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8/6/2019 Resumo 11º ano Economia A http://slidepdf.com/reader/full/resumo-11o-ano-economia-a 1/41 Economia A Unidade 8 – Os Agentes económicos e o Circuito Económico 8.1) O circuito económico Actividade económica – Conjunto de tarefas que asseguram a existencia de uma população, nomeadamente através da produção, distribuição e consumo de bens e serviços, da acumulação de capital e da repartiçao de rendimentos. Funções da actividade económica: Produzir / Distribuir / Repartir / Consumir / Acumular 8.1.2) Fluxos reais e fluxos monetários Fluxos – Relações que se estabelecem entre todos os intervenientes na actividade económica Fluxos reais – Conjunto dos fluxos correspondentes a trocas reais/fisicas. É dificil fazer grandes comparações neste circuito, visto que não estão expressos na mesma medida. (Familias oferecem trabalho às empresas, esta por sua vez, entregam bens e serviços às familias) Fluxos monetários – Conjunto dos fluxos correspondentes a trocas avaliadas em termos monetários. Existe a possibilidade de fazer uma comparação no circuito, porque os dois fluxos estão expressos na mesma medida (moeda) (Familias pagam as suas despesas de consumas às empresas, estas por sua vez, pagam os valores dos factores de produção, ou seja os salarios) 1

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Economia AUnidade 8 – Os Agentes económicos e o CircuitoEconómico

8.1) O circuito económico

Actividade económica – Conjunto de tarefas que asseguram a existencia de umapopulação, nomeadamente através da produção, distribuição e consumo de bens eserviços, da acumulação de capital e da repartiçao de rendimentos.

Funções da actividade económica: Produzir / Distribuir / Repartir / Consumir /Acumular 

8.1.2) Fluxos reais e fluxos monetários

Fluxos – Relações que se estabelecem entre todos os intervenientes na actividadeeconómica

Fluxos reais – Conjunto dos fluxos correspondentes a trocas reais/fisicas. É dificilfazer grandes comparações neste circuito, visto que não estão expressos namesma medida.

(Familias oferecem trabalho às empresas, esta por sua vez, entregam bens eserviços às familias)

Fluxos monetários – Conjunto dos fluxos correspondentes a trocas avaliadas emtermos monetários. Existe a possibilidade de fazer uma comparação no circuito,porque os dois fluxos estão expressos na mesma medida (moeda)

(Familias pagam as suas despesas de consumas às empresas, estas por sua vez,pagam os valores dos factores de produção, ou seja os salarios)

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8.1.3) O Circuito económico

Circuito económico – Representa a actividade económica e a forma como seestabelecem as relações enre os cinco agentes económicos.

8.2) O equilibrio entre Recursos e Empregos

O circuito traduz uma situação de equilibrio economico entre recursos e empregos.

Consumo = ProdutoRendimento = ConsumoRendimento = Despesas de Consumo = Produto

O equilibrio economico a que nos referimos deve traduzir-se no facto de os fluxos

monetarios que dao entrada em qualquer agente deverem apresentar, emconjunto, valor igual ao dos fluxos monetarios que dele saem.

Unidade 9 – A contabilidade Nacional9.1) Noção de Contabilidade Nacional

Cnacional – Conjunto de operações que se executam no sentido de apurar o valor de certas grandezas economicas e sociais, cujo conhecimento é indispensavelpara avaliar a situaçao do país e proceder à (re)definição das politicas de gestãonacionais.

Objectivos da contabilidade nacional- avaliar a situação presente- aferir o percurso seguido- planificar o desenvolvimento- assegurar a justiça social

Causas do seu aparecimento- Vontade de medir a força economica, por parte de governantes e economistas,considerando que essa força seria decisiva no caso da sua entrada em conflitos

armados.- Grande crise americana, deu um impulso para a recolha e tratamento de dadosestatisticos- Entrada de Portugal na UE, implicou a adopção do Sistema de Contas Europeu

9.2) Conceitos Necessários à Contabilidade Nacional9.2.1) Sectores Institucionais

Unidade institucional – unidade de produção que goza de capacidade de decisãoautónoma no exercicio da sua função principal e que dispõe de contabilidadecompleta.

Sectores Institucionais – conjuntos de unidades de produção que gozam deautonomia no desempenho da sua função principal e que apresentamcomportamento económico semelhante.

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Sector Institucional Função Principal Principais RecursosEmpresas não financeiras Produzir bens e serviços

comercializaveis, nãofinanceiros

Receitas provenientes davenda da produção.

Instituições Financeiras Financiar, isto é, receber,transformar e repartir disponibilidades financeiras esugarar contra riscos.

Depósitos recebidos; juros epremios contratuais.

Administrações Publicas Prestar serviços naocomercializaveis e redistribuir orendimento e a riqueza.

Pagamentos obrigatorios,efectuados pelos outrossectores.

ISFLSF – Instituições semfins lucrativos ao serviçodas familias.

Prestar serviços nãocomercializaveis (oucomercializaveis sem finslucrativos) destinados a gruposparticulares de familias

Contribuições voluntarias dasfamilias, rendimentos depropriedade e subsidios.

Familias e empresasindividuais

Consumir (e produzir bens eserviços comecializaveis não

financeiros)

Remuneraçoes dos factoresprodutivos; transferencias de

outros sectores (receitasprovenientes das vendas)Resto do Mundo Trocar bens, serviços e

capitais com os não residentes.Receitas provenientes dastrocas efectuadas.

9.2.2) Território económico

Território onde os agentes económicos de um país realizam as suas actividadesprodutivas criadoras de riqueza para esse país mesmo sendo fora dos seus limitesfronteiriços (território geográfico)

Este inclui:- O Território geográfico, em cujo interior os bens, os capitais e os trabalhadorescirculam livremente;- O espaço aéreo nacional, as águas territoriais e os navios e aeronaves territoriaisque se podem encontrar fora do territorio geografico- Os enclaves territoriais no estrangeiro (embaixadas, consulados, bases militares)

9.2.3) Unidade InstitucionalQualquer unidade de produção que decide autonomamente acerca da funçaoprincipal que desempenha e que dispõe de contabilidade completa.

- Unidade residente – Toda a unidade institucional que realiza operaçoeseconomicas no territorio economico, ha pelo menos mais de um ano- Unidade não residente – Toda a unidade institucional que pratica operaçoeseconomicas fora do territorio economico de um país ou que os pratica nesseterritorio ha menos de um ano

9.2.4) Ramo de actividade

Unidades de produçao homogenea – Unidades de produçao que executamsemelhantes processos de produçao sobre um ou mais produtos homogeneos

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Ramo de actividade – Constituido pelo conjunto de todas as unidades deproduçao homogenea, relativas ao mesmo produto. A actividade produtiva nacionaldecompõe-se em 49 produtos e consequentemente em 49 ramos de actividade.

Exemplos

Sector 1 – Agricultura / Silvicultura / PescaSector 2 – Vidro / Petroleo / Tabaco / Bebidas / ConstruçãoSector 3 – Comercio / Bancos / Seguros / Comunicações

9.3) Opticas de Calculo do Valor do produto

Opticas para determinar o valor de produção de um país- Optica do produto – Os produtos são contabilizados segundo o ramo deactividade económica que lhes dá origem- Optica do Rendimento – Atende-se ao modo como o rendimento foi repartido,rendimento esse, resultante da produção conseguida pelos intervenientes noprocesso produtivo- Optica da despesa – Determina-se o valor do produto tndo em conta o seudestino e utilização (consumo, investimento, exportação), a partir das despesasefectuadas

9.3.1) Calculo do valor do produto pela óptica do produto

- Problema da multipla contagem – é um dos principais obstaculos àdeterminação do valor do produto de um país. Traduz a dificuldade que existe em

evitar que o valor de um bem seja registado mais que uma vez.

- Método dos valores acrescentados – Constitui a superação à dificuldadeanterior. Baseia-se na determinação do valor acrescentado por cada unidadeprodutiva.

- Método dos produtos finais – Consiste em determinar o valor do produtoatravés das vendas de bens e serviços de consumo final.

O somatorio dos valores acrescentados pelos 49 ramos dar-nos-á o valor doproduto interno do país.

Este somatorio também nos dá outras informações, como a importância de cadaramo de actividade na economia do país, a natureza e a origem do produtorealizado.

Algumas noções de produto

Produto Liquido = Produto Bruto – Consumo de capital Fixo

Produto Nacional = Produto Interno + Saldo dos Rendimentos com o Resto doMundo.

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Produto a custo de factores e produto a preços de mercado

O valor da produção pode ser determinado, tendo em atenção os custos deprodução no produtor – preços a custo de factores – ou tendo em conta os preçosde venda – preços de mercado.

Produto p.m = Produto c.f. + Impostos indirectos – Subsidios à Produção

Produto a preços correntes e produto a preços constantes

Calculado a preços correntes – quando os bens e serviços são valorizados aospreços correntes ou a preços constantes

Calculado a preços constantes – quando os bens e serviços são valorizadossegundo preços de um ano considerado como base.

Do produto nacional bruto a preços de mercado (PNBp.m.) ao ProdutoNacional Liquido a custo de factores (PNLc.f.)

PIBpm = ∑ VABpm + Impostos Ligados à importação

PNBpm = PIBpm + Saldo do Resto do Mundo

PNLpm = PNBpm – Consumo de Capital Fixo (amortizações)

PNLcf = PNBpm – Consumo de Capital Fixo – Impostos indirectos + Subsidios a

produção

9.3.2) Calculo do valor do produto pela óptica do rendimentoPretende salientar como foram repartidos os rendimentos resultantes da produçãoconseguida pelos diversos intervenientes no processo produtivo

PNBpm = PIBpm + Saldo rend. c/ resto mundo

PNLpm = PNBpm – Cons. Cap. Fixo

PNLcf (RN) = PNLpm – Imp liquidos de subsidios

RN disp. liquido cf = PNLcf (RN) + Saldo transf c/ RM

9.3.3) Calculo do valor do produto pela óptica da despesa

Neste caso, determina-se o valor do produto, tendo em conta o seu destino eutilização, isto é, a partir das despesas efectuadas

O calculo da despesa nacional, exige que conheçamos:

- consumo privado dos residentes- consumo publico

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Procura.Interna Final = Cons. Privado + Cons Pub. + FBCF

Procura.Interna Total = Procura interna Final + Variação de existencias

Procura Global = Procura Interna Total + Exportações

PIBpm (DI) = Cprivado + Cpublico + FBCF+ Exp - Imp

PNBpm(DN) = PIBpm + S. Rend. c/ resto do mundo

PNLpm = DN (PNBpm) – Cons. Cap. Fixo

PNLcf (RN) = DN – Cons. Cap. Fixo – Imp.Ind. + Subs.

--

PIBcf = PIBpm(DI) + Subs. à Prod. – Imp Indirectos

PILcf = PIBpm(DI) + Subs. à Prod – Imp.Ind. – Amort.

PNBpm/DN/RN = PIBpm(DI) + Saldo Rend. R.Mundo

PNLpm = PIBpm(DI) + Sald. Rend. R. Mndo – Amort.

PNLc.f .= PIBpm/DI+S.R.R.M– Amrt.-Imp Ind+Sbs.Prod.

9.4) Limitações à Contabilidade Nacional

Produção nao contabilizada

Economia subterrânea – Actividades em que o ramo é legal mas escapam àcontabilidade nacional porque:- evitam o pagemento de impostos- evitam o pagamento de descontos sociais- fogem ao cumprimento de normas legais relativamente a salarios / segurança /saúde

Economia Ilegal – Tipo de actividades ilegais- produção de bens e serviços cuja produção, venda ou posse é ilegal (drogas)- produção legal, mas praticadas por pessoas não autorizadas (pratica ilegal damedecina)

Economia Informal – Actividades cujos bens se destinam ao autoconsumo eescapam facilmente à contabilidade nacional (donas de casa, bricolage)- produção de bens para autoconsumo- actividades que têm como objectivo principal proporcionarem trabalho erendimento às pessoas envolvidas.

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ExternalidadesEfeitos positivos ou negativos decorrentes de certas situações que não sãocontabilizadas, como por exemplo, os efeitos da poluição sobre a saúde doscidadãos (externalidades negativas) ou os efeitos da formação professional sobre aprodutividade (externalidades positivas).

PositivasConstrução de um hospital (saude) / Investigação Cientifica (desenvolvimentotecnologico) / Construção de uma Estrada (infra-estruturas)

NegativasGases das fabricas (poluição) / produção de armamento

Unidade10 - Relações Económicas com o Resto do Mundo

10.1) A Necessidade e Diversidade das Relações Económicascom o Resto do Mundo

Comércio – Actividade de compra e venda que permite pôr à disposição doconsumidor os bens e os serviços que ele deseja consumir 

Comércio Interno – Verifica-se, quando os agentes económicos intervenientes(num bem ou serviço), pertencem ao mesmo país.

Comércio Externo – Verifica-se, quando os agentes economicos intervenientes(num bem ou serviço) pertencem a países diferentes.

Resto do Mundo – Agente económico constituido pelo conjunto das economiascom as quais um país tem relações de troca de mercadorias, serviços e capitais.

Nem sempre é possivel encontrar no mercado o bem que procuramos Made InPortugal, porque:- A produção nacional é insuficiente para assegurar o comercio interno- O bem não é produzido internamente- Compra do bem ao estrangeiro, ser mais económico e de melhor qualidade

Os recursos naturais, humanos e tecnológicos encontram-se desigualmentedistribuidos pelo globo, pelo que cada país apresenta um conjunto depotencialidades próprias que aconselha a sua especialização em determinadasactividades produtivas.

As trocas comerciais são resultado dessa especializaçãoGlobalização – consequencia da internacionalização da economia mundial.

DIT – Divisao Internacional do Trabalho - Divisao da produção mundial deacordo com as capacidades de cada país. Os países especializam-se na produçãodos bens para quais têm mais vantagens, em troca de outros em que não

apresentam essas vantagens.

As trocas resultam desta complementariedade na produção. Uma dasdesvantagens é que os países mais desenvolvidos são mais favorecidos porque

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exportam bens mais caros por serem tecnologicamente mais exigentes que os dospaises subdesenvolvidos que apresentam bens produzidos à base de recursosnaturais e de trabalho. A DIT origina desigualdades nas trocas, beneficiando ospaises mais industrializados.

Conclui-se então que:

- O comercio entre os povos tem por base a necessidade de consumir outros bensque não são produzidos internamente.

- As trocas entre os países são de natureza diversa, abrangendo mercadorias,serviços e capitais.

- São varias as razoes justificativas para o comercio entre os povos e hoje, emplena era da globalização, não é imaginavel um país sobreviver ou desenvolver-seem isolamento (economia fechada)

10.2) O registo das Relações Económicas com o Resto do Mundo – A balança de pagamentos

A necessidade de troca de bens serviços e capitais com o Resto do Mundo obrigaao registo oficial dessas operações como formas de as controlar e avaliar. Surgeassim, um documento estatistico e contabilistico anual, elaborado pelo BancoCentral de cada país, onde se registam todos os fluxos monetarios e financeirosdecorrentes das relações económicas entre um país e o Resto do Mundo.

- Balança de Pagamentos – Os valores dos fluxos são representados num quadroonde se registam, de um lado, todos os pagamentos (debitos), do outro, todos osrecebimentos (creditos), e por fim o saldo final que resulta da subtracção dosdebitos aos creditos.

Balança dePagamentos

Balança Corrente – Inclui os fluxos monetários relativos às trocas de mercadorias(máquinas) / serviços (turismo) / rendimentos de trabalho (salarios pagos a umresidente português no estrangeiro) e de investimento (lucros reinvestidos edividendos) / e transferencias correntes (remessas dos emigrantes e imigrantes).

Balança de Capital – Inclui os fluxos não correntes de capitais entre um país e oresto do Mundo (recebimentos de capital da UE ou fluxos associados à cooperaçãoentre os estados)

Balança Financeira – Inclui os fluxos financeiros relativos a operações deinvestimento (como o investimento directo ou outros fluxos financeiros)

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Balança Corrente

Balança de Capital

Erros e Omissões

Balança Financeira

Balança de mercadorias / comercial

Balança de serviços

Balança de Transferencias

Balança de Rendimentos

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Saldo da Balança Corrente – Inclui os saldos das suas balanças componentes.

Saldo da Balança Corrente e de Capital – Representa a capacidade ounecessidade de financiamento de um país; ou seja, se um país é, respectivamentecredor ou devedor em relação ao resto do mundo.

10.2.1) A Balança Corrente

É uma das mais importantes rubricas da Balança de Pagamentos, onde seregistam todos os fluxos monetarios correspondentes à balança de mercadorias, àde serviços, à de rendimentos e à de transferencias correntes. Todos estes fluxoscorrespondem às trocas efectuadas entre o País e o Resto do Mundo. O seu saldoresulta da soma dos saldos das balanças que a compõem.

Balança de mercadoriasBalança em que se registam os fluxos monetarios correspondentes às vendas(exportaçoes / creditos) e compras (importaçoes / debitos) com o exterior. O seusaldo calcula-se através da diferença entre o valor inscrito na coluna dos creditos ena dos debitos.

Taxa de coberturaÉ necessario que o país tenha conhecimento da capacidade que tem de pagar asimportações a partir das receitas provenientes das exportações.

A taxa de cobertura representa então em percentagem, o valor das importaçõesque podemos considerar pago com o valor das exportaçoes efectuadas para o

exterior.Tx de cobertura = Valor das exportaçoes / Valor das importaçoes x 100

A situaçao é aquela em que o valor ultrapassa os 100% e assim cobre asimportações e ainda sobram divisas.

Operações de câmbioQuando os países trocam entre si bens e serviços, necessitam de fectuar ospagamentos respectivos em moeda que seja aceite pelos intervenientes.

- Divisas – Moedas nacionais usadas, no ambito das trocas internacionais, comomoeda internacional devido a uma elevada aceitação.

Todo este comércio entre os diversos países exige o respectivo pagamento, e se aunidade monetária varia de país para país, nem sempre podemos pagar em eurosos bens que compramos ao exterior. É necessário trocarmos a nossa moeda pelamoeda aceite num determinado país.

Câmbio / Taxa de Cambio – Relação de troca entre uma moeda e todas as outras,permitindo o estabelecimento e desenvolvimento do comércio entre os países.(Quantidade de moeda que é necessário entregar para comprar uma unidade de

outra moeda.)

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Oscilações da moeda dependem de:

Processo inflaccionista: A inflação contribui para a depreciação do valor da moeda,o que significa que, precisamos de entregar mais euros para comprar o mesmonumero de outras moedas.

Politica de desvalorização da moeda: Consiste em desvalorizar a moeda do paísexportador para tornar as suas exportações mais baratas e mais competitivas nomercado internacional. Por outro lado torna as suas importações mais caras. Estapolitica encoraja as exp e desencoraja as impor.

Balança de serviçosBalança onde se registam os valores dos fluxos monetarios correspondentes àcompra e venda de serviços com o exterior. Nesta balança, o valor do turismo,assume uma grande importancia para Portugal.

Balança de RendimentosBalança que regista as entradas e saidas de fluxos relativos aos rendimentos dotrabalho e investimento (empresa portuguesa situada no estrangeiro, envia o seurendimento para a empresa mãe).

Balança de Transferencias CorrentesBalança que regista os fluxos monetarios que nao resultam de qualquer pagamentoou recebimento.

- Transferencias Publicas – Registam-se apenas as transferencias em que um dosintervenientes é o estado portugues (recebimentos provenientes da UE)- Transferencias privadas – Registam-se as transferencias entre particulares(remessas enviadas pelos nossos emigrantes) e as enviadas pelos imigrantes quetrabalham no nosso país, ou as transferencias entre um estado estrangeiro e umresidente nacional

10.2.2) A Balança de CapitalBalança que regista os valores dos fluxos correspondentes a transferencias decapitais que não sejam correntes, como o caso dos fundos estruturais europeus.

Registam-se na balança de capital:- As transferencias de capital – que correspondem a mudanças de propriedadesem contrapartida, as quais se traduzem no aumento dos activos do país receptor ou na diminuição dos seus passivos (fundos da UE para infraestruturas - TGV)

- Aquisições ou cedencias de activos nao produzidos nao financeiros – Abrangetransacções sobre activos intangiveis, como patentes, licenças, masrcas,franchises, copyrights ou a aquisição de activos tangiveis (compra de terrenos por embaixadas)

A capacidade ou necessidade de financiamento de uma economias pode ser avaliada, respectivamente, através do sinal positivo ou negativo do saldo doconjunto das Balanças Corrente e de Capital.

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10.2.3) A Balança Financeira

Na balança Financeira inscrevem-se os movimentos de fluxos financeiros entre umpaís e o resto do Mundo, entre os quais se incluem os fluxos relacionados com oinvestimento, nomeadamente o Investimento directo Estrangeiro (IDE).

O Investimento Directo Estrangeiro – Tem grande importancia para o nossodesenvolvimento. São registadas as entradas e saídas de fluxos financeiroscorrespondentes a investimento estrangeiro feito em Portugal e investimento feitopor Portugueses no estrangeiro.

Numa economia aberta, o IDE é fundamental para o seu crescimento e dinamismoeconómico. Todavia, quando as condições oferecidas ao investidor estrangeiro,tornam o seu investimento menos rentavel, este pode adoptar pela deslocalização,isto é, o investidor desloca o seu investimento para países em que as condições derentabilidade sejam mais atractivas.

Como se tratam normalmente de grandes investimentos, por consequencia, asdesvantagens sao de grande dimensão (desemprego de muitos trabalhadores /abandono de regiões onde essas actividades estavam instaladas).

Factores que atraem o investimento no estrangeiro- Mao de obra disponivel / qualificada / adaptavel- Salarios baixos- Estabilidade politica- Legislação laboral flexivel

- Recursos naturais abundantes / baratos- Boas infra-estruturas- Boa localizaçao geografica

Saldo da balança financeira – capacidade ou necessidade de FinanciamentoTambem nos é possivel verificar a capacidade ou necessidade de financiamentoexterno de uma economia, através do saldo da balança financeira, consoante osaldo for positivo ou negativo.

Saldo + na balança financeira – necessidade fe financiamentoSaldo – na balança Financeira – capacidade de financiamento

10.3) As politicas Comerciais e a OMC10.3.1) As Politicas Comerciais

Um país pode adoptar várias formas de se relacionar comercialmente com outros.Essas diferentes maneiras de relacionamento têm evoluido, podendo identificar dois modelos tipicos: (livre comercio ou livre cambismo) e proteccionismo.

O proteccionismo- é uma das politicas económicas relativas ao comércio entre os países em que sedefende a economia nacional, penalizando as outras economias com as quais seestabelecem relações comerciais.

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- Não é contra a abertura da economia nacional ao exterior - Adopta medidas que levam a que esse comércio se processe de forma distorcida(viciando a concorrencia), com o objectivo de favorecer a economia nacional.

Proteccionismo ≠ Autarcia (forma extrema de proteccionismo)

Instrumentos do proteccionismoPodem actuar dificultando as importações (+ frequente) mas podem tambem actuar do lado das exportações, facilitando-asUm dos instrumentos mais usados na politica proteccionista assenta nas barreirasalfandegárias.

Estas barreiras alfandegárias são entraves às importações, levantados nasfronteiras. Entre estas barreiras, podemos distinguir as barreiras tarifárias e as nãotarifárias.

- Direiros Aduaneiros – São impostos sobre os bens importados que são retidosnas alfândegas. Podem ser fixados contratualmente ou em percentagem sobre osbens importados. A integração em espaços comerciais livres de direitos, limita ouso destas medidas apenas a terceiros.

- Contingentação – Uma forma mais radical de defender os produtos nacionais,impedindo que se importe mais do que um certo volume ou quantidade de bens.Uma forma extrema de contingentação é o embargo comercial (proíbe a entrada deum bem)

Facilitação das exportações

- subsidios às exportações – tornam-se mais baratas e competitivas

- Dumping – Consiste em vender os seus bens a preços inferiores aos que sãopraticados no mercado interno. Permite eliminar concorrentes e conquistar novosmercados

- Desvalorização da moeda – Torna as importações mais caras, porque com adesvalorização, é necessário pagar mais para comprar moeda ao exterior.

Vantagens e inconvenientes do proteccionismo- Vantagem – É justificavel o uso da politica do proteccionismo nas industriasnascentes para as tornar mais competitivas internacionalmente

- Desvantagem – As mesmas “industrias nascentes” podem-se acomodar aoslucros fáceis, devido à ausencia de concorrencia estrangeira, e não procederem àsadaptações necessárias.

Livre-Cambismo ou comércio livreEntende-se pela politica de comércio entre países que defende a liberdade de

trocas.

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- Teoria das vantagens absolutas – cada país deveria especializar-se, produzindoos bens para os quais fosse mais dotado

- Teoria das vantagens relativas – Pode haver países que não tenham vocaçãoespecifica para a produção de nenhum bem, em particular, mesmo assim é

possivel e vantajosa a troca entre os países com base na especialização do bempara o qual cada um dos países apresente vantagem relativa – vantagemcompetitiva.

Os novos países industrializados (NPI)- Conjunto de países que apostaram o seu desenvolvimento numa estratégiaespecial de industrialização de bens manufacturados para exportação.O êxito económico destes países deve-se principalmente à caracteristica de teremuma mão de obra barata e abundante.

10.3.2) A Organização Mundial do Comércio

- Após se reconhecer que o comércio sem entraves poderia ser um factor dedesenvolvimento, foi assinado, um acordo por parte de vários países, após a 2ªguerra mundial, que detinham cerca de 80% do Comercio Mundial (GATT).

- Principal Objectivo – Estabelecer as bases para a criação de uma organizaçãointernacional de comércio que defendesse o desenvolvimento do livre comércioentre os países signatarios.

Principios para a liberalização do comercio:- Principio da nao discriminação – Um país não pode discriminar outros em termosde diferenciação de direitos aduaneiros. Não pode tambem prejudicar asimportações de outros paises através de direitos aduaneiros nem sequer as suassubsidiar exportações.

Principios criados para a liberalização do comércio- Principio da Consolidação – Todas as vantagens negociadas não pode ser anuladas, devendo progredir-se, no sentido de maior liberalização.

- Principio das negociações comerciais multilaterais – Estabelecimento de acordos

sobre as barreiras alfandegárias

Em 1995 foi criada a OMC que substituiu a GATT. O seu objectivo resume-se emregular o comércio entre os países-membros.

As negociações dentro da OMC são decorridos em 3 niveis- Conferencia Minesterial – Orgao supremo da OMC – decisoes tomadas emconsenso

- Conselho Geral – Segundo patamar de trabalho. Reúne-se para examinar aspoliticas comerciais

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- Conselho de comercio de mercadorias e serviços e Conselho sobre direitos dePropriedade Intelectual relativos ao comércio – Abiente, desenvolvimento,candidaturas à OMC (staff)

Objectivo Principal da OMC – Criar harmonia, liberdade, equidade e

previsibilidade das trocas entre os paises membros.- Criar uma igualdade, de modo a nao existirem mais vantagens para uns que paraoutros.- Não haver excessos de produção

Funções da OMC- gerir os seus acordos comerciais- ser referencia para as negociações comerciais entre os países.- regulamentar os diferendos comerciais entre os países- acompanhar e controlar as politicas comerciais dos paises membros (liberalizaçaoequitaria)

- dar assistencia tecnica e formação aos países em desenvolvimento- cooperar com outras organizações internacionais

Podemos reparar que o comércio mundial se desenvolveu imenso, mas este passonão favoreceu de forma igual todos os intervenientes – as desigualdades entre ospaíses mais ricos e os mais pobres acentuaram-se.

10.4) As Relações Económicas de Portugal com a UE e o resto doMundo

Criação de comércio – Aumento ou aparecimento de relações de troca entre umpaís e outro que dantes não existiam, resultantes da abolição das tarifasaduaneiras.

Desvio de comércio – Deslocação dos fluxos de troca entre um país e outro,resultante da abolição das tarifas aduaneiras.

Relações económicas de Portugal com a UE – Exportações

O aumento do volume de comércio foi evidente, muito devido à sua integração naCEE. Todavia, para Portugal, foi ao nivel do desvio de comércio que se notaram

maiores diferenças – Exportação elevada para a UE e menor para o Resto doMundo.

Relações económicas de Portugal com o Resto do Mundo –Exportações

Portugal terá de concentrar grande parte do seu esforço no sentido de exportar bens com maior valor acrescentado, pois já não se pode competir com base nosbaixos salários nacionais mas na qualificação dos bens, que deverão apresentar maior valor acrescentado no recurso a altas tecnologias, na diversificação dos bens

e na sua excelente qualidade, nunca no seu baixo preço.

Verificam-se mais importações da UE que do Resto do Mundo.

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O Caso particular da Espanha

O relacionamento entre Portugal e Espanha acentuou-se com a integração deambos na CEE, originando criação de comercio para os dois países.No entanto, Portugal beneficiou da proximidade geografica, do mercado espanhol e

concentrou o seu comercio nessa região, enquanto que a Espanha diversificoumais as suas relações económicas com a UE e o Mundo.

Actualmente é o grande parceiro comercial Português e detém grande importânciano noso comércio externo devido ao Turismo.

Unidade 11 – A Intervenção do Estado na Economia11.1) Funções e organização do Estado

Podemos definir o estado como uma sociedade politicamente organizada, em

determinado território, que lhe é privativo e tendo como caracteristicas a soberaniae a independência.

O Exercicio do poder do Estado implica a definição de uma ordem juridica econstitucional que estabeleça um conjunto de competências para o Estado. Essascompetencias deram origem as funções juridicas e não juridicas

Funções JuridicasFunção legislativa – Permite a construção de uma ordem juridica (conjunto denormas juridicas constituidas pelas leis constitucionais e leis ordinarias). As leisconstitucionais são as mais importantes, sendo as outras hierarquicamenteinferiores.

Função executiva – Consiste na concretização das leis e na execução dasresoluções tomadas pela Administração Publica. Função exercida pelo Governo.

Função judicial – Consiste na administração de justiça, de acordo com a lei.Função exercida de forma independente por parte dos tribunais

Funções JuridicasFunções Politicas – Garantir a satisfação dos interesses gerais da comunidade,

uma vez que o estado intervencionista inclui o bem estar económico e social(defesa, segurança, justiça)

Funções Sociais – Criação de condições necessárias ao bem-estar dacomunidade, garantindo padrões minimos de vida aos cidadaos. (fixação do salariominimo, atribuição de fundos aos desempregados)

Funções Economicas – Favorecer o desenvolvimento economico, criando infra-estruturas; apoiar a ciencia e investigação; desenvolver saúde e educaçãopublicas; preservar recursos naturais e o ambiente.

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Organização do Estado Português

Nas sociedades actuais, existem as leis mais importantes às quais as normas juridicas se têm de subordinar, são as leis constitucionais.Após o 25 de Abril, foi aprovada uma lei constitucional: A constituição da Republica

Portuguesa que detém 4 orgãos de soberania.

- Presidente da Republica- Assembleia da Republica- Governo – orgão de condução da politica geral do país- Tribunais – orgão com competencia para admnistrar a justiça em nome do país

Estrutura do Sector Publico

O sector publico encontra-se mais presente no nosso quotidiano, fornecendo bense serviços a preços inferiores aos do mercado.

Deparamo-nos com um vasto sector publico que inclui a actividade administrativado Estado e a sua actividade como produtor.O estado torna-se também agente económico quando intervem directamente naprodução de bens e serviços, através de um sector publico produtivo, geralmentedesignado por Sector Empresarial do Estado.

- Administração CentralSPA - Administração Local (Autarquias Locais)

- Segurança Social

- Fundos Autónomos

Funções tradicionais do estado no SPA- Gestão Administrativa do Aparelho do Estado (ministerios e outrosdepartamentos)- Segurança do Territorio, propriedade e cidadãos (exercito, policia, tribunais)- Lançamento de infra-estruturas (construção estradas, escolas, hospitais)- Manutenção de serviços que satisfazem necessidades colectivas essenciais(ensino gratuito, assistencia saude)

Sector Empresarial do Estado

Tem-se verificado a sua intervenção em sectores-chave da economia como:industria extractiva, produção e distribuição de energia, bancos, transportes,construção, etc.Esta atitude pode resultar da constituição de empresas pelo proprio Estado, oupode resultar de processo de natureza juridico-politica (caso das nacionalizações)

Nacionalizações  – Consiste na trasnferencia da sua propriedade para o Estado,com ou sem indemnização a atribuir aos antigos proprietarios.

Resultam dos seguintes factores:- grande importancia da empresa no pais – n deve ficar na mao de particulares,

que pretendem alcançar objectivos pessoais e não interesses colectivos

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- situação de previsivel falencia – consequencia de desemprego para muitostrabalhadores- não satisfação por parte da empresa, das necessidades sentidas pela população- má administração ou boicote aos objectivos do Estado para o desenvolvimento dopaís.

Em Portugal, a participação do Estado na actividade economica foi reduzida até1974, criando apenas algumas empresas publicas e impondo algumas medidas depolitica economica.A partir de 1974, o estado passou a desempenhar um papel maior, através de:

- Criação dde novas empresas Publicas – (em ramos chave – EDP, EPAC)- Intervenção em algumas empresas- Nacionalização de grandes empresas privadas de grande importância

Com estes movimentos resultou um sector publico muito vasto que permitiu ao

Estado ser uma grande parte da iniciativa de produção.

SEE- Empresas Publicas – Empresas cuja propriedade é do Estado e este detém maisde 50% do capital- Empresas Mistas – São aquelas, cuja propriedade é do Estado (que detemmenos de 50% do capital) e de particulares- Empresas intervencionadas – São as que foram objecto de intervenção doEstado, através da concessão de creditos, nomeação de gestores, viabilizaçãoeconomica ou da garantia de postos de trabalho.

PrivatizaçõesA partir de 1989, o estado iniciou a privatização (venda de parte ou da totalidadedas participações do estado numa empresa publica) de algumas empresas.

Este processo foi mais significativo: na banca, seguros, transportes,telecomunicações, petroleo, alimentação, etc.

Estas receitas ajudaram a reduzir de um modo significativo, a divida publica.Actualmente, o peso do SEE tem vindo a diminuir, por força do processo de

privatizações.

11.2) A Intervenção do Estado na EconomiaO estado desde sempre, de uma forma ou de outra, tem vindo a intervir naeconomia.

Estado LiberalMesmo no periodo do Liberalismo politico e economico, o estado interferia naeconomia, mas apenas para garantir o funcionamento do mercado.Limitava-se apenas a definir o quadro juridico que a actividade economica teria de

respeitar – periodo do Estado Liberal

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Este posicionamento do Estado, perante a economia, correspondeu ao inicio docapitalismo . O capitalismo assentava na liberdade de iniciativa e na liberdade deconcorrencia.Estes dois tipos de liberdade conduziram à não intervenção do estado na economiaque ficava reservada às empresas privadas.

É nos finais do séc XIX que começam a surgir monopolios e oligopolios, quemostraram que as regras de mercado, por si só, eram incapazes de assegurar oequilibrio economico, vindo a verificar-se algumas situações de desarticulaçãoentre a oferta e a procura, com excesso de produção de certos bens (+ lucrativos)do que outros de primeira necessidade (+ baratos).

Deste modo, o estado liberal conheceu graves crises económicas –nomeadamente a grande crise de 29, que é o mais perfeito exemplo do facto deque uma economia, por si só, dificilmente consegue regular-se.

Estado IntervencionistaPerante a incapacidade do mercado se auto-regular, o Estado foi forçado a intervir no sentido de prevenir outras crises e minimizar os seus efeitos – Periodo doestado intervencionista – em que passou a tomar medidas de natureza económica,tendo em conta os objectivos publicos, economicos e sociais que pretende ver alcançados.

Em consequencia da crise de 29, o economista ingles John Keynes, fez um apelopara que os poderes publicos passassem a intervir em certas areas da economia,como as do emprego, do rendimento, do investimento, etc., com vista a minimizar os efeitos das crises económicas

É frequente assistir-se à Intervenção do Estado na actividade económica dediversas formas, das quais se destacam:

- Condução de politicas anti-crise, atraves de instrumentos fiscais, monetarios econtrolo de preços- Elaboração de um planeamento de caracteristicas indicativas, visando odesenvolvimento nacional e regional- Constituição de um SEE- Regulação da actividade económica

- Fiscalização dos agentes económicos11.2.1) Funções Economicas e Sociais do Estado

O mercado por si só não é capaz de garantir a eficiencia, a equidade e aestabilidade, devido as falhas no seu funcionamento. Cabe ao estado intervir naeconomia, a fim de melhorar o desenvolvimento economico e a justiça social,promovendo:

- Uma eficaz utilização dos recursos, reduzindo os custos de produção (subsidios)- Produçao de bens publicos (aeroportos, iluminação publica, educaçao)

- Justiça Social – (Repartição dos rendimentos mais equilibrada)- Diminuição da amplitude das flutuações da actividade economica (actuandocontra desemprego; aumento dos preços)

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EficienciaPressupõe que na produção de qualquer bem se utilizem o minimos de recursos,aos mais baixos custos.No entanto, num mercado dominado por monopolios e oligopolios, estesconseguem impor preços mais elevados a par de uma oferta tambem elevada.

Por outro lado, o conceito de eficiencia de uma empresa privade pode nao coincidir com o interesse social – (colocação de bens no mercado, prejudiciais a saude dosconsumidores, por se poupar nos recursos para se obter lucro maximo) – falha demercado.

Outra falha de mercado é a existencia de externalidades nocivas ou negativas, ouseja, os efeitos perversos de uma determinada produçao que nao sao tidos emconta pelo mercado. (custos ambientais do naufragio do Prestige; gases toxicosprovenientes das centrais termoelectricas que contribuem para o efeito de estufa.)

O mercado é tambem inapto no que diz respeito à produçao de bens publicos.Existem bens e serviços que têm de ser produzidos pelo Estado, pois existemfamilias consumidoras que possuem baixos rendimentos e nao podem pagar tãoalto. (Privatizaçao dos caminhos de ferro ingleses) – Desastre, descarrilamento

EquidadePor si só, o mercado não gera a equidade – (promoção de uma repartição derendimentos mais equitativa, para que haja justiça social), ajudando as familias debaixos rendimentos a satisfazerem as necessidades básicas.

Cabe ao estado, no exercicio das suas funçoes sociais, repor a justiça social,corrigindo o mercado.

EstabilidadeA actividade economica nao evolui de uma forma linear e é acompanhada por subidas de desemprego e variações acentuadas dos preçosCabe ao estado antecipar-se a esta sucessão de fases de expansão e de recessãoda actividade económica, reduzindo as flutuações do ciclo económico para garantir estabilidade económica.

Podemos concluir que o mercado, pode constituir um factor de instabilidade e

desequilibros, implicando a necessidade de imposição de regras para oregulamentar.

11.2.2) Instrumentos de Intervençao Economica e Social do Estado(Planeament ; Politicas Economicas e sociais)

O estado intervencionista destingue-se dos restantes agentes economicos pelofacto de intervir na economia, a fim de corrigir as assimetrias na repartiçao dosrendimentos e de promover a estabilização da actividade economica

Planeamento economico – Permite articular as diferentes iniciativas publicas e

privadas, no sentido de potenciar as capacidades da economia e assim, maximizar a satisfação das necessidades individuais e colectivas, com o minimo de dispendiode recursos materiais, financeiros e humanos.

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A actividade planificadora exige uma definição de criterios que assegurem a suaeficacia (ramos de actividade a incentivar, tipo de subsidios a conceder, regioesmais carenciadas, etc)

A crescente intervenção do Estado na economia tem criado grandes criticas por 

parte de alguns economistas, pois esta representa um excessivo dirigismo por parte do Estado.

Factores que levam a adoptar o planeamento:- Carecimento de uma previsão e de uma corrdenação a nivel nacional que só oplano pode oferecer.- Exigencia de uma organização e um estudo previsional em determinadasempresas privadas- Correcção dos desequilibrios, nos complicados esquemas nacionais ouinternacionais.

O Plano surge então como instrumento importante na condução da actividadeeconomica. Reveste-se normalmente de dois aspectos:

Indicativo – (para o sector privado) – não se encontra sob a alçada do Estado. Paraque os objectivos definidos no Plano sejam efectivamente atingidos, o Estado (jaque nao pode obrigar compulsivamente o sector privado a aceitá-lo) lança mão dedeterminadas estrategias: nomeadamente, politicas fiscais, regulamentação depreços, taxas de juro, etc

Imperativo – (para todo o sector publico) – Neste sector, as empresas publicas sãoobrigadas a cumprir à risca os objectivos e os meios definidos pelo Plano

O plano surge como um instrumento indispensavel ao desenvolvimento articuladode toda a economia – permite adequar os recursos existentes às necessidades dacolectividade-

Orçamento do Estado

Como sabemos, a Administração realiza despesas, no sentido de servir acolectividade, no entanto, tem de prever e fixar o montante de despesas que iráefectuar.

Todavia, a Administração apenas poderá efectuar aquelas despesas desde quedisponha dos recursos necessarios para as concretizar – Torna-se entãoindispensavel prever o montante das receitas que irá arrecadar, de forma a afectar as diversas iniciativas que pretende realizar, uma vez que as receitas serãosempre inferiores às despesas necessarias para satisfazer todas as necessidadesda colectividade.

Surge assim um documento – orçamento de estado – que é aprovado pelaAssembleia da Republica – onde são previstas as receitas e as despesas doEstado para determinado periodo de tempo, geralmente 1 ano.

Este dá-nos a conhecer as suas fontes de receita e as realizações concretas que aAdministração se propõe conduzir.

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Uma vez que a maior parte das receitas arrecadadas são em forma de imposto, énecessário que o orçamento obedeça a determinadas regras e exerçadeterminadas funções compensatorias do esforço exigido aos cidadaos.

Funções do orçamento:- Adaptação das receitas as despesas – não serao previstas despesas superioresas receitas e apenas serao arrecadadas as receitas estritamente necessarias àefectizaçao das despesas previstas

- Limitação das despesas – não poderão ser realizadas despesas não previstas noorçamento ou por montantes superiores aos previstos

- Exposiçao do plano financeiro do Estado – Mostrar as despesas que se iraorealizar e as respectivas fontes de receita. Assim os cidadaos poderao conhecer asareas priveligiadas pela Administração.

Despesas publicas – Os inumeros serviços prestados pelo Estado que satisfazemas necessidades colectivas, requerem a realização de gastos (pessoal, instalações,material..)

Antes de efectuar as despesas, o estado averigua a utilidade publica de cadadespesa, de modo a realizar aquelas que satisfazem necessidades prioritarias.

Deste modo, a realizaçao de qualquer despesa, exige um conhecimentoaprofundado da mesma e a ponderaçao de alternativas possiveis para a suasatisfação de forma a maximizar a utilidade social das despesas efectuadas.

- Despesas correntes – Efectuam-se ao longo de um determinado ano, masterminam nesse mesmo ano. Sao aquelas que têm de ser efectuadas para garantir o funcionamento normal da administraçao publica. (Vencimentos dos funcionariospublicos / Transferencias sociais / Compra de bens para financiamento de serviçosdas admn. publicas)

- Despesas de capital – São aquelas que sao feitas na aquisiçao de bensduradouros que potencializam o aumento da capacidade produtiva do país –Realizam-se ao longo de um ano mas os seus efeitos perduram nos anos

seguintes. (Investimentos em capital fixo / Construçao de infra-estruturas /Compras de acções)

Efeitos das Despesas PublicasAs despesas publicas têm uma enorme importancia na actividade economica,porque ajudam o estado a atingir os seus objectivos realizando as suas funções.

Aumento dos gastos com pessoal + Aumento dos subsidios e das prestações daseg social Aumento dos rendimentos disponiveis dos particulares Aumento daprocura Crescimento economico

Aumento da produçao de bens e serviços nao mercantis + Aumento do capital fixo+ Aumento da qualidade e capacidade produtiva do pais e dos recursos humanos Aumento da produção Aumento da Oferta Crescimento Economico

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Receitas publicas   – São arrecadadas pelo Estado para financiar as suasdespesas

- Receitas patrimoniais ou voluntarias – Correspondem ao valor de venda pelo

Estado dde alguma parte do seu patrimonio (Venda de material de guerra para asucata / Venda ou aluguer de edificios ou terrenos do Estado / Receitasprovenientes do SEE)

- Receitas coactivas – São fixadas geralmente, por via legislativa, não resultandode qualquer acordo ou negociação travado entre os particulares e o Estado. Estasreceitas são prestaçãoes pecuniárias exigidas pelo Estado aos particulares quetêm de se submeter a essa exigencia.

Taxas – correspondem ao pagamento de um serviço prestado pelo estado (têmalgo em contrapartida) – (propinas, preço dos passaportes)

Impostos – Prestação em dinheiro exigida pelo estado sem caracter de sanção,podendo ser directo ou indirecto (não ha nada em contrapartida.)Estes constituem a principal rubrica das receitas do Estado. (imposto automovel,imposto sobre o rendimento, imposto sobre o alcool)

- Receitas crediticias – Por vezes o estado não consegue obter,a partir dasrestantes receitas, todos os rendimentos de que necessita para fazer face àsdespesas publicas.Nesse caso o estado é forçado a recorrer a emprestimos, originando a dividapublica. (interna ou externa)Como sabemos, o credito nao e uma medida economica saudavel, pois aoacarretar o pagamento de juros onera os serviços publicos.

O recurso ao credito deverá entao ser uma medida excepcional

Impostos- Directos – Incidem sobre os rendimentos ou sobre o patrimonio dos contribuintescom base numa materia colectavel perfeitamente determinada. (IRS / IRC / IMS)

- Indirectos – Incidem sobre o consumo ou despesa e a materia colectavel é

indirectamente determinada (IVA, Imposto sobre o tabaco)Impostos sobre o rendimento- Impostos progressivos – Verificam-se quando as familias de maior rendimentopagam de impostos uma maior percentagem do seu rendimento do que as familiasde menor rendimento. (IRS / IRC)

- Impostos proporcionais – Verificam-se quando todas as familias pagam umapercentagem fixa do seu rendimento (Impostos sobre o patrimonio)

- Impostos regressivos – São os que diminuem com o acrescimo de rendimento

das familias. Representam uma menor fatia de rendimento de uma familia deelevado rendimento do que de uma familia de baixo rendimento. (Imposto sobre ocombustivel, Imposto sobre o Tabaco, IVA)

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Efeitos das receitas publicas

Efeitos dos impostos progressivos sobre o rendimento

Familias com maior rendimento Pagam maior parcela de imposto + equidade

Familias com menor rendimento Pagam - parcela de imposto + equidade

Efeito dos impostos regressivos IVA / Impostos Indirectos

Familias com maior rendimento - Peso no seu rendimento - equidadeFamilias com menor rendimento + Peso no seu rendimento - equidade

A importancia do Orçamento do Estado como instrumento deintervençao economica e social

O orçamento do Estado constitui um importante instrumento de intervençaoeconomica e social. As despesas publicas e as receitas publicas produzem efeitosna actividade economica do pais e na redistribuiçao do rendimento, como vimosanteriormente. Os gastos publicos e o investimento publico dinamizam a economia.

A criação de emprego no sector publico, o aumento dos vencimentos dosfuncionarios do Estado, as transferencias sociais para as familias tambemestimulam a procura. Por outro lado, o Estado prossegue politicas de redistribuiçaode rendimentos para diminuir as assimetrias na repartiçao do rendimento, atravesda fixaçao de impostos progressivos sobre o rendimento das classes maisfavorecidas e de transferencias sociais para as familias de menores recursos

como, por exemplo, o subsidio de desemprego ou o rendimento minimo garantido.Saldo orçamentalConstituido pela diferença entre as receitas e as despesas publicas, numdeterminado ano

- Superavit – quando as receitas excedem as despesas- Equilibrio – Quando as receitas sao iguais as despesas- Defice – quando as receitas sao inferiores as despesas

O saldo orçamental constitui um importante indicador de situaçao da economia de

um determinado pais.Cetas vezes, o saldo encontra-se deficitario, ou seja, o estado gasta um montantesuperior as receitas cobradas, é necessario recorrer-se a emprestimos; por isso,tambem se incluem no orçamento de Estado outras rubricas como a emissao dadivida publica, o pagamento de juros e as amortizaçoes da divida publica.

Definições de saldo orçamentalSaldo orçamental corrente – Diferença entre as receitas correntes (Impostos +Contribuiçoes para a seg social) e as despesas correntes (Consumo colectivo,pagamento juros, subsidios).

Saldo orçamental convencional ou global – consiste na diferença entre o valor totaldas receitas (excepto emissao da divida publica) e o valor total das despesas(excepto amortizaçoes da divida publica)

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Saldo orçamental primario – consiste no saldo orçamental global apos a deduçaode juros da divida publica.

Divida Publica

Por vezes, os estados realizam um volume de despesas superior ao volume dereceitas, como forma de estimular o crescimento economico, verificando-se destaforma um defice orçamental.Este defice pode ser financiado pelo recurso ao credito – O Estado pede umemprestimo e endivida-se originando a divida publica.

A divida publica pode ser:Interna – se os financiadores são residentes no paísExterna – se os financiadores n sao residentes no pais

A divida publica interna representa um menor encargo para a economia nacional

que a externa, pois e financiada com poupanças internas e os juros sao pagos aagentes economicos residentes.

Agentes economicos residentes Poupanças / EmprestimosEstado Juros da divida publica / Reembolsos de emprestimo

Caso a divida publica seja financiada por uma economia externa, o encargo para onosso pais vai ser significante, se os credores nao pertencerem a zona euro, poisos juros a pagar e as amortizaçoes constituem saida de divisas do país.

Agentes economicos n residentes EmprestimosEstado Juros da divida publica / Divisas / Reembolsos de emprestimos/ Divisas

Politicas Economicas e SociaisO estado intervem na esfera economica:

- regulando, fiscalizando, e dinamizando a actividade economica- produzindo, atraves do SEE bens e serviços essenciais- planificando a actividade economica, consoante o modelo poltico do pais

As varias formas de intervençao do estado, pretendem prevenir e corrigir os

desequilibrios inerentes ao funcionamento das economias (inflaçao, desemprego,defice nas balanças etc) procedendo a uma forma mais eficaz de utilizaçao derecursos, que por si só resultaria dos mecanismos de mercado; regulando aactividade economica e redistribuindo os rendimentos.

As politicas economicas e sociais sao acções que o estado intervencionistadesenvolve para atingir determinados objectivos. Estas necessitam de medir aactividade economica para a analisar e efectuar previsoes. Para isso recorrem-sedos indicadores macroeconomicos (indice d epreços, indice de produçao, taxa dedesemprego) cujos valores sao sistematicamente analisados – indicadores deconjuntura 

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- Para atingir esses objectivos o estado promove medidas e utiliza instrumentosmacroeconomicos – estes afectam a economia na globalidade e podem ser controlados directa ou indirectamente pelo Estado. (IVA como instrumentomacroeconomico, ao aumentar a taxa, fara com que esta medida se repercuta emtoda a economia).

A sua implementaçao implica as seguintes fases:- Definição dos objectivos- Hierarquizaçao dos objectivos- Analise das interações que se estabelecem entre os objectivos e a escolha dosinstrumentos e das medidas de politica economica a implementar.

As politicas economicas podem ser classificadas de duas formas:

Politicas conjunturais – Têm como objectivo promover a estabilização daeconomia, corrigindo os desequilibrios no curto prazo, num periodo inferior a um

ano (politicas orçamentais, fisca, monetaria, de preços, combate ao desemprego)

Politicas estruturais – Têm como objectivo uma alteração do funcionamento edas estruturas em que se assenta a economia. Os seus efeitos fazem-se sentir amédia (1 a 5) e longo prazo (5 a + anos).(politicas de crescimento em determinados sectores – politicas onde se prendem aqualidade de vida dos cidadãos – politicas de educação, saude, ambiente esegurança social).

Politicas ConjunturaisPolitica FiscalA politica fiscal incide sobre os impostos, que são a principal fonte de receita doestadoQuando o estado tem como prioridade a promoção do crescimento economico,desenvolve uma politica fiscal mais expansionista, para dinamizar o consumo e oinvestimento. Deste modo, procede a uma redução dos impostos, comconsequencias no rendimento disponivel das familias e nos lucros das empresas.

Quando o objectivo é diminuir o defice orçamental, o Estado aumenta os impostospara arrecadar maior valor de receitas; desta forma, fará diminuir o consumo e oinvestimento.

- Consequencias na politica + expansionista – reduz os impostos, mas pode acentuar o deficeorçamental e produzir tensões inflaccionistas devido ao aumento da procura e damassa monetária em circulação em relação à oferta. na politica + retraccionista – pode reduzir o defice orçamental, mas pode estar acomprometer o crescimento economico e o aumento do desemprego.

Politica OrçamentalTem como finalidade corrigir os excessos do ciclo ecnómicoÉ constituido por periodos de expansão e recessão.

Deste modo,a politica orçamental retraccionista actuará no sentido de:- minimizar os desequilibrios causados por um aquecimento da economia, em queos indicadores macroeconomicos revelam uma expansão da actividade economica,

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acompanhada de tensões inflaccionistas e do aumento do defice orçamental eexterno.

Por outro lado, a politica orçamental expansionista desenvolverá medidas com afinalidade de – inverter a fase do ciclo economico que se verifica quando a

economia se encontra em recessão. É por isso que tambem se chamam depoliticas de contraciclo.

Politica MonetariaConsiste num conjunto de decisões tomadas pelo Estado com a finalidade decontrolar a massa monetaria em circulação – oferta da moeda (retirar moeda,valoriza-a e reduz o poder de compra / injectar moeda, desvaloriza-a e aumenta opoder de compra) – e, deste modo, a inflação e a actividade económica.

Medidas de uma politica mais expansionista + moeda /+ consumo /+investimento

- Taxa de desconto – redução, para facilitar o recurso ao credito por parte dosbancos comerciais.- Taxas de juro – redução, para facilitar a procura do crédito.- Open market – Compra de titulos pelo banco central aos bancos comerciais –obrigações do tesouro – para aumentar a liquidez destes- Reservas bancárias – Diminuição, para promover o credito- Limites ao credito – Inexistencia- Taxa de Cambio – Revalorização da moeda nacional – importações mais baratas/ exportações mais caras no mercado internacional.

Estas medidas promovem o crescimento economico mas podem provocar inflaçãoe defice externo.

Medidas de uma politica mais expansionista + moeda /+ consumo /+investimento

- Taxa de desconto – Aumento, para dificultar o recurso ao credito por parte dosbancos comerciais.- Taxas de juro – Aumento, para diminuir a procura do crédito.- Open market – Venda de titulos pelo banco central aos bancos comerciais –

obrigações do tesouro – para reduzir a liquidez destes- Reservas bancárias – Aumento, para limitar o credito- Limites ao credito – Imposição- Taxa de Cambio – Desvalorização da moeda nacional – importações maiscaras / exportações mais baratas no mercado internacional.

Estas medidas podem provocar uma diminuição no consumo e no investimento,com efeitos no crescimento economico e no emprego.

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Política de preços – tem como finalidade o controlo dos preços (e inflaçao)podendo o estado tomar as seguintes medidas:

- fixação dos preços dos bens essenciais – pão, leite, electricidade, azeite – quesão subsidiados pelo estado

- controlo administrativo dos preços para que não sofram distorçoes por partes dasempresas – principalmente nos mercados de monopolios e oligopolios

- controlo dos bens e serviços produzidos pelo SEE

A politica tem vindo a deixar de ser regulada pelos estados, (excepto em bens nsujeitos as leis de mercado – t.publicos, luz, telecomunicaçoes). Desde a decadade 80 que em portugal e outros paises, o SEE reduz-se com privatizaçoes ediminui assim o controlo dos preços por parte do mercado.

Em portugal no periodo do estado novo – preços eram tabelados ou aprovadosadministrativamente. Estado tinha papel intervencionista. Os baixos salarios e osprodutos alimentares baratos possibilitavam o controlo da inflaçao.

Logo apos ao 25 de abril – um acentuado controlo dos preços dos bensessenciais.No final da decada de 70 e na de 80 portugal promoveu politicas de estabilizaçaopara reduzir defice externo e a inflaçao.Isto levou a implementaçao de politicas retraccionistas e ao fim do controlo dospreços, que passaram a ser livres, cabendo apenas ao estado regular os preços

das empresas publicas que nao tivessem sujeitas a concorrencia (mono-oligopolios)

Politica de combate ao desemprego – tem como objectivo baixar a taxade desemprego atraves de um conjunto de medidas no ambito do mercado detrabalho

Essas medidas situam-se quer do lado da oferta quer do da procura de trabalho

Acções do lado da procura de trabalho – abaixamento dos salarios e dosencargos sociais suportados pela entidade patronal, atraves de subsidios asempresas que empreguem mao de obra e atraves da flexibilizaçao do mercado detrabalho (facilidade de despedimentos, trabalho a tempo parcial e temporario, p.e.)

Acções do lado da oferta do trabalho– diminuiçao da idd da reforma, para antecipar a retirada dos velhos do mercado

de trabalho, e alongamento da formaçao dos jovens, para retardar a sua entradano mercado. Assim diminui-se os trabalhadores em actividade

- desenvolvimento da educaçao, qualificaçao profissional e formação permanenteao longo da vida activa para o trabalhor se manter actualizado no mercadocompetitivo.

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Politica de partilha de trabalho

- reduçao do horario de trabalho, implementando as 35 horas semanais- acordos empresariais para salvaguardar os postos de trabalho, com a reduçao dohorario semanal, que sera compensado pelo trabalhador, mais tarde.

Politica de redistribuiçao dos rendimentos

Actua sobre os rendimentos primarios (que surgem directamente do mercado epatrimonio) e tem como prioridade reduzir as assimetrias socias para reforçao a

coesão social.

Esta politica usa os instrumentos da politica orçametal e fiscal – impostos eprestaçao de serviços (educaçao, saude, transf sociais) p/ seguintes medidas:

- impor impostos directos progressivos – familias e empresas com maisrendimentos pagam parcela maior ao estado- aumento das transferencias sociais – pensoes de reforma, subsidios – para asfamilias mais desfavorecidas- prestaçao de serviços – educaçao, saude, transportes publicos, habitaçao social

Politicas estruturais  -  Desde a 2 guerra mundial que os governosocidentais desenvolvem politicas estruturais para melhorar o funcionamento daeconomia e limitar os efeitos dos mecanismos do mercado atraves de:

- politicas sectoriais / politicas de regulamentaçao do mercado de trabalho erelaçoes laborais / politicas de reforma dos sistemas fiscais e da segurança social /politicas que definem regras de concorrencia, etc

 

Politicas sectoriais – agricola / industrial 

Politica agricola – tem por finalidade, a modificação das estruturas produtivase amelhoria dos resultados, quer a nivel global, quer a nivel dos varios subsectores.

Tem como prioridades a modernização da agricultura, usando tecnologias menospoluidoras, o cresc da produçao, da produtividade e do nivel de vida dosagricultores, garantindo aos consumidores preços justos e bens que n prejudiquemsaude.Portugal e UE sujeitos a PAC

Politica Industrial – visa melhorar os resultados deste sector e promover a suamodernização.

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A existencia de um SEE permitiu aos governos dos paises da OCDE, agir directamente sobre as empresas publicas. No entanto, tem vindo a diminuir devidoas privatizaçoes, mas mesmo assim, o estado tem vindo a:

- agir sobre alguns subsectores (siderurgico e construçao naval)

- incentivar as industrias de ponta (electronica, robotica e biotecnologias)- agir sobre o investimento privado – concedendo subsidios e isentando impostos- promover a I&D- efectuar parcerias com o sector privado para realizaçao de projectos

No entanto, a influencia da ideologia neoliberal – minimiza o papel do estado naeconomia – tem vindo a enfraquecer a importancia da politica industrial.

Politica do ambiente

A poluição provocada pela agricultura intensiva, centrais termicas, aglomeraçoesurbanas, etc., fazem perigar a vida no planeta.O crescimento economico tem sido feito a custa do ambiente, originandoproblemas ecologicos: efeito de estufa, chuvas acidas, contaminação do planetaetc.

Desde 92 que a ONU tem vindo a alertar para as consequencias nefastas do ef deestufa – mudança de clima / destruiçao do ambiente.

A UE tem vindo a impor um conjunto de medidas aos Estados Membros no sentido

de reduzirem a emissao de gases e contaminaçao do planetaEstas preocupaçoes levaram a que exigencias no dominio do ambiente seintegrassem noutras politicas comunitarias como: a PAC, a industrial e energetica eatraves da fixação de normas e da adopção de medidas que integram asnecessidades da area ambiental.

Politica de protecção social  – tem como objectivo promover a integraçãosocial e a coesão social, associando-se à politica de redistribuição dos rendimentose de assistencia e segurança social, pois integra medidas destas politicas.

Baseia-se em 2 principios

Principio da segurança social – condiciona a protecção social às quotizaçõesprevias que o trabalhador descontou ao longo da sua vida activa. Neste caso, ostrabalhadores que sofrerem uma mudança de situação terao direito a receber subsidios: doença, desemprego, pensao de reforma, invalidez, terceira idd, etc

Principio da assistencia social – não se encontra condicionada a nenhum laçocontratual previo. Assegura a protecção social as pessoas que não têm apoios eque vivem em situaçoes de indignidade e probreza. É um dos grandesinstrumentos de combate a exclusao social e incentiva as pessoas a uma futuraintegraçao social. Exemplo: rendimento minimo garantido – contribui para coesaosocial

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Cada vez mais os objectivos da coesao social exigem medidas direccionadas parasituações especificas – familias numerosas, maes solteiras, familiasmonoparentais, discriminaçao etnica, toxicodependencia etc

Politica de redst. dos rendimentos + politica seg social protecção social =instrumento de solidariedade + integraçao e coesao social

 As politicas economicas e sociais do Estado portugues (pag 196 –202 – vista de olhos)

Politica de emprego – a tx de desemprego, em portugal, tem vindo a crescer 

desde 2001

A Empregabilidade – Os estados-membros deverão implementar estrategias p/ aaprendizagem ao longo da vida, nomeadamente atraves da melhoria da qualidadee eficiencia dos sistemas de educação e formação, de modo a dotar todas aspessoas das competencias que se exigem de uma força de trabalho modernanuma sociedade assente no coinhecimento e permitir a sua progressao na carreirae a reduzir as disparidades e estrangulamentos de competencias no mercad detrabalho.

- as fragilidades portuguesas afectam o nivel de qualidade do trabalho e a

produtividade

- existem desigualdades no mercado de trabalho entre homens e mulheres

- prestações sociais abaixo do nivel da UE

Exclusao social em portugal, 4 causas:- sinais de uma pobreza tradicional associada ao mundo rural- familias de baixos recursos, ligados aos membros activos com muito baixos niveisde qualificaçao profissional- concentraçao urbana e suburbana com recentres movimentos migratorios que

geram ( familias monoparentais, crianças sem enquadramento familiar e drogados)- insuficiencia marcada pelo modelo de protecção social desenvolvido.

Economia portuguesa – esta numa fase de recessão. Taxa de crescimento doPIB com valores negativos.O Estado, sem a politica monetaria que e controlada pelo BCE, tem de usar osinstrumentos da politica orçamental e fiscal.

Constrangimentos as politicas economicas e sociais

Portugal, sendo membro da UE desde 86 esta sujeito a constrangimentos noambito das suas politicas economicas e sociais.

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Embora tenhamos as politicas orçamental, fiscal e redistribuiçao dos rendimentosao nosso dispor, sao tambem sujeitas aos constrangimentos do Pacto deEstabilidade e Crescimento (PEC):

Por exemplo: os efeitos negativos do aumento do desemprego porderiam ser amortecidos pelo reforço do subsidio de desemprego ou pelo aumento das obraspublicas, dada a exigencia de evitar defices orçamentais excessivos, tais medidassao dificeis de se implementar.

Nocão e formas de integração

Noção de integração -   processo de união de economias nacionais emregiões mais vastas, em que se vão eliminando os impedimentos à livre troca eestabelecendo elementos de cooperação entre os países que integram essasregiões.

Para alem de razoes politicas que possam estar na origem da integraçao(estabilidade de uma regiao), existem tambem expectativas de beneficioseconomicos (crescimento economico mais acelarado).

O processo de integração economica desenrola-se durante um periodo mais oumenos longo, durante o qual os paises realizam as necessarias adaptaçoeseconomicas, que se podem estender a outros niveis, como o social e o politico, demodo a atenuar as diferenças estruturais entre si.

Um processo de integraçao implica, a partir de um certo grau, a criaçao deinstituições comuns a todos os paises e a progressiva transferencia de parte dassoberanias nacionais para tais instituiçoes. (Na UE os paises membros cedemparte da soberania a uma comunidade supracional, ou seja, uma soberaniacomum.

Formas de Integração

Sistema de preferencias aduaneiras – é um tipo de integração muito simples,que consiste em certos paises concederem mutuamente certas vantagensaduaneiras.

Zona de comercio livre – Surge a partir do acordo firmado entre diversos paises,com vista a abolir as barreiras alfandegarias e comerciais entre si, cortando assimos impostos à importação, o que facilita a livre circulação dos produtos fabricadospelos parceiros. Cada país mantem todavia a sua pauta aduaneira e o seu proprio

regime de comercio com terceiros paises.

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Este tipo de integração pressupoe que os paises se encontrem num grau dedesenvolvimento homogeneo, pk de outra forma n se compreendia a aboliçao dasbarreiras alfandegarias. Ex. (EFTA)

União Aduaneira –   ja consiste numa grande integração. Verifica-se a livre

circulação de todos os produtos que se encontrem no territorio dos paisesmembros, pois foram eliminados todos os direitos aduaneiros relativos às trocascomerciais. No que toca ao comercio com paises terceiros, é aplicada uma pautaaduaneira comum.

Mercado comum – É mais profundo que a Uaduaneira, visto que a livre circulaçãoabrange a livre circulação de bens, serviços, pessoas, capitais e serviços.Nesta etapa é precisso assegurar a livre possibilidade dos trabalhadores eempresas se fixarem onde houver mais vantagens, e de se recorrer livremente asfontes de capitais em todos os estados membros.

União economica – Apos a constituição de um mercado comum, os paisesmembros podem procurar adoptar politicas economicas e sociais comuns, comvista a alcançar uma convergencia economica e uma maior coesao social.De facto, uma uniao tao profunda como o Mcomum, leva os paises membros aharmonizar as politicas economicas e sociais e adoptar politicas de defesa esegurança comuns, conduzindo a uma União Economica como se verifica,actualmente, com a UE.

Com a mesma ordem de ideias, os diferentes ritmos de desenvolvimentoeconomico dos paises da UE colocaram a necessidade de uma estabilidademonetaria, com uma moeda unica.

Uniao politica – A harmonização das politicas economicas conjunturais eestruturais dos paises que constituem a Ueconomica conduz a necessidade deaproximar as politicas de defesa e segurança.

As politas comunitarias tendem, tornar-se politicas comuns, substituindo-se asnacionais, em dominios fundamentais da actividade economica e social dosEstados Membros.

A integraçao politica implica tambem perdas de soberania nacional, uma vez que

as decisoes de caracter economico social e politico sao tomados por entidadessupranacionais com podereres reforçados.O aprofundamento da integração podera conduzir no futuro, no caso da UE, numaespecie de Estados Unidos da Europa.

O Processo de integração na Europa –  (resumo) 

1945 – Fim da II guerra mundial – A europa encontrava-se em ruínas havendonecessidade de consolidar a paz entre as nações e encetar o processo de

reconstrução económica.

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1950 – Robert Schuman propõe associar a produção francesa e alemã de carvãoe de aço, sob a direção de uma autoridade europeia, aberta a outros países.

1951 – Criação da CECA, composta por seis países: Bélgica, França,Luxemburgo, Holanda, Itália e RFA. – visava para alem do desenvolvimento

economico, consolidar a paz recentemente conquistada. Tratava-se de integrar paises vencedores e vencidos numa organizaçao que procurava articular osinteresses nacionais com a promoçao do interesse comum, a cargo de umainstituição supranacional, a quem competia o controlo da gestão do mercadocomum (mercado do carvão e aço)

1957 – Tratado de Roma – instituiu a CEE, e a Comunidade Europeia deEnergia Atomica (EURATOM) – juntamente com a CECA, sao comunidadesdistintas, embora correspondam a uma realidade politica única, a realização deum mercado comum entre os paises membros e a respectiva integraçao das suaseconomias.

1968 – Concretização do objectivo da união aduaneira , com a a eliminaçãodas barreiras alfandegarias entre os paises aderentes à Comunidade e aintroução da pauta aduaneira comum, aplicavel às mercadorias provenientes depaíses terceiros.

Efeitos da Uniao Aduaneira nas economias dos paises membros da CEE- aumento das trocas comerciais entre os EM- aumento dos investimentos nos Pmembros- aumento do produto- aumento da variedade dos produtos a preços mais baixos

1973 – Adesão à CEE do Reino Unido, Dinamarca e Irlanda

1981 – Adesão da Grécia à CEE

1986 – Assinatura do acto único Europeu, que fixou como grande objectivo aconstrução do Mercado Único Europeu. O aumento das trocas verificadas com acriação da união aduaneira levaram ao desenvolvimento de um mercado únicoque permitisse a livre circulação de não apenas bens, mas também pessoas,capitais e serviços.

1992 – Assinatura do Tratado da União Europeia (Maastricht) – traduziu avontade de transformar uma comunidade, essencialmente económica, numaunião em que a componente política fosse mais acentuada. A UE assenta entãoem 3 pilares: comunitário, da politica externa e de segurança comum e o deassuntos internos.Um dos grandes objectivos era tb a criação de uma UEM

1995 – Adesão da Áustria, Suécia e Finlândia à UE

1999 – Criação da moeda única: O Euro

2001 – Assinatura do Tratado de Nice, que consistia numa preparação aoalargamento e ao funcionamento a 25 Estados-Membros.

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A adesao à UE implica por parte dos candidatos, a aceitaçao dos valores e aadopçao das normas e praticas da Uniao que constituem o acervo comunitario:democracia / estado de direito / respeito pelos direitos humanos

As Instituições

Comissao- representa o interesse europeu- desempenha o papel de guardia dos tratados da uniao europeia, compete-lhevelar pela correcta aplicaçao das suas normas- poder de iniciativa da politica comunitaria- elaboraçao do orçamento da uniao e apresentaçao do relatorio anual da situaçaoeconomica, social e juridica da uniao ao parlamento europeu.- orgao executivo: representa a uniao junto de organizaçoes internacionais

Conselho europeu- têm assento os chefes de estado- define as orientaçoes politicas globais da Uniao e a abordagem de questoes daactualidade internacional

Conselho de ministros- representa os governos dos estados membros- tem caracter especializado- possui poder de decisao, cabe-lhe decidir as politicas necessarias aconcretizaçao dos objectivos dos tratados com base nas propostas da comissao enas alteraçoes e emendas sugeridas pelo parlamento europeu. Tb ha questoes quetrata em conjunto com o parlamento- orgao legislativo da comunidade

Parlamento europeu- representa os cidadaos europeusexerce 3 poderes fundamentais:- p legislativo – participa na elaboraçao da legislaçao comunitaria

- p orçamental – tem a ultima palavra sobre a aprovaçao do orçamento comunitario- p de controlo democratico – pode pedir contas a comissao e apreciar o relatoriogeral sobre a actividade das comunidades.- aprovar a designaçao dos membros e do presidente da comissao

BCE- orgao independente das instituiçoes comunitarias e dos governos dos EM .- é a unica entidade habilitada a autorizar a emissao de notas dos EM podendo amoeda metalica ser emitida pelos EM mediante a aprovaçao por parte do BCE.- impoe politicas à UEM.

Orçamento Comunitário

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A UE, para cumprir os objectivos tem de por em pratica varias politicas economicase sociais, mas para desenvolver as acções necessarias preciso de meiosfinanceiros, nomeadamente das contribuiçoes dos estados membros.

As receitas e as despesas, previstas para um ano, sao inscritas no Orçamento da

UE que constitui o seu principal instrumento financeiro.

- O poder de decisao em materia orçamental é partilhado entre o Conselho e oParlamento cabendo a Comissao a elaboraçao da sua proposta.- A adopçao do orçamento depende do Parlamento. Se não aprova, n se elabora- Depois de aprovado e adoptado, é executado pela comissao, e verificada a suaexecução pelo Tribunal de Contas.

Receitas orçamentais

- contribuição proveniente do IVA de todos os estados membros- impostos dos funcionarios europeus e multas aplicadas pela comissao- contribuiçao baseada no PNB de cada membro

Despesas orçamentais

- Despesas agricolas com o financiameno da PAC- Despesas com o funcionamento das instituições europeias- Preparaçao do alargamento da Uniao, ajudando os futuros paises a desenvolver as suas economias

Existe um equilibrio orçamental despesas iguais as receitas

A programação financeira do orçamento tem vantagens, pois fixa as grandesorientações orçamentais para varios anos, facilita a aplicaçao anual do orçamentoe contribui para um maior controlo da evoluçao das despesas da Uniao.

Fundos Estruturais

Embora existissem efeitos benéficos com o processo de integração, estes não se

estenderam a todas as regiões e sectores de actividade de uma forma uniforme,registando-se ainda desequilibrios a nivel regional e sectorial.

Esta situaçao exige um esforço de solidariedade comunitaria. É exemplo osinstrumentos financeiros essenciais à execuçao das politicas comunitarias: fundosestruturais

São essenciais para o desenvolvimento das regioes em atraso, à reconversao daszonas industriais em declinio, ao auxilio ao desemprego de longa duraçao, àinserçao profissional dos jovens, à modernizaçao das estruturas agricolas e aodesenvolvimento das zonas rurais mais desfavorecidas.

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Fundo social Europeu – (FSE) – favorece a inserçao profissional dosdesempregados, financiando acções de formação

Fundo Europeu de Orientaçao Agricola (FEOGA) – financia acções dedesenvolvimento local e investimentos que visem criar emprego

Instrumento Financeiro de Orientação da Pesca (IFOP) – Promove a adaptaçao emodernizaçao dos equipamentos do sector 

Fundo de Coesão – financia projectos de infra-estruturas nos dominios doambiente e transportes nos Estados Membros mais debilitados.

 Aplicação dos fundos estruturais

São aplicados de acordo com as necessidades de desenvolvimento das regiões:

Recuperação das regiões com atrasos de desenvolvimento – FEDER / FSE /FEOGA / IFOP

Reconversao economica e social de zonas com dificuldades estruturais – FEDER /FSE

Modernização dos sistemas de formaçao e promoçao do emprego – FSE

Iniciativas comunitarias

A uniao dispoe ainda das iniciativas comunitarias que visam resolver probleasespecificos

Interreg III – promover o ordenamento equilibrado de territorios pluri regionais,atraves da formação de parcerias transfronteiriças e inter-regionais

Urban II – promover a reabilitaçao de cidades e bairros em crise

Leader + - promover o desenvolvimento rural atraves de iniciativas locais

Equal – promover a igualdade no acesso ao mercado de trabalho

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As Politicas Comunitarias

A UE desenvolve diversas politicas para alcançar as suas finalidades, utilizando osrecursos financeiros disponibilizados pelo Orçamento.

As principais politicas desenvolvidas no espaço comunitario sao:- polita agricola comum (PAC)- politica regional- politica social e de emprego

Politica Agricola Comum

A agricultura tem constituido o sector de actividade economica onde o processo deintegraçao mais avançou.A PAC tem prosseguido tres objectivos principais: assegurar a autosuficienciaalimentar, estabilizar os preços dos bens agricolas e garantir rendimentos justosaos agricultores.

A sua aplicação assente em 3 principios:

- existencia de um mercado unico para todos os produtos agricolas, (livre-circulaçao)- preferencia comunitaria aos produtos agricolas da comunidade em relaçao aosoutros produtos impottados – representa vantagem a nivel de preços

- solidariedade financeira, uma vez que o PAC é responsabilidade de tds os EMAs despesas agricolas sao cobertas pelo FEOGA em duas secções:

FEOGA – Garantia: destina-se a gestao dos mercados dos diferentes produtosagricolas, subsidiando produções, comprando a produção excedentaria eassegurando a sua armazenagem, apoiando os rendimentos dos agricultores, etc

FEOGA – Orientação: contribui para a modernizaçao das explorações agricolas,para o desenvolvimento de actividades economicas nas zonas rurais maisdesfavorecidas que criem emprego e evitem o exodo rural. Etc.

A aplicaçao dos fundos e a gestao da PAC permitiu alcançar os objectivosdesejados

- aumento da produçao agricola- assegurar o abastecimento regular e a preços razoaveis para consumir - garantir um nivel de vida justo para os agricultores

Efeitos secundarios:- Desequilibrios ambientais, devido a sobrexploraçao da terra- Formaçao de excedentes

- excesso de proteccionismo aos produtos comunitarios- elevadas despesas agricolas

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os ef secundarios exigiram mudanças na PAC – medidas reformadoras

Reforma da PAC- estabelecer preços mais competitivos- ajudas directas aos agricultores

- reforma antecipada dos agricultores- promoçao de uma agricultura mais ecologica

 

Politica Comum da pesca

A grande procura do pescado tem levado a UE a estabelecer um conjunto deregras comuns a aplicar no espaço comunitario – a politica comum da pesca

Objectivos:

- proteger os recursos da pesca, evitando a sobreexploraçao- garantir o abastecimento de pescado aos consumidores e à industria detransformaçao- melhorar a competitividade das empresas do sector 

Medidas para alcançar os objectivos

- fixaçao de totais admissiveis de capturas anuais por especie de pescado- estabelecimento de quotas anuais de exploraçao para cada estado membro

- apoiar o desenvolvimento da aquicultura como fonte alternativa do pescado- fixaçao de normas relativas a malhagem de das redes

Politica Regional e a Coesao Economica e Social 

Existem grandes desigualdades entre os estados membros e as regioes.

O tratado da UE incluiu a coesao economica e social como um dos principaisobjectivos da construçao europeia, criando o fundo de coesao – para dar apoio aprojectos de infra-estruturas nos dominios dos transportes e do ambiente nosestados menos prosperos da ue.

A politica regional tem os seguintes objectivos:

- reduzir as disparidades entre os niveis de desenvolvimento das diversas regioes- reduzir o atraso das regioes menos favorecidas- reforçar a coesao economica e social da Uniao

Gestao da politica regional

A politica regiona europeia é financiada pelos fundos europeus (fundos estruturaise fundos de coesao) que se destinam a modernizar as estruturas economicas esociais das regioes menos desenvolvidas.

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O orçamento para os fundos é decidico pelo conselho da uniao, com base numaproposta da comissao, negociada com o Parlamento Europeu. Antes da decisaofinal, o Comite das regioes é consultado, pois emite parecer sobre a execuçao dapolitica regional.Os projectos para o desenvolvimento das regioes a financiar, sao da

responsabilidade das autoridades nacionais e regionais pois so estes sabem bemos problemas das suas regioes.

Fundo de coesao –Destina-se aos paises que apresentam um PIB per capita inferior a 90% da mediacomunitaria, ou seja, os paises menos desenvolvidos da UE.Este fundo especial de solidariedade pode ser usado em todo o territorio destespaises, para financiar projectos de investimento nas areas do ambiente e nodominio das infraestruturas de transportes.

O alargamento e a coesao economica e socialA entrada de novos paises veio exigir um maior esforço de solidariedade, uma vezque a maioria destes paises necessita de ajudas para a sua modernizaçao.A aplicaçao dos fundos exige assim um reforço do orçamento comunitario que so épossivel se houver uma maior contribuiçao dos restantes estados.

Politica Social e de Emprego

O tratado de amesterdao aprovado em 1997 definiu uma estrategia comum em

materia de emprego cuja finalidade é criar mais e melhores empregos para todos.Um dos objectivos é tornar a europa mais competitiva e dinamica, com mais emelhores empregos e coesao social reforçada.

Nesse sentido os estados comprometeram-se a aumentar os seus investimentosna educaçao, a assegurar que as novas TI se tornem acessiveis a todos, adesenvolver esforços na erradicaçao da pobreza e a promover a inclusao social.

O Fundo Social Europeu constitui o instrumento financeiro da Uniao para apoiar asacçoes a desenvolver no dominio do emprego da formaçao, da protecção e da

inclusao social.

- promoçao do espirito empresarial- incentivos ao auto-emprego- assistencia as pessoas em risco de exclusao- combate as desigualdades entre h/m no tramalho

Politica do Ambiente

Desenvolvimento sustentavel – crescimento economico deve-se processar deforma a garantir o futuro das geraçoes vindouras, sem esgotar os recursos nemprovocar danos que ponham em causa e sobrevivencia do planeta.

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A estrategia da ue para um desenvolvimento sustentavel baseia-se na interligaçaodo crescimento economico, coesao social e protecção do ambiente.

- boa gestao das florestas- agricultura menos intensiva e mais ecologica

A politica e financiada pelos fundos estruturais e pelo fundo de coesao

- recuperaçao das zonas urbanas degradadas- reabilitaçao das zonas industriais em declinio- tratamento de residuos- educaçao ambiental dos jovens

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