geografia a - síntese.1

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Este primeiro conjunto de diapositivos é uma síntese de conteúdos programáticos do currículo da disciplina de 10º ano de Geografia A. Tal como com todos os trabalhos, textos, vídeos, ligações a páginas eletrónicas, constituem o meu contributo para a vossa preparação para o exame nacional. Para além deste objetivo, um outro espero poder alcança-lo também: dar a minha ajuda para vos formareis como cidadãos e cidadãs cada vez mais informados. Esta síntese.1 aborda os descritores correspondentes ao designado Módulo 1 e ao domínio População e Povoamento.

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Page 1: GEOGRAFIA A - Síntese.1
Page 2: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Posição geográfica de Portugal

Situar Portugal a diferentes escalas, geográficas e de análise.2

"Cada vez gosto mais de ser português e cada vez

tenho mais orgulho no meu país. É-me insuportável

ouvir dizer «somos um país pequeno e periférico».

Para mim Portugal é central e muito grande.“Antunes , António Lobo

Page 3: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Localização em relação ao Mundo…

3

A Península Ibérica –

Localização e Ambiente

Natural (vídeo)

Portugal Terra –A

Natureza em

Portugal (vídeo)

Entre os paralelos de 37º e 42º N de

latitude e os 6º e 10º Oeste de longitude (aproximadamente)

Page 4: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Pontos geográficos extremos

4

Ponto

cardeal

Ponto geográfico

extremoCoordenada

1. Norte Foz do rio Trancoso 42º 9´ 15´´ N

2. Sul Cabo de Stª Maria 36º 57´42´´ N

3. Este Marco de Fronteira 6º 11´24´´ W

4. Oeste Farol do Cabo da Roca 9º 30´2´´ W

Atenção:

1º = 60´ (minutos)

1´= 60´´ (segundos)

Trata-se de graus, minutos e segundos ângulo

1

2

3

4

Page 5: GEOGRAFIA A - Síntese.1

… uma localização relativa privilegiada

5

No Hemisfério Norte

Na Zona Temperada do Norte

A Sudoeste do Continente Europeu

A Ocidente da Península Ibérica

Page 6: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Uma posição geográfica que influi no clima

6

Portugal tem um clima

temperado

condicionado por três

influências:

- Atlântica

- Continental

- Mediterrânica.

Radiação solar anual (nº de horas

de sol por ano)

Page 7: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Na temperatura como na distribuição da precipitação

7

É mais chuvoso:

-na fachada

atlântica

(circulação das

massas de ar de

oeste para este)

- nas regiões de

maior altitude

(diminuição da

temperatura

com a altitude).

Page 8: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Uma posição geográfica que é periférica

8

Razão de um destino

histórico - a Epopeia

das Descobertas – e

da existência de uma

vasta ZEE – Zona

Económica

Exclusiva.

Uma posição que

tem sido

considerada,

também, um dos

fatores do atraso do

País em relação à

Europa.

RAA

RAM

Page 9: GEOGRAFIA A - Síntese.1

“Além da situação periférica, o território do reino de Portugal revelava uma inegável pobreza em termos de recursos naturais e as suas populações sofreram por isso uma crónica escassez de géneros e produtos essenciais.

(…) nada na geografia física ou humana, na economia ou na tradição das regiões que o vieram a compor determinava que se destacasse da restante Península o retângulo que veio a constituir-se como o reino mais ocidental da Europa. E não obstante o atraso tantas vezes ditado pela distância e pelas dificuldades de comunicação com os centros europeus de maior dinamismo, a Portugal haviam de chegar também os efeitos das profundas alterações técnicas e das inovações nas atividades económicas, sociais e mesmo culturais que o Ocidente conheceu sobretudo a partir do final do século XI”.

Rui Ramos, Nuno Gonçalo e Bernardo Vasconcelos , HISTÓRIA DE PORTUGAL, I volume, Expresso

9

Page 10: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Situação periférica de Portugal

Da “Europa dos 6” à atual “Europa dos 28” houve o agravamento das disparidades. Esta constatação evidenciou-se, em particular, quando da passagem de 15 para 25 Estados-Membros e, posteriormente, para 27. Para além do aumento de população e território, houve uma deslocação do centro geográfico para o Leste da Europa.

Portugal, localizado no canto sudoeste da Europa, parece, assim, mais afetado pela sua posição puramente geográfica no contexto europeu.

Todavia, política, estratégica e economicamente, o país pode usufruir de vantagens decorrentes da sua perificidade. De facto:

- os verdadeiros centros são os de decisão política e económica e não os centros geográficos

- teremos que valorizar cada vez mais a nossa centralidade euro-atlântica e mediterrânica.

“A presença nas redes de decisão e a capacidade de as influenciar deverá ser a nossa resposta para contornar os efeitos da dimensão do país e compensar a periferia geográfica com a centralidade política e estratégica”.

http://www.portugal.gov.pt/pt/GC15/Governo/Ministerios/MNE/Intervencoes/Pages/20040123_MNE_Int_SEAE_Europa.aspx (adaptado)

10

Page 11: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Uma “perificidade” que deve ser valorizada

11

Um oceano

saudável,

sustentável e

seguro, é o

principal ativo

físico e

sociocultural de

Portugal, donde,

tornar o país

uma importante

nação oceânica

da Europa, deve

ser entendido

como um

desígnio

nacional.

Page 12: GEOGRAFIA A - Síntese.1

O que será o território nacional se …

12

Portugal não é

apenas uma estreita

faixa costeira a

ocidente da

Península Ibérica, é

também uma grande

zona económica

exclusiva”

Quando for

aprovada a

candidatura às

Nações Unidas para

a extensão da

plataforma

continental, Portugal

será um país em

que “97% é mar”.

Page 13: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Em Maio, Portugal formalizou junto das Nações Unidas (ONU) a proposta para alargamento da área marítima sob jurisdição nacional através da extensão da plataforma continental das 200 milhas (ZEE) para 350 milhas.

O acréscimo de área atribuída a Portugal será sempre "muito considerável", o que "será muito importante para Portugal" face aos recursos conhecidos ou ainda ignorados existentes no fundo do mar, que constituirão um "fator de desenvolvimento económico no futuro".

À componente económica junta-se a "questão estratégica e de soberania" já que alargar a área sob jurisdição nacional será "muito importante em termos de afirmação geoestratégica".

"A extensão da plataforma continental vai ser tão importante para Portugal no século XXI como foram os descobrimentos nos séculos XV e XVI“.

2/7/2009 http://www.correiodosacores.net/view.php?id=24083

Page 14: GEOGRAFIA A - Síntese.1

14Fonte -Expresso

Page 15: GEOGRAFIA A - Síntese.1

População e PovoamentoConhecer a evolução da população desde os anos 60 de século XX

Imagem retirada de hgprecursos.no.sapo.pt 15

Page 16: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Entre 1970 e 2012, a

população residente:

Aumentou 21,1%

De 1970 a 1973 houve

um declínio da

população

Fruto de um surto de

emigração

Em 1974 e 1975

registaram-se os

maiores picos de

crescimento

Consequência do

regresso das ex-colónias 16

Fonte: INE, 25 de ABRIL, 40 ANOS de ESTATÌSTICAS

No gráfico constatam-se duas outras observações:

- Desde 2010 a população residente revela uma tendência

regressiva;

- No total da população, há mais mulheres do que homens

Page 17: GEOGRAFIA A - Síntese.1

O regresso das ex-colónias

provocou recuperação do

saldo natural

De 1980 a 1992 houve

diminuição de população

O saldo migratório foi

negativo entre 1987 e 1991

De 1993 a 2009 houve

aumento da população

Consequência do maior

número de imigrantes

A partir de 2010, população

e saldo natural decrescem.

17

Fonte: INE, IP., Indicadores Demográficos.25 de ABRIL, 40 ANOS de ESTATÌSTICAS

O saldo natural atingiu valores mais expressivos na

década de 70. A partir de 1980 registou decréscimos que

se exprimem por valores negativos na presente década.

Page 18: GEOGRAFIA A - Síntese.1

De 1970 para 2012

houve um acentuado

decréscimo do saldo

natural fruto da

redução da taxa de

natalidade:

1970 – 20‰

2012 – 8,5‰

Ligeiras variações da

taxa de mortalidade:

1970 -10,7‰

2012 – 10,2‰

18

Page 19: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Portugal continua a encolherEm 2013 a população portuguesa voltou a encolher. Não é um fenómeno, é uma tendência.

Em 2013, registaram-se, em Portugal, 83 mil nascimentos e 107 mil óbitos.

Desde 2007 que o país tem apresentado saldos naturais negativos: um retrato desolador

de um país cada vez mais envelhecido e onde já nem os fluxos migratórios ajudam a

disfarçar. Não é um fenómeno, mas uma tendência que a crise só veio agravar.

O Governo deveria aproveitar fundos comunitários para a promoção de políticas de

incentivo à natalidade. Nem sempre medidas pró-natalistas são garantia de solução ... Na

maioria dos países europeus, existe uma correlação positiva entre os incentivos à

natalidade e os nascimentos.

A Alemanha é uma das exceções que confirma a regra: gasta milhões e milhões para

incentivar a natalidade e continua a ocupar o último lugar no ranking dos 28 países da

União Europeia em termos de taxa de natalidade… Já a França, que gasta o mesmo que a

Alemanha, conseguiu no início desta década registar um número recorde de recém-

nascidos.Texto adaptado do Público, 29 de abril de 2014 19

Page 20: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Portugal poderá chegar a 2060 reduzido a apenas 6,3 milhões de habitantes.

20

Desde o início do

século XX que as

estatísticas de

nascimento

ultrapassavam as de

óbitos, apenas com

exceção para o ano de

1918, em que a gripe

pneumónica (também

conhecida como gripe espanhola)

matou milhares de

pessoas. O ano de

viragem no

comportamento destes

números aconteceu em

2007http://www.publico.pt/multimedia/video/portugal-o-pais-com-mais-mortos-do-que-nascidos-2014430150172

ROMANA BORJA-SANTOS 29/04/2014 (adaptado)

Page 21: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Entre 1970 e 1980 houve

um período de relativa

estagnação na evolução da

população na faixa etária

com menos de 15 anos.

Com o forte decréscimo da

taxa de natalidade, em

2011, este grupo etário

atingiu 1,6 milhões do total

de indivíduos, um valor

inferior ao do número de

indivíduos com 65 ou mais

anos. Nestes, pelo contrário,

nos últimos 43 anos, tem-se

verificado uma evolução em

sentido oposto. Em 2011,

eram 2 milhões do total da

população.

21

2011

Menos de 15 anos – 14,9%

De 65 e mais anos – 19,0%

Fonte: INE, IP., Recenseamentos da População.

25 de ABRIL, 40 ANOS de ESTATÌSTICAS

Page 22: GEOGRAFIA A - Síntese.1

22

Entre 1970 e 2012 são significativas as mudanças na estrutura etária.

A redução da base da pirâmide etária (população mais jovem) e o alargamento da

respetiva parte superior (população mais envelhecida) são claramente visíveis e

reveladores do progressivo envelhecimento da população.

Fonte: INE, IP., Recenseamentos da População.

25 de ABRIL, 40 ANOS de ESTATÌSTICAS

Page 23: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Número médio de crianças

vivas nascidas por mulher:

1970 - 2,8 crianças

2012 - 1,3 crianças

Os baixos valores, apesar de

alguma recuperação verificada

entre 1996 (1,4) e 2000 (1,6), e a

estagnação no período 2003-

2010 (1,4), justificam a

incapacidade do país em

renovar as suas gerações e,

consequentemente, a perda

de população prevista para

as próximas décadas.

23

Fonte: INE, I.P., Estatísticas Demográficas.

nota: índice sintético de fecundidade - nº médio de crianças nascidas vivas por mulher.

A desaceleração do crescimento e o decréscimo recente dos

volumes populacionais, a par com um

continuado processo de envelhecimento demográfico,

consubstanciam as principais linhas de caracterização das

tendências demográficas dos últimos anos em Portugal.

Page 24: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Inquérito à Fecundidade 2013 INE, Destaque, 27 de novembro de 2013

É predominante a proporção de pessoas que pensam vir a ter, no máximo, dois

filhos

Em média, as pessoas têm 1,03 filhos, pensam vir a ter no máximo 1,77 filhos, e

desejariam ter 2,31 filhos.

Independentemente da situação conjugal, do nível de escolaridade, ou da condição

perante o trabalho, é predominante a percentagem das pessoas que pensam vir a

ter, no máximo, 2 filhos.

A maioria das mulheres (51%) e uma grande percentagem dos homens (46%) tem

filhos e não tenciona ter mais.

“Ver os filhos crescerem e desenvolverem-se” é o motivo mais apontado para a

decisão de ter filhos.

“Custos financeiros associados a ter filhos” é o motivo mais referido para a decisão

de não ter filhos.

“Aumentar os rendimentos das famílias com filhos” foi a medida considerada como

o mais importante incentivo à natalidade. 24

Page 25: GEOGRAFIA A - Síntese.1

25

A persistente tendência de declínio da fecundidade, mais acentuada a partir

de 2010, coloca Portugal entre os países da União Europeia com os mais

baixos níveis do Índice Sintético de Fecundidade: 1,35 crianças por mulher

em 2011 e 1,28 em 2012.

Fonte: INE, Inquérito à Fecundidade, Destaque, 27 de novembro de 2013

Page 26: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Início da década de 70:

TMI = 55‰

Nº fetos mortos: 3,8

mil

Em 2012:

TMI = 2 a 3 ‰

Nº fetos mortos = 327

26

A descida da taxa de mortalidade infantil deve-se aos excelentes

cuidados de saúde, nomeadamente dos cuidados primários (médicos de

família e enfermeiros), dos pediatras e dos serviços de pediatria, dos

obstetras e de todos os cuidados que são prestados à grávida.

Mas também se devem ao maior nível de informação a que os pais

têm acesso.

A vacinação, por seu lado, atingiu níveis muito altos, o que também

constitui um fator importante no primeiro ano de vida.

Fonte: INE , I.P., Estatísticas da Saúde

25 DE ABRIL, 40 ANOS DE ESTATÍSTICAS.

Page 27: GEOGRAFIA A - Síntese.1

De 1970 para 2012, a

esperança média de vida à

nascença, evoluiu segundo

um crescimento praticamente

contínuo, tanto para homens

como para mulheres.

1970

2012

27

64 anos 70,3 anos

76,7 anos 82,6 anos

http://youtu.be/Qe9Lw_nlFQU

A melhoria das condições socioeconómicas, o saneamento básico e o

acesso a água potável, a nutrição adequada e os progressos da

medicina influenciam a EMV. De forma geral, o aumento da esperança

de vida ao nascer constitui um triunfo sobre a morte precoce, é uma

manifestação de progresso e de melhoria da condição humana mas é

também um desafio sob o ponto de vista social, médico e financeiro

de uma sociedade

Fonte: INE , I.P., Estimativas da População Residente.

Page 28: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Em 42 anos, registou-se:

Forte acréscimo da população empregada no setor terciário:

1970 - 35,6%

2011 - 70,5%

Queda drástica do setor primário:

1970 - 30,3 %

2011 - 3,1%

Uma certa estabilidade no setor secundário:

1970 - 30,0%

2011 - 26,5%

28

A importância da agricultura na economia portuguesa tem diminuído ao

longo dos anos, tal como se verifica em todos os países industrializados.

Entre 1989 e 2005, cerca de 200 mil explorações agropecuárias

deixaram de existir, o que fez reduzir a população ativa deste sector em

cerca de 500 mil trabalhadores, uma queda que se refletiu, ainda, no

êxodo rural intenso para as cidades e para a emigração, factos que

reforçam os desequilíbrios demográficos entre o litoral e o interior.

Page 29: GEOGRAFIA A - Síntese.1

1981:

23,2% dos ativos sem

qualquer nível de ensino

3,4% com ensino superior

2011:

1,2% sem qualquer nível de

ensino

24,4% com ensino superior.

1981

4% 4%

2011

20% 30%

29

Fonte: INE , I.P., 25 DE ABRIL, 40 ANOS DE ESTATÍSTICAS

A melhoria no nível de qualificação levou a que, no final de 2012, 1/5

dos ativos possuísse um diploma. Hoje, existe um dualismo entre um

grupo numeroso de ativos velho e pouco qualificado e um grupo mais

qualificado e jovem. Países que estão abertos à emigração

dificilmente aceitam candidatos não qualificados.

Page 30: GEOGRAFIA A - Síntese.1

1960 - 2012

Page 31: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Evolução da população residente e crescimento efetivo

8 889 000 (1960) para 10 487 000 habitantes (2012) a ritmo irregular:

Decréscimos populacionais: 1964 a 1973 (exceto 1972); 1987 a 1991; 2008 a 2012.

Aumentos populacionais: 1960 a 1963; 1975 a 1985; 1994 a 2007

Page 32: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Evolução das taxas de crescimento natural, migratório e efetivo

O crescimento efetivo positivo entre:

1960 –1963 TCN > TCM

1974 – 1985 TCN (1975 a 1981)+ TCM positivas

1992 - 2007 TCM > TCN

Page 33: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Evolução dos nados vivos, óbitos e saldo natural

Redução do saldo natural devido à queda da natalidade: 200 000 nascimentos nos anos 60 Menos de 150 000 na década de 80 Menos de 100 000 em 2009, 2011 e 2012.

Page 34: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Pirâmides etárias (1970, 1990 e 2012)

Page 35: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Uma

população

cada vez

mais velha

Uma

população

onde cada

vez

nascem

menos

crianças

por mulher

Índice de Envelhecimento

Índice sintético de fecundidade

Page 36: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Síntese

Principais tendências demográficas desde a década de 60 do século XX - 1960 a 2012:

Queda da fecundidade

Aumento da esperança média de vida

Envelhecimento demográfico

Decréscimo populacional

Forte impacto do crescimento migratório no crescimento real da população

Extraído e adaptado de “Famílias nos Censos 2011 –

Diversidade e Mudança”, Anabela Delgado e Karin Wall - INE

Page 37: GEOGRAFIA A - Síntese.1
Page 38: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Como se distribui a população no Continente?

Segundo o Censos 2011, em relação a 2001, verificou-se:

Concentração da população nos municípios do litoral

Os maiores crescimentos populacionais nos municípios à volta de Lisboa e em praticamente toda a região do Algarve

Capacidade para fixar e atrair população pelos municípios do litoral em geral

Perda de população na grande maioria dos municípios do interior (em 2001, 171 municípios

perderam população. Em 2011 foram198). Fonte: Worldmapper.org

Page 39: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Densidade populacional

Page 40: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Da análise do mapa da poluição luminosa, concluem-se três evidências:

Litoralização do povoamento:

Concentração populacional na faixa entre Viana do Castelo e Setúbal.

Despovoamento do Interior:

Reduzidíssima densidade populacional em todo o Interior, de Norte a Sul.

Bipolarização:

Duas fortes concentrações populacionais, uma, em torno da cidade de Lisboa, e, outra, à volta da cidade do Porto.

Page 41: GEOGRAFIA A - Síntese.1

O interior do país está em extinção, com o acentuar das assimetrias em relação ao litoral, na última década, e cada vez mais despovoado e envelhecido, alertou hoje a presidente da Sociedade Portuguesa de Demografia.

Numa análise aos resultados preliminares dos Censos de 2011, comparando com os de 2001 acentuou-se a progressão na dicotomia litoral/interior existente no país.

"A dicotomia norte/sul que tínhamos antes desapareceu e passámos a ter uma dicotomia litoral/interior.

Já entre 1991 e 2001 havia um país diferente no interior e um país diferente no litoral", afirmou.

http://expresso.sapo.pt/censos2011-interior-do-pais-esta-a-extinguir-se-alerta-presidente-da-sociedade-portuguesa-de-

demografia=f683378#ixzz26KjoHgW0 (adaptado) 26 de Outubro de 2011

Interior do país está a “extinguir-se”

Page 42: GEOGRAFIA A - Síntese.1

42

19501970 2001

Reforço

das

assimetrias

espaciais:

A Litoralização

acentua-se;

o

Despovoamento

do interior

prossegue

Fonte: Recenseamentos da população

Page 43: GEOGRAFIA A - Síntese.1

As NUTS III de maior densidade populacional – mais de 180

Hab/Km² - situam-se na faixa ocidental que vai desde Minho-

Lima até à Península de Setúbal.

No Sul, destaca-se a faixa meridional algarvia, com uma

densidade entre os 30 e 89 Hab/km²

As NUTS III mais povoadas exercem uma atracção sobre a

população e são, por isso

As restantes NUTS III, particularmente, as do Interior Norte,

Centro e todas as do Alentejo, com valores de densidade

populacional inferiores a 30 Hab/Km², denotam um verdadeiro

As NUTS III menos povoadas repelem, isto é, não captam

população e são, por isso

LITORALIZAÇÃO

ÁREAS ATRATIVAS

ÁREAS REPULSIVAS

DESPOVOAMENTO

Page 44: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Portugal periférico

Nas últimas décadas, a vasta faixa do interior do País tem vindo a desertificar-se acolhendo agora apenas 15 por cento dos portugueses.

Perdeu população, investimento, actividade económica. Um processo lento que nos confronta com o dualismo de um crescimento desordenado, desequilibrado e injusto.

Em 15 anos, de 1985 a 2000, a área construída aumentou 42 %.

Porto, Lisboa e Algarve expandiram-se desenfreadamente.

Destruiu-se património natural, zonas agrícolas, e forrou-se uma boa parte do litoral com cimento armado.

Criaram-se áreas metropolitanas gigantescas, redes saturadas de circulação, onde é cada vez mais difícil viver. Dotou-se o País de infra-estruturas básicas, nomeadamente de uma rede de estradas que facilitou o êxodo do interior para o litoral.

António José Teixeira, 12/01/2009 (adaptado)

Page 45: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Causas da distribuição geográfica da população

São vários os fatores que interferem na distribuição geográfica da população:

Fatores físicos – clima, relevo, solos, localização geográfica

Fatores humanos – evolução histórica, atividades económicas (agricultura, indústria, serviços), transportes, etc.

A conjugação de fatores conduz à distinção entre:

Áreas atrativas

Áreas repulsivas.

Page 46: GEOGRAFIA A - Síntese.1

A distribuição geográfica da temperatura média

anual revela que:

Os valores variam entre menos de 7,5ºC e mais

de 17,5ºC;

Há um acentuado contraste entre o Norte e o

Sul:

Os valores mais baixos – entre -7,5ºC e

15ºC – localizam-se a norte do vale do rio

Tejo;

Os valores superiores a 15ºC encontram-se

a sul do vale do rio Tejo;

Os valores inferiores a 10,0ºC coincidem com

as maiores altitudes;

Os valores superiores a 17,5ºC concentram-se

no Interior sul e no Algarve;

No Norte Interior destaca-se o vale superior do

rio Douro com valores entre os 16 e os 17,5ºC:

Terra Quente Transmontana

Clima:

Temperatura

do ar

Page 47: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Há uma correlação positiva entre

distribuição da temperatura média

anual e os valores da densidade

populacional:A população

concentra-se onde as temperaturas médias

anuais são mais amenas – faixa litoral ocidental, do Minho à

Península de Setúbal.A fachada meridional –

litoral algarvio –justifica-se pela atração turística

balnear.

Page 48: GEOGRAFIA A - Síntese.1

A distribuição geográfica da precipitação média

anual registada, ao longo de 30 anos, entre 1961

e 1990 mostra que:

Os valores médios variam entre os 400 e os

3 000 mm

Os valores superiores aos 800 mm dominam

a norte do vale do rio Tejo;

Os valores inferiores aos 800 mm surgem

predominantemente a sul deste rio;

Os valores superiores a 1 400 mm

coincidem com as maiores altitudes;

Os valores mais baixos, menos de 600 mm,

encontram-se no Sul – Alentejo e Algarve –,

no vale superior do rio Douro e no planalto de

Almeida - Sabugal.

Page 49: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Áreas de precipitação

elevada coincidem com

densidades populacionais

altas:

Os solos mais férteis

permitem a produção

agrícola e uma ocupação

intensiva do solo. Por isso,

sempre atraíram

população ao longo da

História.

Casos como as áreas

litorais do país são bem o

exemplo de fortes

densidades populacionais

em áreas de minifúndio.

Page 50: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Pela análise do mapa hipsométrico verifica-se

que:

A altitude em Portugal continental varia entre os

2 000m e os 0m.

Os valores inferiores a 100m de altitude

localizam-se ao longo do litoral ocidental e

meridional fruto do trabalho de acumulação de

sedimentos que originaram planícies

sedimentares

A planície sedimentar mais extensa

corresponde à Bacia Sedimentar do Tejo e do

Sado.

Os valores mais elevados situam-se no Interior

Norte e Centro.

A sul da Sª Estrela predomina a peneplanície

alentejana.

Page 51: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Lugares com mais de 2500 habitantes, 2001

Quanto maior é a altitude

menor é a temperatura do ar.

Por isso, o relevo interfere na

distribuição espacial da

população portuguesa.

No Interior Norte e Centro, o

número reduzido de lugares

com mais de 2 500 habitantes

são prova disso.

A Sul da Sª Estrela o relevo

peneplano do Alentejo é

prejudicado pela carência de

água, um dos fatores

responsáveis pelo número de

lugares com mais de

2 500habitantes.

Page 52: GEOGRAFIA A - Síntese.1

NW

NE

SUL

Relacionando clima e

relevo é possível distinguir

caraterísticas diferentes

que permitem considerar

três grandes Divisões

Naturais: o Noroeste ou

Norte Atlântico, o Nordeste

ou Norte Transmontano e o

Sul.

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São, simultaneamente,

causa e consequência,

de atração populacional.

Onde há mais população

mais vias de transporte

devem existir, caso das

Áreas Metropolitanas de

Lisboa e Porto

Os transportes

aumentam a

acessibilidade e

reduzem a distância

relativa, tanto a

distância-custo como a

distância-tempo.

Fonte: Jornal Público, “Evolução da rede de autoestradas”

Page 54: GEOGRAFIA A - Síntese.1

Indústrias pesadas, produção de papel, refinaria de petróleo, química de base, etc.

localizam-se maioritariamente junto ao litoral ocidental.

O mar é um factor de atração porque:

Atenua as temperaturas tanto no inverno como no verão.

Permite maior humidade e mais precipitação.

Fornece peixe, sal e algas.

Contribui para a produção de energia elétrica – ondas, marés, eólica offshore

É uma óptima via de comunicação

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• Clima ameno –temperaturas amenas

• Relevo suave – baixa altitude

• Solo fértil

• Abundância de água

Fatores físicos ou naturais

• Indústria

• Comércio

• Serviços

• Rede de transportes

• Segurança

Fatores humanos

Fatores favoráveis

à concentração

populacional e a

densidades

populacionais

elevadas.