resumo das aulas - economia

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1 ECONOMIA 2012

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Page 1: Resumo Das Aulas - Economia

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ECONOMIA

2012

Page 2: Resumo Das Aulas - Economia

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ECONOMIA

Este Resumo Didático contendo recortes foi elaborado para apoio e acompanhamento da disciplina

Economia, ministrada no segundo período de 2012, destinado aos alunos do curso de Direito da

Faculdade PITÁGORAS em Teixeira de Freitas - Bahia.

Teixeira de Freitas

2012

Page 3: Resumo Das Aulas - Economia

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AOS ALUNOS

Teixeira de Freitas, 06 de agosto de 2012.

Meus Caros Alunos e Alunas,

Mais um período se inicia e é com especial satisfação que registro neste resumo didático o

privilégio de poder trabalhar junto com você ao longo deste semestre letivo. Apresento a cada

aluno e aluna este material com recortes para apoio e acompanhamento da disciplina, de forma

interativa e mediada.

Meu nome é Elias de Castro Amorim, sou professor de Economia. Também leciono outras

disciplinas que fazem parte do conjunto de conhecimentos que envolvem as ciências humanas.

Minha principal formação é em Ciências Econômicas e foi pela Faculdade Cândido Mendes –

FCPERJ (Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro), quando em 1986

cumpri os requisitos para colação de grau e recebi o título de bacharel.

Desde 1978 venho exercendo atividades de professor, porém, em 1989, ao retornar do exterior

para o Extremo Sul do Estado da Bahia, foi quando me dediquei definitivamente ao magistério.

Especializei em Docência de Ensino Superior pelo Núcleo de Pós Graduação da Faculdade Sul da

Bahia e pelo EAD da Faculdade Pitágoras, e ao longo de minha carreira profissional conquistei

larga experiência no mercado financeiro, em administração de empresas, no campo de

consultoria e assessoria empresarial, no serviço público em atividades judiciais e extrajudiciais,

além de outras experiências em organizações públicas e autárquicas voltadas para o

desenvolvimento regional, industrial e comercial.

Page 4: Resumo Das Aulas - Economia

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Para os alunos do curso de Direito é essencial a análise, interpretação e desenvolvimento da

disciplina Economia como formação plena do profissional. Trataremos do tema em seus

aspectos práticos e teóricos ao longo deste semestre.

O objetivo deste guia é apenas o de facilitar o acompanhamento da disciplina, oferecendo

subsídios para que você possa buscar a complementação necessária à sua jornada. Importante

ressaltar que este material não substitui as bibliografias referenciadas em nosso plano de ensino

as quais deverão ser adquiridas ou consultadas sistematicamente na biblioteca da faculdade.

Outro relevante aspecto que você aluno deverá acompanhar nesta disciplina é a atualização de

temas que ocorrem no dia-a-dia da economia brasileira, no mundo e em nossa própria vida

cotidiana. A busca constante através da leitura de artigos, notícias, reportagens, entrevistas e

outros conteúdos que tratem dos acontecimentos do momento atual, proporcionarão aos

estudantes resultados mais satisfatórios.

São de estrita importância a leitura, discussão e análise dos fatos e ocorrências do

comportamento humano na sociedade como instrumento auxiliar, da interação com outras

disciplinas como relação complementar e dos aspectos elementares que envolvem as ciências

econômicas para compreensão do conteúdo do curso.

Nossa carga horária será de 30 horas/aula distribuídas em dois bimestres conforme o conteúdo

apresentado no plano de ensino e disponibilizado a todos os alunos em sala de aula.

A bibliografia básica é bastante abrangente para o tema, devendo ser observada a

obrigatoriedade da leitura dos capítulos referenciados no decorrer do curso, além do resumo

apresentado neste guia como material complementar.

Estarei à disposição para todos os esclarecimentos que se fizerem necessários nos debates e nas

trocas de conhecimento, pessoalmente ou em sala de aula, na Instituição em momento

Page 5: Resumo Das Aulas - Economia

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previamente combinado, ou via e-mail onde poderemos trocar experiências e debater a

temática proposta.

É importante que o aluno se sinta à vontade para entrar em contato com o professor,

questionar e propor, sendo que, pelo telefone atenderei sempre que possível, e pelo e-mail

seguramente responderei.

Telefone: (73) 9994 6370 E-mail: [email protected]

Sucesso a tod@s e muita dedicação!

Professor Elias de Castro Amorim

I - Plano de Ensino

Curso: DIREITO

Disciplina: ECONOMIA Semestre: 2º/2012 Corpo Docente: ELIAS DE CASTRO AMORIM

Coordenador: JOSÉ ARCHÂNGELO DEPIZZOL

Carga Horária Total: 30 horas

Carga Horária Semanal: 1,5 horas

Perfil do profissional Um profissional com formação geral e humanista que valorize a visão do todo, que esteja consciente de seu valor e apto a promover mudanças exigidas pelos novos tempos. A compreensão dos movimentos econômicos e

financeiros de uma nação, os princípios que regem a moeda, os salários, os preços, os juros, o emprego, a renda, os contratos e as políticas públicas fiscais, monetárias e suas consequências são a porta de entrada para o compromisso com a prestação da justiça e com os princípios transformadores da sociedade.

Ementa Introdução as Ciências Econômicas. Teorias Econômicas. Microeconomia. Os fundamentos do problema

econômico. As estruturas dos sistemas econômicos. As bases demográficas da Economia. Macroeconomia. A renda: circulação, repartição, consumo e mercados. Desenvolvimento econômico brasileiro. Economia Brasileira.

Objetivo da Disciplina

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- Geral

Compreender a ordem jurídica brasileira a partir das fontes da ordem econômica nacional e internacional, bem como a atuação do Estado no domínio econômico com a finalidade de promover o desenvolvimento econômico e social.

- Específicos Compreender a atividade econômica e sua importância para o homem econômico. Analisar e entender os princípios que norteiam a organização das relações econômicas em nosso país. Compreender as formas de intervenção do Estado na Economia e os instrumentos estabelecidos por meio dos órgãos de regulação e a

importância dessa atuação na promoção da justiça econômica Conhecer as estruturas básicas internacionais que contribuem para desenvolvimento econômico e social de uma nação e a forma como as nações se integram. Unidades de Ensino

Conteúdo: 1. FUNDAMENTOS DA ECONOMIA

1.1 Elementos fundamentais do conhecimento econômico;

1.2 Nome e definição; 1.3 Objeto da economia; 1.4 Conceitos fundamentais;

2. EVOLUÇÃO DA ECONOMIA COMO CIÊNCIA

2.1 As primeiras manifestações econômicas; 2.2 O escambo; 2.3 As mercadorias moedas; 2.4 A criação do Papel Moeda;

2.5 A moeda escritural; 2.6 A crise de 1930

3. AS DIVISÕES DA CIÊNCIA ECONÔMICA

3.1 Macroeconomia; 3.2 Microeconomia.

4. PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DA RENDA 4.1 Conceito de produção;

4.2 Fatores de produção; 4.3 Conceito de renda e emprego; 4.4 Repartição da renda;

4.5 Salário, juros e lucro; 4.6 Imposto; 4.7 Produto Nacional e Contas Nacionais.

5. MERCADO, CONSUMO E CUSTO DE VIDA

5.1 A distribuição de renda no Brasil e na Bahia; 5.2 Oferta, procura e preços; 5.3 Câmbio; 5.4 Consumo;

5.5 Poupança e investimento. 6. O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

6.1 Autoridades Monetárias;

6.2 Instituições Financeiras; 7. POLÍTICAS MONETÁRIA, FISCAL, CAMBIAL E DE RENDAS 8. OS GRANDES DESAFIOS ECONÔMICOS DO MUNDO ATUAL

Proposta Metodológica:

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A superação do trabalho pedagógico na sala de aula exige o assumir de uma opção metodológica que ajude na

construção da interação professor/aluno como mediadores da elaboração/reelaboração do conhecimento, cuja expressão no contexto da graduação são os conteúdos curriculares. É preciso também, que busque estratégias educativas que possibilitem a intercomunicação e os diálogos como procedimentos de interlocução do processo

ensino e aprendizagem. São parâmetros para a produção acadêmica os aportes teóricos e metodológicos, como a criticidade, a construção e a criatividade. Nessa perspectiva, serão utilizadas técnicas pedagógicas variadas, tais como: exposição dialogada, estudo de caso, seminários, pesquisa de campo, painéis, discussões circulares, debates, estudo dirigido e atividades profissionais planejadas com roteiros de observação e outros.

- Atividades de Aprendizagem Teórico/Práticas: A avaliação é um processo amplo e complexo que requer formas diversificadas na sua realização. Perceber se a avaliação como algo inacabado e inesgotável, é concebê-las como contínua, construtiva, analítica e que

desemboca numa síntese provisória. Na dialeticidade do saber e fazer pedagógico serão realizadas as funções diagnóstica, formativas e somativa da avaliação, sempre na perspectiva do julgamento valorativo provisório. O que se pretende com a avaliação é que o aluno gradativamente adquira conhecimentos, atitudes e habilidades

necessárias para a formação do profissional – cidadão competente. Proposta de Avaliação do Processo Ensino e Aprendizagem 1º Bimestre:

• Avaliação oficial valorada em 7,0 pontos. • Avaliação parcial (equipe) valorada em 3,0 pontos. 2º Bimestre:

• Avaliação oficial valorada em 7,0 pontos. • Avaliação parcial (equipe) valorada em 3,0 pontos.

Média aritmética = notas do 1º bimestre somadas as notas do 2º bimestre dividido por 2 (dois).

Referências Básicas CARVALHO, Fernando J. Cardim de; et al. Economia monetária e financeira: teoria e política. 2. ed. Rio de Ja neiro: Elsevier, Campus, 2007. ROSSETTI, J. P. Introdução à economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2010. SINGER, Paul. Curso de introdução à

economia política. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002. PINHO, Diva Benevides(Org); VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de (Org). Manual de Economia. 6.ed. São Paulo: Saraiva, 2011. FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. Lições de Direito Econômico. 5.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012. NUSDEO, Fabio. Curso de economia: introdução ao direito econômico. 6.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012.

Referências Complementares CARNEIRO, Ricardo (Org.). Os clássicos da economia. São Paulo: Ática, 1997. JANSEN, Letácio. Introdução à Economia Jurídica. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003. NUSDEO, Fábio. Curso de economia: introdução ao direito

econômico. 6. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010. PINHO, Diva Benevides; SILVA, Adelphino Teixeira da. Iniciação à Economia. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2000. DERANI, Cristiane. Direito Ambiental econômico. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2008. BOARATI, Vanessa. Economia para o direito. Barueri: Manole, 2006. FARIA, José Eduardo. Direito e

globalização econômica: implicações e perspectivas. São Paulo: Malheiros, 2010. ALMEIDA, Luiz Carlos Barnabé de. Introdução ao Direito Econômico: conceitos de economia. Cuiabá-MT: EDUNIC, 2003. SOUZA, Nali de Jesus de. Economia básica. São Paulo: Atlas, 2009.

Periódicos Jornal Valor Econômico Outras Fontes de Pesquisas

Artigos e reportagens atualizadas

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MATERIAL DE APOIO COMPLEMENTAR

Disciplina: ECONOMIA CURSO: DIREITO – FACULDADE PITÁGORAS - TEIXEIRA DE FREITAS

Prof. Elias de Castro Amorim INTRODUÇÃO À ECONOMIA DIREITO II – 2/2012 PITÁGORAS AGOSTO/2012

II - INTRODUÇÃO

OS GRANDES DESAFIOS ECONÔMICOS DO MUNDO ATUAL

Cap. 7 – Introdução à Economia – José Paschoal Rossetti

“As questões econômicas globais e os grandes desafios para o futuro são de uma extensão não registrada pela história em épocas passadas. Seu equacionamento ou não equacionamento tem consequências de alto impacto – algumas delas não facilmente previsíveis. Há sociedades

opulentas, maciçamente ricas, mas desencantadas com a qualidade de vida que modelaram. “

“Mas há também, em elevado número, nações atrasadas que se encontram diante do torturante problema de não saber como aumentar seus recursos escassos para reduzir a miséria

generalizada, numa luta sem tréguas pela sobrevivência. De um lado e de outro nas sociedades opulentas e nas emergentes, os problemas existentes são de imensa gravidade. Diante deles, a

economia não reúne condições para, sozinha, encontrar todas as soluções. Todavia, ela poderá fornecer um pano de fundo indispensável para sua discussão inteligente e proveitosa.”

RICHARD T. GILL – Economics and the public interest

O mundo tem observado mudanças, crises, conflitos, avanços científicos e tecnológicos,

questões sociais e ambientais de difícil solução e, por consequência, novos desafios têm marcado o campo das ações humanas. As aceleradas mudanças tem se tornado mais intensas

nos últimos anos e naturalmente o estudo da economia recebe a cada dia um alto impacto decorrente das novas condicionantes vividas pela sociedade. As abordagens teóricas com novas

proposições políticas são consequências dos fatos econômicos apontados por Rossetti como sendo as principais causas dessas mudanças:

Page 9: Resumo Das Aulas - Economia

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1. O fim da confrontação ideológica radicalizada entre as superpotências; em

consequência, a revisão de valores dogmáticos, de velhos paradigmas e de matrizes dialéticas.

2. A formação de blocos econômicos, mercados comuns e zonas de livre comércio; consequentemente, a revisão do conceito de fronteiras econômicas e de soberania

nacional. Mais ainda: a dilatação da unidade de análise da macroeconomia convencional, da nação para os blocos de integração; e a transposição dos antigos conceitos de empresa nacionais e multinacionais, para o de empresa transnacional, global-localizada.

3. A consolidação de uma nova ordem competitiva, multipolarizada, com forte presença de economias industriais emergentes e de empresas globais; como consequência, no âmbito micro, a revisão conceitual das estruturas de mercado e a reavaliação da eficiência social de cada uma delas; no âmbito macro, a

reconsideração dos efeitos da abertura econômica sobre as novas condições de equilíbrio do produto agregado, do emprego e dos preços.

4. A globalização, vista como estágio avançado do processo de interdependência internacional, implicando fluxos reais e financeiros interfronteiras, de velocidade,

intensidade e magnitude crescentes; consequentemente, a revisão do papel regulatório das organizações multilaterais e a reconsideração da eficácia dos

mecanismos convencionais de política econômica adotados isoladamente pelas nações.

5. O rápido crescimento em número e em poder de influência, de organizações não

governamentais, sobrepondo-se ao governo em muitas de suas funções; em consequência, a revisão dos papéis das esferas pública e privada que, a médio e longo

prazo, estarão sendo compartilhados com os dessas novas organizações, embriões de uma nova estrutura de poder e de organização social.

6. A instalação da era pós-industrial, no sentido de a indústria de transformação deixar de ser geradora líquida de postos de trabalho; consequentemente, não é mais a

produção industrial que gerará mais emprego, mas seus produtos. Produtos de consumo gerados por indústrias como as de equipamentos de transporte e

eletroeletrônicos estão criando, em escala crescente, novos postos de trabalho “a jusante”. Estabelece-se então uma nova categoria de efeito multiplicador, resultante de novos padrões massivos de procura agregada por bens duráveis, que não faz parte do arsenal convencional da macroeconomia. O forte deslocamento setorial da força de trabalho, do primário-secundário para o terciário, é um dos sinais dessa

transformação impactante. 7. A revisão autocrítica do papel da empresa. Uma revisão que vai além da

reconsideração do lucro máximo como motivador dominante, até porque esta já está incorporada à nova microeconomia. A tendência vai mais fundo que esta revisão

formal: o “valor social” da empresa tende a sobrepor-se ao “valor econômico”. Os gestores responderão também à sociedade, não só aos acionistas-controladores.

Page 10: Resumo Das Aulas - Economia

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Uma geração atrás seria visionário quem imaginasse um “selo verde” sancionando a atividade produtiva; hoje, pode-se vislumbrar um passo além, o “selo social”.

Com essa moderna abordagem somada ao conteúdo teórico do estudo da Economia, estaremos

conduzindo o nosso campo de investigação da disciplina.

III. O QUE É ECONOMIA 3.1 Nome

Além da simples denominação Economia, a esta ciência foram propostas outras denominações mais antigas como:

CREMÁSTICA – do grego khrema – que significa riqueza - ciência da riqueza.

PLUTOLOGIA – do grego ploutos que significam riqueza. CATALÁTICA – que significa ciências das trocas.

ECONOMIA NACIONAL ECONOMIA SOCIAL

ECONÔMICA (com a desinência empregada em outras disciplinas como física, botânica, etc.

ECONOMIA POLÍTICA que incluiu o adjetivo política que se relaciona com o

estudo dos fatos que pertencem à ciência do governo de um país. Politicus, originariamente do latim, e remotamente do grego Polis que significa:

cidade, nação ou país.

Antoine de Montchrétien (1575-1621) acrescentou a palavra Política à expressão Economia, em seu célebre livro Traité de l´Économie Politique, no qual afirmou: “A ciência da aquisição da

riqueza é comum ao Estado e à família.”

Simplesmente ECONOMIA é a expressão mais usada. Tem origem na palavra grega OIKOS que significa casa, fortuna, riqueza, e na palavra NOMOS (também grega) que quer dizer lei, regra ou administração.

Oikos + nomos = economia

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3.2 Definição

“A atividade econômica se define a partir da interação de complexas variáveis. Dadas as

limitações do espaço geográfico e dos meios naturais, ela é influenciável por fatores antropológico-culturais, pelo ordenamento político, pelo progresso tecnológico e pelo

imprevisível comportamento dos diferentes grupos sociais de que se constituem as nações. Procurar compreender, em toda sua extensão, esses eixos de sustentação é a tarefa mais importante dos que se dedicam à economia”. DENISE FLOUZAT Économie

contemporaine (Rossetti,2006 p.29)

Segundo Adelfino Teixeira da Silva,

“Economia é a ciência que estuda as relações humanas denominadas econômicas, avaliáveis em moedas e tendo por fim um consumo.”

1. definições nominais (são as definições de palavras) 2. definições reais (são as definições das coisas)

► etimológica significa a administração da casa

► estudo relações humanas denominadas econômicas

Se desejamos desenvolvimento, usemos a economia e a técnica, mas

olhando para as pessoas. Elas são o centro de qualquer

projeto sustentável.

Page 12: Resumo Das Aulas - Economia

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Análise da definição de Economia: AGENTE ● homem

A CAUSA FINAL ● o consumo O MEIO ● as relações econômicas

DIFERENCIAL ● avaliáveis em moeda – dinheiro

CIÊNCIA → Forma um sistema lógico de conhecimentos sobre o seu objeto.

Encontrar uma definição abrangente sobre economia é uma tarefa que ainda não foi praticada.

Esta impossibilidade, segundo Rossetti, decorre da multiplicidade dos fatores condicionantes da atividade econômica e da complexa teia das relações sociais que envolvem o estudo.

Algumas outras definições que poderemos apresentar: . “A economia é o estudo da organização social através da qual os homens satisfazem

suas necessidades de bens e serviços escassos.” Umbreit . “A economia é, fundamentalmente, o estudo da escassez e dos problemas dela

decorrentes.” Stonier e Hague . “Escolher a melhor forma de empregar recursos escassos para obter benefícios

máximos: este é o problema básico de todas as sociedades economicamente organizadas.” Horsman

Fixação do conteúdo:

ELABORE O SEU PRÓPRIO CONCEITO DE ECONOMIA.

3.3. Objeto

O QUE A ECONOMIA ESTUDA ?

QUAL É O SEU CONTEÚDO ?

Page 13: Resumo Das Aulas - Economia

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RELAÇÕES HUMANAS CIÊNCIAS SOCIAIS

“Atividade humana denominada econômica”

A economia na visão de Alfred Marshall se ocupa em discutir a riqueza, a pobreza e o bem-estar da humanidade ou produção, distribuição, dispêndio e acumulação conforme destacado por

J.B.Say um dos mais destacados teóricos da economia clássica. Mas podemos apontar alguns temas relevantes que são discutidos em economia:

Escassez. A escassa disponibilidade de recursos para o processo produtivo. Sua

conformação. Seus custos. Sua exaustão ou capacidade de renovação.

Histórica ↔ História

Governamentais ↔ Política

Jurídicas ↔ Direito

Sociais ↔ Sociologia

Econômicas ↔ Economia

Religiosas ↔ Religião

Morais ↔ Moral

Estuda o comportamento humano. As ciências sociais são

aquelas que estudam o comportamento do homem dentro da

sociedade, onde ele pratica relações as mais diversas.

Históricas, governamentais, jurídicas, sociais, morais,

religiosas, econômicas, etc.

Page 14: Resumo Das Aulas - Economia

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Emprego. O emprego dos recursos. A ociosidade dos que se encontram disponíveis. O desemprego, suas causas e consequências.

Produção. O processo produtivo como categoria básica. Decorrências da produção: a

geração de renda, o dispêndio e a acumulação. A riqueza, a pobreza e o bem-estar.

Agentes. Como se comportam os agentes econômicos. Em que conflitos de interesse se envolvem. Quais suas funções típicas. Quais suas motivações.

Trocas. Fundamentos do sistema de trocas: divisão do trabalho, especialização, busca

por economias de escala. Eficiência comparativa dos sistemas de trocas em relação à autossuficiência.

Valor. Fundamentos do valor dos recursos e dos produtos deles decorrentes. Razões

objetivas e subjetivas que definem o valor. Moeda. Como e por que se deu seu aparecimento. Como evoluiu. Formas atuais e

futuras de moeda. Razões da variação de seu valor. Conseqüências das duas categorias básicas de variação do valor da moeda: inflação e a deflação.

Preços. Diferentes abordagens. Os preços como expressão monetária do valor. Como

resultado da interação de forças de oferta e de procura. Como orientadores para o emprego dos recursos. Como mecanismo de coordenação do processo econômico como um todo.

Mercados. Tipologia e características dos mercados. A procura e a oferta. Fatores determinantes. O equilíbrio, as funções e as imperfeições dos mercados.

Concorrências. Diferentes estruturas concorrenciais: da concorrência perfeita ao

monopólio. Impactos sociais de cada uma delas. Funções da concorrência. Razões para controle de suas imperfeições. Razões para sua preservação.

Remunerações. Tipologia e características das diferentes formas de remunerações pagas

aos recursos da produção. Os salários, os juros, as depreciações, os aluguéis, os royalties, o lucro. Natureza de cada uma dessas formas. Conflitos que decorrem de suas diferentes participações na renda da sociedade como um todo.

Agregados. Denominação dada às grandes categorias da Contabilidade Social, como o

Produto Interno Bruto e a Renda Nacional. Como medi-los. O que significam. Como empregá-los para aferir o desempenho da economia como um todo.

Transações. Categorias básicas: reais e financeiras. Abrangência: internas, de âmbito

nacional; externas, de âmbito internacional. Meios de pagamento envolvidos. Causas e conseqüências de desequilíbrios, notadamente no âmbito externo.

Page 15: Resumo Das Aulas - Economia

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Crescimento. A expansão da economia como um todo. Crescimento e desenvolvimento: diferenças conceituais. Crescimento e ciclos econômicos.

Equilíbrio. Como se estabelece o equilíbrio geral, estático e dinâmico do processo

econômico. Como e por que, a despeito da complexa teia das relações econômicas e dos decorrentes conflitos de interesse que a envolve, a ordem se sobrepõe ao caos. Quais os

mecanismos que dão sustentação ao processo econômico, para que siga seu curso, apesar da amplitude dos movimentos de alta e de baixa, de depressão e de expansão.

Organização. Formas alternativas, do ponto de vista institucional, para a organização

econômica da sociedade. Antagonismo entre o capitalismo liberal e o socialismo centralista. Matrizes ideológicas que os suportam. Padrões e desdobramentos das alternativas extremadas. Objetivos e resultados.

Objeto

3.4. ESCASSEZ

(TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO INTRODUÇÃO À ECONOMIA – AUTOR: JUAREZ ALEXANDRE BALDINI RIZZIERI) Em Economia tudo se resume a uma restrição quase física – a lei da escassez, isto é, produzir o máximo de bens e serviços com os recursos escassos disponíveis a cada sociedade.

Se uma quantidade infinita de cada bem pudesse ser produzida, se os desejos humanos pudessem ser completamente satisfeitos, não importaria que uma quantidade excessiva de certo

bem fosse de fato produzida. Nem importaria que os recursos disponíveis, trabalho, terra e capital (este deve ser entendido como máquinas, edifícios, matérias-primas, entre outros),

fossem combinados irracionalmente para a produção de bens. Não havendo o problema da escassez, não faz sentido falar em desperdício ou em uso irracional dos recursos, e na realidade

só existiriam os “bens livres”. Bastaria fazer um pedido e, pronto, um carro apareceria de graça. Na realidade, a escassez dos recursos disponíveis acaba por gerar a escassez dos bens –

chamados bens econômicos. Por exemplo, as jazidas de minério de ferro são abundantes,

porém, o minério pré-usinável, as chapas de aço e finalmente o automóvel são bens econômicos escassos. Logo, o conceito de escassez econômica deve ser entendido como a situação gerada

pela razão de produzir bens com recursos limitados, a fim de satisfazer as ilimitadas necessidades humanas. Todavia, somente existirá escassez se houver uma demanda para a

aquisição do bem. Por exemplo, o hino nacional escrito na cabeça de um alfinete é um bem raro, mas não é escasso, porque não existe uma demanda para sua aquisição.

Economia tem por objeto o estudo de certos aspectos do comportamento humano, ou seja, estuda a atividade humana denominada econômica.

Page 16: Resumo Das Aulas - Economia

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Poder-se-ia perguntar: por que são os bens procurados (desejados)? A resposta é relativamente simples: um bem é demandado porque é útil. Por utilidade entende-se a capacidade que tem um bem de satisfazer uma necessidade humana. Dessa última definição, resta-nos conceituar o que são bem e necessidade humana.

Bem é tudo aquilo capaz de atender uma necessidade humana. Eles podem ser: materiais – pois podem se atribuir-lhes características físicas de peso, forma e dimensão. Por exemplo,

automóvel, moeda, borracha, café, relógio; imateriais – são os de caráter abstrato, tais como a aula ministrada, a hospedagem prestada, a vigilância do guarda-noturno (em geral todos os serviços prestados são bens imateriais, ou seja, se acabam quase simultaneamente à sua produção). O conceito de necessidade humana é concreto, neutro e subjetivo, porém, para não se omitir da questão, definir-se-á “necessidade humana” como qualquer manifestação de desejo que envolva a escolha de um bem econômico capaz de contribuir para a sobrevivência ou para a realização social do indivíduo. Assim sendo, ao economista interessa a existência das

necessidades humanas a serem satisfeitas com bens econômicos, e não a validade filosófica das necessidades.

Para perceber a dificuldade da questão, é melhor exemplificar: a carne-seca pode ser uma necessidade para os menos favorecidos e não o ser para os mais favorecidos; para os menos, um

carro pode não ser uma necessidade, porém, para os de classe média já o é; para os mais favorecidos, a construção de uma mansão pode ser uma necessidade, ao passo que pode não o

ser para os de renda média. O fato concreto é que no mundo de hoje todos desejam e pensam que necessitam de geladeiras, esgotos, carros, televisão, rádios, educação, cinemas, livros, roupas, cigarros,

relógios. As ilimitadas necessidades já se expandem para fora da esfera biológica da sobrevivência. Poder-se-ia pensar que o suprimento dos bens destinados a atender às

necessidades biológicas das sociedades modernas seja um problema solucionado e com ele também o problema da escassez. Todavia, numa contra-argumentação dois problemas surgem:

o primeiro é que essas necessidades renovam-se dia a dia e exigem contínuo suprimento dos bens a atendê-las; o segundo é a constante criação de novos desejos e necessidades, motivadas

pela perspectiva que se abre a todos os povos, de sempre aumentarem o nível do padrão de vida. Da noção biológica, devemos evidentemente passar à noção psicológica da necessidade,

observando que a saturação das necessidades, e, sobretudo, dos desejos humanos, está muito longe de ser alcançada, mesmo nas economias altamente desenvolvidas de nossa época. Conseqüentemente, também o problema da escassez se renova. Explicando o sentido econômico de escassez e necessidade, torna-se fácil entender que “Economia é a ciência social que se ocupa da administração dos recursos escassos entre usos

alternativos e fins competitivos”, ou que “Economia é o estudo da organização social, pela qual os homens satisfazem suas necessidades de bens e serviços escassos”.

As definições trazem de forma explícita que o objeto da ciência econômica é o estudo da escassez e que ela se classifica entre as ciências sociais.

UTILIDADE: É A CAPACIDADE QUE TEM UM BEM DE SATISFAZER UMA NECESSIDADE HUMANA.

Page 17: Resumo Das Aulas - Economia

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BEM: É TUDO AQUILO CAPAZ DE ATENDER UMA NECESSIDADE HUMANA. PODEM SER MATERIAIS OU IMATERIAIS.

Bens Econômicos São coisas que satisfazem as necessidades humanas. Sua principal característica é que podem ser destinado ao consumo. Riqueza

É o conjunto de bens e serviços destinados ao consumo. Hoje, quase não se usa a palavra riqueza, dando-se preferência às expressões bens (ou mercadorias) e serviços de consumo,

exceto quando se diz que o Produto Interno Bruto (PIB) de um país é a soma da riqueza produzida em um ano.

Apenas os serviços quando não são destinados ao consumo, ou seja, quando não são remunerados é que estão livres do conceito de produção. Portanto, produção são a exemplo os serviços médicos, serviços mecânicos, cinematográficos, de educação, etc. Serviços não remunerados como a colcha de lã feita pela vovó para uso da família, consertos feitos pelo proprietário da moradia, serviços prestados aos amigos, passatempos como música, pintura, etc. não são incluídos na produção pois não tem preço. Logo,

ECONOMIA: É UMA CIÊNCIA SOCIAL QUE ESTUDA A ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS

ESCASSOS ENTRE USOS ALTERNATIVOS E FINS COMPETITIVOS”.

3.5 Divisão da Economia

A Economia se divide em dois ramos principais, ou seja, a economia pode ser observada por dois ângulos diferentes. Um o da microeconomia e outro o da macroeconomia.

A Análise Microeconômica, também chamada Teoria dos Preços, trata dos consumidores e dos

produtores de maneira individual. Quer dizer, é o estudo da economia focalizando o indivíduo, as famílias consumidoras ou as empresas.

A Análise Macroeconômica trata do estudo da economia de forma global, com enfoque na

totalidade dos indivíduos, isto é, dos consumidores e das empresas.

Também podemos tratar a econometria como um ramo da economia no qual se faz a

combinação entre a estatística e o estudo das ciências econômicas.

Page 18: Resumo Das Aulas - Economia

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3.6 A Economia como Ciência Social

Segundo Rossetti, as ciências sociais é uma das mais abrangentes categorias do conhecimento humano, e é neste ramo científico onde o estudo dos aspectos econômicos se situa.

Condições da prosperidade material, acumulação da riqueza e distribuição da renda aos que participaram do esforço social de produção é, numa afirmação genérica, onde a economia tem o seu enfoque.

As Ciências do Comportamento como também são caracterizadas as ciências humanas se subdividem em diversos outros ramos como a pedagogia ou ciência da educação, a sociologia, a psicologia, o direito, a antropologia, etc.

“O estudo da economia implica a abertura de suas fronteiras às demais áreas das ciências

humanas”. Esta abertura se dá em dupla direção, assumindo assim caráter biunívoco. E vai ainda além, abrindo suas fronteiras à filosofia e à ética; à história e às diferentes manifestações

da religião; à tecnologia e aos variados ramos que atualmente se ocupam do estudo do meio ambiente.

“Os economistas não tem seu trabalho limitado pelas idéias formais de uma única disciplina. As filosofias políticas e os princípios éticos e que subordinam seus valores, suas vidas e a

variada gama de suas percepções procuram explicar muitas coisas que ultrapassam a lógica explícita de seu trabalho profissional.” Leonard Silk.

Ainda como base o texto de José Paschoal Rossetti, ele afirma que: “Segundo esta concepção (o

caráter biunívoco da economia), os conflitos relacionados aos processos de produção, de acumulação da riqueza, de repartição, de difusão do bem-estar e da plena realização do bem-

comum não se limitam às soluções encontradas na área econômica. Também não se encontram, isoladamente, em quaisquer outros ramos das ciências sociais ou em outros compartimentos do

conhecimento humano. Cada um dos módulos do conhecimento humano, social ou experimental, não passa de uma fração de um todo maior, constituído por subconjuntos interdependentes, de soma unitária”.

3.7 A Construção do Conhecimento Econômico

São estreitos os laços entre a economia, filosofia, a política e a ética. Porém, em economia a

acepção ideológica se confunde com a o próprio conhecimento científico, o que reforça as relações biunívocas desta ciência do pensamento econômico.

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Rossetti afirma que: “Da informação à consciência, do entendimento à inteligência, da prática aos ensaios experimentais, o senso comum vai dando lugar à ciência, com o suceder das gerações”.

Em economia o homem avança no conhecimento científico somando o senso comum e a ideologia, utilizando a superficialidade dos acontecimentos, o partidarismo e o posicionamento

do homem em relação ao mundo, somados à coerência, consistência e objetividade da ciência, na construção do estudo do conhecimento econômico. Teoria pode ser entendida como um conjunto de idéias sobre a realidade, sempre analisadas de forma interdependente. Dessa maneira, o aluno não deve, desde o início de sua formação científica, ignorar que toda teoria tem caráter ideológico, isto é, a predominância de um conjunto de idéias de como as coisas são e se comportam.

As definições dizem respeito ao significado dos termos (idéias) da teoria; argumentos referem-se às condições nas quais a teoria se sustenta; e hipóteses são conjecturas relativas à maneira

como as coisas da realidade se comportam.

Modelos é a representação das principais características dos componentes de uma teoria, por exemplo, a poupança depende da renda e o investimento da taxa de juros, porém é com o

equilíbrio de ambos que a própria renda se equilibra. Os métodos científicos caracterizam-se pelo raciocínio lógico e são classificados em:

Indutivo: método que parte dos fatos específicos para chegar a conclusões gerais. Aprende-se

com a experiência do dia-a-dia. Exemplo: o aumento de tributos reduz a renda disponível e, logo, a demanda, o que por sua vez ajuda a frear a inflação.

Dedutivo: método que parte das conclusões gerais para explicar o particular. Exemplo: empresa

capitalista maximiza lucro, e como a Ford é uma empresa capitalista, maximiza lucro. Tal conclusão pode ser válida, mas não necessariamente verdadeira.

3.8 Da Atividade Profissional

A atividade profissional privativa do economista exercita-se, liberalmente ou não por estudos, pesquisas, análises, relatórios, pareceres, perícias, arbitragens, laudos, esquemas ou certificados sobre os assuntos compreendidos no seu campo profissional, inclusive por meio de planejamento, implantação, orientação, supervisão ou assistência dos trabalhos relativos às atividades econômicas ou financeiras, em empreendimentos públicos privados ou mistos, ou por

quaisquer outros meios que objetivem técnica ou cientificamente, o aumento ou a conservação do rendimento econômico. Art. 3 - Lei n.º 1.411, de 13 de agosto de 1951

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Os órgãos responsáveis pela organização, controle e fiscalização da profissão, são os Conselhos Regionais de Economia – CORECON e o Conselho Federal de Economia – COFECON. Dentre as atividades práticas exercidas atualmente pelos profissionais da economia, enumeramos as seguintes:

Estudo de Viabilidade Econômica

O Economista verifica se a elaboração de determinado projeto é ou não viável, e assina como técnico responsável pelo projeto.

Economia de Empresas

Nas empresas, o Economista pode desenvolver estudos e análises em duas áreas:

macroeconomia (aspectos gerais da economia que afetam a empresa) e microeconomia (questões específicas da empresa).

Orientação Financeira

Ao Economista compete observar as perspectivas de mercado, tanto de produtos quanto de serviços. Uma de suas funções neste setor é averiguar os investimentos mais rentáveis bem com

os tipos de aplicações indicada para cada negócio ou empresa.

Mercado Financeiro

O Economista atua em bancos, corretoras, seguros, bolsa de valores, distribuidores e no setor

financeiro das empresas.

Consultoria e Assessoria

O Economista presta assessoria e consultoria em gestão e análise econômica, planejamento estratégico, estudos e pesquisas de mercado, projetos e organização.

Assessoria de Projetos

Análises de competitividade, oportunidades, definição de custos e preços, são algumas das atividades da assessoria dos economistas neste setor.

Infraestrutura

Implantar, expandir, melhorar e modernizar a infraestrutura econômica e social de uma determinada área geográfica compete a este profissional.

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Comércio Exterior

Com uma visão da globalização pela qual passa hoje a economia mundial, o Economista está apto a atender aos pré-requisitos para o exercício desta atividade. O profissional nesta área

trabalha tanto para o governo quanto para empresas privadas, como exportadoras, bancos, indústrias, dentre outras.

Elaboração de Estudos Mercadológicos

Ao Economista compete elaborar estudos de mercado e de comercialização.

Orçamentos

Em nível de governo, o trabalho do economista consiste em elaborar, executar e fazer o

acompanhamento físico e financeiro do orçamento. Ele acompanha ainda a elaboração do Plano Plurianual de Investimentos (OPI), a Lei Orçamentária (LO), a Lei de Diretrizes Orçamentárias

(LDO) e o Plano Anual de Trabalho (PAT). O orçamento empresarial também faz parte do setor de atuação do economista.

Professor

Os Economistas estão aptos a lecionar disciplinas na área econômico-financeira, relativas à sua formação curricular do curso de graduação ou de pós-graduação.

Perícia

O Economista está gabaritado a fazer perícia, ou seja, constatar minuciosamente a natureza

técnico-científica dos fatos e operar as prováveis causas que deram origem às questões de natureza econômica ou financeira.

Arbitragem

Na arbitragem ou arbitramento, o profissional de Economia indica a solução que possibilita resolver controvérsias de natureza econômica ou conflitos de qualquer ordem que envolva bens patrimoniais disponíveis. Com a arbitragem, que é um mecanismo alternativo à Justiça, o economista pode solucionar impasses a um custo reduzido e de forma bem menos burocrática

do que o sistema judiciário estatal.

Setor Público

A necessidade no setor público é que o profissional em economia atue sempre com a visão macroeconômica. Este setor é onde concentra grande parte dos Economistas.

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Análise de Conjuntura Econômica e Pesquisas

Este campo de atuação que é desenvolvido pelo Economista, aborda os grandes agregados econômicos que explicam o funcionamento da economia, seus cenários e suas tendências.

Entidades Sociais

Neste setor, o Economista pode atuar em sindicatos, associações, federações, confederações, conselhos, fundações dentre outras entidades, tanto de empregados como de empregadores.

Recálculo de Contratos

A necessidade de se contratar um profissional com esta especialidade aumentou,

principalmente nos últimos anos após a implantação do Plano Real. Os altos juros praticados na

economia e o sistema bancário criaram diversos tipos de taxas, seja nos contratos de financiamento ou de empréstimos. É aí que entra o Economista, com a função de analisar os

contratos, em decorrência dos fatos financeiros que passaram a gerar maiores divergências entre as partes.

Estudo e Orientação de Viabilidade Econômica de Novas Empresas

Neste trabalho, o Economista faz o planejamento e a reestruturação organizacional, desenvolvimento empresarial de financiamentos, pareceres técnico-judiciais, estudos de viabilidade econômico-financeira e de projetos.

Desenvolvimento e Planejamento Econômico

O Economista estabelece objetivos e metas de crescimento econômico para provocar o desenvolvimento sócio-econômico. Este é um processo de longo prazo, e que geram mudanças

estruturais nos campos econômicos, sociais e político. O profissional, além de dar enfoque econômico, preocupa-se com os aspectos qualitativos em busca da melhoria do padrão de vida da população.

Elaboração de Projetos

A função do economista neste setor consiste em elaborar projetos visando obter recursos para

ser amortizado a médio e longo prazo junto a entidades financeiras nacionais e estrangeiras.

Economia do Meio Ambiente e dos Recursos/Economia Ecológica

Esta é uma área nova, mas em ascensão, na medida em que o meio ambiente, modernamente, é um bem econômico, e ao mesmo tempo um bem público. Conseqüentemente, as políticas

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públicas referentes à poluição e aos recursos naturais, até agora baseadas exclusivamente em normas jurídicas, irão incorporando cada vez mais o instrumental econômico, tal como ocorre no mundo desenvolvido.

IV- A CRIAÇÃO DO PAPEL-MOEDA, DOS BANCOS E AS CRISES MONETÁRIAS “A moeda – uma das invenções verdadeiramente grandes do homem – constitui o mais fascinante e um dos mais cruciais elementos da Ciência Econômica”. A moeda enfeitiça, é um enigma que cativa. É muito mais do que um componente passivo da organização econômica.

Quando aplicada adequadamente, é a moeda que impulsiona os fluxos da produção e da renda,

existentes em todas as economias. Um sistema monetário bem conduzido pode levar ao pleno emprego. Mas, quando mal dirigido, pode conduzir a graves flutuações e mesmo à total destruição da ordem econômica.”

Elementary Economics CAMPBELL R. McCONNELL

►Tanto a moeda como o crédito são considerados instituições sociais, isto é, criações da sociedade para facilitar a vida em comum.

►A palavra moeda deriva do latim, leva o nome da deusa Juno Moneta em cujo templo se

fabricava as moedas romanas.

►Dinheiro é sinônimo de moeda – deriva de uma das moedas romana chamada denário. ►A partir do século XV, especialmente no século XVIII, as relações econômicas mundiais se transformam facilitadas pela migração para as cidades onde as famílias consomem e intensificam as suas relações. ►A produção urbana é derivada da mão de obra assalariada e da criação de indústrias manufatureiras.

►A Europa reflete profundas mudanças na seqüência do século XV pela intensificação

comercial que, conseqüentemente, trazem o papel-moeda como instrumento prático, inteligente e lucrativo para o novo estilo de vida.

Page 24: Resumo Das Aulas - Economia

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►O transporte de metais preciosos como ouro e prata, paulatinamente, é substituído pelos certificados de depósito garantidos pelos ourives de elevada reputação e confiabilidade à época.

►Surgem as primeiras instituições bancárias como a Casa de San Giorgio, em Gênova, quando o Brasil ainda estava por ser descoberto.

►Logo, as instituições de crédito começavam a lançar as “moedas fiduciárias” palavra que deriva do latim fidúcia, “confiança”, em quantidade maior que o lastro que aqueles títulos permitiam. ►Surgiam as primeiras crises financeiras geradas pela imprudência dos emitentes de títulos. Novas normas para impor a aceitação do papel-moeda como meio de pagamento, o que promoveu a generalização das notas como forma de pagamento. O primeiro banco francês,

Banque Genérale, que detinha os depósitos das rendas do governo, foi à bancarrota em 1720.

►O sistema monetário começava a se transformar em um sistema complexo e variável. No Brasil do século XVIII circulava papel-moeda lastreado em diamantes e ouro. Em 1810 o Banco

do Brasil emitiu os bilhetes que 25 anos após foram substituídos pelos papeis emitidos pelo Tesouro Nacional.

►Em 1929 ocorre o fenômeno do crash da bolsa de Nova Iorque. O índice Dow-Jones registrou uma queda de 90% do valor nominal dos papeis, que a seguir foi acompanhado de um período

de forte depressão econômica naquele país, gerando falência de empresas, bancos, fábricas, etc.

►Em 1987 outro crash foi ocasionado na bolsa novaiorquina, porém, com a interferência

imediata do Federal Reserve. O pânico de vendas de ações foi dominado e o efeito nada devastador.

4.1 A Complexidade do Sistema Financeiro Nacional

►As ciências econômicas tratam de estudos cada vez mais complexos como a sua própria evolução. Vejamos como é formado o sistema financeiro nacional.

►As autoridades monetárias são: Conselho Monetário Nacional e o Banco Central do Brasil.

►As autoridades de apoio são a Comissão de Valores Mobiliários, o Banco do Brasil, o BNDES a CEF, o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional as instituições financeiras e

auxiliares do mercado financeiro, os Bancos Comerciais e Múltiplos, Bancos Regionais de Desenvolvimento, os Bancos Cooperativos e as Cooperativas de Créditos, o Sistema Brasileiro de

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Poupança e Empréstimo, as Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento, as Agências de Fomento, Companhias Hipotecárias, Bolsas de Valores, Bolsas de Mercadorias e Futuro, Corretoras e Distribuidoras de Valores Mobiliários, Sociedades de Investimentos, Fundos de Investimentos, os Clubes de Investimentos, as Empresas de Factoring, as Administradoras de

Cartões de Crédito e Consórcios, Entidades Abertas de Previdência Complementar, SELIC, o SISBACEN, O COPOM e outros.

►Este complexo sistema é mantido por políticas, monetária, fiscal, cambial e de rendas, gerida por uma dinâmica de mercado que envolve recolhimento de tributos federais, reservas bancárias administrada pelo Banco Central, o mercado primário e secundário de títulos públicos federais, open market, operações do sistema especial de liquidação e custódia - selic, certificado de depósito interbancário – CDI, etc. ►O papel-moeda, no momento, passa por uma nova fase. Temos em circulação o “Dinheiro de

Plástico” que são os Cartões Magnéticos, Cartões de Débito (Private Labels), Cartões de Crédito, Cartões Inteligentes, Cartões Virtuais, Cartões de Afinidade (parceria com organizações não

lucrativas), Cartões C-Branded (parceria com empresas) e o Cartão de Valor Agregado.

►Poderíamos, os profissionais das ciências humanas nos dias de hoje, alcançar sucesso profissional sem o conhecimento técnico oferecido pelo estudo da Economia Política?

►A relação do conhecimento da Economia Política com o Direito, decorre da própria evolução contemporânea do pensamento econômico e da abordagem jurídica moderna. O ensino

multidisciplinar exige conhecimentos básicos das técnicas macroeconômicas para uma simples análise das ações que envolvam a ordem jurídica e institucional.

►Assim procedendo, o profissional do Direito poderá perceber o universo real que gira em

conseqüência das ações político-econômicas que provocam resultados diretos sobre as decisões judiciais. O ordenamento jurídico fundamenta-se em variáveis diretas sobre a renda, consumo e

direitos que envolvam as políticas do Estado.

►Por que as empresas com altos investimentos no sul da Bahia não conseguem ocupar seu quadro com pessoal formado na própria região? ►Por que a renda per capita do nordeste é bem inferior à paulistana?

►Até quando haverá geração de emprego e renda em nossa região?

►O processo de privatização de empresas nacionais pelo governo Fernando Henrique Cardoso trouxe benefícios para a economia nacional?

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►O desempenho positivo da balança comercial brasileira e a baixa cotação do dólar demonstram que o governo Lula tem conquistado o que há de melhor para o Brasil? ►Por que o nosso salário quase sempre não supre as nossas mínimas necessidades?

►São alguns curtos exemplos de problemas econômicos que os diferentes ramos do

conhecimento das ciências sociais colaboram na investigação, abordagem e solução dos defeitos deste mundo globalizado, que certamente cumprirão êxito quando auxiliado por uma justiça abrangente e prioritariamente ética.

O que se entende por moeda escritural?

Qual a origem da palavra moeda?

Quais as políticas utilizadas pelo governo no controle da economia?

V – FATORES DA PRODUÇÃO

No estudo clássico da economia são três os fatores de produção:

1. A TERRA

2. O TRABALHO 3. O CAPITAL

A terra e o trabalho são originários, enquanto o capital é derivado.

A maioria das coisas que são utilizadas para satisfação de nossas necessidades se encontram no

planeta terra. Portanto a terra constitui o primeiro fator de produção.

Na terra encontramos muitas ofertas imediatamente aproveitáveis, tais como frutas, peixes etc. Porém torna-se necessário, colher, pescar, enfim, dispender algum esforço, o que não deixa de ser um trabalho.

Trabalho segundo Aurélio é: Atividade humana, realizada ou não com auxílio de máquinas, e

destinada à produção de bens e serviços.

Em economia, trabalho diz respeito ao trabalho da pessoa humana, e não ao trabalho de máquinas ou animais.

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Portanto, o homem é o agente da produção e o seu trabalho constitui o segundo fator de produção.

O homem, desde os seus primórdios, verificou que alguns instrumentos poderiam auxiliá -los na obtenção de outras coisas de consumo imediato. Assim começou a usar o machado de pedra, o arco e flecha, etc.

Assim se identificou o capital. O terceiro fator de produção.

Geralmente o capital, do ponto de vista econômico, é representado pelas máquinas, ferramentas, matérias-primas, edifícios industriais, usinas, etc.

O dinheiro (ou crédito), também são considerados como capital, mas apenas do ponto de vista financeiro, representando a fonte do financiamento para a compra deste terceiro bem de produção.

Logo, produzir, só é possível com a combinação destes fatores de produção.

Mais tarde, surgiu com vários outros autores, a empresa, como quarto fator de produção, onde representa a organização econômica com a finalidade de reunir ou combinar os fatores

tradicionais.

Em resumo e em outras palavras, são fatores de produção:

MATÉRIA PRIMA → A TERRA

MÃO DE OBRA → O TRABALHO

EQUIPAMENTOS EM GERAL → O CAPITAL

As máquinas e os animais significam outro

fator da produção, o capital.

Portanto, capital são os bens que não se destinam à imediata

satisfação das necessidades humanas (consumo), são bens que facilitam a produção de utilidades econômicas.”

Page 28: Resumo Das Aulas - Economia

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Para Hicks e outros autores, existem apenas dois fatores de produção: o capital e o trabalho. Logo: Fatores de Produção = Trabalho + Capital

John Richard Hicks Premio Nobel de Economia em 1972, na edição portuguesa de seu

livro Introdução ao Estudo da Economia diz que:

“No desenvolvimento do pensamento econômico houve uma fase em que a inclusão da produção dos serviços diretos remunerados não era aceita mesmo pelos economistas. Adam Smith limitou o termo trabalho produtivo àquele trabalho destinado à produção de bens materiais; numa passagem famosa do seu livro, apresentou uma lista de profissões consideradas improdutivas e, começando com os serviços domésticos, afirmou: Os soberanos, por exemplo, com todos os funcionários, quer das forças armadas, quer da justiça, que o servem, a marinha e o exército, constituem trabalhadores improdutivos. Do mesmo modo se devem considerar algumas profissões

mais sérias e importantes e algumas das mais frívolas: padres, advogados, físicos, literatos de todas as espécies, jogadores, palhaços, músicos, bailarinos, etc.”.

VI – ECONOMIA MONETÁRIA

6.1 Notas Introdutórias

A moeda possui as funções básicas de ser, ao mesmo tempo, um intermediário de

trocas; um denominador comum de preços (unidade de medida) e reserva de valor.

Segundo o conceito tradicional sua oferta é dada pela disponibilidade de ativos financeiros de liquidez imediata, os chamados meios de pagamento. Esses ativos de

liquidez imediata seriam o papel-moeda em poder do público (moeda manual) e os depósitos a vista do público nos bancos comerciais (moeda escritural).

Os depósitos a vista do público nos bancos comerciais geram condições, através da

emissão de cheques, que vários agentes econômicos comprem produtos e serviços com uma mesma quantidade inicial de moeda.

Esse uso generalizado de moeda escritural é a origem do "processo multiplicador", que eleva os meios de pagamento. A moeda injetada no sistema econômico por decisão da

autoridade monetária tende a se transformar em depósitos bancários. Enquanto parcelas de tais depósitos se tornam empréstimos dos bancos a terceiros, que retornam

tais recursos ao sistema bancário por meio de novos depósitos, que se tornarão novos empréstimos...

Page 29: Resumo Das Aulas - Economia

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Uma parcela dos meios de pagamento será mantida sob forma de papel-moeda nas mãos do público. Outra parte será levada à condição de moeda escritural, por meio de depósitos a vista nos bancos comerciais.

Dos depósitos a vista retiram-se dois encaixes. Um técnico ou voluntário (r1) que deve satisfazer às operações diárias dos bancos, e um compulsório (r2) recolhido ao Banco

Central como forma de se controlar o efeito multiplicador.

6.2 - Demanda de moeda

A demanda de moeda ocorre por três motivos básicos:

a) Transação: representa a guarda de moeda para se fazer em face de pagamentos, dado que os pagamentos e recebimentos não são perfeitamente sincronizados.

b) Precaução: é a guarda de moeda para cobrir gastos imprevistos.

c) Especulação: a moeda é considerada também como reserva de valor e não apenas

meio de troca. Por isso, não seria estranho que os agentes econômicos guardassem moeda ociosa, na expectativa de mudanças na taxa de juros de mercado e, assim, aplicá -

la melhor no futuro.

VII - INFLAÇÃO

7.1 Conceito

Inflação é o contínuo, persistente e generalizado aumento de preços. Consideramos quatro tipos principais:

a) Inflação de demanda: refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à

produção disponível de bens e serviços na economia. É causada pelo crescimento dos meios de pagamento, que não é acompanhado pelo crescimento da produção. Ocorre apenas quando a economia está próxima do pleno-emprego, ou seja, não pode aumentar substancialmente a oferta de bens e serviços em curto prazo.

b) Inflação de custos: tem suas causas nas condições de oferta de bens e serviços na economia. O nível da demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos fatores

importantes aumentam, levando à retração da oferta e provocando um aumento dos preços de mercado.

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c) Inflação inercial: é a aquela em que a inflação presente é uma função da inflação passada. Deve-se à inércia inflacionária, que é a resistência que os preços de uma economia oferecem às políticas de estabilização que atacam as causa primárias da inflação. Seu grande vilão é a "indexação", que é o reajuste do valor das parcelas de

contratos pela inflação do período passado.

d) Inflação estrutural: a corrente estruturalista supunha que a inflação em países em vias de desenvolvimento é essencialmente causada por pressões de custos, derivados de questões estruturais como a agrícola e a de comércio internacional.

VIII – POLÍTICA FISCAL

Política Fiscal é a manipulação dos tributos e dos gastos do governo para regular a atividade econômica. Ela é usada para neutralizar as tendências à depressão e à inflação.

a) Política Fiscal Expansiva: é usada quando há uma insuficiência de demanda agregada

em relação à produção de pleno - emprego. Isto acarretaria o chamado "hiato deflacionário", onde estoques excessivos se formariam, levando empresas a reduzir a

produção e seus quadros de funcionários, aumentando o desemprego. As medidas nesse caso seriam:

. Aumento dos gastos públicos;

Diminuição da carga tributária, estimulando despesas de consumo e investimentos;

Estímulos às exportações, elevando a demanda externa dos produtos;

Tarifas e barreiras às importações, beneficiando a produção nacional.

b) Política Fiscal Restritiva: é usada quando a demanda agregada supera a capacidade produtiva da economia, no chamado "hiato inflacionário", onde os estoques

desaparecem e os preços sobem. As medidas seriam: . Diminuição dos gastos públicos;

Elevação da carga tributária sobre os bens de consumo, desencorajando esses gastos;

Elevação das importações, por meio da redução de tarifas e barreiras.

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IX – POLÍTICA MONETÁRIA

a) Política Monetária representa a atuação das autoridades monetárias, por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósito de se controlar a liquidez

global do sistema econômico. Recolhimento compulsório: consiste na custódia, pelo Banco Central, de parcela dos depósitos recebidos do público pelos bancos comerciais.

Esse instrumento é ativo, pois atua diretamente sobre o nível de reservas bancárias, reduzindo o efeito multiplicador e, consequentemente, a liquidez da economia.

- Assistência Financeira de liquidez: o Banco Central empresta dinheiro aos bancos comerciais, sob determinado prazo e taxa de pagamento. Quando esse prazo é reduzido e a taxa de juros do empréstimo é aumentada, a taxa de juros da própria economia aumenta, causando uma diminuição na liquidez.

- Venda de Títulos públicos: quando o Banco Central vende títulos públicos ele retira moeda da economia, que é trocada pelos títulos. Desta forma há uma contração

dos meios de pagamento e da liquidez da economia.

b) Política Monetária Expansiva: é formada por medidas que tendem a acelerar a quantidade de moeda e a baratear os empréstimos (baixar as taxas de juros). Incidirá

positivamente sobre a demanda agregada. Instrumentos:

- Diminuição do recolhimento compulsório: o Banco Central diminui os valores que

toma em custódia dos bancos comerciais, possibilitando um aumento do efeito multiplicador, e da liquidez da economia como um todo.

- Assistência Financeira de Liquidez: o Banco Central, ao emprestar dinheiro aos

bancos comerciais, aumenta o prazo do pagamento e diminui a taxa de juros. Essas medidas ajudam a diminuir a taxa de juros da economia, e a aumentar a liquidez.

- Compra de títulos públicos: quando o Banco Central compra títulos públicos há

uma expansão dos meios de pagamento, que é a moeda dada em troca dos títulos. Com isso, ocorre uma redução na taxa de juros e um aumento da liquidez.

X – INTRODUÇÃO À ECONOMIA INTERNACIONAL

10.1 Taxa de câmbio

É a relação entre o valor de duas unidades monetárias, indicando o preço em termos

monetários nacionais da divisa estrangeira correspondente.

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10.2 Balanço de Pagamentos É o registro contábil de todas as transações econômicas - financeiras de um país com outros do mundo. Compreende duas contas principais: a conta corrente (movimento de

mercadorias e serviços) e o movimento de capitais (deslocamento de moeda, créditos e títulos representativos de investimentos). É feito pelo Banco Central, uma vez que este é

o órgão responsável por gerir as reservas do país, sendo apresentada anualmente.

Estrutura de um Balanço de Pagamentos

1 - Balança Comercial (A – B) A – Exportações

B – Importações

2 - Balança de Serviços

Fretes Seguros

Viagens internacionais Royalties

Remessa de lucros Juros Outros serviços 3 - Transferências Unilaterais 4 - Transações correntes ( 1 + 2 + 3 ) 5 - Movimento de Capitais: amortizações/investimentos/empréstimos/ Outros

6 - Erros e omissões 7 - Saldo do Balanço ( 4 + 5 + 6 )

O saldo do Balanço de Pagamentos em transações correntes indica se o país exporta ou se ele importa capitais. O saldo positivo indica exportação, o negativo indica importação.

O Balanço de Pagamentos pode ser superavitário, deficitário ou equilibrado. Quando

superavitário a quantidade de divisas que entraram durante o ano foram superiores à quantidade que saiu, aumentando as reservas do país. Quando deficitário ocorre o

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inverso, e quando equilibrado a quantidade de divisas que saíram é igual as que entraram, mantendo o nível de reservas do país estável.

O ajuste do Balanço de Pagamentos se dá por desvalorizações reais da taxa de câmbio;

redução do nível de atividade econômica (ajuste antieconômico); restrições tarifárias às importações; subsídios às exportações; aumento da taxa interna de juros e controle da

saída de capitais e rendimentos para o exterior.

XI – PRODUTO NACIONAL BRUTO E PRODUTO INTERNO BRUTO

O Produto Nacional Bruto é a soma do Consumo somado ao Investimento. PNB é o valor monetário da

quantidade de bens e serviços produzidos em um ano e distribuídos aos consumidores finais.

PNB = C + I

No Produto Nacional Líquido é considerada a depreciação do capital fixo. PNL é o valor de mercado da

produção líquida de bens e serviços produzidos pela economia de um país.

PNL = C + I - D

“Para esclarecer o conceito, façamos o exemplo de uma ilha isolada, onde toda a população se ocupe da

pesca. Ao amanhecer, o produto nacional da ilha é zero. À tarde, quando a população volta do mar com

o pescado, o produto nacional bruto é o valor da pescaria. À noite, consumido esse pescado, cai

novamente a zero o produto nacional bruto da ilha.”

“Suponhamos, porém, que um dos pescadores diga a outro: amanha, se concordares, pescarás por ti e

por mim, que eu ficarei em terra tecendo uma rede, com a qual, depois de amanhã, um de nós pescará

por dois, de modo que um de nós, de hoje a três dias, possa dedicar-se a outra ocupação. Concordada

essa linha de ação, no dia seguinte, o produto nacional bruto da ilha passou a consistir no valor da

pescaria, como consumo, e no valor da rede, como investimento decorrente da poupança do pescador

que foi pescar por dois.”

“O produto nacional bruto de qualquer país, seja ele industrializado ou subdesenvolvido, somente difere

do produto nacional bruto de nosso exemplo da ilha hipotética em escala, mas não em composição.

Consiste, sempre, o produto nacional em uma soma de bens de consumo e bens de investimento.”

O Produto Interno Bruto – PIB é o mais importante agregado macroeconômico, uma vez que sua

composição expressa uma síntese do resultado da atividade econômica de um país.

A palavra interno em lugar da expressão nacional significa o valor de todos os bens produzidos dentro do

país sem as relações com o resto do mundo.

Page 34: Resumo Das Aulas - Economia

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Produto Interno Bruto é o valor final de todos os bens e serviços produzidos no país, no período de um

ano.

Renda Nacional é o valor bruto (medido em dinheiro) dos bens e serviços produzidos em determinado

período de tempo. Nessas condições, podemos concluir que o PNB é igual à Renda Nacional Bruta.

XII – POUPANÇA E INVESTIMENTO

O estado natural do homem é o de não possuir bens de consumo, ou seja, é a pobreza. O homem precisa

satisfazer suas necessidades básicas para sobreviver, logo, precisa consumir. Para que haja consumo é

preciso produzir, mas para que haja produção é necessário que se obtenham os meios de produção. A

natureza coloca à disposição da humanidade apenas dois meios de produção, que em economia também

chamamos de fatores de produção: o trabalho e a terra os quais são originários. Os f atores de produção

combinado com o trabalho do homem, altera esses recursos naturais de modo a torná-los prontos para o

consumo.

Para facilitar a produção de bens de consumo, ou seja, para aumentar a produtividade do trabalho

humano, um terceiro fator de produção é fundamental: o capital. A condição necessária para que exista

o capital é a poupança, ou seja, a redução do consumo corrente, isto é, economizar os fatores de

produção originários, o trabalho e a terra, para a fabricação de maquinas e equipamentos em busca de

uma maior produção, e por consequência, maior consumo futuro.

Para melhor entendimento vamos supor um náufrago solitário em uma ilha deserta. Ele não tem

qualquer ferramenta e sobrevive colhendo 10 cocos por dia o que lhe custa 10 horas de t rabalho para

subir nos coqueiros e fazer a colheita. O náufrago descansa o resto do seu tempo.

Buscando melhorar o seu padrão de vida, o náufrago resolve fabricar uma corda que agilizará a sua

colheita com menos trabalho e com menos tempo. Para fabricar a corda o náufrago se contenta com

oito cocos por dia e reduz o seu tempo de descanso em duas horas por dia. Esta restrição ao consumo de

dez para oito cocos por dia é o que chamamos de poupança. Com suas 4 horas livres o náufrago se

dedica a fabricar o seu bem de capital, a corda.

O investimento nada mais é do que o trabalho e o tempo poupado pelo náufrago. Investimento e

poupança são equivalentes. A corda confeccionada é o capital.

Agora o náufrago consegue colher 20 cocos em 5 horas, graças ao bem de capital, que é fruto da

poupança, logo do investimento. Seu padrão de vida melhorou. Logo, para melhorar ainda mais, ou

mesmo manter o padrão de vida, será necessário substituir a corda desgastada por outra. O náufrago

terá que recorrer novamente à poupança e ao investimento.

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Em nossa sociedade, com elevado grau de complexidade, o processo é bem mais complicado, mas os

princípios são os mesmos. Para melhorarmos o padrão de vida, dependemos da poupança e do

investimento.

Nos mercados de troca indireta os poupadores nem sempre são os investidores. A renda dos agentes

econômicos é em dinheiro, sendo que a parte não consumida é entregue a instituições financeiras em

troca de juros, as quais por sua vez emprestam aos empresários. Estes investem em bens de capital

visando lucro.

O mercado consumidor irá dizer se os investimentos foram bem aplicados ou não. A recusa ou aceitação

daqueles produtos mostrarão o resultado do investimento.

Como os consumidores são também produtores, quanto mais capital disponível per capita, mai s

produtivo se torna o trabalho. Produzindo mais, demanda-se mais.

Sem poupança, pois, não há acumulação de capital nem tampouco progresso material. Quanto mais

abundante for o capital em relação ao trabalho, maior será o poder de compra dos salários, e menor será

a pobreza. Os americanos são mais ricos do que os brasileiros porque dispõem de muito mais capital

investido per capita do que nós. Do mesmo modo, os brasileiros são mais ricos do que os haitianos

porque há mais capital per capita no Brasil do que no Haiti.

Com base no texto Estado, poupança e miséria – Alceu Garcia – RJ - 2002

XIII - A COMPREESÃO DA ECONOMIA

Comparativamente ao quadro politico-ideológico, social e econômico observado nas viradas dos séculos

XVIII e XIX, o que agora se observa, desde a virada do século XX para o XXI, tem contornos bem

diferentes. As questões globais são de ordem diversa das que até então atormentavam as nações. Os

radicalismos político-ideológicos foram ultrapassados – uma nova onda de desradicalização,

aparentemente sustentável em longo prazo, varre agora os quatro cantos do sistema global. Os

radicalismos que ainda subsistem são de origem religiosa, definido casos isolados de teocracias

dogmáticas e autoritárias. Junto com a desradicalização, outras angustiantes questões do passado

recente parecem caminhar para soluções naturais: este é o caso da transição demográfica. Não faz muito

tempo, as preocupações, as preocupações com a explosão demográfica reviviam as alarmantes

projeções malthusianas. O superpovoamento parecia inevitável, e, com ele, a incapacidade de as nações

atenderem às condições mínimas de subsistências de seus quadros demográficos. Mas as tendências se

modificaram: agora, a hipótese provável é a população estacionária.

Mas ainda há muitas questões abertas. E mesmo as relacionadas às radicalizações ideológicas e às

mudanças demográficas não estão reequacionadas por inteiro. Os desafios a elas ligados são, agora,

respectivamente, a consolidação da nova ordem geopolítica mundial e a conciliação do crescimento

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populacional, que ainda durará uma geração, com as questões relacionadas à geração de empregos e ao

crescimento sustentável. E há mais: os padrões de desenvolvimento das nações revelam altas

disparidades e o rompimento dos círculos viciosos do atraso econômi co não é tarefa fácil, mesmo diante

das tendências de macro regionalização, de integração de economias nacionais e de dilatação das

esferas de co-prosperidade. Por fim, restam ainda, na esteira da desradicalização político-ideológica, a

universalização do desafio-síntese do terceiro milênio: compatibilizar eficiência econômica com justiça

social e com liberdades políticas.

Tópicos:

1. A consolidação da nova ordem geopolítica

2. A universalização do desenvolvimento: o rompimento dos círculos viciosos do retardame nto

econômico.

3. A conciliação da competitividade com a geração de empregos.

4. O crescimento econômico, sob preservação do meio-ambiente.

5. O desafio-síntese: compatibilizar desempenho econômico e liberdades políticas.

A CONSOLIDAÇÃO DA NOVA ORDEM GEOPOLÍTICA

Século XX → Revolução Coletivista Soviética 1917 – confrontação ideológica

Término da Guerra Fria – corrida armamentista

Abertura da Cortina de Ferro – final dos anos 80

Reassimilação leste-oeste → Guerra Fria (1945-53)-domínio tecnologia nuclear

Primeira reaproximação (1953-61)

Exacerbação das confrontações (1961-73)-Vietnã

Distensão (1973-89)

Desradicalização e reassimilação (anos 90)

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Valores de referência do sistema ocidental

Valores de referência do sistema leste

. Liberdade privilegiada em relação à igualdade

. Pluralismo político.

. Propriedade privada dos meios de produção.

. Livre iniciativa para empreender.

. Mínima participação do governo na geração do PNB e reduzida intervenção na economia. . Economia coordenada e regulada pelo mercado.

. Igualdade privilegiada em relação à liberdade.

. Monopartidarismo.

. Propriedade coletivizada dos meios de produção.

. Iniciativa empresarial limitada à ação do governo.

. Presença praticamente total do governo na gera- ção do PNB e centralização de decisões sobre produção e repartição da renda. . Economia de comando central.

NOVA ORDEM GEOPOLÍTICA: OS BLOCOS DE INTEGRAÇÃO.

Aos avanços decorrentes dos processos de desradicalização ideológica e de reassimilação leste-oeste

contrapõe-se, porém, novos desafios. A nova ordem geopolítica mundial resultante das grandes

mudanças ocorridas desde o final do século XX traz, entre outros, dois desafios de alta relevância:

1. A transposição do modelo bipolar, fundamentado em radicalizações ideológicas, para o modelo

multipolar, centrado na capacidade de competição no campo econômico.

2. A consolidação dos processos de integração econômica e política e a dilatação das novas esferas

macrorregionais de co-prosperidade.

MOMENTOS HISTÓRICOS DA HEGEMONIA UNIPOLAR AO SISTEMA MULTIPOLAR

DO ISOLACIONISMO ÀS ESFERAS DE CO-PROSPERIDADE

Três primeiras décadas do século XX Pós-guerra à transição dos anos 70/80 Anos 80 Anos 90 Início dos século XXI

. Consolidação e irradiação da hegemonia unipolar dos EUA. . Bipolarização EUA-URSS, de- Finida por critérios ideológicos. . Desarticulação do sistema bi- Polar: o término da guerra fria E da cortina de ferro. . Consolidação de novos polos Competitivos: a reponderação dos fatores de supremacia e de poder. . A definição de novo sistema multipolar.

. Isolacionismo, protecionismo e Posturas neocolonialistas. . Alinhamentos às superpotên- cias, definidos por razões geo- políticas. Primeiros movimentos de inte- gração: a busca de sinergias es- Tratégicas. . A macro regionalização: a divi- são do mundo em blocos de na- ções integradas. . A dilatação das esferas macror- Regionais de co-prosperidade.

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XIV – NOÇÕES DE MERCADO (Gráficos e textos explicativos a seguir estão disponíveis no site da Universidade Oeste do Paraná – UNIOESTE)

Introdução:

O presente módulo tem como objetivo abordar algumas noções básicas sobre o comportamento da oferta e demanda na economia, demonstrando, através de alguns gráficos, a relação entre preço e quantidade.

DEMANDA DE MERCADO

O gráfico ao lado representa o comportamento da demanda em relação a um produto genérico. Quando o preço está em um nível elevado, a demanda pelo produto é menor, ou seja, uma boa

parte dos consumidores não está disposta a adquirir o produto a este nível de preço. No gráfico, ao preço de R$10,00 teremos somente 8.000 quilos vendidos.

Se o preço está em um nível mais baixo, a demanda pelo produto será maior, pois mais consumidores estarão dispostos a adquirir o produto àquele nível de preço. Nota-se no gráfico que ao preço de R$4,00 haverá 15.000 quilos vendidos.

Este comportamento da demanda é devido às diferentes restrições orçamentárias dos

consumidores, em outras palavras, cada consumidor possui um determinado nível de renda, mais elevado ou mais baixo e, portanto, seu consumo se dará de acordo com esta renda. Por isso, o consumidor que possui uma renda mais alta continuará adquirindo o produto mesmo a um preço elevado, mas aquele que possui renda mais baixa estará impossibilitado de adquirir o produto para não prejudicar o seu orçamento; ocorre uma queda da demanda. Quando o preço cai, os consumidores de baixa renda voltam a adquirir o produto e há um aumento da demanda.

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Exemplo: Se a carne bovina estiver com preço médio de R$10,00 o quilo, muitos consumidores não poderão consumi-la e, passarão desta forma, a consumir outro tipo de alimento, tais como carne de frango, peixes, ovos, etc., com isso, haverá uma queda na demanda por carne bovina devido ao preço elevado. Mas, se o preço médio da carne bovina cair para R$ 4,00 o quilo,

vários consumidores voltarão a comprar carne bovina, consequentemente haverá um aumento na demanda por carne bovina.

OFERTA DE MERCADO

Neste gráfico podemos observar o comportamento da oferta em relação a um produto genérico. Com o nível de preço elevado, os produtores tendem a ofertar uma quantidade maior do produto. Se o preço estiver em R$10,00 (veja gráfico), a quantidade colocada no mercado

será de 15.000 unidades.

Mas, se o nível de preço cair para R$ 4,00, muitos produtores deixarão de ofertar a mercadoria, e a este preço teremos uma oferta de 8.000 unidades, ocasionando uma queda na quantidade

ofertada.

Isto pode ocorrer por vários motivos. Se o preço estiver muito baixo, alguns produtores terão o

seu custo de produção acima deste preço e se torna inviável continuar produzindo; outros preferirão produzir outra mercadoria que esteja com preço de venda mais atrativo, etc.

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EQUILÍBRIO DE MERCADO

O gráfico ao lado representa o equilíbrio de mercado. Nesta situação há uma "harmonia" entre

oferta e demanda. Teoricamente, neste ponto, o nível de preço não está nem muito alto nem muito baixo, satisfazendo tanto a consumidores quanto a produtores.

Citando novamente o exemplo da carne bovina, se o quilo do "coxão mole" estiver em R$10,00

o quilo, será um bom negócio para o produtor, mas muito ruim para o consumidor, o preço é considerado muito alto. Inversamente, se o preço cair para R$3,00 o qui lo, é ótimo para o

consumidor, mas ruim para o produtor. Agora se o preço ficar em R$5,00 o quilo, teoricamente seria melhor para os dois lados.

EXCESSO DE OFERTA

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Este é um caso onde há um excesso de oferta e uma escassez de demanda. O preço do produto no mercado está em R$ 60,00. Com isso, alguns produtores se sentem estimulados a ofertar uma quantidade maior da mercadoria, e mais produtores tendem a entrar neste mercado devido ao preço estar em nível elevado.

Por exemplo:

1. Se uma empresa produz calças e camisas, e o preço das calças sobe para R$ 60,00, a empresa passará a produzir mais calças e menos camisas, pois poderá lucrar mais com as calças. Muitos tomarão a mesma decisão, e isso aumentará a quantidade de calças ofertadas no mercado.

2. A empresa produz somente saias, mas com o aumento do preço das calças, ela prefere deixar de produzir as saias e entrar no mercado de calças, assim, passará a produzir calças, o

que levará a um aumento da oferta de calças no mercado.

Isso causa um excesso de oferta do produto no mercado, pois muitos consumidores não estarão dispostos a adquirir a mercadoria pelo preço de R$ 60,00. Veja no gráfico que a quantidade ofertada é de 15.000 unidades, mas a quantidade demandada (adquirida pelos consumidores) é

de apenas 8.000 unidades. Isso causa um excesso de oferta de 7.000 unidades e há, portanto, um desequilíbrio no mercado.

TENDÊNCIA AO EQUILÍBRIO

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Quando há excesso de oferta, a tendência é ocorrer uma queda no preço do produto. É a lei da oferta e procura. Muito produto para pouco comprador ocasiona uma concorrência, por parte dos produtores, em busca dos consumidores.

Com isso, alguns produtores passarão a ofertar o produto a um preço menor, isso fará com que mais consumidores estejam dispostos a adquirir a mercadoria àquele preço, e esse processo

continua até atingir um preço de equilíbrio.

No gráfico é fácil visualizar este comportamento. Conforme o preço da mercadoria vai caindo (ponto azul), a quantidade ofertada também vai diminuindo (ponto vermelho).

Este comportamento continua até que o preço e a quantidade atinjam um nível de equilíbrio (ponto verde). A bolinha verde representa o ponto de equilíbrio do mercado. Neste caso, o

preço de equilíbrio é R$ 40,00 e a quantidade de equilíbrio é de 12.000 unidades.

Repare que à medida que o preço vai caindo, a quantidade demandada vai aumentando (adquirida pelos consumidores), e a quantidade ofertada (colocada no mercado pelos produtores), vai diminuindo.

AUMENTO DA OFERTA

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Este gráfico representa o comportamento do mercado quando ocorre um aumento da oferta de um produto genérico. Por exemplo, no caso da soja, o ponto (A) corresponderia ao período entre setembro e novembro, onde há pouco produto no mercado e o preço está elevado. Aproximando-se dos meses de janeiro e fevereiro, a tendência é uma queda nos preços, devido

ao período de colheita. Neste caso, o ponto (B) representaria o período entre final de fevereiro e abril, onde a safra de soja está sendo colhida e o nível de preço cai.

Disponível em: http://www.unioeste.br/projetos/unisol/projeto/c_economia/c_economia_introd.htm Acesso em 06/08/2011

XV – SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL A partir de 1964 foram editadas uma série de leis que reordenou o Sistema Financeiro Nacional. 1. Lei da Correção Monetária (4.357/64). Historicamente, a inflação brasileira superava os 12% ao ano e, com base no direito canônico, a Lei da Usura limitava os juros a 12% a.a.. As empresas e os individuas preferiam aplicar seus recursos disponíveis em outras alternativas, adiando, inclusive, o pagamento de suas obrigações

tributárias. A inflação limitava o Poder Público de financiar-se mediante a emissão de títulos próprios, impondo a emissão primária de moeda para satisfazer as necessidades financeiras.

Além disso, os valores históricos de demonstrativos financeiros deixavam de espelhar adequadamente a realidade econômica, novamente com conseqüências tanto para o tesouro,

tendo em vista a redução de carga tributária, quanto para os potenciais investidores. A lei instituiu normas para a indexação de débitos fiscais, criou títulos públicos federais com

cláusula de correção monetária (ORTN) – destinados a antecipar receitas, cobrir déficit público e promover investimentos.

2. Lei do Plano Nacional de Habitação (4.380/64). A recessão econômica dos anos 60 aumentava a massa de trabalhadores com pouca

qualificação, e o Estado não tinha condições de criar ou fomentar diretamente postos de trabalho para essa mão-de-obra. Uma alternativa seria a criação de empregos na construção

civil.

Foi criado o Banco Nacional de Habitação (BNH), órgão gestor do também criado Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), destinado a fomentar a construção de casas

populares e obras de saneamento e infraestrutura urbana, com moeda própria (UPC – Unidade Padrão de Capital) e seus próprios instrumentos de captação de recursos – Letras Hipotecárias,

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Letras Imobiliárias e Cadernetas de Poupança. Posteriormente, a esses recursos foram adicionados os do Fundo de Garantia por Tempo de Serviços – FGTS. 3. Lei da Reforma do Sistema Financeiro Nacional (4.595/64).

Os órgãos do aconselhamento e gestão da política monetária, de crédito e finanças públicas concentravam-se no Ministério da Fazenda, na Superintendência da Moeda e do Crédito

(SUMOC) e no Banco do Brasil. E essa estrutura não correspondia aos crescentes encargos e responsabilidades na condução da política econômica. Criado o Conselho Monetário Nacional – CMN – e o Banco Central do Brasil, bem como estabelecidas as normas operacionais, rotinas de funcionamento e procedimentos de qualificação aos quais as entidades do sistema financeiro deveriam se subordinar. 4. Lei do Mercado de Capitais (4.728/65)

O problema de popularização do investimento estava contido em função da nítida preferência dos investidores por imóveis de renda e reserva de valor. Ao governo interessava a evolução

dos níveis de poupança internos e o seu direcionamento para investimentos produtivos. Estabelecidas normas e regulamentos básicos para a estruturação de um sistema de

investimentos destinado a apoiar o desenvolvimento nacional e atender à crescente demanda por crédito.

5. Lei da CVM (6.385/76). Faltava uma entidade que absorvesse a regulação e fiscalização do mercado de capitais,

especialmente no que se referia às sociedades de capital aberto. Criada a Comissão de Valores Mobiliários – CVM -, transferindo do Banco Central a

responsabilidade pela regulamentação e fiscalização das atividades relacionadas ao mercado de valores mobiliários (ações, debêntures, etc.).

6. Lei das S.A. (6.404/76).

Era necessário atualizar a legislação sobre as sociedades anônimas brasileiras, especialmente quanto aos aspectos relativos à composição acionária, negociação de valores mobiliários (ações,

debêntures, etc.) e modernização do fluxo de informação. Estabelecidas regras claras quanto às características, forma de constituição, composição acionária, estrutura de demonstrações financeiras, obrigações societárias, direitos e obrigações de acionistas e órgãos estatutários e legais.

7. Nova Lei das S.A. (10.303/01), Decreto 3.995 e MP 8, todos de 31/10/2002. O mercado de capitais cada vez mais perdia espaço para o exterior pela ausência de proteção ao

acionista minoritário e insegurança quanto às aplicações financeiras. Consolidados os dispositivos de Lei de CVM e da Lei das S.A., melhorando a proteção aos

minoritários e dando força à atuação da CVM como órgão regulador e fiscalizador do mercado de capitais, incluindo os fundos de investimento e os mercados de derivativos.

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8. Resolução CMN 3.040 de 28/11/2002 e seu regulamento anexo. Era necessário que fossem criadas regras claras para que o BC tivesse condições de anali sar o projeto de abertura de novas instituições financeira, tais como seus padrões de governança,

estudo de viabilidade econômico financeira para a área de atuação pretendida, estrutura organizacional e de controles internos.

Estabelecidas as regras para disciplinar os requisitos e procedimentos para a constituição, autorização para funcionamento, transferência de controle societário e reorganização societária, bem como o cancelamento da autorização para funcionar de instituições financeiras e demais entidades equiparadas que precisam de autorização prévia do BC, para operar no País. Estrutura Atual do Sistema Financeiro Nacional

O Sistema Financeiro Nacional poderia ser conceituado, de maneira ampla, como o conjunto de

instituições que se dedicam, de alguma forma, ao trabalho de propiciar condições satisfatórias para a manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores. O mercado

financeiro, onde se processam essas transações, permite que um agente econômico (indivíduo ou empresa), o qual esteja em condições superavitária, seja colocado em contato com outro,

denominado agente econômico deficitário. A Lei de Reforma bancária (4.595/64), em seu artigo 17: “Consideram-se instituições financeira,

para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas e privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, a intermediação ou a aplicação de recursos

financeiras próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros”, e complementa em seu parágrafo único: “Para os efeitos desta Lei e

da legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma permanente ou eventual”.

1. Autoridades monetárias e instituições financeiras.

Autoridades monetárias: Conselho Monetário Nacional - o CMN, acaba sendo o conselho de política econômica do país, visto que o mesmo é responsável pela fixação das diretrizes da política monetária, credití cia e

cambial. Atualmente, seu presidente é o próprio Ministro da Fazenda. Banco Central do Brasil - o BACEN é o órgão responsável pela execução das normas que regulam

o SFN. São suas atribuições agir como: banco dos bancos, gestor do SFN, executor da pol ítica monetária, banco emissor e banqueiro do governo. É muito discutida a elevação do grau de

independência do BACEN. Diversas discussões apresentam pontos positivos e negativos de tal alteração.

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Autoridades de apoio: A Comissão de Valores Mobiliários - a CVM é um órgão normativo voltado ao mercado de ações e debêntures. Ela é vinculada ao Governo Federal e seus objetivos podem sintetizados em

apenas um: o fortalecimento do mercado acionário. ( www.cvm.gov.br )O Banco do Brasil - até janeiro de 1986 o BB assemelhava-se a uma autoridade monetária mediante ajustamentos da

conta movimento do BACEN e do Tesouro Nacional. Hoje, é um banco comercial comum, embora responsável pela Câmara de Confederação. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - contando com recursos de programas e fundos de fomento, o BNDES é responsável pela política de investimentos de LP do Governo e, a partir do Plano Collor, também pela gestão do processo de privatização. É a principal instituição financeira de fomento do Brasil por impulsionar o desenvolvimento econômico, atenuar desequilíbrios regionais, promover o crescimento das exportações, dentre

outras funções. www.bndes.gov.br A Caixa Econômica Federal - a CEF caracteriza-se por estar voltada ao financiamento

habitacional e ao saneamento básico. É um instrumento governamental de financiamento social. www.cef.gov.br

Instituições Financeiras: Os Bancos Comerciais são intermediários financeiros que transferem recursos dos agentes

superavitários para os deficitários, mecanismo esse que acaba por criar moeda através do efeito multiplicador. Os BC's podem descontar títulos, realizar operações de abertura de crédito

simples ou em conta corrente, realizar operações especiais de crédito rural, de câmbio e comércio internacional, captar depósitos à vista e a prazo fixo, obter recursos junto às

instituições oficiais para repasse aos clientes, etc.

Os Bancos de Desenvolvimento

O BNDES é o principal agente de financiamento do governo federal. Destacam-se outros bancos regionais de desenvolvimento como, por exemplo, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), o Banco da Amazônia, dentre outros. As Cooperativas de Crédito - equiparando-se às instituições financeiras, as cooperativas

normalmente atuam em setores primários da economia ou são formadas entre os funcionários das empresas. No setor primário, permitem uma melhor comercialização dos produtos rurais e

criam facilidades para o escoamento das safras agrícolas para os consumidores. No interior das empresas em geral, as cooperativas oferecem possibilidades de crédito aos funcionários, os

quais contribuem mensalmente para a sobrevivência e crescimento da mesma. Todas as operações facultadas às cooperativas são exclusivas aos cooperados.

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Os Bancos de Investimentos - captam recursos através de emissão de CDB e RDB, de capitação e repasse de recursos e de venda de cotas de fundos de investimentos. Esses recursos são direcionados a empréstimos e financiamentos específicos à aquisição de bens de capital pelas

empresas ou subscrição de ações e debêntures. Os BI não podem destinar recursos a empreendimentos mobiliários e têm limites para investimentos no setor estatal.

Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimentos - as "financeiras" captam recursos através de letras de câmbio e sua função é financiar bens de consumo duráveis aos consumidores finais (crediário). Tratando-se de uma atividade de alto risco, seu passivo é limitado a 12 vezes seu capital mais reservas. Sociedade Corretoras - operam com títulos e valores mobiliários por conta de terceiros. São instituições que dependem do BACEN para constituírem-se e da CVM para o exercício de suas

atividades. As "corretoras" podem efetuar lançamentos de ações, administrar carteiras e fundos de investimentos, intermediar operações de câmbio, dentre outras funções.

Sociedades Distribuidoras - estas instituições não têm acesso às bolsas como as Sociedades

Corretoras. Suas principais funções são a subscrição de emissão de títulos e ações, intermediação e operações no mercado aberto. Elas estão sujeitas a aprovação pelo BACEN.

Sociedade de Arrendamento Mercantil - operam com operações de "leasing" que tratam-se de locação de bens de forma que, no final do contrato, o locatário pode renovar o contrato,

adquirir o bem por um valor residencial ou devolver o bem locado à sociedade. Atualmente, tem sido comum operações de leasing em que o valor residual é pago de forma diluída ao longo

do período contratual ou de forma antecipada, no início do período. As Sociedades de Arrendamento Mercantil captam recursos através da emissão de debêntures, com

características de longo prazo.

Associações de Poupança e Empréstimo - são sociedades civis onde os associados têm direito à participação nos resultados. A captação de recursos ocorre através de caderneta de poupança e

seu objetivo é principalmente financiamento imobiliário. Sociedades de Crédito Imobiliário - ao contrário das Caixas Econômicas, essas sociedades são voltadas ao público de maior renda. A captação ocorre através de Letras Imobiliárias depósitos de poupança e repasses de CEF. Esses recursos são destinados, principalmente, ao

financiamento imobiliário direto ou indireto.

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Investidores Institucionais - os principais investidores institucionais são: Fundos Mútuos de Investimentos: são condomínios abertos que aplicam seus recursos em títulos e valores mobiliários objetivando oferecer aos condomínios maiores retornos e menores

riscos.

Entidades Fechadas de Previdência Privada: são instituições mantidas por contribuições de um grupo de trabalhadores e da mantenedora. Por determinação legal, parte de seus recursos devem ser destinados ao mercado acionário. Seguradoras: são enquadradas como instituições financeiras segundo determinação legal. O BACEN orienta o percentual limite a ser destinado aos mercados de renda fixar e variável. Companhias Hipotecárias - dependendo de autorização do BACEN para funcionarem, tem objetivos de financiamento imobiliário, administração de crédito hipotecário e de fundos de

investimento imobiliário, dentre outros.

Agências de Fomento - sob supervisão do BACEN, as agências de fomento captam recursos através dos Orçamentos públicos e de linhas de créditos de LP de bancos de desenvolvimento,

destinando-os a financiamentos privados de capital fixo e de giro.

Bancos Múltiplos - como o próprio nome diz, tais bancos possuem pelo menos duas das seguintes carteiras: comercial, de investimento, de crédito imobiliário, de aceite, de desenvolvimento e de leasing. A vantagem é o ganho de escala que tais bancos alcançam.

Bancos Cooperativos - são verdadeiros bancos comerciais surgidos a partir de cooperativas de

crédito. Sua principal restrição é limitar suas operações em apenas uma UF, o que garante a permanência dos recursos onde são gerados, impulsionando o desenvolvimento local.

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Referências bibliográficas: ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. São Paulo, ed. Atlas, 2003;

EQUIPE DE PROFESSORES DA USP. Manual de Economia. 5. Ed. São Paulo: Saraiva 2005;

SILVA, Adelphino Teixeira da. Iniciação à Economia. 1ª ed. São Paulo, Atlas, 2000; FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: produtos e serviços. Rio de Janeiro: Qualitymark e., 2005; ARRUDA, Maria Cecília Coutinho de. Fundamentos de ética empresarial e econômica. 3ª Ed. São Paulo, Ed. Atlas, 2005;

SAMUELSON, Paul A. Economia. São Paulo, ed. MacGraw-Hill, 2006;

FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: ed. Nacional, l984;

VASCONCELOS, M A. S. e GARCIA, M. E. Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva, 2003.

http://www.unioeste.br/projetos/unisol/projeto/c_economia/c_economia_introd.htm.