gestÃo do conhecimento na administraÇÃo pÚblica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM AUDITORIA E CONTROLADORIA EMPRESARIAL THIAGO RAFAEL DA SILVA BRANDÃO GESTÃO DO CONHECIMENTO: A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL HUMANO NA FORMAÇÃO DO VALOR ECONÔMICO DE UMA EMPRESA Cuiabá/MT 2015

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Page 1: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM AUDITORIA E CONTROLADORIA

EMPRESARIAL

THIAGO RAFAEL DA SILVA BRANDÃO

GESTÃO DO CONHECIMENTO: A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL

HUMANO NA FORMAÇÃO DO VALOR ECONÔMICO DE UMA

EMPRESA

Cuiabá/MT

2015

Page 2: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

THIAGO RAFAEL DA SILVA BRANDÃO

A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL HUMANO NA FORMAÇÃO DO

VALOR ECONÔMICO DE UMA EMPRESA

Artigo apresentado ao Departamento de

Ciências Contábeis da Faculdade de

Administração e Ciências Contábeis (FAeCC)

da Universidade Federal de Mato Grosso

(UFMT) como requisito parcial para a

obtenção do grau de Especialista em Auditoria

e Controladoria Empresarial.

Orientador: Profª Msc. Edijeide Fernandes Freitas

Cuiabá/MT

2015

Page 3: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

GESTÃO DO CONHECIMENTO: A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL HUMANO NA

FORMAÇÃO DO VALOR ECONÔMICO DE UMA EMPRESA

Autor: Thiago Rafael da Silva Brandão 1

Orientador: Edijeide Fernandes Freitas 2

SINOPSE

O objetivo geral deste artigo é descrever o fator produção: capital humano e sua importância

na criação de valor para empresa, através da investigação sobre métodos de aferição de valor

do conhecimento existentes, tendo a premissa que, de modo geral, as empresas não possuem a

percepção do valor do conhecimento, principalmente os ligados ao capital intelectual. O

método comparativo, em conjunto do levantamento bibliográfico, foi o utilizado por permitir

a investigação de fenômenos com a finalidade de ressaltar características, diferenças e

semelhanças entre alguns aspectos. A classificação taxionômica dos modelos de medição

conhecimento resulta em quatro focos da gestão do conhecimento: benchmarking,

performance, capital intelectual e no valor. O resultado alcançado neste estudo sugeri a

formulação de uma metodologia que mescle os focos performance e valor.

Palavras Chaves: Valor. Capital humano. Ativo intangível. Gestão do conhecimento.

ABSTRACT

The aim of this article is to describe the production factor: human capital and its importance

in creating value for the company through research on existing knowledge of the value of

measurement methods, with the premise that, in general, companies do not have the

perception of the value of knowledge, especially those related to intellectual capital. The

comparative method, together the literature, was used to allow the investigation of phenomena

in order to emphasize characteristics, differences and similarities between some aspects. The

taxonomic classification of knowledge measurement models results in four foci of knowledge

management: benchmarking, performance, intellectual capital and value. The results achieved

in this study suggested the formulation of a methodology that focuses merge performance and

value.

Wordkeys: Value. Human capital. Intangible assets. Knowledge management.

1 Pós graduando em Auditoria e Controladoria Empresarial - UFMT

2 Professora de Economia, mestre em Agricultura Tropical - UFMT

Page 4: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................................ 4

3 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 5

3.1 Valor criado - uma perspectiva de valoração ............................................................... 5

3.2 Ativo tangível mais intangível igual a Valor de Mercado ........................................... 6

3.2.1 Recursos intangíveis: capital humano, um componente do valor de mercado da

empresa................................................................................................................................ 7

3.2.2 Perspectivas no processo de gestão do capital humano ............................................. 7

3.3 Criação de conhecimento ............................................................................................. 8

3.4 Condições para criação do conhecimento organizacional ........................................... 9

3.5 Propostas de medição do conhecimento .................................................................... 10

3.5.1 Modelo APO – Asian Productivity Organization – Estágio Diagnóstico:

autoavaliação ..................................................................................................................... 10

3.5.2 Modelo BSC – Balanced Scorecard ................................................................... 12

3.5.3 Modelo Navegador Skandia ............................................................................... 13

3.5.4 Modelo EVA – Economic Value Added ............................................................. 15

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................................... 16

4.1 Modelo APO – foco em benchmarking ..................................................................... 16

4.2 Modelo BSC – Balanced Scorecard – foco medição de performance ...................... 18

4.3 Modelo Navegador Skandia – foco na medição do capital intelectual ...................... 19

4.4 Modelo EVA – Economic Value Added – foco no valor ........................................... 20

4.5 Proposta: uso conjugado de metodologias de medição ............................................. 20

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 22

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 23

Page 5: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

4

1 INTRODUÇÃO

No mundo atual, o compartilhamento de conhecimento e experiências encontra-se

potencializado por avanços tecnológicos, principalmente por tecnologias de informação e

comunicação mais acessíveis as pessoas, impactando diretamente os padrões dessas e da

sociedade em geral. A gestão do conhecimento (GC) ganha cada vez mais importância,

produzindo condições para melhoria de qualidade de vida. Para organizações, sua relevância é

a mesma, pois ao fazer analogia a um organismo vivo, o conhecimento serve como base para

realização de suas atividades, ampliando o valor de seus ativos (pessoas, capitais, entre

outros) e assim, garantindo sua sobrevivência.

Nesse sentido, o objetivo geral foi descrever a importância do capital humano, como

fonte de conhecimento, e componente intangível na formação do valor para a empresa.

Os objetivos específicos foram: descrever a importância da valoração e sua relação

com preço e custos; relatar a criação de valor empresarial, por intermédio do ativo intangível,

com ênfase no capital humano e gestão do conhecimento. Além de apresentar e analisar

características de alguns métodos de aferição de conhecimento existentes, partindo da

premissa que, de modo geral, as empresas não possuem a percepção do valor do

conhecimento, principalmente os ligados ao capital intelectual.

O presente trabalho utilizou-se do método comparativo aliado ao levantamento

bibliográfico, realizado de janeiro/2015 a abril/2015, e da análise qualitativa definiu os

procedimentos para engendrar a pesquisa. A pergunta “qual modelo de aferição de valor de

ativo intangível (capital humano) a ser adotado por uma pequena empresa?” deu suporte para

a investigação dos instrumentos de valoração existentes.

Os modelos apresentados neste trabalho científico serviram de referência para

proposição de uma nova forma de quantificar o valor do conhecimento aliado ao

desenvolvimento de uma estratégia de competitiva de longo prazo.

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

No desenvolvimento desta produção, como primeira etapa, foi realizado um

levantamento bibliográfico no período de janeiro/2015 a abril/2015, em meios físicos (livros)

e eletrônicos localizados na internet (banco de teses, dissertações e artigos científicos) sobre

GC e criação de valor baseado em recursos.

Page 6: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

5

Na segunda etapa, identificou-se o conceito de criação de valor pelo uso de um recurso

intangível (capital humano; processos de criação do conhecimento) produto do capital

humano; e algumas formas de medição do conhecimento como a classificação taxionômica

dos modelos de medição conhecimento que serviram de base etapa seguinte.

Na terceira etapa, a classificação taxionômica, envolta em quatro focos, terá seus

exemplos descritos e analisados e servirá de suporte para análise qualitativa e discussão de

resultados e considerações finais sobre a gestão do conhecimento e a criação de valor para

uma empresa que auxiliará a responder o seguinte questionamento:

Qual modelo de aferição de valor de ativo intangível (capital humano) a ser adotado

por uma pequena empresa?

A seguir far-se-á a apresentação de modelos para obtenção do valor intangível neste

trabalho proposto:

3 REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico deste artigo contém a descrição de conceitos de valor e preço,

criação de valor como estratégia competitiva para aumentar o ativo intangível em um atributo

atrelado ao capital humano, bem como diversas formas de avaliar o conhecimento.

3.1 Valor criado - uma perspectiva de valoração

Valores sociais e de consumo de pessoas e famílias são, atualmente, mais

influenciadas por aspectos de mudanças tecnológicas (uso de internet para comunicação

direcionada à indivíduos); globalização (possibilidade realizar intercambio comercial mais

fácil e intenso com empresas de outros países, ajudado pela internet e grandes avanços em

transporte e logística); customização (produção de bens e serviços de forma interativa, pelo

uso de ferramentas de Business Intelligence - BI) ; e transformações no varejo (surgimento de

gigantes em setores produtivos que investem em anúncios diretos ao consumidor fez com que

empreendedores incorporem novas atrações, para ao invés de vender produtos, mas

experiências) são exemplos citados por Kotler e Keller (2006), que tornou mais intensa a

competição entre organizações.

Para sobressair nesse ambiente, é necessário obter-se a competitividade estratégica -

conceber e implantar com êxito uma estratégia para criação de valor (Hitt e outros, 2011).

Page 7: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

6

“Valor é medido pelas características de desempenho de um produto

e pelos atributos pelos quais os clientes estão dispostos a pagar.”

(Hitt e outros, 2011)

Figura 01 – Valor criado

Fonte: BRANDENBURGER e STUART citado por BRITO e BRITO, 2012

No modelo de valor criado (figura 01), o preço, por Longenecker e outros (2007),

visto como uma estimativa dos custos totais de fornecer produtos e ou serviços, mais alguma

margem de lucro, tendo base em uma demanda existente.

Logo, a valoração é um conceito que embute um preço mínimo capaz de absorver

custos totais (produção e oportunidade – para Padoveze, 2010, parâmetro decisório atrelado

ao retorno de investimentos concorrentes ao produto e ou serviço ofertado) somada a

disposição de consumidores em pagar a mais por um valor (além do preço médio de

mercado).

Ao se tornar uma vantagem competitiva, um valor criado deve ser superior às ofertas

da concorrência. Para que isso aconteça, Hitt e outros, (2011) descrevem recursos (insumos

para o processo de produção de uma empresa); capacidades (recursos utilizados com intenção

de executar uma rotina) como competências essenciais para criar vantagem competitiva.

Uma forma de criar capacidades duradoras (difíceis de cópia pelos concorrentes) é

estimular a produção de inovação, que origina do conhecimento criado pelo capital humano

da organização, que é um recurso intangível.

3.2 Ativo tangível mais intangível igual a Valor de Mercado

Recursos, de modo geral pela contabilidade, são classificados em tangíveis e

intangíveis. A distinção dentre os dois dá-se pela materialidade (são vistos, facilmente

detectados) e quantificação (mensuráveis) em valores. São exemplos tangíveis os recursos

físicos, tecnológicos, financeiros e organizacionais. Já os intangíveis estão relacionados aos

recursos humanos, de inovações e os relacionados à reputação.

Por serem menos visíveis e de difícil percepção, o enfoque deste estudo está nos ativos

intangíveis que para Hitt e outros, (2011), pode representar até 70 % do capital em uma

Page 8: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

7

empresa e por receber maior atenção da contabilidade brasileira que se adapta as normas

internacionais ao permitir a inclusão desse grupo em ativo patrimonial.

3.2.1 Recursos intangíveis: capital humano, um componente do valor de mercado da

empresa

Utilizando um exemplo citado por Stewart (1998), quando o mercado de ações avalia

uma empresa por um valor maior que o contábil de seus ativos, demonstra que os ativos

físicos tem cada vez menos importância do que os intangíveis (as capacidades de seus

funcionários, sistemas gerenciais e o perfil de relacionamento com seus clientes) que significa

o capital intelectual para empresa.

O Conceito de capital intelectual surgiu do modelo de diagnóstico da Skandia, por Lief

Edvinson, que formado por três elementos (capital humano, estrutural e cliente) podem ser

aferidos e direcionados.

O capital humano é considerado a fonte principal do conhecimento, pois esse surge da

mente das pessoas. O capital estrutural também é um ativo intangível, podendo ser

considerado como mecanismos criados pelas empresas para decodificarem e registrar o

conhecimento. Já o capital dos clientes são pessoas que reconhecem valor na empresa e que

transacionam e realizam negócios.

Neste estudo, o capital humano e o estrutural serão demonstrados com mais

informações e em seu foco de convergência: Conhecimento.

3.2.2 Perspectivas no processo de gestão do capital humano

Em uma perspectiva econômica, apresenta-se um estudo da empresa de consultoria

PricewaterhouseCoopers (PwC), em 2012, sobre a evolução dos métodos de análise de dados

na gestão de pessoas.

Figura 02 – Evolução dos sistemas de métricas de capital humano

Fonte: FARO e GUILHOTO (2013). Com adaptações.

Page 9: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

8

Das empresas que participaram do estudo promovido pela consultoria, 20% do total de

empresas pesquisadas encontravam-se nos dois primeiros estágios, como características

investigadas foram observadas: detinham expressiva informação sobre as características de

seu corpo funcional (quantidade, idade, formação etc.), conhecem alguns indicadores sobre

seu comportamento (rotatividade, absenteísmo, desempenho e engajamento, entre outros) e

sobre as ações de gestão de pessoas (investimento em treinamento, eficácia do recrutamento e

seleção, gestão de carreiras etc.).

No terceiro estágio, estavam um total de 75% das empresas pesquisas, nesse estágio as

empresas conseguiam: distinguir sobre modos de engajamento entre colaboradores e se as

atividades de coaching e feedback têm impacto positivo no retorno sobre os investimentos

feitos em ações de treinamento, por exemplo.

No estágio quatro, 5% do total de empresas avaliadas, as empresas desse estágio

possuíam como característica organizacional: a capacidade de aferir o efeito de índices de

satisfação no trabalho sobre a rotatividade futura.

3.3 Criação de conhecimento

O conhecimento, segundo Nonaka e Takeuchi (1997) é criado apenas por indivíduos, e

apenas cabem às organizações auxiliar esses indivíduos para que criem conhecimento.

No âmbito organizacional, permite-se a ampliação do que foi criado pelas pessoas,

resultado de suas interações no ambiente interno e externo, e cria-se uma rede de

conhecimento da entidade.

Pela dimensão epistemológica (forma), Nonaka e Takeuchi (1997) baseiam-se em

Polanyi (1996) ao realizar a seguinte distinção:

Quadro 01 – Tipos de conhecimento

Tácito Explícito

Íntimo e de difícil concepção e comunicação; Codificado, aberto, transmissível por intermédio de

linguagens;

Surge da experiência para uma ação, durante um

contexto.

Tem origem nas regras/teorias.

Fonte: Nonaka e Takeuchi (1997). Com adaptações.

Nonaka e Takeuchi (1997) partem do pressuposto que a conversão do conhecimento –

ou espiral do conhecimento – é o resultado da interação entre as formas de conhecimentos –

tácito e explícito – nas atividades de criação, resultando em quatro modos descritos abaixo:

Page 10: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

9

Quadro 02 – Espiral do conhecimento

Socialização: conhecimento tácito em tácito Externalização: conhecimento tácito em explícito

Tipo de conhecimento: compartilhado;

Exemplo: Perguntar

Tipo de conhecimento: conceitual;

Exemplo: Escrever

Combinação: conhecimento explícito em explícito Internalização: conhecimento explícito para tácito

Tipo de conhecimento: sistêmico

Exemplo: Reuniões

Tipo de conhecimento: operacionais;

Exemplo: Rotinas

Fonte: Nonaka e Takeuchi (1997). Com adaptações.

Neste contexto, foi relatado que o conhecimento tem origem nas pessoas e os tipos de

conhecimentos existentes (tácito e explícito) e que de modo combinado (espiral do

conhecimento) tem como resultado um conhecimento diferente daquele que se deu origem.

Não se pode dissociar o conhecimento da ação/intenção pessoal, pois se o conhecimento

estiver retido em seus meios (pessoas, livros, regras, entre outros). E não forem postos em

práticas, não haveria combinação e consequentemente, novos conhecimentos não seriam

criados.

3.4 Condições para criação do conhecimento organizacional

Processos gerenciais também facilitam a criação do conhecimento, ao gerir seu

processo, os agentes desempenham, segundo Nonaka e Takeuchi (1997), seu papel da

seguinte forma:

a) De cima para baixo: modelo hierárquico clássico, originário de Weber e

Taylor. Informações sobem até a alta gerência que as usam para tomar

decisões e definir ações que descem aos níveis hierárquicos intermediários e

operacionais onde serão executadas. Adequado para lidar com conhecimento

explícito, porém negligencia o tácito.

b) De baixo para cima: inverso do anterior, existem autonomia para as pessoas,

eliminando barreiras hierárquicas, os gerentes dão poucas ordens, contudo a

interação entre seus membros da organização. Adequado para conhecimento

tácito, contudo criam-se dificuldades para disseminação do conhecimento.

c) Do meio para cima e para baixo: conhecimento criado pelos gerentes de nível

médio sendo responsáveis por agrupar as expectativas dos níveis operacionais

e estratégicos e orientar a criação do conhecimento de modo mais efetivo.

E por ultimo, Nonaka e Takeuchi (1997) evidencia a estrutura como apoio ao processo

gerencial e criação do conhecimento, que, de modo geral, são apontados três tipos:

Page 11: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

10

a) Burocracia: enfatiza o controle, ao ser altamente formalizado, especializado e

padronizado, para criar estabilidade. Suas disfunções (resistências a

mudanças, por exemplo) prejudicam seus membros ao impedir uma

participação ativa;

b) Força tarefa: minimiza os pontos fracos da burocracia, ao ser flexível,

dinâmica e participativa. Pessoas trabalham dentro de um prazo determinado

e uma meta específica. Seu caráter temporário porem dificulta uma

transferência ampla do conhecimento criado, após a conclusão de um projeto;

c) Hipertexto: síntese dos modelos anteriores. Criação de três níveis de

conhecimento pela combinação da burocracia, força-tarefa e um último nível,

chamado de base de conhecimento, que ambienta o conhecimento gerado

pelos dois níveis anteriores, permitindo sua integração.

3.5 Propostas de medição do conhecimento

A proposta de classificação base, chamada de taxionômica, demonstra abordagens em

quatro focos de atuação. Os autores Raub e Sthapit, citado por Papa, (2001) demonstram

algumas de suas características mais evidentes.

Quadro 03 – Classificação taxionômica dos modelos de medição conhecimento

Foco em

benchmarking

Foco na medição de

performance

Foco na medição do

capital intelectual

Foco no valor

Principais

Idéias

Processos de

conhecimento e

habilitadores;

Compara

atividades de

GC interna e

externamente.

Combina indicadores

financeiros e não

financeiros;

Traduz a estratégia

dentro de medidas de

fácil compreensão.

Capital intelectual consiste

de pessoas, estrutura e

capital de relacionamento;

A medição do crescimento

do capital intelectual é

executada por indicadores.

Esforço de evolução

dos processos de

negócio;

Valor de um

processo definido

pelo conhecimento

adicionado.

Ponto Forte Rápida

avaliação da

prática corrente.

Perspectiva

equilibrada sobre o

desempenho.

Foco claro no

conhecimento.

Metodologia

disciplinada.

Ponto Fraco Não mede o

conhecimento

verdadeiro da

organização.

Não mede o

conhecimento

diretamente.

Necessita de indicadores

refinados.

Limitado ao passado

da organização.

Exemplos de

Modelos

APO

BSC

Navegador Skandia

EVA

Fonte: (RAUB e STHAPIT citado por PAPA, 2001). Com adaptações.

3.5.1 Modelo APO – Asian Productivity Organization – Estágio Diagnóstico:

autoavaliação

Nesta seção, o modelo APO, no primeiro passo (autoavaliação) dentro do estágio de

diagnóstico da GC, será demonstrado como identifica as necessidades e oportunidades de

melhoria para o conhecimento organizacional.

Page 12: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

11

A autoavaliação apontam as competências encontradas, determinando em que grau a

GC está sendo aplicada, identificando seus pontos fortes e fracos por meio de um questionário

de sete critérios com 42 itens, pontuados de 1 a 5, no total de 210 pontos.

Quadro 04 – Critérios de avaliação da GC

Critério O que avalia

Liderança em GC Capacidade de responder a desafios impostos pela sociedade e a economia baseada

no conhecimento, por meio de estratégias e práticas que estimulem a visão

estratégica do conhecimento; formação dos trabalhadores; avaliação e melhoria do

desempenho organizacional; arranjos organizacionais e recompensas do

desempenho.

Processos Maneira como o conhecimento é usado na gestão, implementação e melhoria dos

processos essenciais à organização.

Pessoas Existência de um ambiente e cultura orientada para o conhecimento e aprendizagem;

motivação para desenvolvimento na carreira; e a partilha de conhecimento nas redes

organizacionais.

Tecnologia Uso de soluções que permitam criar uma cultura colaborativa do conhecimento como

rede internet, intranet, além de informações de disponibilidade constante e integras.

Processos de

conhecimento

Gerenciamento do capital intelectual; identificar, criar e armazenar conhecimentos

tácitos dos colaboradores; fluxo do conhecimento na organização; e identificação e

compartilhamento das melhores práticas.

Aprendizagem e

inovação

Habilidade de permitir e encorajar a aprendizagem e inovação por novas técnicas e

ideias; e incentivos para o compartilhamento de conhecimento.

Resultados da GC Avalia a capacidade da organização em aumentar o valor para seus clientes com

produtos e serviços aprimorados; uso de recursos para aumento da produtividade e

inovação; e se o crescimento é resultado da aprendizagem e inovação.

Fonte: APO (2009). Com adaptações.

As pontuações obtidas pelos grupos de avaliação são somadas, por item, e passam por

uma média aritmética simples, sendo tabuladas e postas em ordem, servindo de base para

elaboração da matriz dos pontos fortes e oportunidades de melhoria da GC.

Outro produto da avaliação são os níveis de GC expostos a seguir.

Figura 03 – Níveis de maturidade em GC

Fonte: APO (2009). Com adaptações.

Page 13: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

12

A autoavaliação é apenas uma das etapas deste modelo que prevê o planejamento da

GC (missão, visão, projetos, entre outros.) desenvolvimento e o seu implementar.

3.5.2 Modelo BSC – Balanced Scorecard

Criados por Kaplan e Norton (2000), inicialmente possuía a intenção, segundo os

próprios autores, servir como uma ferramenta de mensuração que almeja superar as limitações

impostas pelos indicadores financeiros, que em sua compreensão, limita-se ao passado.

À medida que as organizações que primeiro implantaram essa métrica, os resultados

demonstraram o poder da ferramenta de inserir toda a organização na estratégia, redefinindo

papeis nos relacionamentos com os clientes, reengenharia de processos de negócios e adoção

de nova estrutura tecnológica.

Como indicador de futuro, almeja criar novos valores por investimentos em clientes,

fornecedores, empregados, tecnologia e inovação. Tais investimentos poderiam ser analisados

sob quatro perspectivas:

Financeira: A estratégia de crescimento, rentabilidade e risco sob a perspectiva do acionista;

Cliente: A estratégia de criação de valor e diferenciação, sob a perspectiva do cliente;

Processos de negócios internos: As prioridades estratégicas de vários processos de negócio,

que criam satisfação para clientes e acionistas;

Aprendizado e crescimento: As prioridades para o desenvolvimento de um clima propício à

mudança organizacional, inovação e ao crescimento. (KAPLAN e NORTON, 2000)

Para Kaplan e Norton (2000), o BSC seria capaz de medir a criação de valor para os

clientes atuais e futuros, mantendo, ao mesmo tempo, o interesse em desempenho financeiro e

ações de desempenho de longo prazo em termos competitivos e de criação de valor.

Cruz e outros (2000) consideram que a gestão do conhecimento agrega ao BSC ao

estimular a perspectiva de aprendizagem e crescimento que sustenta os objetivos das demais

perspectivas.

O conhecimento pode ser verificado na perspectiva de aprendizado e crescimento,

como na sua criação e no processo de espiral do conhecimento, relatado por Nonaka e

Takeuchi (1997), com foco nas pessoas; e nos processos de negócios internos, como capital

estrutural para Stewart (1998) e Edvinson (1998) no modelo Navegador Skandia, que será

tratado na próxima sessão.

Page 14: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

13

3.5.3 Modelo Navegador Skandia

Desenvolvido para ser empregado na Skandia, empresa sueca do setor financeiro, é

uma metodologia para gestão e mensuração de capital financeiro (uma dimensão composta

por indicadores financeiros) e capital intelectual (humano, estrutural e clientes).

Capital humano demonstra as capacidades e os conhecimentos dos funcionários, além

de suas interações no atendimento aos clientes. Está diretamente relacionado ao capital

estrutural (conhecimento retido na organização e que pode ser compartilhado entre seus

membros) já que cabe ao capital humano criar inovação e conhecimento.

O capital estrutural, para reter o conhecimento criado, abrange toda a estrutura que dá

sustentação ao capital humano, inclusive a física, podendo ser subdividido conforme abaixo:

a) Organizacional: sistemas e processos internos que facilitam o trânsito do

conhecimento pela organização;

b) Inovação: resultados obtidos dos processos de inovação e criação de novos

produtos amparados por leis de propriedade intelectual;

c) Processos: técnicas direcionadas aos empregados para melhoria da eficiência e

criação de valor na produção de bens ou serviços (EDVINSON e MALONE,

1998 citado por CARBONE e outros, 2009).

Por último, o capital cliente está direcionado ao tratamento da freguesia. Conceitos

como fidelidade, satisfação e longevidade dão a medida do que é relevante para essa

dimensão.

Quadro 05 – Exemplos de indicadores sugeridos do Navegador Skandia

Financeiros Cliente Processos Renovação e

desenvolvimento

Humano

• Faturamento

/empregado;

• Tempo dedicado

aos clientes/número

de horas trabalhadas

pelos empregados;

• Receita

operacional líquida;

• Valor de mercado;

• Retorno sobre o

valor do ativo

líquido;

• Valor agregado /

empregado;

• Despesas com TI/

despesas

administrativas;

• Participação no

mercado;

• Número de

clientes;

• Número de

clientes perdidos;

• Classificação dos

clientes;

• Número de visitas

dos clientes à

empresa;

• Cobertura de

mercado;

• Índice de

ociosidade;

• Rendimento bruto

de aluguéis

•Despesas

administrativas/

ativos

administrativos

• Despesas

administrativas

/receita total

• Custo dos erros

administrativos

/receitas gerenciais;

• Rendimento total

comparado com o

setor;

• Tempo de

processamento dos

pagamentos a

terceiros;

• Índice de

satisfação do

empregado;

• Despesas de

marketing /cliente;

• Despesas de

marketing /ativos

administrados;

• Porcentagem das

horas de “Método e

Tecnologia”;

• Porcentagem das

horas de

treinamento;

• Porcentagem das

horas de

desenvolvimento;

• Índice de

liderança;

• Índice de

motivação;

• Índice de

empowerment;

• Número de

empregados;

• Número de

empregados/número

de empregados em

parcerias;

• Rotatividade dos

empregados;

• Número médio de

anos de serviços

com a empresa;

Page 15: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

14

• Valor agregado /

número de

empregados em TI;

• Investimentos em

TI.

/empregado;

• Número de

contratos;

• Economia de

gastos/contrato;

• Número de pontos

de venda.

• Contratos

redigidos sem erro;

• Despesas

administrativas/emp

regado;

• Meta de qualidade

corporativa;

• Desempenho

corporativo/meta de

qualidade.

• Despesas com

R&D/despesas

administrativas;

• Despesas com TI

/despesas

administrativas;

• Crescimento do

prêmio líquido.

• Número de

gerentes

• Despesas de

treinamento/

empregado

Fonte: Edvinsson e Malone (1998) citado por MALAVSKI e outros (2010). Com adaptações.

Além da divisão por dimensões, esse modelo o faz também por temporalidade, no qual

o passado é representado pelo foco financeiro; o presente focado em clientes, processos e

humano; e o futuro está na capacidade de inovação que sustente sua posição empresarial.

Figura 04 – Navegador Skandia

Fonte: Edvinsson e Malone (1998) citado por MALAVSKI e outros (2010). Com adaptações.

Todas as dimensões citadas produzem índices, em que ao serem relacionados aos

resultados (lucros ou prejuízos) resultam na seguinte equação para capital intelectual (CI):

CI = i x C

i = eficiência do uso do capital intelectual;

C = avaliação monetária do capital intelectual.

Quadro 06 – Índices para capital intelectual

Eficiência Avaliação monetária

1. Participação no mercado (%);

2. Índice de satisfação dos clientes

(%);

3. Índice de liderança (%);

4. Índice de motivação (%);

5. Índice de investimento em Pesquisa

& Desenvolvimento/investimento total

(%);

6. Índice de horas de treinamento (%);

7. Desempenho/meta de qualidade

(%);

1. Receitas resultantes da atuação em novos negócios (novos

programas/serviços);

2. Investimento no desenvolvimento de novos mercados;

3. Investimento no desenvolvimento do setor industrial;

4. Investimento no setor de novos canais;

5. Investimento em TI aplicada a vendas, serviços e suporte;

6. Investimento em TI aplicada à administração;

7. Novos equipamentos de TI;

8. Investimento no suporte aos clientes;

9. Investimento no serviço aos clientes;

10. Investimento no treinamento de clientes;

Page 16: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

15

8. Retenção dos empregados (%);

9. Eficiência administrativa/receitas (o

inverso de erros

administrativos/receitas) (%).

11. Despesas com clientes não relacionadas aos produtos;

12. Investimento no desenvolvimento da competência de empregados

13. Investimento em suporte e treinamento relativo a novos produtos

para os empregados;

14. Treinamento especialmente direcionado aos empregados que não

trabalham nas instalações da empresa;

15. Investimento em treinamento, comunicação e suportes

direcionados aos empregados permanentes de período integral;

16. Programas de treinamento e suporte especialmente direcionados

aos empregados temporários de período integral;

17. Programas de treinamento e suporte especialmente direcionados

aos empregados temporários de período parcial;

18. Investimento no desenvolvimento de parcerias/joint ventures;

19. Upgrades do EDI ou da rede eletrônica de dados;

20. Investimento na identificação da marca (logotipo/nome);

Fonte: Edvinsson e Malone (1998) citado por MALAVSKI e outros (2010). Com adaptações.

3.5.4 Modelo EVA – Economic Value Added

Na obra ‘Organização orientada para estratégia’, Kaplan e Norton (2000) menciona o

surgimento, na década de 1990, da adoção de referenciais financeiros que captavam melhor a

criação de valor para acionistas, como o conceito de valor econômico agregado (EVA) que é

tema deste tópico.

O seu desenvolvimento data de 1983, pela consultoria financeira Stern Stewart. Seu

cálculo é semelhante à taxa interna de retorno (TIR), exceto, para Gitman (2003) que seu

resultado dá-se em porcentagem, podendo ser aplicado na empresa de uma forma geral, ou em

um projeto de investimento específico de longo prazo.

Para Stern Stewart (2014), a etapa de implantação do EVA tem quatro etapas

específicas para criação de valor que são:

a) Programa de mensuração de performance;

b) Sistemas de planejamento financeiro e orçamento;

c) Estratégia financeira corporativa;

d) Planos de remuneração e treinamento.

O seu uso na contabilidade vai de encontro ao conceito da administração baseada em

valor, não sendo um simples índice de análise financeira e de aferição de lucro contábil, que

por si só, não garante e a remuneração do capital e, consequentemente, o lucro econômico.

Auxilia o processo de tomada de decisões, induzindo gerentes a usarem ativos com cuidado,

em virtude dos custos de capital e operacionais – capital intelectual, por exemplo e,

Page 17: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

16

indiretamente, o valor do conhecimento – complementando a contabilidade tradicional.

Ehrbar, (1999) citado por Araujo e Assaf Neto (2003) descreve a importância do EVA como:

“(...) sistema completo de gerência financeira e remuneração variável

que pode orientar cada decisão tomada por uma empresa, da sala do

conselho até o chão da fábrica; que pode transformar uma cultura

corporativa (...) pode ajudá-los a produzir maior valor para os

acionistas, clientes e para eles próprios.” (EHRBAR, 1999, citado

por ARAUJO E ASSAF NETO, 2003)

Para Padoveze (2010), o conceito de EVA é a aplicação do custo de oportunidade de

capital e da manutenção do capital financeiro da empresa, abaixo, apresenta-se a formula:

Valor Econômico Adicionado (EVA) = Lucro Contábil Ajustado (–) Custo de Capital × Nível de Investimento

Logo, a aferição do EVA diagnostica o lucro econômico (valores de realização ou

fluxo futuro de benefícios) e não o tradicional lucro contábil (uso do custo original como base

de valor). O conceito de EVA pode ser encontrado dentro de outra métrica para determinar

valor de ativos intangível conhecida como goodwill. Pois, para Araujo e Assaf Neto (2003),

ao relacionarmos o EVA ao custo médio ponderado de capital, podemos encontrar o goodwill

da empresa.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Faz-se agora discussões dos modelos supras apresentadas nos procedimentos

metodológicos como base o quadro 03 – Classificação taxionômica dos modelos de medição

conhecimento – ao analisar as metodologias descritas no referencial teórico.

4.1 Modelo APO – foco em benchmarking

A metodologia APO – foco em benchmarking – pode ser utilizada como ferramenta

auxiliar aos controles gerenciais dos processos, uma vez que dos sete processos elencados,

seis estão focados no conhecimento organizacional, ou seja, serve como um indicativo,

baseado nas percepções dos empregados, de como a cultura organizacional em vigor está

sendo apreciada.

A administração pública almeja melhoria da qualidade nos serviços e eficiência no uso

recursos para promoção de desenvolvimento econômico social do país. Partindo desse

Page 18: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

17

princípio, Batista (2012) valeu-se da metodologia APO para adaptá-la aos princípios da

administração pública brasileira e estar em consonância a outras iniciativas de aprimoramento

da gestão como o GESPÚBLICA (Programa Nacional da Gestão Pública e

Desburocratização) passando a ser referência à entidades dos Poderes Executivo, Legislativo

e Judiciário, dos níveis federal, estadual e municipal, da administração direta e indireta.

O Governo de Minas celebrou um acordo de cooperação técnica com o Instituto de

Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), para orientação e acompanhamento do instituto na

aplicação da gestão do conhecimento naquele estado. Em Setembro de 2013, divulgou o modo

e cronograma para emprego da metodologia.

Após identificar uma situação de adoção do APO, podemos nos perguntar: por que

escolher a metodologia APO – foco em benchmarking – na pequena empresa?

Essa metodologia – na fase de autoavaliação – permite que seus resultados sejam

apurados rapidamente, permitindo a compreensão do memento atual da empresa, sua

replicação em momentos futuros e a comparação dos seus resultados, observando tendências

sobre cada critério.

No entanto, essa metodologia não se resume apenas a autoavaliação, pois essa fase é

considerada a inicial de um estudo de caso, que servindo como justificativa para as

necessidades operacionais, objetivos e estratégias de intervenção. Além de entidades públicas,

tal modelo pode ser usado por pequenas e médias empresas, tendo em vista sua concepção

original para tal público, devido a linguagem simples, prática e de fácil compreensão.

Ao mesmo tempo outra dúvida pode surgir: por que não escolher a metodologia – foco

em benchmarking – na pequena empresa?

Em nenhum momento, o modelo APO não trabalha com indicadores monetários, o que

pode tornar um empecilho para o pequeno empresário compreender o que foi criado de valor

– conhecimento, por exemplo –, pois esse normalmente pode ser mais sensível a indicadores

financeiros do que os sujeitos a juízos de valores, pela necessidade de resultados imediatos e a

pouca margem para erros, que podem ser determinantes para sua sobrevivência.

Por valer-se de percepções, convém usar a ferramenta diagnóstico, em um intervalo de

tempo que atenue tensões momentâneas que afetem o clima organizacional e demonstre uma

tendência, ou seja, além de uma simples aferição momentânea.

O valor agregado do conhecimento pelo capital humano é medido em conjunto do

capital intelectual da empresa, não permitindo avaliar a contribuição dos colaboradores no

desempenho organizacional.

Page 19: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

18

4.2 Modelo BSC – Balanced Scorecard – foco medição de performance

A segunda metodologia – BSC – tornou-se instrumento para planejamento estratégico,

apesar de, no momento de sua concepção, sua intenção era aferir o que os indicadores

financeiros não faziam, diagnosticar elementos que permitissem vantagem competitiva e

criação de valor. Desse modo, o foco na medição do desempenho empresarial se mostra. Tal

estratégia de futuro demonstrada em forma de fácil compreensão.

Exemplo prático daquilo é visível na subsidiária da Siemens no Brasil, descrito por

Junior e Prochnik (2004), os quais relatam os processos iniciais de seu uso em janeiro de

2001, por pesquisas de melhores práticas, consulta à outras unidades da empresa e

sensibilização da diretoria; e na revista Exame e, em que Daniela Cardim, consultora interna

da Siemens, observa que:

“Os ativos intangíveis, como o conhecimento dos funcionários, são a

base para a execução da estratégia (...). Muitas empresas pensam no

desenvolvimento dos funcionários de maneira incorreta. É importante

desenvolver habilidades. Mas quais? Como trabalhar a cultura? O que

é realmente necessário para concretizar a estratégia? Para que os

ativos intangíveis gerem valor, eles devem estar alinhados de maneira

muito específica à estratégia (...). O valor dos ativos intangíveis está

no quanto as pessoas estão aptas a suportar a estratégia. (...) . Se na

perspectiva financeira liquidez é a rapidez com que converto meus

ativos em dinheiro, na perspectiva do aprendizado e crescimento é a

disposição da força de trabalho.” (CARDIM, 2002)

Novamente, uma pequena empresa pode questionar-se: por que escolher modelo BSC

(Balanced Scorecard) foco medição de performance – na pequena empresa?

A combinação de fatores financeiros e não financeiros faz com que essa ferramenta

apresente o desempenho empresarial de forma equilibrada e consciente. Apesar do

conhecimento não ser enfatizado diretamente, ela está presente na perspectiva de

aprendizagem e crescimento, para que o BSC seja, de fato, uma ferramenta útil para

planejamento estratégico, o conhecimento sobre o ambiente interno e externo está implícito na

forma das métricas componentes do instrumento.

O empresário, inclusive o pequeno, não encontra dificuldades para compreender uma

estratégia nessa ferramenta. Demonstra de modo simples o modo de como a empresa pode

manter-se no mercado.

Quais dificuldades podem surgir que faça o gestor pensar: por que não escolher

modelo BSC (Balanced Scorecard) foco medição de performance – na pequena empresa?

Ao mesmo tempo em que é visível o exercício do planejamento estratégico bem como

uso de controles internos, esse fato pode ser um obstáculo ao depararmos com organizações

Page 20: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

19

que ainda não possuam definidas suas sistemáticas de aferir resultados operacionais de suas

atividades e, ao menos, ter um esboço de sua missão e visão de futuro.

A visão de futuro apresenta sustentada sob o olhar do aprendizado e conhecimento,

esse que não é medido diretamente, foco deste estudo.

4.3 Modelo Navegador Skandia – foco na medição do capital intelectual

A terceira metodologia apresentada – Navegador Skandia – possui seu conceito central

no capital intelectual (não atoa, é o foco desse método) que se encontra subdivido em capital

estrutural (decodifica o conhecimento) e o capital humano (responsável pela criação do

conhecimento e inovação empresarial).

Além das dimensões citadas, realiza uma análise temporal, cujo passado é

representado pelos indicadores financeiros; o presente pelo capital estrutural e humano; e o

futuro como o conhecimento criado e que gera receita e perenidade a empresa.

Um exemplo encontrado do uso da mensuração de capital intelectual foi da empresa

Suzano papel e celulose que até 2004, possuía sua visão de intangíveis com foco no capital

intelectual, inspirado no navegador Skandia, alinhado aos critérios do Prêmio Nacional da

Qualidade (PNQ).

A indagação deste estudo: por que escolher o modelo Navegador Skandia – foco na

medição do capital intelectual – na pequena empresa?

O foco humano apresenta como elemento central (entre o cliente e processos) por

reconhecer como elemento criador das capacidades empresariais no presente e futuro. É

possível apontar qual área da organização está agregando valor ao negócio devido seus

indicadores bem definidos e pormenorizados.

Podemos questionar o inverso: por que escolher o modelo Navegador Skandia – foco

na medição do capital intelectual – na pequena empresa?

Por ser um método altamente focado em conhecimento – humano e estrutural – a

organização necessita de forte controle em suas atividades, além de indicadores que consigam

refletir qualquer mudança na prática. Logo, é um modelo muito complexo para ser implantado

em pequenas empresas.

Page 21: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

20

4.4 Modelo EVA – Economic Value Added – foco no valor

O ultimo método, EVA, totalmente econômico e voltado para criação de valor na

empresa ao observar a aferição do lucro econômico (aquele descontado o custo de

oportunidade para o acionista permanecer com seu capital aplicado).

Serve de mecanismo para aferição de goodwill, indicador econômico utilizado para

medir o ativo intangível de modo abrangente e atualmente aceito nos balanços contábeis por

força de mudanças na lei.

Um exemplo de êxito no uso da ferramenta EVA é o da construtora Andrade

Gutierrez, que em matéria da revista Exame, em 2002, evidenciou melhoria no uso de capital

empregado no negócio no período de 74% do faturamento, em 1997, para 20% em 2000.

Algumas das iniciativas que permitiram esse resultado estão pautadas no comprometimento

dos acionistas com a geração de valor; treinamentos para conscientizar os empregados sobre

novos conceitos empresariais; acompanhamento de índices financeiros em processos e tarefas

cotidianas; e remuneração pelo esforço na criação de valor à empresa.

O que favorece escolher modelo EVA – Economic Value Added – foco no valor – na

pequena empresa?

Sua aplicação é visível em projetos de viabilidade econômica de algum

empreendimento específico, podendo ser aplicado na organização como um todo, abrangendo

seu valor por inteiro. Metodologia de fácil compreensão que evidencia ao acionista o retorno

sobre o capital em que foi investido.

O que desfavorece escolher modelo EVA – Economic Value Added – foco no valor –

na pequena empresa?

Por ser um método econômico, suas aferições são limitadas ao passado da empresa, no

entanto, a sua aplicação em um fluxo de caixa projetado, atenua sua limitação inicial. Não

mede o conhecimento do capital humano ou seu uso, apenas o valor agregado, caso exista

para organização. Indiretamente avaliam o conhecimento, se considerarmos, decisões

gerenciais implícitas no uso do EVA.

4.5 Proposta: uso conjugado de metodologias de medição

Afinal, qual modelo de aferição de valor de ativo intangível (capital humano) a ser

adotado por uma pequena empresa?

Page 22: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

21

Quadro 07 – Respostas para qual modelo escolher para pequena empresa

Modelos APO – foco em

benchmarking

BSC – foco

medição de

performance

Navegador

Skandia – foco na

medição do capital

intelectual

EVA – foco no valor

Aspectos

favoráveis

Permite que resultados

sejam apurados

rapidamente;

Comparação dos seus

resultados em série

histórica e/ou com outras

organizações que adotem

a metodologia.

Combinação de

fatores financeiros

e não financeiros;

Facilidade para

compreender uma

estratégia nessa

ferramenta

Foco no capital

humano e

conhecimento;

Indicadores bem

definidos e

pormenorizados;

Visível em projetos de

viabilidade econômica;

Evidencia ao acionista

o retorno sobre o

capital da organização

e/ou processo interno;

Aplicável em um fluxo

de caixa projetado

Aspectos

desfavoráveis

Não trabalha com

indicadores monetários;

Apóia-se inteiramente

em percepções;

Não avalia diretamente

conhecimento dos

organizadores

Dificuldades

iniciais para

definir suas

sistemáticas de

aferir resultados;

Aprendizado e

conhecimento

medido

indiretamente.

Muito complexo

para ser

implantado em

pequenas

empresas.

Não mede o

conhecimento do

capital humano;

Limita-se ao passado

da empresa

Fonte: Elaborado pelo autor.

Uma alternativa encontrada foi organizar os aspectos favoráveis e desfavoráveis, como

no quadro 07, para consolidar os resultados do questionamento realizado para cada

metodologia.

Contudo, uma forma de atenuar características desfavoráveis dos usos isolados das

metodologias apresentadas, ou seja, limitado apenas à sua aplicação principal, e responder a

pergunta, a proposta de metodologia deriva do uso coligado do BSC e o EVA.

Como forma de sustentar a empresa, em longo prazo, fomentar o planejamento

estratégico convém utilizar o BSC – foco medição de performance – por usar o aprendizado e

crescimento como base para expansão e desenvolvimento de suas atividades, mesmo

apresentando dificuldades iniciais de implantação – ausência de missão e visão de futuro e

controles internos frágeis/inexistentes (que se apresentam menores que as do navegador

Skandia) ideal para empresas com controles robustos e consolidados. Também possui

indicadores financeiros integrados, item visado por gestores mais imediatistas, contribuindo

para equilíbrio entre fatores financeiros e não financeiros, fato não percebido na metodologia

APO, que pode ser utilizado de forma complementar de apresentar os processos internos e o

aprendizado e crescimento.

Uma das formas de ressaltar a importância do aprendizado e crescimento

(indiretamente o capital humano e o conhecimento) e visualizar a contribuição do

Page 23: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

22

conhecimento para o alcance dos objetivos estratégicos, o EVA – foco no valor – do capital

humano pode ser calculado e obtido em um projeto de longo prazo. Facilitando o

convencimento da importância que o capital humano, e seu conhecimento agregado e criado,

têm para o presente e futuro da empresa.

Figura 05 – Proposta de medição do EVA para o aprendizado e crescimento do BSC

OBJETIVOS

ESTRATÉGICOS

Balanced Score Card

Financeira

Clientes

Processos

internos

Aprendizado e

crescimento

Capital HumanoConhecimento

EVA Contribuição do

conhecimento para

alcance dos

objetivos

estratégicos

Val

or c

riad

o pa

ra o

rgan

izaç

ãoA

umen

to d

e va

lor

de m

erca

do

Fonte: Elaborado pelo autor.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As contribuições desta produção acadêmica podem ser agrupadas em dois segmentos

de estudos. A primeira aborda a importância da criação de valor para uma empresa (conceito

produto da combinação de custos de oportunidades, custo empresarial, preços e excedentes

pagos pelos clientes), em uma estratégia atrelada ao uso de recursos intangíveis (capital

humano), como forma de obter uma vantagem competitiva para manter-se no mercado. A

segunda mostra algumas ferramentas (focos em benchmarking, performance, capital

intelectual e valor) que podem ser utilizadas para o reconhecimento do valor criado pelo

capital humano. O elo entre esses dois segmentos está no conhecimento (criação, uso e

gestão) oriundo dos empregados de uma organização, pois é, ao mesmo tempo, uma fonte de

criação de valor e mensurável seu valor econômico.

Desse modo, a resposta para “Qual modelo de aferição de valor de ativo intangível

(capital humano) a ser adotado por uma pequena empresa?”, acredita-se estar no uso da

ferramenta BSC (fornecendo diretrizes para o desenvolvimento empresarial e do capital

Page 24: GESTÃO DO CONHECIMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

23

humano) em conjunto do EVA (contabilização da contribuição do capital humano)

contribuindo para criação de uma cultura de valorização do aprendizado e inovação do capital

humano, ao permitir atenuar dificuldades de planejamento e mensuração de seus esforços, e

oferecer um método que auxilie à sobrevivência, em longo prazo, de uma pequena empresa

em um ambiente competitivo.

Para verificar a viabilidade da resposta proposta e como sugestão para estudos futuros,

convém à criação de um instrumento de métricas contendo os conceitos de BSC e EVA e

aplica-los a um caso concreto.

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