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PÁGINA 6 PUB DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ MOP$10 SEGUNDA-FEIRA 2 DE DEZEMBRO DE 2013 ANO XIII Nº 2986 Tudo más raparigas hojemacau A Associação Novo Ma- cau está a organizar vários debates sobre a situação de quem trabalha em casa de outrém. Ontem, foi a vez de ouvir as queixas dos patrões. Para muitos empregadores, depois de que tratam do ‘blue card’ das suas empregadas domésticas, estas deixam de produzir trabalho com qualidade que satisfaça os requisitos e justifique o pagamento que “já co- meça a exceder as quatro mil patacas”. Os patrões dizem mesmo que são precisas novas leis para resolver aquilo a que cha- mam de “demissão irra- cional das empregadas”. • LUTA CONTRA A SIDA Médico diz que casos podem subir na China PÁGINAS 2 E 3 • INTERNET NA CHINA A rede expande contra tudo e contra todos PÁGINA 8 • FORÇAS DE SEGURANÇA DEPUTADOS PEDEM MAIS REGALIAS PARA AGENTES POLICIAIS PÁGINAS 4 E 5 AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB MACAENSES Lembrar e reviver o passado com olhos postos no futuro CENTRAIS GONÇALO LOBO PINHEIRO DOMÉSTICAS Patrões queixam-se da má qualidade do serviço e até de casos de assédio sexual e roubos

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Edição do jornal Hoje Macau N.º2986 de 2 de Dezembro de 2013.

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Page 1: Hoje Macau 2 DEZ 2013 #2986

PÁGINA 6

PUB

DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ MOP$10 S E G U N DA - F E I R A 2 D E D E Z E M B R O D E 2 0 1 3 • A N O X I I I • N º 2 9 8 6

Tudo más raparigas

hojem

acau

A Associação Novo Ma-cau está a organizar vários debates sobre a situação de quem trabalha em casa de outrém. Ontem, foi a vez de ouvir as queixas dos patrões. Para muitos empregadores, depois de que tratam do ‘blue card’ das suas empregadas domésticas, estas deixam de produzir trabalho com qualidade que satisfaça os requisitos e justifique o pagamento que “já co-meça a exceder as quatro mil patacas”. Os patrões dizem mesmo que são precisas novas leis para resolver aquilo a que cha-mam de “demissão irra-cional das empregadas”.

• LUTA CONTRA A SIDA

Médico diz que casos podem subir na China

PÁGINAS 2 E 3

• INTERNET NA CHINA

A rede expande contra tudo e contra todos

PÁGINA 8

• FORÇAS DE SEGURANÇA

DEPUTADOS PEDEM MAIS REGALIAS PARA AGENTES POLICIAIS

PÁGINAS 4 E 5

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

PUB

MACAENSES • Lembrar e reviver o passado com olhos postos no futuro CENTRAIS

GONÇ

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LOBO

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DOMÉSTICAS

Patrões queixam-se da má qualidadedo serviço e até de casosde assédio sexuale roubos

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2 hoje macau segunda-feira 2.12.2013ENTREVISTAANDREIA SOFIA [email protected]

N OS anos 80, a Sida era desconhecida até pelos próprios médi-cos portugueses, e foi

nessa altura que José Saraiva da Cunha se especializou na área das infecto-contagiosas. Um dia depois do Dia Mundial da Luta Contra a Sida, o médico dos Hospitais da Universidade de Coimbra afirma que hoje a doença é de todas as raças e sexos, sendo que a Ásia tem dos números mais alarmantes. A abertura social pode trazer mais casos para a China, afirma, sem esquecer que Macau precisa de políticas concretas.

Participou no Fórum das Asso-ciações Médicas, onde falou da utilização do antibiótico. Que aspectos concretos abordou?Falei da política do uso do antibió-tico. A maioria dos países percebeu que tem um problema sério de resistência aos antibióticos. Há cada vez mais dificuldade em tratar algum tipo de infecções, porque as bactérias estão cada vez mais resis-tentes aos antibióticos, e há várias causas para isso. Uma delas é a má utilização dos antibióticos, quer na medicina ambulatória quer na medicina praticada nos hospitais. Pensa-se que é fundamental que exista, nas várias organizações de saúde, políticas de utilização dos antibióticos e fazer com que os médicos prescrevam os antibióti-cos de uma forma mais racional.

Na Ásia, e concretamente na China, tem conhecimento de políticas que já estejam a ser feitas nesta área?Não. É natural que haja algumas organizações que já estejam a aplicar medidas sobre os antibió-ticos. O que nós sabemos, e isso é público, é que aqui na Ásia há um problema sério de resistência aos antibióticos. Há uns estudos feitos nos hospitais chineses para a prevalência da resistência e que apontam para números preocupan-tes, e sei que o próprio Governo chinês, em 2012, reuniu com a comunidade europeia no sentido de delinearem em conjunto polí-ticas sobre o antibiótico. Há uma política em conjunto, de pessoas da Europa e chineses, que trabalham nesse campo.

Falando agora da temática das doenças infecto-contagiosas, na qual fez toda a sua especializa-ção. Ontem celebrou-se o Dia Mundial da Luta Contra a Sida. A sociedade está mais preparada para enfrentar essa doença e aceitá-la?São duas das áreas onde tem sido mais difícil fazer avanços. Nomea-damente na área do conhecimento do vírus, na forma como se mul-tiplica no organismo, a maneira

SARAIVA DA CUNHA, ESPECIALISTAEM DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS

“É muito possível” que casos de Sida aumentem na China

de o tratar. Nas várias formas de tratamento temos feito avanços enormes, mas (as dificuldades) estão mais ligadas com os aspectos sociológicos ligados à doença: a não discriminação, a aceitação dos doentes, área da prevenção. Os avanços aí, infelizmente, não são muitos. Isso muda de sociedade para sociedade, há sociedades mais abertas, outras mais fechadas. Mas o importante é saber como levar em prática medidas preventivas, e muitas delas têm sido ineficazes. Os resultados não são famosos e basta olha para os números recentes em muitos países.

Quais são?Basicamente os países orientais e os países do leste da Europa. Aí a doença continua num crescendo sem controlo. Provavelmente vai ser preciso nesses países aplicar políticas de contenção e prevenção mais eficazes do que as que têm sido concebidas até aqui. Infeliz-mente não temos nem uma vacina nem temos um tratamento curativo. Sem isso não vamos conseguir con-trolar a doença se não adoptarmos medidas de prevenção.

Quando fala de países asiáticos fala desta zona do sudeste asi-ático, onde a indústria do sexo ainda é muito evidente?No sudeste asiático, a doença tem estado com números preocupantes.

Segundo o relatório da ONU há cinco milhões de infectados na Ásia.Sim. Acho que continua a ser o primeiro continente, em termos globais. A seguir a África, o segun-do continente é a Ásia em termos de prevalência da doença.

Acredita que na China os casos podem aumentar, com o desen-volvimento económico, com uma maior abertura?É muito possível. Mudando os hábitos da sociedade, com os inter-câmbios que vão existir com outros povos e outras culturas, é muito natural que o número de casos com a doença venha a aumentar.

Em Macau dados mais recentes falam da existência de mais de 500 infectados. O ano passado registaram-se 33 novas infecções, o valor mais alto dos últimos dez anos. Mas, para já, o Go-verno diz que os números não são alarmantes. Ainda assim, é sempre preciso ter uma política bem definida?Sim, porque esses são os números que se conhecem. E uma das coisas que sabemos sobre a infecção do HIV é que nós só conhecemos a ponta do iceberg. A grande maioria dos doentes infectados não estão identificados, e quando dizemos que temos 500 doentes, se calhar multiplicamos por 10 e temos cinco mil infectados. Mas não sabem

HOJE

MAC

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3 entrevistahoje macau segunda-feira 2.12.2013

O facto dos números [de doentes com HIV em Macau] não serem ainda muito preocupantes não significa que não se tenham de adoptar medidas preventivas

que estão infectados. O facto dos números não serem ainda muito preocupantes não significa que não se tenham de adoptar medidas preventivas. Se não se fizer isso, dentro de poucos anos não serão 500, mas cinco mil. É nesta fase, em que ainda há números baixos, que devem ser adoptadas políticas de prevenção, porque depois quando a doença já está mais disseminada na população é sempre muito mais difícil.

NOVO PARADIGMACOM PAPA FRANCISCO

Há 20 anos a Sida era vista como uma doença dos homossexuais. Depois os primeiros casos com heterossexuais surgiram e a men-

talidade mudou um pouco. Hoje ainda há muitos estereótipos, muitas pessoas ainda dizem “isto a mim nunca me vai acontecer”?Isso é muito comum ouvir-se, que é um problema dos outros. Mas é uma ideia e concepção errada, por-que na verdade a doença não poupa ninguém. Ela não escolhe idade, sexos, territórios nem populações. Toda a gente que esteja susceptível de contrair a doença vai contraí-la. Toda a gente tem de adoptar as mesmas medidas preventivas, e todos deveriam saber quais são: a utilização de métodos barreira na actividade sexual, não partilhar material injectável, rastreio siste-mático das relações de sangue, o rastreio de todas as grávidas.

Ainda há muitos entraves em relação à utilização do preser-vativo, não só no mercado do sexo, mas também pelo facto da Igreja Católica reprimir ainda o seu uso. Como pode haver uma mudança profunda de menta-lidades?Acredito que com a chegada deste novo Papa (Francisco) tem mudado muita coisa. E há muitas concepções que tínhamos como sendo tradições da Igreja Católica

e que estão a mudar. Não me custa muito admitir que nesta área vão haver mudanças. É verdade que a Igreja tem oposições muito tradicionalistas, embora depois individualmente muitos membros da Igreja sejam muito mais aber-tos do que os dogmas instituídos. Mas ainda há muitas concepções erradas no uso do preservativo na população. Que o preservativo tira a capacidade sexual, que impede que haja uma relação sexual com prazer para ambos. Isto tem trazi-do algumas dificuldades, embora isto tenha sido mais visível nas populações com mais idade. As populações mais jovens já não têm tantas reticências em relação ao uso do preservativo.

Estamos a falar de pessoas com 40, 50 anos?Sim, dessa idade para cima. É mais difícil trabalhar com essas faixas etárias. A juventude aceita mais facilmente.

Falou que a Sida não atinge idade nem sexos. Podem surgir novos perfis de infectados nos próximos anos?Já estão a surgir. Não sei se é isso que está a acontecer nos países

asiáticos, mas na maioria dos pa-íses ocidentais, Europa e Estados Unidos, a doença já é uma doença de heterossexuais. A população mais afectada é heterossexual e não homossexual ou toxicode-pendente. Portanto é a sociedade considerada “normal”. É preciso mudar os comportamentos sexuais, e se isso não for feito não vamos conseguir mudar a doença.

QUANDO OS MÉDICOSNÃO CONHECIAM A SIDA

Especializou-se na área das doenças infecto-contagiosas em 1986. Nessa época devia ser mais difícil lidar com casos de Sida,

a sociedade seria mais fechada. Completamente fechada. Acabei a especialidade em 1986, mas entrei em 1982, e nessa altura nem se sabia o que era a Sida. Ela já existia, nós é que não sabíamos.

Nessa altura os problemas não tinham nada a ver com os que te-mos hoje. Aqueles doentes foram descriminados, e lembro de ver atitudes, até por parte de colegas nossos, que na fase inicial da doença, se recusavam a ver estes doentes. Pedíamos a opinião de um especialista de outra área, e os colegas recusavam. Felizmente tudo isso passou.

Qual foi o caso mais desafiante que se recorda do seu percurso?Penso que quem fez um percurso idêntico ao meu, na área das in-fecciologias e da minha geração, começou a prática da especialidade sem conhecer a infecção do HIV. E

depois viram-se confrontados com a doença em plena prática da es-pecialidade, e tiveram de aprender tudo sobre a doença. Não houve nenhuma formação, tivemos de nos treinar a nós próprios e com os nossos doentes. A infecção do HIV foi o maior desafio que tivemos. Toda esta evolução da infecção desde os seus primórdios até agora foi o grande desafio.

Com os avanços da medicina, e apesar de não haver uma cura, é possível um doente do HIV ter uma vida normal?Sim, mas sem depender da medi-cação é que não. Infelizmente não conseguimos curar a doença. A partir do momento em que temos um doente com indicação para iniciar a terapêutica, é para toda a vida. Vai ter que tomar medicação retroviral até morrer. É possível que o caminho vá no sentido de encontrarmos uma cura para a doença, e há mesmo quem veja que isto seja mais possível do que propriamente ter uma vacina, onde temos tido muitos desgostos. Têm sido feitas muitas tentativas e ensaios clínicos, sem grandes resultados. Na área da terapêuti-ca as evoluções têm sido brutais com alterações importantíssimas. A quantidade de comprimidos que eles tinham de tomar por dia reduzida a um comprimido diário, é possível neste momento. Tínhamos fármacos que davam imensos efeitos secundários e que hoje são bem tolerados. A evolução é brutal. Por isso é que hoje dizemos que a infecção do HIV deixou de ser mortal para se transformar numa doença crónica. Temos hoje a Sida com o para-digma de ser mais uma doença crónica. Permite ao doente viver com uma boa qualidade de vida, muitos anos, desde que consiga tomar a medicação.

O Governo chinês, em 2012, reuniu com a comunidade europeia no sentido de delinearem em conjunto políticas sobre o antibiótico

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4 hoje macau segunda-feira 2.12.2013POLÍTICA

RITA MARQUES [email protected]

N O segundo dia de debate com o secretário para a Segurança foram pou-cas as novas preocupa-

ções levantadas. Em boa parte, o discurso dos deputados continuou a centrar-se muito no trabalho ilegal e nos problemas afectos às drogas. No entanto, os dois deputados da lista União Macau-Guangdong, os primeiros a terem a palavra, acabaram por levantar as ques-tões mais relevantes, alcançando alguns esclarecimentos por parte de Cheong Kuok Vá.

Zheng Anting pediu especi-

CECÍLIA L [email protected]

O Governo vai lançar a con-curso cerca de 1.900 casas económicas este mês para

os candidatos em lista de espera no âmbito da política de habitação pública, sendo que estão incluídas as tipologias T1 e T2.

Segundo a imprensa chinesa, Wong Chun Tung, coordenador do gabinete do secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io, garantiu que a zona da nova fronteira entre Macau e a província de Guangdong, ainda em planeamento, vai ter entre 1.000 a 1.400 casas públicas.

O Governo avançou ainda que depois do plano das 19 mil fracções de habitação pública vão ser cons-

Autocarros DSAT entrega hoje relatório de resposta ao CCACEra para ser entregue na semana passada, mas afinal será hoje. Wong Wan, director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), confirmou à imprensa chinesa que o dia da entrega do relatório preliminar ao secretário Lau Si Io, acerca do polémico relatório do Comissariado contra a Corrupção (CCAC), que fala de ilegalidades do modelo de autocarros vigente vai ser entregue hoje. Wong Wan disse ainda que não pode revelar detalhes do relatório, uma vez que o secretário ainda o vai analisar, mas que as opiniões da DSAT serão publicadas mais tarde. Como a Reolian já declarou falência há dois meses, Wong Wan relembrou que esta quarta-feira vai ser realizada uma assembleia-geral para debater questões pendentes com os credores. Por se estar à espera de decisões judiciais, Wong Wan afirmou não poder adiantar qualquer informação.

A iniciativa partiu dos deputados: criar uma política de habitação para os agentes de segurança. As ideias foram muitas, desde reserva de terrenos a pensões de residência. Cheong Kuok Vá ouviu mas não deu garantias. De promessa, ficou apenas o “diálogo” com o secretário da tutela responsável

NECESSIDADE DE HABITAÇÃO PARA CORPORAÇÕES VAI SER COMUNICADA A LAU SI IO

Deputados insistem,secretário passa diligências

ficamente habitação, pensão de residência e outras regalias para os agentes policiais. “É possível constituir casas próprias para o pessoal das corporações? E vai a curto prazo aumentar os subsídios para atribuir ao pessoal, sobretudo, de residência? Em determinadas instalações, se não tiverem espa-ço suficiente, podemos construir maiores noutros edifícios e então aproveitá-los para construir habita-

ção”, apelou o deputado, para desta forma também “atrair a integração de mais jovens nas corporações”.

“Comparando com os funcio-nários públicos em geral, estes assumem um maior risco nas suas funções, põe a vida em cheque em prol da população. Vai procurar in-vestir mais recursos para contribuir para os índices de satisfação? Está atento às regalias do seu pessoal?”

O pedido veio reforçado pelos

LANÇADO NOVO CONCURSO PARA QUASE DUAS MIL CASAS ECONÓMICAS

Nova fronteira vai ter habitação pública

deputados Ng Kuok Cheong, que pediu dormitórios ou casas espe-cíficas para os polícias nos novos aterros, e José Pereira Coutinho, que propôs também uma reserva de terrenos. Leong Veng Chai, por sua vez, pediu estes apoios não apenas para as forças de segurança mas também para as restantes das corporações. “O pessoal militari-zado está na classe intermédia e não consegue adquirir uma casa

própria. O corpo de bombeiros também desempenha as funções em risco, bem como os inves-tigadores. Devem ter direito ao regime de pensão como garantia. Vai reequacionar esta hipótese? Construir moradias para o pesso-al?”, questionou.

Cheong Kuok Vá reagiu, mais uma vez, com a incapacidade de decidir sobre matérias que diz não serem da sua competência. “Vamos dialogar com o secretário da outra tutela [Obras Públicas e Transportes] sobre isto, incluindo para os oficiais que pertencem à classe média”, prometeu sem compromissos.

E, em resposta, enumerou ainda outras regalias já vigentes. “Um trabalho de 44 horas de trabalho semanal corresponde a 100 pontos [da tabela indiciária] como remu-neração acessória. Existe também um regime de previdência. As corporações e serviços de alfân-dega têm um regime de prémio pecuniário.”

O secretário explicou ainda que, nos últimos dois anos, vários subsídios e regalias para “protec-ção de altas entidades, oficiais da polícia judiciária” foram reforça-dos. Por outro lado, acrescentou, há “planos para renovar ou ampliar instalações”.

truídas mais 6.300 casas. Para já, o Executivo liderado por Fernando Chui Sai On afirma que mudou os planos iniciais e introduziu mais tipologias T1 e T2, a fim de “respon-der às necessidades da sociedade”.

Wong Chun Tung apresentou ainda cinco planos no âmbito da habitação pública, incluindo 694 casas na Estrada Nordeste da Taipa, cerca de 2.300 casas na Ilha Verde, 436 na zona do Fai Chi Kei e 378 na Baía Norte da mesma zona, sem esquecer as 5.288 casas na Taipa.

POUCOS T3 GERAM INSATISFAÇÃOA maior aposta do Executivo na criação de tipologias T1 já gerou contestação por parte das associa-ções. A União Geral dos Morado-res (Kai Fong), em declarações ao jornal Ou Mun, afirma que este

mês ainda surge alguma oferta de casas T3, mas que o número é insuficiente para responder às necessidades das famílias. “Há mais de 800 T1, o que já é um número grande, mas o Governo ainda vai aumentar ainda mais o número de T1. Devia aumentar o numero de casas T2, em vez

de T1”, disse Leong Kuai Peng. “Antes o Governo disse que

iria levar a concurso várias tipo-logias de casas em Dezembro, incluindo T3, mas desta vez nem sequer surgem na lista. A política recente de casas incentiva os ido-sos a viverem com as famílias, por isso os T1 e T2 não vão responder às necessidades da maioria das famílias”, disse ainda.

Wong Chun Tung não explicou as eventuais razões de não existirem T3 nesta fase de candidaturas, mas também não disse quantos T1 vão existir dentre as casas que constam no novo plano para este mês.

Este ano, o Governo já lançou mais de 1.500 casas de tipologia T1 no segmento de habitação eco-nómica, tendo recebido mais de 15 mil pedidos entre Março e Junho.

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5 políticahoje macau segunda-feira 2.12.2013

RITA MARQUES [email protected]

M AK Soi Kun avançou a receita para elimi-nação de “ovelhas negras” e “manu-

tenção de pessoal competente”. “Como conseguimos formar recursos humanos? Promoção, au-mento de salário e regalias. Para os trabalhadores o mais importante é promoção e reconhecimento. Claro que os rendimentos também são importantes”, indicou o deputado na sexta-feira, na continuação do debate sobre as políticas com o se-cretário para a Segurança, Cheong Kuok Vá.

Às recomendações seguiram--se questões sobre a formação e progressão de pessoal e novos recrutamentos. “Depois do retorno à pátria, já assume o cargo há 10 anos, já pensou num sucessor? Já pensou na formação dos seus sucessores? Tem de dar oportu-nidades aos jovens para serem formados. Há reserva de pessoal para assumir cargos de chefia e direcção? Plano para a formação de pessoal? Pensa aumentar dois anos de antiguidade a cada cinco anos para atrair mais pessoas?”, questionou.

A resposta chegou por meio de números. “Temos formado pessoal com experiência e boa ética pro-fissional. Em Janeiro vamos ter a promoção de três intendentes e cinco subintendentes. E outras comissões de prémio estão em curso. […] Damos muita atenção a esta questão de formação. Abri-mos cursos também de comando para esses intendentes, após um processo de selecção. Pessoas com aptidão para frequentarem os cursos de comandos. Podem ser escolhidos como comandantes e subcomandantes. Dos 16, nove já estão convidados a aposentarem--se”, revelou Cheong Kouk Vá.

“O deputado Mak Soi Kun pode ficar descansado, porque em termos de formação já temos

Secretário dá “atenção”à capacidade linguística dos agentesChan Hong foi a deputada a inquirir Cheong Kuok Vá sobre as “acções de formação e linguística”. “Há pessoal suficiente que domina as várias línguas? Em mandarim, o que é exigido ao agente da PSP?” O secretário para a Segurança explica que os agentes estão não apenas a ser formados em mandarim mas também em português e inglês. “Há acções para todos os agentes. A PJ, a Escola superior e o IPOR também realizaram muitos cursos de língua portuguesa. O Instituto Politécnico de Macau para língua inglesa. Existem tradutores de português para ajudar nos trabalhos diários bem como intérpretes de língua inglesa”, avançou. “Vamos ainda continuar a reforçar a capacidade dos agentes para facilitar o seu trabalho e elevar a capacidade linguística dos agentes. Há que ter pelo menos uma capacidade de conversação com os turistas.”

Colaboração com hotéis em rusgas tem sido “satisfatória”O director da PJ, Wong Sio Chak, entende que a “colaboração ao longo dos anos” dos hotéis com as autoridades tem sido “satisfatória”. “Os dirigentes de hotéis denunciam atempadamente essas acções, estes indícios. A PJ descobriu muitos crimes nos hotéis. Houve muitos casos de sucesso”, afiançou, depois de Zheng Anting ter questionado sobre a segurança nas unidades hoteleiras, relativamente ao consumo e tráfico de droga. O comandante da PSP informou que hoje há 91 caninos para detecção de drogas, perseguição e detecção de géneros explosivos. Lei Siu Peng adiantou que tem sido destacado pessoal para os diferentes postos fronteiriços para proceder à inspecção de drogas, bem como na investigação de material nos correios.

EPM rejeita contratação de deficientesLeong Veng Chai pediu a contratação de deficientes locais, nomeadamente surdos-mudos, para integrar os quadros da prisão. A sugestão veio depois do director da EPM ter anunciado a contratação de nepalenses para guardas prisionais, anunciando como boa contratação uma vez que não são corruptíveis. por não entenderem a língua falada pelos reclusos. Mas Lee Kam Cheong diz não haver “necessidade de recrutar trabalhadores com deficiência” e já ter procedido a uma “série de trabalhos de mobilidade”, garantindo ainda assim que é dada prioridade a locais.

Em 2014, haverá mais três intendentes e cinco subintendentes. Cheong Kuok Vá afiança que há “pessoal para suceder a cargos superiores” e existe margem de progresso e mobilidade das forças de segurança. O secretário para a Segurança disse, no entanto, que pretende dar “atenção à revisão do Estatuto dos Militarizados” e à “alteração de subsídios e remunerações”

SECRETÁRIO PARA A SEGURANÇA ASSEGURA QUE HÁ PESSOAL“COM EXPERIÊNCIA” PARA CARGOS DE CHEFIA E DIRECÇÃO

“Sucessores” estãoa ser formados

CHEONG KUOK VÁ GARANTE HAVER “SANÇÕES E PRÉMIOS”Este ano, 512 funcionários das forças de segurança foram premiados. Cheong Kuok Vá afiançou que, tal como “há sanções, há prémios” e, por isso, destacou, houve 230 agentes da PSP e 89 agentes da PJ distinguidos, entre outros, até Setembro. À parte dos 900 processos disciplinares instaurados, o secretário para a Segurança assegurou ainda que existe um “mecanismo de apresentação de queixas” para os funcionários, avaliado por outras unidades que não aquelas a que pertencem. Quanto às pressões sentidas pelos agentes, levantadas por vários deputados, o secretário prometeu “mais apoio psicológico” aos trabalhadores que “comuniquem” as dificuldades sentidas.

programas e vamos continuar a formar sucessores. E já temos pessoal para suceder a esses car-gos superiores.”

O secretário avançou também que está a “prestar atenção à revi-são do Estatuto dos Militarizados das Forças de Segurança de Ma-cau” e à “alteração de subsídios e remunerações” para, dessa forma, alargar a carreira de base e criar também mais oportunidades de progresso. No entanto, afiançou, há já hoje mobilidade ascendente. “Há mais oportunidades de mo-bilidade. Há mais percentagens de chefe e subchefes”, indicou.

IDADE DE APOSENTAÇÃODOS AGENTES É CURTAJosé Pereira Coutinho, por sua vez, recomendou a Cheong Kuok Vá que sugerisse “boas soluções ao Chefe do Executivo para evitar a perda de pessoal e reter os quadros qualificados na corporações” e a aplicação do “regime de aposentação”. “Em

2007, foi prolongado o regime de providência e todos os funcio-nários públicos deixaram de ter a pensão de aposentação. Qual o atractivo para serem funcionários públicos? Pensão de habitação e aposentação são os atractivos.”

Apesar da diminuição de 100 oficiais, que se aposentaram ou foram transferidos para a Polícia -Judiciária (PJ), o secretário in-dicou que são três os cursos que existem anualmente, com cerca de 200 formandos cada. “Em dois anos podemos ter 600 novos ele-mentos, por um ano 300 e assim minimizar a pressão sentida pelo pessoal”, afiançou.

Sobre o regime aposentação

de pessoal, além de esclarecer que apenas magistrados e policiais vítimas de acidentes de trabalho beneficiam desta pensão, diploma aprovado por “muitos votos” na AL, nada foi afiançado. Cheong Kuok Vá entende, no entanto, que a idade de reforma é curta, sobre-tudo quando comparado com a Europa. “Com 48 ou 49 anos já se podiam aposentar. Mas hoje em dia isso é um desperdício de recursos. Em Portugal, a aposen-tação é aos 66 anos. Em Macau, mesmo com 55 anos de idade, podiam continuar a trabalhar para as corporações e a servir a sociedade”, declarou o secretário para a Segurança.

Cheong Kuok Vá

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6 hoje macau segunda-feira 2.12.2013SOCIEDADE

CECÍLIA L [email protected]

D EPOIS da palestra da semana passada sobre os salários das empre-gadas domésticas, a

Associação Novo Macau (ANM) organizou, ontem, mais um debate sobre esta área laboral, mas desta vez chamou o patronato. Cerca de 20 empregadores estiveram presentes na sede da associação para protestar contra o facto da qualidade do serviço não estar de acordo com o salário pago.

Os patrões queixam-se que os salários já passam das quatro mil patacas, mas que a qualidade das empregadas não satisfaz os requisitos e causa até danos de vária ordem às famílias. Sem dize-rem o nome, foram apresentando

Macau cumpre regras sobre informações fiscaisDecorreu nos passados dias 21 e 22 de Novembro em Jacarta, na Indonésia, a 6.ª Reunião do Fórum Global sobre transparência e troca de informações para fins fiscais, onde foi aprovado o relatório da segunda fase de avaliação da RAEM. Segundo um comunicado oficial, tal avaliação é sinal de que a RAEM “atingiu, em termos legais e na execução prática, o padrão internacional acordado para a implementação da troca de informações para fins fiscais”. Mas a reunião serviu ainda para o inicio da adopção do sistema geral de avaliação dos 50 países que compõem o Fórum, onde se inclui Macau. A avaliação serviu para classificar e comparar os relatórios, e a conclusão foi de que “a RAEM obteve a classificação de maioritariamente em cumprimento”, no que diz respeito às regras internacionais de troca de informações fiscais. “Vem simbolizar que a RAEM já possui capacidade suficiente, tendo já atingido o padrão internacionalmente acordado na execução de troca de informações para efeitos fiscais, reflectindo ainda que a RAEM assumiu o compromisso na cooperação fiscal internacional.”

TJB condena 12 pessoas por violação da Lei EleitoralO Tribunal Judicial de Base (TJB) condenou em Setembro último 12 pessoas de crimes contra a Lei Eleitoral em vigor, sendo que uma pessoa foi absolvida. Em comunicado oficial, é referido que 11 dos 12 arguidos “praticaram o crime de desobediência qualificada por terem usado, sem autorização prévia da Comissão para os Assuntos Eleitorais (CAEAL), nas assembleias de voto, equipamentos de telecomunicação e aparelhos de registo e captação de imagem em fotografia ou vídeo. Entre os quais dez foram condenados na pena de multa, por terem confessado culpados, e um foi condenado na pena de três meses de prisão suspensa na sua execução pelo período de dois anos, por não ter confessado nem arrependido”. Outro dos 12 arguidos “foi condenado a uma pena de três meses de prisão, substituída por 90 dias de multa, por ter votado no dia de eleição, vestindo-se com camisola com logotipo de colégio eleitoral, constituindo um crime de propaganda no dia de eleição”.

PALESTRA ANM PATRÕES DE EMPREGADAS DOMÉSTICAS FALAM EM DANOS

Qualidade não satisfaz requisitos

Nos primeiros dias não podemos saber se as empregadas não são boas profissionais, porque no início fazem tudo perfeito. Só depois de pedirem o ‘blue card’ começam a fazer um trabalho pior, e quando o cartão for aprovado não podemos despedir, porque temos de pagar as compensações, que são dois meses de salário PATRÕES

sugestões, um a um. “Pedimos uma lei para as agências das em-pregadas domésticas e outra lei individual só para as empregadas. As leis existentes não resolvem o problema da demissão irracional das empregadas, porque os pa-trões têm de pagar compensações quando estas não conseguem fazer o seu trabalho e são despedidas antes do contrato chegar ao fim.”

Os presentes queixam-se ain-da que as leis actuais protegem em demasia os direitos de quem contratam. “Nos primeiros dias não podemos saber se as empre-gadas não são boas profissionais, porque no início fazem tudo perfeito. Só depois de pedirem o ‘blue card’ começam a fazer um trabalho pior, e quando o cartão for aprovado não podemos despedir, porque temos de pagar

as compensações, que são dois meses de salário.”

E dão mais exemplos de dese-quilíbrios na legislação. “Para os residentes cada emprego precisa de aprovação para a residência em cerca de três meses, mas para as empregadas domésticas demora entre três a quatro dias. Mas se as despedirmos por um mau trabalho temos de pagar compensações, e a verdade é que, se uma estrangeira for despedida, por continuar a pro-curar trabalho e até pode mudar o tipo de emprego e ir para um hotel.”

IMPORTAR TRAZ INFLAÇÃOMuitos mostraram-se ainda preo-cupados quanto à futura vaga de importação de empregadas domés-ticas do continente, defendendo que isso vai aumentar os salários pagos às empregadas estrangei-ras. “Não conseguimos recrutar empregadas pagando seis ou sete mil patacas por mês, porque num salário de quatro mil já gastamos cerca de dez mil patacas, por in-clui alimentação, viagens para o seu país e produtos no dia-a-dia. A importação do continente pode trazer um sentimento de injustiça junto das empregadas estrangeiras e o salário vai forçosamente subir, não poderemos suportar.”

ELAS ASSEDIAMOs patrões queixaram-se ainda de situações provocadas pelas

empregadas, desde assédio sexual ao marido ou ameaças aos fami-liares depois do despedimento. Há ainda casos de abusos a idosos e crianças e roubos.

A situação do alojamento tam-bém gera descontentamento. “Ma-cau é uma região muito especial, porque a maioria dos empregados trabalham por turnos e precisamos de empregadas para dormir em casa. A lei de Hong Kong regula que todas têm de dormir na casa dos patrões, mas em Macau ainda não existe isso. Muitas não querem dormir na casa dos patrões, mas o motivo pelo qual contratamos empregadas é para cuidarem das crianças à noite.”

O HM contactou o Gabinete de Recursos Humanos (GRH) quanto a este assunto, mas a res-posta foi a de que a nova lei de contratação de não residentes já regula a mudança de emprego, “a fim de garantir o desenvolvimento estável do mercado laboral e os interesses dos patrões e empre-gados”.

GOVERNO NÃO FOI À PALESTRAJason Chao, presidente da ANM, confirmou aos jornalistas que, para além de ter convidado re-presentantes do GRH, chamou membros dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e Polícia de Segurança Pública (PSP), mas todos negaram indis-ponibilidade para estar presen-tes. Chao prometeu recolher as opiniões dos patrões e entregar junto dos respectivos serviços. Os deputados Au Kam San e Ng Kuok Cheong, eleitos pela ANM, também irão entregar interpela-ções ao Governo.

Duas dezenas de patrões estiveram ontem na sede da Associação Novo Macau a debater a situação das empregadas domésticas. Queixam-se da má qualidade do serviço, pedem novas leis e até falam de casos de assédio sexual e roubos

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7 sociedadehoje macau segunda-feira 2.12.2013

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 410/AI/2013

-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor 陳錦基(portador de Hong Kong Permanent Identity Card n.°K3749xxx), que na sequência do Auto de Notícia n.° 81.1/DI-AI/2011 de 09.11.2011, levantado pela DST, por controlar a fracção autónoma situada na Rua de Nagasaki, N.° 80, Edf. Kam Fung Tai Ha-Kam Fung, Bloco 1, 10.° andar B e utilizada para a prestação ilegal de alojamento, bem como por despacho da signatária de 15.11.2013 exarado no Relatório n.° 476/DI/2013, de 01.11.2013 lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas), e ordenada a cessação imediata da prestação ilegal de alojamento no prédio ou da fracção autónoma em causa, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e n.° 1 do artigo 15.°, todos da Lei n.° 3/2010. -------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. ----------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo, a interpor no prazo de 60 dias, conforme estipulado na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro e no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010. --------------------------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. ---------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. ------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 15 de Novembro de 2013.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 411/AI/2013

-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se a infractora 晏萍(portadora do Salvo-Conduto para Deslocação a Hong Kong e Macau da RPC n.° W52902XXX), que na sequência do Auto de Notícia n.° 81/DI-AI/2011 de 09.11.2011, levantado pela DST, por prestação ilegal de alojamento da fracção autónoma situada na Rua de Nagasaki, n.° 80, Edf. Kam Fung Tai Ha - Kam Fung, Bloco 1, 10.° andar B, bem como por despacho da signatária de 15.11.2013, exarado no Relatório n.° 477/DI/2013, de 01. 11.2013 lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas), e ordenada a cessação imediata da prestação ilegal de alojamento no prédio ou da fracção autónoma em causa, nos termos do n.°1 do artigo 10.° e n.°1 do artigo 15.°, todos da Lei n.° 3/2010. -------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o n.° 1 do artigo 16.° da Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. --------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo, a interpor no prazo de 60 dias, conforme estipulado na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro e no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010. ------------------------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. ------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. ---------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 15 de Novembro de 2013.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

O choque de um ferryboat ultra-rá-pido de transporte de passageiros,

que fazia a ligação marítima de Hong-Kong para Macau, com um “objecto não identificado”, causou, no sábado, 80 feridos, anunciou o Departamento da Marinha de Hong-Kong. “Segundo as informações re-cebidas no Departamento da Marinha, 85 pessoas no ferry ficaram feridas e, entre estas, três são considerados como estando gravemente feridas”, disse o porta-voz do Governo de Hong-Kong à agência noti-ciosa AFP.

Constituída nova empresa na área da engenhariaChama-se “Projecto.Detalhe Macau” e é a nova empresa do ramo da energia e infra-estruturas a ser criada em Macau, numa parceria entre a “Projecto.Detalhe – Global Engineering” e empresas locais. Segundo um comunicado, “a Projecto.Detalhe Macau terá como principais áreas de actividade a energia e infra-estruturas, duas necessidades identificadas pelo grupo português de engenharia em Macau.” Joaquim Neto Filipe, CEO da empresa, garante que esta constituição “surge na sequência de oportunidades detectadas há cerca de um ano, quando a Projecto.Detalhe foi seleccionada para prestar serviços de engenharia e fiscalização na construção de duas subestações no Metro Ligeiro de Macau”. Pier Polita, italiano e um dos gestores da empresa, espera “encontrar um ambiente de negócios de tipo internacional”. Para já, a “Projecto.Detalhe Macau” afirma estar a concorrer a trabalhos “de energia e infra-estruturas no país”, mas que, a médio e longo prazo, “os objectivos passam pela criação de um hub regional que possa fornecer serviços a países circundantes como Malásia e Singapura, estendendo a oferta de serviços à área do petróleo”.

Macau aumenta exportações em 9% mas agrava défice comercialA RAEM exportou produtos no valor de 7,43 mil milhões de patacas entre Janeiro e Outubro, um aumento de 9% em termos anuais que não impediu um agravamento de 14% do défice da balança comercial. Dados estatísticos oficiais divulgados indicam que o crescimento das vendas de Macau ao exterior se ficou a dever à subida da reexportação de produtos (+18%), que totalizou 5,76 mil milhões de patacas, contra uma queda de 13% da exportação doméstica, para 1,67 mil milhões de patacas. Por outro lado, no mesmo período, as importações de Macau subiram 13%, para um total de 65,70 mil milhões de patacas, elevando o défice comercial para 58,27 mil milhões de patacas, mais 14% do que o acumulado no mesmo período de 2012. Consequentemente, o défice da balança comercial de Outubro alcançou 6,45 mil milhões de patacas, sofrendo um agravamento de 24%.

PORTUGUESA FERIDA EM ACIDENTE DE FERRYBOAT ENTRE HONG KONG E MACAU

Objecto não identificado provoca 85 feridos

PALESTRA ANM PATRÕES DE EMPREGADAS DOMÉSTICAS FALAM EM DANOS

Qualidade não satisfaz requisitos

A colisão do “Madeira” ocorreu às 1h20, perto da pe-quena ilha de Hei Ling Chau, acrescentou.

Depois do acidente, o ferry conseguiu chegar a um dos terminais do centro de Hong Kong, o de Sheung Wan, onde uma dezena de ambulâncias estava à espera dos feridos, disse ainda o porta-voz.

A bordo do navio estavam 105 passageiros e 10 tripulan-tes e não há relatos de pessoas desaparecidas. “De repente houve um grande barulho. O ferry tremeu. Depois vários passageiros foram projectados para fora dos lugares”, deta-

lhou um passageiro, Wong, citado por um sítio de um jornal local na Internet.

PORTUGUESA A BORDOUma cidadã portuguesa ficou ligeiramente ferida no aci-dente, disse à agência Lusa o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Vítor Sereno.

De acordo com o diploma-ta português, que foi alertado para o acidente ainda de ma-drugada e iniciou contactos com as autoridades de Hong Kong, a cidadã portuguesa “é residente em Macau e teve apenas pequenas escoriações,

estando já a caminho do ter-ritório”. “Conseguimos iden-tificar a cidadã portuguesa e estabelecer o contacto e sabe-mos que está bem, que apenas teve ligeiras escoriações e está já a caminho de Macau sem qualquer problema”, acres-centou Vítor Sereno.

O diplomata disse tam-bém que as autoridades de Hong Kong revelaram que o acidente com o navio da Tur-boJet, empresa fundada pelo magnata dos casinos Stanley Ho, provocou 85 feridos, sen-do que três são considerados “graves”. “Os feridos estão internados em seis hospitais de Hong Kong”, disse Vítor Sereno ao salientar ainda que entre estes há 25 homens e 21 mulheres.

MACAU DESTACA PESSOAL PARA HONG KONGO Governo de Macau desta-cou pessoal para Hong Kong para prestar assistência após o acidente com um ‘ferry’ que estabelecia a ligação entre as duas Regiões Administrativas Especiais.

Em comunicado, a Direc-ção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSA-MA, antiga Capitania dos Portos), informa ter enviado, a par com o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo, pessoal para a antiga colónia britânica para prestar ajuda aos 16 residentes de Macau feridos.

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8 hoje macau segunda-feira 2.12.2013CHINA

MARIA JOÃO BELCHIOREm Pequim

S E a Internet vai mudar a China ou se a China vai mudar a Internet, parece já não haver dúvidas - não

se sabe. Todas as previsões foram erradas e o clássico de não haver prognósticos antes do jogo, parece aplicar-se. As teorias que previam uma democratização quase como consequência directa, não passa-ram à prática e a presa e o sistema que a prende, parecem dar-se cada vez melhor.

Um relatório do Economist Inteliigence Unit, o think tank da revista britânica, analisou mais uma vez este ano o fenómeno da rede mundial da China, o país onde a rede mais cresce exponencial-mente, apesar de todas as regras. E as conclusões são prudentes. Para quem procura mais liberdade, a postura é de que mesmo sendo uma gaiola, é preciso saber aproveitar o espaço lá dentro.

NA DÚVIDA, CENSURA-SEA expansão da rede na China tem desafiado até o mais ousado dos pensadores. Coordenada e contro-lada em conteúdos definidos pelo governo, e por vezes a um ritmo que muda diariamente, a internet tornou-se, à semelhança de outros países, um negócio comercial com lucros a ultrapassar os biliões. Os gigantes da rede chinesa, Tecent e Baidu, são das maiores empresas do mundo no sector. Mas para quem trabalha lá dentro, a mensa-gem é clara e o negócio corre bem desde que se saiba o que controlar e quando.

As palavras chave mais censu-radas são frequentemente políticas ou relacionadas com membros do governo. A semelhança de sons entre diferentes caracteres chineses leva a que, muitas vezes, quem pro-cura criticar alguma coisa, o faça utilizando um carácter homófono mas com outro sentido. A tendên-cia já está tão generalizada que se tornou uma nova forma de humor e criatividade na rede.

Cada vez mais normal e co-mum entre os jovens, a compra de serviços de IP no estrangeiro, como forma de evitar a censura, é de certa forma tolerada por aqueles que escondidos em algum local na China, controlam quem tem acesso e ao quê.

Mas será que este controle pode manter-se indefinidamente? O relatório do EIU considera que não, que há razões para outro sentido. De uma tendência em que os utilizadores eram urbanos e

PAÍS ONDE A REDE MAIS CRESCE EXPONENCIALMENTE, APESAR DE TODAS AS REGRAS

A gaiola gigante da Internet

educados, a internet hoje tem cada vez mais adeptos no meio rural que entram online para ver séries, jogar jogos ou ouvir música. A população online da China supera a da Europa e dos Estados Unidos juntos. E é um grupo que continua a crescer numa heterogeneidade que se define a cada ano.

EXÉRCITO DOS 5 MAOTerá nascido em 2005 como necessidade de resposta ao cres-cente interesse da população pelas chamadas salas de chat, as conversações online. Segundo a reportagem especial do Economist, o grupo dos 5 Mao nasceu como forma de provocação entre a co-munidade online, numa tentativa de despertar reacções entre quem conversava, apelando a sentimen-tos mais patrióticos, nacionalistas e partidários. Por cada comentário, os activistas deste movimento re-ceberão 5 mao, isto é, metade de um renmnibi. Não se sabe até que ponto isto é de facto, real. Depois de muita especulação sobre a exis-tência deste grupo, a própria lenda urbana tornou-se anedota na rede

e ser apelidado de ser parte dos “5 Mao” é uma forma de crítica entre as vozes mais fora do sistema que se movimentam online. Se por um lado, defender o governo é visto como louvável, e mais seguro na perspectiva de alguns, por outro, os comentários começam a ser a crítica de si mesmos, se forem demasiado pró-políticas centrais. Os temas da comunidade online que debate todos os dias através dos microblogues e de comentários noutras páginas, são cada vez mais abrangentes.

O ambiente é um dos tópicos que saltou para as primeiras linhas de comentários entre a nova classe online chinesa. Um dos exemplos é Pan Shiyi, um multi-milionário do sector imobiliário em Pequim, que junta milhões de seguidores na sua conta Weibo. Perante a má qua-lidade do ar na capital, aquele que é um dos principais responsáveis pelo redesenhar arquitectónico de Pequim nos últimos anos, coloca publicamente perguntas sobre o que se respira e até quando na cidade. Mensagens que, à primeira vista, são inofensivas, tornam-se virais

multiplicando-se e assumindo-se por vezes como a forma mais direc-ta, e a única possível, da população falar com o governo.

Para o escritor Han Han, um fenómeno de escrita que se popu-larizou inicialmente pela internet, a forma de protesto virtual que passou a ser comum nos últimos anos, tem dois efeitos. Se por um lado, ajuda como escape para as queixas da sociedade, por outro, contribui para uma certa estagna-ção porque ninguém pensa ir mais além do que o comentário online a pedir justificações ao governo, seja este local ou central. Porém, se olhado em perspectiva num período de uma década, a evolução da sociedade civil chinesa que usa a net como principal canal de comunicação, seria impensável há dez anos atrás. E seguindo o mesmo raciocínio, estamos perante uma esfera em movimento que não vai parar. Mesmo que a direcção ainda seja em parte desconhecida.

CIBER-SEGURANÇANão são melhores nem mais sofis-ticados que os russos ou os norte-

-americanos mas actuam numa forma muito especial. Assim são descritos os piratas informáticos que trabalham a partir da China. A principal característica é que actu-am em larga escala e não têm tanto receio de ser interceptados porque ao dispararem em tantas frentes, correm riscos maiores de ser apanhados. Mas sejam acusações de ataques a contas pessoais, ou a organizações não-governamentais, a empresas privadas e públicas, ou mesmo institutos públicos, a China continua a negar estar por detrás de qualquer ataque. E ao ser confrontada com provas, responde com outras provas, exemplos de ataques perpetuados por outros países. Além da questão da em-presa Google, que abandonou os escritórios de Pequim e mudou--se para Hong Kong, dificilmente uma empresa privada faz frente à China neste momento. Os valores monetários em causa são muitas vezes altos demais para arriscar.

A ciber-segurança é uma área do direito internacional que vai receber cada vez mais atenção. Os ciber-ataques dos últimos anos ainda são sobretudo uma troca de acusações em vez de uma ameaça conhecida. Apenas os principais envolvidos sabem o que se esconde atrás da circulação da rede. As cinco áreas mais sus-ceptíveis de se tornarem alvo da espionagem informática passam pelas tecnologias de informação em primeiro lugar, o sector aero-espacial, satélites e comunicações, a pesquisa científica e a energia. Interesses transversais a todos os países envolvidos no novo jogo de estratégia virtual.

Em Dezembro do ano passado numa conferência das Nações Unidas sobre telecomunicações, as duas visões sobre o futuro da rede confrontaram-se no que deve vir a ser um dos debates dos pró-ximos anos. De um lado, a União Europeia, os Estados Unidos e outros países desenvolvidos que defendem uma rede livre sem intervenção do Estado. Do outro, alinham-se a China, a Rússia, o Sudão, a Arábia Saudita e outros Estados autoritários, que falam de uma internet controlada, tanto ao nível do conteúdo como do acesso. Duas visões da mesma rede, dois formatos para o mesmo objecto, e que não vão facilmente encontrar um consenso. Se para a China e a Rússia, e outros 87 países que votaram a favor, a rede deve ser um instrumento que pode ser utilizado pelo Estado, para os outros, o que melhor caracteriza o sistema é exactamente a liberdade de circulação e acesso, ainda que virtual. No Dubai, onde decorreu a conferência do ano passado, não houve resoluções finais embora o modelo de controle tenha cada vez mais adeptos. Mas, à semelhança da internet, a seguir a uma página, há normalmente outra.

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9 chinahoje macau segunda-feira 2.12.2013

A China deu sex-ta-feira ordem para descolar de urgência aviões

de combate para verificar a identidade de aeronaves norte-americanas e japone-sas que entraram na sua nova zona de defesa aérea, anun-ciaram os media oficiais. “Vários aviões de combate foram enviados de urgência para verificar a identidade” de aviões americanos e japo-neses que entraram na zona de identificação da defesa aé-rea estabelecida por Pequim no fim de semana passado, anunciou a agência Nova China, que cita um porta-voz da força aérea, Shen Jinke.

Os aparelhos chineses, incluindo pelo menos dois caças, identificaram dois aviões de vigilância norte--americanos e 10 aeronaves japonesas, incluindo um F-15, disse Shen.

A mesma fonte acres-centou que a força aérea tem a missão de monitorizar aviões estrangeiros na zona, “ao longo de todo o processo, com identificação atempada”.

A China criou no final do mês passado a nova zona de identificação de defesa no Mar da China Oriental que inclui as ilhas Diaoyu, administradas por Tóquio e reclamadas por Pequim.

No mesmo dia os media chineses exigiram “contra--medidas atempadas sem hesitação” se o Japão violar a nova zona de defesa aérea.

Ainda na sexta-feira os EUA responderam garan-tindo que irão continuar a operar na área. “Nós temos voos que atravessam o espaço aéreo internacional através do Pacífico, onde está a zona de identificação aérea”, afirmou o coronel Steve Warren, responsável do serviço de imprensa do Pentágono.

Porta-aviões “Liaoning” atracou na ilha de HainãoO porta-aviões chinês “Liaoning” atracou sexta-feira pela primeira vez numa base militar do Mar do Sul da China onde o gigante asiático mantém disputas territoriais com países vizinhos e num momento de aumento da tensão regional. Segundo a agência Xinhua o “Liaoning” tinha zarpado terça-feira do porto de Qingdao, cruzou o Estreito da Formosa e chegou sexta-feira à base de Sanya, na ilha de Hainão. Na sua primeira missão em águas diferentes da sua base original no Mar Amarelo, o porta-aviões é acompanhado pelos ‘destroyers’ “Shenyang” e “Shijiazhuang” e pelas fragatas “Yantai” e “Weifang”. O “Liaoning” é um navio chinês construído com um antigo porta-aviões soviético que a China adquiriu à Ucrânia.

Pequim Novo restaurante português aposta no frango no churrasco

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Plano de comparticipação pecuniária no desenvolvimento económico para o ano de 2010

1. O prazo limite para a apresentação do pedido de atribuição do Plano de comparticipação pecuniária no desenvolvimento económico para o ano de 2010 é fixado em 31 de Dezembro do corrente ano.

2. Os indivíduos que satisfaçam os requisitos de atribuição, mas não tenham ainda formulado o pedido, devem dirigir-se até ao termo do prazo supracitado ao Centro de Serviços do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, sito na Avenida da Praia Grande, n.ºs 762-804, Edifício “China Plaza”, 2.º andar, Macau, para efeitos de tratamento das respectivas formalidades.

3. Por último, solicita-se que os cheques ainda não sacados sejam apresentados, com a maior brevidade, junto de qualquer instituição bancária de Macau.

Macau, aos 01 de Dezembro de 2013.

ILHAS DIAOYU PEQUIM ENVIA AVIÕES DE COMBATE PARA NOVA ÁREA DE DEFESA. EUA E JAPÃO NÃO DESARMAM

Turbulência perigosa

“Estes voos são coeren-tes com as políticas [norte-]americanas, conhecidas desde há muito, sobre a liber-dade de navegação, aplicada em vários locais no mundo”, acrescentou o coronel War-ren, em comunicado.

“Posso confirmar que os EUA operam e vão continuar a operar normalmente na zona”, rematou.

Já no sábado, o Japão disse que não detectou presença “significativa” de caças chineses na zona de identificação. “Não foram detectados movimentos de aviões chineses que possa-mos classificar como signi-

ficativos, tais como um caça que se tenha aproximado da zona de forma rápida”, disse o ministro japonês da Defesa, Itsunori Onodera, em declarações à agência Kyodo.

A discussão sobre a soberania das ilhas tem pro-vocado momentos de tensão entre China e Japão tudo porque especialistas acre-ditam que estas possuem importantes reservas de petróleo e gás, combustíveis essenciais ao desenvolvi-mento de ambos os países.

A nova zona de iden-tificação chinesa tem sido criticada pelo Japão, Estados

Unidos, Coreia do Sul e até pela Austrália.

No dia 23 de Novembro, as autoridades chinesas ins-tauraram unilateralmente uma zona aérea de identifica-ção sobre uma grande parte do Mar da China Oriental, entre a Coreia do Sul e Taiwan, englobando o pequeno arqui-pélago das Diaoyu controlado por Tóquio. O Japão e a Co-reia do Sul tinham afirmado na quinta-feira que tinham en-viado aviões para a zona sem ter informado as autoridades chinesas, depois de sobrevoos idênticos feitos no início da semana por dois bombardei-ros norte-americanos.

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OS habitantes de Pe-quim apreciadores de

frango no churrasco já têm onde satisfazer o gosto: no “Dom Frango”, restaurante luso-chinês inaugurado no fim de semana, com uma equipa de cozinheiros formada por um ‘chef’ do Porto. “A carne de que os chineses gostam mais, mais do que vaca, é a de frango. Os frangos são maiores e um pouco mais secos do que os nossos, mas aca-bámos por encontrar um fornecedor que nos arranja um de 800 gramas”, disse o sócio português da empre-sa, Alfredo Sá Couto.

É o segundo restaurante português de Pequim, com cerca de 80 lugares, mas ao contrário do “Camões”, aberto em 2008 num hotel de cinco estrelas, o “Dom Frango” fica num concor-rido centro comercial da 3.ª Circular da cidade.

Além do “produto de eleição” (frango no chur-rasco), o novo restaurante serve caldo verde, amêijoas à Bulhão Pato, bife à portu-guesa, açorda de gambas e outros pratos típicos.

O menu, incluindo uma carta com vinhos de Portugal, Espanha e ou-tros países, está escrito em

chinês, português e inglês. “Queremos dar a conhecer novos sabores. Sabemos que há uma nova classe média chinesa que gosta de jantar fora e de experi-mentar coisas novas”, disse o gerente Alexandre Prata.

A localização - junto à entrada de uma grande sala de cinema - também pode ajudar: “Às 10 da manhã já gente a ir ao cinema”, con-tou Armindo Alves, profes-sor da Escola de Hotelaria e Turismo do Porto que durante dois meses esteve em Pequim a formar os oito cozinheiros chineses do “Dom Frango”. “Faltam muitos ingredientes a que estamos habituados, como o bacalhau, por exemplo, e a comunicação é um problema, mas acho que vai resultar bem”, afirmou o ´chef´ português.

O embaixador de Portu-gal na China, Jorge Torres--Pereira, saudou a abertura do “Dom Frango” como “um bom exemplo do que empresários portugueses e chineses podem fazer juntos”. “A partir de agora, aos fins de semana, se qui-serem saber por onde anda o embaixador de Portugal, é só passarem por aqui”, disse o diplomata.

Page 10: Hoje Macau 2 DEZ 2013 #2986

10 hoje macau segunda-feira 2.12.2013MACAENSESO debate do que se é hoje e a projecção do que se será. É este o mote de mais um Encontro das Comunidades Macaenses, que dura até ao próximo Sábado. Três macaenses comentam uma reunião que também é sua e que servirá, segundo eles, para manter viva uma cultura única. O sociólogo Paulo Godinho destaca a importância que o actual Governo dá e o papel relevante dos macaenses a nível associativo e cultural

ANDREIA SOFIA [email protected]

“S E me disserem que um macaense é um chinês eu não me identifico com

isso, porque penso muito à portuguesa. Mas não é tudo, é engraçado. Sinto-me chi-nês e português ao mesmo tempo.” Henrique Madeira Carvalho auto-define-se assim. Nascido em Macau, este empresário tem naciona-lidade chinesa, mas ao longo da conversa com o HM não deixa de explicar por miúdos esta miscigenação tão própria da comunidade a que per-tence. “Está a telefonar-me e eu estou a trabalhar, e é Domingo. Se calhar se fosse só português escolhia este dia para descansar.”

O telefonema a meio do trabalho serve para pedir um comentário ao Encontro das Comunidades Macaenses

(ECM), que já começou no sábado com um evento na Escola Portuguesa de Macau (EPM) e que teve ontem o seu arranque oficial com um jantar, onde esteve presente o Chefe do Executivo.

Henrique Madeira Carva-lho não tem dúvidas de que “como macaenses sentimos que este tipo de encontros é muito bom, enquanto ainda pode acontecer. Porque de-pois no futuro não sei como vai ser”. “É muito bom para podermos estar juntos e olhar para o nosso passado, porque ninguém avança para a frente sem olhar para o passado”, assegura.

Opinião semelhante tem Adriano Marques. “Temos a oportunidade de estar com os nossos familiares e amigos, e já se sabe que os macaenses estão espalhados pelo Brasil,

Austrália... Eu, por exemplo, tenho irmãos nos Estados Uni-dos. É muito importante para manter a nossa cultura, agora e no futuro também. Devemos continuar este encontro”, diz ao HM.

Há muito que a sua reali-zação faz parte do calendário de todos os que nasceram em Macau, independentemente de viverem cá ou não. De

três em três anos pegam nas suas malas e vêm visitar a terra que nunca abandonaram por completo. Este ano são esperados 800 macaenses da diáspora.

José Luís Sales Marques, presidente da Comissão Executiva do ECM, disse à agência Lusa esperar que “seja um encontro com um grande sucesso (...) é um

número muito bom numa altura em que o mundo passa por algumas dificuldades a nível económico”.

Sales Marques não duvi-da de que “o encontro é um momento de grande unidade entre macaenses espalhados pelo mundo e é um momento de reencontro, de reafirmação da nossa identidade cultural”. O ECM “tem um valor sim-

bólico, mas também prático, na medida em que, por causa do encontro, novos contactos e relações podem ser estabe-lecidas”.

A DIMENSÃO CULTURAL DA COMUNIDADEIsabel Manhão foi outra das macaenses que marcou presença no encontro. Ao HM, afirma não ter dúvida de que se trata “de uma coisa boa” para a comunidade. “É uma boa oportunidade para nos encontrarmos. Já estou a ver muita gente a vir e a cumprimentar-se, e mesmo quem não se conhece diz ‘ah, também é macaense!’”

Para além de uma agenda carregada de visitas a lugares icónicos de Macau e outras sessões solenes, o ECM traz debates. O primeiro decorre hoje e versa sobre a “Iden-

O Executivo de Edmund Ho foi excelente connosco, porque ele próprio, quando era jovem, tinha muitos amigos macaenses. E ele era uma pessoa ponderada e sabia lidar com as relações entre chineses e portugueses. Quando ele foi Chefe do Executivo fez o que pôde para manter isso, mas agora este Executivo também tem essa tendência, embora a situação talvez seja um bocado diferente HENRIQUE MADEIRA CARVALHO

MACAENSES COMENTAM ENCONTRO SOBRE A SUA COMUNIDADE

“Ninguém avança sem olhar para o passado”

ENCONTRO DASCOMUNIDADES

Page 11: Hoje Macau 2 DEZ 2013 #2986

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11 encontro das comunidades macaenseshoje macau segunda-feira 2.12.2013

tidade Macaense”, havendo outros sobre o Fórum Macau e o “papel cultural das casas de Macau”.

Isabel Manhão não tem dúvidas de que, quantos mais temas se levarem a debate, “melhor”. “(Se o encontro não se realizar) o ser-se ma-caense vai perder-se com o desenrolar dos tempos, e é pena. Muitos macaenses, e até locais, têm mais interesse no patuá e na gastronomia, e eu própria estou a dar mais atenção ao patuá. Gostava muito de aprender”, diz, com sorrisos.

O sociólogo Paulo Godi-nho garante que o ECM “tem muito a ver com uma outra dimensão da comunidade, pelo facto de, ao longo dos anos, ter tido uma tendência

para a emigração, levando consigo as suas tradições, algo que conseguiram preservar até hoje”.

Apesar da sua pequena dimensão, os macaenses são hoje importantes. “É relevante na sociedade porque provavelmente é a única com laços a Macau desde o seu início, e aquela que estabeleceu uma relação mais profunda com Macau desde há 500 anos.”

“Não tem uma dimensão muito grande, se conside-rarmos o facto de existirem quase 600 mil habitantes e muitos não residentes”, lembra. “Mas o peso da comunidade em termos de memórias tem uma grande importância, e que se pode constatar a nível associativo

e cultural. É muito importan-te, porque a existir um papel cultural de Macau passa pela comunidade macaense, que mostra que Macau é diferen-te da China, é uma realidade viva dessa miscigenação”, diz Paulo Godinho.

GOVERNO ATENTO ÀS MINORIASNão só o ECM tem sempre data marcada no calendário como é frequente a presença do Chefe do Executivo nas cerimónias oficiais de aber-tura. Significa, de facto, que o actual Governo da RAEM olha para a comunidade ma-caense com atenção? Sales Marques disse à Lusa que a presença de Xu Ze, subdi-rector do Gabinete para os Assuntos de Macau e Hong Kong do Conselho de Estado da RPC “é exemplo da for-ma como a China olha para a comunidade macaense e da importância que lhe dá”. Disse ainda que “é o apoio do Governo de Macau que torna realmente possível so-nharmos com este encontro”.

Paulo Godinho assegura que o actual Executivo deseja manter as minorias. “Conti-nua preocupado em manter o fundamental da vida de Macau como ela existia até à criação da RAEM. Temos hoje imensos macaenses que estão em órgãos consultivos do Governo, que por um lado percebe (essa dimensão), porque é liderado por pessoas que vêm de famílias tradicio-nais de Macau e que tinham essa ligação com as famílias macaenses.”

Em tempos que já lá vão, “a comunidade tinha um papel muito relevante na ligação entre a comuni-dade portuguesa e chinesa, ao nível dos negócios. Independentemente da in-ternacionalização de Macau

e da explosão dos casinos continua-se a olhar para a comunidade como sendo fundamental para o futuro e dão projecção, fazendo sempre questão de apoiar este tipo de iniciativas, porque vai sempre alguém do Governo.”

Contudo, Paulo Godi-nho não deixa de apontar a questão política. “Face à sua pouca dimensão a comunida-de não pode ter pretensões de ter grande visibilidade política, principalmente se falarmos do sufrágio directo. Mas no papel de salvaguardar as minorias o Governo tem dado atenção.”

MAIS JOVENS DESENRAIZADOSAdriano Marques assegura que do lado do Governo o apoio nunca faltou, porque “fazemos parte de Macau e temos uma cultura especial, diferente de outros lugares”. Mas Henrique Madeira Carvalho diz que, apesar do apoio ser notório, há “dife-renças” face ao tempo de Edmund Ho. “O Executivo de Edmund Ho foi exce-lente connosco, porque ele próprio, quando era jovem, tinha muitos amigos maca-enses. E ele era uma pessoa ponderada e sabia lidar com as relações entre chineses e portugueses. Quando ele foi Chefe do Executivo fez o que pôde para manter isso, mas agora este Executivo também tem essa tendência, embora a situação talvez seja um bocado diferente.”

O problema que lhe causa “dor no coração” é o facto dos filhos e netos desta comunidade estarem muito pouco ligados a Macau e a esta cultura. “Os meus filhos, por causa do futuro de Macau, estudaram chinês e inglês, o de português só têm o nome no passaporte. Têm um senti-mento de português da minha parte, mas o resto já é chinês, o que é uma pena. Pensam 75% à chinesa.”

E diz “ficar triste” quando vê o afastamento dos mais novos. “Quero contribuir bastante para que esse tipo de laços não se perca com as novas gerações, mas não sei como. Este tipo de reuniões exigem um trabalho enorme, com muito dinheiro e sub-sídios, e da disponibilidade das pessoas para virem cá. Acho louvável, e se pudesse contribuir...eu estou 100% disponível para ajudar, para que este tipo de encontros dure o mais tempo possível.”

Adriano Marques assume que “é possível que filhos e netos já estejam um pouco

afastados, especialmente os que estão fora de Macau e nasceram noutros países”, enquanto que Isabel Manhão destaca como tendo sido “muito importante” o encon-tro dos jovens macaenses.

Sales Marques não se mostra tão negativo, e diz que há cada vez mais adesão das novas gerações, e que os

jovens também ajudaram na organização do ECM. “Tem a ver com a vontade que eles têm em contribuir e trabalhar no sentido da comunidade macaense ser forte e unida. Verificamos que a vontade está lá e, portanto, há que os ter envolvidos nas várias fases de preparação e execução do programa”, disse à Lusa.

Face à sua pouca dimensão a comunidade não pode ter pretensões de ter grande visibilidade política, principalmente se falarmos do sufrágio directo. Mas no papel de salvaguardar as minorias o Governo tem dado atenção PAULO GODINHO Sociólogo

CHUI SAI ON REFERE COMUNIDADE MACAENSE COMO “DOTADA DE UMA CULTURA ÚNICA”O Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, referiu ontem, durante o jantar do Encontro das Comunidades Macaenses “Macau 2013”, que a comunidade macaense “existe em Macau há quase cinco séculos, testemunhando o intercâmbio das civilizações oriental e ocidental”. “É um elemento inseparável da história de Macau, parte integrante da população e dotada de uma cultura única. A convivência harmoniosa entre comunidades tem sido, desde sempre, uma valiosa tradição da sociedade de Macau.” Fazendo uma retrospectiva daquilo que a RAEM é, Chui Sai On não esqueceu o papel da comunidade macaense – e também da comunidade portuguesa -, no desenvolvimento do território. “Têm participado e contribuído activamente nos diferentes domínios para a sociedade, cada qual trabalhando e assumindo o seu papel específico, contribuindo empenhadamente para o progresso desta terra.” Àqueles macaenses que estão fixados no estrangeiro, o Chefe do Executivo, para além das boas-vindas, lembrou que “podem testemunhar as mudanças positivas que se têm vindo a registar ao longo dos últimos anos”.

MACAENSES COMENTAM ENCONTRO SOBRE A SUA COMUNIDADE

“Ninguém avança sem olhar para o passado”

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12 publicidade hoje macau segunda-feira 2.12.2013

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13EVENTOShoje macau segunda-feira 2.12.2013

A mostra Forma & Inocência – Expo-sição de Escultura Contemporânea

de Macau inaugurou este sába-do pelas 16 horas, na Galeria do Piso 0 do Museu de Arte de Macau e estará patente ao público até ao próximo dia 9 de Fevereiro de 2014. A mos-tra organizada pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), Museu de Arte de Macau (MAM) e Associação de Escultura de Macau (AEM), apresenta os trabalhos mais recentes de 26 escultores do território, a maior parte deles nomes im-portantes na década de 1990 e outros que se afirmaram ao longo da última década. As esculturas revelam, de uma forma abrangente, o novo panorama da arte escultó-

D URANTE a feira Interwine 2013 em Cantão, que de-correu entre os dias 28 e 30

de Novembro, as provas cegas de Vinhos destacaram como vence-dores os vinhos infinitae Touriga Nacional Alentejo 2011 com a me-dalha de Ouro, obtendo 97 pontos em 100, os vinhos infinitae Syrah Alentejo com a medalha prata e In-finitae Alentejo Reserva 2009 com a medalha prata, tendo este ultimo já ter sido galardoado uma medalha de ouro em França .

A detentora das respectivas marcas a Justwine Import export lda, sediada em Portugal e represen-tada na feira por Gonçalo Bello, tem

A Biblioteca Central de Macau organiza com a cooperação de

“Revista Yazhou Zhoukan de Hong Kong” e de outros seis Cafés de Macau, desde o final do mês passado e até ao próximo dia 15 de Dezembro, o “Festival de Livros ao Sol” com o objectivo de promover a leitura no território. A ini-ciativa conta com uma série de actividades, como leituras ao ar livre, palestras, música, jogos e diversas ofertas.

Assim, depois de ter sido inaugurada no Jardim da Bi-blioteca Sir Robert Ho Tung, com um concerto ao crepús-culo, apresentado pela banda

musical local “Catalyser”, seguido da primeira sessão de “Palestra de Escritores Fa-mosos”, tendo como orador o escritor de Hong Kong, Ma Ka Fai, o festival oferece ainda, entre outras actividades, uma série de leituras com temas especiais nos seis Cafés partici-pantes, Café Bebe, Café Xina, KAFKA Sweets & Gourman-dises, Single Origin, Starbucks (Taipa), Terra Coffee.

Para a Biblioteca Sir Ro-bert Ho Tung estão progra-madas palestras de literatura com a presença de quatro escritores, Ma Ka Fai, Yan Lianke, Chan Hiu Lui e Lee, Leo Ou-Fan.

Exposição “Possibilidades - Poesia Polaca em Macau” inaugurada no Edifício do Antigo TribunalO Instituto Cultural do Governo da R.A.E. de Macau e o Armazém do Boi apresentam conjuntamente no Edifício do Antigo Tribunal a exposição “Possibilidades – Apresentação de Poesia Polaca em Macau”, cuja cerimónia de abertura teve lugar na última sexta-feira, pelas 18h30. A mostra apresenta obras de arte de poetas contemporâneos polacos, incluindo 25 colagens originais da laureada com o Prémio Nobel da Literatura, Wisława Szymborska, apresentadas na Ásia pela primeira vez, além de antologias, gravações de declamações de poemas e documentários com e sobre Szymborska e o célebre poeta polaco Tadeusz Rózewicz. A par dos trabalhos expostos, diversos poetas, músicos, bailarinos e designers locais foram convidados a criar obras originais relacionadas com a poesia polaca e de Macau, usando diferentes meios de expressão. A exposição pode ser vista até 31 de Dezembro, no Edifício do Antigo Tribunal.

FORMA & INOCÊNCIA NO MUSEU DE ARTE DE MACAU

Nova escultura

À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA RUA DE S. DOMINGOS 16-18 • TEL: +853 28566442 | 28515915 • FAX: +853 28378014 • [email protected]

VAI, BRASIL • Alexandra Lucas CoelhoUma viagem pelo Brasil actual, onde a escritora vive desde 2010. Alexandra Lucas Coel ho nasceu em Dezembro de 1967, em Lisboa. Estudou teatro e comunicação. Trabalhou no rádio e, a partir de 1998, no Público, onde editou suplementos literários, coeditou a seção de cultura e integrou a equipe Grandes Repórteres. Como correspondente internacional, cobriu o Oriente Médio e a Ásia Central (2001 e 2009), trabalhou em Jerusalém e actualmente está no Rio de Janeiro. Já recebeu diversos prémios de jornalismo.

ESTE SAMBA NO ESCURO • Raquel RibeiroRomance de estreia de Raquel Ribeiro, jornalista do Público. Um belo livro, com Cuba como pano de fundo. Rauqel Ribeiro nasceu no Porto, em 1980. É jornalista e escritora. Doutorou-se no Reino Unido com uma tese sobre a ideia de Europa na obra de Maria Gabriela Llansol. É colaboradora regular do jornal Público, foi bolseira Gabriel García Márquez da Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano, na Colômbia, e da Universidade de Nottingham, com o projecto War Wounds, sobre testemunhos da presença cubana na guerra civil de Angola.

VINHO ALENTEJANO CONQUISTA OURO EM CANTÃO

Marcas portuguesas entre as melhores

BIBLIOTECA CENTRAL DE MACAU ORGANIZA FESTIVAL DE LIVROS AO SOL

Cafés com letras

rica em Macau, informa o comunicado de imprensa da organização.

A arte escultórica de Ma-cau está intimamente ligada à evolução social da cidade, tendo desempenhado ao longo

de séculos um papel importan-te nas interacções culturais e artísticas entre o Oriente e o Ocidente. Com o avanço da sociedade e a melhoria do nível de vida, e também o rápido desenvolvimento de

actividades artísticas e ligadas à política e à religião, a arte da escultura começou a tornar-se mais popular, desenvolvendo gradualmente características distintas, acrescenta a nora de imprensa.

Na última década e como parte das tendências actuais da arte contemporânea, o pa-norama escultórico da cidade tornou-se mais activo e pro-duziu uma série de trabalhos amadurecidos e inovadores, em termos de materiais, técni-cas e expressão de conceitos. Os escultores locais têm vindo a abordar novos materiais, para além da habitual madeira, pedra e metal, explorando um vasto leque de possibilidades com o plástico, iluminação e objectos ‘ready-made’ utiliza-dos como elementos criativos.

A exposição está organiza-da em duas secções, Esculturas de Estúdio e Esculturas de Exterior, respectivamente ex-postas no interior e ao ar livre, com o objectivo de realçar as interacções entre a arte da es-cultura, o espaço e o ambiente social, finaliza a nota.

vindo a desenvolver desde 2006 um projecto de internacionalização dos vinhos portugueses com foco especial em Macau , Hong Kong e China, contando com a participação como distribuidor para Macau da empresa aí sediada Unidos Comér-cio Geral Lda.

Os recentes prémios, entre ou-tros que tem recebido nas várias feiras internacionais em que tem participado, atestam a qualidade dos produtos portugueses em especial na área vinícola que asseguram a divulgação de Portugal além fronteiras, posicionando as marcas portuguesas juntos das melhores no mundo.

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14 hoje macau segunda-feira 2.12.2013

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IDEI

AS próximo oriente Hugo Pinto

N O Ocidente, da alvora-da à decadência demo-rou-se 500 anos. A tese é de Jacques Barzun, que

se refere ao declínio cultural não em jeito de apocalipse, mas sim, cheio de bonomia, como uma “iminente reno-vação criativa”. Um fim natural, por assim dizer. Do exaustivo relato dos sucessos e fracassos de meio milénio feito pelo célebre historiador, toda-via, não poderíamos, ainda assim, adivinhar o ocaso que literalmente vai eclipsando o Velho Continente. A viver a mais longa recessão desde a Segunda Guerra Mundial, a Europa da “União” tem quase um quarto dos seus jovens sem emprego. Chamam--lhes a “geração perdida”. Ao todo, 120 milhões de pessoas vivem no ris-co de pobreza ou exclusão social.

Nada disto aconteceu por acaso. À saciedade, continua a imposição de austeridade, cada vez mais reforçada por “líderes” absolutamente indife-rentes à miséria alheia. Mas não é só na Europa. O mundo, tem lamentado Slavoj Žižek, divide-se cada vez mais entre o “liberalismo anglo-saxónico” – um eufemismo para a desregulação e a ganância desenfreada –, e o “capi-talismo chinês-singapurense de valo-res asiáticos”. Aparentemente, são as únicas alternativas possíveis: menos democracia e mais autoritarismo de características económicas. Na rea-lidade, trata-se de uma história anti-ga como o tempo. Os conceitos só mudam de nome consoante a época. Os rituais repetem-se. “The poor stay poor, the rich get rich. That’s how it goes. Everybody knows”. Palavras sá-bias de Leonard Cohen. É assim. Em todo o lado.

“A crescente desigualdade está a expulsar os génios artísticos que fi-zeram de Nova Iorque uma enérgi-ca capital cultural. Se os 1% [como é chamada a minoria que controla a maioria da riqueza] esmagarem o ta-lento criativo de Nova Iorque, vou--me embora.” São ameaças de David Byrne, um dos muitos artistas que ajudou a cidade norte-americana a tornar-se naquilo que, segundo o fundador dos Talking Heads, está a deixar de ser. Para quê? Nova Iorque está a tornar-se – horror dos horrores –, numa espécie de Hong Kong ou Abu Dhabi, “cidades que podem ter museus, mas não têm cultura. Ugh.”

Exagero? Nos anos 1970, Byr-

“THAT’S HOW IT GOES”ne e muitos outros rumaram a Nova Iorque de vários pontos dos Estados Unidos e do mundo porque a cidade era “um centro de fermento cultural”. A vibração da Big Apple era lendária. “Íamos para Nova Iorque pela possi-bilidade de interacção e inspiração. (...) Os imigrantes contribuíram para esta energia, década a seguir a década. Em algumas cidades por esse mundo fora, os imigrantes são relegados para uma simples classe trabalhadora, não são convidados para a discussão dos assuntos cívicos. No geral, Nova Ior-que tem sido mais acolhedora.” De-pois, a cidade soube aproveitar o “co-nhecimento” e a “criatividade”, “re-cursos” que fluem livremente quando as “partes físicas [infra-estruturas] e financeiras funcionam”.

No entanto, apesar da saúde de ferro que abençoa a componente material da cidade, o seu espírito, diz Byrne, esmorece “usurpado pe-los 1%”. “Tirando aqueles de nós que conseguimos, há vários anos, encon-trar o nosso nicho e formas de ren-dimento, não há mais espaço para novos criativos. A classe média mal consegue suportar os custos de aqui viver, por isso esqueçam os artistas em início de carreira, os músicos, os actores, os bailarinos, os escri-tores, os jornalistas e os pequenos empresários. Um a um, estão a ser eliminados os recursos que tornam esta cidade excitante”, onde alarga domínio a “cultura da arrogância, do orgulho excessivo e do vencedor que fica com tudo”.

O artigo de David Byrne, pu-blicado na página electrónica do jornal inglês The Guardian, há uns dias, conta já com mais de 700 co-mentários, a maior parte de leitores contando que as cidades onde vi-vem (pequenas, médias, americanas, europeias), enfrentam os mesmos problemas da desigualdade cada vez mais vincada devido à subida das rendas e ao aumento do custo de vida para valores incomportáveis para a maioria da população.

“Everybody knows” que assim acontece também em Macau, cida-de que não tem uma ínfima fracção da energia criativa de Nova Iorque e que, por este andar, nunca virá a ter. Da alvorada à decadência, aqui, não passarão 500 anos. Como se não bastasse, aqui, o tempo nem sequer volta para trás. “That’s how it goes”.

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Page 15: Hoje Macau 2 DEZ 2013 #2986

15 artes, letras e ideiashoje macau segunda-feira 2.12.2013

C OM o guião para a des-truição do estado e a pro-posta do novo orçamento, o bando do desgoverno

que escraviza a nação (a imensa parte dela que não pertence ao cartel, não tem contas na Suíça nem domicílio nos paraísos fiscais) escancara o manual da ideologia que, há anos, vem semeando à falsa fé, como a cizânia no campo de trigo: reduzir o ensino público a um mero assistencialismo refogado para os pobres e marginalizados; conceder às clientelas uma escola elitista suportada pelo erário público; e garantir o negó-cio ao ensino privado (uma atençãozita especial à Igreja - se não pagar o apoio aberto, cauciona ao menos o silêncio cúmplice).

E, para lançar poeira aos olhos do zé povinho, desencantaram uma pe-neira que tapasse o sol: a liberdade de escolha por parte dos pais. Dificilmen-te se poderia encontrar tão hipócrita justificação!, porque, se a escolha fosse democraticamente livre, as instituições privadas não poderiam recusar alu-nos… Nem criar listas de seriação de candidatos… E teriam de ser públicos os critérios de resolução dos confli-tos entre oferta e procura na rede… E passaria a ser a área de residência o argumento preponderante… não é ver-dade?

E que dizer da consequente coloca-ção dos professores do quadro? Se os pais escolherem o privado, que (como os seus donos tanto gostam de afirmar) deve ser parte da rede nacional de en-sino, em situação de igualdade até no pagamento, então os lugares docentes transitarão para onde estão os alunos, não é verdade? Todos os horários das escolas, públicas e privadas, entrarão no concurso nacional, não é verdade?

Pois não... não é verdade! Pelo con-trário, é uma valente mentira!

Se assim não fosse, o que ficaria da “proposta pedagógica do ensino parti-cular”, que tão “bons e recomendáveis resultados” consegue nos “rankings”? Afinal, com a mesma tipologia e va-riedade de pais e alunos (NEEs, PCAs, CEFs e PIEFs incluídos), com currículo nacional semelhante e com os desleixa-dos, rabujentos e incompetentes profes-sores do estado seria alguma vez possí-vel manter a presumida “qualidade”?

Verdadeiramente é reduzida a

Manuel Rocha

COMO TODOS OS FARISEUS, OS PROMOTORES

SÃO OS PRIMEIROS A RIR-SE DO ARGUMENTO QUE ARRANJARAM

O CHEQUE-ENSINO OU O ENSINO PÚBLICO EM XEQUE

quantidade de pais que poderão esco-lher o “el dorado”, só algumas (poucas) formatações de alunos terão acesso, e nunca os professores serão coloca-dos por concurso no ensino privado (apre… essa confusão de gente com a mania de ter opinião, tão pouco male-ável para o serviço, sempre a reclamar do patrão! Deus nos livre!...).

E aqui está o busílis da questão. Basta fazer umas incipientes contas

de subtrair, exemplificando com uma escola que bem conheço e onde lecio-nei estes últimos anos. É um estabeleci-mento com cerca de mil e quinhentos

alunos, dos quais 60% pertence às clas-ses média e alta, com um percurso aca-démico de sucesso. Assim, cerca de oi-tocentos serão fortes candidatos à esco-lha “livre” e entrada garantida no ensino privado, embaratecido pelo dinheiro público. Logo, da centena e meia de professores, a mesma percentagem será desnecessária e candidata a horários zero: mais de oito dezenas de docentes. A mandar para a rua, sem chatices de maior… Que poupança, hein?...

Dir-me-ão que tais professores po-derão ser contratados pelo privado.

Talvez,…se os colégios forem obri-

gados a isso!... Mas alguém acredita que uma instituição com fins lucrativos contrate caro o que pode ter barato na vasta oferta de docentes em início da carreira? E descartáveis, se não se adap-tarem docilmente ao trabalho.

Além disso, como garantiriam os lugares aos professores familiares, ami-gos e conhecidos?

Pois é… Se nada for feito, o sub-sídio de desemprego (se houver) será o fim próximo de largas centenas de professores do quadro. Se esperam que isto seja alarmismo apenas, então espe-rem sentados.

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16 DESPORTO hoje macau segunda-feira 2.12.2013

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O atleta português Bruno Fraga ter-minou ontem em 12.º lugar a prova

masculina da maratona de Macau, que teve o pódio dominado pelos quenianos.

Bruno Fraga, de 36 anos, cumpriu os 42,19 quilóme-tros da maratona de Macau em 2:24.59 horas, tendo sido ultrapassado apenas por nove quenianos e por dois norte-co-reanos, enquanto o português Bruno Paixão terminou a prova sem conseguir classificar-se entre os 15 primeiros.

A corrida masculina foi ven-cida pelo queniano Julius Mai-sei em 2:12.43 horas, batendo, assim, o recorde do compatriota Stephen Chemlany, de 2:12.49 horas, obtido em 2011.

Além de Bruno Fraga, só outro atleta lusófono terminou a maratona de Macau entre os

MEIA DISTÂNCIA MIGUEL RIBEIRO E ELISABETE LOPES NO PÓDIO

MARATONA DE MACAU PORTUGUÊS BRUNO FRAGA TERMINOU EM 12.º LUGAR

Domínio queniano15 primeiros, o brasileiro Eliesio Miranda da Silva, que ficou em 14.º lugar.

A prova feminina da marato-na foi vencida pela norte-corea-na Mi Gyong Kim (2:36.32 ho-ras), seguindo-lhe as quenianas Purity Kimetto (2:37.20 horas) e Matebo Chemisto (2:38.42 horas)

Entre as 15 primeiras está apenas uma atleta lusófona, a brasileira Lucicleide Gabriel de Assis, que ficou em 10.º lugar.

Os três melhores classificados têm direito a prémios no valor de 20 mil dólares norte-americanos, 8.000 e 5.000 dólares, respec-tivamente, sendo que o total de prémios da edição deste ano da Maratona Internacional de Macau atinge 187 mil dólares.

Os três primeiros classifica-dos masculinos e femininos da maratona internacional e outros dois escolhidos aleatoriamente entre o quarto e o 10.º classificado são submetidos ao controlo anti--doping após a prova.

A 32.ª edição da maratona de Macau contou com a parti-cipação de cerca de mil atletas e, no conjunto das três provas (maratona, meia e mini), regis-taram-se 6.000 atletas, entre os quais 13 lusófonos, incluindo quatro portugueses.

O atleta português Miguel Ribeiro ficou em segundo lugar na prova masculina da meia maratona de Macau e a portuguesa Elisabete Lopes, vencedora do ano passado, garantiu um terceiro lugar, tendo ambas as corridas sido vencidas por quenianos. Miguel Ribeiro, de 26 anos, cumpriu

os 21 quilómetros da meia maratona de Macau em 1:06.27 horas, tempo próximo do seu recorde de 1:05.54 horas, tendo sido apenas ultrapassado pelo queniano Silas Muturi Gichovi, que fez a prova em 1:04.36, seguindo-lhe, em terceiro lugar, o também o queniano John Lorira. Elisabete Lopes,

de 38 anos, fez a prova em 1:18.49 horas, classificando-se em terceiro lugar, tendo sido ultrapassada pelas quenianas Edinah Koech (1:16.26 horas), vencedora, e Naomi Muriuki (1:18.32 horas), que ficou em segundo lugar. “Fiquei próximo do meu recorde pessoal, deu para ver que estou bem,

o clima não dificultou grande coisa, apesar do vento, foi bom”, disse Miguel Ribeiro à agência Lusa no final da corrida, que marcou a sua estreia na competição de Macau. Por sua vez, Elisabete Lopes disse que a “prova correu bem e que o [seu] objectivo, que era o pódio, está cumprido”.

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C I N E M ACineteatro

hoje macau segunda-feira 2.12.2013 FUTILIDADES 17

TEMPO POUCO NUBLADO MIN 13 MAX 21 HUM 40-70% • EURO 10.8 BAHT 0.2 YUAN 1.3

SALA 1THE HUNGER GAMES: CATCHING FIRE [C]Um filme de: Francis LawrenceCom: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hamsworth14.30, 19.15, 21.45

SALA 2 SPACE PIRATE: CAPTAIN HARLOCK [B](FALADO EM JAPONÊSLEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS)16.45

INSIDIOUS CHAPTER 2 [C]Um filme de: Kees van OostrumCom: Patrick Wilson, Rose Byrne, Barbara Hershey, Lin Shaye14.30, 21.30

THE HUNGER GAMES: CATCHING FIRE [C]Um filme de: Francis LawrenceCom: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hamsworth16.30

SPACE PIRATE: CAPTAIN HARLOCK 3D [B](FALADO EM JAPONÊSLEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS)19.30

SALA 3DELIVERY MAN [C]Um filme de: Ken ScottCom: Vince Vaughn, Cobie Smulders14.10, 16.00, 19.50, 21.45

SPACE PIRATE: CAPTAIN HARLOCK [B](FALADO EM JAPONÊSLEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS)17.50

Fábrica de caixões promove produto com calendário sexy• Falar de caixões e de morte não é tema agradável. A em-presa polaca de caixões Lindner resolveu tornar o assunto mais agradável através dos seus calendários. No de 2014, a exemplo do dos anos anteriores, ao lado das urnas apare-cem beldades em poses sexy. Trata-se de uma das maiores empresas fabricantes de caixões da Polónia, chegando a produção a atingir cerca de 11 mil urnas por mês. O negó-cio tem corrido tão bem que a Lindner expandiu-se para o mercado externo. Nesta sua quinta edição, as fotografias que ilustram calendário da Lindner invadem o domínio da natureza, procurando a harmonia entre os caixões e a floresta, o mar azul, as flores vermelhas, os campos verdejantes e a beleza do corpo feminino. O calendário será colocado à venda por 36 euros. A empresa irá distribuir o valor arrecadado a instituições de caridade.

Hospital na China pede que paciente compre o próprio bisturi para cirurgia• A família de uma paciente de um hospital em Liuzhou, na China, ficou revoltada quando a instituição pediu para que a mulher comprasse o próprio bisturi para a realização da cirurgia. Momentos antes do procedimento, o médico ter-se-ia dirigido à família e pedido “gentilmente” para que adquirissem o instrumento avulso por 1.000 yuans, utilizado para a realização de uma cirurgia ao pulso. Preocupados, a família acabou por comprar o bisturi por conta própria, para que fosse usado na cirurgia. O hospital alegou também que teria sido a família da paciente a responsável por fazer a sugestão da compra do equipamento.

João Corvo

Para compras, só no Continente.

fonte da inveja

IRINA SHAYK ELEITA A MULHER MAIS SEXY DO MUNDO

Irina Shayk, namorada de Cristiano Ronaldo, foi eleita a mulher mais sexy do mundo pela edição russa da revista Maxim, que elaborou um ranking com 100 nomes. “Obrigado, Maxim Russia, por esta agradável surpresa. Um grande muito obrigado a todos os que votaram em mim”, afirmou a modelo na sua página oficial de Facebook. O ranking foi ordenado de acordo com os votos dos leitores da revista e nós subscrevemos...

HOJE NA CHÁVENA

Astragalo

Paula BichoNaturopata e Fitoterapeuta • [email protected]

Nome botânico: Astragalus mem-branaceus (Fisch.) Bunge.Família: Fabaceae (Leguminosae).Nomes populares: Alfolva; Astrá-galo; Astragalo-da-China; Huang qi (em chinês); Losna-chinesa.

Utilizado na medicina tradicional chinesa há mais de 2000 anos, o Astragalo é um dos seus tónicos mais importantes, sendo usado para aumentar a energia vital (Qi ou Chi) e a resistência do orga-nismo. Igualmente empregue pela medicina ayurvédica, esta erva tem adquirido uma crescente populari-dade no ocidente desde há alguns anos. Para tal tem contribuído a investigação científica que não só tem confirmado os seus usos tradicionais como até ampliado o seu vasto campo de indicações terapêuticas.Nativo da Mongólia e nordeste da China, o Astragalo é uma planta perene de 40 a 60 cm de altura e flores de cor púrpura ou esbran-quiçada. Também é cultivado. Em fitoterapia são usadas as raízes secas de plantas com 4 a 7 anos.

COMPOSIÇÃOSaponósidos (astragalósidos), polissacáridos e outros glúcidos, mucilagem, flavonoides (isoflavo-nas), aminas, aminoácidos, sais minerais, taninos, triterpenos e fitosteróis. Sabor doce.

AÇÃO TERAPÊUTICANotável adaptogénico, o Astragalo aumenta a resistência do organismo às situações de stress (físico, men-tal e ambiental), sendo de realçar as suas propriedades tonificantes e estimulantes do sistema imunológi-co. Como tónico geral, esta planta aumenta o apetite, a vitalidade e energia; beneficia a memória e favorece a nutrição e regeneração dos tecidos e órgãos; é útil em caso de falta de apetite, fraqueza geral, astenia, cansaço, síndrome de fadiga crónica, fibromialgia, depressão e stress.O Astrágalo fortalece igualmente as defesas, combate bactérias e vírus, sendo ainda antioxidante e anti-inflamatório. Recomendado na debilidade imunitária e na pre-venção e tratamento de infeções (constipação, amigdalite, faringite, gripe e outras infeções do trato

respiratório inferior e doenças fe-bris), esta erva atua em tratamentos prolongados, pelo que é usada nas infeções crónicas ou recidivantes e nas infeções virais (herpes, hepa-tite, miocardite, encefalite, SIDA).Diversos estudos comprovam os benefícios da administração do Astragalo em concomitância com os tratamentos convencionais em pacientes com cancro: a sua in-gestão potencializa a atividade das células imunitárias (Natural Killer) no combate ao tumor, ao mesmo tempo que reduz os efeitos tóxicos da quimioterapia ou radioterapia e tonifica o organismo, permitindo uma recuperação mais rápida, e melhorando a qualidade de vida e os índices de sobrevivência.

OUTRAS PROPRIEDADESDiurético, o Astragalo beneficia o funcionamento do coração e do sistema circulatório, é hipotensor e anticoagulante, sendo indicado na tensão arterial elevada, palpi-tações, doença das artérias coro-nárias, angina de peito, enfarte do miocárdio e insuficiência cardíaca, bem como em caso de mãos e pés frios, doença vascular periférica e insuficiência circulatória; diminui ainda os níveis elevados de açúcar no sangue pelo que se recomenda aos diabéticos.Com uma ação reguladora hormo-nal, esta erva é igualmente em-pregue na infertilidade, problemas do pós-parto, dores e hemorragias uterinas, na prevenção e tratamento do prolapso uterino, e para reduzir os sintomas da menopausa.

COMO TOMARUso interno• Cozimento das raízes: 1 colher de sobremesa por chávena de água, 10 minutos de fervura. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.• Em tintura (gotas), cápsulas ou comprimidos, participando em fór-mulas para o sistema imunológico e stress.

PRECAUÇÕESO Astragalo é considerado uma planta muito segura. Não foram encontrados na literatura consul-tada contraindicações ou efeitos secundários para doses terapêuti-cas. Em caso de dúvida, consulte o seu profissional de saúde.

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18 OPINIÃO hoje macau segunda-feira 2.12.2013

Fernando SantoSin Jornal de Notícias

B OM para uns, mau para outros, o Governo dispõe de uma caracterís-tica inquestionável: é constituído esmagadoramente por um grupo de cínicos incorrigíveis, capazes de tirar do sério o mais comum dos mortais.

Passos Coelho é, desde logo, o primeiro a deixar de cabelos em pé qualquer português dotado de bom

senso. Tropeçando num discurso muitas vezes a necessitar de tradução, tantos os ziguezagues e as palavras desconjuntadas, o primeiro--ministro é raro dispor de uma palavra de reconhecimento ou de conforto aos portugueses em sofrimento. Faz pior: anuncia ou discute pedaços de nova austeridade entre sorrisos e galhofa. As imagens recolhidas nos debates da Assembleia da Repú-blica são de todo eloquentes: Passos Coelho é vezes sem conta apanhado a esboçar sorrisinhos matreiro-cínicos com Paulo Portas, Maria Luís Albuquerque ou algum dos outros seus ajudantes de cortes. Lamentável.

Aos membros do Governo não se pedem lá-grimas (de crocodilo) sempre e quando anunciam decisões (ainda) mais drásticas para a vida dos portugueses. Exige-se-lhes o que parecem incapazes de seguir: um comportamento e uma face normais - ou carregada - sempre e quando estão a esgrimir argumentos conducentes ao empobrecimento.

Uma parte da impopularidade do Governo passa pelos semblantes de indiferença ou mesmo de sorrisinho à desgraça alheia e, igualmente, pela frivolidade discursiva, tratando os cidadãos como se fossem atrasados mentais. E raro é o dia sem registo de novas afrontas de membros do Governo.

Aguiar-Branco, uma das referências betinhas do Governo, é o mais recente coleccionador de desas-tres comunicacionais e insensibilidade manifestada perante o sofrimento do povo. E merece estar, como está, debaixo de fortíssima contestação.

Visionário dos riscos ditatoriais se a Consti-tuição não for reformatada (pois...), o ministro da Defesa bem pode dar todas as piruetas do Mundo que é incapaz de fintar a polémica do momento sob a sua batuta: os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

Mesmo dando-se de barato os critérios de negociação que conduziram à concessão dos ENVC à Martifer, Aguiar-Branco assumiu em público posições impensáveis. Uma bolsa de 30 milhões de euros vai servir para colocar no olho da rua 609 trabalhadores dos estaleiros. E então? Aguiar-Branco não foi capaz de uma palavra de conforto a operários ou famílias. Feito bloco de gelo, como se alguém tivesse de agradecer a indemnização, destaca a “garantia de direitos”! E vai mais longe: tratando-se da “melhor solução”, passa um certificado de parvo a quem o ouve e releva que o novo projecto “irá criar 400 postos

Uma parte da impopularidade do Governo passa pelos semblantes de indiferença ou mesmo de sorrisinho à desgraça alheia e, igualmente, pela frivolidade discursiva, tratando os cidadãos como se fossem atrasados mentais. E raro é o dia sem registo de novas afrontas de membros do Governo

Riso cínico dos betinhos do Governo

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de trabalho”. Assim mesmo. O ministro só pode ser mau de matemática. Do erário público saem 30 milhões para enviar 618 para o desemprego, há o cenário - só cenário - de trabalho para 400 e Aguiar-Branco arvora-se em criador de emprego!

Não há pachorra, de facto.

À suspeita de incompetência este Governo junta uma certeza: a maioria dos seus membros são socialmente insensíveis. Ou riem ou dizem disparates - ou assumem ambas as posições. O Governo justifica, enfim, a impopularidade de que goza.

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19 opinião

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana de Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos Colaboradores Amélia Vieira; Ana Cristina Alves; António Falcão; António Graça de Abreu; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Agnes Lam; Arnaldo Gonçalves; Correia Marques; David Chan; Fernando Eloy ; Fernando Vinhais Guedes; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau Pineda; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

hoje macau segunda-feira 2.12.2013

N AS paredes do antigo Tribu-nal há portais para um outro tempo e para um outro espa-ço. Dos juncos de ontem, do baixo e manso casario, dos vincos na farda e nos turban-tes dos sipaios não restam mais do que impressões indeléveis, como se a cidade retratada se houvesse desva-

necido há séculos, aniquilada por flagelos incontáveis. Macau ficcionalizou-se desde que Danilo Barreiros se perdeu pela primeira vez nas suas ruas há mais de setenta anos e os instantâneos com que saciou uma imensa fome de conhecimento e de curiosidade são por isso hoje documentos de um valor incobrável. Mas mais do que a romagem de saudade por uma cidade obliterada pela voragem dos dias, as fotografias, os registos e as impressões expostas são de singular importância pelas inquietações que lhes são imanentes. A elas implícito há um convite à reflexão não necessariamente sobre o que se perdeu, mas sobre o muito que Macau pode vir ainda a ver desaparecer.

Se em termos físicos, patrimoniais e arquitectónicos pouco há a fazer que não chorar o devastado, em termos culturais, sociológicos e civilizacionais há batalhas que interessa travar e combates que importa vencer. Os ideais de uma urbe harmoniosa foram silenciosamente sacrificados ao longo das últimas décadas à ignomínia do betão, mas o silêncio e a apatia não devem nem podem ser a resposta à erosão progressiva dos valores fundamentais que fizeram de Macau uma China e uma Ásia à parte.

A identidade é hoje um dilema incon-tornável num território irredento, pequeno demais para a vida, para as paixões e para a ambição que alimenta. Os macaenses que a diáspora espalhou pelos quatro cantos do mundo debatem-na esta tarde, numa iniciativa em que se falará certamente do património comum, do que une e separa a comunidade e das expectativas de todos e de cada um, sem que provavelmente se aborde e discuta o princípio de humanidade que terá estado na génese de tudo o que é Macau e do que em Macau ganhou alma. Um tal princípio – a tolerância – tem estado sob fogo nos últimos tempos, numa guerra fortuita e aparentemente inconsequente decretada – imagine-se lá – por políticos e líderes de opinião cuja presença foi a deter-minada altura tolerada em Macau.

É um facto que as palavras são elásticas. Enquanto que a tolerância enquanto substan-tivo remete para a fantástica e idílica visão de um campo de girassóis em flor visto do cimo de uma montanha, tolerar na sua essência verbal é encurtar o campo de visão a um patamar tal que nem tudo o que é exposto é belo, é exibir a terra encardida, pétalas e folhas fulminadas pelo sol. Dizer que dois povos “se toleram” é o mesmo que dizer que não se amam, nem se odeiam, que convivem bem sob o espectro da indiferença. Com honrosas e episódicas excepções, chineses

expediente c ín icoMARCO CARVALHO

Ao longo das quatro últimas décadas a cidade sucumbiu a uma hecatombe silenciosa que minou a harmonia urbanística do que foi outrora uma cidade luminosa, aberta ao mar e aberta ao mundo

Autos de (boa) fée portugueses conviveram na indiferença durante quase cinco séculos, tolerando-se brandamente porque o feitio de uns e de outros nunca foi aberta e declaradamente marcial. Nos últimos anos da administração portuguesa o governo de Rocha Vieira teve sensibilidade suficiente para compreender a subtileza e a elasticidade dos conceitos e preteriu da ideia de tolerância em favor da noção de Entendimento quando decidiu baptizar um tosco memorial há muito votado ao abandono.

Importados, os conceitos de tolerância, democracia e humanismo não encontraram solo fértil na República Popular da China e em Macau, salvo um ou outro rasgo espo-rádico de lucidez, foram acolhidos com o mesmo género de indiferença que matizou as relações entre portugueses e chineses ao longo de séculos. Em termos ideológicos, as cidades oblíquas por onde se movem as comunidades interseccionam-se no banal e imediato plano da sobrevivência, mas – como a água e o azeite – não se misturam. A indiferença não impediu, no entanto, que o território se tornasse repetidas vezes porto de abrigo e se alçasse a um estatuto único entre os países e territórios do mundo no modo como acolheu vítimas e desfavorecidos. A

alma grande de Macau salvou vidas durante a Segunda Guerra Mundial, nos anos que se seguiram ao fim do fratricídio em que o Vietname esteve mergulhado e depois da in-vasão de Timor-Leste por parte da Indonésia e é, em parte, esta memória de nobreza que é vilipendiada sempre que algum deputado profere as inanidades que Song Pek Kei proferiu na Assembleia Legislativa.

Artificial e perigoso, o debate em torno dos “trabalhadores não residentes” (um conceito que se confunde ignominiosas vezes no discurso político local com o con-

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ceito de “trabalhadores não chineses) coloca em causa a própria génese civilizacional de Macau ao negar os latos princípios de tolerância que de uma ou de outra forma, abertamente assumidos ou disfarçados sob o pendor da indiferença, dotaram o território de referências e valores próprios. Que o sa-livoso ataque tenha sido proferido por uma jovem de 28 anos, supostamente educada e filha de emigrantes, é razão adicional para alarme. Que tenha tido origem na bancada parlamentar daquele que foi o candidato mais votado nas eleições de Setembro último é sinal de que a nobreza dos ideais que Macau veio ao longo dos séculos a representar está irremediavelmente ameaçada.

Ao longo das quatro últimas décadas a cidade sucumbiu a uma hecatombe silencio-sa que minou a harmonia urbanística do que foi outrora uma cidade luminosa, aberta ao mar e aberta ao mundo. Uma após outra as ruas deram lugar a obscuros labirintos onde o betão se deixou engaiolar sem estética e sem alma. Na Macau do século XXI, falar de uma cidade descaracterizada é redundante quando o que impera em termos urbanísticos e arquitectónicos é a lei da selva. Falar de uma cidade descaracterizada civilizacionalmente seria falar de outra coisa que não Macau. Muitas vezes ensimesmados, enamorados e umbigados em nós mesmos, cabe-nos a nós - os que acreditam na nobreza dos princípios que ajudaram a construir este território – responder a Song Pek Kei para que sempre que a deputada use da palavra na Assembleia.

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hoje macau segunda-feira 2.12.2013

Macau vence Interport de xadrezMacau venceu ontem, pela primeira vez, o Interport de Xadrez contra Hong Kong. Com um total 16 contra 16 jogadores, repartidos por quatro equipas de cada lado, com três masculinos e um feminino, Macau venceu em três categorias: sub-6/8, sub-12 e sub-14, apenas perdendo em sub-10.

New York Times nega ter comparado portugueses a burroO jornalista norte-americano Raphael Minder, autor de um artigo publicado no New York Times, onde se comparava a extinção do burro mirandês à situação dos portugueses, assegurou ao jornal Público que “não há nenhuma comparação propositada” entre ambos os casos. Na edição europeia do jornal em causa podia ler-se: “Depois de décadas de negligência e mal-entendidos, argumentam alguns, o destino do burro veio a assemelhar-se ao dos seus homólogos humanos no interior da Europa em dificuldades: ameaçados pela população em declínio e dependentes dos subsídios da União Europeia para sobreviverem.”

Brasil Controlado incêndio no Memorial da América LatinaOs bombeiros já conseguiram controlar o incêndio que destruiu completamente o Auditório Simón Bolivár do Memorial da América Latina, projectado por Óscar Niemeyer, na zona oeste de São Paulo. Cinco bombeiros permanecem internados no Hospital das Clínicas, quatro deles em estado grave, relata a Agência Brasil.

“Velocidade Furiosa” Morreu o actor Paul Walker em acidenteO protagonista dos filmes “Velocidade Furiosa”, Paul Walker, morreu este sábado, vítima de acidente de viação, no sul da Califórnia, quando regressava de um evento de beneficência. Com 40 anos, o actor norte-americano seguia num carro com um amigo (que vinha ao volante), quando este embateu num poste e explodiu. O condutor também morreu. As causas do acidente estão agora a ser investigadas. Paul Walker deixa uma filha de 15 anos.

Macau Governo agracia Amélia António e IPORO Governo da RAEM agraciou, ontem, diversas personalidades com diversos títulos. O ex-presidente da Assembleia Legislativa (AL), Lau Cheok Va, recebeu o Grande Lótus. Jia Rui, atleta de wushu, foi distinguido com o Lótus de Prata. Raimundo do Rosário recebeu uma medalha de mérito profissional. Já a Comissão do Grande Prémio de Macau e António Coelho receberam, cada um, uma medalha de mérito turístico. O IPOR foi agraciado com uma medalha de mérito cultural e a presidente da Casa de Portugal, Amélia António, a medalha de Serviços Comunitários. A cerimónia de imposição das Medalhas e Títulos Honoríficos decorrerá ainda este mês.

Angola Negada doença de Eduardo dos SantosO genro do presidente angolano, Sindika Dokolo, nega que o sogro, José Eduardo dos Santos, esteja doente e a fazer um tratamento em Espanha. Marcando presença na sessão de abertura da VII Bienal Internacional de São Tomé e Príncipe, Dokolo aproveitou para esclarecer as informações que têm sido veiculadas acerca do estado de saúde do presidente de Angola: “Realmente, se houvesse um problema de saúde [com José Eduardo dos Santos], não estaria aqui, inclusive com a minha filha, a participar neste evento cultural”, disse o marido de Isabel dos Santos. Desmentindo as notícias publicadas, que davam conta de que José Eduardo dos Santos estaria numa clínica oncológica, em Espanha, o empresário justifica a viagem do presidente: «O senhor presidente da República aproveitou o facto de ter fechado o dossier do Orçamento Geral do Estado para 2014, que foi um grande trabalho, para aproveitar alguns dias de férias na Europa», concluiu o também presidente da Unitel, empresa de telecomunicações angolana que começará a operar brevemente em São Tomé.

LAM AUTORIDADES ESTÃO A REMOVER CORPOS DO ACIDENTE DE AVIÃO

Seis portugueses envolvidosO Secretário de Estado das

Comunidades Portugue-sas disse à agência Lusa

que as autoridades da Namíbia estão a remover os corpos das víti-mas do acidente do avião da LAM que se despenhou na ligação entre Maputo e Luanda. “A informação que temos neste momento é que

as autoridades da Namíbia estão a trabalhar nessa tarefa e que os corpos serão transferidos para a capital, Windhoek”, disse José Cesário que está em visita oficial a Macau.

O governante acrescentou também que as autoridades portuguesas estão em contacto

com as famílias das vítimas nacionais e a prestar, aos que se deslocaram a África, a as-sistência possível e solicitada sob a coordenação da Direcção Geral dos Assuntos Consulares. “A equipa ao serviço do apoio às famílias é a que for necessária e nos vários postos consulares da região envolvida”, assinalou José Cesário.

O Secretário de Estado acrescentou ainda não ter uma data precisa para a transladação dos corpos para Portugal, mas acredita que essa acção seja possível ao longo da semana.

O presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, enviou este sábado uma mensagem de condolências às famílias das vítimas. Num comunicado publicado no site da presidên-cia, Cavaco revela que “foi com grande consternação” que tomou conhecimento deste acidente do qual não há sobre-viventes.

Até ao momento, conhece--se a identidade das seguintes vítimas: António Soares, um empresário da indústria me-talomecânica da região de Estarreja, e o sobrinho deste, António Nunes, de 45 anos, Sérgio Soveral, um empresário de Rio Maior, e José Carlos So-ares, antigo jogador de andebol do Sporting.

O avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), que partiu na sexta-feira de Maputo, foi en-contrado sábado carbonizado no Parque Nacional de Nwabwata, no norte da Namíbia, não exis-tindo sobreviventes.

Além dos cidadãos portu-gueses e dos seis tripulantes, no avião seguiam, segundo a LAM, passageiros de naciona-lidade moçambicana, angolana, francesa, brasileira e chinesa.

cartoonpor Stephff

IMPASSENAS ILHAS DIAOYU