higienizaÇÃo na indÚstria de alimentos

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HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS Eng. Ma. Amanda Peregrine Primo

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Page 1: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Eng. Ma. Amanda Peregrine Primo

Page 2: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Apresentação

• Apresentação da palestrante• Titulação;

• Trajetória profissional.

• Apresentação dos participantes• Nome;

• Formação;

• Trajetória profissional.

Page 3: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Qualquer tipo de processamento industrial de alimentos

REQUISITO ESSENCIAL

MANUTENÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITARIAS

Page 4: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

microrganismos

presentes na matéria-prima

microrganismos que

que se agregam

ao produto ao longo

das várias etapas do processo

CARGA

MICROBIANA

CONTAMINANTE

DO PRODUTO

FINAL

principalmente em função do contato com superfícies e equipamentos, intensidade e condições de manuseio, qualidade da água e do ar, bem como fatores ambientais diversos

Page 5: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Importância da Higienização

Higienização: todo procedimento voltado à preservação da saúde (“eliminação” de agentes causadores de doenças).

Page 6: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• A higienização na indústria de alimentos se insere junto às Boas Práticas de Fabricação (BPF) e às Análises de Perigos e Pontos Críticos

de Controle (APPCC) e tem como objetivo principal a obtenção de produtos seguros para a população humana.

(ANDRADE, 2008)

Higienização

Page 7: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Importância da Higienização

Page 8: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Para qualquer ambiente onde se produza, processe,porcione ou armazene alimentos a higienizaçãoadequada do ambiente é fundamental para que seconsiga obter a segurança do alimento que ali está.

Higienização

O QUE É UM ALIMENTO SEGURO???

Page 9: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• É fundamental no sentido de evitar a ação dosfatores causadores da contaminação dos alimentosque pode levar:Perda de suas qualidades sensoriais e nutricionais;

Degradação do produto;

Enfermidades de maior ou menor gravidade para oconsumidor.

Higienização

COMO ESTAS ENFERMIDADES

PODEM SER VEICULADAS???

Page 10: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

O agente é uma toxina previamente elaborada por um

determinado micro-organismo no alimento.

Não há necessidade de ingestão de micro-organismo,

mas uma simples ingestão de toxinas.

Quando há ingestão de alimentos que contêm micro-organismos

patogênicos vivos, sendo que estes se multiplicam no

organismo (infecção) e ao mesmo tempo produzem toxinas

(intoxicação).

Toxinfecção

Infecção de origem alimentar

Toxinose ( Intoxicação)

Ingestão de alimentos contendo

células vivas de micro-organismo

patogênico, colonização e/ou

invasão.

Page 11: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• A indústria de alimentos, ou qualquer ambiente que manipulealimentos, deve procurar meios que possibilitem efetuar uma perfeitahigienização no menor tempo possível e garantir ao consumidor finala segurança de adquirir um produto de altíssima qualidade semabsoluta presença de contaminantes.

Higienização

QUAIS SÃO ESTES CONTAMINANTES???

Page 12: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

LEMBRANDO RAPIDAMENTE DOS MICRORGANISMOS• Microrganismo é o nome dado a todos os organismos compostos por

uma única célula e que não podem ser vistos a olho nu, sendo visíveis apenas com o auxílio de um microscópio. Embora, alguns, em determinadas fases de seu crescimento atingem tamanho macroscópicos, a exemplo dos fungos conhecidos como cogumelos, que chega a formar um falso tecido.

Page 13: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Os mais estudados na Microbiologia são as bactérias, fungos, vírus ealgumas algas. Além destes, protozoários, helmintos, ácaros sãoestudados em Parasitologia.

Page 14: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Quais os tipos de microrganismos existem?

• VÍRUS

• BACTÉRIAS

PROTOZOÁRIOS

FUNGOS

Page 15: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Vírus

• A palavra “vírus” vem do latim, e significa veneno ou toxina. Os vírus são agentes infecciosos que causam doenças, como por exemplo: • Gripe

• Caxumba

• Sarampo

• Catapora

• Aids

• Dengue

• Poliomielite

Page 16: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Bactérias

• São micro-organismos extremamente pequenos.

• Tamanho médio: 0,000001 a 0,000003.

• Cárie

• Pneumonia

• Sífilis

• Diarréia

Page 17: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Protozoários

• São micro-organismos causadores de doenças como:

• Doença de Chagas

• Malária

• Toxoplasmose

• Giardia

Page 18: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Fungos

• Micose

• Bolores

• Candidíase

• Dermatite Seborréica

Page 19: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Principais veículos de contaminação

Page 20: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Terminologia técnica

• Limpeza: remoção física de terra, resíduo alimentício, sujidades,graxas ou outras matérias indesejáveis.

• Desinfecção: redução, através de agentes químicos ou métodosfísicos, do número de microrganismos no ambiente, até um nível quenão comprometa a segurança do alimento e/ou seu estado de própriopara consumo.

Fonte: RECOMMENDED INTERNATIONAL CODE OF PRACTICE GENERAL PRINCIPLES OF FOOD HYGIENE -CAC/RCP 1 CAC/RCP 1-1969, Rev. 4 (2003) 1969, Rev. 4 (2003)

CODEX ALIMENTARIUS:

Page 21: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Desinfecção: eliminação das formas vegetativas dos microrganismos patogênicos – Legislação de Saneantes/2007.

• Desinfetante: agente que elimina todos os patogênicos (formas vegetativas) – Legislação Saneantes/2007.

• Sanitizante: agente que reduz o nº de microrganismos patogênicos a níveis seguros – Legislação de Saneantes/2007.

Page 22: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• De forma geral...

• A sanitização pode ser entendida como sendo um conjunto de procedimentos higiênico-sanitários visando garantir a obtenção de superfícies, equipamentos e ambientes com características adequadas de limpeza e baixa carga microbiana residual.

Page 23: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

A higiene na indústria de alimentos visa basicamente à preservação da pureza, da

palatabilidade e da qualidade microbiológica dos alimentos. Assim, a higiene industrial auxilia na

obtenção de um produto que, além das qualidades nutricionais e sensoriais, tenha uma boa condição higiênico-sanitária não vindo a oferecer quaisquer

riscos à saúde do consumidor.

Page 24: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

A adoção de práticas higiênicas nas indústrias de alimentos e o uso

adequado dos agentes de limpeza e sanitização têm como finalidade obter

produtos alimentícios de qualidade satisfatória. Especialmente, no caso de

alimentos perecíveis, a aplicação de técnicas apropriadas de higiene e

sanitização permitirá obter produtos de boa qualidade, do ponto de vista de

saúde pública, atendendo exigências de padrões microbiológicos e permitindo

obter produtos com uma vida de prateleira mais longa.

Page 25: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

A higiene e a sanitização dos equipamentos são, sem dúvida,

operações fundamentais no controle sanitário em indústrias alimentícias,

entretanto, frequentemente são negligenciadas ou efetuadas em

condições inadequadas.

Page 26: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Princípio - para reflexão

• “Uma desinfecção sem prévia limpeza resulta, no mínimo, em umprocesso antieconômico, e uma limpeza sem desinfecção posteriorresulta num processo higiênico insuficiente (OPAS).

• Nenhum procedimento de desinfecção pode dar resultadosplenamente satisfatórios, a menos que a sua aplicação seja precedidapor uma limpeza completa (Codex Alimentarius).”

• “Para alcançar e manter um controle microbiano, o processo delimpeza deve ser seguido de uma desinfecção (ICMSF).”

Page 27: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

A ETAPA LIMITANTE DA HIGIENIZAÇÃO É A LIMPEZA E

NÃO A DESINFECÇÃO

Page 28: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Princípio da Higienização - Sinner

HE = (EQ x EM x ET) x T

4 variáveis determinantes da eficácia Limpeza / Higienização

Page 29: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
Page 30: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Antes de dar início a um programa dehigienização, é necessário que hajaconhecimento: do tipo de resíduo que será removido; da natureza da superfície; dos métodos de higienização aplicados.Todos estes fatores são importantes na escolha dos agentes de limpeza e sanificação.

Page 31: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Qualquer material indesejável na superfície dosequipamentos ou local onde o produto é produzido.

Resíduo do produto;Água;Resíduo de detergente;Microrganismo;Vidro/metal.

Resíduo

Page 32: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Visível

Visualizado ao olho nu;

Resíduo de produto

Identificado através de check-list e auditorias;

Remoção: detergente e água

Invisível

Visualizado somente no microscópio;

Microrganismos;

Identificado através de análises específicas;

Remoção: sanitizante

Tipos de Resíduos

Page 33: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Capacidade de sobrevivência ou multiplicação dos

microrganismos

Page 34: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Fatores Intrínsecos

• pH

• Atividade de água (Aw)

• Potencial de óxido-redução (Eh)

• Composição química

• Fatores antimicrobianos

• Estrutura biológica

• Interação entre microrganismos

Page 35: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Fatores Extrínsecos

• Temperatura

• Umidade

• Composição gasosa da atmosfera

Page 36: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
Page 37: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Fatores intrínsecospH• Os microrganismos apresentam valores

de pH, mínimo, ótimo e máximo para multiplicação.

• A maioria dos microrganismos crescem melhor em pH próximo daneutralidade (6,5 a 7,5)

TAXA DE CRESCIMENTO DE ALGUNS MICRORGANISMOSMicrorganismo pH ótimo pH máximo pH mínimo

Bactérias (maioria) 6,5 a 7,5 9,0 4,5

Bolores 4,0 a 6,8 8,0 a 11,00 1,5 a 3,5

Leveduras 4,0 a 6,5 8,0 a 8,5 1,5 a 3,5

Fonte: Franco & Landgraf, 2008

Page 38: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Maior tolerância a valores baixos de pH

BOLORES > LEVEDURAS > BACTÉRIAS

• Microrganismos patogênicos apresentam uma faixa de pH mais estreita

Fatores intrínsecospH

Page 39: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Classificação dos alimentos quanto ao pH

• Baixa acidez = pH > 4,5 ⇒ mais sujeitos ao crescimento microbiano

• Ácidos = pH entre 4,0 e 4,5 ⇒predominância do crescimento de bolores e leveduras• poucas bactérias (láticas e espécies

de Bacillus)

• Muito ácidos = pH < 4,0 ⇒crescimento de bolores e leveduras

Page 41: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Crescimento dos microrganismos em função do pH

Alimentos pouco ácidos4,6 < pH < 7,0

Alimentos ácidospH < 4,6

Bactérias patogênicasBactérias esporuladasBactérias láticasBactérias acéticasBoloresLeveduras

Bactérias acéticasBactérias láticasBoloresLeveduras

Page 42: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Efeito dos ácidos nos microrganismos

• Maior gasto de energia para manter o pH intracelular

• Desnaturação de proteínas, DNA

• Alteração da atividade das enzimas responsáveis pelas atividades vitais da célula

• Menor velocidade de crescimento

Page 43: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Adaptação bioquímica a extremosde pH• Acidófilos e alcalófilos mantém pH interno próximo da

neutralidade eliminam OH- ou H+

• pH ácido = aminoácido descarboxilase produzem aminas ↑ pH

• pH básico = aminoácido desaminase produzem ácidos ↓ pH

Page 44: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Atividade de água (Aw)

Os microrganismos necessitam de água livre para suas atividades metabólicas

• Os microrganismos apresentam• Aw ótima• Aw mínima• Aw máxima

𝐴𝑤 =𝑃

𝑃0VARIA DE 0 A 1,0

• P = pressão de vapor de água no alimento• P0 = pressão parcial de vapor da água pura

Page 46: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Aw e o desenvolvimento de microrganismos• > 0,95 = Bactérias patogênicas ( exceção S. aureus)

• > 0,91 = Bactérias deterioradoras

• 0,60 a 0,91 = bolores e leveduras

• 0,60 = valor limitante de Aw para multiplicação de qualquer microrganismo.

Aw, temperatura e disponibilidade de nutrientes são interdependentes.

Page 48: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Faixa de Aw Microrganismos capazes de se desenvolver

Alimentos com Aw na faixa indicada

1,00 – 0,95 Pseudomonas, Escherichia, Proteus, Shigella, Klebsiella, Bacillus, Clostridium perfringens e algumasleveduras.

Alimentos muito perecíveis (frutas frescas, vegetais, carnes, peixe), lingüiças, salsichas e pães cozidos, alimentos contendo até 40% de sacarose e 7% de sal.

0,95 – 0,91 Salmonella, V. parahaemolyticus, C. Botulinum, Serratia, Lactobacillus, Pediococcus, alguns fungos, Rhodotorula, Pichia.

Alguns queijos (cheddar, suíço, provolone), carnes curadas (presunto), concentrado de frutas, alimentos contendo até 55% de sacarose ou 12% de sal.

0,91 – 0,87 Muitas leveduras (Candida, Torulopsis, Hansenula), Micrococus.

Embutidos fermentados (salames), bolos confeitados, queijos desidratados, margarina, alimentos contendo até 65% de sacarose ou 15% de sal.

Page 49: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Faixa de Aw Microrganismos capazes de se desenvolver

Alimentos com Aw na faixa indicada

0,87 – 0,80 A maioria dos fungos, Staphylococcusaureus, a maioria das Saccharomycesspp., Debaryomyces

Concentrados de frutas, leite condensado, xaropes de chocolate e frutas, farinha, arroz, granulados contendo 15 a 17% de umidade, bolos de frutas, presuntos caseiros, foundies e confeitos açucarados.

0,80 – 0,75 A maioria das bactérias halófilas. Geléias, marmeladas, marzipã, glacê de frutas e marshmallow.

0,75 – 0,65 Fungos xerofílicos (Aspergilluschevalieri, A. candidus, Wallemia sebi), Saccharomyces bisporus.

Flocos de aveia contendo 10% de umidade, cremes para recheio, geléias, marshmallow, melaço, caldo de cana de açúcar, algumas frutas secas e castanhas.

0,65 – 0,60 Leveduras osmofílicas (Saccharomyces rouxii), poucos fungos (Aspergillusechinulatus, Monascus, Monascusbisporus).

Frutas secas contendo de 15 a 20% de umidade: algumas balas, caramelos e mel.

Page 50: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Faixa de Aw Microrganismos capazes de se desenvolver

Alimentos com Aw na faixa indicada

0,50 Sem proliferação microbiana Macarrão e massa similares, contendo 12% de umidade, temperos com 10% de umidade.

0,40 Sem proliferação microbiana Ovo em pó com 5% de umidade

0,30 Sem proliferação microbiana Biscoitos e torradas com 3-5% de umidade

0,20 Sem proliferação microbiana Leite em pó (2 – 3% umidade), vegetais desidratados (5% umidade), flocos de milho (5% umidade), sopas desidratadas

Page 51: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Redução da Aw no alimento• Adição de soluto sal, açúcar, glicerol

• Remoção da água desidratação e congelamento

Diminuição da Aw = aumento da duração da fase lag e diminuição do crescimento microbiano

Page 52: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Potencial de oxi-redução (Eh)

• O que é?• Facilidade com que determinado substrato ganha ou perde elétrons

• Substrato perde elétrons OXIDADO

• Substrato ganha elétrons REDUZIDO

• Quando ocorre a transferência de elétrons de um composto para outro gera diferença de potencial (mV).

Page 53: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Quanto mais oxidado um composto mais positivo é seu Eh

• Quanto mais reduzido é um composto mais negativo é seu Eh

O que os microrganismos requerem para multiplicação

Potencial de oxi-redução

Microrganismo Eh

Aeróbios (maioria dos bolores, leveduras oxidativas e muitas bactérias, principalmente as causadoras de deterioração (Pseudomonas, Moraxella, Acinetobacter, Flavobacterium) B. cereus)

+ 350 a + 500 mV

Anaeróbios (algumas bactérias patogênicas (C. botulinum) e bactérias deteriorantes (Desulfomaculum nigrificans), algumas espécies de Clostridium (C. perfringens))

Menor que -150 mV

Page 54: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Eh de alguns alimentos

Alimento Eh (mV)

Suco de uva 409

Frutas frescas e vegetais 300 a 400

Leite 200 a 300

Carne moída 200

Carnes em grandes pedaços -200

Grãos de trigo -320 a -360

Queijos -20 a -200Fonte: Falconi, 2012

Page 55: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Composição química

• Nutrientes necessários para a multiplicação microbiana• Água

• Fonte de energia (carbono)• Açúcar, álcool, aminoácido, amido, celulose, gordura

• Fonte de nitrogênio• Aminoácidos, peptídeos, proteínas

• Vitaminas• Complexo B, biotina, ácido pantotênico

• Carne – muita vitamina B

• Frutas – pouca vitamina B

• Sais minerais• Sódio, potássio, cálcio, magnésio, ferro, cobre, manganês, fósforo, zinco,

enxofre, cobalto e molibidênio

Page 56: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Constituintes antimicrobianos

• Substâncias que apresentam a capacidade de retardar ou impedir a multiplicação microbiana.

• Podem ser:

• Naturais;

• Produzidas pelos microrganismos;

• Adicionadas aos alimentos.

Page 58: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Substância Microrganismo

Ácido propiônico Bactéria propiônica

Ácido lático Bacteria lática

Álcool Levedura

Antibiótico Bolores

Bacteriocinas Vários, especialmente bactérias gram-positivas

Água oxigenada Estreptococos e lactobacilos

Constituintes antimicrobianos - Produzido por microrganismos

Fonte: Falconi, 2012

Constituintes antimicrobianos -Adicionados aos alimentos

• Ácidos• Nitratos e nitritos• Dióxido de enxofre e sulfitos• Nisina

Page 59: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Fatores extrínsecos - Temperatura

TEMPERATURA (°C)

GRUPO MÍNIMA ÓTIMA MÁXIMA

Termófilos 40 – 45 55 – 75 60 – 90

Mesófilos 5 – 15 30 – 45 35 – 47

Psicrófilos -5 - +5 12 – 15 15 – 20

Psicrotróficos -5 - +5 25 – 30 30 – 35

Page 60: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Classificação dos microrganismos com base na temperatura ótima para crescimento

Page 61: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Psicrotróficos• Pseudomonas, Alcaligenes, Flavobacterium, Micrococcus.

• Mesófilos• A maioria das espécies

• Maior parte dos patógenos

• Termófilos• Algumas espécies de Bacillus e Clostridium

Fatores extrínsecosTemperatura

Page 62: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Outros microrganismos

• Bolores• Faixa ampla de temperatura

• Crescem em temperatura de refrigeração

• Leveduras• Crescem em temperatura de psicrotróficos e mesófilos

Fatores extrínsecosTemperatura

Page 63: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

A esta temperatura os micro-organismoscomeçam a morrer em poucos minutos.

Se tiver que aquecer alimentos já prontosassegure que será atingido 82oC no centro doalimento.

É a temperatura ideal para os

micro-organismos se multiplicarem.

(5-63oC )

A esta temperatura os micro-organismos não semultiplicam, mantém-se inativos, mas nãoMORTOS.

Temperatura na qual ocorre o congelamento daágua 0oC.

Ponto de fervura da

água 100oC, cozimento

63-65oC é a mínima temperatura para se iniciar o processode morte de micro-organismos, no mínimo 30 minutos aesta temperatura

Refrigeração

Page 64: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Os micro-organismos se multiplicam

rapidamente, podendo passar de

1 micro-organismo para mais de 2.000.000.00

em apenas 7 horas.

0 HORA

1

4 HORA

4000 MIL

7 HORA

Page 65: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Umidade relativa (UR)

• 𝑈𝑅𝑒𝑞 = 𝐴𝑤 𝑥 100

• UReq = umidade relativa de equilíbrio

• UR > Aw – absorção de água

• UR < Aw – perda de água

Page 66: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
Page 67: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Composição gasosa do ambiente

• Presença de O2 – aeróbios facultativos• Streptococcus, Staphylococcus, Pseudomonas

• Ausência de O2 – anaeróbios facultativos• Fusobacterium, Clostridium

ATMOSFERA MODIFICADA

• Substituição total ou parcial do O2 por outros gases – prolonga o tempo de armazenamento dos alimentos• CO2, nitrogênio

Page 68: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Teoria dos obstáculos

Interações entre os fatores intrínsecos e extrínsecos para impedir a multiplicação de microrganismos deterioradores e patogênicos,

melhorando a estabilidade e a qualidade de alimento.

Page 69: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• São os fatores intrínsecos e extrínsecos que afetam a vida e a morte dos microrganismos

• A ação conjunta ou de mais de dois fatores podem potencializar ou não e até limitar, o efeito isolado dos fatores sobre os microrganismos• impede a deterioração veiculação de doenças

• aumenta a vida útil dos produtos

• garante a qualidade dos alimentos

Teoria dos obstáculos

Page 70: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Formação de biofilmes

• Por muito tempo foi considerado que as bactérias viviam de forma isolada. No entanto, observou-se que ocorre associação, e nas últimas décadas também uma comunicação entre as bactérias. Esse tipo de comportamento comunitário permite a formação de uma estrutura multicelular complexa denominada BIOFILME (FUQUA et al., 1996).

Page 71: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Os biofilmes mais comuns na natureza são heterogêneos, compostos por duas ou mais espécies• os produtos do metabolismo de uma espécie auxiliam o crescimento das

demais e a adesão de uma dada espécie fornecem substâncias que promovem a ligação de outras

• A competição pelos nutrientes e a acumulação de metabólitos tóxicos produzidos pelas espécies colonizadoras poderão limitar a diversidade de espécies num biofilme.

Page 72: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
Page 73: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

•Do ponto de vista da segurança de alimentos:• os biofilmes são importantes devido à sua formação em

alimentos, utensílios e superfícies e à dificuldade encontrada em sua remoção. Se formados em materiais da linha de produção da indústria de alimentos, podem acarretar risco à saúde do consumidor e prejuízo financeiro à indústria (FLACH et al., 2005).

Page 74: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Dos microrganismos frequentemente encontrados num biofilme, predominam-se as bactérias• Dado às elevadas taxas de reprodução, grande capacidade de adaptação e de

produção de substâncias e estruturas extracelulares (NITSCHKE, 2006).

• Dentre os microrganismos que podem participar de processos de adesão e podem gerar problemas de saúde pública ou de ordem econômica, ressalta-se: Pseudomonas aeruginosa, Pseudomonasfragi, Pseudomonas fluorescens, Micrococcus sp. e Enterococcusfaecium. Como exemplos de patogênicos pode-se citar: Listeriamonocytogenes, Yersinia enterocolitica, Salmonella thyphimurium, Escherichia coli O157:H7, Staphylococcus aureus e Bacillus cereus(CRIADO et al. , 1994; LERICHE e CARPENTIER, 1995; SMITH e FRATÂMICO, 1995; ANDRADE et al.,

1998; PARIZZI et al., 2004).

Page 75: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Os biofilmes podem ser benéficos ou indesejáveis na indústria de alimentos

Page 76: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Biofilmes benéficos• Biorreatores para a produção de fermentados;

• Bactérias produtoras de ácido acético se agregam em fragmentos de madeira e convertem diversos substratos em vinagre;

• Tratamentos aeróbios e anaeróbios de águas residuárias na remoção de matéria orgânica e inorgânica.

• Diminuem a eficiência de calor em trocador de calor;

• Diminuem o fluxo das tubulações;

• Desencadeiam processos corrosivos;

• Fontes de contaminação.

Biofilmes indesejáveis

Page 77: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Na indústria de alimentos os biofilmes podem se acumular em umavariedade de substratos como, por exemplo: aço inox, vidro,borracha, polipropileno, fórmica, ferro, poliestileno de baixadensidade, policarbonato, entre outros.

• Convém ressaltar que o biofilme, quando submetido ao calor, podecristalizar e formar depósitos ou crostas que são muito aderentes,protegendo novos microrganismos e dificultando ainda mais osprocedimentos de higiene

(PARIZZI et al., 2004).

Page 78: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
Page 79: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Como evitar a formação de biofilmes

• Para se evitar a formação de biofilmes na indústria de alimentos é essencial o estabelecimento e a adequação das medidas de higiene e sanitização (ARAÚJO, 2006).

• São necessárias duas a quatro semanas para formação de um biofilme, portanto esses se formariam apenas em sistemas onde a limpeza e a sanitização forem deficientes (LEMOS, 2002).

Page 80: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Um biofilme microbiano presente numa superfície com resíduos oriundos do alimento impede um efetiva penetração do sanitizante para eliminar microrganismos.

• O sanitizante reage inicialmente com: resíduos de proteínas, gordura, carboidratos e minerais.

• Ao final, pouca atividade do sanitizante resta para agir sobre os microrganismos no biofilme.

• Quando o biofilme é tratado corretamente com detergente antes do uso dos sanitizantes, os microrganismos geralmente são eliminados. No entanto, procedimentos de higienização incorretos não removem nem inativam ao microrganismos aderidos

Page 81: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Natureza da superfície

• Materiais que compõe a superfície que entrará em contato com o alimento devem ser:• Resistentes à corrosão;

• Não tóxicos;

• Mecanicamente estáveis;

• Não apresentar influência adversa como: transmissão de odor, cor, ou mancha indesejável;

• Não contribuir para a contaminação do alimento.

Page 82: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Algumas superfícies podem propiciar processo de adesão bacteriana e a formação de biofilme (DUTRA; ALESS; MARIOT, 2008);

• A adesão ocorre quando a contagem de microrganismo na superfície atinge os valores entre 104 UFC/cm² e 105 UFC/cm², contagens acima destes valores já caracterizam a formação de biofilme (ANDRADE, 2008).

Natureza da superfície

Page 83: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Metais

• AÇO CARBONO: • propenso à ferrugem por detergentes ácidos e clorados, normalmente é

estanhado ou galvanizado. Deve ser utilizado detergente neutro.

• AÇO INOXIDÁVEL: • geralmente resistente à corrosão; liso e impermeável; resistente à oxidação à

altas temperaturas; de fácil limpeza;• Caro, alguns são atacados por átomos de halogênios (cloro, iodo, bromo e

flúor);• A seleção depende de fatores como: propriedade corrosiva (íons, pH,

temperatura), processo de limpeza, produtos químicos;• Presença de fissuras provoca entrada de resíduos, que dificultam o processo

de higienização e facilitam a formação de biofilmes.

Page 84: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Não metais

• MADEIRA:• Podem ser utilizados em casos específicos: quando auxilia na regulação da UR

ou microbiana (maturação) – devem ser higienizadas de forma efetiva;

• Deve ser evitado, a menos que seja imprescindível e que seu controle demostre que não constitui uma fonte de contaminação (BRASIL, 1997);

• MATERIAIS POLIMÉRICOS E ELASTÔMEROS:• Borracha deve ser não porosa e não esponjosa; não é afetada por solventes

alcalinos, mas por solventes orgânicos e ácidos fortes;

• Podem ser danificados por compressões térmicas ou mecânicas excessivas ou deformação, afetando negativamente a higienização do material;

Page 85: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Não metais

• TINTA:• Qualidade da superfície depende da aplicação; pode ser danificada por

substâncias alcalinas fortes;

• VIDRO: • Deve ser liso e impermeável; pode ser destruído por compostos alcalinos

fortes, devendo ser higienizados com detergente moderadamente alcalinos ou neutros;

Page 86: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Características das superfícies nas instalações de uma empresa alimentar

Fonte: MARRIOT, 1997

Page 87: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Agentes detergentes

• A escolha do detergente vai depender do tipo e da quantidade de sujidade a remover, assim como das suas características ao nível da solubilidade.

• Normalmente uma sujidade inorgânica requer um detergente ácido, enquanto que as sujidades orgânicas são melhor removidas por detergentes alcalinos.

Page 88: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Agentes altamente alcalinos

• Estes produtos utilizam-se para a remoção de impurezas incrustadas ou queimadas.

• Nas concentrações em que são usados são extremamente corrosivos para muitos materiais e em contato com a pele podem provocar queimaduras muito graves.

• Na aplicação destes produtos, há que tomar medidas de proteção pessoal.

• Exemplos : hidróxido de sódio (soda cáustica) e silicatos.

Page 89: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Agentes moderadamente alcalinos

• São eficientes na remoção de gorduras mas não na remoção de resíduos minerais.

• Estes compostos apresentam poderes de dissolução moderados e podem ser desde ligeiramente corrosivos a nada corrosivos.

• Exemplo: carbonato de sódio que é muito usado em limpeza manual e em sistemas de produção de vapor.

Page 90: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Agentes alcalinos suaves

• São muito usados para a limpeza manual de áreas ligeiramente sujas.

• Estes compostos (por ex: soluções de bicarbonato de sódio) são eficazes em água sem calcário, mas não removem os resíduos minerais.

Page 91: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Agentes tensoativos

• Também chamados detergentes neutros – quando adicionado a um meio líquido em baixa concentração, diminui sensivelmente a tensão superficial do meio, aumentando a capacidade de molhadura;

• Melhorar a atividade umectante e de penetração do produto

Aniônicos – alquilbenzeno de sódio e o dodecilbenzeno sulfonado de sódioCatiônicos – sais quaternários de amônioNão iônicos - alquil etoxilados e os alquil fenólicos etoxilados

Page 92: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Agentes ácidos

• Removem os materiais que estão secos ou incrustados nas superfícies e dissolvem os minerais.

• São produtos especialmente eficazes na remoção dos depósitos minerais formados pelos agentes de limpeza alcalinos.

• Quando a água é aquecida a temperaturas superiores a 80°C, alguns dos minerais depositam-se e aderem às superfícies metálicas.

• Os agentes ácidos dissolvem os minerais dos depósitos de modo a que sejam facilmente removidos.

Page 93: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Agentes ácidos

• Ácidos orgânicos (como o cítrico, o tartárico, o sulfâmico) não corroem superfícies, não irritam a pele e são facilmente removidos com água.

• Ácidos inorgânicos são excelentes a remover e a controlar os depósitos minerais, mas podem ser bastante corrosivos para as superfícies e irritantes para a pele.

• Os agentes ácidos são usados mais para situações muito específicas do que para uso geral.

• São menos eficazes que os agentes alcalinos na remoção de sujidades causadas por gorduras, óleos e proteínas.

Page 94: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Agentes fortemente ácidos

• Corroem a grande maioria dos metais e estruturas de aço.

• O aquecimento de agentes ácidos leva à produção de gases tóxicos e corrosivos que podem afetar os pulmões.

• Removem minerais e a matéria incrustada nas superfícies dos equipamentos de vapor, caldeiras e alguns equipamentos de processamento alimentar.

• Quando a solução está muito quente, os minerais podem redepositar-se e formar uma película.

• Exemplo: ácido fosfórico.

Page 95: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Agentes moderadamente ácidos

• Estes compostos são ligeiramente corrosivos e podem causar reações sensíveis.

• Alguns destes produtos podem atacar a pele e olhos.

• Exemplos: ácidos levulínico, hidroacético e gluconico.

Os ácidos orgânicos são adequados para limpezas manuais e conseguem amaciar a água.

São, no entanto, mais caros que outros agentes ácidos.

Page 96: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Solventes

• Os solventes consistem em soluções de éter ou álcool.

• Funcionam bem contra sujidades provocadas por produtos à base de petróleo, como óleos e gorduras lubrificantes.

• Habitualmente as empresas alimentares utilizam agentes alcalinos para remover sujidades orgânicas e solventes para remover grandes quantidades de depósitos de petróleo em áreas de manutenção e nos motores.

• O uso de solventes deve ser controlado.

Page 97: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Agentes sequestrantes

• Evitar o depósito ou aglomeração de sais na superfície;

• Mais eficientes nesta função e mais estáveis que os fosfatos em temperaturas mais elevadas;

• Exemplo: EDTA (etilenodiaminotetracetato de sódio).

Page 98: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Fosfatos

• Emulsificação dos resíduos de gordura;

• Diminuem a dureza da água por formação de complexos solúveis com sais divalentes e auxiliam na suspensão destes resíduos.

• Exemplo: ortofosfato de sódio.

Page 99: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Solubilidade em água, facilidade de remoção e efeito do calor dos principais resíduos

Page 100: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Detergentes recomendados na remoção de diferentes tipos de resíduos

Page 101: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Desinfecção• A seguir à limpeza, a desinfecção é usada para reduzir o número de

microrganismos viáveis, por remoção ou destruição e para prevenir o crescimento microbiano durante o período de produção.

• Este processo pode ser alcançado mediante a aplicação de agentes ou processos (químicos ou físicos) a uma superfície limpa.

• Especialmente requerida em superfícies úmidas, as quais oferecem condições favoráveis ao crescimento de microrganismos.

• Existem essencialmente 3 tipos de desinfecção: desinfecção por calor, desinfecção por radiação e desinfecção química.

Page 102: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Desinfecção por calor: • Bom método, não é corrosivo e destrói todos os tipos de microrganismos; • Limitação: não pode ser utilizada em superfícies sensíveis ao calor, e ser cara. • Eficaz se assegurarmos que a temperatura atinja toda a superfície a desinfetar e

durante o tempo necessário para a destruição dos microrganismos (apresenta bons resultados em circuitos fechados).

• Desinfecção por radiação:• A mais usada é a Ultravioleta;• Usadas em situações específicas e as lâmpadas trocadas a cada 6 meses;

• Desinfecção por produtos químicos• A mais generalizada na indústria alimentar. • Na prática, não existem desinfetantes universais, pelo que é preciso algum

cuidado na escolha e aplicação dos desinfetantes.

Page 103: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Ácido peracético• Odor forte;• pH baixo – 2,8;• Normalmente produzido em concentrações de 5 a 15%;• Mais eficiente que o peróxido de hidrogênio;• Esporocida em baixas temperaturas;• Permanece ativo na presença de matéria orgânica;• Eficiente para gram-positivas, gram-negativas, fungos filamentosos e

leveduras, vírus e esporos bacterianos;• Pode ser aplicado sem enxaguar;• Eficácia não é afetada pelos resíduos de proteínas;• Não corrosivo ao inox [], irritante à pele e mucosas, baixa estabilidade no

armazenamento, incompatível com ácidos alcalinos concentrados e borrachas naturais e sintéticas.

Page 104: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Álcoois

• Os mais utilizados são: etílico, propílico e isopropílico;

• Etílico, mais usado a 70% - ação antimicrobiana mais eficiente –desnaturação proteica e remoção de lipídeos na membrana celular;

• Potentes bactericidas contra formas vegetativas de gram-positivas, gram-negativas, fungos, diversos vírus e micobactérias;

• Não são esporocidas e perdem sua eficácia na presença de matéria orgânica.

Page 105: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Clorhexidina

• Composto químico sintético;

• Não possui bom poder de molhagem, podem ser usadas formulações usando tensoativos catiônicos ou não iônicos.

• Soluções diluídas não possuem odor nem cor e não provocam danos à pele e mucosas;

• Ação contra gram-positivas, gram-negativas, leveduras e fungos. Baixa ação viricida, não atuam contra o bacilo da tuberculose, esporos e fungos filamentosos.

• Age através da perda do conteúdo celular por adsorção.

Page 106: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Compostos clorados

• Classificados em orgânicos e inorgânicos;

• Muito utilizados: baixo valor comercial, efetivos contra gram-positivas, gram-negativas, leveduras, fungos filamentosos e dependendo do pH até contra esporos bacterianos.

• Hipoclorito de sódio: mais eficaz em ambientes de pH ácidos, importante agente antimicrobiano no combate às células do biofime;

• Hipoclorito de cálcio: controle de doenças graves (tétano, tuberculose, etc.);

• Dióxido de cloro: mais esporocida que o ácido hipocloroso, pode ser usado como desinfetante e esterilizante, efetivo na presença de altas cargas de materiais orgânicos e pode ser usado no CIP.

Page 107: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Compostos de amônia quaternária (surfactantes catiônicos) • Agentes sanitizantes eficientes contra gram-positivas e termodúricas,

pouco eficientes contra gram-negativas, coliformes psicrotróficos e ineficientes contra esporos;

• Ineficazes na presença de material orgânico, inativada pelos sabões e água dura reduz sua eficácia;

• Desnaturam a proteína das membranas e do citoplasma bacteriano e quebra dos complexos lipoprotéicos;

• Bacteriostáticos em baixas concentrações e bactericidas em altas concentrações;

• Não são corrosivos nem tóxicos.

Page 108: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Compostos fenólicos

• Incolor, solúvel em água e de difícil manipulação;

• Altera a permeabilidade da membrana celular permitindo o extravasamento de constituintes essenciais à célula como os aminoácidos;

• Fungicidas, porém pouco eficientes contra esporos bacterianos e vírus;

• Ação antimicrobiana residual ao reagirem com a umidade;

• Não são voláteis e nem corrosivos, menos inativados pela matéria orgânica;

• Podem ser irritantes ou até mesmo corrosivos dependendo da concentração e tempo de exposição, odor forte e o contato prolongado pode causar lesões na pele.

Page 109: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Iodóforos

• Compostos derivados do iodo que combinam um agente tensoativo e um agente veiculador ácido;

• Boa ação de molhagem (tensoativo), penetração em fissuras e ranhuras;

• Afetados pela água dura;

• Atuam na prevenção da formação de incrustações e podem ser usados na nebulização para a diminuição da microbiota ambiental;

• Menor eficiência que os compostos clorados contra esporos bacterianos e bacteriófagos;

• Liberam odores indesejáveis.

Page 110: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Ozônio

• Apresenta forte odor e propriedades oxidantes ;

• Pode ser usado contra bactérias, fungos, vírus, protozoários e esporos de fungos e bactérias;

• Atua com a inativação enzimática (oxidação de aa) e oxidação de lipídeos;

• Maior eficiência em temperaturas mais baixas.

Page 111: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Peróxido de hidrogênio

• Forte ação oxidante – liberação de oxigênio;

• Possui atividade contra bactérias gram+ e gram-;

• Baixa toxidade e não tem necessidade de enxágue;

• Corrosivas ao cobre zinco e bronze;

• Na indústria de alimentos é utilizado na [ ] 0,3 e 6%, pH 4 e temperatura ambiente ou a 80°C de 5 a 20 min;

• Se usado em baixas temperaturas o tempo de contato deve ser maior e a concentração deve ser controlada;

• Eficiente contra biofilmes maduros em concentração de 0,08 a 0,2%;

• Seguro, não causa reações alérgicas e pode ser utilizado em concentração elevada.

Page 112: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Condições de uso de sanitizantes químicos mais usados para controle de mo em superfícies de processamento de alimentos

Page 113: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Eficiência sobre mo de alguns sanitizantesquímicos

Page 114: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Qualidade da água

• A qualidade da água é também um fator determinante.

• Deve ser própria para consumo:• limpa e transparente,

• branda (não precipita sabões nem forma incrustações),

• livre de microrganismos,

• não corrosiva.

Page 115: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Água com dureza excessiva (excesso de sais inorgânicos - cloretos de cálcio e de magnésio, sulfatos e bicarbonatos) – reduz a eficácia de alguns detergentes e desinfetantes e contribui para a formação de incrustações na superfície do equipamento durante a evaporação.

• O uso de águas brandas está particularmente indicado para as operações de limpeza química.

• Relativamente à qualidade da água, existe legislação específica a qual deve ser consultada.

Qualidade da água

Page 116: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Remoção dos resíduosLimpeza grosseira dos resíduos em contato com a

superfície com o auxílio de abrasivos físicos

• Pré-lavagemRemoção dos resíduos através da água

• LavagemRemoção dos resíduos pelo uso de soluções detergentes

com ou sem auxílio de abrasivos

Etapas da higienização

Page 117: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• EnxágüeRemoção de resíduos de detergente da superfície, através

da água

• SanificaçãoAplicação de solução sanificante para redução dos

microrganismos ainda presentes na superfície

• EnxágüeRemoção dos resíduos da solução sanificante quando

necessário

Etapas da higienização

Page 118: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Materiais de limpeza

Page 119: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Não colocar equipamentos e utensíliosdiretamente no chão, quando isto ocorreracidentalmente lavá-los antes de utilizarnovamente;

• Não começar a higienização com produtosexpostos ou lixo na linha de produção;

• Lavar primeiramente as partes mais altas;

• Enxaguar seguindo um fluxo.

Procedimentos gerais

Page 120: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

PRODUTOS NÃO DEVEM SER MISTURADOS

NUNCA MISTURE OS PRODUTOS OU APLIQUE UMPRODUTO EM CIMA DO OUTRO, POIS PODEMPRODUZIR GASES TÓXICOS OU/E INIBIR(NEUTRALIZAR) A AÇÃO DETERGENTE OUSANIFICANTE.

Procedimentos gerais

Page 121: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• É importantíssimo que todasas pessoas que participamdo processo de higienizaçãotenham consciência de quetodos os produtos delimpeza devem sermanipulados com cuidado ecom o uso de todos os EPI´sfornecidos pela empresa.

Cuidados com segurança

Page 122: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
Page 123: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Manual

Limpeza de superfícies através de esponjas escovas (peças,utensílios e partes de equipamentos);

Aplicada onde a limpeza mecânica não é aplicada, emlocais de difícil acesso e em locais onde a abrasão adicionalé necessária;

Concentração e temperatura do detergente são críticas.

Métodos de higienização

Page 124: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Manual

Pré-lavagem (água morna);

Lavagem com solução detergente (escovas ou esponjas);

Enxágüe;

Sanificação;

Enxágüe final.

Métodos de higienização

Page 125: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Utensílios

• Escovas – as cerdas/pêlos devem ser tão ásperas/duras quanto possível sem prejudicar a superfície. • Materiais: pêlo de cavalo, fibra, nylon, entre outros.

• Escovas de nylon: fibras fortes, flexíveis, uniformes, duradouras e não absorvem a água.

• Escovas com cerdas/pelos absorventes não são higiênicas, que devem ser evitadas.

• Raspadores – podem ser usados quando a operação apresenta uma dimensão reduzida que não justifica usar limpeza mecanizada.

Page 126: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Mecanismos abrasivos – tal como “palha de aço”, são bons na remoção manual de sujidades. • Não podem ser usados em superfícies que vão estar diretamente em contato

com alimentos, pois podem danificá-las e causar corrosão.

• Mangueiras/pistolas de água – devem ser suficientemente longas para chegar a todas as áreas que precisam de ser limpas, mas não demasiado devido às quedas de pressão. • Requer alguns cuidados para não “espalhar” a sujidade.

Page 127: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Lavagem com água quente – é um método de limpeza muito usado. • Os açúcares e outros carboidratos e alguns sais são relativamente solúveis em

água. A água quente remove melhor estes resíduos do que gorduras e proteínas.

• Se não for aplicada em alta pressão, a água pode não atingir todas as áreas.

• Custo elevado de energia e causa condensação.

Page 128: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Imersão

Empregado para peças, utensílios (válvulas, etc) e partes deequipamentos de difícil acesso à limpeza manual;

Pré-lavagem das peças (água morna);

Lavagem por imersão em tanques contendo detergenteapropriado (podendo usar escovas ou esponjas);

Enxágue;

Sanificação;

Enxágüe final

Métodos de higienização

Page 129: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Sistema mecanizado

Utilização de máquinas próprias que produzem jatos de altapressão removendo mecanicamente as sujidades;

Pré-lavagem com jato de água (morna);

Lavagem com detergente;

Enxágüe com água;

Sanificação.

Métodos de higienização

Page 130: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Alta pressãoBombas podem ser portáteis ou fixas – depende do volume e necessidade da operação;Unidades portáteis: normalmente pequenas, bombeiam de 40 a 75L/min a uma pressão

de 41.5 Kg/cm² e têm um compartimento que mistura os componentes de limpeza.Unidades fixas: bombeiam de 55 a 475L/min. Se for através de um pistão ou de uma

turbina a bombagem é de 300 L/min e 475 L/min, respectivamente, com uma pressão de61.5 Kg/cm².

• Baixa pressãoSemelhante às anteriores, trabalhando a uma pressão menor com consequente menor

vaporização do produto e menos danos nas superfícies.

• Pistolas de vaporAcessório que mistura vapor com água e/ou componentes de limpeza;Ajustadas de tal modo que o vapor não crie um nevoeiro;Requer muita energia e pode não ser seguro porque causa nevoeiro - este nevoeiro

condensa e pode promover o crescimento de bolores e bactérias nas paredes e tetos.

Page 131: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Espuma / sistema gel

Aplicação de espuma/sistema gel mas superfícies a seremlimpas;

Espuma é gerada em gerador de espuma por meio da misturade ar e detergente;

Uma camada de espuma é jateada na superfície suja deixando-se agir por 10-15’ e enxaguando com jato de alta pressão;

Utilizada no exterior dos equipamentos e ambiente.

Métodos de higienização

Page 132: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Limpeza CIP (Clean in Place)

Utilização: equipamentos que possibilitam a circulação das soluçõesem circuito fechado, sem necessidade de desmontar;

Muito empregado na indústria de laticínios;Pré-lavagem (circulação de água fria ou quente) - controle da

temperatura é fundamental para não ocorrer desnaturação dasproteínas – 45 a 60°C;

Limpeza com detergente alcalino 75 a 80°C;Limpeza com detergente ácido;Enxágue;Sanificação;Enxágue final.

Métodos de higienização

Page 133: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Exemplos de etapas do CIP

Page 134: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Nebulizantes e fumigantesEmissão do produto desinfetante em forma de névoa com partículas de

diâmetros muito reduzido;

Permite acesso a superfícies escondidas;

Reduzido tamanho das partículas permite prolongar sua permanência no ar.

• AsperçãoPara grandes superfícies como interior e exterior de depósitos;

Importante: tempo de contato

Utilizam-se: distribuidores de baixa, média ou alta pressão; soluções frias ouquentes, inclusive vapor de água.

Métodos de higienização

Page 135: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Comparação entre alguns métodos de higienização

Fonte: ICMSF, (1991)

Page 136: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• É necessário que todas as partes doequipamento sejam higienizadas

Exemplo:Não esquecer:• Borracha de vedação;• Torneira de coleta de produto

Importante

Page 137: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Avaliação da higienização

Page 138: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• O check-list visa verificar a qualidade da limpeza realizada;

• Deve ser preenchido pelo supervisor ou funcionário definido pelo mesmo;

• Contém o resultado da tarefa.

Check-list

Page 139: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Análise microbiológica

Page 140: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

LIGHTNING

Page 141: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
Page 142: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Deve ser aplicado os swabs nas regiões já pré-estipuladas.

• Se a leitura for maior que 2.5 deve-se repetir a Higienização de toda a linha.

• Os valores obtidos devem ser escritos na tabela existente na linha e no final de cada período mensal ser encaminhada para o DGQ.

LIGHTNING

Page 143: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Resultados de uma boa higienização

• Aumento da vida útil do alimento fresco e processadona estocagem;

• Condições ideais de processamento, que permitirão aaprovação pelos serviços oficiais de inspeção e pormissões estrangeiras, no caso de exportações;

• Obtenção de um produto final que satisfaça asespecificações individuais e governamentais;

Page 144: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• Redução de riscos de contaminação dos alimentos,causada pelo alimento processado de maneira anti-higiênica;

• Menor rejeição, menos devoluções de produtos emenos reclamações;

• Menor necessidade de reprocessamento dosalimentos;

• Redução de custos de manutenção e de tempoperdido em acidentes.

Resultados de uma boa higienização

Page 145: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

PPHO

• Padronizar os procedimentos de limpeza e sanitização de forma a assegurar adequado padrão higiênico das instalações, equipamentos,

utensílios e materiais auxiliares de produção, favorecendo a segurança/inocuidade dos alimentos.

Page 146: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO

LEGISLAÇÃO: ANVISA: Portaria 326/97MAPA: Portaria 368/97ANVISA: RDC 216/2004

Page 147: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

MS RDC 275 / 2002

MINISTÉRIO AGRICULTURA RESOLUÇÃO 10/2003

PPHO 01: SEGURANÇA DA ÁGUA PPHO 02: HIGIENE SUPERFÍCIES DE CONTATO COM ALIMENTO PPHO 03: PREVENÇÃO CONTAMINAÇÃO CRUZADA PPHO 04: HIGIENE DOS EMPREGADOS PPHO 05: CONTAMINATES E ADULTERANTESPPHO 06: SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS E TÓXICOS PPHO 07: SAÚDE DOS EMPREGADOS PPHO 08: CONTROLE INTEGRADO PRAGAS PPHO 09: REGISTROS

PROCEDIMENTOS

Page 148: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

1. Higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensílios2. Controle da potabilidade da água. 3. Higiene e saúde dos manipuladores. 4. Manejo dos resíduos. 5. Manutenção preventiva e calibração de equipamentos. 6. Controle integrado de vetores e pragas urbanas. 7. Seleção das matérias primas, ingredientes e embalagens. 8. Programa de recolhimento de alimentos.

MS RDC 275/2002

PROCEDIMENTOS

Page 149: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

1. Higienização de instalações, equipamentos e móveis2. Controle integrado de vetores e pragas urbanas 3. Higienização do reservatório4. Higiene e saúde dos manipuladores.

ANVISA RDC 216/2004

PROCEDIMENTOS

OS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO DEVEM IMPLEMENTAR PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS

RELACIONADOS AOS ITENS

Page 150: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Ofício Circular nº24, 11 setembro de 2009

• Ferramenta que padroniza e estabelece critérios para a verificação destes programas por parte do Serviço de Inspeção Federal, em sua rotina de fiscalização nos estabelecimentos dos setores lácteo e apícola.

• Os estabelecimentos sob Inspeção Federal que processam leite e fabricam seus derivados, bem como os estabelecimentos que beneficiam o mel e demais produtos apícolas vêm, ao longo do tempo, implantando os chamados Programas de Autocontrole.

Page 151: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Programas de autocontrole

• (1) Manutenção das instalações e equipamentos industriais;

• (2) Vestiários, sanitários e barreiras sanitárias;

• (3) Iluminação;

• (4) Ventilação;

• (5) Água de abastecimento;

• (6) Águas residuais;

• (7) Controle integrado de pragas;

• (8) Limpeza e sanitização;

Page 152: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

• (9) Higiene, hábitos higiênicos, treinamento e saúde dos operários;

• (10) Procedimentos Sanitários das Operações;

• (11) Controle da matéria-prima, ingredientes e material de embalagem;

• (12) Controle de temperaturas;

• (13) Calibração e aferição de instrumentos de controle de processo;

• (14) APPCC – Avaliação do Programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle;

• (15) Controles laboratoriais e análises;

• (16) Controle de formulação dos produtos fabricados;

• (17) Certificação dos produtos exportados

Page 153: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Porcedimentos

• Monitorados

• Correções

• Verificados

• Ação corretiva

• Registrados

Page 156: HIGIENIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Obrigada pela atenção dispensada durante a

realização desta capacitação!!!

Eng. Ma. Amanda Peregrine [email protected]

(45) 99950-1200