geografia 10º - guia do professor
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Autores: Conceição Gomes, Margarida Morgado, Celeste Coelho. / Conceção e elaboração: Universidade de Aveiro. / Coordenação geral do Projeto: Isabel P. Martins e Ângelo Ferreira. / Cooperação entre o Ministério da Educação de Timor-Leste, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Universidade de Aveiro. / Financiamento do Fundo da Língua Portuguesa.TRANSCRIPT
República Democrática de Timor-LesteMinistério da Educação
Guia do ProfessorGEOGRAFIA10.o ano de escolaridade
Os sítios da Internet referidos ao longo deste livro encontram-se ativos à data de publicação. Considerando a existência de alguma volatilidade na Internet, o seu conteúdo e acessibilidade poderão sofrer eventuais alterações.
TítuloGeografia - Guia do Professor
Ano de escolaridade10.o Ano
AutorasConceição GomesMargarida MorgadoCeleste Coelho
Coordenadora de disciplinaCeleste Coelho
Colaboração das equipas técnicas timorenses da disciplina Este guia foi elaborado com a colaboração de equipas técnicas timorenses da disciplina, sob a supervisão do Ministério da Educação de Timor-Leste.
IlustraçãoJoana SantosCelso AssunçãoRui Pereira
Design e PaginaçãoEsfera Crítica Unipessoal, Lda.Plural Design
Impressão e AcabamentoGrafica Nacional, Lda.
ISBN978 - 989 - 8547 - 11 - 8
1ª Edição
Conceção e elaboraçãoUniversidade de Aveiro
Coordenação geral do ProjetoIsabel P. MartinsÂngelo Ferreira
Ministério da Educação de Timor-Leste
2012
Este guia de professor é propriedade do Ministério da Educação da República Democrática de Timor-Leste, estando proibida a sua utilização para fins comerciais.
Índice
1 Apresentação do Guia do Professor
2 Programa de Geografia – 10.º ano de escolaridade2.1 Apresentação geral das unidades temáticas 2.2 Planificação a longo prazo das unidades temáticas do programa de Geografia – 10.º ano de escolaridade2.3 Sugestões metodológicas gerais2.4 Avaliação das aprendizagens dos alunos2.5 Instrumentos de avaliação
5
6 68
91012
Timor-Leste, na Ásia e no Mundo
1 Planificação a médio prazo
2 Sugestões metodológicas
3 Mapas organizadores de conceitos
4 Instrumentos de avaliação
5 Documentos de apoio
6 Recursos web e bibliografia de apoio
15
15
17
19
21
22
1
As paisagens de Timor-Leste
1 Planificação a médio prazo
2 Sugestões metodológicas
3 Mapas organizadores de conceitos
4 Instrumentos de avaliação
5 Documentos de apoio
6 Recursos web e bibliografia de apoio
24
26
34
38
46
48
2
3
Os recursos de Timor-Leste: características, potencialidades e ameaças
1 Planificação a médio prazo
2 Sugestões metodológicas
3 Mapas organizadores de conceitos
4 Instrumentos de avaliação
5 Documentos de apoio
6 Recursos web e bibliografia de apoio
50
54
78
86
109
115
3
Soluções das atividades complementares do Manual do Aluno
Glossário complementar
118
123
4
1. APRESENTAÇÃO DO GUIA DO PROFESSOR
As autoras do Manual do Aluno de Geografia – 10.º ano de escolaridade consideraram
pertinente fornecer aos professores de Geografia, responsáveis pela lecionação da disciplina
de Geografia, sugestões metodológicas, documentos de apoio para a leccionação das
unidades temáticas e recursos materiais que podem enriquecer/complementar a atividade
docente. Justificam esta opção pelo facto de existir uma grande diversidade de escolas, de
turmas e de alunos e respetivos contextos sociais e culturais, pelo que a diversidade de
materiais que apresentam no Guia do Professor não pode ser incluída no Manual do Aluno.
No Guia do Professor encontra algumas orientações que podem ser úteis para a definição
dos critérios de avaliação da disciplina de Geografia, uma planificação a longo prazo dos
conteúdos programáticos e orientações para a elaboração de alguns instrumentos de
avaliação dos alunos.
Para cada unidade temática que constitui o programa de Geografia do 10.º ano de
escolaridade encontra no Guia do Professor:
• planificação a médio prazo;
• sugestões metodológicas;
• mapas organizadores de conceitos;
• instrumentos de avaliação;
• documentos de apoio;
• recursos Web e bibliografia de apoio.
Todas as sugestões apresentadas estão de acordo com o programa de Geografia e encontram-
-se articuladas com os recursos didáticos apresentados. As sugestões fornecidas podem
ser relevantes para diversificar, completar ou adaptar o manual a diferentes contextos e a
diferentes ritmos de aprendizagem dos alunos.
As autoras do Guia do Professor esperam que este recurso didático seja útil para a prática
pedagógica e corresponda às suas expectativas!
As Autoras
5
6 | Geografia, 10.o ano de escolaridade
2. PROGRAMA DE GEOGRAFIA – 10.º ANO DE ESCOLARIDADE2.1. Apresentação geral das unidades temáticas
Os conteúdos do programa de Geografia propostos para o 10.º ano de escolaridade estão organizados em três
unidades temáticas que devem ser lecionadas de forma sequencial, tal como se encontra representado na
Figura 1, embora se deva revisitar os conteúdos abordados nas unidades temáticas anteriores, sempre que se
considerar necessário.
Assim, o programa de Geografia do 10.º ano de escolaridade valoriza uma abordagem centrada nos aspetos
físicos do território de Timor-Leste. Esta constitui-se como ponto de partida e suporte para a abordagem dos
recursos humanos, culturais e económicos e do ordenamento e gestão sustentável do território timorense, que
será efetuada nos 11.º e 12.º anos de escolaridade. As características naturais do território de Timor-Leste,
insularidade, relevo, clima, solo, subsolo e cobertura vegetal, moldaram a cultura do povo timorense ao longo
do tempo.
A apropriação do espaço e dos recursos naturais, pelos timorenses, deve apoiar-se não apenas no conhecimento
sistemático das potencialidades do país, indutoras do crescimento económico que se deseja, mas também na
vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos extremamente complexos, mas frágeis.
Pretende-se, assim, que os alunos conheçam os aspetos físicos do seu país, que vão condicionar a vida dos
cidadãos timorenses, sem perder de vista uma abordagem mais abrangente, necessária para compreender a
interligação entre os fenómenos locais e globais.
Na Figura 2 são apresentados exemplos de questões orientadoras para as unidades temáticas do programa,
previstas para serem lecionadas no 10.º ano de escolaridade, e que podem ser utilizadas pelos professores
como ponto de partida para a abordagem dos conteúdos programáticos. No decorrer da lecionação, de cada
unidade temática, os professores devem criar condições de aprendizagem que levem a que os alunos encontrem
respostas para as questões formuladas.
Figura 1 – Esquema conceptual do programa de Geografia do 10º ano de escolaridade.
10º Ano deEscolaridade
UNIDADE TEMÁTICA 1Timor-Leste, na Ásia
e no mundo
UNIDADE TEMÁTICA 2As paisagens de
Timor-Leste
UNIDADE TEMÁTICA 3Os recursos de Timor-Leste:
características, potencialidades e ameaças – Recursos naturais
Guia do Professor | 7
UNIDADE TEMÁTICA 3Os recursos de Timor-Leste:
características, potencialidades e ameaças – Recursos naturais
QUESTÃO ORIENTADORAQual é o enquadramento geográfico de Timor-Leste, na
Ásia e no mundo?
QUESTÃO ORIENTADORAQue características apresentam as paisagens de Timor-Leste?
Que características apresentam as paisagens
de Timor-Leste?
Que processos internos condicionam a modelação
das paisagensde Timor-Leste?
Que processos externos condicionam a modelação
das paisagens de Timor-Leste?
UNIDADE TEMÁTICA 1Timor-Leste, na Ásia
e no mundo
UNIDADE TEMÁTICA 2As paisagens de
Timor-Leste
QUESTÃO ORIENTADORAQual é o futuro dos recursos de Timor-Leste?
SUBQUESTÃO ORIENTADORA
Como podemos explorar os recursos naturais de Timor-Leste?
Qual a importância dos recursos não renováveis no desenvolvimento de
Timor-Leste?
Que impactes podem ter os recursos renováveis no desenvolvimento de
Timor-Leste?
Que potencialidades podem ter os recursos minerais no desenvolvimento de Timor-Leste?
Qual o contributo dos recursos energéticos para o desenvolvimento de Timor-Leste?
Em que medida a qualidade de vida dos timorenses depende da forma como podem
utilizar a energia solar?
De que modo a precipitação influencia o dia a dia dos timorenses?
Como podem os timorenses contribuir para a gestão eficaz da água em Timor-Leste?
Qual o futuro dos solos timorenses?
Como fazer a gestão sustentável da floresta de Timor-Leste?
Como gerir os recursos marinhos em Timor-Leste?
Figura 2 – Exemplos de questões orientadoras para as unidades temáticas do programa de Geografia previstas para serem lecionadas no 10.º ano de escolaridade.
8 | Geografia, 10.o ano de escolaridade
Periodoletivo Unidades Temáticas Subtemas Tempos
letivos
1º
1. Timor-Leste, na Ásia
e no mundo
1. A localização geográfica de Timor-Leste, na Ásia e no mundo
2. Situação geopolítica de Timor-Leste4
2. As paisagens de
Timor-Leste
1. Principais características das paisagens mundiais e de Timor-Leste
2. Processos internos de modelação das paisagens- Estrutura e composição interna da Terra- Magmatismo e rochas magmáticas- Metamorfismo e rochas metamórficas- Rochas sedimentares- Ciclo das rochas- Rochas timorenses- A tectónica de placas e sua importância no território timorense
3. Processos externos de modelação das paisagens
4
2444123
5
Lecionação de conteúdos programáticosApresentação
Aplicação de instrumentos de avaliação escritaCorreção dos instrumentos de avaliação escrita
AutoavaliaçãoTotal de tempos letivos previstos para o 1º período
331221
39
2º3. Os recursos de
Timor-Leste: características,
potencialidades e ameaças
1. Recursos naturais
Recursos não renováveis- Recursos minerais – características, potencialidades e ameaças- Recursos energéticos – características, potencialidades e ameaças
Recursos renováveis- O sol – características e potencialidades - A precipitação – génese e distribuição
412
810
Lecionação de conteúdos programáticosAplicação de instrumentos de avaliação escritaCorreção dos instrumentos de avaliação escrita
AutoavaliaçãoTotal de tempos letivos previstos para o 2º período
34221
39
2.2. Planificação a longo prazo das unidades temáticas do programa de Geografia – 10.º ano de escolaridade
Na Tabela I apresentamos uma possível planificação a longo prazo do programa de Geografia para o 10.º ano
de escolaridade. Esta deve ser ajustada ao contexto de cada escola e de cada turma, de modo a poder facilitar o
desenvolvimento das atividades pedagógicas previstas e a promover as aprendizagens dos alunos. Deve, no entanto,
haver o cuidado, da parte dos professores de Geografia, de ao longo do ano letivo cumprirem a lecionação das
unidades temáticas previstas para o 10.º ano de escolaridade.
Tabela I - Planificação a longo prazo do programa de Geografia do 10.º ano de escolaridade
Guia do Professor | 9
3º3. Os recursos de
Timor-Leste: características,
potencialidades e ameaças
1. Recursos naturais
Recursos renováveis- A água – exploração e contaminação das águas superficiais e subterrâneas - O solo – características, potencialidades e ameaças - As florestas – características, potencialidades e ameaças- O mar – características, potencialidades e ameaças
888
10
Lecionação de conteúdos programáticosAplicação de instrumentos de avaliação escritaCorreção dos instrumentos de avaliação escrita
AutoavaliaçãoTotal de tempos letivos previstos para o 3º período
34221
39
2.3. Sugestões metodológicas gerais
Os professores desempenham um papel fundamental na seleção das abordagens metodológicas que melhor podem
contribuir para o desenvolvimento nos alunos das competências explicitadas no programa da disciplina de Geografia
e para as metas definidas para cada escola.
No entanto, a autonomia de seleção das abordagens metodológicas que os professores de Geografia podem fazer
deve ter em conta os seguintes aspetos:
• A abordagem integradora dos conceitos geográficos deve ser privilegiada, no sentido de garantir um ensino e
uma aprendizagem da Geografia que valorize a compreensão e a interpretação dos fenómenos naturais, centrados
em contextos reais, com significado para os alunos, que facilitem o desenvolvimento integrado de competências
de natureza conceptual, procedimental e atitudinal.
• O nível de aprofundamento a efetuar dos conceitos deve ter conta os contextos das escolas e dos alunos que
as frequentam, mas devem ser valorizadas questões de âmbito local, nacional e internacional, situações do dia
a dia, casos históricos que envolvam controvérsias sociais em torno de aplicações científicas ou tecnológicas,
possibilitando a organização de processos de ensino e de aprendizagem interessantes e válidos para a concretização
das finalidades do programa.
• O trabalho prático1 deve ser valorizado e considerado como parte integrante e fundamental dos processos de
ensino e de aprendizagem dos conteúdos programáticos de cada unidade temática. O trabalho prático deve ser
entendido como um conceito abrangente que engloba atividades de natureza diversa, que vão desde as que se
concretizam com recurso a papel e lápis, às que pressupõem a realização de atividades laboratoriais2 e/ou atividades
experimentais3, à realização de saídas de campo4, às atividades de pesquisa, de organização e de apresentação
de assuntos diversos, às de realização de debates e de jogos de simulação, entre outras. Nas atividades práticas o
professor deve assumir um papel de dinamizador e facilitador e os alunos devem desempenhar um papel ativo na
realização das atividades propostas.
1 Trabalho prático – Qualquer método de aprendizagem que exija que os alunos tenham um papel ativo (Hodson, 1994).2Atividade laboratorial – Qualquer actividade que requer a utilização de materiais de laboratório, mais ou menos convencionais, e que pode ser realizada num laboratório ou mesmo numa sala de aula normal, desde que não sejam necessárias condições especiais, nomeadamente de segurança, para a realização da mesma (Leite, 2001). 3Atividade experimental – Investigação que envolve os alunos desde a colocação do problema ao planeamento, execução da experiência e elaboração das conclusões (Oliveira, 1999).4Saída de campo – Actividade educativa que envolve um contacto direto dos alunos com o ambiente natural (Brusi, 1992).
10 | Geografia, 10.o ano de escolaridade
• As atividades práticas sugeridas no Manual do Aluno e no Guia do Professor poderão ser substituídas por
outras que o professor considere mais adequadas, desde que tenha em conta as competências que as mesmas
pretendem desenvolver nos alunos.
Salienta-se a importância do professor, no decorrer da lecionação dos conteúdos programáticos, valorizar os
conhecimentos prévios dos alunos, as suas vivências e objetivos, pois estes aspetos podem condicionar as suas
aprendizagens. O professor deverá sempre integrar as dimensões teórica e prática da Geografia, assim como o
trabalho cooperativo5 entre os alunos. O professor ao estimular o trabalho cooperativo deve promover um clima de
diálogo e de participação de todos os alunos, dando a oportunidade aos alunos para apresentarem as suas ideias e
tornando-os conscientes das suas conceções e das dos colegas.
Ao professor caberá decidir o grau de abertura das tarefas que propõe aos alunos, tendo em conta as competências
que os alunos já possuem, o tempo e os recursos disponíveis.
Estas orientações metodológicas visam a formação integral dos alunos, valorizando a possibilidade de se tornarem
cidadãos capazes de assumirem posturas críticas e responsáveis, face ao desafio de participarem nos processos
democráticos de tomada de decisão, quando estão em jogo questões de natureza científico-tecnológica com impacte
social e/ou ambiental.
2.4. Avaliação das aprendizagens dos alunos
A avaliação dos alunos deve refletir o modelo pedagógico implementado, tendo em conta a situação do
aluno enquanto ser único, que tem a sua aprendizagem ancorada em fatores de caráter individual e social.
A avaliação deve assumir um caráter contínuo e formativo ao longo do ano, para que o aluno tome consciência
não só das suas potencialidades, mas também das suas dificuldades, procurando ultrapassá-las, através de uma
reflexão sistemática sobre as suas práticas, que conduza a uma evolução positiva das aprendizagens. A avaliação
deverá ter um caráter interativo, centrar-se nos processos cognitivos dos alunos e estar associada a processos de
feedback que incidam não apenas no produto mas no processo, fomentando a autoavaliação consciente como
mecanismo de autorregulação do ensino e das aprendizagens dos alunos.
De acordo com as propostas do programa, os processos de avaliação devem integrar as dimensões teórica e
prática do ensino da Geografia. É fundamental que se diversifiquem as estratégias facilitadoras da aprendizagem,
as técnicas e os instrumentos de avaliação, de modo a que o professor consiga avaliar os alunos no âmbito dos
conhecimentos (saber), das competências (saber fazer) e das atitudes (saber ser). O professor deve recorrer a
instrumentos de avaliação diversificados como: testes de avaliação; fichas de trabalho; questionários; fichas
de atividades; relatórios; portfolios; debates; trabalho individual; trabalho de grupo; trabalho de pesquisa;
entre outros. Salienta-se, no entanto, que as opções tomadas pelo professor deverão, sempre, salvaguardar os
objetivos definidos para o Ensino Secundário.
5Trabalho cooperativo – Os alunos trabalham sempre em conjunto num mesmo problema, em vez de separadamente em componentes da tarefa. Desta maneira cria-se um ambiente rico em descobertas mútuas, feedback recíproco e um partilhar de ideias frequente (Damon & Phelps, 1989).
Guia do Professor | 11
A avaliação deve revestir-se de funções diagnóstica, formativa e sumativa, interdependentes e devidamente
articuladas com as atividades de ensino e de aprendizagem propostas. A avaliação diagnóstica, ao permitir
diagnosticar o ponto de partida dos alunos, pode orientar o professor na análise do programa e na seleção das
estratégias mais adequadas para a sua implementação.
A avaliação formativa possibilita o acompanhamento permanente da qualidade dos processos de ensino
e de aprendizagem, fornecendo elementos que o professor deve utilizar para reforçar, corrigir e incentivar
a aprendizagem dos alunos. Esta avaliação pretende ser reguladora e tem como objetivos a adequação das
estratégicas implementadas à natureza das dificuldades encontradas no momento do diagnóstico. Deve
indicar ao aluno as etapas que venceu e as dificuldades que deve superar e indicar ao professor de que forma
a sua atividade pedagógica se desenvolve e quais são os obstáculos que enfrenta. A avaliação formativa deve
prevalecer durante o processo educativo, permitindo aos alunos receber feedback dos seus desempenhos, bem
como informações que os ajudem a identificar as suas dificuldades e as suas potencialidades. Estes aspetos são
fundamentais para preparar a avaliação sumativa que terá lugar no final de cada período escolar. Esta tem como
principal função certificar as aprendizagens dos alunos, mas pretende, também, classificar, situar e informar
acerca da evolução das referidas aprendizagens.
Torna-se, então, necessário que o professor construa instrumentos de registo da avaliação, claros, que permitam
quantificar e aferir os resultados de todo o processo de aprendizagem dos alunos.
Na Figura 3 apresenta-se, a título de exemplo, alguns critérios de avaliação que podem ser utilizados na avaliação
dos alunos na disciplina de Geografia.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
Competências de natureza conceptual e procedimental
Competências de natureza atitudinal
Provas de avaliação escrita
Componente prática Responsabilidade
- É assíduo e pontual.- Cumpre as normas estabelecidas.- Faz-se acompanhar do material necessário. (…)
Autonomia- Revela espírito de iniciativa.- Planeia e executa atividades práticas. (…)
Solidariedade- Respeita os outros.- Revela entreajuda/cooperação. (…)
Empenho- É persistente na superação das dificuldades.- Revela interesse pelas atividades propostas.- Emite juízos de valor fundamentados. (…)
Figura 3 – Exemplos de critérios de avaliação que podem ser utilizados na avaliação dos alunos na disciplina de Geografia.
12 | Geografia, 10.o ano de escolaridade
O peso a atribuir às competências de natureza conceptual, procedimental e atitudinal deve ser definido por cada
escola, e deve ser dado a conhecer, no início do ano letivo, aos alunos e aos respetivos encarregados de educação.
2.5. Instrumentos de avaliação
A avaliação dos alunos, na sua função diagnóstica, formativa e sumativa, deve estar articulada com as atividades
de ensino e de aprendizagem propostas pelo professor durante a lecionação do programa da disciplina de
Geografia. Torna-se necessário que o professor construa instrumentos de registo da avaliação, claros, que
permitam quantificar e aferir os resultados de todo o processo de aprendizagem dos alunos.
Neste sentido, apresenta-se na Tabela II alguns aspetos que podem ser utilizados na avaliação das atividades
práticas realizadas pelos alunos.
Competências a desenvolver nos alunos
- Mobilização de saberes científicos, tecnológicos e culturais.
- Pesquisa, tratamento e organização de informação.
- Adoção de metodologias de trabalho adequadas às tarefas propostas.
- Realização de atividades de forma autónoma e criativa.
- Emissão de juízos de valor fundamentados.
- Cooperação no trabalho de grupo.
- Utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação.
- Comunicação e utilização correta da Língua Portuguesa.
Critérios de avaliação
- Correção científica, qualidade dos conhecimentos, organização conceptual, integração de conceitos, execução com rigor das atividades práticas, interpretação de informação, distinção entre a informação essencial e acessória (competências de conhecimento substantivo e processual).
- Participação oral, sistematização da informação recolhida e utilização correta de linguagem científica (competências de comunicação).
- Planeamento de atividades práticas diversificadas, qualidade do questionamento, da argumentação e da contra argumentação (competências de raciocínio).
- Concretização das tarefas, contribuição pessoal para a realização das tarefas, tipo de interação com o grupo e com a turma, respeito pela opinião dos colegas, promoção de uma sensibilidade ambiental (atitudes).
Instrumentos de avaliação
- Grelhas de observação do trabalho realizado pelos alunos (individualmente e/ou em grupo)
- Preenchimento de um guião (ex.: guião de uma atividade de pesquisa, guião de uma saída de campo, etc.)
- Relatórios individuais
- Portfolio
AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES PRÁTICAS
Tabela II – Alguns aspetos que podem ser utilizados na avaliação das atividades práticas.
Guia do Professor | 13
São diversas as atividades práticas que se podem realizar na disciplina de Geografia. Constituem-se como exemplos:
atividades laboratoriais; atividades experimentais; saídas de campo; atividades de pesquisa; atividades de lápis e
papel; debates; ações de sensibilização; jogos de simulação; organização e montagem de uma exposição; entre outras.
Na Tabela III apresenta-se alguns aspetos que podem ser tidos em conta na elaboração e na correção das provas
de avaliação escrita.
Competências gerais a avaliar nos alunos
- Mobilização de saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para abordar situações e problemas do dia-a-dia.
- Uso adequado de linguagens das diferentes áreas do saber cultural, científico e tecnológico.
- Utilização correta da Língua Portuguesa para comunicar de forma adequada e para estruturar o pensamento próprio.
- Seleção e organização de informação para a transformar em conhecimento mobilizável.
- Adoção de estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de decisões.
- Realização de atividades de forma autónoma, responsável e criativa.
Competências específicas a avaliar nos alunos
- Competências do conhecimento
substantivo (ex.: termos, conceitos, modelos, teorias, características, relações, etc.);
epistemológico (ex.: construção do conhecimento geográfico, ligação entre a Ciência, a Tecnologia, a Sociedade e o Ambiente, etc.).
- Raciocínio (ex.: interpretação de dados em diversos suportes e explicação de contextos em análise, previsão de resultados/estabelecimento de conclusões, interpretação de dados, estabelecimento de relações entre conceitos, etc.)
- Comunicação (ex.: expor, explicar e apresentar opiniões, mobilização das ideias para seleção das opções dadas, argumentar e defender ideias, etc.)
- Atitudes (ex.: reflexão crítica, avaliação do impacte da Geografia na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, desenvolvimento da ética e da estética ambiental, avaliação do impacte do Homem na alteração das paisagens, etc.)
Tipo de questões- Fechadas: Escolha múltipla; Verdadeiro/falso; Correspondência; Interpretação de esquemas e/ou
gráficos; Sequências.
- Abertas: Extensa orientada; Curta.
Critérios de avaliação
- Correção científica, qualidade dos conhecimentos, organização conceptual, integração de conceitos, interpretação de informação, distinção entre a informação essencial e acessória (competências de conhecimento substantivo e processual);
- Sistematização da informação apresentada e utilização correta de linguagem científica (competências de comunicação);
- Concretização das tarefas, contribuição pessoal para a realização das tarefas (atitudes).
PROVAS DE AVALIAÇÃO ESCRITAS(Os exemplos apresentados devem ser ajustados ao tipo de conteúdos programáticos que se pretendem avaliar)
Tabela III – Alguns aspetos que devem ser tidos em conta na conceção e na correção das provas de avaliação escrita.
As questões a colocar nas provas de avaliação podem apresentar como suporte documentos diversos, como por
exemplo: textos, figuras, tabelas, gráficos, mapas, fotografias, entre outros.
Unidade Temática 1Timor-Leste, na Ásia e no mundo
SUBTEMA 1
Localização geográfica de Timor-Leste, na Ásia e no mundo
SUBTEMA 2
Situação geopolítica de Timor-Leste
Guia do Professor | 15
1. PLANIFICAÇÃO A MÉDIO PRAZOUnidade Temática 1: Timor-Leste, na Ásia e no mundo
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticasTemposletivos
previstos
A localização geográfica
de Timor-Leste na Ásia
e no Mundo
- Localiza o território timorense em
termos relativos e absolutos.
- Utiliza mapas de diferentes escalas.
- Identifica as principais relações que
Timor-Leste tem estabelecido com
o exterior, em concreto com a CPLP.
- Analisar e interpretar esquemas/gráficos/
imagens/fotografias/mapas que permitam
caracterizar a constituição do território
timorense e efetuar a sua localização em
termos relativos e absolutos.
- Analisar dados diversificados que permitam
compreender as interações que Timor-
Leste tem estabelecido com o exterior, em
concreto com a Comunidade de Países de
Língua Portuguesa (CPLP).
- Realizar exercícios de lápis e papel sobre a
localização relativa e absoluta de Timor-Leste
e sobre as divisões administrativas que o
constituem.
4
A constituição territorial
de Timor-Leste
- Indica a constituição do território
timorense.
Subtemas 1 e 2: Localização geográfica de Timor-Leste, na Ásia e no Mundo (Subtema 1)e Situação geopolítica de Timor-Leste (Subtema 2)
2. SUGESTÕES METODOLÓGICASNesta secção apresenta-se um conjunto de sugestões metodológicas que devem ser analisadas pelo professor
quando estiver a fazer a preparação das suas aulas sobre a Unidade Temática 1. As sugestões apresentadas vão
ao encontro das orientações do programa de Geografia e devem ser selecionadas em função das condições que
permitam a sua realização em cada escola, o tipo de alunos, e os tempos letivos disponíveis para cada temática.
O professor deve, contudo, procurar diversificar ao máximo as estratégias que implementa, de modo a permitir que
os alunos desenvolvam as competências definidas no programa de Geografia.
16 | Unidade Temática 1 - Timor-Leste, na Ásia e no mundo
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
Qual é o enquadramento geográfico de Timor-Leste, na Ásia e no mundo?
Timor-Leste, na Ásia e no mundo
- Localização geográfica de Timor-Leste, na Ásia e no Mundo
- Situação geopolítica de Timor-Leste
A constituição territorial de Timor-Leste
Qual é a localização de Timor-Leste no contexto asiático e no contexto mundial?
Que informações nos podem dar os mapas de diferentes escalas?
Como calcular distâncias reais a partir das escalas dos mapas?
Qual é a constituição do territóriode Timor-Leste?
Que características apresenta o território de Timor-Leste (ex.: latitude, longitude, orientação,
fronteiras, etc.)?
Que divisões administrativas existem em Timor-Leste?
A procura de respostas para a questão: Qual é o enquadramento geográfico de Timor-Leste, na Ásia e no mundo?
deve passar pela análise de mapas diversos que ajudem o aluno a efetuar a localização relativa e absoluta de Timor-
-Leste. Devem ser analisadas algumas relações que Timor-Leste tem estabelecido com o exterior, em particular com
a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). A situação geopolítica de Timor-Leste deve ser analisada com
o auxílio de mapas e de referenciais gráficos que ajudem a conhecer a constituição e as características do território
timorense (ex.: latitude, longitude, orientação, fronteiras, etc.). Devem ser estudadas as divisões administrativas
do território timorense.
As questões apresentadas na Figura 4 podem servir como fio condutor para a realização de diversas atividades,
como as que de seguida se apresentam:
• Observação e interpretação de imagens/fotografias relativas à localização geográfica de Timor-Leste na Ásia
e no mundo, no sentido dos alunos poderem desenvolver competências que lhes permitam compreender o
enquadramento geográfico de Timor-Leste.
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre a localização relativa de Timor-Leste (ex.: Atividade 1 do Manual
do Aluno) e sobre as coordenadas geográficas e as linhas de referência (ex.: Atividade 2 do Manual do Aluno).
• Análise e interpretação de dados relativos à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) (ex.: Atividade
3 do Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre a constituição do território timorense (ex.: Atividade 4 do
Manual do Aluno).
Figura 4 - Questões orientadoras da Unidade Temática 1.
Guia do Professor | 17
• Realização de atividades de pesquisa e organização de informação sobre a localização de Timor-Leste na Ásia
e no mundo (ex.: Atividade 5 do Manual do Aluno).
• Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final da unidade temática. O professor
pode pedir aos alunos para apresentarem outras ideias, que tenham considerado importantes durante a
lecionação da unidade temática e que possam completar a síntese apresentada.
• Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O professor pode
pedir aos alunos para, oralmente, apresentarem à turma as respostas dadas nas questões apresentadas e
aproveitar esse momento para esclarecer as dúvidas que possam ter surgido durante a realização das atividades.
• Análise do mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor. Após a lecionação da unidade temática o
professor pode apresentar aos alunos o mapa de conceitos correspondente e discutir a sua importância na
estruturação das aprendizagens efetuadas durante a lecionação da unidade temática.
• Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto da unidade temática do Manual do Aluno. Após a
lecionação da unidade temática o professor pode discutir com os alunos a lista dos conceitos-chave apresentada
e questioná-los acerca do significado dos mesmos, verificando se os conhecem e se compreendem o seu
significado.
• Atividade de questionamento acerca do grau de concretização das metas de aprendizagem apresentadas
na folha de rosto da Unidade Temática 1 do Manual do Aluno. Após a lecionação da unidade temática o
professor pode colocar, oralmente ou por escrito, questões para averiguar se os alunos atingiram as metas de
aprendizagem definidas. Por exemplo, para verificar se os alunos atingiram a meta de aprendizagem: Localiza
o território timorense em termos relativos e absolutos, o professor pode colocar aos alunos a questão: Que
localização tem Timor-Leste, em termos relativos e em termos absolutos? De acordo com as respostas dadas
pelos alunos, o professor poderá ter uma ideia mais clara da concretização da referida meta de aprendizagem.
Para verificar se os alunos atingiram a meta de aprendizagem: Indica a constituição territorial e administrativa
de Timor-Leste, o professor pode colocar aos alunos as seguintes questões: Indica as divisões administrativas
existentes em Timor-Leste, apresentando um exemplo de cada uma das referidas divisões administrativas; Qual
é a constituição territorial de Timor-Leste?
3. MAPA ORGANIZADOR DE CONCEITOSOs mapas organizadores de conceitos são representações, a duas dimensões, de um conjunto de conceitos
relacionados com um determinado conteúdo programático. Os conceitos são ordenados hierarquicamente, com o
conceito mais complexo no topo, e ligados por linhas legendadas com palavras de ligação, que formam proposições
verdadeiras entre os conceitos. Os mapas organizadores de conceitos podem ser utilizados como síntese no final
da lecionação de cada conteúdo programático. Não é necessário que os alunos memorizem o mapa organizador
de conceitos. Mas a sua análise e discussão pode ser útil para ajudar os alunos a compreenderem a interrelação
existente entre os diferentes conceitos abordados em cada conteúdo programático.
18 | Unidade Temática 1 - Timor-Leste, na Ásia e no mundo
Guia do Professor | 19
4. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃOApresentamos de seguida alguns exemplos que podem ser utilizados em fichas de trabalho ou em provas de
avaliação escrita.
4.1. Exemplos de questões que podem ser colocadas em fichas de trabalho ou em provas de avaliação escrita
1. Observa a Figura I.
1.1. Localiza Timor-Leste no contexto mundial e no contexto asiático.
1.2. Identifica a divisão administrativa representada no mapa B da Figura I.
1.3. Indica outras divisões administrativas que existam em Timor-Leste.
2. Quais são as principais diferenças existentes entre a localização relativa e a localização absoluta de uma dada região.
3. Identifica as coordenadas geográficas que estudaste.
4. Lê, com atenção, as afirmações que a seguir se colocam e classifica com um V as afirmações que forem verdadeiras
e com um F as que considerares como falsas.
(A) A longitude é a distância angular entre o semimeridiano de Greenwich e o semimeridiano do local
considerado.
(B) Os meridianos são círculos maiores, paralelos ao Equador, que dividem a Terra em duas partes iguais.
(C) A latitude é a distância angular (em graus) entre o Equador e o paralelo que passa pelo local considerado.
(D) O Equador, os meridianos e os semimeridianos são considerados linhas de referência.
(E) Os Trópicos de Câncer e de Capricórnio são meridianos.
(F) O Equador é um círculo máximo que passa pelos Pólos e divide a Terra em duas partes iguais.
5. Timor-Leste encontra-se integrado na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
5.1. O que é a CPLP?
Figura I
km 500
OecussiCova Lima
Aileu
Ainaro
Baucau
BobonaroErmera
Liquiçá Manatuto
Manufahi
Viqueque
Lautém
A B
20 | Unidade Temática 1 - Timor-Leste, na Ásia e no mundo
5.2. Menciona os países que fazem parte da CPLP.
5.3. Indica dois objetivos da CPLP.
5.4. Apresenta duas vantagens da integração de Timor-Leste na CPLP.
6. Observa, com atenção, a Figura II.
6.1. Na ilha de Timor, indica a posição relativa de Timor-Leste em
relação à Indonésia.
6.2. Indica a localização absoluta de Díli e de Baucau, indicando o
valor aproximado das suas coordenadas geográficas.
6.3. Utilizando a escala gráfica dada, calcula a distância aproximada
(em linha reta) entre Baucau e Suai.
6.4. Explica por que razão a distância por estrada entre Baucau e
Suai é superior ao valor obtido na questão anterior.
6.5. Por que é importante que os mapas geográficos possuam
escalas?
7. Indica a constituição territorial de Timor-Leste.
8. Distingue a escala numérica da escala gráfica.
9. Lê, com atenção, as afirmações que a seguir se colocam e classifica com um V as afirmações que forem verdadeiras e com
um F as que considerares como falsas.
(A) Timor-Leste encontra-se dividido em treze distritos.
(B) Os subdistritos são a menor divisão administrativa existente em Timor-Leste.
(C) O distrito de Baucau localiza-se na parte Sul da ilha de Timor.
(D) Todos os distritos possuem uma cidade capital.
(E) Os subdistritos que apresentam maiores valores demográficos localizam-se no distrito de Viqueque.
(F) Oecussi Ambeno é um enclave timorense localizado na costa Sul da ilha de Timor.
10. Nas questões que se seguem seleciona a opção que permite completar as frases apresentadas.
10.1. O suco é:
(A) …a maior divisão administrativa do território timorense.
(B) …a divisão administrativa que possui maior número de habitantes.
(C) …a divisão administrativa com maior área.
(D) …a menor divisão administrativa de Timor-Leste.
10.2. O distrito é:
(A) …a divisão administrativa que possui maior número de habitantes.
(B) …a maior divisão administrativa do território timorense.
(C) …a divisão administrativa que possui maior área.
(D) …uma divisão administrativa que se encontra integrada nos sucos.
Figura II
Baucau
Mar de Sawu
Mar de Timor
Manatuto
Suai
PanteMacassar
100 kms50 kms0 kms
124 126
124 126
10
8
10
8
Indonésia
Indonésia
Guia do Professor | 21
5. DOCUMENTOS DE APOIOApresentamos de seguida alguns documentos que consideramos que podem ser úteis para o professor aprofundar os
conteúdos programáticos da Unidade Temática 1, tendo em conta as características dos alunos e os conhecimentos
que já possuem.
DOCUMENTO 1 Linhas de referência
A partir do centro da Terra podem ser imaginados círculos e linhas que se prolongam
na esfera celeste, constituindo referências para fazer a localização de qualquer lugar à
superfície da Terra. Assim, podem ser considerados os seguintes elementos geométricos
da esfera terrestre:
1) Eixo da Terra – Linha imaginária que passa pelo centro da Terra, intersetando-a nos
Pólos.
2) Equador – Círculo perpendicular ao eixo terrestre que divide a Terra em duas partes
iguais – o Hemisfério Norte e o Hemisfério Sul.
3) Paralelos – Círculos menores perpendiculares ao eixo terrestre e, portanto, paralelos
ao Equador. Sobre um determinado paralelo, a latitude é constante. A posição em
cada paralelo é medida através da longitude. Sobre o Equador, a latitude é igual a zero,
medindo-se de 0° a 90°, para Norte (positiva) e para Sul deste (negativa).
4) Meridianos – Círculos que passam pelos Pólos e dividem a Terra em duas partes iguais.
5) Semimeridiano – metade de um meridiano que vai de Pólo a Pólo.
Foi considerado como semimeridiano de referência o que passa pela localidade de
Greenwich, em Londres (Reino Unido), por existir nesse local um conhecido observatório
astronómico. Este semimeridiano e o semimeridiano oposto definem dois hemisférios –
o Hemisfério Oriental e o Hemisfério Ocidental.
Ao conjunto de linhas imaginárias, traçadas sobre um globo ou sobre um mapa, dá-se o
nome de rede cartográfica.
DOCUMENTO 2 Coordenadas geográficas
Latitude
A latitude é a distância angular (em graus) entre o Equador e o paralelo que passa
pelo local considerado. O seu valor varia entre 0°, no Equador, e 90°, nos Pólos. Os
locais situados no Hemisfério Norte possuem latitude Norte (N) e os locais situados no
Hemisfério Sul possuem latitude Sul (S).
Longitude
A longitude é a distância angular entre o semimeridiano de Greenwich e o semimeridiano
do local considerado. O seu valor varia entre 0°, no semimeridiano de referência,
e o máximo é de 180°, no semimeridiano oposto. Os locais situados a ocidente do
semimeridiano de referência têm longitude Oeste (O-W) e os locais situados a leste
possuem longitude Este (E).
Equador
Semimeridiano de Greenwich
mer
idia
no
22 | Unidade Temática 1 - Timor-Leste, na Ásia e no mundo
DOCUMENTO 3 Escalas de mapas
A superfície do território timorense ao ser representada num mapa é reduzida muitas
vezes. Esta redução, feita segundo uma determinada proporção, é indicada na escala do
mapa. A escala representa a relação entre as distâncias reais no terreno e as distâncias
no mapa.
A escala pode ser apresentada sob duas formas:
• numérica – é uma fração em que a distância no mapa se representa no numerador
– por exemplo 1 cm – e a distância real é representada pelo denominador, também
em centímetros.
• gráfica – é um segmento de reta que representa a distância no mapa e o valor, em
metros, quilómetros ou milhas, da distância real correspondente.
No mapa da Figura I representa-se a escala numérica e a escala gráfica de um mapa de
Timor-Leste.
A escala numérica pode ser convertida em escala gráfica, bastando, para tal, desenhar
um segmento de reta, por exemplo com 1 cm, e indicar o valor real correspondente, em
metros, quilómetros ou milhas.
Para converter uma escala gráfica em numérica, basta fazer uma regra de três simples,
para encontrar o valor da distância real correspondente a 1 cm e apresentá-lo em
centímetros.
A escala, ao indicar o número de vezes que a área representada no mapa foi reduzida,
constata-se que:
• Quanto maior for a área representada, menor é a quantidade de informação que o
mapa pode apresentar e menor é a sua escala.
• Quanto menor for a área representada, maior é a quantidade de informação que o
mapa pode apresentar e maior é a sua escala (Figura II).
Exercícios
1. Tendo em conta os dados apresentados na Figura I, responde às questões que sobre ela são colocadas.
1.1. Calcula a distância real, em linha reta, entre as seguintes localidades:
1.1.1. Díli e Suai; 1.1.2. Pante Macassar e Baucau; 1.1.3. Díli e Baucau.
2. Indica duas vantagens do mapa representado na Figura II, comparativamente ao mapa representado na Figura I.
6. RECURSOS WEB E BIBLIOGRAFIA DE APOIOhttp://www.cplp.org/id-46.aspx; http://www.expressodasilhas.sapo.cv
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia de Timor-Leste;
http://www.suapesquisa.com/paises/timor_leste/;
http://www.googleearth.com
Durand, F. (2010). Timor-Leste – País no Cruzamento da Ásia e do Pacífico. Um Atlas Histórico-Geográfico. LIDEL – Edições Técnicas, Lda.
Baucau
Mar de Sawu
Mar de Timor
Manatuto
Suai
PanteMacassar
100 kms50 kms0 kms
124 126
124 126
10
8
10
8
Indonésia
Indonésia
500 m0 m
Figura I
Figura II
Unidade Temática 2As Paisagens de Timor-Leste
SUBTEMA 1
Principais características das paisagens mundiais e de Timor-Leste
SUBTEMA 2
Processos internos de modelação das paisagens
SUBTEMA 3
Processos externos de modelação das paisagens
24 | Unidade Temática 2 - As paisagens de Timor-Leste
1. PLANIFICAÇÃO A MÉDIO PRAZOUnidade Temática 2: As paisagens de Timor-Leste
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticasTemposletivos
previstos
Elementos constitutivos
das paisagens
Principais tipos de
paisagens
Caracterização das
paisagens de
Timor-Leste
- Identifica os principais elementos
constitutivos das paisagens.
- Distingue os principais tipos de
paisagens.
- Indica as principais características das
paisagens de Timor-Leste.
- Localiza os principais tipos de paisagens
timorenses.
- Analisar e interpretar esquemas/gráficos/imagens/
fotografias/mapas sobre:
* elementos constitutivos das paisagens;
* diferentes tipos de paisagens;
* características e localização das paisagens de
Timor-Leste.
- Realizar exercícios de lápis e papel sobre as
características e a localização das paisagens de
Timor-Leste.
- Analisar notícias de Imprensa sobre as principais
características das paisagens.
4
Subtema 1: Principais características das paisagens mundiais e de Timor-Leste
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticasTemposletivos
previstos
Estrutura e composição
interna da Terra
- Modelo segundo a
composição química
- Modelo segundo as
propriedades físicas
- Identifica os principais constituintes da
estrutura interna da Terra.
- Procede a uma análise comparativa
entre os dois modelos existentes da
estrutura interna da Terra.
- Analisar e interpretar esquemas/imagens sobre os
principais constituintes da estrutura interna da Terra.
- Realizar exercícios de aplicação sobre:
* identificação dos constituintes da estrutura
interna da Terra;
* a análise comparativa dos modelos existentes
da estrutura interna da Terra.
2
Magmatismo e rochas
magmáticas
- Conceitos básicos de
magmatismo
- Natureza e características
das rochas magmáticas
Metamorfismo e rochas
metamórficas
- Fatores de
metamorfismo
- Natureza e características
das rochas metamórficas
- Identifica os principais conceitos do
magmatismo.
- Caracteriza as rochas magmáticas quanto
à sua origem.
- Distingue as rochas plutónicas das
rochas vulcânicas quanto à sua origem.
- Descreve os principais fatores de
metamorfismo.
- Caracteriza as rochas metamórficas
quanto à sua origem.
- Analisar e interpretar esquemas/gráficos/imagens/
fotografias/mapas relativos a:
* formação e características do magma;
* condições de formação das rochas plutónicas e
vulcânicas.
- Realizar exercícios de aplicação sobre as características
das rochas magmáticas.
- Analisar e identificar diferentes tipos de amostras de
mão de rochas magmáticas.
- Analisar e interpretar esquemas/gráficos/imagens/
fotografias/mapas relativos a:
* fatores de metamorfismo;
* características das rochas metamórficas.
- Realizar exercícios de aplicação sobre os fatores
de metamorfismo e as características das rochas
metamórficas.
- Analisar e identificar diferentes tipos de amostras de
mão de rochas metamórficas.
4
4
Subtema 2: Processos internos de modelação das paisagens
Guia do Professor | 25
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticasTemposletivos
previstos
Rochas sedimentares
- Processo de formação
das rochas sedimentares
- Natureza e características
das rochas sedimentares
- A importância das rochas
sedimentares na formação
das paisagens
- Identifica as principais etapas do
processo de formação das rochas
sedimentares.
- Caracteriza as rochas sedimentares
quanto à sua origem.
- Explica a importância das rochas
sedimentares na formação das
paisagens timorenses.
- Identifica os principais tipos de rochas
existentes no território timorense.
- Analisar e interpretar esquemas/gráficos/imagens/
fotografias/mapas sobre:
* as principais etapas do processo de formação das
rochas sedimentares;
* características das rochas sedimentares.
- Realizar exercícios de aplicação sobre a importância
das rochas sedimentares na formação das paisagens
timorenses.
- Analisar e identificar diferentes tipos de amostras de
mão de rochas sedimentares.
4
O ciclo das rochas
- Relaciona o ciclo das rochas com a
evolução das paisagens timorenses.
- Assume atitudes de defesa do
património geológico do território
timorense.
- Analisar e interpretar esquemas/gráficos/imagens/
fotografias/mapas sobre as inter-relações que se
podem estabelecer entre os diferentes tipos de
rochas e a evolução das paisagens timorenses.
- Elaborar trabalhos de pesquisa acerca das medidas
a tomar no sentido de promover a preservação do
património geológico do território timorense.
3
A tectónica de placas
e sua importância no
território timorense
- Explica a Teoria da Tectónica de Placas.
- Caracteriza os principais tipos de
deformações das rochas (dobras, falhas
e dobras-falhas).
- Relaciona a tectónica de placas com
os riscos de ocorrência de sismos e de
vulcões no território timorense.
- Analisar esquemas/imagens/mapas sobre os limites
das placas tectónicas.
- Interpretar esquemas/imagens/mapas de limites das
placas tectónicas e relacioná-los com a distribuição de
sismos e de vulcões no território timorense.
- Realizar exercícios de aplicação sobre a importância da
dinâmica interna da Terra na modelação das paisagens
timorenses.
3
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticasTemposletivos
previstos
Fatores de modelação das
paisagens
- O clima
- Os rios
- Os glaciares
- O vento
- Os mares
- Os seres vivos
- Identifica os principais fatores externos
de modelação das paisagens.
- Explicita a importância dos fatores
externos na modelação das paisagens.
- Analisar e interpretar esquemas/gráficos/imagens/
fotografias/mapas sobre os fatores externos de
modelação das paisagens.
- Realizar exercícios de aplicação sobre a importância
dos fatores externos na modelação das paisagens.
5
Subtema 3: Processos externos de modelação das paisagens
26 | Unidade Temática 2 - As paisagens de Timor-Leste
2. SUGESTÕES METODOLÓGICASNesta secção apresentamos um conjunto de sugestões metodológicas que devem ser analisadas pelo professor
quando estiver a fazer a preparação das suas aulas sobre a Unidade Temática 2. As sugestões apresentadas vão
ao encontro das orientações do programa de Geografia e devem ser selecionadas em função das condições que
permitem a sua realização em cada escola, o tipo de alunos, e os tempos letivos disponíveis para cada temática.
2.1. Principais características das paisagens mundiais e de Timor-Leste
Que características apresentam as paisagens de Timor-Leste?
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
Principais características das paisagens mundiais e de Timor-Leste
- Elementos constitutivos das paisagens
- Principais tipos de paisagens
- Caracterização das paisagens de Timor-Leste
Quais são os principais elementos constitutivos das paisagens?
Como se caracterizam os tipos de paisagens existentes?
Que fatores influenciam a modelação das paisagens?
Como se caracterizam os principais tipos de paisagem existentes em Timor-Leste?
Quais são as potencialidades das paisagens de Timor-Leste?
Como podemos preservar as paisagens de Timor-Leste?
A procura de respostas para a questão: Que características apresentam as paisagens de Timor-Leste? deve passar
pela análise de imagens diversificadas que ajudem a efetuar a caracterização dos principais tipos de paisagens que
existem a nível mundial. Deve ser dado particular destaque à análise das principais características das paisagens de
Timor-Leste, bem como às suas potencialidades.
As questões apresentadas na Figura 5 podem servir como fio condutor para a realização de diversas atividades,
como as que de seguida se apresentam:
• Observação e interpretação de imagens/fotografias relativas às principais características das paisagem que
existem no mundo, bem como a identificação dos seus elementos constitutivos (ex.: Figuras 1 a 6 do Manual do
Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre as características das paisagens e os processos que condicionam
a sua modelação (ex.: Atividade 1 do Manual do Aluno).
Figura 5 - Questões orientadoras do subtema 1.
Guia do Professor | 27
• Análise e interpretação de mapas relativos à distribuição dos principais tipos de relevo no território timorense
(ex.: Figura 7 do Manual do Aluno). No decorrer desta análise os alunos podem ser questionados acerca dos
possíveis tipos de paisagens existentes em cada região e das razões que terão levado à formação das referidas
paisagens.
• Observação e interpretação de imagens/fotografias relativas às principais características das paisagens de
Timor-Leste, bem como a identificação dos seus elementos constitutivos (ex.: Figura 8 e Figura I do Manual do
Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre as principais características das paisagens timorenses (ex.:
Atividade 2 do Manual do Aluno).
• Realização de uma atividade de debate/reflexão acerca da importância da preservação das paisagens de Timor-
Leste e das medidas que devem ser tomadas para promover a sua sustentabilidade.
• Análise de notícias da Imprensa sobre as características das paisagens timorenses e sobre as consequências da
sua utilização pelo Homem. O professor pode pedir aos alunos que recolham notícias da Imprensa que façam
referência a diferentes utilizações das paisagens e descrevam situações de destruição das paisagens (ex.: incêndios,
desflorestação, etc.). Estas notícias podem ser lidas na aula e analisadas as consequências dos fenómenos descritos
para o desenvolvimento sustentável de Timor-Leste.
• Realização de uma atividade de pesquisa acerca de dúvidas que os alunos ainda tenham sobre as paisagens
mundiais e as paisagens de Timor-Leste, seguida de um debate com a apresentação das dúvidas colocadas
pelos alunos (ex.: Atividade 3 do Manual do Aluno). Posteriormente, os alunos podem organizar-se em grupo
e efetuar as pesquisas necessárias para o esclarecimento das dúvidas colocadas. Por fim, cada grupo deve
partilhar com a turma e com o(a) professor(a) os resultados das pesquisas efetuadas.
• Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final do subtema 1. O professor pode pedir
aos alunos para apresentarem outras ideias que tenham considerado importantes.
• Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O professor pode
pedir aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões apresentadas e pode
esclarecer dúvidas que tenham surgido.
• Análise do mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor. Após a lecionação do subtema 1 o professor
pode apresentar aos alunos o mapa de conceitos do subtema e discutir a importância do referido esquema na
estruturação das aprendizagens efetuadas durante a lecionação do mesmo.
• Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto do subtema Principais características das paisagens
mundiais e de Timor-Leste do Manual do Aluno. Após a lecionação deste subtema o professor pode discutir com
os alunos a lista dos conceitos-chave apresentada e questioná-los acerca do significado dos mesmos, verificando
se os conhecem e se compreendem o seu significado.
• Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto do subtema
1 do Manual do Aluno. Após a lecionação do subtema o professor pode colocar, oralmente ou por escrito,
questões para averiguar se os alunos atingiram as metas de aprendizagem definidas. Por exemplo, para verificar
se os alunos atingiram a meta de aprendizagem: Identifica os principais elementos constitutivos das paisagens,
o professor pode colocar aos alunos a questão: Quais são os principais elementos constitutivos das paisagens?
28 | Unidade Temática 2 - As paisagens de Timor-Leste
De acordo com as respostas dadas pelos alunos o professor pode verificar o grau de consecução da referida meta
de aprendizagem. Para verificar se os alunos atingiram a meta de aprendizagem: Distingue os principais tipos de
paisagens, o professor pode colocar aos alunos as seguintes questões: Que características permitem distinguir
uma montanha de uma planície e de um planalto? Apresenta um exemplo timorense de cada um dos principais
tipos de paisagens existentes.
• Atividade de questionamento em pares. O professor pode solicitar aos alunos que se organizem em pares e um
aluno faz as perguntas sobre conteúdos do subtema 1 e o outro colega dá as respostas às questões que lhe forem
colocadas. Mais tarde podem trocar, onde o colega que fazia as perguntas passa a dar as respostas.
2.2. Processos internos de modelação das paisagens
Que processos internos condicionam a modelação das paisagens de Timor-Leste?
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
Processos internos de modelação das paisagens
- Estrutura e composição interna da Terra
- Magmatismo e rochas magmáticas
- Metamorfismo e rochas metamórficas
- Rochas sedimentares
- Ciclo das rochas
- Rochas timorenses
- A tectónica de placas e a sua importância no território timorense
Que métodos existem para conhecer a estrutura interna da Terra?
Qual a importância do ciclo das rochas na modelação das paisagens de Timor-Leste?
De que forma a tectónica de placas condiciona a evolução do território de Timor-Leste?
Que características apresentam as rochas metamórficas?
Que contributo pode ter a evolução das paisagens na formação de rochas sedimentares?
De que forma a estrutura interna da Terra condiciona a formação de diferentes tipos de
rochas?
Quais são as principais características das rochas magmáticas?
Figura 6 - Questões orientadoras do subtema 2.
Guia do Professor | 29
A procura de respostas para a questão: Que processos internos condicionam a modelação das paisagens de
Timor-Leste? deve passar pela análise de imagens que ajudem a caracterizar os modelos geofísico e geoquímico
da estrutura e da composição interna da Terra, procurando compreender a forma como os acontecimentos que
surgem no interior da Terra condicionam alguns dos fenómenos que ocorrem na superfície. Através da análise
de imagens/fotografias deve ser explorada a diversidade de rochas existentes (ex.: rochas magmáticas, rochas
metamórficas e rochas sedimentares) na superfície terrestre e estudados os respetivos processos de formação.
Deve ser dada particular importância ao estudo das rochas de Timor-Leste, procurando compreender a
importância das mesmas na modelação das paisagens. Também deve ser estudada a dinâmica da litosfera e a
forma como a tectónica de placas é representativa no território timorense.
As questões apresentadas na Figura 6 podem servir como fio condutor para a realização de diversas atividades,
como as que de seguida se apresentam:
• Observação e interpretação de fotografias relativas ao métodos diretos que existem para conhecer a superfície
da Terra (ex.: Figuras 9 a 11 do Manual do Aluno).
• Análise e interpretação de esquemas relativos aos modelos geoquímico e geofísico da estrutura interna da
Terra (ex.: Figuras 12 e 13 do Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre os modelos da estrutura interna da Terra existentes (ex.:
Atividade 4 do Manual do Aluno).
• Observação e interpretação de fotografias/esquemas relativos às principais características das rochas
magmáticas e ao seu processo de formação (ex.: Figuras 14 a 19 do Manual do Aluno).
• Observação de amostras de mão de rochas magmáticas. Era importante que o professor possuísse pelo
menos uma amostra de rochas plutónicas, por exemplo o granito, e uma amostra de rochas vulcânicas, por
exemplo o basalto. O professor pode colocar aos alunos as seguintes questões:
- Quais são as principais características das amostras observadas?
- Atendendo às características observadas nas amostras, qual delas é uma rocha plutónica? Apresenta dois
argumentos que apoiem a tua resposta.
- Atendendo às características observadas nas amostras, qual delas é uma rocha vulcânica? Apresenta dois
argumentos que apoiem a tua resposta.
- Identifica as amostras observadas.
- Justifica a seguinte afirmação: “Ambas as amostras (ex.: granito e basalto) são rochas magmáticas.”
- Que explicação dás para o facto das rochas plutónicas se terem formado em profundidade e de serem
observadas na superfície terrestre?
Se o professor possuir vários exemplares do mesmo tipo de rocha pode dividir a turma em grupos, onde a
cada grupo dá duas amostras de rochas (ex.: granito e basalto) e depois pede aos grupos que respondam às
questões colocadas pelo professor, oralmente ou por escrito. Posteriormente, cada grupo deve partilhar as
respostas com toda a turma.
30 | Unidade Temática 2 - As paisagens de Timor-Leste
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre as principais características das rochas magmáticas (ex.:
Atividade 5 do Manual do Aluno).
• Observação e interpretação de fotografias/esquemas relativos às principais características das rochas
metamórficas e ao seu processo de formação (ex.: Figuras 20 a 22 e Tabela I do Manual do Aluno).
• Observação de amostras de mão de rochas metamórficas. Era importante que o professor possuísse pelo
menos uma amostra de xisto, de mármore, de quatzito e de gnaisse. O professor pode colocar aos alunos as
seguintes questões:
- Quais são as principais características das amostras observadas?
- Que características permitem distinguir as amostras observadas? (Os alunos devem referir a cor e a textura.)
- Identifica as amostras observadas.
- Atendendo às características observadas nas amostras, qual(quais) delas se formou(ram) por metamorfismo
regional? Apresenta dois argumentos que apoiem a tua resposta.
- Que fatores de metamorfismo deram origem ao mármore? Qual era a rocha original que permitiu a
formação do mármore?
- Que fatores de metamorfismo estiveram na origem da formação do xisto? Qual era a rocha original que
permitiu a formação do xisto?
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre as principais características das rochas metamórficas (ex.:
Atividade 6 do Manual do Aluno).
• Observação e interpretação de fotografias/esquemas relativos às principais características das rochas
sedimentares e ao seu processo de formação (ex.: Figuras 23 a 31 do Manual do Aluno).
• Observação de amostras de mão de rochas sedimentares. Era importante que o professor possuísse pelo
menos uma amostra de areia, de seixos, de arenito, de calcário, de conglomerados e de calcário coralígeno. O
professor pode colocar aos alunos as seguintes questões:
- Quais são as principais características das amostras observadas?
- Que características permitem distinguir as amostras observadas? (Os alunos devem referir a cor, o grau de
consolidação e a origem.)
- Identifica as amostras observadas.
- Agrupa as amostras observadas, tendo em conta a sua origem.
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre as principais características das rochas sedimentares (ex.:
Atividade 7 do Manual do Aluno).
• Observação e interpretação de esquemas relativos às principais etapas do ciclo das rochas (ex.: Figura 32 do
Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre as principais etapas do ciclo das rochas (ex.: Atividade 8 do
Manual do Aluno).
• Análise e interpretação de esquemas/mapas relativos à distribuição das rochas em Timor-Leste (ex.: Figura
33 do Manual do Aluno).
Guia do Professor | 31
• Realização de uma atividade de debate/discussão sobre a importância das rochas para o desenvolvimento
sustentável de Timor-Leste (ex.: Atividade 9 do Manual do Aluno).
• Elaboração de uma coleção de rochas timorenses. O professor pode solicitar aos alunos que recolham, junto
das localidades onde vivem, diferentes tipos de rochas de modo a poderem construir uma pequena coleção
de rochas para a escola. Os alunos, quando trouxerem as amostras para a escola devem, com a ajuda do
professor, tentar identificar as amostras recolhidas e colocar nelas pequenos cartões de papel com a respetiva
identificação, local e data de recolha. Os alunos podem, em casa, pedir aos pais para construírem uma caixa
em madeira para guardar as amostras recolhidas.
• Análise e interpretação de mapas/esquemas/imagens que permitam aos alunos compreender a tectónica de
placas no contexto mundial (ex.: Figuras 34 a 36 do Manual do Aluno) e no contexto timorense (ex.: Figura 37
do Manual do Aluno).
• Observação e interpretação de esquemas relativos aos principais tipos de deformações – as falhas e as dobras
(ex.: Figuras 38 e 39 do Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre a tectónica de placas (ex.: Atividade 10 do Manual do Aluno).
• Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da localização de Timor-Leste no contexto da tectónica
regional e das consequências que podem advir da referida localização (ex.: ocorrência de sismos e de vulcões).
• Análise de notícias da Imprensa sobre a ocorrência de sismos no mundo. O professor pode pedir aos alunos
que recolham notícias da Imprensa em que façam referência a diferentes sismos. Na aula procurem analisar
possíveis razões que tenham levado à sua ocorrência. Nestas notícias pode ser efetuado o levantamento do
tipo de estragos provocados pelos sismos.
• Realização de uma atividade de pesquisa acerca de dúvidas que os alunos ainda tenham sobre os processos
internos de modelação das paisagens, seguida de um debate sobre as dúvidas colocadas pelos alunos (ex.:
Atividade 11 do Manual do Aluno). Posteriormente, os alunos podem organizar-se em grupo e efetuar as
pesquisas necessárias para o esclarecimento das dúvidas colocadas. Por fim, cada grupo deve partilhar com a
turma e com o(a) professor(a) os resultados das pesquisas efetuadas.
• Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final do subtema 2. O professor, ao
analisar na aula a síntese apresentada pode pedir aos alunos para apresentarem outras ideias que tenham
considerado importantes durante a lecionação deste subtema.
• Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O professor pode
pedir aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões apresentadas e
esclarecer dúvidas que possam ter surgido.
• Análise do mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor. Após a lecionação do subtema 2 o professor
pode apresentar aos alunos o mapa de conceitos deste subtema e discutir a importância do referido esquema
na estruturação das aprendizagens efetuadas durante a lecionação do mesmo.
• Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto do subtema Processos internos de modelação
das paisagens do Manual do Aluno. Após a lecionação deste subtema o professor pode discutir com os alunos
a lista dos conceitos-chave apresentada e questioná-los acerca do significado dos mesmos, verificando se os
conhecem e se compreendem o seu significado.
32 | Unidade Temática 2 - As paisagens de Timor-Leste
• Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto do subtema
Processos internos de modelação das paisagens do Manual do Aluno. Após a lecionação deste subtema o
professor pode colocar, oralmente ou por escrito, questões que visem averiguar se os alunos atingiram as
metas de aprendizagem definidas. Por exemplo, para verificar se os alunos atingiram a meta de aprendizagem:
Caracteriza as rochas magmáticas quanto à origem, o professor pode colocar aos alunos as questões: Que
características permitem distinguir as rochas plutónicas das rochas vulcânicas? As rochas plutónicas formaram-
se à superfície da Terra ou em profundidade? Justifica a tua resposta. As rochas vulcânicas formaram-se à
superfície da Terra ou em profundidade? Justifica a tua resposta. Perante as respostas dadas pelos alunos
o professor poderá ficar a saber se os alunos alcançaram a referida meta de aprendizagem. Para verificar
se os alunos atingiram a meta de aprendizagem: Indica os principais tipos de rochas existentes no território
timorense, o professor pode colocar aos alunos as seguintes questões: Quais são os principais tipos de rochas
existentes no território timorense? Onde se localizam? Que características apresentam?
• Atividade de questionamento em pares. O professor pode solicitar aos alunos que se organizem em pares e
um aluno faz as perguntas sobre conteúdos do subtema 2 e o outro colega dá as respostas às questões que
lhe forem colocadas. Mais tarde podem trocar, onde o colega que fazia as perguntas passa a dar as respostas.
2.3. Processos externos de modelação das paisagens
Que processos externos condicionam a modelação das paisagens de Timor-Leste?
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
Processos internos de modelação das paisagens
- Agentes de modelação das paisagens
O clima Os rios Os glaciares
O vento Os mares Os seres vivos
Quais são os principais agentes de modelação das paisagens?
De que modo os agentes externos de modelação das paisagens condicionam a evolução das
paisagens em Timor-Leste?
De que forma os fatores de modelação das paisagens condicionam a sua evolução?
Figura 7 - Questões orientadoras do subtema 3.
Guia do Professor | 33
A procura de respostas para a questão: Que processos externos condicionam a modelação das paisagens de
Timor-Leste? deve passar pela análise de imagens diversificadas que ajudem a efetuar a caracterização dos
principais fatores de modelação das paisagens e da sua ação sobre as paisagens. Decorrente da presença, em
maior ou menor representação, dos fatores de modelação das paisagens referidos deve ser estudada a ação
destes na modelação das paisagens timorenses.
As questões apresentadas na Figura 7 podem servir como fio condutor para a realização de diversas atividades,
como as que de seguida se apresentam:
• Observação e interpretação de fotografias/esquemas relativos à ação dos fatores externos de modelação das
paisagens e à formação de estruturas típicas em diferentes tipos de paisagens (ex.: Figuras 40 a 68 do Manual
do Aluno).
• Análise e interpretação de esquemas que permitam que os alunos compreendam a formação de terraços
fluviais (ex.: Figura 52 do Manual do Aluno), o recuo das arribas (ex.: Figura 66 do Manual do Aluno) e a
evolução dos cordões litorais (ex.: Figura 67 do Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre aos agentes externos modeladores das paisagens e os efeitos
da referida ação (ex.: Atividade 12 do Manual do Aluno).
• Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da forma como os agentes externos de modelação
das paisagens modificam as paisagens timorenses. O professor pode solicitar aos alunos que apresentem
exemplos de formas típicas das paisagens de Timor-Leste e dos agentes modeladores das mesmas.
• Realização de uma atividade de pesquisa acerca de dúvidas que os alunos ainda tenham sobre os processos
externos de modelação das paisagens, seguida de um debate com a apresentação das dúvidas colocadas
pelos alunos (ex.: Atividade 13 do Manual do Aluno). Posteriormente, os alunos podem organizar-se em grupo
e efetuar as pesquisas necessárias para o esclarecimento das dúvidas colocadas. Por fim, cada grupo deve
partilhar com a turma e com o(a) professor(a) os resultados das pesquisas efetuadas.
• Realização de uma atividade de debate/discussão acerca da forma como o Homem tem modificado as
paisagens timorenses e das consequências de tais modificações. O professor pode pedir que a turma de divida
em dois grupos. Um grupo de alunos é a favor da modificação das paisagens e outro grupo é contra. Cada
grupo apresenta as suas opiniões acerca da modificação ou não das paisagens e procura fundamentar as
opiniões apresentadas.
• Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final do subtema 3. O professor pode
pedir aos alunos para apresentarem outras ideias que tenham considerado importantes.
• Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O professor pode
pedir aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões apresentadas e pode
esclarecer dúvidas que possam ter surgido.
• Análise do mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor. Após a lecionação do subtema 3 o professor
pode apresentar aos alunos o mapa de conceitos do subtema e discutir a importância do referido esquema na
estruturação das aprendizagens efetuadas.
34 | Unidade Temática 2 - As paisagens de Timor-Leste
• Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto do subtema Processos externos de modelação
das paisagens do Manual do Aluno. Após a lecionação deste subtema o professor pode discutir com os alunos
a lista dos conceitos-chave apresentada e questioná-los acerca do significado dos mesmos, verificando se os
conhecem e se compreendem o seu significado.
• Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto do subtema
Processos externos de modelação das paisagens do Manual do Aluno. Após a lecionação do subtema 3 o
professor pode colocar, oralmente ou por escrito, questões que visem averiguar se os alunos atingiram as
metas de aprendizagem definidas para o referido subtema. Por exemplo, para verificar se os alunos atingiram
a meta de aprendizagem: Identifica os principais agentes externos de modelação das paisagens, o professor
pode colocar aos alunos a questão: Quais são os principais fatores externos de modelação das paisagens? De
acordo com as respostas dadas pelos alunos o professor poderá ficar a saber se o aluno atingiu a referida meta
de aprendizagem. Para verificar se os alunos atingiram a meta de aprendizagem: Explica a importância do
clima, dos rios, dos glaciares, do vento, dos mares e dos seres vivos na modelação das paisagens, o professor
pode colocar aos alunos as seguintes questões: De que forma os rios podem modelar as paisagens? Qual
a influencia do mar na modelação das paisagens? Que características apresentam as paisagens modeladas
pelos glaciares? De que forma os seres vivos podem modelar as paisagens?
• Atividade de questionamento em pares. O professor pode solicitar aos alunos que se organizem em pares e
um aluno faz as perguntas sobre conteúdos do subtema 3 e o outro colega dá as respostas às questões que
lhe forem colocadas. Mais tarde podem trocar, onde o colega que fazia as perguntas passa a dar as respostas.
3. MAPAS ORGANIZADORES DE CONCEITOSNas páginas seguintes apresentam-se os mapas organizadores de conceitos dos três subtemas que constituem
a Unidade Temática 2. Os mapas organizadores de conceitos apresentados podem ser utilizados como síntese
no final da lecionação de cada conteúdo programático. A sua análise e discussão pode ser útil para ajudar os
alunos a compreenderem a interrelação existente entre os diferentes conceitos abordados em cada subtema da
Unidade Temática 2.
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36 | Unidade Temática 2 - As paisagens de Timor-Leste
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38 | Unidade Temática 2 - As paisagens de Timor-Leste
4. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃOOs exemplos a seguir apresentados podem ser utilizados em fichas
de trabalho ou em provas de avaliação escrita, bem como outros que
o professor considere que são importantes para avaliar os conteúdos
concetuais, procedimentais e atitudinais abordados durante a lecionação
da Unidade Temática 2.
4.1. Exemplos de questões que podem ser colocadas em fichas de
trabalho ou em provas de avaliação escrita
I As paisagens de Timor-Leste
1. Dá dois exemplos de elementos físicos e dois exemplos de elementos
humanos que caracterizem as paisagens.
2. Nas afirmações que se seguem classifica com um V as verdadeiras e
com um F as falsas.
(A) A abertura de uma estrada é um agente interno modelador da
paisagem.
(B) As montanhas e as planícies são dois exemplos de paisagens terrestres.
(C) A entrada em erupção de um vulcão é um agente interno
modelador da paisagem.
(D) Os cabeços possuem maior altitude que as montanhas.
(E) As montanhas de maior altitude no planeta Terra localizam-se em
Timor-Leste.
3. Distingue uma montanha de uma planície e apresenta um exemplo
timorense de cada uma das paisagens.
4. Observa, com atenção, a Figura I.
4.1. Identifica a paisagem humanizada. Justifica a tua resposta.
4.2. Indica duas medidas que devem ser tomadas para preservar a
paisagem A.
4.3. Por que é importante preservar a paisagem B?
II Processos internos de modelação das paisagens
1. Observa, com atenção, o esquema da Figura II.
1.1. Faz a legenda das letras representadas no esquema da Figura II.
1.2. Comenta a seguinte frase: “Na elaboração do esquema da Figura II foi
utilizado o critério da composição química”.
Figura I
A
B
Figura II
AB
C
D
E
Guia do Professor | 39
1.3. Caracteriza a camada representada pela letra D.
2. Analisa as afirmações que se seguem e atribui-lhe o seu valor lógico
verdadeiro (V) ou falso (F).
(A) A astenosfera engloba a litosfera.
(B) O núcleo é formado, essencialmente, por ferro e níquel.
(C) O núcleo pode ser dividido em astenosfera e mesosfera.
(D) A endosfera é externamente líquida e internamente sólida.
(E) O manto é formado essencialmente por granito.
3. Distingue uma rocha de um mineral, apresentado um exemplo de uma
rocha e um exemplo de um mineral.
4. As Figuras III e IV são de duas amostras de rochas.
4.1. Indica qual das duas rochas corresponde a uma rocha plutónica.
Justifica a tua resposta.
4.2. Estabelece a correspondência entre cada uma das imagens e as
afirmações que se seguem.
(A) A rocha observada corresponde ao granito.
(B) A rocha é um basalto.
(C) Rocha frequente junto às erupções vulcânicas.
(D) Rocha resultante do arrefecimento de um magma à superfície.
(E) Rocha cujo arrefecimento ocorreu lentamente no interior da crosta.
4.3. Distingue as rochas vulcânicas das rochas plutónicas, quanto ao local
de formação.
5. Nas afirmações que se seguem classifica com um V as verdadeiras e com um F as falsas.
(A) O granito é uma rocha magmática plutónica.
(B) A pressão e o calor são considerados fatores de metamorfismo.
(C) O basalto é uma rocha sedimentar detrítica.
(D) O calcário é uma rocha magmática vulcânica.
(E) O xisto é uma rocha metamórfica.
6. Das frases que se seguem assinala com um V as verdadeiras e com um F as falsas.
A. Os magmas formam-se à superfície da Terra.
B. As rochas vulcânicas formam-se em profundidade.
C. As cinzas são os piroclastos mais finos expelidos durante as erupções vulcânicas.
D. Os piroclastos são materiais líquidos expelidos durante as erupções vulcânicas.
E. A pedra-pomes resulta do arrefecimento de lava que possui muitos gases.
Figura III
Figura IV
40 | Unidade Temática 2 - As paisagens de Timor-Leste
7. Distingue metamorfismo de contacto de metamorfismo regional.
8. Explica como se forma o mármore.
9. Nas afirmações que se seguem classifica com um V as verdadeiras e com um F as falsas.
(A) O xisto não apresenta xistosidade.
(B) O quartzito forma-se por metamorfismo de contacto a partir do arenito.
(C) A pressão e a temperatura são fatores de metamorfismo.
(D) Em Timor-Leste não existem rochas metamórficas.
(E) O gnaisse é uma rocha metamórfica.
10. Os processos sequenciais que estão na origem de uma rocha sedimentar são os seguintes:
(A) …erosão, meteorização, deposição, diagénese.
(B) …meteorização, deposição, erosão, diagénese.
(C) …erosão, diagénese, meteorização, deposição.
(D) …meteorização, erosão, deposição, diagénese.
(Transcreve a opção correta.)
11. Estabelece a correspondência entre os conceitos da coluna I e as rochas da coluna II.
Coluna I Coluna II
1. Arenito
2. Argilito
A. Rocha sedimentar detrítica 3. Petróleo
B. Rocha sedimentar quimiogénica 4. Calcário
C. Rocha sedimentar biogénica 5. Calcário coralígeno
6. Carvão
7. Sal-gema
8. Gesso
9. Conglomerados
12. Explica por que razão o calcário conquífero é considerado uma rocha biogénica.
13. Das afirmações que se seguem assinala com um V as verdadeiras e com um F as falsas.
A. As rochas sedimentares classificam-se em detríticas, quimiogénicas e biogénicas.
B. As rochas sedimentares são constituídas por sedimentos.
C. O carvão é um exemplo de uma rocha sedimentar detrítica.
D. A meteorização é uma etapa do processo de formação das rochas sedimentares.
E. O conglomerado é um exemplo de uma rocha sedimentar biogénica.
F. O calcário faz efervescência com ácido.
Guia do Professor | 41
14. Estabelece a correspondência entre os conceitos da coluna I e as rochas da coluna II.
Coluna I Coluna II
1. Arenito
2. Gesso
3. Xisto
A. Rocha metamórfica 4. Granito
B. Rocha magmática 5. Basalto
C. Rocha sedimentar 6. Argilito
7. Calcário
8. Gnaisse
9. Sal-gema
10. Mármore
15. A Figura V representa, de um modo esquemático, o ciclo das rochas.
15.1. Seleciona a alternativa que completa corretamente a afirmação que
se segue.
As rochas D, C, B e A correspondem, respetivamente, a rochas:
(A) …sedimentares, metamórficas, vulcânicas e plutónicas.
(B) …vulcânicas, plutónicas, metamórficas e sedimentares.
(C) …sedimentares, metamórficas, plutónicas e vulcânicas.
(D) …metamórficas, sedimentares, plutónicas e vulcânicas.
15.2. Identifica o nome dos processos representados pelos números (1, 2,
3, 4 e 5) da Figura V.
15.3. Seleciona a alternativa que contém os termos que permitem
preencher os espaços da afirmação que se segue de modo correto.
No processo 3 ocorre _________, podendo originar o _________.
(A) …aquecimento (…) carvão
(B) …desidratação (…) gnaisse
(C) …compactação (…) arenito
(D) …cimentação de partículas rochosas (…) mármore
16. Relativamente à tectónica de placas, classifica cada uma das afirmações como verdadeira (V) ou falsa (F).
A. Quanto maior a distância ao rifte menor é a idade das rochas dos fundos oceânicos.
B. A destruição de crusta oceânica ocorre nos limites convergentes das placas litosféricas.
C. Os limites divergentes das placas litosféricas situam-se nas dorsais oceânicas.
D. Os limites convergentes são caracterizados por ausência de qualquer tipo de atividade geológica.
E. Nos limites conservativos ocorre deslizamento lateral entre as placas.
Figura V
42 | Unidade Temática 2 - As paisagens de Timor-Leste
17. Faz corresponder as letras das afirmações aos números da chave correspondentes.
Afirmações Chave
A. Não há produção nem destruição de placas litosféricas.
B. Há produção de nova crusta.
C. Local na crosta terrestre onde está constantemente a ser libertado magma.
D. A formação da cadeia montanhosa dos Himalaias resultou da colisão entre duas
placas litosféricas.
E. Zona onde ocorre destruição de crusta.
I. Limite convergente
II. Zona de subducção
III. Limite conservativo
IV. Limite divergente
V. Rifte
18. Lê, com atenção, o texto que se segue e responde às questões que sobre ele são colocadas.
Segundo a Teoria da Tectónica de Placas, a parte mais externa da Terra denomina-se litosfera. Esta é uma espécie de capa rígida, mas
fragmentada, cujos fragmentos flutuam sobre a parte plástica do manto – a astenosfera – como se fossem jangadas. Estes fragmentos
designam-se placas tectónicas ou litosféricas e estão em contínuo movimento devido às correntes de convecção do manto e podem ser
continentais, oceânicas ou mistas. A fricção que se dá entre elas é a causa de fenómenos sísmicos e vulcânicos. As zonas de contacto entre
duas placas tectónicas constituem enormes falhas. Ao longo destas, as placas podem deslizar lado a lado, como é o caso da Falha de
Santo André (Califórnia, Estados Unidos). Nos lugares onde convergem várias placas tectónicas pode acontecer que uma delas se afunde
por debaixo da outra (subducção). Noutras situações, as placas separam-se (divergência), surgindo à superfície material magmático
do interior da Terra que origina nova placa oceânica (rifte). Outra consequência do movimento das placas tectónicas é a formação das
grandes cordilheiras montanhosas devido ao choque de duas placas que provocam o enrugamento da superfície terrestre.
Adaptado de http://www.todo-ciencia.com
18.1. Indica o significado de “placa tectónica” ou “litosférica”.
18.2. Refere os três tipos de placas litosféricas que existem.
18.3. Com base no texto indica qual o mecanismo responsável pelo movimento das placas litosféricas.
18.4. Identifica os três tipos de limites que podem ocorrer entre duas placas litosféricas.
19. Nas questões que se seguem seleciona a opção que permite completar as afirmações dadas.
19.1. A Falha de Santo André é uma zona de:
(A) …convergência de duas placas litosféricas.
(B) …deslizamento de duas placas litosféricas lado a lado.
(C) …divergência de duas placas litosféricas.
(D) …subducção de uma placa litosférica sob outra.
19.2. O rifte é uma zona de:
(A) …colisão de duas placas oceânicas.
(B) …divergência de placas litosféricas.
(C) …colisão de duas placas continentais.
(D) …deslizamento lateral de placas litosféricas.
Guia do Professor | 43
19.3. Na dorsal oceânica pode ocorrer:
(A) …afundamento de uma placa oceânica.
(B) …afundamento de uma placa continental.
(C) …alargamento do oceano.
(D) …aproximação de duas placas oceânicas.
20. Na Figura VI está representado o fundo de um oceano em corte.
20.1. Faz a legenda correspondente aos números 1, 2 e 3 da Figura VI.
20.2. Na Figura VI, pode considerar-se que os números 1 e 3 correspondem,
respetivamente, a:
(A) …um limite convergente e a um limite transformante.
(B) …um limite divergente e a um limite convergente.
(C) …um limite divergente e a um limite transformante.
(D) …um limite convergente e a um limite divergente.
(Transcreve a opção correta.)
20.3. Classifica, como verdadeiras (V) ou falsas (F), as afirmações que se seguem.
A. Nos riftes, as placas litosféricas sofrem subdução.
B. As dorsais formam-se por acumulação de magmas expelidos através dos riftes.
C. Nas zonas de subdução de placas podem ocorrer sismos e fenómenos vulcânicos.
D. Os riftes estão associados a limites convergentes.
E. Nas zonas de subducção forma-se nova crosta oceânica devido à subida de magmas.
F. A litosfera corresponde à crosta e à zona mais superficial do manto.
20.4. Considera as rochas representadas na Figura VI pelos números I, II e III.
Qual das rochas representadas é mais antiga?
20.4.1. Justifica a resposta dada na questão anterior.
21. Distingue uma dobra de uma falha.
22. Indica duas diferenças existentes entre uma falha normal e uma falha inversa.
23. Distingue uma falha de uma diaclase.
24. Que tipo de dobras existem? Que critérios permitem distinguir as
dobras existentes?
25. Analisa os esquemas os esquemas A e B da Figura VII, que representam
dois tipos de falhas.
25.1. Define falha.
25.2. Classifica as falhas representadas em A e B.
25.3. Indica o tipo de forças que estão associadas às falhas representadas
em A e B.
Figura VI
A
B
Figura VII
44 | Unidade Temática 2 - As paisagens de Timor-Leste
26. A litosfera sofre deformações como as que se encontram representadas nos esquemas A e B da Figura VII.
26.1. Identifica as deformações representadas nos esquemas A e B.
26.2. Assinala nos esquemas A e B da Figura VII, as forças que terão provocado as deformações representadas.
26.3. Explica a formação das estruturas representadas no esquema A e no esquema B.
III Processos externos de modelação das paisagens
1. Indica dois agentes externos modeladores das paisagens.
2. Explica de que modo um dos agentes externos referido na questão anterior pode contribuir para a modelação
das paisagens.
3. Explica de que forma o gelo pode contribuir para a alteração das rochas.
4. Durante o processo de crioclastia, a água:
(A) …evapora. (B) …condensa. (C) …aumenta de volume. (D) …diminui de volume.
(Transcreve a opção correta.)
5. As rochas cogumelo são originadas pela ação:
(A) …do vento. (B) …do mar. (C) …das águas selvagens. (D) …dos glaciares.
(Transcreve a opção correta.)
6. Explica de que forma a água da chuva exerce uma ação mecânica e química na modelação das paisagens.
7. Refere como se formam as chaminés de fada.
8. O que é uma torrente? Explica por que razão as torrentes podem ter uma grande influência na modelação das
paisagens.
9. Explica de que forma os rios podem contribuir para a modelação das paisagens.
Figura VII
A B
Guia do Professor | 45
10. Faz corresponder os elementos da coluna I aos termos da coluna II.
Coluna I Coluna II
1. Curso inferior A. Desgaste
2. Curso médio B. Acumulação
3. Curso superior C. Transporte
11. Explica como se forma um meandro.
12. Refere a importância dos terraços fluviais para a prática da agricultura.
13. Explica a formação de um vale em U.
14. O que são as moreias? Como se formam?
15. Explica como se formam os fiordes.
16. As dunas são estruturas típicas dos desertos. Explica o seu modo de formação.
17. Os ergs são:
(A) …campos de dunas das regiões polares.
(B) …extensos campos de dunas das regiões desérticas.
(C) …extensos campos de dunas das regiões equatoriais.
(D) …campos de dunas situadas junto ao mar.
(Transcreve a opção correta.)
18. Refere dois exemplos da ação do mar nas paisagens de Timor-Leste.
19. Explica de que forma ocorre o recuo de uma arriba.
20. Refere que papel pode ter o mar sobre a modelação da costa.
21. Explica como se forma uma praia.
22. Explica de que forma as plantas podem contribuir para a desagregação das rochas.
23. Indica duas consequências da desflorestação das montanhas.
24. Classifica, como verdadeiras (V) ou falsas (F), as afirmações que se seguem.
A. Nos desertos os fenómenos de crioclastia são muito frequentes.
B. As chuvas exercem uma ação química e mecânica na modelação das paisagens.
C. As chaminés de fada formam-se por ação do vento.
D. A erosão provocada pelos rios chama-se erosão fluvial.
E. No curso superior de um rio predomina a acumulação de sedimentos.
F. Os vales em U formam-se devido à erosão provocada pelos glaciares.
25. Explica de que modo os cursos de água modelam as paisagens timorenses.
26. Refere duas medidas que devem ser tomadas pelos timorenses para preservarem as paisagens.
27. Que importância pode ter a preservação das paisagens no desenvolvimento de Timor-Leste?
46 | Unidade Temática 2 - As paisagens de Timor-Leste
28. Lê, com atenção, o texto que se segue e responde às questões colocadas.
A fúria da terra e do mar voltaram a castigar o Japão
Por Helena Geraldes e Susana Almeida Ribeiro
Ondas de dez metros varreram casas e campos agrícolas, levaram tudo o que encontraram pela frente.
Um cenário de devastação abateu-se ontem sobre a costa nordeste do Japão. Um sismo de magnitude 8,9 - o quinto maior de sempre -
foi só o início. A seguir, uma onda de dez metros carregada de lama e destroços varreu campos agrícolas e casas. Incêndios consumiram
bairros inteiros. Mais de mil pessoas perderam a vida. As cidades mais atingidas foram Sendai e Fukushima, a norte de Tóquio, bem como
a própria capital.
As imagens ao início do dia deixavam adivinhar a dimensão da catástrofe. Uma parede de água, lama e detritos invadiu terra, arrastando
consigo barcos, carros, estufas agrícolas e casas. Esta foi a consequência quase imediata do sismo de maior magnitude a atingir o Japão
nos últimos 140 anos.
In Público 12/03/2011
28.1. De acordo com a notícia indica duas consequências sociais provocadas pelo sismo no Japão.
28.2. Refere dois efeitos do sismo do Japão na transformação das paisagens terrestres.
29. Analisa, com atenção, o texto que se segue e responde às questões que sobre ele são colocadas.
Japão: 170 mil pessoas evacuadas por causa de fuga radioativa
O cenário é apocalíptico e o rasto de destruição, passadas mais de 24 horas após o trágico sismo que sacudiu o Japão, revela-se ainda
muito preocupante, pois a fuga radiotiva que se seguiu à explosão desta manhã na central nuclear de Fukushima pode atingir proporções
dramáticas.
Depois da explosão de sábado num dos reatores da central nuclear, agora as atenções voltam-se este domingo para um segundo reator
na mesma central nuclear cujo sistema de refrigeração parou.
A televisão nipónica mostrou imagens de uma nuvem de fumo branco por cima da central nuclear e anunciou que o nível de radioatividade
estava 20 vezes superior ao normal.
In IOL Diário (adaptação) 12-03-2011
29.1. Indica duas consequências, para os seres vivos, do excesso de radioatividade.
29.2. Explica de que forma o que aconteceu na central nuclear de Fukushima pode abrir uma discussão mundial
acerca da utilização ou não da energia nuclear no futuro.
5. DOCUMENTOS DE APOIOApresentamos alguns documentos que podem ser úteis para o professor aprofundar os conteúdos programáticos
da Unidade Temática 2, tendo em conta as características dos alunos que possui e os conhecimentos que já têm
adquiridos.
Guia do Professor | 47
DOCUMENTO 1 A calibragem e o arredondamento dos sedimentos
Os materiais resultantes da meteorização vão ser erodidos, transportados e sedimentados. Mas não, necessariamente, ao mesmo
tempo. Os solos podem funcionar como verdadeiros filtros naturais: deixam passar uma parte dos materiais (sobretudo em solução)
e retêm outra parte (sobretudo os fragmentos sólidos). Estes filtros podem ser “finos e em bom estado” (caso dos solos equatoriais)
ou, pelo contrário, “grossos e rotos” (caso dos solos “esqueléticos” das regiões áridas).
A erosão é o conjunto de processos físicos que permitem remover os materiais resultantes da meteorização. É realizada pelos agentes
erosivos: água da chuva, mar, rios, glaciares e vento. Estes agentes são bons construtores da paisagem, mas também fatores de algum
risco natural.
O transporte é o movimento dos materiais erodidos. Os principais agentes de transporte são a gravidade, a água, os glaciares e o vento.
À medida que o transporte dos materiais vai aumentando estes vão apresentar uma melhoria na calibragem, no arredondamento e
na maturidade dos sedimentos.
Calibragem – É uma medida da homogeneidade do tamanho dos grãos. Ao longo de um transporte prolongado, os grãos vão sendo
calibrados, isto é, separados em lotes de tamanhos idênticos e cada vez mais finos.
Arredondamento – É uma medida da “redondeza” dos grãos. Grãos angulosos indicam transporte curto. Se o transporte é prolongado,
as arestas vão sendo como que limadas e os grãos vão ficando mais arredondados.
Maturidade – É uma medida da “limpidez” do sedimento. A maturidade é maior à medida que aumenta a percentagem de quartzo e
diminui a percentagem dos fragmentos líquidos e da matriz argilosa.
Também o brilho dos grãos de quartzo nos pode indicar o tipo de transporte. Se os grãos forem brilhantes, devem ter sido transportados
pela água, se forem baços, devem ter sido transportados pelo vento.
As substâncias transportadas em solução (“carga invisível”) são principalmente bicarbonatos e sulfatos de cálcio e de sódio. E é claro
que temos de contar ainda com o “sal” (ClNa) na água do mar. A precipitação do cálcio, sob a forma de calcite, é sobretudo bioquímica.
O que é que isto quer dizer? Que muitos seres marinhos extraem o cálcio da água do mar para formarem os seus esqueletos (interno
e externo), incluindo conchas e carapaças. Quando aqueles seres morrem, os seus esqueletos acumulam-se no fundo, assim se forma
a maior parte dos sedimentos calcários. O mesmo acontece, embora com menos frequência, com a sílica (SiO2). Neste caso, os seres
marinhos têm esqueletos siliciosos (ex.: radiolários e diatomáceas). Outros sedimentos resultam de uma precipitação puramente
química: é o caso dos evaporitos, como o sal-gema (ClNa) e o gesso (SO4Ca), ou de alguma dolomite [(CO3)2CaMg].
As Autoras, 2011
DOCUMENTO 2 Os recursos minerais no nosso mundo
Na Tabela I apresentam-se algumas das utilizações dos recursos minerais no dia a dia.
Utilizações Recursos minerais
Fabrico de tintas Calcário, dolomite, areia, sílica, sal
Agricultura Calcário, dolomite, areia, sal, sílica, potássio
Energias renováveis Silício, estanho, cobre, ferro
Construção civil Calcário, argila, gesso
Indústria cerâmica Argilas, caulinos, areias siliciosas, dolomite
Indústria metalúrgica e siderurgia Areias siliciosas, argilas especiais, ferro, manganês
Indústria vidreira Areias siliciosas, calcário, dolomite
Indústria farmacêutica e cosmética Talco, potássio, argila, lítio, ouro
Indústria química Sal, calcário, sílica, dolomite, fluorite, areia
Indústria das próteses Titânio, platina, argilas especiais
Tabela I
48 | Unidade Temática 2 - As paisagens de Timor-Leste
6. RECURSOS WEB E BIBLIOGRAFIA DE APOIOPrincipais características das paisagens mundiais e de Timor-Leste
http://terrinhas.no.sapo.pt; http://timor-leste.gov.; http://www.acp-eucourier.info; http://2.bp.blogspot.com; http://static.hsw.com.br;
http://www.asia-turismo.com; http://images.wikilingue.com; http://3.bp.blogspot.com; http://timorpost.zip.net; http://www.app.pt;
http://ultramar.terraweb.biz; http://3.bp.blogspot.com; http://2.bp.blogspot.com; http://1.bp.blogspot.com;
http://www2.ilch.uminho.pt; http://4.bp.blogspot.com; http://ultramar.terraweb.biz
- Durand, F. (2010). Timor-Leste – País no Cruzamento da Ásia e do Pacífico. Um Atlas Histórico-Geográfico. LIDEL – Edições Técnicas, Lda.
- McKnight, T. L. & Hess, D. (2005). Physical Geography. Eighth Edition. New Jersey: Pearson Prentice Hall.
Processos internos de modelação das paisagens
http://www.slideshare.net/TELISA2006/apresentao-final-do-giologia-do-timor123; http://pascal.iseg.utl.pt/~cesa/infotimor.html;
http://www.slideshare.net/TELISA2006/geologia-do-timor2; http://repositorio.lneg.pt/bitstream/10400.9/988/1/Carvalho_28627CD_F13.pdf
http://www.cerit.org/terra_geologia_1.html; http://www.timorcrocodilovoador.com.br/geologia-kaul.htm;
http://repositorio.lneg.pt/bitstream/10400.9/1031/1/Rocha_28627CD_M37.pdf; http://pt.wikipedia.org/wiki/Portal:Geologia;
- Durand, F. (2010). Timor-Leste – País no Cruzamento da Ásia e do Pacífico. Um Atlas Histórico-Geográfico. Lisboa: LIDEL – Edições
Técnicas, Lda.
- McKnight, T. L. & Hess, D. (2005). Physical Geography. Eighth Edition. New Jersey: Pearson Prentice Hall.
- Sáez, N. R.; García, J. M. R. & Fuentes, E. D. (2003). Ciencias de la Tierra e del Medio Ambiente. Madrid: Anaya.
- Strahler, N. A. (1992). Geología Física. Barcelona: Ediciones Omega.
Processos externos de modelação das paisagens
http://abcviagens.no.sapo.pt; http://www.dkimages.com; http://www.portalsaofrancisco.com.br; http://www.rc.unesp.br;
http://casadrbonfim.com; http://www.unibas.it; http://www.enciclopedia.com.pt; http://2.bp.blogspot.com;
http://www.cise seia.org.pt; http://4.bp.blogspot.com; http://i44.tinypic.com; http://mesozoico.files.wordpress.com;
http://ciencias3c.cvg.com.pt; http://www.cprm.gov.br; http://www.espombal.edu.pt;
http://i.olhares.com; http://2.bp.blogspot.com; http://www.prof2000.pt
- McKnight, T. L. & Hess, D. (2005). Physical Geography. Eighth Edition. New Jersey: Pearson Prentice Hall.
- Michel, F. (2005). Roches et Paysages – Reflects de L´Histoire de la Terre. Brgméditions. Belin: Pour la Science.
- Veyret, Y. & Vigneau, J.-P. (2002). Géographie Physique. Armand Colin.
Unidade Temática 3Os Recursos de Timor-Leste
SUBTEMA 1
Os recursos naturais não renováveis
SUBTEMA 2
Os recursos naturais renováveis
50 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
1. PLANIFICAÇÃO A MÉDIO PRAZOUnidade Temática 3: Os recursos de Timor-Leste: Características, potencialidades e ameaças
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticasTemposletivos
previstos
Recursos não renováveis
Recursos minerais
– características,
potencialidades e
ameaças
- Características dos
recursos minerais
metálicos e não metálicos
- Principais recursos
minerais do território
timorense – identificação,
localização e forma de
extração
- As potencialidades e
as ameaças dos recursos
minerais timorenses
- Distingue recursos minerais metálicos de
recursos minerais não metálicos.
- Identifica e localiza os principais recursos
minerais do território timorense.
- Caracteriza as principais formas de
extração dos recursos minerais do
território timorense.
- Explicita a importância de uma
exploração racional dos recursos
minerais no contexto timorense.
- Analisar e interpretar esquemas/imagens/fotografias/
mapas que evidenciem as principais características
dos recursos minerais metálicos e não metálicos.
- Realizar exercícios de aplicação sobre os principais
recursos minerais do território timorense.
- Implementar atividades de debate/reflexão sobre
as potencialidades e as ameaças dos recursos
minerais timorenses.
4
Recursos energéticos
– características,
potencialidades e
ameaças
- Os recursos energéticos
* Principais
características
* Combustíveis fósseis
* Exploração dos
recursos energéticos e
problemas ambientais
associados
- As potencialidades e
ameaças dos recursos
energéticos timorenses
- Apresenta exemplos dos principais
recursos energéticos existentes e da sua
importância no contexto mundial.
- Conhece os diferentes tipos de
combustíveis fósseis existentes.
- Caracteriza o processo de formação do
carvão.
- Caracteriza o processo de formação do
petróleo e do gás natural.
- Identifica as principais formas de
exploração dos combustíveis fósseis.
- Refere algumas consequências ambientais
da exploração dos combustíveis fósseis.
- Localiza no mapa as principais zonas de
exploração do petróleo e do gás natural no
território timorense.
- Refere as principais potencialidades
dos recursos energéticos existentes no
território timorense.
- Enuncia medidas que permitam uma
exploração sustentada dos combustíveis
fósseis em Timor-Leste.
- Assume atitudes de responsabilidade
na utilização dos recursos energéticos
timorenses.
- Analisar esquemas/imagens/fotografias/mapas
que evidenciem os principais recursos energéticos
existentes e refletir sobre a sua importância no
contexto mundial.
- Analisar e interpretar esquemas que evidenciem o
processo de formação do carvão, do petróleo e do
gás natural.
- Analisar e interpretar esquemas que evidenciem
a forma como os combustíveis fósseis são
explorados.
- Implementar atividades de análise de notícias da
Imprensa que relatem consequências ambientais
da exploração do petróleo e do gás natural.
- Analisar esquemas/imagens/fotografias/mapas que
evidenciem a localização e as características dos
recursos energéticos do território de Timor-Leste.
- Realizar trabalhos de pesquisa sobre o petróleo em
Timor-Leste.
- Implementar atividades de debate/reflexão sobre
a importância de uma exploração racional do
petróleo e do gás natural no contexto timorense.
- Implementar atividades de debate/reflexão sobre as
medidas que permitem uma exploração sustentada
dos recursos não renováveis de Timor-Leste.
12
Subtema 1: Os recursos naturais
Guia do Professor | 51
Recursos renováveis
O sol – características e
potencialidades
- O papel da radiação
solar na variação da
temperatura
- Caracteriza a radiação solar.
- Conhece os fatores responsáveis pela
variação da radiação solar (latitude,
duração do dia, massa atmosférica, área
recetora da radiação solar).
- Caracteriza a estrutura da atmosfera.
- Explicita o papel da atmosfera na
variação da radiação solar.
- Analisar e interpretar esquemas/gráficos/imagens/
fotografias/mapas relativos a: características da
radiação solar; fatores responsáveis pela variação da
radiação solar; e estrutura da atmosfera.
- Analisar notícias de Imprensa sobre formas de utilização
da energia solar em Timor-Leste e no mundo.
- Realizar exercícios de aplicação sobre o papel da
atmosfera na variação da radiação solar e sobre os
fatores que influenciam a variação da temperatura.
- Implementar atividades de debate/reflexão sobre a
forma como pode ser potenciado o aproveitamento
da radiação solar em Timor-Leste.
- Implementar uma atividade de construção de um
mapa organizador de conceitos que sintetize os
conceitos abordados no estudo das características e
das potencialidades do sol.
8- A variação anual da
temperatura em
Timor-Leste
- Relaciona a radiação solar com a variação
da temperatura no território timorense.
- Identifica os fatores que influenciam a
variação da temperatura: relevo e sua
orientação, proximidade do mar e massas
de ar.
- Relaciona a variação da temperatura em
Timor-Leste com os respetivos fatores.
- Aproveitamento
energético da radiação
solar
- Estabelece relações entre a insuficiência
energética atual e a necessidade de
potencializar a utilização da radiação solar
na energia fotovoltaica e na solar térmica.
A precipitação – génese
e distribuição
- A precipitação
- A precipitação no
território timorense
- Conhece o mecanismo de formação da
precipitação.
- Caracteriza os centros barométricos.
- Relaciona a distribuição da precipitação
com a circulação geral da atmosfera.
- Identifica os principais tipos de chuvas.
- Explicita a formação dos ciclones tropicais.
- Relaciona a distribuição anual da
precipitação no território timorense com
as monções.
- Analisar e interpretar esquemas/gráficos/imagens/
fotografias/mapas relativos a: mecanismos de
formação da precipitação; características dos
centros barométricos; e principais tipos de chuva.
- Realizar exercícios de aplicação sobre as relações
existentes entre a distribuição da precipitação e a
circulação geral da atmosfera.
- Analisar notícias de Imprensa sobre as
consequências da precipitação no território
timorense.
10
52 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
A água – exploração e
contaminação das águas
superficiais e subterrâneas
- Distribuição da água na
Terra
- Reconhece a importância da água como
recurso natural e económico.
- Identifica usos da água.
- Conhece a distribuição da água na Terra.- Analisar e interpretar esquemas/gráficos/imagens/
fotografias/mapas sobre:
* usos da água;
* distribuição da água na Terra;
* ciclo da água;
* características da hidrografia timorense;
* modos de exploração das águas superficiais e
subterrâneas timorenses.
- Analisar notícias de Imprensa sobre:
* a ação antrópica no ciclo da água;
* as causas da contaminação das águas
superficiais e subterrâneas timorenses.
- Analisar e interpretar a informação contida nos
rótulos de águas engarrafadas.
- Implementar atividades de debate/reflexão sobre
formas de gestão da água em Timor-Leste.
- Realizar trabalhos de pesquisa sobre formas de
potenciar a utilização dos recursos hídricos em
Timor-Leste.
- Implementar uma atividade de construção de um
mapa organizador de conceitos que sintetize os
principais conceitos abordados no estudo da água.
8
- Principais etapas do ciclo
da água
- Tipos particulares de
águas
- Descreve o ciclo da água.
- Problematiza a ação antrópica no ciclo
da água.
- Distingue águas de nascente de águas
minerais naturais e de águas termais.
- A hidrografia timorense
na modelação da paisagem- Caracteriza a hidrografia timorense.
- Exploração das águas
superficiais e subterrâneas
timorenses
- Identifica os modos de exploração
das águas superficiais e subterrâneas
timorenses.
- Causas da contaminação
das águas superficiais e
subterrâneas timorenses
- Gestão da água
- Indica causas da contaminação das águas
superficiais e subterrâneas timorenses.
- Identifica os principais usos da água.
- Potencialização dos
recursos hídricos
- Conhece formas de gestão da água nos
vários setores: consumo doméstico;
agrícola; industrial; e turístico.
- Enuncia formas de potencialização dos
recursos hídricos em Timor-Leste.
O solo – características,
potencialidades e
ameaças
- Formação de um solo
- Perfil de um solo
- Conhece o processo de formação e
evolução do solo.
- Conhece os elementos constituintes do
solo.
- Analisar e interpretar esquemas/gráficos/imagens/
fotografias/mapas sobre: o processo de formação
e evolução do solo; os elementos constituintes do
solo; os principais tipos de solo; as características
dos solos timorenses; e a localização dos solos no
território timorense.
- Realizar exercícios de aplicação sobre as
potencialidades dos solos de Timor-Leste.
- Analisar notícias de Imprensa sobre as ameaças dos
solos de timorenses e as causas da degradação dos
solos de Timor-Leste.
- Realizar uma saída de campo junto da escola para
estudar o perfil de um solo.
- Realizar trabalhos de pesquisa sobre medidas de
conservação do solo de Timor-Leste.
- Realizar uma atividade de sensibilização da
comunidade para a necessidade da preservação dos
solos timorenses.
- Implementar uma atividade de construção de um
mapa organizador de conceitos que sintetize os
principais conceitos abordados no estudo do solo.
8
- Principais tipos de solos - Caracteriza os principais tipos de solos.
- Características dos solos
timorenses
- Identifica as principais características dos
solos timorenses.
- Localiza os tipos de solos no território
timorense.
- As potencialidades e
ameaças dos solos em
Timor-Leste
- Problematiza as potencialidades e as
ameaças dos solos de Timor-Leste.
- Identifica as causas da degradação dos
solos timorenses.
- Reconhece o impacto humano na
degradação do solo.
- Enuncia medidas de conservação do solo.
Guia do Professor | 53
As florestas –
características,
potencialidades e
ameaças
- Importância ambiental,
económica, social e
cultural das florestas
- Problematiza a importância ambiental,
económica, social e cultural das florestas.
- Analisar e interpretar esquemas/gráficos/imagens/
fotografias/mapas sobre: os impactos ambientais
da desflorestação; as características das florestas
tropicais; as espécies predominantes nas florestas
do território timorense; a localização das florestas
no território timorense; e a localização dos solos no
território timorense.
- Realizar trabalhos de pesquisa sobre a ação do
Homem nas florestas de Timor-Leste, como fator de
ameaça e/ou preservação.
- Analisar notícias de Imprensa sobre a desflorestação
do território.
- Implementar atividades de debate/reflexão sobre
medidas de preservação das florestas de Timor-
Leste.
- Realizar uma atividade de sensibilização da
comunidade para a necessidade da preservação das
florestas timorenses.
- Implementar uma atividade de construção de um
mapa organizador de conceitos que sintetize os
principais conceitos abordados no estudo das
florestas.
8
- As florestas tropicais
- Explicita a importância das florestas
tropicais.
- Reconhece os impactos ambientais da
desflorestação.
- A floresta em Timor-Leste:
características e localização
- Caracteriza a floresta timorense.
- Identifica as espécies predominantes nas
florestas do território timorense.
- Localiza as florestas no território
timorense.
- A ação do Homem nas
florestas de Timor-Leste –
ameaças e preservação
- Reconhece a ação do Homem nas
florestas de Timor-Leste como fator de
ameaça e/ou de preservação.
- Enuncia medidas de preservação das
florestas no território timorense.
O mar – características,
potencialidades e
ameaças
- Analisar e interpretar esquemas/gráficos/imagens/
fotografias/mapas sobre:
* as principais zonas que constituem a
morfologia marinha;
* o papel das correntes e das águas continentais
na biodiversidade marinha;
* a importância do ambiente marinho em Timor-
Leste.
- Realizar trabalhos de pesquisa sobre a importância
que os timorenses atribuem ao mar.
- Analisar notícias de Imprensa sobre a importância
do mar no território timorense.
- Implementar atividades de debate/reflexão sobre
medidas de preservação dos mares de Timor.
- Realizar uma atividade de sensibilização da
comunidade para a necessidade da preservação dos
mares de Timor.
- Implementar uma atividade de construção de um
mapa organizador de conceitos que sintetize os
principais conceitos abordados no estudo do mar.
10
- O mar e a cadeia
alimentar
- Descreve o mar como fator de
manutenção da cadeia alimentar.
- A morfologia marinha- Identifica as principais zonas que
constituem a morfologia marinha.
- As correntes marítimas
e as águas continentais na
biodiversidade marinha
- Reconhece o papel das correntes e das
águas continentais como elementos
fundamentais na biodiversidade
marinha.
- O ambiente marinho em
Timor-Leste
- Justifica a importância económica, social,
cultural e paisagística do ambiente
marinho em Timor-Leste.
- O Homem e a
sustentabilidade dos
sistemas marinhos
- Problematiza a ação do Homem como
promotora ou não da sustentabilidade
dos sistemas marinhos.
54 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
2. SUGESTÕES METODOLÓGICASNesta secção apresenta-se um conjunto muito diversificado de sugestões metodológicas que devem ser analisadas
pelo professor quando estiver a fazer a preparação das suas aulas relativas à Unidade Temática 3. As sugestões
apresentadas vão ao encontro das orientações do programa de Geografia e devem ser selecionadas em função das
condições que permitem a sua realização em cada escola, o tipo de alunos, e os tempos letivos disponíveis para
cada temática.
2.1. Recursos não renováveis
2.1.1. Recursos minerais – características, potencialidades e ameaças
A procura de respostas para a questão: Que potencialidades podem ter os recursos minerais no desenvolvimento
de Timor-Leste? deve passar pela caracterização dos recursos minerais existentes em Timor-Leste e pela análise
da importância que podem ter no desenvolvimento do território. Deve ser dada particular atenção aos impactes
negativos que podem vir da exploração dos recursos minerais e das medidas que devem ser implementadas para
reduzir os referidos impactes.
Que potencialidades podem ter os recursos minerais nodesenvolvimento de Timor-Leste?
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
Os Recursos minerais – características, potencialidades e ameaças
- Características dos Recursos minerais metálicos e não metálicos
- Principais recursos minerais do território timorense – identificação, localização e formas de extração
- As potencialidades e as ameaças dos recursos minerais timorenses
O que são recursos minerais?
Que tipo de recursos minerais existem?
Que etapas são utilizadas para extrair os recursos minerais?
Quais são os principais tipos de recursos minerais existentes em Timor-Leste?
Que vantagens têm os recursos minerais para o desenvolvimento de Timor-Leste?
Que estratégias podem ser implementadas pelos timorenses para minimizarem os impactes das
explorações mineiras?Que tipo de explorações mineiras existem?
Figura 8 - Questões orientadoras da temática: Recursos minerais - características, potencialidades e ameaças.
Guia do Professor | 55
As questões apresentadas na Figura 8 podem servir como fio condutor para a realização de diversas atividades,
como as que de seguida se apresentam:
• Debate/discussão acerca das ideias dos alunos sobre a distinção entre recursos renováveis e não renováveis
(ex.: Figura 1 do Manual do Aluno). Partindo das imagens apresentadas o professor pode pedir aos alunos para
apresentarem outros exemplos de energias renováveis e de energias não renováveis.
• Observação e interpretação de fotografias relativas à distinção entre minério e ganga ou estéril (ex.: Figura 2
do Manual do Aluno) e aos diversos tipos de exploração mineira existentes (ex.: Figura 3 do Manual do Aluno).
Partindo das imagens apresentadas na Figura 3 o professor pode promover um debate de ideias na turma,
perguntando aos alunos:
- Quais são as principais diferenças entre os três tipos de explorações mineiras existentes?
- Por que é que em algumas situações se opta por fazer uma exploração a céu aberto e não uma exploração
subterrânea? Por que é que na exploração do petróleo não se fazem explorações subterrâneas?
- Quais são as consequências para a saúde dos trabalhadores e para o ambiente de cada uma das explorações
mineiras?
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre diferentes aspetos das características dos recursos minerais e da
sua forma de extração (ex.: Atividade 1 do Manual do Aluno).
• Análise e interpretação de mapas e tabelas relativos à distribuição das explorações mineiras no território de
Timor-Leste (ex.: Figura 4, Tabela I e Atividade 2 do Manual do Aluno).
• Análise de notícias publicadas na Imprensa relativas a situações de exploração de recursos minerais, procurando
justificar as vantagens e os inconvenientes das referidas explorações.
• Organização de trabalhos de pesquisa, por parte de pequenos grupos de alunos, de modo a que possam fazer
um levantamento das explorações mineiras existentes na região onde vivem, procurando analisar os impactes
ambientais, sociais e económicos que tal atividade tem ou teve na região e apresentar medidas que possam
contribuir para diminuir os impactes negativos referidos.
• Realização de uma atividade de pesquisa acerca de dúvidas que os alunos ainda tenham sobre os recursos
minerais de Timor-Leste, seguida de um debate com a apresentação das dúvidas colocadas pelos alunos (ex.:
Atividade 3 do Manual do Aluno). Posteriormente, os alunos podem organizar-se em grupo e efetuar as pesquisas
necessárias para o esclarecimento das dúvidas colocadas. Por fim, cada grupo deve partilhar com a turma e com
o(a) professor(a) os resultados das pesquisas efetuadas.
• Observação e interpretação de um modelo de desenvolvimento sustentável dos recursos minerais (ex.: Figura 5
do Manual do Aluno). O professor pode organizar uma atividade de debate/reflexão acerca das potencialidades
e das ameaças dos recursos minerais timorenses. Para que os alunos se preparem para esta atividade o professor
pode dividir a turma em três grupos e cada grupo organiza um pequeno trabalho de pesquisa que procure
responder às seguintes questões orientadoras:
- De que modo os recursos minerais podem contribuir para o desenvolvimento económico de Timor-Leste?
- De que forma os recursos minerais podem contribuir para o desenvolvimento social de Timor-Leste?
- De que modo os recursos minerais podem contribuir para o desenvolvimento ecológico de Timor-Leste?
56 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
Cada grupo de trabalho faz as pesquisas que considerar necessárias e procura responder à sua questão
orientadora, apresentando exemplos concretos que ajudem a clarificar os aspetos que vão ser apresentados
e que ajudem a refletir acerca do que pode acontecer se os recursos minerais se esgotarem. Posteriormente o
professor organiza um debate na turma, onde cada grupo apresenta o trabalho realizado e procura dar o seu
contributo para o debate acerca das potencialidades e das ameaças dos recursos minerais timorenses.
• Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final da temática Recursos minerais – características,
potencialidades e ameaças. O professor pode pedir aos alunos para apresentarem outras ideias que tenham
considerado importantes durante a lecionação da temática em estudo.
• Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O professor pode
pedir aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões apresentadas e
aproveitar esse momento para esclarecer dúvidas que possam ter surgido.
• Análise do mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor. Após a lecionação da temática o professor pode
apresentar aos alunos o mapa de conceitos da temática Recursos minerais – características, potencialidades e
ameaças e discutir a importância do referido esquema na estruturação das aprendizagens efetuadas.
• Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto da temática Recursos minerais – características,
potencialidades e ameaças do Manual do Aluno. Após a lecionação desta temática o professor pode discutir com
os alunos a lista dos conceitos-chave apresentada e questioná-los acerca do significado dos mesmos, verificando
se os conhecem e se compreendem o seu significado.
• Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto da temática
Recursos minerais – características, potencialidades e ameaças do Manual do Aluno. Após a lecionação desta
temática o professor pode colocar, oralmente ou por escrito, questões que visem averiguar se os alunos
atingiram as metas de aprendizagem definidas para a referida temática. Por exemplo, para verificar se os alunos
atingiram a meta de aprendizagem: Distingue recursos minerais metálicos de recursos minerais não metálicos,
o professor pode colocar aos alunos as questões: Quais são as principais diferenças existentes entre os recursos
minerais metálicos e os não metálicos? Apresenta um exemplo de cada um deles. De acordo com as respostas
dadas pelos alunos o professor ficará a saber se os alunos atingiram ou não a referida meta de aprendizagem.
Para verificar se os alunos atingiram a meta de aprendizagem: Caracteriza as principais formas de extração dos
recursos minerais do território timorense, o professor pode colocar aos alunos as seguintes questões: Quais são
as principais formas de extração dos recursos minerais em Timor-Leste? Apresenta exemplos de locais onde se
façam as formas de extração referidas.
• Atividade de questionamento em pares. O professor pode solicitar aos alunos que se organizem em pares e um
aluno faz as perguntas sobre os conteúdos lecionados na temática em estudo e o outro colega dá as respostas
às questões que lhe forem colocadas. Mais tarde podem trocar, onde o colega que fazia as perguntas passa a dar
as respostas.
Guia do Professor | 57
Qual o contributo dos recursos energéticos para o desenvolvimento de Timor-Leste?
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
Os Recursos energéticos – características, potencialidades e ameaças
- Os Recursos energéticos
* Principais características
* Combustíveis fósseis
* Exploração dos recursos energéticos e problemas ambientais associados
- As potencialidades e as ameaças dos recursos energéticos timorenses
O que são recursos energéticos?
Que tipo de recursos energéticos existem?
Como se caracteriza o ambiente de formação dos combustíveis fósseis?
Quais são os principais tipos de recursos energéticos não renováveis existentes
em Timor-Leste?
Que vantagens tem a extração do petróleo e o gás natural para o desenvolvimento de
Timor-Leste?
Que estratégias devem ser implementadas para potenciar a utilização do Fundo do Petróleo de Timor-leste no desenvolvimento do território?
De que modo se extraem os combustíveis fósseis?
Que impactes advêm da extração dos combustíveis fósseis?
2.1.2. Recursos energéticos – características, potencialidades e ameaças
A procura de respostas para a questão: Qual o contributo dos recursos energéticos para o desenvolvimento de
Timor-Leste? deve passar pela caracterização dos recursos energéticos existentes em Timor-Leste. Deve ser dada
particular atenção ao processo de formação do petróleo e do gás natural, pelas potencialidades que a sua exploração
no mar de Timor pode ter no desenvolvimento sustentável de Timor-Leste.
As questões apresentadas na Figura 9 podem servir como fio condutor para a realização de diversas atividades,
como as que de seguida se apresentam:
• Análise de gráficos que evidenciem os principais recursos energéticos existentes e a evolução dos consumos
efetuados a nível mundial (ex.: Figura 6 do Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre a utilização dos recursos energéticos (ex.: Atividade 4 do Manual
do Aluno).
Figura 9 - Questões orientadoras da temática: Recursos energéticos - características, potencialidades e ameaças.
58 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
• Análise e interpretação de esquemas relativos aos processos de formação dos combustíveis fósseis (ex.: Figuras
7 a 10 do Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre os processos de formação do carvão, do petróleo e do gás natural
e sobre a sua gestão sustentável (ex.: Atividades 5 e 6 do Manual do Aluno).
• Análise de imagens que evidenciem as principais formas de exploração, de transporte e de transformação do
petróleo e do gás natural (ex.: Figuras 11 a 14 do Manual do Aluno).
• Análise de imagens que evidenciem algumas das consequências da extração do petróleo e do carvão (ex.: Figuras 15
e 16 do Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre notícias publicadas na Imprensa das consequências da exploração
e transporte dos combustíveis fósseis (ex.: Atividade 7 do Manual do Aluno).
• Análise de mapas que evidenciem os principais locais de exploração do petróleo e do gás natural em Timor-Leste (ex.:
Figura 17 do Manual do Aluno).
• Análise de gráficos que evidenciem os principais rendimentos económicos que advêm do petróleo de Timor-Leste (ex.:
Figuras 18 e 19 do Manual do Aluno).
• Realização de uma atividade de debate/reflexão sobre as potencialidades do petróleo e do gás natural no
desenvolvimento sustentável de Timor-Leste (ex.: Atividade 8 do Manual do Aluno).
• Realização de uma atividade de debate/reflexão sobre as medidas que devem ser implementadas para que haja
uma exploração sustentada dos recursos não renováveis de Timor-Leste. No decorrer desta atividade o professor pode
conduzir o debate para a necessidade de se encontrarem outras formas de energia renovável que visem a preservação
dos recursos não renováveis. Deste modo fará a introdução à temática que vai ser abordada nas aulas seguintes.
• Realização de um trabalho de pesquisa sobre o petróleo, que procure respostas para a questão orientadora:
Qual o futuro do petróleo de Timor-Leste? O professor pode propor que a turma se divida em cinco grupos. A
cada grupo é proposta uma tarefa diferente:
Grupo 1 – Realiza uma pesquisa sobre as condições que terão permitido a formação do petróleo no mar de Timor;
Grupo 2 – Realiza uma pesquisa sobre a forma como tem sido explorado o petróleo no mar de Timor;
Grupo 3 – Realiza uma pesquisa sobre as previsões futuras de exploração do petróleo no mar de Timor;
Grupo 4 – Realiza uma pesquisa sobre a forma como tem sido utilizado o Fundo do Petróleo no desenvolvimento de Timor-Leste;
Grupo 5 – Realiza uma pesquisa sobre a forma como poderia vir a ser utilizado o Fundo do Petróleo no desenvolvimento do território
timorense.
No final das pesquisas efetuadas, cada grupo apresenta à turma o resultado das pesquisas efetuadas, procurando
dar respostas para a questão orientadora da atividade de pesquisa.
• Realização de uma atividade de pesquisa acerca de dúvidas que os alunos ainda tenham sobre os recursos
energéticos de Timor-Leste, seguida de um debate com a apresentação das dúvidas colocadas pelos alunos (ex.:
Atividade 9 do Manual do Aluno). Posteriormente, os alunos podem organizar-se em grupo e realizar as pesquisas
necessárias para o esclarecimento das dúvidas colocadas. Por fim, cada grupo deve partilhar com a turma e com
o(a) professor(a) os resultados das pesquisas efetuadas.
• Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final da temática Recursos energéticos –
características, potencialidades e ameaças. O professor pode pedir aos alunos para apresentarem outras ideias
que tenham considerado que foram importantes durante a lecionação desta temática.
Guia do Professor | 59
• Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O professor pode pedir
aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões apresentadas e aproveitar esse
momento para esclarecer dúvidas que possam ter surgido.
• Análise do mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor. Após a lecionação da temática o professor pode
apresentar aos alunos o mapa de conceitos da temática Recursos energéticos – características, potencialidades e
ameaças e discutir a importância do referido esquema na organização das aprendizagens efetuadas.
• Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto da temática Recursos energéticos – características,
potencialidades e ameaças do Manual do Aluno. Após a lecionação desta temática o professor pode discutir com
os alunos a lista dos conceitos-chave apresentada e questioná-los acerca do significado dos mesmos, verificando
se os conhecem e se compreendem o seu significado.
• Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto da temática
Recursos energéticos – características, potencialidades e ameaças do Manual do Aluno. Após a lecionação
desta temática o professor pode colocar, oralmente ou por escrito, questões que visem averiguar se os alunos
atingiram as metas de aprendizagem definidas para a referida temática. Por exemplo, para verificar se os alunos
atingiram a meta de aprendizagem: Conhece os diferentes tipos de combustíveis fósseis existentes, o professor
pode colocar aos alunos as questões: Quais são os tipos de combustíveis fósseis que existem? Apresenta um exemplo
de cada um deles. Com base nas respostas dadas pelos alunos o professor pode ficar a saber se os alunos atingiram a
referida meta de aprendizagem. Para verificar se os alunos atingiram a meta de aprendizagem: Refere consequências
ambientais da exploração dos combustíveis fósseis, o professor pode colocar aos alunos a seguinte questão: Indica
três consequências ambientais que resultem da exploração dos combustíveis fósseis.
• Atividade de questionamento em pares. O professor pode solicitar aos alunos que se organizem em pares e um
aluno faz as perguntas sobre os conteúdos lecionados na temática em estudo e o outro colega dá as respostas
às questões que lhe forem colocadas. Mais tarde podem trocar, onde o colega que fazia as perguntas passa a dar
as respostas.
60 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
Em que medida a qualidade de vida dos timorenses depende daforma como podem utilizar a energia solar?
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
O sol – características e potencialidades
- O papel da radiação solar na variação da temperatura
- A variação anual da temperatura em Timor-Leste
- Aproveitamento energético da radiação solar
Como varia a temperatura no território timorense?
Que aproveitamento se pode fazer em Timor-Leste da radiação solar?
Qual é a composição química da atmosfera?
Quais são as principais características da radiação solar?
Que percurso segue a radiação solar até chegar à Terra?
O que é o efeito de estufa?
De que modo varia a radiação solar na superfície terrestre?
2.2. Recursos renováveis
2.2.1. O sol – características e potencialidades
A procura de respostas para a questão: Em que medida a qualidade de vida dos timorenses depende da forma como
podem utilizar a energia solar? deve passar pela análise dos processos que estão associados às características da
radiação solar e ao percurso que esta faz até chegar à Terra. Deve ser dada particular atenção aos fatores que no
planeta Terra influenciam a quantidade de radiação solar que chega a determinado local. A análise da variação da
temperatura no território timorense deve ser aprofundada, bem como os fatores que a condicionam. Por fim, devem
ser analisadas as potencialidades do aproveitamento da radiação solar para o desenvolvimento de Timor-Leste.
As questões apresentadas na Figura 10 podem servir como fio condutor para a realização de diversas atividades,
como as que de seguida se apresentam:
• Observação e interpretação de esquemas/imagens/tabelas relativos às características da radiação solar (ex.:
Figuras 20 e 21 do Manual do Aluno), ao percurso efetuado pela radiação solar até chegar à Terra (ex.: Figura 22
do Manual do Aluno) e ao albedo de diferentes superfícies (ex.: Tabela II do Manual do Aluno).
Figura 10 - Questões orientadoras da temática: O Sol - características e potencialidades.
Guia do Professor | 61
• Observação e interpretação de esquemas/imagens/gráficos relativos à composição e estrutura da atmosfera
(ex.: Figuras 23 a 30 do Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre as funções, a composição e a estrutura da atmosfera (ex.:
Atividades 10 e 11 do Manual do Aluno).
• Observação e interpretação de um esquema relativo ao efeito de estufa (ex.: Figura 31 do Manual do Aluno).
• Análise de notícias da Imprensa que abordem algumas das consequências do efeito de estufa para o planeta
Terra (ex.: Tópico Documentos de apoio do Guia do Professor – Como se salva o mar e Os maiores lagos do
planeta estão a aquecer). O professor pode aproveitar a leitura desta notícia para questionar os alunos acerca
das medidas que devem ser tomadas para diminuir o efeito de estufa.
• Observação e interpretação de esquemas/imagens/gráficos relativos aos fatores que influenciam a radiação
solar na superfície terrestre (ex.: Figuras 32 a 46 do Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre os fatores que influenciam a radiação solar na superfície
terrestre (ex.: Atividade 12 do Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel para cálculo da temperatura média anual de várias localidades (ex.:
Exercícios apresentados no Guia do Professor, no tópico Instrumentos de avaliação).
• Análise e interpretação de esquemas/imagens/tabelas relativos à variação de temperatura em Timor-Leste
(ex.: Figura 47 e Tabela III do Manual do Aluno).
• Observação e interpretação de fotografias relativas ao aproveitamento energético da radiação solar (ex.: Figuras
48 e 49 do Manual do Aluno).
• Realização de atividades de debate/reflexão sobre a importância que pode ter o aproveitamento da radiação
solar para o desenvolvimento do território timorense. Inicialmente os alunos podem realizar a atividade proposta
individualmente ou em pequeno grupo e, posteriormente, o debate pode ser alargado a toda a turma (ex.:
Atividade 13 do Manual do Aluno). Também podem ser discutidas as potencialidades do aproveitamento da
radiação solar no aumento do fluxo turístico em Timor-Leste.
• Realização de uma atividade de pesquisa acerca de dúvidas que os alunos ainda tenham sobre a temática O sol –
características e potencialidades, seguida de um debate com a apresentação das dúvidas colocadas pelos alunos
(ex.: Atividade 14 do Manual do Aluno). Posteriormente, os alunos podem organizar-se em grupo e realizar as
pesquisas necessárias para o esclarecimento das dúvidas colocadas. Por fim, cada grupo deve partilhar com a
turma e com o(a) professor(a) os resultados das pesquisas efetuadas.
• Construção de mapas organizadores de conceitos sobre a temática O sol – características e potencialidades.
O professor pode solicitar a cada grupo de alunos que faça uma listagem dos principais conceitos que foram
abordados durante a lecionação da temática e depois os organize num mapa de conceitos. Cada grupo pode,
posteriormente, apresentar à turma o mapa organizador de conceitos que elaborou e fundamentar as opções
efetuadas na sua construção. O professor pode aproveitar para, no final das apresentações efetuadas pelos
alunos, mostrar o mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor e compará-lo com os que foram
elaborados pelos alunos.
62 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
• Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final da temática O sol – características e
potencialidades. O professor pode pedir aos alunos para apresentarem outras ideias que tenham considerado
importantes durante a lecionação da temática.
• Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O professor pode
pedir aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões colocadas e aproveitar
esse momento para esclarecer dúvidas que possam ter surgido.
• Análise do mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor. Após a lecionação da temática o professor
pode apresentar aos alunos o mapa de conceitos da temática O sol – características e potencialidades e discutir
a importância do referido esquema na organização das aprendizagens efetuadas.
• Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto da temática O sol – características e potencialidades
do Manual do Aluno. Após a lecionação desta temática o professor pode discutir com os alunos a lista dos
conceitos-chave apresentada e questioná-los acerca do significado dos mesmos, verificando se os conhecem e
se compreendem o seu significado.
• Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto da temática O
sol – características e potencialidades do Manual do Aluno. Após a lecionação desta temática o professor pode
colocar, oralmente ou por escrito, questões que visem averiguar se os alunos atingiram as metas de aprendizagem
definidas para esta temática. Por exemplo, para verificar se os alunos atingiram a meta de aprendizagem: Conhece
os fatores responsáveis pela variação da radiação solar, o professor pode colocar aos alunos as questões: Quais
são os principais fatores que são responsáveis pela variação da radiação solar? Explica de que forma a duração do
dia influencia a variação da radiação solar. De acordo com as respostas dadas o professor pode ficar a saber se os
alunos atingiram a referida meta de aprendizagem. Para verificar se os alunos atingiram a meta de aprendizagem:
Relaciona a radiação solar com a variação da temperatura no território timorense, o professor pode colocar
aos alunos a seguinte questão: Explica de que forma a radiação solar influencia a variação da temperatura no
território timorense.
• Atividade de questionamento em pares. O professor pode solicitar aos alunos que se organizem em pares e um
aluno faz as perguntas sobre os conteúdos lecionados na temática em estudo e o outro colega dá as respostas
às questões que lhe forem colocadas. Mais tarde podem trocar, onde o colega que fazia as perguntas passa a dar
as respostas.
Guia do Professor | 63
2.2.2. A precipitação – génese e distribuição
De que modo a precipitação influencia o dia a dia dos timorenses?
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
A precipitação – génese e distribuição
- A precipitação
- A precipitação no território timorense
Que fatores influenciam a precipitação no território timorense?
Como se forma a precipitação?
Que características pode ter a precipitação?
Que fatores influenciam o estado do tempo?
A procura de respostas para a questão: De que modo a precipitação influencia o dia a dia dos timorenses? deve
passar pela análise dos processos que estão associados à formação da precipitação e que condicionam o estado
do tempo. Deve ser dada particular atenção ao processo de formação dos ciclones tropicais que influenciam o
estado do tempo no território timorense. A análise da distribuição da precipitação no território timorense deve
ser aprofundada, bem como os fatores que a condicionam. Por fim, devem ser analisadas as alterações climáticas
mundiais e a forma como Timor-Leste pode ser afetado pelas mesmas e discutidas algumas medidas que os cidadãos
timorenses devem tomar para contribuírem para a minimização das alterações climáticas.
As questões apresentadas na Figura 11 podem servir como fio condutor para a realização de diversas atividades,
como as que de seguida se apresentam:
• Observação e interpretação de esquemas/imagens/fotografias/tabelas relativos à pressão atmosférica e às
características dos centros barométricos, no sentido dos alunos poderem desenvolver competências que lhes
permitam compreender o processo de formação da precipitação (ex.: Figuras 50 a 71 e Tabelas IV a VI do Manual
do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre diferentes aspetos relativos à precipitação (ex.: Atividades 15 a
19 do Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel de construção de gráficos relativos à precipitação (ex.: Exercícios do
Guia do Professor integrados no tópico Instrumentos de avaliação).
Figura 11 - Questões orientadoras da temática: A precipitação - génese e distribuição.
64 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
• Análise e interpretação de figuras/tabelas/esquemas relativos à formação e evolução dos ciclones tropicais e às
suas consequências (ex. Figuras 72 a 76 e Tabela VII do Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre diferentes aspetos relativos aos ciclones (ex.: Atividade 20 do
Manual do Aluno).
• Análise e interpretação de gráficos relativos à distribuição da precipitação mundial (ex. Figura 77 do Manual do
Aluno) e em diferentes regiões de Timor-Leste (ex. Gráficos 1 a 3 do Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre diferentes aspetos relativos à precipitação em Timor-Leste (ex.:
Atividade 21 do Manual do Aluno).
• Realização de atividades de debate/reflexão sobre a importância que pode ter o conhecimento do regime de
precipitações no território timorense. Inicialmente os alunos podem realizar esta atividade em pequeno grupo
e, posteriormente, o debate pode ser alargado a toda a turma (ex.: Atividade 22 do Manual do Aluno). Também
devem ser discutidas as potencialidades que podem ter os regimes de precipitação no desenvolvimento
sustentável de Timor-Leste.
• Organização e implementação de ações de sensibilização junto da comunidade local, acerca das medidas que
devem ser tomadas no sentido da preservação da atmosfera.
• Análise comparativa de notícias publicadas na Imprensa de Timor-Leste relativas a situações de regimes de
precipitação elevados, procurando detetar:
a) A influência exercida pela maior ou menor densidade populacional nas consequências das elevadas
precipitações que, por vezes, ocorrem no território;
b) As mudanças no regime de precipitação verificadas no território nos últimos anos e as possíveis causas de
tais mudanças;
c) Os diferentes tipos de riscos naturais e induzidos associados ao regime de precipitação do território
timorense.
• Organização de trabalhos de pesquisa, por parte de pequenos grupos de alunos, sobre a forma como tem
evoluído o regime de precipitação nos últimos anos em Timor-Leste.
• Realização de observações de campo em locais próximos da escola, onde os alunos possam identificar as
principais consequências do regime de precipitação verificado em Timor-Leste, bem como as medidas de
prevenção que foram/devem ser tomadas no sentido da preservação do território timorense.
• Realização de uma atividade de pesquisa acerca de dúvidas que os alunos ainda tenham sobre a temática
A precipitação – génese e distribuição, seguida de um debate com a apresentação das dúvidas colocadas pelos
alunos (ex.: Atividade 23 do Manual do Aluno). Posteriormente, os alunos podem organizar-se em grupo e realizar
as pesquisas necessárias para o esclarecimento das dúvidas colocadas. Por fim, cada grupo deve partilhar com a
turma e com o(a) professor(a) os resultados das pesquisas efetuadas.
• Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final da temática A precipitação – génese
e distribuição. O professor pode pedir aos alunos para apresentarem outras ideias que tenham considerado
importantes durante a lecionação da temática.
Guia do Professor | 65
• Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O professor pode pedir
aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões apresentadas e aproveitar esse
momento para esclarecer dúvidas que possam ter surgido.
• Análise do mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor. Após a lecionação da temática o professor
pode apresentar aos alunos o mapa de conceitos da temática A precipitação – génese e distribuição e discutir a
importância do referido esquema na organização das aprendizagens efetuadas.
• Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto da temática A precipitação – génese e distribuição
do Manual do Aluno. Após a lecionação desta temática o professor pode discutir com os alunos a lista dos
conceitos-chave apresentada e questioná-los acerca do significado dos mesmos, verificando se os conhecem e se
compreendem o seu significado.
• Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto da temática A
precipitação – génese e distribuição do Manual do Aluno. Após a lecionação desta temática o professor pode colocar,
oralmente ou por escrito, questões que visem averiguar se os alunos atingiram as metas de aprendizagem definidas
para a referida temática. Por exemplo, para verificar se os alunos atingiram a meta de aprendizagem: Caracteriza
os centros barométricos, o professor pode colocar aos alunos as questões: Que características permitem distinguir
os centros de altas pressões dos centros de baixas pressões? Que estado do tempo está associado a um centro de
altas pressões? E a um centro de baixas pressões? Para verificar se os alunos atingiram a meta de aprendizagem:
Relaciona a distribuição anual da precipitação no território timorense com as monções, o professor pode colocar
aos alunos a seguinte questão: De que forma as monções influenciam a distribuição anual da precipitação no
território timorense? Decorrentes das respostas dadas a estas questões e a outras colcoadas pelo professor, este
ficará a saber se os alunos atingiram as metas de aprendizagem definidas.
• Atividade de questionamento em pares. O professor pode solicitar aos alunos que se organizem em pares e um
aluno faz as perguntas sobre os conteúdos lecionados na temática em estudo e o outro colega dá as respostas
às questões que lhe forem colocadas. Mais tarde podem trocar, onde o colega que fazia as perguntas passa a dar
as respostas.
66 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
A procura de respostas para a questão: Como podem os timorenses contribuir para a gestão eficaz da água em
Timor-Leste? deve passar pela análise da distribuição da água na Terra, das principais etapas do ciclo da água e dos
tipos particulares de águas (ex.: água mineral natural, água de nascente e água termal). Consideramos, também,
pertinente que se estude a importância da hidrografia timorense na modelação da paisagem e da forma como está
a ser efetuada a exploração das águas superficiais e subterrâneas no território, bem como se analisem as principais
causas da contaminação das águas superficiais e subterrâneas e se procurem discutir formas de ação dos cidadãos
que visem uma gestão sustentável da água de Timor-Leste.
As questões apresentadas na Figura 12 podem servir como fio condutor para a realização de diversas atividades,
como as que de seguida se apresentam:
• Observação e interpretação de esquemas/gráficos/imagens/fotografias/tabelas relativos à forma como se
distribui a água no planeta Terra, às principais etapas do ciclo da água e aos principais tipos de águas, no
sentido dos alunos poderem desenvolver competências que lhes permitam compreender a importância da
preservação da água no território timorense (ex.: Figuras 78 a 81, Tabela VIII e Gráficos 4 a 7 do Manual do
Aluno).
Como podem os timorenses contribuir para a gestão eficaz da água em Timor-Leste?
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
A água – exploração e contaminação das águas superficiais e subterrâneas
- Distribuição da água na Terra
- Principais etapas do ciclo da água
- Tipos particulares de águas
- A gestão da água em Timor-Leste
De que modo a hidrografia timorense condiciona a modelação das paisagens?
De que forma é efetuada a exploração das águas superficiais e subterrâneas em Timor-Leste?
Quais são as principais causas da contaminação das águas superficiais e
subterrâneas de Timor-Leste?
Quais são as principais etapas do ciclo da água?
Como pode ser efetuada a gestão sustentável da água em Timor-Leste?
Como se distribui a água na Terra?
Que tipo de águas existem?
2.2.3. A água – exploração e contaminação das águas superficiais e subterrâneas
Figura 12 - Questões orientadoras da temática: A água - exploração e contaminação das águas superficiais e subterrâneas.
Guia do Professor | 67
• Organização de trabalhos de pesquisa, por parte de pequenos grupos de alunos, sobre a forma como os
timorenses utilizam a água e sobre medidas a tomar no dia a dia com vista à redução do consumo de água (ex.:
Atividade 24 do Manual do Aluno). As atividades de pesquisa e discussão, como a proposta na Atividade 24,
são atividades práticas que podem ser demoradas e levarem a que os alunos se dispersem. Para melhorar a
gestão do tempo e haver um maior envolvimento dos alunos neste tipo de atividades, o professor deve discutir
previamente com os alunos a metodologia a adotar (ex.: Com quem vão trabalhar? Como vão trabalhar? Que
registos devem efetuar? Como os vão partilhar?) e as fontes que podem/devem ser consultadas (ex.: livros,
revistas, sites, textos). Estas atividades devem ter em conta o tempo disponível para a sua realização e as
competências que os alunos já possuem.
• Realização de uma atividade prática de observação de rótulos de garrafas de água. O professor pode pedir aos
alunos para trazerem garrafas de água de diferentes origens e solicitar aos grupos de trabalho que analisem a sua
composição e a sua origem, procurando fazer a sua classificação em águas de nascente, águas minerais naturais
ou águas termais.
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre o ciclo da água (ex.: Atividade 25 do Manual do Aluno).
• Debate/discussão sobre diferentes aspetos da gestão da água. O professor pode questionar os alunos acerca das
medidas que, na opinião deles, devem ser tomadas para preservar a água ao nível da agricultura, da pecuária, da
silvicultura, da indústria e das atividades desportivas e turísticas.
• Análise e interpretação de um mapa relativo à distribuição da rede hidrográfica de Timor-Leste (ex.: Figura 83
do Manual do Aluno).
• Realização de atividades de debate/reflexão sobre medidas de conservação das águas timorenses. Inicialmente
os alunos podem realizar esta atividade em pequeno grupo e, posteriormente, o debate pode ser alargado a
toda a turma (ex.: Atividade 26 do Manual do Aluno). Também devem ser discutidas as medidas que cada aluno
implementa para melhorar a qualidade da água timorense.
• Organização e implementação de ações de sensibilização junto da comunidade local, acerca das medidas que
devem ser tomadas no sentido da preservação da água timorense (ex.: Atividade 27 do Manual do Aluno). Devem ser
aprofundadas as implicações sociais de uma ação conjunta dos timorenses, nomeadamente os possíveis contributos
para a melhoria da qualidade de vida da população e da sustentabilidade deste recurso natural.
• Realização de jogos de simulação a partir da recriação de situações reais. As situações-problema podem ser
inicialmente introduzidas pelo professor, através de notícias divulgadas na Imprensa, refletindo problemas que
necessitem de ser resolvidos a nível da contaminação das águas de Timor-Leste. Aos alunos são distribuídos vários
papéis (ex.: primeiro-ministro, autarca/governador, membro de associação ambientalista, cidadão timorense,
geógrafo, empresário, agricultor, pastor, representante de uma ONG, etc.), esperando-se que, em função deles,
os alunos procedam à recolha de informações que lhes permitam defender e fundamentar as suas propostas de
solução. Este tipo de atividades podem integrar trabalho individual e/ou em grupo. Na aula em que se promove o
jogo de simulação, o professor dá início à atividade, colocando a questão para a qual vão procurar ouvir a opinião de
diferentes intervenientes (ex.: primeiro-ministro, autarca/governador, membro de associação ambientalista, cidadão
timorense, geógrafo, empresário, agricultor, pastor, representante de uma ONG, etc.) e solicitando aos intervenientes
que procurem apresentar a opinião que estão a representar relativamente à questão que está a ser discutida.
68 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
• Análise comparativa de notícias publicadas na Imprensa relativas a situações de contaminação das águas,
procurando detetar:
a) A influência exercida pela maior ou menor densidade populacional na contaminação das águas;
b) Os diferentes tipos de riscos associados à degradação da qualidade das águas superficiais e subterrâneas;
c) A relação entre risco e impacto negativo da degradação da qualidade da água;
d) O grau de importância atribuído aos diversos impactos em função de vários critérios.
• Realização de observações de campo em locais próximos da escola, em cursos de água onde os alunos possam
analisar a ação geológica de um curso de água e a influencia da hidrografia timorense na modelação da paisagem.
Torna-se, também, importante que os alunos procedam a campanhas de limpeza dos cursos de água, de modo a
que fiquem sensibilizados para a importância de manterem os cursos de água limpos.
• Realização de uma atividade de pesquisa acerca de dúvidas que os alunos ainda tenham sobre a temática A água
– exploração e contaminação das águas superficiais e subterrâneas, seguida de um debate com a apresentação
das dúvidas colocadas pelos alunos (ex.: Atividade 28 do Manual do Aluno). Posteriormente, os alunos podem
organizar-se em grupo e realizar as pesquisas necessárias para o esclarecimento das dúvidas colocadas. Por fim,
cada grupo deve partilhar com a turma e com o(a) professor(a) os resultados das pesquisas efetuadas.
• Construção de mapas organizadores de conceitos sobre a temática A água – exploração e contaminação das
águas superficiais e subterrâneas. O professor pode solicitar a cada grupo de alunos que faça uma listagem dos
principais conceitos que foram abordados durante a lecionação da temática e depois os organize num mapa
de conceitos. Cada grupo pode, posteriormente, apresentar à turma o mapa organizador de conceitos que
elaborou e fundamentar as opções efetuadas na sua construção. O professor pode aproveitar para, no final
das apresentações efetuadas pelos alunos, mostrar o mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor e
compará-lo com os que foram elaborados pelos alunos.
• Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final da temática A água – exploração e
contaminação das águas superficiais e subterrâneas. O professor pode pedir aos alunos para apresentarem
outras ideias que tenham considerado importantes durante a lecionação da temática.
• Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O professor pode
pedir aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões apresentadas e
aproveitar esse momento para esclarecer dúvidas que possam ter surgido.
• Análise do mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor. Após a lecionação da temática o professor
pode apresentar aos alunos o mapa de conceitos da temática A água – exploração e contaminação das águas
superficiais e subterrâneas e discutir a importância do referido esquema na organização das aprendizagens
efetuadas.
• Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto da temática A água – exploração e contaminação
das águas superficiais e subterrâneas. Após a lecionação desta temática o professor pode discutir com os alunos
a lista dos conceitos-chave apresentada e questioná-los acerca do significado dos mesmos, verificando se os
conhecem e se compreendem o seu significado.
Guia do Professor | 69
• Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto da temática A
água – exploração e contaminação das águas superficiais e subterrâneas do Manual do Aluno. Após a lecionação
desta temática o professor pode colocar, oralmente ou por escrito, questões que visem averiguar se os alunos
atingiram as metas de aprendizagem definidas para a referida temática. Por exemplo, para verificar se os alunos
atingiram a meta de aprendizagem: Conhece a distribuição da água na Terra e descreve o seu ciclo, o professor
pode colocar aos alunos as questões: Quais são as principais etapas do ciclo da água? Representa no teu caderno/
no quadro as principais etapas do ciclo da água. Para verificar se os alunos atingiram a meta de aprendizagem:
Enuncia formas de potencialização dos recursos hídricos em Timor-Leste, o professor pode colocar aos alunos a
seguinte questão: Indica duas formas de potenciar os recursos hídricos em Timor-Leste. Decorrentes das respostas
dadas a estas questões e a outras colocadas pelo professor, este ficará a saber se os alunos atingiram as metas de
aprendizagem definidas.
• Atividade de questionamento em pares. O professor pode solicitar aos alunos que se organizem em pares e um
aluno faz as perguntas sobre os conteúdos lecionados na temática em estudo e o outro colega dá as respostas
às questões que lhe forem colocadas. Mais tarde podem trocar, onde o colega que fazia as perguntas passa a dar
as respostas.
2.2.4. O solo – características, potencialidades e ameaças
Qual o futuro dos solos timorenses?
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
O solo – características, potencialidades e ameaças
- Formação de um solo
- Perfil de um solo
- Principais tipos de solos
- Características dos solos timorenses
- As potencialidades e ameaças dos solos em Timor-Leste
Que fatores influenciam a formação dos solos timorenses?
Quais são as principais causas de degradação dos solos timorenses?
Que medidas devem ser implementadas para preservar os solos timorenses?
Que características apresentam os solos?
Como se formam os solos?
Que tipo de solos existem?
Figura 13 - Questões orientadoras da temática: O solo - características, potencialidades e ameaças.
70 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
A procura de respostas para a questão: Qual o futuro dos solos timorenses? deve passar pela análise de problemas
de gestão dos recursos pedológicos e do próprio futuro dos solos de Timor-Leste. Neste sentido consideramos
importante que se faça uma análise dos processos de formação dos solos, não como manifestações particulares
limitadas a Timor-Leste, mas sim com um caráter mais geral e pertencente a um planeta que cria condições para a
formação de diversos tipos de solos.
As questões apresentadas na Figura 13 podem servir como fio condutor para a realização de diversas atividades,
como as que de seguida se apresentam:
• Observação e interpretação de esquemas/gráficos/fotografias relativos aos fatores que condicionam a formação
dos solos, às características dos solos e aos principais tipos de solos que existem no planeta Terra, no sentido
dos alunos poderem desenvolver competências que lhes permitam compreender o processo de formação e de
evolução dos solos timorenses (ex.: Figuras 84 a 89 do Manual do Aluno).
• Análise e interpretação de um mapa sobre a distribuição mundial dos solos (ex.: Figura 90 do Manual do Aluno).
O professor pode questionar os alunos acerca das razões que levam a que os tipos de solos possuam a distribuição
apresentada na Figura 90.
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre os principais tipos de solos (ex.: Atividade 29 do Manual do
Aluno).
• Organização de trabalhos de pesquisa, por parte de pequenos grupos de alunos, sobre os principais tipos de
solos, apresentado exemplos de locais onde esses solos possam existir e justificando o porquê da sua localização.
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre causas da degradação dos solos (ex.: Atividade 30 do Manual do
Aluno).
• Realização de atividades de debate/reflexão sobre medidas de conservação dos solos timorenses. Inicialmente
os alunos podem realizar esta atividade em pequeno grupo e, posteriormente, o debate pode ser alargado a
toda a turma (ex.: Atividade 31 do Manual do Aluno). Também devem ser discutidas as medidas que cada aluno
implementa para melhorar a qualidade dos solos timorenses.
• Organização e implementação de ações de sensibilização junto da comunidade local, acerca das medidas que
devem ser tomadas no sentido da preservação dos solos timorenses (ex.: Atividade 32 do Manual do Aluno).
Devem ser aprofundadas as implicações sociais de uma ação conjunta dos timorenses, nomeadamente os
possíveis contributos para a melhoria da qualidade de vida da população e a sustentabilidade deste recurso
natural.
• Realização de jogos de simulação a partir da recriação de situações reais. As situações-problema podem ser
inicialmente introduzidas pelo professor, através de notícias divulgadas na Imprensa, refletindo problemas que
necessitem de ser resolvidos a nível da preservação dos solos de Timor-Leste. Aos alunos são distribuídos vários
papéis (ex.: primeiro-ministro, autarca/governador, membro de associação ambientalista, cidadão timorense,
geógrafo, empresário, agricultor, pastor, representante de uma ONG, etc.), esperando-se que, em função deles,
os alunos procedam à recolha de informações que lhes permitam defender e fundamentar as suas propostas de
solução. Este tipo de atividades pode integrar trabalho individual e/ou em grupo. Na aula em que se promove o
jogo de simulação, o professor dá início à atividade, colocando a questão para a qual vão procurar ouvir a opinião
Guia do Professor | 71
de diferentes intervenientes (ex.: primeiro-ministro, autarca/governador, membro de associação ambientalista,
cidadão timorense, geógrafo, empresário, agricultor, pastor, representante de uma ONG, etc.) e solicitando aos
intervenientes que procurem apresentar a opinião que estão a representar relativamente à questão que está a
ser discutida.
• Análise comparativa de notícias publicadas na Imprensa relativas a situações de erosão dos solos, procurando
detetar:
a) A influência exercida pela maior ou menor densidade populacional nas consequências da degradação dos
solos;
b) Os diferentes tipos de riscos naturais e induzidos associados à degradação dos solos;
c) A relação entre risco e impacto negativo da degradação dos solos;
d) O grau de importância atribuído aos diversos impactos em função de vários critérios.
• Criação de modelos de simulação na sala de aula de situações que possam contribuir para a análise da influência
da vegetação na diminuição da erosão dos solos. Por exemplo, colocar solo em duas caixas de plástico (tabuleiros)
e incliná-los ligeiramente. Num dos tabuleiros colocar pequenas porções de vegetação (de pequeno tamanho),
cobrindo o solo completamente de vegetação. Com uma garrafa de plástico furada deitar a mesma quantidade
de água nos dois tabuleiros e analisar em qual dos tabuleiros o deslizamento do solo é maior. O professor deve
chamar a atenção para as analogias entre o modelo e os processos que ocorrem na natureza, realçando, no
entanto, as variáveis envolvidas e as diferentes escalas de tempo e de espaço em que ocorrem os fenómenos
naturais.
• Realização de observações de campo em locais próximos da escola, em barreiras onde os alunos possam
identificar os horizontes existentes no perfil de um solo e a influência das atividades humanas sobre a erosão do
solo, bem como as medidas de prevenção que foram/devem ser tomadas no sentido da preservação dos solos
timorenses.
• Realização de uma atividade de pesquisa acerca de dúvidas que os alunos ainda tenham sobre a temática
O solo – características, potencialidades e ameaças, seguida de um debate com a apresentação das dúvidas
colocadas pelos alunos (ex.: Atividade 33 do Manual do Aluno). Posteriormente, os alunos podem organizar-se
em grupo e realizar as pesquisas necessárias para o esclarecimento das dúvidas colocadas. Por fim, cada grupo
deve partilhar com a turma e com o(a) professor(a) os resultados das pesquisas efetuadas.
• Construção de mapas organizadores de conceitos sobre a temática O solo – características, potencialidades e
ameaças. O professor pode solicitar a cada grupo de alunos que faça uma listagem dos principais conceitos que
foram abordados durante a lecionação da temática e depois os organize num mapa de conceitos. Cada grupo
pode, posteriormente, apresentar à turma o mapa organizador de conceitos que elaborou e fundamentar as
opções tomadas na sua construção. O professor pode aproveitar para, no final das apresentações efetuadas
pelos alunos, mostrar o mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor e compará-lo com os que foram
elaborados pelos alunos.
• Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final da temática O solo – características,
potencialidades e ameaças. O professor pode pedir aos alunos para apresentarem outras ideias que tenham
considerado importantes durante a lecionação da temática.
72 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
• Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O professor pode
pedir aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões apresentadas e
aproveitar esse momento para esclarecer dúvidas que possam ter surgido.
• Análise do mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor. Após a lecionação da temática o professor
pode apresentar aos alunos o mapa de conceitos da temática O solo – características, potencialidades e ameaças
e discutir a importância do referido esquema na organização das aprendizagens efetuadas.
• Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto da temática O solo – características, potencialidades
e ameaças. Após a lecionação desta temática o professor pode discutir com os alunos a lista dos conceitos-chave
apresentada e questioná-los acerca do significado dos mesmos, verificando se os conhecem e se compreendem
o seu significado.
• Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto da temática
O solo – características, potencialidades e ameaças do Manual do Aluno. Após a lecionação desta temática o
professor pode colocar, oralmente ou por escrito, questões que visem averiguar se os alunos atingiram as metas
de aprendizagem definidas para a referida temática. Por exemplo, para verificar se os alunos atingiram a meta
de aprendizagem: Indica os elementos constituintes do solo, o professor pode colocar aos alunos as questões:
Quais são os principais elementos constituintes do solo? Faz uma representação esquemática no teu caderno/
no quadro do perfil de um solo. Para verificar se os alunos atingiram a meta de aprendizagem: Reconhece o
impacto humano na degradação do solo, o professor pode colocar aos alunos as seguintes questões: Quais são as
principais consequências da ação humana sobre os solos? Que ações o Homem leva a cabo que contribuem para
a degradação do solo? Decorrentes das respostas dadas a estas questões e a outras colocadas pelo professor,
este ficará a saber se os alunos atingiram as metas de aprendizagem definidas.
• Atividade de questionamento em pares. O professor pode solicitar aos alunos que se organizem em pares e um
aluno faz as perguntas sobre os conteúdos lecionados na temática em estudo e o outro colega dá as respostas
às questões que lhe forem colocadas. Mais tarde podem trocar, onde o colega que fazia as perguntas passa a dar
as respostas.
Guia do Professor | 73
2.2.5. As florestas – características, potencialidades e ameaças
Como fazer a gestão sustentável da floresta de Timor-Leste?
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
As florestas – características, potencialidades e ameaças
- Importância das florestas
- Características das florestas tropicais
- A floresta em Timor-Leste: características e localização
- A ação do Homem nas florestas de Timor-Leste – ameaças e preservação
Que fatores influenciam o desenvolvimento das florestas timorenses?
Quais são as principais causas e consequências da desflorestação timorenses?
Que medidas devem ser tomadas para preservar as florestas timorenses?
Onde se localizam as florestas tropicais?
Que importância têm as florestas tropicais?
Que características apresentam as florestas tropicais?
A procura de respostas para as questões orientadoras da temática As florestas – características, potencialidades e
ameaças apresentadas na Figura 14 deve passar pela realização de diversas atividades, como as que de seguida se
apresentam:
• Observação e interpretação de esquemas/gráficos/fotografias relativos à importância das florestas e à sua
distribuição a nível mundial, de modo a que os alunos possam desenvolver competências que lhes permitam
compreenderem a importância das florestas timorenses (ex.: Figuras 95 a 101 e Gráficos 8 e 9 do Manual do Aluno).
• Organização de trabalhos de pesquisa, organização e partilha de informação, por parte de pequenos grupos de
alunos, sobre a importância da floresta timorense na dieta alimentar da comunidade local, bem como acerca do
papel cultural que lhe é atribuído (ex.: Atividade 34 do Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre as características e a localização das florestas tropicais e os fatores
que podem influenciar a distribuição da vegetação em Timor-Leste (ex.: Atividade 35 do Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de debate/reflexão sobre medidas de conservação das florestas timorenses,
inicialmente em pequeno grupo e, posteriormente, alargados a toda a turma (ex.: Atividade 36 do Manual do
Aluno). Também devem ser analisadas as medidas que cada aluno implementa para melhorar a qualidade das
florestas timorenses.
• Realização de jogos de simulação a partir da recriação de situações reais. As situações-problema podem ser
inicialmente introduzidas pelo professor, através de notícias divulgadas na Imprensa, refletindo problemas que
necessitam de ser resolvidos a nível da preservação das florestas de Timor-Leste. Aos alunos são distribuídos vários
Figura 14 - Questões orientadoras da temática: As florestas - características, potencialidades e ameaças.
74 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
papéis (ex.: primeiro-ministro, autarca/governador, membro de associação ambientalista, cidadão timorense,
geógrafo, empresário florestal, empresário exportador de madeira, construtor civil, agricultor, pastor, membro de uma
ONG, etc.), esperando-se que, em função deles, os alunos procedam à recolha de informações que lhes permitam
defender e fundamentar as suas propostas de solução. Este tipo de atividades pode integrar trabalho individual e/ou
em grupo. Na aula em que se promove o jogo de simulação, o professor dá início à atividade, colocando a questão
para a qual vão procurar ouvir a opinião de diferentes intervenientes (ex.: primeiro-ministro, autarca/governador,
membro de associação ambientalista, cidadão timorense, geógrafo, empresário florestal, empresário exportador de
madeira, construtor civil, agricultor, pastor, membro de uma ONG, etc.) e solicitando aos intervenientes que procurem
apresentar a opinião que estão a representar relativamente à questão que está a ser discutida.
• Análise comparativa de notícias publicadas na Imprensa relativas a situações de destruição das florestas
timorenses, procurando detetar:
a) A influência exercida pela maior ou menor densidade populacional nas consequências da desflorestação.
b) Os diferentes tipos de riscos naturais e induzidos associados à desflorestação.
c) A relação entre risco e impacto negativo da desflorestação.
d) O grau de importância atribuído aos diversos impactos da desflorestação em função de vários critérios.
• Realização de observações de campo em locais próximos da escola, onde os alunos possam observar as
características principais da floresta timorense e a influência das atividades humanas sobre a desflorestação, bem
como as medidas de prevenção que foram/devem ser tomadas para promover a preservação da floresta timorense.
• Construção de mapas organizadores de conceitos sobre a temática As florestas – características, potencialidades
e ameaças. O professor pode solicitar a cada grupo de alunos que faça uma listagem dos principais conceitos que
foram abordados durante a lecionação da temática e depois os organize num mapa organizador de conceitos.
Cada grupo pode, posteriormente, apresentar à turma o mapa que elaborou e fundamentar as opções tomadas
na sua construção. O professor pode aproveitar para, no final das apresentações efetuadas pelos alunos, mostrar
o mapa organizador de conceitos apresentado no Guia do Professor e compará-lo com os que foram elaborados
pelos alunos.
• Realização de uma atividade de pesquisa acerca de dúvidas que os alunos ainda tenham sobre a temática
As florestas – características, potencialidades e ameaças, seguida de um debate com a apresentação das dúvidas
colocadas pelos alunos (ex.: Atividade 37 do Manual do Aluno). Posteriormente, os alunos podem organizar-se
em grupo e realizar as pesquisas necessárias para o esclarecimento das dúvidas colocadas. Por fim, cada grupo
deve partilhar com a turma e com o(a) professor(a) os resultados das pesquisas efetuadas.
• Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final da temática As florestas – características,
potencialidades e ameaças. O professor pode pedir aos alunos para apresentarem outras ideias que tenham
considerado importantes durante a lecionação da temática.
• Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O professor pode
pedir aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões apresentadas e
aproveitar esse momento para esclarecer dúvidas que possam ter surgido.
• Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto da temática As florestas – características,
potencialidades e ameaças. Após a lecionação desta temática o professor pode discutir com os alunos a lista dos
Guia do Professor | 75
conceitos-chave apresentada e questioná-los acerca do significado dos mesmos, verificando se os conhecem e se
compreendem o seu significado.
• Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto da temática As
florestas – características, potencialidades e ameaças do Manual do Aluno. Após a lecionação desta temática o
professor pode colocar, oralmente ou por escrito, questões que visem averiguar se os alunos atingiram as metas
de aprendizagem definidas para a referida temática. Por exemplo, para verificar se os alunos atingiram a meta
de aprendizagem: Reconhece os impactos ambientais da desflorestação, o professor pode colocar aos alunos
as questões: Quais são os principais impactos ambientais da desflorestação? Que razões levam o Homem a
promover a desflorestação? Para verificar se os alunos atingiram a meta de aprendizagem: Caracteriza a floresta
timorense, o professor pode colocar aos alunos as seguintes questões: Quais são as principais características da
floresta timorense? Que espécies são mais abundantes? Onde se localiza a maior parte da floresta timorense?
Decorrentes das respostas dadas a estas questões e a outras colocadas pelo professor, este ficará a saber se os
alunos atingiram as metas de aprendizagem definidas.
• Atividade de questionamento em pares. O professor pode solicitar aos alunos que se organizem em pares e um
aluno faz as perguntas sobre os conteúdos lecionados na temática em estudo e o outro colega dá as respostas
às questões que lhe forem colocadas. Mais tarde podem trocar, onde o colega que fazia as perguntas passa a dar
as respostas.
2.2.6. O mar – características, potencialidades e ameaças
Como gerir os recursos marinhos em Timor-Leste?
CONTEÚDOS CONCEPTUAIS
O mar – características, potencialidades e ameaças
- O mar e a cadeia alimentar
- A morfologia marinha
- As correntes marítimas e as águas continentais na biodiversidade marinha
- O ambiente marinho em Timor-Leste
- O Homem e a sustentabilidade dos sistemas marinhos
Que características apresenta a comunidade marinha de Timor-Leste?
Quais são as principais causas e consequências da contaminação do mar?
Que medidas devem ser tomadas para preservar o mar?
Que características possuem os oceanos?
Que importância tem o mar?
Figura 15 - Questões orientadoras da temática: O mar - características, potencialidades e ameaças.
76 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
Na procura de respostas para as questões orientadoras da temática O mar – exploração, potencialidades e ameaças
apresentadas na Figura 15 devem ser realizadas diversas atividades, como as que de seguida se apresentam:
• Observação e interpretação de esquemas/gráficos/imagens/fotografias relativos à importância do mar
nas cadeias alimentares, de modo a que os alunos possam desenvolver competências que lhes permitam
compreender que o mar é o habitat de uma enorme diversidade de seres vivos que precisam de ser preservados
(ex.: Figuras 102 a 109 do Manual do Aluno).
• Organização de trabalhos de pesquisa e de partilha de informação, por parte de pequenos grupos de alunos,
sobre a importância do mar na dieta alimentar da comunidade local, bem como acerca do papel cultural que lhe
é atribuído pela população (ex.: Atividade 38 do Manual do Aluno).
• Realização de exercícios de lápis e papel sobre as propriedades da água dos oceanos e os fatores que podem
influenciar as suas características e distribuição no planeta Terra (ex.: Atividades 39 e 40 do Manual do Aluno).
• Realização de jogos de simulação a partir da recriação de situações reais. As situações-problema podem ser
inicialmente introduzidas pelo professor, através de notícias divulgadas na Imprensa, refletindo problemas que
necessitam de ser resolvidos a nível da preservação dos mares de Timor. Aos alunos são distribuídos vários papéis
(ex.: primeiro-ministro, autarca/governador, membro de associação ambientalista, cidadão timorense, geógrafo,
empresário da pesca, pescador, empresário de uma plataforma petrolífera, empresário exportador de peixe,
empresário hoteleiro, membro de uma ONG, etc.), esperando-se que, em função deles, os alunos procedam à
recolha de informações que lhes permitam defender e fundamentar as suas propostas de solução. Este tipo de
atividades pode integrar trabalho individual e/ou em grupo. Na aula em que se promove o jogo de simulação,
o professor dá início à atividade, colocando a questão para a qual vão procurar ouvir a opinião de diferentes
intervenientes (ex.: primeiro-ministro, autarca/governador, membro de associação ambientalista, cidadão
timorense, geógrafo, empresário da pesca, pescador, empresário de uma plataforma petrolífera, empresário
exportador de peixe, empresário hoteleiro, membro de uma ONG, etc.) e solicitando aos intervenientes que
procurem apresentar a opinião que estão a representar relativamente à questão que está a ser discutida.
• Análise comparativa de notícias publicadas na Imprensa relativas a situações de contaminação do mar de
Timor, procurando detetar:
a) A influência exercida pela maior ou menor densidade populacional na contaminação do mar.
b) Os diferentes tipos de riscos naturais e induzidos associados à contaminação do mar.
c) O grau de importância atribuído aos diversos impactos da contaminação do mar em função de vários
critérios.
• Realização de exercícios de debate/reflexão sobre medidas de conservação dos mares de Timor, inicialmente
em pequeno grupo e, posteriormente, alargados a toda a turma (ex.: Atividade 41 do Manual do Aluno). Também
devem ser analisadas as medidas que cada aluno implementa para melhorar a qualidade dos mares de Timor.
• Organização e implementação de ações de sensibilização junto da comunidade local, acerca das medidas que
devem ser tomadas no sentido da preservação dos mares de Timor-Leste (ex.: Atividade 42 do Manual do Aluno).
Devem ser aprofundadas as implicações sociais de uma ação consertada dos timorenses, nomeadamente os
possíveis contributos para a melhoria da qualidade de vida da população e a sustentabilidade deste recurso
natural.
Guia do Professor | 77
• Realização de uma atividade de pesquisa acerca de dúvidas que os alunos ainda tenham sobre a temática
O mar – exploração, potencialidades e ameaças, seguida de um debate com a apresentação das dúvidas colocadas
pelos alunos (ex.: Atividade 43 do Manual do Aluno). Posteriormente, os alunos podem organizar-se em grupo e
efetuar as pesquisas necessárias para o esclarecimento das dúvidas colocadas. Por fim, cada grupo deve partilhar
com a turma e com o(a) professor(a) os resultados das pesquisas efetuadas.
• Construção de mapas organizadores de conceitos sobre a temática O mar – exploração, potencialidades e
ameaças. O professor pode solicitar a cada grupo de alunos que faça uma listagem dos principais conceitos que
foram abordados durante a lecionação da temática e depois os organize num mapa de conceitos. Cada grupo
pode, posteriormente, apresentar à turma o mapa organizador de conceitos que elaborou e fundamentar as
opções tomadas na sua construção. O professor pode aproveitar para, no final das apresentações efetuadas
pelos alunos, mostrar o mapa de conceitos apresentado no Guia do Professor e compará-lo com os que foram
elaborados pelos alunos.
• Realização de uma atividade de análise da síntese apresentada no final da temática O mar – características,
potencialidades e ameaças. O professor pode pedir aos alunos para apresentarem outras ideias que tenham
considerado importantes durante a lecionação da temática.
• Realização dos exercícios propostos nas Atividades complementares do Manual do Aluno. O professor pode
pedir aos alunos para oralmente apresentarem à turma as respostas dadas nas questões apresentadas e
aproveitar esse momento para esclarecer dúvidas que possam ter surgido.
• Análise dos conceitos-chave apresentados na folha de rosto da temática O mar – características, potencialidades
e ameaças. Após a lecionação desta temática o professor pode discutir com os alunos a lista dos conceitos-chave
apresentada e questioná-los acerca do significado dos mesmos, verificando se os conhecem e se compreendem
o seu significado.
• Atividade de questionamento acerca das metas de aprendizagem apresentadas na folha de rosto da temática
O mar – características, potencialidades e ameaças do Manual do Aluno. Após a lecionação desta temática o
professor pode colocar, oralmente ou por escrito, questões que visem averiguar se os alunos atingiram as metas
de aprendizagem definidas para a referida temática. Por exemplo, para verificar se os alunos atingiram a meta de
aprendizagem: Identifica as principais zonas que constituem a morfologia marinha, o professor pode colocar aos
alunos as questões: Quais são as principais zonas que constituem a morfologia marinha? Faz uma representação
no teu caderno/no quadro da morfologia marinha e a respetiva legenda das suas partes constituintes. Para verificar
se os alunos atingiram a meta de aprendizagem: Reconhece o papel das correntes e das águas continentais como
elementos fundamentais na biodiversidade marinha, o professor pode colocar aos alunos as seguintes questões:
Qual é o papel das correntes na biodiversidade marinha? De que forma as águas continentais podem contribuir
para a biodiversidade marinha? Decorrentes das respostas dadas a estas questões e a outras colocadas pelo
professor, este ficará a saber se os alunos atingiram as metas de aprendizagem definidas.
• Atividade de questionamento em pares. O professor pode solicitar aos alunos que se organizem em pares e um
aluno faz as perguntas sobre os conteúdos lecionados na temática em estudo e o outro colega dá as respostas
às questões que lhe forem colocadas. Mais tarde podem trocar, onde o colega que fazia as perguntas passa a dar
as respostas
78 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
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86 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
4. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃOOs exemplos a seguir apresentados podem ser utilizados em fichas de trabalho ou em provas de avaliação
escrita, bem como outros que o professor considere que são importantes para avaliar os conteúdos concetuais,
procedimentais e atitudinais abordados durante a lecionação da Unidade Temática 3, subtema 1: Recursos naturais.
4.1. Exemplos de questões que podem ser colocadas em fichas de trabalho ou em provas de avaliação escrita
I Recursos minerais – características, potencialidades e ameaças
1. A extração de minérios, bem como a sua concentração, é uma atividade humana que volta a ser relançada em
Timor-Leste.
1.1. Estabelece a correspondência correta entre cada número da coluna I (descrições relativas à exploração mineira)
e a respetiva letra da coluna II (termos/conceitos).
Coluna I Coluna II
I. Conjunto de rochas ou minerais, sem interesse prático, que acompanham um
minério.
II. Acumulação de rochas e minerais na crosta terrestre cuja exploração tem interesse
económico.
III. Materiais residuais provenientes da exploração mineira, amontoados à superfície.
IV. Mineral que tem utilidade para o Homem, quer pelas suas características, quer
por possuir substâncias necessárias para a atividade humana.
A. Ganga
B. Jazigo
C. Minério
D. Escombreira
1.2. Quais são as diferenças existentes entre os recursos minerais metálicos e os não metálicos?
1.3. Indica os tipos de exploração mineira que existem, apresentando um exemplo de cada um deles.
1.4. Quais são as fases que ocorrem durante a exploração de um recurso mineral?
1.5. Refere dois aspetos positivos que advêm da extração de minérios numa dada região.
1.6. Menciona dois aspetos desencadeados pela extração e pela concentração de minérios que possam originar
impactes ambientais negativos numa dada região.
2. Explica por que razão os materiais de construção raramente são utilizados longe dos seus locais de extração.
3. Distingue recursos naturais renováveis de recursos naturais não renováveis. Apresenta um exemplo de cada um
deles.
4. Que diferenças existem entre as perfurações e as pedreiras a céu aberto?
5. Indica duas medidas que podem ser tomadas para promover a requalificação de uma pedreira abandonada.
6. O modelo de desenvolvimento sustentável dos recursos minerais valoriza três componentes principais.
6.1. Identifica as três componentes valorizadas.
6.2. Explica de que modo uma das componentes referidas na questão anterior pode contribuir para o desenvolvimento
sustentável dos recursos minerais.
Guia do Professor | 87
II Recursos energéticos – características, potencialidades e ameaças
1. Lê, com atenção, o texto que se segue.
“O Mundo tem uma sede inesgotável de petróleo. Atualmente, não há qualquer outra fonte de energia da qual a Humanidade esteja tão
dependente. Os derivados deste combustível fóssil movem os nossos meios de transporte, que são os combustíveis que aquecem muitos dos
nossos lares e constituem a razão de ser da poderosa indústria petroquímica.”
Super Interessante, agosto de 2002 (adaptado)
1.1. Identifica o recurso natural referido no texto.
1.2. Classifica este recurso quanto à sua capacidade de renovação.
1.3. Explica o modo de formação do recurso referido no texto.
1.4. Indica as principais etapas do percurso efetuado pelo recurso referido no texto, desde a sua extração até à sua
utilização final.
1.5. Refere duas consequências resultantes da utilização de combustíveis fósseis.
1.6. Indica duas medidas que possam ser implementadas para diminuir as consequências referidas na pergunta anterior.
2. Lê, com atenção, o texto que se segue.
Timor-Leste: Ligação do gasoduto no Mar de Timor é “vital” para deixar de ser “país rico com gente pobre” – ministro da economia
Lisboa, 21 março de 2010 (Lusa) – O ministro da Economia e Desenvolvimento de Timor-Leste admitiu hoje que a ligação do gasoduto do
campo petrolífero ‘Greater Sunrise’, em disputa com a Austrália, é vital para o desenvolvimento nacional e disse esperar uma decisão este
ano.”Penso que é vital para o país. Timor-Leste é um país rico com gente pobre”, disse o ministro João Gonçalves à agência Lusa, à margem
da I Reunião dos Ministros dos Assuntos do Mar da CPLP, que decorreu esta manhã no Forte de S. Julião da Barra, em Oeiras (Portugal). João
Gonçalves referiu que o “assunto ainda não está resolvido” e que ainda decorrem as negociações com o consórcio explorador, a Woodside.
2.1. Refere as condições que são necessárias para a formação do gás natural.
2.2. Indica qual poderá ser a importância da construção do gasoduto
referido no texto.
2.3. Que utilizações poderão ser dadas ao gás natural timorense?
3. A Figura I apresenta três gráficos que mostram a evolução da utilização
dos principais recursos energéticos nos países industrializados.
3.1. Qual a principal fonte de energia utilizada no início do século XIX?
3.2. Indica a partir de que ano o consumo de petróleo ultrapassou o do carvão.
3.3. Quais são as expectativas de utilização do petróleo no futuro?
3.4. Com base na análise do gráfico III, indica:
3.4.1. a variação global do preço do petróleo bruto durante o período
considerado.
3.4.2. as consequências da variação do preço do petróleo na sociedade.
3.4.3. duas consequências ambientais resultantes da utilização do petróleo.
3.4.4. duas situações do teu dia a dia em que utilizes indiretamente o petróleo.
3.5. Apresenta três soluções possíveis para a substituição do petróleo no
nosso dia a dia. Figura I
88 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
4. Estabelece a correspondência entre os termos da coluna I e as afirmações da coluna II.
Coluna I Coluna II
A. Carvão
B. Petróleo
I. Substância natural líquida viscosa de cor negra.
II. Forma-se a partir de restos de plantas em ambientes alagados.
III. Forma-se em ambientes com elevada matéria orgânica como nas bacias oceânicas.
IV. Lignite e antracite são dois exemplos.
V. A refinaria é a instalação industrial na qual sofre uma série de transformações.
VI. Acumula-se em rochas-armazém que são cobertas por rochas de cobertura.
5. Explica o modo de formação do carvão.
6. Ordena os carvões que se seguem, tendo em conta o aumento do teor de carbono: antracite, turfa, lenhite,
hulha.
7. Lê, com atenção, as afirmações que a seguir se colocam e classifica com um V as afirmações que forem
verdadeiras e com um F as que considerares como falsas.
(A) As jazidas petrolíferas são formadas a partir da alteração de restos de seres vivos que ficaram depositados
nas bacias oceânicas.
(B) Os combustíveis fósseis constituem uma fonte de energia inesgotável.
(C) Do petróleo bruto retira-se a gasolina, o gasóleo e o gás propano e butano.
(D) A prospeção do petróleo é efetuada a partir das refinarias.
(E) O processo de formação do carvão ocorre na ausência de oxigénio.
8. Lê, com atenção, o texto que se segue.
“Os grandes produtores de petróleo, como a Arábia Saudita e o Kuwait, temem que um aumento nos preços leve a um rápido
desenvolvimento tecnológico de alternativas e, no fim, a uma desvalorização do crude. Uma forte subida dos preços do petróleo pode ser
vantajosa, porque estimulará a investigação em formas de energia alternativa.”
8.1. Indica os principais receios dos grandes produtores de petróleo.
8.2. Explica por que razão é importante para a Humanidade a existência de energias alternativas aos combustíveis
fósseis.
8.3. Refere duas vantagens para Timor-Leste da subida do preço do petróleo.
III O sol – características e potencialidades
1. Apresenta um conceito de radiação solar.
2. Dá uma noção de espetro solar.
3. Indica dois processos meteorológicos que resultem da radiação solar.
4. Apresenta o conceito de constante solar.
Guia do Professor | 89
5. Explica em que consistem os seguintes fenómenos:
a) reflexão b) difusão c) absorção
6. Dá uma noção de atmosfera.
7. A atmosfera é constituída por várias camadas. Ordena as camadas da atmosfera que a seguir se apresentam,
começando pela camada que se encontra mais afastada da Terra.
Mesosfera, Troposfera, Exosfera, Termosfera, Estratosfera
8. Distingue homosfera de heterosfera.
9. Indica a composição química da atmosfera.
10. Explica, apresentando dois exemplos, como é que a atmosfera tem um papel protetor da Terra.
11. Diz o que são os denominados núcleos de condensação.
12. Justifica a variação da espessura da atmosfera sobre o Equador e sobre as regiões polares.
13. Indica a variação da temperatura na troposfera.
14. Observa a Figura I, que mostra a variação diurna da inclinação dos
raios solares.
14.1. Explica a variação da radiação solar ao longo do dia.
14.2. Que explicação dás para o facto de as temperaturas, na maior parte
dos casos, aumentarem durante o dia?
15. Dá-se o nome de temperatura média diurna à:
(A) …diferença entre a temperatura mais elevada e a temperatura mais baixa registada durante um dia.
(B) …soma das temperaturas registadas durante um dia.
(C) …à média aritmética dos valores registados às diversas horas do dia.
(D) …à média dos valores de temperatura registados durante a noite.
(Transcreve a opção correta.)
16. Lê, com atenção, as afirmações que a seguir se colocam e classifica com um V as afirmações que forem
verdadeiras e com um F as que considerares como falsas.
(A) Os valores mais elevados da radiação solar registam-se nos Pólos.
(B) A temperatura do ar mede-se com termómetros.
(C) Durante a noite atingem-se valores de temperatura máximos.
(D) A quantidade de energia recebida pela Terra depende do ângulo de incidência dos raios solares.
(E) A duração da insolação é mínima nas regiões oceânicas de latitudes médias e máxima nas regiões
desérticas quentes.
Figura I
A1
sul
12h 15h9h
6h 18h
oesteeste
C1B1
90 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
17. O efeito de estufa é muito importante para a vida na Terra.
17.1. O que é o efeito estufa?
17.2. Refere uma vantagem e uma desvantagem do efeito
de estufa para a vida na Terra.
18. Observa a Tabela I que apresenta os principais países
emissores de GEE e cenários para 2020.
18.1. Indica a principal causa do efeito de estufa.
18.2. Identifica dois gases com efeito de estufa.
18.3. Explica em que consiste o efeito de estufa.
19. A atmosfera está constantemente a receber energia solar, mas as temperaturas médias da superfície terrestre
não variam significativamente no decurso do tempo.
19.1. Explica em que consiste o equilíbrio térmico.
19.2. Identifica os processos de perda de radiação emitida pelo Sol.
19.3. Menciona duas causas do efeito de estufa.
19.4. Indica quatro consequências do efeito de estufa.
19.5. Refere duas medidas para reduzir o efeito de estufa.
20. Lê, com atenção, o texto que se segue.
O Homem vive no fundo de um oceano de ar; é um consumidor de ar que depende das condições favoráveis de pressão, temperatura e
composição química da atmosfera que o rodeia. Também vive sobre a superfície exterior sólida da terra, da qual depende para alimentar-
se, vestir-se, refugiar-se e deslocar-se de um lugar para outro. Mas o ar e a terra não são reinos completamente separados; entre eles
ocorre um contínuo fluxo de matéria e de energia.
Strahler, Arthur (1981) Geografía Física
20.1. Esquematiza a estrutura vertical da atmosfera.
20.2. Caracteriza a camada que se encontra entre os 50 e os 80 km.
20.3. Explica a variação da temperatura na camada que se encontra em contacto com a superfície terrestre.
20.4. Explica a função do dióxido de carbono e do vapor de água existentes na atmosfera.
20.5. Indica a composição do ar atmosférico.
21. Observa Figura II.
21.1. Indica em qual dos feixes de energia A ou B é menor o ângulo de
incidência.
21.2. Menciona em que situação A ou B é maior a concentração de
radiação solar.
21.3. Justifica a resposta anterior.
21.4. Refere a situação (A ou B) que poderá corresponder ao meio-dia solar.
Emissões Absolutas por País e cenários para 2020 (MtC02eq)
Fonte: adaptado de WRI, 2009; CERRI et al, 2009; UNFCCC, 2010
PAÍS 1990 2005 2020% de redução em
2020 comparado
com 2005
% de redução em
2020 comparado
com 1990
CHINA 3.822,50 7.114,60 19.065,51 -168% -399%
EUA 5.257,30 5.985,90 4.968,30 17% 5%
UE (27 PAISES)
5.222,40 4.659,20 3.727,36 20% 29%
BRASIL 1.707,00 1.998,00 1.651,00 17% 3%
ÍNDIA 1.111,90 1.876,60 4.957,26 -164% -346%
Tabela I
Figura II
12h
18h8h
ba
atmosferaE W
Guia do Professor | 91
22. A camada de ozono desempenha um papel muito importante para a vida na Terra.
22.1. Identifica a camada da atmosfera onde se encontra a “camada de ozono”.
22.2. Qual a importância que tem a camada de ozono para a vida na Terra?
22.3. Indica duas consequências resultantes da redução da camada de ozono.
23. Lê os Textos 1 e 2 com atenção.
Texto 1 – Os maiores lagos do mundo estão a aquecer
A poucos dias do início da conferência das Nações Unidas sobre o clima, no México, cientistas da NASA dão novo sinal de alarme. E
emissões continuam a crescer.
É mais um sinal de alarme e desta vez ele vem dos grandes lagos do planeta. Uma avaliação das temperaturas das 167 maiores superfícies
de água doce realizada por investigadores da NASA, com recurso a satélites, mostra que o aquecimento global também deixou ali impressa
a sua assinatura.
Nos últimos 25 anos, a temperatura da água dos maiores lagos da Terra aumentou em média 1,23 graus Celsius por cada década. No
entanto, nas regiões setentrionais do hemisfério Norte, como a Europa do Norte, esse aumento chegou aos três graus Celsius e ocorreu
ainda mais rapidamente nas extensões aquáticas do que na atmosfera.
Os dados foram publicados na Geophysical Research Letters e são consistentes com as medições por instrumentação em bóias em alguns
dos lagos estudados, como os Grandes Lagos nos EUA.
“A nossa análise oferece uma nova fonte independente de dados para avaliar o impacto das alterações climáticas”, afirmou Philip
Schneider, do Jet Propulsion Laboratory (JPL), da NASA e principal autor do estudo.
As medições mostram que o maior aumento da temperatura da água dos lagos ocorreu na Europa do Norte. Pelo contrário, na Europa do
Sul e também no hemisfério Sul, os aumentos de temperatura nas grandes extensões de água doce foram menos pronunciados.
Esta tendência “não é isenta de consequências para os ecossistemas dos lagos, que podem ser afectados de forma negativa por alterações
muito pequenas da temperatura da água”, notou o mesmo investigador.
Uma dessas consequências negativas mais frequentes é a proliferação de algas. Para que isso ocorra, basta que se dê um ligeiro aumento
da temperatura da água e, nesse caso, as algas em excesso acabam por absorver a maior parte do oxigénio no lago, causando a morte
dos peixes. Essas alterações favorecem também frequentemente a proliferação de espécies exóticas em detrimento das autóctones, com
a modificação radical do ecossistema.
As medições da equipa do JPL mostraram que as temperaturas aumentaram mais nos lagos da Europa do Norte, do Leste da Sibéria, da
Mongólia e norte da China e também em algumas regiões dos EUA, como na dos Grandes Lagos.
Os aumentos de temperatura verificados são de resto os esperados, considerando o aquecimento global do planeta.
E se esta é mais uma confirmação das alterações climáticas num momento em que já se iniciou a contagem decrescente para a conferência
das Nações Unidas sobre o clima, em Cancun, no México, a partir de 29 de Novembro, um outro dado divulgado ontem pela Organização
Meteorológica Mundial, vem lembrar que a tendência para o crescimento das emissões de gases com efeito de estufa ainda não se
inverteu. Pelo contrário, apesar da recessão económica, essas emissões de bateram no ano passado um novo recorde histórico. De 2008
para 2009, as emissões globais cresceram mais um por cento. Entre 1990 e 2009 esse aumento foi de 27,5%.
In Diário de Notícias de 25/11/2010
Texto 2 – Como se salva o mar
A nefasta influência do Homem na vida dos oceanos excede as suas actividades directas, como a pesca ou a indústria. A escalada das
emissões de dióxido de carbono e outros gases com efeito de estufa têm levado ao aumento da temperatura das águas, com consequências
para a sensível base da cadeia alimentar marinha (como o plâncton). Outro efeito, talvez ainda mais grave, é a acidificação do mar,
causada pela absorção de quantidades crescentes de dióxido de carbono. Estes dois factores estão na origem da contínua destruição de
recifes de coral. E são um problema que, ao contrário das pescas, não se resolve por decreto...
Publicado na edição especial Visão Verde de 27 de Novembro de 2008
Guia do Professor | 93
Tabela III – Temperaturas médias mensais em Recife
(Brasil)
Mês T Média (oC)
Janeiro 26,1
Fevereiro 26,3
Março 26,2
Abril 25,8
Maio 25,2
Junho 24,4
Julho 23,8
Agosto 23,7
Setembro 24,3
Outubro 25,1
Novembro 25,7
Dezembro 26,0
Tabela IV – Temperaturas médias mensais em Atenas
(Grécia)
Mês T Média (oC)
Janeiro 9,3
Fevereiro 9,9
Março 11,3
Abril 15,3
Maio 20,0
Junho 24,6
Julho 27,6
Agosto 27,4
Setembro 23,5
Outubro 19,0
Novembro 14,7
Dezembro 11,0
Tabela V – Temperaturas médias mensais em Kazan
(Rússia)
Mês T Média (oC)
Janeiro -13,1
Fevereiro -13,2
Março -7,2
Abril 3,8
Maio 12,0
Junho 17,6
Julho 19,4
Agosto 17,7
Setembro 11,1
Outubro 3,5
Novembro -4,6
Dezembro -10,3
Tabela VI – Temperaturas médias mensais em Alasca
(EUA)
Mês T Média (oC)
Janeiro -15,3
Fevereiro -14,7
Março -13,4
Abril -6,0
Maio 1,7
Junho 7,7
Julho 9,7
Agosto 9,4
Setembro 5,5
Outubro -4,6
Novembro -8,6
Dezembro -14,3
Termograma de Recife (Brasil)
94 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
Termograma de Atenas (Grécia)
Termograma de Kazan (Rússia)
Guia do Professor | 95
30. Observa a Figura V, que representa as isotérmicas anuais.
30.1. Explica a variação da temperatura com a latitude.
31. A temperatura varia com a altitude.
31.1. Calcula o decréscimo da temperatura numa montanha com 3000 m
de altitude.
31.2. Calcula o valor da temperatura no cimo da montanha, se ao nível do
mar estiverem 25ºC.
31.3. Que explicação dás para o facto de em Timor-Leste as zonas
montanhosas serem as regiões com temperaturas mais baixas.
Figura V
32. No contexto do Sudeste Asiático, as condições específicas de Timor-Leste fazem do Sol um recurso a valorizar.
32.1. Refere quais são as condições específicas do território timorense mencionadas na afirmação anterior.
32.2. Indica três possibilidades que pode ter a valorização do Sol enquanto recurso natural.
32.3. Que importância pode ter o aproveitamento da energia solar no território timorense?
32.4. Distingue os sistemas solares térmicos dos sistemas fotovoltaicos.
32.5. Explica de que forma o turismo balnear pode contribuir para o desenvolvimento de Timor-Leste.
Termograma de Alasca (EUA)
96 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
IV A precipitação – génese e distribuição
1. A pressão atmosférica é:
(A) …a força exercida pela atmosfera sobre os corpos da superfície terrestre.
(B) …a força exercida pelas montanhas sobre a superfície terrestre.
(C) …a força exercida pela troposfera sobre a superfície terrestre.
(D) …a força exercida pela atmosfera sobre todos os corpos da superfície terrestre.
(Transcreve a opção correta.)
2. Dá-se o nome de massa de ar à:
(A) …porção de ar com a mesma temperatura, mas humidade e densidade diferente.
(B) …porção de ar com características diferentes de temperatura, humidade e densidade.
(C) …porção de ar com diferentes temperaturas, mas com humidade e densidade semelhante.
(D) …porção de ar com características semelhantes de temperatura, humidade e densidade.
(Transcreve a opção correta.)
3. Analisa, atentamente, a Figura I que representa a variação da pressão atmosférica, à superfície, num centro
de alta e de baixa pressão.
3.1. Identifica os centros barométricos esquematizados na Figura I.
Centro de alta pressão ___________________ Centro de baixa pressão ___________________
3.2. Descreve a circulação do ar à superfície e em altitude no centro assinalado com B.
3.3. Indica qual o estado do tempo geralmente associado ao centro assinalado com A. Justifica a tua resposta.
4. Observa, atentamente, a Figura II que representa uma frente fria e uma frente quente.
Figura I
Figura II
A B
AB
980 hPa960 hPa
Guia do Professor | 97
4.1. Identifica o tipo de frente de cada imagem.
A __________________________ B ______________________________
4.2. Desenha, nas imagens da Figura II, o tipo de nuvens associado a cada frente.
4.3. Indica as principais diferenças entre a precipitação provocada por cada uma das frentes representadas na
Figura II.
4.4. Refere a designação dada à precipitação associada a uma frente.
5. Tendo por base os regimes de precipitação estudados para o território de Timor-Leste, responde às questões
que a seguir se colocam.
5.1. Indica as principais características dos regimes de precipitação da área montanhosa central do território
timorense.
5.2. Que explicação dás para as diferenças verificadas nos regimes de precipitação da região situada a Norte da
cordilheira central e a região situada a Sul do território?
5.3. Que importância pode ter para o Homem conhecer os regimes de precipitação de Timor-Leste?
5.4. De que modo podem ser potenciados os regimes de precipitação no desenvolvimento de Timor-Leste?
6. Constrói os gráficos pluviométricos, de acordo com os dados que a seguir se apresentam:
6.4. Regista as semelhanças e as diferenças encontradas nos gráficos
construídos.
6.5. Calcula o total de precipitação anual para as três localidades.
7. A Figura III representa a deslocação do ar num sistema frontal.
7.1. Localiza, na Figura III, o ar quente e o ar frio.
7.2. Explica o mecanismo de formação das chuvas frontais.
6.1. Bagula
Mês P Total (mm)
Janeiro 271
Fevereiro 301
Março 282
Abril 251
Maio 383
Junho 292
Julho 154
Agosto 54
Setembro 26
Outubro 26
Novembro 106
Dezembro 252
6.2. Iliomar
Mês P Total (mm)
Janeiro 184
Fevereiro 186
Março 172
Abril 249
Maio 414
Junho 358
Julho 184
Agosto 56
Setembro 29
Outubro 18
Novembro 81
Dezembro 159
6.3. Ilha de Ataúro
Mês P Total (mm)
Janeiro 203
Fevereiro 203
Março 110
Abril 66
Maio 66
Junho 56
Julho 37
Agosto 9
Setembro 7
Outubro 22
Novembro 63
Dezembro 115
Figura III
98 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
8. Observa com atenção a Figura IV.
8.1. Identifica o tipo de chuvas representado na Figura IV.
8.2. Explica como se forma o tipo de chuvas representado.
8.3. Explica o mecanismo de formação das chuvas convectivas ou de
convecção térmica.
9. Lê, com atenção, o texto que se segue.
No campo da meteorologia, as explicações mais incertas e carregadas de dúvidas são as
que se relacionam com a pressão atmosférica e com os ventos. (...)Devido às lacunas no
nosso conhecimento a maior parte das teorias explicativas repousam sobre modelos que
não são senão reflexos abstratos da realidade.
George Viers, Climatologie
9.1. Refaz o esquema da Figura V e desenha setas no centro barométrico
de modo a representar a circulação do ar no Hemisfério Sul.
9.2. Justifica o traçado das setas.
9.3. Esquematiza a circulação vertical neste centro de ação.
9.4. Faz um esquema da Terra e representa todos os ventos dominantes.
V A água – exploração e contaminação das águas superficiais e subterrâneas
1. Lê, com atenção, o texto que se segue.
O ciclo da água resulta de trocas permanentes entre as diferentes reservas da hidrosfera: oceanos, atmosfera, rios, lagos e rochas porosas.
Este ciclo, que condiciona a nossa vida, é uma gigantesca destilação da água do mar, que pode sofrer uma interferência negativa do
Homem, devido ao excesso de depósitos não recicláveis pelos sistemas terrestres e atmosféricos.
Jacques Guy, 1996, Le cycle de l’eau (Adaptação)
1.1. Explica de que forma o Homem interfere negativamente no ciclo da água.
1.2. Faz a legenda da figura, identificando os fenómenos que estão representados por letras.
Figura IV
Figura V
Guia do Professor | 99
2. Observa as Figuras I e II que a seguir se apresentam.
2.1. Indica a atividade humana que mais contribui para o consumo de água.
2.2. Que explicação dás para o facto de, no último século, a atividade humana referida na pergunta anterior ter
sido responsável por um aumento considerável no consumo de água?
2.3. Indica a atividade doméstica em que mais se gasta água.
2.4. Refere duas medidas que possam contribuir para uma gestão mais racional do consumo de água.
3. Na Figura III encontra-se representada uma situação de ocupação
humana de uma dada região.
3.1. Indica qual a intervenção antrópica que modificou a região representada.
3.2. Admitindo que a quantidade de precipitação na região em estudo
não apresenta variações significativas, a qual das situações (I ou II)
poderá corresponder menor variação do caudal do rio?
3.3. Justifica a resposta dada na questão anterior.
3.4. Faz uma previsão relativamente à qualidade da água do rio após a
ocupação antrópica.
4. Analisa os Documentos A e B e responde às questões que sobre eles são colocadas.
Documento A
Os gráficos que se seguem representam
o consumo de água doce a nível mundial,
nos países desenvolvidos e nos países em
desenvolvimento.
Adaptado de Water for People, Water for Life, UNESCO (2003)
Figura II – Gastos médios verificados em algumas atividades domésticas diárias.
Figura I – Principais atividades humanas consumidoras de água.
Figura IIIEquador
100 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
Documento B
O volume total de água que o ser humano vai precisar no futuro será muito maior, independentemente da distribuição das parcelas
referidas nos gráficos. De acordo com dados de um relatório sobre o estado do ambiente a nível mundial, o Global Environmental
Outlook-3, até 2020, o consumo total de água aumentará 40% em função do crescimento da população, do desenvolvimento industrial
e da expansão da agricultura de regadio.
4.1. Identifica o setor que consome mais água doce:
4.1.1. a nível mundial;
4.1.2. nos países desenvolvidos;
4.1.3. nos países em desenvolvimento.
4.2. Refere uma razão para a grande diferença existente no consumo de água, no setor industrial, nos países
desenvolvidos e nos países em desenvolvimento.
4.3. Indica uma possível causa para o consumo de água doce no setor agrícola ser de 82% nos países em
desenvolvimento.
4.4. Menciona duas razões para o aumento de consumo de água previsto até 2020.
4.5. De acordo com o Documento B, indica a percentagem do aumento do consumo de água até 2020.
4.6. Indica duas medidas que devam ser tomadas no sentido de uma melhor gestão da água.
5. Lê, com atenção, as afirmações que a seguir se colocam sobre a água e classifica com um V as afirmações que
forem verdadeiras e com um F as que considerares como falsas.
(A) Os recursos hídricos são recursos renováveis.
(B) A água é o constituinte menos abundante do corpo humano.
(C) O consumo doméstico, a agricultura e as atividades industriais são as principais fontes de consumo da
água no nosso planeta.
(D) Atualmente, quase 60% da população mundial tem nos lençóis de água doce superficial a sua principal
fonte de água potável.
(E) Na Terra, 97,5% da água é doce e está potencialmente disponível para o Homem.
6. Analisa as Figuras IV e V, relativas à forma como é efetuada a exploração de águas subterrâneas, e responde
às questões que sobre elas são colocadas.
Figura IV Figura V
Poço profundo com extração
de água potável
Fossa séptica
Movimento da pluma de contaminação
Irrigação
Poço profundo com extração
de elevada quantidade de água
Fossa séptica
Extração de água contaminada com
bactérias provenientes da fossa séptica
Movimento daágua subterrânea
Guia do Professor | 101
6.1. Quais são as consequências da existência de uma fossa séptica?
6.2. Indica as principais diferenças entre as Figuras IV e V, no que se refere à exploração de águas subterrâneas.
6.3. Em que medida a exploração intensiva de água subterrânea na Figura V afetou a qualidade da água explorada
perto da habitação?
6.4. Indica duas medidas de minimização dos impactes apresentados na Figura V.
VI O solo – características, potencialidades e ameaças
1. Analisa o perfil do solo de uma região semiárida, esquematizado na Figura I.
1.1. Faz corresponder a cada horizonte – A, B ou C – do perfil ilustrado na Figura I, o número I, II, III ou IV da frase
que melhor o identifica.
Coluna I Coluna II
1. Horizonte A
2. Horizonte B
3. Horizonte C
I. Apresenta-se com uma cor castanho-claro a esbranquiçado; é rico em cálcio e pobre
em argilas; tem concreções carbonatadas.
II. É avermelhado; a concentração de compostos de ferro forma encouraçamentos
muito duros que podem constituir depósitos de valor económico.
III. Tem predomínio de minerais primários; a componente orgânica está ausente.
IV. Varia de escuro, no topo, a claro, na base; é rico em cálcio; nele ocorrem reações de
humificação.
1.2. Identifica, no solo da Figura I, o horizonte onde os processos de alteração física da rocha predominam
claramente, em relação aos de alteração química.
1.3. Tal como as condições climáticas, também a natureza das rochas e a topografia condicionam os processos
de formação e de evolução de um solo.
1.3.1. Tendo em conta as diferenças bioclimáticas, esclarece por que razão nas regiões tropicais a natureza das
rochas influencia menos a evolução e a composição dos solos no que nas regiões temperadas.
1.3.2. Apresenta uma razão que explique o fraco desenvolvimento dos solos em zonas de declive acentuado.
Figura I
A
B
C
102 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
2. Na Figura II estão esquematizadas várias etapas da evolução de um solo.
2.1. Ordena as letras dos esquemas da Figura II, de modo a corresponder
à evolução desse solo.
2.2. Identifica cada uma das camadas assinaladas com os números I, II e III
do esquema a da Figura II.
3. O clima é um dos fatores mais importante que afeta o desenvolvimento dos solos tropicais, em geral, e dos de
Timor-Leste, em particular.
3.1. Qual a importância da água e da temperatura no processo de formação dos solos timorenses?
3.2. Explica de que forma o relevo pode condicionar a formação dos solos timorenses.
3.3. Dá uma explicação para o facto das regiões afetadas pelos incêndios florestais ou pelas queimadas ficarem
mais vulneráveis à erosão dos solos.
3.4. Atendendo à classificação dos solos timorenses (1963) infere acerca do tipo de rochas existentes no território
de Timor-Leste.
4. Nos últimos anos têm vindo a ser tomadas medidas de preservação dos solos timorenses.
4.1. Refere três medidas que visem a preservação dos solos de Timor-Leste.
4.2. Que papel pode ter a ajuda externa na preservação dos solos de Timor-Leste?
4.3. Explica o papel que os cidadãos timorenses devem ter na preservação dos solos de Timor-Leste.
VII As florestas – características, potencialidades e ameaças
1. Explica a razão pela qual as florestas são consideradas um recurso natural renovável.
2. Indica duas características das florestas tropicais.
3. Menciona dois fatores que possam influenciar a distribuição das florestas tropicais.
4. A floresta timorense caracteriza-se por possuir uma grande diversidade biológica.
4.1. Indica três espécies de plantas observadas na floresta de Timor-Leste.
4.2. A diversidade da floresta timorense encontra-se ameaçada… Indica três ameaças à diversidade biológica
existente na floresta de Timor-Leste.
5. Como cidadãos temos que nos envolver na preservação da floresta timorense.
5.1. Indica duas medidas que podes tomar no sentido de contribuíres para a preservação da floresta.
5.2. Que pensas fazer, a nível da escola, para sensibilizar a comunidade educativa para a preservação da floresta
timorense?
Figura II
Guia do Professor | 103
6. Lê, com atenção, o Documento A.
Documento A
As florestas tropicais constituem os ecossistemas com maior biodiversidade do planeta. A título exemplificativo, na Amazónia, considerada
o “pulmão da Terra”, há maior número de diferentes espécies de aves por km2 do que em todo o continente Norte-americano. Apesar disso,
as florestas tropicais têm sido destruídas a um ritmo equivalente ao da área de um campo de futebol por segundo. Várias são as causas
apontadas para esta desflorestação indiscriminada (…).
As florestas das zonas temperadas, menos ricas em biomassa e em biodiversidade, têm também vindo a desaparecer como resultado das
chuvas ácidas e da substituição das espécies autóctones (originais da região em causa) por outras, como por exemplo os eucaliptos, que
são mais suscetíveis ao fogo, às pragas e às doenças e que não sustentam as espécies animais originais”.
Adaptado de Ambiente: O atual e o planetário
6.1. Justifica a expressão: “(…) Amazónia considerada o “pulmão da Terra” (…)”.
6.2. Indica duas causas responsáveis pela desflorestação.
6.3. Apresenta uma razão que justifique a substituição, nas florestas, de umas espécies vegetais por outras.
6.4. Indica duas possíveis desvantagens da substituição referida na questão anterior.
6.5. Assinala as opções que completam corretamente a frase que se segue.
Podem considerar-se desvantagens da desflorestação:
(A) …o aumento da erosão dos solos.
(B) …a diminuição da temperatura da floresta.
(C) …a perda de biodiversidade.
(D) …a contaminação das águas.
6.6. Relativamente às medidas a serem tomadas para diminuir a desflorestação das florestas tropicais, analisa as
afirmações que se seguem e atribui-lhe o seu valor lógico verdadeiro (V) ou falso (F).
(A) Fazer móveis com madeiras raras, que só existem nesta floresta, uma vez que são mais resistentes e
duradouros.
(B) Fazer queimadas para construir campos agrícolas, já que o solo com as cinzas fica muito mais fértil.
(C) Reutilizar os campos agrícolas, embora de forma intercalada, para que o solo possa recuperar a fertilidade.
(D) Aplicar multas “pesadas” a madeireiros que destruam esta floresta.
6.7. Indica duas medidas que deviam ser tomadas para diminuir a desflorestação das florestas tropicais.
7. O Gráfico 1 faz referência à atual distribuição de bosques em diferentes
pontos do planeta Terra.
7.1. Indica:
7.1.1. o continente onde se abateu maior quantidade de bosques.
7.1.2. o continente onde se explora maior área de bosques.
7.1.3. o continente onde existe mais selva.
7.2. Refere dois destinos dos recursos florestais que são produzidos nos bosques.
7.3. Prevê duas consequências para a crescente desflorestação dos bosques.
7.4. Classifica, justificando, este recurso natural (renovável ou não renovável). Gráfico 1
104 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
7.5. Explica o significado da seguinte frase: “Há milhares de anos, os bosques ocupavam mais de metade da terra
firme. A agricultura e a criação de gado foram os primeiros responsáveis pela desflorestação.”
8. Apresentam-se a seguir alguns termos/conceitos (coluna I) e afirmações (coluna II) relacionados com as
florestas tropicais. Estabelece a correspondência correta entre cada número da coluna I e a respetiva letra da
coluna II.
Coluna I Coluna II
1. Desflorestação
2. Biodiversidade
3. Efeito de estufa
4. Atividades agroflorestais
5. Recurso natural renovável
A. Recurso que se pode regenerar através de processos naturais a uma taxa
equivalente ou maior em que o consumo humano destas fontes é efetuado.
B. Processo de desaparecimento de massas florestais, fundamentalmente
causado pela atividade humana.
C. Totalidade dos genes, espécies e ecossistemas de uma região.
D. Processo que ocorre quando uma parte da radiação solar refletida pela
superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera
(ex.: dióxido de carbono).
E. Plantações de florestas que visam suprir as necessidades do Homem.
9. Analisa, atentamente, a Tabela I que possui dados sobre a desflorestação
em alguns países do mundo.
9.1. Refere os principais indicadores que podes extrair da análise da Tabela I.
9.2. Enuncia possíveis causas que levam à desertificação.
9.3. Indica as consequências que a desflorestação pode provocar
nos solos.
9.4. Dos países indicados na Tabela I, refere em quais a desflorestação
constitui um problema grave. Justifica a tua resposta.
10. Lê, com atenção, a frase que se segue: “A área florestal em Timor-Leste cobre cerca de 1.113.275 ha,
representando 58% do território.”
10.1. Comenta a frase, fazendo referência às consequências da desflorestação no território timorense.
10.2. Enuncia três medidas que possam minimizar o problema da desflorestação timorense.
10.3. Explica de que forma a desflorestação do território timorense pode influenciar o clima mundial.
11. Lê, com atenção, o Documento A e responde às questões que sobre ele são colocadas.
Documento A
Os incêndios florestais são um problema transnacional. Têm origem num país, mas o fumo e a poluição do ar que provocam propagam-se
para outros, afetando a saúde humana e o bem-estar económico.
O incêndio florestal da Indonésia, em 1997, provocou uma névoa de fumo na Malásia, Filipinas e Singapura, para além de ter causado
graves acidentes (devido à fraca visibilidade originada pelo fumo), mortes, problemas respiratórios em muitas pessoas (devido aos índices
elevados de poluição) e prejuízos económicos (muitos turistas cancelaram as suas viagens para aqueles destinos).
Adaptado de Relatório do Desenvolvimento Humano, PNUD, Lisboa, 1998
Árvores abatidas até
2010
Floresta que resta após 2020 (previsão)
Nigéria 58% 0%
Equador 55% 9%
Brasil 24% 42%
Tailândia 92% 0%
Costa do
Marfim90% 0%
Tabela I
Guia do Professor | 105
11.1. Comenta a seguinte afirmação: “Os incêndios florestais são um problema transnacional”.
11.2. Indica duas consequências dos incêndios florestais para o Homem.
11.3. Explica de que modo os incêndios florestais degradam a cobertura vegetal.
11.4. Indica duas medidas que devem ser tomadas no sentido de diminuir a ocorrência dos incêndios florestais.
11.5. Elabora um texto com 4 a 5 linhas que permita relacionar os termos desflorestação e desertificação.
12. Nos últimos anos têm vindo a ser tomadas medidas de preservação da floresta timorense.
12.1. Refere três medidas que contribuam para a proteção da biodiversidade de Timor-Leste.
12.2. Que papel pode ter a ajuda externa na proteção da biodiversidade de Timor-Leste?
12.3. Explicita o papel que os cidadãos timorenses devem ter na proteção da biodiversidade de Timor-Leste.
VIII O mar – características, potencialidades e ameaças
1. Seleciona a opção que permite completar corretamente as frases que se seguem.
1.1. As cadeias alimentares marinhas são, normalmente, constituídas pelos seguintes seres vivos:
(A) …zooplânton, fitoplânton, peixes.
(B) …fitoplânton, peixes, zooplânton.
(C) …peixes, fitoplânton, zooplânton.
(D) …fitoplânton, zooplânton, peixes.
1.2. A morfologia marinha é constituída pela seguinte sequência de zonas:
(A) …plataforma continental, plataforma abissal, talude continental.
(B) …plataforma continental, talude continental, plataforma abissal.
(C) …talude continental, plataforma continental, plataforma abissal.
(D) …plataforma abissal, plataforma continental, talude continental.
2. Lê, com atenção, as afirmações que a seguir se colocam sobre os oceanos e classifica com um V as afirmações
que forem verdadeiras e com um F as que considerares como falsas.
A. O fitoplânton é mais abundante na plataforma abissal.
B. A quantidade de seres vivos nos oceanos tende a diminuir com a profundidade.
C. O movimento das ondas, das marés e das correntes influencia o clima e as características físicas do litoral
dos continentes.
D. As correntes marítimas podem ser classificadas de acordo com a temperatura do local onde se formam
em correntes fracas e em correntes fortes.
E. As correntes marítimas são muito favoráveis à fauna marinha, dado que proporcionam a renovação
constante da água e do plânton.
106 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
3. Relativamente às medidas a serem tomadas para diminuir a poluição dos mares, analisa as afirmações que se
seguem e atribui-lhe o seu valor lógico verdadeiro (V) ou falso (F).
(A) Aumentar a formação das pessoas acerca das medidas de proteção dos mares.
(B) Fazer descargas de resíduos no mar durante a noite.
(C) Implementar medidas que visem a fiscalização das zonas costeiras.
(D) Aumentar a poluição, a desflorestação e a erosão.
4. Lê, com atenção, o Documento A e responde às questões que sobre ele são colocadas.
Documento A
As grandes marés negras provocadas por acidentes de petroleiros são a origem de apenas 12% do total de hidrocarbonetos que chega ao
mar. O resto provém da limpeza rotineira, com água do mar, dos tanques dos petroleiros, da libertação de crude dos poços petrolíferos
durante a atividade normal de extração de petróleo, dos resíduos das refinarias e indústrias, das perdas nas condutas de transporte e do
brotar natural do crude nos jazigos de petróleo. Ainda que não existam dados exatos, estima-se que se vertam nos oceanos 3 a 4 milhões
de toneladas de hidrocarbonetos em cada ano.
Atualmente, a legislação obriga a que os petroleiros tenham os tanques com casco duplo e possuam um sistema de limpeza em circuito
fechado, onde procedam ao despejo dos produtos da lavagem dos tanques nas zonas de carga e descarga do petróleo.
Os efeitos do petróleo são muito conhecidos no caso das marés negras – a mancha de crude impede a entrada de luz e oxigénio na água,
impossibilitando a atividade fotossintética do plânton marinho, que é a base das cadeias alimentares. Assim morrem os animais por falta de
alimento e de oxigénio. O petróleo cobre as penas das aves marinhas, assim como a pele e o pelo dos mamíferos. Esta cobertura gordurosa
destrói a capacidade isolante que protege os animais das baixas temperaturas, provocando-lhes a morte por hipotermia. Por outro lado,
quando os componentes pesados do petróleo se afundam no fundo do mar ou em estuários, podem matar os organismos que ali habitam.
Adaptado de Ciencias de la Tierra y del Medio Ambiente, 2003
Na Figura I apresentam-se as principais zonas de poluição costeira do
planeta Terra.
4.1. Define maré negra.
4.2. Indica duas das principais causas das marés negras.
4.3. Refere duas consequências ambientais resultantes das marés negras.
4.4. Com base na análise da Figura I, indica:
4.4.1. duas regiões a nível mundial onde sejam maiores os níveis de
poluição das zonas costeiras.
4.4.2. a relação que se pode estabelecer entre as rotas principais dos
petroleiros e as áreas costeiras poluídas.
4.5. Refere duas consequências da litoralização da população.
4.6. Explica de que forma a criação de legislação própria sobre os tanques
e o processo de lavagem dos petroleiros pode ser importante para a
diminuição da poluição das zonas costeiras.
Figura I – Principais zonas de poluição costeira.
Canadá Estados
Unidos
América do Sul
África
EuropaRússia
Austrália
China
Áreas costeiras poluídasPrincipais rotas dos petroleiros
Guia do Professor | 107
5. Seleciona a opção que permite completar corretamente as frases que se seguem.
5.1. A base das cadeias alimentares no mar são ocupadas pelo(s):
(A) … zooplâncton. (B) … fitoplâncton. (C) … peixes. (D) … sol.
5.2. A aquicultura é a criação de peixes:
(A) … no mar. (B) … na plataforma continental. (C) … em cativeiro. (D) … nos rios.
6. Lê, com atenção, as afirmações que a seguir se colocam sobre os oceanos e classifica com um V as afirmações
que forem verdadeiras e com um F as que considerares como falsas.
(A) O fitoplâncton é mais abundante na plataforma continental e junto à foz dos rios.
(B) A água dos oceanos difere da água doce pelo facto de possuir menor percentagem de substâncias
dissolvidas.
(C) A temperatura, a salinidade e a profundidade são as principais barreiras para o movimento livre dos
seres vivos marinhos.
(D) A quantidade de seres vivos nos oceanos tende a aumentar com a profundidade.
(E) Os peixes abissais conseguem produzir o seu próprio alimento.
7. Lê, atentamente, as notícias que se seguem.
7.1. Refere:
7.1.1. dois fenómenos naturais provocados por “El Niño”, que tenham ocorrido em diferentes locais do planeta Terra;
7.1.2. dois efeitos que essas catástrofes tiveram sobre as populações;
7.1.3. as consequências negativas para a biodiversidade do planeta Terra;
7.1.4. um exemplo que evidencie o efeito dominó de “El Niño”;
7.1.5. as previsões dos meteorologistas norte-americanos em relação a estes fenómenos climáticos.
7.2. Em que consiste o fenómeno “El Niño”?
7.3. Que consequências pode ter o fenómeno “El Niño” no território timorense?
“El Niño” outra vez
Lembram-se de El Niño? Se já só têm uma ideia ténue, não
se preocupem: ao longo do ano vão voltar a ouvir falar muito
nele. Os meteorologistas norte-americanos anunciaram que o
fenómeno climático está prestes a regressar ao Pacífico, com
o seu previsível efeito-dominó em todo o planeta, provocando
sobreaquecimento nuns locais e arrefecimento noutros. Por
enquanto, é ainda impossível prever as consequências, mas
na lembrança permanece ainda o efeito devastador do El Niño
de 1997/98, o mais bem estudado de sempre e um dos mais
violentos.
Visão n.º 464, Janeiro 2002
O caos de 98
O último El Niño deixou um rasto de destruição no planeta:
- A América Latina sofreu uma das maiores catrástofes naturais de
sempre, com a passagem do furacão Mitch.
- Mais de 230 milhões de pessoas perderam as suas casas na China,
devido a inundações.
- A subida de temperatura nas águas do Índico e do Pacífico provocou
uma vaga de frio da Europa.
- Grandes incêndios florestais na Indonésia, Brasil, América Central
e EUA.
- Mais de 15% dos recifes de coral do mundo foram dizimados
devido ao aumento da temperatura das águas.
108 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
8. Lê, com atenção, o Documento B e responde às questões que sobre ele são colocadas.
Documento B
A baía de Guanabara, no Rio de Janeiro (Brasil), foi afetada pelo derrame de mais de mil litros de petróleo provenientes da petrolífera
brasileira Petrobrás. Este é o pior acidente ecológico dos cinco derrames causados por aquela petrolífera num período de quatro anos.
A causa mais provável do desastre foi a ocorrência de alguma falha na montagem de um trecho do oleoduto onde ocorreu o derrame.
A maré negra ocupava cerca de quarenta quilómetros quadrados, afetando a vegetação semiaquática, peixes, crustáceos, garças e
mergulhões.
Calcula-se que serão necessários pelo menos dez anos para que as áreas mais afetadas recuperem daquele desastre ambiental.
Adaptado de Público, 21 de janeiro de 2000
8.1. Diz o que é uma maré negra.
8.2. Apresenta a causa responsável pela ocorrência da maré negra descrita no Documento B.
8.3. Indica duas consequências ambientais resultantes daquele derrame de petróleo.
9. Nos últimos anos têm vindo a ser tomadas medidas de preservação do mares de Timor.
9.1. Refere duas medidas que visem a preservação do mares de Timor.
9.2. Que papel pode ter a ajuda externa na preservação do mares de Timor?
9.3. Explica o papel que os cidadãos timorenses devem ter na preservação do mares de Timor.
Guia do Professor | 109
5. DOCUMENTOS DE APOIO
DOCUMENTO 1 Como se salva o mar
A nefasta influência do Homem na vida dos oceanos excede as suas atividades diretas, como a pesca ou a indústria. A escalada
das emissões de dióxido de carbono e outros gases com efeito de estufa têm levado ao aumento da temperatura das águas, com
consequências para a sensível base da cadeia alimentar marinha (como o plâncton). Outro efeito, talvez ainda mais grave, é a
acidificação do mar, causada pela absorção de quantidades crescentes de dióxido de carbono. Estes dois fatores estão na origem da
contínua destruição de recifes de coral. E são um problema que, ao contrário das pescas, não se resolve por decreto…
Publicado na edição especial Visão Verde de 27 de novembro de 2008
DOCUMENTO 2 Temperaturas médias e amplitudes térmicas
Dá-se o nome de temperatura média diurna à média aritmética dos valores registados
às diversas horas do dia. A Tabela I mostra um conjunto das leituras feitas num
observatório meteorológico.
Dividindo a soma das temperaturas de todas as leituras (112°C) pelo número de
leituras (8), obtém-se a temperatura média diurna, que é de 14°C.
Do mesmo modo se calculam a temperatura média mensal (dividindo a soma das
temperaturas médias diurnas pelo número de dias do mês) e a temperatura média
anual (dividindo a soma das temperaturas médias mensais por 12), Tabela II.
Dividindo a soma das temperaturas médias mensais (302,6°C) por 12 meses, obtém-
se a temperatura média anual de 25,5°C. Neste caso a temperatura média mensal
varia pouco, ao longo do ano, sendo que a amplitude térmica anual (diferença entre
a temperatura média do mês mais quente e a temperatura média do mês mais frio)
é apenas de 2,6°C (26,3°C - 23,7°C). Noutras regiões da Terra essa variação é mais
acentuada, como pode ser observado nas Tabelas III, IV e V.
Tabela I – Temperatura registada às diferentes horas do dia
Horas T (oC)
0 13
3 12
6 9
9 13
12 17
15 18
18 16
21 14
Tabela II – Temperaturas médias mensais em Recife
(Brasil)
Mês T Média (oC)
Janeiro 26,1
Fevereiro 26,3
Março 26,2
Abril 25,8
Maio 25,2
Junho 24,4
Julho 23,8
Agosto 23,7
Setembro 24,3
Outubro 25,1
Novembro 25,7
Dezembro 26,0
Tabela III – Temperaturas médias mensais em Atenas
(Grécia)
Mês T Média (oC)
Janeiro 9,3
Fevereiro 9,9
Março 11,3
Abril 15,3
Maio 20,0
Junho 24,6
Julho 27,6
Agosto 27,4
Setembro 23,5
Outubro 19,0
Novembro 14,7
Dezembro 11,0
Tabela IV – Temperaturas médias mensais em Kazan
(Rússia)
Mês T Média (oC)
Janeiro -13,1
Fevereiro -13,2
Março -7,2
Abril 3,8
Maio 12,0
Junho 17,6
Julho 19,4
Agosto 17,7
Setembro 11,1
Outubro 3,5
Novembro -4,6
Dezembro -10,3
Tabela V – Temperaturas médias mensais em Alasca
(EUA)
Mês T Média (oC)
Janeiro -15,3
Fevereiro -14,7
Março -13,4
Abril -6,0
Maio 1,7
Junho 7,7
Julho 9,7
Agosto 9,4
Setembro 5,5
Outubro -4,6
Novembro -8,6
Dezembro -14,3
A temperatura média anual em Atenas é de 17,8°C e a amplitude térmica anual é de 18,3°C
A temperatura média anual em Kazan é de 3,1°C e a amplitude térmica anual é de 32,6°C (19,4°C-(-13,2°C)).
A temperatura média anual no Alasca é de - 3,3°C e a amplitude térmica anual é de 25°C.As Autoras, 2011
110 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
DOCUMENTO 4 Timor-Leste e as alterações climáticas
A água é um recurso crítico em Timor-Leste. A escassez de água, na estação seca, é o fator mais importante que condiciona a
produção agrícola.
As alterações climáticas poderiam resultar num aumento da quantidade da precipitação durante todo o ano, mas o que parece
verificar-se é uma tendência para a estação seca se prolongar, ocorrendo as chuvas de forma mais ou menos intensa. O fenómeno El
Niño pode gerar menos precipitação e um atraso na estação húmida, o que pode ter implicações nas secas e nas inundações (mais
frequentes no Sul do país), e, na qualidade da água.
Timor-Leste encontra-se vulnerável à seca, mas as inundações e os deslizamentos de terra são frequentes, o que é agravado tanto
pelo relevo como pela desflorestação, que tem conduzido à erosão dos solos. A limpeza dos terrenos promove o aumento das
enxurradas, que por sua vez aumentam a erosão do solo e o risco de inundações e de assoreamento a jusante, com redução da
qualidade da água. As mudanças nos padrões de precipitação, devido às alterações climáticas, têm conduzido à ocorrência de
chuvas mais intensas que aumentam a taxa de erosão do solo e diminuem a qualidade da água.
A agricultura é o setor de atividade mais importante no território timorense. A vulnerabilidade dos sistemas agrícolas, bem como
a sua capacidade de adaptação são uma prioridade, tendo em consideração que a agricultura é a atividade mais sensível ao clima.
As alterações climáticas podem ocasionar mudanças no teor de humidade do ar, em áreas de baixa altitude, o que compromete
também a agricultura.
A insegurança alimentar, devida à forte dependência da produção agrícola em relação ao clima, pode aumentar, uma vez que as
populações se dedicam ao setor primário, por falta de oportunidade de emprego e de rendimentos noutras atividades.
Um efeito secundário das alterações climáticas pode vir a verificar-se na saúde humana com o aumento das doenças resultantes da
desnutrição e da subnutrição, ligadas a problemas associados à produção agrícola.
A subida da temperatura associada à mudança no regime das precipitações podem contribuir para um aumento da concentração
de mosquitos que propagam doenças como a malária e o dengue.
As alterações climáticas são suscetíveis de fazer subir o nível médio das águas do mar, entre 9 e 88 cm, no ano 2100. A rápida subida
do mar pode ter efeitos adversos em infraestruturas, edifícios, estradas e atividades agrícolas nas regiões do litoral. A intrusão de
DOCUMENTO 3 Radiação solar e fluxos turísticos
Rodeado por mar, o território timorense, apresenta condições favoráveis ao desenvolvimento do turismo balnear. As praias
estendem-se pelas costas Norte e Sul: são recantos escondidos de areia dourada ou quilómetros de areia preta, com água cristalina,
enquadrada por vegetação e recifes de coral luxuriantes.
Díli e Kom oferecem um conjunto de atividades e infraestruturas de apoio, enquanto a restante costa do país apresenta uma série
de praias pouco frequentadas, à espera de serem descobertas. Mas, o verdadeiro paraíso encontra-se a Leste, na ilha deserta
de Jaco e na praia de areia branca de Tutuala. Para os praticantes de snorkelling e de mergulho recreativo, reservam-se outros
segredos, na costa do enclave de Oecussi, na Ilha de Ataúro e nos arredores de Díli, em direção a Baucau.
Para os mergulhadores, o cenário montanhoso à superfície do país repete-se, também, debaixo de água: falésias vertiginosas
encontram-se com a praia que em poucos metros mergulha num coral espetacular que cai numa planície marinha, percorrida
por cardumes de peixes coloridos. A variedade do habitat leva a que haja uma grande diversidade de lugares de mergulho para
entusiastas da biologia marinha e fotógrafos, num dos recifes de coral mais saudável do mundo.
O setor turístico, com especial relevo para o balnear, que alia a radiação solar à qualidade das praias, pode vir a ser explorado de
forma sustentável, permitindo a criação de emprego e contribuindo para reduzir a taxa de desemprego local. Além disso, o turismo
balnear pode ter um efeito multiplicador, pois contribui para o comércio local, o artesanato, a restauração, a indústria hoteleira, a
agricultura, e, gera empregos muito diversificados. Deve, por isso ser incrementado no futuro no território timorense, explorando
todas as potencialidades que contribuam para o desenvolvimento sustentável de Timor-Leste.
As Autoras, 2011
Guia do Professor | 111
água salgada nos aquíferos de água doce é outra consequência desta situação. Mas, a subida do nível médio das águas do mar
associada ao aumento dos períodos chuvosos pode causar inundações na foz dos cursos de água.
As Autoras, 2011
DOCUMENTO 5 Couraças lateríticas
Uma característica importante dos solos ferralíticos e ferruginosos é a frequente formação de uma couraça laterítica dura avermelhada,
e mais ou menos espessa, resultante da acumulação e endurecimento dos óxidos de ferro e de alumínio. Estas couraças lateríticas,
assim designadas por apresentarem a cor de tijolo (latter = tijolo), podem originar-se por dois processos principais:
• Por migrações ascendentes
Na estação seca, as altas temperaturas e a forte evaporação provocam a ascensão da água, por capilaridade, que arrasta consigo
os componentes metálicos, nomeadamente hidróxidos de ferro e de alumínio, que, assim, são transportados do horizonte B para
o horizonte A, onde precipitam e se acumulam (lateritização). Expostos então à forte insolação, em especial se a cobertura vegetal
for destruída, desidratam-se e, se a estação seca flor muito severa, endurecem e formam uma crosta, onde as raízes dificilmente
podem penetrar.
• Por erosão dos horizontes superiores
Na estação húmida, devido ao fenómeno da lixiviação, os referidos componentes metálicos são arrastados do horizonte A para o
horizonte B, onde precipitam e se acumulam. Porém, se a cobertura vegetal for desbastada, a erosão pode destruir e remover o
horizonte A, ficando, deste modo, o horizonte B exposto à forte insolação. Claro que o resultado poderá ser o da sua desidratação
e endurecimento, o que é ainda reforçado, na estação seca, pela intensa evaporação que provoca a ascensão dos componentes
metálicos dos horizontes inferiores. Quando estas couraças se tornam fortemente consolidadas e muito endurecidas, os solos
tornam-se completamente estéreis e irreversíveis.
As Autoras, 2011
DOCUMENTO 6 Declínio de fitoplâncton pode comprometer cadeia alimentar
Aquecimento global altera ecossistemas marinhos
Um estudo, publicado na Nature, alerta que o decréscimo de fitoplâncton pode comprometer a cadeia alimentar nos oceanos,
inclusive o consumo humano de peixe. Os organismos microscópicos, que são a base da vida animal marinha, de camarões a baleias,
estão a desaparecer em todo o mundo à taxa de um por cento ao ano. Desde 1950, a massa de fitoplâncton desceu 40 por cento,
provavelmente por causa do impacto do aquecimento global, ressaltaram os investigadores. “O fitoplâncton é o combustível que move
os ecossistemas marinhos”, disse o autor do estudo, Daniel Boyce, professor da Universidade Dalhousie, no Canadá. O ritmo deste
declínio, maior nas regiões polares e tropicais coincidiu com o ritmo com que se aquecem as temperaturas da superfície dos oceanos,
como resultado das mudanças climáticas. Como todas as plantas, o fitoplâncton precisa de luz do sol e nutrientes para crescer. No
entanto, os oceanos mais quentes ficam mais estratificados, criando uma zona morta na superfície. “O fitoplâncton é uma parte
crítica do sistema de suporte do planeta: Produz metade do oxigénio que respiramos, reduz o dióxido de carbono na superfície e
sustenta toda a indústria pesqueira”, explicou Boris Worm, coautor do estudo.
Mundo mais quente
A investigação “não faz um bom prognóstico de ecossistemas pelágicos ou ecossistemas de mar aberto num mundo que,
provavelmente, ficará mais quente”, ressaltaram, noutro artigo David Siegel, cientista da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara,
e Bryan Franz, biólogo marinho do Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA. Noutro estudo, também publicado este mês na Nature,
uma equipa de cientistas chefiada por Derek Tittensor, também de Dalhousie, descobriu a relação entre as temperaturas marinhas
e a concentração de biodiversidade dos oceanos. Em mais de onze mil espécies, de zooplâncton a baleias, o único fator ambiental
vinculado a todas as espécies é a temperatura. “Este vínculo sugere que o aquecimento dos mares, como o provocado pela mudança
climática, pode alterar a distribuição de vida marinha”, disse Tittensor através de comunicado.
In Ciência Hoje, 2010-07-29
112 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
DOCUMENTO 7 Os fenómenos de “El Niño” e de “La Niña”
“El Niño” e “La Niña” constituem uma parte integrante de um sistema de ventos e de correntes marítimas chamado Oscilação
Meridional de “El Niño”, que se produz no Pacífico equatorial, com intervalos que oscilam entre dois e oito anos. “El Niño” consiste num
aquecimento anómalo das águas do oceano Pacífico em latitudes equatoriais, devido a uma variação irregular dos ventos nessa zona.
Em condições normais, a pressão atmosférica é alta próximo da costa da América do Sul e baixa no extremo ocidental do Pacífico.
Por tanto, os ventos alísios sopram de Este para Oeste, empurrando as águas superficiais aquecidas pelo sol para a parte ocidental do
oceano (Austrália e Indonésia). Isto faz com que na costa da América do Sul haja o afloramento de água fria, de modo que o gradiente
térmico se aproxima muito do da superfície. Além disso, nesta região, a corrente de Humboldt, ou do Perú, transporta água oceânica
fria desde os arredores da gélida Terra do Fogo, no Sul, até às proximidades do equador. Esta situação é conhecida por “El Niña”.
Na situação do “El Niño”, uma mudança nas pressões atmosféricas faz com que os ventos alísios se enfraqueçam ou invertam a
sua direção, soprando de Oeste para Este. Isto provoca uma mudança das correntes oceânicas, pois ao não se deslocarem as águas
superficiais quentes até Oeste, deixam de aflorar águas frias profundas e o gradiente térmico desce a maior profundidade no Pacífico
oriental. Além disso, a corrente de Humboldt já não circula até Norte porque não vai ocupar o espaço relativo que antes deixavam as
correntes superficiais em direção a Oeste.
“El Niño” é um fenómeno natural que normalmente tem efeitos positivos. Ocorre todos os anos com diferente intensidade e duração,
ainda que em cada dez ou vinte anos se produz um “El Niño” de intensidade mais elevada. Os últimos períodos com um “El Niño” mais
forte foram os anos de 1891, 1925/26, 1982/83 e 1997/98.
Na costa sul-americana, a elevação da temperatura no oceano altera todo o ecossistema marinho, já que o plâncton morre e reduz-
se de forma drástica as populações de peixes, com a consequente ruína da indústria piscatória. Ao mesmo tempo, as pressões
atmosféricas baixas produzem prolongadas e intensas chuvas no continente, que provocam inundações devastadoras. Contudo, no
outro extremo do Pacífico, a seca e os incêndios arrasam a Oceânia.
No entanto, não afeta apenas os países banhados pelo Pacífico equatorial. Relacionaram-se com o “El Niño” condições meteorológicas
anómalas em muitas regiões do mundo, como as secas severas na Califórnia e os padrões anómalos de chuvas na Europa.
Adaptado de Ciencias de la Tierra y del Medio Ambiente, 2003
Guia do Professor | 113
DOCUMENTO 8 Aumento em temperaturas causa morte de corais na Indonésia
Um aumento dramático nas temperaturas do oceano próximo da província de Aceh, na Indonésia, causou a morte de grandes áreas
de corais. Cientistas temem que as consequências possam ser muito maiores do que o imaginado inicialmente e uma dos piores na
história da região.
O branqueamento dos corais - devido à remoção das algas de dentro de seus tecidos devido às altas temperaturas - foi registado pela
primeira vez em maio depois de um aumento repentino nas temperaturas no mar Andaman, entre a ponta norte da ilha de Sumatra
até a Tailândia e Mianmar.
Uma equipa internacional de cientistas ao estudar o processo de branqueamento dos corais descobriu que 80 por cento de algumas
espécies havia morrido desde a primeira avaliação efetuada em maio.
Espera-se que mais colónias de corais morram nos próximos meses, o que poderia ser um desastre para as comunidades locais que
dependem dos recifes para alimento e dinheiro proveniente do turismo.
“A minha previsão é de que o que estamos a observar em Aceh índices de mortalidade semelhantes aos que ocorrem em todo o mar
Andaman”, disse Andrew Baird da University Cook em Townsville, no estado australiano de Queensland. Caso isto aconteça, seria o
pior branqueamento de corais já registado na região.
O processo também se insere no padrão de condições climáticas extremas que se têm verificado, desde ondas de calor a inundações,
que atingiram diversas regiões do mundo neste ano. Entre abril e final de maio, as temperaturas na superfície do mar Andaman
aumentaram para 34 graus Celsius, 4 graus acima da média histórica, segundo o site Coral Hotspots da Administração Nacional de
Oceanos e Atmosfera dos EUA.
Adaptado de Plantão, Reuters/Brasil Online, 17-08-2010
DOCUMENTO 9 Cientistas criam banco de coral congelado para preservar recifes do Havai
Investigadores norte-americanos criaram um banco de células de corais congeladas, na esperança de evitar a extinção e de preservar
a diversidade dos corais do Havai, foi revelado esta semana.
O Instituto de Biologia Marinha da Universidade do Havai, em Manoa, e os serviços zoológicos do Smithsonian Institution, de
Washington, instalaram um laboratório na ilha havaiana de Coconut, onde as primeiras células do coral Fungia scutaria e do Montipora
capitata foram congeladas. Mas isto é só o princípio. Os investigadores esperam conseguir fazer o mesmo para outras espécies.
“As células de coral congeladas são viáveis. Poderemos, em teoria, descongelar o material dentro de 50 ou mil anos e assim recrear
uma espécie ou desenvolver uma população” de corais, explicou, em comunicado, Mary Hagedorn, investigadora no Instituto de
Conservação Biológica do Smithsonian Institution.
“Na verdade, já descongelámos amostras de esperma de coral com o objetivo de utilizá-las para fertilizar ovos de corais e produzir
larvas de coral”, explicou. Os corais são classificados como animais.
Os recifes de coral são ecossistemas vivos e dinâmicos que atuam como local de criação de peixes e invertebrados, fornecem proteções
naturais às zonas costeiras e podem conter substâncias com capacidades medicinais.
No entanto, “os recifes de coral estão a sofrer níveis de degradação sem precedentes, devido ao impacto dos humanos”, escrevem os
investigadores. “As emissões de gases com efeito de estufa estão a aquecer os oceanos, tornando-os mais ácidos e causando “stress”
aos corais e o efeito de branqueamento”, acrescentam.
Os recifes do Havai estão a ser afetados pela poluição e por práticas pesqueiras muito intensivas, como a utilização de dinamite e pesca
de arrasto. “A menos que se atue agora, os recifes de coral e muitos dos animais que deles dependem podem desaparecer dentro de
40 anos, causando a primeira extinção global de um ecossistema no planeta”, alertam.
“Este trabalho salienta a importância da ciência para desenvolver soluções criativas para enfrentar problemas de conservação”,
comentou Steve Monfort, diretor do Smithsonian Conservation Biology Institute.
In Público, 18-08-2010
114 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
DOCUMENTO 10 Maré negra no Golfo do México
É o maior derrame petrolífero que a história mundial já conheceu. Foram derramados no mar 780 milhões de litros de petróleo e hoje
a BP inicia uma nova operação para parar de vez a libertação de crude.
A explosão de uma das plataformas da BP no Golfo do México a 20 de abril deste ano, tornou-se, segundo a comunidade científica norte-
americana, a maior catástrofe ambiental não provocada de todos os tempos.
A catástrofe fez verter no mar quase cinco milhões de barris de petróleo, o equivalente a 780 milhões de litros de petróleo.
Em 1979, o mundo também tinha conhecido uma grande catástrofe ambiental, com um derrame de petróleo na Baía de Campeche no
México. Nessa altura, o acidente na plataforma petrolífera de Ixtoc derramou no mar cerca de 3,3 milhões de barris de petróleo.
Expresso 3/08/2010
DOCUMENTO 11 Turismo vai perder 22,7 mil milhões devido à maré negra
A maré negra no golfo do México poderá fazer com que os cinco Estados norte-americanos costeiros do Golfo possam perder 22,7 mil
milhões de dólares em receitas turísticas nos próximos três anos, indicou um estudo publicado Quinta-feira.
Este relatório, realizado pelo gabinete da consultora Oxford Economics, encomendado pela Associação norte-americana do turismo (US
Travel Association), prevê uma queda acentuada do turismo nos cinco Estados costeiros do golfo - Alabama, Florida, Louisiana, Mississipi
e Texas - que poderá durar anos e ter um grande impacto.
“O turismo é um dos motores económicos mais importantes da região do golfo. Os turistas gastaram mais de 34 mil milhões de dólares
em 2008”, apoiando 400.000 empregos, precisou o documento.
Mas, desde o naufrágio da plataforma Deepwater Horizon da BP e do derrame, durante três meses, de milhões de litros de petróleo no
golfo do México, “os turistas viraram as costas em grande número à região”, afirmou o estudo.
Embora um dispositivo tenha permitido provisoriamente tapar a fuga de petróleo, o número de visitantes na região não está perto de
regressar ao nível atingido antes da crise.
“Um estudo de catástrofes que afetaram destinos turísticos revela que o seu impacto perdura durante muito tempo, porque são um
golpe para as imagens de marca (da região) e porque persiste uma má perceção entre os viajantes”, assinalou o documento.
Para tentar determinar quando é que os turistas vão regressar em número semelhante ao de antes e gastar o mesmo dinheiro, o estudo
examinou várias catástrofes anteriores, como ciclones, marés negras ou crises sanitárias.
Em Nova Orleães, mais de três de anos foram necessários para que as receitas turísticas voltassem o nível anterior à passagem do
furacão Katrina, em 2005.
“O impacto potencial da atual maré negra é muito mais vasto, tendo em conta a sua extensão e a sua proximidade com ricas zonas de
pesca e destinos turísticos populares, que contribuem para fazer desta catástrofe um acontecimento único”, sublinhou o estudo.
Lusa, 23 julho de 2010, DN Economia
Guia do Professor | 115
6. RECURSOS WEB E BIBLIOGRAFIA DE APOIO
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http://www.janusonline.pt/2002/2002_2_18.html
http://www.slideshare.net/TELISA2006/apresentao-final-do-giologia-do-timor123
http://www.timor-leste.gov.tl
http://www.unescap.org/esd/water/publications/mineral/amrs/vol17/Chapter%20III(new).pdf
- Durand, F. (2010). Timor-Leste – País no Cruzamento da Ásia e do Pacífico. Um Atlas Histórico-Geográfico. LIDEL – Edições Técnicas, Lda.
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Recursos energéticos – características, potencialidades e ameaças
http://www.terravista.pt/fernoronha/1559/timor.htm
http://aeiou.expresso.pt/timor-leste-parlamento-esta-com-o-governo-na-defesa-do-gasoduto-manuel-tilman=f582339
http://timorlorosaenacao.blogspot.com/2010/05/nao-ha-dialogo-sem-gasoduto-para-timor.html
http://pt.globalvoicesonline.org/2010/03/16/timor-leste-o-petroleo-e-a-sobrevivencia-nacional/
- Durand, F. (2010). Timor-Leste – País no Cruzamento da Ásia e do Pacífico. Um Atlas Histórico-Geográfico. LIDEL – Edições Técnicas, Lda.
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O sol – características e potencialidades
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turismotimorleste.com; http://estacaodoconhecimento.com.br; http://climatelab.org; http://netxplica2006.no.sapo.pt; http://www.
knoow.net; http://www.google.pt; http://web.ist.utl.pt; http://1.bp.blogspot.com; http://www.prof2000.pt
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Geral de Análise e Pesquisa.
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A precipitação – génese e distribuição
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http://interessespessoais.com; http://biotransition.files.wordpress.com; http://1.bp.blogspot.com
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- Barnett, J.; Dessai, S. & Jones, R. (2003). Climate Change In Timor Leste: Science, Impacts, Policy and Planning. Briefing to Government, civil
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116 | Unidade Temática 3 - Os recursos de Timor-Leste
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- Strahler, A. N. (1981). Geografia Física. Ediciones Ómega S. A. Barcelona.
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A água – exploração e contaminação das águas superficiais e subterrâneas
http://biotransition.files.wordpress.com; http://1.bp.blogspot.com; http://www.google.pt
http://www.biocleandobrasil.com; http://www.piscinisul.com; http://fotos.sapo.pt
http://www.worldmarine.es; http://www.sg.min-edu.pt; http://www.prof2000.pt
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O solo – características, potencialidades e ameaças
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http://timor-agricola.blogspot.com/2006/05/agricultura-em-timor-leste.html;
http://images.google.com; http://www.google.pt; http://4.bp.blogspot.com;
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- Gonçalves, M. M. (1993). Problemática do desenvolvimento agrícola: erosão do solo. Published by: Unpublished: presented at the
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As florestas – características, potencialidades e ameaças
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Guia do Professor | 117
http://blogroxo.files.wordpress.com; http://images04.olx.com.br
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www.gov.east-timor.org; www.naturlink.pt; http://blogalize.net/wp-content/uploads/2009/11/cadeia-alimentar2.jpg; www1.ci.uc.pt/
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118 | Geografia, 10.o ano de escolaridade
SOLUÇÕES DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES (MANUAL DO ALUNO)
UNIDADE TEMÁTICA 1: TIMOR-LESTE, NA ÁSIA E NO MUNDO
1.
1.1. Timor-Leste localiza-se no Sudeste Asiático e encontra-se integrado na ilha de Timor. Esta ilha pertence ao Arquipélago da Insulíndia
ou Malaio.
1.2. A resposta do aluno deve fazer referência à localização de Timor-Leste, próxima da Austrália, das Filipinas e da Indonésia, que pode
permitir um fácil escoamento de produtos de Timor-Leste e facilitar o aumento do turismo com turistas da região.
1.3. Subdistritos.
1.4. A resposta do aluno deve corresponder ao subdistrito onde a escola que frequenta se encontra localizada.
1.5. Distritos e sucos.
2.
2.1. A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) é uma organização não governamental que foi criada em 1996 e dela fazem parte
oito países: Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor-Leste.
2.2. A integração de Timor-Leste na CPLP facilita a cooperação e a concertação político-diplomática com os seus membros e permite o
incremento da cooperação ao nível da educação, da ciência e tecnologia, da defesa, da agricultura e da administração pública.
2.3. A CPLP procura potenciar as interações entre os seus membros em diferentes domínios: político, cultural e económico. Para tal, definiu
um conjunto de medidas que ajudam a concretizar ações de intervenção nos referidos domínios entre os Estados membros.
3.
3.1. Na ilha de Timor, Timor-Leste fica situado a nordeste da Indonésia.
3.2. Localização absoluta de Pante Makasar – 9° latitude Sul e 124°20’ longitude leste
Localização absoluta de Manatuto – 8°30’ latitude Sul e 126° longitude leste
3.3. Escala gráfica dada: 1 cm – 100 km
Distância no mapa entre Díli e Suai: 0,9 cm
Distância aproximada (em linha reta) entre Dili e Suai
1cm _____ 100 km
0,9 cm ____ x
x= 0,9 x 100 = 90 km
3.4. Escala gráfica dada: 1 cm – 100 km
Escala numérica: 1: 100 000 00
3.5. As escalas nos mapas geográficos permitem ter uma ideia da redução que é feita da região em estudo.
UNIDADE TEMÁTICA 2: AS PAISAGENS DE TIMOR-LESTE
- Principais características das paisagens mundiais e de Timor-Leste
1. Uma paisagem natural é uma paisagem que não apresenta sinais da presença humana, como por exemplo as altas montanhas de Timor-
Leste. Uma paisagem humanizada sofreu alterações mais ou menos profundas provocadas pelo Homem, como é o caso de todas as cidades
e campos agrícolas de Timor-Leste.
2. (A) AI (B) AE (C) AI (D) AE (E) AE
3. As montanhas são relevos elevados e muito volumosos, geralmente de vertentes com forte declive, que originam vales estreitos e
profundos. Exemplo: Montanhas de Timor-Leste, Himalaias. As planícies são superfícies mais ou menos extensas, de baixa altitude e mais
ou menos planas. Exemplo: Planícies de arrozais que se encontram entre Díli e Baucau.
Guia do Professor | 119
4.
4.1. Fotografia A, porque foi modificada pelo Homem e nela foram feitas construções.
4.2. Evitar fazer construções humanas naquela região e procurar preservar a paisagem de forma mais natural possível.
4.3. Porque é um excelente miradouro, que atrai muitas pessoas àquela região.
5. As paisagens naturais podem contribuir para o desenvolvimento de Timor-Leste, na medida em que podem atrair a vinda de muitos
turistas que procuram apreciar a sua beleza e realizar diversas atividades (ex.: passeios, desportos, etc.). Podem, também, ser utilizadas
para a agricultura e a pastorícia, promovendo um maior desenvolvimento de Timor-Leste.
- Processos internos de modelação das paisagens
1.
1.1. - Núcleo externo: (F) - Crosta continental: (B) - Manto: (H) - Litosfera: (C)
1.2.
1.2.1. Litosfera 1.2.2. Crosta continental 1.2.3. Núcleo interno 1.2.4. Astenosfera
2. A. F B. F C. V D. V E. F F. F
3. As rochas plutónicas resultam do arrefecimento do magma em profundidade e as rochas vulcânicas resultam do arrefecimento do
magma à superfície.
4. As rochas plutónicas, apesar de resultarem do arrefecimento do magma em profundidade, ao longo de milhões de anos as rochas que
estão por cima delas vão sendo desgastadas, o que leva a que possam ficar à superfície da crosta terrestre.
5. O metamorfismo regional está associado à formação de uma grande extensão de rochas metamórficas. Ocorre, sobretudo, nas partes
profundas das cadeias montanhosas. O metamorfismo de contacto está associado à atividade magmática, ocorrendo junto ao contacto de
uma intrusão. O calor libertado pela intrusão afeta as rochas encaixantes junto aos bordos, formando uma auréola metamórfica.
6. Podem ser referidos: tempo, pressão, temperatura, presença de fluidos.
7. O Japão localiza-se numa zona de contacto entre duas placas tectónicas, pelo que há com muita frequência libertação de energia sob a
forma de sismos.
- Processos externos de modelação das paisagens
1. Podem ser referidos: variações de temperatura, água da chuva, rios, glaciares, ventos, mares e seres vivos.
2. A erosão pode ter um papel de desgaste, de transporte e de acumulação de sedimentos nas paisagens.
3. A termoclastia é a ação das variações de temperatura que levam à fragmentação das rochas e a crioclastia é a ação do gelo que leva à
fragmentação das rochas.
4. (C) …das águas selvagens.
5. Torrente é a concentração das águas em depressões, que têm um grande poder destruidor.
6. A intensidade da erosão provocada por um rio depende dos seguintes fatores: declive do leito, caudal, regime e natureza das rochas.
7. 1 – B 2 – C 3 – A
8. Planície aluvial é uma planície onde predomina a ação de acumulação. Planície de erosão forma-se quando há o recuo das vertentes dos
vales que pode conduzir ao desaparecimento de áreas elevadas, restando apenas uma leve ondulação.
9. Os meandros formam-se nas planícies aluviais ou de sedimentação, onde o rio descreve curvas mais ou menos acentuadas.
120 | Geografia, 10.o ano de escolaridade
UNIDADE TEMÁTICA 3: OS RECURSOS DE TIMOR-LESTE – CARACTERÍSTICAS, POTENCIALIDADES E AMEAÇAS
Subtema 1 – Os recursos naturais
Recursos não renováveis
*Recursos minerais – características, potencialidades e ameaças
1. Os recursos minerais são as rochas e os minerais que têm utilidade para o Homem, quer pelas suas características (ex.: propriedades
físico-químicas, aspeto, etc.), quer pelo facto de possuírem algum elemento necessário para a atividade humana.
2. Existem os recursos minerais metálicos e os recursos minerais não metálicos.
3. (B) … o material do jazigo mineral que se explora e é aproveitável.
4. (B), (A) e (C)
5. (A) Ganga ou estéril (B) Escombreiras
6.
6.1. Exploração a céu aberto.
6.2. Um jazigo mineral é quando alguns recursos minerais se encontram concentrados em determinados locais com um teor várias vezes
superior ao seu clarke.
6.3. Explorações mineiras subterrâneas e perfurações.
6.4. Podem ser referidos os seguintes: ruídos, poeiras, descaracterização da paisagem, poluição das águas subterrâneas.
6.5. Reflorestar a região, fazer o enchimento do local com materiais que já não têm utilidade para o Homem (inertes).
*Recursos energéticos – características, potencialidades e ameaças
1. Os recursos energéticos renováveis, são recursos que o Homem consome a uma velocidade igual ou inferior em relação àquela que
a Natureza é capaz de produzir (ex.: energia hídrica, energia solar, energia eólica, energia geotérmica) e os recursos energéticos não
renováveis, são recursos consumidos pelo Homem a uma velocidade superior àquela que a Natureza é capaz de produzir (ex.: petróleo,
carvão, gás natural).
2. (D) …o carvão, o petróleo e o gás natural.
3. A: 3, 5 B: 2, 6 C: 1, 4
Recursos renováveis
*O sol – características e potencialidades
1. (C) …radiações solares visíveis e invisíveis ao olho humano.
2. (D) …mais quente e a temperatura mais fria verificada num dia.
3. A - 2 B - 3 C - 1 D - 5 E - 4
4. Azoto e oxigénio.
5. Em Timor-Leste as zonas montanhosas encontram-se a elevada altitude, pelo que devido à redução da absorção da radiação solar e da
radiação terrestre, pelo ar atmosférico, a temperatura diminui consideravelmente. Por outro lado, como a radiação terrestre se faz de baixo
para cima, quanto maior for a altitude menor o efeito do calor libertado pela Terra.
Guia do Professor | 121
*A precipitação – génese e distribuição
1.
1.1. A área montanhosa central regista elevados valores de precipitação (superiores a 2000 mm).
1.2. A região situada a Norte da cordilheira central é mais acidentada e menos chuvosa (de 500 a 1000 mm), com uma estação seca que
dura cerca de cinco meses, concentrando-se a época de chuvas entre outubro e maio. A zona menos acidentada do Sul, com planícies de
grande extensão expostas aos ventos australianos, é bastante mais chuvosa do que o Norte da ilha, tem um período seco de apenas três
meses ocorrendo a precipitação em duas épocas: entre dezembro e final de março e entre maio e final de julho ou meados de agosto.
1.3. O conhecimento dos regimes de precipitação de Timor-Leste pode ser útil para compreender o clima do território e definir as épocas
do ano em que se pode cultivar os campos e promover a pastorícia.
1.4. Conhecendo os regimes de precipitação pode-se aumentar o cultivo dos campos nas épocas do ano em que os regimes de precipitação
são mais favoráveis, pode-se fazer campanhas que promovam o aumento do turismo em épocas do ano em que há menos precipitação.
*A água – exploração e contaminação das águas superficiais e subterrâneas
1. A – F B – V C – F D – F E – V
2.
2.1. O acesso a água potável.
2.2. Água que se encontra em condições próprias para o consumo humano e animal, sem riscos de adquirirem doenças.
2.3. Esgotos domésticos e industriais.
2.3.1. No Documento A refere: “Por dia, em Nova Deli, são despejados cerca de 220 milhões de litros de água poluída com resíduos
industriais para o Rio Yamuna. A industrialização contribui desta forma para a contaminação acentuada das águas das cidades”.
*O solo – características, potencialidades e ameaças
1. A – 3 B – 4 C – 1 D – 2 E – 5
2. Podem ser referidas as seguintes medidas: combate à erosão, com plantação e cultivo de espécies adaptadas às condições morfológicas
e edafo-climáticas de cada região, agricultura que utilize técnicas adequadas, como por exemplo a construção de socalcos, que contribuam
para que o solo não seja arrastado, regulamentação das queimadas, rotação de culturas, sensibilização das populações para o uso de
técnicas agrícolas menos agressivas e sustentadas na agricultura biológica, entre outras.
*As florestas – características, potencialidades e ameaças
1. (A) – V (B) – V (C) – F (D) – V (E) – F
2. (C) … a sobre-exploração das matérias-primas oriundas da floresta.
3.
3.1. É vasta a área florestal de Timor-Leste, sobretudo porque uma grande parte está associada às zonas montanhosas, o que faz com que
os solos estejam mais protegidos da ação dos agentes erosivos. No entanto, se a desflorestação no território timorense for efetuada de
forma descontrolada, pode colocar-se em risco uma grande área do território, com o acelerar da erosão dos solos nas zonas onde houve
a desflorestação.
3.2. As medidas que podem minimizar o problema da desflorestação timorense, passam por um aumento da formação dos timorenses,
pela diminuição das queimadas nas encostas na estação seca e pelo controlo do corte ilegal de árvores.
3.3. A desflorestação do território timorense, se for acompanhada por um aumento da desfloresta a nível mundial, pode contribuir para
um aumento do nível de dióxido de carbono na atmosfera e, como tal, levar a um aumento do efeito estufa no planeta e a um consequente
aumento de temperatura na Terra.
122 | Geografia, 10.o ano de escolaridade
*O mar – características, potencialidades e ameaças
1. 1 – B,C 2 – A, D, E
2.
2.1. 70% da poluição dos mares tem origem em terra, apontando-se como principais contaminantes: os sistemas de saneamento; os
nutrientes; os compostos orgânicos sintéticos; os sedimentos; os resíduos sólidos e os plásticos; os metais e os hidrocarbonetos,
provenientes do crescimento exponencial da população e das atividades económicas.
2.2. Contaminação das águas do mar e morte de muitas espécies de peixes.
2.3. O aumento das populações junto das zonas costeiras provoca uma maior poluição das zonas costeiras, porque as pessoas descarregam
muitos dos resíduos direta ou indiretamente no mar.
Guia do Professor | 123
GLOSSÁRIO COMPLEMENTARAcidificação – Aumento da acidez do meio resultante da volatilização de diversos compostos, nomeadamente óxidos de azoto e amónia
que contaminam as chuvas, provocando alterações químicas. A acidificação pode ser também uma consequência indireta do excesso de
nutrientes (eutrofização), visto que estes também têm efeitos acidificantes.
Condensação – Passagem da fase de vapor à fase líquida.
Evapotranspiração – Soma da evaporação e da transpiração dos seres vivos.
Herbicidas – Produtos químicos utilizados na agricultura para o controlo de ervas daninhas.
Pesticidas – Designação genérica que engloba todas as substâncias ou produtos que destroem as pragas , aplicados quer no setor agrícola
quer noutros setores; os pesticidas podem ser agrupados consoante o agente a combater em: inseticidas (controlo de insetos), herbicidas
(controlo de ervas) e fungicidas (controlo de fungos), entre outros.
Política poluidor/pagador – Princípio da responsabilização financeira do operador cuja atividade tenha causado danos ambientais ou a
ameaça iminente de tais danos, pelo que todas as despesas de combate e redução da poluição devem ser suportadas pelo poluidor.
Sublimação – Passagem direta da fase sólida para a fase de vapor.
Taxa de consumo – Relação entre a disponibilidade de qualquer recurso e o consumo efetuado.
Taxa de reposição – Capacidade que um sistema tem de repor o recurso de forma a manter o equilíbrio.
Temporização – Contagem decrescente do tempo destinado a uma atividade, findo o qual o sistema é desligado.
Cooperação entre o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Universidade de Aveiro e o Ministério da Educação de Timor-Leste