habitação social em brasiléia (acre)

46
  P M B E A PLANO LOCAL DE HABIAO DE INEEE OCIAL DE BAILIA III E: A E M 2012 C D I A A C CONDIAC

Upload: paveljezek

Post on 21-Jul-2015

154 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

A Etapa III do Plano de Habitação de Interesse Social PLHIS informa sobre Ações Estratégicas, considerando os danos da enchente de 2012

TRANSCRIPT

Prefeitura Municipal de Brasilia Estado do Acre

PLANO LOCAL DE HABITAO DE INTERESSE SOCIAL DE BRASILIA

III Etapa: Aes Estratgicas

Maro de 2012 Consrcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Alto Acre e Capixaba - CONDIAC

Comit Tcnico Estadual

Secretaria de Estado de Habitao Presidente do Comit Tcnico, Jozilda Pereira Paiva

Apoio

Caixa Econmica Federal, Letcia Oliveira dos Santos

Coordenao

Prefeitura Municipal de Brasilia Leila Galvo, Prefeita Municipal de Brasilia Maria Auxiliadora Sena de Castro Secretria Municipal de Planejamento

Conselho Municipal de Habitao

Presidente do Conselho, Adriana Souza, Secretria Municipal de Ao Social

Grupo de trabalho

Maria Auxiliadora Sena de Castro Secretria Municipal de Planejamento Tadeu Castelo, Engenheiro da Secretaria Municipal de Planejamento Raimundo Gurgel, Chefe do Setor Cadastro Adriana Souza, Secretria Municipal de Ao Social Silton Melo, Secretrio Executivo do CONDIAC Adelson Gonalves, Assessor Tcnico do CONDIAC Sarah Gottwald, Assessora Junior da GIZ Pavel Jezek, Voluntrio do CONDIAC

2

Contedo

1 Polticas habitacionais nacionais

2 Prognstico das necessidades habitacionais locais

3 Objetivos estratgicos

4 Metas, indicadores e monitoramento

5 Aes estratgicas

6 Recomendaes finais

Anexos (Mapas, Listas, Documentos)

3

1.

Polticas Habitacionais

O presente documento representa a Etapa III Aes Estratgicas do Plano Local de Habitao de Interesse Social - PLHIS. O PLHIS constitui um conjunto articulado de diretrizes, objetivos, metas, aes e indicadores que caracterizam os instrumentos de planejamento e gesto habitacionais. a partir de sua elaborao, que municpios e estados consolidam, em nvel local, a Poltica Nacional de Habitao, de forma participativa e compatvel com outros instrumentos de planejamento local, como os Planos Diretores, quando existentes, e os Planos Plurianuais Locais. Considerando as especificidades dos municpios com populao abaixo de 50 mil habitantes e, de maneira geral, a baixa capacidade administrativa e de mobilizao de recursos destes municpios, verificou-se a necessidade de o processo de elaborao dos planos ser simplificado para esse perfil de municpio.

O Ministrio das Cidades, sob determinao do Conselho Gestor do Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social CGFNHIS, regulamentou contedo especfico do PLHIS com o objetivo de apoiar os municpios no cumprimento das obrigaes decorrentes do Termo de Adeso ao SNHIS. Convencido da importncia da regularidade desses municpios, o Conselho gestor do Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social - CGFNHIS, por meio da Resoluo n 43, de 05 de julho de 2011, determinou que os municpios abaixo de 50 mil habitantes devero realizar seus planos de habitao nos moldes da Instruo Normativa n 15, do Ministrio das Cidades.

Podero elaborar o PLHIS simplificado municpios que, simultaneamente, atendam aos seguintes requisitos: Tenham populao at 50 mil habitantes (Censo 2010); No tenham elaborado o PLHIS; No tenham contrato de repasse ou termo de compromisso lastreado com recursos do FNHIS para a elaborao do PLHIS;

A preocupao especfica com o grupo de municpios com populao de at 50 mil habitantes decorrente do aumento progressivo dos investimentos nesses municpios. Desde a criao do Ministrio das Cidades, em 2003, diversos programas viabilizaram a produo de habitao de interesse social nos municpios de menor porte. Podem ser destacados o Programa de Subsdios Habitacionais (PSH), Resoluo 460/518 do FGTS, Crdito Solidrio, Produo Social da Moradia (PSM-FNHIS) e o apoio produo de unidades habitacionais em zona rural por meio da ao de Proviso Habitacional do FNHIS e tambm em parceria com o Ministrio do Desenvolvimento Agrrio.

4

A primeira etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), lanado em 2009, j permitiu contratar cerca de 215 mil unidades habitacionais em municpios com populao inferior a 50 mil habitantes. Em sua segunda etapa, o PMCMV prev um aumento de cerca de seis vezes do montante de recursos de OGU destinados exclusivamente produo habitacional subsidiada nesse perfil de municpio (na modalidade de oferta pblica de recursos), ao destinar R$ 5,5 bilhes para a produo de 220 mil unidades. Os investimentos em urbanizao de assentamentos precrios previstos na segunda fase do Programa de Acelerao do Crescimento (PAC 2), tambm passam a contemplar os municpios nessa faixa populacional, aos quais foram destinados R$ 3,1 bilhes. Entretanto, para que os investimentos federais se traduzam em melhorias efetivas nas condies de moradia da populao, preciso qualificar quadros tcnicos municipais e apoiar instrumentos de planejamento local que dialoguem com a realidade desses municpios. Nesse sentido, o Conselho Gestor do Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social CGFNHIS aprovou a Resoluo n 37 de 08/12/2010, que estabelece um contedo e um procedimento simplificados para PLHIS de municpios de menor porte, visando garantir que estes apresentem seus planos e estejam habilitados a acessar os recursos do FNHIS a partir de 2012.

A elaborao do Plano de Habitao de Interesse Social realizada em trs etapas: I. Proposta Metodolgica, II. Diagnstico e III. Proposta de Aes Estratgicas.

O presente documento representa a Parte III - Aes Estratgicas para o setor habitacional do municpio de Brasilia. Sua estrutura se orienta nas recomendaes do Ministrio das Cidades e nas perspectivas da Prefeitura Municipal. As principais fontes de informao utilizadas so: Dados do IBGE e do Ministrio das Cidades nos sites da internet, a publicao Acre em Nmeros do Governo do Estado do Acre, o Cadastro nico da Secretaria de Ao Social do Municpio de Brasilia, as orientaes do Setor de Cadastro e da Secretaria Municipal de Planejamento. Para o levantamento do Diagnstico - Etapa II do Plano contriburam tambm os Agentes Comunitrios de Sade ACS, aplicando questionrios nas residncias, como tambm os moradores, que participaram em audincias nas escolas dos bairros de Brasilia. As equipes da Secretaria Municipal de Ao Social, do Setor de Cadastro e da Secretaria de Planejamento acompanharam todas as etapas de elaborao do plano.

Vinculao com o Plano Nacional de Habitao Em dezembro de 2008 foi finalizado, sob a coordenao da Secretaria Nacional de Habitao do Ministrio das Cidades o Plano Nacional de Habitao PlanHab, cujo objetivo planejar as aes pblicas e privadas, no mdio e longo prazo, com o propsito de formular uma estratgia do

5

Governo Federal para enfrentar as necessidades habitacionais do pas, considerando o perfil do dficit habitacional, a demanda futura por moradia e a diversidade do territrio nacional.

O PlanHab se caracteriza simultaneamente como um plano estratgico de longo prazo e como um plano de ao, ou seja, uma ferramenta de planejamento com propostas que so operacionais e que devero ser implementadas no curto, mdio e longo prazo. E neste sentido, suas propostas e estratgias de ao e suas etapas de implementao se articulam elaborao dos Planos Plurianuais - PPA's e at o ano de 2023 (2015, 2019 e 2023), devendo ser revisto a cada quatro anos, a partir de uma avaliao do perodo anterior e da anlise dos novos cenrios e projees, capazes de orientar o perodo seguinte. Todas as propostas e estratgias de ao previstas pelo PlanHab foram estruturadas em uma anlise regional da diversidade da questo habitacional no pas. Assim, esta anlise foi sistematizada agrupando os municpios brasileiros em 11 categorias. Conforme esta categorizao, o municpio de Brasilia, com pouco mais que 20 mil habitantes, esta situado em territrio rural consolidado, porm caracterizando-se ainda por uma dinmica econmica frgil.

Vinculao com Plano Estadual de Habitao de Interesse Social

A elaborao do Plano Estadual de Habitao de Interesse Social do estado do Acre segue a estrutura proposta pelo Plano Nacional de Habitao, configurando na Etapa 3 Estratgias de Ao um Plano de Ao, que ir abordar os problemas diagnosticados na Etapa 2.

6

2. Prognstico das necessidades habitacionaisEstado do AcreA analise da evoluo demogrca e socioeconmica do Acre identicou questes, com impactos importantes sobre o setor habitacional. Para a sua resposta sero necessrias, tanto aes de carter institucional, quanto a capacitao e adequao de estruturas administrativas locais. Por se tratar de aes relativas a diferentes setores da administrao pblica, que ultrapassam as fronteiras da questo habitacional, no possvel determinar planos de aes diretas, uma vez que estes dependem das respectivas condies e especicidades. Assim, para essas questes, foram elaboradas recomendaes de carter geral. Quanto s questes diretamente ligadas ao problema habitacional, identicadas tanto no diagnstico quanto na prospeco do dcit habitacional, foram delineadas estratgias e diretrizes de ao, com objetivos especcos para cada uma delas. Essas recomendaes, orientaes e diretrizes, constituram as bases para a proposio de Programas e Aes, com metas fsicas, prazos e dotaes oramentrias, para o equacionamento da questo habitacional no estado. O Estado do Acre integra a regio norte do Brasil. O Estado se encontra na margem sudoeste da Amaznia Legal Brasileira. Seu clima tropical mido caracterizado por uma estao de chuvas, de outubro a abril, chamada inverno amaznico e uma estao mais seca, de maio a setembro, chamada vero amaznico. O Acre se divide em cinco regies de desenvolvimento chamadas regionais e abarca 22 municpios (figura 1). A capital do Estado Rio Branco, localizada na regio do Baixo Acre. O Estado faz fronteira com o Peru no sudoeste, com a Bolvia no sudeste, com os Estados de Rondnia na ponta leste e do Amazonas no nordeste.

Figura 1 O Municpio de Brasilia forma parte da Regional do Alto Acre (azul, Fonte: Acre em Nmeros 2009)

7

A seguinte tabela 1 mostra o crescimento da populao acreana e o aumento da taxa de urbanizao entre os anos 1940 e 2007. O PIB cresceu entre os anos 1995 e 2007. O setor de maior crescimento econmico nos ltimos anos foi o setor industrial (ver tabela 2).Tabela 1 Evoluo da populao acreana, Fonte: Acre em nmeros 2009, p. 12

Tabela 2 Produto Interno Bruto do Acre, Fonte: Acre em Nmeros 2009, p.93

8

Dados do municpio de BrasiliaDados demogrficos Conforme informao publicada pelo IBGE e pelo Ministrio das Cidades, a populao total do municpio de Brasilia atingiu em 2010 o numero de 21.398 habitantes (MCidades 2010) No perodo entre os anos 2000 e 2010, a populao de Brasilia cresceu conforme IBGE com uma taxa anual media de 2,32 % (ver tabela 3). O crescimento se deve principalmente evoluo populacional na rea urbana; onde a taxa de 4,68 %. A rea rural apresenta uma diminuio anual da populao de -1,11 % (figura 2). Em base a esses nmeros pode ser prognosticada a evoluo demogrfica do municpio no futuro.

Evoluo populacional

Figura 2 Evoluo populacional entre 2000 e 2025 - dados a partir de 2011 prognosticados, Fonte: IBGE 08/2011

No ano 2010, dois teros da populao do municpio de Brasilia residiram na rea urbana. A tendncia ser ainda mais pronunciada no futuro, considerando a migrao da populao rural para a cidade.

9

Figura 3 Distribuio da populao de Brasilia nas reas urbana e rural, IBGE Censo 2010

Em relao a gnero, existe quase um equilbrio entre homens e mulheres (Figura 5). Dentro do CADUNICO (Cadastro nico) esto cadastradas famlias com menos de trs salrios mnimos mensais. As figuras 4 e 5 mostram que a caracterizao demogrfica coincide com os dados gerais, considerando a totalidade dos residentes de Brasilia. Do total foram cadastrados 129 casos de deficincia e 54 mulheres grvidas.

Figura 4 Residentes da rea urbana de Brasilia por faixa de sexo, Fonte: IBGE Municpio@ 2011

10

Figura 5 Pessoas cadastradas no CADUNICO de Brasilia por faixa de sexo, Fonte: CADUNICO 05/2011

Dados socioeconmicos Segundo o levantamento do CADUNICO, mais que a metade da populao de Brasilia est na idade de participar no mercado de trabalho (52 %), 48 % ainda so menores de 18 anos. Foram registrados, em maio 2011, 5% ou 1092 idosos acima de 65 anos (figuras 6 e 7). Dos 3.262 cadastrados como responsveis legais de famlia, a maioria economicamente ativa.

Figura 6 Residentes de Brasilia por faixa etria, Fonte: IBGE Municpio@ 2011

11

Figura 7 Cadastrados no CADUNICO de Brasilia por faixa etria, Fonte: CADUNICO 05/2011

No municpio de Brasilia esto, em total, 6418 alunos matriculados nos ensinos e pr-escolar, fundamental e mdio. A maioria deles est matriculada no ensino fundamental, em 80 escolas (ver Tabela 3).Tabela 3 Nveis de instruo 2009, Fonte: IBGE Cidade@ 2011

Tipo de ensino Ensino pr-escolar Ensino fundamental Ensino mdio Total

Matriculados Docente Escola 657 4656 1105 6418 35 216 51 302 13 80 2 95

A cidade possui uma grande influncia econmica do comrcio da Zona Franca na Bolvia e da capital acreana Rio Branco. H um projeto de inserir Brasilia tambm em uma Zona Franca. Sua economia baseia-se no comrcio, na pecuria leiteira e de corte, na agricultura de subsistncia e no extrativismo vegetal. Com a Estrada do Pacfico, integrando esta regio aos pases vizinhos, h grandes esperanas de crescimento econmico do municpio, principalmente a partir de iniciativas, como o abatedouro de aves, que esto sendo implementados s margens da estrada. Nos finais de semana a cidade recebe um grande fluxo de visitantes que vem fazer compras na Zona Franca da cidade boliviana de Cobija. Brasilia ocupa o sexto lugar em nmero de populao e o dcimo quarto em tamanho de rea municipal no estado.

O PIB (produto interno bruto) de Brasilia aumentou de R$ 87.515 em 2002 para R$ 155.597 em 2007. Considerando a populao de 17.649 habitantes em 2002 e de 19.065 habitantes em 2007, o PIB per capita (PIB dividido por nmero de habitantes) aumentou de R$ 4.959 em 2002 para R$ 8.161 em 2007. O crescimento do PIB mais pronunciado de que o crescimento demogrfico (conferir Plano Diretor, em elaborao, e IBGE 2011). 12

Tanto em 2009 (figura 9), quanto em 2003 (figura 8) o setor de servios faz a maior contribuio ao PIB. Comparando essas duas figuras, pode-se observar que a importncia do setor agropecurio cresceu no mesmo perodo de 18 % para 28 % do PIB. Em nmeros efetivos sua contribuio aumentou de R$ 11.630 em 2003 para R$ 47.921 em 2009 (valores adicionados bruto, Tabela 4).

Figura 8 PIB por sector econmico 2003 (valor adicionado bruto de cada sector ao preo atual), Fonte: IBGE Cidades@2011

Figura 9 PIB por sector econmico 2009 (valor adicionado bruto de cada sector ao preo atual), Fonte: IBGE Cidades@2011

13

Tabela 4 PIB por sector econmico 2009 (valor adicionado bruto de cada sector ao preo atual), Fonte: IBGE Cidades@2011

Descrio Agropecuria Indstria Servios Impostos sobre produtos lquidos de subsdios PIB PIB per capita

Valor em R$ 47.921,00 12.187,00 105.238,00 9.374,00 174.721,00 8.811,37

O nmero de empresas em Brasilia aumentou entre 2006 e 2009 de 192 para 273, o que levou a um aumento de pessoal empregado. O salrio mdio em 2009 era de 1,7 salrios mnimos, 0,3 salrios mnimos mais elevado que em 2006 (Tabela 5). Embora esteja situado na rodovia BR 317, o municpio no esta em rea de influncia de grandes empreendimentos.

Tabela 5 Empresas, Fonte: IBGE Cidades@2011

Dados de empresas Nmero de unidades locais Pessoal ocupado total Pessoal ocupado assalariado Salrios e outras remuneraes (R$) Salrio mdio mensal (salrio mnimo) Nmero de empresas atuantes

2006 192 927 795 5339 1,4 -

2009 273 1313 1111 11337 1,7 272

A incidncia da pobreza do municpio de Brasilia era de 32,09 % em 2000 (IBGE Cidades@, 2011). Essa porcentagem corresponde a um valor de aproximadamente 5.459 habitantes. A incidncia da pobreza simplesmente uma estimativa do percentual de pessoas abaixo da linha da pobreza. Ela no indica nada acerca da profundidade ou severidade da pobreza e, assim, no apresenta qualquer agravamento nas condies dos que j esto em situao de pobreza (PNUD Brasil 2011). 14

Em base ao perfil do programa Bolsa Famlia (PNAD 2006), podem ser consideradas pobres 2.133 famlias em 2008. No mesmo ano, o perfil do Cadastro nico (PNAD 2006) revela como pobres 3.229 famlias. Essa diferena se explica com as diferentes definies dos programas. Na Secretaria Municipal de Ao Social, foram cadastradas em 2008 efetivamente 2.999 famlias pobres. Somente na rea urbana, a Secretaria registrou at maio de 2011 o numero prximo de 500 famlias com necessidades de habitao. A gesto e o tratamento dos resduos slidos domicilirios e assimilveis a eles da responsabilidade da Prefeitura Municipal de Brasilia, atravs da Secretaria de Obras. A Secretaria realiza a coleta dos resduos nas fontes de origem e o transporte ate o aterro, destinado para a disposio final (no km 11 da BR 317 em direo a Assis Brasil, em operao desde 1995 ate o presente). A zona urbana, atendida pela coleta de resduos, conta atualmente com 5.424 domiclios, aproximadamente 90 comrcios, 272 empresas (oficinas, etc.) e aproximadamente 30 instituies publicas. Na zona urbana moravam em 2011 em media 14.257 habitantes (IBGE 2010). Conforme recente levantamento gravimtrico em fontes de origem (domiclios, comrcios), a produo media gira entorno de 0,7 kg de resduos / habitante e dia (UNOPAR estgio, 2010). A coleta atende as fontes, com uma cobertura de servio de quase 100 % (dos resduos entregues no horrio da coleta na calada) 2 ou 3 vezes (no centro 6 vezes) por semana, conforme o plano e calendrio do recorrido. A coleta realizada com dois caminhes compactadores com capacidade de carga de 7 m para transporte de resduos domiciliares, um caminho caamba com capacidade de carga de 4 m para transporte de resduos mistos provenientes de reas verdes, entulho de construo e de limpeza urbana e carroas de apoio em locais de difcil acesso. A disposio final dos resduos slidos acontece no terreno chamado Lote 151 de 50 H, a 11 km do centro de Brasilia. Atualmente, 30 H do terreno esto ocupadas (sem registro). Em 2010 foi elaborado um mapa preliminar de zonas de diferentes usos e disposio de diferentes tipos de resduos (UNOPAR estagio 2010). A cerca e o porto no so adequados para impedir a entrada de pessoas no autorizadas ou animais (vetores). H uma operao em sistema de valas, abertas e fechadas com maquina (retro escavadeira), conforme necessidade, sem controle permanente sobre a entrada, o fluxo, tipo e quantidade de resduos, rea e maneira de descarga. No h controle necessrio sobre separao e tratamento dos resduos hospitalares e de abatedouros (de bovinos e aves), transportados com veculos especiais e dispostos em valas especiais. Uma parte dos resduos provenientes de reas verdes, de trabalho de poda (galhada) e capinagem esta sendo depositada em superfcies prximas da entrada. Dados habitacionais As casas de Brasilia so feitas de madeira, de tijolo ou utilizao de ambos materiais (composio mista). No levantamento da Secretaria Municipal de Sade (Boletim mensal) no considerada a classe de material misto das construes (mistura de madeira e alvenaria, Tabela 6). A Secretaria de Sade colaborou na elaborao do presente prognstico com o levantamento de dados especficos de habitao atravs dos agentes comunitrios de sade (ACS). A avaliao dos questionrios

15

aplicados pelos ACS indica um nmero maior que 2000 casas de material misto (madeira e alvenaria) em Brasilia.

Tabela 6 Composio de material de construo das casas, Fonte: Secretaria de Sade 2011

Tipo de casa Tijolo Taipa revestida Taipa no revestida Madeira Mista Material aproveitado Outros

No

% 1301 23,99 4 0 0,07 0

4104 75,66

3 12

0,06 0,22

Dados geogrficos A rea oficial do municpio de Brasilia corresponde a 3.917 km. Em fevereiro 2008 o permetro urbano foi ampliado (Lei Municipal N 080 / de 28 de fevereiro de 2008, documento e mapa em anexo). A nova rea urbana abrange 28,6 km. No momento da elaborao do presente plano, menos de um tero da superfcie da cidade esta urbanizada. A maioria desta rea esta desmatada. A rea urbanizada e o sul da rea no urbanizada esto delimitadas pelo Rio Acre com afluentes, igaraps, meandros e reas pantanosas. At presente, o processo da urbanizao no contemplou medidas especificas eficientes para a ocupao e uso destas reas, no recomendadas para edificao. Realizar estudos ambientais, incluindo o suporte do solo, que contribuam com a regulamentao de novas construes continua sendo um desafio prioritrio. No final da estao chuvosa (inverno amaznico entre outubro e abril), os rios e igaraps da regio podem transbordar. O risco de alagaes intensificado no final da estao de chuvas em conseqncia do desmatamento que leva a acelerao do escoamento das guas e pela intensificao da ocupao indevida das praias, margens e barrancos dos rios e igaraps. Os dados recopilados no presente prognstico demonstram que a cidade de Brasilia encontra-se em crescimento. A populao e o PIB esto crescendo. A taxa de urbanizao aumenta. Por outro lado, aproximadamente a metade da populao urbana est abaixo da maior idade. Um tero da populao do municpio considerado abaixo da linha de pobreza. Atualmente existem aproximadamente 500 famlias com necessidades de novas moradias ou de melhoria da moradia existente. Alm do crescimento natural, a populao enfrenta diferentes processos de migrao (xodo da zona rural, vinda de estudantes as novas universidades, migrantes de paises vizinhos, populao afetada por situaes adversas e emergncias). 16

Condies Institucionais e AdministrativasDada a diversidade setorial que demanda o desenvolvimento habitacional, necessrio um conjunto de atores, pblicos e privados, para uma adequada e responsvel gesto. Cabe lembrar que o Plano de Habitao de Interesse Social PLHIS um instrumento de implementao de polticas publicas do setor, conforme a Lei 11.124 de 2005. Esta lei dispe do Sistema Nacional de Habitao de Interesse Social e determina, alm de outras providncias, a participao social dos atores ligados habitao. Para a execuo, a lei prev a implementao de um Fundo e de um Conselho Municipal de Habitao. O Conselho de Habitao foi institudo pelo Decreto Municipal e representa o rgo central na execuo das polticas de habitao no municpio. Cabe destacar que o PLHIS esta articulado com outros Planos, como por exemplo, o Plano Diretor do municpio, que se encontra em fase de aprovao pela Cmara Municipal. As principais instituies ligadas habitao de interesse social e elaborao do PLHIS so as Unidades Municipais de Planejamento, Cadastro e Ao Social. Elas tambm integram o Conselho de Habitao. A Secretaria Municipal de Planejamento conta com trs funcionrios e trabalha com freqncia no limite da sua capacidade. O Setor de Cadastro depende da Secretaria de Planejamento e conta, alm do chefe, com fiscais responsveis pela atualizao dos dados cadastrais do municpio. Constata-se que a unidade precisa de informatizao e capacitao do quadro, para otimizar o sistema de arrecadao de tributos. A Secretaria de Ao Social esta informatizada e responde crescente demanda da comunidade. importante lembrar que estas unidades sofreram graves danos durante a enchente de fevereiro e maro de 2012 e ainda esto em processo de retorno a operao normal. O conselho esta pouco atuante, desperdiando-se uma oportunidade de gesto de habitao mais coordenada. A prefeitura municipal recebe apoio do Governo de Estado, atravs da Secretaria de Estado de Habitao, e do Governo Federal, atravs do Ministrio das Cidades. Na execuo de projetos, a Caixa Econmica Federal um parceiro fundamental. No nvel local, uma instituio chave o Cartrio, responsvel entre outros, pela emisso de ttulos de propriedade de terra.Tabela 7: Arranjo dos atores

Conselho Municipal de Habitao participativo e atuante Engenheiros e arquitetos contribuindo para implementao de princpios, desenho, estruturas e componentes para um modelo de urbanizao, que atenda os interesses sociais com viso do futuro Cadeia produtiva da construo civil gil e interconectada entre empresas capacitadas para a construo segura rgos ambientais competentes, prefeitura e cartrio garantem licenciamento, regularizao, alvar de loteamentos e edificaes 17

O Consorcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Alto Acre e Capixaba CONDIAC, alm da coordenao de atividades e contribuio para elaborao do PLHIS, busca fortalecer a prpria competncia tcnica em geoprocessamento, com o objetivo, de contribuir com servios e produtos cartogrficos regionais, inclusive para o processo de regularizao fundiria dos cinco municpios scios.

Oferta habitacionalA oferta habitacional se constitui por um lado no mercado imobilirio local, regido por regras e dinmicas especificas e pouco previsveis, sem oferecer solues adequadas para o interesse social. Por outro lado, a prefeitura municipal, com apoio dos programas dos governos federal e estadual, esta produzindo moradias de habitao de interesse social para as famlias mais necessitadas. A seguinte tabela mostra os nmeros atuais da oferta habitacional em Brasilia.Tabela 8 Oferta de Habitao de lnteresse Social

Oferta de Habitao de Interesse Social (fonte: Sec. Mun. de Planejamento, 2011) Casas construdas ate 2010 Casas em construo em 2011 Casas planejadas para construo em 2011 Total 104 19 13 136

Alm da habitao produzida atravs dos programas governamentais, existem em Brasilia ainda 5 residenciais particulares com possibilidades de habitao de emergncia.Tabela 9 Oferta de Habitao de carter emergencial (nmeros de quartos)

Proprietrio Raimundo Lacerda Sebastio Gomes Jose Rossi Adalton dos Santos Antonio Ferreira

Endereo Rua Benjamin Constant 420

Bairro Centro

Capacidade Ocupado Disponvel 15 8 7

Rua 4 de maro 586 Rua Geny Assis 125 Av. Prefeito Rolando Moreira 286 Rua Major Salinas 263

Eldorado Centro Centro

12 12 10

5 8 6

7 4 4

Centro

14

8

6

No inicio do ano 2012 havia em total 28 quartos disponveis para famlias em situao de emergncia. 18

Como outros municpios do Acre, Brasilia foi fundada a partir do rio. A viso do desenvolvimento urbano mudou com a consolidao de acessos terrestres e pavimentao de rodovias e ruas durante as ultimas dcadas. As reas prximas aos rios e igaraps se transformaram em fundos do quintal e as vezes em depsitos para lixo e esgoto, desperdiando gravemente sua contribuio para a qualidade de vida em Brasilia. Por serem baixas, as reas so periodicamente alagadas. O conhecimento histrico e as estratgias de adaptao devem formar parte fundamental deste Plano de Habitao e dos novos projetos de urbanizao (Parque Centenrio: Prevenir melhor que lamentar.).

Tabela 10 Nmero de famlias com terreno cadastradas com necessidade de casa, Fonte: Secretara de Ao Social de Brasilia, Maio 2011

Bairro Alberto Castro Centro Eldorado Ferreira da Silva Jos Brana Jos Moreira Leonardo Barbosa Marcos Galvo Raimundo Chaar Samauma Trs Botequins Outros Sem informao Total

N Famlias 18 5 30 29 7 19 23 12 1 9 4 17 11 185

19

Figura 10 Distribuio de necessidades de casa por bairro, Fonte: Secretara de Ao Social de Brasilia, Maio 2011

Tabela 11 Nmero de famlias cadastradas com necessidade de casa e terreno, Fonte: Secretara de Ao Social de Brasilia, Maio 2011

Bairro Centro Eldorado Ferreira da Silva Jos Moreira Leonardo Barbosa Samauma Alberto Castro Marcos Galvo Raimundo Chaar Trs Botequins Outros Total

N de Famlias 25 44 20 26 89 31 4 1 1 1 18 260

20

Figura 11 Distribuio de necessidades de casa e terreno por bairro, Fonte: Secretara de Ao Social de Brasilia, Maio 2011

Necessidades habitacionaisDficit e inadequao habitacional

Segundo o Ministrio das Cidades, um dficit [qualitativo] habitacional exige a construo de novas moradias. Enquanto no caso da inadequao habitacional, ela exige a melhoria das condies habitacionais, no necessitando a produo de novas moradias. A necessidade habitacional um conjunto de dficit qualitativo, dficit quantitativo atual e da demanda demogrfica futura. Consideram-se portanto, no presente prognstico a falta de domiclios e a inadequao atual de domiclios. Alm disso, precisa ser considerada a futura demanda de domiclios, devido ao crescimento demogrfico. Foram considerados valores do levantamento do Dficit Habitacional No Brasil de 2008. Para desagregar os valores foi aplicado o calculo sugerido do Ministrio das Cidades, usando o CENSO da populao de 2007. Para aumentar a confiabilidade destes dados, foram considerados dados atuais da Secretaria de Ao Social e outros dados obtidos atravs de levantamentos no municpio (Maio 2011).

21

Dficit habitacional (quantitativo) Dficit por reposio do estoque Segundo o Ministrio das Cidades, trata se de domiclios que esto em condies muito precrias no aptas para morar. Nesta categoria so consideradas as famlias que possuem terreno, mas no tem condies financeiras de construir. O registro de dados disponveis da Secretaria de Ao Social foi adaptado a este esquema.

Domiclios rsticos O termo domiclio rstico significa uma construo com material inadequado . Segundo os resultados do dficit habitacional (2000), tem 27 domiclios rsticos em Brasilia. Nos levantamentos mais atuais (2008) no aparece dessa forma. Na tabela aqui embaixo se nota que a maioria de casas feito de madeira e tijolo. Nesse levantamento da Secretaria de Sade no tem uma classe para construes de material misto (madeira e alvenaria). Podem se contar 19 domiclios rsticos.

Tabela 12 Material usado para construo de casas, Fonte: Sec. de Sade 2011

Tipo de casa Tijolo Taipa revestida Madeira Material aproveitado Outros

No 1301 4 4104

% 23,99 0,07 75,66

3 12

0,06 0,22

(em Brasilia no tem adobe, nem taipa no revestida)

Domiclios improvisados Improvisados so chamados domiclios instalados em locais [...] para fins no residenciais (reas com restries ou de risco, Ministrio de Cidades 2011). O levantamento do Dficit Habitacional contou em 2000 11 domiclios improvisados em Brasilia, quais eram habitados por famlias com uma renda mensal de at trs salrios mnimos (salrio mnimo de 2000 correspondente a R$ 151). Nos levantamentos atuais do Dficit Habitacional no Brasil foram unidos os critrios de domiclios rsticos e domiclios improvisados e foi criado o termo de habitao precria. No ano 2008 havia 77 domiclios considerados como habitao precria em Brasilia (tabela). 22

O setor cadastro tem identificado 3 reas de invaso, associadas a reas de risco, devido a proximidade de igarap ou rio com peridicas alagaes e instabilidade e eroso do solo (Bairros Leonardo Barbosa prximo do Rio Acre, Bairro Centro, Rua da Goiaba prximo do Rio Acre, Bairro Eldorado em APP do Igarap do Bueiro). Os moradores destas reas, em favor da prpria segurana procuraro reas adequadas para morar no transcurso dos prximos anos.

Necessidade de habitao Na Secretaria de Ao Social estavam registradas em maio 2011, 185 famlias com necessidade de habitao (casa). A maioria so moradores dos bairros de Eldorado, Ferreira da Silva e Leonardo Barbosa (tabela).

Dficit por incremento do estoque

Famlias conviventes secundrias Famlias constitudas por, no mnimo, duas pessoas que residem em um mesmo domiclio junto com outra famlia denominada principal. (Ministrio de Cidades).

Coabitao familiar So as famlias conviventes secundrias que vivem em cmodos alugados ou cedidos.

nus excessivo com aluguel Domiclios com famlias que recebem at trs salrios mnimos e tem 30 % da sua renda familiar comprometida com aluguel. (Ministrio de Cidades).

Necessidade de casa e terreno Em Maio 2011 estavam cadastradas 260 famlias na Secretaria de Ao Social. Um tero delas mora no bairro de Leonardo Barbosa. Concluso A comparao dos nmeros das planilhas 8 e 9, ento do levantamento do Dficit Habitacional e da Ao Social, mostra que o dficit habitacional da planilha 8 muito maior. Como explicado anteriormente, trata se desses resultados s de valores calculados. Alm disso, no todos os dficits habitacionais esto necessariamente cadastrados na Secretaria Ao Social.

23

Pode se concluir que a maioria das famlias afetadas por dficits habitacionais encontram se numa faixa salarial de at trs salrios mnimos (figura).

Tabela 13 Dficit habitacional por componentes. Fonte: Dficit Habitacional No Brasil 2008, FJP

Acre Dficit por reposio de estoque Habitao precria Dficit por incremento do estoque Coabitao familiar Famlias conviventes secundrias Cmodos alugados e cedidos nus excessivo com aluguel Dficit habitacional Total 2656 2656 30542 9805 19102 -1635 33198

Brasilia 77 77 888 285 556 -48 965

Tabela 14 Necessidades de moradias, Fonte: Secretaria de Ao Social de Brasilia, Maio2011

Tipo de necessidade Necessidade de habitao Necessidade de habitao e terreno Total

Nmero de famlias 185 260 445

24

Figura 12 Fonte: Dficit Habitacional no Brasil 2008, p.39

Inadequao de domiclios (qualitativo) Inadequao fundiria urbana O municpio de Brasilia necessita da regularizao fundiria dos lotes urbanos, processo j em implementao. O tema foi tratado intensamente na audincia publica no dia 05 de maio de 2011 na cmara municipal. Como encaminhamento foi criado um grupo de trabalho para apoiar setor de cadastro da prefeitura municipal. Alguma propriedades nos bairros Centro e Raimundo Chaar foram doadas para a prefeitura. A cidade ocupa hoje os antigos seringais Carmen e Nazareth, que esto sob a gesto do INCRA. A maioria dos lotes tem um concessionrio. A relao entre lote e concessionrio foi elaborada nos anos 80 e est desatualizada. No levantamento do Dficit Habitacional foram identificados 4084 domiclios no estado do Acre no regularizados. Em Brasilia encontram-se 119 domiclios em processo de regularizao (Tabela 19). Conforme Sec. Sade 2011, a totalidade dos domiclios de 5424 precisa ser regularizada.

Densidade excessiva de moradores por dormitrio No esto disponveis informaes a respeito em Brasilia.

Carncia de servios de infra-estrutura energia eltrica, abastecimento de gua, esgotamento sanitrio e coleta de lixo

25

Em 2008 foi levantado um total de 89.483 domiclios com carncia de servios de infra-estrutura no estado de Acre. A maioria deles sofre uma falta de abastecimento de gua (Tabela 15). Em Brasilia um total de 2603 domiclios tem carncia de infra-estrutura.

Energia eltrica: 7554 clientes (apartamentos, casas, lojas, etc.) recebem energia eltrica (EletroAcre 2011). Segundo o levantamento da Secretaria de Sade (2011), 86,38 % ou 4.685 domiclios, recebem energia eltrica.

Abastecimento de gua: 3234 residncias recebem oficialmente gua pblica da empresa DEPASA (DEPASA 2011) H uma diferena entre a informao da DEPASA e da Secretaria de Sade. A metade dos domiclios est conectada rede pblica. Um pouco menos que a metade recebe gua de poo ou nascente.

Tabela 15 Abastecimento de gua, Fonte: Sec. Sade 2011

Abastecimento de gua Rede publica Poo ou nascente Outros

No 2924 2419 9

% 53,91 45,93 0,16

Esgotamento sanitrio: A falta de esgotamento sanitrio um problema importante, que pode gerar problemas ambientais (poluio de rios e igaraps, poluio de solo e gua subterrnea) e problemas de sade (doenas). Somente 12,33 % dos domiclios tm acesso a um sistema de esgoto. A maioria dos domiclios conta com fossas spticas. Aproximadamente um quarto dos moradores dos domiclios cadastrados na Secretaria de Sade (2011) fazem as suas necessidades em local inapropriado (Tabela 16).

Tabela 16 Destino de fezes e urina, Fonte: Sec. Sade 2011

Destino Fezes/Urina No. Sistema de Esgoto Fossa Cu aberto 669 3459 1296

% 12,33 63,77 23,89 26

Coleta de lixo: A coleta de lixo funciona em todos os bairros, conforme calendrio da Sc. de Obras, com dois caminhes de lixo (Secretaria Municipal de Obras de Brasilia, agosto 2011). Em algumas reas sem acesso atendem duas carroas de bois. Mesmo assim, somente 63,33 % dos domiclios cadastrados na Secretaria de Sade (2011) so atendidos pela coleta pblica de lixo, conforme tabela 17.

Tabela 17 Destino de lixo, Fonte: Sec. Sade 2011

Destino de lixo Coleta publica Queimado/ Enterrado Local inadequado

No 3435 1724 265

% 63,33 31,78 4,89

Tabela 18 Carncia de infra-estrutura, Fonte: Dficit Habitacional No Brasil 2008; *Fonte: Levantamento da Secretaria de Sade 2011 Domiclios fora da rede pblica Destino Fezes/Urina: Cu aberto

Acre Carncia de ... ... apenas um servio Energia Abastecimento de gua Esgotamento sanitrio Coleta de lixo ... dois servios ... trs servios ... quatro servios -2008 58428

Brasilia Brasilia 2008 1700 -739 2011*

38202

1111

2500

19614 612 27172 3678 205

571 18 790 107 6

1296 1989

27

Inexistncia de unidade sanitria domicilia interna No relatrio do Dficit Habitacional destaca se Acre como um dos estados com maior carncia de banheiros internos. 9 % dos domiclios Acreanos no tm unidade sanitria interna no domiclio (DHB 2008, p.73). Em nmeros, isso corresponde em Brasilia a um total de 398 domiclios (Tabela 19), situao confirmada pelas Secretarias de Ao Social e de Sade de Brasilia.

Tabela 19 Inadequao de Domiclios, Fonte: Dficit Habitacional No Brasil 2008, FJP

Acre Inadequao de domiclios Densidade excessiva de moradores por dormitrio Carncia de servios de infra-estrutura Inexistncia de unidade sanitria domiciliar interna Cobertura inadequada Inadequao fundiria

Brasilia

12257 89483

357 2603

13687 18995 4084

398 553 119

Assentamentos precrios

Favelas ou Vilas O ministrio define esse tipo de assentamento da seguinte maneira: Aglomerado de domiclios auto-construdos, dispostos de forma desordenada, geralmente denso e carente de servios pblicos essenciais, ocupando terreno de propriedade alheia (pblica ou particular). Em Brasilia no existe esse tipo de assentamentos. A densidade populacional do municpio baixa (5,46 habitantes/km, IBGE 2010), portanto no h aglomeraes de domiclios do conceito das favelas urbanas.

Loteamentos irregulares Loteamentos irregulares so caracterizados pela [...] ausncia ou precariedade da infra-estrutura [...] (Ministrio das Cidades, Mdulo II Diagnstico Geral). Em Brasilia existem loteamentos com estas caractersticas (que so diferentes das chamadas reas de invaso). Estas reas carecem de luz pblica, de acessos diretos por vias pblicas e de um sistema sanitrio. Exemplos de Loteamento irregular: 1. Bairro Marcos Galvo II 28

De reas de invaso: 2. No bairro Eldorado ao longo do igarap Bueiro (ver anexo): 3. No bairro Leonardo Barbosa Cortios ou quarteires Em Brasilia usa se o termo de quarteiro (5). Conjuntos habitacionais degradados no existem em Brasilia.

Demanda demogrfica futuraO presente Plano mostra o crescimento da populao urbana de Brasilia. Consequentemente haver um aumento da necessidade de habitaes em geral.

Total de domiclios particulares ocupados (IBGE, Censo 2010): Total de necessidades (casa, casa e terreno) (Sec. Ao Social, 2011): Total da populao urbana 2010 (IBGE, Censo 2010): Total de populao urbana 2011 (calculado):

5842 445 14257 14.924

Sob a suposio que a relao de famlias com e sem necessidades no vai melhorar significativamente em 2020, com uma populao estimada de 22.524 habitantes, pode se contar com 703 famlias com necessidades habitacionais naquele ano. Em 2028, a populao estimada ser de 32.476 habitantes e o nmero de famlias, com necessidade de casa ou casa e terreno, vai superar as mil (1014) famlias.

29

Tabela 20 Evoluo demogrfica, Fonte: IBGE, Censo 2010 (Calculo: Frmula geomtrica para calcular a taxa de crescimento anual da populao:

Ano 2000 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028

rea urbana 9026 14257 14923,87 15622,31 16353,43 17118,77 17919,93 18758,58 19636,48 20555,47 21517,47 22524,48 23578,63 24682,11 25837,23 27046,42 28312,19 29637,2 31024,22 32476,15

rea rural Total 7987 7141 7061,494 6983,111 6905,598 6828,946 6753,145 6678,185 6604,057 6530,752 6458,261 6386,574 6315,683 6245,579 6176,253 6107,697 6039,901 5972,858 5906,56 5840,997 17013 21398 21894,37 22402,32 22922,05 23453,84 23997,97 24554,72 25124,39 25707,28 26303,69 26913,93 27538,34 28177,23 28830,94 29499,82 30184,21 30884,49 31601,01 32334,15

A formula matemtica utilizada para o calculo do crescimento da populao atual P(t), em n anos:

30

Custos de atendimentoAs necessidades de habitao so divididas em Brasilia em necessidades de casa e terreno (lote urbanizado) e em necessidade de casa (casa urbana). Necessidade de casa e terreno reas aptas para Habitao de Interesse Social Tipologia das casas Dficit quantitativo: 260 unidades Custo mdio do m terra (sem urbanizao): Centro R$ 46,00 Samauma e Leonardo Barbosa: R$ 10,00 Outros bairros: R$ 20 Vai ser aplicado o valor de R$ 20,00 por m devido a que nos bairros Centros, Samauma e Leonardo Barbosa no tem muito mais capacidade de expanso. Custo mdio da unidade de casa: R$ 30.000,00Tabela 27 Custo para Casas com terreno 10 m por 30 m ou 12 m por 25 m (Fonte: Setor de cadastro da prefeitura de Brasilia)

Tipologia

Terra Custo de Nmero (frao Custo produo/ de ideal) Terra unidade unidades m

Custo Custo Produo Total

Lote urbanizado Total

300 30.000,00

260 1.560.000 7.800.000 9.360.000 9.360.000

31

Necessidade de casa Dficit quantitativo: 165 casasTabela 22 Custo para Casas sem terreno 10 m por 30 m ou 12 m por 25 m (Fonte: Setor de cadastro da prefeitura de Brasilia)

Tipologia

Terra (frao ideal) m 300

Custo de produo/ unidade 30.000,00

Nmero de unidades 165

Custo Terra 0

Custo Produo 4.950.000

Custo Total

Lote urbanizado Total

4.950.000 4.950.000

Necessidade de benfeitoria/melhoria Dficit quantitativo: 36 casas Custo por unidade: R$ 6.000,00 Para a reforma de algumas casas, a prefeitura aproveita o material que usa para apresentaes, festas pblicas, i.e. carnaval e carnaval fora da poca (o custo calculado do dficit corresponde a R$ 216.000,00).

32

Resumo Custo de produo ou aquisio de novas moradiasTabela 23 Custos de moradias IBGE Censo 2010

Ano 2000 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028

rea urbana 9026 14257 14923,87 15622,31 16353,43 17118,77 17919,93 18758,58 19636,48 20555,47 21517,47 22524,48 23578,63 24682,11 25837,23 27046,42 28312,19 29637,2 31024,22 32476,15

rea rural 7987 7141 7061,494 6983,111 6905,598 6828,946 6753,145 6678,185 6604,057 6530,752 6458,261 6386,574 6315,683 6245,579 6176,253 6107,697 6039,901 5972,858 5906,56 5840,997

Total 17013 21398 21894,37 22402,32 22922,05 23453,84 23997,97 24554,72 25124,39 25707,28 26303,69 26913,93 27538,34 28177,23 28830,94 29499,82 30184,21 30884,49 31601,01 32334,15

33

Tabela 24 Custo total para satisfazer a demanda habitacional um custo de R$ 60,00 por m estimado

Componentes Urbanizao Domiclios Custos Custos Obra Custos da Terra Custo Global (terra + obra) Custo total Total 8.658.000 24.352.400 8.658.000 481

Construo de Unidades 425

Regularizao 5842 1.168.400

Defesa Civil/Obras Emergenciais

Melhorias Habitacionais 36 216.000

12.750.000 1.560.000

14.310.000 14.310.000 1.168.400 216.000

Componentes Urbanizao (o que inclui) Domiclios Custos Custos Obra Custos da Terra Custo Global (terra + obra) Custo total Total 23.494.400 9.360.000 481

Construo de Unidades

Regularizao Defesa Civil/Obras Emergenciais 5842 1.168.400

Melhorias Habitacionais

445

36 216.000

12.750.000 9.360.000

22.110.000

22.110.000

1.168.400

216.000

Tomando em considerao os dados prognosticados no capitulo anterior sobre crescimento demogrfico e aumento da necessidade habitacional, o custo no ano 2020 ser de mais de R$ 36 milhes (Tabela)

34

Tabela 25 Custos prognosticados para 2020

Componentes Urbanizao Domiclios Custos Custos Obra Custos da Terra Custo Global (terra + obra) Custo total Total 13.122.000 37.258.400 13.122.000 729

Construo de Unidades 672

Regularizao 5842 1.168.400

Defesa Civil/Obras Emergenciais

Melhorias Habitacionais 57 342.000

20.160.000 2.466.000

22.626.000 22.626.000 1.168.400 342.000

A prefeitura municipal de Brasilia baseia o prognostico e as respostas necessrias, nas demandas e necessidades habitacionais, identificadas na Etapa II Diagnostico do PLHIS

3. Objetivos estratgicos

A Prefeitura Municipal de Brasilia representa a entidade funcional e multidisciplinar responsvel pelo planejamento tcnico e oramentrio, pela gesto da informao e dos recursos necessrios, o desenvolvimento e implementao das polticas e dos projetos de habitao de interesse social. Para abordar este desafio multisetorial a Prefeitura inspira o conselho de habitao para assumir uma funo de coordenao e integrao de atores pblicos e privados da sociedade de Brasilia e consolidao de parcerias para execuo. Em conjunto ser elaborado um modelo de financiamento e subsdios e implementada uma poltica urbana e fundiria. A Prefeitura, atravs do setor Cadastro, j iniciou um programa de regularizao fundiria, junto ao INCRA, o Cartrio e outros atores. Para a realizao de programas habitacionais existem parcerias e convnios com os Governos Estadual e Federal. Os loteamentos precisam da aprovao da Prefeitura, para assegurar uma urbanizao economicamente vivel e socialmente justa. O planejamento habitacional prev um horizonte factvel ate o ano 2025, contemplando revises peridicas conforme as vigncias dos Planos Pluri Anuais PPA em 2017 e 2021. 35

4. Metas, indicadores e monitoramentoUm dos programas de apoio a produo de habitao de interesse social o Pro Municpio do Governo Federal que entre os municpios do Acre no apoiou o municpio de Brasilia. O Programa Minha Casa, Minha Vida do Ministrio das Cidades apoiou o municpio de Brasilia com R$ 800.000,00. Atravs de convenio com Caixa Econmica Federal - CEF e a Secretaria de Estado de Habitao SEHAB foram disponibilizados ainda recursos em valor de R$ 500.000,00 para construo de moradias de habitao de interesse social. As seguintes metas propem produtos e aes, a serem executados num determinado perodo de tempo, para alcanar os objetivos estratgicos deste Plano e contribuir com o programa da sua implementao .Tabela 26: Metas da implementao do PLHIS

1 Instalao e manuteno da rede eltrica e iluminao pblica nas reas de interveno do PLHIS (inclusive nos novos bairros) 2 Rede de abastecimento de gua potvel nas reas 3 Integrar as reas sistemas de drenagem de gua chuva 4 Sistema de tratamento de esgoto funcionando ao alcance de todos. 5 promover a reduo das queimas e do enterramento indevido de resduos slidos 6 Implementao de unidades sanitrias nas moradias do PLHIS 7 Terrenos da rea regularizados. 8 Terrenos e construes se encontram numa rea estvel sem riscos para os moradores

As aes de realizao e monitoramento, conforme todo o sistema de gesto participativa iro requerer a participao dos atores envolvidos. Para a iluminao pblica em na rea de abrangncia do PLHIS (principalmente nos novos loteamentos e bairros) deveria ser estabelecido o numero necessrio de postos de luz a serem instalados no bairro Marcos Galvo, que servira de indicador (nmero de postos instalados em determinada data, verificao em terreno) Para o abastecimento de gua potvel das rea de abrangncia deveriam ser alcanadas as seguintes metas: 1. Instalao de uma bomba de gua adicinoal no bairro de Jos Moreira (para assegurar o abastecimento de gua pelas pessoas morando na parte alta). 2. Instalao de uma outra estao de tratamento de gua (ou almaem de gua) no bairro de Marcos Galvo.

36

O monitoramento aproveitara como indicadores: 1. Bomba instalada e funcionando; 2. Estao de tratamento de gua instalada e funcionando; 3. Nmero de casas sem acesso a gua; Uma meta fundamental na melhoria do sistema de saneamento bsico: 1. Instalar um sistema de esgoto: a. Instalao de sistema de tubulaes e conexes subterrneos; b. Instalao de estaes de tratamento apropriadas para a quantidade e qualidade de esgoto gerado; c. Conectar o sistema de esgoto aos geradores (domiclios etc.); 2. Conscientizar a populao: a. Divulgar o caminho do esgoto e as dificuldades socio ambientais; b. Promover as boas praticas e regras bsicas do funcionamento do sistema de saneamento; Indicadores: 1. Rede de esgoto instalada (metros); 2. Populao conscientizada e conectada; Para reduzir as queimas e o enterramento de resduos ou lixo so sugeridas as seguintes metas: 1. Conscientizar a populao: a. Oficinas educativas para os presidentes de bairros; b. Distribuio de folders informativos; c. Divulgao radial; d. Reunies pblicas. Indicadores: 1. Mudana da quantidade gerada de lixo; 2. Reduo das queimas; 3. Satisfao da populao (questionrios). Todos os domiclios da implementao do PLHIS possuem uma unidade sanitria. 1. Elaborar um programa que apia as famlias com necessidades habitacionais; a. Identificao dos domiclios sem unidade sanitria (conferir diagnostico); b. Ativao do fundo de financiamento de habitao de interesse social; Indicadores: 1. Nmero de unidades instaladas

37

Para a regularizao fundirio dos terrenos das reas do PLHIS se propem as seguintes metas: 1. Cartografia atualizada e utilizada; 2. Legislao adequada as necessidades; 3. Divulgao de manual Paso a paso da regularizao fundiria; Os terrenos e as construes se encontram em reas estveis sem riscos para os moradores; Metas: 1. Conscientizao da populao a. Oficinas sobre reas de risco para membros da prefeitura municipal e pelos presidentes do bairro b. Folders, divulgao no programa de radio, semana do meio ambiente, etc. 2. Andamento do programa de desocupao das reas de risco e outras reas de invaso 3. Habilitar novos terrenos pelos moradores retirados Indicadores: 1. Nmero de moradores retirados 2. Nmero de novos terrenos criados 3. Nmero de novos terrenos em reas de risco Os principais e mais evidentes indicadores so o nmero de moradias disponibilizadas e o numero de famlia ou pessoas com necessidade de habitao, atendidas em um perodo administrativo. A prefeitura observa alem disso o grau de aceitao e integrao dos moradores. Uma parte dos investimentos e destinada a moradores com terreno devidamente documentado que permanecero no seu local e na sua vizinhana (valores no calculados, ao pulverizada). Outra parte dos investimentos atende a populao com necessidades de habitao disponibilizando loteamentos ou residenciais com moradias em reas de consolidao e expanso urbana (ao concentrada). Nestes casos importante considerar tambm, como indicador qualitativo, o acesso da moradia aos servios bsicos.

5. Aes estratgicasO horizonte de tempo do PLHIS foi escolhido ate 2025, considerando atualizaes do planejamento, monitoramento e adequao de metas em 2017 e 2021 conforme os Planos Pluri Anuais - PPA. Para a execuo das aes para atingir as metas e os objetivos precisa ser planejada a demanda de recursos. Um dos programas de apoio a produo de habitao de interesse social o Pro Municpio do Governo Federal que ainda no apoiou Brasilia entre os municpios do Acre. O Programa Minha Casa, Minha Vida do Ministrio das Cidades apoiou o municpio de Brasilia com R$ 800.000,00. Atravs de convenio CEF / SEHAB foram disponibilizados ainda recursos em valor de R$ 500.000,00 para construo de habitao de interesse social.

38

Programas e financiamento e captao de recursos No perodo de 2008 a 2012 tem sido utilizados como fontes de financiamento o Fundo Municipal de Habitao, alem do programa Pro Municpio, junto a Secretaria de Estado de Habitao SEHAB, lanado pelo Ministrio das Cidades (MCidades) no contexto do Sistema Nacional de Habitao de Interesse Social SNHIS e o Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social FNHIS, e do programa Minha Casa, Minha Vida. Existe a possibilidade de novos convnios com CEF, o MCidades e a SEHAB, dentro do programa Pro Municpio. Recentemente foram construdas 19 casas pulverizadas p famlias proprietrias de terrenos (devidamente documentados). Alem disso o BNDES / BIRD financiara 40 casas em total, das quais 26 j foram construdas, restando para execuo em 2012, 14 casas

Prioridades e Monitoramento A Prefeitura Municipal de Brasilia monitora, atravs do CADUNICO na Secretaria de Ao Social em considerao das trs categorias (1. necessidade de terreno e casa, 2. necessidade s de casa, 3. necessidade s de material para adequao) permanentemente o desenvolvimento das necessidades habitacionais. A Prefeitura a entidade funcional e multidisciplinar responsvel pela implementao do PLHIS. Para a gesto inclusiva necessrio animar o conselho de habitao e propor novas parcerias. Uma execuo eficiente com monitoramento dos avanos e investimentos requer de elaborar e implementar um modelo de financiamento e subsdios. Atravs do setor Cadastro a Prefeitura esta realizando um programa de regularizao fundiria e uma poltica urbana e fundiria adequada, junto a INCRA, Cartrio e outros atores.

Habilitao de terrenos para expanso A Prefeitura no conta com terrenos prprios, conforme a base de referencia do diagnostico. O apoio da prefeitura esta dirigido inicialmente para as famlias com documentao de propriedade de terreno, que estejam localizados fora de reas de risco. A Prefeitura solicitou a devoluo de uma rea de 12 H da UFAC, denominada Lote 10 A, localizada no ramal Nazar, com objetivo de habilitar nesta rea novas moradias inclusive de habitao de interesse social entre outras. Considerando que a UFAC esta interessada para realizao de suas finalidades no Lote 154 (da gleba 03) no km 9 da BR 317, atualmente de competncia do INCRA. Coordenao e integrao interna Internamente deve ser mantido atualizado o CADUNICO como base de informao sobre as necessidades habitacionais da populao de Brasilia por parte da Secretaria Municipal de Ao Social alem de outro atores. 39

O Conselho do FMHIS precisa de uma reviso, reeleio, reativao que provavelmente acontecera em 2013 com a nova equipe de administrao municipal. Gesto financeira No contexto da regularizao fundiria fundamental o licenciamento e regularizao dos loteamentos, com participao dos rgos competentes, das unidades da Prefeitura Municipal e do cartrio. Para a realizao e financiamento dos programas os convnios so esenciais, consederando um horizonte de tempo factvel ate o ano 2025. O presente Plano de Habitao de Interesse Social PLHIS ser revisado e atualizado conforme vigncia dos Plano Pluri Anuais PPA em 2017 e 2021.

Respostas perante emergncias A situao da gesto e do planejamento habitacional mudou em Brasilia em funo da enchente de fevereiro e marco de 2012. A alagao deixou uma vez mais em evidencia de que a ocupao e o uso das reas de risco no deveriam acontecer. O mapa das reas alagadas em Brasilia no perodo de fevereiro a maro de 2012 mostra a sua extenso na zona urbana (anexo). Os nmeros registrados pelos rgos envolvidos nas aes de resgate e assistncia aos afetados pela enchente revelam que o custo da ocupao indevida destas reas pesa no s para os afetados mesmos, mas tambm para a sociedade e para os cofres pblicos em geral. Tabela 27: reas afetadas pela enchente de fevereiro e marco de 2012 em Brasilia Bairro / Loteamento / rea Trs Botequins / Jose Brana Samauma Eldorado Leonardo Barbosa Raimundo Chaar / Jose Peixoto Centro Marcos Galvo / Novo Horizonte 28 de Maio (Invaso) Nmero de famlias afetadas 67 196 174 125 32 413 0 0

40

Alm da necessidade de habilitar reas seguras para a expanso urbana uma urgncia identificar com certeza as reas de risco e estabelecer um programa da sua desocupao e re destinao para usos sociais de baixo custo de investimento e manuteno e de alta funcionalidade. Desta maneira o risco diminui em funo da diminuio da vulnerabilidade da populao re destinada para locais mais seguros. No futuro ser cada vez mais importante, evitar a ocupao das reas de risco, por exemplo, de novas alagaes, de desmoronamento do solo nestas reas ou de desabamento de edifcios.

O Parque Centenrio, inaugurado no dia 3 de julio de 2010, prova que as reas alagadias, que representam uma seria caracterstica do territrio urbano de Brasilia, podem ser aproveitadas para o bem-estar da populao, prtica de esportes e lazer, tornando-se atrativo turstico e oportunidade para oferta de servios gastronmicos e comercio.

Ao mesmo tempo em que estas reas so retiradas das pretenses de investimento em edificao, so evitados riscos e problemas que poderiam ser mais graves que os benefcios incertos.

Tabela 28: lmpactos da enchente de fevereiro e marco de 2012 em Brasilia

Perdas e danos (registrados pelos rgos de resgate) Famlias desalojadas (para casa de parentes ou amigos) Famlias desabrigadas (para abrigos pblicos) Pessoas desalojadas (para casa de parentes ou amigos) Pessoas desabrigadas (para abrigos pblicos) Residncias desabadas Locais Comerciais desabados

Numero (informado pelos rgos de resgate) 1027

1108 3367

3486 28 59

Na agenda das aes de habitao de interesse social, o apoio para a soluo da moradia das 28 famlias que perderam sua casa na enchente, de primeira prioridade.

41

6. Recomendaes finaisPara a definio e execuo das aes estratgicas no setor habitacional ser de fundamental importncia a coordenao entre a Secretaria municipal de Planejamento, seu setor de Cadastro e Secretaria municipal de Ao Social, com preferncia atravs do funcionamento do Conselho de Habitao, considerando que nestas unidades so gerados, processados e interpretados os dados habitacionais. Ser importante tambm, manter este cadastro das demandas habitacionais atualizado para tomar as decises acertadas no momento acertado. Em maio de 2011, 490 chefes de famlias beneficiarias do programa Bolsa Famlia estavam registradas com necessidades habitacionais da Secretaria Municipal de Ao Social (260 casa e terreno 185 s casa 45 material para reforma). Em maro 2012, o programa Bolsa Famlia j conta com 2.209 pessoas inscritas e em processo de avaliao pela Secretaria, das condies habitacionais, entre outros. A gesto do setor habitacional somente funcionar com sucesso se o procedimento de loteamento permanecer padronizado e fiscalizado. A prefeitura municipal precisa defender o exerccio das suas responsabilidades e atribuies no desenvolvimento do municpio, nas funes sociais do territrio e especificamente no setor habitacional, para viabilizar o acesso da populao aos servios bsicos correlacionados. A principal funo social da moradia contar com uma casa para morar, mas inclui tambm o acesso a infra-estrutura bsica que possibilite uma qualidade de vida aceitvel, o acesso a mobilidade, a trabalho, escola, sade, lazer e bens de consumo. As necessidades habitacionais da populao continuaro crescendo, tanto em funo do crescimento demogrfico, como em funo do crescimento das expectativas pelo desenvolvimento socioeconmico individual e coletivo. Uma deciso errada ou a omisso de uma deciso podem aumentar a divida social no futuro. As futuras administraes municipais precisaro identificar e adquirir terrenos e contar com os programas habitacionais do governo.

42

Fontes de informaoAcre, Governo do Estado do Acre. Acre em Nmeros: 2009, Rio Branco: SEPLAN, 2010. Acre. Governo do Estado do Acre. Estudo do Dficit Habitacional AC, 2008. Brasil, Ministrio das Cidades. Dficit Habitacional no Brasil 2006, Braslia, 2006. Brasil, Ministrio das Cidades. Manual de Apoio Elaborao de Planos Locais de Habitao de Interesse Social, Disponvel em: desde 2007. Brasil, Ministrio das Cidades. Poltica Nacional de Habitao, disponvel em . acessado 04/11/2011. Brasil. Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, MPOG. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE. Censo Demogrfico 2011 (www.ibge.gov.br). Brasilia, Prefeitura Municipal: Lei Municipal do Plano Diretor (em preparao), informao das Secretarias Municipais de Planejamento, de Sade e de Ao Social. Outras Fontes: http://www.cidades.gov.br/ http://www.promunicipio.com/ http://www.conam.org.br/minha_morada.html Polcia Militar de Brasilia (10 BPM), Relatrio sobre a enchente em Brasilia, o resgate e assistncia, maro 2012.

43

GlossrioCompulsrio Dficit por reposio de estoque Incremento de estoque Habitao de de Interesse social Habitao Executada com recursos pblicos em Brasilia para famlias (com 4 ou mais pessoas) e renda 1 salrio mnimo ou menor, ou inscrita no programa Bolsa Famlia Preempo Usucapio Prioridade de compra Direito por ocupao e uso Reforma ou ampliao de casa necessria Obrigatrio Construo de nova casa necessria

44

Abreviaes utilizadasAC ACS CADUNICO CEF CEMACT CGFNHIS CONAMA CONDIAC Acre Agente comunitrio de sade Cadastro nico Caixa Econmica Federal Conselho do Estado de Meio Ambiente, Cincia e Tecnologia Conselho Gestor do Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social Conselho Nacional de Meio Ambiente Consrcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Alto Acre e Capixaba DEPASA DHB FGTS FNHIS IBGE MCidades MDA MAP OGU PAC PIB PLHIS PMCMV PNAD PNUD PSH PSM Departamento de Estado de Pavimentao, gua e Saneamento Dficit Habitacional no Brasil Fundo Tempo de Servio Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica Ministrio das Cidades Ministrio de Desenvolvimento Agrrio Iniciativa de integrao na regio Madre de Dios Acre Pando Oramento Geral da Unio Programa de Acelerao de Crescimento Produto Interno Bruto Plano Local de Habitao de Interesse Social Programa Minha Casa, Minha Vida Pesquisa Nacional de Estatstica por Amostra de Domiclios Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento Programa Subsdios Habitacionais Produo Social da Moradia 45

Sec. Mun. SEHAB SNH SNHIS UNOPAR ZEIS

Secretaria Municipal Secretaria de Estado de Habitao Sistema Nacional de Habitao Sistema Nacional de Habitao de Interesse Social Universidade do Norte do Paran (Ncleo Brasilia) Zona Especial de Interesse Social

46