1.1. química -teoria - livro 1

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  • 7/25/2019 1.1. Qumica -Teoria - Livro 1

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    1. DIMENSES DO TOMO

    Dimetro do tomo 108 cm = 1 angstrm = 1

    Dimetro do tomo 10.000 x dimetro do ncleo

    2. MASSAS DASPARTCULASFUNDAMENTAIS

    Massa do prton massa do

    nutron

    Massa do prton 1.840 x mas-sa do eltron

    3. NMERO ATMICO (Z)

    o nmero de prtons existentesno ncleo.

    Em um tomo, o nmero de pr-tons igual ao nmero de eltrons.

    Como a carga eltrica do prton igual carga eltrica do eltron, masde sinal contrrio, o tomo umsistema eletricamente neutro (a somade todas as cargas zero).

    4. NMERO DE MASSA (A)

    a soma do nmero de prtonscom o nmero de nutrons.

    ExemploO tomo de sdio tem 11 prtons,

    12 nutrons e 11 eltrons.

    O nmero atmico 11 e o n-mero de massa 23.

    5. ELEMENTO QUMICO

    um conjunto de tomos demesmo nmero atmico. O elementohidrognio o conjunto de tomosde nmero atmico igual a 1.

    Os tomos de um mesmo ele-mento podem apresentar nmero denutrons diferente. Os tomos:

    A : 1 prton, 0 nutron, 1 eltron

    B : 1 prton, 1 nutron, 1 eltron

    C: 1 prton, 2 nutrons, 1 eltron

    so todos do elemento hidrognio.

    Os elementos de Z = 1 a Z = 92so encontrados na natureza, com

    exceo do tecncio (Z = 43) e pro-mcio (Z = 61), que so produzidosartificialmente. Os elementos deZ = 93 em diante so artificiais.

    6. REPRESENTAODE UM TOMO

    Utiliza-se o smbolo do elementocom um ndice inferior (n.o atmico) eum ndice superior (n.o de massa).

    Exemplo

    7. TEORIA DOS QUARKS

    A teoria mais moderna afirmaque h apenas 12 partculas elemen-

    tares, seis chamadas lptons (o

    eltron faz parte deste grupo) e ou-tras seis chamadas quarks.

    Na primeira coluna encontra-se acarga eltrica da partcula e entreparnteses a massa da partcula emfuno da massa do eltron.

    Dois tipos de quarks, o up(para

    cima) e o down(para baixo), formamos prtons e os nutrons.

    O quark uptem carga + 2/3, en-quanto o down tem carga 1/3. Oprton um agregado de dois upeum down, enquanto o nutron constitudo por um upe dois down.

    Quarks e Lptons

    + 2/3 QuarkUp

    (600)Charm(3.000)

    top(360.000)

    0 Lptonneutrino

    do eltron(~0)

    neutrinodo mon

    (~0)

    neutrinodo tuon

    (~0)

    1/3 Quark down

    (600)

    strange

    (1.000)

    bottom

    (10.000)

    1 Lptoneltron

    (1)mon(200)

    tuon(3.600)

    Z = 112311Na A = 23

    A = Z + N

    FRENTE 1 Qumica Geral e Inorgnica

    MDULO 1 Estrutura do tomo: Conceitos Bsicos

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    306

    1. CONFIGURAOELETRNICA

    Os modelos da matria, constru-dos at o momento, postulam que ela constituda por partculas.

    Consideremos, primeiramente, omodelo atmico de Dalton, no qual seulga como a menor poro de mat-ria uma partcula indivisvel, im pene-trvel e esfrica: o tomo. Sucessivasnvestigaes experimentais, aliadasa novas concepes tericas, leva-ram aos modelos de Thomson, Ru-therford, Bohr, modelo orbital.

    Neles, o tomo no mais a me-nor poro da matria, mas j seadmitem partculas subatmicas: el-

    trons, prtons, nutrons etc.

    2. CAMADAS ELETRNICASOU NVEIS DE ENERGIA

    O volume do tomo determina-do pelos eltrons. Como alguns des-ses eltrons so mais facilmente re-movveis que os outros, isso nos leva aconcluir que alguns eltrons esto maisprximos do ncleo do que outros.

    O tomo de ltio: 3 prtons,

    4 nutrons e 3 eltrons. O ncleo

    positivo, a eletrosfera negativa, mas o

    tomo um sistema eletricamente neutro.

    A coroa ou eletrosfera est divi-dida em 7 camadas designadas K, L,M, N, O, P, Q ou pelos nmeros n = 1,2, 3, 4, 5, 6, 7.

    O nmero da camada cha-mado nmero quntico principal (n).

    Nmero mximo de eltronsem cada nvel de energiaAbaixo mostramos o clculo do

    nmero mximo de eltrons em cadacamada eletrnica.

    TericoEquao de Rydberg: x = 2n2

    Modelo de Bohr

    rbitas permitidas e rbitas proibidas.

    ExperimentalO elemento de nmero atmico

    112 foi fabricado no incio de 1996,em Darmstad Alemanha. Em 1999,foi sintetizado na Califrnia o elemen-to de nmero atmico 114, pulando o

    elemento de nmero atmico 113.Em 2004, foram sintetizados os ele-mentos de nmeros atmicos 113 e 115e em 2008, foi fabricado o elemento deZ = 116.

    At o elemento de nmero at-mico 118 (fabricado em 2005), tere-mos o seguinte nmero de eltrons nascamadas:

    3. SUBNVEISDE ENERGIAOU SUBCAMADAS

    Os nveis de energia subdividem-se em subnveis de energia que sodesignados pelas letras s, p, d, f. Es-creve-se o nmero quntico principalantes da letra indicativa do subnvel.

    Nmero mximo deeltrons em cada subnvel

    Um sistema com baixa energia estvel.

    Todo sistema tem tendncia paraficar mais estvel.

    Os eltrons colocados nos subn-veis de menor energia acarretam umestado de maior estabilidade para otomo. Diz-se que o tomo est noestado fundamental.

    Nos tomos dos elementos co-nhecidos, os subnveis 5g, 6f, 6g, 6h,

    7d, 7f, 7g, 7h, 7i esto vazios.

    4. DISTRIBUIO DOSELTRONS NOS SUBNVEIS

    medida que se aproxima do n-cleo, a energia potencial do eltron,graas atrao pelo ncleo, dimi-

    Modelo

    de Dal ton

    o tomo seria uma

    bolinha indivisvel.

    Modelo de

    Thomson

    uma esfera

    positiva com el-

    trons incrustados.

    Modelo de

    Rutherford

    modelo planetrio

    do tomo. Os el-

    trons giram ao re-

    dor de um ncleopositivo.

    s p d f

    2 6 10 14

    K L M N O P Q2 8 18 32 32 18 8

    K L M N O P Q

    2 8 18 32 50 72 98

    MDULO 2 Estudo da Eletrosfera e Configurao Eletrnica

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    nui, enquanto sua velocidade e, con-sequentemente, sua energia ci nticaaumentam (tal como a velocidade deum satlite aumenta, ao se aproximarda Terra). De um modo geral, aenergia total do eltron aumenta me-dida que o eltron se afasta do ncleo.

    Como esses eltrons esto distri-budos?

    O diagrama de Linus PaulingO qumico norte-americano Linus

    Pauling descobriu em que ordem aenergia dos subnveis cresce.

    A ordem crescente de energiados subnveis coincide com as diago-nais no diagrama abaixo. Cada linhahorizontal representa uma camadaeletrnica com os seus subnveis. medida que se desce pelas diago-nais, a energia vai aumentando.

    ExemploArsnio (As): Z = 33

    I. Ordem energtica(ordem de preenchimento)

    1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p3

    II.Ordem geomtrica(ordem de camada)

    A camada de valncia do As acamada N.

    Energia potencial aumentaEnergia cintica diminui

    NcleoEnergia total aumenta 1s2 2s2 2p6 3s2 3p63d10 4s24p3

    K L M N

    2 8 18 5

    307

    1. DISTRIBUIOELETRNICA EM ONSPOSITIVOS (CTIONS)

    Os eltrons cedidos por um to -mo de um metal so os mais exter-nos. Para fazer a distribuio eletr-nica de um ction, fazemos primeiroa distribuio do tomo neutro e emseguida repetimos a distribuio, ti-rando os eltrons mais externos.

    2. DISTRIBUIOELETRNICA DO ON Fe3+

    O Fe (Z = 26) tem 26 prtons e 26eltrons.

    O Fe3+ (Z = 26) tem 26 prtons e23 eltrons.

    A configurao do tomo de ferro(26 prtons e 26 eltrons) a seguinte:

    Fe (Z = 26)

    Para obter o on Fe3+, retiramosos 3 eltrons mais externos: 2 el-trons do subnvel 4s e 1 eltron dosubnvel 3d.

    A configurao do on Fe3+

    (26 prtons e 23 eltrons) a se-guinte:

    3. DISTRIBUIOELETRNICA EM ONSNEGATIVOS (NIONS)

    Os eltrons recebidos por umtomo de um ametal entram nos sub-nveis incompletos.

    Para fazer a distribuio eletrni-ca de um nion, fazemos primeiro adistribuio do tomo neutro e emseguida repetimos a distribuio,acrescentando os eltrons.

    4. DISTRIBUIO DO ON O2

    A configurao do tomo de oxi-gnio (8 prtons e 8 eltrons) a se-guinte:

    O (Z = 8)

    Para obter o on O2, adiciona-mos 2 eltrons no subnvel 2p.

    A configurao do on O2 (8 pr-tons e 10 eltrons) a seguinte:

    Note que assim o oxignio ficaestvel, com a camada de valnciacompleta.

    1s2 2s2 2p6

    K L

    2 8

    1s2 2s2 2p4

    K L

    2 6

    1s2 2s2 2p6 3s2 3p63d5

    K L M

    2 8 13

    1s2 2s2 2p6 3s2 3p63d6 4s2

    K L M N

    2 8 14 2

    xido de alumnio

    1.o passo Configurao eletrnica

    ametal, tendncia para receber 2 eltrons metal, tendncia para ceder 3 eltrons

    K L MO Z = 8 2 6Al Z = 13 2 8 3

    MDULO 3 Configurao Eletrnica de ons

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    2.o passo Escrever as tendncias e inverter

    Oxignio 1 tomo de O ganha

    )

    Al23+O3

    2

    A frmula indica 2ons Al3+ e 3 ons O2(

    2 e 3 O

    3 e 2 Al

    308

    1. ISTOPOS

    So tomos de mesmo nmeroatmico Z (mesmo elemento qu-mico), com nmero de massa dife-ente (o nmero de nutrons dife-ente). Apresentam as mesmas pro-

    priedades qumicas.

    Istopos do hidrognio: hidrognio leve (prtio) no

    tem nutron: 11H

    deutrio (1 nutron): 12H

    trtio, trcio ou tritrio (2 nu-

    trons): 13H

    Os istopos 11H e 21H apresentamncleo estvel. O istopo 31H ra-dioativo, isto , o seu ncleo se de-sintegra. Os istopos ocorrem na na-tureza em quantidades diferentes. Ohidrognio natural uma mistura de99,985% de 11H, 0,015% de

    21H e uma

    quantidade muito pequena de 31H.

    Nota

    Os trs istopos do hidrognio e os trs istopos do oxignio podem formar 18 tipos de molculas de gua, que

    diferem na massa:11H (H),

    21

    H(D), 31H(T), 16

    8O, 178O,

    188O

    2. ISBAROS

    tomos de nmero atmico Z diferente e nmero de massa A igual.

    Exemplo: 1840Ar e 20

    40Ca

    3. ISTONOS

    tomos de nmero atmico Z diferente, nmero de massa A diferente e mesmo nmero de nutrons.

    Exemplo: 511B e 6

    12C

    Ambos apresentam 6 nutrons.

    MDULO 4 Istopos, Isbaros e Istonos

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    1. INTRODUO

    Os tomos ligam-se para adquirirmaior estabilidade.

    Gases Nobres nicos ele-mentos que aparecem na natureza

    na forma de tomos isolados. O hliotem 2 eltrons na camada K. Onenio, argnio, criptnio, xennio eradnio apresentam 8 eltrons nacamada de valncia.

    Teoria do Octeto os tomosligam-se, procurando adquirir a con-figurao eletrnica de gs nobre.

    Metais menos de 4 eltronsna camada de valncia. Tendnciapara ceder eltrons.

    K L MExemplo: Mg(Z = 12)

    2 8 2

    No metais mais de 4 el-trons na camada de valncia. Ten-dncia para receber eltrons.

    K L MExemplo: P(Z = 15)

    2 8 5

    2. LIGAO INICAOU ELETROVALENTE

    Regra

    Metal (1 a 3 eltrons na ca mada

    de valncia) com no metal (5 a 7eltrons na camada de valncia) ouhidrognio.

    Mecanismo

    Transferncia de eltrons do me-tal para o no metal ou hidrognio.

    309

    No cristal de cloreto de sdio,

    cada on rodeado por ons com

    carga de sinal contrrio.

    Os compostos inicos so

    slidos nas condies am-

    bientais.

    Um composto inico slido

    cristalino.

    No cristal de cloreto de

    sdio, os ons positivos

    e negativos alternam-se.

    O cloreto de sdio formado por cristais com a forma de cubo. direita temos o arranjo dos ons. Observe queo on cloreto (com trs camadas eletrnicas) maior que o on sdio (com duas camadas eletrnicas).

    [ ]

    Na + [Na]+Cl

    Cl

    K L M2 8 1

    K L M2 8 7

    K L2 8

    K L M2 8 8

    Determinao da frmulade um composto inico.

    ExemploA(Z = 12): 2, 8, 2; B (Z = 7): 2, 5.

    Todo composto inico s-

    lido nas condies ambientais.

    Os compostos inicos apresen-tam-se na forma de cristais, que soaglomerados de um grande nmerode ons.

    Exemplo

    Exemplos decompostos inicos:

    Sais+ 2+1KCl, BaI2

    xidos metlicos1+ 2 2+ 2

    Li2O, Ca O

    Hidretos metlicos1+1 2+ 1

    KH, BaH2

    Na + Clxx x

    [Na]+ [ Cl ]xx x

    x x

    xx

    x x

    xx

    cloreto de sdio

    [A]2+

    [B]3

    3 2

    tomo A perde 2

    tomo B recebe 3

    3 tomos A perdem 6

    2 tomos B recebem 6

    MDULO 5 Ligaes Qumicas: A Ligao Inica

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    1. A LIGAOCOVALENTE COMUM

    Todas as ligaes qumicas re-sultam de eltrons que so atradospor dois ou mais ncleos.

    Na ligao covalente, os tomoscompartilham um ou mais pares deeltrons. A ligao covalente aparecequando no metal (mais de 4 eltronsna camada de valncia) se combinacom hidrognio ou com outro nometal. Os tomos emparelham el-rons, formando uma partcula deno-minada molcula.

    Exemplos1) Gs hidrognio

    Na ligao entre dois tomos, hdiminuio da energia potencial.

    2) Cloreto de hidrognio (HCl)

    Nas condies ambientais, o clo-reto de hidrognio um gs formadode molculas HCl, partculas queexistem individualmente.

    A frmula eletrnica (estrutura deLewis) mostra os eltrons da camadade valncia dos tomos.

    Na frmula estrutural plana, o par

    eletrnico de unio representadopor um tracinho.

    H Cl

    2. A LIGAO COVALENTEDATIVA OU COORDENADA

    Apenas um tomo fornece osdois eltrons do par.

    Exemplo

    a) Na frmula eletrnica do CO,indicamos os eltrons provenientesdo carbono e do oxignio por sm-bolos diferentes, puramente porquestes didticas. No entanto, bom lembrar que todos os eltronsso iguais. A UNICAMP no aceitaessa representao dos eltrons porsmbolos diferentes. A melhor

    representao a seguinte:

    b) Um composto molecular podeser slido, lquido ou gasoso nascondies ambientais.

    ExemplosIodo (I2) slido; gua (H2O) l-

    quida; oxignio (O2) gasoso.

    C O

    H + Cl

    H Cl

    H (Z = 1)

    H (Z = 1)

    1s1

    1s1

    H H

    H2

    C

    O

    x xxx

    x

    x

    C O=C O xxx

    xxx

    frmula

    eletrnica(Lewis)

    frmula

    estruturalplana

    CO

    310

    Iodo (I2)slido

    Iodo (I2)lquido

    Iodo (I2

    )gasoso

    Frmula

    Molecular

    gua

    Amnia

    Metano

    Gs oxignio

    H

    O H

    H N H

    H

    O O

    H N HH

    H C H

    H

    H

    O HH

    N N

    O C

    O

    S

    O

    O S= O

    OO= O

    O

    O

    O

    O

    H C H

    H

    H

    O= C= O

    N N

    O= O

    H

    N

    C

    O

    S

    Gsnitrognio

    Gscarbnico

    Dixido deenxofre

    Gs

    oznio

    Frmula Eletrnica

    (Estrutura de Lewis) Frmula Estrutural

    H2O

    NH3

    CH4

    O2

    N2

    CO2

    SO2

    O3

    Frmula

    Molecular

    MDULO 6 A Ligao Covalente

  • 7/25/2019 1.1. Qumica -Teoria - Livro 1

    7/56

    311

    MDULO 7 Frmulas Eletrnicas e Estruturais

    1. EMPARELHAMENTODE ELTRONS

    Na ligao covalente, os tomosemparelham eltrons, adquirindoconfigurao eletrnica de gs no-

    bre.A ligao dativa ocorre quando

    um dos tomos j est com o octetoe o outro est com seis eltrons nacamada de valncia.

    2. VALNCIA DEALGUNS ELEMENTOS

    O tomo de cloro monovalente,pois estabelece um par de eltrons eadquire o octeto. Ele pode ainda for-necer at trs pares de eltrons, for-mando trs ligaes dativas. Na fr-mula estrutural, a ligao covalente representada por um tracinho, e a

    ligao dativa, por uma flechinha.3. FRMULA ESTRUTURAL

    DE XIDOS (EXOY)

    a) Geralmente a molcula de umxido simtrica.

    b) Os tomos de oxignio noformam cadeia, salvo poucas exce-es.

    Exemplos

    I) Monxido dedicloro (Cl2O)

    II) Pentxido dedicloro (Cl2O5)

    III) Heptxido dedicloro (Cl2O7)

    4. FRMULA ESTRUTURAL

    DE CIDOS OXIGENADOSHmX On

    a) O hidrognio ionizvel est li-gado ao oxignio.

    b) Os tomos de oxignio no

    formam cadeias.

    Exemplos

    I) cido nitroso (HNO2)

    II) cido ntrico (HNO3)

    III) cido sulfuroso (H2SO3)

    IV) cido sulfrico (H2SO4)

    5. FRMULA ESTRUTURAL

    DAS BASES [M(OH)X]

    a) A ligao entre oxignio ehidrognio covalente.

    b) A ligao entre oxignio e ometal inica.

    Exemplos

    6. FRMULAESTRUTURAL DOS SAIS

    A estrutura do nion obtidaretirando-se H+ do cido corres-

    pondente.Exemplos

    I) Nitrato de sdio (NaNO3)

    II) Sulfato de potssio (K2SO4)

    O O 2

    [K]1+2 S O O

    H xxxOxx

    x N

    O

    O

    H+ x xxOxx

    x N

    O

    O

    [Na] O N

    O

    O

    Na x O

    xH Na+ O xHx

    Na+[O H], Ba2+[O H]12

    Al3+[O H]13

    H O H O

    S O ou S = O

    H O H O

    H

    S

    O

    N

    O O

    O Cl O Cl O

    O O

    O O

    Cl O Cl

    O O

    OCl

    Cl

    O Cl|

    Cl

    Cl

    O

    H H

    O

    OI

    C

    IC

    I

    Cl

    Cl

    S

    S

    I

    N

    N

    I

    O

    H O N

    O

    H O N

    O

    H O O H O O

    S ou S

    H O O H O O

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    8/56

    312

    MDULO 8 Teoria da Repulso dos Pares de Eltrons da Camada de Valncia

    1. INTRODUO

    A teoria da repulso dos paresde eltrons da camada de valncia(RPECV) afirma que o arranjo geom-trico dos tomos ou grupos de to -mos (ligantes), em torno de um to -

    mo central, determinado pela repul -so entre os pares de eltronspresentes na camada de valncia dotomo central.

    Os pares de eltrons arranjar-se-o de modo a ficarem o mais afas-tados um do outro para que a repul-so entre eles seja mnima.

    2. ARRANJOS DOSPARES DE ELTRONS

    O arranjo geomtrico dos paresde eltrons em torno de um tomo A o seguinte:

    Dois pares deeltrons: linear

    Trs pares deeltrons: triangular

    Quatro pares deeltrons: tetradrico

    Cinco pares deeltrons: bipirmide trigonal

    Seis pares deeltrons: octadrico

    3. GEOMETRIA MOLECULAR

    A forma de uma molcula dadapelo arranjo dos tomos, e no peloarranjo dos eltrons.

    Molculas linearesA molcula ser linear quando o

    tomo central (A) for do tipo:

    A repulso entre os pares de el-trons ser mnima quando estes es-tiverem localizados em lados opostoscom relao ao ncleo.

    Na teoria da RPECV, o mesmo ra-ciocnio deve ser feito com relao adupla e tripla-ligaes.

    Exemplos

    Molculas

    planas triangulares

    Exemplos

    Molculas angulares

    Exemplosa) H2O

    b) SO2

    Molculaspiramidais trigonais

    Exemplo: NH3

    H N

    H

    H

    X A

    X

    X

    AX

    X

    X

    AX

    X

    X

    a) b)

    Cl

    B

    Cl

    Cl

    BCl3

    a)

    O

    S

    O

    O

    SO3

    b)

    A

    X

    a) b)A A

    XXX

    O

    H

    H

    SO

    O

    a) xx Clxx

    xxx Be x Cl

    xx

    xx xx

    b) xx Oxx x

    x C xx O

    xx xx

    x Hc) Cxxx

    N xx

    A a) Ab) Ac)

  • 7/25/2019 1.1. Qumica -Teoria - Livro 1

    9/56

    Molculas tetradricas

    Exemplosa) CH4 (metano)

    b) NH+4 (on amnio)

    Molculas com formade bipirmide trigonal

    ExemploPCl5 (pentacloreto de fsforo)

    Molculas octadricas

    ExemploSF6 (hexafluoreto de enxofre)

    P

    Cl

    Cl

    Cl

    Cl

    Cl

    X

    X A

    X

    X

    H

    H N

    H

    H +

    H

    H C

    H

    H

    F

    S

    F

    F

    F

    F

    F

    A

    X

    X

    X

    XX

    X

    A

    X

    X

    X

    XX

    313

    MDULO 9 Polaridade da Ligao Covalente1. LIGAO

    COVALENTE POLAR E APOLAR

    Dada uma ligao covalente A B,podemos ter dois casos:

    A e B apresentam a mesmaeletronegatividade. A ligao cha-

    mada covalente apolar.Exemplos

    A e B tm eletronegatividadesdiferentes. A ligao covalentepolar.

    Exemplos

    Escala deEletronegatividades(Linus Pauling)

    2. DIPOLO ELTRICO

    Consideremos as molculas F2 e HF.

    Na molcula F2, o par de eltrons compartilhado igualmente pelosdois tomos. Na molcula HF, o par compartilhado desigualmente, apa-recendo no lado do flor uma pe-quena carga negativa, -, enquantono lado do hidrognio aparece umacarga positiva, +. A molcula HF

    um dipolo eltrico.

    F 4,0O 3,5N 3,0Cl 3,0Br 2,8

    I 2,5S 2,5C 2,5Au 2,4Se 2,4Pt 2,2Te 2,1P 2,1H 2,1As 2,0B 2,0

    Cu 1,9Sb 1,9Si 1,8Ge 1,8

    Sn 1,8Pb 1,8Fe 1,8Co 1,8Ni 1,8

    Cr 1,6Zn 1,6Mn 1,5Al 1,5Be 1,5Mg 1,2Ca 1,0Sr 1,0Li 1,0Na 0,9Ba 0,9K 0,8

    Rb 0,8Cs 0,7Fr 0,7

    IH F , H O , C= O

    I IF F , O= O , C C

    I I

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    3. MOMENTO DIPOLAR

    Define-se momento dipolar a

    grandeza = . d, sendo d a distn-cia entre os dois centros de cargas.

    Associa-se ao momento dipolar

    um vetor dirigido para o polo negativo.

    4. MOLCULAPOLAR E NO POLAR

    Para uma molcula com mais de

    uma ligao, define-se o momento

    dipolar total (soma vetorial do mo-

    mento dipolar de cada ligao).

    Se total 0 molcula polar

    Se total = 0 molcula no

    polar

    Verifica-se que as molculas po-

    ares se orientam quando colocadas

    em um campo eltrico.

    Ocorre um desvio no filete de

    gua quando esta escoada

    atravs de um tubo capilar. O

    fenmeno devido propriedadeda gua de possuir molculas polares.

    5. EXEMPLOS DE MOLCULASPOLARES E NO POLARES

    Molculas lineares

    Molculas angulares

    Molculas planas

    Molculas piramidais

    Molculas tetradricas

    Quatro ligantesiguais: no polar

    Molculas tetradricas Quatro ligantes

    no todos iguais: polar

    Colocando-se o tetraedro dentro

    de um cubo, o tomo de carbono ficano centro, enquanto os quatro ligan-

    tes ocupam vrtices alternados. Per-

    cebe-se que a re sultante nula

    quando os quatro vetores do momen-

    to dipolar so iguais.

    Molculasbipiramidais trigonais

    Cinco ligantesiguais: no polar

    Molculas octadricas Seis ligantesiguais: no polar

    H

    Cl ClCl

    C

    H

    H ClCl

    C

    Cl

    Cl Cl

    Cl

    C

    H

    H H

    H

    Si

    N

    H

    total (polar)

    H

    0

    H

    total = 0

    (no polar)

    H

    total0

    (polar)

    F B

    F

    F

    C C

    ClCl

    H

    cis-1,2-dicloroeteno

    Htotal = 0

    (no polar)

    C C

    Cl

    Cl

    H

    trans-1,2-dicloroeteno

    S

    H

    H

    S

    O

    O

    total 0

    (polar)

    total 0

    (polar)

    Cl Be Cl H C N

    total = 0 total 0

    (no polar) (polar)

    + +

    O = C = O

    total = 0

    O

    Htotal

    H

    +

    H F

    314

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    315

    MDULO 10 Foras Intermoleculares

    1. LIGAES ATMICAS EFORAS INTERMOLECULARES

    As ligaes atmicas (inica,covalente e metlica) so mais fortesque as foras intermoleculares.

    A ligao que prende os tomosdentro de uma molcula a ligaocovalente. Vamos, agora, analisar asforas que existem entre as molculas.

    Essas foras podem ser dividi-das em dois tipos: foras de van derWaals e ponte de hidrognio.

    2. FORAS DEVAN DER WAALS

    Existem vrios tipos de foras in-cludos neste grupo.

    Vamos estudar os dois tipos prin-cipais:

    Fora entre dipolospermanentes (FDP)

    Dipolo permanente o dipolo de-vido diferena de eletronegatividade.

    Esta fora existe, portanto, entremolculas polares (total 0).

    Exemplo

    Foras de dispersoou Foras de London

    Este tipo de fora existe entre

    dipolos temporrios ou induzidos,que no so devidos diferena deeletronegatividade.

    O dipolo temporrio aparece emrazo de:

    Movimento natural doseltrons

    Assim, na molcula de iodo, osdois eltrons, em um certo instante,podem aparecer mais perto de umtomo do que do outro.

    Induo

    Colises moleculares

    3. PONTE DE HIDROGNIO

    A ponte ou ligao de hidrognio uma fora entre dipolos perma-nentes anormalmente elevada.

    Condies: tomo pequeno e bastante

    eletronegativo (F, O, N);

    par de eltrons no compar-tilhado;

    H ligado a esse tomo.ExemplosHF, H2O, ROH, RCOOH, ArOH,

    NH3, RNH2, DNA etc.Exemplo

    A ligao de hidrognio esta-belecida entre o tomo de hidrogniode uma molcula e o par de eltrons

    de outra molcula.Substncias que formam ponte

    de hidrognio apresentam valoreselevados para a sua tenso super-ficial, solubilidade em gua e pontode ebulio.

    Um cido carboxlico constituiponte de hidrognio de modo suigeneris. As molculas associam-seduas a duas, formando dmeros.

    Existem substncias que apre-sentam ponte de hidrognio dentroda prpria molcula (ponte de hi-drognio intramolecular). Para isso necessrio haver dois grupos detomos bem prximos.

    Exemplo

    Na molcula do DNA, uma baseprica liga-se a uma base pirimdicapor ponte de hidrognio.

    No gelo, as molculas de gua (H2O)

    esto presas por foras intermoleculares.

    As foras intermoleculares na gua

    (representadas por linhas tracejadas).

    HO NN H N

    Nortonitrofenol

    O

    O

    H

    O

    ponte dehidrognio

    intramolecular

    OO

    C CH3

    OO H

    H3C C

    H

    H OH

    + q q

    H O

    H

    + q q

    P.H.

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    1. ESTADOS FSICOS(OU DE AGREGAO) DA MATRIA

    A matria pode ser encontrada em trs estadosfsicos: slido, lquido e gasoso. Atravs de obser-vaes experimentais verificamos que:

    Observaes Forma: configurao espacial de um material. Volume: espao ocupado por um material. Exemplos de slidos: alu mnio, cobre, ouro, sal,

    ao, enxofre.

    Exemplos de lquidos: lcool, mercrio, petrleo,vinagre. Exemplos de gases: ar, hlio, cloro, oxignio,

    metano. Slidos apresentam forma constante e volume

    constante porque a fora de atrao entre suas partcu-as intensa e elas permanecem em posiespraticamente fixas, tendo pequeno movimento devibrao em relao posio que ocupam.

    Lquidos apresentam a forma do recipiente evolume constante, por que as partculas de um lquido,

    embora consigam movimentar-se umas em relao soutras, ainda se atraem e adquirem a forma dorecipiente, mas no o suficiente para se separaremcompletamente uma das outras.

    Vapores no possuem forma constante e ocupamo volume do recipiente porque a fora de atrao entresuas partculas desprezvel. Assim, as partculasmovimentam-se em todas as direes, ocupando todo o

    espao disponvel.

    2. MUDANAS DE ESTADO FSICO

    Ao fornecer ou retirar calor de uma amostra de ummaterial a presso constante, ir ocorrer a mudana deestado fsico. Cada mudana de estado recebe um

    nome particular.

    MDULO 1 Estados de Agregao da Matria

    FRENTE 2 Qumica Geral e Inorgnica e Qumica Orgnica

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    317

    Observaes: A vaporizaopode receber outros nomes, depen-dendo das condies em que olquido se transforma em vapor.

    Evaporao: passagem len-ta do estado lquido para o estado devapor, que ocorre predominante-mente na superfcie do lquido, semcausar agitao ou surgimento debolhas no seu interior.

    Ebulio: passagem rpidado estado lquido para o estado devapor, geralmente obtida pelo aque-cimento do lquido e percebidadevido ocorrncia de bolhas.

    Calefao: passagem muitorpida do estado lquido para o es-tado de vapor quando o lquido entraem contato com uma superfcie muitoquente.

    Ponto de Fuso (PF) ouTemperatura de Fuso (TF):

    temperatura na qual determinadasubstncia sofre fuso (durante oaquecimento) ou solidificao (du-rante o resfriamento).

    gua tem PF = 0C (durante oaquecimento a gua sofre fuso a0C ou durante o resfriamento a guasolidifica a 0C).

    Ponto de Ebulio (PE) ouTemperatura de Ebulio (TE):temperatura na qual determinadasubstncia sofre ebulio (durante oaquecimento) ou condensao (du-rante o resfriamento).

    gua tem PE = 100C a 1 atm(durante o aquecimento entra emebulio a 100C ou durante oresfriamento condensa a 100C).

    3. PREVISO DO ESTADOFSICO A PARTIR DOSVALORES DE PF E PE

    A letra T representa a tempera-tura em que se encontra uma deter-minada substncia.

    Substncia no estado slido:

    Substncia no estado lquido:

    Substncia no estado gasoso:

    1. DIFERENCIANDO SUBSTNCIASDE MISTURAS COM AUXLIODAS CURVAS DE AQUECIMENTO

    Classificao

    Quando aquecemos uma amostra, podemosmedir durante o experimento a temperatura daamostra e o tempo transcorrido. Com os dados,pode-se elaborar um grfico de temperatura daamostra e o tempo transcorrido no aquecimento.Tal grfico conhecido como curva de aque-cimento.

    Temos quatro tipos de curvas de aquecimentodiferentes. Acompanhe o quadro ao lado.

    2. CURVA DE AQUECIMENTODE UMA SUBSTNCIA

    Vamos exemplificar com a gua (PF = 0C ePE = 100C ao nvel do mar).

    MDULO 2 Aquecimento e Resfriamento de Materiais

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    318

    3. CURVA DE AQUECIMENTODE UMA MISTURA HOMOGNEA

    Vamos exemplificar com uma soluo aquosa deNaCl.

    4. CURVA DE AQUECIMENTODE UMA MISTURA EUTTICA

    Algumas misturas de slidos denominados

    eutticos fundem-se temperatura constante.ExemploSolda eletrnica uma mistura euttica: chumbo

    (37%) e estanho (63%).

    5. CURVA DE AQUECIMENTODE UMA MISTURA AZEOTRPICA

    Algumas misturas de lquidos denominadas azeo-trpicas fervem temperatura constante.

    Exemplolcool de supermercado mistura azeotrpica:

    lcool (96%) e gua (4%).

    6. CURVA DE RESFRIAMENTO

    Outra experincia que pode ser realizada acompanhar a temperatura e o tempo transcorridodurante o resfriamento de uma amostra de ummaterial.

    Curva de resfriamento de uma substncia.

    Curva de resfriamento de uma mistura homogna.

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    1. HISTRICO

    Dobereiner (1829)Reuniu os elementos semelhan-

    tes em grupos de trs.Cada grupo recebeu o nome de

    trade. Observou que a massa at-mica de um elemento da trade era,aproximadamente, a mdia aritmticadas massas atmicas dos outros dois.

    Exemplo

    Li

    |Na

    |K 7 + 39

    23 = 7 23 39 2

    Chancourtois (1863)Disps os elementos numa es-

    piral traada nas paredes de um ci-

    lindro, em ordem crescente de massaatmica. Tal classificao recebeu onome de parafuso telrico. Oselementos semelhantes apareciamnuma mesma geratriz do cilindro.

    A classificao, no entanto, fun-cionou apenas at o clcio.

    Newlands (1864)Disps os elementos em colunas

    verticais de sete elementos em or-dem crescente de massas atmicas.

    Observou que, de sete em sete ele-mentos, ha via repetio de proprie-dades, fato que recebeu o nome deLei das Oitavas.

    A classificao funcionou at oclcio.

    Dmitri IvannovitchMendeleev (1869)Apresentou uma classifica-

    o que a base da classifica-o moderna. Adotou a seguintelei peridica: As propriedades

    fsicas e qumicas dos elementosso funes peridicas de suasmassas atmicas.

    Os elementos foram distribudosem oito faixas verticais (grupos hom-logos) e em 12 faixas horizontais (s-ries heterlogas), em ordem crescentede suas massas atmicas. Os gruposforam numerados de I a VIII e cadagrupo dividido em dois subgrupos.

    Na poca de Mendeleev, eramconhecidos, aproximadamente, 60 ele-mentos. Os gases nobres e as terras

    raras (com exceo do crio) eramdesconhecidos. Mendeleev deixoulacunas na sua tabela, reservadas paraos elementos que viriam a ser des-cobertos.

    Entre o clcio e o titnio deixouuma lacuna para o elemento eka-bo-ro (abaixo do boro). Mendeleev dei-xou essa lacuna, porque o titnio noapresenta propriedades semelhantess do boro. Mais tarde, o eka-boro foidescoberto e o atual escndio.

    Mendeleev previu tambm aexistncia do eka-alumnio (abaixodo alumnio; o glio) e do eka-silcio(abaixo do silcio; o germnio). Ocaso do eka-silcio ficou famoso, poistodas as propriedades previstas porMendeleev foram mais tarde verifi-cadas pelo seu descobridor, Winkler.

    Na mesma poca, Lothar Meyer,trabalhando independentemente, ela-borou uma tabela semelhante deMendeleev, mas o trabalho deste l-

    timo foi mais completo.

    2. A LEI PERIDICA

    Certas propriedades dos ele-mentos seguem um esquema repe-titivo, peridico, quando os elemen-tos so arranjados na ordem cres-

    cente de seus nmeros atmicos.Isso se explica, porque as configu-raes eletrnicas dos elementosvariam periodicamente com o au-mento do nmero atmico. Assim,por exemplo, o ltio, o sdio e o po-tssio so trs metais muito se-melhantes.

    Deste modo, aparece a Lei Pe-ridica, a grande generalizao daQumica: "As propriedades fsicas equmicas dos elementos so funesperidicas dos seus nmeros at-micos".

    3. CONSTRUO DA TABELA

    Os elementos so colocados emfaixas horizontais (perodos) e fai-xas verticais (grupos ou fam-lias), em ordem crescente denmero atmico.

    Em um grupo, os elementos tm

    propriedades semelhantes e, em umperodo, as propriedades so dife-rentes.

    Na tabela h sete perodos.H ainda nove grupos numera-

    dos de 0 a 8. Com exceo dos gru-pos 0 e 8, cada grupo est sub-dividido em dois subgrupos, A e B. Ogrupo 8 chamado de 8B e constitudo por trs faixas verticais.

    Em 1985, a IUPAC determinouchamar cada coluna da tabela peri-dica de grupo. Os grupos so nume-rados de 1 a 18 conforme o esquema:

    VIII

    Fe, Ni, Co

    Ru, Pd, Rh

    VII

    FClMnBrI

    VI

    OSCrSeMoTe

    V

    NPVAsNbSb

    Ta

    Bi

    IV

    CSiTiZrSn

    Pb

    III

    BAlYIn

    Tl

    Th

    II

    BeMgCaZnSrCdBa

    Hg

    IHLiNaK

    CuRbAgCs

    Au

    12345678910

    1112

    H F ClLi Na KBe Mg CaB AlC SiN PO S

    MDULO 3 A Tabela Peridica

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    320

    Cla

    ss

    ifica

    o

    Peri

    dica

    dos

    Elemen

    tos

    com

    altera

    o

    doss

    mbo

    losenom

    es

    dose

    lemen

    tos

    de

    104a

    111

    ,rec

    omen

    da

    dospe

    laIUPAC

    .

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    321

    4. POSIO DOS ELEMENTOSNA TABELA

    Elementos representativosou tpicos

    (ltimo eltron colocado em sub-

    nvel s ou p): grupos A (1, 2, 13 a 17),

    esto nos extremos da tabela.

    O nmero de eltrons na camadade valncia o nmero do grupo.

    Exemplo: Oxignio, O(Z = 8)1s2 2s2 2p4 portanto,K L grupo2e 6e 6A ou 16

    Gases nobresOito eltrons na camada de va -

    lncia. Grupo 0 ou 8A ou 18.Exceo: 2He

    1s2

    Elementos de transio(ltimo eltron colocado em sub-

    nvel d): grupos B (3 a 12), esto nocentro da tabela.

    A soma do nmero de eltronsdos subnveis nsx (n 1) dy o n-mero do grupo.

    Exemplo: Vandio, V(Z = 23)1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d3 4s2

    Soma x + y = 2 + 3 = 5 grupo 5Bou 5. Elementos de transio

    interna(ltimo eltron colocado em sub-

    nvel f). Esto divididos em duasclasses:

    Lantandeos (metais ter-ras raras): grupo 3B e 6.o perodo.Elementos com Z de 57 a 71.

    Actindeos: grupo 3B e 7.o

    perodo. Elementos com Z de 89 a103.

    Alguns grupos famosos1 ou 1A: metais alcalinos2 ou 2A: metais alcalinoterrosos17 ou 7A: no metais halognios16 ou 6A: calcognios18 ou 0 ou VIIIA: gases nobres

    Separando os metais dos nometais, aparecem os semimetaisou metaloides, de propriedadesintermedirias s dos metais e nometais.

    O silcio e o germnio so usa-

    dos na fabricao de transistor.

    Alguns no metais: enxofre amarelo, iodo

    cinzento, fsforo vermelho, carvo preto

    e fsforo branco (imerso em gua).

    SOMA GRUPO3 3B (3)4 4B (4)5 5B (5)6 6B (6)7 7B (7)8 8B 1.a coluna (8)9 8B 2.a coluna (9)

    10 8B 3.a coluna (10)11 1B (11)

    12 2B (12)

    1. PROPRIEDADES PERIDICAS E APERIDICAS

    Propriedades peridicas so aquelas cujos valores crescem e decrescem sucessivamente, medida queaumenta o nmero atmico.

    Exemplos: valncia, eletronegatividade, eletropositividade, energia de ionizao etc.Periodicidade dos nmeros de combinao (valncia) com os nmeros atmicos.Nmero de combinao ou valncia do elemento o nmero de tomos de hidrognio que se combina com um

    tomo do elemento. A figura a seguir d os nmeros de combinao em funo do nmero atmico.

    A valncia uma propriedade peridica.

    MDULO 4 Tamanho dos tomos e ons

  • 7/25/2019 1.1. Qumica -Teoria - Livro 1

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    322

    Propriedades aperidicas so aquelas cujosvalores sempre crescem ou sempre decrescem, medida que aumenta o nmero atmico.

    Exemplos: massa atmica, calor especfico.

    2. PROPRIEDADES PERIDICAS ESUAS VARIAES NA TABELA PERIDICA

    Tamanho dos tomosDepende: da carga nuclear (Z). Quanto maior a carga nu-

    clear, menor o tamanho. Fator dominante em um perodo. Nmero de camadas. Quanto maior o nmero

    de camadas, maior o tamanho.Fator dominante em um grupo.Em um grupo, medida que aumenta o Z, aumenta

    o nmero de camadas e, portanto, aumenta o tamanho.

    Em um perodo, como os tomos tm o mesmo n-mero de camadas, aumentando o Z, aumenta a carganuclear e, portanto, diminui o tamanho (os el trons soatrados mais fortemente pelo ncleo).

    Outros exemplosr: raio

    ons isoeletrnicos: menor Z maior r

    11Na+ < 9F

    11p 9p

    10e 10e

    3Li > 3Li+

    3p 3p

    3e 2e

    Concluso: rtomo > rction

    17Cl < 17Cl

    17p 17p

    17e 18e

    Concluso: rnion > rtomo

    MDULO 5 Energia de Ionizao, Eletroafinidade e Eletronegatividade1. POTENCIAL OU ENERGIA DE IONIZAO

    Primeiro potencial de ionizao de um tomo aenergia necessria (absorvida) para retirar o eltron deigao mais frouxa de um tomo no estado gasososolado.

    A energia necessria para arrancar o 2.o eltron osegundo potencial de ionizao.

    2.o potencial de ionizao > 1.o potencial de io-nizao.

    Na(g) + 1.a

    E.I. Na+(g) + e

    Na+(g) + 2.a E.I. Na++(g) + e

    Quanto menor o tomo, maior a energia deionizao.

    Observe:

    Gs nobre 1.a E.I. elevadssima

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    no metal 1.a E.I. elevadametal 1.a E.I. baixa

    Na figura abaixo, so mostradas da primeira d -cima sexta energia de ionizao para o enxofre (Z = 16).O aumento sucessivo e pronunciado das energias deionizao resulta do fato de que cada eltron devedeixar um on que mais altamente carregado que o ondeixado pelo eltron anterior. Uma vez que as foras

    atrativas entre o eltron que sai e o on aumentam, a ener-gia de ionizao tambm aumenta.

    Os grandes degraus que aparecem na energia deionizao do stimo e de novo no dcimo quinto sodevidos mudana de camadas.

    2. AFINIDADE ELETRNICA(OU ELETROAFINIDADE)

    a energia envolvida quando um eltron adicionado a um tomo neutro isolado.

    Os tomos que tm grande tendncia a recebereltron (halognios) possuem grande afinidade eletr-nica, isto , liberam grande quantidade de energia.

    Geralmente, quando um tomo recebe eltron,ocorre liberao de ener gia. Em alguns casos, como nosalcalinoterrosos, a energia absorvida e no libertada.

    3. ELETRONEGATIVIDADE EELETROPOSITIVIDADE

    Eletronegatividade: tendncia do tomo parareceber eltron.

    Eletropositividade ou carter metlico: tendncia dotomo para ceder eltron.

    4. DENSIDADE (d)

    a relao entre a massa e o volume de umaamostra do elemento.

    d =

    Cl0(g) + e Cl(g) + A.E.

    mV

    323

  • 7/25/2019 1.1. Qumica -Teoria - Livro 1

    20/56

    1. DEFINIO

    Qumica Orgnica a parte daQumica que estuda os compostosdo elemento carbono.

    2. HISTRICO

    Os compostos orgnicos somanipulados pelo homem desde aAntiguidade, porm somente em1828 (marco zero) o homem conse-guiu, por intermdio de Wohler,abricar um composto orgnico emaboratrio. Esse composto co-nhecido pelo nome de ureia.

    3. POSTULADOSDE KEKUL

    Kekul elaborou no sculo XIXuma teoria estrutural que se fun-damenta em princpios (ou pos-ulados gerais).

    a) O carbono tetravalente.

    b) As quatro valncias do car-bono so iguais. Explica-se o fato deo carbono apresentar as 4 valncias

    equivalentes por meio da existncia

    de apenas 1 composto com frmulaCH3Cl, denominado monoclorome-tano. Se as 4 valncias no fossemequivalentes, haveria 4 compostoscom frmula CH3Cl.

    c) Os tomos de carbono podem

    ligar-se entre si, formando cadeias.Outros elementos podem formarcadeias, mas no to variadas comoas do elemento carbono.

    4. ELEMENTOS

    ORGANGENOSE SUAS VALNCIAS

    5. LIGAES ENTRETOMOS DE CARBONO

    Entre tomos de carbono, pode-

    mos encontrar:

    a) Simples-ligao: dois to-mos de carbono ligam-se por umaunidade de valncia. A representaosimblica feita por um trao simples.

    b) Dupla-ligao: dois tomosde carbono ligam-se por duas uni-dades de valncia. A representaosimblica feita por dois traos.

    c) Tripla-ligao: dois tomosde carbono ligam-se por trs uni-

    dades de valncia. A representao feita por trs tracinhos.

    6. TIPOS DE CARBONO

    a)PrimrioCarbono ligado no mximo a um

    tomo de carbono.

    b)SecundrioCarbono ligado diretamente a

    dois outros tomos de carbono.

    H

    Cl C H

    H

    Cl

    H C H

    H

    H

    H C Cl

    H

    H

    H C H

    Cl

    C C C C C C C

    Cadeia carbnica

    C ; H ; N ; O ; P ; Cl

    NH2

    NH4CNO O C

    NH2cianato de ureia

    amnio

    C C

    O C

    H

    H C H

    H

    Cl

    CCl

    ClCl

    H

    C O

    H

    O C

    H3

    C C CH2 H2

    H3C O CH3

    H3C C CH3 H2

    324

    MDULO 6 Introduo Qumica Orgnica

    5. VOLUME ATMICO (V.A.)

    o volume de 1 mol do elemento no estado slido.

    V.A. =

    Exemplo

    V.A.Fe = = 7cm3

    /mol Descendo pelo grupo, a massa atmica crescemuito e o volume at mico aumenta. No centro, adensidade grande e o volume atmico pequeno.

    massa molardensidade no estado slido

    56g/mol

    8g/cm3

  • 7/25/2019 1.1. Qumica -Teoria - Livro 1

    21/56

    c)TercirioCarbono ligado diretamente a trs outros tomos de

    carbono.

    d)QuaternrioCarbono ligado diretamente a quatro outros tomos

    de carbono.

    CH3

    H3C C CH3

    CH3

    H

    H3C C CH3

    CH3

    325

    MDULO 7Estrutura e Nomes de Compostos Orgnicos:

    Cadeias Carbnicas: Classificao

    1. CADEIAACCLICA OU ABERTA

    Quanto disposio dos tomosNORMAL (apenas duas extremi-

    dades em relao ao C).ExemplosH3C C CH3

    H2

    CH3|CH2|

    H3C CH2 CH2 CH2

    RAMIFICADA (mais de duas ex-tremidades em relao ao C).

    Exemplos

    H|

    H3C C C CH3| H2

    CH3

    H CH3 CH3| | |

    H3C C C C C CH3| | H2 |

    CH3 H CH3

    NotaExistindo carbono tercirio e/ou

    quaternrio, a cadeia ser ramifi-cada.

    Quanto ligaoentre os tomos de carbonoSATURADA (apenas simples

    ligaes entre tomos de carbono).ExemplosH3C C CH3

    H2

    INSATURADA (pelo menos umadupla ou tripla-ligao entre tomosde carbono).

    ExemplosH C C H

    H2C= C C CH3H H2

    Quanto natureza dos tomosHOMOGNEA (sem heteroto-

    mo).Exemplos

    H3C C CH3

    H2H3C C C OH

    H2 H2

    HETEROGNEA (com heteroto-mo).

    Exemplos

    H3C N CH2 CH3H

    H3

    C O CH3

    ObservaoHeterotomo todo tomo

    diferente do carbono entre outrostomos de carbono.

    2. CADEIACCLICA OU FECHADA

    Homocclicas AROMTICA (fechada com

    ncleo benznico).

    ALICCLICA (fechada no aro-mtica).

    Exemplos

    Heterocclicas

    NotaExistem autores que consideram

    cadeia aliftica como sinnimo decadeia aberta. Outros autores usamo termo aliftica com o significado decadeia no aromtica. De acordocom estes ltimos, as cadeias aliccli-

    cas tambm seriam alifticas.

    OO

    C

    CH2H2C

    H2C ou

    H2

    CH2H2C

    H2C

    ou

    CH2

    CH2H2C ou

    CH2

    ou

    CH

    CHHC

    HC

    C

    CH

    H

    OH3C C C C

    H2 H2 OH

  • 7/25/2019 1.1. Qumica -Teoria - Livro 1

    22/56

    326

    MDULO 8 Hidrocarbonetos: Definio e Nomenclatura

    1. HIDROCARBONETO

    DefinioHidrocarboneto todo composto

    orgnico formado exclusivamente decarbono e hidrognio.

    ExemplosCH4; C2H2; C8H18; C6H6...

    Frmula geral: CxHy

    Terminao o

    Tipos de hidrocarbonetos AlcanosHidrocarbonetos de cadeia aber-

    a, saturada, que obedecem fr-

    mula geral.

    ExemplosH3C C CH3, H3C CH3, CH4 etc.H2propano etano metano

    Alcenos (alquenos)Hidrocarbonetos de cadeia aber-

    a, insaturada (dupla-ligao), que

    obedecem frmula geral .

    ExemplosH2C= CH2 (eteno)

    H2C= C C CH3 etc.| H

    2H 1-buteno (but-1-eno)

    Pela nomenclatura IUPAC (Unionternacional de Qumica Pura e

    Aplicada) de 1979, coloca-se onmero indicativo da posio dadupla-ligao antes do nome.

    Exemplo: 2-pentenoPela nomenclatura IUPAC de

    1993, coloca-se o nmero antes dapartcula indicativa da dupla-ligao.

    Exemplo: pent-2-eno

    Alcinos (alquinos)Hidrocarbonetos de cadeia aber-

    ta, insaturada (tripla-ligao), que

    obedecem frmula geral .

    Exemplos

    H C C H (etino)H|

    H C C C CH3|

    H1-butino (but-1-ino)

    Alcadienos (dienos)Hidrocarbonetos de cadeia aberta,

    insaturada (duas duplas-ligaes), que

    obedecem frmula geral .Exemplos

    H2C= C= CH2propadieno

    H2C= C C= CH2| |

    H H1,3-butadieno (buta-1,3-dieno)

    Ciclanos (cicloalcanos)

    Hidrocarbonetos de cadeia fe-chada, saturada, que obedecem

    frmula geral .

    Exemplos

    Ciclenos

    Hidrocarbonetos de cadeia fecha-

    da, insaturada (dupla-ligao), que

    obedecem frmula geral .

    Exemplos

    AromticosHidrocarbonetos de cadeia fe-

    chada que apresentam pelo menosum ncleo benznico.

    Exemplos

    Nomenclaturade hidrocarbonetoscom cadeias normais.Nomenclatura oficial (IUPAC)

    + + O

    Nmero de tomos decarbono

    1C MET 5C PENT2C ET 6C HEX

    3C PROP 7C HEPT4C BUT 8C OCT

    Ligao entretomos de carbono

    Simples

    Dupla

    Tripla

    C C

    AN

    C C

    EN

    C C IN

    N.o de Carbonos Ligao

    ciclopenteno cicloexeno

    (ciclo-hexeno)

    CnH2n 2

    CH2

    H2

    C

    H2Cciclopropano ciclobutano

    CnH2n

    CnH2n 2

    CnH2n 2

    CnH2n

    CnH

    2n + 2

    benzeno naftaleno

  • 7/25/2019 1.1. Qumica -Teoria - Livro 1

    23/56

    327

    MDULO 9 Nomenclatura de Hidrocarbonetos com Cadeias Ramificadas

    1. GRUPOSSUBSTITUINTESOU ORGNICOS

    2. NOMENCLATURA

    DE HIDROCARBONETOSCOM CADEIAS RAMIFICADAS

    Reconhecer a cadeia principal(maior nmero de tomos de carbo-no).

    Numerar a cadeia principal(dar os menores nmeros).

    Dar a localizao das ramifi-caes (substituintes).

    Exemplos

    Escolha da cadeia principal a de maior nmero de to-mos de carbono: HEPTANO.

    Numerao da cadeia principal primeira escolha: localizando as rami -

    ficaes nos tomos de carbono 3 e 6.

    Nome: 3,6-dimetil-heptano (errado)

    Numerao da cadeia principal segunda escolha: localizando as rami-

    ficaes nos tomos de carbono 2 e 5.

    Nome: 2,5-dimetil-heptano (certo),pois a soma 2 + 5 menor que 3 + 6,da numerao anterior.

    Outros exemplos

    ObservaoA dupla e a tripla-ligao tm

    preferncia sobre o grupo substituinte(ramificao) na escolha dos menoresnmeros quando da numerao dacadeia principal.

    H2C=

    C C C=

    C CH3| H2 H HCH32-metil-1,4-hexadieno(2-metil-hexa-1,4-dieno)

    CH3 CH3| |

    H3C C CH2 CH2|

    HC CH3|

    CH3

    2,3,3-trimetil-hexano

    H CH3| |H2C = C C C C CH3

    | | | H2H CH2 H

    3,4-dimetil-1-hexeno(3,4-dimetil-hex-1-eno)

    H|

    H3C C C C C CH3| H2CH3

    5-metil-2-hexino(5-metil-hex-2-ino)

    5 4 3 2H3C CH CH2 CH2 CH CH3

    | |6 CH2 H3C 1

    |7 CH3

    3 4 5 6C C C C C C

    | |2 C 7 C

    |1 C

    C C C C C C CC

    C

    CH3 CH3| |

    HC C C CH| H2 H2 |

    CH3 CH32,5-dimetil-hexano

    CH3 H| |

    H3C C C C C CH3| | H2 H2

    H3C CH3

    2,2,3-trimetil-hexano

    H H| I

    H3C C C CH3| I

    H3C CH3

    2,3-dimetilbutano

    H|

    H3C C C CH3| H2

    H3C

    2-metilbutano ou metilbutano

    H3C

    H3C C H2

    METIL

    ETIL

    H3C C C H2 H2

    PROPIL

    H3C C CH3H

    ISOPROPIL

  • 7/25/2019 1.1. Qumica -Teoria - Livro 1

    24/56

    328

    MDULO 10 Nomenclatura de Hidrocarbonetos com Cadeias Cclicas

    Nos compostos de cadeia fecha-da, d-se o prenome ciclo e, em se-guida, usam-se praticamente asmesmas regras.

    Exemplos

    CH3

    CH31,4-dimetilbenzenoparadimetilbenzeno

    CH3

    CH3

    1,3-dimetilbenzeno

    metadimetilbenzeno

    CH3

    CH3

    1,2-dimetilbenzenoortodimetilbenzeno

    -metilnaftaleno

    CH3

    -metilnaftaleno

    CH3

    naftaleno

    C

    C

    CHH2C

    H2C

    H

    H3-metilciclopenteno

    ou

    CH3

    2

    1

    5

    4 3

    CH3

    C C

    C C CH3H

    C C

    H H

    H H

    metilbenzeno (tolueno)

    ou CH3

    CH2

    C CH3

    H2C C CH3

    CH2

    H

    H

    CH3

    CH3

    ou

    1,2-dimetilciclopentano

    CH2C

    ou

    C

    1,1-dimetilciclopropano

    H2

    CH3

    CH3

    CH3

    CH3

    CHH2C

    ou

    C

    metilciclopropano

    H2CH3 CH3

    CH2H2Cou

    C

    ciclopropano

    H2

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    329

    1. u: UNIDADE CRIADA PARAMEDIR A MASSA DETO MOS E MOLCULAS

    Para se medir a massa de to-mos e molculas, foi criada uma uni-dade compatvel com essa massaextremamente reduzida. a unidadeunificada de massa atmica, u.

    Ficou estabelecido que a u

    da massa do istopo 12 do car-

    bono (tomo do carbono com 6prtons, 6 nutrons; portanto, nmerode massa 12).

    A massa, em grama, da u 1,66 x 1024g.

    2. A MASSA ATMICA (MA)

    a massa de um tomo expres-sa em u.

    Para poder entender o que massa atmica, vamos considerar

    uma balana hipottica, suscetvel massa de tomos. Com ela, pesare-mos os tomos.

    O tomo mais leve que existe ohidrognio comum, constitudo porum prton e um eltron. Sua massaatmica vale 1,008u e usada nosclculos como aproximadamente 1u.Entre os mais pesados, est o ur-nio. Sua massa atmica de238,03u, cerca de 238u.

    3. A MASSA MOLECULAR (MM)

    a massa de uma molculaexpressa em u.

    obtida somando-se as massasatmicas dos tomos que constituema molcula.

    ExemploH2O gua. A molcula da gua

    formada por dois tomos dehidrognio e um de oxignio. Amassa atmica do hidrognio 1u ea do oxignio, 16u. Assim, a massamolecular da gua dada por:MMH2O

    = 2 . 1u + 1 . 16u = 18u.

    112

    MDULO 2 Mol e Massa Molar1. MOL

    Como tomos e molculas somuitssimo pequenos e sua quan-tidade extremamente grande numadada poro de um material, umsistema conveniente adotado pelosqumicos o de cont-los em gruposde 6,02 . 1023 (nmero de Avoga-dro). Assim, foi desenvolvida uma uni-

    dade de contagem cujo nome mol.

    Exemplos1 mol de tomos = 6,02 . 1023 to-

    mos1 mol de tomos de urnio =

    = 6,02 . 1023 tomos de urnio

    1 mol de molculas = 6,02 . 1023 mo-lculas

    1 mol de gua = 6,02 . 1023 mo-lculas de gua

    1 mol de eltrons = 6,02 . 1023 el-trons

    1 mol de nutrons = 6,02 . 1023 nu-trons

    1 mol de ons SO24 =

    = 6,02 . 1023 ons SO24

    Mol a unidade de quan-tidade de matria quecontm 6,02 . 1023 part-culas (tomos, molculas,ons etc. ...).

    MDULO 1Teoria Atmico-Molecular:

    Massa Atmica e Massa Molecular

    FRENTE 3 Qumica Geral e Inorgnica e Fsico-Qumica

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    330

    2. MASSA MOLARDE UM ELEMENTO (M)

    a massa, em gramas, de 1 molde tomos (6,02 . 1023 tomos) doelemento. Ela numericamente igual sua massa atmica. Assim, sa-bendo-se que a massa atmica do

    urnio 238u, a massa molar dournio igual a 238 gramas/mol.

    3. MASSA MOLARDE UMA SUBSTNCIA (M)

    a massa em gramas de 1 molde molculas (6,02 . 1023 molculas)da substncia. Ela numericamen-te igual sua massa molecular.Assim, se a massa molecular dagua 18u, a sua massa molar

    igual a 18 gramas/mol.

    4. RESUMO

    1 mol de 6,02 . 1023 tomos MA(g)tomos

    1 mol de 6,02 . 1023 molculas MM(g)molculas

    MDULO 3 Quantidade de Matria

    1. QUANTIDADE DE MATRIA (n)

    Indica a quantidade de partculas em mols numadeterminada massa do elemento ou da substncia.

    Pode ser determinada pela relao entre a massado elemento ou substncia e a sua massa molar.

    n = ou n =

    Exemplos1) Se temos 595g de urnio, e sabendo que a sua

    massa molar 238g/mol, calculamos:

    n = = 2,5 mol de tomos de urnio.

    2) Se temos 27g de gua, e sabendo que suamassa molar 18g/mol, calculamos:

    n = = 1,5 mol (de molculas de gua).

    Notas1) Ainda existem autores que usam a expresso

    obsoleta nmero de mols como sinnimo dequantidade de matria.

    2) No Brasil, o nome da unidade mol (plural mols)e o smbolo tambm mol. Nos demais pases, o nomeda unidade mole (plural: moles) e o smbolo mol.Lembre-se de que o smbolo no admite plural.

    2. MOL COLEO DE PARTCULAS

    O termo MOL significa uma coleo de 6,02 . 1023

    partculas, ou seja, o nmero de Avogadro de

    partculas.

    mM

    Utilizando onome da unidade

    Utilizandoo smbolo

    3 gramas 3g

    3 mols 3 mol

    27g

    18g/mol

    595g238g/mol

    massamassa molar

  • 7/25/2019 1.1. Qumica -Teoria - Livro 1

    27/56

    331

    3. MOLS DE TOMOSNA MASSA MOLARDA SUBSTNCIA

    Vamos imaginar uma molculaformada por 3 tomos de carbono, 8tomos de hidrognio e 1 tomo deoxignio. Sua frmula molecular C3H8O1.

    Admita agora que em um reci-piente haja 6,02 . 1023 molculas deC3H8O, ou seja, 1 mol de molculas.O nmero de tomos de cadaelemento ser:

    C : 3 . 6,02 . 1023 tomos = 3 mols detomos de C.H : 8 . 6,02 . 1023 tomos = 8 mols de

    tomos de H.O : 1 . 6,02 . 1023 tomos = 1 mol detomos de O.

    Assim, dada a frmula molecular,temos a quantidade, em mols, decada elemento no mol da substncia.

    C3H8O

    O que se conclui que em qual-quer massa de uma substncia a re-lao entre as quantidades, em mols,dos elementos igual relao entreos respectivos nmeros de tomosna molcula.

    Nos exerccios usaremos o se-guinte esquema:

    Para entender como isso seaplica aos exerccios, vamos efetuaras operaes passo a passo.

    MODELO

    1.o PassoPela frmula, C3H8O, sabemos

    que 1 mol do composto tem 3 molsde tomos de carbono. Podemosescrever:

    2.o

    PassoO problema pede o nmero detomos de carbono em 6 gramas docomposto. Vamos substituir o mol demolculas pela massa molar e o molde tomos por 6,02 . 1023 tomos.MMC3H8O

    = 3 . 12u + 8 . 1u + 16u = 60u

    Massa molar = 60g/mol

    C3H8O C 1 mol 3 mols de tomos

    60g 3 . 6,02 . 1023tomos de carbono

    3.o PassoFinalizando, como a pergunta

    qual o nmero de tomos de car-bono (x) em 6g do composto, ob-tm-se:

    C3H8O C 1 mol 3 mols de tomos

    60g 3 . 6,02 . 1023 tomos de C6g xx = 1,806 . 1023 tomos de carbono

    C3H8O C 1 mol 3 mols de tomos

    Qual o nmero de tomosde carbono em 6g de C

    3H

    8O?

    Dados: C = 12u, H = 1u, O = 16u,N.ode Avogadro = 6,02 x 1023.

    Umamolculatem

    Um molde molculas

    tem

    3 tomos de carbono8 tomos de hidrognio1 tomo de oxignio

    3 mols de tomosde carbono8 mols de tomosde hidrognio1 mol de tomosde oxignio

    1 MOL DE TOMOS = 6,02 .1023 TOMOS

    1 MOL DE NUTRONS = 6,02 . 1023 NUTRONS

    1 MOL DE ELTRONS = 6,02 . 1023 ELTRONS

    MDULO 4 Porcentagem e Volume Molar

    1. FRMULA PORCENTUALOU CENTESIMAL

    A frmula percentual de um com-posto fornece as porcentagens emmassa de cada elemento no composto.

    A frmula percentual da gua(frmula molecular H2O) :

    O : 88,89% H : 11,11%

    Isso significa, por exemplo, queem 100g de gua h 88,89g deoxignio e 11,11g de hidrognio.

    A quantidade em mols de cadaelemento no mol da substncia per-mite calcular facilmente a frmula

    percentual. Na verdade, s respon -

    der quantos gramas de cada ele-mento h em 100g do composto.

    MODELO 1

    Vamos comear lembrandoque em 1 mol de C3H8O h 3 mols detomos de carbono.

    Como a massa molar do C3H8O 60g/mol, e a massa molar do C 12g/mol, temos:

    C3H8O C

    1 mol 3 mols de tomos

    60g 3 . 12g

    Finalmente, como queremos sa-ber a frmula percentual do C3H8O,vamos calcular quantos gramas decarbono h em 100g do composto:

    C3H8O C

    1 mol 3 mols de tomos 60g 3 . 12g

    100g x

    x = 60g 60% de carbono

    Qual a frmula percentualdo C3H8O?C = 12u, H = 1u, O = 16u.

  • 7/25/2019 1.1. Qumica -Teoria - Livro 1

    28/56

    332

    O mesmo ser feito para ooxignio e o hidrognio.

    C3H8O O

    1 mol 1 mol de tomos

    60g 1 . 16g

    100g x

    x = 26,66g 26,66% de oxignio

    C3H8O H

    1 mol 8 mols de tomos

    60g 8 . 1g100g x

    x = 13,33g 13,33% de hidro-gnio

    C = 60,00%Frmula

    H = 13,33%Percentual {O = 26,66%

    2. PORCENTAGEM

    Muitos outros exerccios em Qu-mica envolvem o conceito de porcen-tagem estudado em Matemtica.

    MODELO 2

    Clculo da massa molar da H2OMassa molar =

    = 2 . 1g/mol + 16g/mol = 18g/mol

    Clculo da massa molar doMgSO4 . 2H2O

    Massa molar = 24g/mol + 32g/mol+

    + 4 . 16g/mol + 2 . 18g/mol = 156g/mol

    Como em 1 mol do sal deEpson existem 2 mols de gua,temos:

    1 mol de 2 mols

    MgSO42H2O de H2O

    156g 2 . 18g

    100g x

    x = 23,0g de H2O 23,0% deH2O

    MODELO 3

    Dizer que a porcentagem de oxi-gnio na vitamina A de 5,6% signi-fica que cada 100g de vitamina Acontm 5,6g de oxignio.

    1 mol de 1 mol de Ovitamina A

    xg 16g

    100g 5,6g

    x = 285,7g

    M = 285,7g/mol

    3. HIPTESE DE AVOGADRO

    Sejam trs recipientes de mesmovolume (1 litro, por exemplo) contendo,respectivamente, gs carbnico (CO2),oxignio (O2) e metano (CH4). Vamossupor tambm que esses gases seencontrem mesma temperatura e

    presso.

    Avogadro, baseado nas leis pon -derais e volumtricas, sugeriu que,nesses recipientes, o nmero de mo-lculas fosse o mesmo. Esta afirma-o tornou-se conhecida comoHIPTESE DE AVOGADRO, hoje acei-ta como PRINCPIO DE AVOGADRO.

    Volumes iguais de gasesquaisquer, quando medidosnas mesmas condies detemperatura e presso, encer-ram o mesmo nmero de mo-lculas.

    4. VOLUME MOLAR

    o volume ocupado pelo mol.Nas condies normais de tempera-

    tura e presso, 1 mol de qualquer gsperfeito ocupa o volume de 22,4 li-tros.

    CNTPP = 1 atm = 760mmHg = 101325Pa{T = 273K = 0C

    Assim:

    CN1 MOL 22,4L

    CNM 22,4L

    CN6,02 . 1023 molculas 22,4L

    NotaRecentemente a IUPAC mu dou o

    valor da presso normal para100000Pa = 1 bar. O volume de 1 molde gs a 0C e 100000Pa 22,7 litros.

    A vitamina A tem 5,6% deoxignio, alm de carbono ehidrognio, e possui um to-mo de oxignio na molcu-la. Qual a massa molar da vi-tamina A, aproximadamen-te? (O = 16u)

    Qual a porcentagem degua no sal de Epson(MgSO4 . 2H2O) ?

    Dados: Massas molares emg/mol:Mg = 24, S = 32, O = 16, H = 1.

  • 7/25/2019 1.1. Qumica -Teoria - Livro 1

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    333

    1. AS FRMULAS

    As substncias puras tm com-posio constante. Isso significa queuma amostra de gua pura, qualquerque seja sua origem, tem sempre a

    mesma composio. Isso permiterepresentar as substnciaspor frmulas.

    Basicamente, vamos utilizar nosnossos estudos os seguintes tipos defrmulas:

    Frmula molecular a frmula que indica o nmero

    de tomos de cada elemento namolcula.

    A frmula molecular da glicose

    C6H12O6. Isso significa que na mol -cula de glicose existem 6 tomos decarbono, 12 tomos de hidro-gnio e 6 tomos de oxignio.

    Frmula mnimaou emprica a frmula que indica a propor-

    o mnima de tomos de cada

    elemento. Na frmula mnima essaproporo expressa pelos menoresnmeros inteiros possveis. A fr-mula mnima tambm conhecidacomo frmula emprica ou este-quiomtrica. A frmula mnima a

    frmula molecular simplificada.Note que, a partir da frmula m-nima, conhecendo-se a massa mole-cular do composto, sabemos a fr-mula molecular.

    Frmula percentual(em massa) a frmula que indica as por-

    centagens em massa de cada ele-mento constituinte da substncia.

    No caso da glicose, a frmulapercentual :

    C : 40%; H : 6,7%; O : 53,3%

    Determinaoda frmula mnimaO princpio para se determinar a

    frmula mnima de um composto aproporo em mols de cada elementoexistente em dada quantidade de

    substncia. Como j sabemos que,com a frmula molecular, temos dire-tamente a quantidade em mols de ca-da elemento, vamos usar o raciocnioinverso. Conhecendo-se a quantidadeem mols de cada elemento, sabemosimediatamente a frmula do com-posto. Os problemas geralmentetrazem os dados dos elementos queformam o composto em gramas,porcentagem em massa, nmero detomos ou mols de tomos. Para isso,

    voc vai utilizar o esquema abaixo.

    F. Mnima MM(u) F. Molecular

    CH2O 30 CH2O

    CH2O 60 C2H4O2CH2O 90 C3H6O3CH2O 180 C6H12O6

    MDULO 5 Frmulas

    Substncias Frmula Molecular Frmula Mnima Frmula Percentual

    glicose C6H12O6 CH2O C: 40%; H: 6,7%; O: 53,3%

    cido sulfrico H2SO4 H2SO4 H: 2,04%; S: 32,65%; O: 65,30%

    gua H2O H2O H: 11,11%; O: 88,89%

    gua oxigenada H2O2 HO H: 5,88%; O: 94,11%

    eteno C2H4 CH2 C: 85,71%; H: 14,29%

    buteno C4H8 CH2 C: 85,71%; H: 14,29%

    benzeno C6H6 CH C: 92,30%; H: 7,70%

    butano C4H10 C2H5 C: 82,75%; H: 17,25%

    Na tabela acima, voc encontra substncias com suas frmulas. Note que substncias diferentes com a mesma frmula mnima tm tambm

    a mesma frmula percentual.

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    334

    1. CLCULO ESTEQUIOMTRICO

    o clculo das quantidades de reagentes eprodutos que participam de uma reao qumica ou dopreparo de qualquer produto.

    Essas quantidades podem ser expressas dediversas maneiras:

    massa volume quantidade em mols nmero de molculasO clculo estequiomtrico baseia-se na Lei de

    Proust, que permite a aplicao de propores (regrade trs) para sabermos, previamente, a massa ou ovolume necessrio ou produzido numa reao qumica.

    Os coeficientes mostram-nos a proporo, em mols,dos participantes da reao qumica.

    Como sabemos, 1 mol est relacionado comdiversas grandezas, como se segue:

    Vejamos, agora, o quadro abaixo, que mostraquantidades envolvidas em uma reao qumica. Soconhecidas as massas molares: CO(28g/mol);O2(32g/mol); CO2(44g/mol).

    2. REGRAS GERAIS PARAO CLCULO ESTEQUIOMTRICO

    Escrever a equao qumica do processo.Exemplo: Combusto do monxido de carbono.CO + O2 CO2 Acertar os coeficientes estequiomtricos da

    equao.Exemplo : 2 CO + O2 2CO2Assim, voc ter a proporo em mols entre os

    participantes. Esses coeficientes lhe daro uma ideiada relao segundo a qual as substncias secombinam.

    Montar a proporo basean do-se nos dados e nasperguntas do problema (massa-massa, massa-quan-

    tidade em mols, massa-volume etc.).

    Utilizar regras de trs para chegar resposta.Exemplos

    Resoluomassa volume

    (CNTP)

    2 CO(g) +

    1.32g 2.22,4L =

    16g x

    16g . 2 . 22,4L

    x = = 22,4L32g

    Resposta: 22,4L de gs carbnico ou 22,4dm3.

    Resoluomol volume

    (CNTP)

    + 1O2(g)

    2 mols 2.22,4L =

    x 4,48L

    4,48L . 2 molsx = = 0,2 mol

    2 . 22,4L

    Resposta: 0,2 mol de monxido de carbono.

    Resoluomols mols

    2 CO(g) +

    1 mol 2 mols =

    x 5 mols5 mols . 1 mol

    x = = 2,5 mols2 mols

    Resposta: 2,5 mols de gs oxignio.

    massa: M.M. em gramasvolume

    1 mol {de gs : 22,4dm3nas CNTPmolculas: 6.1023 molculas

    2CO(g) + 1O2(g) 2CO2(g)mols 2 mols 1 mol 2 mols

    massas 2 . 28g 1 . 32g 2 . 44g

    volumesnas CNTP

    2 . 22,4L ou2 . 22,4dm3

    1 . 22,4L ou1 . 22,4dm3

    2 . 22,4L ou2 . 22,4dm3

    molculas 2 . 6 . 1023

    molculas1 . 6 . 1023

    molculas2 . 6 . 1023

    molculas

    2CO2(g)1O2(g)

    3. Qual a quantidade em mols de

    oxignio necessria para produzir 5 molsde gs carbnico?

    2 CO2(g)2 CO(g)

    2. Qual a quantidade em mols demonxido de carbono necessria paraformar 4,48L de gs carbnico, nasCNTP?

    2CO2(g)1O2(g)

    1. Qual o volume de gs carbnico, nasCNTP, quando empregamos 16g de

    oxignio na reao com monxido decarbono?

    MDULO 6Clculo Estequiomtrico: Coeficientes:

    Proporo entre as Quantidades de Matria

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    335

    MDULO 7 Reagente em Excesso, Pureza e Rendimento

    1. REAGENTE EM EXCESSO

    Quando o problema fornece asquantidades de dois reagentes,provavelmente um deles est emexcesso, pois, caso contrrio, bas-taria dar a quantidade de um deles ea quantidade do outro seria cal-culada. Para fazer o clculo este-quiomtrico, baseamo-nos no rea-gente que no est em ex-cesso (reagente limitante). Pa-ra isso, o primeiro passo deter-minar o reagente em excesso.

    Exemplo

    Resoluo Verificar qual a substncia em

    excesso.2 mol de H2 reagem com 1 mol de O2.

    4g de H2 32g de O23g de H2 x

    3g x 32gx = = 24g de O24g

    Como 3g de H2 reagem com 24gde O2, existindo no recipiente 30gde O2, conclui-se que sobram30g 24g = 6g de O2 em excesso(sem reagir).

    Clculo da quantidade de gua.2 mol de H2 2 mol de H2O

    4g 36g3g y

    3g x 36gy = = 27g de H2O4g

    2. PUREZA

    Muitas vezes, a substncia rea-gente est acompanhada de impu-

    rezas. Surge ento o conceito depureza. Por exemplo:Fe2O3 com 80% de pureza signi-

    fica que em 100g de Fe2O3 impuro(Fe2O3 + areia + etc.) existem 80g deFe2O3 puro e 20g de impurezas(areia etc.). Assim, se numa reaoestamos usando 150g de Fe2O3 com80% de pureza, significa que amassa real de Fe2O3 120g, ou seja,

    . 150g = 120g.

    Essa pureza pode ser deter-minada pelo quociente entre a massada substncia pura e a massa totalda amostra.

    massa da subst. puraP = x 100

    massa da amostra

    Essa porcentagem de purezaindica qual a real quantidade de umasubstncia na amostra fornecida.

    Exemplo

    Resoluo100g de calcrio 80g de CaCO3200g de calcrio x

    3. RENDIMENTOQuando o problema no faz refe-

    rncia, considera-se rendimento de100%, isto , a quantidade de pro-duto formada aquela calculada deacordo com os coeficientes este-quiomtricos. No entanto, em razode vrios motivos, a quantidade de

    produto obtida menor que a cal-culada. Quando dizemos rendimentode 90%, significa que na prticaobtm-se 90% da quantidade cal-

    culada de acordo com os coeficientes.O rendimento pode ser calculadopelo quociente entre a quantidadereal obtida e a quantidade teo-ricamente calculada.

    quantidade realR = x 100

    quantidade terica

    Exemplo

    Dadosmassa molar do CaCO3 = 100g/mol

    Resoluo1 mol de CaO 1 mol de CO2 1 mol deCaCO32 mol de CaO 2 mol de CO2 x

    1 mol de CaCO3 100g2 mol de CaCO3 y

    200g de CaCO3 100% de rendimentoz 60% de rendimento

    z = 120g de CaCO3

    y = 200g de CaCO3

    x = 2 mol de CaCO3

    Qual a massa de CaCO3obtida na reao de 2 mol deCaO com 2 mol de CO2, se orendimento for 60%?

    CaO + CO2 CaCO3

    x = 160g de CaCO3

    Qual a massa de CaCO3presente em uma amostrade 200g de calcrio, cujapureza de 80%?

    80100Na reao:

    2 H2 + O2 2 H2Ocolocando-se em presena3g de hidrognio e 30g deoxignio, qual a massa degua formada?

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    MDULO 8 Termoqumica: Reaes Exotrmicas e Endotrmicas

    1. PROCESSO EXOTRMICO E ENDOTRMICO

    Todas as reaes qumicas e todas as mudanasde estado fsico liberam ou absorvem calor.

    Exemplo: mudanas de estados fsicos

    Exemplo: reaes qumicas

    A queima da grafita libera calor para o meioambiente (reao exotrmica).C(gr) + O2(g) CO2(g) + calor A decomposio trmica do xido de mercrio

    (II) necessita de calor do meio ambiente (reao en -dotrmica).

    HgO(s) + calor Hg(l) + O2(g)

    2. CALOR DE REAO

    O calor liberado ou absorvido por uma reao qu -mica recebe o nome de calor de reao, podendo

    ser medido em joules, quilojoules, calorias ouquilocalorias.

    O calor de reao pode ser determinado experi-mentalmente (com um calormetro) ou por meios tericos(sero vistos nas aulas seguintes).

    Esquema de um calormetro a volume constante:

    O calor envolvido na reao faz aumentar ou diminuira temperatura da gua, portanto, podemos concluir:

    Qreao = QguaQgua = m . c . t

    Q = quantidade de calorm = massa em gramasc = calor especfico da gua

    t = variao da temperatura

    3. ENTALPIA (H)

    A queima da grafita, representada pela equaoqumica a seguir, libera energia na forma de calor.

    C(gr) + O2(g) CO2(g) + calorDe onde veio essa energia na forma de calor?

    Resposta: a energia liberada na forma de calorestava contida nos reagentes (grafita e oxignio), equando eles se transformaram no produto (gscarbnico), essa energia foi liberada.

    possvel, ento, concluir que cada substnciadeve apresentar um certo contedo de energia,denominado entalpia e representado pela letra H.

    O valor numrico do calor proveniente dadiferena: Hfinal Hinicial.

    Calor = Hfinal Hinicial

    4. VARIAO DE ENTALPIA (H)

    No conhecida nenhuma maneira de determinar aentalpia de uma substncia. Na prtica, o queconseguimos medir a variao de entalpia (H)

    de um processo, utilizando calormetros.O H corresponde ao calor liberado ou absorvido

    durante o processo, realizado a presso constante. Oclculo da variao da entalpia dado pela expressogenrica:

    H = Hfinal Hinicial

    H = calor liberado ou absorvido em qualquerprocesso fsico e qumico (presso constante).

    C(gr) + O2(g) CO2(g) + calor

    Hinicial Hfinal

    )cal1

    g. oC(

    Processos exotrmicos liberam calor

    Processos endotrmicos absorvem calor

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    5. H NAS REAES QUMICAS

    Em uma reao qumica o estado inicial dadopelos reagentes e o estado final, pelos produtos. Veja oesquema:

    Hinicial = Hreagentes = Hr Hfinal = Hprodutos = Hp

    CALOR DA REAO = H = Hp Hr

    6. H NAS REAES EXOTRMICAS

    O sistema perde energia, pois calor liberado.

    Hprodutos < HreagentesHp < HrHp Hr < 0

    H < 0

    H

    H < 0 indica reao exotrmica

    Exemplo

    Cr(gr) + O2(g) CO2(g) H = 394kJ

    Interpretao: quando 1 mol de Cgrafita reagecom 1 mol de O2(g) a fim de originar 1 mol de CO2(g),a reao libera 94 kcal para as vizinhanas.

    Outra maneira de representar uma equaoqumica de uma reao exotrmica:

    Cr(gr) + O2(g) CO2(g) + 394kJ

    Graficamente, temos:

    7. H NAS REAES ENDOTRMICAS

    O sistema ganha energia, pois calor absorvido.Hprodutos > HreagentesHp > HrHp Hr > 0

    H > 0

    H

    H > 0 indica reao endotrmica

    Exemplo

    HgO(s) Hg(l) + O2(g) H = + 91kJ

    Interpretao: quando 1 mol de HgO(s) se de-compe em um 1 mol de Hg(l) e 1/2 mol de O2(g), areao absorve 91kJ das vizinhanas.

    Outra maneira de representar uma equao

    qumica de uma reao endotrmica:

    HgO(s) + 91kJ Hg(l) + O2(g)

    Graficamente, temos:

    H depende

    da quantidade das substnciasCgrafita + O2(g) CO2(g)1mol 1mol 1mol

    H = 94kcal (25oC, 100 kPa)libera 94kcal

    2Cgrafita + 2O2(g) 2CO2(g)2mol 2 mol 2 mol

    H = 188kcal (25oC, 100 kPa)libera 188kcal

    A quantidade de calor de um processo (H) diretamente proporcional quantidade dematria (mols) de seus participantes.

    calor absorvido

    calor liberado

    ProdutosReagentes

    Estado finalEstado inicial

    REAO QUMICA

    337

  • 7/25/2019 1.1. Qumica -Teoria - Livro 1

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    do estado fsico das substncias

    Assim, a sntese da gua slida libera mais calorque a sntese da gua gasosa e gua lquida.

    do estado alotrpicoCgrafita + O2(g) CO2(g)

    H = 94kcal

    Cdiamante+ O2(g) CO2(g)

    H = 94,5kcal

    A substncia simples diamante tem um contedo

    energtico maior que a substncia simples grafita, poisna sua combusto libera mais calor. da temperatura e da presso (se houver gs na

    reao)A temperatura fixada em 25C.A presso fixada em 100 kPa.

    NotaQuando a reao realizada a 25C e 100 kPa, o

    H chamado de padro e simbolizado por H0.

    ExemploCgrafita + O2(g) CO2(g) H

    0 = 394kJ

    H2O(g)

    H2O(l)

    H2O(s)

    H = 70kcal

    H2(g) + O2(g)1

    2

    H = 58kcal

    H = 68kcal

    338

    MDULO 9 Lei de Hess: Clculo de Calor de Reao

    1. INTRODUO

    Existem reaes em que muitodifcil medir o H da reao. Hvrios motivos para essa dificuldade;algumas so explosivas, outras muitoentas e h tambm aquelas que

    apresentam rendimento muito baixoou que formam outros produtos almdos desejados.

    2. LEI DE HESS

    Hess descobriu um mtodo decalcular o H de uma reao semrealiz-la, desde que se conheamalguns outros valores adequados deH.

    Vamos examinar a oxidao docarbono, na forma de grafita, re-presentada por C(gr), a dixido decarbono.

    C(gr) + O2(g) CO2(g)H = 393,5kJ

    Pode-se imaginar que essa rea-o acontea em duas etapas. Aprimeira a oxidao do carbono amonxido de carbono.

    C(gr) + 1/2O2(g) CO(g)H

    1= ?

    No fcil fazer a medidaexperimental, pois no se consegueimpedir a combusto da grafita adixido de carbono.

    A segunda etapa a oxidaodo monxido de carbono a dixido

    de carbono:

    CO(g) + 1/2O2(g) CO2(g)

    H = 283kJ

    Somando as duas etapas, temos:

    C(gr) + 1/2O2(g) CO(g)

    H1 = ?

    CO(g) + 1/2O2(g) CO2(g)

    H2 = 283kJC(gr) + O2(g) CO2(g)

    H = 393,5kJ

    H = H1 + H2 393,5kJ = H1 + ( 283,0kJ)

    H1 = 110,5kJ

    Representando em um diagrama:

    Conclumos que o enunciado daLei de Hess :

    A variao de entalpia de

    uma reao igual soma dasvariaes de entalpia das eta-pas intermedirias.

    H = H1 + H2 + ...

    Vamos ver outro exemplo deaplicao da Lei de Hess.

    Considere a equao:2C(gr) + 3H2(g) + 1/2O2(g) C2H6O(l) H = ?

  • 7/25/2019 1.1. Qumica -Teoria - Livro 1

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    O valor do H dessa reaopode ser calculado a partir de outrastrs equaes:

    I. C(gr) + O2(g) CO2(g)

    H = 394kJ

    II. H2(g) + 1/2O2(g) H2O(l)

    H = 286kJ

    III. C2H6O(l) + 3O2(g)

    2CO2(g) + 3H2O(l)

    H = 1368kJ

    Vamos trabalhar com as equa-es I, II e III, de modo que a somadelas nos permita obter a equao

    termoqumica desejada. Para isso,devemos:a) multiplicar a equao I por 2

    para obter 2C(gr);b) multiplicar a equao II por 3

    para obter 3H2(g);c) inverter a equao III para

    obter C2H6O(l) no produto.

    Ento, obtemos:

    2C(gr) + 2O2(g) 2CO2(g)

    H = 788kJ

    3H2(g) + 3/2O2(g) 3H2O(l)

    H = 858kJ

    2CO2(g) + 3H2O(l)

    C2H6O(l) + 3O2(g)

    H = + 1368kJ2C(gr) + 3H2(g) + 1/2O2(g)

    C2H6O(l) H = 278kJ

    Observaes Quando uma equao termo-

    qumica multiplicada ou divididapor um determinado valor, seu Htambm ser multiplicado ou divididopelo mesmo valor.

    Quando uma equao termo-qumica for invertida, o sinal de seuH tambm ser invertido.

    A Lei de Hess aborda a varia-o de entalpia de combusto, as-sunto que ser estudado a seguir.

    3. ENTALPIA-PADRODE COMBUSTO: H0C

    a variao de entalpia (H0C)por mol de uma substncia que queimada em uma reao de com-busto em condies-padro (100kPa, 25C).

    Exemplos

    Combusto da grafitaC(gr) + O2(g) CO2(g)

    H0C = 393,5kJ

    Combusto do etanol

    C2H6O(l) + 3O2(g)

    2CO2(g) + 3H2O(l)

    H0C = 1368kJObservao

    As entalpias-padro de reao,simbolizadas por H0, indicam rea-es nas quais os reagentes e pro-dutos esto em seus estados-padro(100 kPa e 25C).

    Nota

    H0C = pode tambm ser cha-

    mado de calor de combusto

    339

    MDULO 10 Clculo do H a partir dos Calores de Formao

    1. ENTALPIA-PADRO DE FORMAO: H0f

    a variao de entalpia (H0f ) na reao deformao de 1 mol de uma substncia a partir de subs-tncias simples no estado-padro (100 kPa, 25C).

    O estado-padro de uma substncia simples aforma fsica e alotrpica mais abundante em queela se apresenta a 25C e 1 atm.

    H2(g) padro

    Fe(s) padro

    Br2(l) padro

    H2(l) no padro

    Fe(l) no padro

    Br2(v) no padro

    O2 (g) padro

    C (gr) = grafita padro

    O3 (g) no padro

    C (d) = diamante no padro

    Srmbico padro

    Smonoclnico no padroExemplos

    H0f = 68kcal

    entalpia de formao

    da gua lquida

    H0f = + 19kcal

    Sromb: enxofre rmbico entalpia de formao

    do sulfeto de

    carbono lquido

    C(gr) + 2Sromb CS2(l)

    1H2(g) + O2(g) H2O(l)2

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    H0f = + 34kcal

    entalpia de formao

    do oznio gasoso

    2C(gr) + 3H2(g)+ 1/2O2(g) C2H6O(l) H0f = 278kJ

    entalpia de formaodo etanol

    H0f : pode tambm ser chamado de calor de

    formao.

    Importante

    Substncia simples no estado-padro Hf0 = 0

    Hf0 de H2(g) = 0 Hf

    0 de H2(l) 0

    Hf0 de N2(g) = 0 Hf

    0 de N2(l) 0

    Hf0 de Br2(l) = 0 Hf

    0 de Br2(g) 0

    Hf0 de Na(s) = 0 Hf

    0 de Na(l) 0

    Hf0 de O2(g) = 0 Hf

    0 de O3(g) 0

    Hf0 de C(gr) = 0 Hf

    0 de C(d) 0

    2. CLCULO DO H PELO MTODO

    DAS ENTALPIAS DE FORMAO

    As entalpias de formao das substncias podem

    ser usadas para calcular o H de uma reao. Para isto,

    aplicamos a seguinte frmula:

    : somatria

    Seja uma equao genrica:

    aA + bB cC + dD H = ?

    a.H0fA b.H0fB c.H

    0fC d.H

    0fD

    H0 = H0f produtos H0f reagentes

    H0 = [c . H0fC + d . H0fD] [a . H

    0fA + b . H

    0fB]

    3. EXEMPLO

    Calcular o H do processo:

    CH4(g) + 2 O2(g) CO2(g) + 2 H2O(l)

    Reao CH4(g) + 2 O2(g) CO2(g) + 2 H2O(l)

    H0f(kcal/mol) 17 0 94 2 (68)

    17 94 136 = 230

    H0 = H0fprodutos H0freagentes

    H0 = 230 (17)

    3 O2(g) O3(g)

    2

    H0 = 213kcal

    H0 = H0f produtos H0f reagentes

    Tabela de Hf (kcal/mol)

    C(gr) zero CH3OH(l) 57,0 NaCl(s) 98,6 CH4(g) 17,0

    C(d) +0,5 O2(g) zero N2(g) zero H2O(l) 68

    CO2(g) 94,0 O3(g) +34,0 NH3(g) 11,0 CS2(l) +19

    340

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    341

    1. CONCEITO DE QUMICA

    Qumica a cincia que estuda aconstituio, as propriedades e astransformaes das substncias.

    A Qumica o ramo da cinciaque procura responder s seguintesquestes: de que se compem assubstncias? Qual a relao entre assuas propriedades e sua compo-sio? Como reage uma substnciacom outra? importante para o qu-mico saber a resposta a essas per-

    guntas, no porque precise des co-brir novos plsticos, novos remdios,novas ligas, mas sim porque querentender o mundo que o rodeia.

    2. TEORIA ATMICA CLSSICA

    1803, John Dalton, em sua teo-ria, sups:

    toda matria fundamental-mente constituda de tomos;

    tomos no podem ser subdi-

    vididos nem transformados e so ma-cios. Transformaes qumicas na-

    da mais so que unio ou separaode tomos.

    3. MATRIA

    tudo o que ocupa lugar noespao fsico e tem massa.

    Exemplos: gua, madeira, fer-ro, petrleo, ar etc.

    4. ELEMENTO QUMICO

    Elemento o conjunto de tomosiguais.

    5. MOLCULA

    Molcula um agrupamento detomos, iguais ou diferentes, ligados.

    2N N2Frmula molecularFornece o nmero de tomos de

    cada elemento existente na molculada substncia.

    ndice: indica o nmero de to-mos do elemento na molcula.

    6. SUBSTNCIA PURA a espcie de matria constituda

    por molculas quimicamente iguais.Exemplos: gua: H2O

    Gs cloro: Cl2

    Substncia simples formada por um nico ele-

    mento qumico.Exemplos: H2 (hidrognio), O2

    (oxignio), I2 (iodo), Fen (ferro), O3(oznio), S8 (enxofre) etc.

    Substncia composta oucomposto formada por mais de um

    elemento qumico.Exemplos: C6H12O6 (glicose),

    CO2 (gs carbnico), C10H8 (naf-taleno), C6H6 (benzeno), H2SO4 (cidosulfrico) etc.

    7. MISTURA

    a reunio de duas ou maissubstncias diferentes.

    Exemplos: ar (N2 + O2 + Ar + CO2),lcool hidratado (C2H6O + H2O), ga-

    solina (mistura de hidrocarbonetos,CxHy), gua do mar (gua + sais),ouro 18K (75% de Au e 25% de Ag ou

    Cu), lato (Cu + Zn), ao (Fe + C) etc.

    ObservaoMistura no tem frmula.Normalmente, indicada a fr-

    mula dos componentes.

    As molculas de gs nitrognio(N2) e de cloreto de hidrognio (HCl)permanecem inalteradas, emboraestejam juntas.

    Substnciapura

    Simples: Cl2

    Composta: H2Oe

    Substncia Frmula

    gua H2O

    acar(sacarose) C12H22O11

    amnia NH3lcool C2H6O

    fsforo P4oznio O3

    gua oxigenada H2O2

    Elemento Smbolo

    Hidrognio H

    Carbono C

    Sdio Na (Natrium)

    Cloro Cl

    MDULO 1Substncia e Mistura: Substncia Simples,

    Substncia Composta e Mistura

    FRENTE 4 Qumica Geral e Inorgnica

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    342

    1. ALOTROPIA

    Um elemento qumico pode dar ori-gem a diversas substncias simplesdiferentes, chamadas de altropos.

    Exemplos: Carbono:C

    ngrafita (arranjo hexagonal dos

    tomos).Cn diamante (arranjo cbico dos

    tomos).Diamante e grafita apresentam

    estruturas cristalinas diferentes.Oxignio:O2 oxignio (atomicidade igual a

    2), incolor.O3 oznio (atomicidade igual a

    3), azul.Os altropos apresentam pro-

    priedades qumicas semelhantes epropriedades fsicas diferentes, e um

    deles apresenta maior estabilidadeque o outro.

    Observao: Outros elemen-tos, alm de carbono e oxignio, po-dem apresentar o fenmeno da alo-tropia. Como exem plos, podemoscitar:

    2. FULERENOS

    Em 1985, foi divulgada em umapublicao cientfica a descoberta deuma molcula tridimensional de car-bono, na qual 60 tomos formam umaesfera com 12 pentgonos e 20hexgonos, como uma bola de futebol.Em homenagem ao arquiteto e pen-sador norte-americano BuckminsterFuller, a molcula foi denominadabuckminsterfullerene ou simples mentebuckyball ou futeboleno.

    Outras molculas de carbonoforam descobertas (C90, C120 etc.), ea elas deu-se o nome de fulerenos.

    Elemento Variedades Alotrpicas

    Oxignio (O) Oxignio (O2) Oznio (O3)

    Carbono (C) Grafita (Cn) Diamante (Cn)

    Fsforo (P) Vermelho (Pn) Branco (P4)

    Enxofre (S) Rmbico (S8) Monoclnico(S8)

    fsforofsforo branco P4fsforo vermelho Pn

    enxofreenxofre (rmbico) S8enxofre (monoclnico) S8

    MDULO 2 Elemento e Substncia Simples Alotropia

    As formas alotrpicas do carbono.

    1. FASE

    Exemplos

    Observaes A fase pode ser uma substncia pura (gua) ou

    uma mistura (gua + lcool).

    O nmero de fases no obrigatoriamente igual

    ao nmero de componentes.

    Exemplogua + lcool: 1 fase, 2 componentes.

    Uma fase no precisa ser contnua.

    2. MATERIAL HOMOGNEO OU MATRIAHOMOGNEA OU SISTEMA HOMOGNEO

    qualquer material monofsico (1 fase), mesmo aoser examinado ao ultramicroscpio. Pode ser umasubstncia pura ou uma mistura homogneaou soluo.

    Fase cada poro homognea de ummaterial.

    MDULO 3 Materiais Homogneos e Heterogneos

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    NotaAs propriedades fsicas dos materiais homogneos so iguais em toda a sua extenso.

    Observaes

    Mistura homognea ou soluo: todamistura que apresenta uma nica fase.

    Lquidos miscveis: lquidos que formam umasoluo.

    3. MATERIAL HETEROGNEO OU MATRIA HETEROGNEA OU SISTEMA HETEROGNEO

    qualquer material polifsico (2 ou mais fases) a olho nu ou ao ultramicroscpio. Pode ser uma substnciapura em mudana de estado fsico ou mistura heterognea.

    material homogneo (1 fase) /

    substncia pura

    material homogneo (1 fase) /

    mistura homognea ou soluomaterial homogneo (1 fase) /

    mistura homognea ou soluo

    material homogneo (1 fase) / mis-tura homognea ou soluo

    material heterogneo (2 fa-

    ses) / substncia pura

    material heterogneo (2 fa-

    ses) / substncia pura

    material heterogneo (2 fa-

    ses) / mistura heterognea

    material heterogneo (2 fases) /

    mistura heterognea

    material heterogneo

    (3 fases) / mistura heterognea

    escuro: mica

    esbranquiado: quartzo

    marrom: feldspato

    Observaes

    Mistura heterognea: toda mistura que apre-senta pelo menos 2 fases.

    Lquidos no miscveis (imiscveis): so l-quidos que formam uma mistura heterognea.

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    Resumo importante

    As misturas formadas por n slidos apresentam n fases, desde que estes slidos no formem uma soluoslida.

    ExemplosSal + acar = mistura heterognea bifsica.Sal + acar + areia = mistura heterognea trifsica.

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    MDULO 4 Separao de Misturas Heterogneas

    1. ANLISE IMEDIATA

    Processos fsicos usados para separar os componentes de uma mistura heterognea ou uma mistura homognea(soluo).

    2. PRINCIPAIS PROCESSOS DE SEPARAO DOS COMPONENTES DE UMA MISTURA HETEROGNEA

    substncia A

    anliseA + B

    imediatasubstncia B

    Estados fsicos dos componentes Mtodo e procedimento Exemplos

    Slidos com um componente magntico

    (Fe, Co, Ni).

    Separao magnticaAproximando um m, o compo-

    nente magntico atrado.

    Separar a limalha de ferro do

    p de enxofre.

    Slidos com um componente que se

    sublima com facilidade.

    Sublimao

    Aquecendo a mistura, um doscomponentes sublima-se.

    iodo + areia

    naftaleno + areia

    Slido + lquido(2 fases)

    Filtrao

    Usa-se um filtro que retm ocomponente slido.

    gua + areiacoar caf (adicionamos

    gua quente para fazermosa extrao de substncias

    solveis presentes no p de

    caf).

    Lquidos no miscveis

    (2 fases)

    Decantao com funil de

    bromo (funil de separao)

    Abrindo a torneira do funil, o lquido

    mais denso escoar.

    leo + guagasolina + gua

    ter + gua

    Slidos (solubilidades diferentes num certolquido).

    Dissoluo fracionada

    A mistura colocada num lquido

    que dissolve um s componente; ocomponente insolvel separado

    da soluo por filtrao; por aque-cimento, separa-se o lquido docomponente dissolvido.

    Separar o sal da areia, utili-zando gua.

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    Observaes Separao magntica

    Filtrao simples

    s vezes a filtrao simples muito lenta, como no caso damistura gua e farinha. Para

    acelerar esse tipo de filtrao,utiliza-se a filtrao a v-cuo ou a presso redu-zida.

    A filtrao tambm utilizadapara separar os componentesde uma mistura slidogs.

    Exemploaspirador de p.

    Decantao comfunil de bromo(funil de separao)

    Dissoluo fracionada

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    3. OUTROS PROCESSOSDE SEPARAO DOSCOMPONENTES DE UMAMISTURA HETEROGNEA

    LevigaoProcesso utilizado para separar

    slidos de diferentes densidades, ge-ralmente por meio de corrente de gua.

    Exemplo: A levigao apli-cada para separar areia do ouro nosgarimpos: a areia menos densa e,por isso, arrastada pela gua cor-rente, o ouro, por ser mais denso,permanece no fundo da ba