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Os guichs eletrnicos nicos comoferramentas de facilitao do comrcio
Mdulo 1. Guichs nicos:
Introduo, conceitos e modelos
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Os Guichs Eletrnico nicos Como Ferramentas de Facilitao do Comrcio, Edio 2 Mdulo. 1
Este documento propriedade intelectual do Banco Interamericanode Desenvolvimento (BID). Qualquer reproduo parcial ou total
deste documento deve ser informada a:[email protected] opinies includas nos contedos correspondem a seus autorese no refletem necessariamente a opinio do BancoInteramericano de Desenvolvimento.
Os presentes materiais foram revisados luz das decisesministeriais tomadas no marco da Nona Conferncia Ministerial daOrganizao Mundial do Comrcio celebrada em Bali, Indonsia,em dezembro de 2013. Os ajustes foram realizados com afinalidade de refletir um maior alinhamento entre a temtica docurso e as prioridades identificadas na Declarao Ministerial edecises de Bali, em que participaram todos os membros do BID.
Declarao de Bali
Autor do curso:Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) (www.iadb.org), atravs de seuSetor de Integrao e Comrcio (INT)
Coordenador do curso:Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) (www.iadb.org), atravs de seuSetor de Integrao e Comrcio, o Instituto para a Integrao da Amrica Latina e oCaribe (www.iadb.org/es/intal), o Instituto Interamericano para oDesenvolvimento Econmico e Social (INDES) (www.indes.org), a OrganizaoMundial de Aduanas (OMA)(www.wcoomd.org)e a Secretaria Geral do Sistema daIntegrao Centroamericana (SG-SICA)(http://www.sica.int/)
Autor do Mdulo:
Carolina Navarro Correcher, Chefe de Projetos da rea de Inovao eDesenvolvimento da Fundao Valenciaport.
Coordenao pedaggica e de edio:OInstituto Interamericano para o Desenvolvimento Econmico e Social (INDES)(www.indes.org),em colaborao com aFundao Centro de Educao a Distnciapara o Desenvolvimento Econmico e Tecnolgico (CEDDET) (www.ceddet.org)
2 Edio2015
mailto:[email protected]:[email protected]://mc9.wto.org/es/proyecto-de-declaraci%C3%B3n-ministerial-de-balihttps://mc9.wto.org/es/proyecto-de-declaraci%C3%B3n-ministerial-de-balihttp://www.iadb.org/http://www.iadb.org/http://www.iadb.org/http://www.iadb.org/http://www.iadb.org/http://www.iadb.org/http://www.iadb.org/es/intalhttp://www.iadb.org/es/intalhttp://www.iadb.org/es/intalhttp://www.indes.org/http://www.indes.org/http://www.indes.org/http://www.wcoomd.org/http://www.wcoomd.org/http://www.wcoomd.org/http://www.sica.int/http://www.sica.int/http://www.sica.int/http://www.indes.org/http://www.indes.org/http://www.indes.org/http://www.ceddet.org/http://www.ceddet.org/http://www.ceddet.org/http://www.indes.org/http://www.sica.int/http://www.wcoomd.org/http://www.indes.org/http://www.iadb.org/es/intalhttp://www.iadb.org/http://www.iadb.org/https://mc9.wto.org/es/proyecto-de-declaraci%C3%B3n-ministerial-de-balimailto:[email protected] -
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Os Guichs Eletrnico nicos Como Ferramentas de Facilitao do Comrcio, Edio 2 Mdulo. 1
ndice
ndice ....................................................................................... 3
Glossrio ................................................................................... 5
ndice de grficos ....................................................................... 6
ndice de figuras ........................................................................ 6
Apresentao ............................................................................. 7
Objetivo do Mdulo ..................................................................... 9
Perguntas orientadoras da aprendizagem ...................................... 9
Unidade I. Conceito de Guich nico e o sistema de Guichs nicos 11
Objetivos de aprendizagem ..................................................... 11
I.1. Definio de Guich nico ................................................. 11
I.1.1. Guich nico como instalao inteligente ....................... 20
I.1.2. Guich nico como empresa virtual ............................... 22
I.2. Sistema de Guichs nicos ................................................ 26
I.2.1. Port Community Systems ............................................. 30
I.2.2. O Acordo sobre Facilitao do Comrcio da OMC e os
servios de Guich nico ...................................................... 35
Resumo da Unidade .................................................................. 37
Unidade II. Modelos de Guich nico e principais benefcios de sua
implementao......................................................................... 40
Objetivos de aprendizagem ..................................................... 40
II.1. Tipologias e Modelos de Guichs nicos ............................. 40
II.2. Modelos de Guichs nicos ............................................... 41
II.2.1. Modelo 1 GU: Modelo de Autoridade nica .................... 41
II.2.2. Modelo 2 GU: Sistema nico Automatizado ................... 42
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II.2.3. Modelo 3 GU: Sistema de Informao Automatizado
Transacional ........................................................................ 44
II.2.4. Agncia Lder para o estabelecimento de um sistema deGuich nico ...................................................................... 46
II.3. Principais Benefcios ........................................................ 48
III.3.1. Benefcios para o Governo ......................................... 48
III.3.2. Benefcios para o comrcio ......................................... 50
Resumo da Unidade .................................................................. 52
Unidade III. Passos para a implementao de Guichs nicos e
fatores-chave de sucesso. ......................................................... 54
Objetivos de aprendizagem ..................................................... 54
III.1. Passos para a implementao de Guichs nicos ............... 54
III.2. Fatores-chaves de sucesso para o estabelecimento de Guichs
nicos .................................................................................. 58
Resumo da Unidade .................................................................. 65
Bibliografia .............................................................................. 67
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Glossrio
EPCSA:European Port Community System Association
B2B:Business-to-Business
B2G:Business-to-Government
CS:Community System
CCS:Cargo Community System
Integrated System:Sistema centralizado
Interfaced System:Sistema distribudo
UN/CEFACT:United Nations Centre for Trade Facilitation and
Electronic Business
G2G:Government-to-Government
GU:Guich nico
GUCE:Guichs nicos de Comrcio Exterior
OMA:Organizao Mundial de Aduanas
PCS:Port Community System
PUCE:Portais nicos de Comrcio Exterior
TI:Tecnologias da Informao
TIC:Tecnologias da Informao e Comunicao
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ndice de grficos
Grfico n1. Guich nico como empresa virtual.
Grfico n2. Fases do sistema de Guich nico.
Grfico N3. Viso esquemtica sobre a combinao de PCS
com servios de Guich nico
Grfico n4. Modelo de autoridade nica.
Grfico n5. Modelo centralizado de Guich nico.
Grfico n6. Modelo distribudo de Guich nico.
Grfico n7. Modelo misto de Guich nico.
Grfico n8. Modelo transacional de Guich nico.
Grfico n9. Benefcios de Guich nico para o governo.
Grfico n10. Passos na Implementao de Guichs nicos.
Grfico n11. Fatores-chave para o estabelecimento de Guichs
nicos.
ndice de figuras
Figura 2.1. Os benefcios para os agentes vinculados ao comrcio.
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Apresentao
O comrcio internacional requer um grande volume de informaoe de documentos para cumprir os trmites regulatrios que as
autoridades governamentais exigem nos processos de importao,
exportao e trnsito. Alm disso, normalmente, cada um destes
documentos deve ser apresentado a diferentes agncias, cada
uma com seus prprios sistemas (sejam manuais ou
automticos) e com seus prprios modelos e formulrios.Estes
trmites, junto com os custos associados ao seu cumprimento
representam uma sria barreira para o desenvolvimento do comrcio
internacional tanto para as empresas quanto para o governo.
Uma forma de solucionar estes problemas se encontra na
criao de um sistema de Guichs nicos1, mediante o qual a
informao associada ao comrcio e ao transporte somente necessita
ser apresentada em um nico ponto de entrada para serposteriormente distribuda a todos os organismos pblicos
pertinentes para ser processada (aduanas, organismos
regulatrios das operaes de comrcio exterior, corpos de
segurana, autoridades porturias etc.). Esta possibilidade permite
melhorar a disponibilidade e tornar a gesto da informao mais
confivel, acelerar e simplificar os trmites documentais
necessrios para o comrcio e harmonizar e compartilhar ainformao entre diferentes organismos competentes.
1No Brasil adotou-se a denominao Portal nico de Comrcio Exterior (PUCE)para o programa de Guich nico. O PUCE uma iniciativa de reformulao dosprocessos de importao, exportao e trnsito aduaneiro. Maiores informaes
em: http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-unico-de-comercio-exterior.
http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-unico-de-comercio-exteriorhttp://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-unico-de-comercio-exteriorhttp://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-unico-de-comercio-exteriorhttp://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-unico-de-comercio-exteriorhttp://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-unico-de-comercio-exterior -
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Ao mesmo tempo, o uso de Guichs nicos permite melhorar a
eficincia e o controle por parte dos organismos oficiais redundando
em uma economia de custos, tanto para o comrcio quanto para o
governo, mediante uma melhor utilizao dos recursos disponveis
(por exemplo, atravs de um maior controle das taxas que devem ser
pagas, ou de uma reduo do tempo necessrio em cumprir os
trmites administrativos, etc.).
Para abordar o assunto, este Mdulo compreende trs Unidades de
aprendizagem: Unidade 1.Conceito de Guich nico e o sistema de
Guichs nicos. Unidade 2. Modelos de Guichs nicos e principaisbenefcios de sua implementao e a Unidade 3. Passos para a
implementao de Guichs nicos e fatores-chave de sucesso. Cada
uma destas Unidades est integrada por sua vez por uma srie de
atividades orientadas a facilitar e motivar a aprendizagem atravs de
uma metodologia ativa de trabalho individual e de trabalho em
equipe, que facilitada atravs da plataforma virtual do INDES.
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Objetivo do Mdulo
Abordar os conceitos bsicos referentes aos Guichs nicos comoinstrumentos de facilitao do comrcio internacional, modelos de
Guichs nicos, principais benefcios de implementao do sistema,
tanto para os governos quanto para os agentes privados vinculados
ao comrcio, os passos e fatores-chave de sucesso para sua
implantao.
Perguntas orientadoras da aprendizagem
O que se entende por Guich nico e quais so as tipologias e
modelos mais conhecidos?
Deveria existir somente um Guich nico?
Quais so algumas razes que motivam a implementao de
Guichs nicos? E de quem deve partir a ideia de criao de um
Guich nico?
Qual deve ser o processo a ser seguido na implementao de
Guichs nicos a fim de garantir o sucesso na implementao do
sistema?
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Mdulo 1.Os Guichs nicos:Introduo, conceito emodelos
Unidade 1. Conceito deGuich nico e o sistemade Guichs nicos.
Unidade 2. Modelos deGuichs nicos eprincipais benefcios desua implementao
Unidade 3. Passos para aimplementao deGuichs nicos efatores-chave desucesso
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Unidade I. Conceito de Guich nico e sistema de Guichs
nicos
Objetivos de aprendizagem
Compreender o conceito de Guich nico a partir das definies
tericas que se apresentam nesta primeira unidade para dotar o
aluno de uma viso geral de tal conceito.
Conhecer quais so as definies de um sistema de Guichs nicos
para identificar quais so as principais caractersticas destes
sistemas a partir da reviso das definies realizadas pelos
diferentes organismos internacionais relacionados com o comrcio
exterior.
I.1. Definio de Guich nico
O Guich nico um termo que foi amplamente utilizado nos ltimos
anos e dedicou-se um grande esforo para definir os conceitos
associados. A realidade que o Guich nico desafia os modelos
tradicionais que foram utilizados para o controle do movimento demercadorias e dos meios de transporte.
Para maior compreenso do que um Guich nico, vamos recuperar
as definies deste conceito realizadas tanto pelo Centro de
Facilitao de Comrcio e Comrcio Eletrnico das Naes Unidas
(UN/CEFACT) em suaRecomendao e guia para o estabelecimento
de um Guich nico para a melhoria do intercmbio de informao
entre o comrcio e o governo (Recomendao n 33, 2005), quanto
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pela Organizao Mundial de Aduanas (OMA) em seu Compndio
sobre Guich nico (2011).
Ambos os organismos internacionais trazem definies erecomendaes complementares da partir de diferentes pontos de
vista, o primeiro mais tcnico e o segundo mais organizativo e
metodolgico.
Recomendao n33, 2005
Em sua Recomendao n33, o Centro das Naes Unidas para aFacilitao do Comrcio e dos Negcios Eletrnicos (UN/CEFACT),sendo consciente de que o estabelecimento de Guichs nicos podecontribuir com a harmonizao e simplificao dos intercmbios deinformao entre os diferentes agentes do comrcio e os governos, econsiderando os benefcios reais que isto pode significar tanto para osprprios governos quanto para o comrcio, recomenda que osgovernos e os agentes envolvidos no comrcio internacional e omovimento de mercadorias considerem a possibilidade e, se for o caso,procedam ao estabelecimento de solues de Guich nico em seuspases, mediante a colaborao e o esforo conjunto de todas as
autoridades governamentais envolvidas, bem como da parte privada.Para isso, juntamente com a Recomendao, o UN/CEFACT inclui umGuia para o estabelecimento de um Guich nico para melhoraro intercmbio eficiente de informao entre o comrcio e osgovernosque considerado um dos documentos bsicos de refernciapara a realizao de projetos de Guich nico. O UN/CEFACT definiuposteriormente outras Recomendaes que descrevem ferramentas emetodologias que permitem desenvolver este conceito a partir de outrasperspectivas tais como a recomendao 35 sobre como estabelecer omarco legal para um Guich nico no comrcio internacional
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Segundo a definio dada pelo UN/CEFACT umGuich nico:
Em outras palavras, o objetivo de um Guich nico agilizar e
simplificar os fluxos de informao entre os agentes vinculados
ao comrcio e os Governos de maneira que todos os envolvidos se
beneficiem nos processos entre fronteiras evitando a apresentao
repetitiva de dados.
A definio oferecida pelo UN/CEFACT est mais orientada
transmisso de informao padronizada e aplicao de tecnologias
da informao e comunicaes por serem estas umas das principais
reas de conhecimento deste organismo internacional. Na
Recomendao n33 a colaborao entre a Aduana e outros
organismos regulatrios e de controle se explica em termos de fluxos
de informao entre as diferentes partes envolvidas no comrcio e o
transporte, onde a informao e os documentos devem ser
apresentados em um nico ponto de entrada.
uma ferramenta que permite, s partes envolvidas no comrcio etransporte, apresentar informao e documentos padronizadosatravs de um nico ponto de entrada com o objetivo de realizartodos os trmites relacionados com as operaes de exportao,importao e trnsito e, na qual, a informao deveria serapresentada uma s vez (preferivelmente em formato eletrnico)
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Esta recomendao e guia considerada como base da temtica de
Guich nico e deu lugar a numerosos seminrios, oficinas e
discusses que permitiram aprofundar nas implicaes e
possibilidades deste conceito no comrcio exterior e no transporte.
O UN/CEFACT definiu posteriormente outras Recomendaes que
descrevem ferramentas e metodologias que permitem desenvolver
este conceito a partir de outras perspectivas tais como a
recomendao 35 sobre como estabelecer o marco legal para um
Guich nico no comrcio internacional. No entanto, no se deve
confundir um Guich nico com um sistema de informao, pois esteconceito vai muito alm disso. Na definio oferecida pela OMA,
prefere utilizar-se o termo Sistema de Guich nico, no qual se
sugere o Guich nico como:
Uma filosofia de governana na qual as estruturas tradicionais degoverno se transformam para servir melhor s necessidades dos
cidados, dos negcios e da economia. Sob o conceito de Guich nicoos procedimentos estabelecidos pelas diferentes agncias de governopassam a transformar-se em servios integrais e integrveis oferecidospelo governo derivando-se em uma maior simplificao dos trmitesque sero desenvolvidos de uma forma mais eficiente e coordenada comuma diminuio substancial dos custos de cumprimento das regulaes.O processo de criao de um sistema de Guich nico se baseia emuma transformao interativa que deve envolver diferentes iniciativas,algumas delas novas, mas outras j consolidadas ou em curso e quedevem ser apropriadamente integradas neste sistema atravs de umrigoroso trabalho de reengenharia.
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Em um Sistema de Guich nico, esta transformao das estruturas
de governo para uma maior simplificao, facilitao, controle e
transparncia o resultado de um processo interativo que integra
diferentes iniciativas orientadas a este fim e que do lugar a distintas
verses e distintos nveis de maturidade de Guichs nicos.
O conceito de Guich nico no um conceito exclusivo das
operaes de comrcio exterior. Este conceito encontrado tambm
em outras reas de governo como pode ser o caso de um Guich
nico para a criao de novas empresas, para centralizar os trmites
de mudana de domiclio, a obteno de uma carteira de motorista,etc. Neste ponto poderamos nos questionar se somente pode existir
um Guich nico ou podem existir vrios Guichs nicos para a
gesto do comrcio e transporte internacional. Este aspecto foi
tratado no captulo introdutrio do Compndio de Guich nico
publicado pela OMA.
No comrcio exterior existem diferentes organismos governamentais
envolvidos neste tipo de operaes tais como a aduana, os
organismos de inspeo sanitrios, fitossanitrios, zoosanitrios, de
controle de medicamentos e de normas de aplicao a diferentes
produtos, de proteo em fronteiras e de gesto de infraestruturas
pblicas.
Tradicionalmente estes diferentes rgos no estabeleceram canais
para compartilhar informao entre eles, o que faz com que osoperadores de comrcio tenham que proporcionar a mesma
informao a cada um destes organismos e que as inspees e o
controle de cada um deles sejam realizados de forma no-coordenada
e potencialmente com informao discordante.
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Esta situao no nada desejvel nem para os operadores do
comrcio nem para a administrao ao possibilitar grandes
ineficincias e uma menor capacidade de identificar riscos que
possam existir ao utilizar-se informao parcial recebida em cada
agncia em lugar de uma informao global que foi recebida pelo
conjunto do governo.
Como ilustrao deste tipo de circunstncias pode estar a
discordncia de informaes que poderia acontecer entre as
autoridades sanitrias e as aduaneiras relativas origem de um
produto alimentcio, para evitar inspees ou proibies de introduode produtos no pas de destino, ou a discordncia entre a quantidade
de mercadoria que foi descarregada em um porto e a que foi
declarada em importao para evitar o pagamento de taxas ou
tributos. Com a aplicao do conceito de Guich nico, todos os
organismos pblicos disporiam do mesmo conjunto de informao
que teria sido apresentado pelos operadores em um s ponto de
entrada.
A proposta de implementao de um Sistema de Guichs
nicos pode partir de diferentes setores (martimo, comrcio,
transporte, Aduanas), por exemplo, a partir do setor martimo se
pode impulsionar a criao de um Guich nico que fornecer
servios associados com os trmites associados aos navios. Por isso,
podemos nos deparar com diferentes Guichs nicos, que
devem ser complementares e estar em qualquer caso inter-
relacionados entre si.
Habitualmente, a organizao de um sistema de Guich nico
coordenada por uma entidade que lidera o processo. Esta entidade
deve ser reconhecida pelo resto das autoridades governamentais e
agncias regulatrias implicadas.
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O lder deve adotar um papel neutro e conciliador buscando e
assegurando que todas as autoridades e agncias recebam ou
tenham acesso informao de que necessitam para cumprir seus
mandatos e objetivos.
Alm disso, as autoridades participantes e as agncias devem buscar
coordenar seus controles de tal forma que estes no se repitam e se
desenvolvam no mesmo momento. Em alguns casos, os servios de
Guich nico podem conectar-se com outros servios externos para
fornecer servios como pagamento de impostos, taxas e cotas ou
servios logsticos associados operao.
Nos processos entre fronteiras, alm da Aduana, existem outras
agncias governamentais (como inspees fitossanitrias,
veterinrias, controle de drogas, etc.), com direito a paralisar a
mercadoria que cruza as fronteiras. Frequentemente, devido falta
de informao compartilhada entre essas agncias, os
importadores/exportadores devem proporcionar a mesma informao
a diferentes agncias governamentais.
Em muitas ocasies, mesmo dispondo de servios de Guich nico,
segue sendo exigido que se apresente a informao em papel em
diferentes pontos, quando em muitas ocasies existe informao
mais fivel e atualizada dentro dos prprios sistemas de informao
do governo. Tambm frequente que a avaliao do risco seja
realizada em cada uma das agncias com os dados especficos queesta recopilou e no se baseie na informao completa que o governo
recebe dos agentes. Em consequncia, so realizadas mltiplas
inspees em diferentes momentos. A avaliao do risco realizada
por cada uma das agncias com seus dados especficos e no se
baseia na informao completa que o governo recebe dos agentes.
Da mesma maneira, existem experincias consolidadas em muitos
pases nos que foram implantados diferentes sistemas de colaborao
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logstica e de transporte, denominados Cargo ou Port Community
Systemquando so utilizados em portos e aeroportos.
Estes sistemas servem como ponto nico para o intercmbio deinformao entre os diferentes intervenientes das operaes logstico-
porturias tais como o operador logstico e a comunidade comercial e
do transporte e organismos pblicos regulatrios e de controle nestas
instalaes. Estes sistemas esto agindo em muitas ocasies como
pontos de entrada aos guichs nicos do governo atuando como
interfaces entre os operadores e as aduanas, autoridades porturias e
martimas e outras agncias regulatrias e de controle.
Neste ponto cabe formular as seguintes questes relacionadas
ao paradoxo Mltiplos Guichs nicos:
Deveria existir somente um Guich nico?
Poderiam existir mltiplas solues de Guich nico para
diferentes setores que oferecem suporte ao comrciointernacional (martimo, porturio, transporte, comrcio,
aduana, bancos,)?
Como deveriam interagir esses mltiplos Guichs nicos?
A responsabilidade de abastecimento do conceito de Guich
nico poderia ser dividida em diferentes partes e cada uma
delas ser abastecida por diferentes organizaes mediante
sistemas baseados em tecnologias da informao?
O conceito de Guich nico est associado exclusivamente a
um nico sistema automatizado operado por uma s entidade
ou a uma coleo de sistemas interoperveis e interconectados
operados por diferentes entidades?
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Deveria existir uma nica entidade que orquestrasse e
coordenasse o desenvolvimento do conceito de Guich nico ou
de Mltiplos Guichs nicos?
Os sistemas existentes utilizados pelas diferentes agncias
deveriam ser eliminados em benefcio de um novo nico
sistema que incorporasse todas as funcionalidades ou deveriam
ser mantidos e preservados os sistemas e investimentos
existentes?
Como deveriam ser estabelecidos e delimitados os alcances dos
Guichs nicos e dos sistemas corporativos de cada uma dasinstituies?
muito provvel que existam tantas respostas a estas perguntas
quanto alunos participantes deste curso. Isto se deve a que o
conceito de Guich nico pode ser manifestado mediante diferentes
aproximaes que dependero em grande medida do contexto scio-
poltico e da complexidade do sistema. Sob esta situao,
fundamental partir de um conceito e de uma base de definio de
Guich nico suficientemente ampla e flexvel para permitir abarcar
as diferentes iniciativas e sistemas que se criam em torno desta
filosofia de governana para posteriormente poder caracterizar e
particularizar cada realidade em um sistema concreto. Esta base
permitir dotar o aluno de uma ampliao de viso suficiente para
poder compreender as diferentes iniciativas de Guichs nicos que
esto aparecendo tanto na regio quanto a nvel mundial.
Dependendo do contexto no que se apresenta o Guich nico, cabe
distinguir os Guichs nicos Nacionais, cujo objetivo coordenar a
colaborao entre os diferentes organismos pblicos de um pas.
Tambm podemos nos deparar com Guichs nicos regionais ou
internacionais, cujo objetivo coordenar a colaborao entre
agncias de diferentes pases, de tal forma que os dados que se
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originam em um pas podem ser utilizados em outro pas sem que se
requeira a apresentao dos mesmos por parte dos operadores
econmicos e de transporte, ao serem realizadas estas comunicaes
de governo a governo, entre diferentes pases. Poderamos encontrar
exemplos de Guichs nicos regionais em servios de
reconhecimento mtuo de certificados de origem eletrnicos, cujos
dados se consultam do pas de destino ao pas de origem, ou no
Trnsito Internacional de Mercadorias, onde os dados da declarao
de trnsito se criam no pas de incio e so utilizados e atualizados
nos diferentes pases de passagem e no pas de destino final do
trnsito.
I.1.1. Guich nico como instalao inteligente
O conceito de Guich nico no simplesmente o de um portal
ou servio que conecta o usurio com vrias agnciasgovernamentais. O valor agregado deste conceito que ele
fornece ao usurio uma soluo integradapara suas transaes
comerciais.
A caracterstica fundamental do conceito de Guich nico reside em
que este engloba a ideia de apresentar a informao uma s vez
(one time submission) evitando duplicidades e a apresentao
repetida da mesma informao.
One time submission quer dizer que no necessrio que se
introduza a mesma informao por parte do mesmo operador
em diferentes agncias governamentais. No entanto, isto no
implica que a entrega de todo o volume de informao se realize em
uma nica transmisso nem exima outros operadores de apresentar
tambm informao sobre as operaes. Assim, a informao pode
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ser enviada em mltiplas transmisses e por diferentes operadores,
permitindo aos agentes ir completando a informao medida que
vo tendo lugar os processos logsticos, completando cada um dos
estados necessrios para o despacho e controle das operaes de
transporte e das mercadorias.
Esta caracterstica no poderia ser conseguida sem uma padronizao
e harmonizao dos dados e da documentao. Um aspecto
fundamental na transmisso eletrnica de informao entre o usurio
e as agncias governamentais e entre si que se trata de um ato
importante orientado ao cumprimento da legislao. Assim, ainformao apresentada se denomina declarao e deve estar dotada
de garantias suficientes na apresentao da documentao por meios
eletrnicos para assegurar a integridade, autoria e o no repdio do
trmite eletrnico. Para este fim, o uso de tcnicas avanadas de
identificao e assinatura eletrnica de dados eletrnicos pode
oferecer um nvel equivalente ou inclusive superior de segurana das
funes de identificao, autenticidade, integridade e no repdio doque se dispe hoje em dia com os documentos em papel.
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Os usurios introduzem a informao requerida pelas Agncias
(responsabilizando-se por sua legalidade) atravs dos Guich nico, o
qual, por sua vez, inclui fluxos de informao cuja origem so as
Agncias, o que implica que a resposta das Agncias esteja
harmonizada e coordenada. Portanto, necessrio evitar fluxos de
informao redundantes nas Agncias e nos usurios e vice-versa, de
maneira que se utilize o verdadeiro potencial dos Guichs nicos.
I.1.2. Guich nico como empresa virtual
Os Guichs nicos fundamentam-se no intercmbio de documentao
e na criao de processos de negcio suportados pelas Tecnologias da
Informao e pelos avanos no comrcio eletrnico. O Guich nico
pode ser visto como uma empresa virtual formada por diferentes
agncias que proporcionam um aspecto nico e homogneo at o
cliente.
Em resumo, a caracterstica de One time submission se baseia nosseguintes princpios:
Incremento gradual da entrada de dados: a possibilidade de irassociando dados introduzidos paulatina e individualmente como partedo sistema inteligente dos Guichs nicos
Declaraes harmonizadas: Em um sistema de Guichs nicos,cada um dos agentes no est obrigado a introduzir os mesmos dadosrepetidamente para diferentes agncias
A informao compartilhada entre as agncias: possvelcompartilhar a informao ou dividi-la para que cada uma das agnciaspossa realizar seus correspondentes controles
Resposta harmonizada entre agncias:Cada Agncia processa suaresposta de maneira independente, mas o Guich nico dever dar umaresposta nica e harmonizada ao usurio
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Embora o sistema de Guichs nicos seja claramente diferente do
efmero carter das empresas virtuais, onde diferentes companhias
prestam servios aos clientes atravs de uma s via de entrada, h
algumas semelhanas que podem ajudar a compreender o sistema de
Guichs nicos.
O conceito de empresa virtual emerge das interconexes
eletrnicas que surgem para poder oferecer servios atravs
de uma interface eletrnica de um portal web e uma rede de
organizaes e entidades colaboradoras.
One-stop-shops, como o caso dos portais web, do suporte
comercial transao da empresa virtual, controlam os dados de
entrada e os de sada e organizam todos os processos associados
com o intercmbio de informao. Normalmente uma transao
online envolve muitas companhias e os sistemas de informao de
cada uma.
No entanto, estas transaes comerciais so realizadas em segundosdevido coordenao existente nos processos de negcio de cada
uma das partes, sendo realizada de uma maneira sequenciada por
meio de mensagens eletrnicas padronizadas. Os portais web so
apenas uma parte da histria. A complexidade e as transaes reais
acontecem entre os sistemas TI e os diferentes organismos
participantes.
Compras pela internet, reserva de passagens areas ou reserva dehotis so alguns exemplos de comrcio eletrnico. Em todos estescasos, o portal atravs do qual o cliente realiza as gestes no temsequer por que pertencer diretamente a alguma das empresas quefornecem os servios.
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Em um sistema de Guich nico, os comerciantes em uma transao
internacional obtm uma viso simplificada transparente da
complexidade relacionada com as transaes cuidadosamente
orquestradas e sincronizadas entre as diferentes agncias de
governo, instituies financeiras, transportadores, operadores
logsticos, despachantes de aduanas, operadores de terminais e
infraestruturas intermodais, autoridades porturias, etc.
Dentro da complexidade de uma transao internacional, podemos
encontrar intercmbios de informao entre os operadores privados
B2B (business-to-business), entre os operadores privados e osgovernos B2G (business-to-government), e entre as prprias
agncias e entidades governamentais G2G (government-to-
government). Para completar o ciclo surgem tambm os intercmbios
de informao entre o governo e os operadores privados
(government-to-business) que podem trazer benefcios sem
precedentes nas operaes de comrcio exterior ao proporcionar de
forma proativa s entidades governamentais a informao requeridapara um melhor planejamento e execuo logsticos.
Dentro das entidades governamentais, como se mostra na figura
seguinte, podem se distinguir os organismos reguladores e de
controle do comrcio exterior, a aduana e as entidades de gesto de
infraestruturas pblicas.
Todas estas entidades governamentais devem colaborar entre si, como objetivo de criar um sistema eficiente de Guich nico, tal como se
descreve no tema que segue.
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Grfico n 1. Guich nico como empresa virtual
Fonte: Elaborao prpria
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I.2. Sistema de Guichs nicos
A OMA considera o conceito de GU como um componente da Gesto
Coordenada de Fronteiras, termo que utiliza para descrever osesforos globais para racionalizar e facilitar os procedimentos e
sistemas de gesto de fronteiras.
O desenvolvimento de sistemas automatizados de gesto, dentro das
administraes aduaneiras e das agncias reguladoras e de proteo
em fronteiras, um aspecto fundamental para a adoo de medidas
facilitadoras oferecendo, ao mesmo tempo, melhoras substanciais nos
objetivos perseguidos sobre funes arrecadatrias, proteo social e
fomento do comrcio. No obstante, estes importantes
desenvolvimentos no so apenas efeito da introduo de novas
tecnologias e, em particular, de tecnologias da informao e
comunicaes, mas tambm da adoo de novas filosofias e
arquiteturas de gesto e governana que proporcionaram maiores
graus de eficincia e eficcia nas prticas de comrcio internacional.
O sistema de Guich nico deve ser aplicado para facilitar os
complexos processos que regulam o movimento de
mercadorias, meios de transporte e pessoas atravs das
fronteiras dos pases. Tradicionalmente na Amrica Latina e no
Caribe (ALC), estes Guichs nicos so conhecidos como GUCE ou
Guichs nicos de Comrcio Exterior e oferecem a viso de uma
interface simplificada entre os operadores econmicos e as agnciasde governo que regulam as fronteiras para dar uma resposta aos
problemas inerentes relativos s caras ineficincias, falta de
coordenao entre agncias e procedimentos administrativos e
documentao pouco transparentes, e que derivam em uma lenta e
complexa burocracia.
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Neste sentido construir um sistema de Guichs nicos um processo
particularmente complexo e necessita um grande trabalho de
harmonizao de objetivos de cada um dos atores que, alm disso,
trar muitas mudanas com relao ao funcionamento atual. Para
esta mudana, a OMA define trs fases no desenvolvimento de um
sistema de Guich nico. Vejamos:
Por que se fala de sistema de Guichs nicos?
Denomina-se sistema porque normalmenteas implementaes deGuichs nicos so a unio de instalaes independentesunidas por uma interface mtua e a adoo de processos denegcio coletivos. Este sistema composto pelo espaocompartilhado de cada uma das Agncias individuais e cada um deseus mandatos ou papis, regulaes, processos de negcio esistemas automatizados.
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Grfico n 2. Fases do sistema de Guich nico
Fonte: OMA. Fases no desenvolvimento de um sistema de Guich nico.
Adaptao de desenho INDES 2013
Em realidade, a fase de implementao de Guichs nicos em alguns
casos pode durar vrios anos. Cada fase e sub-fase vai se
construindo a partir do que vai sendo aprendido na anterior para
conseguir progressivamente uma simplificao do comrcio no qual o
sistema objetivo no deve ser o resultado de projetos individuais.
Assim, a OMA fala em construir um Guich nico em lugar de
desenvolver,j que, assim como no caso de um edifcio, os Guichsnicos precisam de um projeto que reflita suas verdadeiras
necessidades. Ou seja, necessita ser construdo usando todas as
habilidades da engenharia e uma vez que se testa e se certifica que a
instalao funciona conforme os requerimentos, colocado em
servio.
Tal qual um edifcio a sede para um estilo de vida, os Guichs
nicos so a sede de processos de negcio e fornecem uma coleo
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de servios inter-relacionados. Assim como os projetos de
construo, os Guichs nicos em algumas ocasies necessitaro
desmantelar alguns dos edifcios existentes, ou renovar algumas das
estruturas atuais.
Hoje em dia, os avanos na interoperabilidade dos Sistemas de
Informao e a arquitetura das Tecnologias de Informao
introduziram novos paradigmas que ajudam a compreender como as
organizaes podem colaborar. Graas a estes avanos as agncias
podem colaborar entre elas e com o setor privado. Desde que as
Naes Unidas publicaram sua recomendao n 33 o
desenvolvimento de novos modelos de colaborao foi impulsionado.
No existe um nico modo de construir um sistema de
Guichs nicos, pode-se encontrar diferentes solues por todo o
mundo e importante poder entender quais so as semelhanas e
as diferenas de cada uma dessas solues. No obstante, um
aspecto comum que deve orientar a construo de Guichs nicos
que devem sempre ser desenvolvidos de maneira que respondam s
verdadeiras necessidades, tanto do comrcio quanto do governo de
forma integrada.
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I.2.1. Port Community Systems e sua relao com os servios
de Guich nico
Em muitas ocasies se identifica que existe uma grande confuso
entre um Guich nico e um sistema colaborativo logstico ou de
transporte, como o caso dos sistemas de comunidade porturia ou
de carga conhecidos tambm como Port Community System(PCS) ou
Cargo Community System(CCS).
A existncia de um PCS em um porto surge essencialmente da
necessidade de maximizar a eficincia no uso das infraestruturas e
operaes e de gerenciar a complexidade inerente nas atividades
porturias, especialmente no transporte de mercadorias em
continer. O crescimento do trfego de contineres se traduz em um
incremento do volume de trabalho requerido para o planejamento,
ordenamento, execuo e seguimento das operaes de forma
eficiente. Neste contexto, os procedimentos e prticas manuais
comeam a ver-se como inadequados e necessitam ser substitudos
por outros mtodos nos quais as solues tecnolgicas tm um papel
fundamental na identificao de reas de melhora.
O conceito de PCS normalmente implementado com o compromisso
de facilitar o acesso, o tratamento e a reutilizao de dados atravs
Um PCS (Port Community System)
Pode ser definido como um sistema informtico para o intercmbiode informao ligada a um porto cujo principal objetivo servir aosinteresses das diferentes empresas e entidades relacionadas com asatividades logstico-porturias, o transporte e o comrciointernacional.
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de uma nica plataforma, desenvolver a infraestrutura e
interconectividade necessrias, bem como outras atividades
horizontais relativas a aspectos legais, padronizao e harmonizao
do comrcio internacional.
Em um sistema de comunidade porturia confluem todos os agentes
ligados s operaes de navios e mercadorias no porto: operadores
de terminais, operadores de transporte (martimo/ocenico, rodado e
ferrovirio), expedidores ou freight forwarders, aduanas, organismos
de inspeo, armazns, autoridades porturias e autoridades
martimas. O PCS facilita o intercmbio de informao entre
operadores privados B2B (business-to-business), entre osoperadores privados e organismos do governo B2G (business-to-
government), e, pontualmente, pode desenvolver tambm
intercmbios de informao entre organismos do governo (G2G)
embora esta no seja sua funo principal. Um PCS , por
conseguinte, complementar, alm de suplementar, aos servios de
Guich nico oferecidos pelos organismos pblicos tanto a nvel
nacional como internacional.
A associao europeia de PCS (EPCSA) define o conceito de PCScomo uma plataforma eletrnica aberta e neutra que facilita ointercmbio de informao seguro e inteligente entre operadoresprivados e entidades pblicas com o objetivo de melhorar a posio
competitiva das comunidades porturias e aeroporturias. Um PCSpermite otimizar os diferentes sistemas utilizados pelos diferentesintervenientes no porto, automatizando processos logsticos eporturios mediante um nico envio de dados que utilizado peloconjunto de processos que formam a cadeia logstica e detransporte.
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Assim como no caso dos guichs nicos, a funcionalidade completa
de um PCS pode servir para interconectar os diversos agentes e
setores que formam a comunidade martimo-porturia, criando deste
modo um sistema firmemente integrado. Abarcando atividades que
vo desde a importao, a exportao, o transbordo, a consolidao,
o transporte de mercadorias perigosas at o controle das estatsticas
martimas.
O PCS tem por objeto a eliminao dos trmites em papel
desnecessrios que impedem que se atinja a mxima eficincia no
transporte de mercadorias. Neste sentido, a utilizao do intercmbioeletrnico de dados se apresenta como um sistema efetivo, rpido e
flexvel. Trata-se de um sistema de informao em tempo real, que
melhora a eficincia em todas as fases do processo, passando pela
carga e descarga do navio, o despacho de aduanas, a regulao e
controle em fronteiras e a sada e entrada do terminal martimo.
A existncia de um Guich nico porturio no est condicionada
existncia de umport community system. Podemos encontrar portos
nos que no existe um sistema de comunidade porturia, mas existe
um nico ponto de entrada para a apresentao de declaraes
mediante um Guich nico. De forma oposta, podemos encontrar
portos nos que existe um sistema de comunidade porturia, mas no
existe uma coordenao das diferentes agncias governamentais que
faa surgir um Guich nico.
De qualquer forma, existe uma diferena fundamental entre um
Guich nico e um PCS: um Guich nico deveria ter um alcance
nacional e, portanto, deve poder ser aplicvel em todo o pas e em
todos os portos, enquanto um PCS tem um alcance mais local
limitado a um porto.
A integrao entre os PCS e os servios de Guich nico oferecidos a
nvel nacional pode oferecer benefcios substanciais para todos os
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operadores e organismos envolvidos. Desta forma, um PCS pode
constituir-se em um ponto de acesso aos servios de Guich nico
oferecidos pelo governo, mediante os quais se consegue atingir tanto
os objetivos governamentais, quanto os das prprias empresas e os
dos portos.
O ponto de acesso aos servios de Guich nico consta tanto dos
sistemas comunitrios como do sistema central do organismo do
governo. Com o fim de apoiar os objetivos de um Guich nico, o
ponto de acesso aos servios de um Guich nico oferecido pelos
sistemas de comunidade de carga ou porturia abarca uma seopblico-privada e uma seo pblica.
Por exemplo, o PCS fornece os servios e aplicaes para gerenciar
toda a informao das escalas de navios e manifestos de carga das
companhias de navegao, tanto para os fluxos de entrada quanto
para os de sada. Baseando-se nesta informao, so distribudas as
declaraes aduana, autoridade porturia e a outros organismos
governamentais (B2G ou business-to-government). Estes organismos
proporcionam informao de controle sobre as operaes
comunidade porturia (G2B ou business-to-government). Ao mesmo
tempo, a comunidade porturia pode reutilizar a informao j
armazenada no PCS para a gesto das operaes (B2B ou business-
to-business), tais como consulta das listas de descarga e autorizaes
de sada, informao sobre chegada ou expedio de mercadorias,
autorizaes de embarque, etc. Desta forma, garante-se a
integridade dos dados no somente com respeito aos processos
regulatrios, mas tambm no mbito empresarial.
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Grfico No.3. Visio esquemtica sobre a combinao de PCS com servios
de Guich nico
No obstante, a combinao guichs nicos e PCS pode capacitar o
fornecimento de servios de alto valor agregado em um porto
associados com o planejamento, execuo e controle das operaes a
toda a comunidade porturia e redundando em um maior
aproveitamento de suas infraestruturas. Neste cenrio, o sistema de
comunidade porturia age como canal de entrada ao Guich nico.
A combinao de ambos os sistemas, o Guich nico com os sistemasPCS, permite oferecer solues que melhoram significativamente os
controles por parte dos organismos pblicos, mas, ao mesmo tempo,
simplificam e melhoram os procedimentos existentes no comrcio
exterior, conseguindo substanciais economias de custos e tempo de
estadia das mercadorias nos portos. Para realizar estas melhorias,
necessrio, por um lado, a combinao das autorizaes emitidas
pelos diferentes rgos pblicos, para poder executar as operaes e
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autorizaes, que devem estar baseadas em uma anlise antecipada
da informao e dos riscos, e que devem vincular-se com a
informao e seguimento destas operaes. Esta potente combinao
facilita a verdadeira consecuo de um porto sem papis, criando, por
exemplo, procedimentos de liberao sem papis de mercadorias e
de navios.
I.2.2. O Acordo sobre Facilitao do Comrcio da OMC e os
servios de Guich nico
Depois de quase 10 anos de conversaes, os Membros da OMC
concluram as negociaes relativas ao Acordo sobre Facilitao do
Comrcio (AFC) na Nona Conferncia Ministerial, celebrada em Bali
(Indonsia) em dezembro de 2013.
O objetivo deste Acordo impulsionar o comrcio mundial agilizando
o movimento, a retirada e o despacho aduaneiro das mercadorias.
No Acordo da OMC, o Guich nico est tratado no Artigo 10.4:
Pedir-se- aos Estados membros que se esforcem ao mximo
para estabelecer ou manter um sistema de Guich nico para o
envio de documentao e/ou requisitos de dados para a
importao, a exportao ou o trnsito, e que simplifiquem os
procedimentos para que no se tenha que entregar outra
agncia na fronteira, que participar do sistema de Guich nico,
a informao proporcionada atravs do prprio servio de
Guich nico. Os Estados membros devem tambm
estabelecer, se for possvel, servios eletrnicos de Guich
nico.
O uso de guichs nicos, no qual os comerciantes introduziro
somente uma vez os dados requeridos para a importao ou a
exportao, constitui-se em uma ferramenta ideal para a
facilitao do comrcio. Estes sistemas precisam de um
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compromisso de participao por parte das agncias relevantes
nas fronteiras para que funcionem corretamente.
O AFC da OMC entrar em vigor quando dois teros dos Membros
tiverem ratificado a nvel interno um Protocolo de Emenda e
notificado OMC sua aceitao do mesmo. O Protocolo de Emenda foi
aberto oficialmente para aceitao no dia 27 de novembro de 2014.
As informaes sobre as notificaes esto disponveis no site do
Mecanismo para o Acordo sobre Facilitao do Comrcio:
http://www.tfafacility.org/es.
http://www.tfafacility.org/eshttp://www.tfafacility.org/es -
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Resumo da Unidade
Do conceito de Guich nico
Apresentamos aqui duas definies sobre o conceito de Guich
nico fornecidas por dois organismos internacionais, o Centro de
Facilitao de Comrcio e Comrcio Eletrnico das Naes Unidas
(UN/CEFACT) e a Organizao Mundial de Aduanas (OMA), ambas as
definies so complementares e com diferentes pontos de vista, um
mais tcnico e outro mais organizativo e metodolgico.
importante ter claro que o conceito de Guichs nicosno
exclusivo de Comrcio Exterior. Tambm que a proposta de
implementao de Guichs nicos pode partir de diferentes setores
(martimo, comrcio, transporte, Aduana), por isso podemos nos
encontrar com diferentes Guichs nicos que devem ser
complementares e em qualquer caso estar inter-relacionados entre si.
O sistema de Guich nico pode se manifestar mediante
diferentes aproximaes que dependero em grande medida do
contexto scio-poltico e da complexidade do sistema. Sob esta
situao fundamental partir de um conceito e de uma base de
definio de Guich nicoampla e flexvel o suficiente para permitir
suportar as diferentes iniciativas e sistemas que se criam em torno
desta filosofia de governana para posteriormente poder caracterizar
e particularizar cada realidade em um sistema concreto.
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Um grande valor agregado do conceito Guich nico que este
fornece solues integradas para os usurios, e uma caracterstica
fundamental reside na ideia one time submission (apresentar a
informao uma s vez).
Por ltimo foi apresentado o Guich nico como conceito de
empresa virtual, que pode ajudar a compreender o sistema e as
relaes dos Guichs nicos.
Do sistema de Guichs nicos
Fala-se de sistemas de Guichs nicos porque normalmente as
implementaes de Guichs nicos so a unio de instalaes
independentes unidas por uma interface mtua e a adoo de
processos de negcio coletivos. Este sistema composto pelo espao
compartilhado de cada uma das Agncias individuais e cada um de
seus mandatos ou papis, regulaes, processos de negcio e
sistemas automatizados.
Para o desenvolvimento de sistemas de Guichs nicos a OMA
define trs fases: Conceito de Guich nico, iniciativa de Guich
nico e Sistema de Guich nico. Mas preciso levar em
considerao que no existe um nico modo de construir tal sistema,
por isso podem ser encontradas diferentes solues por todo o
mundo.
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Alm disso, nesta unidade se identificou o conceito de Port
Community System e Cargo Community System, pois em algumas
ocasies se produz confuso entre estes termos e o de Guich nico.
PCS foi definido como um sistema informtico para o intercmbio de
informao ligada a um porto cujo principal objetivo servir aos
interesses das diferentes empresas e entidades relacionadas com as
atividades logstico-porturias, o transporte e o comrcio
internacional. Uma diferena fundamental entre PCS e GU que um
Guich nico deveria ter um alcance nacional e, portanto, ser
aplicvel a todos os portos enquanto um PCS tem um alcance localmais limitado a um porto.
Como foi mencionado, a combinao de ambos os sistemas permite
oferecer solues mais eficientes conseguindo substanciais economias
de custos e tempo de estadia das mercadorias nos portos.
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Unidade II. Modelos de Guichs nicos e principais
benefcios de sua implementao
Objetivos de aprendizagem
Conhecer quais so as principais tipologias de Guichs nicos
de maneira que se identifiquem quais so suas caractersticas a
partir da reviso dos diferentes modelos existentes.
Compreender quais so os benefcios que se derivam da
implantao de Guichs nicos para identificar quais so os
propsitos deste tipo de projetos tanto para os governos
quanto para os agentes privados vinculados ao comrcio
atravs da anlise de tais benefcios para cada um deles.
II.1. Tipologias e Modelos de Guich nico
Antes de considerar os diferentes modelos de Guich nico,
importante destacar:
Embora existam muitas prticas e relaes comerciais que socomuns a todos os pases, cada paspode ter tambm seusrequerimentos e condies particulares que determinaro aescolha tima do modelo de Guich nico.
O aspecto crucialna implantao de um Guich nico reside
em uma estreita cooperao de todas as entidadespblicas governamentais envolvidas.
Um Guich nico nem sempre implica o uso de sistemasTIC avanados de ltima gerao, mas pode facilitar emgrande medida o comrcio mediante a definio apropriada deprocedimentos administrativos integrados apoiados porsistemas TIC existentes.
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Embora existam diferentes aproximaes possveis para o
estabelecimento de Guichs nicos, conta-se com trs modelos
bsicos que foram identificados na Recomendao n 33 da
UN/CEFACT.
II.2. Modelos de Guichs nicos
II.2.1. Modelo 1 GU: Modelo de Autoridade nica
No primeiro modelo, uma nica Autoridade recebe toda a informao,
em formato papel ou em formato eletrnico e a distribui para o restodas autoridades governamentais pertinentes facilitando a operao de
comrcio.
Este foi, por exemplo, o modelo seguido pelas administraes
espanholas para a apresentao de manifestos de carga e
descarga de forma eletrnica por parte dos operadores
martimos nos que a Autoridade Porturia atua como Guich nico
ante a Aduana.
Grfico n 4. Modelo de Autoridade nica
Fonte: Elaborao prpria
SW
Modelo deAutoridad nica
integrado
conectado
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II.2.2. Modelo 2 GU: Sistema nico Automatizado
Utiliza-se um nico sistema de informao (pblico ou privado) criado
a tal efeito para a recepo, disseminao (e armazenamento) e
gesto da informao relacionada com o comrcio e o transporte.
Existem diferentes possibilidades dentro deste tipo de modelo.
Sistema centralizado (Integrated System) no qual os dados
so processados atravs de um nico sistema utilizado por todos osorganismos envolvidos.
Podemos encontrar este tipo de sistema, por exemplo, em
vrios pases da Amrica Latina e ele permite aos
operadores econmicos apresentar dados em um s
sistema, que por sua vez utilizado pelos diferentes organismosregulatrios.
Grfico n 5. Modelo centralizado de Guich nico
Fonte: Elaborao prpria
SWSW
Sistema
Centralizado
integrado
integrado
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Sistema distribudo (Interfaced System) mediante o qual a
informao distribuda aos organismos pblicos envolvidos, atravs
de interfaces interoperveis, que por sua vez integram esta
informao e a processam.
Este tipo de sistema foi estabelecido, por exemplo, nos
Estados Unidos e permite que os operadores econmicos
apresentem dados padronizados uma nica vez e o sistema
processa e distribui os dados s outras agncias interessadas na
transao.
Grfico n 6. Modelo distribudo de Guich nico
Fonte. Elaborao prpria
Combinao dos sistemas centralizados e distribudos descritos
anteriormente.
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Grfico n 7. Modelo misto de Guich nico
Fonte: Elaborao prpria
Encontramos este tipo de sistema tambm em vrios pases
da Amrica Latina e ele permite que os operadores
econmicos apresentem dados em um s sistema, que por sua vez
utilizado por vrios organismos regulatrios e ao mesmo tempo os
dados so tambm transmitidos a outro sistema (principalmente da
aduana) mediante uma interface interopervel.
II.2.3. Modelo 3 GU: Sistema de Informao Automatizado
Transacional
Neste tipo de modelo, o usurio pode apresentar as declaraes de
maneira eletrnica de vrias autoridades para serem processadas e
aprovadas em uma s aplicao que coordena todo o fluxo de
trabalho sob uma nica transao.
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Estes sistemas costumam basear-se em procedimentos rgidos, que
devem ser cumpridos para poder dar viabilidade a todo o trmite
existindo uma srie de pr-identificaes e pr-validaes.
Para estabelecer este tipo de sistema preciso fazer certas
consideraes sobre o uso das bases de dados, j que para realizar
estas transaes se dever realizar uma srie de pr-identificaes e
pr-validaes antecipadamente.
Este tipo de sistema se utiliza principalmente em pases
asiticos como Singapura, Coreia e Ilhas Maurcio.
Este sistema pode oferecer outros servios de valor agregado como
clculo automtico das taxas que devem ser pagas, gesto de riscos
ou conexo com bancos para pagamentos eletrnicos.
Grfico n 8. Modelo transacional de Guich nico
Fonte: Elaborao prpria
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II.2.4. Agncia Lder para o estabelecimento de um sistema de
Guich nico
A escolha do modelo adequado de Guich nico depender de
aspectos legais, polticos e organizativos de cada pas, por isso
que extremamente importante partir de um estudo e diagnstico da
situao atual sobre o comrcio e os servios e conexos fornecidos
carga. De qualquer forma, a escolha da agncia apropriada para
dirigir o estabelecimento e a operao de um Guich nico deve ser
analisada durante as primeiras fases do projeto. Esta entidade dever
possuir uma organizao robusta com viso, autoridade legal, suporte
poltico, financeiro e humano necessrios para a realizao dos
Guichs nicos e ter as interfaces adequadas com as outras
administraes e agncias envolvidas.
Em muitos casos, dado seu papel no controle dos trmites
administrativos nas fronteiras; bem como na gesto da informao
derivada das operaes de importao, exportao e trnsito, as
agncias de comrcio exterior, as autoridades aduaneiras,
autoridades porturias ou autoridades martimas podem ser as
autoridades mais adequadas para liderar os projetos de criao de
Guichs nicos. No entanto, em alguns pases, a agncia encarregada
de liderar o projeto de Guich nico pode ser uma entidade privada
(como, por exemplo, as Cmaras de Comrcio ou empresasfornecedoras de servios tecnolgicos) sempre que disponha
formalmente de suporte institucional suficiente para exercer esta
funo.
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No obstante, esta no se deve confundir nem associar entidade
lder dentro do processo de criao de um sistema de Guich nico
com a entidade dominante do Guich nico. O processo de criao de
um sistema de Guich nico um processo de colaborao entre
agncias de governo e o lder deste processo deve se distinguir por
sua neutralidade e busca da melhor soluo para todos os
intervenientes no processo, buscando sempre o benefcio do pas e
no o benefcio particular.
Os Guichs nicos podem simplificar e facilitar em grande medida osprocessos requeridos para proporcionar e compartilhar a informaonecessria para cumprir os requerimentos normativos no comrcio eno transporte de um pas, tanto do ponto de vista dos operadoresprivados quanto das autoridades. Neste sentido, as tcnicasutilizadas para a gesto de riscos para o controle e o cumprimentode normativas (como pode ser o caso dos riscos aduaneiros) podemser melhoradas atravs do Guich nico, j que esta permite
recopilar informao a partir de diversas fontes e de diferentesoperadores econmicos, de uma maneira sistemtica e, alm disso,combina esta informao com o objetivo de detectar inconsistnciasdevidas a uma falta de cumprimento da normativa ou erros nointencionais, dando lugar a procedimentos muito mais seguros eeficientes. Adicionalmente, a criao de um sistema de pagamentode taxas no prprio Guich nico oferece um meio rpido e efetivopara a recepo dos impostos e outras taxas pelas autoridadespblicas e agncias.
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II.3. Principais Benefcios
Um Guich nico pode simplificar e facilitar um considervel nmero
de processos abastecendo e provendo a informao necessria para
cumprir os requisitos legais do comrcio tanto para os agentes
privados vinculados ao comrcio quanto para as prprias autoridades.
O uso deste tipo de sistemas pode melhorar a eficincia e a
efetividade dos controles oficiais e pode reduzir para as autoridades e
para estes agentes, devido melhora no uso de recursos.
A seguir vo ser analisados quais so os principais benefcios para os
governos assim como para os agentes que intervm no comrcio:
III.3.1. Benefcios para o Governo
Um Guich nico pode conduzir a uma melhor coordenao dossistemas governamentais existentes e de seus processos, ao mesmo
tempo em que promove que os organismos de governos se
comuniquem e operem de uma forma mais aberta e facilitadora. Por
exemplo, o usurio no somente pode introduzir toda a informao e
documentos necessrios atravs de uma s entidade, mas tambm
podem ser estabelecidos mecanismos mais efetivos para que a
informao seja analisada rapidamente, dando lugar a uma maior
fiabilidade dos dados recebidos e possa ser distribuda s agncias
governamentais que se encontrarem envolvidas direta ou
indiretamente no processo, cada uma recebendo a informao da que
precisa para desenvolver suas funes, mas preservando aquelas
informaes confidenciais que no so de sua competncia. Com isso
se consegue uma melhor coordenao e cooperao das autoridades
governamentais envolvidas no comrcio.
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Graas aos Guichs nicos possvel melhorar os processos de
gesto do risco, visto que se coletam dados de uma maneira
sistemtica o que acarreta uma melhora na segurana e na eficincia
dos procedimentos. A incluso de um sistema de pagamentos
eletrnicos, unida soluo de Guich nico, dar lugar a um
pagamento mais seguro, fivel e imediato de impostos, taxas e
qualquer outro cargo que for requerido pelas autoridades
governamentais e as agncias.
Um Guich nico fornece informao atualizada sobre tarifas e outros
procedimentos legais, o que reduz a possibilidade de qualquer erroinvoluntrio e aumenta a transparncia e a satisfao do usurio. Por
outro lado, a coleta e coordenao da informao e a documentao
atravs do Guich nico reduzir o uso de recursos humanos e
financeiros, permitindo aos Governos realocar recursos que
anteriormente eram ocupados com tarefas administrativas a reas de
maior importncia.
Portanto, pode-se resumir os benefcios para os governos como:
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Grfico n 9. Benefcios de Guich nico para o governo
Fonte: Elaborao prpria. Adaptao de desenho INDES- 2013
III.3.2. Benefcios para o comrcio
O principal benefcio para os agentes vinculados ao comrcio que os
Guichs nicos podem fornecer-lhes um nico ponto ou canal
onde apresentar a informao e documentao, a qual ser
introduzida uma s vez(one time submission) eque chegar s
mos de todas as agncias governamentais envolvidas nos
procedimentos de importao, exportao ou trnsito. Alm disso,
melhorar a transparncia e diminuir qualquer comportamento
corrupto tanto do setor pblico quanto do privado.
No caso de o Guich nico atuar como ponto central no que se
disponha de toda a informao atualizada referente a regras,
regulaes e requerimentos vinculados ao comrcio, ser possvel
reduzir os custos administrativos associados s transaes e
melhorar a satisfao do usurio. Vejamos:
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Figura 2.1. Os benefcios para os agentes vinculados ao comrcio podem
ser resumidos assim:
Fonte: Elaborao prpria. Adaptao de desenho INDES 2013
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Resumo da Unidade
Foi apresentada aqui a classificao dos trs modelos bsicos de
Guichs nicos que so propostos na Recomendao n 33 da
UN/CEFACT, que so os que seguem:
Modelo de Autoridade nica.
Modelo nico Automatizado, que por sua vez pode ser
centralizado (Integrated System), distribudo (Interfaced System)
ou misto.
Modelo de sistema de Informao Automatizado Transacional.Como se indicou na Unidade, a escolha do modelo adequado
depender de aspectos legais, polticos e organizativos de cada pas.
Alm disso, para o processo de implementao de sistemas de
Guichs nicos, vital contar com uma agncia para dirigir o
estabelecimento e a operao; esta entidade dever possuir uma
organizao robusta com a viso, autoridade legal, suporte poltico,
financeiro e humano necessrio para a realizao dos Guichs nicos.
Tambm foram detalhados os principais benefcios que traz a
implementao de sistemas de Guichs nicos, diferenciando-se, por
um lado, nos benefcios para os governos e, por outro, nos benefcios
para o comrcio. Como resumo destaca-se:
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Benefcios para os governos:
Uso mais eficiente e efetivo dos recursos
Melhora na aplicao das leis fiscais
Maior rapidez e fiabilidade na arrecadao de impostos, tributos
e outras taxas
Melhora da satisfao do usurio
Melhora do controle e da segurana, habilitando uma anlise de
riscos auxiliada por computador
Incremento da integridade e da transparncia
Benefcios para os agentes vinculados ao comrcio:
Diminuio de custos devido reduo de atrasos
Agilizao no despacho aduaneiro
Melhora na aplicao da normativa
Maior eficincia e eficcia no uso dos recursos
Incremento da transparncia
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Unidade III. Passos para a implementao de Guichs
nicos e fatores-chave de sucesso.
Objetivos de aprendizagem
Conhecer a metodologia de implantao de um projeto de
guichs nicos para compreender os passos bsicos
necessrios para conseguir exitosamente a implantao de
Guichs atravs da apresentao de tal metodologia.
Reconhecer e analisar quais so os fatores-chave de
sucesso para o estabelecimento de Guichs nicos a partir
da enumerao dos mesmos.
III.1. Passos para a implementao de Guichs nicos
A implementao de Guichs nicos sugere um grande compromisso,
j que envolve um grande nmero de participantes (tanto pblicos
quanto privados) e requer o compromisso de muitos agentes tanto do
lado governamental, quanto da rea empresarial. Portanto,
essencial seguir uma metodologia sistemtica. Os passos a serem
seguidos so mostrados a seguir e sero apresentados em detalhe no
Mdulo 6:
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Grfico n 10. Passos na Implementao de Guichs nicos
Fonte. Elaborao prpria
1. Desenvolver o conceito inicial de Guich nico: Em muitas
ocasies o estabelecimento de Guichs nicos parte de uma breve
descrio do conceito baseada em uma pesquisa preliminar, muito
habitualmente encarregada pelo governo ou por alguma agnciagovernamental ou tambm pode acontecer que ser uma
organizao privada fortemente vinculada ao comrcio que
iniciar o estudo para a implementao de Guichs nicos.
2. Deciso de estudar a viabilidade de um Guich nico:para
isso recomendvel organizar uma reunio de alto nvel, na que
estejam representados todos os agentes envolvidos no comrcio
(como podem ser as cmaras de comrcio, associaes de
importadores e exportadores, confederaes de indstrias,
associaes empresariais, etc.), junto com as autoridades
governamentais e as agncias, para debater sobre o conceito de
Guich nico.
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O objetivo desta reunio chegar a um acordo sobre o conceito
do projeto e sobre o lanamento do estudo de viabilidade que
incluir uma anlise detalhada das necessidades tecnolgicas.
Supondo que se chega a uma deciso positiva sobre o
desenvolvimento de um estudo de viabilidade, dever ser
estabelecido um Grupo responsvel pela Gesto do Projeto
(Comit de Projeto) composto pelos lderes dos agentes-chave,
que estaro diretamente envolvidos na implementao e
utilizao dos Guichs nicos. Alm disso, nesta reunio ser
estabelecida a equipe de projeto com os representantes tcnicos e
executivos necessrios para realizar a organizao e
implementao do trabalho requerido para o projeto.
3. Desenvolvimento do estudo de viabilidade: o estudo de
viabilidade um elemento-chave no desenvolvimento global do
projeto de Guichs nicos. O estudo dever determinar o objetivopotencial do Guich nico, o nvel e a natureza da demanda, os
possveis cenrios para a implementao (incluindo as fases de
implementao), a natureza das provas-piloto, o custo de
implementao para cada um dos diferentes cenrios, outros
recursos necessrios (humanos, tcnicos, etc.), os potencias
benefcios, os riscos, prazo de implementao e a estratgia para
a gesto.
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4. Anlise dos resultados e escolha do cenrio de
implementao: uma vez finalizado o estudo de viabilidade,
sero apresentados os resultados que devero ser aprovados pela
equipe do projeto, e que finalmente sero apresentados para sua
validao final ao Comit de Projeto. Esta fase demandar um
tempo considervel, e fundamental que durante o
desenvolvimento do estudo de viabilidade, seja recolhido o maior
nmero de informao bem como ir chegando a acordos, antes
que o relatrio esteja finalizado. A seguir se apresentar a todas
as autoridades governamentais e aos demais organismos e
agentes vinculados ao comrcio o modelo de Guich nico
escolhido, bem como o cenrio de implementao.
5. Implementao: Seja qual for a forma escolhida para a
implementao: mediante um piloto, por fases ou implantao
total, necessrio iniciar o projeto com uma clara metodologia de
gesto de projetos. O plano de gesto do projeto, que deve serformalmente acordado pelo Comit de Projetos e pela Equipe de
Projeto, deve conter uma srie de atividades claramente definidas
e interrelacionadas, assim como os fatos mais importantes, que
ajudar a Equipe e o Comit em sua tarefa de planejar, executar,
monitorar, avaliar e ajustar a implementao do projeto.
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III.2. Fatores-chave de sucesso para o estabelecimento de
Guichs nicos
O sucesso na introduo e implementao do conceito de um Guich
nico depende de um amplo nmero de pr-condies e fatores-
chave, que variam de um pas a outro e de um projeto a outro. Neste
material apresentada uma srie de pautas para o sucesso do
projeto resultante da experincia de vrios pases:
Grfico n 11. Fatores-chave para o estabelecimento de Guichs nicos
Fonte: Elaborao prpria
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1. Vontade Poltica
A existncia de uma forte vontade poltica tanto por parte do
Governo quanto do lado empresarial um dos fatores mais
crticos para o sucesso na introduo de Guichs nicos.
Conseguir esta vontade poltica requer uma apropriada
disseminao de uma maneira clara e imparcial dos objetivos,
implicaes, benefcios e possveis obstculos no
estabelecimento de Guichs nicos. A disponibilidade de
recursos para a implantao de Guichs em muitas ocasies
est diretamente relacionada com o nvel de compromisso
poltico e com o compromisso com o projeto.
2. Forte Liderana da Agncia responsvel
Relacionado com a necessidade de uma vontade poltica, pode-
se destacar a existncia de uma organizao lder com um forte
carter empreendedor e poderoso para o lanamento e
seguimento em cada uma das fases de desenvolvimento. Estaorganizao deve contar com todo o apoio poltico, ter
autoridade legal prpria e dispor de recursos financeiros e
humanos. Alm disso, recomendvel que alguma pessoa
dentro desta organizao que representar o papel de
campeo no desenvolvimento do projeto. No obstante, esta
funo de liderana deve estar unida a um esprito de
colaborao e neutralidade, buscando sempre o benefcio dopase no o benefcio particular.
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3. Cooperao entre Governo e representantes do Comrcio
Um Guich nico um modelo de cooperao entre as agncias
e o governo e entre o governo e os agentes envolvidos no
comrcio. uma boa oportunidade para estabelecer uma
cooperao pblico-privada para o estabelecimento e operativa
do Sistema. Consequentemente, representantes de todos os
setores, tanto pblicos quanto privados, devero ser
convidados a participar desde o princpio no desenvolvimento
do projeto. Deve-se incluir sua participao em todas as etapas
do projeto desde o estabelecimento dos objetivos, anlise da
situao, desenvolvimento do projeto at a implementao. O
sucesso final do Guich nico depender do envolvimento,
compromisso e predisposio de todas as partes para assegurar
que se todas as suas necessidades sejam contempladas.
4. Claro estabelecimento de objetivos e metas
Como em qualquer tipo de projeto, as metas e objetivos doprojeto devem guiar cada uma das etapas do projeto. Estas
metas e objetivos devem basear-se em uma anlise minuciosa
das necessidades, aspirao e recursos dos participantes mais
importantes e tambm da infraestrutura existente e dos atuais
sistemas de intercmbio de informao. Os Guichs nicos so
percebidos geralmente como parte da estratgia global de um
pas para a facilitao do comrcio.
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5. Facilidade e acessibilidade para o usurio
Outro dos fatores-chave para o sucesso do projeto de Guich
nico a facilidade e acessibilidade: para isso ser necessrio
criar guias e instrues facilmente compreensveis para os
usurios. Alm disso, muito til estabelecer um Servio de
Suporte Tcnico que inclua formao, sobretudo para as
primeiras fases de implementao do projeto. Em alguns pases
se dever levar em conta a necessidade de dar servio em
diferentes lnguas.
6. Estabelecimento legal do sistema
preciso levar em conta que um dos pr-requisitos para
estabelecer um sistema de Guichs nicos estar atento
legislao vigente. Ser preciso identificar todas as leis e as
restries legais. Em muitas ocasies necessrio que algumas
mudanas na legislao sejam realizadas para facilitar
intercmbios/introduo de informao eletrnica e inclusivepara a assinatura digital. Alm disso, podem existir algumas
restries legais relacionadas com o uso compartilhado de
informao assim como podem ser necessrios acordos entre
organizaes para a operativa dos Guichs nicos. Tambm
devero ser analisadas outras questes legais relacionadas com
a delegao de poderes e autoridade para a agncia lder.
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7. Recomendaes e Padres Internacionais
A implementao de Guichs nicos geralmente implica a
harmonizao e padronizao dos documentos de comrcio
assim como de dados. Para garantir a compatibilidade com
outros sistemas internacionais e aplicaes, estes documentos
e dados devem se basear em padres e recomendaes
internacionais.
8. Identificao de possveis obstculos
possvel que alguns dos implicados, tanto governamentais
quanto agentes do comrcio, no acolham com agrado a
implementao de Guichs nicos. Neste caso, seria necessrio
identificar as causas de sua oposio para poder trat-las o
mais rpido possvel. Cada um dos obstculos identificados
deve ser considerado de maneira individual, levando em conta
a situao particular e suas necessidades. Claramente, o custo
pode ser um dos maiores obstculos, mas deve ser balanceadolevando-se em considerao os benefcios que ele trar no
futuro. No entanto, importante esclarecer as implicaes
financeiras que o projeto acarreta para decidir se o projeto se
realiza de uma maneira global ou por fases.
9. Modelo financeiro
Deve-se tomar uma deciso sobre o modelo financeiro que oSistema de Guich nico ter o mais rpido possvel. Este
modelo pode variar desde um sistema totalmente financiado
pelo estado at um sistema totalmente auto-suficiente.
Tambm podem ser propostos modelos pblico-privados.
Um dos fatores que influir nos responsveis para apoiar ou
no a implementao de Guichs nicos ser que o modelo
financeiro esteja claramente definido.
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10.Possibilidade de pagamentos
Alguns Guichs nicos incluem um sistema para o pagamento
de parcelas, taxas e impostos bem como outros encargos. Isto
pode supor um atrativo tanto para o Governo quanto para os
usurios e especialmente interessante no caso de que o
sistema tenha que gerar renda. No entanto, agregar estes
sistemas de pagamento acarreta um esforo adicional de
harmonizao e, sobretudo, de segurana.
11.Promoo e marketing
A promoo e o marketing do projeto de Guich nico so
fundamentais e devem ter sido cuidadosamente planejados. A
campanha de promoo deve envolver representantes-chave
dos governos e do restante dos agentes vinculados ao
comrcio, todos os componentes podem fornecer informao
valiosa sobre as expectativas da comunidade de usurios ecolaborar diretamente na escolha das mensagens de promoo.
necessrio estabelecer um planejamento claro da
implementao que ajudar a desenvolver uma campanha de
promoo e marketing e permitir aos potenciais usurios a
planejar suas operaes e investimentos levando em conta tal
programao. Na rea de marketing, deve-se identificar
claramente quais so os benefcios e a economia que forneceeste tipo de projetos e a eficincia que se deriva do uso de um
sistema de Guichs nicos.
12.Estratgia de comunicao
Se for estabelecido um mecanismo adequado para manter
todos os participantes informados sobre as metas, objetivos e
os progressos (e dificuldades), aumentar a confiana de todos
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os implicados e se evitar mal-entendidos que poderiam
arruinar a implementao do projeto. Neste contexto,
extremamente importante controlar as expectativas de todos os
envolvidos adequadamente, e nunca prometer mais do que se
pode chegar a conseguir. tambm importante lembrar que os
participantes no esperam milagres, resolver problemas
prticos pode significar conseguir que se obtenha uma grande
credibilidade.
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Resumo da Unidade
Nesta Unidade se apresentou uma metodologia para seguir no
processo de implementao d