geografia (1)

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  • Volume 02GEOGRAFIA

  • 2 Coleo Estudo

    Sum

    rio

    - G

    eogr

    afia Frente A

    05 3 Dinmica das placas tectnicasAutora: Mara Rubinger Macedo

    06 13 Estruturas geolgicas e coluna geolgica

    Autora: Mara Rubinger Macedo

    07 21 Dinmica interna e externa do relevoAutora: Mara Rubinger Macedo08 35 Recursos minerais do Brasil e do mundoAutora: Mara Rubinger Macedo

    Frente B03 45 Migraes e indicadores sociaisAutor: Eduardo Gonzaga04 59 Organizao do espao urbano Autor: Eduardo Gonzaga

    Frente C03 71 Transporte Autor: Eduardo Gonzaga04 91 Guerra Fria Autor: Eduardo Gonzaga

  • FRENTE

    3Editora Bernoulli

    MDULOGEOGRAFIAGondwana) resultante de processos tectnicos e deposicionais semelhantes. Por estar distribuda em diferentes reas, refora a ideia da juno dos continentes no Hemisfrio Sul, em pocas anteriores a 135 milhes de anos.

    Dados paleontoclimticos: Existncia de climas idnticos, que ocorrem simultaneamente, e em diferentes zonas, como o caso das glaciaes encontradas na Amrica do Sul, no sul da frica, na ndia e na Austrlia. Para Wegener, se os continentes ocupam posies diferentes na superfcie da Terra, a distribuio das zonas climticas deve ter mudado no passado, sendo essa mudana diferente em cada continente. As glaciaes permocarbonferas mostraram que os continentes do Hemisfrio Sul e a ndia estavam unidos sobre a regio Antrtica e, depois, deslocaram-se para outras direes. Antigos recifes de algas coralneas, datados do Paleozoico Inferior, foram achados no Crculo Polar rtico, sendo que esses corais so caractersticos do Equador, o que favorece a concluso de que, no Paleozoico Inferior, o Equador passava por essas regies.

    Com base nesses dados, Wegener formulou a Teoria da Deriva Continental, segundo a qual, h milhes de anos, a Terra estava ligada a um supercontinente a Pangeia rodeado por um enorme oceano chamado Ttis. Wegener sugeriu que esse supercontinente teria se fraturado e os fragmentos constituram os continentes que hoje existem. Embora estivesse certo em afirmar que os continentes se afastavam por deriva, o meteorologista no conseguiu explicar o que provocava o movimento e a fragmentao da Pangeia. Devido aos poucos recursos tecnolgicos da poca (1912), essa pergunta no foi respondida, e a Teoria da Deriva Continental acabou sendo esquecida e at ridicularizada.

    Antrtica

    Amricado Sul

    Amri

    ca

    do No

    rte

    frica

    Eursia

    ndia

    Austr

    lia

    Pangeia

    A camada mais externa da Terra (litosfera) dividida em doze placas principais, embora exista uma srie de outras menores, que realizam trs tipos de movimentos: de convergncia, de divergncia e tangencial. As placas so criadas em reas de separao e recicladas nos locais onde convergem. Ao longo do tempo geolgico, os continentes encravados na litosfera deslocam-se, juntamente com as placas em movimento. Algumas placas recebem as denominaes dos continentes que elas contm, porm, em nenhum caso a placa semelhante ao continente.

    Ao longo de muitos anos, diversos estudiosos desenvolveram teorias que buscavam explicar a formao de montanhas, os terremotos, o vulcanismo e outros processos formadores de feies geolgicas na superfcie do planeta. No entanto, at a descoberta da Tectnica de Placas, nenhuma teoria conseguia, de maneira isolada, explicar de forma coerente a variedade de processos geolgicos.

    TEORIA DA DERIVA CONTINENTALEm 1915, a partir de estudos geolgicos, Alfred Wegener

    (meteorologista alemo) foi o primeiro estudioso a afirmar que, ao contrrio do que se pensava, a Terra no era esttica. Wegener partiu da hiptese de que seria possvel agrupar todos os continentes, j que, pela observao de um planisfrio, possvel perceber que as massas continentais se ajustam como um grande quebra-cabea.

    Com a finalidade de comprovar a existncia desse supercontinente, denominado Pangeia (do grego todas as terras), Wegener fundamentou sua hiptese em diversos dados:

    Dados paleolgicos: Semelhanas de fauna e de flora antigas em regies hoje separadas por oceanos.

    Dados geolgicos: Wegener argumentava que algumas cadeias montanhosas, que se encontravam bruscamente interrompidas, como seria o caso de cadeias na Argentina e na frica do Sul, adquiriam perfeita continuidade quando se juntavam Amrica e frica. Entretanto, o argumento geolgico mais forte apresentado por Wegener est relacionado com o empilhamento estratigrfico de rochas que ocorre no nordeste da ndia, na Antrtida, no sudeste da Amrica do Sul, no leste da frica e na Austrlia, que possuem idades entre 300 e 135 milhes de anos. Essa sucesso de rochas (chamada de sequncia

    Dinmica das placas tectnicas 05 A

  • 4 Coleo Estudo

    As correntes de convecoSegundo Harry Hess (1962), nas regies profundas do manto, as temperaturas so mais elevadas, o que provoca a

    elevao dos materiais que o constituem. Esses materiais, ao atingirem zonas prximas da crosta, onde as temperaturas

    so mais baixas, vo arrefecendo, deslizam lateralmente e acabam mergulhando junto s fossas ocenicas, voltando s

    camadas profundas do manto. Considera-se, desse modo, que as correntes de conveco, sendo contnuas, delimitam esses

    circuitos fechados (clulas de conveco), separados por zonas de ascenso e de descida de materiais que correspondem,

    respectivamente, a dorsais e a fossas ocenicas.

    Manto

    Correntes de conveco

    LitosferaLitosfera

    Arquiplago vulcnico

    Fossa Fossa

    Crista mdio-ocenicaOceano

    As correntes de conveco do magma

    A isostasiaIsostasia (do grego isos, que significa igual e stasi, parada, ou movimento isosttico, uma terminologia utilizada

    para fazer referncia ao estado de equilbrio gravitacional e s suas alteraes entre a litosfera e a astenosfera

    (poro superior do manto, fluida e quente, sobre a qual as placas tectnicas se movimentam). Quando uma rea da

    litosfera atinge o equilbrio entre o peso relativo da placa e a sua poro inserida na astenosfera, essa regio alcana o

    equilibrio isosttico.

    As evidncias concretas quanto existncia de uma fora

    capaz de movimentar as placas comearam a surgir como

    resultado da intensa explorao do fundo dos oceanos,

    aps a Segunda Guerra Mundial. A partir do mapeamento

    da dorsal mesoatlntica, foi possvel a descoberta de um

    profundo vale na forma de fenda, que se estendia ao longo

    do centro da dorsal. Durante esse perodo, os gelogos

    descobriram que a maioria dos terremotos ocorridos

    no Atlntico tinha como rea geradora justamente as

    proximidades desse vale, indicando que essas reas eram

    tectonicamente ativas.

    Em meados da dcada de 1960, Harry Hess e Robert Dietz

    propuseram que a crosta era separada ao longo das fendas

    ou riftes nas dorsais e que um novo assoalho ocenico era

    formado a partir da ascenso do magma, proveniente do

    interior da Terra, nas reas que margeiam as fendas.

    Em 1965, Jonh Tuzo Wilson descreveu, pela primeira vez,

    a tectnica no globo terrestre, utilizando termos que

    remetiam a placas rgidas se movendo sobre a superfcie

    da terra. Por conseguinte, foram caracterizados trs tipos

    bsicos de limites, em que as placas convergiam, divergiam

    e deslizavam.

    A resposta indagao no solucionada por Alfred Wegener comeou a se delinear quando os cientistas perceberam que as correntes de conveco do manto poderiam promover a movimentao das placas, ocasionando a formao de uma nova crosta ocenica em razo do processo de expanso do assoalho ocenico (veja figura a seguir).

    Expanso dos fundos ocenicos

    Frente A Mdulo 05

  • GEO

    GR

    AFI

    A

    5Editora Bernoulli

    Observando as imagens anteriores, possvel notar que

    quanto mais espesso for o bloco continental, maior a

    estabilidade dele, pois est mais profundamente enraizado

    no manto magmtico. Assim, os continentes so mais

    elevados, porque so compostos de material menos denso

    que o dos fundos ocenicos e, por sua vez, as grandes cadeias

    de montanhas so mais altas, porque apresentam uma raiz

    proporcionalmente profunda de material pouco denso.

    J as dorsais mesocenicas so elevadas em relao ao fundo

    ocenico, porque, devido ao alto fluxo trmico localizado nessa rea, as rochas ocenicas apresentam densidade

    menor do que nas demais regies ocenicas.

    A TEORIA DA TECTNICA DE PLACAS

    A Tectnica de PlacasAlgumas descobertas cientficas provocaram a retomada

    da discusso sobre a mobilidade dos continentes (a deriva

    continental). Foram elas:

    Verificao do fato de que o assoalho ocenico jovem e contm muitas feies fisiogrficas.

    Aparecimento da hiptese do afastamento do assoalho ocenico e consequente reciclagem da

    crosta ocenica.

    Comprovao cientfica da distribuio de terremotos e vulcanismo ao longo de trincheiras ocenicas e

    cadeias de montes submarinos.

    Constatao de que o magnetismo das rochas da crosta continental demonstra a mobilidade dos

    continentes.

    A partir das confirmaes cientficas que respondiam s questes e lacunas deixadas pela Teoria da Deriva

    Continental, surge a Teoria da Tectnica de Placas, que

    comprovou o movimento da litosfera sobre a astenosfera.

    De acordo com essa teoria, a litosfera dividida por placas

    (denominadas placas tectnicas) e estas deslizam por razo

    da movimentao das correntes de conveco no interior

    da Terra. O calor oriundo do ncleo da Terra esquenta o

    manto e faz os materiais nele presentes subirem. Essas

    partes esfriam e voltam a descer. So essas correntes que

    movimentam lentamente as placas que formam a crosta

    da Terra. Tais movimentaes permitiram a formao dos

    continentes a partir da Pangeia, continente que existiu h

    200 milhes de anos, durante a Era Mesozoica. A partir da

    comprovao da movimentao dos continentes assentados

    nas placas tectnicas, foram apontados trs tipos de

    movimentos tectnicos.

    A isostasia resulta da flutuao das placas tectnicas

    sobre o material mais denso da astenosfera, cujo equilbrio

    depende das suas densidades relativas e do peso da placa.

    Dessa forma, caso ocorra um aumento do peso da placa (por

    espessamento ou por deposio de sedimentos, gua ou

    gelo sobre a sua superfcie), a mesma afundar, ocorrendo,

    inversamente, uma elevao quando o peso sobre ela

    diminui. A imagem a seguir expressa o princpio da isostasia.

    Subsidncia

    Depsito desedimentos

    Transporte de

    sedimentos

    Sublevao

    Crosta

    Manto

    Montanhas

    Corrente deconveco

    Corrente deconveco

    Subsidncia

    Corrente deconveco

    Corrente deconveco

    SubsidnciaSublevao

    Subsidncia

    Tempo I

    Tempo II

    Tempo III

    Dinmica das placas tectnicas

  • 6 Coleo Estudo

    Separao de placas nos continentes: Estgios iniciais do processo de divergncia, como o vale em rifte do Leste Africano, podem ser identificados em algumas pores continentais do globo. Essas reas so marcadas por vales em rifte, atividade vulcnica e terremotos. O Mar Vermelho e o Golfo da Califrnia so riftes que se encontram em um estgio mais avanado de expanso. Nesses casos, os continentes j se separaram o suficiente para que o novo assoalho ocenico pudesse ser formado ao longo do eixo de expanso e os vales em rifte fossem ocupados pelo oceano. Algumas vezes, o processo de divergncia pode se tornar mais lento ou cessar antes que a separao do continente se concretize e a abertura de uma nova bacia ocenica ocorra. Um exemplo de processo no finalizado corresponde rea em que est inserido o Rio Paraba do Sul, no Sudeste brasileiro.

    Vale em rifte doLeste Africano

    Placa Afric

    anaSubplaca Somaliana

    No leste da frica, um estgio inicial de rifteamento criou vales paralelos em uma zona com vulces e terremotos.

    Limites divergentesNesses limites, uma nova crosta formada. O movimento

    de divergncia pode ocorrer tanto pela separao de placas nos oceanos, quanto no continente.

    Separao de placas nos oceanos: Esse movimento acontece principalmente nas reas ao longo das cadeias mesocenicas (extensas elevaes submarinas cuja topografia mais acentuada do que a das tradicionais cadeias montanhosas existentes nos continentes). O limite divergente mais conhecido o da dorsal Mesoatlntica. Essa gigantesca montanha submersa estende-se desde o Oceano rtico at o extremo sul da frica. A velocidade de expanso (afastamento) das placas ao longo da crista ocenica Mdio-Atlntica de aproximadamente 2,5 centmetros por ano (cm/ano), ou de 25 quilmetros em um milho de anos.

    Placa Nor

    te-Ameri

    cana Placa Eurasiana

    DorsalMesoatlntica

    O rifteamento e a expanso ao longo de uma zona estreita criaram a dorsal Mesoatlntica, uma cadeia de montanhas mesocenicas onde vulces e terremotos esto concentrados.

    EQUADOR

    Placa Scotia

    Placa doPacfico

    Placa deNazca

    PlacaSul-Americana

    PlacaAntrtica

    PlacaAntrtica

    Placade Cocos

    Placa dasFilipinas

    Placa Juande Fuca

    PlacaNorte-AmericanaPlaca

    EurasiticaPlaca

    Eurasitica

    PlacaCaribenha

    PlacaArbica Placa

    Indiana

    PlacaAfricana

    PlacaAustraliana

    Falha deSan Andreas

    Zonas de subduco Movimento relativo das placas

    Os trs tipos bsicos de limites de placa

    Frente A Mdulo 05

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    7Editora Bernoulli

    Coliso de duas placas continentais (obduco): Como as placas tm espessura e densidade parecidas, no ocorre o mergulho de uma sob a outra. Tais placas sofrem uma compresso crescente, originando enrugamentos em suas bordas, dando origem a extensas cadeias montanhosas marcadas por forte atividade ssmica. A Cordilheira do Himalaia resultou do choque de duas placas continentais, da Placa Eurasiana com a Indiana.

    Processos geolgicos associados: esses limites esto atrelados a violentos terremotos, devido natureza quebradia das placas continentais.

    Himalaia

    Placa Indo-Australian

    aPlaca

    Eurasiana

    Planalto doTibete

    Quando duas placas continentais colidem, a crosta amassada e espessada, formando altas montanhas e um amplo planalto.

    Limites transformantesNesses limites, as placas deslizam horizontalmente uma

    em relao a outra. Nesse caso, a crosta no destruda e nem produzida. Esses movimentos horizontais ocasionam forte atividade ssmica.

    Limite de falha transformante

    A maior parte dos limites transformantes ocorre nos fundos ocenicos. No entanto, os limites transformantes mais conhecidos situam-se na poro continental, como a falha Alpina, na Nova Zelndia; a falha de Santo Andr, nos EUA; e a falha de Anatlia, na Turquia.

    Processos geolgicos associados: ocorrncia de terremotos.

    John W

    iley

    / Cre

    ativ

    e Com

    mons

    Falha de Santo Andr, nos EUA

    Limites convergentesNesses limites, a crosta destruda, enquanto uma placa

    mergulha sob a outra.

    Tipos de limites convergentes:

    Coliso de duas placas ocenicas: Uma placa mergulha em plano inclinado sob a outra, provocando uma depresso ou fossa no fundo do mar. Essa zona geradora de sismos, na qual a crosta ocenica mergulha no manto, denominada zona de subduco ou de Benioff. Um exemplo desse tipo de movimento convergente encontrado na regio em que se localizam as fossas marianas, no oeste do Oceano Pacfico.

    Processos geolgicos associados: medida que a placa mergulha, os materiais que a constituem fundem-se, podendo voltar a ascender. Nesse caso, formam-se cadeias de vulces submarinos.

    Ilhas japonesas(arco de ilhas)

    Fossa do Japo

    Placa EurasianaPlaca do Pacfico

    Quando duas placas ocenicas convergem, formam uma fossa profunda e um arco de ilhas vulcnico.

    Coliso de uma placa ocenica com uma placa continental: A placa ocenica, como menos espessa e mais densa que a placa continental, mergulha sob esta. Ao mergulhar, provoca uma deformao da placa continental que enruga, criando-se, na sua margem, uma cadeia de montanhas associada atividade vulcnica. um exemplo desse tipo de convergncia a Cordilheira dos Andes, que resulta da convergncia da Placa de Nazca (placa ocenica) com a Placa Sul-Americana (placa continental). Montanhas, como os Andes, resultam no s do enrugamento de rochas da crosta continental, mas tambm de atividade vulcnica associada subduco.

    Processos geolgicos associados: sismos, vulcanismo e formao de cadeias montanhosas.

    Cordilheira dos Andes

    Fossa do Peru-Chile

    Placa de Nazca

    PlacaSul-Americana

    Quando uma placa ocenica encontra uma placa continental, a placa ocenica entra em subduco e um cinturo de montanhas vulcnicas formado na margem da placa continental.

    Dinmica das placas tectnicas

  • 8 Coleo Estudo

    C) a formao de uma cadeia de montanha na rea continental emersa, a partir do dobramento da litosfera.

    D) a formao de uma fossa tectnica na rea continental emersa, a partir da subsidncia de blocos da litosfera.

    E) o soerguimento significativo da rea continental em consequncia de movimentos de ordem tectnica.

    03. (PUC Minas) Responda a esta questo com base no desenho a seguir:

    Manto Zona deSubduco

    Zona deAgregao

    Oeste

    OceanoPacfico

    Cordilheira dos Andes Oceano

    AtlnticoLeste

    1 - Placa do Pacfico2 - Placa de Nazca3 - Placa Sul-Americana4 - Placa da frica

    Sentido do deslocamentoda placa

    Fluxo das correntesde conveco

    1 23

    4

    correto afirmar, EXCETO

    A) A Dorsal Atlntica foi formada pelo resultado do deslocamento divergente entre as Placas Sul-Americana e Africana.

    B) A Cordilheira dos Andes foi formada pelo resultado de coliso entre as Placas Sul-Americana e Nazca.

    C) Entre as Placas do Pacfico e a Nazca, verifica-se um movimento predominantemente convergente.

    D) Na zona de subduco, podem ocorrer tremores e atividades vulcnicas.

    04. (FUVEST-SP) O conjunto dos lagos destacados no mapa a seguir est associado a

    A) fossas tectnicas.

    B) glaciais de altitude.

    C) barragens de hidroeltricas.

    D) drenagens arreicas.

    E) projetos de irrigao.

    EXERCCIOS DE FIXAO

    01. (UFRGS) Na figura a seguir, temos a representao esquemtica de uma das teorias que foram elaboradas

    para explicar o dinamismo da crosta terrestre. Essa

    concepo, de grande aceitao ao longo da histria das

    cincias da Terra, diz: [...] considerando-se a crosta

    terrestre formada por blocos de mesma densidade e

    admitindo-se como correta a hiptese de que no manto

    existe uma zona de material viscoso em estado de fuso,

    quanto mais alto for o bloco continental, maior ser sua

    raiz subterrnea mergulhada no manto.

    Assoalhos dos Oceanos

    PlataformasContinentais

    Continente

    Substrato Magmtico

    O nome atribudo ao fenmeno descrito atravs da

    explicao e da figura apresentada anteriormente

    A) equilbrio isoclinal. D) equilbrio isomagmtico.

    B) equilbrio isosttico. E) equilbrio isoterrneo.

    C) equilbrio isomtrico.

    02. (UFMG) Analise os blocos-diagramas.

    TEMPO 1

    TEMPO 2

    Nvel do mar

    A anlise dos dois blocos-diagramas mostra que, na evoluo da paisagem durante o intervalo de tempo T1 para T2, ocorreu

    A) a emerso completa da plataforma continental expondo inclusive o talude continental.

    B) a expressiva perda da capacidade erosiva dos canais fluviais junto rea continental emersa.

    Frente A Mdulo 05

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    9Editora Bernoulli

    A partir da anlise feita, INCORRETO afirmar que, nessa figura,

    A) mostrada a interao dinmica de placas tectnicas formadas por fragmentos da litosfera que se manifesta por meio de processos de coliso e de separao.

    B) esto retratadas condies dinmicas associadas deriva dos continentes e expanso do assoalho ocenico.

    C) proposto que a atual distribuio de terras, oceanos e mares do planeta tem sua origem associada fragmentao de um supercontinente.

    D) sugerido que, hoje, esto encerradas as diversas etapas evolutivas a que continentes e bacias ocenicas foram submetidos.

    02. (UFRS2010) A figura a seguir representa processos associados Tectnica de Placas.

    A

    BC

    Placa continental

    Litosfera

    Sedimentosubmetido convergncia

    CASSETI, Valter. Elementos de geomorfologia.

    Goinia: UFG, 1994. (Adaptao).

    Identifique os processos destacados pelas letras A, B e

    C, respectivamente.

    A) Orogenia subduco movimentos convectivos

    B) Orogenia eroso subduco

    C) Dobramentos modernos orogenia movimentos convectivos

    D) Eroso subduco dobramentos modernos

    E) Dobramentos modernos eroso subduco

    03. (UFMG) Leia o texto. Embora a evidncia de deslocamentos laterais dos continentes fosse mais ou menos forte, a maioria dos gelogos resistiu, durante muito tempo, ideia desses deslocamentos. Essa resistncia era, em grande parte, ideolgica, a julgar pela extraordinria ira da controvrsia contra o principal proponente da deriva continental, Alfred Wegener. De qualquer modo, o argumento de que esses deslocamentos no eram verdadeiros porque no se conhecia nenhum mecanismo geofsico para causar tais movimentos no era mais convincente a priori, em vista da evidncia acima referida. Contudo, desde a dcada de 1960, o antes impensvel tornou-se a ortodoxia da geologia do dia a dia: um globo de placas gigantescas mudando de lugar, s vezes, rapidamente (placas tectnicas).

    HOBSBAWN, E. Era dos extremos O breve sculo XX: 1914-1991. So Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.530.

    (Adaptao).

    05. (UFRGS2007) Assinale a afirmao CORRETA com relao aos pontos de 1 a 5 que constam no mapa.

    0 2 000 km

    N

    18018090

    90

    60

    60

    30

    30

    0

    120 12060 600

    314

    2

    5

    IBGE. Atlas geogrfico escolar, 2004. p. 66. (Adaptao).

    A) O ponto 4 situa-se entre as Placas Tectnicas

    Sul-Americana e Nazca.

    B) O ponto 2 localiza-se numa rea de coliso de

    placas tectnicas, responsvel pela formao de

    uma dorsal ocenica.

    C) O ponto 3 localiza-se numa rea de coliso entre as

    Placas Africana e Euroasitica.

    D) O ponto 4 situa-se numa rea de expanso do

    assoalho ocenico, responsvel pela formao da

    Cordilheira dos Andes.

    E) O ponto 5 localiza-se numa rea de formao

    de arco de ilhas, que corresponde a uma zona

    de subduco.

    EXERCCIOS PROPOSTOS

    01. (UFMG) Analise esta figura, em que est representada, esquematicamente, a distribuio espacial de massas

    continentais e ocenicas X, Y e Z em diferentes

    momentos do tempo geolgico:

    4

    4

    49

    9

    97

    7

    7

    8

    8

    82

    2

    2

    1

    1

    1

    6

    6

    63

    3

    3

    5

    5

    5

    Coliso

    Separao Formao de umsupercontinente

    Continente

    Oceano

    X Y

    ZFonte: STRAHLER, Alan; STRAHLER, Arthur. Physical Geography:

    science and systems of the human environment. New York:

    John Wiley & Sons, 1996. Chapter 11, p. 292.

    Dinmica das placas tectnicas

  • 10 Coleo Estudo

    A respeito da movimentao das placas da litosfera, assinale a alternativa CORRETA.

    A) As cordilheiras mesocenicas ou dorsais se formam sobre os locais de coliso entre placas tectnicas de diferentes densidades.

    B) A movimentao das placas que se afastam nas margens opostas de um mar, como no caso do Mar Vermelho, est relacionada com a dinmica das correntes marinhas na regio.

    C) A rea mais estvel de uma placa tectnica o seu centro, como no caso da localizao do Brasil, distante das duas bordas das placas, por isso mesmo, livre de grandes terremotos e de atividade vulcnica na atualidade.

    D) As fossas ocenicas e seu mundo abissal, desprovido de luz e com raras formas de vida, marcam os locais onde a nova crosta gerada a partir da emisso do magma e da expanso do assoalho marinho e o consequente afastamento dos continentes.

    E) Desde h muitos milhes de anos, a regio dos grandes lagos na frica Oriental constitui uma regio de grande estabilidade tectnica, no existindo nela vulcanismo ou qualquer outra movimentao da crosta.

    06. (FURG-RS2009) Em 02/01/2008, entrou em erupo o vulco Llaima, um dos mais ativos entre os 60 vulces do sul do Chile, abalando a rea com exploses, expelindo lavas e uma coluna de gs e cinzas de 7 km.

    Sobre esse fenmeno geolgico CORRETO afirmar que

    A) a margem oriental da Amrica do Sul localizase numa borda de placa tectnica, o que a torna susceptvel a esse tipo de fenmeno.

    B) a margem oriental da Amrica do Sul tectonicamente ativa, o que resultou na formao do chamado cinturo do fogo, onde existem inmeros vulces em atividade.

    C) na Amrica do Sul, apenas o Chile apresenta vulces em atividade, os processos exgenos so intensos nessa rea.

    D) a margem ocidental da Amrica do Sul tectonicamente ativa, manifestando com frequncia abalos ssmicos e atividade vulcnica ao longo de sua extenso.

    E) a atividade vulcnica manifesta-se em terrenos antigos e estveis como a margem ocidental da Amrica do Sul.

    07. (FURG-RS2008) Em abril de 2008, um sismo de 5,2, na escala de Richter, atingiu a regio costeira do Sudeste e Sul do Brasil, o abalo chegou a gerar danos leves a estruturas de vrios edifcios. Sobre os abalos ssmicos no Brasil, pode-se afirmar que I. no Brasil, no ocorrem terremotos de grande

    magnitude, pois o mesmo est distante dos limites da placa sul-americana.

    II. os terremotos, no Brasil, ocorrem em maior frequncia e menor intensidade que em pases situados nas proximidades de borda de placa.

    III. mesmo no interior de placas estveis, podem ocorrer falhamentos ativos onde o acmulo de esforos pode gerar terremotos.

    IV. no Brasil, o estado do Acre que apresenta sismos em zonas profundas da crosta.

    V. a regio Sul do Brasil a que apresenta o menor nmero de falhamentos ativos, portanto, a de menor sismicidade.

    Todas as alternativas contm afirmaes que podem ser comprovadas pelo texto, EXCETO

    A) A Teoria da Deriva Continental foi, por muito tempo, considerada inaceitvel por se desconhecer o mecanismo geofsico que pudesse explic-la.

    B) A Teoria das Placas Tectnicas considerada, atualmente, a explicao mais aceitvel e defensvel sobre a posio das massas continentais e a configurao da litosfera.

    C) As evidncias de que as terras emersas se deslocavam lateralmente sugeriram a teoria segundo a qual a litosfera era formada por vrias placas, em vez de uma nica, imvel sobre o manto.

    D) O relato sobre a aceitao de uma nova teoria sugere que observaes, embora inexplicveis pelo conhecimento cientfico de uma poca, so prontamente aceitas pelos cientistas.

    04. (UFV-MG) A figura a seguir representa as placas tectnicas e mostra a distribuio de vulces ativos na Terra. Analise-a e responda s questes que se seguem:

    Direo das placasLimites das placas tectnicas

    Vulces ativos

    Placa Antrtica

    Placa Indiana

    Placade Nazca

    Placa do Pacfico

    PlacaNorte-Americana

    Placa Eurasiana

    PlacaFilipina

    Placado Pacfico

    Placa Africana

    Placa de

    Cocos

    Placa das Carabas

    ARBIA

    IRTrpico de Cncer

    Crculo Polar rtico

    Trpico de Capricrnio

    Equador

    OCEANOPACFICO

    OCEANO GLACIAL RTICO

    OCEANONDICO

    OCEANOATLNTICO

    PlacaSul-Americana

    ANDES

    PLACAS TECTNICAS

    A) Qual a relao que existe entre a ocorrncia de vulces e as placas tectnicas?

    B) O territrio brasileiro est situado em qual placa tectnica?

    C) Por que o Brasil no afetado por vulces e terremotos de grande magnitude?

    05. (PUCPR) Observe no mapa as margens do Mar Vermelho, a costa nordeste da frica e a costa arbica. Essa observao nos permite deduzir que as terras continentais racharam, se abriram e se afastaram, deslocando-se em direes opostas e possibilitando a formao e a expanso do mar.

    MarMediterrneo

    Mar Verm

    elho

    sia

    frica

    Oceano ndico

    Frente A Mdulo 05

  • GEO

    GR

    AFI

    A

    11Editora Bernoulli

    A) pela localizao dessas pores no interior de placas

    tectnicas que no foram afetadas por movimentos

    orogenticos recentes, associada a um longo processo

    de eroso.

    B) pelo processo de deposio de sedimentos que foi

    mais intenso nessas pores, principalmente na atual

    Era Geolgica, a Cenozoica.

    C) pela presso dos dobramentos modernos a oeste,

    empurrando as pores mais centrais e orientais para

    o fundo ocenico.

    D) pela localizao dessas regies em reas de intensa

    instabilidade geolgica.

    E) pela ao dos movimentos endgenos a que as

    superfcies dessas regies esto submetidas.

    10. (UNESP2011/1) As quatro afirmaes que se seguem sero correlacionadas aos seguintes termos:

    (1) vulcanismo

    (2) terremoto

    (3) epicentro

    (4) hipocentro.

    a. Os movimentos das placas tectnicas geram

    vibraes, que podem ocorrer no contato entre duas

    placas (caso mais frequente) ou no interior de uma

    delas. O ponto onde se inicia a ruptura e a liberao

    das tenses acumuladas chamado de foco do tremor.

    b. Com o lento movimento das placas litosfricas, da

    ordem de alguns centmetros por ano, tenses vo

    se acumulando em vrios pontos, principalmente

    perto de suas bordas. As tenses, que se acumulam

    lentamente, deformam as rochas; quando o limite de

    resistncia das rochas atingido, ocorre uma ruptura,

    com um deslocamento abrupto, gerando vibraes

    que se propagam em todas as direes.

    c. A partir do ponto onde se inicia a ruptura, h a

    liberao das tenses acumuladas, que se projetam

    na superfcie das placas tectnicas.

    d. a liberao espetacular do calor interno terrestre,

    acumulado atravs dos tempos, sendo considerado

    fonte de observao cientfica das entranhas da Terra, uma vez que as lavas, os gases e as cinzas

    fornecem novos conhecimentos de como os minerais

    so formados. Esse fluxo de calor, por sua vez, o componente essencial na dinmica de criao e

    destruio da crosta, tendo papel essencial, desde

    os primrdios da evoluo geolgica.

    TEIXEIRA, Wilson, et al. Decifrando a Terra, 2003. (Adaptao).

    Os termos e as afirmaes esto corretamente associados em

    A) 1d, 2b, 3a, 4c. D) 1a, 2c, 3d, 4b.

    B) 1b, 2a, 3c, 4d. E) 1d, 2b, 3c, 4a.

    C) 1c, 2d, 3b, 4a.

    Com base no exposto anteriormente, esto corretas

    apenas as afirmativas

    A) I, II e V

    B) I, III, IV e V

    C) II, IV e V

    D) II, III e IV

    E) I, III e IV

    08. (UFLA-MG) A expresso geogrfica orognese, pertinente ao relevo, designa

    A) a denominao que se refere genericamente s formas

    mais comuns de relevo no interior dos continentes:

    as plancies e os planaltos.

    B) o relevo submarino, uma vez que esse possui

    caractersticas bem-definidas em relao s outras formas de relevo.

    C) a ao dos movimentos internos da crosta terrestre,

    que determina como resultado, na superfcie terrestre,

    a existncia das cadeias montanhosas.

    D) o conjunto de terras emersas existentes no globo

    terrestre e que se dividem em cinco conjuntos

    diferenciados: frica, Eursia, Amrica, Oceania

    e Antrtida.

    E) um agente externo da constituio do relevo.

    09. (Mackenzie-SP) A semelhana das pores central e oriental observadas nos cortes longitudinais explicada

    Corte longitudinal da Amrica do Norte

    So FranciscoLago Salgado

    Rio Mississipi

    350 km

    Altitude (m)

    Rio SacramentoMonte Whitney(4 418 m)

    Monte Elbert (4 399 m)

    Saint Louis

    Filadlfia

    Denver

    Kansas City

    Montes

    Apalaches4 0003 0002 0001 000 0

    -

    -

    -

    --

    Oce

    ano

    Pac

    fico

    Oce

    ano A

    tln

    tico

    Corte longitudinal da Amrica do Sul

    6 0005 0004 0003 0002 0001 000 0

    ---

    ---

    -

    Iquique Salar de UyuniMonte Cuzco (5 950 m)

    Potos

    Rio Pilcomayo

    Rio Paraguai

    CampoGrande

    Rio Paran

    Uberaba

    Rio So FranciscoBelo Horizonte

    Rio DoceVitria

    400 km

    Oce

    ano

    Pac

    fico

    Oce

    ano

    Atln

    tico

    Altitude (m)

    MAGNOLI, D; ARAJO, R. Projeto de ensino de geografia:

    natureza, tecnologias, sociedades geografia geral.

    So Paulo: Moderna, 2001. p. 37.

    Dinmica das placas tectnicas

  • 12 Coleo Estudo

    Cientistas no conseguem prever quando a Terra

    tremer novamente; mas eles sabem quais regies so

    especialmente ameaadas e ali podem ser tomadas

    algumas medidas de precauo. Em Tquio, as crianas

    aprendem, na escola, atravs de um simulador de

    terremotos mvel, onde podem se proteger estando

    dentro de casa, por exemplo, embaixo de uma mesa.

    O ano de 2010 foi particularmente marcante quanto

    ocorrncia de terremotos. Considerando-se seus impactos

    econmicos e humanos, podemos concluir que as medidas

    apresentadas no fragmento de texto tm como objetivo

    A) realizar a previso dos terremotos com dias de

    antecedncia.

    B) reduzir os impactos e danos provocados pelos

    terremotos.

    C) anular a ocorrncia de terremotos em pases como o

    Japo.

    D) intensificar a utilizao e disponibilizao de equipes de resgate.

    E) promover simulaes mesmo em reas no afetadas

    por tremores.

    SEO ENEM

    01. Um grande terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter atingiu o Haiti, o pas mais pobre da Amrica, por volta das 19h50min (horrio de Braslia), desta tera-feira (12 de janeiro de 2010). Um alerta de tsunami para partes do Caribe, incluindo a Repblica Dominicana, Cuba e Bahamas chegou a ser emitido pelo Centro para Alertas de Tsunami no Pacfico, mas j foi retirado [...]

    Disponvel em: .

    Acesso em: 30 nov. 2010.

    Dependendo da regio da Terra em que um indivduo estiver, ele poder vivenciar terremotos, ver vulces ativos ou adormecidos, ou seja, ver muitas feies geolgicas que se desenvolvem por meio da interao das placas tectnicas. Terremotos como o ocorrido no Haiti no so eventos isolados, h vrias reas do globo sujeitas a esse tipo de problemas e eles esto atrelados ao fato de que

    A) as placas continentais so mais resistentes que as placas ocenicas, por isso terremotos envolvendo placas ocenicas geralmente possuem grandes magnitude e alta intensidade.

    B) as reas situadas em poro intraplaca so mais sujeitas a tremores que aquelas localizadas nos limites de placas. Por isso muitos pases que se localizam nessa rea se preocupam em desenvolver tecnologias que buscam amenizar problemas decorrentes desse fenmeno.

    C) os limites convergentes esto atrelados formao de estruturas geolgicas denominadas dobramentos modernos, a violentos tremores de terra, e presena de vulces ativos.

    D) os limites transformantes, locais em que as placas afastam-se na litosfera, esto atrelados formao de relevo e esse fato resulta na sujeio da regio a uma grande instabilidade tectnica que se traduz em terremotos e vulcanismos.

    E) o Haiti est situado no limite de divergncia entre duas grandes placas tectnicas: a placa do Caribe e a placa Norte-Americana. As reas que descrevem esse tipo de movimento onde ocorre uma coliso frontal de placas esto sujeitas ocorrncia de terremotos violentos, alm de maremotos e vulcanismo.

    02. O prximo terremoto

    GABARITO

    Fixao 01. B 02. E 03. C 04. A 05. A

    Propostos01. D 02. A 03. D

    04. A) So terrenos inconsolidados, com menor

    espessura das rochas de superfcie, mais

    sujeitos ao dos agentes endgenos

    expressos em fissuras resultantes da presso

    interna revelada na forma de vulces.

    B) O territrio brasileiro est na Placa

    Sul-Americana.

    C) O territrio brasileiro encontra-se no centro

    de uma placa tectnica, e no nas bordas.

    No centro, h uma placa composta por

    rochas consolidadas, de maior espessura, que

    absorvem os impactos tectnicos interiores.

    05. C 07. B 09. A

    06. D 08. C 10. E

    Seo Enem01. C

    02. B

    Frente A Mdulo 05

  • FRENTE

    13Editora Bernoulli

    MDULOGEOGRAFIA

    Reconstruir a histria da Terra sempre foi um grande

    desafio para gelogos e gegrafos. No entanto, o estudo da evoluo do planeta sempre esbarrou em inmeros

    obstculos, sejam de ordem tcnica ou de ordem

    cientfica. A descoberta da radioatividade (por Henri Becquerel, em 1896) possibilitou a criao de um mtodo

    que determinava a idade de vrias rochas a partir da

    desintegrao radioativa espontnea de alguns minerais.

    Teve incio ento a Era das Dataes Radiomtricas,

    que possibilitou a elaborao de uma escala de tempo para

    eventos geolgicos. A partir das evidncias cientficas, chegou-se a uma idade aproximada da Terra em

    4,5 bilhes de anos. A histria da evoluo do planeta est

    descrita de forma resumida em um quadro denominado

    Coluna Geolgica, que corresponde a uma escala

    geolgica, dividida em ons, Eras, Perodos, pocas e as

    idades que lhes correspondem.

    ESTRUTURAS GEOLGICASA estrutura geolgica corresponde base rochosa

    sobre a qual se assentam as formas de relevo.

    As plataformas ou crtons, os dobramentos modernos e as

    bacias sedimentares correspondem aos tipos de estrutura

    geolgica encontrados na Terra. As estruturas geolgicas

    so caracterizadas pelos tipos de rochas predominantes,

    pelo seu processo de formao e pelo tempo geolgico em

    que surgiram.

    Escudos antigos ou macios cristalinos

    Os escudos cristalinos (ou escudos pr-cambrianos)

    resultam da solidificao de material magmtico e da

    exumao de rochas plutnicas (rochas magmticas

    consolidadas a grandes profundidades e sob intensa

    presso). Alm desses tipos de rochas, h tambm, nessa

    estrutura geolgica, a presena de rochas metamrficas bastante antigas, como o gnaisse. Os escudos cristalinos so

    resistentes, estveis, porm bastante desgastados. Tambm

    abrigam grandes reservas de minerais metlicos.

    Os escudos cristalinos tambm podem ser denominados

    crtons, pores bastante antigas da crosta continental.

    Estes constituem os terrenos mais esculpidos pelos

    processos erosivos ao longo do perodo geolgico e tambm

    representam as pores mais estveis tectonicamente, por

    estarem interiorizados nas placas tectnicas.

    Bacias SedimentaresAs bacias sedimentares so provenientes da combinao

    entre eroso e processos acumulativos de sedimentos

    (acumulao ou sedimentao), sendo hoje conhecidas

    como as plancies fluviais e litorneas. Podem ter

    tanto formaes antigas, datadas do Paleozoico e do

    Mesozoico, como tambm mais recentes, datadas do

    Cenozoico. Sua composio consiste em camadas de

    sedimentos sobrepostas, sendo que as mais profundas

    so mais antigas e as mais superficiais, mais novas.

    So nessas camadas que os fsseis animais ou vegetais

    so encontrados. Em sua maioria, so compostas de

    rochas inorgnicas. Entretanto, existem aquelas que so

    compostas por rochas orgnicas, onde esto situadas as

    jazidas de carvo, petrleo e gs natural.

    Nas bacias sedimentares, as camadas de sedimentos esto

    dispostas horizontalmente ou quase horizontalmente, o que

    aponta para a ausncia de movimentos tanto orogenticos

    quanto epirogenticos em tempos antigos. Ocorrem

    tanto sobre a plataforma continental quanto na regio

    costeira (estas limitadas a estreitas faixas litorneas que,

    mesmo sobre as plataformas continentais, encontram-se

    submersas). Cada bacia possui uma caracterstica prpria,

    resultado dos variados processos pelos quais as estruturas

    geolgicas passaram ao longo das eras.

    As bacias sedimentares recobrem parte de reas cratnicas

    ou de plataformas continentais, abrangendo cerca de 75% da

    superfcie emersa da Terra, embora, no que tange ao volume,

    as rochas sedimentares sejam bem menos representativas

    que as metamrficas e as gneas.

    Estruturas geolgicase coluna geolgica

    06 A

  • 14 Coleo Estudo

    Dobramentos ModernosOs dobramentos modernos tiveram origem no entrechoque

    de placas em recentes acomodaes tectnicas do final da Era Mesozoica e durante o Perodo Tercirio da Era Cenozoica. Essas

    regies correspondem aos terrenos mais recentes, produzidos

    pela tectnica das placas e, por isso, instveis, nos quais

    predominam uma intensa atividade ssmica e vulcanismos.

    Os dobramentos recentes ou modernos mais conhecidos

    so os Andes, na Amrica do Sul; as Montanhas Rochosas e

    a Serra Nevada, na Amrica do Norte; o Himalaia, na sia;

    os Atlas, no norte da frica e os Alpes, na Europa.

    Ein

    ar F

    redriks

    en /

    Cre

    ativ

    e Com

    mons

    O Himalaia um dos mais conhecidos dobramentos modernos

    do mundo.

    ESTRUTURA GEOLGICA DO BRASIL

    O conhecimento da estrutura geolgica do territrio brasileiro

    de fundamental importncia, no s para se compreender

    melhor o modelado da superfcie do pas, o seu relevo,

    mas tambm para se atuar sobre esse modelado.

    Essa atuao pode-se dar, por exemplo, por meio da

    explorao de recursos minerais, assim como na preveno

    ao desenvolvimento de processos erosivos.

    O territrio brasileiro est localizado no centro da Placa

    Tectnica Sul-Americana, distante da borda ocidental e

    oriental. Pela sua localizao, o Brasil est menos susceptvel

    aos abalos ssmicos mais graves e s manifestaes

    vulcnicas ativas.

    A estrutura geolgica brasileira formada, basicamente,

    por dois tipos de estrutura: os escudos cristalinos e / ou

    crtons e as bacias sedimentares. Os dobramentos antigos

    so representados pelas formaes serranas datadas da Era

    Arqueana e Proterozoica.

    As grandes estruturas do territrio brasileiro

    OCEANOATLNTICO

    OCEANOATLNTICO

    2

    2

    1

    1

    1

    12

    3

    2

    1

    33

    3

    Bacias sedimentares Fanerozoicas

    Dobramentos do ciclo brasiliano

    Coberturas sedimentares correlativas ao brasiliano

    Crtrons pr-brasilianos

    1 - Amaznica2 - do Maranho3 - do Par

    1 - Braslia2 - Paraguai / Araguaia3 - Atlntico

    1 - Amaznico2 - So Francisco3 - Sul-rio-grandense

    0 610 kmN

    Os terrenos cristalinosNo Brasil, os escudos cristalinos correspondem a 36%

    da rea territorial e dividem-se em duas grandes pores:

    o Escudo das Guianas (norte da Plancie Amaznica) e

    o Escudo Brasileiro (poro centro-oriental brasileira).

    So constitudos por rochas magmticas intrusivas e rochas

    metamrficas que formam o embasamento cristalino brasileiro. As estruturas cristalinas brasileiras apresentam grande

    importncia econmica, pois nelas se encontram as principais

    jazidas de minerais metlicos, como no caso do Quadriltero Ferrfero (MG), da Serra dos Carajs (PA), do Macio do Urucum

    (MS) e das jazidas de mangans da Serra do Navio (AP), de

    bauxita, em Oriximin (PA) e da cassiterita de Rondnia.

    As bacias sedimentaresCobrem 64% da rea total do territrio brasileiro.

    As bacias sedimentares foram formadas em pocas diversas

    do tempo geolgico. Sua importncia econmica est ligada

    presena de recursos minerais energticos, como o petrleo

    e o carvo mineral.

    As grandes bacias como a Amaznica, a do Meio-Norte, a do

    Paran, a do So Francisco e a do Pantanal Mato-Grossense

    so os maiores exemplos desse tipo de formao geolgica

    no Brasil.

    Frente A Mdulo 06

  • GEO

    GR

    AFI

    A

    15Editora Bernoulli

    A COLUNA GEOLGICA A HISTRIA DA EVOLUO TERRESTRE

    As evidncias da idade da Terra esto relacionadas com as rochas que formam a crosta terrestre. Duas escalas de tempo

    so usadas para datar esses episdios e determinar a idade da Terra:

    Escala relativa do tempo - baseada na sequncia de rochas e na evoluo da vida.

    Escala absoluta do tempo - baseada na radioatividade natural dos elementos qumicos presentes nos minerais

    constituintes das rochas.

    A Terra possui cerca de 4,5 bilhes de anos. Esse amplo intervalo de tempo, chamado pelos gelogos de tempo geolgico,

    difcil de ser compreendido se usarmos nossas unidades de tempo mais usuais, como dias, meses e anos, ou mesmo, sculos.

    O Tempo Geolgico A histria da Terra subdividida em ons (Arqueano, Proterozoico, Fanerozoico) que so subdivididos em Eras, subdivididas

    em Perodos, subdivididos em pocas, subdivididas em idades, subdivididas em fases.

    Eras Geolgicas Perodos Durao Ocorrncias

    Pr-Cambriana ou Primitiva

    Arqueozoico

    ProterozoicoCerca de 4 bilhes de anos atrs

    Surgimento da vida unicelular. Primeira glaciao. Formao dos escudos cristalinos e das rochas magmticas.

    Paleozoica ou Primria

    Cambriano

    Ordoviciano

    Siluriano

    Devoniano

    Carbonfero

    Permiano

    320 milhes de anos

    Formao das rochas sedimentares e metamrficas. Formao de grandes florestas: origem de bacias carbonferas. Formao da Pangeia.Formao das bacias sedimentares antigas, em Itu (SP), formao das jazidas carbonferas no sul do Brasil. Incio da formao da Bacia Sedimentar Paranaica e Sanfranciscana.

    Mesozoica

    Trissico

    Jurssico

    Cretceo

    Cerca de 170 milhes de anos

    Fragmentao da Pangeia em Laursia e Gondwana. Intensa atividade vulcnica. Surgimento dos grandes rpteis. Formao das bacias sedimentares Paranaica, Sanfranciscana e do Meio-Norte. Derrames baslticos na Regio Sul e formao do planalto arenito-basltico. Formao do petrleo.

    CenozoicaTercirio

    Quaternrio69 milhes a 1 milho de anos

    Dobramentos Modernos (Andes, Alpes, Atlas, Himalaia, Montanhas Rochosas).Surgimento do homem, ltimas glaciaes. Os continentes assumiram o atual contorno.Formao das ilhas Trindade, Martin Vaz, Arquiplago Fernando de Noronha e Penedos de So Pedro e So Paulo.Formao das bacias sedimentares do Pantanal e ao longo do vale amaznico.

    A Coluna GeolgicaA durao das Eras ao longo do tempo geolgico (%)

    Mesozoico4%

    Cenozoico1%

    Paleozoico7%

    Hadeano16%

    Arqueano29%

    Proterozoico43%

    Estruturas geolgicas e coluna geollgica

  • 16 Coleo Estudo

    O CICLO DAS ROCHASO Ciclo das Rochas formado por um diagrama que

    busca representar, de maneira esquemtica, as variadas possibilidades de transformao de um tipo de rocha em outro. Cada uma dessas transformaes se d em funo de um conjunto de fenmenos fsico-qumicos do planeta. Por ser um ciclo, qualquer rocha de origem gnea, sedimentar ou metamrfica pode dar origem a sedimentos aps ser alterada e erodida. Os sedimentos sero transportados e depositados em algum lugar, podendo se transformar em novas rochas.

    RochasSedimentares

    RochasMetamrficas

    Intemperismo

    Eroso

    Transporte

    Sedimentao

    Diagnese

    IntemperismoEroso

    TransporteSedimentao

    Diagnese

    Fuso

    Metamorfismo

    Metamorfismo

    Rochasgneas

    O ciclo das rochas

    Os tipos de rochasRochas magmticas

    As rochas magmticas, ou gneas, resultam da consolidao e da cristalizao do magma. Constituem a base dos continentes.

    Tipos:

    Intrusivas ou plutnicas: Como se formam no interior da crosta, so rochas que se resfriam lentamente. Exemplos: granito, feldspato, turmalina, sienito, diorito, gabro, peridotito.

    Extrusivas ou vulcnicas: Formam-se na superfcie do planeta e o seu arrefecimento rpido. Uma dessas rochas o basalto, que apresenta uma cor escura e compacto. Exemplos: rilito, pedra-pomes, andesito, obsidiana.

    Rochas SedimentaresAs rochas sedimentares so compostas de sedimentos

    transportados pela gua e pelo vento, acumulados em reas rebaixadas. As rochas sedimentares formam-se por trs processos principais:

    deposio (sedimentao) das partculas originadas pela eroso de outras rochas (conhecidas como rochas sedimentares elsticas);

    deposio dos materiais de origem biolgica;

    precipitao de substncias em soluo.

    As rochas sedimentares podem ser divididas em:

    Clsticas ou Detrticas: so formadas pela agregao dos fragmentos de outras rochas, ou seja, formadas por materiais minerais de outras rochas. Exemplos: arenito, argila e areia.

    Orgnicas: so formadas a partir da agregao de materiais orgnicos. Exemplos: carvo mineral, calcrio e o betume.

    Qumicas: so formadas por sedimentos cujas estruturas foram modificadas a partir de reaes qumicas. Exemplo: sal-gema.

    Rochas MetamrficasA origem de seu nome vem do grego (meta, mudana,

    mrficas, forma). As rochas metamrficas surgem quando as altas temperaturas e presses do interior da Terra atuam em qualquer outro tipo de rocha, alterando sua constituio. O estudo das rochas metamrficas permite a identificao de grandes eventos geotectnicos ocorridos no passado, fundamentais para o entendimento da atual configurao dos continentes. Exemplos de rochas metamrficas: ardsia, gnaisse, xisto, mrmore.

    EXERCCIOS DE FIXAO

    01. (UEPB) A histria e a evoluo da Terra so estudadas por meio das rochas e dos fsseis animais e vegetais. Sobre

    esse assunto, que diz respeito ao ramo de conhecimento

    da Geologia, assinale o que for CORRETO.

    A) O aparecimento do homem se deu na Era Primitiva ou

    Pr-Cambriana, como atestam os fsseis nas rochas

    mais antigas do planeta.

    B) A Era Cenozoica marcada pelo aparecimento dos

    dobramentos modernos, esses correspondem aos

    terrenos mais jovens e instveis produzidos pela

    tectnica de placas.

    C) A Era Primria ou Paleozoica, da qual fazem

    parte os Perodos Trissico, Jurssico e Cretceo,

    caracterizou-se por intensa atividade vulcnica,

    com vestgios no Brasil Meridional, e tambm pela

    existncia de grandes rpteis (os dinossauros).

    D) Do ponto de vista geolgico, as maiores cadeias

    de montanhas da Terra, como os Andes, os Alpes,

    as Rochosas e o Himalaia, so muito antigas.

    Apareceram no comeo da Era Primria ou Paleozoica,

    h mais de 400 milhes de anos.

    Frente A Mdulo 06

  • GEO

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    17Editora Bernoulli

    02. (UFRGS2006) Assinale com V ou F as afirmaes a seguir, referentes classificao gentica das rochas.

    ( ) A rocha gnea intrusiva mais abundante na crosta terrestre o granito.

    ( ) As rochas sedimentares so formadas a partir da compactao de fragmentos provenientes somente das rochas gneas e metamrficas.

    ( ) Quando ocorrer a litificao do material magmtico em reas profundas da crosta terrestre, a rocha resultante ser do tipo gnea vulcnica.

    ( ) O gnaisse e o mrmore so rochas metamrficas resultantes da transformao de outras rochas devido ao aumento de presso e temperatura sobre a rocha preexistente.

    A) V F F V C) V V F F E) F V F F

    B) F F V V D) V F V V

    03. (UFRGS) Com base nos estudos dos fsseis e da dinmica terrestre, os geocientistas procuram compreender as transformaes do ambiente, organizadas em uma ordem cronolgica expressa na escala de tempo geolgico.

    Associe adequadamente as caractersticas apresentadas no bloco inferior com os intervalos de tempo geolgico do bloco superior.

    1. Mesozoico

    2. Paleozoico

    3. Cenozoico

    4. Pr-Cambriano

    ( ) Surgimento das primeiras formas de vida.

    ( ) Formao das cadeias de montanhas atuais, como os Alpes, o Himalaia e os Andes.

    ( ) Incio da fragmentao do continente primitivo (Pangeia), dando origem a duas massas continentais: Gondwana e Laursia.

    A sequncia CORRETA de preenchimento dos parnteses, de cima para baixo,

    A) 4 - 1 - 3. C) 2 - 4 - 3. E) 1 - 2 - 4.

    B) 4 - 3 - 1. D) 3 - 4 - 1.

    04. (UFRGS2006) Assinale com V ou F as afirmaes a seguir, referentes a correspondncias entre a escala geolgica do tempo e evoluo fsica da Terra.

    ( ) Ao Perodo Tercirio, durante o Cenozoico, corresponde a formao de escudos cristalinos, como o brasileiro.

    ( ) O soterramento de florestas de samambaias e conferas, durante o carbononfero, deu origem a jazidas de carvo fssil.

    ( ) Ao Mesozoico corresponde o derrame vulcnico que se encontra na bacia sedimentar do Paran.

    ( ) No final do Pr-Cambriano, houve a diviso da Pangeia, constituindo-se os supercontinentes de Laursia e de Gondwana.

    ( ) Dobramentos modernos, como os Andes e o Himalaia, ocorreram no Cenozoico.

    A sequncia CORRETA :

    A) V F V V F C) F V V F V E) F F F V V

    B) V F F V F D) F V V F F

    EXERCCIOS PROPOSTOS

    01. (UEG2010) A crosta terrestre formada por trs tipos de estruturas geolgicas, caracterizadas pelos tipos predominantes de rochas, pelo processo de formao e pela idade geolgica. Essas estruturas so os macios cristalinos, as bacias sedimentares e os dobramentos modernos. Sobre esse assunto, CORRETO afirmar:

    A) os macios antigos ou escudos cristalinos datam da era pr-cambriana, so constitudos por rochas sedimentares e so ricos em jazidas de minerais no metlicos.

    B) as bacias sedimentares so formaes muito recentes, datando da era quaternria, ricas em minerais energticos e com intenso processo erosivo; constituem 64% do territrio brasileiro.

    C) os dobramentos modernos, resultantes de movimentos epirogenticos, so constitudos por rochas magmticas, datam do perodo tercirio e so ricos em carvo e petrleo, como os Andes, os Alpes e o Himalaia.

    D) as principais reservas petrolferas e carbonferas do mundo encontram-se nas bacias sedimentares, enquanto minerais como ferro, nquel, mangans, ouro, bauxita etc. so encontrados nos macios cristalinos; os dobramentos modernos constituem reas de intenso vulcanismo.

    02. (PUCPR2007) De acordo com a quase centenria Teoria da Deriva Continental, proposta por Alfred Wegener, havia uma nica grande massa continental, a qual foi denominada Pangeia, cujas terras eram cercadas pelo nico e vasto oceano, o Panthalassa. Foi por volta dessa poca, h cerca de 250 milhes de anos, durante a Era Mesozoica, que houve a fragmentao de Pangeia, dando origem a dois novos continentes: Laursia ao norte, e, o que nos interessa mais diretamente, Gondwana, ao sul, cerca de 120 milhes de anos depois e foi a vez desses continentes comearem a se dividir. Da diviso do continente de Gondwana, derivam I. a separao da Amrica do Sul em relao frica.

    II. a formao dos arquiplagos vulcnicos do Japo e do Hava.

    III. o trmino da ltima Era Glacial, no Quaternrio.

    IV. o surgimento da Austrlia e da Antrtida, entre outras reas continentais.

    V. o nascimento do Oceano Atlntico.

    As afirmaes CORRETAS so

    A) I, II e IV, apenas.

    B) I, IV e V, apenas.

    C) II, III e V, apenas.

    D) III e IV, apenas.

    E) I, II, III e V.

    Estruturas geolgicas e coluna geollgica

  • 18 Coleo Estudo

    03. (UFU-MG2006) H bilhes de anos, as rochas da crosta terrestre vm sofrendo um contnuo processo de formao e transformao. Atualmente possvel identificar grandes conjuntos de estruturas geolgicas. Sobre tais estruturas da Terra, assinale a alternativa CORRETA.

    A) As cadeias orognicas, formadas por rochas magmticas, metamrficas e sedimentares, so consideradas as mais antigas do planeta.

    B) As cadeias orognicas so constitudas por espessas camadas de rochas formadas, sobretudo, no Paleozoico.

    C) Os crtons so compostos por extensos terrenos sedimentares que recobrem a superfcie dos continentes.

    D) Os crtons so terrenos que comportam formas de relevo intensamente desgastadas por longos perodos de eroso.

    04. (UFPR) As estruturas geolgicas da crosta terrestre refletem os processos que as originaram e ajudam a reconstituir a histria do planeta. Em relao a esse assunto, CORRETO afirmar que

    A) os escudos cristalinos constituem o embasamento fundamental das terras emersas, pois se originaram de dobramentos modernos.

    B) as bacias sedimentares resultam da ao combinada dos processos destrutivos de eroso e dos processos construtivos de acumulao ou sedimentao.

    C) o ncleo da Terra encontra-se em estado pastoso.

    D) o manto o envoltrio rochoso da Terra.

    E) os vulces so gerados por violentos movimentos de massas no interior do ncleo.

    05. (UFSC2009) A partir da conversa de Calvin e Haroldo, numa ilustrao de Bill Waterson, assinale a(s) proposio(es) CORRETA(S).

    Calvin e Haroldo Bill Waterson

    ADORO PEDRAS!VEJA SESTA!

    LISINHA, NO? LEVOUBILHES DEANOS PARA FICAR ASSIM!

    UMA ROCHAFORMADA POR DEPSITOS

    SEDIMENTARES, AOCONTRRIO DAQUELASQUE TM ORIGEM

    VULCNICA.

    VOC SABEUM BOCADO

    SOBREPEDRAS!

    SOBREATIRADEIRAS,TAMBM!

    MOREIRA, Joo Carlos. Geografia. So Paulo:

    Scipione, 2008. p. 119, v. 1, Ensino Mdio.

    01. Quando o magma se solidifica no interior da crosta terrestre, formam-se as rochas magmticas plutnicas.

    02. A acumulao de restos de rochas e de detritos orgnicos recebe o nome de sedimentao.

    04. A litosfera corresponde crosta continental que formada pelos minerais mais densos.

    08. Abalos ssmicos e atividades vulcnicas so considerados agentes externos do relevo.

    Soma ( )

    06. (UEL-PR2010) Assinale a alternativa que CORRETAMENTE apresenta os tipos de formao geolgica do Brasil e as

    caractersticas correspondentes.

    Formao

    GeolgicaCaractersticas

    A)

    Terrenos

    cristalinos da era

    Arqueozoica

    Sofreram lenta desnudao,

    arrasamento das formas e

    destruio das jazidas de

    minrios, o que explica sua

    pequena riqueza mineral.

    B)

    Terrenos

    cristalinos da era

    Proterozoica

    Contm petrleo, carvo

    mineral, minerais radioativos

    (urnio e trio), xisto

    betuminoso e materiais para

    construo (areia, cascalho e

    calcreo).

    C)

    Terrenos

    sedimentares da

    era Paleozoica

    So encontrados granitos,

    gnaisses, minrio de cromo,

    caulim, grafita, excelentes

    pedras de construo.

    D)

    Terrenos

    cristalinos da

    era Arqueozoica

    So mais importantes

    economicamente, pois neles se

    localizam algumas das principais

    riquezas minerais brasileiras, tais

    como o ouro e o nquel.

    E)

    Terrenos

    sedimentares da

    era Cenozoica

    Contm minrio de ferro,

    mangans, ouro, nquel,

    chumbo, prata e diamantes.

    07. (UEM-PR) Sobre as grandes estruturas geolgicas da Terra, esto CORRETAS as afirmaes:

    I. Os Escudos Cristalinos so dobramentos antigos,

    surgidos do entrechoque das massas continentais

    ancestrais.

    II. Tectonismo a denominao geral para a ao

    sobre a crosta gerada pela presso dos materiais

    do magma.

    III. As Bacias Sedimentares originaram-se do entrechoque

    de placas ocorrido no final do Perodo Cretceo e incio

    do Perodo Tercirio.

    IV. Nos dobramentos antigos (escudos cristalinos),

    concentram-se os vulces ativos e extintos e tambm

    as grandes fraturas da crosta.

    A) I e II

    B) II e III

    C) I e III

    D) III e IV

    E) I e IV

    Frente A Mdulo 06

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    19Editora Bernoulli

    08. (FURG-RS2009) Relacione as eras geolgicas com os eventos da coluna direita.

    I Mesozoico1 A formao das grandes

    bacias sedimentares brasileiras

    II Cenozoico Tarci2 Surgimento dos seres

    humanos

    III Arqueozoico 3 Origem da vida

    IV Paleozoico4 Origem das

    Angiospermas

    V Cenozoico-Quaternrio5 Surgimento dos

    dobramentos modernos

    Assinale a alternativa que apresenta todas as relaes

    CORRETAS.

    A) I-3, II-1, III-4, IV-5 e V-2

    B) I-1, II-2, III-3, IV-4 e V-5

    C) I-4, II-5, III-3, IV-1 e V-2

    D) I-5, II-2, III-4, IV-3 e V-1

    E) I-4, II-5, III-1, IV-2 e V-3

    09. (Mackenzie-SP 2008) As colunas que pendem do teto de uma caverna so as estalactites e as que se formam em seu piso,

    a partir dos respingos cados do teto, so as estalagmites.

    Ambas se originam da precipitao e solidificao de

    bicarbonato de clcio que se encontra dissolvido na gua.

    Assinale a alternativa que indica o tipo de grupo de rochas

    a que as estalactites e estalagmites esto associadas.

    A) Rochas sedimentares detrticas, formadas pela

    decomposio e deposio de detritos de rochas

    preexistentes.

    B) Rochas sedimentares de origem orgnica, formadas

    pelo acmulo de detritos orgnicos.

    C) Rochas sedimentares de origem qumica, isto , formadas

    pela deposio de sedimentos por processos qumicos.

    D) Rochas metamrficas, resultantes da metamorfose de rochas magmticas e sedimentares quando

    submetidas a certas condies de temperatura e

    presso no interior da Terra.

    E) Rochas sedimentares de origem qumica, formadas

    pelo acmulo de detritos orgnicos.

    10. (PUC Minas) A estrutura geolgica da superfcie terrestre constitui o embasamento do modelado do relevo, em

    contnuo processo de transformao. So grandes

    estruturas geolgicas, EXCETO

    A) Os escudos cristalinos ou macios antigos, resultantes

    da solidificao do material magmtico e da ascenso de suas formaes rochosas at a superfcie.

    B) As bacias sedimentares, de formao antiga ou

    recente, resultantes da ao destrutiva da eroso

    sobre os macios e da posterior deposio do material

    erodido sobre reas rebaixadas ou de sedimentao

    em perodos mais recentes.

    C) Os dobramentos modernos, originados do entrechoque

    de placas, formando os episdios mais recentes de

    acomodao tectnica.

    D) Os crculos de fogo, formadores de reas de elevada

    instabilidade tectnica, com elevada incidncia de

    atividade vulcnica, terremotos e maremotos.

    11. (UFV-MG2007) Observe a figura a seguir:

    O Ciclo das rochas

    Rochassedimentares

    metamorfismo

    metamorfismo

    Rochas gneas

    compactao

    fusoIntemperismo

    transporte

    sedimentos soltosrochas metamrficas

    Intemperismo

    Transporte

    Magma

    Fonte: VESENTINI, Jos Willian; VLACH, Vnia.

    Geografia Crtica, 1: o espao natural e a ao humana.

    So Paulo: tica. 2000. p. 90. (Adaptao).

    No decorrer do tempo geolgico, as rochas sofrem

    diversas modificaes e se transformam. Com base na

    figura anterior e nos conhecimentos sobre dinmica da

    crosta terrestre, assinale a afirmativa INCORRETA.

    A) As rochas gneas so formadas a partir do resfriamento

    do magma, levando formao de rochas como

    o granito.

    B) O intemperismo transforma as rochas gneas em

    metamrficas, como ocorreu com a formao do

    calcrio na regio de Sete Lagoas (MG).

    C) As rochas metamrficas so mais resistentes ao

    intemperismo do que as rochas sedimentares,

    permitindo o uso dessas na construo civil.

    D) As rochas sedimentares so formadas pelo

    processo de compactao do material oriundo do

    intemperismo e do transporte das rochas gneas

    ou metamrficas.

    E) As rochas metamrficas resultam da transformao

    de rochas antigas, que sofreram presso ou elevao

    de temperaturas, como o caso do gnaisse.

    Estruturas geolgicas e coluna geollgica

  • 20 Coleo Estudo

    SEO ENEM01. Nas reas emersas, a crosta terrestre formada por trs

    tipos de estruturas geolgicas os dobramentos modernos,

    os escudos cristalinos e as bacias sedimentares ,

    as quais so caracterizadas pelos tipos de rochas

    predominantes e o seu processo de formao e pelo

    tempo geolgico em que surgiram. Sobre as estruturas

    geolgicas, pode-se afirmar que

    A) os dobramentos modernos correspondem aos

    terrenos mais antigos da crosta terrestre. So,

    por isso, reas consideradas bastante estveis,

    isentas de fenmenos como terremotos, vulcanismo

    entre outros.

    B) nas bacias sedimentares, so encontrados

    depsitos de minerais metlicos, tais como:

    ferro, ouro, mangans, prata, cobre, alumnio,

    estanho entre outros. Constituem por isso reas

    de grande interesse econmico pela possibilidade

    de aproveitamento comercial.

    C) os escudos cristalinos esto associados presena

    de importantes jazidas de petrleo e carvo mineral.

    No Brasil, os escudos recobrem 64% da rea total

    do territrio brasileiro, o que garante ao pas uma

    enorme disponibilidade de recursos energticos.

    D) As bacias sedimentares correspondem s estruturas

    que datam do Cenozoico. So provenientes da

    combinao entre eroso e processos deposicionais.

    Nessas estruturas se formam importantes recursos

    minerais, tais como minrio de ferro, ouro, prata,

    entre outros.

    E) os dobramentos modernos correspondem aos

    terrenos mais instveis, nos quais predominam

    uma intensa atividade tectnica, terremotos e

    vulcanismos, em razo de constiturem as reas

    mais recentes produzidas pela tectnica.

    02. (Enem2010)

    TEIXEIRA, W et. al. (Orgs) Decifrando a Terra. So Paulo:

    Companhia Editora Nacional, 2009. (Adaptao).

    O esquema mostra depsitos em que aparecem fsseis

    de animais do Perodo Jurssico. As rochas em que se

    encontram esses fsseis so

    A) magmticas, pois a ao de vulces causou as maiores

    extines desses animais j conhecidas ao longo da

    histria terrestre.

    B) sedimentares, pois os restos podem ter sido soterrados

    e litificados com o restante dos sedimentos.

    C) magmticas, pois so as rochas mais facilmente

    erodidas, possibilitando a formao de tocas que

    foram posteriormente lacradas.

    D) sedimentares, j que cada uma das camadas

    encontradas na figura simboliza um evento de eroso

    dessa rea representada.

    E) metamrficas, pois os animais representados

    precisavam estar perto de locais quentes.

    GABARITO

    Fixao01. B

    02. A

    03. B

    04. C

    Propostos01. D

    02. B

    03. D

    04. B

    05. Soma = 03

    06. A

    07. A

    08. C

    09. C

    10. D

    11. B

    Seo Enem01. E

    02. B

    Frente A Mdulo 06

  • FRENTE

    21Editora Bernoulli

    MDULOGEOGRAFIA

    A orognese: (do grego Oros - montanha, e Genus -

    origem / gerao) representada por esforos internos

    horizontais da crosta terrestre, de curta durao geolgica

    mas de grande intensidade, gerando dobramentos (quando

    exercidos sobre terrenos formados por rochas maleveis

    ou plsticas), fraturas e falhas (quando exercidos sobre

    camadas de rochas rgidas que oferecem resistncia s

    presses tectnicas).

    1

    2

    Perfil 1 Dobra falhada; Perfil 2 Anticlinal e sinclinal

    VulcanismoO vulcanismo pode ser definido como a atividade de expulso

    do material magmtico do interior da crosta terrestre para a superfcie. Os vulces correspondem a pontos de sada do magma que ascende at a superfcie por meio de aberturas ou fendas existentes na crosta em regies instveis. No oceano, onde o magma ascende nas bordas tectnicas divergentes, o material magmtico cria um novo assoalho ocenico. Durante o Mesozoico, ocorreu grande atividade vulcnica, atingindo grandes pores continentais na frica, na Amrica do Sul (a bacia sedimentar do Paran) e na ndia.

    O Brasil foi palco de diversas atividades vulcnicas, sendo que a mais recente ocorreu na Era Cenozoica (Tercirio), levando formao das nossas ilhas ocenicas, tais como Trindad, Fernando de Noronha, Penedos de So Pedro e de So Paulo.

    Na regio Sul, durante a Era Mesozoica, houve um dos maiores derrames baslticos do mundo, abrangendo uma rea que engloba desde o estado de So Paulo at o do Rio Grande do Sul. Esses derrames que ocorreram no Planalto Meridional deram origem ao frtil solo denominado terra roxa.

    As diversas formas da crosta terrestre se encontram em constante modificao em razo da atuao de foras internas (agentes endgenos) e externas (agentes exgenos).

    OS AGENTES ENDGENOSOs agentes endgenos esto relacionados aos movimentos

    das placas tectnicas e aos fenmenos magmticos. So exemplos de agentes endgenos o tectonismo, o vulcanismo e os terremotos.

    Tectonismo ou diastrofismoCorresponde s foras que atuam de forma lenta e

    prolongada na superfcie da Terra. O diastrofismo se manifesta de duas maneiras, por meio da epirognese e da orognese.

    A epirognese: (do grego peiron continente, e Genesis formao)

    Quando as foras internas atuam verticalmente em reas da crosta terrestre que possuem rochas resistentes e com pouca plasticidade, os blocos rochosos podem fragmentar-se, deslocar-se, sofrer rebaixamento ou soerguimento, dando origem s falhas-rupturas e desnivelamentos das camadas rochosas. Esses movimentos so considerados lentos na escala geolgica.

    A epirognese est associada dinmica do equilbrio isosttico da crosta terrestre, afetando grandes partes de reas continentais, provocando o rebaixamento ou levantamento dos litorais e, assim, as transgresses (invases do mar, como no Mar do Norte) e regresses marinhas (recuos do mar como na Pennsula Escandinava, que est soerguendo), alm do rejuvenescimento do relevo (os rios aumentam a eroso do seu leito e das margens devido ao soerguimento de parte do continente).

    11

    2

    1 Horst; 2 Graben

    Dinmica interna e externa do relevo

    07 A

  • 22 Coleo Estudo

    Fenmenos vulcnicos, apesar de constiturem um evento de grande beleza , podem causar mortes e danificar propriedades

    devido queda de cinzas, movimentos de terra, lama, lavas, gases, derrames piroclsticos (aerossol denso e incandescente),

    tsunamis, entre outros eventos.

    Vento predominante

    Bombas

    Chuva de cinzas

    Chuva cida

    Derrame de lavaDerrame piroclstico

    gua subterrnea

    Magma

    Fumarolas

    Movimento de terra

    Rachadura

    Alguns riscos vulcnicos responsveis por mortes e destruio de propriedades.

    A maior parte dos vulces existentes no mundo est concentrada na regio denominada Crculo de Fogo do Pacfico. Essa rea

    concentra cerca de 80% dos vulces do planeta.

    Crculo de Fogo do Oceano Pacfico

    Austrlia

    Ilha de SondaKrakatoa

    Merapi

    Melansia

    FilipinasMayonTaal

    Asosan

    Asama JapoFujisan

    Ilhas Curitas

    IlhasAleutas

    Kambachatka

    Wrangell

    Montanhas Rochosas

    Mt. Rainier

    Pico Lassen

    Mauna Loa Kilauea

    Ilha de Pscoa

    Paricutn

    Iraz

    Popoeateptl

    Cotopaxi

    Aconcgua

    Mt. Burney

    Novas Hbridas

    SamoaTonga

    Kermadec

    TaraweraRuapehu

    Nova Zelndia

    Galpagos

    Cordilheirados Andes

    Katmai

    Ilha Barren

    Crculo Polar rtico

    Trpico de Cncer

    Trpico de Capricrnio

    Principais vulces

    Zona ssmica

    Awu OCEANO PACFICO

    OCEANO NDICO

    SIA

    AMRICADO NORTE

    AMRICACENTRAL

    AMRICA DO SUL

    Frente A Mdulo 07

  • GEO

    GR

    AFI

    A

    23Editora Bernoulli

    SXC

    Hot spots em regies ocenicas: Quando a ascenso

    do magma ocorre numa placa ocenica, as erupes so

    geralmente calmas e caracterizadas pelo escoamento de

    lava basltica. Esse processo deu origem, por exemplo,

    s ilhas do Hava.

    Hot spots em regies continentais: Quando a

    ascenso do magma ocorre numa placa com crosta

    continental, as erupes so, regra geral, mais violentas,

    do tipo explosivo.

    Os giseres

    Correspondem a jatos intermitentes e peridicos de gua

    e de vapor de gua a elevadas temperaturas, tpicos de

    algumas regies vulcnicas. A gua expelida tem origem

    nas camadas freticas, que se localizam prximas da bolsa

    magmtica. Depois de aquecidas, formam-se vapores

    de gua, que ascendem superfcie atravs das fissuras

    (fendas das rochas).

    Vulcanismo IntraplacaEsse tipo de vulcanismo est associado ascenso de massas de magma provenientes do manto que alcanam

    a superfcie em determinados pontos hot spots (pontos de anomalia termal no interior da Terra, ligados a

    sistemas de conveco do manto e responsveis pelo vulcanismo que ocorre no interior de placas tectnicas).

    O deslocamento da placa tectnica sobre os referidos pontos gera uma cadeia linear de ilhas vulcnicas.

    Hot spots no arquiplago do Hava

    Placa do Pacfico

    Kauai(mais antiga)

    Oahu (Honolulu)

    Maui

    Hava(mais recente)Cordilheira

    Havaiana

    Rochaslidadensa

    Zona de formaodo magma

    Hot spotfixo

    Dinmica interna e externa do relevo

  • 24 Coleo Estudo

    Os agentes externos e suas aes no relevo terrestre

    O intemperismo ou meteorizao

    Intemperismo corresponde ao processo pelo qual as rochas

    so desgastadas na superfcie do globo terrestre. Esse

    processo pode ser influenciado por vrios fatores, entre eles:

    Clima: Devido variao da temperatura e da

    distribuio das chuvas, determinando o tipo e a

    velocidade do intemperismo numa dada regio.

    Relevo: O tipo de inclinao do relevo, que pode

    favorecer ou no a penetrao de gua.

    Constituio mineralgica: Tipo de rocha.

    Estrutura da rocha: Se a rocha possui muitos

    poros ou fraturas, que podem permitir uma maior

    percolao das solues.

    Tempo: Velocidade com a qual a rocha intemperiza.

    O intemperismo qumico ou decomposio

    Promove a quebra da estrutura qumica dos minerais

    que compem a rocha. Seu principal agente a gua,

    que provoca uma reao qumica nas rochas. Esse tipo de

    intemperismo ocorre quando os minerais de uma rocha

    so quimicamente alterados ou dissolvidos. Nas reas

    equatoriais e tropicais, quentes e midas, o intemperismo

    qumico mais intenso e produz formas de relevo mais

    arredondadas, como os mares de morros.

    Mar de morros

    Os mares de morros so formas de relevo tpicos de regies

    onde predomina o intemperismo qumico.

    Os abalos ssmicosTerremotos podem ser provocados pela acomodao de

    camadas, vulcanismo e principalmente pela movimentao tectnica.

    Acomodao de camadas: Os desmoronamentos internos podem ser provocados pela dissoluo das rochas, pela circulao da gua subterrnea ou pela acomodao dos sedimentos compactados. Em reas de bacias sedimentares, regies de relevo crstico ou em regies de construo de hidreltricas, podem ser verificados alguns sismos.

    No Brasil, esse tipo de tremor de terra tem sido registrado de forma espordica nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Cear.

    Vulcanismo: As atividades vulcnicas, ao liberar enorme quantidade de energia por meio de erupes, podem provocar violentos tremores.

    Tectnica de placas: Essa dinmica responsvel pelos grandes abalos da crosta terrestre. A gnese dos tremores est ligada principalmente aos movimentos das placas nos limites convergentes, divergentes e tangenciais que geram um grande acmulo de energia nas bordas tectnicas. As rochas, quando esto no limite de resistncia, sofrem fraturamento ou deslizamentos. Quando ocorre fraturamentos, h emisses de vibraes. A energia acumulada liberada, ocorrendo os abalos ssmicos.

    SuperfcieEpicentro

    Hipocentro: Regio do interior da Terra onde se origina um sismo; foco ssmico.

    Epicentro: Regio da superfcie terrestre, por cima do hipocentro, onde mxima a intensidade de um abalo ssmico e onde este atinge, em primeiro lugar, a superfcie do solo.

    Crostaterrestre

    Hipocentro

    Propag

    ao

    do t

    erre

    moto

    OS AGENTES EXGENOSNa contnua transformao da crosta terrestre, os agentes

    externos so considerados elementos muito importantes. Atuando em conjunto na superfcie terrestre, modificam suas formas, originando novas paisagens no decorrer da histria geolgica do planeta. A intensidade da ao desses agentes estar relacionada ao clima e ao tipo de rocha presente na crosta terrestre.

    Frente A Mdulo 07

  • GEO

    GR

    AFI

    A

    25Editora Bernoulli

    A EROSOEntende-se por eroso o fenmeno de desgaste da

    superfcie do solo que resulta na modificao das formas de relevo. Esse fenmeno de carter exgeno tende a rebaixar

    as formas de relevo atravs do desgaste dos materiais

    rochosos. importante ter em mente que esse processo pode

    ser natural ou intensificado pela ao humana (antrpica). Como exemplos da interferncia do homem no sentido

    de favorecer o avano dos processos erosivos, podem ser

    citados o desmatamento de matas ciliares para o plantio

    de monoculturas, a retirada de cobertura vegetal de reas

    de encostas, a no utilizao de curvas de nvel e o manejo

    inadequado do solo, entre outros. No caso do Brasil,

    as caractersticas de nosso clima, como a umidade excessiva,

    o vento, as guas marinhas, a temperatura, a flora e, ainda, a ao antrpica so fatores que, ao lado da nossa

    estrutura geolgica antiga, explicam o grande desgaste de

    nosso relevo.

    O processo erosivo engloba trs etapas:

    O desgaste Retirada dos materiais de rochas

    preexistentes.

    O transporte Arrastamento dos materiais arrancados

    na fase de desgaste. Os materiais transportados recebem

    a designao de sedimentos.

    A acumulao Deposio dos materiais transportados

    em reas de baixas altitudes.

    Eroso hdricaCorresponde aos processos erosivos provocados pela ao

    da gua. subdividida em:

    Eroso fluvialOs rios promovem a escavao dos leitos pelo

    turbilhonamento das guas, executando um grande

    trabalho erosivo. Ao longo de seu curso, os rios formam

    vales, destroem rochas e promovem o transporte

    de sedimentos.

    Eroso pluvial provocada pela retirada e pelo transporte de material

    da parte superficial do solo pelas guas da chuva. Essa ao mais intensa quando a gua das chuvas encontra o solo

    desprotegido de vegetao. Subdivide-se em:

    Eroso laminar: Acontece quando a gua corre

    uniformemente pela superfcie, transportando as partculas

    sem formar canais definidos. Apesar de ser uma forma mais amena de eroso, responsvel por grandes prejuzos na

    atividade agrcola e por transportar grande quantidade de

    Intemperismo fsico ou desintegrao mecnica

    O intemperismo fsico ocorre quando a rocha

    fragmentada por processos mecnicos que no alteram

    a sua constituio qumica. tpico de reas sujeitas a

    climas polares, ridos e semiridos. Nas regies ridas,

    por exemplo, durante o dia, as rochas so submetidas

    elevadas temperaturas e, com isso, dilatam; j noite,

    contraem devido da diminuio das mdias trmicas.

    Como a dilatao e a contrao da rocha no ocorrem por

    igual, pois os minerais possuem diferentes coeficientes de

    dilatao e contrao, a rocha desintegra-se.

    Os inselbergs (formas de relevo cristalinas e residuais

    tpicas de regies sujeitas ao do intemperismo fsico).

    Intemperismo biolgicoOcorre devido ao de seres vivos, porm preciso ter em

    mente que as atividades desses organismos esto atreladas

    tanto ao intemperismo fsico quanto ao qumico. Bactrias e

    algas que adentram fraturas presentes na rocha produzem

    cidos que, ao desgastarem a rocha, esto realizando

    intemperismo qumico. Por outro lado, as razes das rvores

    so responsveis por um maior desgaste das rochas, j que

    para crescerem demandam maior espao e, por isso, foram

    as fraturas presentes no estrato rochoso, manifestando o

    intemperismo fsico.

    Mart

    in /

    Cre

    ativ

    e Com

    mons

    A fora do crescimento radicular do vegetal contribui para a

    desagregao mecnica da rocha.

    Dinmica interna e externa do relevo

  • 26 Coleo Estudo

    sedimentos que vo assorear os rios. A eroso laminar

    uma forma de eroso dificilmente perceptvel, mas cuja ao pode ser identificada pela colorao mais clara do solo, pela exposio de razes e pela queda na produtividade agrcola.

    Eroso de ravinamento: causada pela concentrao

    do escoamento superficial, processo que marca

    a degradao do solo iniciada pela eroso laminar,

    gerando as ravinas.

    Vooroca - As voorocas constituem um estgio

    avanado de degradao dos solos, ocorrem em regies

    de encostas ou em reas de topografia mais plana.

    Podem ser formadas tanto por processos erosivos superficiais como por subsuperficiais, ou seja, constituem um canal resultante da eroso provocada pelo fluxo intermitente de gua formado, normalmente, durante ou logo aps a

    ocorrncia de chuvas, ou, ainda, pela ao da percolao

    da gua no solo. As voorocas podem se tornar bastante

    profundas e, com isso, atingir o lenol fretico.

    ITaxa de infiltrao maior que a de escoamento superficial rea florestada.

    IIDesmatamento, incio da formao de ravinas na encosta taxa de escoamento superficial maior que a taxa de infiltrao.

    Evoluo do processo erosivo;formaco de voorocas.

    III

    Perda de solo em funo dovoorocamento.IV

    Eroso marinhaA eroso realizada pelo movimento constante das ondas

    provoca a abraso dos paredes rochosos do litoral, com a

    formao das falsias.

    Eduar

    do L

    oure

    iro /

    Cre

    ativ

    e Com

    mons

    Falsia sedimentar Rio Grande do Norte

    O transporte e a acumulao de sedimentos pela ao das guas do mar formam as praias (depsitos de areia ou cascalho), as restingas (cordes de areia formados paralelamente linha da costa com a formao de lagoas costeiras) e os tmbolos (depsitos de areia que ligam uma

    ilha ao continente).

    Baa

    Restingas

    Recifes

    mboloBaa

    Res ggngtist

    o

    s

    lo

    a

    e

    o

    fe

    o

    Recif

    mbo

    as

    Resultado da eroso marinha

    Eroso glacial ou glaciriaAs geleiras, quando degelam, executam um processo

    erosivo de transporte e de acumulao de sedimentos e tambm provocam o aplainamento do relevo, formando

    vales profundos em forma de U ou V.

    Manfr

    edo W

    inge

    Vale glacial em U na regio dos Andes

    Frente A Mdulo 07

  • GEO

    GR

    AFI

    A

    27Editora Bernoulli

    Eroso elica

    Consiste na eroso provocada pela ao dos ventos e

    pode ocorrer por:

    Destruio: O vento retira e transporta as partculas mais

    finas das rochas, e, ao lan-las, com violncia, contra outras rochas, acaba escavando-as, em um trabalho denominado

    corraso ou abraso elica.

    Acumulao: Quando o vento diminui de velocidade, ele deposita os materiais que carrega, os quais constituem

    os chamados depsitos elicos. A eroso elica d origem

    a formas de relevo quando partculas de areia carregadas

    pelo vento modificam as reas que atingem, podendo esculpir arcos naturais ou formar desertos pedregosos.

    Do trabalho de sedimentao do vento, resultam as dunas,

    que se formam em regies desrticas ou ridas, ao longo

    de grandes lagos e de litorais. So provenientes do acmulo

    de partculas de areia que o vento deposita em uma rea

    quando encontra um obstculo qualquer em sua trajetria

    (uma rocha, por exemplo). As dunas tendem a se deslocar na

    direo do movimento do vento. No litoral brasileiro, desde

    o Nordeste at o Sul, encontramos muitas regies de dunas.

    Deslizamentos

    Ag

    nci

    a Bra

    sil /

    Cre

    ativ

    e Com

    mon

    s

    Deslizamento de encosta no Morro da Carioca em Angra dos Reis

    So movimentos gravitacionais de massa, mobilizando

    sedimentos, solos e / ou rochas, que ocorrem de modo

    brusco em decorrncia de rupturas nesses materiais,

    deixando uma cicatriz de geometria plana ou ligeiramente

    cncava. Diferentemente da eroso, na qual existe um

    fluido (gua) transportando as partculas do solo, os

    deslizamentos causam maior impacto pelo carter brusco

    da ruptura de parte da encosta. Os fatores mais comumente

    considerados na anlise de estabilidade de encostas so as

    cargas externas, o seu prprio peso, a presso da gua e

    a resistncia do solo. A gua de chuva infiltrada no terreno aumenta os valores do peso prprio e da presso da gua

    e reduz a resistncia do solo, diminuindo o fator segurana.

    Nesse sentido, a ocupao irregular de encostas favorece

    a ocorrncia desse tipo de problema, j que, ao desnudar

    o solo, o homem contribui para uma menor infiltrao e para um maior escoamento superficial da gua, o que pode culminar em grandes catstrofes, como a ocorrida no incio

    de 2010 na regio de Angra dos Reis, no Morro da Carioca.

    Quadro sntese

    Eroso Agente Depsito

    Hdrica (continental,

    marinha)gua

    aluvial(fluvial / lacustre)

    e marinho

    Elica vento elico

    Movimento de massa gelo glacial

    Movimento de massa gravidade coluvial (tlus)*

    *Coluvial Depsito sedimentar clstico de sop de encosta,

    geralmente com fragmentos grosseiros e angulosos (Glossrio

    geolgico UNB).

    LEITURA COMPLEMENTAR

    Texto IAtualidades da Geofsica

    O terremoto de 4.9 graus na escala Richter ocorrido na cidade

    de Itacarambi, no norte de Minas Gerais em 2007, e outro

    terremoto ocorrido em So Paulo em 23/04/2009 despertaram

    a curiosidade dos brasileiros, que sempre acreditaram que o

    pas estivesse livre desse tipo de fenmeno natural. Os dois

    eventos podem ser explicados com base na Tectnica de Placas.

    Falhas geolgicas

    Toda placa recortada por vrios pequenos blocos, de

    vrias dimenses. Esses recortes, ou falhas, funcionam

    como uma ferida que no cicatriza: apesar de serem antigos,

    podem se abrir a qualquer momento para liberar energia.

    Se voc tem um bloco recortado e o comprime de um lado e

    de outro, ele rompe onde j existe a fratura. Segundo estudos

    recentes das falhas geolgicas no Brasil, o maior nmero de

    falhas se concentra nas regies Sudeste e Nordeste, seguidas

    pela regio Norte e Centro-Oeste. A regio Sul a que apresenta

    o menor nmero de falhas.

    Para realizar o levantamento, foram utilizados diversos mapas

    topogrficos e geolgicos, alm de uma grande quantidade de

    imagens de satlite e de radar.

    Dinmica interna e externa do relevo

  • 28 Coleo Estudo

    Em Minas Gerais

    Com auxlio do mapa Neotectnico do Brasil, elaborado pelos pesquisadores, podemos ver que o estado de Minas Gerais cortado por diversas falhas geolgicas: BR 24, 25, 26, 27, 28, 29 e BR 47. Chama a ateno a falha BR 47, localizada no norte do estado e situada margem esquerda do So Francisco, exatamente abaixo da cidade de Itacarambi, onde ocorreu o sismo de 9 de dezembro de 2007.

    O terremoto em So Paulo

    Os terremotos de grande magnitude normalmente ocorrem nas regies de fronteira entre duas ou mais placas tectnicas. O Brasil e toda a Amrica do Sul esto assentados sobre uma dessas placas, chamada de Placa Sul-Americana. O Brasil se localiza exatamente no centro dessa placa, que tem como vizinha a Placa Africana, com sua borda a meio caminho da frica, e a Placa de Nazca, com sua borda tocando o continente na regio dos Andes. Em todas as regies onde essas placas se encontram e se tocam, so verificados terremotos de gra