hiperonirismo e a microestrutura do sono -...
TRANSCRIPT
Universidade de Lisboa
Faculdade de Medicina de Lisboa
Hiperonirismo e a microestrutura do sono:
Análise de microdespertares, movimentos oculares rápidos,
sono alfa-delta e movimentos periódicos do sono
Sofia Bento Rebocho
Mestrado em Ciências do Sono (3ª Edição)
Lisboa, Maio de 2010
A impressão desta dissertação foi aprovada pela Comissão
Coordenadora do Conselho Cientifíco da Faculdade de
Medicina de Lisboa em reunião de 22 de Setembro de 2009
Universidade de Lisboa
Faculdade de Medicina de Lisboa
Hiperonirismo e a microestrutura do sono:
Análise de microdespertares, movimentos oculares rápidos,
sono alfa-delta e movimentos periódicos do sono
Sofia Bento Rebocho
Mestrado em Ciências do Sono (3ª Edição)
Dissertação orientada pela Prof. Doutora Teresa Paiva
Todas as afirmações efectuadas no presente
documento são da exclusiva responsabilidade do seu
autor, não cabendo qualquer responsabilidade à
Faculdade de Medicina de Lisboa pelos conteúdos nele
apresentados.
Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos.
Atingirás assim o ponto supremo da abstenção sonhadora, onde os sentimentos
se mesclam, os sentimentos se extravasam, as ideias se interpenetram. Assim
como as cores e os sons sabem uns a outros, os ódios sabem a amores, e as
coisas concretas a abstractas, e as abstractas a concretas. Quebram-se os laços
que, ao mesmo tempo que ligavam tudo, separavam tudo, isolando cada
elemento. Tudo se funde e confunde.
Fernando Pessoa, in 'O Livro do Desassossego'
AGRADECIMENTOS
Apesar do processo solitário que implica a elaboração de uma dissertação, esta
nunca seria possível sem o contributo de várias pessoas. É com muita satisfação
que expresso aqui o mais profundo agradecimento a todos aqueles que tornaram
a realização deste trabalho possível, estimulando-me a nível intelectual e
emocional.
À Professora Teresa Paiva, orientadora desta tese, agradeço o apoio,
disponibilidade, a partilha do saber e amizade. Acima de tudo, obrigada por me
continuar a acompanhar nesta jornada, por ter acreditado e apostado em mim, e
por estimular o meu interesse pelo conhecimento e pela vida académica.
À Drª Ana Rita Peralta, pelo apoio e disponibilidade demonstrada no planeamento
do projecto de tese.
À Dr.ª Fátima Ferreira pela disponibilidade e ajuda na análise dos dados
estatísticos.
Às minhas colegas de trabalho, Ana Coutinho e Isabel Barradas pela amizade,
incentivo constante e pela boa disposição com que inundam o consultório, além de
todo o trabalho extra que tiveram para recolher os processos da amostra.
A todos os meus colegas de mestrado pelo apoio, amizade e entre-ajuda que
demonstraram ao longo destes anos. Saliento a Patrícia Correia e Lígia Ferreira,
pelo tempo dispendido na resolução de muitas das minhas dúvidas,
nomeadamente na árdua tarefa de estadiar os exames.
A todos os meus amigos, com especial agradecimento à Sílvia Santos, Filipa
Pires, Margarida Valente e Patrícia Silva pela sua amizade, por todos os
momentos de boa disposição e os constantes incentivos que me estimularam a
trabalhar nos períodos mais difíceis.
A todos os que participaram na tese de forma directa, tanto os pacientes, como as
pessoas que constituíram o grupo de controlo, sem os quais seria impossível
construir esta dissertação.
Sou muito grata a todos os meus familiares pelo incentivo recebido ao longo
destes anos, salientando por motivos óbvios, os magníficos pais e irmão que
tenho. Sem a vossa educação, espírito de sacrifício e amor incondicional não teria
chegado até aqui.
Por último ao João Santos, meu namorado, a pessoa que de mais perto
acompanhou o meu percurso académico, com todos os altos e os muitos baixos
que por vezes nos fazem pensar no pior. Obrigado pelo teu apoio, amor, e todas
as palavras de carinho e incentivo.
ABREVIATURAS
AASM – Academia Americana de Medicina do Sono
AIM - Activation, Input source, Modulation (Activação, Aferências, Modulação)*
ASDA – American Sleep Disoders Association (Associação Americana de
Distúrbios do Sono)*
CENC – Centro de Electrofisiologia e Neurologia Clínica
ECG – Electrocardiograma
EEG – Electroencefalograma
EMG – Electromiograma
EOG – Electroculograma
ES – Eficiência de sono
IAH – Índice Apneias/Hipopneias
LM – Legs Movement (Movimentos das Pernas)*
MPS – Movimentos periódicos do Sono
PGO - Ponto Geniculo-Occipitais
PLM – Periodic Legs Movements (Movimentos Periódicos das Pernas)*
PLMS – Periodic Legs Movements in Sleep (Movimentos Periódicos dos Membros
no Sono)*
PSG – Polissonografia
REM – Rapid Eye Movement (Movimentos Oculares Rápidos)*
SNC – Sistema Nervoso Central
SPSS – Software Program Package for Social Sciences
SWS – Slow Wave Sleep (Sono de ondas lentas)*
TTS- Tempo total de sono
WASO – Wake time after sleep onset (Tempo total acordado durante o sono)*
* Na presente tese optou-se pela utilização de abreviaturas da palavra anglo –
saxónica relativamente aos termos desta forma assinalados, por ser mais utilizado
a nível mundial.
RESUMO
Hiperonirismo e a microestrutura do sono:
Análise de microdespertares, movimentos oculares rápidos, sono alfa-delta
e movimentos periódicos do sono
Sofia Rebocho1,, Teresa Paiva
1, 2, Fátima Figueiredo 2
1- Centro de Estudos de Neurofisiologia Clínica. 2 – Faculdade de Medicina de Lisboa.
Palavras-Chave: Hiperonirismo, microdespertares, movimentos oculares rápidos, sono
alfa-delta, movimentos periódicos do sono
Introdução: O hiperonirismo é uma queixa frequentemente encontrada em clínicas de
sono, em vários tipos de patologias, mas é um sintoma que tem merecido pouca atenção.
Pode ser definido como a experiência subjectiva de vivência ou recordação de sonhos
nocturnos excessivos, com consequente diminuição da qualidade do sono; este sonhar
excessivo deve ser para além do mais frequente e persistente no tempo. Uma vez que
frequência da recordação onírica tem sido associada com o nível de activação cerebral
(AIM Model - Hobson), foi feita uma análise da microestrutura do sono nestes doentes,
uma vez que esta pode fornecer correlações de maior activação cerebral. Foi também
avaliado o historial clínico destes doentes de modo a traçar de modo objectivo as
características clínicas do indivíduos com hiperonirismo.
Objectivos: Avaliar e descrever as características clínicas e demográficas dos doentes
com hiperonirismo, bem como comparar as alterações da macro e microestrutura do sono
nestes indivíduos, em comparação com um grupo normal.
Metodologia: O estudo foi dividido em duas partes. Na primeira parte do estudo foram
incluídos 32 pacientes com queixas dominantes sobre os sonhos (10 homens e 22
mulheres), com idades compreendidas entre os 25 e os 73 anos (42,8 ± 14,1). Foram
analisados os processos clínicos destes doentes, bem como vários questionários, que
incluiram um questionário geral sobre o sono (CENC), a escala de Epworth, o
questionário de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI), o SCL-90 e um questionário de
frequência onírica. A análise dos questionários foi baseada em estatística descritiva e os
resultados obtidos foram comparados com dez indivíduos normais (PSQI˂ 5 e Epworth ˂
10) através do teste de Fisher e do teste de Mann-Whitney. Na segunda parte do estudo,
foram analisadas as polissonografias de dez doentes com queixas de hiperonirismo (HO)
e dez indivíduos normais (N), sendo cada grupo constituído por 4 homens e 6 mulheres,
com idades compreendidas entre os 28 e 58 anos. Procedeu-se à análise em ambos os
grupos da macroestrutura (TTS, ES, LS, LS REM, N1, N2, N3 e REM) e da
microestrutura do sono (despertares, microdespertares, movimentos oculares rápidos,
sono alfa-delta e movimentos periódicos do sono). Para avaliar as diferenças entre os
dois grupos foram usados o teste de Mann-Whitney e o teste de Fisher (valores
significativos p<0,05). Os pacientes com síndromas de dor crónica, distúrbio de
comportamento do sono REM, índice de apneia/hipopneia> 5/h, epilepsia, terrores
nocturnos, narcolepsia e que apresentavam consumo de drogas ilícitas e uso de fármacos
com acção no sistema dopaminérgico foram excluídos.
Resultados: Em relação à primeira parte do trabalho, foram encontradas diferenças
significativas em relação às cefaleias (HO= 20 vs N= 2; p=0.03), stress (HO= 16 vs N= 1;
p=0.03) e ansiedade (HO= 21 vs N= 1; p= 0.00). Todos os indivíduos com hiperonirismo
referiram fadiga diurna, enquanto que no grupo de controlo apenas foi referida por três
indivíduos. Os primeiros apresentaram ainda resultados mais elevados em relação ao
PSQI (HO= 10,8 vs N= 2,9; p= 0.00) e à escala de Epworth (HO= 9,6 vs N= 2,4; p= 0.00),
existindo diferenças significativas entre os dois grupos. O questionário de frequência
onírica mostrou ainda diferenças em relação à frequência dos sonhos (HO= 84,3% sonha
quase todas as manhãs e 15,7% várias vezes por semana. No grupo de normais 10%
referiram sonhar menos de uma vez por mês; 50% uma vez por mês e 40% duas a três
vezes por mês). Em relação à positividade/negatividade e realismo dos sonhos os
resultados foram semelhantes, aparentando apenas terem maior grau de criatividade e
intensidade. Na segunda parte do trabalho, não foram encontradas diferenças
significativas entre os dois grupos em relação à eficiência do sono (HO= 90,2 vs N= 91,4;
p= 0.677), latência do sono (HO= 15,2 min vs N= 12,1; p= 0.289), latência do sono REM
(HO= 113 min vs N= 99 min; p= 0.290). Em relação à duração percentual das diferentes
fases do sono também não se encontraram diferenças significativas (N1: HO= 8,9% vs N=
7,2%, p= 0.515; N3 : HO= 15,3% vs N= 16,4%, p= 0.647; REM: HO= 22% vs N= 19%; p=
0.224), excepto para a fase N2 (HO= 53,8% vs N= 57,6%; p= 0.04). A análise da
microestrutura do sono revelou diferenças significativas entre os dois grupos
relativamente aos despertares (HO= 22,1 vs N= 14,5; p= 0.005), microdespertares (HO=
9,5/h vs N= 4,5/h; p= 0.000), movimentos periódicos do sono (HO= 1,98/h vs N= 0,48/h;
p= 0.000) e densidade REM (HO= 8,36/h vs N= 5,34/h; p= 0.001). Verificou-se a presença
de sono alfa-delta em quatro dos indivíduos (40%), não se registando nenhum caso nos
indivíduos normais.
Conclusões: Os resultados indicam que as queixas relacionadas com o sonhar excessivo
são um problema clinico real, que afecta o dia-a-dia destes pacientes. Ao serem
comparados com os indivíduos normais, verificou-se um conjunto de sintomas
relacionados com fadiga e com uma privação parcial do sono. Enquanto a macroestrutura
do sono parece não apresentar grandes alterações nos pacientes com queixas de
hiperonirismo, a análise da microestrutura do sono, nomedamente dos despertares,
microdespertares e densidade REM, revelou diferenças significativas entre os dois
grupos, o que pode contribuir para uma fragmentação do sono e excesso de memórias
oníricas com consequente redução da qualidade do sono. Os movimentos periódicos do
sono, embora apresentem diferenças significativas entre os dois grupos, estavam dentro
dos parâmetros da normalidade, e por isso não podem ser considerados como um
mecanismo patogénico para esta queixa.
ABSTRACT
Excessive dreaming and sleep microstructure:
Arousals, rapid eye movements, alpha-delta sleep and periodic limb
movement analysis
Sofia Rebocho1,, Teresa Paiva
1, 2, Fátima Figueiredo 2
1- Centro de Estudos de Neurofisiologia Clínica. 2 – Faculdade de Medicina de
Lisboa.
Key words: Excessive dreaming, arousals, rapid eye movements, alpha-delta sleep,
periodic limb movements
Introduction: Excessive dreaming is a complaint frequently found in sleep laboratories in
several kinds of pathologies and is often an undervalued symptom in most of the cases.
There is no objective description for the problem and little importance is given to the
implications that such disorder brings to the daily life of the patients. It can be defined has
a subjective experience or recall of excessive dreaming, with consequent reduction of
sleep quality; this dreaming has to be frequent and persisting. Considering that the
frequency of oneiric memories has been associated with the level of brain activation (AIM
Model), a sleep microstructure analysis was carried out knowing that it would bring more
brain activation correlations (e.g. Presence of microarousals, alpha band intrusions). The
clinical files of patients having as primary complaint excessive dreaming were also
evaluated, so that it could be possible to objectively describe the clinical features of these
patients.
Objectives: To evaluate and describe clinical and demographic features of patients who
attended CENC’s lab having as primary complaint excessive dreaming, along with the
changes of sleep macro and microstructure in these individuals comparing them with
normal controls.
Methodology: The study was divided into two parts. In the first, the sample included 32
patients (10 men and 22 women), aged from 25 to 73 years (42.8 ± 14.1) whose dominant
complaints were related to dreaming (ED). Clinical files were duly analysed as well as
several questionnaires answered by the patients. These questionnaires included a general
questionnaire on sleeping (CENC), a questionnaire on dream frequency, the Pittsburgh
Sleep Quality Index (PSQI), Epworth Sleepiness Scale (ESS) and the Symptom Check-
List-90 (SCL-90). The analysis of such questionnaires was based on descriptive statistics
and the results obtained were then compared with a control group of 10 healthy subjects
(N) by means of the Qui-Square test with the Fischer test and Mann-Whitney test. In the
second part of the study, Polysomnographies of two groups of 10 subjects (4 men and 6
women) aged between 28 and 58 years were analysed. One of the groups included
individuals with excessive dreaming complaints (ED) and the other group included normal
subjects (N) with no complaints (Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI) <= 5, Epworth
Sleepiness Scale (ESS) <10). Sleep latency and efficiency, REM latency, N1, N2, N2 and
REM percentages, awakenings, arousals, alpha delta sleep, periodic limb movements and
REM density were analysed. The differences between the two groups were evaluated by
means of the Mann-Whitney test and by applying the Qui-Square test with Fischer test (p
value <0,005). Patients with chronic pain syndromes, suspicious of obstructive sleep
apnea (AIH ˃ 5/h), epilepsy, night terrors, narcolepsy and individuals consuming illicit
drugs or drugs acting in dopaminergic system, were excluded in both groups.
Results: Into the first part of the study, significant differences between the two groups
were found, regarding to headaches (ED= 20 Vs N= 2; p=0.03), stress (ED= 16 Vs N= 1;
p=0.03) and anxiety p=0.00). Fatigue was mentioned by all patients with excessive
dreaming (ED= 32 Vs N=3). These patients also presented a higher score in the PSQI
(ED= 10.81 Vs N= 2.90; p=0,00) and ESS (ED= 9.59 Vs N= 2.40; p=0,00) questionnaires
being considerably different between the two groups. The questionnaire on oniric
frequency, also showed differences in dream frequency (ED = 84,3% dreamed almost
every day and 15,7% dreamed several times per week. The normal group = 10% dreamed
less than once a month; 40% 2 or 3 times a month; 50% once a month). There seemed to
be no differences for dream positiveness/negativeness and realism, but the results
showed a higher level of creativity and intensity in the study group. In the second part,
regarding to sleep efficiency (ED= 90.2% Vs N= 91.4%; p= 0.677), sleep latency (ED=
15.21min Vs N= 12.12; p= 0.289) and REM sleep latency (ED= 113 min Vs N= 99 min;
p=0.290), there are no statistically significant differences between the two groups. The
duration and percentages of the sleep stages, were also not significantly different, except
for N2 (ED= 53.8 Vs N= 57.6; p=0.04). In sleep microstructure, there were considerable
differences between the two groups in relation to arousals (ED= 9.5/h Vs N= 4.5/h; p=
0.00), awakenings (ED= 22.1 Vs N= 14.5; p= 0.005), periodic limb movements (ED=
1.98/h Vs N= 0.48/h; p= 0,00) and REM density (ED= 8.36/h Vs N= 5.34/h; p=0.001).
Alpha-delta sleep was present in 40% of the patients and in none of the controls.
Conclusions: The results indicate that excessive dreaming complaints are a real clinical
problem which affects the daily life of the patients. The differences relative to normal
subjects configure a cluster of symptoms among which fatigue and symptoms related to
partial sleep deprivation are present. While sleep macrostructure appears to be
unchanged for the patients with excessive dreaming complaints, the sleep microstructure
analysis revealed significant differences between the two groups, which may contribute to
sleep fragmentation and the excess of oniric memories with the consequent reduction of
sleep quality. Periodic limb movements although different between groups were within
normal range, and therefore cannot be considered as a pathogenic mechanism for this
complaint.
ÍNDICE GERAL
Pensamento................................................................................................
I
Agradecimentos..........................................................................................
II
Abreviaturas................................................................................................
III
Resumo.......................................................................................................
IV
Abstract.......................................................................................................
V
1. Preâmbulo.......................................................................................
1
2. Introdução ......................................................................................
3
2.1 Definição de sonhos/pesadelos.................................................
3
2.2 Factores que influênciam a frequência onírica..........................
5
2.3 Modelos oníricos ......................................................................
6
2.4 Hiperonirismo ...........................................................................
12
2.5 Densidade REM........................................................................
14
2.6 Movimentos periódicos dos membros do sono.........................
17
2.7 Sono alfa-delta..........................................................................
20
2.8 Microdespertares......................................................................
21
3. Objectivos...........................................................................................
24
4. Metodologia .......................................................................................
25
4.1 Tipo de estudo, População e amostra....................................
25
4.2 Critérios de selecção...............................................................
26
4.3 Recolha de dados...................................................................
26
4.4 Tipo de estudo.........................................................................
26
4.5 Instrumentos de colheita de dados..........................................
27
4.5.1 História clínica................................................................
27
4.5.2 SCL – 90........................................................................
28
4.5.3 Escala de Epworth.........................................................
28
4.5.4 Escala de qualidade do sono de Pittsburgh...................
28
4.5.5 Questionário de frequência onírica................................
29
4.5.6 Polissonografia.............................................................. 29
4.5.7 Métodos estatísticos......................................................
32
5. Apresentação dos resultados .........................................................
36
6. Discussão dos resultados ...............................................................
67
7 . Conclusão ........................................................................................
75
Referências Bibliográficas ...................................................................
77
Anexos ...................................................................................................
85
Anexo I – Consentimento Informado
Anexo II – Questionário do sono utilizado no CENC
Anexo III – Escala de sonolência de Epworth
Anexo IV – Escala de avaliação de sintomas SCL – 90
Anexo V – Questionário de frequência onírica
Anexo VI – Índice de qualidade do sono de Pittsburgh (PSQI)
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 Características continua básicas que constituem a
definição dos sonhos 4
Figura 2 Modelo espacial tri-dimensional do modelo AIM’s 10
Figura 3 Representação da posição da vigília, sono NREM e
REM no espaço tri-dimensional do modelo AIM, 10
Figura 4 Exemplo da classificação dos movimentos oculares
rápidos 17
Figura 5 Exemplo da classificação dos movimentos
periódicos dos membros no sono 19
Figura 6 Exemplo da classificação do sono alfa delta no
primeiro ciclo de sono 21
Figura 7 Exemplo da classificação dos microdespertares 23
Figura 8 Esquema representativo do local de colocação dos
électrodos de acordo com o sistema 10-20 30
Figura 9 Exemplo de um registo polissonográfico, estadiado
de acordo com as regras da ASDA 2007 (NREM2) 31
Figura 10 Exemplo de um hipnograma num indivíduo com
hiperonirismo. 31
ÍNDICE DAS TABELAS
Tabela 1
Representação da média, mediana, desvio
padrão, mínimos e máximos em relação à
idade dos indivíduos com hiperonirismo
37
Tabela 2
Representação da média, mediana, desvio
padrão, mínimos e máximos em relação às
queixas de hiperonirismo ao longo do tempo
38
Tabela 3 Representação da presença/ausência de
sintomas nos dois grupos estudados 40
Tabela 4
Teste de Mann-Whitney aplicado ao stress,
cefaleias, ansiedade, dores, sonilóquia,
ressonar, azia, esticões, boca seca e Medo 1
(medo de não adormecer)
40
Tabela 5 Tabela de frequência de respostas em relação
à frequência onírica 41
Tabela 6 Tabela de frequência de respostas em relação
ao realismo dos sonhos 42
Tabelas7 Tabela de frequência de respostas em relação
ao positivismo/negativismo dos sonhos 43
Tabela 8 Tabela de frequência de respostas em relação
ao grau de criatividade dos sonhos 44
Tabela 9 Tabela de frequência relativamente ao grau de
intensidade dos sonhos 46
Tabela 10 Tabela de frequência relativamente à
avaliação da fadiga ao longo do dia 47
Tabela 11
Representação da média, mediana, desvio
padrão, mínimos, máximos dos questionário
do PSQI e escala de Epworth nos dois grupos
50
estudados
Tabela 12 Teste de Mann-Whitney aplicado ao PSQI e
escala de Epworth 50
Tabela 13 Representação da diferença de sexos entre as
duas amostras 51
Tabela 14
Representação da média, mediana, desvio
padrão, mínimos, máximos da idade e do IMC
dos dois grupos estudados
52
Tabela 15 Teste de Mann-Whitney aplicado à idade e
IMC da amostra estudada 53
Tabela 16
Representação da média, mediana, desvio
padrão, mínimos e máximos do TTS, ES, LS e
LS REM
54
Tabela 17 Teste de Mann-Whitney aplicado ao TTS, ES,
LS e LS REM da amostra estudada 57
Tabela 18
Representação da média, mediana, desvio
padrão, mínimos e máximos da percentagem
de fase N1, N2, N3 e REM do sono
58
Tabela 19 Teste de Mann-Whitney aplicado à
percentagem de N1, N2, N3 e REM do sono 61
Tabela 20
Representação da média, mediana, desvio
padrão, mínimos e máximos em relação aos
microdespertares, despertares, densidade
REM e MPS
62
Tabela 21
Teste de Mann-Whitney aplicado aos
microdespertares, despertares, densidade
REM e MPS
65
Tabela 22 Tabela representativa da percentagem de
sono alfa-delta nos dois grupos 66
ÍNDICE DOS GRÁFICOS
Gráfico 1 Representação gráfica para descrever os indivíduos
com hiperonirismo em relação ao sexo
36
Gráfico 2 Representação do histograma para descrever a
amostra em relação à idade
37
Gráfico 3
Representação do histograma para descrever há
quanto tempo a amostra tem queixas de
hiperonirismo
38
Gráfico 4 Gráfico representativo dos sintomas descritos no
processo clínico
39
Gráfico 5
Gráfico representativo da pergunta do questionário
de frequência onírica “Quantas vezes se lembra de
ter sonhado nos últimos 6 meses?”
41
Gráfico 6
Gráfico representativo da pergunta do questionário
de frequência onírica “Como considera os seus
sonhos em termos de realismo?”
42
Gráfico 7
Gráfico representativo da pergunta do questionário
de frequência onírica “Como considera os seus
sonhos em termos de positivismo/negativismo?”
43
Gráfico 8
Gráfico representativo da pergunta do questionário
de frequência onírica “Como considera os seus
sonhos em termos de criatividade?”
44
Gráfico 9
Gráfico representativo da pergunta do questionário
de frequência onírica “Como considera os seus
sonhos em termos de intensidade?”
45
Gráfico 10
Gráfico representativo da pergunta do questionário
de frequência onírica “Como considera os seus
sonhos em termos de intensidade?”
47
Gráfico 11 Representação do histograma para descrever a
amostra em relação à classificação do PSQI.
48
Gráfico 12 Gráfico representativo dos diversos itens do
questionário PSQI
48
Gráfico 13
Representação do histograma para descrever a
amostra em relação aos resultados da escala de
Epworth.
49
Gráfico 14 Representação do histograma para ilustrar as
diferenças dos dois grupos quanto ao sexo
51
Gráfico 15 Representação dos histogramas para ilustrar as
diferenças dos dois grupos quanto à idade.
52
Gráfico 16
Representação dos histogramas para ilustrar as
diferenças dos dois grupos quanto ao Índice de
massa corporal
53
Gráfico 17 Representação para ilustrar as diferenças dos dois
grupos quanto ao TTS
54
Gráfico 18 Representação para ilustrar as diferenças dos dois
grupos quanto à ES
55
Gráfico 19 Representação para ilustrar as diferenças dos dois
grupos quanto à LS
56
Gráfico 20 Representação para ilustrar as diferenças dos dois
grupos quanto à LS REM
57
Gráfico 21
Representação para ilustrar as diferenças dos dois
grupos quanto à percentagem de fase N1 do sono
estudada
58
Gráfico 22
Representação para ilustrar as diferenças dos dois
grupos quanto à percentagem de fase N2 do sono
estudada
59
Gráfico 23 Representação para ilustrar as diferenças dos dois
grupos quanto à percentagem de fase N3 do sono
60
Gráfico 24
Representação para ilustrar as diferenças dos dois
grupos quanto à percentagem de sono REM
estudada
61
Gráfico 25 Representação para ilustrar as diferenças dos dois
grupos quanto aos microdespertares
62
Gráfico 26 Representação para ilustrar as diferenças dos dois
grupos quanto aos despertares
63
Gráfico 27 Representação para ilustrar as diferenças dos dois
grupos quanto à densidade REM
64
Gráfico 28
Representação para ilustrar as diferenças dos dois
grupos quanto aos movimentos periódicos dos
membros no sono
65
Gráfico 29
Representação do histograma para ilustrar as
diferenças dos dois grupos quanto à presença de
sono alfa-delta
66