gestão pública no brasil: reformas, modelos e políticas -limites e desafios

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1 Gestão Pública no Gestão Pública no Brasil: Reformas, Brasil: Reformas, modelos e políticas modelos e políticas -limites e desafios -limites e desafios Luiz Alberto dos Santos Subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais Casa Civil da Presidência da República Novembro de 2006

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Gestão Pública no Brasil: Reformas, modelos e políticas -limites e desafios. Luiz Alberto dos Santos Subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais Casa Civil da Presidência da República Novembro de 2006. Contexto Histórico e Político. - PowerPoint PPT Presentation

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Gestão Pública no Brasil: Gestão Pública no Brasil: Reformas, modelos e Reformas, modelos e

políticas -limites e desafiospolíticas -limites e desafios

Luiz Alberto dos SantosSubchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas

GovernamentaisCasa Civil da Presidência da República

Novembro de 2006

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Contexto Histórico e Político Reformas/Modernização da Administração inspirada por paradigmas

burocráticos weberianos (EUA, França) e “gerenciais” (NZ, UK) Baixo grau de aderência da cultura aos valores do merit system Recorrência de práticas patrimonialistas (clientelismo, fisiologismo,

paternalismo) Formalismo: evolução legislativa não se reflete na prática

administrativa Reformas Administrativas inconclusas Esforços modernizantes x Cultura política atrasada Carta de 1988: ênfase na profissionalização, democracia e combate à

corrupção Emendas Constitucionais: ênfase na redução de despesas,

flexibilização e ganhos de eficiência (em voga a “Nova Gerência Pública”)

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Preliminar: o “Consenso de Washington” (1989)1. controle do déficit fiscal2. cortes de gastos públicos3. reforma tributária4. administração das taxas de juros5. administração da taxa de câmbio6. política comercial de abertura do mercado e liberação de

importações7. liberdade para entrada de investimentos externos8. privatização das empresas estatais9. desregulamentação da economia, inclusive normas trabalhistas10. garantia dos direitos de propriedade, inclusive propriedade

industrial e intelectual.

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Reforma do Estado O discurso reformista e a “Crise do Estado” (ou crise

dos governos) Concepção neoliberal - Estado mínimo x Estado

necessário. A crise do Welfare State x A necessidade de políticas

públicas para redução da desigualdade Redução do papel do Estado x relegitimação do Estado Estado capaz x Estado eficiente, eficaz e efetivo Somatório: reformas administrativa, da previdência,

tributária, política, do Judiciário

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O Diagnóstico recorrente... Modelo de gestão burocrática não atende às necessidades

Organização de serviços públicos conservadora e inadequada Excesso de formalismo, regras e limitações para compras e

contratações, em detrimento da agilidade e eficiência Inadequação das regras para gestão de pessoal

Carreiras rígidas, com ingresso apenas por concurso público em todos os níveis

Rigidez na descrição de cargos, em detrimento da flexibilidade na alocação e gestão de pessoas

Lógica corporativa, conservadora e reativa valorização da ascensão por tempo de serviço em detrimento do

desempenho Baixa adesão aos conceitos de gestão de competência,

produtividade e qualidade no atendimento

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Reformas Administrativas no MundoModelo de Reforma

Reforma do Serviço Público Reforma Gerencial (“managerialism”) Reforma Democrática

Diagnóstico Personalismo, clientelismo, patrimonialismo e particularismo

Ineficiência, inflexibilidade Abuso de poder, arbitrariedade, baixo nível de responsabilização, reduzido controle social

Metas Universalismo, profissionalismo, meritocracia, probidadade

Eficiência, atendimento ao cliente, flexibilidade

Controle democrático direto pelos cidadãos e indireto pelo Legislativo

Medidas Adotadas

Concurso público, estabilidade, promoção por mérito, supervisão, política salarial impessoal

Contratos de gestão, competição administrada entre agências, descentralização, fim da estabilidade “performance related pay” (gratificações ou bônus de desempenho)

Supervisão e fiscalização pelo Legislativo, ratificação de nomeações, participação do cidadão na gestão e formulação de políticas

Efeitos perversos

Rigidez, baixa responsabilização, ineficiência

Clientelismo, perda de responsabilização

Politização, demora, “cupulismo”

Exemplos Estados Unidos (1883) Reino Unido (1853) Brasil (1936 e 1988) Argentina (1986)

Reino Unido (1986 em diante) Brasil (1995 em diante) Argentina (1990 em diante) México (1991)

Tailândia Coréia do Sul Porto Alegre (RS)

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Ênfase nas propostas e diagnósticos do Banco Mundial

Reconhecimento do papel do Estado na indução do desenvolvimento econômico

Redução do Estado à sua dimensão operativa de gestão pública Necessidade de criar-se instituições mais eficazes, melhorar a estrutura

administrativa, elevar a eficiência da burocracia, racionalizar o gasto público e desonerar o Estado das funções que o mercado desempenha melhor

Impulso às reformas “tributária e do setor financeiro, privatização de ativos e priorização da inversão em educação, saúde, nutrição, planejamento familiar, infra-estrutura, proteção ao meio ambiente

Destaque à importância da qualidade da gestão pública, inclusive para viabilizar privatizações e ajuste neoliberal e para melhorar capacidade de “facilitar’ atuação das empresas

Desconsideração das diferenças políticas, institucionais, econômicas e históricas entre países

Vinculação entre reforma institucional e governabilidade

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Reforma do Aparelho do Estado Efetividade da Carta de 1988 e seus objetivos Quando a lei não “pega”: formalismo x informalidade na cultura brasileira Superação do paradigma burocrático: mito ou realidade Importação de modelos: regresso ao passado – a reforma de 1967 Reconceituação: administração direta e administração indireta.

Neoinstitucionalismo. Divisão: núcleos e atividades critério para definir “o que é” ou continua

sendo Estado. Materialização: EC nº 19 e 20; Lei 9.647; Lei 9.717; Lei 9.801; Lei de

Responsabilidade Fiscal; Agências Reguladoras; Lei do Emprego Público; PLP 248; políticas de arrocho salarial e redução de gastos – mais de 50 mais de 50 direitos suprimidos desde 1995direitos suprimidos desde 1995

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Ajuste Fiscal e “Reformas”

Redução e controle dos gastos públicos Limites constitucionais: Lei Complementar nº 101/2000 - LRFLRF Demissão de pessoal para redução de gastos: EC nº 19/98 – Lei 9.801 Penalidades: suspensão de todos os repasses Dívida pública: priorização. Renegociação. Acordos com o FMI e

Imposição de condições aos Municípios e Estados Superavits primários do Governo Federal x ajuste fiscal de longo

prazo/deficit zero1999: 2,5% PIB (R$ 24 bilhões) – 2000: 3,5% PIB (R$ 34 bilhões) – 2001:

3,4% PIB – (R$ 35 bilhões) – 2002: 3,5% PIB – 2003: 3,5% PIB – 2004: 4,25% PIB – 2005: 4,5% PIB

Necessidades de financiamento do setor público: aumento da arrecadação x controle/redução de gastos

Dilema: Encargos financeiros Dilema: Encargos financeiros x gastos sociais x investimentos

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Administração Gerencial Paradigma: modelo britânico de reforma do aparelho do Estado Instrumentos:Privatização, publicização, contratualização. Objetivo: Redução da despesa pública. Busca da eficiência: “value

for money” O conflito agente - principal. Menos poder para os burocratas

Relação agente-principal reduz a sujeição dos tecnocratas ao controle social e sua accountability em favor da sujeição ao comando político direto

Dicotomia política x administração; formulação x implementação Cidadão-cliente x cidadão-usuário. “Consumerism” x “Public

Service Oriented” Controle social e controle de resultados

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A “Valorização” do Serviço Público nas Reformas Gerenciais1. O viés da superioridade do privado sobre o público2. A busca da eficiência x eficácia e efetividade (value for money)3. Concepção economicista da relação com a sociedade: Cidadão-cliente x

cidadão usuário4. Conflito de interesses: o Estado contra o Servidor – “corporativismo”

versus “cidadania”5. A preocupação com a redução e controle do gasto público6. A redução do “Welfare State” – rumo ao Estado mínimo comprador7. Privatização e formas privadas de prestação serviços: contratualização e

tercerização;8. Discurso versus prática: controle político e gerencial e controle social9. A exploração do conflito: aposentados versus ativos e a divisão do bolo

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Concepção da Reforma GerencialR. J. Sorensen (The Efficiency of Public Service Provision, 1993)- Questionamento, após analisar seis diferentes estratégias de reforma, da

suposição implícita de que o setor público é mais ineficiente que o setor privado com base no fato de que os governos buscam um conjunto mais complexo de objetivos sociais, resultando em critérios necessariamente diferentes para a eficiência.

Cristopher Hood (2000): - Reformas gerenciais: concepção central é deixar os gerentes gerenciarem

e “fazer os gerentes gerenciarem”. Mito da Flexibilização- A preocupação dos políticos com a perda de controle sobre a

implementação das políticas em consequência das reformas gerenciais levou a uma politização da direção superior da administração.

- Paradoxo: reformas gerenciais resultaram em mais regulamentos a serem seguidos pelos dirigentes públicos.

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NGP Tipo 3: Orientação para o serviço público Preocupação com qualidade e agregação de valor Foco no usuário mais do que no cliente Valorização de feedback do usuário Ênfase em participação e cidadania Descentralização e desconcentração do poder Crença no processo de aprendizagem social Ceticismo em relação ao mercado Ênfase na ótica do interesse público e preocupação com a

responsabilização.

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Administração Gerencial no Brasil: características

gestão voltada para resultados foco no cidadão-usuário/cliente Contratos de gestão flexibilidade de gestão administração descentralizada competição administrada gestão com base nos princípios da qualidade adoção de mecanismos de controle social

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Setores do Estado, formas de propriedade e de administração

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Instituições resultantes da reforma do Estado

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Agências Executivas Natureza jurídica de direito público Personalidade jurídica própria Sujeição aos princípios e regras da administração

pública: licitação, concurso, orçamento, controle interno e externo

Qualificação: processo e requisitos Contrato de gestão - relação hierárquica x relação

contratual Flexibilidades: Autonomia financeira, limites de licitação,

contratação de servidores, controles de resultado Receitas próprias e flexibilidade salarial

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Organizações Sociais Entidades criadas por “indução” e sob controle do Estado Natureza jurídica de direito privadodireito privado Personalidade jurídica própria, não integra a administraçãonão integra a administração Sujeição parcial parcial aos princípios da administração pública Administração privadaAdministração privada do patrimônio público Redução do aparelho estatalRedução do aparelho estatal: substituição de entes estatais Qualificação: processo e requisitos Contrato de gestão FlexibilidadesFlexibilidades: dotação global, licitações, contratação de pessoal

(CLT), controles “ex post” (de resultados) DesqualificaçãoDesqualificação e sucessão, em caso de descumprimento do

contrato ou gestão irregular

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Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público

Orientação estratégica do PPA 2000/2003 : “o novo padrão de relacionamento entre Estado e sociedade impõe a participação, a formação de parcerias e o senso de responsabilidade social”

Lei do 3º SetorLei do 3º Setor: Lei Federal 9.790, de 23 de março de 1999 Natureza jurídica de direito privadodireito privado, reconhecida como de utilidade pública, não

integra a administração Atuação substitutivasubstitutiva ou complementarcomplementar à Estatal Sustentadas por recursos públicos recursos públicos e receitas próprias Sujeição estatutária e parcial aos princípios da administração pública Prestação de Contas ao TCU Termo de ParceriaTermo de Parceria, firmado entre a OSCIP e o Poder Público,

precedido de consulta aos conselhos de políticas públicas setoriais; Fiscalização e acompanhamento pelo Poder Público e Conselhos Flexibilidades: não sujeição ao regime jurídico administrativo Premissa: maior eficiência e agilidade eficiência e agilidade na prestação de serviços.

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OSCIPs – áreas de atuação

promoção da assistência social; promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; promoção gratuita da educação; promoção gratuita da saúde, de forma complementar; promoção da segurança alimentar e nutricional; defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento

sustentável; promoção do voluntariado; promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza; experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de

produção, comércio, emprego e crédito; promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita

de interesse suplementar; promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros

valores universais; promoção de estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e

divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos nas áreas de atuação.

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Disfunções na Administração Gerencial Politização e clientelizaçãoPolitização e clientelização dos espaços públicos Déficit de coordenação e descontroledescontrole: administração

enjaulada x “headless chicken” Maximização da eficiência e redução da efetividade e redução da efetividade e

equidadeequidade Aumento do desperdício e alocação disfuncional de recursosalocação disfuncional de recursos Soma zero: incentivos e punições. Melhora quem vai bemMelhora quem vai bem Rent seeking, patrimonialismo e “receitas próprias”: quem quem

paga a contapaga a conta Eficiência não depende da forma de propriedade, mas da Eficiência não depende da forma de propriedade, mas da

qualidade da gestãoqualidade da gestão

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Efeitos Imediatos e Mediatos da Reforma Gerencial

Reino Unido: Era Tatcher: redução drástica do número de sindicalizados de 55% da força de trabalho em 1979 para 30% em 1997; combate ao corporativismo; enfrentamento com os sindicatos; aumento dos níveis de pobreza e desigualdade.

Crescimento da Terceirização, contratos temporários, consultorias

Limitações à execução da despesa com pessoal e encargos Supressão de direitos – reformas constitucionais e legais Redução do papel do Estado – redução dos quadros de pessoal Globalização subordinada ao interesse externo Distância entre o discurso e a ação: agências executivas,

organizações sociais. Revigoramento do patrimonialismo

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Eficiência Administrativa Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

.............. § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da

administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:

I - o prazo de duração do contrato; II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e

responsabilidade dos dirigentes; III - a remuneração do pessoal.“ Art. 39 ........... § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a

aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade."

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A nova onda: o Choque de GestãoA necessidade de integração das políticas de gestão e a gestão para o desenvolvimento

PERSPECTIVASDA APLICAÇÃO

Macro-Governamental Organizacional/Institucional Individual/Grupal

DA AGREGA-ÇÃO DE VALORPÚBLICO

Resultado Planos de desenvolvimento (planos estratégicos e plano plurianual)Gestão por programas (formulação, monitoramento e avaliação de programas e ações)

Planejamento estratégicoContratualização/agencificação (contratos de gestão, acordos de resultado etc.)

Avaliação de desempenho individual e grupal

Processo Sistemas centrais (compras, RH, logística, TI/governo eletrônico, orçamento, finanças etc.)Controle, promoção da transparência e accountability e luta contra corrupção

Gestão da qualidadeSimplificação administrativaGestão do atendimentoGestão da organização governamental (estruturas e modelos institucionais, regulação, parcerias com a sociedade etc.)

Capacitação e gestão de competênciasDireção públicaGestão de cargos e carreirasAssistência ao servidorDimensionamento da força de trabalho

Recurso Gestão da qualidade do gastoRepressão fiscalGestão orçamentária, financeira e contábil

EficiênciaRedução de despesas

ProdutividadePolítica de reajustes salariaisPrevidência do servidor

Fonte: Martins e Marini, 2005

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A alternativa para a Reforma do Aparelho do Estado

Rejeição às premissas e propostas do Consenso de Washington (privatização, publicização, contratualização, desregulamentação)

Preservação da atuação do Estado como prestador de serviços públicos

Relegitimação do Estado e do Serviço Público Eficácia e Efetividade, antes da eficiência Valorização da cidadania e da participação, antes do “value for

money” Parceria com a sociedade e com o servidor, em lugar de

antagonismo Preservação das instituições estatais e valorização do

princípio da continuidade administrativa

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Transformação das formas tradicionais de organização do

trabalho

Segredo burocrático Transparência

Administração x Diálogo permanente

sociedade Com a sociedade civil

Cumprimento de Compromisso com

formalidades processuais resultado

Sempre foi assim Como fazer mais e

melhor

Pressupostos do novo padrão de gestão

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Transparência Informações precisas

e on-line

Diálogo permanente Aprofundamento da

com a sociedade civil noção de cidadania

Compromisso com Rapidez de decisões

resultado e de respostas

Como fazer mais e Disposição ao contínuo

melhor aprendizado e mudança

Pressupostos do novo padrão de gestão

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Compromissos do Governo Lula

Desenvolver um Estado mais honesto e capaz, não apenas para assegurar que os fortes não explorarão os fracos num regime de propriedade privada, mas também para prover serviços públicos dentro das regras legais e que favoreçam os menos privilegiados

Manter e aperfeiçoar sistemas de controle, procuradoria e auditoria

Valorizar o servidor por meio da construção de um serviço público mais profissionalizado e bem remunerado

Ampliar mecanismos de participação e controle social

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Ruptura com o Clientelismo Implantação radical do sistema do mérito Combate e erradicação do nepotismo e do

patrimonialismo Profissionalização dos cargos comissionados e

valorização dos quadros de carreira Racionalização dos quadros de pessoal sem desmonte Política remuneratória racional, justa e transparente Revisão e extinção de distorções, privilégios e abusos

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Gestão Pública Eficiente, Eficaz e Efetiva

Reestruturação de Carreiras Reestruturação Remuneratória Valorização do Sistema do Mérito Profissionalização da Função Pública Modelo de Gestão do Plano Plurianual Gestão Democrática e Participativa Construção de Parcerias (Terceiro Setor, Setor Privado) Combate à Corrupção Fortalecimento da capacidade regulatória Fortalecimento do aparelho arrecadador

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Gestão Realista e Responsável Obediência aos limites de gasto com pessoal –

obrigação legal e constitucional Política fiscal efetiva – responsabilidade fiscal na

arrecadação dos tributos Observância do princípio da legalidade e adequação

orçamentária na criação ou elevação da despesa Piso salarial digno x Teto de remuneração universal e

justo Controle e limitação da terceirização e contratualização

no serviço público Regime previdenciário equilibrado, equânime e

financeiramente sustentável

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Implantando o Sistema do Mérito e a Responsividade Concurso público como forma exclusiva de ingresso e acesso a

cargos superiores Valorização do serviço público de carreira Preservação do regime jurídico estatutário Valorização da estabilidade em benefício do servidor e da

sociedade Avaliação de desempenho isenta e impessoal Formação e qualificação permanente em escolas de governo e

sistema de ensino regular Profissionalização dos comissionamentos Vedação e erradicação do nepotismo Controle social sobre o serviço público: “accountability”,

“responsiveness” e transparência Lei de Defesa do Usuário de Serviços Públicos

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A política do Governo Lula para o serviço público

Recomposição da força de trabalho Valorização do sistema do mérito Combate à corrupção Revisão dos sistemas de avaliação de desempenho Recuperação do poder aquisitivo x correção de distorções

Soluções setoriais x soluções gerais Reestruturações remuneratórias Aumento da Folha do Poder Executivo 2007/2002: 69,6%

2002 – R$ 75,029 bilhões 2007 - R$ 128,058 bilhões

Compromisso com o equilíbrio fiscal

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Democratizando as Relações de Trabalho Relação pacífica, honesta e colaborativa com

o movimento sindical Gestão democrática e participativa das

relações de trabalho como substitutiva da negociação coletiva

Política remuneratória transparente e criteriosa – valorização do trabalho segundo critérios técnicos (art. 39, § 1º da CF)

Planos de Carreira definidos por atribuições e complexidade do trabalho executado

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Participação do Servidor Mesa Nacional de Negociação Permanente

Bancada de Governo 6 Ministérios

Bancada Sindical Até 16 entidades

Comissões Temáticas Mesas Setoriais

Diretrizes para o Sistema de Carreiras Negociação Coletiva e Direito de Greve Seguridade Social

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Corrupção no Brasil

Transparência Internacional: índice de corrupção percebida do Brasil, em que 10

corresponde ao menor grau de corrupção, foi, no Brasil, em 2003, aferido em 3,9, contra 4,0 em 2002 e 2001, 3,9 em 2000, 4,1 em 1999 e 4,0 em 1998.

No ano 2000, a posição do Brasil era a 49; Em 2002, o Brasil ocupava entre 102 países, a 45ª posição Em 2003, entre 133 países, o Brasil ficou em 54º lugar em níveis de

corrupção percebida pela sociedade. Em 2006 - 70ª posição no Ranking de Corrupção percebida da

Transparecia Internacional – Índice 3,3 O Índice de Percepções de Corrupção mostra que o Brasil não

mostrou alteração significativa, mantendo o status de país afetado por níveis relativamente altos de corrupção.

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Efeitos da corrupção

A posição do Brasil no ranking e a sua situação acarretam enormes custos sociais e econômicos, além de políticos.

Exemplificando como a corrupção erode as instituições, aponta Shepherd (1998): 1. a corrosão das instituições públicas pela subversão das leis,

regulamentos e do sistema de freios e contrapesos, reduzindo, conseqüentemente, a legitimidade e a credibilidade do Estado, acarretando sérios problemas de governança;

2. o incentivo ao desperdício, à ineficiência dos gastos públicos e à sonegação de impostos;

3. o desencorajamento do investimento externo e interno; 4. o aumento dos custos de transação.

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Monitoramento e Avaliação A adoção de orçamentos por resultados e contratos de gestão assume

importância vital nesse processo, permitindo maior flexibilidade na gestão ao mesmo tempo em que se vincula a definição dos meios ao atingimento de metas e alcance de resultados, o que, por sua vez, exige a implantação de sistemas efetivos de avaliação do desempenho governamental.

O monitoramento e avaliação permanentes permitem aferir não apenas o grau de atingimento de resultados, mas evitar desvio de recursos e a má conduta do Gestor Público

Informações adequadas sobre o funcionamento da Administração Pública podem ajudar os órgãos administrativos a desenvolver suas políticas, administrar seus custos de forma mais eficiente, aumentar a efetividade e promover a transparência da gestão pública, ampliando o grau de accountability.

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Capacidade e Accountability a construção de capacidades estatais não pode

prescindir do princípio da transparência: maior abertura e compartilhamento de informação torna o público mais capaz de decidir e fazer as escolhas políticas, aumenta a accountability dos governos e reduz o âmbito da corrupção.

Maior transparência é também essencial para a economia: melhora a alocação dos recursos, reforça a eficiência e as perspectivas de crescimento econômico.

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Medidas para ampliação da Accountability e controle Reestruturação do Sistema Federal de Controle Interno

Fortalecimento dos órgãos do Executivo (CGU/Ouvidoria/SFC/Comissão de Ética Pública/COAF/Dep de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional

Sistema Federal de Correição Portal da Transparência - CGU Sindicância patrimonial Articulação com o Controle Externo Tipificação do crime de enriquecimento ilícito Programa de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos Ratificação da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção (dez 2003 –

Mérida) Portal da Transparência

Contratos de Gestão – transparência/legitimidade Regulamentação do conflito de interesses Governo Eletrônico e inclusão digital Participação social

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Participação na Administração Art. 37 ..... § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e

indireta, regulando especialmente: I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a

manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;

III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública.“

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

..... § 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de

projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

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Permitir a utilização criteriosa de modelo jurídico-institucional adequado para as entidades públicas responsáveis pela execução de atividades em que o Estado não detém a exclusividade (áreas de saúde, educação, cultura, proteção ao meio ambiente, assistência social, tecnologia etc.)

• Forma de propriedade pública – integra a APF• Regida pelo Direito Civil • Sem fins lucrativos - Patrimônio próprio• Autonomia administrativa, orçamentária e financeira• Estrutura de governança participativa – Governo + Sociedade• Regime de emprego celetista• Sujeita ao controle do TCU e tutela do Ministério Público• Firma Contrato de Gestão

Características:Características:

Objetivo:Objetivo:

Requisito: Lei Complementar definido áreas de atuação das fundações, permitindo a instituição de dois tipos de fundação: Fundação Pública de Direito Público e Fundação Pública de Direito Privado

Fundação Pública de Direito PrivadoFundação Pública de Direito Privado

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Disciplinar, mediante lei, a concessão de autonomias gerenciais, orçamentárias e financeiras, mediante assinatura de contrato de gestão e desempenho.

Regulamentar o § 8º do Art. 37 da CF, a fim de conceder ao gestor maior autonomia administrativa, orçamentária e financeira, atrelada a responsabilidade pela obtenção de resultados

• Identificação de autonomias/flexibilidades infra-constitucionais passíveis de serem

concedidas a órgãos/entidades da APF por meio de contratos de autonomia, tais

como bônus de desempenho e contingenciamento seletivo

• Definição de diretrizes e procedimentos básicos para a contratualização de

desempenho institucional na APF, a partir da experiência já adquirida pelo Governo

Federal com os contratos de gestão das OS e Agências – especialmente com relação

aos processos de negociação de metas e acompanhamento e avaliação dos

resultados.

Características:Características:

Objetivo:

Regulamentação dos contratos de GestãoRegulamentação dos contratos de Gestão