gerenciamento de risco hospitalar
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Gerenciamento de Risco
de Produtos para Saúde na
Regulação Sanitária
Vivian Cardoso de Morais Oliveira
GQUIP/GGTPS/ANVISA
Maio/2011
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RISCO – algumas teorias sobre a origem
“A palavra ‘risco’ deriva do italiano risicare (por sua vez derivado do baixo latim risicu, riscu), que significa "ousar". Neste
sentido, o risco é uma opção e não um destino.”
(Fonte: Bernstein, 1997)
A origem mais antiga da palavra remete a Grécia Antiga, cujo significado estava associado a rochas, falésias e penhasco (rhīza ). Seu primeiro registro foi verificado nos textos do poeta grego Homero, em Odisséia (data
provável – secúlo VIII a.c.), na descrição sobre a navegação em mares desconhecidos.
(Fonte: http://www.dnv.com/focus/risk_management/more_information/risk_origin/, em 23/05/11)
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Tendências Tendências TecnológicasTecnológicas
• Miniaturização
• Dispositivos inteligentes
• Minimamente invasivos
• Biotecnologia
• Produtos combinados
• Órgãos artificiais
• Tecnologia da Informação
• Uso doméstico
• Populações especiais
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Exigências Legais Requisitos Essenciais -RDC nº
56/01I. Requisitos Gerais
1. Os produtos para saúde devem ser projetados e fabricados
de forma que seu uso não comprometa o estado clínico e a
segurança dos pacientes, nem a segurança e saúde dos
operadores ou, quando for o caso, de outras pessoas,
quando usados nas condições e finalidades previstas. Os
possíveis riscos existentes devem ser aceitáveis em
relação ao benefício proporcionado ao paciente e devem
ser reduzidos a um grau compatível com a proteção à
saúde e a segurança das pessoas.
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Exigências Legais Requisitos Essenciais -RDC nº
56/01Ao selecionar as soluções mais adequadas, o fabricante aplicará os seguintes princípios, na seguinte ordem:
a) Eliminar ou reduzir os riscos na medida do possível (segurança inerente ao projeto e a fabricação );
b) Adotar as medidas de proteção oportunas, incluindo alarmes, no caso em que forem necessários , frente aos riscos em que não se puder eliminar;
c) Informar aos operadores dos riscos residuais devido a incompleta eficácia das medidas de proteção adotadas.
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Exigências Legais BPF - RDC nº 59/00
• Parte C – item d) ... Onde aplicável, a verificação de projeto deverá incluir a validação de software e análise de riscos.
• Ações dentro do Sistema de BPF devem ser baseadas pelo RISCO:– Quais os componentes críticos?– Quais os critérios para aprovação no
recebimento de matéria prima?– Qual o NQA aceitável no Controle de Processos?– Como qualificar o distribuidor/fornecedor?
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Conceitos Básicos
• O que é RISCO ?
“Combinação da probabilidade de ocorrência do dano e a severidade deste dano”
• O que é DANO ?
“Lesão física ou prejuízo à saúde da pessoa, ou prejuízo à propriedade ou ao meio ambiente.”
Fonte: ANSI/AAMI/ISO 14971:2007
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Conceitos Básicos
• O que é PERIGO ?
“Fonte potencial de dano.”
• O que é uma SITUAÇÃO PERIGOSA ?
“Circunstância na qual pessoas, propriedades ou meio ambiente são expostas a um ou mais perigos.”
Fonte: ANSI/AAMI/ISO 14971:2007
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Risco x Segurança
RISCO
SEGURANÇA
Ausência de risco
inaceitável
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SEGURANÇA 100%
Pro
duto
100
%
seguro
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Teoria do Queijo Suíço
Trajetória do Acidente
Adaptado de James Reason
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Exemplo de Situação Perigosa
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Exemplo de Situação Perigosa
Com fome
Animal estressado
Gaiolafalha
Não consegue nadar + rápido
Ataque
Tra
jetória
do
aciden
te
Perigo
DANO
Pessoa fica exposta
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RISCO = PROBABILIDADE X SEVERIDADE
Fonte: ANSI/AAMI/ISO 14971:2007
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Probabilidade do Dano• Probabilidade do perigo resultar em
um dano:– Baseado em estimativas, dados
históricos e experiências próprias.
• Apresentação geralmente qualitativa: definição de categorias
• provável, possível, improvável, impossível.
Fonte: ANSI/AAMI/ISO 14971:2007
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Severidade do Dano
• Medida da possível consequência de um perigo.
• Formas de apresentação:– Binário: severo ou não severo;– Qualitativo: fatal, dano intenso, dano
moderado, dano baixo;– Quantitativo: $ valor monetário a ser
reposto em decorrência do dano.
Fonte: ANSI/AAMI/ISO 14971:2007
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Considerações iniciais sobre o risco
• Tipo do produto e classificação de risco:– Indicação/finalidade de uso;– A classe de risco (I, II, III e IV) indica nível relativo de risco, porém
medidas de controle adotadas não alteram esta classificação.
• População dos pacientes e condições de saúde:– Alguns riscos são inaceitáveis para certos grupos populacionais.
• Produtos similares disponíveis no mercado:– A concorrência deve ser o limite inferior de corte.
• Percepção pública de “risco aceitável”
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Gerenciando o Risco
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Bisturi Elétrico (monopolar)
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Como Gerenciar o risco?
Queimaduras
(P1)
Choque elétrico
(P2)
Morte (S1)
Dano físico (S2)
Danos
RISCO ?RISCO ?Não realizar
o corte
(P3)
Desconforto (S3)
R = P x S
Bisturi Elétrico
Perigos
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Matriz de Aceitabilidade do Risco
Improvável(P3)
Possível(P2)
Muito provável(P1)
Insignificante
(S3)
Sério
(S2)
Catastrófico
(S1)
AABB
C
Inaceitável
Medidas de redução de risco são necessárias
Aceitável
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Avaliação de RiscoAvaliação de Risco
Freqüente
Provável
Ocasional
Remota
Improvável
Desprezível (1)
Incrível
Marginal (2) Crítica (3) Catastrófica (4)
Risco Intolerável
Região ALARP
Região Amplamente
Aceitável
1-Dano Leve 2-Dano Médio 3-Dano Grave 4-Dano Gravíssimo
Figura: Risco aceitável e redução dos riscos [modificado de P. L. Jones, et al, 2002].
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Ciclo do Gerenciamento de RiscoQueimaduras Quais falhas
ocorrem?
InstalaçãoProcedimentoEquipamento
• Projeto e produção
• Mecanismos de alerta (alarmes)
• Advertências e Precauções
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Matriz de Aceitabilidade do Risco
Improvável(P3)
Possível(P2)
Muito provável(P1)
Insignificante
(S3)
Sério
(S2)
Catastrófico
(S1)
AA
Inaceitável
Medidas de redução de risco são necessárias (ALARP – As Low As Reasonably Practible)
Aceitável
A
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Ciclo do Gerenciamento de Risco
Análise
Avaliação
Monitoração
Controle
PROJETO
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Ciclo de vida do produto
Início d
o projeto
Lan
çamen
to
Fim
da p
rodu
ção
Gerenciamento de Risco
projeto
produção
Verificação &
Validação
tempo
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Etapas do Ciclo de Vida do Produto
Dad
os
de
entr
ada
Dad
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Pó
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do
Gerenciamento de Risco
Pro
du
ção
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Gerenciamento de Risco
Identificar os perigos;Estimar os risco.
Aceitabilidade do risco
Análise de opções;Implementação;Avaliação do risco residual;Aceitação do risco global.
Análise do risco
Avaliação do risco
Controle do risco
Função pretendida
Gerenciamento do RiscoGerenciamento do Risco
Experiência pós-produção
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Documentação do Processo de Documentação do Processo de Gerenciamento de RiscoGerenciamento de Risco
Este trabalho apresenta e organiza o processo de gerenciamento de risco de produtos para a saúde utilizando a formatação da NBR ISO 14971/2004. A figura 24 provê a taxonomia dos sub processo do gerenciamento de risco.
Gerenciamento de Risco
Análise de RiscoAvaliação de
RiscoControle de
Risco
Análise de PerigoEstimativa de Risco
Perigo Causa(s) Probabilidade Severidade AvaliaçãoAntes da Mitigação
Métodos de Controle
AvaliaçãoApós a
Mitigação
Figura 24: Taxonomia do processo de gerenciamento de risco [modificado de P. L. Jones, et al, 2002].
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Ferramentas para estimativa de riscos
• FTA – Fault Tree Analysis;
• FMEA – Failure Mode Effects & Analisis;
• HAZOP – Hazard & Operability Studies;
• AEA - Action Error Analysis;
• Métodos estatísticos (ex. : Análise de Weibull e
Modelagens Bayesianas).
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Análise de Risco
Espera-se que o fabricante, ao conduzir uma análise de risco do seu produto identifique:
a) Os possíveis perigos associados ao projeto nas condições normais de uso e condições de falhas;
b) Os riscos associados com os perigos identificados, incluindo os resultantes de erro do usuário nas condições de uso normal e de falha.
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Análise de Risco
Na análise de risco:
a) Se algum risco enquadra-se como inaceitável, deve-se reduzí-lo a níveis aceitáveis, utilizando-se por exemplo medidas de re-projeto ou advertências;
b) Verificar se a eliminação ou diminuição de um risco não introduz novos riscos.
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• Usabilidade = Engenharia de Fatores Humanos
• Os erros de uso (intencional e não intencional) devem ser considerados na Análise do Risco;
Usabilidade como fator de controle de risco
O usuário é um componente importante do sistema médico, muitas vezes
ignorado !
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Componentes Humanos X
Componentes do Produto
Percepção(sentidos)
Ação(responder)
Cognição(interpretar)
Controles
Processamento
Displays
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Como determinar a aceitabilidade do risco ?
• Caracterização do produto:– Desempenho, necessidades do usuário e indicação de
uso.
• Análise mercadológica de produtos similares:– Produtos da própria empresa;– Eventos adversos de concorrentes;– Recall de concorrentes ou da própria empresa.
• Definir metas baseadas na postura da corporação:– Escala de severidade e pontos de inaceitabilidade– Escala de probabilidade de dano e pontos de
inaceitabilidade.
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• Analisando o risco residual X benefícios:– Revisão de dados e literaturas para determinar se os
benefícios médicos do produto ultrapassam o risco residual global.
• Avaliação:– Aceitável: continua com o processo de
desenvolvimento e projeto.– Inaceitável: mecanismos para redução do risco são
necessárias.
• Os resultados para avaliação devem ser registrados no Arquivo do Gerenciamento de Risco.
Avaliando o risco residual global
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Sugestão de Leitura
• IMPLEMENTATION OF RISK MANAGEMENT
PRINCIPLES AND ACTIVITIES WITHIN A QUALITY
MANAGEMENT SYSTEM
– Disponível gratuitamente em:
http://www.ghtf.org/documents/sg3/sg3n15r82005.pdf
• ISO 14971:2007 - Medical devices – Application of risk
management to medical devices
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Dúvidas e Informações!
http://www.anvisa.gov.br/institucional/faleconosco/FaleConosco.asp