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PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR HISTÓRIA Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br

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PRÉ-VESTIBULARLIVRO DO PROFESSOR

HISTÓRIA

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© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

Produção Projeto e Desenvolvimento Pedagógico

Disciplinas Autores

Língua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales Márcio F. Santiago Calixto Rita de Fátima BezerraLiteratura Fábio D’Ávila Danton Pedro dos SantosMatemática Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba CostaFísica Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. SaquetteQuímica Edson Costa P. da Cruz Fernanda BarbosaBiologia Fernando Pimentel Hélio Apostolo Rogério FernandesHistória Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogério de Sousa Gonçalves Vanessa SilvaGeografia DuarteA.R.Vieira Enilson F. Venâncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer

I229 IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. — Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]

696 p.

ISBN: 978-85-387-0574-1

1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título.

CDD 370.71

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Império Napoleônico

Alguns historiadores consideram esse perío-do parte integrante da terceira fase da Revolução Francesa, já outros consideram como a quarta fase da Revolução. Porém, aqui estudaremos o período separado para melhor compreender este ponto da história.

No limiar do processo revolucionário francês, por volta do ano de 1799, internamente e externamente, o Diretório viu-se num momento dúbio. O ascenso contra-revolucionário só poderia ser debelado pelo en-tusiasmo revolucionário dos jacobinos. Enquanto isso, Napoleão Bonaparte retornava do Egito. A partir deste ponto, iniciava-se uma conspiração que culminaria no chamado Golpe do 18 Brumário (9/11/1799), levando a figura de Napoleão Bonaparte ao poder, dando início ao que chamamos de Período Napoleônico. Este período se divide em dois momentos, o Consulado (1799-1804) e o Império Napoleônico (1804-1815).

Dom

ínio

púb

lico.

Napoleão Bonaparte.

“Que a revolução recorresse à ditadura, isso não era um acaso; uma necessidade interna empurrava-a para ela, e não pela primeira vez. Que ela tenha ter-minado pela ditadura de um general, tampouco foi

um acaso. Ocorreu que esse general, era Napoleão Bonaparte, cujo temperamento, mais ainda o gênio, não podia se acomodar espontaneamente com paz e a moderação. Foi o imprevisível que fez inclinar a balança para o lado da ‘guerra eterna’.”

(LEFEBVRE,G. Napoleon, Paris: PUF, 1953, p. 61.)

O Consulado (1799-1804)Nesse período, a França possuía a sua economia

(indústria e comércio) arruinada, os impostos não eram arrecadados. O Consulado nada mais era que uma República, com uma constituição (1799), em que possuía como uma de suas características a perse-guição aos católicos que não jurassem obediência à nova constituição civil do clero. O voto censitário foi novamente implantado, e houve a divisão do poder em três cônsules. Porém os poderes estavam nas mãos de apenas um dos cônsules – Napoleão.

Inspirado num projeto elaborado pelo abade Sieyes, Napoleão Bonaparte impôs a constituição do ano VIII (1800) que determinou, entre vários aspectos um executivo no qual um conselho de estado redige as leis e aconselha o governo, cabendo ao primeiro cônsul a plenitude do poder. Napoleão era o respon-sável em promulgar as leis e nomear ministros e oficiais. Além disso, Napoleão foi o responsável pela criação do Banco da França (1800) e pela criação do franco, o novo padrão monetário.

Napoleão assinou a Paz de Amiens que estabe-lecia o fim do conflito iniciado em 179, com os países que formavam a Coligação, contrária aos interesses revolucionários franceses.

Foi implantado neste período o chamado Código Civil Napoleônico que instituia a igualdade perante a lei, conquanto protegesse a fortuna adquirida e mantivesse e defendesse a propriedade privada. O código foi completado no ano de 1804 e foi baseado no Direito Romano.

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Difusão do código civil napoleônico.

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No ano de 1801, foi assinado entre Napoleão Bonaparte e a igreja católica uma Concordata, na qual o papa Pio VII reconhecia a venda dos bens clericais e em troca Napoleão não interferia nos cultos religiosos.

Império (1804-1815)Com o reinício das guerras no ano de 1803,

Napoleão proclamou o Império, aproveitando-se do perigo nacional.

Sabemos que a maior rival da França, princi-palmente no contexto econômico, era a Inglaterra. Napoleão, por esse lado, tentou de todas as maneiras conter o avanço industrial de sua inimiga. Pensando em derrotar a Inglaterra de alguma outra forma, pois nos mares, a marinha inglesa era invencível. Napo-leão então projetou as tropas para expandir o domí-nio territorial no leste europeu, vencendo a batalha contra a Prússia, a Áustria e a Rússia, aumentando a sua zona de influência.

Napoleão Bonaparte, em seu governo, pro-moveu diversas reformas na França. No âmbito administrativo, promoveu um verdadeiro sanea-mento financeiro criando um corpo de funcionário para arrecadar impostos, reduziu a inflação, criou o banco da França. No meio educacional, reorganizou o ensino com a implantação de escolas primárias e escolas secundárias (os liceus), ambos sob o controle do Estado, promoveu a criação da Escola Normal de Paris; Napoleão também criou a Uni-versidade Imperial no ano de 1806. Referindo-se à questão econômica, Napoleão Bonaparte criou a Sociedade de Fomento à Indústria, incentivando o desenvolvimento da mesma na França. Realizou obras de infra-estrutura, como por exemplo, a aber-tura de canais, a construção de estradas e portos, o embelezamento das cidades. Também auxiliou o setor agrário a partir da drenagem de pântanos e construindo sistemas de irrigação para melhoras à agricultura. A reforma judiciária fez com que Napoleão criasse um número maior de tribunais, e transformou os magistrados em funcionários nomeados pelo chefe de Estado. E por último,no ambiente religioso, além de realizar acordos com a igreja católica, estabeleceu a liberdade de culto, e reconheceu o catolicismo como religião oficial da França.

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De outro lado, Napoleão sofria pressões por par-te da burguesia francesa que perdia rios de dinheiro por causa dos conflitos, que arruinavam portos e toda a economia francesa. O aumento de impostos sobre determinados produtos irritava os contribuintes, era precisou resolver logo esses problemas. Assim, Napoleão determinou os Códigos Comercial e Penal que impulsionaram a economia francesa para frente, estabelecendo um reflexo imediato, onde os cam-poneses produziam cada vez mais e os industriais viram os seus lucros subirem na mesma proporção do desenvolvimento.

A política externa era baseada nas guerras con-tra os países que defendiam os interesses do Antigo Regime (Áustria, Prússia, Rússia e a Inglaterra). Foi formada nesse período, a Terceira Coalizão que uniam a Inglaterra, a Áustria e a Rússia contra a França no ano de 1805. Nesse conflito, os ingleses venceram no mar, em Trafalgar, enquanto os austríacos e russos perderam em terra a batalha de Austerliz. No ano posterior, 1806, houve a formação da Quarta Coalizão, com a entrada da Prússia.

No ano de 1807 foi determinada a Paz de Tilsit pela qual a França e a Rússia se tornavam aliadas.

Divisão política da europa após o Congresso de Viena 1815.

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Um ano antes, 1806, a França decretou o Bloqueio Continental contra a Inglaterra, que foi caracterizado pela proibição de qualquer país em comercializar com a Inglaterra, tentando assim arruinar com a indústria e o comércio dessa. A In-glaterra buscou os mercados ibéricos, já que estes não se encontravam sob o domínio napoleônico. A França sofreu problemas para manter esse bloqueio em relação aos países ibéricos (Espanha, Portugal). No caso da Espanha, Napoleão a invadiu e colocou no trono o seu irmão José Bonaparte, rei da Sicília, derrubando a dinastia reinante dos Bourbons. No caso português, a família real portuguesa deixou o seu território e rumou para a sua principal colônia, o Brasil, acarretando, nessa colônia, a abertura dos portos às nações amigas, o que mais fortaleceria o pensamento emancipacionista que culminaria na Independência do Brasil.

A França não conseguia fazer o papel da In-glaterra como país fornecedor de produtos manufa-turados para toda a Europa. A maioria dos aliados franceses eram dependentes da venda de suas matérias-primas para a Inglaterra e, ao mesmo tem-po, compravam os seus produtos manufaturados. Com a queda nas arrecadações, a burguesia francesa começou a ficar insatisfeita com o imperador. Vários conflitos desgastavam as finanças do império fran-cês. Um desses conflitos aconteceu na Espanha, onde juntas provinciais se organizaram para tentar expul-sar o domínio francês daquela região. Os espanhóis tiveram o apoio da Inglaterra, e com isso venceram os franceses na batalha de Bailén.

A Rússia, que tinha assinado um acordo com Napoleão (Paz de Tilsit), não aguentava mais a pres-são do Bloqueio Continental sobre a sua economia e, com isso, rompeu o tratado com a França, passando a proibir as mercadorias francesas em seu território. Em represália a este acontecimento, Napoleão Bo-naparte decidiu invadir a Rússia, selando de vez a sua história de vitórias. O exército russo utilizou da chamada tática da “terra arrasada” que se caracte-rizava em destruir os campos cultivados e incendiar as cidades, recuando as suas tropas para o interior do território russo, aguardando o inverno rigoroso chegar (“general inverno”). O exército francês sofreu enormes baixas, cerca de 500 mil soldados mortos, na primeira grande derrota de Napoleão, no ano de 1812, na batalha de Maloyarolavets.

A partir desta derrota, uma nova coligação foi criada (Inglaterra, Rússia, Prússia, Áustria e Suécia) para enfrentar as tropas napoleônicas. Napoleão perdeu para esta coligação na chamada batalha de Leipzig (1813), em que o imperador conheceria a sua primeira grande derrota. Paris foi tomada pelos aliados, que estabeleceram a monarquia de Luís XVIII no poder da França através do Tratado de Paris, retornando a Dinastia dos Bourbons ao poder, tentando instaurar novamente o Antigo Regime na França. Napoleão foi exilado para a ilha de Elba, de onde voltou e governou durante cem dias a França, até perder definitivamente na Batalha de Waterloo (1815), na Bélgica. Exilado para a ilha de Santa He-lena, veio a falecer no ano de 1821. Os países vito-riosos formaram o chamado Congresso de Viena que foi responsável em restabelecer a ordem do Antigo Regime na Europa.

Expansão francesa após Revolução.

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A Revolução Francesa foi totalmente difundida por Napoleão, suas ideias de igualdade, liberdade, regime republicano de governo foram implantadas em vários países.

Na Paz de Paris, a França foi obrigada a pagar 700 milhões de francos aos países vitoriosos a título de reparações de guerra e a admitir a ocupação de 17 praças-fortes pelos exércitos coligados por um período de 5 anos.

Congresso de Viena (1814-1815)

O Congresso foi responsável pela reconstrução da Europa, solucionando os problemas que surgi-ram em consequência da Revolução Francesa. Este reuniu-se através do Princípio de Talleyrand, segundo o qual a França deveria conservar os seus limites físicos anteriores ao período de 1789. Os países vi-toriosos saíram ganhando em relação a territórios, a mais beneficiada foi a Inglaterra.

No congresso, a Rússia estava representada pelo czar Alexandre, o chanceler Matternich re-presentava a Áustria, Castlereagh representava a Inglaterra e Hardenberg representava a Prússia. Estes reunidos definiram quais eram os objetivos do Congresso de Viena.

O primeiro objetivo consistia em refazer o mapa político da Europa, visando, logicamente, à divisão dos territórios entre os países vitoriosos; o segundo

objetivo era o congresso restaurar o Antigo Regime, combatendo o Liberalismo e o Nacionalismo.

O Princípio de Legitimidade era caracterizado por restaurar as dinastias anteriores à Revolução Francesa, e cada país deveria restabelecer os seus territórios anteriores ao movimento francês. Já o Princípio das Compensações determinava o paga-mento de indenizações aos países vitoriosos, além da perda de territórios.

O Congresso de Viena determinou o retorno das monarquias absolutistas, impedindo o surgimento de pensamentos liberais. Para isso ser posto em prática, foi criada a Santa Aliança (1815), isto é, a União da Rússia (cristão ortodoxo), Áustria (católico) e Prússia (protestante) em nome da religião. Surgindo, com isso, o terceiro Princípio (o da Intervenção) que es-tabelecia o direito dos Estados europeus intervir em países ameaçados por movimentos liberais em nome da Santíssima Trindade.

A Inglaterra entrou na Santa Aliança, formando a Quádrupla Aliança através do que havia deter-minado o pacto de Chaumont. No ano de 1818, a França foi redimida e entrou na aliança formando a Quíntupla Aliança.

A Santa Aliança não foi muito requisitada, as suas intervenções principais foram o esmagamen-to de revoluções liberais na Itália afirmadas pelo Congresso de Troppau (1820) e pelo Congresso de Laybach (1821), respectivamente a intervenção e o restabelecimento do Absolutismo na Itália. Outra ação importante da Santa Aliança foi na Espanha, com a formação do Congresso de Verona, responsá-vel por restaurar o Absolutismo.

Porém, a Santa Aliança também obteve fracas-sos, o principal deles foi o relacionado com o processo de independência da América Latina, facilitando o surgimento de Revoluções liberais na década de 30 e as seguintes.

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Confederação Germânica

Europa em 1840.

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Decisões político-territoriais do Congresso de Viena

A Rússia obteve quase dois terços do território da Polônia, transformada em reino autonômo, além de conservar a Finlândia (tomada da Suécia no ano de 1809) e a Bessarábia (tomada do império Otomano no ano de 1812).

A Áustria recuperou os teritórios da Ilíria, a Dalmá-cia, o Tirol e Salzburgo, além de receber a Lombardia e a Venécia, territórios italianos. Os ducados de Módena e Toscana foram entregues a arquiduques austríacos e o de Parma à imperatriz Maria Luíza. Guarnições em Ferrara, Bolonha e Ravena completavam a hegemonia austríaca na Itália.

No caso da Prússia, esta ficou com dois quin-tos do território da Saxônia, além de receber a Westfália, a Pomerânia sueca e os territórios da margem esquerda do Reno, conservando também a região da Posnânia e Dantzig, territórios de origem polonesa. Os reinos dos países baixos eram forma-dos pela união da Bélgica e da Holanda, enquanto a Noruega foi incorporada à Suécia, pois o rei da Dinamarca, antigo dono dessa região, era aliado de Napoleão. Declarou-se a neutralidade dos 19 cantões da confederação helvética.

Na Alemanha ficou constituída uma confede-ração de 39 Estados, sob a presidência da Áustria, reunindo-se seus representantes numa dieta cuja sede seria Frankfurt

E, na Itália, além da presença austríaca, houve a restauração do reino do Piemonte-Sardenha, incluindo Nice, Savoia e Gênova. Restaurou-se também o reino de Nápoles ou das duas Sicílias.

Sugestão de filmes:

Napoleão

Guerra e Paz

(UFPR) Em 1806, o imperador Napoleão Bonaparte 1. decretou o chamado Bloqueio Continental. Explique as motivações desse ato e indique suas repercussões.

Solução: `

Napoleão pretendia afetar o comércio inglês na Europa e promover o comércio francês. Suas repercussões foram a expansão do comércio francês, a invasão dos países que desrespeitaram o bloqueio, a vinda da família real portuguesa para o Brasil e novas relações comerciais entre a Inglaterra e as colônias na América.

(Unicamp) Com a derrota de Napoleão Bonaparte, o 2. Congresso de Viena e os tratados de 1814-1815 delinea-ram os rumos da reconstrução da Europa pós-Revolução Francesa e pós-guerras napoleônicas.

O que estabeleceram esses tratados e qual a ameaça a) que desejavam evitar seus signatários?

Quais os países que saíram fortalecidos com o sistema b) de alianças?

Solução: `

Restauração absolutista e queriam evitar a ameaça a) revolucionária burguesa.

Áustria, Prússia e Rússia.b)

Nos países que compõem a Europa ocidental, a 3. agricultura é tributária de longas tradições históricas, muitas vezes divergentes entre si. Partindo deste ponto, caracterize o processo agrícola francês.

Solução: `

No caso da França, a agricultura era menos produtiva, porém ocupava porções maiores do território. As peque-nas propriedades camponesas abasteciam os mercados urbanos com excedentes de sua produção. Grande parcela da população vivia do trabalho agrícola. A França caracterizava-se pela autossuficiência em alimentos.

(Unirio) A era napoleônica (1799-1815) caracterizou-se 1. como um período de profundas transformações políticas e sociais que consolidaram a hegemonia burguesa na França. Marque a opção que identifica corretamente uma dessas transformações:

abolição da escravidão nas colônias francesas.a)

aprovação da Declaração dos Direitos do homem b) e do cidadão.

promulgação do Código Civil dos franceses.c)

extinção dos laços senhoriais de servidão e vassalagem.d)

instituição do sufrágio censitário.e)

(Cesgranrio) O Golpe do 18 de Brumário de 1799, no 2. contexto da Revolução Francesa, derrubou o Diretório, instituiu o sistema do Consulado e elevou Napoleão Bonaparte à liderança política da França revolucionária.

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Napoleão manteve-se no poder por um período que se estendeu de 1799 até 1815, período esse denominado de Era Napoleônica, durante o qual ocorreu a:

consolidação interna do ideário burguês da Revolu-a) ção e a tentativa de sua imposição a diversos países da Europa com a expansão militar promovida por Napoleão.

retomada do poder político pelos segmentos da b) nobreza provincial francesa com a promulgação do Império (1804) como a força política legítima de governo da França do período napoleônico.

união de segmentos sociais distintos na defesa do c) governo aristocrático e absolutista de Napoleão, tais como o campesinato e a nobreza, com o ob-jetivo de evitar uma invasão estrangeira da França revolucionária.

interferência direta das monarquias absolutas euro-d) peias na França, através da ação política da Santa Aliança, ao encerrarem o processo revolucionário com seu apoio à ascensão de Napoleão.

formação de diversas coligações que uniriam a e) França revolucionária e a Inglaterra liberal contra os Estados aristocráticos, em defesa das conquis-tas liberais promovidas no processo da Revolução Francesa.

(Unirio) “Milhares de séculos decorrerão antes que 3. as circunstâncias acumuladas sobre a minha cabeça vão encontrar um outro na multidão para reproduzir o mesmo espetáculo.”

Napoleão Bonaparte

Sobre o período napoleônico (1799-1815), podemos afirmar que:

consolidou a revolução burguesa na França através a) da contenção dos monarquistas e jacobinos.

manteve as perseguições religiosas e o confisco b) das propriedades eclesiásticas iniciadas durante a Revolução Francesa.

enfrentou a oposição do exército e dos campone-c) ses ao se fazer coroar imperador dos franceses.

favoreceu a aliança militar e econômica com a In-d) glaterra, visando à expansão de mercados.

anulou diversas conquistas do período revolucioná-e) rio, tais como a igualdade entre os indivíduos e o direito de propriedade.

Explique a seguinte frase: “A burguesia cruzava os bra-4. ços deixando Napoleão governar.”

Como Napoleão pôde “utilizar” a Igreja para resolver 1. problemas políticos?

(UFV) Durante o período napoleônico (1799-1815), 2. dentre as medidas adotadas por Bonaparte, assinale aquela que teve repercussões importantes nas relações comerciais do Brasil com a Inglaterra:

a restauração financeira, com a consequente fun-a) dação do Banco da França, em 1800.

decretação do Bloqueio Continental, em 1806, com b) o qual Napoleão visava arruinar a indústria e o co-mércio ingleses;

promulgação, em 1804, do Código Civil que incor-c) porou definitivamente, na legislação francesa, os princípios liberais burgueses.

expansão territorial da França com a incorporação d) de várias regiões da Europa, formando o chamado Império Napoleônico.

criação do franco, como novo padrão monetário.e)

(Fuvest) Que relação há entre as guerras napoleônicas 3. e os movimentos de Independência da América Espa-nhola?

(Unicamp) No ano de 801, assim foi registrada a coro-4. ação de Carlos Magno:

“Então, como no mais santo dia de Natal, tendo ele entrado na Basílica de São Pedro, para a celebração das missas solenes, e tendo-se colocado diante do altar, a cabeça inclinada, em preces, o papa Leão lhe colocou a coroa sobre a cabeça.”

Quando, em 1804, Napoleão torna-se imperador da França, mesmo sem a presença do papa, ele coroa a si mesmo.

Por que seria impossível para Carlos Magno, ho-a) mem de tantos feitos, autocoroar-se?

Por que Napoleão pôde colocar a própria coroa?b)

(UFRS) Considere as afirmações a seguir, referentes ao 5. período napoleônico.

Um dos objetivos do Bloqueio Continental era anu-I. lar a defasagem industrial da França em relação à Inglaterra.

As guerras napoleônicas produziram desdobra-II. mentos de cunho político na América do Sul.

A expansão napoleônica debilitou os fundamentos III. do Antigo Regime europeu e estimulou o surgi-mento dos nacionalismos.

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O Bloqueio Continental possibilitou a hegemonia do IV. Capitalismo industrial francês em toda a Europa.

O Congresso de Viena confirmou, na Europa, os V. avanços sociais e políticos conquistados durante a Revolução Francesa.

Quais estão corretas?

Apenas I e II.a)

Apenas I e III. b)

Apenas I, II e III.c)

Apenas III, IV e V.d)

I, II, III, IV e V.e)

(Mackenzie) Sobre o Período Napoleônico é correto 6. afirmar que:

as campanhas napoleônicas apoiaram o movimento a) denominado Conjura dos Iguais e disseminaram os ideais do proletariado revolucionário francês.

de uma maneira geral, pode ser apontado como o b) momento em que se consolidaram as instituições burguesas na França.

Portugal, tradicional aliado da França, foi um dos c) primeiros países a aderir ao Bloqueio Continental em troca da ajuda na transferência da família real para a colônia Brasil.

o Império foi marcado pelos acordos de paz com a d) Inglaterra, que via na França uma aliada na propa-ganda da mentalidade capitalista burguesa.

a ascensão do Império de Bonaparte foi concretiza-e) da a partir dos acordos políticos da Península Ibéri-ca, evitando as lutas nacionalistas e oposicionistas.

No contexto histórico–geográfico francês em meados 7. do século XIX e início do XX, cite duas regiões ricas na produção de minério de ferro e carvão.

Dê exemplos de como o código napoleônico foi interes-8. sante para a burguesia.

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C1.

A2.

A3.

Napoleão, apesar de governar com base no exército, de 4. fato representava os interesses da burguesia. Assim, sua ditadura era uma Ditadura da burguesia.

Ao estabelecer novas relações com a igreja, Napoleão 1. recebeu a aprovação popular, pois esta era majoritaria-mente católica, e pôde também controlar o clero, que ju-rava fidelidade ao Estado, colocando-o à seu serviço.

B2.

Napoleão tomou o poder na Espanha. Na África, a aris-3. tocracia rural criou juntas auto-governativas que foram fundamentais para o processo de Independência.

a/b) Carlos era de origem “pagã” e o poder da igreja era 4. profundamente determinante, não sendo o mesmo após a Revolução Francesa, alterando o seu status político.

C 5.

B 6.

As regiões eram Alsácia e Lorena, nas quais a Alemanha 7. possuía um profundo interesse, transformando–se em um dos fatores da Primeira Guerra Mundial.

Ao proibir as greves dos trabalhadores, o código disci-8. plinou a mão-de-obra aos interesses dos industriais.

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Page 16: HISTÓRIA - vestibulardauerj.com.br · volta do ano de 1799, internamente e externamente, o Diretório viu-se num momento dúbio. O ascenso ... compravam os seus produtos manufaturados

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