habitação social em pirapozinho

21
Políticas de Habitat Turma X Arquitetura e Urbanismo Hellen Viani Leal André Urder Docente: Arlete Maria Francisco Presidente Prudente

Upload: andre-urder

Post on 12-Jan-2016

30 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Habitação social em Pirapozinho

TRANSCRIPT

Page 1: Habitação social em Pirapozinho

Políticas de Habitat

Turma X – Arquitetura e Urbanismo

Hellen Viani Leal

André Urder

Docente: Arlete Maria Francisco

Presidente Prudente

Page 2: Habitação social em Pirapozinho

Introdução

Até meados do século XIX a terra no Brasil, onde se estabeleciam as casas e pequenas

áreas de produção – o Rócio -, ainda não tinha valor comercial, pois era concedida pela coroa.

Mas nelas já existia uma classe privilegiada. “A Lei das Terras, de setembro de 1850,

transformou-a em mercadoria, nas mãos dos que já detinham "cartas de sesmaria" ou provas

de ocupação ‘pacífica e sem contestação’, e da própria Coroa, oficialmente proprietária de

todo o território ainda não ocupado, e que a partir de então passava a realizar leilões para sua

venda. Ou seja, pode-se considerar que a Lei de Terras representa a implantação da

propriedade privada do solo no Brasil. Para ter terra, a partir de então, era necessário pagar

por ela” (FERREIRA, J. S. W. Cidade para poucos, 2005, p. 1).

Evidentemente, tal situação consolidou a divisão da sociedade em

duas categorias bem distintas: os proprietários fundiários de um lado, e do

outro, sem nenhuma possibilidade de comprar terras, os escravos, que seriam

juridicamente libertos apenas em 1888, e os imigrantes, presos à dívidas com

seus patrões ou simplesmente ignorantes de todos os procedimentos

necessários para obter o título de propriedade. (J. S. W. FERREIRA, 2005,

p. 3)

O mercado real da economia era o da exportação agrícola. Se a sede da produção agro-

exportadora era necessariamente o campo, o controle de sua comercialização, entretanto, se

dava essencialmente nas cidades (J. S. W. FERREIRA, 2005, p. 4). Juntamente a

industrialização, intensificou-se as atividades de caráter essencialmente urbano. Muitos

fazendeiros transferiram sua residência para mansões na cidade e acelerou-se o crescimento

urbano.

A hegemonia das elites nos latifúndios, então, refletiu diretamente nas cidades como

segregação.

Para atender a uma população urbana crescente foram implantadas atividades da

construção civil e dos serviços urbanos em áreas concentradas das nossas cidades, não por

acaso os setores ocupados pelas classes dominantes, evidenciando ainda mais a segregação.

Os ricos tinham privilégio sobre os recursos urbanos, enquanto os mais pobres eram

excluídos, estabelecidos em cortiços e morros centrais, sem a mesma infra-estrutura básica

necessária à qualidade de vida que detinha a elite.

Essas áreas mais pobres eram diretamente relacionadas a insalubridade e doenças, e,

aproveitando essa justificativa, promoveu-se uma reforma urbana com a expulsão da

Page 3: Habitação social em Pirapozinho

população mais pobre para locais mais distantes e menos valorizados - a “higienização social”

- a fim de criar uma cidade para “inglês ver”, já que após a Revolução Industrial – com a

expansão comercial – aumentou o interesse dos ingleses sobre o comércio brasileiro.

“Esses planos marcaram a implantação de uma complexa legislação urbanística que

estabelecia normas extremamente rígidas para a construção de edifícios e para as

possibilidades de uso e ocupação do solo. Com isso, saia privilegiado o mercado imobiliário,

capaz de respeitar tais regras ou de dobrá-las graças à sua proximidade com o Poder Público e

seu poder financeiro, e prejudicava-se definitivamente a população mais pobre, incapaz de

responder às duras exigências legais” (J. S. W. FERREIRA, 2005, p. 8).

Ações: Criação da Diretoria de Higiene – 1893; Código sanitário – 1894; Intervenções

em área central – Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Santos.

Intervenção Estatal no período Vargas

Mudança do estado liberal para populista.

Notou-se a necessidade de manter o poder aquisitivo da classe trabalhadora para a

expansão do mercado de consumo e sobrevida do sistema.

Novas preocupações:

1. Habitação como condição básica de reprodução da força de trabalho;

2. Habitação como elemento na formação ideológica, política e moral do

trabalhador, na criação da ideia de um “homem-novo”.

A ideologia da casa própria:

1. Criar um pacto social capaz de possibilitar a manutenção e a sustentação de

suas ações políticas junto ao povo;

2. Habitação – manutenção da ordem econômica, política e social;

3. Questão centrada na mudança de mentalidade do trabalhador e não no âmbito

salarial destes;

4. Criação do ideário da casa própria no imaginário popular.

Page 4: Habitação social em Pirapozinho

Política Nacional de Habitação (Pós 1964): BNH

Objetivo:

1. Provisão de habitação popular e a erradicação do déficit habitacional brasileiro.

2. Estímulo à industria da construção e geração de empregos, o que resultaria no

desenvolvimento do país.

3. Criação do BNH (Centralização das decisões –habitação e saneamento), e FSH

(Centralização dos recursos –FGTS e SBPE).

Primeira fase do BNH (1964 a 1969)

1. Provisão de habitação:

1.1. Inadimplência alta (salários X divida)

2. Fracasso do programa Revisão da política:

2.1. Transformação do BNH em banco de 2ª linha (1971)

2.2. Entrega das dividas para agentes privados

2.3. Aumento do financiamento através dos recursos do SBPE

A segunda fase do BNH (1969 –1974)

1. Adaptação do BNH para outros fins:

1.1. Apoio aos conjuntos habitacionais (infra-estrutura e equipamentos

complementares);

1.2. Obras de infra-estrutura urbana (implantação ou melhoria do sistema de

abastecimento de água e esgoto; sistema viário e pavimentação; rede de distribuição de

energia elétrica; de transporte, comunicação; drenagem; entre outros);

1.3. Obras de apoio a grandes projetos de abrangência regional e nacional;

2. Criação de vários órgãos e programas.

A terceira fase do BNH (1974 a 1984)

1. Correção da rota: criação do:

1.1. 1973 –PLANHAP –Plano Nacional de Habitação Popular

Page 5: Habitação social em Pirapozinho

1.2. 1973 –SIFHAP –Sistema Financeiro de Habitação Popular

1.3. (Resultados a partir de 1976, com o revigoramento das Cohabs. Das 94,4 mil

habitações, 84,0 mil são construídas entre 1975 e 1978. Amplia o programa para renda de até

5 sm. Subsidia a habitação para renda de até 3 sm (12%))

1.4. 1977 –FICAM –Programa de Financiamento da Construção ou Melhoria da

Habitação de Interesse Social

1.5. 1977 –reformulação do PROFILURB

1.6. 1979 –PROMORAR –Programa de erradicação da sub-habitação

1.7. 1979 –Lei Federal 6.766 –dispõe sobre o parcelamento do solo urbano,

regulamenta normas administrativas, civis, urbanísticas e penais para loteamentos urbanos;

2. A tentativa de recuperação de investimento em habitações era impossível de se

resolver sem subsídios governamentais, pois era de alto custo para as condições de pagamento

e poder aquisitivo das famílias;

3. Depois de tantos fracassos, BNH afasta-se do financiamento ao mercado

popular;

4. Lula cria o ministério das cidades;

5. São Paulo se destaca pelos mutirões; Rio de Janeiro pela urbanização de

favelas.

Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU)

“A drástica redução de financiamentos concedidos pelo BNH nos últimos anos do

modelo, (período 1980-1987) mais o incremento acelerado da demanda, tornaram explosiva a

questão habitacional no Estado. Na capital, o número de favelas e cortiços aumentava a cada

dia. Desde o momento da posse do novo governador, as constantes ocupações de terra

“forçavam” a Companhia a atuar na Capital e na Região Metropolitana com maior

intensidade. Pelo modelo anterior, tal atuação era mitigada pela divisão de competências,

segundo a qual a COHAB-SP era responsável pela Região Metropolitana e a CDHU e as

demais COHABs, pelo interior do estado. Confrontos em reintegração de posse, ocupações

indiscriminadas, avanço da população em áreas protegidas sinalizavam a necessidade da

intervenção estatal, com uma revisão das competências estabelecidas.

O modelo da Companhia, orientado a uma política participativa e descentralizada, vai

partir para uma linha de contenção da crescente insatisfação popular. Impossibilitada de

Page 6: Habitação social em Pirapozinho

incorporar as novas demandas no modelo em funcionamento, passa a responder com políticas

mais agressivas de ataque ao déficit habitacional, construindo muito mais unidades do que se

fizera antes. Desse amálgama que conjuga novas demandas, autonomização da política no

Estado e existência de fonte financeira estável nasce a CDHU, pela transformação da CDH e

pela mudança no conceito e na escala da produção habitacional de São Paulo.

A tônica dominante foi a ideia de “mudar o conceito” da provisão pública de

habitação. A empreitada global passa a ser o paradigma de produção, a construção de

unidades habitacionais em massa. Como definiu o relatório de gestão do governo Quércia:

“construir casas em massa é efetivamente uma das prioridades da administração Quércia. E,

numa clara tentativa de se diferenciar da gestão anterior, a Companhia teve seu nome

alterado, acrescentando-se o desenvolvimento urbano à denominação da empresa”. (ROYER,

Luciana de Oliveira, 2002, p. 58 – grifo nosso)

Page 7: Habitação social em Pirapozinho

“A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São 8 Paulo

– CDHU – costuma ser apresentada como uma das maiores companhias habitacionais do

mundo. Organizada sob os modernos paradigmas da administração, a empresa registra

números que demonstram eficiência, tendo comercializado, de 1986 a 2000, 248.887 unidades

habitacionais. Porém, por trás da face de moderna empresa pública, tanto sua estrutura

institucional como o desenvolvimento de seus projetos deixam transparecer as marcas do

processo de formação, em especial a filiação da política da Companhia ao modelo SFH/BNH

do pós-64 e uma controversa concepção de provisão pública de habitação.” (ROYER, Luciana

de Oliveira, 2002, p. 60)

“No histórico da CDHU, pôde ser verificado um deslocamento dos vínculos

administrativos e de captação de recursos dos órgãos responsáveis pelas políticas públicas de

habitação no Estado de São Paulo. A estrutura administrativa da companhia é conduzida pelas

mudanças legislativas. Historicamente, ela nasce com a Caixa Estadual de Casas Para o Povo

-CECAP no ano de 1949 - autarquia subordinada à Secretaria do Trabalho, Indústria e

Comércio (MOURA, 2000), passando por várias secretarias até a criação da CDHU no ano de

1989, sociedade de economia mista, subordinada ao governo estadual. Os órgãos instituídos

entre a criação da CECAP e da CDHU mantiveram-se anexados ao poder executivo estadual e

ora captaram recursos federais, ora recursos estaduais, ora recursos internacionais, ora a

conjugação dos três – estadual, federal e internacional.

A CDHU, atual órgão estadual de apoio ao governo, tem como objetivo solucionar a

carência habitacional no Estado de São Paulo, para tanto criou parcerias com as prefeituras

dos municípios solicitantes dos serviços oferecidos pela mesma. Para a concretização dessa

parceria, a CDHU exige da prefeitura solicitante, diversos documentos, de acordo com o

programa a ser implementado no município.” (NEVES, Leandro Roberto. Mutuário,

Figurino e Protagonista: Uma Análise de Conjunto Habitacional Popular, 2007, p. 24)

Page 8: Habitação social em Pirapozinho

A Cidade de Pirapozinho

A cidade inicialmente era um lugarejo ligado a Presidente Prudente por uma estrada

aberta no meio da densa mata, as terras eram do proprietário Francisco Bertasso e Benedito

Reis Barreiro.

No ano de 1933, o Dr. Albino Gomes Teixeira, engenheiro da Prefeitura Municipal de

Presidente Prudente, traçou a planta de loteamento dos terrenos.

Como o local oferecia boa passagem para os sitiantes da região, que demandavam a

Presidente Prudente, acelerou-se a colonização com o desenvolvimento do comércio e a

consequente formação de propriedades agrícolas nas imediações, propriedades estas que

constituem a principal estrutura econômica do município. As famílias foram se agrupando em

Page 9: Habitação social em Pirapozinho

torno da atividade comercial e agrícola, atraindo para o local notáveis melhoramentos.

Pela Lei nº. 233, de 24 de dezembro de 1948, Pirapozinho foi elevado a Município.

Segundo IBGE, em 1950, no primeiro levantamento como sede de município, a cidade

apresentava população de 28.666 habitantes, apresentando 10,3% como população urbana, ou

seja, 2.955 habitantes. Em 2010, a população era de 24.694 habitantes, decréscimo de

13,85%, enquanto a população urbana era de 22.874, com crescimento de 774,0%.

Essa realidade é explicada por Gomes (1997), que no início da década de 1960

começou a decadência da agricultura na região, ocorrendo um grande êxodo rural, com a

população urbana crescendo. Como o núcleo urbano de Pirapozinho não conseguiu absorver

toda a população rural, o município começou a perder população para cidades maiores.

Políticas de Habitat da cidade

Durante a década de 1970, a cidade foi se expandindo, e necessitando de habitação.

Em 1982, foi construído o primeiro conjunto habitacional de habitação social na cidade, o

CODESPAULO, atual Jardim Esperança, com 48 unidades. A cidade teve sua maior expansão

territorial no final da década de 1980 e início de 1990, e ocorreram processos de doação de

terrenos pelo Poder Público municipal (GOMES, 1997).

Segundo Gomes (1997), durante muito tempo a expansão da cidade ficou limitada pela

ferrovia e pela rodovia. Mas na década de 1990 esses obstáculos foram rompidos e o

crescimento da cidade seguiu em direção a leste, à margem da ferrovia, mas além dela. Nesse

período houve uma proliferação de loteamentos para leste e oeste da cidade (Figura 1). Em

1996 foi implantado pela Prefeitura Municipal o Residencial Natal Marrafon, onde 1.000

terrenos foram doados a famílias carentes.

Page 10: Habitação social em Pirapozinho

Segundo Xavier (2000), no ano de 2000, 91 famílias sem condições para pagar o

aluguel e sem ter um local onde pudessem construir, foi iniciado um processo de ocupação

ilegal de parte do leito da ferrovia. A necessidade de investimentos em projetos de habitação

social era eminente.

Em 2001 foram firmado acordos com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional

e Urbano (CDHU), para a implantação de um conjunto habitacional que contemplaria 197

casas, as habitações foram sorteadas em 2003, porém só havia estado prontas em 2009.

Page 11: Habitação social em Pirapozinho

Conjunto Habitacional Antônio Bento Pimentel

Em 2010 foram assinados contratos com a Companhia de Desenvolvimento

Habitacional e Urbano (CDHU) para entrega de 197 moradias na cidade de Pirapozinho.

Segundo o prefeito de Pirapozinho, Marcos Brambila, foram investidos na

construção das moradias aproximadamente R$ 6,2 milhões.

Page 12: Habitação social em Pirapozinho

As casas foram sorteadas em 2003, mas as obras foram paralisadas por suspeitas de

irregularidades na construção. Em janeiro de 2009, só havia as paredes das casas. Foi preciso

substituir portas, janelas, telhas e madeiras das casas, além das galerias pluviais do conjunto.

Em 2010 só faltava a conclusão da pavimentação do conjunto residencial. “Os

mutuários vão receber as casas com escrituras registradas em cartório, pagas pela CDHU.”

Conforme o líder do núcleo da CDHU de Presidente Prudente, Belvino Filho, foram

acrescentadas nas moradias forros de PVC, energia solar para aquecimento da água usada

nos chuveiros, pisos de cerâmica, jardinagem e calçadas. “Esses são Itens a mais que não

constavam no contrato”, ressalta ele.

Conjunto Habitacional Antônio Bento Pimentel

Page 13: Habitação social em Pirapozinho

CPI do Conjunto Habitacional “Bento Pimentel”

Instalada em junho do ano passado, com o objetivo de investigar denúncias de fraudes

em licitações para a construção de casas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e

Urbano, a CPI da CDHU, instalada pela Assembléia Legislativa

As investigações realizadas pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Civil, a

partir de maio de 2007, apuraram irregularidades na licitação para a construção dos

empreendimentos Pirapozinho D, E e E2. Vários municípios também foram alvo de

investigações na chamada Operação Pomar, que resultou na prisão de políticos, técnicos,

engenheiros e representantes de empreiteiras.

Segundo João Degair Favareto ele engenheiro civil da Prefeitura de Pirapozinho, após

o processo de desapropriação de terreno para a construção de conjunto habitacional em

Pirapozinho, houve a contratação, através de licitação, de uma empresa para gerenciar a obra,

as medições da obra não ocorriam de forma regular, e não eram acompanhadas oficialmente

pela prefeitura. Também foram licitadas empresas que forneciam material de construção.

Favareto, além de questionar a medição da obra procedida pela gerenciadora, afirmou que,

propositadamente, era superacumulado de funções para que, à época de pagamento das

fornecedoras de material de construção, ele não tivesse o tempo necessário para analisar as

notas adequadamente. "Haviam notas enviadas pelas empresas até por fax", afirmou o

engenheiro, que alega também ter alertado o então prefeito de Pirapozinho, Sérgio Pinaffi,

quanto a possíveis problemas da empresa gerenciadora da obra, a FT Construções, de

propriedade de Francisco Emílio de Oliveira, conhecido como Chiquinho da CDHU. O

engenheiro informou ainda sobre a formação de uma associação pelas empresas de material

de construção, pela gerenciadora da obra das "casinhas" de Pirapozinho, pela construtora e

pela prefeitura.

Segundo Milton Flávio ( vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito )

“A CPI, no prazo estipulado, confirmou que a chamada "Máfia de Pirapozinho"

envolvia prefeitos, funcionários municipais, empresários e o dirigente regional da CDHU,

todos já sentenciados pela Justiça"

Page 14: Habitação social em Pirapozinho

Problemas nas Construções

“O sonho da casa própria, em Pirapozinho, virou pesadelo. Esta é a triste realidade

que enfrentam mais de cem famílias que ocupam cerca de 170 das 196 moradias do Conjunto

Antonio Bento Pimentel, entregues pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e

Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), em março de 2011, na gestão do então prefeito

Marcos Brambilla.“ (Trecho de notícia no site da Assembleia Legislativa do Estado de São

Paulo em: http://www.al.sp.gov.br)

Segundo o site,

“Além das infiltrações e enxurradas que inundam as moradias, existem as ‘brocas-de-

madeira’, pequenos insetos parecidos com besouros, que causam danos na madeira das

residências (...) ‘Há anos estamos pedindo providências à CDHU, que prometeu sanar os

problemas. Uma empresa contratada, uma tal de Garça, mandou funcionários e sabe o que

fizeram? Emendaram madeira boa com madeira danificada pelas brocas e umidade da

chuva. Já fomos ao Fórum. Falamos com o promotor que garantiu que já cobrou a

responsabilidade da CDHU. Mas até agora, os problemas continuam’, desabafou Selma

Bernardo da Silva, que tem quatro filhos, um portador de necessidades especiais. Os

moradores ainda cobram a promessa da CDHU de construir obras de acessibilidades nas

moradias.”

Page 15: Habitação social em Pirapozinho

Em uma reportagem no www.Ifronteira.com foi noticiada uma reunião realizada, em

2012, com membros da CDHU e os moradores, onde foram apresentadas mais queixas.

“As 197 casas viraram motivo de discussão por apresentarem problemas com chuvas

desde março do ano passado até o início deste ano. ‘Minha casa está cheia de brocas, o forro

está caindo desde a última tempestade e nunca foram arrumar. O aquecedor está jorrando água

para todo canto e veio R$ 100 de água para eu pagar. Vai continuar o mesmo problema direto e

ninguém vai arrumar?’, questionou a moradora Maria Ilma Silva.

A moradora Viviane Videira completa: ‘A gente quer uma solução, porque a gente não

aguenta mais. Eu estou com depressão. A resposta dessa reunião não foi suficiente, porque eles

sempre fazem isso: falam, falam e não fazem nada’, reclamou.”

Na época, o gerente regional da companhia, Mauro Vila Nova afirmou que uma equipe de

trabalhadores estava resolvendo os problemas do local, mas devido à quantidade de casas, seria

preciso ter paciência. Além disso, por causa das chuvas do início do ano, não existia prazo final

para que tudo fosse concluído.

Técnicos avaliariam se o madeiramento das casas deveria ser trocado total ou parcialmente.

Quanto aos móveis e eletrodomésticos das famílias que foram deteriorados com a água que invadiu

as casas, a CDHU assumiria a responsabilidade, desde que fosse comprovado o dano causado por

esses problemas.

O gerente afirmava que a demora em resolver os problemas era ocasionada pela burocracia

da estatal.

"No serviço público, a gente tem que fazer licitação de acordo com a legislação e tem os

trâmites legais. Infelizmente, nós não podemos atender como uma empresa privada, é necessário

tomar algumas atitudes de ordem legal e isso está sendo feito", declarou.

A empresa que construiu as unidades do conjunto habitacional não existe mais, por isso

uma nova empresa foi contratada para fazer os reparos pedidos pelos moradores.

Page 16: Habitação social em Pirapozinho

Vias no conjunto e arredores.

Rua principal.

Page 17: Habitação social em Pirapozinho

Transição entre as duas áreas do conjunto.

Tipologia das ruas.

Page 18: Habitação social em Pirapozinho

Tipologia das habitações.

Projeto do Conjunto Habitacional “Bento Pimentel

Page 19: Habitação social em Pirapozinho

Imagem de satélite

VISTAS

Page 20: Habitação social em Pirapozinho

PLANTA BAIXA

Planta baixa da habitação tipo, sem cotas e escala, disponibilizada pela prefeitura.

Page 21: Habitação social em Pirapozinho

BIBLIOGRAFIA

PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRAPOZINHO. Lei Ordinária nº 3361/2007 - Plano

Diretor Urbanístico. Disponível em http://www.leismunicipais.com.br/legislacao-de-

pirapozinho/689924/lei-3361-2007-pirapozinho-sp.html. Acesso em 13 de novembro de 2012.

XAVIER, M.C. A ocupação no leito da ferrovia no espaço urbano de Pirapozinho.

Presidente Prudente: FCT/UNESP. 2001. (Monografia de Graduação).

GOMES, M.T.S. Pirapozinho: uma contribuição ao estudo da expansão da malha

urbana. Presidente Prudente: FCT/ Unesp. 1997. (Relatório de Atividades desenvolvidas

durante a vigência de Bolsa PAE – Programa de Apoio ao Estudante).

IBGE Cidades. Pirapozinho. 2010. Disponível em http://www.ibge.gov.br/

cidadesat/painel/painel.php?codmun=353920#. Acesso em 25 de outubro de 2012.

CALDEIRA, T. P. do Rio. São Paulo: Três padrões de segregação espacial.

In:CALDEIRA, T. P. do Rio. Cidade de muros. SP: Ed.34/Edusp, p.211-255.

VILLAÇA, Flávio. Segregação urbana. In: VILLAÇA, Flávio. Espaço intra-urbano

no Brasil. SP: Studio Nobel/Fapesp, 2001, p.141 – 155 [cap. 7].

FERREIRA, J. S. W. Cidade para poucos. Anais do Simpósio, UNESP Bauru e SESC

Bauru. Interfaces das representações urbanas em tempos de globalização. 2005.