitário que é o termo erronea-

mente utilizado pelos contadores.

Até ontem, não havia uma legisla-

ção que obrigasse essa notificação

para Brasília. fiquei quinze dias em

Brasília, em treinamento, por isso eu falo com muita

propriedade, eu os vi recebendo os processos e docu-

mentação de regulamentação de home care e serem

devolvidos. Acho que a coisa vai funcionar oficialmente

em nível municipal... o que acho é satisfatório. Na

realidade, a Anvisa não vai fiscalizar as empresas. O

Estado só fiscaliza em situações especiais. É claro que

isso é uma atividade que vai ficar sob a fiscalização do

Município. É uma situação um pouco delicada porque,

o segmento home care acaba se tornando uma em-

presa que não só oferece a medicação, mas também

um serviço multidisciplinar. Então, tem ainda o lado

social, o que é legal. Tem uma coisa importantíssima,

sem o licenciamento nenhuma empresa que fornece

medicamento, não vende àquela que não tiver licença

farmacêutica. Então, o segmento é obrigado a se en-

quadrar de forma correta para ter garantia do serviço.

A regulamentação, em caráter nacional, foi deixa-

da em segundo plano, com a certificação?

– Não, não. O certificado é dado mediante a verifica-

ção do roteiro de inspeção específico para este tipo de

estabelecimento. Em nível nacional não, mas municipal

sim! Nós temos respaldo para isso. A lei 8080, regula-

menta desde 1999 (foi atualizada agora em 2005)...

o problema é que pela dificuldade, acredito eu, dos

proprietários, do pequeno número de empresas, a coi-

sa passava meio assim... Hoje, não! Hoje o número de

empresas é significativo, em função disso a Vigilância

Sanitária age no sentido de regulamentar.

Segundo Ubimar Velasco, se uma empresa de home

care abrir um núcleo num local, uma filial noutro, ela

deve ter nova certificação. “Com certeza. Todo o pro-

cedimento é como se fosse uma nova empresa, mesmo

que tenha o mesmo nome (tipo franchising), porque

é um outro estabelecimento, uma outra área, outro

dispensário”.

Ele também explica a importância do certificado

para as empresas de home care: “Um – o certificado é

a garantia de que a empresa está com responsável téc-

nico, está estruturalmente adequada, adquiri material de

fonte fidedigna, que é a garantia de tudo isso. E garante

a qualidade do serviço na casa do paciente”. Ubimar

alerta “sem isso, nós teremos o quê? Aquisição de me-

dicamentos de origem duvidosa. Conseqüentemente, os

efeitos só deus sabe quais seriam”.

Finalizando, Ubimar Velasco orienta sobre a re-

novação da licença de funcionamento, deve ser feita

anualmente. “A lei 5991, de 1963, diz o seguinte: até

o dia 30 de abril de cada ano, pois o ano fiscal sanitário

começa em 1º de maio, a empresa tem que apresentar

uma solicitação de revalidação da licença, que é válida

por um ano. Todo ano é obrigatório para todos os

estabelecimentos de saúde, exceto para profissionais

como médicos, dentistas, autônomos, essas pessoas

não precisam revalidar anualmente... Para agilizar esse

processo, virou o ano, já pode dar entrada da revalida-

ção... entrou com a revalidação mais cedo, mais rápida

será feita a inspeção”.

“Um certificado é a garantia de que a empresa é confiável...”

Page 18: Home Care Brasil

junho 2005 18

Ohome care consiste em uma internação domici- liar que envolve o cuidado individualizado e es- pecializado ao paciente. Existe a atenção de uma

equipe multidisciplinar a fim de atender as necessidades de uma doença, seja em fase aguda, crônica ou terminal.

Quando o paciente se encontra em home care po-demos repensar o fato de que há uma interrelação de sistemas: o familiar e o da equipe de saúde. Isto se torna relevante a medida em que a forma com que ambos sis-temas se tocam, influenciará no cuidado, e diretamente, na reabilitação do indivíduo.

Equipe de saúde e a família compreende a rede de apoio social em home care. Esta rede deve possibilitar que um clima de acolhimento e segurança se estabeleça e forneça condições à recuperação ou mesmo de fecha-mento aos pacientes internados.

É preciso que se atente para o fato de que a família, – que assiste e é responsável por este paciente que se encontra em home care, – necessita de cuidados a fim de enfrentar qualquer situação de crise, seja pela adap-tação, reabilitação, ou mesmo pela própria instabilidade do paciente.

Deve-se levar em consideração, fundamentalmente, o paciente. Ele deve indicar o que é necessário para que se permita um maior conforto e dignidade em sua internação em casa, ou seja, é preciso estar aberto aos limites e possibilidades do paciente.

Veja o esquema abaixo que foca a interrelação do paciente, com a rede de apoio social e a família:

Este complexo que se estabelece entre díade paciente-rede de apoio social varia simplesmente com a mudança de uma das variáveis.

Isto indica a necessidade da intervenção de uma área que pode penetrar uma melhor interação e continuidade da assistência integral: a psicologia.

O psicólogo dentro de uma perspectiva de uma equi-pe multidisciplinar pode atuar como um facilitador em home care. Sua atuação pode envolver desde permitir uma melhor adaptação do paciente ao momento do adoecer com perdas possíveis ou reais através da res-significação de sua vivência até ampliar a expressão do que é vivido na fase de crise, gerando transformações no enfrentamento.

De alguma forma, o psicólogo propicia que o pacien-te, a medida que revê medos, angústias, insegurança e sofrimentos, assuma uma atitude ativa no seu trata-mento. O paciente vai se tornando ator do seu próprio desenvolvimento e reabilitação, apropriando-se de seus desejos e necessidades; isto, segundo a Organização Mundial de Saúde (2003), é fundamental para a ade-rência ao tratamento em doenças crônicas1.

Assim, percebe-se que no acompanhamento psicoló-gico o paciente tem a possibilidade de atingir uma certa harmonia no que sente, pensa e age e as conexões entre o estado emocional, físico e espiritual tornam-se mais equilibradas.

É indicado que o psicólogo esteja também ao lado da família e da equipe de saúde, a fim de acompanhar como eles vêm auxiliando a reabilitação e oferecer o suporte emocional para manter a rede de suporte social estruturada.

Na realidade, a psicologia em home care indica uma atenção à humanização do cuidado que se estende des-de o paciente até a família e a equipe de saúde que o atende. É preciso que cada um dos pontos que compõe o sistema de home care, sejam cuidados e isto se torne catalisado de um processo de crescimento humano.

Kelly Faria SimõesPsicóloga responsável pelo Serviço de Psicologia da iNTENSiVE CARE, doutoranda em Psicologia na área de desenvolvimento Psicossocial, Mestre em Psicologia na área de

Tanatologia; Formação de Psicologia Clínica na abordagem Centrada na Pessoa, Professora da disciplina de Bioética na Pós-graduação de Psicologia Hospitalar na Universidade

Veiga de Almeida-RJ . E-mail: [email protected]

Um diferencial do atendimento domiciliar

Referências Bibliográficas

World Health Organization. Adehence to long-term therapies: evidence for action. Genebra. Who Library Cataloguing-in-Publication data, 2003.

PSIC

OLO

GIA

PSIC

OLO

GIA

Rede de apoio social

Família

equipe de saúde

paciente

estado Físico

estado espiRitual estado

emocional

Page 19: Home Care Brasil

Junho 2005 19

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Internação Domiciliar - home care e

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Valor da assinatura: Pessoa Física: R$ 250,00 (12 edições)

Page 20: Home Care Brasil

junho 2005 20

Como conseqüência dos avanços

científicos e de uma prática mé

dica cada vez mais voltada para a

especialização, vivenciamos hoje uma

medicina institucionalizada, onde o

paciente não mais se encontra sob a

responsabilidade de um médico, mas

sim de uma equipe, geralmente vincu-

lada a um hospital. Por outro lado, o

próprio paciente procura a instituição

hospitalar e o médico especialista para

resolver questões de saúde, mesmo que

simples. Esse cenário é bastante comum,

principalmente nas grandes cidades. Fica

o paciente peregrinando em ambulató-

rios, farmácias, hospitais, laboratórios e

com as peças de um “quebra cabeça”

totalmente desorganizado. Sabe-se que

esta estrutura é pouco resolutiva a longo

prazo, ficando o tratamento do paciente

descontinuado, fragmentado e inefetivo.

O hospital deve ser otimizado, em recur-

so humanos e tecnológicos, para atender

aos pacientes com doença aguda, cirúr-

gica ou clínica, para procedimentos de

maior complexidade e caracteriza uma

situação de exceção do paciente.

Um movimento de retorno do Médico

de Família à visita domiciliar é reflexo dos

anseios dos indivíduos em buscar orien-

tações lineares e decisões simples. Este

profissional, que passa a ser elemento

integrador entre a doença, o paciente, a

família e a sociedade, deve estar voltado

para lidar com um universo novo, com

recursos mais limitados e utilizar toda a

dimensão científica e humana implícita

em sua profissão.

A visita médico-domiciliar traz de

volta o conceito de que a doença não

deve ser a preocupação do doente e

sim do médico, afinal ele foi acionado

para resolver uma situação nova. Esse

exercício é pouco abordado no currículo

médico das faculdades de Medicina,

onde o treinamento é restrito às ativi-

dades e atitudes dentro das instituições

hospitalares. Na casa do paciente não

basta fazer o atendimento; é necessário

além da competência técnica, atender

às expectativas e ter consciência profis-

sional das situações diversas que deverá

enfrentar.

Uma série de eventos passa a se

repetir e pode ser sistematizadas para

o atendimento médico domiciliar. Isso

não quer dizer que as condutas devam

ser despersonalizadas e automáticas.

Por exemplo, toda a visita médica deve

ser precedida de informações prévias

que o médico deve obter com a família,

no caso de chamado domiciliar, ou com

o médico internista hospitalar, no caso

de visita domiciliar pós-alta hospitalar.

Cuidar da pontualidade é o início de ad-

ministrar uma expectativa que foi gerada

pela família. A visita surpresa deve ser

evitada porque a família gosta de estar

presente. Deve-se levar em consideração

que todos, além do médico, têm ocupa-

ções, e sem dúvida a família sempre é

complacente uma vez que sabe que os

médicos têm várias atribuições. Outro

aspecto é a empatia e confiança. A ex-

pectativa de que o médico é a autoridade

no assunto deve ser sustentada, logo as

atitudes do médico visitador devem ter

forte base científica e serem precisas. O

médico deve ser simpático à família sem

perder a autoridade. É importante ouvir

mais do que falar. As explicações muito

acadêmicas sobre a doença devem ser

evitadas pois fogem à compreensão da

família e do paciente e aumentam sua

ansiedade. As respostas são simples e

respeitam os limites de compreensão

do paciente. Finalmente, as decisões

não devem ser divididas com a famí-

lia, elas são atitudes médicas. Deve-se

compartilhar e orientar como viabilizar

as decisões, por exemplo, como realizar

um exame laboratorial, uma vez que

este aspecto foge do escopo do médico.

O médico de família cria laços afetivos.

No entanto, é fundamental que exista

uma fronteira profissional. O excesso de

familiaridade pode levar ao insucesso da

atividade do médico de família, explican-

do o freqüente insucesso do médico em

orientar o tratamento de indivíduos de

sua própria família.

O atendimento médico domiciliar é

um cartão de visitas da prática de me-

dicina de família. É campo extenso de

aprendizado que soma aos conhecimen-

tos científicos a prática de administração

da autoridade conferida, da confiança

depositada e das expectativas do pacien-

te e da família.

Rosane GoldwasserMestre em Medicina intensiva pela UFRJ Coordenadora

da Residência Médica do Hospital Universitário Clemetino Fraga Filho da UFRJ

[email protected]

A postura do médico na visita domiciliar

Page 21: Home Care Brasil

Junho 2005 21

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International Association of gerontology

Rio de Janeiro - Brasil

Informações: Congress Websitewww.gerontology2005.org.br

30 de junhoENCONtRO CIENtífICODIStúRBIOS DO SONO

palestrante: Dra. Professora Dalva Poyares

DOENçAS pulmONARES AVANçADAS

palestrante: Dra. Professora Maria Christina Lombardi de

Oliveira Machado. Hotel Intercontinental-Rio

Salão AmetistaAv. Pref. Mendes de Moraes 222

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Informações: 08009419944ou (21) 2568-9944

30 de junho6º SImpóSIO DE VACINAçãO

Shopping M - Sorocaba -SP (11) 4195-0363

EVEnTOS

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Home Care IV TherapyJoane C. La Rocca

Nurse‘s HomeCareHand bookSpringhouse Corporation

Home Health CareSpringhouse Corporation

Home Health Care forThe Speech Language Pathol-ogistAngela Tipton dikengil

Pediatric Home Care - Sec-ond EditWendy Lt. Votroubek/Julei J. Townsend

Infection Controlin Home CareEmily Rhinehart

High - Risk New born Home Care ManualLippincott

LITE

RATu

RA R

ECO

MEn

DAD

ALI

TERA

TuRA

REC

OM

EnD

ADA • BCg: ao nascer (obrigatória no primeiro ano de

vida). • Dt (Dupla): reforço a partir dos 15 anos, com validade por 10 anos.

• Dtp ou tríplice: a partir dos 2 meses, com reforços até os 6 anos.

• febre Amarela: a partir dos 9 meses. (7 a10 dias depois, a pessoa pode apresentar febre,dores no corpo e dor de cabeça, que duram de 1 a 2 dias)

• gripe: anualmente, a partir dos 6 meses (seguindo orientação médica).

• Haemophilus: a partir dos 2 meses.

• Hepatite A: a partir de 1 ou 2 anos.

• Hepatite B: ao nascer, com reforços um mês depois e aos 6 meses.

• poliomelite: aos 2, 4, 6 e 18 meses, e entre 4 e 6 anos.

• Sarampo: aos 9 e 15 meses e entre 6 e 10 anos, junto com as vacinas de rubéola e caxumba (SCR ou MMR). Depois de 7 a 10 dias, a criança pode ter febre ou manifestações do tipo “saram-pinho”.

• Varicela: a partir de 1ano.

Reações possíveis: pode haver leve mal-estar, com um pouco de febre e dor no corpo, no local da aplicação, pode ocorrer vermelhidão.

CALEnDáRIO

DE VACInAçãO

CALEnDáRIO

DE VACInAçãO

Page 22: Home Care Brasil

Faça o auto-exame uma semana

após a menstruação, seguindo as

instruções abaixo. Após a menopausa,

examine as mamas no primeiro

dia do mês.

O auto-exame pode ser feito durante

o banho, diante do espelho, deitada, em

pé. Com a mão esquerda e os dedos

indicador e médio esticados, pressio-

ne suavemente a mama direita com

movimentos circulares que vão desde a

periferia até o mamilo. Usando a mão

esquerda, repita o movimento no seio

direito. Procure cuidadosamente por

alterações de tamanho, forma e contorno

em cada seio, observando a existência

de rugosidade, entradas ou mudanças

na textura da pele. Aperte os mamilos

suavemente procurando secreções.

Encontrando alterações de qual-

Auto examedas mamas

quer natureza, procure imediatamente

um médico. Pode ou não ser doença

maligna. Quanto mais cedo o CÂNCER

dE MAMA for detectado, maiores são

as chances de se alcançar a cura.

O AutO-EXAmE NãO SuBStI-

tuI OS EXAmES pERIóDICOS

QuE VOCÊ DEVE fAZER COm

SEu gINECOlOgIStA.

Uma alimentação com me-

nos gordura, colesterol e

calorias é aprimeira atitude

para se ter um coração sau-

dável

Faça suas refeições em local

agradável. Coma com calma

e mastigue bem os alimen-

tos.

O excesso de sal pode causar

o aumento da pressão arte-

rial, aumentando o risco de

doenças do coração.

Crie atividades de lazer quan-

do possível (2 a 3 vezes por

semana) e procure planejar

melhor a sua vida.

Faça atividade física se diver-

tindo.

Alimentação saudável - seu

coração agradece

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Emergência Home Care 07/06 - 14h

Noções de Enfermagem em Home Care21/06 09h

Noções de Enfermagemem Home Care

Informações: (11) 5585-9200

17 de junhoCiclo de Atualização 2005 - Dermatologia

Pé DiabéticoInformações: (11) 3721 9333

18 de junhoCiclo de Atualização 2005 - Cuidados

Intensivos Ventilação Mecânica InvasivaInformações: (11) 3721 9333

18 de junhoHorário: das 8h às 18h

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balança? Amigável ou vocês estão sempre em guerra? Tire a dúvida

fazendo o teste que mede o Índice de Massa Corpórea (iMC), da Organização Mundial de Saúde.Pegue sua altura e multiplique por ela mesma. Por exemplo, se você mede 1,60m, multiplique 1,60 por 1,60. Anote o resultado. Em seguida, pegue o seu peso e divida por este valor que você acabou de encontrar, feito com sua altura.Seguindo o exemplo, se você pesa 53kg, divida 53 por 2,56 (que é o resultado de 1,60m × 1,60). Com o resultado final em mãos, vamos consultar o iMC.Se o número que você obteveficou entre:

20 e 25, seu peso é ideal.

Se está acima de 25, está acima do peso

Se está acima de 30, Você já é

considerado

obeso.

Se está acima de 40, muita atenção: seu

nível de obesidade

é preocupante.

Informações: (11) 3884-5445 ou(11) 5575-4251 com Simone.

18 e 19 de junhoBasic Life Support

Com certificação americana pela National Safety Council

Informações: (11) 3721 9333

19 de JunhoCurso Preparatório para prova do Título de Especialista e Jornada em Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Mate-

rial e Esterilização e-mail: [email protected]

www.sobecc.org.br

25 de JunhoCurso Teórico-prático Cuidados com Sondas,

Drenos e Catéteres para Profissionais de Enfermagem

Telefone: (11) 3884-5445 ou (11) 5575-4251 com Simone.Turma I: 30/06/05 a 03/07/05

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Períodos: Manhã, Tarde e Noite.Informações: (11) 3815 0832

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junho 2005 24