história 11º ano resumo

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 A Ação reformadora da regência de D . Pedro D. Pedro assumiu a regência liberal nos Açores a 3 de Março de 1832. Enquanto alguns dos seus fiéis se batiam contra os absolutistas nas frentes militares, o Ministério liberal promulgava as adequadas reformas socioeconómicas, administrativas, judicias e fiscais. Coube a José Xavier Mouzinho da Silveira, ministro da Fazenda e da Justiça, as grandes reformas legislativas que consolidaram liberalismo. Este fez reformas a nível comercial:  Aboliram-se os pequenos morgadios, forais e a dízima  Extinguiram-se os bens da coroa e respectivas doações  A libertação da terra originou a libertação do comércio  Eliminação de situações de privilégio na organização das actividades económicas A nível económico:  Extinguiram-se as portagens e os demais encargos sobre a circulação interna de mercadorias  No comércio externo diminuíram-se os direitos de exportação  Suprimiram-se os monopólios do sabão e do vinho do Porto A nível administrativo:  O país ficou dividido em províncias, comarcas e concelhos chefiados por prefeitos, subprefeitos e provedores, todos eles funcionários de nomeação régia.  Fundação do Registo Civil Ao nível judicial:  Introduziu-se o princípio do júri  Dividiu-se o país em círculos judiciais, comarcas, julgados e freguesias  Os círculos judiciais e as comarcas, existiam uma hierarquia de  juízes que exercia circunscrições, estes eram nomeados pelo rei e os restantes escolhidos por eleição  Ergueu-se o Supremo Tribunal da Justiça, em Lisboa, composta por  juízes-conselheiros e com jurisdição sobre todo o reino.

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 A Ação reformadora da regência de D. Pedro

D. Pedro assumiu a regência liberal nos Açores a 3 de Março de 1832.Enquanto alguns dos seus fiéis se batiam contra os absolutistas nas frentes

militares, o Ministério liberal promulgava as adequadas reformassocioeconómicas, administrativas, judicias e fiscais.Coube a José Xavier Mouzinho da Silveira, ministro da Fazenda e daJustiça, as grandes reformas legislativas que consolidaram liberalismo.Este fez reformas a nível comercial:

  Aboliram-se os pequenos morgadios, forais e a dízima

  Extinguiram-se os bens da coroa e respectivas doações

  A libertação da terra originou a libertação do comércio

  Eliminação de situações de privilégio na organização das actividades

económicas

A nível económico:

  Extinguiram-se as portagens e os demais encargos sobre a

circulação interna de mercadorias

  No comércio externo diminuíram-se os direitos de exportação

  Suprimiram-se os monopólios do sabão e do vinho do Porto

A nível administrativo:

  O país ficou dividido em províncias, comarcas e concelhos chefiados

por prefeitos, subprefeitos e provedores, todos eles funcionários de

nomeação régia.

  Fundação do Registo Civil

Ao nível judicial:

  Introduziu-se o princípio do júri

  Dividiu-se o país em círculos judiciais, comarcas, julgados e

freguesias

  Os círculos judiciais e as comarcas, existiam uma hierarquia de

 juízes que exercia circunscrições, estes eram nomeados pelo rei e os

restantes escolhidos por eleição

  Ergueu-se o Supremo Tribunal da Justiça, em Lisboa, composta por juízes-conselheiros e com jurisdição sobre todo o reino.

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  Foi concebida a lei aplicada de forma igual para todos e reconhecia-

se o direito de petição

Finanças:

  Eliminação do secular sistema e tributação local

  Surgi-o o sistema de tributação nacional devidamente centralizado

  Criou-se o Tribunal do Tesouro Publico

  Cada Província tinha recebedor geral e pagar as despesas

  Cada comarca tinha um delegado

Outras reformas

A regência de D. Pedro teve um cuidado particular à organização docomércio.Este aboliu o livre- câmbio, os monopólios, privilégios, portagens, as sisas

e as corporações.Em 1833 foi criado o primeiro Código comercial, por Ferreira Borges; Foi

assim feita uma organização no comércio.

A questão religiosa foi dos assuntos mais debatidos durante o liberalismoportuguês.Com a constituição de 1822 e a Carta Constitucional de 1826, tinha sido

negados ao clero regular os direitos de representação em cortes e devotante nas eleições.O facto de que muitos mosteiros terem apoiado o absolutismo miguelista

fez com que existisse uma eliminação do clero regular.Expulsaram os jesuítas; proibiram-se os noviciados nos mosteiros.Posteriormente, num decreto de 1834 redigido por Joaquim António de

Aguiar, novo ministro da Justiça, extinguiu-se todos os conventos,mosteiros, colégios e hospícios de ordens religiosas masculinas, ondetodos os seus bens foram confiscados e incorporados na FazendaNacional.Esta nacionalização de bens atingiu igualmente a coroa, Universidade de

Coimbra, Casa das rainhas e do Infantado, retirando alguns titularesnobres.O Estado liberal procede à venda dos bens nacionais em hasta pública.

Isto permitiu a Silva Carvalho, novo ministro da Fazenda, pagar todas as

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dívidas sem aumentar os impostos. Apenas uma minoria de burguesesendinheirados beneficiaram desta venda.

Atuação do Governo Setembrista

Neste novo governo sobressaíram as figuras do Visconde Sá da Bandeira,um dos heróis do Cerco do Porto, e do Parlamentar Manuel da Sila Passos.Este era mais democrático, onde eram valorizadas a soberania da Nação.Preparou-se um novo diploma Constitucional, a constituição de 1838.

Era com um elemento de ligação entre espirito monárquico e oradicalismo democrático. O monarca perdeu assim o poder de moderador.Com esta nova Constituição destacou-se os direitos individuais, soberania

da Nação, o bicameralismo do voto censitário.A orientação económica do setembrismo estava essencialmente virada

para a pequena e média burguesia, que estavam decididas a libertar ospais da tutela estrangeira, Inglaterra.A pauta proteccionista, de 10 de Janeiro de 1837, marcou o arranque da

industrialização portuguesa, esta obrigada ao pagamento de direitos atodos os produtos que entrassem nas alfândegas da metrópole e ilhasadjacentes. Os artigos industriais faziam concorrência com os nacionais.Formou-se o associativismo empresarial com a criação de associações de

agricultura, comércio e industria.A perda do mercado brasileiro levou a que os dirigentes setembristas á

busca de alternativas económicas. As atenções viraram-se essencialmentepara a exploração colonial em África.Para atrair o investimento de capitais proibiu-se o tráfico de escravos nas

colonias abaixo do Equador.

 O Setembrismo promoveu a reforma no Ensino.Criaram-se as escolas primárias, secundárias e superiores; Escola Médico-

cirúrgicas, Escolas Politécnicas no Porto / Lisboa, Conservatórios de Artese Ofícios, reformou-se a Universidade e inaugurou-se o Ensino Liceal.

Os Liceus correspondiam ao Ensino moderno e Europeu para preparar osfilhos dos burgueses para a progressão de Estudos superiores. Estesistema não teve o sucesso pretendido dado a falta de professorespreparados.A política económica setembrista caracterizada por um certo fracasso,

essencialmente nos domínios fiscal e operário. Devido á falta de capitais evias de comunicação, bem com a perante instabilidade politica.

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Cabralismo e o regresso da carta constitucional

Foi António Bernardo da Costa Cabral, ministro da justiça, que em

Fevereiro de 1842, num golpe de Estado pacífico, pôs termo à constituiçãode 1838 identificando-se, assim, com o período do Cartismo (1834-1836).Tal como aconteceu com o Cartismo, as medidas tomadas durante operíodo do Cabralismo favoreceram, em primeiro lugar, a alta burguesia.Costa Cabral apostou no incentivo industrial, nas obras pública, na

reforma administrativa e fiscal, difundiu-se a energia a vapor; surgiu aCompanhia das Obras Públicas de Portugal, (1844) tendo como objectivo aconstrução e reparação de estradas; levantaram-se algumas pontes;

publicou-se o Código Administrativo; criou-se o Tribunal de Contas,reformou-se a Saúde proibindo os enterros nas igrejas a 1846.Estas inovações e exigências de Costa Cabral originaram uma série de

motins populares, basicamente camponeses. Entre 1846-47 viveu-se umclima de guerra civil entre setembristas e cabralistas.As primeiras movimentações sucederam-se no Minho, em Abril e Maio de1846 e ficaram conhecidas pelo nome de revolta da Maria da Fonte. Estasforam uma “resposta” popular às Leis da Saúde, às Leis das Estradas e aosprocedimentos burocráticos que passaram a envolver a cobrança de

impostos.A 2ª fase da guerra civil, chamada a “Patuleia” decorreu de Outubro de1846 a Junho de 1847. Esta foi iniciada no Porto mas rapidamente seestendeu a todo o país, devido à falta de comprimento das promessasfeitas pela rainha, D. Maria II, como a realização de eleições por sufrágiodirecto para a câmara de Deputados.Tal situação levou o Governo de Lisboa a solicitar a intervenção de

Espanha e da Inglaterra, ao abrigo da Quádrupla Aliança de 1834.Estas duas fases acabaram por conduzir a queda de Costa Cabral, em

1847. Este regressaria ao poder em 1849, sendo afastado definitivamenteem 1851.Depois de uma primeira metade de século extremamente agitada, nosúltimos 50 anos de Oitocentos, Portugal iria gozar a paz e o progressomaterial do período da Regeneração.

O liberalismo

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 Doutrina política, social, económica e cultural difundida na Europa e naAmérica que, fundando-se na primazia do individuo sobre a sociedade,defende a propriedade privada, a liberdade individual, ou seja, civil,

religiosa, politica, ou económica, a igualdade de todas as pessoas perantea lei e o respeito pelos direitos do cidadão.O Liberalismo surgiu na primeira metade do século XIX, como

consequência da ideologia das Luzes (Iluminismo) e das RevoluçõesLiberais (Americana, Francesa, etc.).

A nível político, o Liberalismo defende a representatividade popular,contra o regime absolutista:

  A nível económico, é a favor da liberdade de iniciativa privada,

contra o intervencionismo do Estado;  A nível social, coloca a burguesia no topo da escala social, contra

os privilégios da nobreza e do clero.  A nível individual, defendia-se a liberdade civil, religiosa, política ou

económica.

A nível individual, defendia-se a liberdade civil, religiosa, política oueconómica.

Liberdade Política (Liberalismo Político)

A nível político, o Liberalismo defende a representatividade popular,contra o regime absolutista; a nível económico, é a favor da liberdade deiniciativa privada, contra o intervencionismo do Estado; a nível social,coloca a burguesia no topo da escala social, contra os privilégios danobreza e do clero.A implantação do Liberalismo correspondeu à queda do Antigo Regime einfluenciou, de forma marcante, grande parte dos regimes actuais.

A intervenção política dos cidadãos pode-se expressar de várias maneiras.Como eleitores escolhiam os representantes para as assembleias e

alguns cargos políticos. Estes elaboravam as leis e administravam o país.Participavam em clubes, assistiam Às assembleias, liam e escreviam

artigos de opinião nos jornais. Ou seja o cidadão intervinha e influenciavaa vida política e as decisões dos estados.

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  Mas O liberalismo tinha algumas restrições em relação ao dinheiro e àpropriedade. O critério de fortuna era considerado um passaporte para avida politica, pois presumia-se que se os eleitores e governantes comalguma independência económica tinha mais oportunidades de se

instruírem, logo, de dar opiniões mais importantes e de governaremmelhor.Por isso foi a burguesia, classe mais rica e instruída, que se aproveitou do

livre jogo da iniciativa politica, através do censo e do sufrágio censitário,reservando o poder político e o acesso às funções públicas eadministrativas.

A secularização das Instituições

O principal objectivo do regime político durante o Liberalismo foi aconsagração dos direitos do indivíduo.

Para evitar o exercício do despotismo, o liberalismo político elaborouformas para limitar o poder.

Este deveria fundamentar-se em textos constitucionais, funcionar nabase da separação de poderes e da soberania nacional exercida por umarepresentação e proceder á secularização das instituições.

Textos Constitucionais 

Elaboração de um documento onde eram explicitados os direitos e osdeveres dos cidadãos e o funcionamento do Estado: esse documentopodia ser chamado Constituição, quando era elaborado e votado pelosrepresentantes do povo (deputados) ou Carta Constitucional, quando eraoutorgado por um monarca, nos regimes liberais mais conservadores;

Separação dos poderes 

Os liberais moderados procederam a uma rigorosa separação e doequilíbrio do podere politico-constitucionais.Separaram-se os poderes legislativos, executivo e judicial, entregues a

diferentes representantes para que um déspota não pudesse concentrarem si todos os poderes. Habitualmente, o poder executivo pertencia aorei, pois o Liberalismo não significou o fim das monarquias e aos ministros

do Governo, enquanto o poder legislativo pertencia a assembleias eleitaspelos cidadãos e o poder judicial cabia a juízes eleitos;

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A representação da Nação

O direito dos cidadãos da Nação a fazerem-se representar emassembleias (soberania nacional).Nos parlamentos, denominados de Assembleia, encontrava-se

representada a nação, a quem cabiam as funções legislativa.O liberalismo moderado tinha uma influência de um sistema bicameralsegundo o qual existiam uma Câmara Baixa de deputados eleitos e umaCâmara Alta, composta pelos descendentes da aristocracia ou vultospreeminentes, escolhidos pelo monarca.

Secularização das instituições 

O Estado liberal que defende os direitos individuais, assume-se também

como um Estado Laico, que separa as esferas temporais e espiritual, e

seculariza as instituições.

Os defensores do liberalismo, defendiam além da liberdade religiosa aliberdade civil de consciência de pensamento, de expressão, de ensino. Os

liberais encetam uma série de reformas destinadas a emancipar oindividuo e Estado da tutela da Igreja.Um dos aspectos mais polémicos da implantação do Liberalismo foi aquestão religiosa. A defesa dos direitos individuais dos cidadãos prévia odireito à liberdade religiosa; porém, na maior parte dos países queadoptaram o Liberalismo, as estruturas da Igreja católica foramdeclaradamente atacadas por serem consideradas coniventes com oregime absolutista deposto.

A laicização do Estado passou, também, pelas seguintes medidas:  - Instituição do registo civil para os nascimentos, casamentos e

óbitos, substituindo os registos paroquiais;

  - Criação de escolas laicas e hospitais públicos;

  - Expropriação e nacionalização dos bens das ordens religiosas,

muitas das vezes extintas.

Foram retirados ao clero privilégios judiciais e fiscais, privação do voto, ou

seja, transformando os seus membros em vulgares cidadãos efuncionários do Estado.

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  Existiu uma certa descristianização dos costumes, bem como episódiosde anticlericalismo, com a publicação das Leis de Separação da Igreja e doEstado.

Liberalismo económico

Ao contrário daquilo que defendia o mercantilismo, o liberalismoeconómico opunha-se à intervenção do Estado na economia. De acordocom o valor iluminista do individualismo, devia dar-se total liberdade àiniciativa privada, pois a procura individual do lucro resultaria,naturalmente, na riqueza e progresso de toda a sociedade. Destacaram-sevários pensadores na formulação dos princípios do liberalismo económico:

- Adam Smith defende a inteira liberdade de iniciativa dos indivíduos para

produzir e comerciar; o Estado não precisa de se imiscuir na economia

pois esta rege-se por leis próprias, em particular a lei da oferta e da

procura e a livre concorrência;

- Quesnay advoga o fisiocratismo, doutrina económica segundo a qual a

base da riqueza década país está na agricultura, pelo que se deve

incentivar todos os cidadãos a serem agricultores e a comercializarem, emregime de livre concorrência, os seus produtos agrícolas; o fisiocratismo

serviu de base ideológica à revolução agrícola inglesa do século XVIII;

- Gournay exprimiu o ideal de livre concorrência na famosa expressão

“laissez faire, laissezpasser” (“deixai produzir, deixai comercializar”) 

Para Adam Smith o trabalho é a verdadeira doente de riqueza, afirmandoque o enriquecimento do Estado depende do direito à propriedade e da

busca individual da fortuna. Só a livre iniciativa em busca da riquezapromoveria o trabalho produzido.Adam Smith foi o maior defensor do liberalismo económico, indicando asupressão dos monopólios, a livre concorrência e a liberdade comercial,que originou à abolição dos entraves ao comércio internacional.Somente as leis do mercado, assentes no livre jogo da oferta e daprocura, e na livre concorrência, equilibrariam a produção e o consumos,devendo o Estado impor limites de produção, lançar impostos, taxarpreços e salários e controlar a mão-de-obra.

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Abolição da escravatura

Foram nos textos jurídicos que os liberais definiram a liberdade,igualdade, a propriedade como direitos humanos universais.

A burguesia foi quem mais beneficiou das transformações rurais com acompra de terrenos comunais e dos bens nacionais.Com esta ascensão por parte da burguesia, os camponeses viram-se

privados dos pastos e baldios comuns e incapazes de comprarem alibertação dos foros e da dízima e assim impedido de ascendersocialmente e obter direitos políticos.A igualdade proclamada pelos liberais revelou-se meramente teórico,

pois, devido ao sufrágio censitário, que originou a desigualdade defortunas e a mulheres afastadas de qualquer direito de cidadania.

FrançaEm 1781, a Assembleia Constituinte Francesa concedeu os direitos civis

aos homens livres de cor, pondo termo à escravatura no territóriometropolitano francês, no entanto mantinha-se nas colonias.Esta foi definitivamente abolida, em plena Convenção, pelo decreto de

16 do Pluvioso do Ano II, 14 de Fevereiro de 1794.Foi restabelecida em Maio de 1802, durante o consulado de Napoleão e

sob a pressão dos proprietários da Antilhas.A escravatura foi definitivamente abolida apos a revolução republicana

de Fevereiro de 1848.

EUAApesar de ser uma jovem república conviveu com cerca de 1 séc. De

escravatura.Em meados do séc. XIX, o afrontamento entre abolicionistas e

esclavagistas intensificou-se, quando o congresso dos EUA declarou aintenção de proibir a escravatura nos novos territórios.Isto gerou confrontos entre o Norte e o Sul, pois enquanto o norte

defendia a legitimidade abolicionista o Congresso o sul nãoAbrahm Lincolnm quando foi eleito presidente do EUA, foi conhecido

pelas suas veementes posições contra a escravatura.De 1861 a 1865 a cruel guerra de Secessão, matou certa de meio milhão .Este confrontes acabaram com a vitória do Norte e esta trouxe consigo o

reconhecimento os direito humanos, no Sul em 1863 e a 18 de Dezembro

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d 1685,a 13ª emenda à constituição pôs termo à escravatura em qualquerponto dos EUA.A 15ª emenda à constituição, 27 de Fevereiro de 1869, e conheceu os

direitos políticos aos negros e antigos escravos.

PortugalA problemática da abolição da escravatura em Portugal girou em torno daproibição do tráfico negreiro.Em Portugal, desde 1762, com Marquês de Pombal, que era proibido a

comercialização de escravos negros para Portugal.Por motivos económicos levaram a Sá da Bandeira, chefe do governo

setembrista, a decretar a proibição de importação e exportação deescravos das colónias portuguesas ao sul do equador em 1836.Embora os traficantes continuassem clandestinamente a demandar as

colónias em Africa. Finalmente em Fevereiro de 1869, o rei D. Luíspublicou um ultimato e assim a escravatura e o seu tráfico foi abolido.

RomantismoNo final do século XVIII e durante o século XIX, percorreu a Europa uma

corrente estética com origem na Alemanha: o Romantismo. As principais

características deste movimento cultural devem ser enquadradas no seucontexto histórico:- culto do eu: num tempo marcado por revoluçõesconstantes, quer a nível político (revoluções liberais), quer a níveleconómico (revolução industrial), torna-se compreensível que uma dascaracterísticas mais importantes do Romantismo seja a recusa doracionalismo e da harmonia: o indivíduo centra-se nas suas sensaçõessubjectivas, deixa que os sentimentos o dominem e procura paisagensdramáticas em consonância com o seu estado de espírito instável. O heróiromântico experimenta, assim, uma insatisfação inexplicável – o “mal do

século”;- exaltação da liberdade – o Romantismo exprimiu, na arte, odesejo de liberdade social e política enquanto, na prática, se envolvia naslutas políticas e sociais da sua época. Várias figuras do Romantismo,nacionais e estrangeiras, combateram, na arte e na vida, pela liberdadedos povos. O Romantismo tornou-se, assim, sustentáculo do Liberalismo,o que levava Victor Hugo a afirmar: “O Romantismo *…+ é afinal de contas

*…+ o Liberalismo em literatura”. 

Relacionar o nacionalismo romântico com o interesse pela

Idade Média

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A preocupação romântica em defender as minorias étnicas da sujeição aosestados autoritários (defesa do princípio das nacionalidades) e o apoio dosromânticos aos movimentos de unificação nacional (quer a Itália, quer aAlemanha apenas se tornaram estados unificados no século XIX)

alicerçaram-se no interesse pela Idade Média: nesse período histórico osromânticos encontraram a origem das nações da Europa Ocidental. ORomantismo recuperou, da Idade Média, as tradições, a arte gótica, aliteratura, em suma, tudo o que pudesse legitimar o seu desejo deliberdade através da busca das “origens”. Além do mais, os românticos identificavam a Idade Média com a suaprópria sensibilidade, encarando-a como um período apaixonante e deprofundo dramatismo.

Distinguir os princípios estéticos do Romantismo nas artes

plásticas, na literatura e na música

Desde o final do século XVIII, a literatura registou uma assinaláveldemocratização graças ao avanço da técnica industrial, que tornou aimpressão dos livros e jornais mais barata. As obras literárias românticasdifundiram-se, assim, a um corpo de leitores mais alargado, queacompanhava com entusiasmo o novo estilo, baseado nos seguintespressupostos:- reacção ao classicismo;

- Valorização do sujeito e das suas intuições;- Busca do pitoresco e do exótico;- Produção de romances com base em factos históricos, sobretudomedievais (por exemplo, os romances de Walter Scott e de Victor Hugo);- Poesia emotiva- Culto das emoções externas;- Culto das literaturas nacionais;

Nas artes plásticas, o Romantismo operou, também, uma revolução

assinalável em relação aos paradigmas do racionalismo neoclássico:-captação de atmosferas através da cor e da luminosidade (por exemplo,na pintura de William Turner);- valorização da expressividade e domovimento (por exemplo, nas telas de Delacroix);- inspiração naNatureza;- nostalgia de um mundo desaparecido (Oriente, Idade Média).