“gestão do desenvolvimento inclusivo da...
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ESCLARECENDO ALGUNS CONCEITOS...
Acessibilidade: Costuma ser associada apenas a questões físicas e
arquitetônicas, mas expressa um conjunto de dimensões diversas, complementares e indispensáveis para que haja efetiva inclusão. Existem seis tipos de acessibilidade: atitudinal, arquitetônica, comunicacional, instrumental, metodológica e programática.
Acessibilidade Arquitetônica: sem barreiras ambientais físicas, nas
residências, nos edifícios, nos espaços urbanos, nos equipamentos urbanos, nos meios de transporte individual ou coletivo.
Acessibilidade Comunicacional: sem barreiras na comunicação
interpessoal (face a face, língua de sinais), escrita (jornal, revista, livro, carta, apostila, etc., incluindo textos em braile, uso do computador portátil), e virtual (acessibilidade digital).
Acessibilidade Metodológica: sem barreiras nos métodos e técnicas de
estudo (escolar), de trabalho (profissional), de ação comunitária (social, cultural, artística etc.), de educação dos filhos (familiar).
Acessibilidade Instrumental: sem barreiras nos instrumentos, utensílios
e ferramentas de estudo (escolar), de trabalho (profissional), de lazer e recreação (comunitária, turística, esportiva, etc.).
Acessibilidade Programática: sem barreiras invisíveis embutidas em
políticas públicas (leis, decretos, portarias etc.), normas e regulamentos (institucionais, empresariais etc.).
Acessibilidade Atitudinal: sem preconceitos, estigmas, estereótipos e
discriminações, nas pessoas em geral.
Ajudas Técnicas: também chamadas tecnologias assistivas. São
equipamentos, produtos ou sistemas capazes de contribuir para o pleno desenvolvimento das pessoas com deficiência. Proporcionam equiparação de oportunidades, autonomia e qualidade de vida por meio de acesso a processos e bens já utilizados pela comunidade. Ex.: cadeira de rodas, próteses, etc.
Braile ou Braille: Sistema de leitura por meio do tato que reproduz o
alfabeto em caracteres impressos em relevo no papel. Utilizado por pessoas cegas, principalmente por aquelas que nasceram cegas ou ficaram cegas na infância, o braile foi inventado pelo francês Louis Braille em 1829.
Cadeira de Rodas Motorizada: É equipada com um motor. Não usar
"cadeira de rodas elétrica", só se for executar eletrificado o cadeirante.
Cego(a): Pessoa cuja acuidade visual é igual ou menor que 0.05 no seu
melhor olho, mesmo com a melhor correção óptica.
Deficiência: A deficiência é uma situação resultante da interação entre
um ser humano que tem uma determinada limitação e o ambiente em que vive ou está naquele instante. Deficiência é a terminologia genérica para englobar toda e qualquer deficiência, definida por seis categorias: sensorial (relacionada aos sentidos - audição e visão); física (relacionada aos movimentos, não importa a origem e a gravidade da lesão); intelectual (relacionada ao funcionamento das atividades cerebrais que se expressam na chamada inteligência), múltipla (mais de um tipo de deficiência na mesma pessoa) e psicossocial (transtorno psiquiátrico).
Deficiência Auditiva: Em um contexto formal, a expressão "pessoas com
auditiva" fará referência ao grupo de pessoas que não ouvem, parcial ou totalmente, sem especificar os graus da perda auditiva. Em situações informais e coloquiais, principalmente no caso do português falado, é possível utilizar expressões como "pessoas surdas", "com surdez", "com perda parcial de audição (baixa audição)", "comunidade surda", entre outras. Geralmente, pessoas com perda parcial da audição referem-se a si mesmas com tendo uma deficiência auditiva. Já as que têm perda total da audição preferem ser chamadas de surdas.
Deficiência Física: Não é uma expressão genérica para deficiência e,
portanto, tem sido utilizada indevidamente pela mídia como aquela que engloba todos os tipos de deficiência. Refere-se apenas a limitações relacionadas aos aspectos físico e motor, como ausência de membros, paralisias, entre outras causas.
Deficiência Intelectual: Antigamente chamada de deficiência mental, a
deficiência intelectual não é uma doença, é um sintoma. Por exemplo, no caso da síndrome de Down, o funcionamento do cérebro, especialmente no aspecto cognitivo, é modificado pela presença de um material genético extra. Hoje é inadequado classificar a deficiência intelectual em leve, moderada, severa e profunda, níveis criados pela OMS em 1968 e alterados em 1992. Isso porque a deficiência intelectual de uma pessoa não pode ser qualificada isoladamente, mas, sim, em função dos apoios que recebe para seu total funcionamento social, profissional ou estudantil.
Deficiência Múltipla: É o caso de pessoas que têm uma ou mais
deficiências: física + intelectual + auditiva + visual.
Deficiência Psicossocial: Também chamada deficiência psiquiátrica ou deficiência por saúde mental. Na deficiência psicossocial, há sofrimento psíquico associado a quadros de depressão, síndrome do pânico, esquizofrenia, transtornos de personalidade, autismo, etc.
Deficiência Sensorial: Deficiências visual e auditiva. O aconselhável é
retratá-las dessa forma: "pessoas cegas" (deficiência visual total) ou "surdas" (deficiência auditiva total); "pessoas com deficiência visual" (ou "com baixa visão") ou "auditiva" (há resíduo auditivo) ou "pessoas que têm deficiência visual" ou "auditiva". Os substantivos "cegueira" e "surdez" podem ser usados.
Deficiência Visual: Cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor
que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a soma da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.
Deficiente: A palavra deficiente não deve ser usada como substantivo
("os (as) deficientes jogam bola"), mas pode ser usada como adjetivo. Essa preocupação é compreendida mais claramente se substituirmos "deficiente" por outros substantivos, como gordo, magro, louro, careca etc. A palavra "deficiente" não deve ser usada para designar o que não é deficiência, como
um altíssimo grau de miopia. Não é correto dizer que "todos nós somos temos deficiência".
Desenho Universal: O conceito de desenho universal se propõe a gerar ambientes, serviços, programas e tecnologias acessíveis, utilizáveis equitativamente, de forma segura e autônoma por todas as pessoas – na maior extensão possível – sem que precisem ser adaptados ou readaptados especificamente. O desenho universal engloba e avança conceitualmente em relação à acessibilidade e às ajudas técnicas. O propósito do desenho universal é atender às diversas necessidades e viabilizar a participação social e o acesso a bens e serviços à maior gama possível de usuários, contribuindo para que pessoas impedidas de interagir com a sociedade passem a fazê-lo.
Diversidade Humana: Existem diferentes manifestações da nossa
espécie e todos os seres humanos têm o mesmo valor.
Educação Inclusiva: Expressão banalizada nos últimos anos e
equivocadamente associada apenas à simples presença de estudantes com deficiência nas escolas comuns. Refere-se a um contemporâneo conceito de educação. A educação é disponível para toda criança e adolescente, não importa de que modo se locomova, ande, pense, leia ou não leia, a despeito de sua origem, religião, temperamento, condição humana.
Escola Regular / Escola Especial: Para se referir às escolas que não
são específicas, o ideal é usar "escola regular" ou "escola comum" e, no caso das turmas, "classe regular" ou "classe comum".
Especial: Na maioria das vezes, usar a palavra "especial" para se referir
a pessoas com deficiência é uma armadilha. Na perspectiva dos direitos humanos todas as pessoas são específicas, tenham deficiência ou não. Além disso, nesse contexto, especial conota um eufenismo para deficiência.
Inclusão: Não é o mesmo que "inclusão social". "Inclusão" se refere a
qualquer condição humana e, portanto, quando está acompanhado de um adjetivo (no caso, social) há o risco de seu sentido ser reduzido. Muitos projetos sociais que afirmam trabalhar com inclusão social não aceitam em suas comunidades crianças e adolescentes com deficiência, por exemplo.
Integração x Inclusão: Esses termos têm significados diferentes para o
movimento das PcD. Exemplos: Inclusão significa inserção total e incondicional (crianças com deficiência não precisam "se preparar" para ir à escola regular); na integração, a inserção é parcial e condicional (crianças "se preparam" em escolas ou classes específicas para estar em escolas ou classes regulares); na inclusão, a sociedade se adapta para atender às necessidades das pessoas com deficiência e, com isso, se torna mais atenta às necessidades de TODOS; na integração, as pessoas com deficiência se adaptam às necessidades dos modelos que já existem na sociedade, que faz apenas ajustes; a inclusão, defende o direito de TODAS as pessoas, com e sem deficiência.
Intérprete da Libras: Profissional capacitado e/ou habilitado em
processos de interpretação da língua brasileira de sinais, que deve ter titulação, certificação e registro profissional para atuar.
Libras: Sigla para a expressão "Língua Brasileira de Sinais". Não é
correto usar "linguagem de sinais" e "Linguagem Brasileira de Sinais".
Libras Tátil: É a Libras realizada na palma de uma das mãos de
pessoas surdocegas por um profissional identificado como guia-intérprete.
Normalidade: No âmbito das reflexões sobre diversidade e diferenças humanas não cabe a expressão "normalidade". Prefira usar "pessoa sem deficiência" e não "pessoa normal". Pela mesma razão, não usar expressões como defeituoso, incapacitado e inválido para se referir a alguém com deficiência.
Paralisia Cerebral: É uma condição que resulta da ausência de
oxigenação em partes do cérebro que controlam as funções motoras. Isso acontece geralmente durante a gestação ou no momento do parto. A paralisia cerebral é uma deficiência motora que se manifesta de diversas formas, podendo interferir mais ou menos nos movimentos e no equilíbrio da pessoa.
Pessoa com Deficiência: O mais adequado é utilizar sempre um
substantivo seguido da preposição com mais o adjetivo referente àquela situação específica. Exemplos: aluno com síndrome de Down; professora com surdez; cidadã com deficiência. Outras opções são as expressões "que tem" ou "que nasceu com". Exemplos: pessoas com deficiência; ator que nasceu com síndrome de Down; menina que tem uma deficiência auditiva.
Portador de Deficiência: A palavra portador não deve ser usada
porque: 1) Pessoas não carregam suas deficiências nas costas, necessariamente, como um fardo e, de vez em quando, descansam delas para obter a garantia de algum direito ou de um simples desejo, como conseguir um trabalho mais bem remunerado, por exemplo; 2) Não se utilizam expressões como 'portador de olhos azuis', porque se alguém nasce com olhos azuis é impossível dissociarmos a cor de seus olhos de sua constituição de pessoa.
Portador do Vírus HIV / da Aids: Assim como portador de deficiência,
essa é uma expressão inadequada que a mídia insiste em utilizar. No caso do
HIV/Aids, para evitar uma conotação preconceituosa, aconselha-se usar "pessoa vivendo com HIV" ou "soropositiva" ou ainda "pessoa vivendo com Aids", já que estar infectado pelo vírus HIV não significa necessariamente ter a doença Aids.
Problema Mental: Expressão que não deve ser utilizada por se referir
genérica e preconceituosamente a situações diversas, sem que se consiga identificá-las. Se a expressão "problema mental" se refere a doenças relacionadas a algum tipo de sofrimento psíquico, o correto é utilizar transtorno mental. Se a expressão "problema mental" estiver relacionada ao funcionamento do intelecto, deverá ser substituída por deficiência intelectual, referindo-se nesse caso a alterações no funcionamento cognitivo da pessoa.
Síndrome Genética: É pejorativo. Melhor usar "alteração genética";
"condição genética"; "situação genética". Evitar o uso das expressões anomalia genética e doença genética.
Surdo (a): Expressão correta quando se refere a alguém que tem perda
total de audição. No caso, o mais adequado é dizer pessoa surda ou indivíduo surdo. Nunca utilizar a expressão surdo(a)-mudo(a). Uma pessoa surda é capaz de falar e/ou se expressar.
Tadoma: Um dos recursos utilizados por pessoas surdocegas e seus
guiasintérpretes para se comunicar. Ao recorrer ao tadoma, a pessoa surdocega coloca sua mão no rosto do guia-intérprete, com o polegar tocando suavemente o lábio inferior e os outros dedos pressionando levemente as cordas vocais.
Transtorno Mental: Terminologia indicada para situações associadas a
doenças mentais, em pessoas que podem ou não ter uma deficiência intelectual. São pacientes com sofrimento psíquico associado a quadros de depressão, síndrome de pânico, esquizofrenia etc.
Visão Subnormal: Termo inadequado. O certo é baixa visão. A rigor,
diferencia-se entre deficiência visual parcial (baixa visão) e cegueira (quando a deficiência visual é total).
MÓDULO I
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO
Aline Wartner
Ana Paula Andre Silva
Artur Arocha
Carla Regina Andre Silva
Marise Xavier Gonçalves
_________________________________________________________
Objetivos do módulo:
Trabalhar com a Conceituação da EaD, as suas características, as diferentes
gerações, a EaD no Brasil atual, atores da EaD e seus respectivos papéis,
legislação, direitos autorais da EaD. Apresentação do Ambiente Virtual de
Aprendizagem potencialidades para o ensinar e aprender na modalidade
(EaD). Experimentação dos recursos da Plataforma Moodle, necessários para
o bom desempenho nas atividades propostas no decorrer do curso. O uso
pedagógico das TICs e da sua contribuição no processo de adaptação
curricular.
DISCIPLINAS QUE INTEGRAM O MÓDULO I
• A EaD e os Ambientes Virtuais de Aprendizagem; Aprendizagem colaborativa
•Noções para elaboração de projetos educacionais; Uso das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs) no contexto educacional inclusivo.
1 A EaD e os Ambientes Virtuais de Aprendizagem:
aprendizagem colaborativa
1.1 O que significa ensino a distância?
Podemos encontrar diversas nomenclaturas para a educação a
distância, estabelecidas em diferentes tempos e contextos: ensino a distância,
aprendizagem a distância, estudo independente, estudo por correspondência,
aprendizagem aberta, aprendizagem flexível, estudo residencial (home study),
estudos externos, entre outros. Keegan nos apresenta uma diversidade de
terminologias e ressalta que nem todas são sinônimas: muitas delas foram
utilizadas em diferentes épocas do seu processo evolutivo, e outras são
utilizadas especificamente em certos países. No entanto, esclarece que o
termo educação a distância é um termo genérico que inclui a gama de
estratégias de ensino e aprendizagem utilizadas por diferentes instituições que
utilizam essa modalidade de educação, o que englobaria todas as demais
terminologias apresentadas (KEEGAN, 1996, p. 34). Nesse contexto, Keegan
faz uso do termo educação a distância para unir dois elementos desse campo
da educação: o ensino a distância e a aprendizagem a distância (idem, p. 38).
Belloni a partir de uma série de definições de diversos autores para a
EAD conclui que as definições por ela apresentadas “definem a educação a
distância pelo que ela não é, ou seja, a partir da perspectiva do ensino
convencional da sala de aula” (BELLONI, 2003, p. 27). Sendo assim, para
diversos autores a educação a distância é definida como a separação física
entre professor e aluno no processo educacional.
Keegan (1996, p. 38-9) endossa essa característica da separação entre
professor e aluno na educação a distância, em contraposição ao ensino
presencial convencional desconsiderando a distância entre professor e aluno
como necessariamente geográfica, uma vez que muitos alunos que buscam
essa modalidade de educação nem sempre estão longe das instituições de
ensino. Para o autor, a separação professor-aluno se dá no afastamento entre
o ato de ensinar e o ato de aprender e considera dois sistemas operantes da
EAD: o subsistema de desenvolvimento de curso (ensino a distância) e o
subsistema de suporte ao aluno (aprendizagem a distância).
Neste contexto, Keegan busca uma síntese na qual apresenta seis
elementos básicos da EAD por ele propostos em 1980. São eles:
1. a separação entre o professor e o aluno, que a distingue da educação
presencial;
2. a influência de uma organização educacional, que a distingue do estudo
individual;
3. o uso de mídia tecnológica, geralmente impressa, para unir professor e
aluno e transmitir o conteúdo educacional;
4. a provisão de comunicação de duas vias de maneira que o aluno possa
se beneficiar do diálogo, ou até mesmo iniciá-lo;
5. a possibilidade de encontros ocasionais tanto para fins didáticos quanto
para fins de socialização;
6. a participação de uma forma industrializada de educação que, se aceita,
contém o gênero da separação radical entre a educação a distância e outras
formas de educação dentro do espectro educacional.
(KEEGAN, 1996, p. 44)
Definições mais recentes de EAD abordam não somente a separação
entre professor e aluno em contraposição ao ensino presencial, como buscam
maior ênfase na aprendizagem do que no ensino. Exemplo disso é a definição
de Levine na qual a EAD é
“o processo de ajudar pessoas a aprender quando elas estão separadas espacial ou temporalmente dos ambientes mais típicos de aprendizagem ‘ao vivo’ nos quais a maioria de nós foi educada” (LEVINE, 2005, p. 7).
Os autores Vianney, Torres & Farias (2003, p. 47) enfatizam ainda o
papel das tecnologias de informação e comunicação (TIC’s) no conceito de
EAD, uma vez que a partir do uso dos sistemas em rede, em particular dos
ambientes virtuais de aprendizagem, que passaram a integrar professores e
alunos em tempo real, a noção de distância entre professor e alunos modifica-
se a partir do conceito de interatividade e de “aproximação virtual”. Se torna
oportuno incluir ainda a definição proposta pelo artigo 80 da lei nº 9.394, de 20
de dezembro de 1996, uma vez que é a base de regulação para a EAD no
Brasil.
Educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação. (SANCHEZ, 2005, p. 101)
Definir educação a distância não é tarefa fácil, no entanto, podemos
perceber nas várias definições encontradas o que apresentam em comum: a
separação física entre professor-aluno-instituição e a utilização de diferentes
recursos tecnológicos como mediadores da comunicação entre os envolvidos
no processo educacional
A Educação a Distancia EaD, representa democratização do ensino e
até uma questão de inclusão se considerarmos que algumas regiões do país
tem sua geografia mais complexa em acesso e distancia dificultando a
formação de muitos. Assim pode contribuir para a formação de um contingente
maior, qualificando a atuação profissional e beneficiando os usuários de
diferentes áreas.
A EAD representa uma mudança social e tecnológica no ensino
dos diferentes níveis regulares, portanto também pode ser
utilizada pelo mesmo mérito para os cursos de formação
continuada, estimulando a diminuição das desigualdades
social, pois oferece acesso a educação às pessoas com
diversos tipos de dificuldades (SILVA, 2013).
O conceito de Educação a Distância no Brasil esta definido pelo Decreto
nº 5.622 de 19 de dezembro de 2005 (BRASIL, 2005) que diz:
Art. 1º - Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a Educação
a Distância como modalidade educacional na qual a mediação
didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem
ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e
comunicação.
E com toda esta revolução tecnológica, podendo ser aplicada ao ensino
temos TV, rádio, computador, celulares, internet, vídeo, som, CD, pen drive,
softwares entre outros aparatos das telecomunicações que se fundem em
vários momentos pela tecnologia digital que nem percebemos que estamos
usando mais de uma mídia ao mesmo tempo.
Estas tecnologias propiciam que o ensino não seja mais praticado
apenas em sua forma mais tradicional que é o presencial, abrindo
possibilidades para EAD. Mas esta modalidade de ensino não é tão nova assim
como mostra Silva (2013) em seu estudo.
Período Evolução da EaD
s/d Manuscritos de são Paulo (registros bíblicos que orientavam o comprtamentos dos cristãos
1728 Caleb Philipps, de Short Hand, oferecia material para ensino e tutoria por correspondência.
1904 (Brasil) No Brasil primeiro registro de um curso para datilógrafos por correspondência, anos depois surge o curso de línguas estrangeiras por rádio..
Em 1934 Surge o projeto de rádio escola que mesclava o ensino pela radio e por correspondência
1947 Primeira universidade em EaD, fundada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), Serviço Social do Comércio (SESC) e emissoras associadas. Ofereciam cursos comerciais radiofônicos
De 1970 a 1980 Projeto Minerva, cursos do MEC, Sistema Nacional de Tele-educação e a Universidade de Brasília que utilizavam, revistas, jornais, radio, TV
De 1990 a 2000 Grandes avanços na EaD como o programa televisivo “Um salto para o Futuro”, e o desenvolvimento das tecnologias digitais como o computador, CD etc... facilitaram o acesso da EaD a muitas pessoas
2000 aos dias atuais Criação da Secretaria de Educação a Distância (SEED), criação da UniRede com mais de 70 faculdades ofertando EaD, em 2004 avanços no sentido da EaD voltada para a educação continuada de professores da rede publica implantados pelo MEC, como o Pro letramento e o Mídias na Educação. Consolidando o Sistema Universidade Aberta do Brasil
Fonte: Silva (2013)
Dentro deste contexto educacional e tecnológico que vem se renovando
continuamente, a EaD aplicada para educação continuada vem crescendo por
permitir que os cursistas possam gerenciarem seus horários de estudo dentro
da programação dos curso, das disciplinas e das atividades. Cabe salientar que
para estudar nesta modalidade o cursista precisa ter disciplina muito grande
para não se desviar de seus objetivos. Muitos sujeitos compartilham do
entendimento que quando não se tem tempo para estudar a EaD seria uma
possibilidade, porem este entendimento é equivocado. A EaD permite ao
estudante gerenciar o tempo de estudo e a hora em que ira acessar o ambiente
de estudo e realizar as atividades, mas exige muita dedicação por parte do
cursista.
Esta modalidade de ensino também pode ser uma estratégia de inclusão
para pessoas com deficiência, pois pode agregar varias tecnologias que
favorecem ao ensino, como as mídias por exemplo. Outro fator importante
atualmente que pode facilitar e mediar a construção dos conhecimentos são as
tecnologias digitais e a internet por se adequarem a diferentes estratégias
educacionais desde a alfabetização, letramento até a formação profissional
agregando de uma só vez varias tecnologias como áudio, imagem,
interatividades, vídeos, fotografias, desenhos, acionadores de voz, acionadores
até por movimentos dos olhos entre outras ferramentas que podem ser
utilizadas através da instalação de programas inclusive softwares livres. Assim
o ensino a distancia pode ser uma estratégia educacional inclusiva que auxilia
a transpor inúmeras barreiras de acesso a educação ocasionadas por
diferentes situações sejam elas por deficiência, por falta de acesso a escolas
presenciais por questões regionais, geográficas, sociais, políticas.
Assim pode-se dizer que muitas tecnologias e ambientes de ensino
estão a disposição da população e que podem ser escolhidos de acordo com
os propósitos a serem utilizados e as necessidades de ensino necessárias par
atenderem ao publico a que se destinam. Atualmente para o curso de
Desenvolvimento Inclusivo da Gestão Escolar, será utilizado o AVA moodle
que é um sistema de gerenciamento e desenvolvimento de cursos e atividades
EaD, podendo ser adaptado para o gerenciamento do desenvolvimento
educacional de pessoas com deficiência, com transtornos Globais do
Desenvolvimento etc. Muitos cursos presenciais também utilizam este sistema
como apoio a aprendizagem das aulas presencias ou para alunos que
frequentavam o ensino presencial e que por ventura vem a precisarem se
ausentar das aulas por questões de saúde e passam a utilizarem o regime
domiciliar de estudo. E também vem sendo o ambiente de maior escolha
mundialmente para gerenciar cursos na modalidade a distancia pela sua
praticidade e facilidade de manejo pelos diferentes usuários.
A filosofia de ensino deste sistema é centrada no estudante como
protagonista da construção do seu conhecimento, ou seja, no construcionismo.
Suas ferramentas dão ênfase a interação e colaboração em que professor,
tutor e alunos interagem na construção dos conhecimentos baseando-se nas
habilidades do aluno.
1.2 Agora vamos então explorar um pouco do Moodle que será o
ambiente utilizado neste curso.
Os ambiente virtuais, são softwares (programas), instalados em um
servidor e podem ser acessado através de um navegador (software que
permite navegar pelas páginas na Internet), como o Firefox ou o Explorer. O
Moodle é um Ambiente Virtual de Aprendizagem ou sistema de gerenciamento
da aprendizagem (LearningManagement System - LMS). Este ambiente
funciona como uma escola virtual em que existem salas de aula, espaços para
diálogos e que todas as atividades dos alunos ficam registrados no AVA,
desde os acessos ao ambiente, as disciplinas, aos conteúdos, as realizações
das atividades, os retornos dos tutores, dos professores, o tempo de
permanência de cada usuário online e o que acessou no período em que
esteve presente no moodle. Todas estas possibilidades, acessos, informações
e registros são liberados de acordo com a função em que o usuário esta
registrado. Sendo assim a visão do ambiente do aluno é diferente do tutor que
tem acesso a mais registros e consecutivamente o acesso as informações vão
aumentando de acordo com a função, aluno – tutor- professor- moderador.
Assim, neste AVA o aluno pode participar das aulas, fazendo as
atividades, interagindo com os demais participantes. Foi desenvolvido para ser
utilizado por educadores e permite que crie e gerencie o ambiente virtual, sem
necessidade de uma equipe de tecnologia. Suas características são a
facilidade na operação; a possibilidade de registro e recuperação da trajetória
de aprendizagem dos participantes; a gestão da participação dos alunos; a
interação (professor aluno e aluno-aluno); a autoria pelos professores para
publicar e editar seus cursos utilizando diferentes tipos de arquivos como:
documentos, vídeos, áudio ou qualquer material digitalizado.
Ele é composto por janelas (caixas) e links que remetem os usuários a
diferentes espaços e viabilizam o uso de ferramentas, acesso as disciplinas,
aos conteúdos das disciplinas, as atividades das disciplinas. Também
oportuniza comunicação entre os usuários pelo próprio ambiente via
mensagem.
A configuração do moodle, das atividades, dos registros podem variarem
de um moodle para outro, pois dependem da versão usada e do gerenciamento
do ambiente e para o propósito que foi criado.
Mas no geral cada atividade possui objetivos claros de aprendizagem e
que são escolhidas de acordo com os propósitos da disciplina e com o plano de
curso e de aula, da mesma forma que se escolhe as atividades no ensino
presencial.
Mesmo sendo um ambiente virtual de ensino é muito importante a
criação de vínculos entre os participantes, principalmente entre os cursistas e
os tutores que são professores auxiliares responsáveis por turmas, pelos
retornos, pelas avaliações. Os professores formadores são responsáveis pelas
disciplinas e pela elaboração das atividades e juntamente com os tutores por
retirarem duvidas e avaliação das atividades. Os professores pesquisadores
são responsáveis em conjunto com os formadores de elaborarem os
conteúdos.
1.4 Agora vamos conhecer um pouco mais da acessibilidade do moodle
em que vamos trabalhar.
Para acessar o ambiente utilize o endereço http://200.132.214.2/moodle
e vai abrir a pagina de acesso ao ambiente. Sendo cadastrado anteriormente
preencha no lado direito a janela ACESSO, com seu login e senha.
Após acessar o ambiente clic no baner do curso para ter acesso ao
curso propriamente dito.
Após entrar no ambiente, nas laterais da tela você encontra as janelas:
NAVEGAÇÃO – local em que pode acessar:
Minha pagina inicial – consta o curso e as disciplinas em que o cursista esta
inscrito.
Pagina do site – que da acesso direto a outras ferramentas gerais da do
ambiente como calendário.
Meu perfil – que favorece o acesso direto a visualizar seu perfil, suas
postagens nos fóruns, seus arquivos privados postados e postar arquivos.
Mensagens – espaço em que poderá enviar e receber mensagens pelo
ambiente para os participantes do curso (cursistas, professores, tutores).
ADMINISTRAÇÃO - você acessa os links relacionados a seu perfil
Modificar perfil – local em que você acessa o seu perfil para preenchimento
com suas informações pessoais, programa o ambiente para enviar para seu
email as mensagens recebidas pelo ambiente e as mensagens dos fóruns,
acrescenta uma foto, faz uma apresentação pessoal para que os demais
participantes lhe conheçam um pouco,
Mudar a senha – local em que pode trocar sua senha, após o primeiro acesso
RELATÓRIO DE ATIVIDADES – são relatórios das suas atividades no
ambiente.
Logs de hoje – relatório dos seus acessos no dia atual, apresentando o
horário, qual sala do ambiente que acessou, quais atividades, quanto tempo
ficou logado, quais arquivos e atividades que acessou, e o IP do computador
que acessou.
Todos os acessos - relatório completo de seus acessos desde o primeiro dia
em que foi inscrito no curso, com todo o detalhamento já descrito, incluindo um
gráfico. Embasado nestes relatórios que se faz o levantamento da presença
dos cursistas.
Nota – relatório de notas por disciplinas, o cursista precisa ter média e
presença para ser aprovado.
Mensagens – local em que pode acessara lista de contatos do curso que é
composta pelos cursistas, tutores, professores e pode ser enviado mensagens
entre usuários – O orientado é que marque sempre por email, escolha o curso
em que esta matriculado, depois na lista de contatos clic no nome em que
deseja enviar mensagens, abrirá uma janela, escreva a mensagem e no final
da pagina clic em enviar. Ao lado de cada nome há alguns símbolos que são
para acessar as mensagens anteriores enviadas aquele usuário, bloquear o
usuário ou acrescentar um contato.
MEUS CURSOS – local em que você acessa os cursos e as disciplinas dos
cursos em que tiver matriculado.
No lado direito você encontra uma ferramenta para pesquisar assuntos
postados nos fóruns, publicações de noticias, fórum de noticias em que são
postados assuntos gerais relacionados ao curso, chat que é uma ferramenta de
conversação em tempo real semelhante a das redes sociais, calendário e
mensagens recebidas e não lidas.
No centro da pagina você encontra a janela da disciplina, e no canto
superior um pdf com apostila do conteúdo para ser baixado e ou impresso e
servir de subsidio para o desenvolvimento das aulas e atividades. No corpo do
texto tanto da introdução como da apostila podem conter links que remetem o
cursista para outros conteúdos, vídeos, artigos relacionados com a disciplina,
que são materiais complementares porem não menos importantes para
construção do conhecimento.
As atividades também constam nestas janelas centrais, dentro da
disciplina que pertencem, são acessadas ao clicar nos links. Há uma grande
variedade de atividades disponíveis no moodle, que são escolhidas pelo
professor da disciplina de acordo com os propósitos do aprendizado.
Base de dados – permite participar, criar, manter e pesquisar em um banco de
dados e registros
Chat – permite aos participantes uma discussão sincrônica, um patê papo em
tempo real semelhante aos das redes sociais, direcionado ou mediado pelo
professor ou tutor no contexto da disciplina.
Atividades de escolha – permite ao professor estimular a reflexão, testar a
compreensão, facilita a tomada de decisão do aluno.
Atividade externa – permite o cursista interagir com recursos e atividades de
outros sites.
Fóruns – é uma ferramenta que tem varias estruturas, serve para desenvolver
atividades de dialogo e discussões interativas, através de textos, aceita links,
aceita anexos como arquivos de textos, ppt, imagens, pequenos vídeos.
Glossário - permite que os participantes criem uma lista de termos ou
definições, individuais ou coletivas, semelhante a um dicionário.
Laboratório de avaliação – é uma ferramenta que permite a avaliação da
revisão, os estudantes podem enviar arquivos, digitar textos, e as avaliações
são realizadas por multi critérios pre definidos pelo professor.
Lição – publica o conteúdo, cada pagina termina com uma pergunta que de
acordo com a resposta leva o cursista para próxima ou par anterior.
Pesquisa e avaliação – serve para aferir e estimular o aprendizado on line.
Questionário – possibilita a criação de testes de múltipla escolha, cada
tentativa é corrigida automaticamente, de acordo com a programação da
ferramenta.
Tarefa – permite ao professor comunicar atividades, recolher os trabalhos
(arquivos) e fornecer notas. O cursista pode editar textos ou incluir arquivos
digitais, os trabalhos podem ser individuais ou coletivos de acordo com o
programado.
Wiki – esta ferramenta pode ser usada colaborativamente (em grupo) ou
individual.
Há também os recursos que os professores utilizam para o
desenvolvimento das aulas, que também variam de acordo com a programação
do moodle que estão usando e a versão.
Arquivo – ferramenta que permite ao professor fornecer arquivo digital com
texto, imagem, vídeo etc. Os cursistas podem fazer downloads, exibi-lo na
interface do curso porem para abri-los precisam ter os softwares adequados ao
seu formato.
Livro – ferramenta que permite que sejam criados várias paginas, na web com
capítulos, subcapítulos, exibindo grande quantidade de informações de forma
organizada.
Pagina – ferramenta que permite que uma pagine web seja editada e exibida
em um curso, disciplina.
Pasta – ferramenta que permite aos professores de forma compartilhada ou
individual exibiram conteúdos, é semelhante a uma pasta zipada. Pode ficar
oculta ou não aos cursistas, dependendo do professor e de sua finalidade.
Rótulos – ferramenta que permite que textos e imagens sejam inseridos no
meio dos links das atividades.
URL - ferramenta que permite que o professor forneça um link da web como
recurso.
Agora já conhecendo um pouco mais sobre o ambiente que vamos
utilizá-lo, podemos iniciar as nossas atividades que serão desenvolvidas no
AVA.
Bom trabalho a todos é o desejo da
Equipe do curso de Gestão de Desenvolvimento Inclusivo na Escola.
1.5 REFERENCIAS
SILVA, Ana Paula Andre. CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA INTEGRANTES DO PROGRAMA PRIMEIRA INFÂNCIA MELHOR DO RIO GRANDE DO SUL
NA MODALIDADE Á DISTÂNCIA. Pós-graduação em Educação a Distância,
Especialização. Senac, 2013. BRASIL, PORTAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação a Distância. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=289&Itemid=822>. Acessado em 28 de outubro de 2013.
Atividades:
1- Acesse o seu perfil e complete com seus dados e poste uma foto para que a
impessoalidade no ensino a distancia seja quebrada, tornando nosso contato mais
humano (20 ponto).
2- Envie uma mensagem de boas vindas a seu tutor (10 ponto).
3- Acesse o fórum respondendo ao comentário do professor (sem criar novo tópico)
sobre como é o desafio da inclusão de pessoas deficientes em escolas regulares,
pautando no desafio para os professores, para a comunidade escolar em geral e para o
deficiente (25 pontos).
4- Envie um arquivo de no mínimo uma pagina e no Maximo duas, falando sobre a
educação a distancia relacionando-a com a inclusão e uso das tecnologias para
mediar a construção do conhecimento (25 pontos). Não esqueça de colocar os dados
de identificação (nome, turma, tutor, módulo e disciplina) e a antes de enviar salve -
nome ponto sobrenome traço abreviaturas atividade e numero da atividade Ex:
nome.sobrenome-atv.xx.
5- Responda o questionário (20 pontos).