2011.10.24 hpe aula_marshall - história do pensamento econômico - ufabc - prof giorgio

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Bacharelado em Ciências e Humanidades História do Pensamento Econômico Alfred Marshall Teoria neoclássica Prof. Giorgio Romano Tídia: Prof. Giorgio HPE 24 de outubro de 2011

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Bacharelado em Ciências e Humanidades

História do Pensamento Econômico

Alfred Marshall – Teoria neoclássica

Prof. Giorgio Romano

Tídia: Prof. Giorgio HPE

24 de outubro de 2011

Alfred Marshall 1842-1924

Escola neoclássica de Cambridge : interpretação e reformulação

da teoria clássica

• Walras : equilíbrio geral

• Marshall: equilíbrio parcial

Visão do mundo:

• capitalismo como um sistema capaz de assegurar contínuo e

gradual progresso;

• tendência natural para o equilíbrio e tendência de crescimento

gradual,

Alfred Marshall 1842-1924

Formação: matemática

Foi professor titular de economia na Universidade de

Cambridge

Entre seus alunos: Pigou; Robinson; Keynes

Influência:

• utilitarismo Bentham

• evolucionismo Darwin => crença nas forças da

concorrência

Publicação mais importante: Principles of Economics (1890)

=> doutrina marginalista

Principais contribuições Marshall

introdução fator tempo na análise (analise temporal: curto,

longo e secular)

conciliar custo de produção (clássicos) com utilidade marginal

na determinação valor

precursora economia matemática (econometria)

método estático x caráter dinâmico da economia

distinção entre juros reais e monetárias

Demanda

Demanda (procura dos consumidores): regulador última

• utilidade (desejo/ necessidade)

• preço que uma pessoa se dispõe a pagar

• possibilidade de – não comprando – encontrar outra coisa

(custo de oportunidade)

=> saturação das necessidades - utilidade decrescente:

o benefício adicional derivado do produto aumenta numa taxa

decrescente

Demanda

compra marginal (marginal purchase): margem de dúvida sobre

se é vantagem incorrer no dispêndio requerido para adquiri-la

(custo/benefício)

utilidade marginal: utilidade da compra marginal

preço de procura marginal: preço que o consumidor está

disposto a pagar para obter o último produto (a referência não é

quantidade desejado)

Obs. São considerados constantes:

• caráter/ gosto da pessoa (ex. vício da embriaguez)

• poder de compra

Demanda

Influência aumento poder de compra:

aumenta o preço que se dispõe a pagar por certo benefício

compra mais que antes ao mesmo preço.

• Demanda/oferta: cada variação no preço é suscetível de afetar

a quantidade que um indivíduo comprará.

• Obs. procura por um indivíduo é inconstante, irregular: o que

conta é o agregado (necessidades individuais se compensam)

Alteração curva demanda

impacto crédito

impacto desigualdade de renda

Alteração Curva Demanda

Demanda/Oferta

Conceito de elasticidade: relação entre baixa/aumento do

preço e aumento/baixa da procura

Diferenciar

1) rendimento decrescente na produção matérias-primas

(Ricardo)

2) rendimento crescente da capacidade produtivo do trabalho:

economias decorrentes de um aumento na escala de produção:

externas e internas

Rendimentos Crescentes

economias internas

escala de produção/ organização melhora/ aumenta produtividade

aumento trabalho e capital rende acima do proporcional

(exceção: indústrias que se aplicam à extração de produtos

primários)

economias externas

impacto sobre ramos de indústria conexos/ na mesma localidade,

infraestrutura

Custo/ preço

Custo normal de produção – relativa a dado volume global de

produção

=> analise gasto de um produtor típico (representative firm)

Composição custo de produção

• mão-de-obra de todos os tipos (direta e indiretamente

empregada)

• “abstinência” (espera necessária para acumular o capital

utilizado)/ “os ganhos brutos da direção...dos que assumem os

riscos”

=> custo monetário de produção/ despesas fatores de produção

(coisas necessárias à produção)

Preço de Equilíbrio

Preço oferta:

• necessidade de dinheiro produtor

• cálculo das condições presentes e futuras do mercado

Preço de equilíbrio

quantidade que os compradores estivessem dispostos a comprar =

quantidade pela qual os vendedores aceitariam receber esse

mesmo preço.

Preço de equilíbrio é estável: se o preço se afasta um pouco,

tende a voltar como o pêndulo que oscila em torno de seu ponto

mais baixo

Preço de mercado x Preço natural

Smith: o valor normal/ natural se estabelece a longo prazo (in the

long run) = valor de uma coisa tende, a longo prazo, a

corresponder ao seu custo de produção.

Valor efetivo (de mercado) influenciado por acontecimentos

passageiros. Só a longo prazo as “causas constantes dominam

completamente o valor”.

=> importância do tempo na relação demanda/oferta

Preço de mercado x Preço natural

Em estado estacionário: condições gerais de produção/

consumo/ distribuição/ troca permanecem iguais/ a empresa

representativa permanece mais ou menos do mesmo tamanho=>

nessa situação o custo de produção regula o valor

Mundo real: cada força econômica modifica constantemente sua

atuação, sob influência de outras forças que agem em torno dela

(modificação constante do volume de produção/ métodos/

custos). Nessa situação preço médio não é igual a preço normal.

De lado da oferta: tempo para se adaptar à procura (aplicação

de capital; organização; conhecimento e habilidades especializadas)

Quatro classes de preços

1. Preços de mercado (oferta do estoque disponível)

2. Preços normais de curto prazo ( o que pode ser produzido

pelo preço em questão com o equipamento e os recursos de

pessoal existentes)

3. Preços normas de longo prazo (oferta produzida pelas

instalações montadas)

4. Preço normal alterado (de forma gradual): desenvolvimento

novos conhecimentos

Efeito aumento procura

Aumento procura =>

primeiro momento: alta temporária do preço

segundo momento: queda custos (trabalhadores e maquinas

mais especializadas) => queda dos preços

Conceito de elasticidade demanda: o impacto da alteração do

preço sobre quantidade demandada

elasticidade da oferta – capacidade instalada

NUCI - Nível de Utilização da Capacidade Instalada

FBCF - Formação Bruta de Capital Fixo

Mercados futuros

Bolsa de cereais (1848, the Chicago Board of Trade)

Negócio a termo=> para entrega futuro

Formação de preços nos mercados futuros:

regulado pelas perspectivas do consumo mundial, estoques

existentes e safras esperadas

considerar impacto de oferta de gêneros (grãos que possam

substituir)

influência “manobras especulativas”

Obs. preço nos mercados futuros influenciam formação de preço à

vista

Pressupostos teoria neoclássica

• Produtores e consumidores com perfeito conhecimento dos

mercados

• Forças de procura e oferta agem livremente (mobilidade total

de capital e tecnologia)

• Disponibilidade de informação sobre o que os outros estão

fazendo o suficiente para evitar que o produtor ou consumidor

pague aceite/pague preços menor/maior

Ressalva metodológica

• estudo de certo grupo de tendências é isolado, fazendo-se a

suposição preliminar “as outras coisas sendo iguais”

• quanto mais a questão é assim reduzido, mas exatamente pode-

se tratá-la

• mas, por outro lado menos corresponde à vida real.

Pergunta: pq a história da uma firma individualmente não é da

firma representativa?