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2016 Saudaçor, S.A. Versão 1.0 01-08-2016 Guia de apoio à Prescrição

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2016

Saudaçor, S.A.

Versão 1.0

01-08-2016

Guia de apoio à Prescrição

2

Índice

Índice ......................................................................................................................................... 2

Lista de Siglas e Acrónimos ....................................................................................................... 4

1. Introdução ......................................................................................................................... 5

2. Prescrição .......................................................................................................................... 6

2.1. Âmbito ....................................................................................................................... 6

2.2. Modalidades de Prescrição Eletrónica ...................................................................... 7

2.3. Portal de Requisição de Vinhetas e Receitas ............................................................ 7

2.4. Softwares de Prescrição ............................................................................................ 7

2.5. Regras de Prescrição ................................................................................................. 8

2.5.1. Modelo de Receita ............................................................................................ 8

2.5.2. Numeração ........................................................................................................ 8

2.5.3. Local de prescrição ............................................................................................ 8

2.5.4. Identificação do médico prescritor ................................................................... 9

2.5.5. Identificação do utente ..................................................................................... 9

2.5.6. Entidade financeira responsável (EFR) e número de beneficiário .................. 10

2.5.7. Regime especial de comparticipação de medicamentos (RECM) ................... 11

2.5.8. Tipo de prescrição na receita eletrónica materializada .................................. 11

2.5.9. Identificação do medicamento ....................................................................... 11

2.5.10. Posologia e duração do tratamento ................................................................ 13

2.5.11. Comparticipações especiais ............................................................................ 13

2.5.12. Número de embalagens e validade da prescrição .......................................... 14

2.5.13. Data da prescrição ........................................................................................... 14

2.5.14. Assinatura do médico prescritor ..................................................................... 14

2.6. Especificidades ........................................................................................................ 15

2.6.1. Regionais ......................................................................................................... 15

2.6.1.1Diplomas ........................................................................................... 15

2.6.1.2.Programa Compamid ...................................................................... 15

2.6.2. Prescrição manual ........................................................................................... 16

2.6.2.1.Modelo de receita ........................................................................... 16

2.6.2.2.Modelo de vinhetas ......................................................................... 16

2.6.2.3.Informação obrigatória a constar.................................................... 16

2.6.3. Prescrição Eletrónica ....................................................................................... 18

2.6.3.1.Prescrição eletrónica materializada ................................................ 19

2.6.3.2.Prescrição eletrónica desmaterializada .......................................... 20

3

2.6.4. Erros de validação ........................................................................................... 22

2.6.5. Anulação de receitas ....................................................................................... 22

2.6.6. Prescrição de estupefacientes e psicotrópicos ............................................... 23

2.6.7. Prescrição de medicamentos manipulados .................................................... 23

2.6.8. Prescrição de medicamentos alergénios destinados a um doente específico 24

2.6.9. Prescrição de produtos dietéticos com caráter terapêutico ........................... 24

2.6.10. Prescrição de produtos destinados ao autocontrolo da diabetes mellitus ..... 24

2.6.11. Prescrição de câmaras expansoras ................................................................. 25

2.6.12. Prescrição de outros produtos ........................................................................ 25

2.7. Contactos Úteis ....................................................................................................... 25

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Lista de Siglas e Acrónimos

BDNP - Base de Dados Nacional de Prescrições

CCF- Centro de Conferência de Faturas dos Açores

CNPEM - Código Nacional para a Prescrição Eletrónica de Medicamentos

CNPRP - Centro Nacional de Proteção contra os Riscos Profissionais

Compamid - Complemento Para Aquisição de Medicamentos pelos Idosos

DCI - Denominação Comum Internacional ou nome da substância ativa;

Dos - Dosagem

EFR – Entidade Financeira Responsável

FF - Forma Farmacêutica

INCM - Imprensa Nacional Casa da Moeda

INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P.

Infomed - Base de dados de medicamentos do INFARMED

PRVR- Portal de Requisição de Vinhetas e Receitas

RAA – Região Autónoma dos Açores

RECM - Regime Especial de Comparticipação de Medicamentos

RNU - Registo Nacional de Utentes

RSP- Receita Sem Papel

SAUDAÇOR SA – Sociedade Gestora de Recursos e equipamentos da saúde dos Açores, S.A.

SNS- Serviço Nacional de Saúde

SPMS- Serviços Partilhados do Ministério da Saúde

SRS- Serviço Regional de Saúde dos AÇORES

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1. Introdução

Com a implementação da conferência de Faturas de Medicamentos do Serviço Regional de Saúde dos

AÇORES (SRS) de forma centralizada através do Centro de Conferência de Faturas (CCF - AÇORES), foram

instituídas regras uniformes para a conferência e validação de faturas para pagamento pelo SRS AÇORES.

Com a criação do CCF, resultam diversos benefícios para o SRS AÇORES, prescritores, prestadores e

utentes, dos quais se destacam:

A conferência atempada das faturas apresentadas;

A redução dos erros de prescrição;

A redução de gastos com Medicamentos;

A redução dos custos de operação inerentes ao processo de conferência de faturas do SRS

AÇORES;

A agilização e uniformização dos procedimentos de conferência;

Uma maior clarificação das regras de conferência aplicáveis;

A garantia de procedimentos de receção de documentação, conferência e pagamento uniformes

em toda a RAA.

A concretização dos desideratos acima referidos, bem como a futura evolução para um processo de

desmaterialização do receituário na Região implica, pois, o estabelecimento de um conjunto de regras,

em alinhamento com a legislação disponível e atualizada sobre prescrição e dispensa de medicamentos,

que permitam uniformizar e agilizar os procedimentos de conferência homogeneizando o cumprimento

das normas de prescrição e de prestação, para garantir o acesso dos utentes à prestação dos seus normais

cuidados de saúde e evitar constrangimentos na dispensa de medicamento nas farmácias.

Este documento descreve resumidamente um conjunto de regras e orientações, a ter em conta no ato da

prescrição de medicamentos e outras tecnologias de saúde comparticipadas pelo Serviço Regional de

Saúde (SRS) e dispensadas em farmácia comunitária, que deverão ser cumpridas para que a prescrição

seja válida para efeitos de comparticipação, compilando não só as regras definidas a nível nacional e que

se aplicam à região, mas também as situações em vigor na Região Autónoma dos Açores, que traduzem a

legislação regional específica nesta área.

Note-se que, de acordo com a legislação em vigor, sempre que a receita médica não se encontrar de

acordo com as normas de prescrição definidas, a farmácia pode recusar o seu aviamento, já que o não

cumprimento das regras poderá levar ao seu não pagamento, em sede de conferência, uma vez que a

farmácia, nestes casos, não será reembolsada do valor de comparticipação, que aplica no ato da dispensa.

Assim, apresenta-se a informação a constar obrigatoriamente na receita médica, que é da

responsabilidade do prescritor, para efeitos de comparticipação pelo SRS Açores, de acordo com a

legislação em vigor.

6

As prescrições, para comparticipação pelo SRS, deverão cumprir inequivocamente os requisitos a seguir

expostos.

Salienta-se a importância de cumprimento das presentes recomendações uma vez que, a partir de 31 de

agosto de 2016 as receitas emitidas com elementos em falta ou incorretamente registados, poderão ser

recusadas pelas farmácias, uma vez que não serão consideradas conformes para efeitos e

comparticipação pelo SRS.

2. Prescrição

2.1. Âmbito

A prescrição de medicamentos, incluindo medicamentos manipulados e medicamentos contendo

estupefacientes e psicotrópicos, tem de ser efetuada por meios eletrónicos, conforme estabelecido pela

Portaria n.º 128/2015 de 5 de Outubro de 2015 , através da utilização de soluções ou equipamentos

informáticos reconhecidos pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e pela Saudaçor,

S.A., independentemente do seu local de prescrição.

Este tipo de prescrição é também aplicável a outros produtos, com ou sem comparticipação,

nomeadamente dispositivos médicos, géneros alimentícios destinados a uma alimentação especial

(produtos dietéticos), fraldas, sacos de ostomia e outros.

As receitas, eletrónica materializada ou por via manual, destinam-se à prescrição em ambulatório e

dispensa em farmácia comunitária dos medicamentos e produtos de saúde acima referidos, em território

nacional.

A receita eletrónica materializada cujo modelo foi aprovado pelo Despacho n.º 1465/2016 de 15 de Julho

de 2016, na sua versão atual, é de utilização obrigatória na RAA, até implementação da receita eletrónica

desmaterializada (designada receita sem papel) (abordada no ponto 2.6.3.2.).

A receita eletrónica materializada pode ser emitida em modo online e, em caso excecionais e indicados

adiante, em modo offline (ver estas designações no ponto 2.2) Ambos os modos funcionam de forma

equivalente e sem impacto em sede de prescrição, sendo que a diferença é que apenas as receitas

emitidas pelo software em modo online ficam visíveis para as farmácias através da Base de Dados

Nacional de Prescrições (BDNP).

A prescrição por via manual só poderá ser feita excecionalmente e nos casos previstos no artigo 8.º da

Portaria n.º 128/2015 de 5 de Outubro de 2015.

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2.2. Modalidades de Prescrição Eletrónica

Até que seja possível a desmaterialização da prescrição, coexistem duas formas de disponibilização da

prescrição eletrónica materializada:

- Receita eletrónica materializada – a prescrição é impressa. Esta pode ocorrer:

Em modo online, ou seja, no momento de prescrição, os softwares têm de validar e registar a

receita de medicamentos no sistema central de prescrições (também denominado de BDNP –

Base de Dados Nacional de Prescrições);

Em modo offline - é permitido que o software funcione em modo offline, ou seja, que registe a

informação da prescrição na BDNP posteriormente à sua emissão em papel. Nesta situação, as

receitas são emitidas com uma numeração local, atribuída pelo software de prescrição.

Apenas as prescrições eletrónicas materializadas online ficam visíveis para as farmácias através da BDNP.

As prescrições eletrónicas em modo offline não ficam visíveis para as farmácias através da BDNP, pelo que

não podem ser dispensadas eletronicamente.

2.3. Portal de Requisição de Vinhetas e Receitas

Só os profissionais registados no Portal de Requisição de Vinhetas e Receitas (PRVR), são reconhecidos

pela Base de Dados Nacional de Prescrição (BDNP), pelo que apenas estes podem emitir receitas

eletrónicas comparticipáveis pelo Serviço Regional de Saúde (SRS).

2.4. Softwares de Prescrição

No sítio dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) está disponível:

Lista dos softwares que declararam autoconformidade e que podem ser utilizados para a

prescrição eletrónica de medicamentos;

Lista de softwares de prescrição eletrónica que sejam retirados por deteção de não

conformidades identificadas;

Lista das não conformidades identificadas.

Os prescritores podem ainda utilizar o software gratuito disponibilizado pelo Ministério da Saúde, cujo

processo de adesão pode ser consultado no sítio da SPMS.

Adicionalmente, no sítio da Saudaçor, S.A., estarão publicados os softwares que cumpram as regras

constantes no aditamento às Normas Técnicas Relativas aos Softwares de Prescrição de Medicamentos e

Produtos de Saúde, emitidas pela SPMS, necessárias à futura prescrição desmaterializada na RAA emitido

pela Saudaçor, S.A. (onde estão descritas as adaptações a que os softwares estão obrigados na prescrição

emitida na RAA),. Na situação de conflito entre as normas da SPMS e as presentes no aditamento da

Saudaçor, aplicam-se as deste último.

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2.5. Regras de Prescrição

Independentemente do modo de disponibilização da prescrição: eletrónica online, eletrónica offline ou

pré-impressa, a receita deverá conter a informação a seguir descrita, a validar, para os casos de receita

eletrónica e manual, antes de ser efetuada a dispensa:

2.5.1. Modelo de Receita

É apenas aceite o modelo de receita em vigor à data da prescrição (quer o pré-impresso, emitido pela

Imprensa Nacional Casa da Moeda - INCM, quer as informatizadas, provenientes de aplicações certificadas

pela SPMS); receitas sem indicação da empresa certificada não são aceites.

Não serão aceites também fotocópias dos modelos de receitas ou reimpressões da mesma receita. Cada

receita emitida tem uma numeração única e uma reimpressão, mesmo que assinada pelo médico,

resultará numa duplicação do número de receita que será detetado no processo de conferência.

2.5.2. Numeração

A numeração da receita médica varia de acordo com a forma como a mesma é disponibilizada:

a) Prescrição materializada online: Número único que é atribuído pela BDNP;

b) Prescrição materializada offline: Numeração única atribuída pelo software de prescrição;

c) Prescrição materializada pré-impressa: Numeração única atribuída pela INCM.

Na receita materializada online ou offline e pré-impressa, toda e qualquer informação de preenchimento

obrigatório tem de estar visível e legível, nomeadamente, o número de receita tem que se encontrar

sempre legível e válido (deverá conter 19 dígitos). Não são aceites números de receitas que possuam

letras, com exceção do 19º dígito que poderá ser uma letra.

Nota: As impressoras utilizadas para a impressão de receitas materializadas devem garantir uma impressão com qualidade, onde todos os elementos da receita estejam perfeitamente visíveis.

2.5.3. Local de prescrição

Verificar a existência de local de prescrição e respetivo código. As receitas informatizadas têm

obrigatoriamente que ter o local impresso, sendo este campo preenchido automaticamente pelo software

de prescrição.

A receita pré-impressa tem que apresentar vinheta identificativa do local de prescrição (exceto se trate

de local de prescrição privado) e a mesma tem que se encontrar visível. Para os locais de prescrição

privados é aceite o carimbo identificativo ou a menção, manuscrita, “Domicílio” ou “Consultório privado”.

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2.5.4. Identificação do médico prescritor

Verificar a existência dos dados do médico prescritor, como o seu nome clínico, especialidade (se

aplicável), contacto telefónico, endereço de correio eletrónico (se aplicável) e número da cédula

profissional.

Nas receitas informatizadas estes campos são preenchidos automaticamente pelo software de prescrição.

A receita pré-impressa tem de apresentar a vinheta válida identificativa do médico prescritor e esta tem

que se encontrar legível.

2.5.5. Identificação do utente

O utente é identificado pelos seguintes elementos:

Nome e número de utente do SRS:

O nome e o número de utente têm que se encontrar obrigatoriamente preenchidos nos campos definidos

para este efeito. O número de utente é o número nacional que identifica univocamente o utente através

do Registo Nacional de Utentes (RNU). Este número é atribuído no processo de inscrição do cidadão numa

unidade de saúde ou aquando do pedido do Cartão de Cidadão.

O número de beneficiário da entidade financeira responsável (subsistema de saúde, CNPRP, ou

acordos internacionais) pode apresentar um dos seguintes valores possíveis:

Se a entidade responsável for o SRS AÇORES, SNS ou SRS Madeira, não deverá estar preenchido

ou deverá corresponder ao Número de Utente;

Caso a entidade responsável seja um subsistema público (ex. ADSE, IASFA, SAD PSP ou GNR

etc.), terá de apresentar o número de beneficiário respetivo;

Caso a entidade responsável seja um subsistema com acordo de complementaridade (ex.

SAMS Quadros Técnicos, CGD, etc.), terá de apresentar o número de beneficiário respetivo;

Caso a entidade responsável seja um país estrangeiro (identificativo de Acordos

Internacionais), tem de apresentar o número de identificação do Cartão Europeu de Seguro

de Doença1;

Caso a entidade responsável seja o Centro Nacional de Proteção contra os Riscos Profissionais

(CNPRP), terá de apresentar o número de beneficiário atribuído pela CNPRP.

Nota1: Recém-nascidos: quando não for possível identificar o número de utente do recém-nascido, deverá ser colocado o número de utente da mãe ou do pai do recém-nascido e indicar no nome “filho(a) de:” seguido do nome do utente a que respeita.

Nota2: Cidadãos estrangeiros em situações não contempladas no anterior, ou em: - Outros estados membros da CEE e Suíça (CESD; CPS; S2; S1); - Cidadãos estrangeiros ao abrigo de Convenções Bilaterais Internacionais (CSCB); Deve ser impressa a frase “Não comparticipado pelo SRS” na Entidade Responsável

1Ou o número que o permita identificar no âmbito do Protocolo de Cooperação estabelecido com o seu país de origem (se este

não for europeu).

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2.5.6. Entidade financeira responsável (EFR) e número de beneficiário

Entidade Responsável:

Para que a receita seja comparticipada pelo SRS, a entidade responsável terá de

apresentar um dos seguintes valores possíveis:

SRS AÇORES ou sinónimos admissíveis (SRS, ou serviço Regional de Saúde dos

Açores);

SNS;

Entidade financeira responsável pelo pagamento da receita de migrante;

SRS Madeira;

RAM;

SAMS Centro;

SAMS Norte;

SAMS Quadros Técnicos;

SAMS Sul;

PT ACS;

Centro Nacional de Proteção contra os Riscos Profissionais, no caso de Doença

Profissional (CNPR).

Nota1:Receitas com menção a Entidades Independentes bem como em que a entidade é uma companhia

seguradora não são comparticipadas pelo SRS AÇORES.

Nota2:Não se considera válida a menção a entidades como “Caixa Nacional de

Aposentações/ou/Pensionistas, Secretaria Regional da Saúde, ou Segurança Social” ou outras

designações, incorretamente utilizadas para identificar a entidade SRS, uma vez que não são Entidades

válidas.

Número de beneficiário da entidade financeira responsável:

Caso a entidade responsável seja o SRS AÇORES/SNS/SRS Madeira, o número de

beneficiário não deverá estar preenchido ou deverá corresponder ao Número de

Utente e o número de utente tem de se encontrar válido na base de dados do Registo

Nacional de Utentes (RNU);

Quando a Entidade financeira responsável é um subsistema de saúde, mesmo que

público (ou com acordo de comparticipação pelo SRS de acordo com a lista definida no

ponto anterior, Centro Nacional de Proteção contra Riscos Profissionais (CNPRP),

acordos internacionais), sempre que aplicável, deverá constar o número de beneficiário

respetivo.

Nota: o número de segurança social que consta no Cartão de Cidadão não corresponde a um número de beneficiário de Entidade Financeira para comparticipação de medicamentos e cuidados de saúde; pelo que não deverá ser utilizado como número de beneficiário de Entidade Financeira Responsável.

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2.5.7. Regime especial de comparticipação de medicamentos (RECM)

Regime especial de comparticipação de medicamentos, no campo “RC:” representado pelas

letras “R” e “O”, se aplicável.

A letra “R” aplica-se aos utentes pensionistas abrangidos pelo regime especial de comparticipação.

A letra “O” aplica-se aos utentes abrangidos por outro regime especial de comparticipação identificado

por menção ao respetivo diploma legal (ver também 2.5.11.).

Nota: Para que o utente possa beneficiar de um regime de comparticipação especial, adicional ao valor normal de comparticipação do medicamento prescrito, a farmácia só poderá aplicá-lo se a receita estiver corretamente identificada com “R” ou “O”, dependendo do caso, sendo que à menção “O” deverá adicionalmente estar identificado o respetivo diploma legal.

2.5.8. Tipo de prescrição na receita eletrónica materializada

Tipo de prescrição

O prescritor deve selecionar o tipo de prescrição. Existem os seguintes tipos:

RN – prescrição de medicamentos;

RE – prescrição de psicotrópicos e estupefacientes sujeitos a controlo;

MM – prescrição de medicamentos manipulados;

MA – prescrição de medicamentos alergénios destinados a um doente específico;

UE – prescrição de medicamentos para aquisição noutro Estado-membro;

MDT – prescrição de produtos dietéticos;

MDB – prescrição de produtos para autocontrolo da diabetes mellitus;

CE - prescrição de câmaras expansoras;

OUT – prescrição de outros produtos (ex. produtos cosméticos, suplementos alimentares, etc.).

Nota: Se na receita não constar a correta referência ao tipo de receita, de acordo com os medicamentos ou tecnologias da saúde prescritos, a receita não será válida para efeitos de comparticipação.

2.5.9. Identificação do medicamento

a) Prescrição por DCI

O medicamento é identificado pelos seguintes elementos:

Denominação Comum Internacional (DCI) ou nome da substância ativa;

Forma farmacêutica (FF);

Dosagem (Dos);

Apresentação (dimensão da embalagem);

Código Nacional para a Prescrição Eletrónica de Medicamentos (CNPEM) - código representativo

que agrupa, pelo menos, as seguintes características do medicamento: DCI + Dos + FF +

apresentação, ou outro código oficial identificador do produto, se aplicável;

Posologia – o médico prescritor deve especificar a dose de medicamento, o intervalo de

administração, bem como a duração do tratamento;

Número de embalagens.

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Nota1: A receita médica, eletrónica ou pré-impressa, terá de identificar, para todos os medicamentos prescritos e dispensados, a quantidade de embalagens prescritas do medicamento (numérico e por extenso).

Nota2: Nas receitas de medicamentos manipulados, produtos dietéticos ou para monitorização da diabetes não é permitida a prescrição de qualquer outro tipo de medicamento.

b) Prescrição por marca

A prescrição pode, excecionalmente, incluir a denominação comercial do medicamento, por marca ou

indicação do nome do titular da autorização de introdução no mercado, nas situações de:

Prescrição de medicamento com substância ativa para a qual não exista medicamento genérico

similar comparticipado ou para o qual só exista original de marca e licenças;

Medicamentos que, por razões de propriedade industrial, apenas podem ser prescritos para

determinadas indicações terapêuticas;

Justificação técnica do prescritor quanto à insuscetibilidade de substituição do medicamento

prescrito.

Nestes casos deve constar na prescrição:

Nome comercial do medicamento ou do respetivo titular de autorização de introdução no

mercado;

Código do medicamento representado em dígitos e em código de barras (em vez do CNPEM).

Justificações técnicas

Margem ou índice terapêutico estreito (alínea a)

A receita tem que conter a menção “Exceção a) do n.º 3 do art. 6.º”.

Esta justificação está limitada à lista de medicamentos definida pelo Infarmed.

Nota: Esta exceção só é válida desde que aplicada a medicamento previsto na lista definida pelo INFARMED; se esta exceção for invocada para medicamentos que não constem da lista, a dispensa deve ser feita como se de uma prescrição por DCI se tratasse.

Reação adversa prévia (alínea b)

A receita tem de conter a menção “Exceção b) do n.º 3 do art. 6.º - reação adversa prévia”.

Esta alínea apenas se aplica às situações em que tenha havido uma reação adversa reportada ao Infarmed.

Continuidade de tratamento superior a 28 dias (alínea c)

A receita tem de conter a menção “Exceção c) do n.º 3 do art. 6.º - continuidade de tratamento superior

a 28 dias”.

O médico pode prescrever com indicação da marca ou nome do titular em tratamentos com duração

estimada superior a 28 dias.

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2.5.10. Posologia e duração do tratamento

O Prescritor deve especificar a dose de medicamento, o intervalo de administração, bem como a duração

do tratamento.

2.5.11. Comparticipações especiais

Na prescrição eletrónica, o prescritor deve selecionar as patologias aplicáveis ao doente ou os diplomas

que concedem comparticipações especiais aos medicamentos e outros produtos. Esta seleção será

impressa na receita sob a forma do respetivo diploma legal.

Para que o utente beneficie deste regime é necessário que a informação conste no RNU, pelo que a

atualização da informação deve ser feita nos serviços administrativos dos estabelecimentos públicos do

SRS ou, no caso de locais de prescrição privados, deve ser prevista a atualização dos dados do utente. Só

assim, no ato da prescrição, e se o benefício for atribuível, poderá a receita ser identificada com as letras

“O” (e com o respetivo diploma), ou “R” caso se trate de um pensionista abrangido pelo regime especial

de comparticipação (ver também pontos, 2.6.1.1., 2.6.2. e 2.6.3.)

Na receita médica pré-impressa, com prescrição manual, sempre que a prescrição se destine a um utente

abrangido por um regime especial de comparticipação de medicamentos (RECM), em função da patologia,

além da menção à sigla “O”, é ainda obrigatória, junto ao nome do medicamento, a menção do despacho

que consagra o respetivo regime. Caso o RECM seja por benefício aos utentes pensionistas abrangidos

pelo regime especial de comparticipação a receita deverá estar identificada com a letra “R”.

Só com as receitas corretamente identificadas para o efeito, de acordo com o descrito anteriormente, é

que a farmácia poderá aplicar o RECM. Na ausência destas menções formais a farmácia só poderá aplicar

o regime de comparticipação normal o que poderá causar prejuízos para os utentes.

Nota1: Lista, no sítio do Infarmed, dos diplomas nacionais em vigor, com dispensa exclusiva em Farmácia de Oficina: http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MEDICAMENTOS_USO_HUMANO/AVALIACAO_ECONOMICA_E_COMPARTICIPACAO/MEDICAMENTOS_USO_AMBULATORIO/MEDICAMENTOS_COMPARTICIPADOS/Dispensa_exclusiva_em_Farmacia_Oficina; Nota 2: Adicionalmente, na RAA, estão previstos 3 diplomas regionais (ver também 2.6.1.1.): - Decreto Legislativo Regional nº 21/92/A- medidas de apoio aos indivíduos portadores da doença do Machado Joseph; - Decreto Legislativo Regional nº 17/96/A que prevê que os medicamentos à base de naltrexona, usados no tratamento da heroinodependência, serão comparticipados em 50 %; - Despacho nº 478/2009 de 24 de abril de 2009 que prevê que quando a informação clínica relativa ao diagnóstico e respetiva medicação for facultada pelo médico especialista hospitalar que habitualmente acompanha o doente, os medicamentos objeto de regimes de comparticipação especial poderá ser efetuada por médicos de Medicina Geral e Familiar ou outra, desde que integrados no SRS.

2Tabela 1 da Deliberação n.º 173/CD/2011, de 27 de outubro.- Tratamentos de curta ou média duração Tabela 2 da Deliberação n.º 173/CD/2011, de 27 de outubro. -Tratamentos de longa duração 3No âmbito das Normas, medicamentos distintos são aqueles que não tenham a mesma substância ativa, dosagem, forma farmacêutica ou agrupamento de forma farmacêutica; medicamentos iguais com tamanhos de embalagem diferentes não são considerados medicamentos diferentes. Medicamentos similares são aqueles que têm a mesma substância ativa, dosagem, forma farmacêutica e tamanhos de embalagens equivalentes (com o mesmo CNPEM); 4 Aquela que contém uma unidade de forma farmacêutica na dosagem média usual para uma administração em quantidade individualizada.

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2.5.12. Número de embalagens e validade da prescrição

Em cada receita podem ser prescritos:

a) Receita eletrónica materializada

A prescrição tem uma validade de 30 dias seguidos, contada a partir da data da sua emissão;

Esta prescrição pode ser renovável com uma validade até 6 meses. Para tal, contém até 3 vias, devendo

ser impressa a indicação da respetiva via. Nestas receitas apenas podem ser prescritos medicamentos

que se destinem a tratamentos de longa duração2;

O prescritor pode, quando assim o entender, validar 1 ou 2 das 3 vias tendo em consideração a duração

do tratamento e a dimensão da embalagem;

Em cada receita podem ser prescritos até 4 medicamentos distintos3, num total de 4 embalagens por

receita. No máximo, podem ser prescritas 2 embalagens por medicamento;

No caso dos medicamentos prescritos se apresentarem sob a forma de embalagem unitária4 podem ser

prescritas até 4 embalagens do mesmo medicamento.

b) Receita pré-impressa ou por via manual

A prescrição tem uma validade de 30 dias seguidos, contada a partir da data da sua emissão;

Em cada receita podem ser prescritos até 4 medicamentos distintos3, num total de 4 embalagens por receita.

No máximo, podem ser prescritas 2 embalagens por medicamento;

No caso dos medicamentos prescritos se apresentarem sob a forma de embalagem unitária4 podem ser

prescritas até 4 embalagens do mesmo medicamento;

A receita renovável não pode ser emitida através de prescrição manual.

Nota: Prescrições contendo uma sustância classificada como estupefaciente ou psicotrópica,

compreendidas nas tabelas I a II anexas ao Decreto-Lei n.º 15/93, de 22 de janeiro, ou qualquer das

substâncias referidas no n.º 1 do artigo 86.º do Decreto Regulamentar n.º 61/94, de 12 de outubro, apenas podem constar esse tipo de medicamentos, e não quaisquer outros. Adicionalmente apenas pode estar prescrito um medicamento psicotrópico/estupefaciente (no máximo 2 embalagens). Ver também 2.6.6.

2.5.13. Data da prescrição

A data da prescrição é obrigatória devendo ser preenchida automaticamente pelo software no formato

aaaa-mm-dd.

A verificação da data da prescrição é necessária para determinar a validade da receita (eletrónica ou pré-

impressa).

2.5.14. Assinatura do médico prescritor

A receita eletrónica materializada e a receita pré-impressa só são válidas se assinadas manualmente pelo

médico prescritor, no campo definido para o efeito.

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2.6. Especificidades

2.6.1. Regionais

2.6.1.1. Diplomas

Na RAA estão em vigor 3 diplomas que consagram a comparticipação especial de medicamentos nas

situações que a seguir se indicam:

a) Decreto Legislativo Regional n.º 21/92/A de 21/10- Que prevê a comparticipação a 100% dos

medicamentos prescritos aos utentes portadores da doença do Machado Joseph;

b) Decreto Legislativo Regional n.º 17/96/A de 02/08- Que prevê que os medicamentos à base de

naltrexona, usados no tratamento da heroinodependência, serão comparticipados em 50 %;

c) Despacho n.º 478/2009 de 24 de abril- Prevê que, quando a informação clínica relativa ao

diagnóstico e respetiva medicação for facultada pelo médico especialista hospitalar que

habitualmente acompanha o doente, a prescrição referida pode ser efetuada pelo médico com

a especialidade de Medicina Geral e Familiar, ou outra, que preste assistência ao doente em

causa, desde que esteja integrado no Serviço Regional de Saúde.

Estes diplomas regionais não constam, ainda, na base de dados do Infomed (ver 2.5.11.). Desta forma, até

essa alteração estar concretizada pelo infarmed, o prescritor não pode incluí-los na prescrição eletrónica,

à semelhança dos restantes diplomas nacionais que conferem regime de comparticipação especial.

Assim, por forma a conceder o benefício adicional previsto nos diplomas regionais aos utentes que, pela

sua condição ou patologia, deles legalmente podem usufruir, estão previstas as seguintes formas:

Indicação manuscrita do diploma regional, em receita informatizada ou manual, sendo nestes

casos necessária, para além da correta indicação do diploma, a rubrica do prescritor ao lado da

menção ao diploma;

Indicação, em receita informatizada, do diploma regional, no campo da prescrição “posologia”

(campo livre de escrita na linha do medicamento);

Indicação do diploma regional, em receita informatizada ou manual, através de carimbo, sendo

que desta forma, também será necessária a rubrica do médico, para validação da autenticidade

do benefício.

2.6.1.2. Programa Compamid

Aos utentes beneficiários do programa Compamid, e uma vez que é necessária, para efeitos de reembolso

do benefício, a prova dos medicamentos prescritos conjuntamente com a prova da dispensa dos

medicamentos, as prescrições eletrónicas, para estes utentes, terão que:

Ou ser materializadas;

Ou, caso a prescrição seja na forma de RSP (desmaterializada), a partir do momento em que a

mesma esteja disponível para os prescritores, terá que ser impressa a guia de tratamento, por

forma a ficar na posse do utente e, desta forma, poder servir de comprovativo físico dos

medicamentos prescritos.

16

2.6.2. Prescrição manual

Excecionalmente e nos casos previstos no artigo 8.º da Portaria n.º 128/2015 de 5 de Outubro de 2015, a

prescrição pode ser feita por via manual.

Nestas situações, o prescritor tem de assinalar com uma cruz, no canto superior direito da receita, o

motivo de exceção:

a) Falência informática;

b) Inadaptação fundamentada do prescritor, previamente confirmada e validada anualmente pela

respetiva Ordem Profissional;

c) Prescrição no domicílio;

d) Até 40 receitas/mês.

Nota: A exceção da alínea c) não pode ser usada no caso de prescrições efetuadas em lares de idosos.

Para que a receita efetuada por via manual seja considerada válida para efeitos de comparticipação é

necessário que nela constem os elementos identificados nos pontos 2.5.1 a 2.5.14 e ainda verificar:

2.6.2.1. Modelo de receita

O modelo da receita médica manual é o aprovado Despacho n.º 1465/2016 de 15 de Julho de 2016, na

sua redação atual, e é exclusivo da INCM.

A aquisição deste receituário deve ser feita através do Portal de Requisição de Vinhetas e Receitas (PRVR).

2.6.2.2. Modelo de vinhetas

Os modelos de vinheta devem obedecer aos requisitos legais da Portaria n.º 128/2015 de 5 de Outubro

de 2015, e são de edição exclusiva da Imprensa Nacional da Casa da Moeda (INCM).

As vinhetas de identificação do prescritor e de identificação do local de prescrição podem ser adquiridas

através PRVR.

É obrigatória a aposição de vinhetas nas receitas manuais.

As unidades de saúde do SRS devem adquirir as vinhetas de identificação dos seus prescritores e as

vinhetas de identificação dos seus locais de prescrição que, no caso de a prescrição se destinar a um

doente pensionista abrangido pelo regime especial, deverá ser de cor verde.

2.6.2.3. Informação obrigatória a constar

Para que a receita seja válida, o prescritor deve incluir obrigatoriamente os seguintes elementos:

Assinalada a exceção legal que justifica a utilização da receita manual, assinalando com uma cruz a

alínea correspondente;

17

Relativamente aos dados do médico prescritor, a aposição da respetiva vinheta, data e a assinatura;

Identificação do local de prescrição ou respetiva vinheta, se aplicável. Nas unidades do SRS, se a

prescrição se destinar a um doente pensionista abrangido pelo regime especial, deverá ser aposta

a vinheta de cor verde de identificação da unidade de saúde. Nos consultórios e/ou médicos

particulares, o local deverá estar igualmente identificado, através de carimbo ou inscrição manual

(por exemplo, “Consultório - Particular”, “Domicílio”, etc.);

Especialidade médica, se aplicável, contacto telefónico e, quando existe, endereço de correio

eletrónico;

Nome e número de utente, completos e legíveis e, sempre que aplicável, o número de beneficiário

(ver 2.5.5.);

Entidade financeira responsável (ver 2.5.6.) tendo em conta as especificidades do utente (ver 2.5.5.);

Regime especial de comparticipação de medicamentos, representado pelas siglas «R» e ou «O», se

aplicável (2.5.7.);

Identificação do medicamento (ver 2.5.9.);

Justificação técnica (ver 2.5.9.), se aplicável;

Identificação do despacho que estabelece o regime especial de comparticipação de medicamentos,

se aplicável (ver 2.5.11 e 2.6.1.1);

Data da prescrição;

Assinatura manuscrita do prescritor.

Realçam-se os seguintes aspetos:

As receitas não podem conter rasuras, caligrafias diferentes e não podem ser prescritas com canetas

diferentes ou a lápis, sendo motivos para a não comparticipação das receitas;

Não é permitida mais do que uma via da receita manual, ou seja, a receita renovável não pode ser

emitida por via manual;

A receita manual tem uma validade de 30 dias seguidos contados a partir da data inscrita na receita;

O número de embalagens prescritas deve constar em cardinal e por extenso;

Se, na prescrição manual, para identificação dos dados do utente, forem utilizadas etiquetas

autocolantes pré-impressas; estas não deverão ocultar quaisquer outros campos da prescrição que

se considerem de preenchimento e validação obrigatórios, sob pena de a receita não ser considerada

válida para reembolso da comparticipação;

Todos os campos de preenchimento previstos nas receitas pré-impressas deverão estar correta e

totalmente preenchidos; como exemplo: o facto de assinalada a exceção legal c) “Prescrição no

Domicílio” para a prescrição manual, não invalida a obrigatoriedade de a identificação do local de

prescrição estar identificado com a menção, por exemplo, da expressão “domicílio”;

As receitas pré-impressas têm numeração única, pelo que não podem ser reproduzidas por fotocópia,

mesmo que corretamente preenchidas e validadas pelo prescritor. Deverá estar acautelado o

atempado aprovisionamento das mesmas;

18

Rasuras: Qualquer das seguintes situações são consideradas rasuras e inviabilizam a comparticipação

da receita:

Rasura sobre a data de prescrição sem rubrica;

Rasura sobre o nº de embalagens e/ou dimensão de embalagens e/ou dosagem e/ou nome

do medicamento sem rubrica;

Vinheta do prescritor sobreposta.

2.6.3. Prescrição Eletrónica

A prescrição de medicamentos, incluindo medicamentos manipulados e medicamentos contendo

estupefacientes e psicotrópicos, tem de ser efetuada por meios eletrónicos, através da utilização de

soluções ou equipamentos informáticos reconhecidos pela SPMS e pela Saudaçor, S.A., estando

prescrição manual autorizada apenas para os casos excecionais anteriormente identificados.

A prescrição eletrónica poderá apresentar as seguintes formas:

Prescrição eletrónica desmaterializada – a prescrição é acessível e interpretável por

equipamentos eletrónicos, ou seja, no momento de prescrição, os softwares têm de validar e

registar a receita de medicamentos no sistema central de prescrições;

Esta forma de prescrição, também designada Receita Sem Papel (RSP), estará brevemente

disponível na RAA, pelo que será abordada no ponto 2.6.3.2..

Prescrição eletrónica materializada – a prescrição é impressa. Esta pode ocorrer:

Em modo online, ou seja, no momento de prescrição, os softwares têm de validar e registar a

receita de medicamentos no sistema central de prescrições (também denominado de BDNP –

Base de Dados Nacional de Prescrições), antes da sua emissão em papel;

Em modo offline é permitido que o software funcione em modo offline, ou seja, que registe a

informação da prescrição na BDNP posteriormente à sua emissão em papel. Nesta situação,

as receitas são emitidas com uma numeração local, atribuída pelo software de prescrição.

Apenas as prescrições eletrónicas desmaterializadas e as prescrições eletrónicas materializadas online

ficam visíveis para as farmácias através da BDNP, pelo que são passíveis de ser dispensadas

eletronicamente. As prescrições materializadas offline e as prescrições manuais não são passíveis de

dispensa eletrónica.

Para além da informação identificada nos pontos 2.5.1. a 2.5.14. e 2.6.1., estas prescrições apresentam

guia de tratamento. A guia de tratamento é um documento pessoal e intransmissível, pelo que a farmácia

não a deve aceitar ou, caso aceite para facilitar o processo de dispensa, deve devolvê-la no final.

Nota: As impressoras utilizadas para a impressão de receitas materializadas ou guias de tratamento (no caso da RSP) devem garantir uma impressão com qualidade, onde todos os elementos da receita estejam perfeitamente visíveis.

19

Para além do descrito de 2.5.1 a 2.5.14., presentam ainda as seguintes especificidades:

2.6.3.1. Prescrição eletrónica materializada

a) Via da receita

As prescrições eletrónicas materializadas podem ser renováveis, desde que contenham

medicamentos destinados a tratamentos de longa duração. Estas prescrições podem ter até 3

vias, devendo ser inscrita a menção da via respetiva: 1.ª via, 2.ª via, 3.ª via;

Cada via da receita materializada tem um número de receita único, de acordo com as regras para

a atribuição do número da receita.

b) Assinatura do médico prescritor

A assinatura do médico prescritor é obrigatória e manuscrita.

c) Guia de tratamento

A guia de tratamento contém a seguinte informação:

Número da receita, em numeração e código de barras;

Informação relativa ao prescritor e local de prescrição, incluindo nome e contacto telefónico;

Data de Prescrição;

Informação relativa ao utente – Nome;

Código de Acesso e Dispensa - código pessoal, a utilizar pelo utente no momento de dispensa na

farmácia, para autorização do acesso à sua receita e validação da dispensa dos medicamentos;

Código do Direito de Opção - código pessoal, a utilizar pelo utente no momento de dispensa,

quando exerce o direito de opção por linha de prescrição/ medicamento;

Informação relativa a cada medicamento prescrito:

DCI/nome do medicamento, dosagem, forma farmacêutica e tamanho de embalagem,

justificação técnica se aplicável;

Posologia;

Informação sobre os encargos do utente;

Diploma de comparticipação especial, caso aplicável.

Informação sobre os encargos do utente, de acordo com as condições de prescrição realizadas,

e no caso de a comparticipação estar a cargo do SRS. Também inclui outros subsistemas públicos

como ADSE, SAD-GNR, SAD-PSP e IASFA:

“Esta prescrição custa-lhe, no máximo € nn,nn, a não ser que opte por um

medicamento mais caro” quando a prescrição é realizada por denominação comum

internacional;

“Este medicamento custa-lhe, no máximo, € nn,nn, podendo optar por um mais barato”

quando a prescrição é realizada ao abrigo da alínea c) do n.º 3 do artigo 6.º da Portaria

n.º 128/2015 de 5 de Outubro de 2015;

“Este medicamento custa-lhe, no máximo, € nn,nn” nas restantes prescrições.

20

d) Não devem conter rasuras

Qualquer inscrição manuscrita ou etiquetas adicionadas, na frente de receitas com prescrição

informatizada são consideradas rasuras.

Não são consideradas rasuras as situações que se encontrem rubricadas pelo prescritor ou que não

inviabilizem a dispensa (ver especificidades regionais).

Diploma adicionado manualmente em receita informatizada desde que rubricado pelo médico.

Diplomas regionais têm que, até à data, ser inscritos manualmente na receita, ou utilizando o

campo da posologia, para inscrevê-lo.

e) Impressão da prescrição

As prescrições eletrónicas materializadas são as únicas que podem ser impressas;

As prescrições não podem ser fotocopiadas, nem podem ser produzidas cópias;

Os modelos da receita médica emitidos por meios eletrónicos e impressos em papel branco são

os aprovados pelo Despacho n.º 1465/2016 de 15 de Julho de 2016, na sua redação atual;

Estas prescrições têm de conter a assinatura autógrafa do prescritor.

2.6.3.2. Prescrição eletrónica desmaterializada

A Receita eletrónica desmaterializada ou Receita Sem Papel (RSP) entrará brevemente em vigor na

RAA, de acordo com a Portaria n.º 128/2015 de 5 de outubro de 2015 e do Despacho n.º 1465/2016

de 15 de julho de 2016.

Para que o prescritor consiga emitir receitas eletrónicas desmaterializadas (RSP), será necessário:

Ter acesso a um software de prescrição que esteja preparado para a receita sem papel- os

softwares de prescrição, de acordo com a lei, têm 90 dias, após publicação das Normas de

Softwares de Prescrição pela Saudaçor, S.A., já disponíveis no sítio desta entidade, para se

adaptarem;

Adicionalmente deverá dispor de um leitor de cartões e de um de dois meios de autenticação:

Ou um cartão de cidadão, com a assinatura digital qualificada ativada e saber o

respetivo pin de assinatura;

Ou o novo cartão da Ordem dos Médicos.

Para além da informação identificada nos pontos 2.5.1. a 2.5.14., este tipo de prescrição apresenta

as seguintes especificidades:

a) A prescrição é acessível e interpretável por equipamentos eletrónicos, ou seja, no momento de

prescrição, os softwares têm de validar e registar a receita de medicamentos no sistema central

de prescrições, sendo que estas prescrições são passíveis de ser dispensadas eletronicamente.

b) Este tipo de prescrição é também aplicável a outros produtos, com ou sem comparticipação,

nomeadamente dispositivos médicos, géneros alimentícios destinados a uma alimentação

especial (produtos dietéticos), fraldas, sacos de ostomia e outros.

c) Número da receita: Número único que é atribuído pela BDNP.

d) Tipo de Linhas de receita:

21

O prescritor deve selecionar o tipo de linha de prescrição, para que seja possível a aplicação das

regras diferentes (quer na prescrição, dispensa ou conferência) consoante as situações. Existem

os seguintes tipos:

LN - Linha de prescrição de medicamentos;

LE - Linha de prescrição de psicotrópicos e estupefacientes sujeitos a controlo;

LMM - Linha de prescrição de medicamentos manipulados;

LMA - Linha de prescrição de medicamentos alergénios destinados a um doente específico;

LMDT - Linha de prescrição de produtos dietéticos;

LMDB - Linha de prescrição de produtos para autocontrolo da diabetes mellitus;

LCE - Linha de prescrição de câmaras expansoras;

LOUT - Linha de prescrição de outros produtos.

e) Linhas de Prescrição

Cada linha de prescrição corresponde a um Código Nacional para a Prescrição Eletrónica de

Medicamentos (CNPEM), ou um número de registo de um medicamento ou outro código

oficial identificador do produto prescrito;

Número de linha- A linha é identificada univocamente e constituída pelo número de ordem da

linha de prescrição;

Validade da linha de prescrição: na mesma prescrição podem encontrar-se linhas com

diferentes validades.

f) Validade da prescrição

Linha de receita normal – válida pelo prazo de 30 dias seguidos, contados a partir da data da

sua emissão;

Linha de receita contendo medicamentos de tratamento prolongado – cada linha tem uma

validade de seis meses, contada a partir da data de emissão.

g) Número de embalagens e validade da prescrição

Cada linha de prescrição apenas contém um medicamento até ao máximo de:

2 Embalagens, no caso de medicamentos destinados a tratamentos de curta ou média

duração, com uma validade de 30 dias seguidos, contada a partir da data da sua emissão;

6 Embalagens, no caso de medicamentos destinados a tratamentos de longa duração4 com

uma validade de 6 meses, contada a partir da data da sua emissão.

No caso dos medicamentos prescritos se apresentarem sob a forma de embalagem unitária

podem ser prescritas até 4 embalagens do mesmo medicamento.

h) Emissão de códigos

São emitidos dois códigos, impressos no Guia de Tratamento, a utilizar, pelo utente, no processo

de dispensa eletrónica pela farmácia.

i) Guia de tratamento

Além dos códigos mencionados, a guia contém um código matricial por cada medicamento

prescrito que permite à farmácia ler a prescrição em caso de falência do sistema informático;

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Informação relativa a cada medicamento prescrito:

DCI/nome do medicamento, dosagem, forma farmacêutica e tamanho de embalagem;

Posologia;

Data de validade;

Diploma de comparticipação especial, caso aplicável;

Informação sobre os encargos do utente.

A guia de tratamento é imprescindível para a aquisição dos medicamentos, pelo que tem de ser

sempre fornecida ao doente, através de:

Impressão sempre que o utente o solicite ou, nos casos em que o prescritor, o considere

adequado, face à realidade do seu utente (ver exemplo do regime do Compamid);

Envio por correio eletrónico ou SMS, se for essa a opção do utente.

j) Assinatura do médico prescritor

Nas prescrições desmaterializadas, após proceder à sua autenticação forte, o prescritor deve

assinar a receita com uma assinatura digital qualificada, por meios reconhecidos pela SPMS.

k) Diplomas regionais

Caso haja necessidade de incluir diploma regional na receita, não será possível, numa primeira

fase, a prescrição desmaterializada (RSP); A prescrição eletrónica terá que, nestes casos, ser

obrigatoriamente materializada e offline nos termos das regras em vigor na RAA para os

softwares de prescrição que venham a ser certificados (ver 2.6.1.1.).

l) Entidades financeiras públicas

Caso a prescrição se destine a um utente que seja beneficiário de um sub-sistema de saúde público,

designadamente:

ADSE; IASFA; SAD GNR; SAD PSP; INCM.

Não será possível numa primeira fase a prescrição eletrónica desmaterializada (RSP), implicando a

obrigatoriedade de emissão em modo online e a materialização da receita nos termos das regras em vigor

na RAA para os softwares de prescrição que venham a ser certificados.

2.6.4. Erros de validação

Sempre que na emissão da receita, os serviços centrais de prescrição identifiquem incoerências, o

software informa o prescritor para permitir a modificação da prescrição e, assim, prosseguir com o registo

da mesma na BDNP.

2.6.5. Anulação de receitas

O prescritor pode anular receitas emitidas, dando conhecimento desta ação ao utente, nas seguintes

condições cumulativas:

As suas próprias prescrições;

23

Prescrições que ainda não tenham sido anuladas;

Prescrições com data inferior a 30 dias;

Prescrições que ainda não tenham sido dispensadas.

A anulação de uma receita renovável, de acordo com o motivo de anulação, obriga à anulação eletrónica

de todas as vias da receita emitidas pelo software, de acordo com a seguinte lista:

Código Descrição Anulação de receita renovável

1 Erro na identificação do utente Total

2 Erro no nome do medicamento Total

3 Erro no número de embalagens Total

4 Alerta apercebido pelo prescritor ou pelo utente Total

5 Necessidade de acrescentar portaria Total

6 Data de validade da receita caducada Parcial

7 Medicamento não disponível na farmácia Parcial

8 Erro na impressão da receita Parcial

9 Utente não levantou a prescrição Parcial

Nota: Parcial – anulação de uma ou mais vias, isoladamente; Total – anulação de todas as vias da receita; A anulação parcial não se aplica à receita desmaterializada.

2.6.6. Prescrição de estupefacientes e psicotrópicos

Os medicamentos que contêm substâncias ativas classificadas como estupefacientes ou psicotrópicos

(contidas nas tabelas I e II do Decreto-Lei n.º 15/93, de 22 de janeiro, e n.º 1 do artigo 86.º do Decreto-

Regulamentar n.º 61/94, de 12 de outubro) seguem as mesmas regras dos restantes medicamentos

(referidas em 2.5.9.).

No caso de prescrição eletrónica materializada ou manual, estes medicamentos têm de ser

prescritos isoladamente, ou seja, a receita médica não pode conter outros medicamentos;

A prescrição eletrónica materializada deve identificar que é do tipo RE – prescrição de

psicotrópicos e estupefacientes sujeitos a controlo;

A linha da prescrição desmaterializada deve identificar que é do tipo LE – linha de prescrição de

psicotrópicos e estupefacientes sujeitos a controlo.

2.6.7. Prescrição de medicamentos manipulados

Os medicamentos manipulados comparticipados são os constantes no Anexo do Despacho n.º

18694/2010, 18 de novembro;

A prescrição pode ser feita em campo de texto livre;

No caso de prescrição eletrónica materializada ou manual, estes medicamentos têm de ser

prescritos isoladamente, ou seja, a receita médica não pode conter outros

medicamentos/produtos;

Estes medicamentos não podem ser prescritos em receita renovável;

A prescrição eletrónica materializada deve identificar que é do tipo MM – receita de

medicamentos manipulados;

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A linha da prescrição desmaterializada deve identificar que é do tipo LMM - Linha de prescrição

de medicamentos manipulados;

A prescrição tem uma validade de 30 dias seguidos, contada a partir da data da sua emissão;

Cada linha de prescrição apenas pode conter um medicamento manipulado;

Em cada prescrição eletrónica materializada ou manual podem ser prescritos até 4

medicamentos manipulados distintos.

2.6.8. Prescrição de medicamentos alergénios destinados a um doente

específico

Os medicamentos alergénios destinados a um doente específico constam do sítio do Infarmed;

No caso de prescrição eletrónica materializada ou manual, estes medicamentos têm de ser

prescritos isoladamente, ou seja, a receita médica não pode conter outros medicamentos;

A prescrição eletrónica materializada deve identificar que é do tipo MA – receita de

medicamentos alergénios destinados a um doente específico, bem como indicar se é

“tratamento de iniciação” ou “tratamento de manutenção”;

A linha da prescrição desmaterializada deve identificar que é do tipo LMA - Linha de prescrição

de medicamentos alergénios destinados a um doente específico;

A prescrição tem uma validade de 30 dias seguidos, contada a partir da data da sua emissão;

Na prescrição eletrónica desmaterializada cada linha de prescrição apenas pode conter um

medicamento alergénio destinado a um doente específico;

Em cada prescrição eletrónica materializada ou manual podem ser prescritos até 4

medicamentos alergénios distintos.

2.6.9. Prescrição de produtos dietéticos com caráter terapêutico

Os produtos dietéticos comparticipados constam na lista disponível no sítio da Direção-Geral da

Saúde e seguem as mesmas regras dos medicamentos no que diz respeito ao número de

embalagens e validade da prescrição;

A prescrição pode ser feita em campo de texto livre;

Estes produtos não podem ser prescritos em receita renovável;

No caso de prescrição eletrónica materializada ou manual, estes produtos têm de ser prescritos

isoladamente, ou seja, a receita médica não pode conter outros medicamentos/produtos;

A prescrição eletrónica materializada deve identificar que é do tipo MDT – prescrição de produtos

dietéticos;

A linha da prescrição desmaterializada deve identificar que é do tipo LMDT - Linha de prescrição

de produtos dietéticos.

2.6.10. Prescrição de produtos destinados ao autocontrolo da diabetes mellitus

Os produtos destinados ao autocontrolo da diabetes mellitus comparticipados constam da

listagem fornecida pelo Infarmed e seguem as mesmas regras dos medicamentos no que diz

respeito ao número de embalagens e validade da prescrição;

25

Estes produtos podem ser prescritos em receita renovável;

No caso de prescrição eletrónica materializada ou manual, estes produtos têm de ser prescritos

isoladamente, ou seja, a receita médica não pode conter outros medicamentos/produtos;

A prescrição eletrónica materializada deve identificar que é do tipo MDB – receita de produtos

para autocontrolo da diabetes mellitus;

A linha da prescrição desmaterializada deve identificar que é do tipo LMDB - Linha de

prescrição de produtos para autocontrolo da diabetes mellitus.

2.6.11. Prescrição de câmaras expansoras

As câmaras expansoras comparticipadas constam da listagem fornecida pelo Infarmed;

Apenas é comparticipada uma câmara expansora por utente e por ano, contado a partir da data

da dispensa;

Estes produtos não podem ser prescritos em receita renovável ou em receita manual;

No caso de prescrição eletrónica materializada, estes produtos têm de ser prescritos

isoladamente, ou seja, a receita médica não pode conter outros medicamentos/produtos e deve

identificar que é do tipo CE – prescrição de câmaras expansoras;

A linha da prescrição desmaterializada deve identificar que é do tipo LCE – linha de prescrição de

câmaras expansoras;

A prescrição destes produtos tem de incluir o tipo de câmara expansora (previsto no anexo I da

Portaria n.º 246/2015, de 14 de agosto), podendo também incluir a denominação comercial por

marca e, se aplicável, o modelo;

Mesmo que a prescrição seja feita mediante a indicação da marca e/ou modelo, é

permitido ao utente optar por uma câmara expansora do mesmo tipo.

2.6.12. Prescrição de outros produtos

A prescrição pode ser feita em campo de texto livre;

Estes produtos não podem ser prescritos em receita renovável;

No caso de prescrição eletrónica materializada ou manual, estes produtos têm de ser prescritos

isoladamente, ou seja, a receita médica não pode conter outros medicamentos/produtos;

A prescrição eletrónica materializada deve identificar que é do tipo OUT – Receita de outros

produtos;

A linha da prescrição desmaterializada deve identificar que é do tipo LOUT - Linha de prescrição

de outros produtos.

2.7. Contactos Úteis

SAUDAÇOR- Sociedade Gestora de Recursos e Equipamentos da Saúde dos Açores, S.A.; sítio:

www.saudacor.pt;

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INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P.; sítio:

www.infarmed.pt;

SPMS- Serviços Partilhados do Ministério da Saúde; sítio: http://spms.min-saude.pt;