habitação social no acre

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O Plano Local de Habitação de Interesse Social orientará a partir de 2012 a prefeitura municipal de Brasiléia e os investimentos do governo no setor

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Prefeitura Municipal de Brasilia Estado do Acre

PLANO DE HABITACAO DE INTERESSE SOCIAL Etapa II Diagnstico de

Novembro de 2011 Consrcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Alto Acre e Capixaba CONDIAC

Prefeitura Municipal de Brasilia Estado do Acre

PLANO DE HABITAO DE INTERESSE SOCIAL Etapa II Diagnstico do setor habitacional

Novembro de 2011 Consrcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Alto Acre e Capixaba - CONDIAC

Prefeitura Municipal de Brasilia Plano Local de Habitao de Interesse Social Etapa II Diagnstico do setor habitacional

Comit Tcnico Estadual

Secretaria de Estado de Habitao Presidente do Comit Tcnico, Jozilda Pereira Paiva

Coordenao

Leila Galvo Prefeita Municipal de Brasilia Maria Auxiliadora Sena de Castro Secretaria Municipal de Planejamento

Conselho Municipal de Habitao

Adriana de Souza, Presidente Secretaria Municipal de Ao Social

Grupo de trabalho

Tadeu Castelo, Engenheiro da Secretaria Municipal de Planejamento Raimundo Gurgel, Chefe do setor Cadastro Silton Melo, Secretario Executivo do CONDIAC Adelson Gonalves, Assessor Tcnico do CONDIAC Pavel Jezek, Assessor Tcnico da GIZ Sarah Gottwald, Assessora Junior da GIZ

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Sumrio2. Caractersticas do Estado e do Municpio ............................................................................. 8 2.1. 2.2. 2.2.1. 2.2.2. 2.2.3. 2.2.4. 2.3. 2.3.1. 2.3.2. 2.4. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Estado do Acre ............................................................................................................. 8 Dados do municpio de Brasilia.................................................................................. 9 Dados demogrficos................................................................................................ 9 Dados socioeconmicos ........................................................................................ 11 Dados habitacionais............................................................................................... 16 Dados geogrficos ................................................................................................. 16 Insero regional ....................................................................................................... 17 Insero microrregional ........................................................................................ 17 Insero macrorregional ....................................................................................... 17 Concluso................................................................................................................... 17

Condies Institucionais e Administrativas......................................................................... 17 Agentes e Atores Sociais ..................................................................................................... 18 Marco Regulatrio............................................................................................................... 19 Programas e Aes.............................................................................................................. 21 Oferta habitacional ............................................................................................................. 21 Caracterizao dos bairros de Brasilia .............................................................................. 22 8.1. 8.2. 8.3. 8.4. 8.5. 8.6. 8.7. 8.8. 8.9. 8.10. 8.11. 8.12. Bairro Francisco Jos Moreira.................................................................................... 23 Bairro Marcos Galvo ................................................................................................ 23 Bairro Alberto Castro ................................................................................................. 24 Bairro Samauma......................................................................................................... 24 Bairro Eldorado .......................................................................................................... 25 Bairro Leonardo Barbosa ........................................................................................... 25 Bairro Jose Ferreira da Silva....................................................................................... 25 Bairro Jos Brana ..................................................................................................... 26 Bairro Trs Botequins ................................................................................................ 26 Bairro Raimundo Chaar.............................................................................................. 26 Bairro Centro.............................................................................................................. 26 Concluso................................................................................................................... 27

9.

Necessidade habitacional.................................................................................................... 29 9.1. 9.2. Dficit e inadequao habitacional ........................................................................... 29 Assentamentos precrios .......................................................................................... 35Pgina 4 de 47

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9.3. 9.4. 10.

Demanda demogrfica futura.................................................................................... 36 Custos de atendimento.............................................................................................. 37 Bibliografia ..................................................................................................................... 41

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1. Contexto do presente diagnstico

Poltica Nacional de Habitao A Secretaria Nacional de Habitao do Ministrio das Cidades SNH / MCidades responsvel por acompanhar e avaliar, alm de formular e propor, os instrumentos para a implementao da Poltica Nacional de Habitao - PNH, com o objetivo de promover a universalizao do acesso moradia. Dentre as atribuies da SNH, destaca-se a consolidao do Sistema Nacional de Habitao de Interesse Social SNHIS. Para tal, a SNH tem realizado diversas aes que vo do apoio tcnico aos entes federados e aos setores produtivos at a promoo de mecanismos de participao e controle social nos programas habitacionais. A lei que institui o SNHIS, Lei 11.124 de 2005, prev, em seu art. 12, que os Estados e Municpios, ao aderirem ao SNHIS, se comprometem a elaborar seus respectivos Planos Locais de Habitao de Interesse Social PLHIS. A apresentao do PLHIS condio para que os entes federados acessem recursos do Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social FNHIS. Plano Local de Habitao de Interesse Social O Plano Local de Habitao de Interesse Social - PLHIS constitui um conjunto articulado de diretrizes, objetivos, metas, aes e indicadores que caracterizam os instrumentos de planejamento e gesto habitacionais. a partir de sua elaborao que municpios e estados consolidam, em nvel local, a Poltica Nacional de Habitao, de forma participativa e compatvel com outros instrumentos de planejamento local, como os Planos Diretores, quando existentes, e os Planos Plurianuais Locais. Considerando as especificidades dos municpios com populao abaixo de 50 mil habitantes e, de maneira geral, a baixa capacidade administrativa e de mobilizao de recursos destes municpios, verificou-se a necessidade de o processo de elaborao dos planos ser simplificado para esse perfil de municpio. O Ministrio das Cidades, sob determinao do Conselho Gestor do Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social CGFNHIS, regulamentou contedo especfico de PLHIS com o objetivo de apoiar os municpios no cumprimento das obrigaes decorrentes do Termo de Adeso ao SNHIS. Convencido da importncia da regularidade desses municpios, o Conselho gestor do Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social - CGFNHIS, por meio da Resoluo n 43, de 05 de julho de 2011, determinou que os municpios abaixo de 50 mil habitantes devero realizar seus planos de habitao nos moldes da Instruo Normativa n 15, do Ministrio das Cidades.

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De acordo com a Instruo Normativa n 15, de 10 de maro de 2011, do Ministrio das Cidades, podero elaborar o PLHIS simplificado municpios que, simultaneamente, atendam aos seguintes requisitos: Tenham populao at 50 mil habitantes (Censo 2010); No tenham elaborado o PLHIS; No tenham contrato de repasse ou termo de compromisso lastreado com recursos do FNHIS para a elaborao do PLHIS;

A preocupao especfica com o grupo de municpios com populao de at 50 mil habitantes decorrente do aumento progressivo dos investimentos nesses municpios. Desde a criao do Ministrio das Cidades, em 2003, diversos programas viabilizaram a produo de habitao de interesse social nos municpios de menor porte, como o Programa de Subsdios Habitacionais (PSH), Resoluo 460/518 do FGTS, Crdito Solidrio, Produo Social da Moradia (PSM-FNHIS) e o apoio produo de unidades habitacionais em zona rural por meio da ao de Proviso Habitacional do FNHIS e tambm em parceria com o Ministrio do Desenvolvimento Agrrio. A primeira etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), lanado em 2009, j permitiu contratar cerca de 215 mil unidades habitacionais em municpios com populao inferior a 50 mil habitantes. Em sua segunda etapa, o PMCMV prev um aumento de cerca de seis vezes do montante de recursos de OGU destinados exclusivamente produo habitacional subsidiada nesse perfil de municpio (na modalidade de oferta pblica de recursos), ao destinar R$ 5,5 bilhes para a produo de 220 mil unidades. Os investimentos em urbanizao de assentamentos precrios previstos na segunda fase do Programa de Acelerao do Crescimento (PAC 2), tambm passam a contemplar os municpios nessa faixa populacional, aos quais foram destinados R$ 3,1 bilhes. Entretanto, para que os investimentos federais se traduzam em melhorias efetivas nas condies de moradia da populao, preciso qualificar quadros tcnicos municipais e apoiar instrumentos de planejamento local que dialoguem com a realidade desses municpios. Nesse sentido, o Conselho Gestor do Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social CGFNHIS aprovou a Resoluo n 37 de 08/12/2010, que estabelece um contedo e um procedimento simplificados para PLHIS de municpios de menor porte, visando garantir que estes apresentem seus planos e estejam habilitados a acessar os recursos do FNHIS a partir de 2012. A elaborao do Plano de Habitao de Interesse Social realizada em trs etapas: I. Proposta Metodolgica, II. Diagnstico e III. Proposta de Aes Estratgicas. O presente documento representa a Parte II Diagnostico do setor habitacional do municpio de Brasilia. Sua estrutura se orienta nas propostas do Ministrio das Cidades. As principais fontes

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de informao utilizadas so: o site do IBGE e o site do Ministrio das Cidades, o Cadastro nico da Secretaria Municipal de Ao Social, as orientaes do Setor de Cadastro e da Secretaria Municipal de Planejamento. Para a elaborao do diagnostico contriburam tambm os Agentes Comunitrios de Sade ACS com aplicao de questionrios nas residncias e moradores em audincias em escolas dos bairros de Brasilia.

2. Caractersticas do Estado e do Municpio2.1. Estado do Acre

O Estado do Acre integra a regio norte do Brasil. O Estado se encontra na margem sudoeste da Amaznia Legal brasileira. O clima caracterizado por uma estao de chuvas de outubro a abril chamada inverno amaznico e uma estao de estiagem de maio a setembro chamada vero amaznico. O Acre se divide em cinco regies de desenvolvimento (chamadas regionais) e abarca 22 municpios (figura 1). A capital do Estado Rio Branco, localizada na regio do Baixo Acre. O Estado faz fronteira com o Peru no sudoeste, com a Bolvia no sudeste, com os Estados de Rondnia na ponta leste e do Amazonas no nordeste.

Figura 1 Mapa de Regies e Municpios do Acre, Fonte: Acre em Nmeros 2009, p.10

A seguinte tabela 1 mostra o crescimento da populao acreana e o aumento da taxa de urbanizao entre os anos 1940 e 2007. O PIB cresceu entre os anos 1995 e 2007. O setor de maior crescimento econmico nos ltimos anos foi o setor industrial (ver tabela 2).

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Prefeitura Municipal de Brasilia Plano Local de Habitao de Interesse Social Etapa II Diagnstico do setor habitacional Tabela 1 Evoluo da populao acreana, Fonte: Acre em nmeros 2009, p. 12

Tabela 2 Produto Interno Bruto do Acre, Fonte: Acre em Nmeros 2009, p.93

2.2.

Dados do municpio de Brasilia

2.2.1. Dados demogrficos Conforme informao divulgada pelo IBGE e pelo Ministrio das Cidades a populao total do municpio de Brasilia atingiu em 2010 21398 habitantes (MCidades 2010) No perodo entre os anos 2000 e 2010, a populao de Brasilia cresceu (conforme IBGE) com uma taxa de 2,32 % (ver tabela 3). Esta taxa de crescimento se deve principalmente evoluo populacional na rea urbana; na cidade a taxa de crescimento de 4,68 %. A rea rural

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apresenta uma diminuio anual da populao de -1,11 % (figura 2). Em base a essas taxas pode ser prognosticada a evoluo demogrfica do municpio no futuro.

Figura 2 Evoluo populacional entre 2000 e 2025 - dados a partir de 2011 prognosticados, Fonte: IBGE 08/2011

No ano 2010, dois teros da populao do municpio de Brasilia residem na rea urbana. A tendncia ser ainda mais pronunciada no futuro, considerando a migrao da populao rural para a cidade.

Figura 3 Distribuio da populao de Brasilia nas reas urbana e rural, IBGE Censo 2010

Em relao a gnero, existe quase um equilbrio entre homens e mulheres (Figura 5). Dentro do CADUNICO (Cadastro nico) esto cadastradas famlias com menos de trs salrios mnimosNovembro de 2011 Pgina 10 de 47

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mensais. As figuras 4 e 5 mostram que a caracterizao demogrfica delas coincide com os dados gerais, considerando a totalidade dos residentes de Brasilia. Alm disso, foram cadastrados 129 casos de deficincia e 54 mulheres grvidas.

Figura 4 Residentes da rea urbana de Brasilia por faixa de sexo, Fonte: IBGE Municpio@ 2011

Figura 5 Pessoas cadastradas no CADUNICO de Brasilia por faixa de sexo, Fonte: CADUNICO 05/2011

2.2.2. Dados socioeconmicos Segundo o levantamento do CADUNICO, mais que a metade da populao de Brasilia esta na idade de participar no mercado de trabalho (52 %), 48 % ainda so menores de 18 anos. Foram registrados, em maio 2011, 5% ou 1092 idosos acima de 65 anos (figuras 6 e 7). Dos 3.262 cadastrados como responsveis legais de famlia, a maioria economicamente ativa.

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Figura 6 Residentes de Brasilia por faixa etria, Fonte: IBGE Municpio@ 2011

Figura 7 Cadastrados no CADUNICO de Brasilia por faixa etria, Fonte: CADUNICO 05/2011

No municpio de Brasilia esto, em total, 6418 alunos matriculados nos ensinos e pr-escolar, fundamental e mdio. A maioria deles est matriculada no ensino fundamental, em 80 escolas (ver Tabela 3).Tabela 3 Nveis de instruo 2009, Fonte: IBGE Cidade@ 2011

Tipo de ensino Matriculados Docente Escola Ensino pr-escolar 657 35 13 Ensino fundamental 4656 216 80 Ensino mdio 1105 51 2 Total 6418 302 95

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A cidade possui uma grande influncia econmica do comrcio estimulado pela Zona Franca do lado boliviano e pela capital Rio Branco. H um projeto de transformar Brasilia tambm em uma Zona Franca. Sua economia baseia-se no comrcio, na pecuria leiteira e de corte, na agricultura de subsistncia e no extrativismo vegetal. Com a Estrada do Pacfico, integrando esta regio aos pases vizinhos, h grandes esperanas de crescimento econmico do municpio, principalmente a partir de iniciativas, como o abatedouro de aves implementado s margens da estrada. Nos finais de semana a cidade recebe um grande fluxo de visitantes que vo fazer compras na Zona Franca de Cobija. O municpio de Brasilia ocupa o sexto lugar em nmero de populao e o dcimo quarto em tamanho de rea no estado. O PIB (produto interno bruto) de Brasilia aumentou de R$ 87.515 em 2002 para R$ 155.597 em 2007. Considerando a populao de 17.649 habitantes em 2002 e de 19.065 habitantes em 2007, o PIB per capita (PIB dividido por nmero de habitantes) aumentou de R$ 4.959 (em 2002) R$ 8.161 (em 2007). O crescimento do PIB mais pronunciado de que o crescimento demogrfico (ver Plano Diretor em elaborao, IBGE 2011). Tanto em 2009 (figura 9), quanto em 2003 (figura 8) o setor de servios faz a maior contribuio ao PIB. Comparando essas duas figuras, pode-se observar que a importncia do setor agropecurio cresceu no mesmo perodo de 18 % para 28 % do PIB. Em nmeros efetivos sua contribuio aumentou de R$11.630 em 2003 para R$ 47.921 (em 2009, valores adicionados bruto, Tabela 4).

Figura 8 PIB por sector econmico 2003 (valor adicionado bruto de cada sector ao preo atual), Fonte: IBGE Cidades@2011

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Figura 9 PIB por sector econmico 2009 (valor adicionado bruto de cada sector ao preo atual), Fonte: IBGE Cidades@2011

Tabela 4 PIB por sector econmico 2009 (valor adicionado bruto de cada sector ao preo atual), Fonte: IBGE Cidades@2011

Descrio Agropecuria Indstria Servios Impostos sobre produtos lquidos de subsdios PIB PIB per capita

Valor em R$ 47.921,00 12.187,00 105.238,00 9.374,00 174.721,00 8.811,37

O nmero de empresas em Brasilia aumentou entre 2006 e 2009 de 192 para 273, o que levou a um aumento de pessoal empregado. O salrio mdio em 2009 era de 1,7 salrios mnimos, 0,3 salrios mnimos mais elevado que em 2006 (Tabela 5). Embora esteja situado na rodovia BR 317, o municpio no esta em rea de influncia de grandes empreendimentos.Tabela 5 Empresas, Fonte: IBGE Cidades@2011

Dados de empresas Nmero de unidades locais Pessoal ocupado total Pessoal ocupado assalariado Salrios e outras remuneraes (R$) Salrio mdio mensal (salrio mnimo) Nmero de empresas atuantes

2006 192 927 795 5339 1,4 -

2009 273 1313 1111 11337 1,7 272

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A incidncia da pobreza em 2000 do municpio de Brasilia era de 32,09 % (IBGE Cidades@, 2011). Essa porcentagem corresponde a um valor de aproximadamente 5459 habitantes. A incidncia da pobreza simplesmente uma estimativa do percentual de pessoas abaixo da linha de pobreza. Ela no indica nada acerca da profundidade ou severidade da pobreza e, assim, no apresenta qualquer agravamento nas condies dos que j esto em situao de pobreza. (PNUD Brasil 2011) Em base ao perfil do programa Bolsa Famlia (PNAD 2006), podem ser consideradas pobres 2.133 famlias em 2008. No mesmo ano, o perfil do Cadastro nico (PNAD 2006) revela como pobres 3.229 famlias. Essa diferena se explica com as diferentes definies dos programas. Na Secretaria Municipal de Ao Social, foram cadastradas em 2008 efetivamente 2.999 famlias pobres. Somente na rea urbana, a Secretaria registrou at maio de 2011 o numero de 490 famlias com necessidades de habitao. A gesto e o tratamento dos resduos slidos domicilirios e assimilveis a eles da responsabilidade da Prefeitura Municipal de Brasilia, atravs da Secretaria de Obras. A Secretaria realiza a coleta dos resduos nas fontes de origem e o transporte ate o aterro, destinado para a disposio final (operao desde 1995 ate o presente). A zona urbana, atendida pela coleta de resduos, conta atualmente com 5424 domiclios, aproximadamente 90 comrcios, 272 empresas (oficinas, etc.) e aproximadamente 30 instituies publicas. Na zona urbana moram em 2011 em media 14.257 habitantes (IBGE 2010). Conforme recente levantamento gravimtrico em fontes de origem (domiclios, comrcios), a produo media gira entorno de 0,7 kg resduos / habitante e dia (UNOPAR estagio, 2010). A coleta atende as fontes, com uma cobertura de servio de quase 100 % (dos resduos entregues no horrio da coleta na calada) 2 ou 3 vezes (no centro 6 vezes) por semana, conforme o plano e calendrio do recorrido. A coleta realizada com dois caminhes compactadores com capacidade de carga de 7 m para transporte de resduos domiciliares, um caminho caamba com capacidade de carga de 4 m para transporte de resduos mistos provenientes de reas verdes, entulho de construo e de limpeza urbana e carroas de apoio em locais de difcil acesso. A disposio final dos resduos slidos acontece no terreno Lote 151 de 50 H, a 11 km do centro de Brasilia em direo a Assis Brasil pela BR 317. Atualmente, 30 H do terreno esto ocupadas (sem registro). Em 2010 foi elaborado um mapa preliminar de zonas de diferente uso e disposio de diferentes tipos de resduos (UNOPAR estagio 2010). A cerca e o porto no so adequados para impedir a entrada de pessoas no autorizadas ou animais (vetores). H uma operao em sistema de valas, abertas e fechadas com maquina (retro escavadeira), conforme necessidade, sem controle permanente sobre a entrada, o fluxo, tipo e quantidadeNovembro de 2011 Pgina 15 de 47

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de resduos, rea e maneira de descarga. No h controle necessrio sobre separao e tratamento dos resduos hospitalares e de abatedouros (de bovinos e aves), transportados com veculos especiais e dispostos em valas especiais. Uma parte dos resduos provenientes de reas verdes, de trabalho de poda (galhada) e capinagem esta sendo depositada em superfcies prximas da entrada. 2.2.3. Dados habitacionais As casas de Brasilia so feitas de madeira, de tijolo ou utilizao dos dois materiais (composio mista). No levantamento da Secretaria de Sade (Boletim mensal) no considerada a classe de material misto das construes (mistura de madeira e alvenaria, Tabela 6). A Secretaria Municipal de Sade colaborou na elaborao do presente diagnostico com o levantamento de dados especficos de habitao atravs dos agentes comunitrios de sade (ACS). A avaliao dos questionrios aplicados pelos ACS indica um nmero maior que 2000 casas de material misto (madeira e alvenaria) em Brasilia.Tabela 6 Composio de material de construo das casas, Fonte: Secretaria de Sade 2011

Tipo de casa Tijolo Taipa revestida Taipa no revestida Madeira Mista Material aproveitado Outros

No 1301 4 0 4104 3 12

% 23,99 0,07 0 75,66 0,06 0,22

2.2.4. Dados geogrficos A rea total do municpio de Brasilia de 3.917 km. Em fevereiro 2008 o permetro urbano foi alterado (Lei Municipal N 080 / de 28 de fevereiro de 2008, Anexo 1). A nova rea urbana abrange 28,6 km. No momento da elaborao do presente plano, menos de um tero da superfcie da cidade esta urbanizada. A maioria desta rea esta desmatada. A rea urbanizada e o sul da rea no urbanizada esto delimitadas pelo Rio Acre com nascentes e igaraps, meandros e reas pantanosas. At presente, o processo da urbanizao no contemplou nenhuma ateno especial para estas reas, no recomendadas para urbanizao. Realizar estudos ambientais que contribuam com a regulamentao de novas construes continua sendo um desafio. No final da estao chuvosa (inverno amaznico entre novembro e abril), os rios e igaraps da regio podem transbordar. O risco de alagaes intensificado em conseqncia do desmatamento e pela ocupao e eroso das praias, margens e barrancos dos rios e igaraps.Novembro de 2011 Pgina 16 de 47

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2.3.

Insero regional

2.3.1. Insero microrregional O municpio faz parte do territrio do Alto Acre e Capixaba, reconhecido pelo MDA como territrio rural em 2003 e pelo Programa Territrios da Cidadania do Governo Federal em 2008. O municpio integra, desde a fundao em 2004, o consorcio pblico CONDIAC Consorcio de desenvolvimento intermunicipal do Alto Acre e Capixaba. Esta inserido numa regio de interesse turstico e ambiental (IBGE municpios 2009, 2011), devido a sua localizao na fronteira com Peru e Bolvia e na rodovia federal BR 317, chamada Estrada do Pacifico ou Interocenica. 2.3.2. Insero macrorregional Na fronteira com Bolvia, a cidade de Brasilia est separada da cidade Boliviana de Cobija pelo Rio Acre pela ponte chamada Wilson Pinheiro ou Amizade. Cobija tem faculdades privadas e pblicas de medicina e de cursos de graduao, atrativo tambm para estudantes brasileiros. Esta oferta acadmica tem um impacto importante no mercado imobilirio. A maioria dos estudantes brasileiros mora em apartamentos em Brasilia ou Epitaciolndia. As cidades esto fornecendo uma crescente oferta habitacional, hoteleira e gastronmica. Em 1999 iniciou na regio um movimento trinacional denominado iniciativa MAP. uma iniciativa para articular e promover um desenvolvimento integrado das trs regies Madre de Dios (Peru), Acre (Brasil) e Pando (Bolvia). Anualmente tem sido realizados fruns de encontros, com crescente participao, inclusive de instituies governamentais. A iniciativa conta com grupos temticos, chamados Mini MAPs, dedicados por exemplo a produo da castanha, direitos humanos, defesa civil, desenvolvimento cientifico, ordenamento territorial, madeira, bacias hidrogrficas e outros temas.

2.4.

Concluso

Os dados recopilados no presente diagnostico demonstram que a cidade de Brasilia encontrase em crescimento. A populao e o PIB esto crescendo. A taxa de urbanizao aumenta. Por outro lado, aproximadamente a metade da populao urbana est abaixo da maior idade. Um tero da populao do municpio considerado abaixo da linha de pobreza. Atualmente existem aproximadamente 450 famlias com necessidades de novas moradias ou de melhoria da moradia. Alm do crescimento natural, a populao enfrenta diferentes processos de migrao (xodo da zona rural, vinda de estudantes as novas universidades, migrantes de paises vizinhos, populao afetada por situaes adversas e emergncias).

3. Condies Institucionais e AdministrativasO Plano de Habitao de Interesse Social PLHIS um instrumento de implementao de polticas publicas de habitao de interesse social, conforme com a Lei 11.124 do ano 2005. Esta lei dispe do Sistema Nacional de Habitao de Interesse Social e determina, alm deNovembro de 2011 Pgina 17 de 47

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outras providencias, a participao social dos atores ligados habitao. Para a execuo, a lei prev a implementao de um Fundo e de um Conselho Municipal de Habitao. O Conselho de Habitao foi institudo pelo Decreto Municipal e representa o rgo central na execuo das polticas de habitao no municpio. Cabe destacar que o PLHIS esta articulado com outros Planos, como p. ex. com o Plano Diretor do municpio, que se encontra em fase final de aprovao pela Cmara Municipal. As principais instituies ligadas habitao de interesse social e elaborao do PLHIS so as Unidades Municipais de Planejamento, Cadastro e Ao Social. Elas integram o Conselho de Habitao. A Secretaria Municipal de Planejamento conta com trs funcionrios e trabalha com freqncia no limite da sua capacidade. O Setor de Cadastro depende da Secretaria de Planejamento e conta, alem do chefe, com fiscais responsveis pela atualizao dos dados cadastrais do municpio. Constata-se de que a unidade precisa de informatizao e capacitao do quadro, para otimizar o sistema de arrecadao de tributos. A Secretaria de Ao Social esta informatizada e responde crescente demanda da comunidade. O conselho esta pouco atuante, desperdiando-se uma oportunidade de gesto de habitao mais coordenada. A prefeitura municipal recebe apoio do Governo de Estado, atravs da Secretaria de Estado de Habitao, e do Governo Federal, atravs do Ministrio das Cidades. Na execuo de projetos, a Caixa Econmica Federal um parceiro fundamental. No nvel local, uma instituio chave o Cartrio, responsvel entre outros, pela emisso de ttulos de propriedade de terra. O CONDIAC busca fortalecer a sua competncia em geoprocessamento, com o objetivo, de contribuir com servios e produtos cartogrficos regionais para o processo de regularizao fundiria dos cinco municpios scios, entre outros.

4. Agentes e Atores SociaisO processo de elaborao do PLHIS, nas suas diferentes fases, contou com a participao de agentes e atores sociais do municpio de Brasilia. Eles exerceram as suas funes cidads e contriburam, de diferentes maneiras com informao, reivindicao, propostas e sonhos. Os presidentes de associaes de moradores de bairros e outros integrantes das associaes ajudaram na mobilizao e representaram os interesses dos moradores dos bairros no contexto da elaborao do PLHIS e perante as instituies publicas. Os Agentes Comunitrios de Sade, contratados pela Secretaria Municipal de Sade, visitam regularmente as famlias de moradores nos domiclios, para controle de endemias e apoio na sade da famlia e ajudaram no Diagnostico com aplicao de questionrios nos domiclios. Os funcionrios municipais da secretaria municipal de ao social e os fiscais do setor do cadastro visitam os bairros, conforme agenda institucional e necessidade da comunidade.

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O PLHIS foi elaborado, em estreito contato com os funcionrios da prefeitura municipal. Na medida do possvel, os representantes das unidades participaram em reunies publicas com os moradores dos bairros (ver tabela com cronograma de reunies).

5. Marco RegulatrioA moradia definida como habitao digna num ambiente digno, em diferena com o termo casa que facilmente pode ser reduzido a simples construo, sem considerar as demais necessidades do(s) morador(es). O direito moradia pode ser definido de forma simples como o direito a ter um lugar adequado para se viver, em que haja a possibilidade de uma vida digna e saudvel. A idia bsica corresponde ao direito de viver com segurana, paz e dignidade. Para tanto, consideram-se componentes essenciais do conceito de direito moradia adequada: a moradia deve ser habitvel, com condies adequadas de espao e proteo contra as variaes ambientais; segurana jurdica da posse, garantindo legalmente a pessoa contra despejos, deslocamentos forados e outros tipos de ameaa posse; localizao com acesso a opes de emprego, transporte pblico eficiente, servios de sade, escolas, cultura, lazer e outras facilidades sociais; acessibilidade a pessoas portadoras de deficincia ou que necessitem de auxlio para sua mobilidade, contemplando todos os grupos vulnerveis; acesso a servios e infra-estrutura necessrios sade, segurana, conforto e alimentao, incluindo o acesso a recursos naturais e materiais, gua potvel, energia eltrica, saneamento, iluminao, condies de estocagem e outros servios; possibilidade financeira, isto , a pessoa precisa ter acesso a uma moradia que possa custear sem prejudicar suas outras necessidades bsicas; adequao cultural, isto , que a forma da construo, os materiais usados e demais requisitos respeitem a expresso da identidade cultural das comunidades e grupos sociais.

A legislao brasileira, conforme estrutura administrativa do poder legislativo do estado (Congresso, Assemblias Legislativas dos Estados e Cmaras Municipais de Vereadores), dividida nos trs nveis Federal, Estadual e Municipal. A seguir so apresentados os instrumentos jurdicos mais relevantes em relao com a habitao (tabelas 7, 8 e 9).

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Tabela 7 Leis Federais

Leis Federais Numero Lei 6.766 Constituio Federal Lei 9.785 Lei 11.205 Lei 11.124 Emenda Constitucional 26 Decreto 5.796 Decreto 6.135 Lei 11.888 Lei 11.977 Resoluo 412 CONAMA

Ano 1979 1988 1999 2001 2005 2000 2006 2007 2008 2009 2009

Funo Dispe sobre Parcelamento do solo urbano Garante o direito a moradia Altera Parcelamento e Desapropriao Institui o Estatuto das Cidades Dispe sobre SNHIS Formula o direito a moradia Regulamenta a Lei 11.124 Institui o Cadastro nico Assegura Assistncia a Projetos de Habitao IS Dispe sobre Minha Casa ... Estabelece Licenciamento Ambiental para Construo de Habitaes de interesse social

Alem das leis, decretos e resolues acima citados, portarias (com anexos), resolues e instrues normativas que regem sobre a aplicao de recursos, metodologias de trabalhos, elaborao dos planos de habitao e do outras providencias, esto disposio para download no site do Ministrio das Cidades (www.cidades.gov.br). A inerncia do Estado do Acre nas polticas publicas de habitao se articula atravs da Secretaria de Estado de Habitao SEHAB. A instituio responsvel pelo licenciamento ambiental dos loteamentos no Estado do Acre o Instituto de Meio Ambiente do Acre IMAC, que acompanha os processos de loteamento em Brasilia. O Ministrio Publico, atravs da representao Estadual MPE, fiscaliza a correta execuo dos loteamentos. A continuao, so citados os instrumentos legais aplicados desde o nvel administrativo estadual (tabela). A constituio do Estado do Acre, em complementao da Constituio Federal, em termos gerais, estabelece de contribuir para moradia para famlias de baixa renda atravs da Secretaria de Estado de Ao Social. A Resoluo 02 do Conselho de Estado de Meio Ambiente, Cincia e Tecnologia, determina o licenciamento e a regularizao de parcelamento no Estado do Acre.Tabela 8 Legislao Estadual

Legislao Estadual Numero Constituio do Estado do Acre Resoluo do CEMACT 02

Ano 1989 2010

Funo Dispe sobre moradia para famlias de baixa renda Licencia e Regulariza e Operao de Parcelamentos

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Prefeitura Municipal de Brasilia Plano Local de Habitao de Interesse Social Etapa II Diagnstico do setor habitacional Tabela 9 Legislao municipal

Legislao municipal Numero Projeto de Lei 169 A Cdigo de Obras Lei Orgnica Municipal Lei 14 Meio Ambiente Lei 13 Cdigo de Postura Lei 80 Lei 91 Lei 118 Decreto 01

Ano 1982 1990 2005 2008 2008 2008 2009 2010

Funo (no regulamentado) Estabelece Estrutura do Municpio Dispe sobre Meio Ambiente Ordena o Espao Urbano Altera o Permetro Urbano Cria Fundo HIS e institui Conselho de habitao Altera Lei 91 Nomeia o Conselho do Fundo de Habitao de Interesse Social

O Municpio de Brasilia conta com leis que definem a estrutura administrativa da prefeitura e a gesto municipal, que ordenam a ocupao e o uso do espao urbano, adeqam o traado do permetro urbano e instituem no nvel local o sistema de habitao de interesse social. Este sistema e composto por um Conselho que gerencia os recursos do Fundo especifico H leis que precisam ser regulamentadas para entrar em vigor (Cdigo de Obras, Lei de Meio Ambiente) e outras que precisam ser revisadas (permetro, nomeao do conselho). Cresce tambm a necessidade de aprovar a Lei do Plano Diretor do municpio, que agrega outros instrumentos de planejamento inclusive o PLHIS e prev Zonas Especiais de Interesse Social ZEIS. Principal desafio na organizao do sistema habitacional no municpio e registrar os projetos, incluindo sua compatibilidade com as polticas publicas habitacionais e os detalhes de ocupao e uso de reas com tempo, para intervir na correta execuo e viabilidade das funes sociais (conforme Estatuto das Cidades).

6. Programas e AesUm dos programas de apoio a produo de habitao de interesse social o Pro Municpio do Governo Federal que entre os municpios do Acre no apoiou o municpio de Brasilia. O Programa Minha Casa, Minha Vida do Ministrio das Cidades apoiou o municpio de Brasilia com R$ 800.000,00. Atraves de convenio CEF / SEHAB Estado foram disponibilizados ainda recursos em valor de R$ 500.000,00 para construo de habitao de interesse social.

7. Oferta habitacionalA oferta habitacional se constitui por um lado no mercado imobilirio local que segue as suas prprias regras e dinmicas, sem oferecer solues adequadas para o interesse social. Por

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outro lado, a prefeitura municipal, com apoio dos programas do governo federal e estadual, esta produzindo habitao de interesse social para as famlias mais necessitadas. A seguinte tabela mostra os nmeros atuais da oferta habitacional em Brasilia.

Tabela 10 Oferta de Habitao de lnteresse Social

Oferta de Habitao de Interesse Social (fonte: Sec. Mun. de Planejamento, julho 2011) Casas construdas ate 2010 104 Casas em construo em 2011 19 Casas planejadas para construo em 2011 13 Total 136

Alem da habitao produzida atravs dos programas governamentais, existem em Brasilia 5 residenciais particulares com possibilidades de habitao de emergncia (numero de quartos)Tabela 11 Oferta de Habitao de carter emergencial

Proprietrio Raimundo Lacerda Sebastio Gomes Jose Rossi Adalton dos Santos Antonio Ferreira

Endereo Rua Benjamin Constant 420 Rua 4 de maro 586

Bairro Centro

Capacidade Ocupado Disponvel 15 8 7

Eldorado

12

5

7

Rua Geny Assis 125 Av. Prefeito Rolando Moreira 286 Rua Major Salinas 263

Centro Centro

12 10

8 6

4 4

Centro

14

8

6

Atualmente h em total 28 quartos disponveis para famlias em situao de emergncia.

8. Caracterizao dos bairros de BrasiliaA seguir so apresentados os resultados dos diagnsticos dos bairros de Brasilia. Atravs de entrevistas qualitativas com funcionrios da prefeitura, os presidentes das associaes de moradores de bairros e atravs de visitas de campo, apresenta-se para cada bairro uma analise de detalhe sobre a situao dos moradores. O foco e a vulnerabilidade dos moradores e diferentes riscos detectados nos bairros. Cabe mencionar que os limites dos bairros so institudos em base a participao da comunidade, sem estar formalmente legalizados. Brasilia conta atualmente com 10 bairros (Anexo).Novembro de 2011 Pgina 22 de 47

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8.1.

Bairro Francisco Jos Moreira

O bairro de Francisco Jos Moreira faz fronteira com os bairros Alberto Castro, Ferreira da Silva e Marcos Galvo. Segundo o levantamento do Plano Diretor (em elaborao) ele tem 22 quadras. A fronteira com o bairro Alberto Castro esta determinada pela BR 317. Essa avenida apresenta uma fonte de poluio e acidentes. O bairro Francisco Jos Moreira pode expandir em direo noroeste. Os locais mais importantes so a Pousada Vila Braslia e a estao de tratamento gua potvel (Departamento do Estado de Pavimentao, Saneamento e gua DEPASA, Anexo 3). Todas as moradias do bairro tem acesso luz, gua potvel e coleta de lixo. Alm disso, est em execuo o programa Ruas do Povo que contempla entre outros o pavimentao das ruas de barro. O bairro est caracterizado por uma inclinao pronunciada que comea na altura da estao (260 m) e separa o bairro numa parte alta e uma parte baixa (230 m). A parte baixa recebe sem interrupo gua potvel. A desvantagem dessa rea que alaga com freqncia durante a estao de chuva criando-se focos de insalubridade devido a lanamento de esgoto a cu aberto. A parte alta no sofre alagao, mas a gua portvel no chega sempre para todas as moradias, devido perda de presso da gua distribuda pela rede publica. Nessa rea as moradias encontram-se em ladeiras. Sobre solos argilosos em perodo de chuvas podem apresentar risco de deslizamento. A linha divisria de guas coincide com a Rua Jorge Paula que vai em direo noroestesudeste. Ao nordeste dessa linha a gua vai pelo igarap da pousada (Anexo 3). Ao sudoeste a gua escoa em direo a BR 317 e o bairro Eldorado. A situao sanitria na parte baixa do bairro preocupa em alguns pontos. Tem moradias sem tratamento adequado do esgoto (lanamento ao cu aberto). As alagaes distribuem o esgoto e as guas utilizadas para os igaraps e finalmente par o Rio Acre. No bairro Francisco Jos Moreira esto registrados 40 casos de necessidades habitacionais, dos quais 19 famlias precisam de casa, 26 de casa e terreno e nove famlias esto interessadas em reformar a sua casa (conforme Secretaria de Ao Social, maio 2011). O presidente do bairro o senhor Francisco Dias da Silva Filho.

8.2.

Bairro Marcos Galvo

O bairro Marco Galvo o bairro mais novo de Brasilia. Ele faz fronteira com os bairros Francisco Jos Moreira e Jose Ferreira da Silva. O bairro est dividido em Marcos Galvo I e Marcos Galvo II. O Marcos Galvo I tm 7 quadras, o Marcos Galvo II tem 13 Quadras (levantamento Plano Diretor em elaborao). O primeiro fica no lado nordeste do igarap (figura 10). Essa parte e mais nova, ocupada somente a partir de 2006. As moradias chegam perto da margem do rio Acre. A ultima rua tem uma distancia de 100 metros do rio. ParaNovembro de 2011 Pgina 23 de 47

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chegar nesse bairro, atravessa-se uma ponte provisria na altura da Pousada Vila Braslia. A outra passarela no pode ser usada para veculos. Existe um espao de expanso em direo norte e nordeste. O terreno ao norte est delimitado por uma cerca de propriedade de ocupao rural (no loteada). O bairro conta com acesso a energia, mas no existem postes de iluminao nas futuras ruas. Embora que os moradores pagam as contas da empresa Eletro Acre (hoje Eletro Brs). Segundo a prefeitura, a distribuio de gua pblica no vai realizada. Esta em analise a instalao de um tanque e perfurao de um poo comum. Dois igaraps atravessam o bairro e so cortados pela malha das novas ruas. Alguns moradores j tm poos instalados. Dependendo da localizao, alguns moradores tem problemas de acessar a gua subterrnea durante a estao seca. No bairro, parte do esgoto desgua pelos igaraps, por exemplo ao sudoeste do igarap. So registradas 12 famlias com necessidade de casa e uma famlia com necessidade de casa e terreno. O presidente do bairro o senhor Manoel Soares Lopes.

8.3.

Bairro Alberto Castro

O bairro Alberto Castro tem capacidade de extenso em direo oeste e noroeste. Nos ltimos cinco anos, o bairro cresceu nessas direes. A ocupao no respeita os igaraps. Uma parte importante do bairro sofre alagaes durante a estao de chuva. Isto acontece por parte a desconhecimento e desconsiderao da variao dos nveis de gua e alterao da rede de escoamento de nascentes e afluentes dos igaraps. Os igaraps esto contaminados (foto). Muitas famlias tem gua de poo, mais no tem um sistema de saneamento. O esgoto termina nos igaraps e finalmente no rio Acre e pode afetar a gua subterranea. O bairro esta crescendo rpido (Anexo 5). No bairro Alberto Castro foram cadastradas 18 incidncias de necessidades de casa, quatro casos de necessidade de casa e terreno e trs famlias cadastradas com necessidade de uma reforma da casa. A presidente do bairro a senhora Maria Lucinete Pereira Sampaio.

8.4.

Bairro Samauma

O bairro Samauma faz fronteiro com os bairros Leonardo Barbosa, Alberto Castro e Eldorado e encontra se numa plancie na margem do Rio Acre. O bairro dividido em trs quadras (Plano Diretor 2009). O igarap do Bueiro cruza este bairro. O limite oeste e formado pelo rio Acre. A baixa altitude desta plancie com igarap e o rio representa uma condio de risco de alagamento (anexo 6). Na Secretaria de Ao Social foram registradas 45 famlias com necessidades habitacionais, sendo especificamente necessidades de casa (9), necessidades de casa e terreno (31) e necessidades de reforma da casa (5). O atual presidente do bairro o senhor Raimundo Marques de Souza.

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8.5.

Bairro Eldorado

O bairro Eldorado faz fronteira com os bairros Sumama, Alberto Castro, Francisco Jos Moreira, Jose Ferreira da Silva, Trs Botequins e Raimundo Chaar (comeando do oeste e seguindo em sentido horrio). O bairro contem 31 quadras. O igarap do Bueiro divide o bairro numa parte mais baixa no sul e outra parte mais alta no norte (Anexo 7). Ao longo do igarap apresentam-se riscos de deslizamento e alagao. H casas em uma distancia menor que 30 metros do igarap. Em passagem pela Rua Olegrio Frana j houve impactos de eroso que rompeu parte da rua (Anexo 7). Na parte sul do bairro, mais baixa que a parte norte, existe um igap. As margens do igap esto ocupadas com edificao. As casas so vulnerveis a alagao. Existe uma rea de invaso ao longo da margem sul do igarap do Bueiro. As casas encontram se numa situao de alta vulnerabilidade. Na parte alta, ao norte do bairro, igaraps pequenos esto sendo aterrados. Futuros projetos de construo, tanto pblicos como privados, poderiam encontrar dificuldades de fundao e presena de gua nestas reas. Aterrar uma nascente ou um igarap no elimina a gua. Em perodo de chuva, a gua pode reaparecer e dificultar a construo. Entre as duas reas do bairro foi construda uma cmara de tratamento de esgoto que devera ser conectada no futuro. Nesse bairro existem 82 casos de necessidade habitacional, dos quais 30 so necessidades de casa, 44 so necessidades de casa e terreno e 8 so necessidades de reforma de casa. Os mapas mostram que Eldorado um dos bairros com maior nmero das incidncias cadastradas. O atual presidente do bairro o senhor Antnio Jesus de Souza Bispo. FOTO OLEGARIO FRANA

8.6.

Bairro Leonardo Barbosa

O bairro Leonardo Barbosa pode ser considerado como um bairro de especial ateno. Est situado ao interior de um meandro do rio Acre. A eroso do rio esta causando uma diminuio da largura do acesso ao bairro durante os ltimos anos que o conecta com os bairros Eldorado, Samauma e o resto da cidade. A eroso dos barrancos do Rio Acre representa um risco para as casas construdas na rua de acesso (Anexo 8). No ms de Junho de 2011 a rea sul do bairro foi invadida e foi iniciada a construo de novas moradias precrias numa rea de peridico alagamento. Em agosto de 2011, todas as pessoas foram removidas (Informao Secretaria Municipal de Planejamento de Brasilia). A maioria dos moradores receberam ttulos indevidos que precisam ser regularizados. No bairro de Leonardo Barbosa tem 123 famlias cadastradas com necessidades habitacionais, 23 necessidades de casa, 89 necessidades de casa e terreno e 15 necessidades de reforma. Esses nmeros afirmam a situao especial do bairro.

8.7.

Bairro Jose Ferreira da Silva

O bairro Jose Ferreira da Silva que contem 14 quadras e faz fronteira com os bairros Eldorado, Francisco Jos Moreira, Marcos Galvo e Trs Botequins (comeando no oeste e seguindo em sentido horrio). O bairro e cortado por um igarap (sem nome). As margens so ocupadas por construes. Existe ainda uma rea verde que est sendo despejada e invadida gradativamente (mapa).

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Na Secretaria da Ao Social foram cadastradas 50 famlias com necessidades habitacionais, 29 necessidades de casa, 20 necessidades de casa e terreno e uma solicitao de reforma da casa. E um dos bairros com maior nmero de necessidades de casas. O atual presidente da associao de moradores do bairro o senhor Abraho Nascimento da Silva.

8.8.

Bairro Jos Brana

O bairro de Jos Brana (16 quadras) no tem associao de moradores. Geralmente, o bairro Jose Brauna associado ao bairro de Trs Botequins. Sete famlias do bairro Jose Brauna esto com necessidade de casa.

8.9.

Bairro Trs Botequins

O bairro Trs Botequins faz fronteira com Eldorado, Ferreira da Silva, Jos Brana e Raimundo Chaar. O presidente o senhor Jos de Carmo Romeu Gadelha. O bairro tem 22 quadras. No leste limita com o rio Acre. Localizado numa plancie baixa na margem do rio existe um risco de alagao. A margem do rio Acre esta ocupada com novas construes. Os residentes no podero receber ttulos, nesta rea de risco. No bairro foram cadastradas quatro famlias com necessidades habitacionais de casa, uma com necessidade da casa e terreno e uma com necessidade de reforma. Nos mapas pode se observar que um dos bairros com menor numero de famlias com necessidade habitacional.

8.10. Bairro Raimundo ChaarO bairro Raimundo Chaar com 20 quadras delimitado pelos bairros Trs Botequins (norte), Eldorado (oeste) e Centro (sudoeste) e pelo Rio Acre no leste e numa parte pequena no oeste (ver mapa). O bairro est inserido no antigo Seringal Carmen. Existe um risco de alagao, por causa por da proximidade do rio numa plancie baixa. Existem casas a pouca distancia do rio que esto mais vulnerveis a este risco (ver mapas). Mesmo assim, somente duas famlias esto registradas na Ao Social. Uma com necessidade de casa e a outra com necessidade de casa e terreno. Os mapas mostram que o bairro Raimundo Chaar um dos bairros com menos incidncias de necessidades habitacionais (em amarelo). Dentro do bairro h postos de combustvel, de importncia no contexto habitacional. Existem riscos de acidentes, contaminao do solo, do ar e da gua subterrneo. Moradias nas proximidades podem ser consideradas vulnerveis. Um posto esta localizado na BR 317 que separa o bairro Raimundo Chaar do bairro Centro e outro na passagem da BR 317 pelo bairro, apresentando riscos de acidentes e poluio. A atual presidente do bairro senhora Maria Rosrio Melo da Costa.

8.11. Bairro CentroO bairro Centro conta com 27 quadras e faz fronteira no nordeste com o bairro Raimundo Chaar. O restante dos seus limites e representado pelo Rio Acre (ver mapa). O bairro estaNovembro de 2011 Pgina 26 de 47

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situado numa plancie baixa que enfrenta periodicamente alagaes durante a estao chuvosa (ver mapa). Na Avenida Prefeito Rolando Moreira, localizada na beira do rio, concentram se locais de comercio (papelarias, lojas de roupa, sorveterias, etc.). uma zona de risco de desmoronamento que j caram casas (foto, mapa). Uma parte dessa rea pantanosa foi transformada em parque, o Parque Centenrio que intensamente usado pelos moradores de Brasilia. Pode ser considerado como um bom exemplo de ocupao e uso de uma rea de risco de alagao. O atual presidente da associao de moradores do bairro Valdecir Dias Rodrigues. Na Secretaria de Ao Social esto registradas 30 famlias com necessidade dos quais cinco precisam casa e 25 precisam casa e terreno. A maioria das pessoas em risco mora na beira do rio. Nessa beira no sul do bairro existe uma estao de tratamento de gua, da qual sai gua de qualidade duvidosa pelo rio Acre.

8.12. ConclusoComo outros municpios do Acre, Brasilia foi colonizada historicamente desde o rio. A viso do desenvolvimento urbano somente mudou com a consolidao dos acessos terrestres durante as ultimas dcadas (pavimentao de rodovias e ruas). As reas prximas a rios e igaraps se transformaram em fundos de quintal e as vezes em depsitos de lixo e esgoto, desperdiando seu potencial. Por serem reas baixas tambm so periodicamente alagadas. O conhecimento histrico e estratgias de adaptao so parte fundamental deste Plano de Habitao e dos novos projetos de urbanizao (Parque Centenrio: Prevenir melhor que lamentar.).Tabela 10 Nmero de famlias cadastradas com necessidades habitacionais, Fonte: Secretara de Ao Social de Brasilia, Maio 2011

Bairro N Famlias Alberto Castro 18 Centro 5 Eldorado 30 Ferreira da Silva 29 Jos Brana 7 Jos Moreira 19 Leonardo Barbosa 23 Marcos Galvo 12 Raimundo Chaar 1 Samauma 9 Trs Botequins 4 Outros 17 Sem informao 11 Total 185Novembro de 2011 Pgina 27 de 47

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Figura 10 Distribuio de necessidades de casa por bairro, Fonte: Secretara de Ao Social de Brasilia, Maio 2011

Tabela 11 Nmero de famlias cadastradas com necessidade de casa e terreno, Fonte: Secretara de Ao Social de Brasilia, Maio 2011

Bairro N de Famlias Centro 25 Eldorado 44 Ferreira da Silva 20 Jos Moreira 26 Leonardo Barbosa 89 Samauma 31 Alberto Castro 4 Marcos Galvo 1 Raimundo Chaar 1 Trs Botequins 1 Outros 18 Total 260

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Figura 11 Distribuio de necessidades de casa e terreno por bairro, Fonte: Secretara de Ao Social de Brasilia, Maio 2011

9. Necessidade habitacional

9.1.

Dficit e inadequao habitacional

Segundo o Ministrio das Cidades, um dficit [qualitativo] habitacional exige a construo de novas moradias. Enquanto no caso da inadequao habitacional, ela exige a melhoria das condies habitacionais, no necessitando a produo de novas moradias. A necessidade habitacional um conjunto de dficit qualitativo, dficit quantitativo atual e da demanda demogrfica futura. Consideram-se portanto, no presente diagnostico a falta de domiclios e a inadequao atual de domiclios. Alm disso, precisa ser considerada a futura demanda de domiclios, devido ao crescimento demogrfico. Foram considerados valores do levantamento do Dficit Habitacional No Brasil de 2008. Para desagregar os valores foi aplicado o calculo sugerido do Ministrio das Cidades, usando o CENSO da populao de 2007. Para aumentar a confiabilidade destes dados, foram considerados dados atuais da Secretaria de Ao Social e outros dados obtidos atravs de levantamentos no municpio (Maio 2011).Novembro de 2011 Pgina 29 de 47

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Dficit habitacional (quantitativo) Dficit por reposio do estoque Segundo o Ministrio das Cidades, trata se de domiclios que esto em condies muito precrias no aptas para morar. Nesta categoria so consideradas as famlias que possuem terreno, mas no tem condies financeiras de construir. O registro de dados disponveis da Secretaria de Ao Social foi adaptado a este esquema. Domiclios rsticos O termo domiclio rstico significa uma construo com material inadequado . Segundo os resultados do dficit habitacional (2000), tem 27 domiclios rsticos em Brasilia. Nos levantamentos mais atuais (2008) no aparece dessa forma. Na tabela aqui embaixo se nota que a maioria de casas feito de madeira e tijolo. Nesse levantamento da Secretaria de Sade no tem uma classe para construes de material misto (madeira e alvenaria). Podem se contar 19 domiclios rsticos.

Tabela 12 Material usado para construo de casas, Fonte: Sec. de Sade 2011

Tipo de casa No % Tijolo 1301 23,99 Taipa revestida 4 0,07 Madeira 4104 75,66 Material aproveitado 3 0,06 Outros 12 0,22 (em Brasilia no tem adobe, nem taipa no revestida) Domiclios improvisados Improvisados so chamados domiclios instalados em locais [...] para fins no residenciais (reas com restries ou de risco, Ministrio de Cidades 2011). O levantamento do Dficit Habitacional contou em 2000 11 domiclios improvisados em Brasilia, quais eram habitados por famlias com uma renda mensal de at trs salrios mnimos (salrio mnimo de 2000 correspondente a R$ 151). Nos levantamentos atuais do Dficit Habitacional no Brasil foram unidos os critrios de domiclios rsticos e domiclios improvisados e foi criado o termo de habitao precria. No ano 2008 havia 77 domiclios considerados como habitao precria em Brasilia (tabela).

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O setor cadastro tem identificado 3 reas de invaso, associadas a reas de risco, devido a proximidade de igarap ou rio com peridicas alagaes e instabilidade e eroso do solo (Bairros Leonardo Barbosa prximo do Rio Acre, Bairro Centro, Rua da Goiaba prximo do Rio Acre, Bairro Eldorado em APP do Igarap do Bueiro). Os moradores destas reas, em favor da prpria segurana procuraro reas adequadas para morar no transcursos dos prximos anos.

Necessidade de habitao Na Secretaria de Ao Social esto atualmente (Maio 2011) 185 famlias registradas com necessidade de habitao. A maioria so moradores d os bairros de Eldorado, Ferreira da Silva e Leonardo Barbosa (tabela). Dficit por incremento do estoque Famlias conviventes secundrias Famlias constitudas por, no mnimo, duas pessoas que residem em um mesmo domiclio junto com outra famlia denominada principal. (Ministrio de Cidades). Coabitao familiar So as famlias conviventes secundrias que vivem em cmodos alugados ou cedidos. nus excessivo com aluguel Domiclios com famlias que recebem at trs salrios mnimos e tem 30 % da sua renda familiar comprometida com aluguel. (Ministrio de Cidades). Necessidade de casa e terreno Em Maio 2011 estavam cadastradas 260 famlias na Secretaria de Ao Social. Um tero delas mora no bairro de Leonardo Barbosa. Concluso A comparao dos nmeros das planilhas 8 e 9, ento do levantamento do Dficit Habitacional e da Ao Social, mostra que o dficit habitacional da planilha 8 muito maior. Como explicado anteriormente, trata se desses resultados s de valores calculados. Alm disso, no todos os dficits habitacionais esto necessariamente cadastrados na Secretaria Ao Social. Pode se concluir que a maioria das famlias afetadas por dficits habitacionais encontram se numa faixa salarial de at trs salrios mnimos (figura).

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Tabela 13 Dficit habitacional por componentes. Fonte: Dficit Habitacional No Brasil 2008, FJP

Acre Dficit por reposio de estoque Habitao precria Dficit por incremento do estoque Coabitao familiar Famlias conviventes secundrias Cmodos alugados e cedidos nus excessivo com aluguel Dficit habitacional Total

Brasilia 2656 77 2656 77 30542 9805 19102 -1635 33198 888 285 556 -48 965

Tabela 14 Necessidades de moradias, Fonte: Secretaria de Ao Social de Brasilia, Maio2011

Tipo de necessidade Necessidade de habitao Necessidade de habitao e terreno Total

Nmero de famlias 185 260 445

Figura 12 Fonte: Dficit Habitacional no Brasil 2008, p.39

Inadequao de domiclios (qualitativo) Inadequao fundiria urbana O municpio de Brasilia necessita de regularizao fundiria dos lotes urbanos, atualmente em processo de implementao. Para tratar deste tema, aconteceu no dia 05 de maio de 2011Novembro de 2011 Pgina 32 de 47

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a primeira audincia pblica na cmara municipal. Como encaminhamento foi criado um grupo de trabalho para apoiar setor de cadastro da prefeitura municipal. Alguma propriedades nos bairros Centro e Raimundo Chaar foram doadas para a prefeitura. A cidade ocupa hoje os antigos seringais Carmen e Nazareth, que esto sob a gesto do INCRA. A maioria dos lotes tem um concessionrio. A relao entre lote e concessionrio foi elaborada nos anos 80 e est desatualizada. No levantamento do Dficit Habitacional foram identificados 4084 domiclios no estado do Acre no regularizados. Em Brasilia encontram-se 119 domiclios sem regularizao (Tabela 19). Em realidade, a totalidade dos domiclios, que so 5424 (Sec. Sade 2011), no esta regularizada. Densidade excessiva de moradores por dormitrio No esto disponveis informaes a respeito em Brasilia. Carncia de servios de infra-estrutura energia eltrica, abastecimento de gua, esgotamento sanitrio e coleta de lixo Em 2008 foi levantado um total de 89.483 domiclios com carncia de servios de infraestrutura no estado de Acre. A maioria deles sofre uma falta de abastecimento de gua (Tabela 15). Em Brasilia um total de 2603 domiclios tem carncia de infra-estrutura. Energia eltrica: 7554 clientes (apartamentos, casas, lojas, etc.) recebem energia eltrica (EletroAcre 2011). Segundo o levantamento da Secretaria de Sade (2011), 86,38 % ou 4.685 domiclios, recebem energia eltrica. Abastecimento de gua: 3234 residncias recebem oficialmente gua pblica da empresa DEPASA (DEPASA 2011) H uma diferena entre a informao da DEPASA e da Secretaria de Sade. A metade dos domiclios est conectada rede pblica. Um pouco menos que a metade recebe gua de poo ou nascente.Tabela 15 Abastecimento de gua, Fonte: Sec. Sade 2011

Abastecimento de gua Rede publica Poo ou nascente Outros

No 2924 2419 9

% 53,91 45,93 0,16

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Esgotamento sanitrio: A falta de esgotamento sanitrio um problema importante, que pode gerar problemas ambientais (poluio de rios e igaraps, poluio de solo e gua subterrnea) e problemas de sade (doenas). Somente 12,33 % dos domiclios tm acesso a um sistema de esgoto. A maioria dos domiclios conta com fossas spticas. Aproximadamente um quarto dos moradores dos domiclios cadastrados na Secretaria de Sade (2011) fazem as suas necessidades em local inapropriado (Tabela 16).Tabela 16 Destino de fezes e urina, Fonte: Sec. Sade 2011

Destino Fezes/Urina No. % Sistema de Esgoto 12,33 669 Fossa 63,77 3459 Cu aberto 1296 23,89 Coleta de lixo: A coleta de lixo funciona em todos os bairros, conforme calendrio da Sc. de Obras, com dois caminhes de lixo (Secretaria Municipal de Obras de Brasilia, agosto 2011). Em algumas reas sem acesso atendem duas carroas de bois. Mesmo assim, somente 63,33 % dos domiclios cadastrados na Secretaria de Sade (2011) so atendidos pela coleta pblica de lixo, conforme tabela 17.

Tabela 17 Destino de lixo, Fonte: Sec. Sade 2011

Destino de lixo Coleta publica Queimado/ Enterrado Local inadequado

No % 3435 63,33 1724 31,78 265 4,89

Tabela 18 Carncia de infra-estrutura, Fonte: Dficit Habitacional No Brasil 2008; *Fonte: Levantamento da Secretaria de Sade 2011 Domiclios fora da rede pblica Destino Fezes/Urina: Cu aberto

Carncia de Apenas um servio Energia Abastecimento de gua Esgotamento sanitrio Coleta de lixo Dois servios Trs servios Quatro serviosNovembro de 2011

Acre 2008 58428 -38202 19614 612 27172 3678 205

Brasilia Brasilia 2008 2011* 1700 -1111 571 18 790 107 6 739 2500 1296 1989

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Inexistncia de unidade sanitria domicilia interna No relatrio do Dficit Habitacional destaca se Acre como um dos estados com maior carncia de banheiros internos. 9 % dos domiclios Acreanos no tm unidade sanitria interna no domiclio (DHB 2008, p.73). Em nmeros, isso corresponde em Brasilia a um total de 398 domiclios (Tabela 19), situao confirmada pelas Secretarias de Ao Social e de Sade de Brasilia. ConclusoTabela 19 Inadequao de Domiclios, Fonte: Dficit Habitacional No Brasil 2008, FJP

Acre Inadequao de domiclios Densidade excessiva de moradores por dormitrio Carncia de servios de infra-estrutura Inexistncia de unidade sanitria domiciliar interna Cobertura inadequada Inadequao fundiria

Brasilia

12257 89483 13687 18995 4084

357 2603 398 553 119

9.2.

Assentamentos precrios

Favelas ou Vilas O ministrio define esse tipo de assentamento da seguinte maneira: Aglomerado de domiclios auto-construdos, dispostos de forma desordenada, geralmente denso e carente de servios pblicos essenciais, ocupando terreno de propriedade alheia (pblica ou particular). Em Brasilia no existe esse tipo de assentamentos. A densidade populacional do municpio baixa (5,46 habitantes/km, IBGE 2010), portanto no h aglomeraes de domiclios do conceito das favelas urbanas. Loteamentos irregulares Loteamentos irregulares so caracterizados pela [...] ausncia ou precariedade da infraestrutura [...] (Ministrio das Cidades, Modulo II Diagnostico Geral). Em Brasilia existem loteamentos com estas caractersticas (que so diferentes das chamadas reas de invaso). Estas reas carecem de luz pblica, de acessos diretos por vias pblicas e de um sistema sanitrio. Exemplos de Loteamento irregular: 1. Bairro Marcos Galvo II De reas de invaso: 2. No bairro Eldorado ao longo do igarap Bueiro (ver anexo): 3. No bairro Leonardo Barbosa

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Cortios ou quarteires Em Brasilia usa se o termo de quarteiro (5) . Conjuntos habitacionais degradados no existem em Brasilia.

9.3.

Demanda demogrfica futura

O capitulo 2.2.1. mostra o crescimento da populao urbana de Brasilia. Consequentemente haver um aumento da necessidade de habitaes em geral. Total de domiclios particulares ocupados (IBGE, Censo 2010): Total de necessidades (casa, casa e terreno) (Sec. Ao Social, 2011): Total de populao 2010 (IBGE, Censo 2010): Total de populao 2011 (calculado): 5842 445 14257 14.924

Baixo a suposio que a relao de famlias com e sem necessidades no vai melhorar significativamente em 2020, com uma populao estimada de 22.524 habitantes, pode se contar com 703 famlias com necessidades. Em 2028, a populao estimada ser de 32.476 habitantes e o nmero de famlias, com necessidade de casa ou casa e terreno, vai superar as mil (1014) famlias.

Tabela 18 Evoluo demogrfica, Fonte: IBGE, Censo 2010 (Calculo: Frmula geomtrica para calcular a taxa de crescimento anual da populao:

Ano

rea rea urbana rural Total 2000 9026 7987 17013 2010 14257 7141 21398 2011 14923,87 7061,494 21894,37 2012 15622,31 6983,111 22402,32 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 16353,43 17118,77 17919,93 18758,58 19636,48 20555,47 21517,47 22524,48 23578,63 24682,11 25837,23 27046,42 6905,598 6828,946 6753,145 6678,185 6604,057 6530,752 6458,261 6386,574 6315,683 6245,579 6176,253 6107,697 22922,05 23453,84 23997,97 24554,72 25124,39 25707,28 26303,69 26913,93 27538,34 28177,23 28830,94 29499,82

2025 28312,19 6039,901 30184,21 2026 29637,2 5972,858 30884,49 2027 31024,22 5906,56 31601,01 2028 32476,15 5840,997 32334,15

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9.4.

Custos de atendimento

As necessidades de habitao podem ser divididas em necessidades de casa e terreno (lote urbanizado) e em necessidade de casa (casa urbana). Necessidade de casa e terreno reas aptas para Habitao de Interesse Social Tipologia das casas Dficit quantitativo: 260 unidades Custo mdio do m terra (sem urbanizao): Centro R$ 46,00 Samauma e Leonardo Barbosa: R$ 10,00 Outros bairros: R$ 20 Vai ser aplicado o valor de R$ 20,00 por m devido a que nos bairros Centros, Samauma e Leonardo Barbosa no tem muito mais capacidade de expanso. Custo mdio da unidade de casa: R$ 30.000,00Tabela 19 Custo para Casas com terreno 10 m por 30 m ou 12 m por 25 m (Fonte: Setor de cadastro da prefeitura de Brasilia)

Tipologia

Terra Custo de Nmero (frao Custo produo/ de ideal) Terra unidade unidades m

Custo Custo Produo Total

Lote urbanizado Total

300 30.000,00

260 1.560.000 7.800.000 9.360.000 9.360.000

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Necessidade de casa Dficit quantitativo: 165 casasTabela 20 Custo para Casas sem terreno 10 m por 30 m ou 12 m por 25 m (Fonte: Setor de cadastro da prefeitura de Brasilia)

Tipologia

Terra (frao ideal) m 300

Custo de produo/ unidade 30.000,00

Nmero de unidades 165

Custo Terra 0

Custo Produo 4.950.000

Custo Total

Lote urbanizado Total

4.950.000 4.950.000

Necessidade de benfeitoria/melhoria Dficit quantitativo: 36 casas Custo por unidade: R$ 6.000,00 Para a reforma de algumas casas, a prefeitura aproveita o material que usa para apresentaes, festas pblicas, i.e. carnaval e carnaval fora da poca (o custo calculado do dficit corresponde a R$ 216.000,00).

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Resumo Custo de produo ou aquisio de novas moradiasTabela 21 Custos de moradias IBGE Censo 2010

Ano 2000 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028

rea urbana 9026 14257 14923,87 15622,31 16353,43 17118,77 17919,93 18758,58 19636,48 20555,47 21517,47 22524,48 23578,63 24682,11 25837,23 27046,42 28312,19 29637,2 31024,22 32476,15

rea rural 7987 7141 7061,494 6983,111 6905,598 6828,946 6753,145 6678,185 6604,057 6530,752 6458,261 6386,574 6315,683 6245,579 6176,253 6107,697 6039,901 5972,858 5906,56 5840,997

Total 17013 21398 21894,37 22402,32 22922,05 23453,84 23997,97 24554,72 25124,39 25707,28 26303,69 26913,93 27538,34 28177,23 28830,94 29499,82 30184,21 30884,49 31601,01 32334,15

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Prefeitura Municipal de Brasilia Plano Local de Habitao de Interesse Social Etapa II Diagnstico do setor habitacional Tabela 22 Custo total para satisfazer a demanda habitacional um custo de R$ 60,00 por m estimado

Componentes Urbanizao Domiclios Custos Custos Obra Custos da Terra Custo Global (terra + obra) Custo total Total

Construo Defesa Civil/Obras Regularizao de Unidades Emergenciais 481 425 5842 1.168.400 8.658.000 12.750.000 1.560.000 14.310.000

Melhorias Habitacionais 36 216.000

8.658.000 24.352.400

14.310.000

1.168.400

216.000

Componentes Urbanizao (o que inclui) Domiclios Custos Custos Obra Custos da Terra Custo Global (terra + obra) Custo total Total 481 9.360.000

Construo de Unidades 445 12.750.000 9.360.000 22.110.000 22.110.000

Regularizao Defesa Civil/Obras Emergenciais 5842 1.168.400

Melhorias Habitacionais 36 216.000

1.168.400

216.000

23.494.400

Tomando em considerao os dados prognosticados no capitulo anterior sobre crescimento demogrfico e aumento da necessidade habitacional, o custo no ano 2020 ser de mais de R$ 36 milhes (Tabela)Tabela 23 Custos prognosticados para 2020

Componentes Urbanizao Domiclios Custos Custos Obra Custos da Terra Custo Global (terra + obra) Custo total Total

Construo Defesa Civil/Obras Regularizao de Unidades Emergenciais 729 672 5842 1.168.400 13.122.000 20.160.000 2.466.000 22.626.000

Melhorias Habitacionais 57 342.000

13.122.000 37.258.400

22.626.000

1.168.400

342.000

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10.

Bibliografia

Acre, Governo do Estado do Acre. Acre em Nmeros: 2009, Rio Branco: SEPLANDS, 2010. Acre. Governo do Estado do Acre. Estudo do Dficit Habitacional AC, 2008. Brasil, Ministrio das Cidades. Dficit Habitacional no Brasil 2006, Braslia, 2006. Brasil, Ministrio das Cidades. Manual de Apoio Elaborao de Planos Locais de Habitao de Interesse Social, Disponvel em: desde 2007. Brasil, Ministrio das Cidades. Poltica Nacional de Habitao, disponvel em . acessado 04/11/2011. Brasil. Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, MPOG. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE. Censo Demogrfico 2011 (www.ibge.gov.br). Brasilia, Prefeitura Municipal: Lei Municipal do Plano Diretor (em preparao), informao de Secretaria da Sade e Secretaria de Ao Social. Fonte: http://www.cidades.gov.br/ http://www.promunicipio.com/ http://www.conam.org.br/minha_morada.html

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Alguns Princpios e Funes da moradia Moradia inclui casa, infra-estrutura bsica, acesso a mobilidade, acesso a trabalho, escola, sade e lazer

Glossrio Compulsrio Dficit por reposio de estoque Incremento de estoque Habitao de de Interesse social Habitao Executada com recursos pblicos em Brasilia para famlias (com 4 ou mais pessoas) e renda 1 salrio mnimo ou menor, ou inscrita no programa Bolsa Famlia Prioridade de compra Direito por ocupao e uso Reforma ou ampliao de casa necessria Obrigatrio Construo de nova casa necessria

Preempo Usucapio

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Abreviaes utilizadas AC ACS CADUNICO CEF CEMACT CGFNHIS CONAMA CONDIAC DEPASA DHB FGTS FNHIS IBGE MCidades MDA MAP OGU PAC PIB PLHIS PMCMV PNAD PNUD PSH PSM Sec. Mun. SEHAB SNH SNHIS UNOPAR ZEIS Acre Agente comunitrio de sade Cadastro nico Caixa Econmica Federal Conselho do Estado de Meio Ambiente, Cincia e Tecnologia Conselho Gestor Conselho Nacional de Meio Ambiente Consorcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Alto Acre e Capixaba Departamento de Estado de Pavimentao, gua e Saneamento Dficit Habitacional no Brasil Fundo Tempo de Servio Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica Ministrio das Cidades Ministrio de Desenvolvimento Agrrio Iniciativa de integrao na regio Madre de Dios Acre Pando Oramento Geral da Unio Programa de Acelerao de Crescimento Produto Interno Bruto Plano Local de Habitao de Interesse Social Programa Minha Casa, Minha Vida Pesquisa Nacional de por Amostra de Domiclios Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento Programa Subsdios Habitacionais Produo Social da Moradia Secretaria Municipal Secretaria de Estado de Habitao Sistema Nacional de Habitao Sistema Nacional de Habitao de Interesse Social Universidade do Norte do Paran (Ncleo Brasilia) Zona Especial de Interesse Social

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Anexos

Registro Fotogrfico Lei Municipal 80 / Permetro Urbano Mapas do municpio, da zona urbana e dos bairros de Brasilia

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Registro Fotogrfico

Fig. 1: Participao de moradores de bairros em audincias (aqui bairro Jos Moreira)

Fig. 2: Construo de Habitao de Interesse Social, onde havia casas irregulares (J. Moreira)

Fig. 3: O Programa Ruas do Povo 2011 beneficia os moradores com melhor infraestrutura (Jose Moreira)

Fig. 4: Venda de lotes no novo bairro Marcos Galvo, ainda com dificuldades estruturais

Fig. 5: A necessidade s vezes resultado do descuidado

Fig. 6: Inadequada ocupao e uso das margens do rio e dos igaraps podem causar degradao do terreno

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Fig. 7: A expanso dos bairros pressiona sobre guas e reas verdes (A. Castro / Eldorado)

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