1.1. geografia - teoria - livro 1

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    165

    1. PAS POPULOSO: 190.755.799,

    SEGUNDO O IBGE PARA 2010.EM 2000, O CENSO DEMOGRFICOINDICOU 169.799.170 HABITANTES.

    Pas pouco povoadoEm 2010, a densidade demogrfica era de 22,4 hab./km2,

    abaixo da mdia mundial, estimada em aproxima-

    damente 45 hab./km2.

    Populao mal distribuda

    As Unidades da Federao mais populosas do

    Brasil, em 2010, eram:

    As Unidades da Federao mais povoadas, em

    2010, eram:

    As Unidades da Federao menos populosas, em

    2010, eram:

    As Unidades da Federao menos povoadas, em2010, eram:

    Regiogeo-

    econmica

    Populaoabsoluta

    (habitantes)

    Populaorelativa

    (hab./km2)

    % dapopulaoabsoluta

    Sudeste 80.364.000 87,40 42,59

    Nordeste 53.081.000 48,10 27,56

    Sul 27.386.000 33,70 14,59

    Norte 15.864.000 4,0 8,11

    Centro-Oeste 14.058.000 8,40 7,15

    Brasil 190.755.799 22,4 100,00

    Estado Habitantes

    So Paulo 41.262.199

    Minas Gerais 19.597.330

    Rio de Janeiro 15.989.929

    Bahia 14.016.906

    Rio Grande do Sul 10.693.929

    Paran 10.444.526

    Estado Hab./km2

    Distrito Federal 419

    Rio de Janeiro 359

    So Paulo 167

    Alagoas 110

    Sergipe 92

    Estado Habitantes

    Roraima 450.479

    Amap 669.526

    Acre 733.559

    Tocantins 1.383.445

    Estado Hab./km2

    Roraima 1,86

    Amazonas 2,17

    Mato Grosso 3,22

    Acre 4,43

    Amap 4,47

    Tocantins 4,90

    Par 5,81

    FRENTE 1 Brasil

    Caractersticas Gerais da Populao BrasileiraMDULO 1

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    1. CRESCIMENTO DA POPULAO BRASILEIRA

    O principal fator responsvel pelo crescimento dapopulao brasileira o crescimento vegetativo. Os mo-vimentos migratrios participam tambm do crescimento

    populacional, mas atualmente de forma modesta.

    2. CRESCIMENTO VEGETATIVO

    O crescimento vegetativo (CV) o resultado da dife -ena entre a taxa de natalidade (TN) e a de mortalidade

    TM) e correspondia em 2010 a ou , ndiceelevado se comparado aos dos pases desenvolvidos,mas a menor taxa observada no Brasil.

    A reduo do crescimento vegetativo devida queda nas taxas de natalidade e mortalidade, quedeclinaram sensivelmente nas ltimas dcadas.

    3. TAXA DE NATALIDADE

    A taxa de natalidade da populao brasileira era:por mil habitantes, segundo a contagem de 2009.

    No entanto, se compararmos as taxas de natalidadedos ltimos 50 anos, notaremos uma queda decorrente

    dos seguintes fatores:

    urbanizao; casamentos tardios; elevao do padro socioeconmico; difuso e maior adoo de mtodos anticoncep-

    cionais; controle espontneo da natalidade.

    4. TAXA DE MORTALIDADE

    A taxa de mortalidade, que, no Brasil, segundo acontagem de 2009, era de por mil habitantes.

    A reduo acentuada da mortalidade, aps 1940,deve-se a fatores como o progresso da medicina e dabioqumica, melhoria da assistncia mdico hospitalare das condies higinico-sanitrias e a urbanizao dapopulao.

    A queda da taxa de natalidade est sendo maisacentuada do que a queda da mortalidade. Portanto, a

    tendncia atual a de se reduzir o crescimento vege-tativo.A mortalidade infantil, na dcada de 1990, apre-

    sentou rpida reduo atingindo, em 2010, o ndice de22,6.

    O Brasil est entrando na 3a. fase da transio demo-grfica.

    5. TEORIAS DEMOGRFICAS

    Teoria Malthusiana: a populao aumenta emprogresso geomtrica, enquanto a produo dealimentos aumenta em progresso aritmtica. Malthusdefendeu o controle populacional por meio da sujeiomoral e a no-assistncia governamental aos pobres,

    pois para Malthus, a misria seria uma forma natural decontrole da super populao.Teoria neomalthusiana: o elevado crescimento

    populacional o principal responsvel pelo subdesen-volvimento dos pases pobres. Os programas rgidos eoficiais de controle de natalidade que podem evitar oelevado crescimento poulacional.

    Teoria reformista ou marxista: consideram amisria como principal responsvel pelo elevadocrescimento populacional. So necessrias amplasreformas socioeconmicas que melhorem o padro devida so postos aos neomalthusianos. Os reformistasapontam para a reduo das desigualdades sociais praque ocorra a reduo do crescimento populacional.

    CV = TN TM

    1,17% 11,7

    17,7

    6,0

    166

    Estrutura da Populao Crescimento VegetativoMDULO 2

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    1. ESTRUTURA POR IDADE A expectativa de vida do brasileiro em 2008 foi de

    72,7 sendo 69,0 dos homens e 76,5 das mulheres.

    2. ESTRUTURA POR SEXO

    3. ESTRUTURA DAPOPULAO POR COR DA PELE

    2010

    37,0%

    51,4%

    10,8%

    2002

    38,84%

    52,06%

    9,1%

    1991

    46,62%

    46,79%

    6,58%

    1980

    48,5%

    45,0%

    6,5%

    Jovens (0 a 19 anos)

    Adultos (20 a 59 anos)

    Idosos (acima de 60 anos)

    % da populao absoluta

    Sexo 1980 2000 2009

    Masculino 49,7% 49,2% 49,0%

    Feminino 50,3% 50,8% 51,0%

    1950 1980 1996 2010

    Branca 61,7% 54,8% 55,3% 47,7%Parda 26,5% 38,5% 39,3% 43,1%

    Preta 11,0% 5,9% 4,9% 7,6%

    Amarela 0,6% 0,6% 0,5% 1,1%

    Indgena 1,8% 1,5% 1,3% 0,4%

    167

    Estrutura da Populao Estrutura Etria por sexo e por etniaMDULO 3

    Estrutura da Populao Populao Economicamente Ativa (PEA) IDHMDULOS 4 e 5

    1. ESTRUTURA POR ATIVIDADE ECONMICAPopulao ativa porsetor econmico (%)

    Setores

    Primrio

    Secundrio

    Tercirio

    1960

    54,0

    12,7

    33,0

    1970

    44,2

    17,8

    38,0

    1986

    29,0

    25,0

    46,0

    1990

    22,8

    22,7

    54,52

    2002

    21,2

    18,9

    59,9

    Populao Economicamente Ativa

    32%

    37%

    39%

    44%

    62,3%

    Ano

    1970

    1980

    1985

    1991

    2009

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    2. POPULAO ATIVA POR SEXO

    O IDH reflete as caractersticas de dados coletados

    nos dois anos anteriores ao de sua publicao, segundo

    a metodologia das Naes Unidas, e leva em conside-

    ao longevidade, educao e PIB per capita.

    3. INDICADORES SOCIAIS

    2002

    55,2%

    33,7%

    11,1%

    2000

    54,2%

    34,5%

    11,3%

    1980

    50,9%

    36,5%

    12,6%

    1970

    46,7%

    38,4%

    14,9%

    Populao

    10% mais ricos

    40% intermedirios

    50% mais pobres

    Distribuio da renda no Brasil

    Feminino

    20,0%

    27,0%

    35,5%

    35,4%

    39,8%

    Masculino

    80,0%

    73,0%

    64,4%

    64,6%

    60,2%

    Ano

    1970

    1980

    1991

    1996

    2002

    Mulheres

    43,1

    44,5

    46,5

    53,5

    46,8

    46,8

    Homens

    69,0

    67,5

    67,0

    72,0

    69,3

    68,2

    Setores

    Norte

    Nordeste

    Sudeste

    Sul

    Centro-Oeste

    BRASIL

    Percentual Economicamente Ativo porregio geoeconmica (2009)

    Taxa de alfabetizao da populaode 15 a 69 anos de idade 1940-2010

    Taxa de alfabetizao

    Censos Alfabetizada No alfabetizada

    1940 45,5% 54,5%

    1950 49,7% 50,3%

    1960 60,5% 39,5%

    1970 69,4% 30,6%

    1980 75,3% 24,7%

    1994 79,9% 20,1%

    2002 88,0% 12,0%

    2010 91% 9%

    Desenvolvimento

    humano muito elevado

    Ranking dos pases de acordo com o ndice de Desenvol-vimento Humano 2010, publicado em novembro de 2010

    Desenvolvimentohumano elevado

    Desenvolvimento

    humano mdio

    Desenvolvimentohumano baixo

    Pas IDH/20101. Noruega 0.938

    2. Austrlia 0.937

    3. Nova Zelndia 0.907

    4. Estados Unidos 0.902

    5. Irlanda 0.895

    6. Liechtenstein 0.891

    7. Holanda 0.890

    8. Canad 0.888

    9. Sucia 0.885

    10. Alemanha 0.885

    34. Estnia 0.812

    39. Bahrein 0.801

    41. Polnia 0.795

    45. Chile 0.78346. Argentina 0.77552. Uruguai 0.76553. Lbia 0.75556. Mxico 0.75062. Costa Rica 0.72565. Rssia 0.71969. Ucrnia 0.71073. Brasil 0.69975. Venezuela 0.69676. Armnia 0.69577. Equador 0.69579. Colmbia 0.68981. Tunsia 0.683

    84. Arglia 0.677

    89. China 0.663

    95. Bolvia 0.643

    96. Paraguai 0.640

    101. Egito 0.620

    106. Honduras 0.604

    110. frica do Sul 0.597

    119. ndia 0.519

    139. Togo 0.428

    149. Costa do Marfim 0.397

    155. Afeganisto 0.349

    157. Etipia 0.328

    160. Mali 0.309

    163. Chade 0.295

    165. Moambique 0.284

    167. Nger 0.261

    168. Repblica Dem. do Congo 0.239

    169. Zimbbue 0.140

    168

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    1. ERAS GEOLGICAS

    So tentativas de estabelecer uma cronologia nosfatos que se sucederam na histria geolgica da Terra.

    Os 5 bilhes de anos da histria da Terra, aproxi -

    madamente, podem ser divididos em cinco eras geol-gicas.

    AzoicaA Terra em processo de resfriamento, dando origem

    s primeiras rochas e crosta; no se considerapropriamente uma era geolgica, pois, nesta era,a Terra se consolidou.

    ArqueozoicaFormao dos primeiros continentes e oceanos;

    primeiras formas de vida dentro dos oceanos; ausnciade fsseis.

    ProterozoicaTransformaes na crosta terrestre provocadas por

    movimentos internos; formaes metamrficas de re-servas metlicas; definio das formas vivas em animaise vegetais.

    As Eras Arqueozoica e Proterozoica compreendemo Pr-Cambriano.

    PaleozoicaResfriamento da superfcie, com a formao de

    calotas de gelo; vida na superfcie, com o aparecimentodas primeiras florestas; formaes carbonferas;surgimento dos primeiros anfbios e rpteis.

    MesozoicaAquecimento da superfcie terrestre em razo do

    efeito estufa; vulcanismo; grandes flores tas com plantasgigantes; domnio dos grandes surios; surgimento dosprimeiros mamferos.

    CenozoicaDividida em duas partes:

    Tercirio esfriamento da superfcie, com gran-des calotas de gelo; desaparecimento dos denominadosgrandes rpteis; formao dos continentes atuais;grandes cordilheiras.

    Quaternrio glaciaes; domnio dos mamfe-ros; surgimento do Homem; predomnio de sedimenta -es.

    2. ESTRUTURA GEOLGICA

    O planeta Terra composto de camadas, a saber:

    Litosfera

    Camada superficial com aproximadamente 70 km deespessura que se subdivide em Sial e Sima.

    MantoCamada formada por material fundido que circula

    pelo interior da crosta.

    NcleoEsfera interior composta de material pastoso, de

    elevada densidade, ferro e nquel.

    3. ROCHAS

    A Litosfera formada por material solidificado, queso as rochas. H trs tipos de rochas:

    Cristalinas: so as formaes mais antigas, degrande dureza (rochas magmticas e metamrficas), quecorrespondem base do territrio, embora representemapenas 36% da superfcie do territrio brasileiro; concen-tram minerais metlicos e compem os escudos.

    Sedimentares: so compostas de restos deoutras rochas, acumulados em reas deprimidas; corres-pondem a 60% da superfcie do territrio brasileiro, commaterial fssil; formam as bacias.

    Vulcnicas ou baslticas: so formadas porderrames de lavas vulcnicas. Equivalem a 4% da super-fcie do Brasil.

    4. MORFOLOGIA DO RELEVO BRASILEIRO

    Caractersticas gerais Relevo composto por embasamento antigo (Eras

    Arqueozoica e Proterozoica). Ausncia de movimentos orogenticos recentes

    (tectonismo). Intensa ao dos agentes externos, como a gua

    e o ar, provocando a eroso e a sedimentao. Altitudes modestas (mximo: 3.014 m no Pico da

    Neblina AM). Predomnio de formas desgastadas, como planal-

    tos, plancies e depresses.

    169

    Geologia e Morfologia do Relevo BrasileiroMDULOS 6 e 7

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    Classificao do Relevo Brasileiro IMDULO 8

    INTRODUO

    As primeiras tentativas de classificaodo relevo brasileiro datam de 1940 e foramfeitas pelo professor Aroldo de Azevedo.

    Muito simplificadas, mereceram uma revisofeita na dcada de 1960 pelo professor AzizAb'Saber. Com as informaes disponveispor meio do Projeto Radam Brasil,empregou-se uma nova classificaoproposta por Jurandyr Ross, elaborada em1984.

    PlanaltosSo formas onduladas nas quais

    predomina a eroso. As principais unidadesso:

    Planaltos e Chapadas da Baciado Rio Paran: dominam o centro-sul doBrasil, compostos de terrenos sedimentarese baslticos; apresentam planaltossedimentar-baslticos, ricos em terra roxa.

    Planaltos Residuais Norte-Amaznicos: representam a fronteiranorte do Brasil com as escarpas de-nominadas serras, como Tumucumaque,

    Parima, Pacarama e Imeri (onde seencontra o Pico da Neblina, 3.014 m);constituem uma formao cristalina antiga.

    Planalto e Chapada dosParecis: localizada ao centro do Brasil, uma formao sedimentar paleozoica quesepara as Bacias Amaznica e Platina.

    Planalto da Borborema: junto aolitoral do Nordeste, uma formao

    cristalina peneplanizada que interfere nadistribuio de chuvas do Serto.

    Planaltos e Serras do AtlnticoLeste-Sudeste: abrangem uma dasregies mais populosas do Brasil; so com-postos de terrenos cristalinos comescarpas (denominadas serras), como asdo Mar, da Mantiqueira, do Espinhao e deParanapiacaba.

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    Classificao do Relevo Brasileiro IIMDULO 9

    1. DEPRESSES

    Podem ser definidas como reas encaixadas entre

    planaltos e plancies, onde predomina o processo de

    eroso. As principais unidades so:

    Depresso Marginal Norte-Amaznica

    Separa os Planaltos Norte-Amaznicos da Plancie

    do Rio Amazonas.

    Depresso do Guapor

    a rea ao norte da Plancie do Paraguai, que

    separa o Brasil da Bolvia.

    Depresso Sertanejae do Rio So Francisco

    Inicia-se em Minas Gerais e acompanha o Vale do

    Rio So Francisco pelo Nordeste; compe-se de terrenos

    cristalinos encaixados entre os planaltos mineiros e

    nordestinos.

    Depresso Perifricada Borda Leste do Rio Paran

    Precede a leste os planaltos paranaicos; uma for-

    mao sedimentar paleozoica antiga; muda de nome,

    dependendo do Estado; engloba importantes cidades

    brasileiras; possui terrenos ondulados, morros-

    testemunhos e cuestasbaslticas.

    2. PLANCIES

    So terrenos geralmente baixos e planos, onde pre-

    domina a sedimentao. As principais unidades so:

    Plancie do Rio Amazonas

    Acompanha o vale desse importante rio; formada

    por depsitos sedimentares recentes (tercirios equaternrios); limita-se rea em torno do rio e alguns

    afluen tes.

    Plancie e Pantanal Mato-Grossense

    uma das mais importantes do Brasil e a mais re-

    cente plancie em idade geolgica da Amrica; possui

    como eixo o Rio Paraguai, cujas enchentes provocam a

    formao de lagoas (as "baas).

    Plancie da Lagoa dos Patos

    Situa-se no Rio Grande do Sul e constitui as plancies

    sedimentares lacustre-marinhas que envolvem as lagoas.

    Plancies e Tabuleiros Litorneos

    Acompanham o litoral brasileiro e so formados porsedimentos marinhos, apresentando-se ora estreitos, ora

    largos.

    A despeito da proposta de classificao do prof.Jurandyr L. S. Ross, comum o emprego de umatoponmia peculiar para o relevo paulista. Assim, temos:

    Planalto Ocidental: constitudo por terrenos

    de arenito-basalto, apresenta ligeiras ondulaes

    que descem em direo calha do Rio Paran.

    Depresso Perifrica: composta de sedi-

    mentos paleozoicos, possui as formas de morros-

    testemunhos e cuestasbaslticas.

    Planalto Oriental: consiste em terrenoscristalinos antigos e erodidos com escarpas

    (serras) e mares de morros no reverso com

    alguns vales encaixados (Tiet, Paraba do Sul).

    Plancie Litornea: estreita ao norte, alarga-

    se ao sul em direo ao Vale do Ribeira; formada

    por sedimentos tercirios e quaternrios, muitos deles

    marinhos.

    1

    2

    3

    4

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    8/40

    172

    A estrutura geolgica complexa, assentada numabase cristalina, que remonta ao Pr-Cambriano, onde sedestacam os terrenos metamrficos, sobretudo os da EraProterozoica, e a vasta cobertura sedimentar, doPaleomesozoico, que se estendem por 60% de sua

    superfcie, do ao territrio brasileiro um vasto potencialmineral.

    1. CLASSIFICAO DOSRECURSOS MINERAIS BRASILEIROSSEGUNDO SUA DISPONIBILIDADE

    Abundantes: ferro, mangans, alumnio, estrncio esal.

    Suficiente: chumbo e cobre.Carentes: carvo.

    2. PRINCIPAIS MINRIOS BRASILEIROS

    Hematita (Fe)

    Segunda reserva mundial

    Minas Gerais Quadriltero Ferrfero maiorproduo

    Par Serra dos Carajs maior reserva

    Mato Grosso do Sul Macio do Urucum

    Pirolusita (Mn)

    Amap Serra do Navio (praticamente esgotada)

    Minas Gerais Quadriltero Ferrfero

    Mato Grosso do Sul Macio do Urucum

    Par Serra dos Carajs

    Indstria Extrativa Mineral: Principais Minrios IMDULO 10

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    9/40

    173

    1. PARBOLASDO DIA E DA NOITE

    Observamos, nas parbolas re pre-sentadas no mapa-mndi, a desigualdistribuio da luz do dia e,consequentemente, do calor sobre aTerra (figuras 1 e 2) no decorrer do anoao longo das estaes. Para en tenderessas representaes, devemos tomarcomo base alguns princpios emAstronomia. Vejamos:

    2. O SISTEMA SOLAR

    O Sistema Solar formado por umconjunto de astros que giram em tornodo Sol.

    Os astros que fazem parte doSistema Solar so os planetas, os sat-lites, os planetoides ou asteroides, oscometas e os meteoroides.

    Cada astro tem um caminho re-gular em rbita em torno do Sol. Asrbitas so elpticas e variam em fun-o da massa, da velocidade e da

    distncia em relao ao Sol. Todos osastros se mantm em sua posio pelafora de gravidade do Sol.

    SolO Sol a estrela que, apesar de

    distar cerca de 150 milhes de quil-metros da Terra, a mais prxima donosso planeta.

    Est entre as menores estrelasdo universo, mas aproximadamente1 milho de vezes maior que a Terra. Odimetro do Sol de 1.392.000 km, ou

    seja, 109 vezes o dimetro da Terra e400 vezes o da Lua.

    PlanetasExistem 11 (onze) planetas, que

    apresentam a seguinte ordem de afas-tamento em relao ao Sol: Mercrio,Vnus, Terra, Marte, Ceres, Jpiter,Saturno, Urano, Netuno, Pluto e ris(ex-Xena).

    O SOL O CENTRO DOSISTEMA SOLAR.

    FRENTE 2 Brasil

    Elementos de AstronomiaMDULO 1

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    174

    Satlites naturaisSo astros iluminados que giram em torno dos

    planetas. Os 138 satlites tradicionalmente estudadospertencem a sete planetas, que so: Terra: 1 satliteLua); Marte: 2 satlites (Fbus e Dimus); Jpiter: 63

    satlites; Saturno: 31 satlites; Urano: 27 satlites;Netuno: 13 satlites; Pluto: 1 satlite.

    Planetas-anesEm agosto de 2006, o Comit para a definio de

    planeta da Unio Astronmica Internacional estabele -ceu preliminarmente que o Sistema Solar constitudo de8 planetas, na prtica, verdadeiros e 3 planetas-anes:Ceres, Pluto e ris (ex-Xena).

    Planetoides ou asteroidesOs planetoides so pequenos planetas que se

    movem em rbitas prprias entre Marte e Jpiter,ormando um cinturo de asteroides.

    Meteoroides, meteoros e meteoritosMeteoroides: acredita-se que sejam restos de

    matria remanescente da poca da formao do SistemaSolar.

    Meteoros: rastros luminosos que so formados pelapenetrao dos meteoroides nas camadas mais altas da at-mosfera terrestre e que so aquecidos pelo atrito com o ar.

    Meteoritos: pequenas partes dos meteoroidesque, por possurem maior massa, acabam vencendo aatmosfera e se precipitando sobre o solo de algumplaneta ou satlite. Quando so encontradas, recebem adesignao de meteorito.

    3. TERRA

    Unio Astronmica Internacional.

    O movimento de translao o que a Terra executaem torno do Sol, no perodo aproximado de 365 dias,5 horas, 48 minutos e 48 segundos.

    A trajetria descrita pela Terra em seu movimento deranslao chama-se rbita e mede 930 milhes de quil-

    metros, sendo percorrida pela Terra em um ano (365 dias,

    5 horas, 48 minutos e 48 segundos), velocidade mdia de29,7 km/s ou 106.800 km/h. A Terra executa o movimentode translao ao redor do Sol, conservando o seu eixo derotao inclinado em relao perpendicular ao plano darbita. Assim, o plano da eclptica mantm com o Equadorum ngulo diedro de 2327.

    A inclinao do eixo terrestre e o movimento de

    translao determinam: a desigual distribuio de luz e calor na Terraconforme a poca do ano, surgindo, em consequncia, asestaes do ano;

    a desigual durao dos dias e das noites de acordocom a poca do ano;

    os solstcios e os equincios.

    4. ESTAO DO ANO

    Durante o movimento de translao, a exposio doshemisfrios (norte e sul) ao Sol processa-se de maneiradesigual, em virtude da inclinao do eixo terrestre.

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    As estaes do ano so inversas de hemisfrio parahemisfrio. Observe.

    Solstcios e equincios

    O equincio ocorre quando os dias e as noites tm amesma durao em toda a superfcie terrestre.

    O solstcio ocorre quando os dias e as noites tm amxima diferena de durao, sendo um mais longo eoutro mais curto.

    Solstcio de 21 de junho nessa posio da Terra, os raios

    solares incidiro perpendicularmente sobre o Trpico de Cn-cer, no hemisfrio norte, transferindo mais energia do que no

    hemisfrio sul, onde estaro mais inclinados. Ser vero no

    hemisfrio norte e inverno no sul. No hemisfrio norte, os dias

    sero mais longos e as noites mais curtas.

    21 de junho solstcio, sendo de vero nohemisfrio norte e de inverno no hemisfrio sul; coincidecom a passagem do Sol pelo Trpico de Cncer. Ohemisfrio norte mais exposto luz e calor; os dias

    ficam longos e as noites, curtas. As regies rticas

    expem-se luz durante 24 horas. No hemisfrio sul,tem-se o contrrio (figura 1).

    Figura 1

    21 de dezembro solstcio, sendo de invernono hemisfrio norte e de vero no hemisfrio sul;coincide com a passagem do Sol em seu movimentoaparente pelo Trpico de Capricrnio. O hemisfrio sulrecebe maior quantidade de luz e calor; os dias ficamlongos e as noites, curtas. Nas regies antrticas, o dia constante; o Sol no se pe, porque todos os pontos dentrodo Crculo Polar Antrtico giram dentro da rea iluminada.No hemisfrio norte, ocorre o oposto (figura 2).

    Figura 2

    21 de maro e 23 de setembro temos oequincio de primavera e outono, correspondendo sdatas em que os dois hemisfrios so igualmente ilumi-

    nados e os dias e as noites duram exatamente 12 horasem qualquer ponto da superfcie terrestre. No equi ncio,temos a passagem do Sol em seu movimento aparentepela linha do Equador.

    Em todos os pontos da zona intertropical, o Sol passaduas vezes por ano sobre o znite, e o dia e a noite nuncatm durao inferior a 10 horas e 30 minutos.

    Nas regies polares, o Sol se mantm abaixo ouacima do horizonte em perodos que variam de 24 horasat meses consecutivos.

    Dimenses da Terra Dimetro polar: 12.713 km Dimetro equatorial: 12.756 km Circunferncia polar: 40.009 km Circunferncia equatorial: 40.076 km rea da Terra: 148.000.000 km2

    rea das superfcies lquidas: 364.000.000 km2

    rea total da Terra: 512.000.000 km2

    Volume: 1.083.000.000 km3

    Massa: 6 sextilhes de toneladas

    A durao dos dias e das noites variasegundo as estaes do ano e tambm emfuno das latitudes.

    Hemisfrio sulverooutonoinverno

    primavera

    Hemisfrio norteinverno

    primaveravero

    outono

    Data aproximada21 de dezembro

    21 de maro21 de junho

    23 de setembro

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    Em 21 de junho, temos o SOLSTCIO de inverno nohemisfrio sul. Observe que o extremo sul do mapa-mndi ficaotalmente na escurido, durante 24 horas.

    Em 21 de dezembro, temos outro SOLSTCIO: agora o devero, no hemisfrio sul. Os dias so mais longos que as noites.A regio sul a que fica mais exposta aos raios solares.

    5. AS FASES DA LUA

    So os diferentes aspectos apresentados pela Luadurante o seu movimento de revoluo ao redor da Terra.As principais fases so Lua Nova, Lua Crescente, LuaCheia e Lua Minguante, com durao aproximada de7 dias cada uma.

    Lua Nova ou Novilnio quando a Lua se encontraentre o Sol e a Terra. nessa fase que podem ocorrer oseclipses solares, em determinadas condies, queresultam da projeo do cone da sombra da Lua sobrea Terra.

    Lua Crescente ou Quarto Crescente ou 1.a Quadra-tura, perodo que comea 7 dias aps a Lua Nova. Nessa

    fase, no h ocorrncia de eclipses. Lua Cheia ou Plenilnio perodo que comea

    7 dias aps o Quarto Crescente, quando a Lua seencontra em oposio ao Sol. nessa fase que podemocorrer, em certas condies, os eclipses lunares queresultam da projeo do cone de sombra da Terra sobrea Lua, ocultando-a total ou parcialmente.

    Lua Minguante ou Quarto Minguante ou 2.a Qua-dratura perodo que se inicia 7 dias aps a Lua Cheia.

    Nessa fase, no h formao de eclipses.

    6. OS ECLIPSES

    Eclipses solares podem ocorrer quando a Luase encontra na mesma direo do Sol, portanto emconjuno, ou seja, quando temos Lua Nova. Paraque ocorra o eclipse, necessrio que haja um

    perfeito alinhamento entre os trs astros (e que elesestejam sobre um mesmo plano).

    A = rea de eclipse total

    B = reas de eclipses parciais Eclipses lunares podem ocorrer quando a Lua

    est em oposio ao Sol (Lua Cheia). Para queocorra o eclipse, necessrio que haja um perfeitoalinhamento entre os trs corpos celestes e que elesestejam em um mesmo plano.

    Os movimentos de rotao e revoluoda Lua tm a mesma durao: 27 dias,7 horas e 43 minutos.

    Coordenadas GeogrficasMDULO 2

    1. ROSA-DOS-VENTOS

    formada pelos pontos cardeais, colaterais esubcolaterais.

    Cardeais norte, sul, leste e oeste.

    Colaterais ficam entre os pontos cardeais:

    nordeste (NE) entre o norte e o leste;sudeste (SE) entre o sul e o leste;sudoeste (SO) entre o sul e o oeste;noroeste (NO) entre o norte e o oeste.

    Subcolaterais ficam entre os pontos cardeais

    e os colaterais:

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    NNE = nor-nordeste SSO = su-sudoesteENE = es-nordeste OSO = oes-sudoesteESE = es-sudeste ONO = oes-noroesteSSE = su-sudeste NNO = nor-noroeste

    2. COORDENADAS GEOGRFICAS

    Estudaremos, inicialmente, alguns termos utilizadospara a determinao das coordenadas geogrficas.

    As coordenadas geogrficas referem-se ao conjuntode linhas imaginrias traadas sobre a superfcie terrestre,tendo por finalidade a localizao dos acidentesgeogrficos. Para determinarmos as coordenadas de umarea, utilizaremos os meridianos e paralelos na definiode latitude e longitude.

    Meridianos

    So crculos mximos que passam pelos polos. Omeridiano principal o de Greenwich (subrbio deLondres), que divide a Terra em dois hemisfrios: oci -dental e oriental. A ele associamos o 0 da contagem daslongitudes (figura 1).

    ParalelosSo crculos menores cujos planos so paralelos ao

    Equador, que o crculo mximo perpendicular ao eixode rotao da Terra e a divide em hemisfrios norte e sul

    (fig. 2).

    Existem paralelos especiais, identificados na figura 3,que definem as zonas climticas da Terra.

    3. LATITUDE E LONGITUDE

    Latitude a distncia medida (arco de meridiano),em graus, de um ponto qualquer da superfcie terrestreao Equador, variando de 0 a 90 graus para o norte (+)ou para o sul ().

    Longitude a distncia medida, em graus, de umponto qualquer da superfcie terrestre ao Meridiano de

    Greenwich, variando de 0 a 180 graus para o leste oupara o oeste.

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    1. DEFINIO

    A cartografia corresponde a um conjunto de tcnicascuja finalidade a elaborao de mapas.

    Numa representao cartogrfica, os elementosmais importantes so:

    tema orientao escala legenda projeo

    TemaSabendo-se que um mapa uma representao da

    ealidade, e no a prpria realidade, conclui-se que elepode ser produzido visando representar essa realidadede uma maneira muito particular.

    O tema de uma representao cartogrfica qualquer,seja um cartograma, mapa ou um esquema cartogrfico,corresponde ao assunto mapeado ou propriamenteepresentado. So infinitos os temas das representaes

    cartogrficas. Exemplos:

    EscalaA escala de um mapa uma relao de proporo

    entre a realidade e sua representao. A escala 1:100deve ser lida: 1 sobre 100, ou seja: 1/100.

    A escala pode ser grfica ou numrica.

    Orientao

    Num mapa, a indicao de orien-tao feita pela apresentaoda Rosa-dos-Ventos.Sua ausncia pode signi ficar que osentido de orientao estsubentendido, admitindo-se que aparte superior do mapa corres-ponde ao NORTE, ou, ento,

    que, para aquele mapa especificamente, o sentido da

    orientao no fator importante de interpretao.

    LegendaTraz instrues para a interpretao dos elementos

    representados no mapa.

    2. PROJEES CARTOGRFICAS

    A projeo um recurso que permite a represen-tao da Terra, superfcie aparentemente esfrica, numasuperfcie plana (o mapa), ou seja, consiste em seprojetar a rede de paralelos e meridianos da esferaterrestre sobre um plano. Como a esfera no pode serperfeitamente planificada, todos os tipos de projeesso acompanhados de alguma deformao.

    H trs tipos bsicos de projees: cilndricas, cnicase polares ou planas. Essas projees tm dado lugar amuitas outras baseadas em cl culos matemticos. Entre asprojees mais conhecidas, figuram: a de Mercator, aortogrfica, a de Mollweide e a de Goode.

    Veja a sequncia cartogrfica nas figuras 1, 2, 3, e 4:

    Figura 1 A Terra

    tem forma esferoidal.

    Figura 2 Para representar sua superfcie curva sobre umplano, teramos que dividi-la em partes, como fazemos ao

    descascar uma laranja.

    Fig. 3 O resultado seria uma srie de segmentos, cuja super-

    fcie seguiria uma curva.

    Elementos de CartografiaMDULO 3

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    Fig. 4 Ao unir esses segmentos numa superfcie plana

    contnua, produzir-se-iam necessariamente deformaes como

    as que vemos aqui. Por isso, os mapas nunca podem

    representar exatamente a superfcie terrestre.

    Projeo de MercatorNessa projeo, os meridianos e os paralelos so

    linhas retas que se cortam em ngulos retos. Corres-ponde a um tipo cilndrico pouco modificado. Nela asregies polares aparecem muito exageradas.

    Projeo de Mercator ou cilndrica equatorial.

    Projeo de PetersAs retas perpendiculares aos paralelos e as linhas

    meridianas tm intervalos menores. Assim, tem-se comoresultado na representao das massas continentais umsignificativo achatamento no sentido leste-oeste e adeformao no sentido norte-sul, na faixa compreendidaentre os paralelos 60 norte e sul e acima destes at ospolos, dando a impresso de alongamento da Terra.

    Projeo cilndrica equivalente de Peters.

    Projeo ortogrficaEla nos apresenta umhemisfrio como se ovssemos a grande distn-cia. Os paralelos mantmseu paralelismo e osmeridianos passam pelospolos, como ocorre naesfera. As terras prximas

    ao Equador aparecemcom forma e reas cor-

    retas, mas os polos apresentam maior deformao.

    Projeo cnicaNessa projeo, os meridianos convergem para os

    polos e os paralelos so arcos concntricos situados aigual distncia uns dos outros. So utilizados para mapasde pases de latitudes mdias.

    Projeo cnica.

    Projeo de MollweideNessa projeo, os paralelos so linhas retas e os

    meridianos, linhas curvas. Sua rea proporcional daesfera terrestre, tendo a forma elptica. As zonas centraisapresentam grande exatido, tanto em rea como emconfigurao, mas as extremidades apresentam grandesdistores.

    Projeo de Mollweide.

    Projeo de Goode,que modifica a de Mollweide

    uma projeo descontnua, pois tenta eliminar vriasreas ocenicas. Goode coloca os meridianos centrais daprojeo correspondendo aos meridianos quase centrais

    dos continentes para lograr maior exatido.

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    A cartografia temtica corresponde poro dacincia cartogrfica que trata de representaes deenmenos, visando atender a objetivos especficos.

    Sendo o mapa uma representao da realidade, o temade uma carta, ou representao, ele pode ser variado erazer apenas elementos interessantes a uma determi-

    nada funo ou ptica de anlise.Exemplos de cartas temticas:

    Regies geoeconmicas brasileiras.

    Histrico.

    Altimtrico.

    Hipsomtrico.

    A Cartografia TemticaMDULO 4

    Projeo de Goode.

    Projeo polar ou azimutal muito utilizada na

    aviao.Traz a sua poro cen-

    tral representada com fi-delidade; as deforma-es ocorrem a partir doponto central em direo poro perifrica da

    representao.Projeo

    estereogrfica polar

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    Unidades de relevo. Topogrfico.

    1. DIVISO POLTICA DO BRASIL

    O Brasil ocupa uma rea de 8.514.215,3 quilmetrosquadrados, abrangendo cerca de 47% do continente sul-americano. uma Repblica federativa formada por 26

    Estados e pelo Distrito Federal, onde se localiza a capitaldo Pas.Os mais novos Estados brasileiros so Tocantins,

    Roraima e Amap, criados pela Constituio de 1988.Os Estados so divididos em municpios, e estes em

    distritos. A cidade a sede do municpio, e a vila asede do distrito.

    O Espao BrasileiroMDULO 5

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    2. DIVISO REGIONAL

    As cinco grandes regiesgeoeconmicas que cons-

    ituem a diviso regional do Brasil so formadas por

    extensos blocos territoriais caracterizados pela domi-

    nncia de certo nmero de traos comuns (fsicos,humanos, econmicos e sociais) que as tornam bem

    distintas umas das outras.

    3. FUSOS HORRIOS

    A Terra gira em torno de seu eixo, de oeste para leste,

    completando uma rotao de 360 em 24 horas. Portanto,podemos dividir a superfcie terrestre em 24 fusos

    delimitados por meridianos distantes 15 de longitude.

    Existem 24 fusos de 15 cada um (24 x 15 = 360); 12

    fusos a leste e12 fusos a oeste do Meridiano de Greenwich.

    Como a Terra gira de oeste para leste, a hora

    aumenta para leste e diminui em direo ao oeste, a partir

    de qualquer ponto da superfcie terrestre.

    Ao ser estabelecido o sistema dos fusos horrios, foi

    necessrio determinar a partir de qual se comearia a

    contar o novo dia. A linha que define o incio do novo dia do

    calendrio se denomina Linha Internacional deMudana de Data e atravessa o Pacfico de polo a polo,

    sem passar por nenhum pas importante.

    ALinha Internacional de Mudana de Data no corres-

    ponde exatamente ao meridiano de 180 e apresenta

    desvio, para impedir que atravesse algumas ilhas do

    Pacfico.

    De acordo com o sistema dos fusos horrios, podemos

    observar que todos os fusos apresentam horrios definidos

    em relao a Greenwich (GMT GREENWICH MERIDIUM

    TIME). Assim, se uma localidade estiver situada trs fusos

    (45) a leste do GMT, estar com trs horas adiantadas em

    %

    11,0

    6,6

    6,4

    6,2

    5,7

    100,0

    rea (km2)

    17.075.400,0

    9.976.137,0

    9.551.000,0

    9.336.751,0

    8.514.215,3

    149.400.000,0

    Pas

    Rssia

    Canad

    China

    Estados Unidos

    Brasil

    Terras emersas

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    relao ao horrio de GMT.Convm lembrar que todos os pontos situados ao

    longo de um mesmo fuso possuem oficialmente o mesmohorrio.

    4. FUSOS HORRIOS DO BRASIL

    Sabendo-se que 15 (medida de um fuso horrio),na altura do Equador, corresponde a 1.665 km (1 =

    = 111,1 km), fcil entender que o Brasil, por possuirmais de 4.000 km de distncia no sentido leste-oeste,dever ter mais de um fuso horrio.

    Assim, se forem consideradas as ilhas ocenicasbrasileiras, chega-se concluso de que o Brasil possuitrs fusos horrios, todos atrasados em relao aGreenwich, j que o Pas est situado totalmente nohemisfrio ocidental.

    Os trs fusos horrios so:

    o primeiro fuso horrio brasileiro estatrasa do duas horas em relao a Greenwich e nele

    esto situadas to-somente as nossas ilhas ocenicas(Fernando de Noronha, Arquiplago de So Pedro e SoPaulo, Trindade, Martim Vaz e Atol das Rocas);

    o segundo fuso horrio brasileiro atra-sado trs horas em relao a Londres, constitui a horalegal do Brasil (hora de Braslia) e nele esto situadostodos os Estados litorneos, inclusive o Par, mais oAmap, Tocantins, Gois e o Distrito Federal;

    o terceiro fuso horrio brasileiro atrasadouma hora em relao a Braslia e quatro horas em rela-o a Greenwich, compreende os Estados de MatoGrosso, Mato Grosso do Sul, Rondnia, Amazonas,Roraima e Acre.

    A atual diviso horria do Brasil foi estabelecida pelaLei 11.662, em 24 de abril de 2008. Assim, com essanova diviso de fusos, temos as seguintes mudanas:acabou o quarto fuso horrio brasileiro, o Par e oAmazonas passaram a ter um nico fuso horrio (antes

    tinham dois), o Acre e o oeste do Amazonas passarampara o 3. fuso, o Par ficou totalmente no 2. fuso.

    Urbanizao: Evoluo e ConceitosMDULO 6

    1. HBITATS

    Genericamente so os locais de habitao, demoradia dos seres vivos. No caso do homem, h doistipos de hbitats: o rural e o urbano.

    Hbitat ruralO local de habitao o campo; a relao econ-

    mica se d com o setor primrio da economia (agri-cultura, pecuria, caa, pesca etc.). No Brasil, h doistipos:

    DispersoAs habitaes se encontram distantes entre si,

    podendo ser ordenadas (quando seguem um eixo deorientao) ou desordenadas (quando no h eixo).

    Aglomerado

    As habitaes esto prximas entre si, denotandovizinhana. H basicamente quatro tipos:

    a) Nucleados, quando as habitaes se aglome-ram dentro de grandes propriedades.

    b) Povoados, quando as habitaes se encontramprximas entre si dentro de pequenas propriedades.

    c) Colnias, quando as habitaes esto dentro depequenas ou grandes propriedades, mas so constitu-das por imigrantes.

    d) Aldeias, quando formaes caractersticas daEuropa Medieval persistem em algumas regies.

    Hbitat urbanoAs habitaes se distribuem pelas cidades (no

    Brasil, segundo o IBGE, a sede dos municpios). As resi-dncias so mais prximas, e as relaes sociais somais intensas, bem como a mobilidade social. No Brasil,

    a urbanizao comeou a se intensificar na dcada de1930, com o governo de Getlio Vargas, que incentivoua industrializao, provocando contnuo xodo rural emdireo s cidades. O crescimento desordenado das ci-dades causa diversos problemas, como ausncia demoradias, desemprego, marginalidade econmica, inse-gurana, comprometimento da infraestrutura, entreoutros.

    2. CLASSIFICAO DE CIDADES

    OrigensSo as formas pelas quais a cidade surge. H dois

    tipos: as espontneas ou naturais (provm de umaatividade que no era urbana) e as planejadas ou ar-tificiais (que so criadas artificialmente com base em umplano previamente estabelecido). Tipos de cidades es-pontneas:

    feitorias: So Vicente, Cabo Frio. defesa: Fortaleza, Manaus, Belm. misses religiosas: So Paulo, Guarapari. minerao: Ouro Preto, Cuiab.

    entroncamento ferrovirio: So Roque, Bauru.

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    Posio geogrficaAs cidades so classificadas de acordo com o

    enmeno geogrfico que condiciona a sua estrutura.Exemplos:

    fluvial: Juazeiro, Porto Alegre, Manaus. martima: Rio de Janeiro, Santos. litornea: Cubato, ltabuna. interiorana: Campinas, Bauru, Uberaba.

    Stio urbanoRefere-se s caractersticas do espao no qual a

    cidade se estabeleceu. Assim, temos: acrpole ou colina: So Paulo e Salvador. plancie: Manaus, Belm e Santarm. planalto: Braslia e Cuiab. montanha: Ouro Preto e Campos do Jordo. insular: So Lus, Vitria, Florianpolis.

    Funo urbanaAs cidades so classificadas quanto principal

    uno exercida, avaliada pelo PIB. Exemplos: comercial: So Paulo, Campina Grande. industrial: Volta Redonda, Sorocaba. religiosa: Aparecida, Juazeiro do Norte. administrativa: Braslia, Florianpolis. estao de sade: Campos do Jordo, guas

    de Lindoia. turstica: Guaruj, Parati. porturia: Santos, Rio Grande.

    Hierarquia urbana

    Convencionou-se classificar as cidades pelo grau denfluncia que exercem sobre uma determinada regio,ou mais precisamente por sua capacidade de polari-zao do espao. Essa rea de influncia recebe adenominao, no Brasil, de regio polarizada. Assim, ascidades passaram a ser classificadas, segundo suamaior ou menor capacidade de polarizao do espao,em metrpoles nacionais e regionais, capitaisregionais e centros regionais.

    Megacidades

    As megacidades so aquelas que apresentam maisde 10 milhes de habitantes, e as cidades globais so oscentros da economia mundial.

    Cidades globaisAs cidades globais so definidas por sua forte

    nfluncia econmica regional e internacional. Sendomodernos centros financeiros e sedes de grandes corpo -raes multinacionais, as cidades globais coordenam aeconomia globalizada e irradiam o progresso tecnol-gico pelo planeta. H 55 centros urbanos que podem serconsiderados cidades globais, e a maioria est con -centrada nas naes mais ricas do mundo, como Nova

    Iorque, Londres e Tquio. So Paulo e Rio de Janeiro sometrpoles globais.

    Tecnpole (Tecnopolo)

    3. REGIES METROPOLITANAS

    Foram criadas por leis federais de 1972 e 1973, como objetivo de permitir o planejamento integrado dos muni-

    cpios que compunham as regies metropolitanas. Soelas:

    Porto Alegre: compe-se de 28 municpios, so-mando 3,6 milhes de habitantes. Sua influncia esten-de-se a Santa Catarina e para alm das fronteiras com aArgentina e o Uruguai.

    Curitiba: a rea metropolitana constituda por 25municpios, com 2,7 milhes de habitantes. Sua influ-ncia estende-se a Santa Catarina e fronteira com oParaguai.

    So Paulo: a maior metrpole do Brasil, com cerca

    de 17,8 milhes de habitantes em 2000. Sua enorme va-riedade de servios torna-a uma das mais influentes doBrasil, abrangendo uma rea que compe o sul de Mi-nas, o norte do Paran, o Mato Grosso do Sul, o MatoGrosso, Rondnia e sul de Gois. Possui 39 municpiosconurbados.

    Rio de Janeiro: com 19 municpios, possui cercade 10 milhes de habitantes e estende sua influnciapelo sul de Minas Gerais e Esprito Santo. Exerce grandeinfluncia cultural.

    Vitria: passa a ser considerada metrpole em

    1995; exerce influncia nas fronteiras prximas de Minase sul da Bahia. Possui 1,4 milho de habitantes e constituda por seis municpios.

    Belo Horizonte: com 33 municpios e 4,8 milhesde habitantes, tem parte de sua influncia subtrada porSo Paulo e Rio de Janeiro. Atinge o norte de Minas, sulda Bahia e proximidades de Gois.

    Braslia: reconhecida como metrpole em 1998,constitui-se das cidades-satlites do Distrito Federal. Suainfluncia estende-se a Gois, Mato Grosso e Tocantins.

    Salvador: metrpole baiana, formada por dez

    municpios e possui 3,0 milhes de habitantes. Sua in-fluncia estende-se ao interior dos Estados nordestinos,atingindo tambm Sergipe.

    Recife: metrpole com 14 municpios e 3,3 milhesde habitantes, estende sua influncia a Alagoas, ao sul,e a Paraba e Rio Grande do Norte, ao norte.

    Fortaleza: no Cear, essa metrpole estende suainfluncia ao Piau e Maranho. formada por 13 muni-cpios e possui cerca de 2,9 milhes de habitantes.

    Belm: metrpole regional de maior rea de influn-cia que se estende por toda a regio amaznica, atin-gindo todos os Estados da Regio Norte. Possui a menorpopulao entre as metrpoles regionais (cerca de 1,7

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    milho de habitantes) e apenas cinco municpios conur-bados.

    Apesar de definidas conceitualmente como o resul -tado da integrao poltica, econmica e administrativaentre duas ou mais cidades, as regies metropo-litanas, segundo a Constituio brasileira, podem serconstitudas por agrupamentos de municpios limtrofes,com o objetivo de integrar a organizao, o planejamentoe a execuo de funes pblicas de interesse comum.

    4. NOVA CLASSIFICAO DAHIERARQUIA URBANA BRASILEIRA

    Nos ltimos anos, o IBGE Instituto Brasileiro deGeografia e Estatstica realizou estudos sobre a redeurbana brasileira, dos quais derivou uma nova forma declassificao das cidades, segundo seu papel na eco -nomia do Pas ou, mais especificamente, na diversidadede suas atividades econmicas, na concentrao decentros de deciso e, consequentemente, em sua

    capacidade de polarizao do espao.Trs estruturas distintas foram identificadas geo -

    graficamente na rede urbana brasileira: o Centro-Sul, oNordeste e o Centro-Norte, que se diferen ciam pelo

    nvel do adensamento de suas redes de cidades e pelograu de complementaridade entre os ncleos urbanosque as compem.

    Insertos nessas trs estruturas, h 12 sistemasurbanos regionais que delimitam as reas de influn-cia das cidades mais importantes, onde as demaiscidades, sob sua influncia direta, vo buscar bens eservios, como educao e sade.

    Nessa nova proposta de classificao, foram identi -ficadas ainda 111 cidades, que constituem os centrosmais dinmicos e influenciam a distri buio e aevoluo dos municpios pelo territrio nacional.

    Essas 111 cidades, segundo o estudo do IBGE,esto assim classificadas:

    Metrpoles diferenciadas, quanto ao nvel deinfluncia, em trs categorias:

    metrpoles globais: So Paulo e Rio de Ja-neiro;

    metrpoles nacionais: Porto Alegre, Curitiba,Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Braslia;

    metrpoles regionais: Campinas, Belm eGoinia.

    Centros regionais: Campo Grande, RibeiroPreto, Cuiab e So Jos dos Campos.

    Atualmente, o IBGE reconheceu 26 regies metropolitanas, conforme a tabela a seguir.

    No. de habitantes20.878.703

    11.894.156

    5.119.288

    4.158.3763.737.5653.471.572

    3.494.6893.352.276

    3.326.566

    2.938.1482.195.536

    1.939.5161.774.665

    1.625.587

    1.270.6881.143.3211.089.182

    1.026.301

    916.315747.854

    663.073638.846

    574.202475.589

    424.747

    424.591

    79.301.352

    Regio01. So Paulo (SP)

    02. Rio de Janeiro (RJ)

    03. Belo Horizonte (MG)

    04. Porto Alegre (RS)05. Recife (PE)06. Salvador (BA)

    07. Fortaleza (CE)08. Regio Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (RIDE)

    09. Curitiba (PR)

    10. Campinas (SP)11. Belm (PA)

    12. Goinia (GO)13. Baixada Santista (SP)

    14. Vitria (ES)

    15. So Lus (MA)16. Natal (RN)17. Macei (AL)

    18. Norte/Nordeste Catarinense (SC)

    19. Florianpolis (SC)20. Londrina (PR)

    21. Vale do Ao (MG)22. Vale do Itaja (SC)

    23. Maring (PR)24. Foz do Rio Itaja (SC)

    25. Carbonfera (SC)

    26. Tubaro (SC)

    Total

    POPULAO DAS REGIES METROPOLITANAS DO BRASIL EM 2009

    185

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    22/40

    186

    As regies metropolitanas foram institudas, nadcada de 1970, por Leis Complementares Federais. ALei Complementar 14, de 8 de junho de 1973, criou: SoPaulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador,Recife, Fortaleza e Belm; a Lei Complementar 20, de 1o.

    de julho de 1974, instituiu o Rio de Janeiro.Atualmente, as 26 regies metropolitanas concen-tram 413 municpios, habitados por aproximadamente 81

    milhes de pessoas, ocupando menos de 2% doterritrio nacional e 40% da populao do Brasil.

    Regies Metropolitanas do BrasilNo quadro a seguir, so listadas as regies

    metropolitanas do Brasil e respectivos Estados,legislao, data de criao, nmero de municpiosintegrantes e municpio-sede:

    IBGE, Censo Demogrfico 2000. Elaborao: Emplasa, 2000.

    1 Uma das nove primeiras regies metropolitanas institudas no Pas, em 1973 e 1974.2 A Ride composta de municpios dos Estados de Minas Gerais e Gois e do Distrito Federal.3 No inclui o Colar Metropolitano da Regio Metropolitana de Belo Horizonte, institudo pela LCE 56, de 12/1/2000, e o Colar

    Metropolitano da Regio Metropolitana do Vale do Ao, criado pela LCE 51, de 30/12/98.4 Inclui o Ncleo Metropolitano e a rea de Expanso Metropolitana.5 A lei que criou a Regio Metropolitana do Vale do Ao no define qual o municpio-sede, mas Ipatinga o municpio-polo da

    Regio.

    Municpio-Sede

    Macei

    Salvador

    Fortaleza

    Braslia

    Vitria

    Goinia

    So Lus

    Belo Horizonte

    Ipatinga

    Belm

    Curitiba

    Londrina

    Maring

    Recife

    Rio de Janeiro

    Natal

    Porto Alegre

    Florianpolis

    Blumenau

    Joinville

    Itaja

    Cricima

    Tubaro

    So Paulo

    Santos

    Campinas

    No. Atual deMunicpios

    11

    10

    13

    21

    6

    11

    4

    34

    26

    5

    25

    6

    8

    14

    20

    6

    31

    22

    16

    20

    9

    10

    18

    39

    9

    19

    Data deCriao

    19/11/1998

    08/06/1973

    08/06/1973

    19/02/1998

    21/02/1995

    30/12/1999

    12/01/1998

    08/06/1973

    30/12/1998

    08/06/1973

    08/06/1973

    17/06/1998

    17/07/1998

    08/06/1973

    1/07/74

    16/01/1997

    08/06/1973

    06/01/1998

    06/01/1998

    06/01/1998

    06/01/1998

    09/01/2002

    09/01/2002

    08/06/1973

    30/07/1996

    19/06/2000

    Legislao

    LCE 18/98

    LCF 14/73

    LCF 14/73

    LCE 94/98

    LCE 58/95

    LCE 27/99

    LCE 38/98

    LCF 14/73

    LCE 51/98

    LCF 14/73

    LCF 14/73

    LCE 81/98

    LCE 83/98

    LCF 14/73

    LCE 20/74

    LCE 152/97

    LCF 14/73

    LCE 162/98

    LCE 162/98

    LCE 162/98

    LCE 221/2002

    LCE 221/2002

    LCE 221/2002

    LCF 14/73

    LCE 815/96

    LCE 870/2000

    RegiesMetropolitanas

    RM de Macei

    RM de Salvador 1

    RM de Fortaleza 1

    Regio Integrada de

    Desenvolvimento do Distrito

    Federal e Entorno (Ride)2

    RM de Vitria

    RM de Goinia

    Grande So Lus

    RM de Belo Horizonte 1 e 3

    RM do Vale do Ao 3

    RM de Belm 1

    RM de Curitiba 1

    RM de Londrina

    RM de Maring

    RM de Recife 1

    RM do Rio de Janeiro 1

    RM de Natal

    RM de Porto Alegre 1

    RM de Florianpolis 4

    RM do Vale do Itaja 4

    RM do Norte/Nordeste

    Catarinense 4

    RM da Foz do Rio Itaja 4

    RM Carbonfera 4

    RM de Tubaro 4

    RM de So Paulo 1

    RM da Baixada Santista

    RM de Campinas

    Estados

    AL

    BA

    CE

    DF

    ES

    GO

    MA

    MG

    PA

    PR

    PE

    RJ

    RN

    RS

    SC

    SP

    As Regies Metropolitanas do BrasilMDULO 7

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    187

    Regies Metropolitanas do Estado de So Paulo

    IBGE, IGC, Secretaria de Estado da Fazenda e Estimativa Emplasa DIF/CIE.Elaborao: Emplasa CIE / CMC 2002.

    rea, Populao e PIBRegies Metropolitanas Complexo

    MetropolitanoExpandidoSo Paulo Campinas Baixada Santista

    reaKm2

    Estado (%)Brasil (%)

    8 0513,240,09

    3 6731,480,04

    2 3730,950,03

    42 73717,18

    0,50

    Populao 2009HabitantesEstado (%)Brasil (%)

    20 878 70346

    10,50

    2 638 1486,301,40

    1 676 8204,000,90

    26 294 40871,1315,51

    Produto InternoBruto 2000

    US$ BiEstado (%)Brasil (%)

    99,1047,6016,70

    25,0012,004,20

    7,403,601,20

    165,1079,3027,70

    Grande So PauloIndstria diversificada, polo financeiro consolidado, centros de produo cientfica e produo tecnolgica.

    Regio Metropolitana da Baixada SantistaFormao pr-metropolitana. Diversificao e especializao em fase inicial. Polo turstico.

    Regio de CampinasIndstrias modernas e produo de tecnologia de ponta, tecnopolos. Grandes centros universitrios.

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    1. IMIGRAES

    At 1808, eram proibidas as entradas no Brasil degrupos que no fossem portugueses. Com a indepen-dncia, a imigrao foi liberada e incentivada. Entre 1830e 1930, entraram no Brasil aproximadamente 5 milhes

    de imigrantes. Os principais grupos foram:

    Alemes (1850-1870 perodo de maiorentrada)Concentraram-se no Sul. Fundaram no Rio Grande

    do Sul, onde foram os pioneiros, junto aos Rios Sinos,Ca e Taquari (afluentes do Jacu), So Leopoldo e NovoHamburgo. Em Santa Catarina, fixaram-se junto ao Valedo Rio ltaja, fundando as cidades de Blumenau,Joinville, Brusque e outras. Introduziram no Brasil aspequenas propriedades com trabalho familiar,praticando a policultura voltada para o consumo. Trou-xeram caractersticas culturais (lngua, religio) e tiveramproblemas de adaptao.

    Eslavos poloneses, ucrania nos erussos (1870-1886 perodo de maiorentrada)Concentraram-se no Paran, dirigindo-se inicial-

    mente para o interior, onde trabalharam na agricultura eno extrativismo vegetal. Fundaram cidades como Ponta

    Grossa e tambm tiveram problemas de adaptao.

    Italianos (1870-1914 perodo de maiorentrada)Depois dos portugueses, foi o grupo mais numeroso

    a entrar no Brasil. Vieram em duas levas. O primeiro

    grupo (1870-1886) foi levado ao Sul e estabeleceu-senicialmente: em Santa Catarina, no Vale do Rio Tubaro,

    fundando Nova Veneza, Nova Trento, Cricima; no RioGrande do Sul, fundando Caxias do Sul, Garibaldi,

    Farroupilha, Flores da Cunha e Bento Gon alves. Essegrupo introduziu a uva, que, mais tarde, tornou-se a baseda indstria vincola. O segundo grupo, mais numeroso,

    veio para So Paulo trabalhar no plantio de caf,substituindo a mo de obra escrava. Mais tarde, dei-

    xando a atividade rural, dirigiu-se para a capital, dedi-cando-se a atividades industriais. Deixou marcasculturais profundas na cidade.

    Japoneses (a partir de 1908)Atrados pelo caf, vieram para o Estado de So Paulo,

    estabelecendo-se em cinco diferentes regies: oeste doEstado (regio de Bauru, Marlia e cercanias), plantandocaf e depois diversas outras culturas; Vale do Paraba,

    com o plantio de arroz e atividades granjeiras; Vale doRibeira (sul do Estado), com o cultivo do ch; periferia deSo Paulo, capital, com hortifrutigranjeiro; So Paulo,capital, com atividades tercirias. Grupos de descendentesde japoneses nascidos no Brasil empreenderam, nasdcadas de 1980 e 1990, um retorno ao Japo em buscade melhores oportunidades.

    2. MIGRAES INTERNAS

    Os movimentos migratrios so provocados pordesequilbrios regionais do Pas. Os diferentes graus dedesenvolvimento das regies tornaram algumas delaspolos de atrao e outras, polos de repulso.

    No Brasil, um dos polos de repulso mais impor-tantes continua a ser o campo, graas sua mecanizao,aos baixos salrios, modernizao agrcola, concentrao de terras e precria infraestrutura. Oxodo rural se faz em direo a cidades onde,supostamente, h mais oportunidades e melhorescondies de vida. O processo causa o esvaziamento docampo e o crescimento desordenado das cidades comtodas as consequncias.

    Uma regio de repulso bastante importante oNordeste, notadamente o Serto, onde as condies cli -mticas e a concentrao de terra tornam a vida muito difcil.Sendo esse um movimento que se processa desde temposcoloniais, hoje em dia os nordestinos dirigem-seprincipalmente para o Sudeste, para as grandes cidades oupara o Norte, em busca de terra ou garimpo.

    Na dcada de 1980, obteve destaque o xodo dos su-listas, pressionados pelas mudanas na estrutura fundiriae pela mecanizao do campo. Sua retirada levou-os emdireo s frentes agrcolas pioneiras do Centro-Oeste edo Norte.

    Merecem destaque ainda as migraes das pe que-

    nas para as grandes cidades, o xodo urbano-urbano;as migraes sazonais, praticadas pelos boias-frias no

    Centro-Sul e pelos corumbas entre o Serto/agreste e a

    Zona da Mata a transumncia; o movimento dirio daparcela da populao urbana no sentido periferia-centro-

    periferia, o movimento pendular ou dirio.

    Movimentos MigratriosMDULOS 8 e 9

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    RELEVO DO OCEANO ATLNTICO

    1. RELEVO SUBMARINO

    Plataforma Continental ilhas costeiras

    Talude Continental

    Regio Abissal Cordilheiras Ocenicas,Dorsal AtlnticaIlhas Ocenicas

    2. LITORAL BRASILEIRO

    Pouco recortado, macio, caracterizado pela au-

    sncia de golfos e pennsulas.

    Extenso: 7.367 km.

    Temperaturas elevadas.

    Variao da Amplitude das Mars, diminuindo no

    sentido norte-sul.

    200 milhas martimas de guas territoriais.

    3. DIVISES DO LITORAL

    Litoral Norte, Setentrional ou Equatorial

    AP RN mangues, dunas e salinas

    Litoral Leste, Oriental ou Tropical

    RN RJ recifes, barreiras e salinas

    Litoral Sul, Meridional ou Subtropical

    RJ RS baixadas, falsias e formaeslacustres

    4. ILHAS OCENICAS

    Arquiplago de Fernando de Noronha, Ilha da Trindade,

    Ilha de Martim Vaz, Arquiplago de So Pedro e So Paulo,

    Atol das Rocas.

    Caractersticas Gerais: Salinidade,Correntes Martimas e a Atividade Pesqueira

    MDULO 10

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    190

    FRENTE 3 Geral

    Capitalismo e SocialismoMDULO 1

    1. CARACTERSTICAS

    DO SISTEMA CAPITALISTA

    Predomnio da propriedade privada ou parti-cular dos meios de produo.

    Trabalho assalariado.

    Livre concorrncia e livre-iniciativa, com a produ-o levando em considerao a relao existente entreoferta e procura (economia de mercado).

    Lucro como objetivo da produo.

    Sociedade dividida em classes sociais e de troca:a burguesia, que possui os meios de produo, e oproletariado, que vende sua fora de trabalho comomercadoria para sobreviver.

    2. CARACTERSTICAS DO SOCIALISMO

    Predomnio da propriedade pblica ouestatal dos meios de produo.

    Redistribuio de renda: o trabalho pagosegundo as necessidades individuais, levando-se emconta, claro, sua qualidade.

    Economia centralizada estatal, apresentandoplanificao estipulada para um perodo (quinquenal,trienal etc.).

    Produo destinada satisfao direta ou indiretadas necessidades sociais.

    Ausncia de classes sociais.

    1. CARACTERSTICAS DOS PASESSUBDESENVOLVIDOS OU PERIFRICOS

    Dependncia tecnolgica e financeira.

    Economia basicamente agrcola.

    Predomnio de populao ativa no setor primrio.

    Industrializao incipiente.

    Exportao de matrias-primas agrcolas e/ouminerais.

    Abundante mo-de-obra e baixos salrios.

    Forte ao de empresas transnacionais e multi-nacionais.

    Agricultura marcada pela ausncia de tcnicas,reduzida mecanizao e baixa produtividade.

    Precria rede de transportes e comunicaes.

    Baixa produo e baixo consumo de energia.

    Grandes desigualdades sociais.

    Elevada taxa de analfabetismo.

    Baixa renda per capita.

    Elevada taxa de natalidade, em razo da ausnciade controle, e elevada taxa de mortalidade, com desta-

    que para as elevadas taxas de mortalidade infantil.

    Predomnio de populao jovem (menos de 19anos).

    Baixo padro de vida.

    Grande endividamento externo.

    Baixo consumo de calorias por habitante.

    Predomnio de populao na rea rural.

    Desenvolvimento,Subdesenvolvimento e a Nova Ordem InternacionalMDULO 2

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    191

    DIVISO POLTICO-ECONMICA DO MUNDO 1945 A 1991

    2. CARACTERSTICAS DOSPASES DESENVOLVIDOS OU CENTRAIS

    Os pases desenvolvidos, avanados ou centraisapresentam as seguintes caractersticas:

    elevado nvel de industrializao;

    controle cientfico e tecnolgico;

    baixa taxa de analfabetismo;

    elevada renda per capita;

    elevado consumo de energia;

    predomnio dos setores secundrio e tercirio;

    elevado nvel alimentar;

    baixa taxa de natalidade;

    baixa taxa de mortalidade infantil;

    elevada esperana de vida;

    predomnio de produtos industrializados nas ex-portaes.

    3. A NOVA DIVISO

    INTERNACIONAL DO TRABALHO

    Algumas modificaes esto ocorrendo na divisointernacional do trabalho:

    Os pases do antigo bloco socialista ou doSegundo Mundo esto se integrando cada vez mais nocomrcio mundial, am pliando suas exportaes eimportaes, principalmente com os pases desenvol-vidos ou centrais.

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    192

    Os pases perifricos aumentaram muito as ex-portaes de bens industrializados e tambm o comrcioentre si.

    4. A NOVA ORDEM MUNDIAL

    Em 1945, surgiu a bipolaridade mundial, com adiviso do mundo em dois blocos econmicos e mili-

    tares: o capitalista, com influncia dos EUA, e o socia-ista, com a liderana da URSS.

    O fim da Guerra Fria, supunha-se, acabaria com umasrie de conflitos que pareciam no ter outra justificativa,mas o fato que, desde o desaparecimento do confrontoentre duas superpotncias EUA e URSS (esta ltimanem existe mais) , vrios conflitos surgiram ou, latentes,eclodiram, trazendo instabilidade Nova Ordemnternacional que se estabelece. A globalizao afirma-sea despeito desses conflitos, alguns at mesmo compotencial para se alastrar em escala regional e mundial.

    Tais conflitos, que comprometem a produo (agoraglobalizada), podem ou no ter uma soluo definitivaou paliativa, rpida ou lenta.

    A Guerra Fria acabou, mas inmeros conflitos rela-cionados a questes de ordem geopoltica ainda estopendentes muitos deles so herana da prpria GuerraFria; outros, anteriores Guerra Fria, permaneceramlatentes sob o jogo das superpotncias e agora vm tona. Alm das questes tnico-religiosas ou nacionais,

    esses conflitos questionam o prprio conceito de OrdemInternacional.Em 1990, com o fim da Guerra Fria e do Pacto de

    Varsvia e com a abertura econmica de pases socia-listas, uma nova ordem poltico-econmica se estabe-lece: a formao de blocos econmicos, ou seja, onascimento de um mundo multipolar.

    Nessa multipolaridade mundial, destacam-se: oJapo, como principal centro de decises no Pacfico; aUE (Unio Europeia); o bloco norte-americano (EUA,Canad e Mxico); outras naes que crescem emimportncia, como a China e os pases muulmanos.

    Nessa Nova Ordem Mundial, que caracteriza a dcada de 1990, fundamental analisarmos a globalizao da economia, o papel

    das multinacionais, o Estado-Nao e o destaque que vm ganhando o neoliberalismo e a socialdemocracia.

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    193

    Oriente Mdio AspectosNaturais, Humanos e EconmicosMDULOS 3 e 4

    1. ASPECTOS NATURAIS

    rea: 6.651.086 km2.

    Composio: 17 pases.

    Predomnio de planaltos.

    Centro: Plancie da Mesopotmia.

    Clima predominante: rido.

    Vegetao: xerfitas e estepes.

    Rios temporrios (Ueds). Excees: Rios Tigre,Eufrates e Jordo, que desgua no Mar Morto.

    2. ASPECTOS HUMANOS

    Aproximadamente 289,1 milhes de habitantes.

    Baixo padro de vida.

    Diversidade tnica e religiosa.

    Populao mal distribuda.

    Populao absoluta(no. habitantes)

    29.928.987

    26.417.599

    688.345

    780.133

    2.563.212

    20.727.063

    68.017.860

    26.074.9066.276.883

    5.759.732

    3.826.018

    3.001.583

    3.761.904

    863.051

    2.335.648

    18.448.752

    69.660.559289.132.225

    Populao relativahab. (km2)

    46,22

    13,47

    1.035,10

    84,33

    30,95

    39,25

    41,27

    56,65302,20

    62,40

    367,88

    14,12

    604,80

    75,46

    131,06

    99,62

    89,2443,47

    rea (km2

    )

    647.500

    1.960.582

    665

    9.250

    82.880

    527.970

    1.648.000

    437.07220.770

    92.300

    10.400

    212.460

    6.220

    11.437

    17.820

    185.180

    780.5806.651.086

    Pases

    Afeganisto

    Arbia Saudita

    Barein

    Chipre

    Emirados rabes Unidos

    Imen

    Ir

    IraqueIsrael

    Jordnia

    Lbano

    Om

    Palestina (Faixa de Gaza e Cisjordnia)

    Catar

    Kuwait

    Sria

    TurquiaOriente Mdio

  • 7/25/2019 1.1. Geografia - Teoria - Livro 1

    30/40

    194

    (*) % da populao que vive abaixo da linha internacional da pobreza.Obs. 1: As taxas de analfabetismo dos pases rabes so em geral bastante elevadas, em virtude da no alfabetizao das

    mulheres por causa das leis muulmanas.

    Obs. 2: A renda per capita, principalmente nos pases do Oriente Mdio, no reflete absolutamente a renda real de cada habitante.A concentrao de renda, bastante acentuada, justifica a extrema misria da populao.

    ALP (*)

    12

    53

    40

    18

    28

    20

    Taxa de

    mortalidade

    infantil ()4,69

    2,77

    6,5

    163,07

    11,18

    41,58

    7,03

    24,52

    41,04

    Renda per

    capita

    (US$/ano)30.700

    28.400

    40.100

    800

    12.000

    7.700

    20.800

    5.000

    7.400

    Taxa de

    analfabe-

    tismo (%)

    1

    3,0

    64,0

    11,2

    10,6

    4,6

    12,6

    13,5

    Expectativa

    de vida

    (em anos)83,40

    82,74

    77,71

    42,90

    77,55

    71,40

    79,32

    72,63

    72,36

    Taxa de

    mortalidade

    ()7,44

    10,36

    8,25

    20,75

    2,62

    5,55

    6,18

    6,24

    5,96

    Taxa de

    natalidade

    ()12,26

    10,36

    14,14

    47,02

    29,56

    16,83

    18,21

    18,88

    16,83

    Pas

    Austrlia

    Sucia

    Estados Unidos

    Afeganisto

    Arbia Saudita

    Ir

    Israel

    Lbano

    Turquia

    Religio

    islamismo (sunitas)

    islamismo (xiitas)

    judasmo

    islamismo (sunitas e xiitas)e cristianismo

    (catlicos, ortodoxos e

    maronitas)

    Etnia

    otomanos

    persas

    semitas

    semitas

    Pas

    Turquia

    Ir

    Israel

    Lbano

    3. ASPECTOS ECONMICOS

    Periferia do sistema capitalista.

    Agricultura:

    Mediterrnea no litoral: oliveiras, videiras.

    Mesopotmica (Iraque): frutas, arroz, cana.

    Irrigada com dessalinizao, destacando-se emIsrael.

    Pastoreio nmade: caprinos, ovinos, dromedrios.

    Petrleo: Golfo Prsico.

    Indstria incipiente, exceto em Israel, com desta-que para os segmentos siderrgico, qumico, naval,automobilstico, areo, blico e de cimento.

  • 7/25/2019 1.1. Geografia - Teoria - Livro 1

    31/40

    195

    1. ISRAEL

    Desde a sua criao, Israel enfrentou agresses de

    seus vizinhos. Eram muitos os desafios. O deserto incle-

    mente foi domado. Outrora s havia agricultura no litoral,

    uma atividade tradicional e pouco rentvel. Israel esta-

    beleceu comunidades irrigadas no deserto. A gua, tirou

    do mar e dessalinizou-a. O auxlio da comunidade judaica

    internacional foi fundamental ao pas que nascia em meio

    a uma srie de conflitos.

    Em 1948 e 1949, os confrontos foram de afirmao

    do espao nacional contra os rabes oponentes

    existncia do Estado judeu a Guerra de Independncia.

    Em 1956, ocorreu a Guerra do Suez contra o Egito

    do pan-arabismo de Gama Nasser, que se aproximara da

    URSS. Nesse conflito, Israel contou com o apoio das

    potncias ocidentais.

    Em 1967, na Guerra dos Seis Dias, Israel, sob a

    alegao de estar se antecipando a um ataque de foras

    rabes unidas em trs frentes norte, sul e leste , ocupou

    terras da Sria (Colinas de Gol), do Egito (a Faixa de

    Gaza e a Pennsula do Sinai) e da Jordnia (a Cisjordnia).

    Foi uma ofensiva que demonstrou o brilhantismo da inteli-

    gncia militar israelense e, at certo ponto, a superiori-

    dade ttica de suas Foras Armadas.

    Em 1973, aproveitando-se do feriado judaico do Dia

    do Perdo, os rabes, derrotados em 1967, desfecharam

    um ataque contra Israel, a Guerra do Yom Kipur. Israel

    conseguiu, aps duas semanas de combate, debelar o

    ataque rabe com o apoio do Ocidente, particularmente

    dos Estados Unidos. As naes rabes, no entanto,

    entenderam que o apoio ocidental a Israel contrariou seus

    interesses e comprometeu a soberania dessas regies.

    Assim, os pases do Golfo Prsico, que no estavam

    envolvidos no conflito diretamente, decidiram boicotar as

    exportaes de petrleo ao Ocidente e aumentaram os

    preos do barril de petrleo, dando incio primeira crise

    do petrleo.

    A crise israelo-palestina

    Em 1987, teve incio, nos territrios ocupados da

    Faixa de Gaza e da Cisjordnia, um movimento popular

    palestino denominado Intifada a guerra das pedras

    contra a ocupao israelense desses territrios, que j

    se estendia desde a Guerra dos Seis Dias, de 1967.

    A Intifada constituiu-se de uma ao popular que

    logo foi capitalizada pela OLP Organizao para a

    Libertao da Palestina, criada em 1964. A presso

    popular palestina, somada ao reposicionamento de

    interesses dos Estados Unidos na regio, tendo o

    governo de Tel Aviv como seu principal aliado regional,

    levou Israel a negociar o territrio pela paz.

    Os acordos de paz da dcada de 1990 significaram

    uma nova fase nas relaes entre Israel e os palestinos,agora representados pela ANP Autoridade Nacional

    Palestina. Estabeleceram o reconhecimento mtuo e um

    cronograma de transferncia de terras aos palestinos.

    No entanto, esse cronograma condicionava-se a pontos

    de discusso at hoje controversos:

    o statusde Jerusalm;

    o controle dos mananciais hdricos;

    o combate ao terrorismo;

    a questo dos refugiados palestinos;

    a remoo das colnias de judeus dos territrios

    ocupados.Esses pontos polmicos levaram a um impasse que

    fez com que grupos extremistas voltassem s prticas

    terroristas.

    Israel ainda desocupou o sul do Lbano, que havia

    ocupado em 1982, e mantinha desde essa poca uma

    zona de segurana no sul do pas, controlada pelo

    Exrcito libans do sul do Lbano, seu aliado. A retirada

    israelense soou como uma vitria do Hezbollah, que

    nunca havia negociado com Israel. O exemplo libans

    recrudesceu as relaes entre Israel e extremistas

    palestinos do Hamas e do Jihad.

    Oriente Mdio Principais ConflitosMDULO 5

  • 7/25/2019 1.1. Geografia - Teoria - Livro 1

    32/40

    196

    Em 2000, teve incio a segunda Intifada. Se aprimeira Intifada consistiu na ao popular contra aocupao militar israelense nos territrios ocupados, asegunda Intifada ampliou seu raio de ao. Agora, todosos judeus, e interesses israelenses, civis e militarestornaram-se potenciais alvos da ao de terroristas.

    A segunda Intifada fez explodir um confronto abertoentre o Estado e Israel, a ANP e grupos terroristas. Israel

    retomou territrios cedidos aos palestinos. A ANP foiacusada de estar impotente diante desses grupos. Aoposio a Yasser Arafat dentro da ANP cresceu; Israel,sob o governo de Ariel Sharon, e os Estados Unidos noconsideraram o lder palestino uma autoridade alturados graves problemas que mergulharam a regio namais intensa onda de violncia desde o incio da Intifada.

    Em 2003, houve vrias tentativas de acordos de paz,como o Mapa da Estrada e o Acordo de Genebra.Apesar disso, a construo de um muro isolando o norteda Cisjordnia foi motivo de forte tenso entre Israel e os

    palestinos.No decorrer de 2004, fatos importantes ocorreram em

    relao questo palestina. Israel, cansado de seratingido por ataques terroristas suicidas, movidos porgrupos palestinos como o Hamas, deu continuidade construo de um muro de cerca de 8 metros de altura,que se estendeu ao longo da fronteira da Cisjordnia por635 km. O muro parece ter surtido efeito, pois caiuradicalmente o nmero de atentados nas cidadessraelenses. Por outro lado, sua construo provocouprotestos, tanto da comunidade palestina quanto danternacional. Os palestinos contestam o isolamento quehes foi imposto, pois muitos trabalhadores palestinosabutavam em Israel e ficaram sem acesso ao trabalho.Os palestinos reclamam tambm que vrios mananciaisesto do lado israelense do muro. A ONU condenou aconstruo desse muro.

    Outro fato marcante, decorrido em fins de 2004, foi amorte do lder palestino Yasser Arafat. Ele era presidente daautoridade palestina e, nos ltimos anos, vivia isolado peloexrcito israelense num bunkerde uma cidade na Cisjordnia.

    Em 2005, Ariel Sharon devolveu totalmente a Faixa deGaza aos palestinos. Em 2006, o governo da AutoridadePalestina passou a ser exercido pelos grupos Hamas eFatah, que tornaram a se separar no final do ano e, a partirde 2007 o grupo Hamas governou a Faixa de Gaza e ogrupo Fatah se estabeleceu em Hamad, na Cisjordnia.Em dezembro de 2008 e janeiro de 2009, a Faixa de Gazaviveu forte tenso com a violncia entre Israel e o grupoHamas. Em 2009, Israel continuou a instalar assenta-mentos na Cisjordnia. Em outubro de 2009, os grupospalestinos Hamas e Fatah deveriam assinar um acordo de

    reconciliao, culminando com os esforos diplomticos

    de mediadores egpcios. O governo de Israel compro-meteu-se, no final de 2009, a congelar os assentamentosna Cisjordnia.

    Em 2010, Israel continuou o programa de assenta-mentos em Jerusalm e houve forte tenso com o Hamase a ajuda humanitria internacional oferecida a Gaza.

    Em 2011, os EUA defenderam um Estado Palestinocom base nas fronteiras pr-Guerra dos Seis Dias (1967).

    Pela proposta, Israel cederia Jerusalm Oriental e sairiade reas da Cisjordnia.

    2. QUESTO LIBANESA

    O Lbano tornou-se independente da Frana em1948 e estabeleceu uma forma de governo dividindo opoder entre os libaneses cristos (que elegiam opresidente da Repblica) e os muulmanos (que ele-giam o primeiro-ministro). A partir de 1967, esse jogo deforas se desequilibra em favor dos muulmanos, coma chegada de palestinos fugidos dos territrios inva-

    didos por Israel. Mais numerosos, os mululmanos ata-cam os cristos, que pedem ajuda israelense. Tem incioa Guerra Civil do Lbano, que se estende de 1975 a1991. A guerra termina com a interveno da Sria, queinvade o Lbano e expulsa os grupos radicais, forandoa assinatura de um acordo de paz. Tropas srias reti-raram-se do territrio libans em 2005, a exemplo dosisraelenses que iniciaram sua retirada em 2000.

    Em julho de 2006, Israel iniciou uma ofensiva militarcontra o Hezbollah, no sul do Lbano. O Hezbollah oPartido de Deus surgiu durante a invaso do Lbano por

    Israel, em 1982. Na poca, o Lbano arrastava-se numaguerra civil entre as comunidades crists e muulmanas.

    A retirada israelense no foi completa. As tropasisraelenses permaneceram na poro sul do Lbano, adenominada Zona de Segurana, que s em 2000,durante o breve governo de Ehud Barak, foi liberadadefinitivamente.

    Desde essa poca, o Hezbollah vem intensificandoaes contra o norte de Israel. O governo libans,incapaz de controlar a situao, pois seu exrcito maisfrgil que os milicianos do Hezbollah, pouco ou nada

    pode fazer para pr fim a essa situao.Em razo da incapacidade do governo libans de

    coibir o Hezbollah e a escalada de atentados, Israelinvadiu o Lbano em 2006, imps-lhe um bloqueioaeronaval e bombardeou, durante semanas, sobretudo osul do pas, onde se concentram as foras do Hezbollah.

    Em outubro de 2009, Israel acusa o Hezbollah, que

    tem apoio de Ir, de violar o embargo de armas da

    Organizao das Naes Unidas (ONU) no sul do

    Lbano e de minar os esforos da misso de paz da

    entidade naquela regio.

    (Funil Fora Interina das Naes Unidas do Lbano)

  • 7/25/2019 1.1. Geografia - Teoria - Livro 1

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    197

    3. A GUERRA IR X IRAQUE (1980-1988)

    Em 1979, a Revoluo Islmica no Ir deps ogoverno desptico do x Mohamed Reza Pahlevi, colo -cando no poder um grupo de extremistas religiosos dis -postos a administrar o pas segundo os preceitos doCoro, liderados pelo aiatol Ruhol Khomeini. Ldercarismtico, Khomeini fez uma srie de reformas econ -

    micas e sociais no Ir.No ano seguinte, respondendo agresso do exr-cito iraquiano e sob a bandeira da guerra santa, muul -manos fundamentalistas do Ir (xiitas) iniciaram umconfronto com os muulmanos sunitas do Iraque.

    Acreditava-se, no incio, que a guerra duraria apenasalguns meses, mas se estendeu por mais de oito anos,destruindo, nesse perodo, grande parte das reasprodutoras de petrleo de ambos os pases e ceifando avida de mais de 1 milho de pessoas, tanto militarescomo civis inclusive crianas, em razo do fanatismo

    religioso do aiatol.Em setembro de 1988, Iraque e Ir assinaram um

    cessar-fogo e deram incio a conversaes de paz, re-solvendo temporariamente a disputa pelo esturiosituado na foz dos Rios Tigre e Eufrates, o Chatt el Arab.Mas as ambies imperialistas do Iraque pela regio,particularmente de Saddam Hussein, no deixavam deexistir.

    A Primeira Guerra do Golfo (1990-91)Em agosto de 1990, tropas iraquianas invadiram o

    Kuwait sob o pretexto de que seu pequeno e frgil vizi-nho explorara petrleo de campos situados numa zonaneutra estabelecida em suas fronteiras.

    Seguiram-se invaso o bloqueio naval e o embargoeconmico imposto pelos EUA, com o aval da ONU aoIraque.

    A intransigncia do dirigente iraquiano, somada postura hostil dos americanos, transformou um aparenteconflito local em questo de relevncia mundial, pois,entre outras coisas, o preo do barril de petrleo au-mentou assustadoramente.

    Em novembro, aps trs meses de atrocidades ira-quianas no Kuwait, a ONU aprovou o uso de fora, dandoum prazo at 15 de janeiro de 1991 para que Husseinlibertasse os refns estrangeiros e desocupasse oKuwait.

    A Primeira Guerra do Golfo durou de 16/1/1991 a27/2/1991 e trouxe muitas consequncias, principalmen-te danos ecolgicos.

    A derrota da guerra estimulou no Iraque a rebeliodos dois principais grupos de oposio ao regime de

    Saddam Hussein: os xiitas (sul) e os curdos (norte), que

    lutam pela independncia de seu territrio.Em agosto de 1992, o Iraque ficou dividido da

    seguinte forma: acima do paralelo 36, proibida a ao do gover-

    no de Bagd, pois a rea dos curdos mantida pelosEUA e aliados;

    abaixo do paralelo 32, encontra-se uma zona deexcluso area controlada pelos EUA, Reino Unido e

    Frana, para impedir a ofensiva militar do Iraque contraa populao xiita do sul.Em janeiro de 1993, o Iraque provocou violaes

    nessa zona de excluso, gerando novos conflitos.Em 1996, o Iraque tornou a invadir o norte, violando

    a zona de excluso e ocupando a capital do Curdistoiraquiano, Arbil, o que provocou rpida reao dos EUA.

    Em 2002, o presidente Bush, sob a alegao de queo Iraque desenvolvia armas de destruio macia,mobilizou foras a fim de legitimar uma ao contra ogoverno de Saddam Hussein, o que ocorreu em maro

    de 2003.

    ZONAS DE EXCLUSO AREA

    A Guerra do Iraque(Segunda Guerra do Golfo, 2003 a 2010)

    No primeiro semestre de 2003, a coalizo anglo-americana invadiu o Iraque, depois de meses de

    preparao e ameaas. A ONU bem que tentou evitar talfato. O Conselho de Segurana alertou os norte-americanos para os desdobramentos de um conflito naregio. Alemanha, Frana, China e Rssia posicionaram-se contra a ao anglo-americana no Iraque. Mas, sob aalegao de que Bagd, comandada por SaddamHussein, desenvolvia armas de destruio macia, oataque foi ordenado e a guerra de palavras transformou-se numa ao militar.

    A superioridade da coalizo anglo-americana eravisvel desde o incio do confronto. O frgil e despre -

    parado exrcito iraquiano sucumbiu s foras estran-

  • 7/25/2019 1.1. Geografia - Teoria - Livro 1

    34/40

    198

    geiras logo na primeira semana. Saddam Hussein foideposto e desapareceu, sendo dois de seus filhosmortos. Esttuas suas foram destrudas; seus palcios,tomados. Armas de destruio macia no foramencontradas.

    Foi estabelecido um governo provisrio, um exrcitonovo. Mas a resistncia, comandada por SaddamHussein, continuou fazendo vtimas.

    O Alto-Comissrio das Naes Unidas para o Iraque,o brasileiro Srgio Vieira de Melo, e mais dezenas defuncionrios da ONU foram mortos num atentado emagosto de 2003.

    At agora nada de armas de destruio macia,nada de paz.

    No decorrer de 2004, os EUA empossaram umgoverno provisrio iraquiano, passando parte de suaautoridade policial-militar para ele. Isso, entretanto, noparece ter sensibilizado os diversos grupos radicaisraquianos de inspirao religiosa (xiitas ou sunitas) ou

    nacionalistas que promoveram inmeros atentados,nvadindo cidades e forando a atuao do exrcitonorte-americano. Multiplicaram-se tambm os seques-tros de soldados, mdicos, voluntrios, alguns delesterminando com a morte dos sequestrados. Dessamaneira, aumentou o grau de violncia no pas.

    Os norte-americanos, que lideram a fora interna-cional que invadiu o Iraque em 2003, anunciaram umplano de retirada do pas, condicionado a um controleefetivo do territrio iraquiano por suas foras desegurana.

    Se essa a condio, a retirada da fora interna-cional dever ser demorada, pois os atentados contraalvos estrangeiros e, principalmente, contra oselementos das foras de segurana do pas esto emescala crescente.

    Aps a invaso anglo-americana do Iraque e osucesso na derrubada do ditador Saddam Hussein,seguida do desmantelamento de suas foras e dosorganismos de represso, o pas mergulhou numa guerracivil, entre sunitas e xiitas.

    Para os ocidentais, os conflitos internos no Iraqueso apenas um resqucio das divergncias que jexistiam no pas, mas eram sufocadas por SaddamHussein. Na verdade, a presena estrangeira no Iraqueacirrou ainda mais os nimos. Ainda em 2006, o novogoverno e as instituies, ditas democrticas no pas,so frgeis.

    A presena de foras internacionais, paradoxal-mente, assegura um mnimo de segurana, mas, aomesmo tempo, o principal fator de oposio e deconflitos no pas.

    Em 2009, o presidente dos EUA, Barack Obama,

    disse que deseja realizar a retirada do Iraque de todas asbrigadas de combate norte-americanas. E, que poderser necessrio manter uma fora residual para treinar asforas de segurana iraquianas e, proteger o povoiraquiano.

    Em agosto de 2010, teve incio a retirada das tropasnorte-americanas do Iraque.

    4. A GUERRA DO AFEGANISTO (2001 a ...)

    No final de 2001, os Estados Unidos invadiram oAfeganisto, visando tirar do poder uma milcia funda-mentalista sunita o Taleban , sob a liderana do mulahOmar, simpatizante de Osama Bin Laden, a quem sesuspeita ter dado cobertura aps os atentados de 11 desetembro de 2001, que destruram as torres do WorldTrade Center, em Nova Iorque, e parcialmente o edifciodo Pentgono, em Washington.

    O mulah Omar e Bin Laden jamais foram encon-trados, apesar da promessa do presidente George W.

    Bush de captur-los a todo custo. Suspeita-se que vivamna fronteira afegano-paquistanesa, numa regio de difcilacesso, de onde ainda comandam atentados antinorte--americanos em territrio afego e lanam ameaascontra o Ocidente, especialmente contra os EstadosUnidos.

    A invaso norte-americana do Afeganisto, aps osatentados em 11 de setembro de 2001, foi decisiva paraa derrubada do Taleban e do regime autoritrio lideradopelo mulah Omar, aliado de Osama Bin Laden. Noentanto, a despeito de o pas ter passado por um

    processo de democratizao formal, com um novogoverno e a restaurao das liberdades individuais, oAfeganisto est longe da estabilidade poltica.

    Diversos grupos ainda lutam pelo poder. Atentadosso frequentes, assim como as arbitrariedades da forainternacional que ocupa o pas.

    A partir de 2006, o grupo Taleb reaparece, seinstala no Paquisto, de onde passa a organizar aretonada gradual do sul do Afeganisto. Os combatesentre os soldados da OTAN e o Taleb aumentam aviolncia no sul do Afeganisto.

    Os EUA tentam ajudar o exrcito do Afeganisto aassumir a tarefa de dar segurana populao e recebetreinamento dos militares norte-americanos.

    Em 2009, os EUA tentam apoiar a formao de umgoverno forte, mas a eleio do presidente Karzai marcada pela corrupo.

    Em 2010, aumentam os conflitos entre o Taleban e aOTAN. Os EUA eviam um reforo de 30 mil homens como objetivo de estabilizar o conflito, derrotar a Al-Qaeda,enfraquecer o Taleban e comear a retirada das tropas

    em julho de 2011.

  • 7/25/2019 1.1. Geografia - Teoria - Livro 1

    35/40

    199

    Quadro Natural da sia de MonesMDULO 6

    1. INTRODUO

    A sia de Mones compreende os pases que se

    estendem pelo Sul e Sudeste Asitico, englobando

    desde o Paquisto, a oeste, at a Indonsia, a leste. So

    16 pases que incluem pennsulas famosas, como o

    Dec, Indochina e Mlaca, e um vasto arquiplago: a

    Insulndia.

    2. QUADRO FSICO

    Relevo

    Ao norte: montanhas e planaltos de origem

    recente, incluindo o Himalaia, a maior cadeia monta-

    nhosa da Terra, com o Monte Everest (8.848 m), alm dos

    60 picos mais altos do mundo.

    Ao centro: plancies aluviais com depsitos re-

    centes e rios importantes, como o Indo (Paquisto), o

    Ganges (ndia) e o Mekong (Indochina); grandes con-

    centraes populacionais.

    Ao sul: planaltos antigos, arqueozoicos, como o

    Planalto de Dec, no sul da ndia, com baixas altitudes,

    mas ricos em matrias-primas minerais (Fe, Mn, carvo

    e Al).

    Clima

    um dos mais marcantes elementos do quadro na-

    tural da sia do Sul. O clima de mones constitudopor um sistema de ventos que, no inverno, sopram do

    continente (rea de alta presso) para o litoral, trazendo

    frio e seca, e, no vero, do litoral (Oceano ndico) para

    o continente, trazendo calor e umidade. Os nveis pluvio -

    mtricos da sia de Mones esto entre os maiores do

    mundo.

    VegetaoAcompanhando o clima, a vegetao composta de

    densas florestas tropicais (jngal) e equatoriais, que vo

    se tornando mais escassas medida que aumenta a

    latitude (as montanhas) a oeste, onde se encontra o

    deserto indiano de Rajasto (Deserto de Thar).

  • 7/25/2019 1.1. Geografia - Teoria - Livro 1

    36/40

    200

    Com uma populao de aproximadamente 1,8 bi-

    ho de habitantes, a sia de Mones possui uma das

    maiores concentraes demogrficas do mundo.

    As maiores concentraes aparecem junto a vales

    de rios, como o Ganges (na ndia e em Bangladesh), na

    lha de Java (Indonsia) e prximas aos Rios Mekong e

    ndo.

    As taxas de natalidade so elevadas e as tentativas

    de controle no surtem o efeito esperado.

    Tal situao deve-se influncia de religies, das

    quais podemos destacar trs principais:

    Hindusmo

    Religio professada na ndia, consiste em uma

    complexa juno de antigas religies dos povos que

    deram origem aos atuais indianos. Sua crena na

    reencarnao responsvel pela formao de castas

    com diferentes situaes sociais, pelo incentivo a

    famlias numerosas e pelo condicionamento a certos

    hbitos alimentares.

    lslamismo

    Trazida do Oriente Mdio, propagou-se rapidamen-

    te entre os povos dos atuais Bangladesh e Paquisto. A

    Indonsia igualmente contra o controle da natalidade,

    incentivando a formao de famlias numerosas.

    Budismo

    Criada por Sidarta Gautama, no sculo VI antes de

    Cristo, espalhou-se pela Pennsula da Indochina.

    Acredita que o preparo espiritual pode levar o seguidor

    a romper com o processo de reencarnao.

    ndia: Babel na maior democracia do planeta

    Lnguas Oficiais 15

    Dialetos 700

    Castas 3.000Subcastas 25.000

    Analfab