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História do Pensamento Econômico Evolução das escolas econômicas

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História do Pensamento Econômico

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  • Histria do Pensamento Econmico

    Evoluo das escolas econmicas

  • A histria do pensamento econmico na antiguidade

    As cidades gregas e seu papel na evoluo do homem.

    O comunismo de Plato.

    A crematstica de Aristteles.

    O atomismo e o individualismo de Epicuro.

    Agostinho de Hipona e a indiferena em relao s instituies polticas.

  • A FASE PR-CIENTFICA DA ECONOMIA: Sculos XI ao XIV

    Perodo que marca um retorno da atividade econmica na Europa

    Feiras de Flandres, Champagne, Beaucaire etc.

    Ressurgimento da atividade urbana

    Trocas urbano-rurais

    Corporaes de ofcio

    Novo impulso do comrcio mediterrneo (Gnova, Pisa, Florena e Veneza).

  • A FASE PR-CIENTFICA DA ECONOMIA: Sculos XI ao XIV

    A Igreja reconhece a dignidade do trabalho, condenou as taxas de juros, buscou o preo justo, a moderao dos agentes econmicos e o equilbrio dos atos econmicos.

    Mas o pensamento econmico ainda era orientado pela moral crist.

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  • MERCANTILISMO (1450 1750)

    Importantes transformaes marcam o perodo: Transformaes intelectuais:

    Renascimento: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael etc. Florao artstica e literria Laicizao do pensamento Retorno aos mtodos de observao e experincia Difuso de novas idias por meio da imprensa (Gutemberg -

    1450)

    Transformaes Religiosas Reforma de Calvino Exaltao ao individualismo e atividade econmica Condenao da ociosidade Justificao do emprstimo a juros, busca do lucro e sucesso

    nos negcios

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  • MERCANTILISMO (1450 1750)

    Transformaes no padro de vida (Desejo de bem-estar) : Alimentao requintada (especiarias, acar etc.) Habitao confortvel (decoraes, obras de arte,

    tapearias, louas finas etc.) Viagens inter-regionais (novas maneiras de viver e

    pensar)

    Transformaes Polticas: Estado Moderno Coordenao dos recursos materiais de uma nao

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  • MERCANTILISMO (1450 1750)

    Transformaes Geogrficas: Descoberta da bssola

    Grandes descobrimentos

    Transformaes Econmicas: Metais preciosos vindos do Novo Mundo

    Deslocamento do eixo econmico mundial: no mais o eixo do mediterrneo, mas tambm Londres, Amsterd e Lisboa)

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  • MERCANTILISMO (1450 1750)

    O mercantilismo imprimiu ao pensamento econmico um cunho de arte emprica

    Preceitos de administrao pblica que os governantes deveriam usar para aumentar a riqueza da nao e do prncipe

    Na Espanha e em Portugal, os economistas aconselharam a proibio da sada de metais preciosos e da entrada de mercadorias estrangeiras

    Na Frana, o Colbertismo buscou o intervencionismo na indstria e o protecionismo alfandegrio, para desenvolver a industrializao interna, exportar mais e reduzir as importaes.

    Na Gr-Bretanha, o comrcio e a navegao apareceram como as principais fontes da riqueza nacional.

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  • MERCANTILISMO (1450 1750)

    Durante os trs sculos do mercantilismo, as naes da Europa Ocidental organizaram sua economia interna, baseadas, na unidade nacional e na exportao de todos os recursos econmicos, sob o controle do Estado.

    Poltica colonial mercantilista: explorar a colnia ao mximo, bem como impedir que ela se desenvolva industrialmente

    Essa poltica deriva da forma primordial do pensamento mercantilista: o enriquecimento de uma nao leva ao empobrecimento de outra

    O pensamento mercantilista marcou a passagem da economia regional para a economia nacional

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  • MERCANTILISMO (1450 1750)

    Principais pensadores do mercantilismo:

    Montaigne

    Montchrstien

    William Petty

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  • FISIOCRACIA: 1750 - 1780

    A fisiocracia imps-se principalmente como uma doutrina de ordem natural: o universo regido por leis naturais, absolutas. Imutveis e universais, desejadas pela Providncia Divina para a felicidade dos homens.

    Para os fisiocratas, seria possvel, por meio da razo, descobrir essa ordem.

    Maior pensador da escola fisiocrata: Fraois Quesnay (Tableau conomique - 1758)

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  • FISIOCRACIA: 1750 - 1780

    O Tableau (Quadro Econmico) representou, de modo simplificado, o fluxo de despesas e de bens entre as diferentes classes sociais

    Observou a interdependncia entre as atividades econmicas

    Indicou que a agricultura fornece um produto lquido que se reparte entre as classes.

    O Quadro o precursor da economia quantitativa

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  • A Escola Clssica (1776-1867): Adam Smith

    Tem como fundador Adam Smith (1723-1790), considerado tambm o fundador da Economia

    Nascido em Kirkcaldy, Fife, 5 de junho de 1723

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    Aos 15 anos, Smith matriculou-se na Universidade de Glasgow, onde estudou Filosofia moral

    Em 1740, entrou para o Balliol College da Universidade de Oxford

    Em 1751, Smith foi nomeado professor de Lgica na Universidade de Glasgow, passando, no ano seguinte, a dar a cadeira de Filosofia Moral.

  • A Escola Clssica (1776-1867): Adam Smith

    Em 1759, publicou a Teoria dos sentimentos morais, uma das suas mais conhecidas obras, incorporando algumas das suas aulas de Glasgow

    Em 1776 escreve A Riqueza das Naes: investigao sobre a sua natureza e suas causas, considerada sua obre prima e primeira obra dedicada exclusivamente economia

    Smith era apologista da Revoluo Industrial e simptico ao operrio e ao trabalhador da terra.

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  • A Escola Clssica (1776-1867): Adam Smith

    Smith confiava no egosmo inato dos homens e na harmonia natural de interesses

    Todo indivduo se esfora, em seu prprio benefcio, para encontrar o emprego mais vantajoso para o seu capital, qualquer que seja ele o que o conduz, naturalmente, a preferir o emprego mais vantajoso para a sociedade (Teoria da mo invisvel)

    Para Smith, Deus implantou no homem certos instintos, entre eles o de trocar.

    O instinto de trocar, mais a tendncia de ganhar mais dinheiro e subir socialmente conduzem o trabalhador a poupar, a produzir o que a sociedade necessita e enriquecer a comunidade. Os homens so naturalmente assim

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  • A Escola Clssica (1776-1867): Adam Smith

    Se o governo se abstiver se intervir nos negcios, a Ordem Natural poder atuar. Essa Ordem no espontnea, deve ser alcanada.

    A Riqueza das Naes disserta sobre o desenvolvimento econmico dos pases.

    Para o autor, a explicao para o desenvolvimento est na diviso do trabalho.

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  • A Escola Clssica (1776-1867): Adam Smith

    Para Smith, a diviso do trabalho encontra-se em estgio mais avanado nos pases mais avanados.

    O trabalho de uma nica pessoa, em uma sociedade evoluda, equivale ao trabalho de centenas de pessoas de um lugar menos evoludo.

    S possvel haver diviso do trabalho quando h procura em massa pelo bem que se est produzindo

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  • A Escola Clssica (1776-1867): Adam Smith

    Para o autor, cada produto tem um valor de uso e um valor de troca.

    Um objeto pode ter bastante valor de uso, mas pouco ou nenhum valor de troca.

    Pode, contrariamente, ter muito valor de troca, porm pouco valor de uso.

    O valor de troca diferente do preo. O valor dado pelo trabalho; o preo, pelo mercado.

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  • A Escola Clssica (1776-1867): Adam Smith

    As mercadorias, para Smith, possuem um preo natural.O preo natural composto de trs partes: salrios,

    lucros e renda da terra.O preo de mercado nem sempre igual ao preo

    natural. Enquanto um determinado pela oferta e pela procura, o outro determinado pelos seus trs componentes.

    Somente o livre mercado, sem interveno estatal, poderia guiar o preo do produto em direo ao preo natural

    Principais discpulos de Smith: Malthus, Ricardo, Stuart Mill e Say

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  • A Escola Clssica (1776-1867): Malthus

    Thomas Robert Malthus (Rookery, 14 de Fevereiro de 1766 Bath, 23 de Dezembro de 1834).

    Filho de um culto e rico proprietrio de terras, amigo de Hume e Rousseau, terminou os estudos no Jesus Colledge de Cambridge a partir de 1784, onde obteve um posto em 1793.

    Tornou-se pastor anglicano em 1797 e, dois anos depois, inicia uma longa viagem de estudos pela Europa.

    Casou-se em 1804 e, por isto, abandonou o posto de pastor.

    Em 1805, foi nomeado professor de histria e de economia poltica em um colgio da Companhia das ndias, em Haileybury.

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  • A Escola Clssica (1776-1867): Malthus

    Tentou colocar a economia em slidas bases empricas. Embora reconhecendo os precrios fundamentos empricos de muitas proposies amplamente aceitas. Bem como a deficincia de dados estatsticos.

    Obra principal: Um ensaio sobre o princpio da populao (1798)

    Para o autor, a populao crescia em progresso geomtrica, e os alimentos cresciam em progresso aritmtica.

    O autor no esperava, contudo, o desenvolvimento das novas tcnicas de agricultura

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  • A Escola Clssica (1776-1867): Ricardo

    David Ricardo (Londres, 18 de Abril de 1772 Gatcombe Park, 11 de setembro d 1823) considerado um dos principais representantes da economia poltica clssica.

    Ricardo foi terceiro de dezessete filhos de uma famlia neerlandesa de classe mdia, descendentes de judeus (sefarditas) que fugiram das perseguies em Portugal.

    Seu pai trabalhava na Bolsa de Valores, e Ricardo seguiu seus passos, na atividade que o enriqueceu.

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  • A Escola Clssica (1776-1867): Ricardo

    Entre 1809 e 1815 publicou alguns panfletos sobre temas de economia monetria, repartio da renda e comrcio internacional.

    Em 1815, David Ricardo j era considerado o mais importante economista de toda a Gr-Bretanha, graas ao seu conhecimento prtico sobre o funcionamento do sistema capitalista, vindo da sua carreira como perito em finanas.

    Em 1817 publicou sua principal obra: Princpios de Economia Poltica e Tributao.

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  • A Escola Clssica (1776-1867): Ricardo

    Ricardo tambm se envolveu com questes polticas, tendo sido representante do distrito irlands de Portalington na Cmara dos comuns do parlamento do Reino Unido.

    Ali defendeu um conjunto de posies liberais tanto em matrias polticas (o voto secreto, o sufrgio universal) quanto em temas econmicos (a liberdade de comrcio).

    Morreu prematuramente em 11 de setembro de 1823, deixando incompleta uma obra em que trabalhava.

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  • A Escola Clssica (1776-1867): Ricardo

    Ricardo foi amplo defensor do livre comrcio

    Para ele, um pas deve especializar-se na produo daquele bem em que mais produtivo.

    Especializando-se na produo desse bem, o pas deve trocar o excedente com outros bens que outros pases produzem.

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  • A ruptura keynesiana

    Ruptura keynesiana teoria clssica da economia.

    Para os economistas clssicos, oferta de trabalho uma funo dos salrios reais.

    Logo, o declnio do nvel de emprego causado por reivindicaes dos trabalhadores por maiores salrios reais.

  • A ruptura keynesiana

    Para Keynes, no h uma correlao inversa entre o nvel de emprego e o salrio real.

    O declnio do nvel de emprego no se deve s reivindicaes dos trabalhadores por maiores salrios. Eles no tm poder algum de mudana nos salrios reais, no mximo nos

    nveis nominais de salrio.

    O objetivo primeiro da produo capitalista, para Keynes, no atender ao consumo, mas sim valorizao do capital (aumento da riqueza).

    O volume da produo, portanto, ser decidido com base nos rendimentos que a empresa espera obter.

  • A ruptura keynesiana

    O nvel de emprego numa economia capitalista determinado no mercado de bens, a partir das expectativas dos produtores acerca dos rendimentos que da produo se espera obter.

    Mesmo que as expectativas dos produtores sejam atendidas, pode haver desemprego.

    Inovao de Keynes: coloca a questo do pleno emprego no centro de sua reflexo terica.

  • A ruptura keynesiana

    Sob condies de livre mercado, pode haver uma insuficincia da demanda que levaria a uma subutilizao da produo e do emprego.

    os dois principais defeitos da sociedade econmica em que vivemos so a sua incapacidade para proporcionar o pleno emprego e a sua arbitrria e desigual distribuio da riqueza e das rendas (Keynes).

    Soluo proposta por Keynes: os gastos pblicos.

  • A ruptura keynesiana

    Carter da propostas de polticas de Keynes:

    Conjunto de medidas para reduzir ou socializar as incertezas que cercam a as decises econmicas e impulsionar a demanda agregada via interveno do Estado, quando a demanda privada fracassa.

    Todas as alavancas devem ser acionadas para assegurar a manuteno da economia em um certo estado de prosperidade.

    Sustentar o investimento, a demanda e o emprego.

  • A ruptura keynesiana

    A interveno estatal para Keynes: Controle governamental dos meios de pagamento e da taxa de juros.

    No entanto, essa interveno monetria pode ser insuficiente nas pocas de crise.

    Emprego e depresso tm como causa principal a escassez de novos investimentos. Em uma situao de crise, os investimentos no aumentam, dada a incerteza

    e a insuficincia de demanda agregada.

    A interveno do Estado deve vir, tambm, no lado da demanda, mediante aumento dos gastos governamentais em programas pblicos.

  • A ruptura keynesiana

    Sntese neoclssica da teoria keynesiana proposto por Hicks e Samuelson:

    Trs objetivos bsicos: Manter nveis aceitveis de crescimento e desenvolvimento econmico.

    Alcanar altos nveis de emprego.

    Sustentar a estabilidade de preos.

    Princpio intervencionista estatal aplicado a partir do ps segunda guerra.

    Perodo de prosperidade at a dcada de 1970 (consenso keynesiano)

  • O renascimento do liberalismo

    Liberalismo clssico: Estado como uma autoridade que deveria garantir juridicamente as liberdades individuais.

    Limitao das aes do Estado a fim de coibir os abusos do poder estatal (Estado de Direito).

    Estado limitado a garantir a propriedade privada, os contratos, a segurana interna e externa e os servios essenciais de utilidade pblica.

    Qualquer interveno estatal na economia impediria a ordem social harmnica, garantida pelo funcionamento do mercado, que conseguiria direcionar os interesses particulares rumo ao timo social.

  • O renascimento do liberalismo

    Funes do Estado nos anos 1970:

    Desmantelar as conquistas sociais, nem que para isso o Estado tenha que fazer o uso da fora para controlar os conflitos resultantes.

    Diferenas do neoliberalismo em relao ao liberalismo clssico:

    O liberalismo clssico como forma de combate aristocracia (carter progressista).

    Neoliberalismo como forma de retornar a ordem estabelecida anteriormente (carter conservador).

  • O neoliberalismo

    Liberalismo clssico: fundamentalmente filosfico e poltico.

    Neoliberalismo: receiturio de poltica econmica, onde as esferas polticas e sociais so reflexos do comportamento econmico.

    Se antes os valores fundamentais eram a razo e a liberdade, agora a liberdade passa a se subordinar aos desideratos econmicos.

    Para o neoliberalismo: a desigualdade se converte em um valor: Pelo lado econmico, recompensaria os mais eficientes.

    Pelo lado moral, incentivaria a ascenso social pelo esforo pessoal.

  • O neoliberalismo

    Quaro etapas da ascenso do neoliberalismo:

    1) Ideias de F. A. von Hayek aps a segunda guerra (antes do welfarestate).

    2) Milton Firedman e a conquista do espao acadmico nos EUA, e posterior hegemonia naquele pas. Receiturio de conduo poltico-econmica para pases da Amrica Latina.

    3) Passagem do plano terico ao campo poltico com Tatcher e Reagan, e incorporao das ideias pelo BIRD e pelo FMI. Implantao na Amrica Latina em concomitncia com regimes militares

    ditatoriais.

    4) Final dos anos 1980 e crise no bloco socialista. Avano do iderio neoliberal, oposto s prticas comunistas.